PERDIGÃO S.A. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2000 Senhores Acionistas, A virada do milênio pode assinalar o encerramento de um ciclo de seis anos na história da Perdigão, iniciado com a aquisição do controle acionário da Companhia pelos Fundos de Pensão, em setembro de 1994. A partir daí a Companhia passou a ser dirigida por uma administração profissionalizada, que pôs em prática uma política estratégica de crescimento sustentado e de agregação de valor, dentro das boas práticas de governança corporativa. Neste período a Perdigão cresceu anualmente, em média, 28% no faturamento, 33% na geração de EBITDA*, 25% no lucro líquido, tendo aumentado em 14% os volumes de carnes comercializados, com um investimento médio de R$ 130 milhões e a criação de 1.200 novos postos de trabalho por ano. Atenta às necessidades dos consumidores e às tendências do mercado de alimentos, inovou com uma ampla gama de lançamentos – numa média de 35 por ano - em suas variadas linhas de produtos, principalmente nos industrializados e congelados, incorporando novas frentes de atuação, como é o caso das massas, pizzas, pão de queijo, feijoada, feijão e vegetais congelados, associando a força da marca Perdigão à excelente estrutura de distribuição de produtos resfriados e congelados. No âmbito de seu processo de internacionalização, a Companhia avançou em mercados tradicionais, agregando valor às suas exportações e obtendo a certificação do Sistema Europeu de Inspeção de Segurança de Alimentos – EFSIS, além da abertura de novos mercados. A unidade de abate e industrialização de aves de Marau-RS e a unidade industrial de CapinzalSC obtiveram, em 2000, a referida certificação pelo terceiro ano consecutivo. Ainda dentro do processo de internacionalização e, também, conforme a política de transparência adotada na administração da Companhia, a Perdigão tornou-se, em 2000, a primeira empresa brasileira do setor de alimentos a ter seus ADRs – American Depositary Receipts negociados na NYSE – New York Stock Exchange (Bolsa de Valores de Nova York) após a obtenção de registro na SEC – Securities and Exchange Commission (USA) e na CVM – Comissão de Valores Mobiliários (Brasil). * EBITDA- Resultado da atividade operacional adicionado de depreciações e amortizações. O desempenho do período também se repete no comportamento das principais variáveis no ano 2000, quando as vendas cresceram 14,7% e os volumes comercializados de carnes 17,2%, o que permitiu amenizar os impactos negativos nos custos provocados pela alta dos insumos e pela defasagem dos preços praticados, principalmente no mercado externo. A indicação da Companhia como modelo de responsabilidade social, pela revista Exame, reforça ainda mais sua postura de seriedade e respeito no tratamento das questões sociais e de meio ambiente. DESEMPENHO OPERACIONAL As vendas consolidadas ultrapassaram a casa dos R$ 2 bilhões, agregando-se, além do crescimento habitual da companhia, a compra do controle do Frigorífico Batávia S.A., que está sendo consolidada desde abril. Somente no último trimestre do ano, impulsionadas pelo consumo tradicional de fim de ano, as vendas cresceram 18,9%, totalizando R$ 630,6 milhões, com um volume de carnes comercializado 16,5% superior. Os volumes vendidos no segmento carnes totalizaram no ano 687,2 mil toneladas contra 586,6 mil toneladas do ano anterior, com ênfase nos produtos elaborados e processados, com maior valor agregado, o que contribuiu significativamente para o resultado. No segmento soja, atividade suporte para a produção de carnes, o decréscimo foi de 9,3% em vendas, devido à necessidade de consumo próprio em maior escala de farelo e ração. Produção No ano, o crescimento de frigorificados de carne foi de 12,3%, totalizando 684,3 mil toneladas, contra 609,2 mil. O incremento substancial que vem sendo registrado nas carnes suínas produzidas advém da consolidação dos volumes do Frigorífico Batávia S.A. e do início do abate e industrialização de suínos na unidade de Rio Verde-GO. Além disso, a implementação e implantação de novas linhas e segmentos permitiram o crescimento de 4 mil toneladas, ou seja 101,5% do item outros produtos processados, que são produzidos basicamente na unidade industrial de Lages-SC. A b a te d e a v e s (m ilh õ e s d e c a b e ç a s ) A b a te d e s u ín o s (m il c a b e ç a s ) F r ig o ríf ic a d o s d e a v e s ( m il to n e la d a s ) F r ig o ríf ic a d o s d e s u ín o s ( m il to n e la d a s ) R a ç õ e s e c o n c e n tra d o s (m il to n e la d a s ) P in to s d e 1 d ia ( m ilh õ e s d e u n id a d e s ) O u tro s p r o d u to s p ro c e s s a d o s ( m il to n e l.) E s m a g a m e n to d e s o ja (m il to n e la d a s ) Ó le o r e f in a d o ( m il to n e la d a s ) 1999 2 8 5 ,8 1 .7 5 1 ,7 3 4 4 ,4 2 6 4 ,8 1 .4 9 0 ,8 2 8 4 ,4 4 ,0 5 7 9 ,8 8 7 ,2 2000 3 1 0 ,9 1 .9 5 3 ,1 3 8 7 ,3 2 9 7 ,0 1 .7 6 4 ,7 3 2 3 ,8 8 ,1 5 2 4 ,3 8 0 ,7 % VAR . 8 ,8 1 1 ,5 1 2 ,5 1 2 ,2 1 8 ,4 1 3 ,8 1 0 1 ,5 (9 ,6 ) (7 ,4 ) Mercado Interno O faturamento de R$ 1,6 bilhão no mercado interno, foi 21% superior, chegando a R$ 477,8 milhões, 15,5% superior no último trimestre. O destaque neste mercado ficou com os produtos de aves, seus elaborados, industrializados e congelados. Os volumes de carnes comercializados cresceram 19% para 442,7 mil toneladas no ano e 11,9% no trimestre para 129,0 mil toneladas. . Aves . Suínos/bovinos Total de carnes . Soja . Outros processados . Outros Total Toneladas (mil) 1999 2000 127,1 171,8 244,9 270,9 372,0 442,7 289,0 261,0 13,8 14,7 - % var. 35,2 10,6 19,0 (9,7) 6,4 - Vendas R$ milhões 1999 2000 % var. 343,5 472,3 37,5 663,0 791,8 19,4 1.006,5 1.264,1 25,6 179,4 162,9 (9,2) 54,1 74,0 36,9 43,9 53,0 21,0 1.283,9 1.554,0 21,0 Os lançamentos, que somaram 33 somente na Perdigão, foram direcionados para as linhas de produtos congelados, Toque de Sabor, Aperitivo, Recheados, industrializados, pão de queijo, Turma da Mônica (“tudo como criança gosta”), e as novas linhas especiais: Apreciatta – com as deliciosas pizzas prontas congeladas, preparadas em forno a lenha, e Prontinho, que engloba feijão e feijoada. No Frigorífico Batávia S.A. ocorreram 15 novos lançamentos, na nova linha de congelados-Batavo e em novos produtos industrializados. A Perdigão é a única empresa brasileira a dispor de duas linhas especiais para o consumidor que opta por produtos menos calóricos, os produtos da Linha Chester-Perdigão e da Linha Peru-Batavo. Os outros produtos processados, que incluem produtos de produção própria – massas, pizzas, pão de queijo e “sticks” de queijo – e fabricados por terceiros e comercializados pela Perdigão – vegetais congelados - tiveram um crescimento de 6,4% em volume e 36,9% em receita, já representando 4,8% da receita do mercado interno. O resultado da pesquisa “Lançamentos do ano”, realizado pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), demonstra o acerto na preocupação constante de inovação tecnológica. A Perdigão concorreu em duas categorias ao prêmio, “Frios” e “Pratos Prontos e Semiprontos”. Em cada categoria são premiados três produtos. Na primeira (“frios”) a Companhia ficou com as três primeiras colocações, pela ordem, Mortadela Chesterella Perdigão, Apresuntado Lanche Confiança e Salame Italiano Light. Nos “Pratos Prontos e Semiprontos” o 1º lugar coube à Lasanha Toque de Sabor e o 2º à Lasanha à Bolonhesa Turma da Mônica. Além da opinião dos comerciantes de alimentos, o consumidor brasileiro experimentou as novidades do portfólio de produtos Perdigão e as aprovou. O resultado destas conquistas pode ser medido pelo market-share, demonstrado no gráfico abaixo: MARKET SHARE (%) 35% 40 32 31 31 22 23 30 26 20 16 16 9 9 18 20 22 33% 23% 16 15 10 31 0 0 94 95 INDUSTRIALIZADOS DE CARNES 96 97 98 CONGELADOS DE CARNES 99 2000 Últ.imo Bim. 00 PRATOS PRONTOS-MASSAS Fonte: Nielsen Mercado Externo O volume de carnes exportado no ano foi de 244,4 mil toneladas, equivalente a 13,9% de crescimento. Entretanto, com os preços médios substancialmente inferiores praticados no mercado externo, as receitas ficaram 0,9% inferiores, apesar desse crescimento nos volumes e do expressivo incremento das exportações de produtos de maior valor agregado, destinados à Europa, que aumentaram 78,7%. Diante do potencial existente, tanto em termos de competitividade de produtos como em diversidade e tecnologia, pode-se analisar o crescimento do segmento de suínos, como modesto, podendo ser incrementado no futuro. . Aves . Suínos Total de carnes . Soja Total Toneladas (m il) 1999 2000 200,6 225,0 13,9 19,5 214,5 244,4 0,3 0,3 - % var. 12,1 39,6 13,9 (0,4) - Vendas R$ m ilhões 1999 2000 % 478,4 461,3 38,1 50,5 516,5 511,8 0,6 0,5 517,2 512,4 var. (3,6) 32,7 (0,9) (15,2) (0,9) INVESTIMENTOS Os investimentos no ano totalizaram R$ 216,3 milhões, sendo R$ 23,5 milhões em capital de giro, 13,8% superiores aos investimentos realizados no ano passado, face ao andamento acelerado do Projeto Buriti em Rio Verde-GO, que consumiu 71,3% deste montante. O projeto Buriti teve suas operações iniciadas com o abate de suínos em 19 de junho, seguido do abate de aves em 16 de outubro. Nesta fase pré-operacional os abates alcançaram, no final do ano, a capacidade de 800 cabeças/dia de suínos e 70.000 aves/dia. Em industrializados, a unidade já está produzindo lingüiças curadas e frescais, mortadelas e suínos temperados – pernil inteiro congelado e pernil temperado congelado. No segmento aves a comercialização, nesta fase inicial, tem sido de inteiros e cortes “innatura”. Foram também iniciadas as operações do incubatório de aves, concluídos os túneis de congelamento, a estação de tratamento de efluentes, a urbanização do parque industrial e o escritório administrativo. Este projeto será responsável pela escala adicional de produção de 30% até 2003, quando estiver a plena capacidade. Os novos projetos demandaram investimentos na ordem de R$ 32,3 milhões e foram direcionados para os segmentos: massas, pizzas, pão-de-queijo, além de logística, informática e meio ambiente. DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO Com a manutenção de cenário, que já vinha se acentuando desde o ano anterior, de custos elevados, economia enfraquecida e com o mercado mundialmente ofertado, a Perdigão buscou melhorar a produtividade e aprimorar e inovar em linhas de maior valor agregado para proporcionar a geração de R$ 160 milhões de EBITDA no ano. O último trimestre representou 41% desta geração – R$ 66 milhões, 12,2% superior ao ano anterior. EBITDA (R$ milhões) 206 160 131 94 68 75 29 94 95 96 97 98 99 2000 A receita líquida do ano de R$ 1,7 bilhão, 12,1% superior, cresceu em proporção menor que o faturamento bruto devido às deduções de vendas, crescentes em função do grande número de lançamentos e do aumento da participação na receita total dos produtos de maior valor agregado, sobre os quais é maior a incidência de impostos. A elevação ocorrida nos custos das vendas, de 20,1% superior ao faturamento, deve-se ao aumento de preços dos principais insumos – milho e farelo de soja –, que subiram, em média, 17% no ano, além das embalagens, dos micros e macros elementos utilizados na fabricação de rações, dos combustíveis, da energia elétrica e dos fretes. Soma-se a esse quadro os preços praticados no mercado externo – 13% inferiores, resultando na margem bruta de 24,2% contra 29,3% no ano anterior, quando os preços no mercado externo, principalmente no primeiro semestre, estavam favorecidos pela desvalorização cambial, o que fez com que o lucro bruto ficasse 7,1% inferior, totalizando R$ 427,7 milhões. No último trimestre, o lucro bruto demonstra um crescimento de 9,1% - R$ 146,7 milhões, apesar da margem bruta, pelos mesmos fatores apresentados, ter se retraído 1,9 pontos percentuais. Composição % da Receita Líquida: 1999 P ro c e ssa d o s su ín o s/b o v in o s - M I (*) C o rte s su ín o s - M I P ro c e ssa d o s su ín o s - M E (*) C o rte s su ín o s - M E E la b o ra d o s/p ro c e ssa d o s a v e s - M I (*) C o rte s a v e s - M I In te iro s a v e s - M I E la b o ra d o s/p ro c e ssa d o s a v e s - M E (*) C o rte s a v e s - M E In te iro s a v e s - M E S o ja O u tro s p ro c e ssa d o s (p ró p rio s + te rc e iro s) (*) O u tro s (*) T o ta l d e E la b o ra d o s /P ro c e s s a d o s 2000 3 2 ,1 1 ,9 0 ,0 2 ,4 1 1 ,7 5 ,3 0 ,8 4 ,7 1 2 ,8 1 2 ,9 1 0 ,1 2 ,7 2 ,6 5 1 ,2 3 3 ,4 2 ,1 0 ,2 2 ,6 1 3 ,0 7 ,1 1 ,5 6 ,4 1 0 ,8 9 ,0 8 ,2 3 ,2 2 ,7 5 6 ,1 Nas despesas operacionais foi obtido um ganho de 0,8 pontos percentuais em relação à receita líquida, no ano e 1,3 pontos percentuais no último trimestre, devido principalmente ao aumento de vendas e eficiência maior nas operações de logística e administrativas. Desta forma, o resultado operacional antes das despesas financeiras totalizou R$ 107,5 milhões, 6,1% da receita líquida, representando um decréscimo de 33,2% em relação a 1999, quando houve o impacto da desvalorização do real nas receitas de exportações. No trimestre, os esforços despendidos resultaram em um aumento do lucro operacional antes das despesas financeiras líquidas de 10,4%. Entretanto, a margem operacional de 9,7% ficou pouco abaixo do trimestre de 1999 de 10,3%. As despesas financeiras líquidas registraram queda de 35,7% no ano, devido a empresa ter optado por assumir todo o impacto da desvalorização cambial no primeiro trimestre de 1999. Em 31.12.00 a posição financeira registrava um endividamento líquido de R$ 660,9 milhões, 33,6% superior, face aos empréstimos contraídos, em linhas do BNDES para o financiamento de parte do projeto Buriti e empréstimos para a aquisição dos 51% do Frigorífico Batávia S.A. O resultado líquido do exercício foi de R$ 45,4 milhões, com uma margem líquida de 2,6%. Em função principalmente dos preços de venda dos produtos “in-natura” no mercado interno, da queda registrada na comercialização das exportações e dos custos de produção elevados, especialmente milho e soja, o resultado líquido ficou 3,8% abaixo do ano anterior. VALOR ADICIONADO A Companhia gerou um valor adicionado de R$ 606,7 milhões, 5,6% superior no ano, distribuídos entre impostos, recursos humanos, remuneração aos acionistas, juros e lucros retidos. VALOR ADICIONADO RETENÇÃO 5% DIVIDENDOS 2% JUROS 10% IMPOSTOS 39% RECURSOS HUM ANOS 44% MERCADO ACIONÁRIO As ações da Companhia tiveram a seguinte performance: a ação preferencial registrou uma queda de 9,5%, enquanto o Índice Bovespa teve queda de 10,7%, e a ação ordinária teve sua última cotação 23,1% inferior. O volume de ações preferenciais negociado foi 10 milhões, representando 54% das ações em circulação no mercado. O volume de ADRs em circulação em 31.12.00 era de 152.975. Foram negociados 34,8 mil ADRs na NYSE, desde a listagem em 20.10.00, com um valorização de 5,8%, enquanto o Índice Dow Jones apresentou valorização de 5,5%, neste período. SITUAÇÃO PATRIMONIAL E REMUNERAÇÃO AOS ACIONISTAS O patrimônio líquido cresceu 6%, totalizando R$ 554,9 milhões, com um retorno de 8,7% sobre o investimento inicial. Foi aprovada pelo Conselho de Administração a distribuição de R$ 14,1 milhões sob a forma de juros sobre o capital próprio aos acionistas, que serão imputados aos dividendos obrigatórios, “ad referendum” da Assembléia Geral Ordinária. A distribuição ocorreu nas seguintes etapas: em 29.02.00 de R$ 0,002883 por lote de mil ações, em 28.08.00 de R$ 0,07527 por ação, e em 28.02.01 de R$ 0,22804 por ação. Dando continuidade à preocupação de agregação de valor e visibilidade das ações da Companhia, a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 20 de junho de 2000, aprovou o grupamento das ações na proporção de 5.000 para 1. Desta forma, os papéis passaram a ser negociados por ação e não mais por lotes de mil ações. Os valores oriundos das frações de ações resultantes do grupamento foram pagos em 28.08.00 aos acionistas credores. A rentabilidade das ações após o grupamento foi 31,2%, enquanto o Índice Bovespa registrou queda de 0,4% no período. GOVERNANÇA CORPORATIVA Os sucessivos prêmios recebidos pela Perdigão pela transparência de seu relacionamento com o mercado financeiro e com seus acionistas podem ser considerados como o melhor termômetro do exercício de boas práticas de governança corporativa. Além da realização de reuniões periódicas com os analistas de mercado, através de apresentações nas regionais da ABAMEC em todo o Brasil, “road-shows” no país e no exterior e “conference-calls”, a Área de Relações com Investidores da Companhia presta atendimento personalizado e individualizado aos acionistas e a analistas de mercado. Os acionistas minoritários estão representados por um membro no Conselho de Administração, composto por 7 Conselheiros, todos eles externos à Companhia. Também estão presentes, assim como os preferencialistas, no Conselho Fiscal, instalado permanentemente. Ambos Conselhos têm reuniões mensais e, quando exigido pela Lei, deliberam em conjunto. A Perdigão se comunica com seus acionistas, também, através de boletins de Informações Trimestrais, onde são publicados os dados consolidados de balanço, bem como o Relatório da Administração. Essas, e as demais informações prestadas também estão à disposição no site da Companhia na Internet (http://www.perdigao.com.br). BALANÇO SOCIAL Representada por 19.291 pessoas a equipe Perdigão cresceu 15,9% no ano, advindo basicamente dos dois novos investimentos, o Frigorífico Batávia e o Projeto Buriti. O faturamento líquido por funcionário foi de R$ 91,4 mil contra R$ 94,5 mil e a produtividade por funcionário foi de 35,9 toneladas, contra 36,6, que se justifica pelo número de funcionários em treinamento nos novos projetos. O desenvolvimento humano é um dos grandes valores da Companhia, pois seu crescimento e sucesso tem um vínculo estreito com o comprometimento dos seus funcionários. No ano foram proporcionadas 93,6 mil – (+53,4%) oportunidades de treinamento, englobando aperfeiçoamento, desenvolvimento de habilidades e especialização. A Empresa mantém um Programa de Educação Continuada, que permitirá que todos seus colaboradores estejam com o primeiro grau completo. A Empresa iniciou ainda, o programa MBA – Master Business Administration in Company, em conjunto com a USP/FIA, voltado aos executivos e profissionais da Companhia. A Perdigão investiu R$ 27,1 milhões, 15,3% superior em seus programas sociais como: alimentação, saúde, transporte, habitação-Prohab, educação, previdência privada, valorização do aposentado, creches, Nossa Gente Nossa História, PQVT – Programa de Qualidade de Vida no Trabalho. As unidades industriais da Perdigão mantêm investimentos permanentes no Programa Ambiental, que visa à constante melhoria da qualidade de vida das comunidades onde a Empresa atua. O Projeto Atende, em Rio Verde-GO é uma iniciativa que merece destaque, desenvolvido em parceria com o BNDES, estão sendo aplicados R$ 2,3 milhões em saúde, assistência ao menor, segurança e também em obras voltadas ao meio ambiente. PERSPECTIVAS E CONSIDERAÇÕES FINAIS Em 2001 a Perdigão terá como prioridade a continuidade da implementação do projeto Buriti em Rio Verde-GO. Para este e os outros projetos da Companhia deverão ser investidos R$ 100 milhões, com a criação de 2 mil novos empregos. Também a partir de agora começarão a ser colhidos os frutos desse empreendimento para o qual foram canalizados os esforços de expansão da Companhia nos próximos anos. A expectativa da Companhia é para um ano de recuperação dos preços no mercado internacional e no movimento positivo do mercado interno, onde ganham espaço os produtos de maior valor agregado. Se este cenário vier a se concretizar, estima-se um crescimento em torno de 10% dos volumes de carnes e 18% em faturamento. O mercado externo poderá atingir um crescimento de 30% em valor, considerando inclusive o incremento das exportações de peru, a partir de investimentos e modernização de suas linhas de produção. Para o mercado interno a empresa vai continuar sua política agressiva de lançamentos, com uma previsão de que sejam colocados no mercado 30 novos produtos, enriquecendo o “mix” que hoje soma cerca de 400 itens. Pode-se, ao final destes 6 anos, consolidados no encerramento do milênio, contabilizar muitas vitórias, com agregação de valor para a Perdigão e benefícios para o Brasil, apesar de todas as dificuldades enfrentadas. Portanto, a todos que acreditaram e confiaram na Perdigão, os agradecimentos, em especial, aos senhores acionistas, funcionários, clientes, fornecedores, instituições financeiras, mercado de capitais e a todos os colaboradores externos. São Paulo, fevereiro de 2001. Eggon João da Silva Presidente do Conselho de Administração Nildemar Secches Diretor Presidente