“Fator K” – Problema freqüente em Transformadores a seco IX Salão de Geafol considerando Harmônicos do Sistema Iniciação Científica PUCRS Apresentador, Daniel Signori Roso, Nome do Orientador, Vicente Canalli (orientador) Faculdade de Engenharia Elétrica, PUCRS, SIEMENS Ltda. Resumo Deve-se ter muita atenção aos harmônicos, principalmente aos gerados na rede de alimentação. A presença de harmônicos numa rede muda completamente as características de funcionamento de muitos equipamentos, como motores, transformadores, dispositivos de proteção, monitores de rede, controladores de processo, e até mesmo o dimensionamento de fios e cabos. Diante da realidade dos harmônicos em redes elétricas, o IEEE e o UL (Underwriter Laboratories) elaboraram normas para classificar a carga aplicada a um transformador através de um fator k, definido como um valor numérico que representa possíveis efeitos de aquecimento de uma carga não linear sobre o transformador, e tem como referencia os índices 1, 4, 9, 13, 20, 30 e 40. A norma UL 1562 define o ``fator k`` pela expressão [1] e [2]: ∞ FatorK = ∑ I h ( h =1 Ih 2 2 ) .h [1] I eff ∞ FatorK = ∑ I h ( pu ) 2 .h 2 [2] h =1 Onde: I h ( pu ) = valor eficaz da corrente de harmônica de ordem h (em por unidade da corrente eficaz considerada) h = ordem do harmônico. I eff = valor eficaz da corrente medida Na medição do fator k de uma carga, com instrumento de leitura direta, este pode ser um valor elevado para aquela corrente de carga. Porém, ao calcular a influencia desta corrente no funcionamento do transformador que alimenta tal carga, o fator k para o transformador IX Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2008 deve ser calculado considerando a corrente nominal do equipamento. Se nesta carga circula uma corrente eficaz menor que a corrente nominal, então o fator k para o transformador será menor que o medido pelo instrumento. Introdução A maior pergunta para nós seria em como proteger um transformador de harmônicos, sem que cause perda de energia, e consequentemente prejuízo a nosso bolso? Seria limitando a quantidade de carga inserida nele. Isto é chamado “reduzir” o transformador, ou redimensioná-lo de acordo com o padrão estabelecido pela norma e pelo projeto. Metodologia Neste trabalho serão mostrados através de analises e cálculos como um transformador a seco deve operar considerando harmônicos em seu funcionamento. Os transformadores com especificações de fator K são projetados para reduzir os efeitos de aquecimento das correntes harmônicas criadas por cargas não lineares. Sendo assim o índice da habilidade do transformador de suportar um índice harmônico em sua corrente da carga permanecendo dentro de seus limites da temperatura de operação. A tabela 1 dá o exemplo de cargas com diferentes fatores. Carga Fator K Iluminação com lâmpadas de descargas K=4 Equipamentos de Telecomunicação (por ex. PBX) K = 13 Máquinas de solda K=4 Cargas de computadores servidores (Mainframe) K = 20 Tabela 1: Cargas de acordo com o fator k gerado Especificar o fator indica que um transformador pode fornecer além da saída nominal de carga em KVA, uma carga de uma quantidade especificada de índice harmônico. Assim com estas medições será visualizado como o fator k influencia na potencia e na carga de diferentes aplicações como: Retificadores e Carregadores, variadores de velocidade, cargas tipo RCD, maquinas de solda e fornos de indução. IX Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2008 Resultados Serão comentados na apresentação diversos resultados, conforme visto na figura 1, onde mostra a influencia do fator em diferentes cargas. Os harmônicos geram aquecimento excessivo nas instalações e também disparos nos dispositivos de proteção sendo assim usa-se um transformador com fator k adequado de maneira a eliminar estes problemas. Outras causas comuns de harmônicos são as vibrações e o acoplamento, ressonância, aumento na queda de tensão e redução do fator de potencia e tensões elevadas entre neutroterra. Figura 1 Resultado das harmônicas considerando uma carga ZC paralela. Conclusão Verificamos que o fator k, é extremamente importante em instalações que se depare com problemas de harmônicos que possam prejudicar o andamento de diversos processos, foi mostrado estudos através de normas internacionais que definem o correto calculo e medição do mesmo. Concluímos como podemos agir quando nos deparamos com aplicações que se tornam essenciais a análise do fator k não só para o rendimento, mas como na vida útil de nosso equipamento e que às vezes não nos é levado em conta na especificação do projeto. Após este estudo fica a critério do cliente e do projetista estabelecer qual o devido fator a ser utilizado e a nosso critério como fornecedores de transformadores a seco (SIEMENS), informá-los qual o real transformador a ser utilizado e qual o devido fator k. Referências Norma Internacional, ANSI/IEEE Std. C57.110-1998. MORENO, I., Harmônicas nas instalações Elétricas. (2000). IX Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2008