1 O TEATRÃO E O JARDIM BOTÂNICO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA APRESENTAM: HÁ TEMPO PARA TUDO 27 nov – 23 dez 2014 OFICINA MUNICIPAL DO TEATRO Nova temporada: 7 a 17 de janeiro 2015 2 É com grande satisfação que O Teatrão e o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra se juntam para criar um espetáculo dirigido especialmente a crianças entre os 3 e os 6 anos. HÁ TEMPO PARA TUDO é uma criação teatral que, através de linguagens poéticas e visuais, brinca com as mudanças de ciclo, de tempo, das estações e com tudo o que estas nos provocam. Esta parceria vem na sequência de outras atividades que O Teatrão e o JBUC já realizaram em conjunto, no âmbito dos seus Projetos Educativos e Pedagógicos. Ao mesmo tempo, vem reforçar, por parte de ambos, o desejo e a prática de promover colaborações com diversas instituições da cidade, numa lógica de partilha e alargamento de conhecimentos e de recursos. Há tempo para tudo: o Jardim e o Teatro de mãos dadas Assente numa parceria entre a companhia de teatro O Teatrão e o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC), Há tempo para tudo é o resultado da visão artística sobre um produto educacional. O ponto de partida para esta peça foram os calendários “É Tempo de…”, inseridos nos kits de atividades botânicas “Vamos Semear Ciência” desenvolvidos pelo JBUC. Os calendários dividem-se pelas quatro estações do ano e revelam às crianças e adultos que todos os dias há razões para pensar nas plantas, para as olhar, cheirar, sentir ou saborear. Neste contexto de explorações botânicas, alguns dos dias do calendário foram propositadamente deixados em branco, para que cada um possa registar as suas próprias descobertas! Os calendários “É 3 Tempo de…” incluem imagens de elementos naturais ou outros objetos existentes em cada uma das estações, que as identificam e caracterizam. Contam ainda com pequenos desafios que pretendem aproximar as crianças dos elementos vegetais e a entendê-los de uma perspetiva temporal. Há tempo para tudo é, portanto, um espetáculo que teatraliza a interpretação científica do tempo. E é precisamente neste âmbito que o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra “entra em cena”, com a equipa de profissionais de educação, ciência e comunicação, que apoiam os criadores nas questões científicas inerentes à temática Tempo, conjugando a arte com a ciência, imprimindo ao Tempo uma roupagem artística. A coprodução desta peça prende-se, em primeira instância, com a abertura do Jardim a parcerias com entidades de cariz cultural e social, sendo esta uma das principais linhas estratégicas da instituição. Paralelamente, a comunicação e divulgação de conteúdos científicos é também uma das missões do próprio JBUC, pelo que a escolha do teatro enquanto meio de comunicação de mensagens de teor científico apresentase como um desafio e uma mais-valia para o próprio Jardim, permitindo-lhe chegar a públicos diferenciados, levando a ciência aos mais novos através de suportes diferentes e apelativos. É precisamente pela valência de Há tempo para tudo, enquanto elemento de transmissão de conhecimentos, que a peça se transforma na bandeira do JBUC para a Semana da Ciência e Tecnologia, que este ano decorre de 22 a 30 de novembro, em particular para comemorar o Dia Nacional da Cultura Científica (24 de novembro). A estreia de Há tempo para tudo coincide com a semana mais propícia para comunicar ciência ao público e, sendo uma peça teatral destinada ao público infantil, assume uma importância crescente pelo papel educativo que lhe está inerente. Paralelamente, a possibilidade de repor o espetáculo a cada uma das estações do ano faz de Há tempo para tudo uma produção teatral-científica onde a arte, a ciência e principalmente as crianças são as principais estrelas do espetáculo! Jardim Botânico da Universidade de Coimbra 4 Este espetáculo não começa nem acaba, acontece. Porque o mesmo se passa na vida. Acontece...Depende do tempo que estiver na altura! Acontece como um ciclo, que pode ser em qualquer lugar da natureza mãe, onde uma árvore ao perder as suas folhas se transforma numa girafa ou onde uma flor desabrocha e se divide em quatro. Este espetáculo acontece no momento em que se nasce e morre ao mesmo tempo que se funde com outra vida. É um espetáculo sobre estações do ano e aquilo que elas nos provocam. É sobre a Mãe dessas quatro estações. É sobre o tempo das coisas. É sobre as voltas que o tempo dá. É sobre a memória das sensações das coisas. É sobre o tempo de brincar e sobre o tempo que faz quando se brinca. Num dia de uma primavera qualquer abre-se uma flor, nasce uma girafa, as raízes de uma árvore com folhas verdes ficam mais fortes. Há meninos que acordam de manhã sacudidos pelos ponteiros do relógio redondo que gira. Ao mesmo tempo que se arranjam para ir para a escola, abre-se outra flor num jardim qualquer, alguém come uma maçã e um pavão abre em leque a sua cauda de cores. Quatro sementinhas procuram o melhor solo para germinar e nascer, mas é preciso esperar para ver! Os meninos olham-se ao espelho nessa manhã e vêm que estão diferentes olham pela 5 janela e vêem que o tempo mudou... Ao mesmo tempo um louva a deus assiste ao nascimento de uma barata, uma pinha cai soltando os seus pinhões e a seu tempo um caracol arrasta-se pelas folhas verdes deixando um caminho brilhante no orvalho para não se perder no regresso. Ao saírem de casa, os meninos, cada um com o seu tempo, correm ou caminham devagar a ouvir os passarinhos. Os que correm rapidamente percebem que andaram às voltas com o tempo e acabaram por se perder nas horas. Ficam cansados e derretem com o sol tão quente. De repente ficou verão! Tão rápido como um piscar de olhos! E verão significa praia e óculos de sol e beber sumos de fruta fresca à beira mar, misturados com o sal da água que fica entranhado na pele morena. As quatro sementinhas demoraram, mas cresceram, e são agora plantas que já têm folhas e caules fortes e sadios. Alguns meninos que não se atrasaram para ir para a escola continuam a ouvir os pássaros, mas reparam que está uma brisa fresca. Deviam ter trazido um casaco, mas afinal é verão! Não são precisos casacos no verão! Ainda há pouco estavam todos transpirados , com o sol a bater forte nas cabeças e a queimar os braços! Pois... mas ainda nem sequer chegaram à escola e já caíram folhas de plátanos nas avenidas. Quando alguém as pisa fazem o som das castanhas a crepitar na panela de barro. Que cheirinho a Outono!!! Mal se fecha a porta da sala de aula começa a chover. Ouve-se o vento a uivar, como que a anunciar quem o tempo frio está a chegar. Os meninos vão a janela e brincam com o vapor das bocas nos vidros e fazem desenhos. Desenhos de nuvens e de sois que são pintados pelas gotas de chuva do outro lado da janela. Anoitece. Os meninos já em casa preparam-se para dormir. Soube bem a sopa quentinha e o banho de espuma que alguns tomaram. Uns minutos depois , outros meninos penduravam as meias na chaminé e preparavam-se para a descida do senhor das barbas brancas. Segundinhos antes disto tudo acontecer ,noutro sitio do lado de lá da terra redonda, ainda de dia, alguém fazia um boneco de neve, e uma cobra que no verão tinha comido a própria cauda, preparava-se para hibernar. Quentinhos, os lençóis dos meninos todos do mundo , no inverno parece que os chamam. Está na hora de dormir porque amanha é outro dia, mas antes ainda há um tempinho para uma historia. Papá já podes apagar a luz. E ao amanhecer, uma flor desabrocha num outro dia de uma primavera diferente, porque não existem primaveras iguais. Cláudia Carvalho e Jonathan Azevedo 6 AO SABOR DO TEMPO - ATELIER PARA PAIS E FILHOS Durante a temporada, pais e filhos são convidados a andar ao sabor do tempo e, faça chuva ou faça sol, partem à descoberta das coisas que habitam neste mundo. Quando o relógio marcar 18h de sábado, depois do espetáculo, o tempo vai voar por entre corpos em movimento e brincadeiras com as estações do ano e os elementos da natureza. Preço: espetáculo + atelier: 15 euros (pais e filhos) FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA Direção: Cláudia Carvalho e Jonathan de Azevedo A partir de uma ideia original de: Isabel Craveiro Elenco: Ana Bárbara Queirós, Inês Mourão, João Santos, Margarida Sousa (Atores d'O Teatrão); Ana Margarida Cruz, Bruno Alves, Cristiana Calvário, Daniel Neves, Joana Isabela, Luana Figueiredo, Mariana Antunes, Melanie Cunha (alunos estagiários do Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Artes do Espetáculo do Colégio São Teotónio) Colaboração na Criação do espetáculo: Inês Silva, Mitchell Andrade, Sara Tavares e Vera Martins (alunos estagiários do Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Artes do Espetáculo do Colégio São Teotónio) 7 Músicos: Diogo Alexandre, Joni Axel, Pedro Jerónimo, Tiago Batista (alunos do Curso Professional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra) Desenho de Luz e Vídeo: Alexandre Mestre Apoio ao movimento: Ana Madureira Cenário e Figurinos: Filipa Malva Direção Musical: Rui Lúcio Grafismo: Unit.Lab, por Francisco Pires e Marisa Leiria Cabeleireiro: Carlos Gago (Ilídio Design) Fotografia: Carlos Gomes Construção de Cenário: José Baltazar Costureira: Fernanda Tomás Direção de Produção: Cátia Oliveira Produção Executiva: Nuno Carvalho Direção Técnica: João Castro Gomes Equipa Técnica: Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Rui Capitão Equipa Jardim Botânico: Aurora Moreira, Catarina Schreck Reis, Paulo Trincão Coprodução: O Teatrão e Jardim Botânico da Universidade de Coimbra 2014 Espetáculo para maiores de 3 anos Duração aproximada: 35 minutos Temporada: 27 de novembro a 23 de dezembro Nova temporada: 7 a 17 de janeiro Oficina Municipal do Teatro dezembro: De segunda a sexta: 10h, 11h30, 14h e 15h30 (sessões para escolas) Sábado: 11h e 17h janeiro: De segunda a sexta: 10h30 e 14h30 (sessões para escolas) Sábado: 17h Atividade Paralela: Ao Sabor do Tempo, atelier de exploração a partir do espetáculo, para pais e filhos 8 Preços: 10 euros (normal e pais e filhos), 5 euros (estudante e sénior), 4 euros (grupos com mais de 10 pessoas) | Espetáculo + atelier: 15 euros (pais e filhos) Informações e Reservas: 239714013, 912511302, [email protected], oteatrao.com 9