EM MARÇO COMEMORAMOS XXI ANIVERSÁRIO Ano XXI • Nº 251 FEVEREIRO 2010 Acordos com: ADVANCECARE - MEDIS - MULTICARE - ADM OEIRAS: 21 442 51 00 OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas) PAÇO D’ARCOS: 21 442 27 17 Sonho concretizado em Cascais página 8 Director: Paulo Pimenta Preço 1.25 E (IVA incluido) Tarzans no Jamor páginas 10 e 11 Feira do Fumeiro volta a Oeiras páginas 21 Na Amadora Vila Chã inaugura super-escola páginas 12 e 13 Dia 20 de Março vamos todos limpar o Ambiente páginas 16 e 17 www.montraantiga.com “Cousas” com história Actual 26 Fevereiro 2010 Passeio temático em Queluz A Junta de Freguesia de Queluz promoveu no passado dia 21 de Fevereiro, em colaboração com os SMAS de Sintra, o Passeio Te mático Circuito da Água entre a Barragem Romana de Carenque e a Fonte da Carranca, em Que luz. O passeio teve como guias Pedro Paulo e Rui Oliveira e contou com a presença de 51 pessoas de várias colectividades e institui ções da freguesia, nomeadamen te os Bombeiros Voluntários de Queluz, Ginásio Clube de Que luz, Grupo Coral de Queluz e UNIQUE - Universidade Sénior de Queluz. Cascais recebe papagaios O Clube dos Papagaios organiza nos dias 24 e 25 de Abril, em Cascais, o se minário «Venha aprender a ensinar o seu papagaio! O Voo, O Treino e o Bem Estar dos Papagaios», que irá contar com a presença do especialista Chris Biro. O seminário destina-se essencialmente a veterinários, estudantes de veteriná ria e psicologia, criadores e donos de papagaios e trará também a Cascais a inglesa Dorothy Schwarz que conta com inúmeras publicações nesta maté ria comportamental de psitacídeos. O Clube dos Papagaios tem como mis são investigar o comportamento de psitacídeos (papagaios), dar-lhes for mação, treino e organizar eventos di dácticos. Os seus objectivos prendem-se unica mente com o bem-estar físico e psicoló gico dos papagaios em cativeiro, sen do para isso necessário chegar, formar e informar os seus donos, a fim de criar um elo mais harmonioso entre espécies. S. Marcos com coração Decorreu no passado dia 20 de Fevereiro, na zona dos Capuchos, Serra de Sintra, a primeira caminhada no âmbito do projecto «São Marcos com Coração 2010». O Centro Carlos Paredes foi o ponto de encontro de cerca de 50 caminhantes que, por volta das 09h00, se deslocaram de autocarro até ao parque dos Capuchos, local escolhido para dar inicio à caminhada, que começou com um percurso que se de senrolou entre o Convento dos Capuchos e a aldeia do Penedo, sempre rodeados pela bela fauna da Serra de Sintra. O percurso foi realizado em cerca de 3h15 com alguns obstáculos à mistura que facilmente foram superados e também com alguma chuva que, ainda assim, não desanimou os caminhantes. Por voltas das 13h45, os participantes chegaram ao restaurante «Refugio do Ciclista», no Penedo, onde almoçaram, conviveram e puderam repor as energias despendidas na caminhada. Teatro infantil na Regaleira O Teatro Tapafuros leva a cena até ao próximo dia 25 de Abril, na Quinta da Regaleira, em Sintra, a peça de teatro infantil «As Aventuras de Puck, o Duende». A peça é uma adaptação da versão de Hélia Correia do «Sonho de uma Noite de Verão» de William Shakespeare e tem encenação de Rui Mário e música original de Pedro Hilário. Com exibições aos sábados pelas 16h00 e aos domingos às 11h00, «As Aventuras de Puck, o Duende» contam a história de Puck, o irrequieto duende de mil risos que se entretém a trocar o lugar às coisas e a deixar de cabeça perdida todos aqueles que moram nas florestas e nos verdejantes bosques de luz e sombra da peça. Delta Q ajuda a Natureza Através da Missão Reciclar, a Delta Q percorreu nos últimos dois meses 22 municípios de Norte a Sul do conti nente e da Madeira, uma iniciativa pro movida em parceria com a Amb3E e a ANEFA. Com a participação de voluntários Delta, foram plantados no município de Portalegre sobreiros que a médio prazo vão beneficiar todo o ecossis tema local e acres cer aos espaços de lazer já existentes, melhorando a qua lidade de vida dos habitantes desta região. “Os portugue ses mostraram ser cida dãos preocupados com a sustentabilida de do país, entregan do mais de sois mil equipamentos eléctri cos em fim de vida. Conseguimos ainda passar com sucesso a mensagem da impor tância da reciclagem. É essencial preparar o país para o futuro e estas árvores, são apenas o princípio”, afirmou Rui Miguel Nabeiro, administrador da Delta Cafés. Ao longo de dois meses, a iniciativa, organizada pela Amb3E e Delta Q, percorreu 22 municípios de Portugal continental, divulgando a necessidade de reciclagem e recolhendo para este efeito, máquinas de café eléctricas usadas ou avariadas. Tertúlias na Verney O Núcleo de Oeiras e Cascais da Liga dos Combatentes promove, com o apoio da Câmara Municipal de Oei ras, a tertúlia «Fim do Império», na Livraria-Galeria Municipal Verney, em pleno centro histórico de Oeiras, às terceiras terças-feiras do mês, pelas 15h00. O principal objectivo desta acção é ten tar contribuir para uma reflexão sobre este importante período da História lusa, convidando para cada sessão um autor de uma obra literária sobre o tema, o qual, por sua vez, convida ou tra personalidade para o acompanhar na mesa. Cada sessão é dividida em duas partes de cerca de 45 minutos cada, reservan do-se a primeira parte para interven ções da mesa e a segunda para diálogo da mesa com a assistência sobre o tema do dia. O primeiro ciclo da tertúlia desenvol veu-se de Janeiro a Maio de 2009, in clusive, tendo sido prelectores nessas cinco sessões os autores coronéis João Sena, José Aparício, José Parente, Carlos Matos Gomes, Aniceto Afonso, Rui Marcelino, Manuel Barão da Cunha e o Carlos Gueifão (ex-capitão miliciano). De realçar ainda que participaram na mesa do último encontro os presiden tes da Câmara Municipal de Oeiras, da Comissão Portuguesa de História Militar e da Liga dos Combatentes, respectivamente, Isaltino Morais e te nentes generais Sousa Pinto e Chito Rodrigues, tendo este último apresen tado também o livro «Tempo Africano», de Manuel Barão da Cunha. Teve depois lugar um segundo ciclo que foi designado de «Olhares Civis» e que decorreu de Outubro de 2009 a Janeiro de 2010. Aqui, os prelectores foram Helena Pinto Magalhães e Beja Santos (ex-alferes miliciano), acompanhados, respectivamente, por Fernando Nobre (presidente da AMI) e Luís Graça. As outras duas sessões foram de homena gem póstuma aos autores pintor Albano Neves e Sousa e Rui Neves da Silva, tendo como prelectores Luísa Neves e Sousa e o conselheiro de Estado Miguel Anacoreta Correia e Neves da Silva (fi lho) e editor Daniel Gouveia. O terceiro ciclo decorre agora de Feve reiro a Maio de 2010 e volta a denomi nar-se «Olhares Militares». Os prelec tores serão os autores coronéis David Martelo, Manuel Bernardo, Fernando Vouga e Rui Marcelino, sendo acompa nhados pelos professores universitários Henrique Gouveia, Artur Anselmo, Sara Leite e general António Barrento. Na última sessão está previsto procederse ao lançamento do livro «Crónica dos últimos dias de Timor Português e outras histórias de guerra» que será o primeiro da colecção literária «Fim do Império», com o patrocínio já confirmado da Liga dos Combatentes e da Comissão Portu guesa de História Militar e, ainda por confirmar, da Câmara Municipal de Oeiras. A coordenação da tertúlia tem vindo a ser feita pelos coronéis José Montez e Manuel Barão da Cunha, respectiva mente, presidente do Núcleo de Oeiras e Cascais da Liga dos Combatentes e sócio da Liga, membro da direcção do Núcleo Impulsionador das Conferên cias da Cooperativa Militar e assessor principal aposentado do Município de Oeiras. CM Amadora cede instalações A Câmara Municipal da Amadora cedeu as antigas instalações da Junta de Freguesia da Damaia à Associação Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos da Freguesia da Damaia e ao Grupo Coral da Damaia “Os Alentejanos”. Na sequência da transferência da Junta de Freguesia para as antigas instalações do Tribunal da Amadora, a autarquia encontra assim uma forma de continuar a utili zar aquele espaço, que passa agora a apoiar duas Associações daquela freguesia. As duas instituições já haviam solicitado o apoio da CM Amadora, uma vez que as suas instalações são desadequadas para o cumprimento dos seus objectivos, pretensão essa que foi agora assumida pela autarquia. Actual 26 Fevereiro 2010 Câmara e Juntas de Freguesia de Oeiras assinam protocolo A Câmara Municipal de Oeiras (CMO) e as dez Juntas de Freguesia do con celho assinaram no passado dia 27 de Janeiro os Protocolos de Delegação de Competências que conferem às Juntas um reforço dos seus poderes e capacidades de intervenção junto das populações locais. O protocolo foi celebrado no Gabinete do Presidente, nos Paços do Concelho, entre Isaltino Morais, Presidente da CMO, e os vários Presidente de Junta (a excepção foi Paço de Arcos que se fez representar pelo Adjunto Nuno Luís). A entrega da gestão dos polidesporti vos às Juntas de Freguesia é uma das novidades deste novo protocolo, que incide também em áreas tão díspares como as intervenções em ruas, nome adamente a conservação e limpeza de valetas e de sistemas de escoamento de água ou a conservação e reparação de calcetamento. Contempla também a limpeza de espaços públicos ou a manutenção de parques infantis e as intervenções de conservação em equi pamentos de apoio à infância e à ter ceira idade, entre outras competências. Salvador Martins, Presidente da Junta de Freguesia de Porto Salvo, falou em seu nome e dos demais autarcas para destacar a importância deste protoco lo para os órgãos do poder local: “Com um protocolo desta natureza não está em causa, em nenhuma altura, que as Juntas de Freguesia passem a realizar obra de grande envergadura em vez da autarquia, porque penso que as obras de maior impor tância no tecido social devem continuar a ser da competência da Câmara. As Juntas estão vocacionadas para as obras simples mas que permitem em tempo oportuno satisfazer os fregueses”, sublinha. O decano dos Presidentes de Junta do concelho de Oeiras salientou depois que “este protocolo tem vindo, ao longo do tempo, a ser alancado no seu âmbito e na forma como ele é praticado, sendo de salien tar o cuidado que a autarquia tem tido em controlar a forma como as juntas realizam as suas obras”. Antes de concluir o seu breve depoimen to, Salvador Martins deixou um agra decimento à autar quia e à Assembleia de Freguesia porque “têm a ideia perfeita do que é necessário para tirar o máximo partido daquilo que as juntas podem realizar. É por toda esta complemen taridade que Oeiras está mais à frente”, re matou. Maior eficiência na CMO e Juntas assinaram protocolo acção do poder local, nomeadamente ao nível dos equipa de não ser limitador em termos de despesa mentos e espaços urbanos, património, global, o importante é que o dinheiro seja trânsito, ambiente, educação e despor bem gasto e, de uma forma geral, as verbas to, entre outras áreas, são os objectivos afectas à delegação de competências têm deste protocolo, que tem vindo a alcan sido muito bem utilizadas”. çar uma abrangência cada vez maior. Isaltino Morais está consciente “que os Isso mesmo foi destacado por Isaltino senhores Presidentes de Junta gostariam de Morais, que elogiou a capacidade de ter mais verbas” mas recorda que “tam trabalho desenvolvida pelas Juntas de bém as Câmaras gostariam de ter mais Freguesia: “Começámos cautelosamente meios ao seu dispor. Não se pode pedir às com a delegação de competências às Juntas autarquias que atribuam uma verba cega às de Freguesia mas devo reconhecer que, por Juntas de Freguesia para estas depois faze mérito próprio, foi sendo ampliado o leque rem o que as câmaras fazem”, reitera o au de competências que foram atribuídas às tarca, enquanto recorda os Presidentes de Junta que “tudo tem de ser formalizado freguesias”, salientou. Mais competências implicam, no caso, no Gabinete de Apoio às Freguesias porque, maior investimento nas Juntas de caso contrário, o sistema não funciona de Freguesia, facto que não passou em forma correcta! Quando alguém da Câmara claro ao Presidente da CMO: “Em 2005 ou das Juntas de Freguesia não respei a verba que estava afecta à delegação de ta estas regras obviamente que vai haver competências era de um milhão de euros atrasos. O objectivo do Gabinete não é ser enquanto neste acordo que acabámos de ce uma entidade controladora mas sim ajudar lebrar já estamos a falar de 2,5 milhões de a garantir que não haja erros de ambas as euros. Houve, efectivamente, uma elevada partes”. capacidade de resposta por parte das fregue Antes de dar por encerrada a ceri sias na resolução de pequenos problemas mónia de assinatura do Protocolo da mas que não deixam de ter a mesma impor Delegação de Competências, Isaltino tância que os grandes. Estamos a falar de Morais prometeu continuar a aumen milhares de intervenções que foram feitas tar o leque de competências afectas ao longo dos últimos anos, sobretudo de às Juntas: “Tudo isto é dinâmico e, hoje pequenas questões que causam problemas mesmo, a autarquia vai aprovar uma deli aos munícipes e que as Juntas resolvem com beração que visa a entrega da gestão dos po maior rapidez”. lidesportivos às Juntas de Freguesia. Com A respeito do investimento municipal, a assinatura deste protocolo estamos a dar Isaltino Morais destacou depois o facto mais um passo de continuidade do que tem de todas as dez freguesias do concelho vindo a ser feito mas é também uma expec terem aumentado, ao longo dos anos, tativa de que podemos alargar os horizon a sua capacidade de realização. “Faço tes convictos que chegaremos ao fim deste um balanço muito positivo da delegação de mandato ultrapassando as metas a que nos competências. Este protocolo tem a virtude propusemos”. Belas Club do Campo recebeu torneio golfe Amadora adere ao Pacto dos Autarcas O Belas Clube de Campo recebeu recentemente a primeira jornada do circuito Honda Golf & Drive Tour que, ao lon go do ano, irá percorrer uma dezena de clubes de Golfe da Região de Lisboa. Em cada clube são apurados dois jogadores da classificação gross e três jogadores da classificação Net, sendo também atribuído um wild card ao presidente do clube. São estes seis jogadores que vão representar e defender as cores dos res pectivos clubes, na Final Interclubes, que terá lugar em Tróia, no dia 09 de Outubro. José Alberto Carvalho foi o grande vencedor da classifica ção Stableford Net, tendo relegado Vasco Alexandre e José Lampreia para a segunda e terceira posição, respectivamen te. Relativamente à classificação Stableford Gross o vence dor foi Carlos Andrade, tendo os segundo classificado sido Orlando Santos. A Honda é um dos patrocinadores do Golf & Drive Tour, ten do marcado presença com dois dos seus modelos automó veis de luxo, ao expor o CR-V e ao disponibilizar o Accord Sedan Aut e Accord Tourer para test-drive. Foi ainda sorteado um taco de golfe «Driver» entre os joga dores que testaram estes modelos. Rui Portela, da GolfSport, entidade que organizou a iniciativa, salientou que “a presença de patrocínios no meio do Golfe Nacional tem um significado muito especial e revelador de grande coragem, numa altura em que a pala vra crise é pronunciada até à exaustão. A Câmara Municipal da Amadora aderiu recentemente ao Pacto dos Autarcas – compromisso para as energias sus tentáveis locais de forma a assegurar o objectivo de garantir a necessária sustentabilidade ambiental urbana. O Pacto dos Autarcas é uma iniciativa comunitária, da qual fazem já parte quinze cidades portuguesas, em que os respon sáveis autárquicos se comprometem a superar os objectivos definidos pela União Europeia para 2020, de reduzir em pelo menos 20% as emissões de CO2 nos respectivos territórios. Outra das suas missões é apresentar, no prazo de um ano a contar da data da assinatura, um plano de acção para a energia sustentável, incluindo um inventário de referência das emis sões que defina o modo de concretizar os objectivos. Com a as sinatura deste pacto, a autarquia da Amadora compromete-se também a apresentar um relatório de execução o mais tardar de dois em dois anos após a apresentação do plano de acção, para fins de avaliação, acompanhamento e verificação. Outro objectivo passa por organizar Jornadas da Energia, em coope ração com a Comissão Europeia e outros agentes, para que os cidadãos possam beneficiar directamente das oportunidades e vantagens decorrentes de uma utilização mais inteligente da energia, e informar regularmente os meios de comunicação lo cais sobre a evolução do plano de acção. Finalmente, a Câmara presidida por Joaquim Raposo compromete-se, com a assina tura do Pacto dos Autarcas, a assistir à Conferência anual de Autarcas da União Europeia, dando-lhe o seu contributo. Alive regressa em Julho Pearl Jam, Phoenix, Gossip e Kasabian são os nomes já confirmados para ac tuarem na edição de 2010 do Optimus Alive. Aquele que é definido como o maior festival de música e arte de Portugal está de volta ao Passeio Marí timo de Algés entre os dias 8 e 10 Ju lho. Os Pearl Jam chegam a Algés como ca beças de cartaz do último dia do certa me, sendo esta uma óptima maneira de os milhares de fans nacionais se asso ciarem à banda, que irá celebrar vinte anos de carreira encerrando a digressão europeia do álbum “Backspacer” no dia 10 de Julho no Optimus Alive 2010. Vinda directamente de Seattle, a banda composta por Eddie Vedder (Vocal & Guitarra), Jeff Ament (Baixo), Matt Ca meron (Bateria), Mike McCready (Gui tarra Solo) e Stone Grossard (Guitarra Basse) vai seguramente mostrar porque é que «BackSpacer» alcançou o 1º lugar na Billboard Top 200 vendendo cerca de 350 mil copias, 250 mil das quais nos primeiros dois dias do lançamento. Os Phoenix estarão no Palco do Opti mus Alive para, no primeiro dia do certame, apresentar o quarto disco de originais, «Wolfgang Amadeus Phoenix». Este álbum foi premiado recentemente com um Grammy tendo sido conside rado o melhor álbum de musica alter nativa do mundo. Quem também está de volta a Portugal são os Gossip, que actuam a 9 de Julho no palco principal, depois de terem es tado presentes no Optimus Alive 2008. Também os britânicos Kasabian estão confirmados no cartaz do Optimus Alive, subindo ao palco principal do evento a 8 de Julho para apresentar «West Ryder Pauper Lunatic Asylum», o seu mais recente álbum de originais, editado em 2009. Dentro de um mês deverá já estar de finida a distribuição das bandas pelos três palcos do evento – o Palco Optimus, o Palco Super Bock e o Palco Optimus Discos, por onde já passaram gran des nomes da música mundial como Metallica, Black Eyed Peas, Beastie Boys, The White Stripes, Rage Against the Machine ou Boy Dylan. A apresentação da edição de 2010 teve lugar no passado dia 8 de Fevereiro no Palácio Anjos, em Algés, e foi feita pela Everything is New, promotora do evento. A Câmara Municipal de Oeiras asso cia-se uma vez mais ao Optimus Alive cedendo o espaço contíguo à zona ri beirinha do Passeio Maritimo de Algés. Por dia são esperados 40 mil visitantes, custando os bilhetes 50 euros (um dia) ou 90 euros (passe para os três dias). Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: Espanta Espíritos 26 Fevereiro 2010 Corvos lançam novo álbum em Março Depois de três anos de interregno, os Corvos aprestam-se para lançar o quinto álbum da banda já no final do mês de Março. «Medo» é o nome do novo trabalho dos Corvos, que recentemente passaram de quatro para cinco elementos com a adição de um baterista. O Correio da Linha falou com a banda natural de Oeiras e dá-lhe agora a conhecer o percurso, os projectos futuros e as novidades de uma banda constantemente inovadora e que quer oferecer-lhe muito, muito «Medo». O Correio da Linha (C.L.) - Os Corvos preparam-se para lançar em Março um novo trabalho, como definem este novo álbum? Corvos - É mais um passo da nossa carreira discográfica, que acreditamos que irá surpreender muita gente, umas pessoas irão gostar muito, outras não irão gostar tanto, mas é um álbum variado e que seguramente dará para agradar a muito gente, nomeadamente quem ainda não nos conheça. C.L. - Que novidades traz, em termos sonoros, o novo álbum? Corvos - Todos os álbuns trazem elementos novos, nomeadamente novos instrumentos. Desta vez, introduzimos o baixo, que dá muita liberdade ao violoncelo. Até aqui, o violoncelo era quem fazia os graves e agora temos o baixo como suporte, havendo temas em que vai ser acompanhado por algumas vozes, essa é outra das surpresas do novo álbum. Por outro lado, ao fim de dez anos os Corvos passaram de quatro para cinco elementos, temos um baterista que até agora era sempre convidado para os espectáculos e para as gravações dos CD’s e que agora decidimos integrar na banda. C.L. - Porque sentiram a necessidade de incluir agora esse quinto elemento? Corvos - Não é novidade para nós! Em todos os espectáculos temos bateria e achámos que musicalmente seria importante haver um trabalho de base. Ao longo destes anos, alguns dos membros dos Corvos foram sendo substituídos e, no caso específico do baterista, achámos que seria uma boa adição para nos ajudar a crescer musicalmente e para haver uma maior coesão dentro do grupo. C.L. - Quem ouvir o novo álbum associa-o facilmente aos Corvos? Corvos - Como dissemos anteriormente ele está musicalmente muito variado, tem muitos estilos diferentes que representam vários anos de composição. Até agora o Pedro (primeiro violino) era o praticamente o único compositor mas neste álbum o Tiago também já tem uma música feita por ele. Todos nós vamos aprendendo, vamos crescendo e criando um estilo próprio. C.L. - A opção por editar um álbum musicalmente variado tem motivações comerciais ou trata-se, sobretudo, de uma opção de gosto próprio da banda? Corvos - Foi uma questão de composição, de gosto. Quando compomos há alturas em que estamos mais alegres e há outras onde estamos mais melancó- licos e amorfos e isso nota-se nas músicas mas isso não invalida que o álbum tenha uma linha lógica, um fio condutor. C.L. - Como definem este álbum? Corvos - Penso que o nome do álbum [Medo] já desvenda muita coisa, até porque os medos são muito variados. C.L. - Os Corvos são, pois, um grupo sem receios mas com «Medo». Corvos - [Risos] Sempre com «Medo»... mas não temos medo de dar o passo! C.L. - Onde e quando será possível começar a ouvir as novas músicas dos Corvos? Corvos - Está programado que o álbum seja lançado no dia 25 de Março e, a partir daí, iremos começar a divulgalo um pouco por todo o país. Aqui na zona ainda não está nada definido mas já vai havendo conversas exploratórias porque temos muitos fans nesta zona de Oeiras, temos participado regularmente no concerto de Natal da Junta de Freguesia de Oeiras com o Coro de Santo Amaro de Oeiras, também temos Um espectáculo de som, luz e cor clusivamente deste projecto para pagar água e luz pelo que temos a liberdade de fazer a música com que nos identificamos. Todos temos ideias diferentes, como é óbvio, mas é a soma de tudo isso que faz os Corvos. Temos a sorte de encher todos os locais onde tocamos em Portugal, quando vamos ao estrangeiro ninguém faz ideia de quem somos mas a receptividade também é muito positiva e após a primeira música já toda a gente se rendeu à música que fazemos. C.L. - É desafiante ensinar o público a ouvir música instrumental? Corvos - Sempre, os tons que tocamos são associados à música clássica. Somos um quarteto de cordas, com dois vio linos, uma viola de arco e um violoncelo e temos consciência que esta não é a música que vende mais ou que passa mais nas rádios. Há um grupo Um grupo inovador e que marca uma geração restrito de pessoas que recebido vários pedidos para actuar no nos ouve e que tem alguma dificuldade concelho de Cascais por isso oportu- em dissociar-nos de um grupo de músinidades não irão faltar para os nossos ca clássica mas é importante referir que fans nos ouvirem. os nossos gostos musicais não se restrinC.L. - Têm actuado com vários tipos gem à música clássica. de bandas e artistas... C.L. - Os Corvos completaram em Corvos - Sim, um dos nossos elementos 2009 uma década de existência. Que faz parte da Banda do Exército e pro- balanço fazem deste período? pôs que fizéssemos um concerto em Corvos - Foram dez anos óptimos, com conjunto. Foi uma parceria que correu muito trabalho e muitas histórias para bastante bem, tal como as que realizá- contar! Fomos criando uma família que mos com grupos de ballet, de fado e com outras bandas estrangeiras, o que se explica por sermos uma banda bastante eclética. C.L. - O facto de os Corvos serem um grupo cujo reportório foge ao tradicional pop e ao rock tem sido prejudicial ao crescimento da banda ou é na diferença que reside a força deste projecto? Corvos - Nós não fugimos de estilo nenhum mas temos consciência que é complicado ser-se uma banda instrumental em Portugal porque as pessoas sentem muita falta de haver alguém a cantar ou a dizer algo, talvez para assim perceber melhor a música, não sabemos. Por ser instrumental, pensamos que a nossa música dá muito mais espaço sobre o que quer transmitir. É tudo uma questão de educação musical e de perceber que as bandas instrumentais dão liberdade para que quem as ouve sinta e interprete a música da maneira que quiser! De qualquer forma, nenhum dos elementos dos Corvos depende ex- Actuações são intimistas e arrebatadoras foi sendo reformulada em alguns elementos mas que sai fortalecida destes dez anos. A 25 de Março sai o quinto álbum, porventura não são tantos quanto gostaríamos, mas estamos cá para continuar a trabalhar... C.L. - Três anos entre a edição de dois álbuns não é muito tempo de interregno? Corvos - Parece que foi o ano passado! [risos] O tempo de entrar em estúdio, sair o álbum e começar a ensaiar e gravar o outro faz com que os três anos passem num instante. É muito curto o tempo em que estamos sem fazer nada em termos de produção de álbum. C.L. - Sentem que existe no panorama musical português um A.C (antes de Corvos) e um D.C. (depois de Corvos)? Corvos - [risos] Não temos a coragem de colocar os Corvos como uma marca tão importante para a música nacional mas é verdade que quando aparecemos não havia nada do género e agora, passados estes dez anos, não faltam no país bandas que foram buscar alguma da sua inspiração aos Corvos, nomeadamente ao nível dos instrumentos que utilizam. Essa situação deixa-nos obviamente satisfeitos e orgulhosos mas seria presunçoso assumirmos essa marca. C.L. - Ao longo da última década alguns elementos dos Corvos foram sendo substituídos mas o projecto manteve-se sempre inalterável. Qual é o segredo para um grupo como este resultar há uma década? Corvos - Tentamos ser nós próprios, não entrando em conflitos desnecessá- Entrevista 26 Fevereiro 2010 rios nem impondo a nossa vontade de forma autoritária. O segredo é ir aprendendo uns com os outros e respeitarmos a vontade de todos porque uma banda é como um casamento onde o sexo são os concertos e os filhos os nossos álbuns. [risos] O respeito e a consideração entre as pessoas que formam a banda é a base do segredo da longevidade dos Corvos porque é lógico que estes dez anos implicam muito esforço e muitos meses dispendidos a este projecto. Ele tem-nos trazido muitas dores de cabeça mas também muitas alegrias mas isso só é possível porque estas pessoas se dedicam a fundo. C.L. - São representados, desde há algum tempo, pela Espanta Espíritos... Corvos - Infelizmente não foi desde o início do projecto, a Espanta Espíritos tem feito um trabalho fantástico a nível de promoção e marcação de concertos. Tem-nos ajudado imenso na solidificação deste projecto! C.L. - Os Corvos têm vindo também a entrar em diversos mercados estrangeiros, como tem sido a aceitação «lá fora»? Corvos - A realidade lá fora é totalmente diferente pois não somos únicos no panorama internacional. Existem milhares de quartetos de cordas a tocar por esse mundo fora mas gostamos de mostrar aquilo de que somos capazes pelo que, sempre que vamos ao estrangeiro, procuramos mostrar aos outros povos alguma da nossa música e, em muitos casos, temos sido embaixadores do país. Já estivemos na Argélia, Espanha, Inglaterra, Turquia, Suíça e ainda recentemente estivemos na Sérvia, por exemplo. As culturas de cada país são muito diferentes das nossas mas a receptividade tem sido óptima em todos eles, até porque devemos admitir que têm um nível cultural que não existe em Portugal. C.L. - Qual o país de que guardam melhores recordações? Corvos – É da Argélia, do concerto que demos em Argel, a capital. A sala estava cheia mas estávamos receosos porque a cultura argelina nada tem a ver com a nossa mas o concerto foi um dos maiores sucessos da história da banda. A Argélia não tem máquinas de fumo e nós normalmente temos fumo a sair do palco para criar todo um ambiente muito próximo. Como não havia essas máquinas o nosso técnico teve a brilhante ideia de queimar incenso e proporcionou um ambiente indescritível a toda aquela gente. Estávamos a tocar há um minuto e já estava tudo aos pulos. Sentimos essa vibração positiva por parte do público, que é importantíssima, e demos um dos nossos melhores concertos. C.L. - E como é o público de Oeiras, de onde são originários? Corvos - É dos que mais está identificado com os Corvos, dos que mais percebeu o nosso conceito. C.L. - Como reagem quando um dos elementos tem uma «branca» e se esquece da letra? Corvos - Com naturalidade, um marceneiro de vez em quando também acerta no dedo quando está a pregar um prego, mesmo que já faça aquilo há vários anos. Todos nós erramos e de vez em quando é algo que acontece mas como somos unidos e temos o trabalho de casa feito quando um falha os outros apoiam-no. Quase nem precisamos de conversar em palco porque falamos entre nós com os instrumentos. Há também situações em que, em vez de uma branca, é um instrumento que falha e aí também temos que saber gerir esse problema técnico. Há cerca Grupo prepara-se para lançar novo álbum de oito anos atrás, nos Açores, a via do primeiro violino deixou de funcionar e, para minimizar a situação, trocámos de violino a meio do espectáculo para as pessoas não perderam assim o fio à meada. C.L. - Qual foi o momento mais alto da história a banda? Corvos - Um dos momentos mais altos foi o concerto fabuloso que demos com a Banda do Exército e que estamos a tentar que seja visto por muito mais gente porque foi, de facto, um grande espectáculo. Estamos a tentar gravar um DVD mas esse projecto envolve muita gente, só a Banda do Exército são mais de cem músicos e queremos fazer uma coisa a sério porque com os Corvos as coisas só funcionam dessa maneira, ou são bem-feitas ou não vale a pena. C.L. - O que podem os Corvos continuar a dar de novo ao panorama musical nacional nos próximos anos? Corvos - Muita entrega, muito empenho e muita música. Queremos continuar a dar algo de novo e a querer mostrar que projecto é este dos Corvos, tentando sempre inovar. Uma música é como uma pintura onde retratamos o que nos vai na alma e através da qual transmitimos sensações únicas que nos ligam a quem nos ouve. Enquanto a união se mantiver e houver teimosos a quererem ouvir-nos nós estaremos cá! C.L. - Como definem a musical nacional actualmente? Corvos - Há muitos projectos bons mas também há muita porcaria, como em qualquer área social. Há dez anos que os álbuns que vendem mais são sempre dos mesmos artistas, a música que surge vai sempre de encontro ao que já existe mas acredito que, de certa forma, já vamos marcando alguma diferença e queremos insistir nesse ponto porque acreditamos no nosso trabalho. Sinto que já alcançámos o nosso espaço e que preenchemos uma lacuna que existia em Portugal. Sabemos que o produto que temos em mãos é de qualidade e atractivo, é lógico que se nos perguntar se está como nós queríamos nós somos obrigados a dizer que não mas isso também é porque somos muito perfeccionistas. Mas é sempre bom almejar mais e nunca estar satisfeito com o que já conseguimos. C.L. - A história dos Corvos está desde sempre ligada a Oeiras, considera que o concelho dedica suficiente importância à cultura, nomeadamente à música? Corvos - Sim, sem sombra de dúvidas. Oeiras é um bom exemplo para mostrar a outros concelhos no que diz respeito à área cultural mas sabemos que tudo gira à volta das possibilidades económicas de cada concelho, da sua organização e das pessoas que dinamizam esta área. Damos como exemplo o Maestro César Batalha cujo Coro de Santo Amaro de Oeiras parece estar melhor a cada ano que passa, ele «batalha» diária e arduamente para que o grupo tenha cada vez mais sucesso. É óbvio que nem tudo está bem no concelho de Oeiras pois há sempre a possibilidade de se fazer mais. Da nossa parte, vamos continuar a querer aguçar a curiosidade dos portugueses para querer saber, ver e aprender mais música. Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e Mestre d´Armas 26 Fevereiro 2010 Mestres d´Armas recria e ensina a história Sedeado em Algueirão - Mem Martins, o Mestre d´Armas é um original projecto de exposição e venda de réplicas de artigos his tóricos e decorativos alusivos à Antiguidade Clássica, ao Renas cimento mas sobretudo à Idade Média. Vera Rebelo e Fernando Brecha são os promotores deste projecto, que funciona em paralelo com um outro denominado Companhia Livre. Aqui, o objectivo é a recriação histórica do período medieval através de espectáculos de rua e feiras temáticas mas sobretudo com workshops nas escolas, de forma a estimular nos mais jovens o gosto pelo seu passado histórico. É no primeiro andar de um armazém do Elos Parque, em Algueirão - Mem Martins, que Vera Rebelo e Fernando Brecha têm o showroom onde estão expostos diversos artigos históricos e decorativos alusivos a períodos tão dispersos como a Antiguidade Clássica, o Renascimento ou a Idade Média. Neste espaço podemos encontrar diversos adereços militares que são réplicas autênticas do que era feito no passado, nomeadamente armaduras, elmos e todo o tipo de armas ofensivas como espadas, machados ou alabardas. Pelo valor, mas sobretudo pela sua importância histórica, estes artigos destinam-se sobretudo “a museus e coleccionadores que se interessam pelo artigo tal e qual ele era feito e utilizado numa de- Diversos útensilios que fizeram história segurança sem se magoarem”, distingue. Neste projecto nada fica ao acaso e são os próprios responsáveis quem testa a qualidade do aço das peças que posteriormente transacciona: “Temos uma sala de armas onde se aprende a combater e onde o material que é adquirido para combate é devidamente testado”. Algumas das peças são feitas por artesãos nacionais que trabalham para o Mestre d´Armas enquanto outras são adquiridas na Alemanha ou na Inglaterra. Também as armaduras – chegam a pesar mais de 30 quilos e custam entre 2 mil e 8 mil euros – são feitas com todo o rigor e pormenor: “Fazemos armaduras por encomenda e por medida, tal e qual um alfaiate, a diferença é que estamos a trabalhar com aço forjado à mão. Se forem armaduras de exposição, que à partida existem terminada época histórica”, explica Vera em stock, entregamo-las ao cliente num Rebelo. prazo de duas a cinco semanas mas se forem Além da vertente militar, o Mestre de armaduras feitas à medida o prazo médio já Armas possui também uma área civil varia entre os três e os cinco meses, se bem onde estão expostos vários utensílios que há peças que chegam a levar quase um que se utilizavam na altura e de diver- ano até estarem prontas”, indica. sos materiais como o vidro, o estanho, A pormenorização de todas as peças o barro e o chifre. Lanternas, quadros históricas obriga a um trabalho que de cera que eram utilizados para escre- envolve muitas horas de investigação, ver, espelhos, tesouras, molas da roupa, onde os responsáveis têm de “consulcarrinhos de linhas, óculos ou cadeados tar inúmeros textos, iluminuras e outros são apenas alguns dos artigos para ven- documentos onde todos estes artigos estão da. descritos. Felizmente, a Internet veio faciliExiste depois uma vertente decorativa, tar este nosso trabalho porque permite-nos “destinada a pessoas que gostam de ter em chegar a bibliotecas que estão do outro lado casa artigos bonitos para decorar a casa do mundo sem termos de nos deslocar fisimas cujo rigor histórico é menor. Entre camente até lá”, suspira. Entre os adereços predilectos dos portugueses estão “as peças decorativas sem um rigor absoluto mas alusivas a esse período histórico. Estão muito virados para «o Senhor dos Anéis» e para a época dos templários” refere a rir, enquanto explica que também “alugamos e vendemos peças, mas neste caso réplicas fidedignas, para a realização de filmes e documentários ou exposições. Também vendemos algumas a museus e a particulaVera Rebelo, uma das responsáveis pelo projecto res que gostam de ter as várias peças vendemos jogos de xadrez em casa uma réplica fiel de uma armadura com figuras alusivas a vários períodos ou de uma arma que já esteve num campo históricos, miniaturas de elmos, cavaleiros de batalha, por exemplo”. em miniatura ou espadas decorativas”, A ideia de criar um projecto com estas descreve. características surgiu quando, numa Como se distingue visita aos Estados Unidos, Fernando uma espada fidedig- Brecha assistiu a um evento medieval. na de uma decorati- Tal facto despertou-lhe a atenção e, va? A resposta é-nos quando regressou a Portugal, decidiu dada pela respon- explorar esta área: “Portugal tem uma sável: “As espadas história e um património imenso e é impordecorativas não têm tante fazer chegar à população o gosto pela o equilíbrio de uma sua história, pelo seu passado”, justifica espada de combate, o Vera Rebelo, admiradora confessa da formato é semelhante Idade Medieval. mas não servem para Todo o material em exposição no shocombater pois o aço wroom é vendido no site da empresa é muito mais fraco. (www.omestredearmas.com). “Pode haJá as outras são mais ver algumas peças que tenhamos mais que pesadas e, não sendo uma unidade em stock e aí podemos vendetão bonitas, estão pre- las a alguém que visite o showroom mas o paradas para treino, material de venda ao público encontra-se para combate. Temos todo no site”, esclarece. ainda alguns adereços Da venda de réplicas e peças decoratiem madeira para as vas surgiu a ideia de realizar recriações crianças brincarem em históricas. “O Mestre d´Armas tinha um Entrevista 26 Fevereiro 2010 Uma fase de um treino Durante as recriações históricas, um grupo de pelo menos doze pessoas encarnam personagens medievais e fazem uma viagem no tempo, voltando assim ao século XIV: “Eu já fui uma mulher da corte, uma burguesa, uma mulher do povo... o que diferencia as personagens é o que tenho vestido, os utensílios utilizados e obviamente o período histórico de que estamos a falar”. A Companhia Livre tem andado não só por todo o país mas também pelo estrangeiro com as suas recriações. Aliás, este ano foi mesmo convida- grupo de amigos que se interessavam pelo período medieval e esse interesse levou-nos a realizar recriações históricas. Começámos, enquanto grupo privado, a ir a escolas e a feiras levar um pouco da nossa história mas, como não tínhamos uma necessidade comercial por detrás deste projecto mas apenas o gosto pela história, resolvemos criar uma associação sem fins lucrativos chamada Companhia Livre. Essa associação permite-nos fazer algo que gostamos, divulgar a história, nomeadamente a portuguesa, junto de entidades que não têm muito dinheiro para gastar com esta vertente cultural”, explica a empresária. Espadas são experimentadas na Sala de Armas da para fazer parte da Guarda Real na recriação da Batalha de Tewksbury, em Inglaterra, situação que Vera Rebelo considera “uma grande honra para nós portugueses”. Em Portugal participam “em eventos de grande dimensão como as Feiras Medievais de Castro Marim ou de Óbidos mas curiosamente não participamos na de Sintra. A Câmara conhece o nosso trabalho e dá-lhe valor mas até à data ainda não fomos convidados para participar”, revela. Relativamente à opção por Sin tra para implementar este projecto, a explicação é simples: “Eu e o meu sócio vivemos em Sintra e nada mais prático que fundarmos aqui este projecto, até porque Sintra tem um enquadramento histórico fantástico, tem turismo, tem beleza natural, tem clima, tem praias e serra, por tudo isso entendemos que era uma boa zona para dinamizar a História”, justifica. Além das feiras medievais, a Companhia Livre realiza festas particulares, nomeadamente banquetes e jantares em hotéis e restaurantes e promove festas de aniversário com combates, danças, jogos e música. Todavia, aquilo que mais gostamos é de ir às escolas dar workshops Preparado para a recriação histórica medievais. “Levamos mesteres (ofício medieval) e damos-lhes a conhecer a delas”, assegura. medicina, a olaria, a tecelagem, a pintura, Com este projecto, e sem falsas modésa esgrima ou o tiro com arco. Todas estas tias, Vera Rebelo acredita que está “a actividades existiam no período medieval contribuir positivamente para que as criane vamos até à escola para que as crianças ças se interessem mais pela História e a provejam e participem. Acreditamos que, para va disso é que, de ano para ano, há cada vez todas elas, esta é uma experiência inesquecí- mais instituições a contactarem-nos para vel e isso vê-se no entusiasmo e na excitação essas oficinas”, conclui. Saúde • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. Sócrates inaugurou novo hospital Sonho concretizado em Cascais O Primeiro-Ministro, José Sócrates, inau gurou no passado dia 22 de Fevereiro o HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, gerido pela HPP Saúde em regime de parceria público-privada. Perante um mar de gente onde constavam, entre outros, a Ministra da Saúde, Ana Jorge, o Ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, e os Presidentes das Câmaras Municipais de Cascais e Sintra, António Capucho e Fernando Seara, respectivamente, além de centenas de personalidades do concelho de Cascais, José Sócrates descerrou a simbólica placa que assinalou a inauguração oficial do imponente edifício. “Cascais tem finalmente o seu novo hospital, uma unidade que era reclamada há mais de 30 anos. Este hospital é também um símbolo da área que o Governo elegeu como prioritária para o seu investimento público. Estamos muito orgulhosos da obra agora inaugurada, sabendo tudo aquilo que ela representa para todos os que aqui residem”, sublinhou o Primeiro-Ministro. Por sua vez, a Ministra da Saúde, Ana Jorge, lembrou que a inauguração do novo complexo hospitalar “é o sonho de muitos anos das populações, dos autarcas e dos profissionais de saúde de Cascais e passa agora a ser uma realidade. Este é mais um hospital da rede do Serviço Nacional de Saúde, mais um hospital que garante que a saúde é um valor para todos. O Governo lançou a maior operação de sempre de requalificação do parque hospitalar em 30 anos do SNS”. Quem também exibia um sorriso «de orelha a orelha» era José Miguel Bo quinhas, Presidente do Conselho de Administração da HPP Cascais e cicerone de José Sócrates na visita que o Primeiro-Ministro realizou ao hospital: “Estamos a viver um momento mágico para a população de Cascais, que há tantos anos ansiava por ter uma unidade hospitalar de excelência e que servisse a população de acordo com os mais modernos parâmetros de prestação de cuidados de saúde”, subli- nhou o responsável, que assegurou aos jornalistas que “fizemos um contrato com a principal organização internacional na área da acreditação da qualidade para, dentro de dois anos, termos o hospital acreditado em termos de qualidade na prestação de cuidados de saúde”. Já António Capucho, Presidente da Câmara Municipal de Cascais (CMC), admitiu “não encontrar na minha carreira política de mais de 40 anos qualquer outro momento tão gratificante como este que hoje me é dado viver”, uma vez que “com a inauguração deste Hospital melhoramos claramente a mais antiga e premente necessidade dos cidadãos de Cascais”. O autarca destacou os oito milhões de euros investidos pelo município de Cascais “em obras diversas e expropria ções de terrenos que foram necessárias para complementar o perímetro cedido pelo Governo para este fim” e lembrou que a CMC teve a seu cargo a tarefa de “promover as acessibilidades viárias e o fornecimento de electricidade, água, gás e telecomunicações, bem como a drenagem de águas residuais domésticas, o reforço da iluminação pública e a requalificação dos espaços exteriores”. O autarca destacou ainda o trabalho desenvolvido pelo patrono do Hospital, Dr. José de Almeida, no início do século passado no Hospital Ortopédico de Cascais, edifício que doou ao Estado e que desde então tem estado ao serviço da população de Cascais mas que será agora desactivado: “Aguardo com expectativa o destino que o Governo lhe quer proporcionar, sendo certo que estaremos muito receptivos e recomendamos o seu aproveitamento para uma unidade de cuidados continuados e paliativos e ainda para acolher a extensão de saúde de Carcavelos. Creio que o produto da alienação do edifício de Cascais seria suficiente para financiar aquele desígnio, proposta que deixo hoje à consideração do Governo”, concluiu. O Hospital de Cascais torna-se, assim, o primeiro hospital do Serviço Nacional de Saúde a ser concessionado e construído em regime de parceria públicoprivada. Irá abranger uma população de cerca de 300 mil pessoas dos concelhos de Cascais e Sintra, sendo que a prestação de cuidados de saúde à população do concelho sintrense é feita em exclusivo na área maternoinfantil para as seguintes freguesias: Algueirão-Mem Mar tins, Pêro Pinheiro, Colares, S. João das Lampas, Santa Maria, S. Martinho, S. Pedro de Penaferrim e Terrugem. A partir de agora, cerca de 300 mil pessoas passam a ter ao seu dispor uma unidade que todos acreditam representar um salto qualitativo na gestão e na qualidade dos cuidados de saúde prestados à comunidade, entre os quais se encontram mais duas especialidades até agora não existentes: a urologia e a psiquiatria. O novo hospital oferecerá igualmente meios complementares de diagnóstico e terapêutica, nomeadamente mamografia, TAC, ecografia, implantes de pacemakers provisórios, entre outros, na área da medicina física e reabilitação, como a terapia ocupacional e terapia da voz e fala, exames de neurologia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Localizado na zona das antigas baterias militares, em Alcabideche, o novo Hospital de Cascais tem uma capacidade de 277 camas, 33 gabinetes de consulta, seis salas de bloco operatório e dez blocos de partos. Em 2018, prevê ter uma capacidade máxima anual de 115 mil consultas, 67 mil diárias de internamento e 6474 cirurgias. De realçar ainda que o novo hospital de Cascais tem uma contratualização assen te na descentralização e na responsabilização de todos os profissionais que ali trabalham, contratualização essa que é feita por cinco departamentos transversais ao Hospital: Medicina e Especialidades Médicas; Cirurgia e Especialidades Cirúrgicas, Anestesia e Blo cos Operatórios, Mulher e Criança e Urgência e Cui dados Intensivos. 26 Fevereiro 2010 26 Fevereiro 2010 Actual 10 Aventura • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e J.R. 26 Fevereiro 2010 Tarzans à solta no Adventure Park O Complexo Desportivo do Jamor tem a decorrer, desde Abril do ano passado, um projecto inédito na região da Grande Lisboa: o Adventure Park. Ao longo de cerca de seis hectares, miúdos e graúdos podem divertir-se percorrendo três circuitos compostos por diferentes obstáculos que os levam de árvore em árvore, soltando assim o Tarzan ou a Jane que existe dentro de cada um. Hugo Lameiras, 28 anos, veio proposi tadamente da Costa da Caparica para fazer o Mega Circuito (percurso para adultos) do Adventure Park. Incitado por um amigo que trabalha no parque a conhecer aquele projecto, viveu duas horas de pura adrenalina e, no final do circuito, foi com um enorme sorriso nos lábios que falou ao jornal O Correio da Linha: “Foi uma óptima experiência, o percurso é fenomenal e gostei muito de ter vindo. Tinham-me dito que esta era uma experiência diferente, com muita adrenalina, e as expectativas confirmaram-se”, descreveu. Depois de apontar o enorme slide como “a melhor experiência da tarde”, o visitan te admitiu, no entanto, que “não contava com um circuito tão grande mas adorei fazer o percurso, nunca havia experimentado nada do género e valeu bem a pena”. A avaliar pelas expressões faciais das pessoas com quem nos cruzámos, a opinião de Hugo Lameiras era parti lhada por todos quantos visitavam o A equipa do Adventure Park Adventure Park naquele dia. E os nú meros comprovam o sucesso do projec to. Em menos de um ano [o parque assi nala o seu primeiro aniversário no pró ximo mês de Abril], o Parque Aventura do Jamor já registou a entrada de mais de doze mil visitantes, números ele vados que deixam até os responsáveis surpreendidos: “Foi um primeiro ano mui to bom, superou tudo aquilo que estávamos a espera mas penso que estes dados também poderão ser explicados por uma filosofia inovadora que aqui introduzimos. Enquanto os outros parques europeus fecham durante o período de Inverno, nós mantivemo-nos abertos, quisemos testar a viabilidade do projecto nos meses mais frios e estamos satisfeitos com os resultados alcançados”, descreve Carlos Alves, Coordenador do Adventure Park. O Parque Aventura do Jamor é cons tituído por três circuitos diferentes de arborismo e destinados a vários tipos de público. O maior e mais atractivo é o Mega Circuito, disponível para adultos e para menores que tenham, pelo menos, 1,40 metros (um adulto por cada duas crianças). O segundo cir cuito denomina-se Pequena Floresta e destina-se a receber as crianças com menos de 1,40 metros. Finalmente, o terceiro e último circuito foi ofertado ao Instituto do Desporto de Portu gal (IDP) e tem como destinatárias as crianças cuja altura não seja superior a 1,10 metros. Trata-se de um projecto privado que funciona em parceria com o IDP, que foi quem cedeu o espaço para a instalação do par que e que surgiu “através de uns sócios que viram este projecto em Inglaterra, acharam-no interessante e trouxeram a ideia para Portugal. Depois de algum tempo à procura de uma empresa que fizesse o projecto, contactámos uma empresa francesa que nos montou os três circuitos que constituem o Adventure Park”, refere o responsável, que destaca a centralidade ge ográfica do recinto: “Na região da Grande Lisboa não existem muitas actividades ao ar livre e acreditamos que a população sentia falta de algo do género nesta zona. Estamos a dez minutos do centro de Lisboa e ter uma área de desporto radical no meio da natureza tão perto de Lisboa é fantástico”. O Arborismo é «rei e senhor» no Parque Aventura do Jamor, sendo a única actividade que os responsáveis proporcionam neste recinto: “É um desporto radical que nasceu através de uns cientistas que estavam na Amazónia para estudar a copa das árvores, a fauna e a flora daquela zona, e para ajudar a movimentar-se de árvore para árvore começaram por utilizar umas cordas e mais tarde começaram a fazer umas passadeiras. Uns anos depois, um francês conseguiu desenvolver esta actividade e transformá-la num desporto radical”, revela o responsável. E é precisamente em Oeiras que está instalado o maior parque de arboris mo da península ibérica. “Queremos proporcionar às pessoas a sensação de andar nas árvores e sentirem-se um Tarzan ou uma Jane em cima das árvores, sempre com a máxima segurança”, justifica o Coordenador. Mas o que podem os visitantes encon trar em concreto neste espaço? “Temos a tradicional pista de obstáculos mas, em vez de ser feita no chão, adequamo-la à Hugo Lameiras adorou a experiência Uma experiência radical para miúdos e graúdos copa das árvores. Temos pontes, túneis, travessias de cordas, um salto de Tarzan em que a pessoa está presa a uma corda e se manda para o vazio para uma rede que está no outro lado, e depois no final de cada circuito existe um slide com mais de 200 metros”, conta o Coordenador. Além do tempo que leva a ser com pletado o percurso (duas horas para o Mega Circuito e 30 a 40 minutos a Pequena Floresta), existem diferenças claras ao nível da monitorização dos dois circuitos. Enquanto os mais novos são acompanhados em permanência por monitores, os adultos e demais participantes do Me ga Circuito são responsáveis por si próprios. “Pelo conhecimento que já temos do projecto, constatamos que, em termos psicológicos, as pessoas fazem menos asneiras se não tiverem um monitor por perto”, justifica Carlos Alves. Mas não se pense que a segu rança foi descurada por este projecto. Ao contrário, ela é “a nossa principal preocupação”. Quando uma pessoa, uma fa mília ou um grupo chega ao Adventure Park começa por se dirigir ao chalé da recep ção, onde faz a inscrição e as sina um termo de responsabi lidade. Depois, todas aquelas que se aprestam para fazer o Mega Circuito, são equipadas com um arnês que tem três pontos de vida. Já as crianças também usam um arnês que tem um adaptador que encaixa na linha de vida. Aí são os próprios monitores que as prendem para as crianças faze rem o percurso à vontade, sem o medo de se magoarem. A segurança é um aspecto vital para os promotores deste projecto. De tal forma que desde o momento em que saem do chão até que voltam a pisar terra firme, as crianças estão sempre presas a um cabo de vida pelo que, mesmo que escorreguem, nada lhes acontece pois ficam penduradas. Nos adultos, como já foi referido, são eles que se prendem mas, antes de inicia rem o percurso, é-lhes dado um brie fing em que são explicadas todas as normas de segurança. “Existe um mosquetão azul e um vermelho e os visitantes vão associar sempre esses mosquetões às cores que vão encontrando no percurso. Fazemos esse teste às pessoas e, se virmos que elas estão aptas, deixamo-las sair para o percurso, se não conseguirem damos-lhes uma segunda oportunidade e, se ainda assim, continuarem sem conseguir nós restituímos-lhes o valor que haviam pago”, salienta. O Adventure Park tem como princi pal meta divertir os seus visitantes e proporcionar-lhes uma experiência Aventura 26 Fevereiro 2010 diferente mas há também situações em que este tipo de experiência ajuda as pessoas a superarem medos e fobias: “Para as pessoas que têm medo de alturas nós ajudamo-las a ultrapassar esse medo, desde que ele seja psicológico. Medo de alturas é possível ser superado e vertigens também, desde que estas sejam psicológicas. Apenas em situações que influem na saúde da pessoa, nomeadamente ao nível do ouvido interno, Carlos Alves, Coordenador do Adventure Park é que não podemos fazer nada. Em todo o caso, é muito positivo cinto tem sido visitado por todo o tipo alguém chegar até nós com medo de altu- de pessoas, oriundas dos mais diversos ras, achando que não vai conseguir fazer locais do país. “Já vieram pessoas do Porto o percurso, mas que no fim, afinal, até já e do Algarve propositadamente para vir ao quer repetir a experiencia”. Adventure Park, tem sido fantástico”, conApesar de toda a adrenalina que o firma. percurso proporciona, o Coordenador Actualmente, este complexo dá emassegura que não é necessária gran- prego a 12 pessoas, seis das quais a de destreza física para concluir os tempo inteiro. Tem capacidade mávários obstáculos que são propostos xima para receber, em simultâneo, 78 aos visitantes: “Já aqui tivemos uma pessoas no Mega circuito e 40 na Pesenhora com 71 anos que fez o parque na quena Floresta, sendo regularmente totalidade, tal como um senhor com 74 utilizado para despedidas de solteiro, anos que também fez todo o percurso sem festas de aniversário, visitas escolares grandes problemas”, exemplifica Carlos ou «corporate days» de grandes emAlves, que aconselha no entanto os presas. O parque funciona das 10h00 visitantes a virem vestidos de forma às 18h00, sendo que a última entrada simples e informal. “Nos dias de mais para grupos ocorre às 16h30, excepfrio aconselhamos que tragam luvas, além tuando nos meses de Verão em que a última entrada tem lugar às 17h30. Todavia, convém sempre contactar antecipadamente os responsáveis do parque, sobretudo ao fim de semana em que o Adventure Park costuma lotar, mas também durante a semana em época baixa porque os responsáveis nem sempre têm o circuito montado. O sucesso do parque de arborismo do Jamor tem sido de tal forma Uma das atracções do parque de arborismo evidente que os resdos tradicionais ténis, calças de ganga ou ponsáveis ponderam não só estender de fato de treino, um pólo ou uma t-shirt os seis hectares já existentes como ine muita energia e vontade de se divertir”, clusivamente abrir projectos idênticos em outros pontos do país: “Temos novos diz bem-disposto. Inaugurado em Abril de 2009, o Adven- projectos em estudo, de momento existe ture Park registou já cerca de doze mil uma proposta para alargar este parque para visitantes mas, curiosamente, não foi uma zona um pouco mais deslocada aqui da nos meses de Verão que registou o seu recepção mas não está nada ainda definido. pico de visitas: “O grande boom aconte- Por outro lado, andamos também atentos a ceu nos meses de Setembro e Outubro, che- outros sítios em que haja oportunidade de gámos a ter pessoas que esperaram cerca de podermos instalar um parque como este uma hora para poderem fazer o percurso o pois queremos continuar a crescer mas semque, para um parque com apenas um ano, é pre mantendo o mesmo conceito e a aposta extraordinário”. E a verdade é que o re- no arborismo”, assegura Carlos Alves. 11 Bombeiros de Oeiras recebem apoio da Câmara A Câmara Municipal de Oeiras atribuiu recentemente 105 mil euros a várias corporações de bombeiros do concelho para acções diversas, tais como reparações em viaturas, obras e fardamento, entre outras. À Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Algés foram atribuídos cerca de 8.500 euros destinados a formação prática de bombeiros e reparações em viaturas e equipamento. A autarquia atribuiu à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos um subsídio no valor de 804 euros e comparticipações financeiras superiores a 11 mil euros para aquisição de fardamento e equipamento individual e apetrechamento do seu novo Quartel. Por sua vez, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Dafundo recebeu perto de 10 mil euros para aquisição de equipamento, enquanto a Associação dos Bombeiros Voluntários de Carnaxide recebeu um montante superior 18 mil euros para formação prática de bombeiros, obras de reparação no quartel, aquisição de equipamento fundamental para o adequado desempenho das suas funções e aquisição de fardamento e equipamento individual. À Associação Humanitária dos Bombeiros Linda-a-Pastora foram atribuídas comparticipações financeiras de aproximadamente 28 mil euros que se destinam à formação prática de bombeiros, à aquisição do fardamento e equipamento individual, à aquisição de equipamento e a reparações em viaturas e equipamento. Finalmente, a autarquia atribuiu ainda uma comparticipação à Associação dos Bombeiros Voluntários Progresso Barcarenense de quase 6,5 mil euros para grandes reparações em viaturas e mais de 21 mil euros à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oeiras para aquisição de equipamento individual. Ficha Técnica JORNAL MENSAL DE ACTUALIDADE Tel.: 21 443 00 95/6 • Fax: 21 442 25 31 Telem.: 913263567 Administração, Redacção e Publicidade: Rua Prof. Mota Pinto, Loja 4 • Bairro do Pombal, 2780-275 Oeiras www.ocorreiodalinha.pt • [email protected] Director: Paulo Pimenta Editor Chefe: Pedro Quaresma Redacção: Claúdia Silveira, Jorge Cordeiro, Margarida Cecílio Marketing e Publicidade: Sofia Antunes Fotografias: J. Rodrigues e Diogo Pimenta Paginação e Impressão: MX3 - Artes Gráficas – Rua Alto do Forte - Sintra Comercial Park Fracção Q - Armazém 16 - 2635-446 Rio de Mouro - Tel.: 21 917 10 88 Administração: Alice Domingues /Paulo Pimenta com mais de 10% Propriedade: Vaga Litoral Publicações e Edições, Lda. – Matr. Nº 12018 – Cons. Reg. Com. Oeiras - Capital social: 5 000 € - N. C. 504285092 - Depósito Legal N.º 27706/89 - Registo na I.C.S. N.º 114185. Tiragem do mês: 15 mil exemplares Preço de Assinatura anual – 12 edições: 13 euros Frutos do Mar 87 Produtos congelados de alta qualidade Peixe – Marisco – Salgados e Legumes Fornecedor de Cantinas Restaurantes e Peixarias Loja 1 (Queluz) Rua José Afonso, n.º 32 A Casal das Quintelas • Tel.: 21 436 09 85 Loja 2 (Amadora) Av. D. Nuno Álvares Pereira, 8 A Tel.: 21 492 67 67 NOVA LOJA EM VILA CHÃ Pequeno Mar Av. Canto e Castro, n.º 3 B - AMADORA 12 Ensino • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J. R. 26 Fevereiro 2010 Vila Chã tem super-escola Joaquim Raposo destacou empenho da CMA em ter escolas de excelência A Ministra da Educação, Isabel Alçada, e o Presidente da Câmara Municipal da Amadora (CMA), Joaquim Raposo, inauguraram no passado dia 15 de Janeiro a Escola EB1/ JI/Creche Aprígio Gomes, situada na Urbanização Casal de Vila Chã, Freguesia de São Brás. Na presença de várias entidades e convidados, nomeadamente vereadores, presidentes de Juntas de Freguesia do concelho e familiares de Aprígio Gomes, entre outros, a ministra e o autarca descerra- ram a placa que marcou a inauguração deste novo equipamento escolar, que tem as valências de Creche, Jardim de Infância (JI) e 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB). Após a cerimónia protocolar, Isabel Alçada começou por salientar que a inauguração daquela escola “é o resultado de um trabalho de unidade entre o Ministério da Educação e a Câmara da Amadora”. A Ministra da Educação lembrou depois que “a minha antecessora fez um trabalho de colaboração permanente com a CMA, eu A sua Lavandaria Especializada Recolha e entrega ao domicílio Serviço de Lavandaria: Para Cabeleireiros (1.00E/Kilo) Para Restaurantes (1.30E/Kilo) Todos os dias das 9 às 13h e das 15 às 19.30h Sábados das 9 às 13h. Urbanização Vila Chã Av. Canto e Castro, Lote 41 Loja Esq. 2700-782 Amadora Tel. 214 937 180 Tlm. 965 725 391 Tlm. 960 096 637 A Ministra responde a questões levantadas pelos alunos ?6G9>B9:>C;ÙC8>6 Ydh(Vdh+Vcdh Todos os dias das 9 às 21h. Encerra ao Domingo ,|h&.] =dg{g^dYVh ei ZhigZaVhYZajo# :"bV^a#\ZgVa5 lll#ZhigZaVhYZajo#ei 6k#;ZgcVcYdKVaaZ!AdiZC°(%Ad_V7JgWVc^oVdYZK^aV8] ',%%"(.'8VhVaYZH#7g{h"6bVYdgV IZa#(%..%').+Iab#.+')**.(,q.+(.'*&&) própria vim aqui para celebrar o primeiro protocolo com o Plano Nacional de Leitura, e este trabalho entre as organizações deu como fruto uma escola unida. Antigamente havia várias escolas, que agora se unem numa estrutura que abre com outras valências, como é o caso da creche e do jardim-de-infância, além das 18 turmas de primeiro ciclo”, destaca. Para Isabel Alçada, as várias instituições presentes na cerimónia “representam a união de forças que aqui surgiu com o intuito de criar condições cada vez melhores para as novas gerações e por isso fico muito contente por poder participar deste movimento”. A responsável pelo Ministério da Educação fez ainda questão de deixar uma palavra de apreço aos familiares de Aprígio Gomes, um importante comerciante que fixou residência na cidade da Amadora no início do século XX e que ficou conhecido pela Gourmet Comida Portuguesa • Italiana • Vegetariana (Take Away) Chocolates • Bombons • Doces Regionais • Mel • Chás Avenida Fernando Valle, Lote 33 – Loja B – 2700-382 Amadora Tel: 214 923 608 – [email protected] ACEITAMOS ENCOMENDAS GRELHADOS NO CARVÃO • Bacalhau a Lagareiro • Polvo à Lagareiro • Frango • Picanha • Espetadas Mistas • Costeletas de Novilho • Teclado • Secretos de Porco Preto • Entremeada • Entrecosto • Lombinhos de Porco com Bacon, etc. Guarnições: Batata a murro • Arroz de Miudos • Batatas Fritas e Salada Mista. Horário das 12h às 15h e das 19h às 21h. • Encerra à Segunda-feira. Tel. 214 927 398 • Tlm. 966 534 741 Urbanização Casal de Vila Chã • Av. Canto e Castro – Lote 15 – Loja A• 2700-782 Mina - Amadora Descerrando a placa comemorativa Cabeleireiro Estética Ensino 26 Fevereiro 2010 Joaquim Raposo e Isabel Alçada convivem com os alunos sua paixão pelas ciências, que o levou mesmo a aproveitar o torreão da sua casa (onde actualmente se encontra o Centro de Ciência Viva da Amadora) para nele instalar uma luneta astronó mica através da qual observava o céu. “É uma escola que assume a dimensão Jovens dão as boas vindas aos visitantes 13 objectivo: ter equipamentos de educação do mais alto nível. Uma das metas que traçámos para os próximos quatro anos é ter capacidade para receber todas as crianças com 4 e 5 anos e propomo-nos atingir outro ainda mais difícil, que é alcançar a total cobertura ao nível do pré-escolar”, concluiu. Após o final da cerimónia protocolar, a comitiva li derada por Isabel Alçada e Joaquim Raposo teve opor tunidade de visitar as mo dernas instalações daquele equipamento escolar, ten do mesmo confraternizado Ministra destacou qualidade da infra-estrutura com algumas das crianças que agora passam a ter mais e me la», que mais não era que um vídeo lhores condições para desenvolver as realizado pelos alunos da nova Escola suas capacidades cognitivas. EB1/JI/Creche Aprígio Gomes cujo No final da visita, a Ministra da Edu intuito foi precisamente apresentar, cação foi ainda brindada com a apre de forma lúdica, o novo equipamento sentação de «Uma Aventura na Esco escolar a Isabel Alçada. das escolas que a integram e que honra a memória de uma figura histórica como é Aprígio Gomes. É uma escola aberta à modernidade, com as condições próprias para trabalhar na nossa época, com os recursos necessários para que as crianças tenham acesso à informação e às novas tecnologias que são indispensáveis para uma escola da nossa época”, disse Isa bel Alçada. A CMA investiu perto de três mi lhões de euros na construção da EB1/ JI/Creche Aprígio Gomes, um mega equipamento es colar que receberá crianças das anti gas EB1 Aprígio Gomes, EB1 Mina D’Água e JI de Sta. Filomena. Terá ca pacidade para receber 450 alunos do 1.º CEB, 100 de JI e 50 crianças na área de Creche. Presentemente, estão a funcionar ape nas as valências de JI e 1.º CEB, preven do-se que a Creche (para crianças dos 4 meses aos 3 anos), gerida pela Santa Casa da Misericórdia da Amadora, en tre em funcionamento ainda no decor rer deste ano lectivo. O Presidente da CMA, Joaquim Ra poso, salientou que “sinto sempre um enorme prazer quando se trata de inaugurar uma nova unidade escolar” e lem brou que “Aprígio Gomes merecia ter o seu nome associado a uma escola nova e moderna”. O autarca explicou depois que “esta escola insere-se naquele que é o nosso Aposte na educação do seu filho!!! Venha conhecer o seu novo Espaço de Estudos e Ocupação de Tempos Livres, que lhe oferece: Gerência de: Andreia Barbarrôxa Marcações Telf: 21 492 50 74 Telm.: 96 802 49 24 Horário de segunda a sábado das 9 às 20h Avenida Canto e Castro, lote 15 Loja B Vila Chã | 2700 AMADORA Aberto todo o ano das 7h30 às 20h • Explicações • Estudo Acompanhado (Salas de estudo) • Ocupação de Tempos Livres • Apoios Psicológico e Psicopedagógico (Orientação Vocacional – Dificuldades de Aprendizagem) • Terapias (da fala e Ocupacional) • Actividades variadas (informática, Hip-hop, Inglês, Ateliês diversos, etc.) • Festas de Aniversário Av. Canto e Castro, Lote 16, Loja B - Vila Chã • Casal de São Brás – 2700-782 Amadora Tel: 21 409 48 29 – 91 916 15 28 – 96 255 10 72 • E-mail: [email protected] • Site: www.geracao-certa.pt 14 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e F.P.E.P.T.T. 26 Fevereiro 2010 Elisabete Ferreira Casa da Barragem Em 1986 a Santa Casa da Miseri córdia de Cascais (SCMC) criou a Fundação Portuguesa para o Es tudo, Prevenção e Tratamento da Toxicodependência (FPEPTT) com o objectivo de objectivo de estudar, prevenir e tratar a toxicodependência. Um dos projectos desta Fundação é a Casa da Barragem, uma comunidade terapêutica para toxicodependentes e alcoólicos que funciona na Quinta do Pisão, em Alcabideche. O Correio da Linha visitou esta IPSS, conheceu histórias de luta e coragem de alguns utentes e dá-lhe agora a conhecer esta instituição através da Directora-Geral daquela Fun dação, Elisabete Ferreira. O Correio da Linha (C.L.) - Como surgiu a FPEPTT? Elisabete Ferreira (E.F.) - A Fundação foi criada pela SCMC em Dezembro de 1986 com o intuito de dar uma resposta às problemáticas do concelho mas também às problemáticas relacionadas com a toxicodependência a nível nacional. As pessoas chegam até nós enviadas por equipas de tratamento do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) ou através de outras pessoas que já cá estiveram e se trataram ou através de familiares e amigos dessas pessoas. De salientar que o nosso Conselho de Administração é composto pelas mesmas pessoas que compõem a Mesa da SCMC. A Dra. Isabel Miguens Bouça é simultaneamente Provedora da SCMC e Presidente do Conselho de Administração da Fundação. C.L. - Quais são as valências desta instituição? E.F. - No departamento psico-social existe uma porta de entrada onde são feitas as triagens e um Centro de Dia cujo objectivo é preparar as pessoas para entrar na Casa da Barragem. Os que são enviados pelas equipas de tratamento do IDT têm os seus terapeutas pelo que se faz apenas uma ponte até entrar na comunidade terapêutica mas todas as outras pessoas que chegam à Fundação são acompanhadas no Centro de Dia para se fazer um balanço da sua vida, das percas associadas aos consumos das substâncias e um forte reforço na motivação para a adesão a um tratamento, seja em ambulatório ou em internamento em comunidade. Este departamento tem a particularidade de envolver as famílias das pessoas porque é um projecto que traz uma evidente mais-valia dado que possibilita que a própria família aprenda a lidar com o problema e faça um esforço positivo para o superar. C.L. - Quais são os critérios que diferenciam os utentes que ficam em ambulatório dos que ficam em internamento? E.F. - Nem todas as pessoas aceitam o internamento em comunidade terapêutica. Por vezes, precisam de algum tempo de motivação para entenderem a importância desse internamento, há também os que estão doentes e é preciso fazer uma ponte com os médicos de família ou com os hospitais mas o internamento depende essencialmente de um factor: a motivação da pessoa! Ela tem que aceitar que tem um problema de tal forma grave que precisa de estar internada durante um período para o solucionar. C.L. - O ambulatório é suficiente para combater o vício da toxicodependência? E.F. - Há inúmeros casos de pessoas que estão unicamente em ambulatório e com sucesso mas fica mais difícil atingir os objectivos porque não existe um espaço contentor onde as pessoas são acompanhadas 24 horas por dia. No ambulatório os utentes vão lá uma vez por semana ou de quinze em quinze dias. Seguramente que nem todas as pessoas precisam de internamento mas a taxa de sucesso é menor. C.L. - Consegue dar-nos dados concretos? E.F. - Fizemos recentemente um folow up das pessoas que saíram da casa há três anos atrás e, das 56 pessoas que tivemos internadas, 37 estavam limpas e integradas socialmente. Duas pessoas tinham falecido e os outros recaíram. Destes, houve alguns que pediram aju da imediatamente, ou a nós ou às equipas que os colocaram cá, enquanto outros recomeçaram a consumir com assiduidade e aí tornase mais problemática a sua recuperação. C.L. - Todos os que entram na Casa da Barragem fazem-no de livre e espontânea vontade? E.F. - Não, nem todos. Há quem chegue por pressão da família, dos amigos ou até mesmo das entidades patronais e há inclusivamente alguns utentes que chegam por medidas judiciais como alternativa à pena. Nesses casos as pessoas vêm obrigadas mas quase todas reconhecem que o internamento em comunidade terapêutica se torna uma mais-valia e uma vantagem para a sua recuperação. C.L. - Em média, quanto tempo permanece uma pessoa na Casa da Barra gem? E.F. - Na comunidade terapêutica temos vários programas a funcionar em simultâneo que depois adequamos a cada caso. Existe um programa geral de nove meses para toxicodependentes, sendo que este programa está dividido por três fases, cada uma com três meses. Na primeira fase há um corte com a rede social, nomeadamente com a família, porque esse facto facilita a adesão ao programa sem estar disperso com outras preocupações, nomeadamente em frequentar os locais onde habitualmente consumia. Na segunda fase, os utentes já podem ir passar um sábado ou um domingo a casa por semana, enquanto na terceira fase já têm todo o fim-de-semana. Todavia, a passagem de uma fase para outra também depende de cada pessoa e da evolução que a equipa técnica acha que a pessoa está a ter para depois assumir maior responsabilidade. Há muitas pessoas que não se sentem preparadas para ir de fimde-semana, por exemplo. C.L. - Que especificidades tem este programa geral? E.F. - Eles fazem terapia de grupo, têm seminários temá ticos, preparação e avaliação do fim-de-semana e acompa nhamento individualizado. Outra particularidade é o facto da reinserção se fazer em tratamento, em virtude deste ser um programa longo, ou seja, a última fase do programa é virada para a reinserção socioprofissional e familiar. Partimos de um pressuposto que a alta clínica é dada no momento em que eles já estão a trabalhar e têm sitio onde viver. Quando acabam o programa podem ir, por exemplo, para o apartamento de reinserção que temos no Murtal e que lhes facilita a reentrada na sociedade. Olhamos para estas pessoas como alguém que em determinado momento da vida teve um problema de substâncias, estão aqui para conseguir dar um novo sentido à sua vida e, como qualquer outro jovem que precisa de trabalhar, tem de ir à procura de emprego nos canais próprios. Instigamo-los a completarem o 9º ou o 12º ano ao abrigo das Novas Oportunidades, damos-lhes possibilidades de poderem tirar a carta de condução ou de frequentarem cursos de formação profissional. C.L. - Além do programa geral, que outros programas tem a instituição? E.F. - Temos também outros programas que estão inseridos neste programa geral mas com algumas particularidades. Existe, por exemplo, um programa para doença psiquiátrica concomitante para situações de pessoas com doença mental grave e que simultaneamente consomem drogas ou álcool. Entre estas pessoas, há alguns que já tinham problemas psiquiátricos anteriormente mas outros adquiriram estas problemáticas como consequência do consumo. Temos, por outro lado, um programa específico para grávidas ou mães ou pais com filhos que também tem diversos momentos individualizados relativamente à gravidez ou ao facto de já terem tido outros filhos. Pretendemos aí activar as suas competências parentais e paternais, ajudá-las a vivenciar com as suas culpabilidades pelo facto de terem andado a consumir durante a gravidez. Para os que são pais, sejam homens ou mulheres, focamo-nos essencialmente nas competências parentais mas também em algumas saídas onde eles possam desenvolver essas competências e desfrutar delas. De salientar ainda o programa específico para alcoólicos cujo período máximo de permanência aqui é de seis meses, enquanto os toxicodependentes podem ficar até 18 meses. Neste programa investimentos sobretudo em trabalho escrito, em avaliação relativa às percas e aos ganhos com o álcool. Neste programa investimos fortemente nos sinais na prevenção, nomeadamente nos sinais de recaídas em comportamento. C.L. - Quantas pessoas tem a Fundação ao seu cuidado? E.F. - Temos 40 em internamento e 18 no apartamento. São homens e mulheres desde os 20 aos 56 anos. C.L. – As actuais instalações correspondem às reais necessidades desta população? E.F. - Sim correspondem. Esta casa está licenciada para dar resposta a 46 utentes, 37 dos quais estão convencionados com o IDT. No entanto, com a equipa que temos o máximo de utentes que recebemos é 40 para o serviço não perder qualidade. C.L. - Quais são as substâncias que mais viciam e mais motivam estes internamentos? E.F. - A maioria das pessoas que vemos aqui são pessoas que consumiam heroína, cocaína ou ambas. A margem de álcool é bem mais pequena. C.L. - Na sua opinião, o que deveria ser feito para reduzir o tráfico e o consumo de estupefacientes? E.F. - Neste momento há um problema bem mais complexo que esse! O consumo de heroína até tem vindo a diminuir, o maior problema em relação aos jovens actualmente é o álcool e o extasy que está a inundar o mercado e acredito que dentro de alguns anos estes problemas serão bem mais complexos. C.L. - Como se combatem esses problemas? Entrevista 26 Fevereiro 2010 15 ajuda a combater o vício E.F. - Com mais e melhor prevenção primária nas escolas. Nem sempre a informação chega correctamente aos jovens e é importante que haja projectos de prevenção com continuidade para eles poderem fazer as suas escolhas de uma forma mais adequada. Não chega dizer que a droga faz mal, eles têm de perceber que as substâncias podem trazer sensações aparentemente positivas mas que, com o tempo, podem reverter em factores muito negativos. C.L. - Dos 58 utentes que a Fundação recebe actualmente, há algum de Cascais? E.F. - Sim, há vários, diria que são cerca de dez por cento. Há pouco referia que este programa é essencialmente psicoterapêutico mas importa referir que nesta casa tudo é terapêutico. Existem aqui diversos sectores como a lavandaria, a cozinha, os jardins ou a administração em que são os residentes com mais tempo de casa quem coordena o funcionamento da casa para assim lhes dar responsabilidades e os treinar para a vida fora deste espaço contentor. C.L. - De que verbas vive este projecto? E.F. - O IDT paga um determinado valor pelo internamento de cada utente e as famílias deveriam pagar uma mensalidade de 165 euros. Há famílias que não podem pagar esse valor e, nesses casos, a Segurança Social comparticipa com a mensalidade. Gostaria no entanto de destacar o apoio financeiro que a Câmara Municipal de Cascais nos tem dado, um apoio financeiro que é indispensável para o nosso funcionamento porque o que o IDT paga não chegaria para assegurar o funcionamento deste projecto. C.L. - O isolamento a que estas pessoas estão sujeitas é estritamente necessário para que os tratamentos funcionem? E.F. - Na minha perspectiva não. Embora este espaço esteja isolado no meio da serra, eles gostam muito de viver aqui porque isto é realmente muito tranquilo. Temos uma carrinha que os transporta a Alcabideche ou a Cascais pelo que as pessoas podem fazer a sua vida normal quando se trata de resolver assuntos pessoais ou ir ao médico, por exemplo. Por esse motivo não há uma sensação de isolamento total, eles não se sentem aprisionados aqui. Pessoalmente, acho que as pessoas têm vantagem em estar próximas do local onde vivem – embora recebamos utentes de todo o país – porque eles vão ter de aprender a lidar com as pessoas e os locais onde vão viver. Nesse sentido, defendemos que as pessoas que residem longe possam ir passar o fim-de-semana fora, até porque também intervimos nos outros elementos da família através da terapia familiar. Isso também nos permite avaliar como eles se adaptam e como a família os recebe. C.L. - Como se faz essa avaliação familiar? E.F. - Estas famílias estão muito desgastadas, o álcool e a toxicodependência têm um impacto enorme na família porque gera inúmeros conflitos e inverte os papéis naturais que cada elemento deveria desempenhar numa família. O toxicodependente e o alcoólico é um manipulador nato e isso faz com que a família se desgaste na impotência de ser capaz de lidar com este problema. Para além dos evidentes gastos financeiros, há também um enorme desgaste emocional e, como tal, são famílias que beneficiam muito em ter um espaço terapêutico onde pode falar das suas angústias, da sensação de perda e impotência, mas também reaprender a colocar limites. O facto de o utente estar em tratamento e não consumir faz com que a família se adapte na relação com eles de uma forma diferente. C.L. - Como é o ambiente na Casa da Barragem? E.F. - Antes de mais, convém não es- quecer que as pessoas que aqui estão em tratamento, independentemente das circunstâncias de vida, estão a viver uma situação difícil mas não tão difícil quanto a que estavam a viver lá fora. Muitos dos conflitos destas pessoas são inter-pessoais e estes processos de crescimento internos geram alguma inquietação. Há dias em que o nível de conflitualidade é maior mas, em regra, as pessoas percebem quais são as semelhanças entre os seus problemas e há um movimento de aproximação geral. Todos eles estão a fazer um processo individual e de grupo, adaptando-se a novas rotinas e confrontando-se com os erros e as perdas, o que leva a que haja alguns momentos de tensão mas é algo perfeitamente natural numa viagem longa como esta. Todos percebem que estar aqui não é uma medida punitiva mas sim terapêutica. Eles não se tratam apenas com bons conselhos porque isso a família e os amigos sempre lhos deram, tem que haver medidas terapêuticas que os faça reflectir para não caírem em recaídas de comportamento. Um caso entre muitos Paulo, 37 anos, é natural de Cascais e está pela segunda vez internado na Casa da Barragem depois de uma recaída após dez anos com o organismo limpo. Uma destruturação da sua vida pessoal e profissional abalou a sua estabilidade emocional e levou Paulo a recair em maus hábitos antigos, que só não o conduziram à ruína total porque pediu auxílio à Casa da Barragem, instituição onde tinha estado dez anos: “É um sítio que me dá muita segurança e confiança no trabalho que se faz aqui diariamente com os terapeutas, com a filosofia da casa e com o próprio tratamento”, esclarece. Oito meses volvidos, o Paulo que entrou na Casa da Barragem nada tem a ver com a pessoa que fala com O Correio da Linha. É o próprio quem o assegura: “No início entra-se desorganizado, frágil, desesperado e com espírito derrotista e tudo isso impossibilita que consigamos viver com normalidade. A pouco e pouco, com o decorrer dos meses e com as responsabilidades que progressivamente nos vão sendo atribuídas, o bem-estar vai voltando. Oito meses depois, posso dizer que voltou a energia e o acreditar, voltam os projectos e volta a fazer sentido estar aqui”. Por ser um dos que está há mais tempo na instituição, Paulo ocupa actualmente uma posição de destaque entre os utentes da Casa da Barragem. “Sou o Coordenador Geral, faço a ponte entre os restantes utentes e a equipa técnica”, conta com visível orgulho. A entrada na instituição obrigou Paulo a readquirir hábitos de socialização em grupo entretanto perdidos: “Temos que nos habituar a trabalhar em conjunto porque a dinâmica da casa não pode parar, todos temos consciência que quem aqui tem as suas fragilidades pelo que é tudo uma questão de entrar nos hábitos e nas rotinas da casa”, diz. Quando pensa no futuro, as expectativas são elevadas mas os receios também existem. Paulo sabe que as (más) tentações estão «lá fora»: “Este sítio é um porto seguro, um local muito envolvente e onde se estabelecem relações de amizade muito fortes. No tratamento tem que haver uma entrega absoluta e uma enorme confiança para resolver estes problemas que nos são comuns a todos. Ao sair daqui há um corte com esta estabilidade mas não será um corte definitivo pois faço questão de continuar a telefonar e a dar notícias, mesmo quando tiver a minha vida organizada”, afiança. E projectos para o futuro não lhe faltam: “Tentarei encontrar uma saída profissional e reforçar as relações familiares e de amizades que ficaram afectadas com esta recaída”, conclui. (N.º GRATUITO) * juro6s% / s x 12 : 11,9 G *TAE Exemplo para um Preço de Venda de 600� em 11 mensalidades de 50,00� com entrada obrigatória de 50� e pagamento de despesas de contrato e manutenção de 25�. À mensalidade acresce um fee de 0,50�. Montante Total Imputável ao Consumidor: 580,50�. TAN: 0%; TAEG: 11,96%. Crédito sujeito à aprovação pelo Cetelem. Mais informação junto do Cetelem cuja actividade se encontra autorizada pelo Banco de Portugal e está sujeita aos seus poderes de supervisão. 16 Ambiente 26 Fevereiro 2010 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e J.R. Raul Dionísio, Coordenador do Concelho de Oeiras Vamos todos ajudar o ambiente O próximo dia 20 de Março irá ser assinalado, um pouco por todo o país, com uma iniciativa de cariz ambiental que se propõe juntar o maior número de voluntários e parceiros para limpar a floresta portuguesa num só dia. O jornal O Correio da Linha associa-se à iniciativa e falou com o coordenador concelhio de Oeiras, Raul Dionísio, para perceber o que ali irá ser feito e de que forma podem os munícipes associar-se a esta acção ambiental. O Correio da Linha (C.L.) - De que forma está o concelho de Oeiras a preparar o projecto Limpar Portugal no seu território? Raul Dionísio (R.D.) - Tem vindo a ser preparado de acordo com o que diz o manual da coordenação nacional e que está publicado no site oficial. Os voluntários organizaram-se em termos concelhios sendo que há um coordenador geral em cada concelho que nomeia depois vários responsáveis para coordenar áreas específicas do concelho. C.L. - Existe um coordenador por cada freguesia? R.D. - Não, não é dessa forma que as coisas funcionam. A escolha foi feita um pouco ad hoc no dia 28 de Novembro, aquando da primeira reunião e das pessoas que ali estavam presentes. No meu caso, não estou nem nunca estive ligado à área do Ambiente, sou militar reformado mas quem estava presente entendeu que eu tinha aptidões suficientes para coordenar o projecto em Oeiras. Convidei depois outras pessoas presentes que aceitaram encarregar-se das diversas áreas. C.L. - Que áreas são essas? R.D. - Há quatro áreas distintas: Edu cação Ambiental, Registo de Lixeiras e GPS, Defesa Ambiental e Contactos, Sensibilização e Divul gação. Cada coordenador tem a ser cargo uma determinada área nas dez freguesias do concelho. C.L. - Quantos voluntários já estão assegurados para a acção? R.D. - Até hoje [22 de Fevereiro] tinhamse inscrito 287 pessoas. A freguesia que tem registado mais aderentes é, claramente, Oeiras e São Julião da Barra, talvez por ser a mais urbanizada, por ser a que tem maior densidade populacional. Nos primeiros dias houve um progresso muito rápido no número de voluntários mas a partir de certa altura tem sido extremamente lento, apesar das mensagens que temos difundido. C.L. - De que forma tem feito chegar a mensagem aos munícipes de Oeiras? R.D. - Temos uma página na rede social Ning onde são disponibilizadas informações que posteriormente são distribuídas pelos correios electrónicos de todos. Escrevi uma mensagem para todos os voluntários chamando a atenção de que o número era ainda muito reduzido para os objectivos que tínhamos em mente e que havia necessidade de cada um repassar o e-mail para todos quantos fazem parte da sua lista de contactos. C.L. - Com quantas pessoas está a contar no dia 20 de Março? R.D. - Não tenho um número específico em mente porque continuamos a descobrir com alguma frequência lixeiras ilegais no concelho e, quantas mais lixeiras houver, mais voluntários serão necessários. Mas à luz dos projectos que já temos, as 287 pessoas que já se inscreveram são manifestamente insuficientes... C.L. - Quantas lixeiras tem localizadas? R.D. - Nesta altura temos mais de 130 lixeiras localizadas, só no concelho de Oeiras. No país todo foram já descobertas mais de 6.600. As zonas mais críticas são os locais não urbanizados uma vez que a larga maioria das lixeiras detectadas, pelo menos 80 por cento, diz respeito a entulho de obras. Infelizmente, continua a haver muitos construtores que, em vez de ir depositar os resíduos nos locais próprios, procura zonas pouco vigiadas para descarregar esses entulhos. Por ser uma freguesia muito urbanizada, Oeiras e São Julião da Barra não sofre muito com esse problema mas o mesmo já não podemos dizer de Barcarena ou Porto Salvo, por exemplo. C.L. - Especificamente, o que irão os voluntários fazer na acção Limpar Portugal? R.D. – Tudo depende de a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) aceitar, ou não, a proposta de articulação que lhe fizemos. Entendemos que seria pouco eficaz sermos nós a encarregar-nos pessoalmente de limpar as lixeiras porque isso envolve a necessidade de dispor de recursos que não temos. A Câmara tem todos os meios necessários, quer pessoais, quer materiais, pelo que acreditamos ser muito mais eficaz nós envolvermos os voluntários a empenhar-se a descobrir novas lixeiras clandestinas e denunciá-las à autarquia para que esta, com os seus meios, possa fazer a limpeza dessas lixeiras. Caso a nossa proposta seja aceite, pretendemos juntarmos todos os voluntários num único sítio e realizar uma grande acção de sensibilização num local concreto escolhido por nós. Se a CMO não aderir, teremos que fazer uma distribuição prévia dos voluntários pelas várias lixeiras, mediante o material que consigamos angariar junto de algumas empresas que também apoiam esta acção. É inconcebível pensar que muitas das lixeiras por nós localizadas poderão ser limpas sem máquinas, apenas com a boa vontade das pessoas. C.L. - Não receia que a acção caia em saco roto e que poucos dias depois da recolha do entulho haja alguns locais novamente cheios de lixo? R.D. - Completamente. A nossa atitude tem em vista, sobretudo, gerar alguma consciencialização. É pedagógica e não repressiva. Além desta acção ambiental, decorre nas escolas do concelho a apresentação do nosso projecto, que também pode ser visto no nosso site. Esta é uma acção que arrancou na Estónia em Julho de 2008, quando se conseguiu reunir 50 mil voluntários que andaram pelas florestas e recolheram 10 mil toneladas de detritos. Esse exemplo colheu interesse em vários países europeus, entre eles Portugal, cada vez são dados mais conselhos sobre práticas a ter com o Ambiente e a população, sobretudo as faixas etárias mais jovens, sabe cada vez mais quais são os preceitos a respeitar em matéria ambiental, nomeadamente recolha e separação de resíduos. É aí que está a esperança de futuro desta iniciativa, queremos que ela seja uma acção de sensibilização que permita deixar uma mensagem de que há cada vez mais pessoas que se preocupam com estes assuntos. Queremos que daqui a uns anos já não seja tão necessário realizar uma iniciativa como esta! Em todo o caso, e respondendo concretamente à questão, é provável que logo após a acção de sensibilização haja pessoas adultas mal formadas que inclusivamente agradeçam a limpeza porque passam a ter as lixeiras livres para lá irem deixar mais detritos. C.L. - Entre os voluntários já confirmados está assegurada a presença do Presidente da Câmara ou de algum vereador na iniciativa? R.D. - Não faço ideia! Há algumas semanas pedi para ser recebido pelo senhor Presidente mas ainda não consegui chegar até ele, fui recebido pela Vereadora Madalena Castro que me encaminhou para a Directora do Departamento de Ambiente para saber o que eu pretendia. Pediram-me para enviar um e-mail dizendo o que precisávamos em concreto para a acção, o e-mail foi enviado no dia 13 de Janeiro e, até à data, não obtive resposta. Relativamente a Juntas de Freguesia, no início de Dezembro pedi uma pequena reunião com os vários Presidentes e até ao momento já fui recebido por sete das dez Juntas do concelho. Algumas delas mostraram de pronto interesse no projecto disponibilizando no seu site um link para a página oficial. Ambiente 26 Fevereiro 2010 C.L. - Oeiras é um concelho com muitas preocupações ambientais? R.D. - Todos ouvimos falar que Oeiras é um concelho de excelência e, na verdade, verificamos que há uma organização montada com preocupações ambientais. Todavia, não esperava encontrar tantos focos de problemas como os que encontrei graças a este projecto, tal como esperava encontrar maiores facilidades em chegar a quem pode solucionar estes focos. Eu consigo entender que os serviços de recolha do lixo da Câmara não andem com a mesma preocupação que nós andamos pelas terras a ver o que se passa aqui e acolá. C.L. - Mas a Câmara tem conhecimento dos cerca de 135 pontos que assinalaram como lixeiras? R.D. - Se alguém da autarquia consultar o nosso site pode consultar diversas informações relativamente a cada espaço. Disponibilizamos as coordenadas de cada local, definimo-las como pequenas, médias ou grandes lixeiras, damos a conhecer o tipo de entulho que ali está presente e apresentamos algumas fotografias do local. C.L. - Mas a Câmara não foi contactada directamente dando conhecimento destes locais? R.D. - Não. Antes de mais é preciso que a autarquia tenha interesse nesse tipo de comunicação verbal. O site tem um mapa do concelho de Oeiras onde estão assinaladas as diversas lixeiras e a sua descrição. Se a Câmara estiver interessada basta consultar essa informação e confirmar que o lixo está onde dizemos estar. A maioria das lixeiras contém, como disse, entulho de obras mas há locais que vão obrigar a movimentar meios pesados pois têm várias toneladas de entulho ali acumulado. C.L. - Os voluntários têm algum tipo de apoio de empresas ligadas à recolha ou ao tratamento de resíduos? R.D. - Sim, temos vindo a estabelecer contactos com diversas entidades, instituições e empresas a quem expomos o problema e apresentamos o programa, pedindo-lhes que nos apoiem das mais diversas formas. As nossas maiores necessidades estão centradas na divulgação do projecto para angariar cada vez mais voluntários mas estamos dependentes da parceria com a Câmara para imprimir vários milhares de cartazes que queremos distribuir por escolas, ins- tituições, bombeiros e paróquias. A Tratolixo e a Tetrapack foram outras entidades com as quais estabelecemos uma parceria. A Tratolixo recebe os resíduos enviados pelos meios da Câmara Municipal e a empresa faz o aproveitamento e reciclagem de parte desses resíduos. Chegámos à fala com a administração que acedeu apoiarnos aceitando os detritos que nós lhes levarmos e disponibilizando alguns camiões para esse efeito. Por sua vez, com a Tetrapack estabelecemos uma parceria bastante interessante pois foi com agrado que verificámos que esta empresa dispõe todos os anos de uma determinada verba para iniciativas sociais e culturais. Assim, a Tetrapack vai ajudar-nos a custear alguns equipamentos individuais, nomeadamente luvas, pás, forquilhas, máscaras, etc. Também temos vindo a contactar empresas do ramo da construção no sentido de nos cederem camiões, tractores e contentores para recolha do entulho mas, como disse, todas estas parcerias só serão necessárias se aquela que propusemos à Câmara não avançar. C.L. - Porque devem as pessoas associar-se a esta iniciativa? R.D. - Estou convencido que ninguém gostará de ter na sua rua ou nas imediações da sua casa detritos atirados a esmo que não só prejudicam o Ambiente como a Saúde Pública. Como 17 tal, faz todo o sentido integrar um movimento cívico como este. C.L. - Quem quiser participar o que deve fazer e a quem se deve dirigir? R.D. - Pode faze-lo através da Internet, indo à rede social Ning e procurando a nossa página para aí se inscrever como voluntário. Quem não souber trabalhar muito bem com a Internet pode sempre dirigir-se às Juntas de Freguesia aderentes e pedir ajuda nessa inscrição. Limpar Portugal em Queluz A freguesia de Queluz vai também associar-se à iniciativa, havendo já mais de uma centena de voluntários dispostos a limpar as matas, ruas e ruelas da freguesia! Manuel Guedelha, Vogal da Junta de Freguesia de Queluz e responsável pelo pelouro do Saneamento naquela entidade foi, desde início, um dos mais entusiastas defensores da iniciativa em Queluz. “Geralmente são os projectos que vão à procura dos intervenientes mas neste caso fomos nós que fomos ter com o pro- jecto e nos mostrámos disponíveis para colaborar”, conta Manuel Guedelha: “Curiosamente, estávamos a pensar fazer algo semelhante em Queluz mas entretanto soubemos desta acção e decidimos juntar-nos a ela por ser mais fácil captar voluntários e divulgar uma acção de âmbito nacional”. Garantida está já a presença de várias forças vivas da freguesia, nomeadamente associações e colectividades, escuteiros, escolas, GNR e muito provavelmente os bombeiros voluntários da freguesia. Sobre os locais onde irá decorrer a acção, o Vogal da Junta adianta que “Queluz não tem qualquer aterro sanitário mas tem três ou quatro pontos tos que merecem especial pecial atenção. Recordo a zona do Rio Jamor e da Ribeira de Caren-que, que é possível limpar, há jardins e ruas públicas, é es-sencialmente nessas zonas que este ano iremos focar a nossa atenção mas no futu-ro esperamos intervir na área da Quinta do Mirante”, refere. O re p re s e n t a n t e do executivo que-- luzense assegurou também que a área do saneamento “é uma preocupação da Junta de Queluz porque esta freguesia tem sido esquecida pela Câmara a esse nível. Cada vez tem menos cantoneiros e tem de ser a Junta a mobilizar o cidadão para o sensibilizar para um problema que é de todos”. Ana Monteiro inscreveu-se como voluntária para esta acção, tendo depois sido escolhida para Coordenadora Adjunta das Juntas de Freguesia de Monte Abraão, Massamá, Queluz e Belas: “Espero que tanto pessoas como entidades adi adiram de forma a conseguirmos a maior adesão possível. Por aquilo que te tenho constatado, as pessoas estão entusiasmadas, têm divulgado o assunto jun junto dos amigos e esperamos que haja um núme número extenso de voluntários a ajudar-nos no dia 20 de Março”, revela. Esta é a primeira vez que Ana Monteiro participa numa acção ambiental deste âmbito e logo como responsável: “Ninguém gosta de ver o lixo espalhado na sua rua, na sua terra, e como faltou quem tomasse a iniciativa de mobilizar as pessoas para este evento ofereci-me eu para, junto com o senhor Manuel Guedelha da Junta de Freguesia, tornar a acção possível”. As inscrições têm decorrido a bom ritmo, quer via e-mail ou através do site nacional mas também devido a contactos directos estabelecidos com as Juntas de Freguesia. 18 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.F.P.P. 26 Fevereiro 2010 Pêro Pinheiro realiza aniversário A freguesia de Pêro Pinheiro comemora no próximo mês de Março o seu 22º aniversário assinalando a data com várias actividades dedicadas à população. Em tempo de festa, O Correio da Linha falou com o Presidente da Junta de Pêro Pinheiro, Carlos Parreiras, que nos deu a conhecer os novos projectos da freguesia mas também algumas preocupações com o desemprego que continua a aumentar na área geográfica de Pêro Pinheiro. O Correio da Linha (C.L.) - A freguesia de Pêro Pinheiro assinala o 22º aniversário no dia 11 de Março, que iniciativas está a Junta de Freguesia a preparar para assinalar esta data? Carlos Parreiras (C.P.) - O dia 11 começa com a habitual alvorada, na parte da manhã desse mesmo dia está previsto um espectáculo dedicado a toda a população escolar da nossa freguesia. Ainda no dia 11, iremos ter pela noite um colóquio sobre desporto no Auditório da Sociedade Filarmónica Recreativa. No dia 12 haverá lugar a um espectáculo com um grupo de cantares em Cortegaça e no dia 13 as celebrações do 22º aniversário da freguesia culminam com outro espectáculo e outro grupo na localidade de Quarteiras. C.L. - São as comemorações possíveis ou as desejadas pela freguesia? C.P. - Eu diria que são as comemorações que vão de encontro à realidade actual. Os dinheiros não abundam pelo que tivemos de executar uma programação que fosse de encontro à nossa carteira... C.L. - Mas espera, seguramente, que a população adira em massa aos eventos, sobretudo aos concertos... C.P. - Naturalmente que sim, espero que as populações das localidades de Cortegaça e Quarteiras adiram e espero uma adesão mais generalizada no que concerne ao colóquio que vamos levar a cabo na noite do dia 11 pois vamos procurar trazer a Pêro Pinheiro pessoas ligadas ao desporto, mormente ao futebol de âmbito nacional. C.L. - Pelo que constatamos do programa, a Junta de Freguesia teve a preocupação de não centralizar as festividades apenas em Pêro Pinheiro... C.P. - Sim é verdade, este ano escolhemos as localidades de Cortegaça e Quarteiras para a realização dos concertos porque estamos a comemorar o aniversário da freguesia, a sede é Pêro Pinheiro mas a freguesia não é só Pêro Pinheiro. Como tal, temos sempre a preocupação de descentralizar algumas das actividades nestas comemorações. C.L. - Que expectativas tem a freguesia de Pêro Pinheiro para o ano de 2010? Será um ano de contenção ou tem previsto realizar diversas obras de relevo no corrente ano? C.P. - Será, infelizmente, um ano de forte contenção. Ainda assim, acreditamos que neste ano irão começar as obras inerentes à construção do novo mercado, edifício que contempla ainda a instalação de serviços públicos, nomeadamente a Junta de Freguesia. Prevemos que a obra recomece em Abril/Maio deste ano e esperamos que tenha finalmente início a obra que venha resolver o que de mais negativo tem a freguesia que é o facto de ainda não termos instalado em toda a área da freguesia o saneamento básico. De acordo com as indicações que fo- mos recebendo dos SMAS de Sintra estamos em crer que as obras poderão começar ainda este ano, esses são os principais projectos previstos para 2010 muito embora tenhamos presente a ideia de que se trata de um ano de muita contenção. A Câmara Municipal de Sintra também está à espera de ver o que se irá passar relativamente ao Orçamento Geral do Estado, o orçamento da autarquia também é um orçamento de contenção pelo que não se vislumbra um ano com grandes obras. C.L. - Expectativas positivas mas moderadas... C.P. - São muito moderadas mesmo, mas temos de ser realistas face à situação financeira que a freguesia está a viver! C.L. - No ano passado o desemprego, nomeadamente das muitas pessoas que trabalhavam na indústria do mármore, era uma das situações que mais o preocupavam... C.P. - ... E continua a preocupar, na medida em que o desemprego continua a aumentar na freguesia de Pêro Pinheiro. A indústria passa por grandes dificuldades, há falta de trabalho e isso faz com que haja empresas que se vejam obrigadas a encerrar portas. Consequentemente, o desemprego tem vindo a aumentar e estamos hoje na freguesia com a mesma média nacional nesse indicador do desemprego. Se continuar a grassar esta grande dificuldade na indústria das rochas ornamentais, que é o maior empregador da freguesia, Pêro Pinheiro vai sentir enormes dificuldades uma vez que além da indústria temos todo um comércio que gravita à volta daquele sector. Essa é uma preocupação premente deste Executivo e assumo que ainda não sabemos como é que Pêro Pinheiro pode «dar a volta ao texto» a esta situação. C.L. - Mas acredita que 2010 pode ser um ano de recuperação de alguns postos de trabalho? C.P. - Segundo os indicadores e aquilo que vou ouvindo por parte dos empresários, o ano 2010 será ainda mais negativo que o de 2009. C.L. - Não receia vir a ter uma freguesia desertificada em termos de oferta de emprego? C.P. - Naturalmente que sim, o desemprego tem repercussões graves na vivência diária da freguesia, as pessoas são obrigadas a procurar outras soluções, a menos que haja um volte face e consigamos que outros ramos de actividade se instalem aqui. Se estivermos unicamente direccionados para a indústria das rochas ornamentais isso não nos trará nada de bom, a nossa esperança é que venham outras actividades instalar-se na área e, evidentemente, que haja mais oferta de emprego para todos aqueles que aqui residem. C.L. - Pêro Pinheiro vai associar-se em breve à acção ambiental Limpar Portugal. Quantos associados e que áreas da freguesia estarão abrangidos por este projecto? C.P. - As inscrições ainda estão abertas, o assunto tem vindo a ser tratado em parceria com a Câmara Municipal pelo que ainda não existe um número definido de voluntários que irão participar na acção. Relativamente às áreas que irão ser limpas escolhemos essencialmente zonas de lixeiras da freguesia. C.L. - A área do Ambiente, até mesmo por ainda não ser uma freguesia totalmente coberta pelo saneamento básico, é uma área que o preocupa? C.P. - Naturalmente que sim, Pêro Pinheiro tem alguma zonas um pouco desertificadas e há pessoas não identificadas que em determinadas ocasiões afluem aqueles locais unicamente para ali despejar inadvertidamente lixo e essa é uma situação que nos causa grandes preocupações. C.L. - Quais são as prioridades do actual executivo para o mandato em curso? Construção do novo mercado de Pêro Pinheiro C.P. - O actual executivo pensa levar a cabo as obras que concluam o saneamento básico em toda a extensão da freguesia, pretende terminar a legalização das quatro AUGI´S (Áreas Urbanas de Génese Ilegal) existentes na freguesia e requalificar o actual mercado, quer da localidade de Pêro Pinheiro, quer Esteticista Visagista da localidade de Fazão. Existe Massagista ainda o sonho de construir uma Na apresentação Depilação por Ceras piscina na área geográfica da deste anúncio freguesia, neste momento já tedesconto de 10% Depilação Eléctrica mos disponível o terreno para a Pedicure e Manicure construção deste equipamento, são essas as grandes metas do Praceta Movimento C. J. S. Pero Pinheiro, Lote 3 – 1º – 2715 actual executivo de Pêro PinheiPero Pinheiro • Tel.: 21 927 13 04 ro para o actual mandato. Antónia Instituto de Beleza Berçário • Creche • Jardim de Infância Apoio Escolar 1.º e 2.º Ciclo • Expressão Motora Expressão Musical • Expressão Dramática Expressão Plástica • Natação • Karaté • Dança Inglês • Informática • Actividades de Verão Aprender é divertido A Junta de Freguesia Pêro Pinheiro convida a população para participar nas festas comemorativas do XXII Aniversário Consulte o programa 20 Actual 26 Fevereiro 2010 A noite com um novo visual A empresária e es tilista Tina Dias participou recente mente num desfile de moda de uma noite temática do V Bar, um novo espaço da noite de Lisboa, inaugurado no passado dia 4 de Dezembro, na Rua Rodrigues Faria, nº 13, em Alcântara. O desfile contou com a presença da actriz e mode lo Sónia Brazão e de várias clientes Os proprietários do V-Bar da Donna Ricci, loja sedeada em Algés de que é pro confortáveis e passem aqui uma bela noite”, prietária Tina Dias. Entre as peças da explica Eduardo Neves. loja constava uma criação da própria Os vinhos perfilam-se como uma das empresária, que foi apresentada por peças-chave do V Bar para criar um Sónia Brazão e posteriormente ofere ambiente acolhedor, selectivo e inti cida à actriz. mista, onde nada foi deixado ao acaso. O sucesso da parceria justifica a rea Uma das apostas da nova gerência é lização de novas iniciativas em con a realização de festas temáticas que junto pelo que, em Abril, Tina Dias quase não existam na Grande Lisboa: irá apresentar um desfile de moda “É praticamente impossível encontrar um Primavera/Verão no V Bar onde dará sítio que promova uma noite árabe em a conhecer as suas novas criações. Lisboa e o V Bar consegue proporcionar Andreia Falcão e Eduardo Neves são uma noite agradável e acolhedora, com os gerentes do V Bar, um espaço que se música árabe, cachimbos de água, e outros caracteriza por um ambiente tranquilo, adereços alusivos a essa mesma noite”, música ambiente relaxante e uma deco exemplifica. ração inspirada em tendências orien Mas há mais! Além da noite mexicana, tais. O bar tem capacidade para receber onde não faltam as margaritas, os som 65 pessoas, encontrando-se aberto de breros e a música tradicional daquele quarta-feira a domingo, entre as 21h00 país, o V Bar promove também todas e as 04h00. “Criámos as condições necessá- as primeiras quintas-feiras de cada mês rias, quer no tipo de música, quer no tipo de a Noite Esotérica em que uma taróloga bebidas ou na decoração para que as pesso- dá mini-consultas (pagas) aos clientes. as da faixa etária dos 30-40 anos se sintam Este espaço nocturno organiza ainda regularmente noites de música ao vivo ou a noite Five (oferta da quinta bebi da), bem como a noite do saxofone e desfiles de moda com modelos da loja Dona Ricci. Apesar da música ambiente, os dois gerentes do V Bar não pretendem, de todo, que este seja um bar de dança. “Este espaço era bastante mal frequentado e, depois de alguns meses fechado, reabre agora com nova gerência e um novo conceito. Pode, por exemplo, ser um bom ponto de partida para pessoas que queiram passar a noite na zona das Docas. Há bons restaurantes aqui nas imediações para se jantar antes de vir ao V Bar beber um copo e escutar um pouco de música até às 02h00 ou mais e depois, quem quiser prolongar a noite, pode ir até uma discoteca aqui das Docas”, conclui Eduardo Neves. Tina Dias e Sónia Brasão Escola de Sintra ganha prémio A Escola E.B. 2,3 DE Sarrazola-Colares, em Sintra, foi a vencedora no Distrito de Lisboa do concurso «Rock in Rio – Escola Solar», prémio que assegura àquela unidade escolar a instalação de painéis fotovoltaicos e 50 bilhetes para aquele festival de música. A escola sintrense venceu o concurso graças ao projecto «Biodiversidade – Actuar para Preservar», no âmbito do programa Eco-Escolas, sendo de realçar que participaram nesta acção cerca de 200 escolas oriundas de todo o país. Os projectos tinham como objectivo conjugar benefícios sociais, nomeadamente a integração de minorias e de idosos na vida da comunidade ou a melhoria das acessibilidades para pessoas com deficiência mas também a defesa do património natural, a preservação e requalificação de espaços verdes ou a eficiência energética, entre outros. SD de Rana ajuda Madeira A Junta de Freguesia de São Domingos de Rana vai organizar uma gala destina da a angariar donativos que reverteram a favor das vítimas das catástrofes na turais recentemente ocorridas no Haiti e na Madeira. A acção de cariz solidário terá lugar no próximo dia 13 de Março, pelas 20h00, no Complexo Desportivo de São Domin gos de Rana, no Bairro de Massapés. Carnaval na Cruz Quebrada A freguesia de Cruz Quebrada – Dafun do assinalou no passado dia 12 de Fevereiro o Carnaval com uma festa no Salão Nobre da SIMECQ, contando para o efeito com a participação das escolas do Jardim Infantil «Bambi» e «Roberto Ivens». Todavia, as festividades não puderam ser apresentadas em desfile à população de vido ao mau tempo, situação que no en tanto não tirou a boa disposição a todas as crianças devidamente mascaradas. Numa tarde de grande convívio, a fes ta de Carnaval da freguesia de Cruz Quebrada – Dafundo contou ainda com uma demonstração de Karaté ministra da por vários elementos da Federação Portuguesa de Karaté, acção a que se seguiu um concurso de máscaras onde foram distinguidas as crianças melhor caracterizadas. Junta lança Cartão do Cidadão A partir de 16 de Março, também já será possível obter o cartão do cidadão nas instalações da Junta de Freguesia da Cruz Quebrada / Dafundo. Além de facilitar a adesão dos muní cipes ao cartão, a iniciativa pretende evitar sobrecargas nos outros postos de atendimento com esta finalidade como são as Conservatórias e a Loja do Cidadão. SMAS solidários com escola Os SMAS de Oeiras e Amadora entregaram, no passado dia 26 de Janeiro, diverso equipamento de apoio aos professores do en sino especial do Agrupamento de Escolas Professor Noronha Feio, em Queijas, material que se destina a motivar o desenvol vimento de crianças com mul tideficiência. A iniciativa resulta de um pe dido daquele agrupamento e está inserida no âmbito da sua política de responsabilidade so cial dos SMAS de Oeiras e Ama dora que assim garantem a estas crianças e às suas famílias me lhores condições de educação e desenvolvimento individual. Assim, os Serviços Municipalizados contribuíram com a aquisição de tec nologias de apoio à comunicação e equipamento terapêutico, para que os docentes ajudem estas crianças no seu processo de aprendizagem. Os SMAS de Oeiras e Amadora proce deram no passado 19 de Fevereiro à en trega de mochilas de equipamentos de protecção individual e de caixas de pri meiros socorros aos seus funcionários, uma iniciativa que se insere na política de segurança e protecção dos funcio nários implementada pela Divisão de Gestão de Recursos Humanos daqueles Serviços Municipalizados. A sessão de entrega destes equipamen tos contou com a presença de inúme ros funcionários das diversas divisões dos SMAS de Oeiras e Amadora, bem como de vários representantes da Administração e da Direcção. Alunos visitam Junta de Oeiras Dezassete crianças do Externato Nova Oeiras visitaram no passado dia 19 de Fevereiro a Junta de Freguesia de Oeiras e S. Julião da Barra, e tiveram oportunidade de verificar como fun cionam os serviços daquela entida de. As crianças foram recebidas pelo Presidente da Junta, Carlos Morgado, que deu a conhecer aos alunos as com petências e alguns dados relacionados com a instituição, distribuindo no fi nal, para além de umas lembranças do município de Oeiras e dos SMAS de Oeiras e Amadora, um dossier a cada criança com diversa informação sobre a Freguesia de Oeiras e S. Julião da Barra. CERCIOEIRAS assinala 35 anos A Cooperativa de S. Pedro, agora designada CERCIOEIRAS, vai comemorar o seu 35º aniversário no próximo dia 17 de Março, pelas 18h00, com a realização de diversas actividades que pretendem dar visibilidade ao trabalho desenvolvido por aquela instituição e, paralelamente, aprofundar os temas ligados à temática da deficiência. O aniversário será assinalado ao longo de todo o ano, sendo o primeiro deles o II Ciclo de Desporto Adaptado, que decorre nas instalações da CERCI, en tre Abril e Junho. Em Maio terá lugar a II Caminhada Mágica no Passeio Marítimo de Oeiras havendo também lugar à exposição e venda de trabalhos das oficinas do Centro de Actividades Ocupacionais, na Fábrica da Pólvora. Está também prevista uma acção de formação sobre «Cuidados Continuados» e a exposição «35 anos - da Sociedade Cooperativa de S. Pedro à CERCIOEI RAS». Nos dias 7 e 8 de Outubro tem lugar um seminário sobre o tema da Deficiência, no Auditório do Taguspark, terminando as comemorações com uma Sessão Solene de homenagem aos colaboradores com vinte ou mais anos de trabalho na CERCIOEIRAS. 26 Fevereiro 2010 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: Raul Coelho - CM Vinhais Oeiras volta a receber Vinhais capital do fumeiro O Mercado Municipal de Oeiras recebe de 12 a 14 de Março a XI Promoção Gastronómica e Mostra de Artesanato de Vinhais, organizada pelas Câmaras Municipais de Oeiras e Vinhais, pela Turimontesinho – EEM e pela Casa do Concelho de Vinhais. Ao longo de três dias, os visitantes poderão saborear e adquirir os mais variados tipos de fumeiro vinhaense nas tasquinhas ali presentes, bem como apreciar e comprar artesanato e outros produtos típicos daquela região transmontana. O jornal O Correio da Linha falou com Roberto de Morais Afonso, Vereador da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Vinhais (CMV) e Presidente do Conselho de Administração da Turimontesinho para nos dar a conhecer as novidades deste certame, cada vez mais apreciado pelos oeirenses. produtos de grande qualidade e muito apreciados por quem lá vai. Por isso, também a edição deste ano alcançará o sucesso das edições anteriores e recebe rá, certamente, alguns milhares de vi sitantes para recordar, saborear e levar um pouco da cultura transmontana. C.L. - Tenciona marcar presença na feira? Quando e porquê? R.M.A. - A autarquia marca sempre presença no evento, como prova do reconhecimento pela importância que este certame tem e para saudar as cen tenas de vinhaenses que residem na zona e ali se deslocam nesses dias. C.L. - Qual a importância deste intercâmbio cultural entre dois municípios geograficamente tão distantes? R.M.A. - Qualquer intercâmbio que se realize entre autarquias de diferentes pontos do país enriquece ambas as partes, por permitir conhecer e dar a conhecer culturas distintas e por permitir criar laços que poderão servir de base a projectos conjuntos que se venham a desenvolver no futuro. O Presidente da Câmara de Vinhais C.L. - O que mais recomenda em ter mos gastronómicos e artesanais a todos os visitantes do certame? R.M.A. - Todos os produtos que mar O Correio da Linha (C.L.) - Que ex- cam presença no evento são de qualida pectativas tem para mais esta mostra de reconhecida e apreciados pelos mais da gastronomia e do artesanato de exigentes, quer em termos gastronómi Vinhais em Oeiras? cos, onde o fumeiro é obrigatório, quer Roberto de Morais Afonso (R.M.A.) em termos de artesanato, bem repre - A Promoção Gastronómica e Mostra sentativo dos valores culturais caracte de Artesanato de Vinhais, que há 11 rísticos da nossa região. Assim, a minha anos se realiza em Oeiras, tem sido recomendação é no sentido dos visitan um importante meio para a promoção tes irem preparados para degustarem do concelho de Vinhais. São inúmeros a excelente gastronomia vinhaense e os vinhaense espalhados por este país regressarem a casa de sacos cheios de fora que anualmente se deslocam a produtos de Vinhais. Oeiras, onde tem sido possível mostrar C.L. - Como tem corrido esta parceria tripartida com a Casa de Vinhais em Oeiras e a Câmara Municipal de Oeiras? R.M.A. - O relaciona mento tem sido exce lente reflectindo-se no sucesso que tem tido este evento e no inte resse mútuo em que se continue a realizar. C.L. - Esta é uma aposta para continuar, pelo menos da parte da autarquia de Vinhais? R.M.A. - Certamente que sim, principal mente enquanto se continuar a verificar a enorme adesão de Vinhais traz a Oeiras diversas peças de artesanto Feira 21 C.L. - Além da gastronomia, que outros pontos de interesse existem em Vinhais? R.M.A. - Com o estômago bem recon fortado, depois dos deliciosos petis cos que Vinhais oferece, é só partir à descoberta da natureza, pois Vinhais situa-se em pleno Parque Natural de Montesinho. Na sede do concelho, no monte da Vidoeira, o Parque Biológico encerra verdadeiras maravilhas natu rais que ajudam a compreender a fau na e flora locais complementadas com toda a informação existente no Centro de Interpretação da Natureza – Casa da Vila, em pleno Centro Histórico. O Ecomuseu de Vinhais também convi da à descoberta de uma cultura única e característica de um povo recolhido atrás dos montes que soube preservar valores ancestrais. E claro que o descan so merecido, depois da longa jornada por terras de Vinhais, pode ser feito nas visitantes e enquanto houver vonta de das partes envolvidas na organi zação. C.L. - Para quando uma apresentação dos produtos de Oeiras em Vinhais? R.M.A. - É uma matéria que deve ser tratada em conjunto mas para a qual estaremos receptivos quando for ma nifestada essa intenção por parte de Oeiras. C.L. - Como decorreu a última edição da Feira do Fumeiro de Vinhais? R.M.A. - A última edição da Feira do Fumeiro de Vinhais teve um sabor es pecial não só porque se comemoraram os 30 anos de existência da maior e mais antiga feira do fumeiro do país, mas porque o sucesso ve rificado permitiu, sem margem para dúvi das, reafirmar Vinhais como a Capital do Fu meiro. C.L. - Ao longo do cer tame quantos visitantes recebeu? E quantos quilos de fumeiro foram vendidos? R.M.A. - O número deste ano superou o das edições anteriores, tendo passado por Vi nhais, entre os dias 11 e 14 de Fevereiro, mais de 60.000 visitantes que adquiriram mais de 50 toneladas de produtos. A Feira do Fumeiro em Vinhais foi um sucesso C.L. - O que torna tão várias casas de turismo Rural existentes especial esta Feira do Fumeiro? R.M.A. - Como já foi referido ante no concelho, na Hospedaria do Parque riormente esta é a maior a mais antiga ou nos Bungalows em madeira existen Feira do Fumeiro do país. Realiza-se tes no Parque de Campismo Rural, jun desde 1981 e tem vindo a crescer de to ao Parque Biológico. ano para ano. A qualidade das maté C.L. - Que locais não podemos deirias-primas utilizadas na confecção do xar de conhecer quando visitarmos Fumeiro de Vinhais, nomeadamente a Vinhais? carne do Porco Bísaro, tornam-no de R.M.A. - Resumidamente e para refor uma qualidade ímpar, reconhecida çar o que foi dito anteriormente eis pela União Europeia que o certificou alguns dos locais de interesse, com e lhe atribuiu o selo IGP – Indicação visita obrigatória, em Vinhais: Centro Geográfica Protegida Histórico – muralhas e torres do Castelo C.L. - O fumeiro e a castanha são de Vinhais; Centro de Interpretação do os melhores cartões-de-visita deste PNM – Casa da Vila; Parque Biológico de concelho? Vinhais; Ecomuseu de Vinhais – Museu R.M.A. - São seguramente um comple de Arte Sacra, Museu Escola, Museu mento importante que ajudam a tornar Etnográfico e do Azeite, Museu da Vinhais uma terra apetecida e apre Lorga de Dine; Rota dos Monumentos ciada por turistas, não só por fazerem – Solares, Castros, Igrejas, Pelourinhos parte da requintada gastronomia vi e paisagens inebriantes de cortar a res nhaense, mas, também, porque deram piração. a conhecer Vinhais ao mundo através C.L. - Ser natural de Vinhais é... dos dois maiores certames do concelho R.M.A. - …sentir com a alma este pe - a Feira do Fumeiro e a RuralCastanea, queno rincão do nordeste transmonta onde no Maior Assador de Castanhas no e ter prazer em o partilhar! do Mundo, por altura do São Martinho, se faz um gigantesco magus to. São também os prin cipais impulsionadores da economia local e por isso merecedores de toda a atenção e carinho da autarquia. C.L. - Que outros atrac tivos tem a gastrono mia vinhaense? R.M.A. - Em vez de aqui descrever as várias iguarias típicas do con celho de Vinhais, con vido-os a prová-las. Em Oeiras vão poder fazêlo nos dias 12, 13 e 14 de Março e em Vinhais poderão fazê-lo duran te todo o resto do ano. Os enchidos tem sempre uma grande procura 22 Previsões para Março Carneiro Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11 Carta do Mês: 7 de Paus, que significa Discussão, Negociação Difícil. Amor: Procure dar mais atenção aos seus verdadeiros amigos. Saúde: Tenha confiança em si mesmo, valorize-se mais e cuide do seu corpo. Dinheiro: Cuidado, não alimente intrigas no local de trabalho. Número da Sorte: 29 Gémeos Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13 Carta do Mês: Ás de Espadas, que significa Sucesso. Amor: Os momentos de romantismo estão favorecidos. Invista mais no seu relacionamento. Saúde: Estará em plena forma. Aproveite para se dedicar a um novo hobby. Dinheiro: Cuidado com as dívidas. Esteja mais atento às suas contas. Número da Sorte: 51 Leão Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15 Carta do Mês: 5 de Paus, que significa Fracasso. Amor: A sua relação poderá passar por um período menos positivo em que deve manter a calma, pois tudo se resolverá pelo melhor. Saúde: Deve tentar libertar-se dos hábitos que só prejudicam a sua saúde. Dinheiro: O equilíbrio financeiro estará presente na sua vida neste momento. Número da Sorte: 27 26 Fevereiro 2010 Touro Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12 Carta do Mês: A Papisa, que significa Estabilidade, Estudo e Mistério. Amor: Partilhe essa boa disposição que o invade com quem o rodeia. Saúde: dê maior atenção aos seus rins, beba mais água diariamente. Dinheiro: É possível que venha a obter aquela promoção que tanto esperava. Número da Sorte: 2 Caranguejo Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14 Carta do Mês: o Julgamento, que significa Novo Ciclo de Vida. Amor: Encontra-se num período menos favorável, mas não desespere que é passageiro. Saúde: A sua auto-estima anda um pouco em baixo, anime-se e cultive os pensamentos positivos. Dinheiro: Boa altura para investir naquilo de que mais gosta, mas com cuidado que a vida está difícil. Número da Sorte: 20 Virgem Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16 Carta do Mês: 2 de Paus, que significa Perda de Oportunidades. Amor: Não desiluda um amigo que gosta muito de si. Saúde: Tendência para dores musculares. Faça uma sessão de massagens. Dinheiro: Boa altura para comprar casa ou para mudar de ocupação. Número da Sorte: 24 Balança Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17 Carta do Mês: 8 de Espadas, que significa Crueldade. Amor: A sua sensualidade natural irá apimentar a sua relação de uma forma surpreendente. Saúde: Descanse as horas necessárias para se poder sentir bem física e psicologicamente. Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos que faz ao agir por impulso, sem parar para pensar. Número da Sorte: 58 Sagitário Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19 Carta do Mês: A Força, que significa Força, Domínio. Amor: Estará cheio de confiança em si próprio e ela ajudá-lo-á a alargar a sua rede social. No entanto, não se deixe influenciar por terceiros, poderá sair prejudicado. Saúde: Tenha um maior cuidado com os seus ouvidos. Estará mais sensível a infecções. Dinheiro: Evite precipitar-se, pense bem antes de investir as suas economias. Número da Sorte: 11 Aquário Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21 Carta do Mês: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade. Amor: Evite ser possessivo ou ciumento. Respeite o espaço do seu par. Saúde: Melhore o seu descanso diário dormindo mais horas, para poder ter um maior rendimento sem cansar tanto o seu corpo. Dinheiro: Tenha mais cuidado, não gaste o seu dinheiro em coisas de que afinal nem precisa. Número da Sorte: 52 Escorpião Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18 Carta do Mês: O Mundo, que significa Fertilidade. Amor: Aproveite bem todos os momentos que tem para estar com a sua cara-metade. Saúde: Poderá sentir alguma fadiga física. Dinheiro: Conserve bem todos os seus bens materiais. Zele pelo que é seu. Número da Sorte: 21 Capricórnio Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20 Carta do Mês: O 9 de Paus, que significa Força na Adversidade. Amor: Alguém para quem você é muito importante dar-lhe-á um bom conselho. Saúde: Cuidado com o aumento de peso, faça exercício físico com regularidade. Dinheiro: Efectuará bons negócios, mas não assine nada sem pensar duas vezes. Número da Sorte: 59 Peixes Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22 Carta do Mês: A Roda da Fortuna, que significa Sorte, Mudanças Inesperadas. Amor: Não dê tanta atenção a quem não merece. Rodeie-se apenas das pessoas que o compreendem e que gostam realmente de si. Saúde: Cuide da sua imagem. Inicie uma dieta. Dinheiro: Embora deva empenhar-se, evite o desgaste excessivo na sua actividade laboral, pois será recompensado na devida altura. Acredite mais em si. Número da Sorte: 10 >K8dcXjghdYZ;did\gVÒV 26 Fevereiro 2010 Carnaval em Algés Apesar do mau tempo que se fez sentir, a Junta de Freguesia de Algés realizou no passado dia 12 de Fevereiro, os habituais festejos de Carnaval com as crianças das Escolas Básicas e Jardins de Infância da Freguesia, onde o tradicional desfile foi substituído por um espectáculo de animação no Pavilhão Municipal Celorico Moreira, em Miraflores. Apesar dos imprevistos meteorológicos, assistiu-se a momentos de grande entusiasmo e alegria com os presentes a deliciarem-se com a diversidade e beleza das indumentárias e fantasias das crianças. Dois dias antes, a Junta de Freguesia realizou também um Baile de Máscaras para os Seniores da Freguesia, no Salão Paroquial de Algés, com o envolvimento dos seis Centros de Dia da Freguesia, onde não faltou o baile de confraternização e um farto lanche para todos os participantes. A acção decorreu em ambiente festivo, tendo reinado a boa disposição entre todos, com diversos participantes mascarados a rigor que abrilhantaram este evento. 6B7>:CI:9ÛK>96 Está encerrado o prazo de envio dos trabalhos para participar no IV Concurso de Fotografia «Ambiente dá Vida», promovido pelo jornal O Correio da Linha no âmbito das comemorações do seu XXIº aniversário. Não está ainda contabilizado o número final de participantes e trabalhos a concurso (as fotografias poderiam ser enviadas até hoje pelos correios pelo que esperamos receber ainda mais algumas dezenas de imagens nos próximos dias) mas até à data já chegaram à nossa redacção os trabalhos de perto de uma centena de participantes. Entretanto, ficou já definido que a Sessão Solene para entrega dos troféus e diplomas a vencedores e participantes irá decorrer no dia 12 de Junho nos Recreios da Amadora, entre as 15h00 e as 19h00, estando também já assegurada a posterior exposição dos trabalhos no concelho de Cascais, mais concretamente de 17 a 31 de Agosto, no Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal. Festa do XXIº Aniversário Março é mês de aniversário para O Correio da Linha e vamos assinalar os nossos 21 anos de existência com uma festa no dia 9 de Março com os jovens da Casa da Criança de Tires. Assegurada está já a presença do divertido Palhaço Croquete, estando o jornal a aguardar a confirmação de outros artistas que também pretendem associar-se a este evento lúdico e social. A festa do XXIº aniversário do jornal O Correio da Linha conta já com o apoio da Nestlé, da Panrico e da Johnson & Johnson que vão oferecer produtos das respectivas marcas à Casa e da Emilianos Animação que vai disponibilizar um insuflável para as crianças se divertirem à grande durante toda a tarde. Actual 23 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J. Rodrigues