149 COMUNICAÇÃO UM BLOCO DE GRADIENTE TÉRMICO DE FÁCIL CONSTRUÇÃO, PARA EXPERIMENTOS 1 TERMOBIOLÓGICOS Luiz Gouvêa Labouriau 2,4 > e Rodrigo Brandão Cavalcanti 3 Laboratório de Termobiologia, Dep. Ciências Fisiológicas, I. Biologia, UnB, 70910-900, Brasília, DF, Brasil. RESUMO- Apresenta-se nesta comunicação um novo politermostato de construção relativamente módica, que contém 24 estações de temperatura, cada uma com seis replicações, na forma de 24 pilhas verticais, de seis tubos especiais de alumínio cada uma, saparadas por placas do mesmo metal. O gradiente de temperatura é estabelecido por duas serpentinas de tubo de cobre embutidas nas duas placas extremas e ligadas às bombas de circulação de dois banhos de temperatura ajustável. Os objetos experimentais e os termistores são postos sobre placas de lucite colocadas dentro de vidro que são inseridos nas estações de temperatura. As montagens são aqui descritas sem reservas, esperando-se apenas que os eventuais usuários tenham a cortesia de dar o crédito a esta comunicação. Termos adicionais para indexação: bloco de gradiente de temperatura, germinação de sementes e de esporos, politermostato. A TEMPERATURE GRADIENT BLOCK, OF EASY CONSTRUCTION, FOR THERMOBIOLOGICAL EXPERIMENTS ABSTRACT- A new thermogradient block of relatively unexpensive construction is described. The apparatus contains 24 vertical piles of six alumium tubes of special rectangular section, separated by aluminum plates. The temperature gradient is set by two copper tube coils embedded in thick terminal aluminum plates and connected to the circulation pumps of two temperature controlled baths. The objects and thermistors are layed over plastic plates inserted in 1 Recebido em 25/04/1996 e aceito em 26/04/1996. 2 Ph.D., Professor Emérito, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Universidade de Brasília (UNB). >FALECIDO EM 29/03/1996. 3 Bacharel 4 em Biologia, UnB. Correspondência para: Laboratório de Termobiologia, Dep. Ciências Fisiológicas, I. Biologia, UnB, 70910-900, Brasília, DF, Brasil. glass tubes which are placed at the temperature stations. The asseblage of this instrument is presented here without any reservations, hoping that eventual users will have the courtesy of giving credit to the present communication. Additional index terms: gradient block, seed germination, temperature control, plythermostat, spore germination. INTRODUÇÃO É bem conhecido o fato de que muitas pesquisas que envolvem o estudo da dependência de temperature de processos fisiológicos requerem a realização de experimentos com bom número de temperaturas diferentes e cobrindo uma faixa ampla. Contudo, a limitação do estudo da velocidade dos processos fisiológicos a apenas um pequeno trecho do intervalo total de temperatura em que o processo ocorre é infelizmente muito comum e isso não só faz com que se percam muitas informações úteis, mas pode, mesmo, conduzir a conclusões inexatas. Um exemplo bem claro desta situação é constituido pelos gráficos de Arrhenius, que podem parecer retilíneos se feitos só para um curto intervalo de temperatura. Na verdade, porém, eles aparecem sempre pronunciadamente curvilíneos se estendidos a toda a faixa de temperatura do processo (Lineweavwer et al., 1932; Johnson et al., 1954; Wolfe & Bagnall, 1980), o que, aliás, se demonstra ser uma conseqüencia necessária da existência das temperaturas cardeais (Tm < Tcpt <TM) (Labouriau & Labouriau, 1991). Por outro lado, resultados com número muito pequeno de pontos experimentais apresentam à análise uma base estatística fraca, que limita muito o alcance do trabalho, porque impede a passagem legítima dos dados experimentais particulares a proposições mais gerais, que é, afinal, o que sempre se busca. Uma das dificuldades que conduzem a esses defeitos em estudos fisiológicos (entre os quais sobressaem os de germinação de sementes) está no R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996. 150 instrumental. De fato, o sistema de trabalho com câmaras reguláveis, do feitio de geladeiras ou de unidades “BDO”, torna uma pesquisa bem feita ou muito onerosa ou muito demorada, tanto pelo custo de um bom número de câmaras e pelo espaço que seu uso demandaria, como pelo tempo que seria necessário quando se opera sucessivamente com um número pequeno de câmaras. Por todos esses motivos diversos pesquisadores trataram de projetar blocos de gradiente térmico em que os citados incovenientes são minimizados, pelo menos para objetos experimentais relativamente pequenos, como microorganismos esporos e sementes até o tamanho de um grão de milho (Elliott & French, 1959: Larsen, 1965; Barbour & Racine, 1967; Wagner, 1967; Fox & Thompson, 1971; Vazquez-Yanes, 1974; Rowley et al., 1975). O objetivo do presente trabalho é o de descrever um instumento deste tipo, que é de construção simples e de custo moderado. Por essas características ele pode ser útil para tornar mais rápido e mais completo o levantamento de informações fisiológicas sobre a germinação de sementes e de esporos, especialmente no caso das espécies nativas tropicais, sobre cujo desenvolvimento, em muitos casos, ainda não se sabe quase nada. DISPOSIÇÃO E FEITURA DO APARELHO 1) Material- O material escolhido para estrutura básica foi o alumínio, devido a que este metal combina as seguintes características: 1) Calor específico elevado (0,9kJ kg-1 K-1), o que dá estabilidade e versatilidade térmica ao instrumento; 2) Densidade relativamente baixa (2700 kg m-3), o que permite um peso global moderado: 3) facilidade de várias operações , como dobraduras, rosqueamentos, cortes, etc; 4) Acesso comercial a peças das mais variadas formas devido ao largo uso deste metal. O isolamento térmico foi sempre obtido com placas de isopor (poliestireno expandido). 2) Disposições gerais- Um estudo crítico de diversos aparelhos congêneres logo revelou que uma situação a evitar consistia em se disporem os objetos experimentais (sementes, por exemplo) num espaço contínuo (seja ele uni- ou bidimensional) ao longo do qual se estabelece o gradiente de temperatura. Porque a conseqüência inevitável dessa organização é que continuamente destila água da extremidade mais quente para a mais fria, de modo que uma das extremidades do bloco tende a inundar-se e a outra, a secar. Ainda pior é o fato de que a continuidade das estações de temperatura pode causar interferências indesejáveis e dificilmente controláveis entre tratamentos, pelos efeitos de difusatos e de vapores produzidos pelos objetos experimentais em temperaturas diferentes. Essas dificuldades foram totalmente eliminadas em dois modelos anteriores (Labouriau, 1977a; Labouriau & Agudo, 1987), nos quais as estações de temperatura e cada uma de suas replicações são totalmente isoladas umas das outras. O modelo de 1977 permittiu muitos experimentos (Labouriau, 1977b; 1980; 1983; Labouriau & Pacheco, 1979; Labouriau & Osborn, 1984; Labouriau & San José, 1987; Labouriau & Spillmann, 1989; Borghetti & Labouriau, 1994), mas apresenta duas limitações consideráveis. Uma é o bloco de alumínio de 860mmx250mmx220mm, pesando mais de 130kgf. A outra limitação está em que, neste modelo, a temperatura mais alta se obtém por resitências elétricas controladas por um termostato. O problema de uso surge quando se necessita trabalhar com um intervalo de temperatura cujo limite superior fica bem abaixo da temperatura ambiente. Nesta situação, com as resistências de aquecimento desligadas, fica-se na dependência da precisão e da estabilidade da temperatura mantida pelos aparelhos de ar condicionado da sala de trabalho, que, por mais que se queira, funcionam sempre com uma boa margem de variação. Uma alternativa, também muito cara, consiste em usar um banho frio de grande capacidade, como o Forma 2424, de 50 galões de capacidade e operando com solução 50% aq. etilenoglicol. Esta segunda limitação foi levantada no prototipo de 1987 (Labouriau & Agudo, 1987) adotando dois banhos de temperatura constante, um em cada extremidade do bloco. A outra questão, da dificuldade de se fundir e usinar um bloco tão grande de Alumínio, foi solucionada plea adoção de um sistema de “sanduiches” de series de tubos e placas de alumínio (Labouriau & Agudo, 1987). Contudo, o uso de placas de alumínio muito espessas (1/2 polegada), além de dispendioso, cria problemas de feitura devido à necessidade de cortá-las e furá-las e, ademais, o aparelho, mesmo com dez estações apenas já fica muito pesado. No terceiro protótipo, cuja descrição é objeto do presente trabalho, decidiu-se empregar chapas de alumínio de 4mm de espessura, usando apenas duas chapas espessas (1/2 polegada), e estas somente para embutir as serpentinas de tubo de cobre que estabelecem os extremos do gradiente de temperatura do bloco. O aspecto geral do aparelho em pleno uso é mostrado na Fig. 1A e o esqueleto interno, na fig. 1B. 3) Descrição e montagem. O instrumento é constituído de um bloco contido dentro de um caixilho (Fig. 2), feito de cantoneiras de ferro galvanizado de 1,5x1,25 de polegadas, convenientemente soldadas e tendo no fundo uma chapa de ferro galvanizado R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996. 151 a forçar as peças todas a permanecerem em um só bloco, como se vê na Fig. 1B. As seguintes peças complementam a instalação: a) uma chapa de alumínio de 4mm de espessura, revestindo o fundo todo do caixilho e apoida (com pequena folga) nas cantoneiras e nas chapas transversais (2.2 na Fig. 2) de reforço do fundo do caixilho; b) placas de isopor para isolamento térmico de 50mm de espessura; c) apoios de borracha maciça dura de 60mm de diâmetro e 42mm de altura, dos usados para sustentação de motores de caminhão. Estas peças são embutidas em furos feitos na chapa de isopor do fundo, de modo a repousar diretamente na chapa de alumínio de revestimento do fundo do caixilho. Sua função é suportar o peso do bloco, impedindo-o de esmagar a placa de isolamento térmico do fundo. Posto o bloco dentro do caixilho (cujo fundo foi previamente revestido como exposto acima) o conjunto fica como mostrado na Fig.7 em corte sagital, com a face frontal à esquerda. FIGURA 1- A) O aparelho em uso. B) O esqueleto interno. FIGURE 1- A) The finished apparatus. B) The internal skeleton. soldada à base do caixilho, para servir de apoio ao bloco. As peças que compõem o bloco são as seguintes (Figs. 3 e 4): 3.1) Duas placas terminais de alumínio grossas, de 300mm x 412mm x 12,7mm (≅1/2 polegada); 3.2) 25 placas intermediárias de 300mmx412x4mm; 3.3) 144 tubos de alumínio de secção retangular (Fig. 5) de 300mmx30mmx56mm (cortados de barras de Venezianas A-041 da série 30 da Alcan ou similares); 3.4) 52 barras maciças de alumínio de 300mmx30mmx19mm; 3.5). seis vergalhões maciços de alumínio de 12,7mm ≅1/2 polegada) de diâmetro e de 963mm de comprimento (VER-011 da Alcan ou similar), com roscas terminais e as 12 porcas correspondentes. As faces laterais e o topo recebem revestimento de placas de isopor de 50mm de espessura, com acabamento externo por placas de alumínio (ou, mais barato e mais bonito, de madeira, que se pode pintar de côr agradável) aparafusadas ao caixilho. O revestimento interno da face posterior deve ser de isopor e, o externo, de uma placa inteiriça de madeira (ou de compensado de madeira de boa qualidade e espessura), aparafusada ao caixilho e na qual se fazem dois orifícios para cada estação de temperatura (ao todo 2x144 orifícios). Um deles é para a passagem do cabo do termistor e o outro para cabos elétricos finos (Fig. 8). A Fig. 9 mostra um detalhe do acabamento da face anterior do aparelho. Todos os tubos de secção retangular estão igualmente recuados de 50mm de borda, de modo a permitir o encaixe das tampas que vedam termicamente a face frontal do bloco. Para obter o “piso”e o “teto” da face frontal do aparelho é necessário encaixar duas chapas de alumínio (4mm de espessura) com o comprimento do bloco e largura de 110mm, sendo dobradas duas vezes em ângulo reto, de modo a apresentar, afinal, uma face vertical de 50mm, uma face horizontal de 50mm (a qual constitui o “teto”) e uma face vertical de 10mm para encaixe junto ao revestimento de isopor. As tampas da face frontal (9.1) são feitas com chapas de alumínio de 4mm de espessura, cada uma com dois furos que permitem fixá-las ao caixilho por meio de parafusos borboleta (9.2) que se prendem por furos rosqueados (9.3). Colam-se blocos de isopor de 50mm espessura às faces internas das tampas, de modo a que toda a face terminal anterior dos tubos esteja termicamente A Fig. 6 mostra o tubo de cobre da serpentina (6.1) embutida numa das duas placas grossas das extremidades opostas do bloco, assim como um dos seis vergalhões de amarração (6.2) e uma das 12 porcas (6.3) que os apertam dos dois lados, de modo R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996. 152 R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996. 153 FIGURA 2- Caixilho que contém o bloco (1013x415x500mm de altura). 2.1: Perfis em L de ferro galvanizado de 1,5"x1/4". 2.2: chapa de ferro galvanizado de apoio do bloco, de 2"x1/4" FIGURA 3- Corte frontal do bloco; 3.1: Placas terminais espessas; 3.2: placas intermediárias de 4mm de espessura; 3.2: tubos de alumínio de secção retangular; 3.4: barras maciças de Alumínio para fechar os encaixes superiores e inferiores; 3.5: vergalhões que mantem ligadas as placas e tubos; 3.6: placas isolantes de isopor; 3.7: apoios de borracha maciça dura; 3.8: orifícios de face posterior. FIGURA 4- Peças principais da montagem do bloco. FIGURE 5- Detalhe do tubo de alumínio (3.3 na Fig. 3) aonde se inserem os tubos de vidro com as placas para as sementes. FIGURE 2- The frame containing the block (103x415x500mm height). 2.1; Profiles of galvanized iron 1 a/2x1/4"2.2: Galvanized iron plate for supporting the block weight, 2" wide x1/4" thick. FIGURE 3- Frontal section of the block. 3.1: Terminal plates (1/2" thick); 3.2: intermediary plates (4mm thick); 3.3: aluminum tubes of rectangular section; 3.4: solid aluminum bars used to fill the upper and lower gaps between successive stations; 3.5: solid aluminum rods that bind the plates and tubes together; 3.6; insulating plates of expanded plystyrene; 3.7: solid rubber supports; 3.8: holes of the posterior face . FIGURE 4- The main component parts of the block FIGURE 5- Detail of the aluminum tube (3.3 in Fig. 3) where the glass tubes with the plastic plates for the seeds are inserted. isolada quando aparafusadas. as tampas estão postas e A construção foi quase toda ela feita pelos próprios signatários na oficina do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB. 4) Montagem dos objetos experimentais (Fig. 11). Usam-se para isso placas de lucite com ligeira escavação feita na fresa, revestidas de tiras de papel de filtro grosso (por exemplo Whatman no 17). Estas placas são postas dentro de tubos de vidro 250mmx25mm (medidas externas), que se inserem nos compartimentos inferiores dos tubos de alumínio das estações de temperatura. Os tubos podem levar no fundo uma pequena lâmina de água e serem fechados por tampas de plástico, das usadas para cultivos assepticos (Fig. 10), ou por parafilm. 5) Termometria. Os autores têm usado termistores instalados com mostra a Fig. 11, reservando-se para o termistor a replicação central de cada estação de temperatura. Esses termistores passam a um teletermômetro, onde são lidas as respectivas temperaturas, em décimos de graus Célsius. Entre estes instrumentos e as estações de temperatura é muito conveniente interpor chaves seletoras que recebem os pinos “de telefone” dos termistores e que permitem passar da leitura de uma estação à da seguinte sem a necessidade de conectar e desconectar pinos dos termistores individuais. Infelizmente os excelentes teletermômetros analógicos da Yellow Springs, que antes eram disponíveis, já não se fabricam mais (possivelmente porque são tão duráveis e raramente necessitam qualquer reparo). Há, atualmente, instrumentos digitais adequados (Fig. 12), cujo único defeito é a sua fragilidade. TABELA 1- Medidas de temperatura tomadas de 12 em 12 horas (9am e 9 pm) em 10 dias consecutivos ao longo do bloco e na estação número 13, respectivamente. TABLE 1- Temperature measurements taken 12 hours apart (9am and 9pm) during 10 consecutive days, for all temperature stations (Fig. 13) and for the six repetitions of station number 13. Replicações # Intervalos de confiança a 95% (oC) Replications # 95% Confidence intervals (oC) 1 23,.85 0,0(8) = 23,8 o,1 2 23,78 0,0(0) = 23,8 0,1 3 23,71 0,0(8) = 23,7 0,1 4 23,82 0,0(8) = 23,8 0,1 5 23,76 0,0(8) = 23,8 0,1 6 23,85 0,098) = 23,8 0,1 A tabela 1 contém os resultados das leituras de temperatura das 6 replicações da estação número 13. R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996. 154 FIGURA 6- Detalhe de uma das faces laterais do bloco; 6.1: serpentina de cobre embutida na placa espessa de alumínio; 6.2: um dos vergalhões de amarração; 6.3: Porca de aperto do vergalhão; 6.4; orifícios (φ =12,8mm) de passagem dos vergalhões. FIGURA 7- Corte sagital do bloco, com a face frontal à esquerda. 7.1: isolamento térmico de isopor; 7.2: uma das saídas da serpentina; 7.3: barra de enchimento; 7.4: vergalhão de amarração; 7.5: placa de madeira de revestimento posterior; 7.6; orifícios de passagem dos termistores e condutores à estações. FIGURA 8- Bloco terminado (vistas anterior e posterior). 8.1: tampa removível da face frontal; 8.2: parafusos-borboleta de fixação da tampa; 8.3: saídas da serpentina; 8.4: orifícios da placa de revestimento posterior (= Fig. 7.6). R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996. 155 FIGURA 9- Detalhe de acabamento da face frontal. 9.1: tampas removíveis (em chapas de alumínio de 4mm de espessura); 9.2: parafusos de fixação das tampas no caixilho; 9.3: furos rosqueados no caixilho; 9.4: bloco de isopor colado à face interna da tampa para isolamento térmico da face frontal do bloco. FIGURE 6- Detail of one of the lateral faces of the block; 6.1: copper coil tube embedded in the thick terminal aluminum plate; 6.2: one of the solid rods used for holding the block plates and tubes together; 6.3: nut for tightening the plates by the rods; 6.4: hole (φ =12,8mm) for passage of the holding rod. FIGURE 7- Saggital section of the block, with the frontal face at left. 7.1: thermal insulation of expanded polystyrene; 7.2; one of the outlets of the copper coil; 7.3: solid aluminum bar for filling the lower and upper gaps separating rods, tubes and plates; 7.4: solid aluminum rod for holding together plates an tubes; 7.5: back closing plate (wood) 7.6: holes for passing thermistors and cables to the temperature stations. FIGURE 8- The finished block (front and back views); 8.1: removable lid of the front face; 8.2: fastening screw of the lid.; 8.3: outlets of the terminal coils; 8.4: holes in the back wooden plate (=Fig. 7.6). FIGURE 9- Finishing of the frontal face. 9.1: removable lids (aluminum plates 4mm thick); 9.2: screws for fastening the removable plates to the frame; 9.3: screwed holes: 9.4: expanded ploystyrene block glued to the lid (frontal thermal insulation). FIGURA 10- Montagem de sementes no tubo de vidro que vai para a estação de temperatura. FIGURE 10- Placing seeds at the glass tube that goes in a temperature station. FIGURA 12- Teletermômetro digital dos termistores. FIGURE 12thermistors. Digital telethermometer for the FIGURA 13- Medidas de temperatura tomadas de 12 em 12 horas (9am e 9 pm) em 10 dias consecutivos, ao londo do bloco e na estação número 13, respectivamente. FIGURE 13- Temperature measurements taken 12 hours apar (9am and 9pm) during 10 consecutive FIGURE 11- Placing the thermistors. days, for all temperature stations (Fig. 13) and for the six repetitions of station number 13. R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996. FIGURA 11- Instalação dos termistores. 156 Tais leituras foram feitas com intervalos de 12 horas LABOURIAU, L.G. Shift of the maximum temperature of germination of Vicia graminea seeds following (9am e 9pm) durante 10 dias consecutivos. Como se imbibition of deuterium oxide. Journal of Thermal ve, as 6 diferentes repetições de uma mesma estação Biology, 2:111-114, 1977b. apresentam inervalos de confiança (α=0,05) que escassamente atingem 0,1 oC, que é a precisão da LABOURIAU, L.G. Effects of deuterium oxide on the lower temperature limit of seed germination. Journal medida das temperaturas. of Thermal Biology, 5:113-117, 1980. A Fig. 13 contem os resultados das mesmas 20 LABOURIAU, L.G. Some effects of deuterium oxide on medições, ao longo do bloco todo, nas replicações the isothermal germination of tomato seeds. Boletin número 4 de cada uma delas. Embora em todas as Soiedad Venezolana de Ciencias Naturales, medidas os resultados matinais sejam sempre um 141:153-163, 1983. pouco inferiores aos vesperais, os intervalos de LABOURIAU, L.G. & AGUDO, M. On the physiology of confiança globais são sempre inferiores a 0,1 oC em seed germination in Salvia hispanica L. Itodas as estações. As pequenas variações de Temperature effects. Anais da Academia Brasileira temperatura de determinada estação ao longo do dia de Ciências, 59:37-50, 1987. não podem ser atribuidas a variações causadas pela LABOURIAU, L.G. & LABOURIAU, I.S. The Arrhenius manutenção das temperaturas dos banhos, pois neles plot of a physiological rate process is never linear. os intervalos de confiança da temperatura, medida Ciência e Cultura, 43:363-369, 1991. com termistores, foram, nas 20 medidas, 13,0 0,0 92 LABOURIAU, L.G. & OSBORN, J.H. Temperature e 33,0 0,0 95 oC. dependence of the germination of tomato seeds. Journal of Thermal Biology, 9:285-294, 1984. AGRADECIMENTOS LABOURIAU, L.G. & PACHECO, A. Isothermal germination rates in seeds of Dolichos biflorus L. Os autores agradecem à Financiadora de Projetos Boletin Sociedad Venezolana de Ciencias (FINEP) por recursos para a aquisição das peças Naturales, 136:73-112, 1979. estruturais de alumínio, ao Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à LABOURIAU, L.G. & SAN JOSE, J.J. CO 2 efflux of germinating caryopses of Zea mays L. Hydrated with Comunidade Europeia por recursos utilizados na heavy water (D 2 O). Anais da Academia Brasileira aquisição dos equipamentos complementares, assim de Ciências, 59385-392, 1987. como ao CNPq por bolsa de pesquisa fornecida a LGL e a de iniciação científica dada a RBC. LARSEN, A.L. Use of a thermogradient plate for studying temperature effects on seed germination. Agradecemos também aos Srs. Fabian Borghetti e Proceedings of the International Seed Testing Fabio Nora as leituras das temperaturas da Fig.13 e Assiation, 30:861-868, 1965. da Tabela 1. LINEWEAVER, H.; BURK, D. & HORNER, C.K. The temperature characteristics of respiration of REFERÊNCIAS Azotobacter, Journal of General Physiology, 15:497-505, 1932. BARBOUR, M.A. & RACINE, C.H. Construction and performance of a temperature bar and chamber. ROWLEY, J.A.; TUNNICLIFFE, C.G. & TAYLOR, A.O. A Ecology, 48:861-863, 1967. temperature gradient bar and electrical conductivity assay for cold tolerance studies. Palmeston North, BORGHETTI, F. & LABOURIAU, L.G. Inhibition of Plant Physiology Division, Department of Industrial phytochrome by deuterium oxide in the germination Research, 1975. 12p. (Technical report, 2). of akenes of Cosmos sulphyreus Cav. Ciência e Cultura, 46(3):177-181, 1994. VAZQUEZ-YANES, C. Estudios sobre ecofisiologia de la germinación en una zona cálido-úmeda de Mexico. ELLIOT, R.F & FRENCH, C.S. Germination of light Mexico, Universidade Nacional Autonoma, 1974. sensitive seed in crossed gradients of temperature 140p. Tese. and light. Plant Physiology, 34:454-456, 1959. FOX, D.J.C. & THOMPSON, P.A. 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