149
COMUNICAÇÃO
UM BLOCO DE GRADIENTE TÉRMICO DE
FÁCIL CONSTRUÇÃO, PARA EXPERIMENTOS
1
TERMOBIOLÓGICOS
Luiz Gouvêa Labouriau 2,4 > e Rodrigo Brandão Cavalcanti 3
Laboratório de Termobiologia, Dep. Ciências Fisiológicas, I. Biologia,
UnB, 70910-900, Brasília, DF, Brasil.
RESUMO- Apresenta-se nesta comunicação um novo
politermostato de construção relativamente módica,
que contém 24 estações de temperatura, cada uma
com seis replicações, na forma de 24 pilhas verticais,
de seis tubos especiais de alumínio cada uma,
saparadas por placas do mesmo metal. O gradiente de
temperatura é estabelecido por duas serpentinas de
tubo de cobre embutidas nas duas placas extremas e
ligadas às bombas de circulação de dois banhos de
temperatura ajustável. Os objetos experimentais e os
termistores são postos sobre placas de lucite
colocadas dentro de vidro que são inseridos nas
estações de temperatura. As montagens são aqui
descritas sem reservas, esperando-se apenas que os
eventuais usuários tenham a cortesia de dar o crédito
a esta comunicação.
Termos adicionais para indexação: bloco de
gradiente de temperatura, germinação de sementes e
de esporos, politermostato.
A TEMPERATURE GRADIENT BLOCK,
OF EASY CONSTRUCTION, FOR
THERMOBIOLOGICAL EXPERIMENTS
ABSTRACT- A new thermogradient block of relatively
unexpensive construction is described. The apparatus
contains 24 vertical piles of six alumium tubes of
special rectangular section, separated by aluminum
plates. The temperature gradient is set by two copper
tube coils embedded in thick terminal aluminum plates
and connected to the circulation pumps of two
temperature controlled baths. The objects and
thermistors are layed over plastic plates inserted in
1
Recebido em 25/04/1996 e aceito em 26/04/1996.
2
Ph.D., Professor Emérito, Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro e Universidade de Brasília (UNB).
>FALECIDO EM 29/03/1996.
3 Bacharel
4
em Biologia, UnB.
Correspondência para: Laboratório de Termobiologia,
Dep. Ciências Fisiológicas, I. Biologia, UnB, 70910-900,
Brasília, DF, Brasil.
glass tubes which are placed at the temperature
stations. The asseblage of this instrument is presented
here without any reservations, hoping that eventual
users will have the courtesy of giving credit to the
present communication.
Additional index terms: gradient block, seed
germination, temperature control, plythermostat,
spore germination.
INTRODUÇÃO
É bem conhecido o fato de que muitas pesquisas
que envolvem o estudo da dependência de
temperature de processos fisiológicos requerem a
realização de experimentos com bom número de
temperaturas diferentes e cobrindo uma faixa ampla.
Contudo, a limitação do estudo da velocidade dos
processos fisiológicos a apenas um pequeno trecho
do intervalo total de temperatura em que o processo
ocorre é infelizmente muito comum e isso não só faz
com que se percam muitas informações úteis, mas
pode, mesmo, conduzir a conclusões inexatas. Um
exemplo bem claro desta situação é constituido pelos
gráficos de Arrhenius, que podem parecer retilíneos
se feitos só para um curto intervalo de temperatura.
Na verdade, porém, eles aparecem sempre
pronunciadamente curvilíneos se estendidos a toda a
faixa de temperatura do processo (Lineweavwer et al.,
1932; Johnson et al., 1954; Wolfe & Bagnall, 1980), o
que, aliás, se demonstra ser uma conseqüencia
necessária da existência das temperaturas cardeais
(Tm < Tcpt <TM) (Labouriau & Labouriau, 1991).
Por outro lado, resultados com número muito
pequeno de pontos experimentais apresentam à
análise uma base estatística fraca, que limita muito o
alcance do trabalho, porque impede a passagem
legítima dos dados experimentais particulares a
proposições mais gerais, que é, afinal, o que sempre
se busca. Uma das dificuldades que conduzem a
esses defeitos em estudos fisiológicos (entre os quais
sobressaem os de germinação de sementes) está no
R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996.
150
instrumental. De fato, o sistema de trabalho com
câmaras reguláveis, do feitio de geladeiras ou de
unidades “BDO”, torna uma pesquisa bem feita ou
muito onerosa ou muito demorada, tanto pelo custo de
um bom número de câmaras e pelo espaço que seu
uso demandaria, como pelo tempo que seria
necessário quando se opera sucessivamente com um
número pequeno de câmaras.
Por todos esses motivos diversos pesquisadores
trataram de projetar blocos de gradiente térmico em
que os citados incovenientes são minimizados, pelo
menos para objetos experimentais relativamente
pequenos, como microorganismos esporos e
sementes até o tamanho de um grão de milho (Elliott
& French, 1959: Larsen, 1965; Barbour & Racine,
1967; Wagner, 1967; Fox & Thompson, 1971;
Vazquez-Yanes, 1974; Rowley et al., 1975).
O objetivo do presente trabalho é o de descrever um
instumento deste tipo, que é de construção simples e
de custo moderado. Por essas características ele
pode ser útil para tornar mais rápido e mais completo
o levantamento de informações fisiológicas sobre a
germinação de sementes e de esporos,
especialmente no caso das espécies nativas tropicais,
sobre cujo desenvolvimento, em muitos casos, ainda
não se sabe quase nada.
DISPOSIÇÃO E FEITURA DO APARELHO
1) Material- O material escolhido para estrutura básica
foi o alumínio, devido a que este metal combina as
seguintes características: 1) Calor específico elevado
(0,9kJ kg-1 K-1), o que dá estabilidade e versatilidade
térmica ao instrumento; 2) Densidade relativamente
baixa (2700 kg m-3), o que permite um peso global
moderado: 3) facilidade de várias operações , como
dobraduras, rosqueamentos, cortes, etc; 4) Acesso
comercial a peças das mais variadas formas devido
ao largo uso deste metal.
O isolamento térmico foi sempre obtido com placas
de isopor (poliestireno expandido).
2) Disposições gerais- Um estudo crítico de diversos
aparelhos congêneres logo revelou que uma situação
a evitar consistia em se disporem os objetos
experimentais (sementes, por exemplo) num espaço
contínuo (seja ele uni- ou bidimensional) ao longo do
qual se estabelece o gradiente de temperatura.
Porque a conseqüência inevitável dessa organização
é que continuamente destila água da extremidade
mais quente para a mais fria, de modo que uma das
extremidades do bloco tende a inundar-se e a outra, a
secar. Ainda pior é o fato de que a continuidade das
estações de temperatura pode causar interferências
indesejáveis e dificilmente controláveis entre
tratamentos, pelos efeitos de difusatos e de vapores
produzidos pelos objetos experimentais em
temperaturas diferentes. Essas dificuldades foram
totalmente eliminadas em dois modelos anteriores
(Labouriau, 1977a; Labouriau & Agudo, 1987), nos
quais as estações de temperatura e cada uma de suas
replicações são totalmente isoladas umas das outras.
O modelo de 1977 permittiu muitos experimentos
(Labouriau, 1977b; 1980; 1983; Labouriau & Pacheco,
1979; Labouriau & Osborn, 1984; Labouriau & San
José, 1987; Labouriau & Spillmann, 1989; Borghetti &
Labouriau, 1994), mas apresenta duas limitações
consideráveis. Uma é o bloco de alumínio de
860mmx250mmx220mm, pesando mais de 130kgf. A
outra limitação está em que, neste modelo, a
temperatura mais alta se obtém por resitências
elétricas controladas por um termostato. O problema
de uso surge quando se necessita trabalhar com um
intervalo de temperatura cujo limite superior fica bem
abaixo da temperatura ambiente. Nesta situação, com
as resistências de aquecimento desligadas, fica-se na
dependência da precisão e da estabilidade da
temperatura mantida pelos aparelhos de ar
condicionado da sala de trabalho, que, por mais que
se queira, funcionam sempre com uma boa margem
de variação. Uma alternativa, também muito cara,
consiste em usar um banho frio de grande
capacidade, como o Forma 2424, de 50 galões de
capacidade e operando com solução 50% aq.
etilenoglicol.
Esta segunda limitação foi levantada no prototipo de
1987 (Labouriau & Agudo, 1987) adotando dois
banhos de temperatura constante, um em cada
extremidade do bloco. A outra questão, da dificuldade
de se fundir e usinar um bloco tão grande de Alumínio,
foi solucionada plea adoção de um sistema de
“sanduiches” de series de tubos e placas de alumínio
(Labouriau & Agudo, 1987). Contudo, o uso de placas
de alumínio muito espessas (1/2 polegada), além de
dispendioso, cria problemas de feitura devido à
necessidade de cortá-las e furá-las e, ademais, o
aparelho, mesmo com dez estações apenas já fica
muito pesado.
No terceiro protótipo, cuja descrição é objeto do
presente trabalho, decidiu-se empregar chapas de
alumínio de 4mm de espessura, usando apenas duas
chapas espessas (1/2 polegada), e estas somente
para embutir as serpentinas de tubo de cobre que
estabelecem os extremos do gradiente de
temperatura do bloco. O aspecto geral do aparelho
em pleno uso é mostrado na Fig. 1A e o esqueleto
interno, na fig. 1B.
3) Descrição e montagem.
O instrumento é
constituído de um bloco contido dentro de um caixilho
(Fig. 2), feito de cantoneiras de ferro galvanizado de
1,5x1,25 de polegadas, convenientemente soldadas e
tendo no fundo uma chapa de ferro galvanizado
R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996.
151
a forçar as peças todas a permanecerem em um só
bloco, como se vê na Fig. 1B.
As seguintes peças complementam a instalação: a)
uma chapa de alumínio de 4mm de espessura,
revestindo o fundo todo do caixilho e apoida (com
pequena folga) nas cantoneiras e nas chapas
transversais (2.2 na Fig. 2) de reforço do fundo do
caixilho; b) placas de isopor para isolamento térmico
de 50mm de espessura; c) apoios de borracha maciça
dura de 60mm de diâmetro e 42mm de altura, dos
usados para sustentação de motores de caminhão.
Estas peças são embutidas em furos feitos na chapa
de isopor do fundo, de modo a repousar diretamente
na chapa de alumínio de revestimento do fundo do
caixilho. Sua função é suportar o peso do bloco,
impedindo-o de esmagar a placa de isolamento
térmico do fundo.
Posto o bloco dentro do caixilho (cujo fundo foi
previamente revestido como exposto acima) o
conjunto fica como mostrado na Fig.7 em corte
sagital, com a face frontal à esquerda.
FIGURA 1- A) O aparelho em uso. B) O esqueleto
interno.
FIGURE 1- A) The finished apparatus. B) The internal
skeleton.
soldada à base do caixilho, para servir de apoio ao
bloco.
As peças que compõem o bloco são as seguintes
(Figs. 3 e 4): 3.1) Duas placas terminais de alumínio
grossas, de 300mm x 412mm x 12,7mm (≅1/2
polegada); 3.2) 25 placas intermediárias de
300mmx412x4mm; 3.3) 144 tubos de alumínio de
secção retangular (Fig. 5) de 300mmx30mmx56mm
(cortados de barras de Venezianas A-041 da série 30
da Alcan ou similares); 3.4) 52 barras maciças de
alumínio de 300mmx30mmx19mm; 3.5). seis
vergalhões maciços de alumínio de 12,7mm ≅1/2
polegada) de diâmetro e de 963mm de comprimento
(VER-011 da Alcan ou similar), com roscas terminais
e as 12 porcas correspondentes.
As faces laterais e o topo recebem revestimento de
placas de isopor de 50mm de espessura, com
acabamento externo por placas de alumínio (ou, mais
barato e mais bonito, de madeira, que se pode pintar
de côr agradável) aparafusadas ao caixilho. O
revestimento interno da face posterior deve ser de
isopor e, o externo, de uma placa inteiriça de madeira
(ou de compensado de madeira de boa qualidade e
espessura), aparafusada ao caixilho e na qual se
fazem dois orifícios para cada estação de temperatura
(ao todo 2x144 orifícios). Um deles é para a passagem
do cabo do termistor e o outro para cabos elétricos
finos (Fig. 8).
A Fig. 9 mostra um detalhe do acabamento da face
anterior do aparelho. Todos os tubos de secção
retangular estão igualmente recuados de 50mm de
borda, de modo a permitir o encaixe das tampas que
vedam termicamente a face frontal do bloco. Para
obter o “piso”e o “teto” da face frontal do aparelho é
necessário encaixar duas chapas de alumínio (4mm
de espessura) com o comprimento do bloco e largura
de 110mm, sendo dobradas duas vezes em ângulo
reto, de modo a apresentar, afinal, uma face vertical
de 50mm, uma face horizontal de 50mm (a qual
constitui o “teto”) e uma face vertical de 10mm para
encaixe junto ao revestimento de isopor. As tampas da
face frontal (9.1) são feitas com chapas de alumínio de
4mm de espessura, cada uma com dois furos que
permitem fixá-las ao caixilho por meio de parafusos
borboleta (9.2) que se prendem por furos rosqueados
(9.3). Colam-se blocos de isopor de 50mm espessura
às faces internas das tampas, de modo a que toda a
face terminal anterior dos tubos esteja termicamente
A Fig. 6 mostra o tubo de cobre da serpentina (6.1)
embutida numa das duas placas grossas das
extremidades opostas do bloco, assim como um dos
seis vergalhões de amarração (6.2) e uma das 12
porcas (6.3) que os apertam dos dois lados, de modo
R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996.
152
R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996.
153
FIGURA 2- Caixilho que contém o bloco (1013x415x500mm de altura). 2.1: Perfis em L de ferro galvanizado de
1,5"x1/4". 2.2: chapa de ferro galvanizado de apoio do bloco, de 2"x1/4"
FIGURA 3- Corte frontal do bloco; 3.1: Placas terminais espessas; 3.2: placas intermediárias de 4mm de
espessura; 3.2: tubos de alumínio de secção retangular; 3.4: barras maciças de Alumínio para fechar os encaixes
superiores e inferiores; 3.5: vergalhões que mantem ligadas as placas e tubos; 3.6: placas isolantes de isopor;
3.7: apoios de borracha maciça dura; 3.8: orifícios de face posterior.
FIGURA 4- Peças principais da montagem do bloco.
FIGURE 5- Detalhe do tubo de alumínio (3.3 na Fig. 3) aonde se inserem os tubos de vidro com as placas para
as sementes.
FIGURE 2- The frame containing the block (103x415x500mm height). 2.1; Profiles of galvanized iron 1 a/2x1/4"2.2:
Galvanized iron plate for supporting the block weight, 2" wide x1/4" thick.
FIGURE 3- Frontal section of the block. 3.1: Terminal plates (1/2" thick); 3.2: intermediary plates (4mm thick); 3.3:
aluminum tubes of rectangular section; 3.4: solid aluminum bars used to fill the upper and lower gaps between
successive stations; 3.5: solid aluminum rods that bind the plates and tubes together; 3.6; insulating plates of
expanded plystyrene; 3.7: solid rubber supports; 3.8: holes of the posterior face .
FIGURE 4- The main component parts of the block
FIGURE 5- Detail of the aluminum tube (3.3 in Fig. 3) where the glass tubes with the plastic plates for the seeds
are inserted.
isolada quando
aparafusadas.
as
tampas
estão
postas
e
A construção foi quase toda ela feita pelos próprios
signatários na oficina do Departamento de
Engenharia Mecânica da UnB.
4) Montagem dos objetos experimentais (Fig. 11).
Usam-se para isso placas de lucite com ligeira
escavação feita na fresa, revestidas de tiras de papel
de filtro grosso (por exemplo Whatman no 17). Estas
placas são postas dentro de tubos de vidro
250mmx25mm (medidas externas), que se inserem
nos compartimentos inferiores dos tubos de alumínio
das estações de temperatura. Os tubos podem levar
no fundo uma pequena lâmina de água e serem
fechados por tampas de plástico, das usadas para
cultivos assepticos (Fig. 10), ou por parafilm.
5) Termometria. Os autores têm usado termistores
instalados com mostra a Fig. 11, reservando-se para
o termistor a replicação central de cada estação de
temperatura. Esses termistores passam a um
teletermômetro, onde são lidas as respectivas
temperaturas, em décimos de graus Célsius. Entre
estes instrumentos e as estações de temperatura é
muito conveniente interpor chaves seletoras que
recebem os pinos “de telefone” dos termistores e que
permitem passar da leitura de uma estação à da
seguinte sem a necessidade de conectar e
desconectar pinos dos termistores individuais.
Infelizmente
os
excelentes
teletermômetros
analógicos da Yellow Springs, que antes eram
disponíveis, já não se fabricam mais (possivelmente
porque são tão duráveis e raramente necessitam
qualquer reparo). Há, atualmente, instrumentos
digitais adequados (Fig. 12), cujo único defeito é a sua
fragilidade.
TABELA 1- Medidas de temperatura tomadas de 12
em 12 horas (9am e 9 pm) em 10 dias consecutivos
ao longo do bloco e na estação número 13,
respectivamente.
TABLE 1- Temperature measurements taken 12
hours apart (9am and 9pm) during 10 consecutive
days, for all temperature stations (Fig. 13) and for the
six repetitions of station number 13.
Replicações #
Intervalos de confiança a 95% (oC)
Replications #
95% Confidence intervals (oC)
1
23,.85  0,0(8)
=
23,8  o,1
2
23,78  0,0(0)
=
23,8  0,1
3
23,71  0,0(8)
=
23,7  0,1
4
23,82  0,0(8)
=
23,8  0,1
5
23,76  0,0(8)
=
23,8  0,1
6
23,85  0,098)
=
23,8  0,1
A tabela 1 contém os resultados das leituras de
temperatura das 6 replicações da estação número 13.
R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996.
154
FIGURA 6- Detalhe de uma das faces laterais do bloco; 6.1: serpentina de cobre embutida na placa espessa de
alumínio; 6.2: um dos vergalhões de amarração; 6.3: Porca de aperto do vergalhão; 6.4; orifícios (φ =12,8mm) de
passagem dos vergalhões.
FIGURA 7- Corte sagital do bloco, com a face frontal à esquerda. 7.1: isolamento térmico de isopor; 7.2: uma das
saídas da serpentina; 7.3: barra de enchimento; 7.4: vergalhão de amarração; 7.5: placa de madeira de
revestimento posterior; 7.6; orifícios de passagem dos termistores e condutores à estações.
FIGURA 8- Bloco terminado (vistas anterior e posterior). 8.1: tampa removível da face frontal; 8.2:
parafusos-borboleta de fixação da tampa; 8.3: saídas da serpentina; 8.4: orifícios da placa de revestimento
posterior (= Fig. 7.6).
R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996.
155
FIGURA 9- Detalhe de acabamento da face frontal. 9.1: tampas removíveis (em chapas de alumínio de 4mm de
espessura); 9.2: parafusos de fixação das tampas no caixilho; 9.3: furos rosqueados no caixilho; 9.4: bloco de
isopor colado à face interna da tampa para isolamento térmico da face frontal do bloco.
FIGURE 6- Detail of one of the lateral faces of the block; 6.1: copper coil tube embedded in the thick terminal
aluminum plate; 6.2: one of the solid rods used for holding the block plates and tubes together; 6.3: nut for
tightening the plates by the rods; 6.4: hole (φ =12,8mm) for passage of the holding rod.
FIGURE 7- Saggital section of the block, with the frontal face at left. 7.1: thermal insulation of expanded
polystyrene; 7.2; one of the outlets of the copper coil; 7.3: solid aluminum bar for filling the lower and upper gaps
separating rods, tubes and plates; 7.4: solid aluminum rod for holding together plates an tubes; 7.5: back closing
plate (wood) 7.6: holes for passing thermistors and cables to the temperature stations.
FIGURE 8- The finished block (front and back views); 8.1: removable lid of the front face; 8.2: fastening screw of
the lid.; 8.3: outlets of the terminal coils; 8.4: holes in the back wooden plate (=Fig. 7.6).
FIGURE 9- Finishing of the frontal face. 9.1: removable lids (aluminum plates 4mm thick); 9.2: screws for fastening
the removable plates to the frame; 9.3: screwed holes: 9.4: expanded ploystyrene block glued to the lid (frontal
thermal insulation).
FIGURA 10- Montagem de sementes no tubo de vidro
que vai para a estação de temperatura.
FIGURE 10- Placing seeds at the glass tube that goes in a
temperature station.
FIGURA 12- Teletermômetro digital dos termistores.
FIGURE 12thermistors.
Digital
telethermometer
for
the
FIGURA 13- Medidas de temperatura tomadas de 12
em 12 horas (9am e 9 pm) em 10 dias consecutivos,
ao londo do bloco e na estação número 13,
respectivamente.
FIGURE 13- Temperature measurements taken 12
hours apar (9am and 9pm) during 10 consecutive
FIGURE 11- Placing the thermistors.
days, for all temperature stations (Fig. 13) and for the
six repetitions of station number 13.
R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996.
FIGURA 11- Instalação dos termistores.
156
Tais leituras foram feitas com intervalos de 12 horas LABOURIAU, L.G. Shift of the maximum temperature of
germination of Vicia graminea seeds following
(9am e 9pm) durante 10 dias consecutivos. Como se
imbibition of deuterium oxide. Journal of Thermal
ve, as 6 diferentes repetições de uma mesma estação
Biology, 2:111-114, 1977b.
apresentam inervalos de confiança (α=0,05) que
escassamente atingem 0,1 oC, que é a precisão da LABOURIAU, L.G. Effects of deuterium oxide on the
lower temperature limit of seed germination. Journal
medida das temperaturas.
of Thermal Biology, 5:113-117, 1980.
A Fig. 13 contem os resultados das mesmas 20
LABOURIAU, L.G. Some effects of deuterium oxide on
medições, ao longo do bloco todo, nas replicações
the isothermal germination of tomato seeds. Boletin
número 4 de cada uma delas. Embora em todas as
Soiedad Venezolana de Ciencias Naturales,
medidas os resultados matinais sejam sempre um
141:153-163, 1983.
pouco inferiores aos vesperais, os intervalos de
LABOURIAU,
L.G. & AGUDO, M. On the physiology of
confiança globais são sempre inferiores a 0,1 oC em
seed germination in Salvia hispanica L. Itodas as estações. As pequenas variações de
Temperature effects. Anais da Academia Brasileira
temperatura de determinada estação ao longo do dia
de Ciências, 59:37-50, 1987.
não podem ser atribuidas a variações causadas pela
LABOURIAU,
L.G. & LABOURIAU, I.S. The Arrhenius
manutenção das temperaturas dos banhos, pois neles
plot
of
a
physiological
rate process is never linear.
os intervalos de confiança da temperatura, medida
Ciência e Cultura, 43:363-369, 1991.
com termistores, foram, nas 20 medidas, 13,0  0,0 92
LABOURIAU, L.G. & OSBORN, J.H. Temperature
e 33,0  0,0 95 oC.
dependence of the germination of tomato seeds.
Journal of Thermal Biology, 9:285-294, 1984.
AGRADECIMENTOS
LABOURIAU, L.G. & PACHECO, A. Isothermal
germination rates in seeds of Dolichos biflorus L.
Os autores agradecem à Financiadora de Projetos
Boletin Sociedad Venezolana de Ciencias
(FINEP) por recursos para a aquisição das peças
Naturales, 136:73-112, 1979.
estruturais de alumínio, ao Conselho de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à LABOURIAU, L.G. & SAN JOSE, J.J. CO 2 efflux of
germinating caryopses of Zea mays L. Hydrated with
Comunidade Europeia por recursos utilizados na
heavy water (D 2 O). Anais da Academia Brasileira
aquisição dos equipamentos complementares, assim
de Ciências, 59385-392, 1987.
como ao CNPq por bolsa de pesquisa fornecida a LGL
e a de iniciação científica dada a RBC.
LARSEN, A.L. Use of a thermogradient plate for studying
temperature effects on seed germination.
Agradecemos também aos Srs. Fabian Borghetti e
Proceedings of the International Seed Testing
Fabio Nora as leituras das temperaturas da Fig.13 e
Assiation, 30:861-868, 1965.
da Tabela 1.
LINEWEAVER, H.; BURK, D. & HORNER, C.K. The
temperature characteristics of respiration of
REFERÊNCIAS
Azotobacter, Journal of General Physiology,
15:497-505, 1932.
BARBOUR, M.A. & RACINE, C.H. Construction and
performance of a temperature bar and chamber. ROWLEY, J.A.; TUNNICLIFFE, C.G. & TAYLOR, A.O. A
Ecology, 48:861-863, 1967.
temperature gradient bar and electrical conductivity
assay for cold tolerance studies. Palmeston North,
BORGHETTI, F. & LABOURIAU, L.G. Inhibition of
Plant Physiology Division, Department of Industrial
phytochrome by deuterium oxide in the germination
Research, 1975. 12p. (Technical report, 2).
of akenes of Cosmos sulphyreus Cav. Ciência e
Cultura, 46(3):177-181, 1994.
VAZQUEZ-YANES, C. Estudios sobre ecofisiologia de
la germinación en una zona cálido-úmeda de Mexico.
ELLIOT, R.F & FRENCH, C.S. Germination of light
Mexico, Universidade Nacional Autonoma, 1974.
sensitive seed in crossed gradients of temperature
140p. Tese.
and light. Plant Physiology, 34:454-456, 1959.
FOX, D.J.C. & THOMPSON, P.A. A thermogradient bar WAGNER, R.H. Application of a thermogradient bar to
the study of germination patterns in successional
designed for use in biological studies. Journal of
herbs. Ameican Midland Naturalist, 77:89-92,
Experimental Botany, 22:741-748, 1971.
1967.
JOHNSON, F.H.; EYRING, H. & POLISSAR, M.J. The
kinetic basis of molecular biology. New York, John WOLFE, J. & BAGNALL, D.J. Arrhenius plot-curves or
straight lines? Annals of Botany, 45:485-488, 1980.
Wiley, 1954. 874p.
LABOURIAU, L.G. A thermal gradient block for
germination experiments. Revista Brasileira de
Biologia, 37(2):295-305, 1977a.
R. Bras. Fisiol. Veg., 8(2):149-156, 1996.
Download

um bloco de gradiente térmico de fácil construção, para