posto de escuta Os líderes do setor são: Renner, Sayerlack, Rochesa e Quimpil. l Vernizes sanitários Demanda total de 10-11 milhões l/ano, juntando vernizes externos e internos, folha de Flandres e alumínio (total, uns 20 bi de latas por ano). As epóxis incluem resinas acriladas especiais, onde o ácido acrílico atraca nos grupos –CH2 do BPA. Grandes do setor: PPG (externos), Akzo e Valspar (internos). l Compósitos O grande item é o das pás para geradores eólicos. O “número mágico” é cerca de uma tonelada de resina epóxi por gerador de 1.6 MW. Existem três fabricantes no país (Tecsis, Wobben, Aeris), cuja capacidade conjunta equivale a mais de 1.500 t/ano de LER. O preço de cessão de energia eólica nas licitações mais recentes tem ficado aquém de R$ 100 / Mwh, abaixo da energia de cogeração fornecida à rede pela indústria alcooleira. Os projetos em andamento no país para os próximos anos correspondem a cerca de 2.000 MW adicionais anuais, correspondentes a 1213 mil t/ano de resina. Já no resto do mundo, depois de uma fase de crescimento acelerado, desde 2011 observa-se uma queda da demanda. Os compósitos para aplicações em bens de capital navais/offshore são domínio dos sistemas vinil-éster/ estireno, mercado de umas 4.000 t/ano. Os produtores da resina (epóxi modificada com ácido metacrílico) são Reichhold e Ashland. C OL A S E ADESIVOS Segmento que se divide em duas partes: l Aplicações industriais, o maior dos dois e que engloba usos em construção civil (o mais significativo), indústria automotiva, fixação de cerdas em pincéis, manutenção de certos equipamentos para mineração, moldes, ferramentaria etc. Principais fabricantes: Sika, Lord, Henkel, Otto Baumgart, Quartzolit; l Embalagens DIY (de 50 a 250 g) no Brasil, mercado modesto comparado com países como a Índia, onde, por escassez generalizada de peças originais, vigora uma espécie de lei de Lavoisier do tipo “nada se descarta, tudo se remenda”. E LETROELETRÔNICOS Em virtude das suas propriedades isolantes, as resinas epóxi são utilizadas na fabricação de uma variedade de peças e componentes empregados em geração/transmissão de energia. A grande aplicação é no isolamento das bobinas de transformadores a seco, usados até o presente, sobretudo, em equipamentos para distribuição, mas que no futuro passarão também a ser utilizados em transformadores industriais de maior potência. Mais caros, os transformadores a seco apresentam vantagens em relação aos isolados por óleo: economia de espaço e de manutenção, segurança. 12 s Posto 518.indd 12 Na indústria eletrônica, suas funções isolantes possibilitam a miniaturização – ela pode oferecer proteção de propriedade intelectual embutida. Algumas empresas atuantes nesse segmento: DMI e AEPI (chapas isolantes), Eletrisol (laminados), Isolasil (vernizes). PIS OS No Brasil, instalam-se 45-55 milhões m2/ano de pisos de concreto. Desse total, uma fração pequena, porém crescente, talvez 2%, é em seguida recoberta com uma camada a fim de melhorar o desempenho do piso em termos de manutenção, durabilidade, propriedades antiderrapantes, e até de suas qualidades decorativas. Três famílias de pisos industriais são reconhecidas: l Simples camadas de pintura, de uns 150 g/m2; l Pisos autonivelantes, em geral de 500-600 g/m2, cujo principal atrativo é a facilidade de conservação; l Pisos de argamassa multicamada, aplicados com espátula, espessuras típicas de 4-6 mm, instalados tipicamente em frigoríficos e indústrias alimentícias. Esse segmento é composto de empresas de diversos tipos: n Aplicadores não integrados, que compram os produtos de formuladores independentes; n Aplicadores que formulam seus próprios produtos, como NSBrazil, Flowerete, Solepoxy; n Marcas internacionais, que escoam seus produtos quer via as prateleiras do varejo quer através de aplicadores (BASF, por exemplo), ou exclusivamente aplicados, caso da Stonhard, que já teve uma unidade no Brasil, mas hoje traz seus produtos da Argentina já formulados. n Diversos, entre as demais aplicações das resinas epóxi estão: moldes, modelos, protótipos, e artesanato (por exemplo, a produção daqueles pratos japoneses de imitação, ou de réplicas de pães e réstias de cebola produzidas pela Pão Nosso em Santana do Parnaíba, SP). Algumas perspectivas: l A persistência do interesse pela energia eólica, reflexo do aumento de participação das regiões N/NE no PIB; l Dado que 60% do seu consumo está vinculado à produção ou à conservação de bens de capital, um novo ciclo de investimentos industriais no país resultaria num aumento mais que proporcional da demanda de resinas epóxi; l Ainda que a doutrina da autossuficiência econômica tenha saído de moda, a expansão da capacidade de produção de LER no país e uma eventual existência de uma unidade de ECH certamente teriam impacto favorável; l Finalmente, sente-se que o Brasil está deixando de ser uma sociedade do tipo “apenas o preço é que conta” – o que só pode ser bom para produtos próximos do topo da escala custo-desempenho, como é o caso das resinas epóxi.w Química e Derivados - fevereiro - 2012 01/03/2012 18:05:45