ANO XXIII Nº 143 NOV 2011 / MAR 2012 BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DO WHISKY Patrono Heitor Vignoli UMA DOSE DE WHISKY FAZ MAIS QUE AQUECER O CORAÇÃO. ELA SOLTA A LÍNGUA E REASSEGURA A QUEM ESTÁ INDECISO. MAS, PRINCIPALMENTE, FACILITA O DISCURSO, ACELERA O SENSO DE HUMOR E DÁ SUBSTÂNCIA Á MEDITAÇÃO. IVOR BROWN A turma toda reunida e muito feliz com o Happy End of the Year: Neidson Miranda, Marcio Almeida, J. A. Caiuby, Enio Silveira, Haroldo Sprenger, Kleber Prado, Luiz Fernando Machado, Ricardo Sampaio e Leonardo Lopes dos Santos – Whisky Whyte And MacKay The 13. Vejam mais detalhes na página 2. ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam, pela presente, convocados os senhores associados da SOCIEDADE BRASILEIRA DO WHISKY a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária a se realizar em sua sede social, localizada na Av. Rui Barbosa, 830/102 na cidade do Rio de Janeiro, no dia 11 de abril de 2012, às 18:30 horas em primeira convocação, ou em segunda às 19:00 horas, com qualquer número de participantes para deliberarem sobre as seguintes matérias: • Exame e aprovação das demonstrações financeiras e análise do parecer do Conselho Fiscal; • Assuntos de interesse geral. Rio de Janeiro, 11 de abril de 2012 A DIRETORIA EM TEMPO: Aos sócios participantes será servido um bom scotch whisky. Compareça! HAPPY END OF THE YEAR Final de ano, pleno de eventos e confraternizações, onde se tenta exorcizar os maus espíritos, resolveu-se, para o congraçamento de todos os ESSEBEDABLIANOS, promover a primeira noite de Happy End of the Year, onde seriam afastados os maus espíritos de 2011, regiamente trancados na famosa “salinha dos fantasmas escoceses”. Foi um sucesso total. Consumimos mais de meia dúzia de fantasmas, comemos salmão, pão, costelas assadas, patês e outras iguarias, regadas ao sabor de diversificados blended scotch whiskies. Tivemos um comparecimento superior ao esperado, não só de sócios como de seus familiares, que deram um clima 2 de amizade e fraternidade, que é a essência da SBW. Parabéns a todos que abrilhantaram com suas presenças aos colaboradores, fornecedores, enfim a todos que ofertaram a sua parcela para o sucesso do evento. Veja as fotos: 1 3 5 4 (1) Neidson, Caiuby e o Presidente Kleber Nota: a foto do Caiuby já foi substituída pela definitiva. (2) e (5) Acepipes servidos no evento (3) Família José e Leonardo Lopes (pai e filho) junto com Roberto Nóbrega e Leonardo Bollentini (4) Vista geral da alegria que reinou na festa HAPPY HOUR DO DIA 23/11/2011 O casal John Robert Walker e convidadas numa de nossas Happy Hours acompanhado de Kleber Damasceno Prado e Carlos Rubens Braga Negreiros. 2 - WN 143/2012 Jezer Menezes Responsável pelo salmão que foi muito elogiado GERMANIA – 25/11/2011 Como nos anos anteriores, O Pato ao Whisky na Sociedade Germania foi um sucesso. Parabéns ao nosso diretor Haroldo Sprenger, pela criação e pela preparação. Parabéns também ao Conselheiro Jezer Menezes que, por sua vez, criou e preparou um maravilhoso salmão, excelente companhia para o pato. E a Margret Möller, presidente da Germania, o nosso muito obrigado. Vejam as fotos do evento: Waldir Garcia, nosso vice Caiuby, Eduardo Abranches e Haroldo Sprenger Enio Silveira e Isabela, Bárbara e Bruno Caiuby habituées da SBW Casal Neidson Miranda com o Pres. Kleber Prado Manoel Vidal e Sra, juntamente com J. P. Kahl e Milton Pires sorrindo Casal Franco Monti comparecendo pela 1ª vez ao nosso evento ASSUNTO: RECEITA DO MOLHO DO PATO AO WHISKY A receita do molho do pato ao whisky é a seguinte: deixamos que um pato e uma pata cruzem esperamos que a pata coloque ovos de um dos ovos pegamos o pato bem pequeno engordamos o pato durante algum tempo com ração balanceada orgânica matamos o pato sem que ele note tiramos as penas, sem pena congelamos o pato morto e depenado, ou não descongelamos se tiver sido congelado, ou não se não tiver lavamos o pato, bem lavado abrimos o pato tiramos as entranhas lavamos por dentro esfregamos manjerona por dentro e por fora do pato esfregamos qualquer outro tempero que queiramos esfregamos sal por dentro e por fora de uma macieira organica retiramos 2 maçãs verdes lavamos as maçãs cortamos em 4 pedaços cada e retiramos caroços e caule Senhoras animadas conversando (Maria Regina Prado, Gogoia Garcia, Conchita Sprenger e Angela Negreiros) estufamos o pato com os 8 pedaços de maçã costuramos a abertura do pato com linha e agulha ou barbante e palito, dependendo da disponibilidade destes apetrechos e da habilidade do chef colocamos o pato numa bandeja pré aquecemos o forno abrimos o forno mesmo que ele não queira ir, levamos a bandeja com o pato ao forno fechamos o forno de vez em quando abrimos o forno, regamos o pato com a gordura que dele escorrerá e fechamos o forno viramos o pato de vez em quando (não esquecer de abrir e fechar o forno) quando estiver assado (o pato) abrimos o forno retiramos a bandeja com o pato do forno desossamos o pato quente e reservamos um lugar para reservar o pato jogamos a carcaça, o pescoço, o resto das maçãs e a raspa da bandeja numa panela acendemos o gás da boca do fogão para onde irá a panela colocamos a panela na boca (do fogão) préselecionada deixamos cozinhar em fogo médio, acrescentando água esperamos que esta água atinja uma coloração mais ou menos marrom Casal Alvaro Costa abrilhantando a nossa festa passamos a água por um coador para uma outra panela repetimos a a operação anterior i.é. acendemos uma boca, colocamos a panela etc. Haroldo Sprenger misturamos um pouco de farinha de trigo em um pouco d’água fria adicionamos esta mistura a àgua coada deixamos cozinhar até que a água coada, marrom, fique mais espêssa testamos o gosto pegando uma colher, mergulhando-a na água coada e colocando umas gotas na mão (cuidado...está quente) bebemos as gotas ajustamos o gosto com algum tempero mas recomendo somente sal quando a consistencia e o gosto da água coada estiverem bons, voilá !!! temos um molho de pato assado talvez tenham faltado alguns detalhes para a perfeita execução de todos os passos acima tipo: para desossar o pato, pegar uma faca; para acender o forno, pegar um fósforo etc. agora...o detalhe do whisky... eu esqueci... Abraço – Haroldo WN 143/2012 - 3 UÍSQUE ESCOCÊS DE 21 ANOS É ESCOLHIDO O “MELHOR DO MUNDO” O uísque Old Pulteney, feito em uma das destilarias mais remotas da Escócia, foi eleito o melhor uísque do mundo, por Jim Murray, um dos maiores especialistas do mundo.O single malt Old Pulteney, de 21 anos, conseguiu 97,5 pontos em uma escala que vai até cem na Jim Murray’s 2012 Whisky Bible. Jim Murray provou mais de 1,2 mil amostras de bebidas antes de escolher o uísque vencedor. ”O Old Pulteney de 21 anos explode no copo com vitalidade, carisma e classe”, afirmou Murray. “(A destilaria) Pulteney não tem a força financeira dos maiores barões do uísque para fazer propaganda de seus maltes no palco global. Espero que este prêmio ajude uma das grandes, porém desconhecida, destilaria da Escócia a ser descoberta no mundo todo”, acrescentou. A bebida é fabricada em O Old Pulteney é envelhecido em barris de carvauma cidadezinha da Escócia lho americano e engarrafado na destilaria Pulteney, em Wick, uma pequena cidade pesqueira no extremo norte da Escócia. “Estamos muito satisfeitos com este prêmio. É uma homenagem à arte tradicional que temos aperfeiçoado através dos séculos e também ao caráter único que a cidade dá ao nosso uísque”, disse um porta-voz da destilaria Pulteney. A destilaria Pulteney tem uma história atribulada. Uma votação na região de Wick proibiu a venda de bebidas alcoólicas em 1922, durante 25 anos. Com a queda na demanda por uísque, a destilaria fechou em 1930, mas reabriu em 1951, depois que a proibição foi derrubada em uma nova votação. POESIA OS DEZ MANDAMENTOS Esta poesia foi recitada a pedidos, pessoalmente pela autora Liane dos Santos (veja na foto abaixo), durante a Happy Hour de 16/11/2011 frente ao Sr. João Paulo Kahl, que foi por ela homenageado sendo o titular das Pequenas Delicadezas do ano de 2011. Os Dez Mandamentos Liane dos Santos Amei-te, meu Deus, sobre todas as coisas; evitei dizer teu nome em vão e guardei teus dias santos com fervor e devoção. Honrei minha mãe e meu pai, não matei e nem roubei e nunca, contra a castidade um pensamento sequer evoquei. Dos meus lábios nunca um falso testemunho e coisas alheias, nunca, nunca cobicei. Só um mandamento teu for mais forte que pensei: o penúltimo, o que proíbe desejar alguém que já seja de outro alguém, segundo a tua lei. Contra esse não tive forças e perdão, Senhor, pequei. Desejei, sim, ardentemente desejei. No entanto, humildemente, também devo confessar, que parte dessa culpa é tua: por que, meu Deus, foste criar, e tão tarde me revelar tal divina criatura? O PATURI CONTINUA ÓTIMO A maioria dos sócios da SBW, paulistanos, cariocas ou do Vale do Paraíba certamente já pararam para um canard à L´orange no restaurante Paturi em Guaratinguetá (vejam a matéria sobre nossa reunião na edição passada). Ele continua ótimo, tanto nas acomodações quanto na comida. Monsieur Georges Ligot, do alto dos seus 82 anos, continua à frente do empreendimento e do cardápio. A SBW sugere o patê da casa para acompanhar um bom whisky. E depois dar uma paradinha no hotel que ninguém é de ferro. A PROMOÇÃO PARA OS COMPANHEIROS QUE TROUXEREM NOVOS SÓCIOS CONTINUA... A campanha para novos sócios da SBW está sendo um sucesso. Os companheiros que nos indicarem novos pretendentes, uma vez aprovados pela diretoria da SBW, terão direito a uma garrafa de whisky (para seu consumo “in loco”, bem entendido). O novo sócio receberá 2 copos de whisky com o emblema da SBW. No final da campanha, os que tiverem trazido mais sócios ganharão prêmios adicionais. Portanto: MÃOS Á OBRA PARA AUMENTAR O NOSSO QUADRO SOCIAL. 4 - WN 143/2012 Carlos Rubens Negreiros AS COISAS BOAS E BOAS IDÉIAS VOLTANDO! Que coisas boas estão acontecendo de novo nas Happy Hours da SBW ! Um antigo hábito, quase desaparecido, está ressurgindo. Nossos sócios e diretores estão trazendo, para degustação conjunta dos presentes, whiskies especiais, estranhos, single malts, raridades, etc. Haroldo Sprenger começou com um Cu Dhub, depois com um Nikka 12 anos e ainda, depois de uma viagem, um single malt AnCnoc. Também trouxe um Kilchoman, de 3 anos, da mais nova destilaria da Escócia. Nosso Manoel Vidal apareceu com um Yamazaki espetacular, mostrando que os japoneses estão produzindo coisas do arco da velha, sem dever nada aos escoceses. José Lopes dos Santos veio com um malte Dufftown-Glenlivet, um blend de 8 anos Inverness Cream e disse que tem mais reminiscências em casa para nos mostrar. Seu filho Leonardo, nosso diretor de Informática, trouxe um malte Balvenie de degustar de joelhos além de um Snow Grouse. Antonio Carlos, nosso diretor de Sede, veio com um malte Singleton, que também já tinha nos visitado trazido pelo nosso Aquidaban, que, para não ser repetitivo, ainda trouxe um malte Dalwhinnie, de beber rezando! Nosso sócio escocês, Paul Irvine, voltou de viagem com um Royal Lochnagar. Alguém, por favor desculpe a nossa falha, chegou com um Mackinlays Original 21 anos. Presidente Kleber e Waldir Garcia trouxeram o malte Scapa de 14 anos! Nosso bom Enio, para não deixar barato, veio com um Scapa 16 anos, e não satisfeito, introduziu o Macallan Select Oak em nosso meio. Isto sem falar que, como a Brown-Forman não conseguiu liberar na Alfândega o malte Glenmorangie Lasanta para o nosso evento no Marimbás, na volta de uma viagem ao exterior a trabalho, trouxe uma garrafa que tinha acabado de chegar ao free-shop. Por fim, o presidente Kleber ainda voltou de Disneyworld com a família com um malte Talisker na bagagem. “Tomara” que eu tenha esquecido de alguém! Pode me dar uma bronca merecida que eu me retrato! Bons ventos voltando para a SBW! Jezer Menezes DISCOVERY CHANNEL – A CERVEJA O DISCOVERY CHANNEL apresentou um programa, talvez patrocinado por fabricantes de cervejas (principalmente as marcas MILLER e COORS) que tinha como título A CERVEJA, do qual colhi algumas curiosidades: Durante a guerra da independência americana, o presidente George Washington determinou que cada soldado sob as suas ordens deveria ter um “mosquetão” e uma cota de ração diária de cerveja; Que as cervejas MILLER e COORS foram trazidas para a América por dois imigrantes alemães; Que o hino nacional americano está fundamentado em uma brincadeira de estudantes, que dizia: aquele que cantar na íntegra a canção (que originou o hino) teria direito a mais uma caneca de cerveja; Que as decisões sobre a vida dos americanos, normalmente, eram traçadas em Tavernas, onde se bebia o líquido e após a sua ingestão, os participes saiam as ruas para divulgá-las, principalmente em New York, Boston e algumas outras cidades importantes; Que somente eram produzidas cervejas no período frio, pois no verão o produto, já que era natural, secava devido ao calor. Inventou-se a primeira máquina de amônia, para refrigerar o produto e a ser vendido no verão; Que o grande desenvolvimento industrial americano não foi protagonizado por Henry Ford, com a invenção do Ford T, mas com a indústria de garrafas, para a qual foram criadas inúmeras máquinas, alavancando a produção industrial americana, tornando-se o maior invento do século XIX; Que quando todos pensavam que o cientista Pasteur fazia suas experiências com leite, enganavam-se, pois todas eram feitas tendo como objeto de estudo a cerveja. Descobriu-se a razão da cerveja “estragar”: os “germes”; Hoje na América se bebe, em média, 75 litros de cerveja per capita por ano e na Austrália um produtor de cerveja, já descobriu a fórmula para se beber cerveja nas viagens espaciais, já que as para consumo na terra, contendo ar e líquido, provocariam uma espécie de arroto, que seria expelido (ar e líquido) pelo astronauta que a bebesse. A cerveja espacial não conteria ar, podendo ser ingerida normalmente, sem perder as características. WN 143/2012 - 5 José Augusto Caiuby PROTESTOS POR UM WHISKY INESQUECÍVEL Com profunda tristeza soube que o ex-colecionador de Whiskies Sergio Lemos Torres, de CuritibaPR, vendeu sua coleção para o nosso amigo José Roberto Briguenti, que passou a guardá-la em um lugar sagrado – Catedral do Whisky, provavelmente sem aproveitar o seu conteúdo inteiro, ou seja sem beber toda ela. Visitei o Sérgio algumas vezes em seu bunker, com o pretexto de rever a sua bela coleção cheia de raridades, de preciosidades, de curiosidades e de novidades as quais já relatei em um WN anterior. Numa dessas visitas fui acompanhado de meu filho Bruno, que ficou muito impressionado com o seu conteúdo e organização. O Sérgio sempre foi um bom anfitrião e me ofereceu, nas ocasiões, o nosso velho conhecido de guerra JW Black Label, mas me sinto traído. O meu sentimento de dor não foi a transmissão das garrafas, mas apenas de uma, ou melhor de duas delas que sempre pedi para comprar, ganhar, degustar ou sei lá o que. Eu sempre quis beber mais uma vez o Whisky que me introduziu neste mundo maravilhoso do Scotch: LONDON TOWER, que não encontro em lugar nenhum. Nem em leilão de herdeiros abstêmios. Acho que todos nós, com mais de 60 years old, bebemos dele por diversas vezes. Era o uísque que podíamos beber com nossa mesada nos Clubes e Bares do Rio de Janeiro e de São Paulo. Lembro que custava o equivalente a uma moeda da época em quase todos os lugares. Sua fabricação era no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão. Meu pai, hoje com 93 anos, comprou várias caixas e bebeu algumas delas. Nunca me fez mal e a nenhum de nós, pois estamos todos vivos e bebendo até hoje. Com a notícia da venda, me sinto como “cachorro de pobre que caiu da mudança em plena estrada movimentada”, pois o Sérgio, que conheço há mais de trinta anos, tinha umas 04 (quatro) ou mais garrafas destas e poderia perfeitamente ter reservado 02 (duas) para meu deleite: uma eu beberia com meus filhos e amigos, a outra deixaria para meus netos beberem a minha saúde quando maiores de idade. Notas do Editor: SABEDORIA UM VELHO SÁBIO ALQUIMISTA, BUSCANDO A PERFEIÇÃO !!! 01. Felizmente o Caiuby não ficou a ver navios. O companheiro Jezer Menezes tinha uma garrafa em casa e presenteou-a ao nosso bom Vipra. 02. Vejam mais sobre a Catedral do Whisky na próxima edição do Whisky News. GARIMPADO DA INTERNET UMA FILOSOFIA DE VIDA! UM EXEMPLO A SER SEGUIDO À medida que envelhecemos, por vezes, começamos a duvidar da nossa capacidade. Harold Schlumberg é uma dessas pessoas que continuam produzindo, mesmo aposentado. “Muitas pessoas me perguntam: O que os velhos fazem quando se aposentam? Bem, eu tenho sorte de ter uma formação em engenharia química, e uma das coisas que eu mais gosto é transformar cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas em urina.” 6 - WN 143/2012 A Madre Superiora de uma congregação irlandesa, com seus 98 anos, estava no seu leito de morte. As monjas a rodeavam, tentando fazer mais cômoda sua última viagem. Deram-lhe um pouco de leite morno. Ela bebeu um gole e não quis mais. Uma monja levou o copo de leite para a cozinha e, nesse momento, lembrou-se que na despensa havia uma garrafa de whiskey irlandes que haviam ganho de presente de Natal. Colocou uma boa quantidade do whiskey no copo com leite. Voltou ao leito da Superiora e aproximou o copo de sua boca. A Superiora tomou um golinho, logo mais um e antes que se dessem conta, tomou tudo até a última gota. As monjas pediram-lhe: "Madre, dê-nos uma última palavra de sabedoria antes de morrer." Num último esforço, ela ergue-se um pouco e lhes diz: "Nunca vendam esta vaca !" FABRICANTES DA JOÃO ANDANTE SÃO ACUSADOS DE PLAGIAR A MARCA JOHNNIE WALKER Extraído de artigo de Pedro Rocha Franco – no Estado de Minas Gerais De um lado, 200 garrafas vendidas por mês no boca a boca; de outro, cinco por segundo nas prateleiras de supermercados e lojas especializadas do Japão ao Brasil. Uma é cachaça tipicamente mineira e o outro o uísque mais famoso do mundo. Um tem ação na Bolsa de Nova Iorque e outra funciona num quartinho improvisado da casa de um dos sócios. Mas ainda assim a gigante Diageo entrou com ação no INPI para cancelar a certificação de um produto mineiro: a cachaça João Andante. A multinacional acusa jovens empresários mineiros de terem plagiado o nome e a marca do destilado escocês na criação da pinga, que seria uma tradução livre de Johnnie Walker. Tudo começou em 7/2/2011, último dos 180 dias para apresentação de recursos contra a certificação da pinga. Representantes da holding encaminharam notificação extrajudicial dando cinco dias para a retirada o pedido de certificação. O documento deixou Gabriel e Mateus Lana, Rafael Vidigal e Gabriel Moreira, sócios e criadores da cachaça, com os cabelos em pé. “Porquê tamanha ameaça?”, uma vez que o produto já havia sido registrado no Inpi, em 2008. Agora era apenas para revisão da marca. A Diageo argumenta a história de quase dois séculos do uísque, as supostas semelhanças entre as duas marcas e duas citações da internet que associam o produto mineiro ao destilado escocês. A primeira diz que João Andante seria um primo de Johnnie Walker que veio para o Brasil durante a 1ª Guerra Mundial e, impedido de fabricar uísque diante da falta de matéria-prima, resolveu fabricar cachaça. A segunda mostra uma foto de um comprador da pinga com a garrafa em mãos e a seguinte frase: “João Andante, a original! Se cuida Johnnie Walker” (sic). E acusa de má-fé os criadores da cachaça: “(…) a marca atacada padece do requisito da distintividade, sendo certo que, na mente do consumidor, a lembrança do signo da suplicante confunde-se com o sinal da suplicada. Resta evidente o intuito da suplicada de ficar à sombra da marca suplicante, tentando usurpar para si a clientela, como fazem todos os mal-intencionados”, diz a petição. Os sócios dizem que não copiaram a marca, e apenas “inspiraram-se” nela. A cachaça foi inventada quando três dos amigos ainda estudavam na Escola Técnica de Formação Gerencial do Sebrae, em 2003. Adolescentes, um deles disse que um dia fabricaria a pinga João Andante. Os amigos entraram então com pedido de patente do produto. “Pedimos uns R$ 600 emprestados para o meu pai e corremos atrás do registro”, afirma Gabriel Lana, que transformou o produto em tema do trabalho de conclusão de curso do Sebrae. Segundo eles, o plágio se caracterizaria por gerar confusão entre os consumidores. “Se fosse uma cópia, teríamos uma caixa quadrada e vermelha. Mas não. A nossa é marrom e redonda. Eles estão subestimando a inteligência do consumidor. Você acha que alguém vai confundir um uísque com uma cachaça?”, reiterando que as duas bebidas nem mesmo dividem as prateleiras. SUCESSO ALÉM DO PREVISTO A primeira garrafa de João Andante só foi armazenada há três anos. Os criadores foram para Presidente Bernardes selecionar um entre os mais de 40 alambiques da região. E a escolha foi por um produtor que tinha um barril de carvalho do século 19, o que garantia o tom mel do líquido. Seis meses depois do primeiro engarrafamento, era preciso fazer fila e encomendar com três meses de antecedência. E um problema: não tinham como encontrar outro barril semelhante para manter o padrão e aumentar a produção. Em 2010 os amigos decidiram fazer João andar um pouco mais rápido. Um segundo alambique foi selecionado, permitindo a produção de dois tipos de cachaça. Dessa vez, em Passa Quatro. Mantendo o padrão artesanal, a diferença era que a estrutura do novo produtor permitia fabricar até 4 mil garrafas/mês, com certificação de orgânica. Hoje, uma cachaça da marca custa R$ 40. Mesmo com a expansão da produção, suas vendas ainda ficarão longe dos 150 milhões de garrafas do uísque que são vendidas em mais de 200 países. CONCEITO COMPLEXO Durante a conceituação da marca, feita em parceria com a agência júnior de comunicação da UFMG, “Cria” , a ideia era associar a pinga a um personagem com características de um sertanejo e de um caxeiro-viajante. Assim, escolheram o Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, e o lendário andarilho Juquinha, que até ganhou estátua na Serra do Cipó. Além disso, foi usado o quadro Dom Quixote (1955), de Picasso de onde foi extraída a cabeça. Do 1º foi usada a tipografia para compor o nome; o 2º serviu como pano de fundo para a composição conceitual. Consta também no argumento dos mineiros que o nome da pinga não seria uma tradução literal do uísque, como consta na petição. Walker é do sobrenome da família criadora do destilado no século 19, enquanto Andante seria uma referência a um andarilho errante. E, claro, a tradução de Johnnie seria Joãozinho e não João, escolhido também por ser um dos nomes mais populares do Brasil. WN 143/2012 - 7 DE GOLE EM GOLE NOVIDADES DA CASA FLORA Humberto Cárcamo, gerente da Casa Flora no Rio de Janeiro, convidou a diretoria da SBW para conhecer as instalações, de muito bom gosto, da filial e para degustar alguns produtos da extensa linha de alimentos e bebidas importados por aquela Empresa. Fomos saudados por queijos, salames, lombos de “cerdo”, pela cerveja PAULANER e por garrafas de Whisky Dalmore, Isle of Jura, White & Mackay e John Barr, produtos de exclusiva importação da Casa Flora e que vêm tendo um enorme sucesso entre os apreciadores de single malt e standard whiskies. Parabéns à Casa Flora e ao Humberto, ressaltando que ficou a promessa de estreitamento dessa parceria com a SBW. Novos eventos certamente virão por aí. Vamos conferir. IMPORTANTE: A SBW adquiriu o magnífico ATLAS MUNDIAL DO WHISKY de autoria de DAVE BROOM (Vencedor do Premio Glenfiddich Larousse). Está à disposição dos sócios em nossa sede. CACHAÇA Após 22 anos tentando registrar a marca Havana, os herdeiros de Anísio Santiago, (o criador da cachaça artesanal brasileira), que venceram batalha judicial contra a Havana Clube, (produtora do rum cubano) tiveram sua marca registrada no INPI. ADEUS SÃO PEDRO E SÃO PAULO Nas nossas aulas de geografia aprendemos que os penedos de São Pedro e São Paulo são a porção mais ao leste do território brasileiro, a meio caminho da África. Poucos já os viram, à exceção dos nossos companheiros Ricardo Haber e Francisco Rodrigues da Silva Filho, que por lá passaram de navio há poucos meses. Mas o nosso adeus não é para os penedos, mas para o fantástico bar de mesmo nome, na Vila Olimpia, em São Paulo. Infelizmente fechou as portas. Vai deixar saudades. À Magu, sua proprietária, nossos votos de sucesso nos próximos empreendimentos. SOCIEDADE BRASILEIRA DO WHISKY AV. RUI BARBOSA, 830 / 102 RIO DE JANEIRO – 22.250.020 – BRASIL Tel/Fax: (21) 2551–2297 E–MAIL: [email protected] VIVA O PARIS 6 – BISTRÔ Amigos e companheiros da SBW reuniram-se em São Paulo num novo “point”. O Bistrô (24 horas) tem o simpático nome de PARIS 6 (em homenagem ao 6º distrito de Paris, St. Germain-des-Prés). Seu proprietário Isaac, é amigo do nosso diretor José Laerte Dutra e já colocou o espaço à disposição da SBW para nossos encontros regulares na terra da garoa. Vamos frequentar! Mais notícias oportunamente. KEEP WALKING BRASIL O Brasil está em segundo lugar no mundo em consumo do JW Red Label e em primeiro em importação desse produto, segundo informação da rádio CBN. Por esta razão foi o único país no mundo onde a propaganda Keep Walking apresenta um tema local, já com grande circulação na “rede”. Podem acessar: www.youtube.com/watch?v=RTtcNP7 lmUo&feature=player_embedded A SBW É UMA SOCIEDADE INDEPENDENTE E SEM FINS LUCRATIVOS, FUNDADA EM 1988 E MANTIDA POR APRECIADORES DO MAIS NOBRE DESTILADO DE CEREAIS. SITE: www.sbw.org.br EDITORIA DO WHISKY NEWS: KLEBER DAMASCENO PRADO, ARIDES VISCONTI COLABORADORES: JOSÉ AUGUSTO CAIUBY, CARLOS RUBENS NEGREIROS, SÉRGIO CABRAL, ROBERTO BRANDÃO, LAGILDO BRASILEIRO DE LIMA, JAGUAR, HAROLDO SPRENGER, JOSÉ LUIZ DE SOUSA GOMES, JOÃO BAPTISTA MAGALHÃES, JEZER MENEZES DOS SANTOS E DANIEL MAC MAHON BASTOS FOTOGRAFIAS E DIAGRAMAÇÃO: RICARDO ORTIZ - DIGITAÇÃO: MARIA LUCIA GIUDICELLI D I R E T O R I A D A S O C I E D A D E B R A S I L E I R A D O W H I S K Y – B I Ê N I O 2 0 11–2 0 1 3 PRESIDENTE DE HONRA: Helena Annes Dias Vignoli (in memoriam) DIRETORIA EXECUTIVA: PRESIDENTE: Kleber Damasceno Prado VICE–PESIDENTE: José Augusto Caiuby DIRETOR SECRETÁRIO: Haroldo Sprenger DIRETOR FINANCEIRO: Carlos Rubens Braga Negreiros DIRETOR: José Luiz de Sousa Gomes DIRETOR: Aldo Carlos Moura Gonçalves DIRETOR: Waldir Moreira Garcia DIRETOR: Márcio Castro de Almeida CONSELHO FISCAL: TITULARES: Paulo Villela de Moraes, José Carlos Audíface de Brito e Jezer Menezes dos Santos SUPLENTES: Neide Souza Teles, Ronaldo Chaer do Nascimento e Mateus Areal 8 - WN 143/2012 DIRETORIAS ESPECIAIS: CULTURAL: Paulo Marcio Jardim Decat DE SEDE: Antonio Carlos Vianna Novaes DE EMPOLGAÇÃO: João Baptista Magalhães DE IMPRENSA: Arides Visconti Maurício Palmeira e Telius Alonso Avelino Memória CONSELHO TÉCNICO DE MALTES E CEREAIS: Júlio Graber, José Luiz Peixoto, Gustavo Werneck R. de Carvalho, Pedro Paulo Machado, Arthur do Rego Lins, Leopoldo Machado Paganelli e Manoel Vidal FIlho DE ADMINISTRAÇÃO: Enio Silveira Junior D E R ELAÇÕES E XTERNAS : Luiz Fernando Moraes Machado DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Margareth Mendes DE INFORMÁTICA: Leonardo Lopes dos Santos JOVEM: Bruno de Leão Caiuby DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: Daniel Mac Mahon Bastos DE SAÚDE: Josefina Krapienis CONSELHO JURÍDICO: Salvador Cícero Veloso Pinto, Álvaro Pires da Costa, VICE PRESIDÊNCIAS REGIONAIS: REGIÃO AMAZÔNICA: Francisco Rodrigues da Silva Filho REGIÃO CENTRO–OESTE: Ruy Celso Barbosa Florence REGIÃO MINEIRA E CERCANIAS: Paulo Márcio A. F. de Souza REGIÃO NORDESTE: Francisco Deusmar de Queirós CEARÁ: Lagildo Brasileiro de Lima REGIÕES PAULISTA E SUL: José Laerte Dutra REGIÃO DO VALE DO PARAÍBA: Ricardo N. Haber CONSELHO CONSULTIVO e EX–PRESIDENTES: José Augusto Caiuby e Carlos Rubens Braga Negreiros