Matéria Monon omomnRincon Entrevista Hernan Cenário de evolução Vice-presidente de Vendas e Marketing da Microsoft na América Latina aposta no crescimento do uso de TI na região O mapa do uso das tecnologias tem evoluído rapidamente na América Latina – e o engenheiro Hernan Rincon, vicepresidente de Vendas e Marketing da Microsoft na região, tem acompanhado de perto toda essa movimentação. Nos últimos anos, a venda de computadores tem apresentado um crescimento consistente, os índices de pirataria voltaram a diminuir e o segmento de pequenas e médias empresas, antes pouco conectado, começa a prestar atenção na importância da tecnologia da informação para o aumento da competitividade dos negócios. Ao Quais são as expectativas em relação à adoção do Microsoft Windows Vista, do Microsoft Office system 2007 e do Microsoft Exchange Server 2007 pelas grandes e médias empresas na América Latina? O lançamento do Microsoft Windows Vista, do Microsoft Office system 2007 e do Microsoft Exchange Server 2007 será o mais importante feito pela companhia nos últimos dez anos. É para nós tão importante quanto o lançamento do Microsoft Windows 95, quando mudamos o panorama dos sistemas operacionais. Vamos fazer isso novamente, por três razões. Em primeiro lugar, porque estamos lançando três produtos integrados. Em segundo, ampliamos o alcance dos nossos produtos com versões mais básicas e mais sofisticadas da linha. Teremos o Windows Vista Starter Edition para PCs básicos, chegando até a versão Enterprise para grandes empresas, com novas funcionalidades. Em terceiro lugar, faremos ainda neste ano o lançamento para os clientes que têm acordo de licenciamento (Volume License Agreements) no mercado de grandes e médias empresas. Em janeiro, teremos o lançamento para os clientes em geral. Ou seja, as grandes e médias empresas poderão sair na frente. “NOSSOS PRODUTOS SÃO DESENHADOS PENSANDO NAS PESSOAS, PARA MELHORAR A SUA PRODUTIVIDADE E A SUA SEGURANÇA” mesmo tempo, as grandes empresas da região tornaram-se referência em diversos mercados – e soluções de baixo custo ajudam a popularizar o universo digital para as camadas de baixa renda. “A Microsoft é muito empolgada com o futuro da América Latina”, resume. Nesta entrevista, concedida a Microsoft Business durante uma de suas viagens ao Brasil para contatos com clientes, Rincon comenta também os principais lançamentos da Microsoft neste ano e fala sobre o futuro da tecnologia. 12 MICROSOFT BUSINESS Quais são seus principais argumentos para empresas que ainda estão avaliando a necessidade de fazer esses upgrades? Há uma série de razões pelas quais elas não deveriam hesitar. Mas se me perguntarem uma única razão pela qual elas devem fazer o upgrade, a res- HERNAN RINCON Executivo afirma que a Microsoft é muito empolgada com o futuro da América Latina. “Temos um compromisso de longo prazo com a região – e vamos continuar a investir.” Entrevista Hernan Rincon posta é segurança. São, sem dúvida, os produtos mais seguros que já lançamos. A Microsoft anunciou recentemente sua iniciativa PeopleReady, que trata da importância de as corporações terem sempre pessoas preparadas e prontas para inovar. Como esses três produtos se encaixam dentro dessa visão? People-Ready é o que diferencia a Microsoft dos seus competidores. Somos a empresa que percebeu que o único diferencial competitivo de uma companhia são as pessoas. Nossos produtos são desenhados pensando nas pessoas que vão usá-los, para melhorar a sua produtividade e a sua segurança. Dentro desse cenário, qual a importância da inovação para a Microsoft? A inovação continua a ser um dos nossos principais diferenciais. Olhamos a inovação não apenas médias empresas, que apenas agora estão percebendo a importância da informatização para a melhoria da produtividade. Em relação à sua área de atuação, o que diferencia a América Latina? Tentamos construir relacionamentos duradouro, e não apenas realizar transações comerciais com os clientes. Por exemplo, venho sempre duas a três vezes por ano ao Brasil e me encontro com os clientes locais. Como os parceiros de negócios da Microsoft participam desse processo? Não há uma transação da Microsoft na qual os parceiros não estejam envolvidos. Nossos parceiros evoluíram para se tornar prestadores de serviços agregados. Para cada dólar que licenciamos, há entre 12 e “PARA A AMÉRICA LATINA, AS MAIORES OPORTUNIDADES ESTÃO NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, QUE APENAS AGORA ESTÃO PERCEBENDO A IMPORTÂNCIA DA INFORMATIZAÇÃO PARA A MELHORIA DA PRODUTIVIDADE” no sentido de novas tecnologias, mas também na forma com que levamos os produtos ao mercado. Por exemplo, lançamos no ano passado no Brasil um programa piloto do PC pré-pago com tecnologia FlexGo, baseado no conceito do celular prépago. Está sendo um sucesso e neste ano foi estendido para outros países. Como o senhor compara o uso de TI na América Latina e em outras regiões? Alguns usos de tecnologia na América Latina são pioneiros em todo o mundo. Há um ano e meio, a Microsoft lançou a versão Windows Starter Edition para usuários que pela primeira vez utilizavam um PC. O Brasil é o número 1 do mundo na adoção do Starter Edition. Além disso, há empresas, como a brasileira Petrobras, que são reconhecidas em todo o mundo como líderes no uso de TI nos negócios. Para a América Latina, as maiores oportunidades estão nas pequenas e 14 MICROSOFT BUSINESS 15 dólares investidos nos parceiros. Agora, os clientes têm opções, com qualidade. Podem pesquisar por parceiros certificados e que tenham as competências que necessitam e escolher o melhor para eles. Como o senhor vê os desafios para o mercado de tecnologia e para a Microsoft na América Latina? A pirataria na América Latina caiu nos últimos dois anos, mas continua sendo um desafio. Outro desafio é que as necessidades dos clientes sempre evoluem. A Microsoft tem de ouvir o mercado e se adaptar. Um exemplo é que parte do mercado demanda que não tenha de comprar licenças dos softwares, e sim serviços. É por isso que desenvolvemos a estratégia Live. A Microsoft é muito empolgada com o futuro da América Latina. Mais que dobramos o número de empregados diretos nos últimos três ou quatro anos na região. No ano passado, crescemos o dobro do mercado. Temos um compromisso de longo prazo com a região – e vamos continuar a investir.