Carta da Indústria
Créditos
Presidente da FIETO
Roberto Pires
1º Vice Presidente
Carlos Augusto Suzana
Vice Presidentes
Emilson Vieira Santos
Charles Alberto Elias
Luciano de Carvalho Rocha
Sérgio Carlos Ferreira Tavares
Cabral Santos Gonçalves
Primeiro Secretário
Claudizete Carneiro Santos
Segundo Secretário
Mário de Castro Pillar
Primeiro Tesoureiro
Walter Atta Rodrigues Bittencourt Júnior
Segundo Tesoureiro
Maria Elieth José Antônio Lobo
Suplentes da Diretoria
Lourismar Alves de Oliveira
Marco Antônio de Faria Cunha
Wilmar Oliveira de Bastos
João Francisco Nogueira de Carvalho
Jacques José de Barros
João Francisco de Oliveira
Jorge Sarmento Barroca
Alberto Eustáquio de Carvalho
Samuel Vieira de Souza
Presidente do Conselho Deliberativo Estadual – CDE
Roberto Magno Martins (Roberto Pires)
Diretoria Superintendente
Márcia Rodrigues de Paula
Diretoria Executiva
Maria Emília Mendonça Jaber (Mila Jaber)
Créditos
CONSELHO FISCAL
Composto por 3 membros, é o órgão encarregado do exame das contas da Diretoria, relativas
à gestão econômico-financeira e à execução orçamentária.
Membros Efetivos
José de Souza Vasque
José Febrônio da Silva
Francisco Antélius Servulo Vaz
Membros Suplentes
Paulo Eduardo Tavares Vieira
Reinaldo Pereira Cardoso
Fábio de Oliveira Soares
REPRESENTANTES JUNTO À CNI
Atuando no desenvolvimento e na defesa dos interesses da indústria, 2 (dois) membros da
Diretoria representam o Sistema FIETO junto à CNI.
Membros Efetivos
Roberto Pires
Célio Batista Alves
Membros Suplentes
Charles Alberto Elias
Carlos Augusto Suzana
Unidade de Articulação e Comunicação – SEBRAE/TO
Gilberto Martins Noleto – Gerente
Ademir Whitman Gomes Rego – Coordenador Industrial
Equipe Técnica
Francisco de Assis Dias Ramos
Francisco Aalexandre Gomes
José Daniel Tavares
Amaggeldo Barbosa
Mariana Fernandes Bezerra
Vanlucy Oliveira Correia
Carlos José de Assis Júnior
Créditos
Jornalistas
Sara Letícia Chaves
Thaís Ramalho
Welcton Rodrigues
Daniela Pires
Auro Giuliano
Shellsea Shamylla
Lailton Costa
Glês Nascimento
Aurielly Painkov
Rísia Lima
Consultores Iranilson Mota
Roberto Morais
Relatora
Cirlene Passos
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................ 1
Parceiros ........................................................................................................................................ 2
Programação ................................................................................................................................. 3
02 de Outubro ........................................................................................................................... 3
03 de outubro............................................................................................................................ 3
04 de outubro............................................................................................................................ 4
Encontros Regionais ...................................................................................................................... 5
Gurupi........................................................................................................................................ 5
Palmas ....................................................................................................................................... 5
Araguaína .................................................................................................................................. 5
Vitrines Tecnológicas..................................................................................................................... 6
Talk Show .................................................................................................................................. 6
Abertura ................................................................................................................................ 6
Sustentabilidade .................................................................................................................... 7
Infraestrutura ........................................................................................................................ 8
Inovação ................................................................................................................................ 9
Investimento ....................................................................................................................... 10
Desfile Show ........................................................................................................................ 11
WORKSHOP ................................................................................................................................. 12
Carne e Couro.......................................................................................................................... 12
Análises ............................................................................................................................... 15
Propostas............................................................................................................................. 17
Grãos ....................................................................................................................................... 18
Análises ............................................................................................................................... 22
Propostas............................................................................................................................. 24
Piscicultura .............................................................................................................................. 25
Análises ............................................................................................................................... 27
Propostas............................................................................................................................. 34
Silvicultura ............................................................................................................................... 35
Análises ............................................................................................................................... 37
Propostas............................................................................................................................. 38
Leite ......................................................................................................................................... 39
Análises ............................................................................................................................... 42
Propostas............................................................................................................................. 43
Turismo.................................................................................................................................... 44
Análises ............................................................................................................................... 47
Propostas............................................................................................................................. 48
Construção Civil ....................................................................................................................... 49
Análises ............................................................................................................................... 51
Propostas............................................................................................................................. 54
Madeira e Mobiliário............................................................................................................... 55
Análises ............................................................................................................................... 58
Propostas............................................................................................................................. 59
Minérios e Minerais não Metálico .......................................................................................... 60
Análises ............................................................................................................................... 64
Propostas............................................................................................................................. 66
Confecção e Moda .................................................................................................................. 67
Análises ............................................................................................................................... 71
Propostas............................................................................................................................. 72
Seminários ................................................................................................................................... 73
Logística CNI/FIETO ................................................................................................................. 73
Laticínios e Fornecedores........................................................................................................ 75
O cenário da produção de leite no brasil ............................................................................ 75
Logística ............................................................................................................................... 76
União para transformação da realidade ............................................................................. 76
Público prioritário das parcerias ......................................................................................... 77
Capacitação ......................................................................................................................... 77
Orientação para resultados ................................................................................................. 77
Oportunidades no mercado externo................................................................................... 77
Panorama do setor do mercado lácteo ............................................................................... 78
Assistência técnica do laticínio Piracanjuba ........................................................................ 79
Projeto Educampo MG ........................................................................................................ 80
Biomassas Cerâmicas .............................................................................................................. 82
Análise ................................................................................................................................. 82
Propostas............................................................................................................................. 88
Encontro Empresarial .................................................................................................................. 89
Empreender FACIET/Sebrae .................................................................................................... 89
Oportunidades e o gargalo do conhecimento .................................................................... 89
Case de sucesso ................................................................................................................... 92
Exemplo de sucesso: núcleo de farmácias. ......................................................................... 94
Pessoas de Resultados ........................................................................................................ 94
Agentes de Desenvolvimento Local ........................................................................................ 97
Agentes de desenvolvimento do Tocantins ........................................................................ 97
Consórcios públicos intermunicipais - “Um instrumento de desenvolvimento regional” .. 99
Apresentação
Realizado pela FIETO - Federação das Indústrias do Estado do Tocantins e Sebrae - Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o 1º Congresso da Indústria Tocantinense,
teve como objetivo, contribuir para o desenvolvimento sustentável e a competitividade dos
negócios industriais, disseminando informações e gerando conhecimento, por meio de
palestras, workshops, vitrines tecnológicas, dentre outros.
Com uma diversificada programação, o evento contou no primeiro dia com painéis temáticos
que abordaram os temas: Infraestrutura, Sustentabilidade, Inovação e Investimentos.
O segundo trouxe, entre outros, workshops sobre encadeamento produtivo atendendo a dez
segmentos da indústria: Piscicultura, Silvicultura, Grãos, Carne e Couro, Leite, Turismo,
Confecção e Moda, Minerais e não Metálicos, Construção Civil e Madeira e Mobiliário. As
vitrines tecnológicas realizadas pelos parceiros SESI, SENAI, SENAI CETIQT, IEL, SEBRAE,
CNA/SENAR apresentaram diversos produtos e atividades de apoio à tecnologia e inovação nas
empresas.
O Congresso reuniu empresários industriais, organizações multinacionais instaladas no
Tocantins; agência de fomento e investidores; agência de fomento e investidores; potenciais
empreendedores; empreendedores individuais com atividades nas cadeias da indústria;
público de prospecção de oportunidades de negócios, instituições públicas e privadas
estaduais e nacionais; universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento; entidades
classistas privadas empresariais.
O Congresso aconteceu no Espaço Cultural de Palmas, localizado no centro da capital, a duas
quadras do Palácio Araguaia, órgão que abriga o Executivo Estadual. Inaugurado em 1996, o
Espaço Cultural se tornou um centro de integração social, das expressões da arte e da cultura,
nacional e regional, além de abrigar eventos de grande porte.
Esperamos que você tenha alcançado um bom proveito nas trocas de experiências com os
participantes gerando inovação e competitividade em seu empreendimento.
Roberto Pires
Presidente da FIETO
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Parceiros
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Programação
02 de Outubro
Abertura Oficial: Roberto Pires (presidente da FIETO e Sebrae/TO) e Senadora Kátia
Abreu (presidente da CNA).
Painéis Temáticos para discutir os principais eixos potenciais para empreender e
investir no Estado do Tocantins de forma transversal visando despertar o empresário
industrial para as perspectivas e tendências nas diversas atividades econômicas.
Painel 1 - Talk Show de Abertura: César Borges (Ministro dos Transportes), Afif
Domingos (Ministro da Micro e Pequena Empresa), Robson Andrade (Presidente CNI),
Luiz Barreto (Presidente Sebrae Nacional)
Painel 2 - Tema Sustentabilidade (talk show): Gastão Dias Vieira (Ministro do Turismo),
Pedro Parente (Presidente da BUNGE) e Marcos Jank (Especialista em Agronegócio)
Painel 3 - Infraestrutura (talk show): Roberto Pires (Presidente FIETO e Sebrae
Tocantins), Senadora Kátia Abreu (Presidente CNA), Bernardo Figueiredo (Presidente
da EPL), Robson Andrade (Presidente CNI)
Painel 4 - Inovação (talk show): Roberto Brant (Professor e ex-Ministro da Previdência
Social), Rafael Lucchesi (Diretor CNI)
Painel 5 - Investimento (talk show): Claudio Adilson Gonçalvez (Economista), Eugênia
Melo (Superintendente Nacional da CAIXA), Bruno Quick (Sebrae Nacional)
Desfile Show | SENAI Tocantins / SENAI Cetiqt (RJ).
03 de outubro
Workshops Setoriais - Objetivo: discutir o encadeamento produtivo dos segmentos
potenciais e emergentes, considerando os principais gargalos relacionados a aquisição
de insumos, produção, industrialização e mercado visando definir propostas para
potencializar o desenvolvimento industrial do segmento no Estado do Tocantins.
Workshop Grãos
Workshop Piscicultura
Workshop Silvicultura
Workshop Leite
Workshop Carne e Couro
Workshop Construção Civil
Workshop Confecção e Moda
Workshop Madeiras e Mobiliário
Workshop Minérios e Minerais
Workshop Turismo
Encontro de Agentes de Desenvolvimento.
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Encontro Empresarial – Empreender - FACIET/Sebrae: Interação dos empresários dos
núcleos do PROGRAMA EMPREENDER no Estado do Tocantins para troca de boas
práticas e capacitação sobre empreendedorismo e liderança.
Seminário de Laticínios e Fornecedores – CNA.
Seminário de Logística – CNI/FIETO.
Encontro de Negócios.
04 de outubro
Minicursos SESI.
Seminário de Aproveitamento de Biomassa Energética para Queima Sustentável
(Sindicer / Seagro/ Sebrae).
Vitrines Tecnológicas – SESI, SENAI, IEL, SENAI CETIQT (RJ), Sebrae, CNA, SENAR.
Entrega da Carta da Indústria ao Governador do Estado do Tocantins, Siqueira Campos.
Festival SESI Música - Campeões dos Campeões. Edição especial do evento que
comemora 5 anos de realização e encerra o Congresso valorizando o talento dos
trabalhadores da indústria tocantinense.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 4 de 107
Encontros Regionais
Gurupi
Logística, investimento, inovação e potencialidades das indústrias da região sul do
Estado foram debatidos no primeiro Encontro Regional da Indústria realizado no
município de Gurupi, no dia 03 de setembro. O evento realizado na Feira de Negócios
do Sul do Tocantins abriu a programação do 1º Congresso da Indústria Tocantinense
que aconteceu nos dias 2, 3 e 4 de outubro no Espaço Cultural em Palmas.
O Encontro reuniu 123 participantes de 80 empresas locais das cadeias produtivas de
Confecção e Moda, Minérios e Minerais, Leite, Grãos, Madeira e Mobiliário,
Piscicultura, Turismo e Construção Civil.
Palmas
Gargalos e alternativas para o desenvolvimento industrial do Tocantins foram
discutidos na manhã do dia 05 de setembro, durante o Encontro Regional da Indústria
em Palmas. A segunda edição do Encontro realizado pela Federação das Indústrias do
Estado do Tocantins – FIETO e Sebrae Tocantins levantou demandas dos empresários
da região central do Estado.
O evento aconteceu no Centro Empresarial do Sebrae e reuniu em mesas redondas
mais de 135 empresários industriais e representantes dos elos ligados à cadeia
produtiva dos setores: Madeira e Móveis, Minerais, Moda, Turismo, Construção Civil,
Grãos, Carne e Couro, Leite, Piscicultura e Silvicultura.
Araguaína
Mais de 140 empresários da região norte do Estado foram ouvidos no terceiro e último
Encontro Regional da Indústria em Araguaína, norte do Estado, no dia 10 de setembro.
O encontro foi uma realização da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins –
FIETO e Sebrae Tocantins com objetivo de ouvir gargalos, demandas e oportunidades
de empresários e representantes dos elos produtivos ligados ao segmento industrial. O
Encontro aconteceu às 19 horas na sede do Sebrae no município.
A dificuldade de acesso ao crédito e a alta carga tributária foram alguns dos gargalos já
apontados nos Encontros de Gurupi e Palmas nos dias 3 e 5, respectivamente. Os
apontamentos de todas as regiões nortearam as discussões dos palestrantes e
apresentações do 1º Congresso da Indústria Tocantinense – CIT que discutiu soluções
para a industrialização do Estado nos dias 2, 3 e 4 de outubro no Espaço Cultural em
Palmas.
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Vitrines Tecnológicas
Talk Show
Abertura
"O Tocantins tem os pés no futuro e a alma onde o povo precisa". A frase, pronunciada
pela senadora e presidente da CNA, Kátia Abreu, sintetizou a abertura do 1º Congresso
da Indústria Tocantinense, capitaneada pelo presidente da FIETO e Sebrae Tocantins,
Roberto Pires, ao lado da senadora.
Em dueto de explanações Pires e Kátia destacaram a necessidade de a cadeia
produtiva industrial e do agronegócio tocantinense agregar inovação e tecnologia no
ambiente de negócios.
O foco é concentrar esforços na educação. E consolidar as potencialidades locais
garantindo sustentabilidade aos empreendimentos para tornar a indústria forte.
É necessário consolidar uma logística de transporte e armazenamento e também
integrar as cadeias produtivas, fatores que oneram os investimentos em exportação.
Urgente, também, desburocratizar e obter maior eficiência no licenciamento
ambiental e flexibilizar relações trabalhistas, entre outros desafios.
O governador Siqueira Campos, em discurso após a abertura, defendeu a necessidade
da melhoria na infraestrutura, um entrave que ele considera maior ao
desenvolvimento do que a carga tributária e a corrupção. O chefe do executivo
estadual também defendeu um sistema multimodal do transporte, com ferrovias,
hidrovias e um sistema rodoviário de qualidade e pistas duplicadas.
No primeiro painel do dia, o talk show de abertura, conduzido pela jornalista do R7
Christina Lemos, discutiu as potencialidades da indústria, com o ministro dos
transportes, César Borges, e os presidentes da CNI, Robson Andrade, e do Sebrae
Nacional, Luiz Barreto.
O Ministro dos Transportes afirmou que os modais de transporte devem ser usados de
forma integrada e devem ser prioritários para o país. Defendeu mudar o modal, hoje
concentrado do rodoviário, sem deixar de investir neste modal, como a duplicação de
rodovias, entre elas a BR-153 que corta o Tocantins. Garantiu que o governo federal
está empenhado duplicar 800 km de Anápolis e Palmas, seja por concessão, por
Parceria Público e Privada e se não for nesta duas, será com recursos públicos.
Afirmou que o governo vai licitar as obras de derrocagem do Pedral do Lourenço para
viabilizar a hidrovia do Rio Tocantins interligando-a a Tucuruí, no Pará. Completou
comprometendo-se, em nome do governo federal, de fazer funcionar até o primeiro
semestre do próximo ano a Ferrovia Norte-Sul de Ouro Verde (GO) até Açailândia (MA)
passando por Palmas e de lá até Itaqui até o final de 2014, dotando o Estado dos três
modais de transporte.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 6 de 107
Robson Andrade também destacou como entrave a falta de investimentos na
infraestrutura. Lembrou que entre as questões que levam o empresário a ir para
outras regiões do país está a desoneração, mas é preciso investir na educação, na
capacitação e qualificação. Criar novas formas de gestão, qualificadas. E destacou o
projeto de qualificação profissional do governo federal, o Pronatec.
Luiz Barreto destacou a posição geográfica e a capacidade da produção de energia no
Tocantins como elementos para alavancar a produção industrial, mas apontou a
necessidade de integrar as frentes para tornar o estado mais industrial.
Os painelistas destacaram como desafio para a indústria a capacitação continuada de
mão de obra. Frisaram que a indústria é fundamental dado o valor agregado, mas o
Tocantins tem vocação natural e deve buscar avançar na agricultura, valorizar o
agronegócio, que não pode ser uma indústria forte sem uma cadeia de serviços fortes.
Destacaram a importância de parcerias entre Senar, CNI, Sebrae e Instituições de
ensino para qualificação profissional que deve ser incentivada.
Apontaram a necessidade de avançar para a reforma tributária, estabelecer uma
relação mais simples entre os setores produtivos e também de premiar o crescimento.
Sustentabilidade
O segundo painel, com o tema Sustentabilidade, reuniu o presidente da BUNGE, Pedro
Parente, o vice-presidente da empresa, Márcio Tavares, o especialista em
Agronegócio, Marcos Jank e o secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinícius
Lummertz.
Pedro Parente citou investimento da empresa em Pedro Afonso como exemplo de
investir com sustentabilidade, em observância ao Código Florestal Brasileiro, e
investimento de R$ 400 milhões de reais que inclui o maior pivô central do mundo em
funcionamento.
Jank frisou que o mais importante é a integração da produção agrícola e a pecuária.
Frisou que a produtividade agrícola é ligada ao trabalho e ao capital e que ambos
requerem estruturas mais modernas e de tecnologia. O especialista listou como
problema a logística e integração e equilíbrio entre as áreas social, ambiental e a
produção. O equilíbrio requer diálogo permanente.
Vinícius Lammert destacou o fator competitivo do turismo e frisou que uma
infraestrutura deficiente também impacta o setor e sua potencialidade. Defendeu mais
investimento para uma nova governança que leve o país a abrir os braços para o
turismo.
Os participantes avaliaram que falta regulamentação das normas que afetam o setor
ambiental, a exemplo do Código Florestal, e falta regulamentar as formas de
compensação e recuperação.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 7 de 107
Também destacaram a necessidade de se alcançar maturidade industrial e superar a
impossibilidade de pessoas preparadas discutirem temas complexos, resultando na
falta de diálogo sobre sustentabilidade e outros temas complexos para o país avançar.
O desenvolvimento, segundo a discussão do painel, tem de ser um desenvolvimento
negociado, a exemplo das negociações em voga como o novo desenho dos parques
ambientais, com ONGS, concessionárias entre outros agentes.
Infraestrutura
No terceiro painel, com o tema infraestrutura - o desafio a ser superado, participaram
a presidente da CNA, Kátia Abreu, o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, o
presidente da CNI, Robson Andrade, e o chefe de gabinete da FIETO, José Roberto
Fernandes.
Segundo a senadora Kátia Abreu, os governos não tiveram a competência de
acompanhar os desbravadores que migraram do Sul do país para o centro-oeste e
norte: e 63% do que é produzido no Brasil é acima do Paralelo 16. E apenas 14% dessa
produção são exportados por portos do norte, o restante em portos do sul. Houve falta
de planejamento do governo com o setor privado na avaliação.
Pontuou ainda o licenciamento ambiental como tema que precisa ser definido para o
órgão a que compete, o IBAMA, deixe de ter a necessidade de ouvir Incra, Funai,
Fundação Palmares, entre outros para a concessão. Licenciamento ambiental deve ser
simplificado, completou.
Bernardo frisou que cerca de 1% do PIB é investido em logística o que o coloca o país
em desvantagem no contexto internacional. É preciso dotar o país de logística
competitiva para fomentar o desenvolvimento, com planejamento que subsidie a
execução do que é contratado, considerando o tempo médio de dois anos para obter o
licenciamento ambiental, relatórios de impactos, entre outros itens obrigatórios. É
preciso desenvolver planejamento e o senso de urgência para execução das
prioridades e manter as ações contínuas.
Andrade levantou os problemas políticos afetam a produção industrial a ponto de, por
exemplo, obras de engenharia no País saírem até 60% mais caras que o Chile. Um
quadro que só pode ser alterado pela articulação política entre os poderes executivos
e legislativos para mudar o cenário evitando a estagnação. O setor privado tem
recursos para investimento, mas desconfia quando o governo quantifica margem baixa
para ganhos em projetos o que precisa ser revisto, pois o empresário sabe os riscos e a
precificação da rentabilidade do projeto, complementou.
Já Fernandes apontou a necessidade de focar e fecundar as áreas de tecnologia e
engenharia para fortalecer a indústria tocantinense.
O painel também destacou a aprovação da Medida Provisória dos Portos que resultou
na inscrição de 53 empreendedores interessados em construir novos terminais nos
portos.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 8 de 107
Pontuou como meta inverter a proporção do que é exportado pelos portos do sul e
portos do norte do País.
Também destacou a urgência em pensar uma logística para o Centro-Oeste e Norte; a
necessidade de lançar luzes sobre os entraves ao desenvolvimento, como a questão
indígena, tida como empecilho para execução de obras e a questão regulatória que
deve ser discutida sobre a exposição de preços máximos em projetos e obras.
Inovação
O quarto painel do 1º Congresso da Indústria Tocantinense trouxe como tema
Inovação e contou com o ex-ministro da Previdência Social Roberto Brant, o diretor da
CNI, Rafael Lucchesi e o diretor de inovação do Sebrae Nacional, Ênio Pinto.
O professor Brant observou que a indústria brasileira cresce à medida do consumo
interno e não volta os olhos para o exterior onde é movida à tecnologia e inovação
para atingir o mercado em escala global. Defendeu o imperativo de a indústria
brasileira incorporar-se à rede de integração do mundo. Todos os que cresceram são
os que abriram o seu mercado para produzir aqui dentro e integrar no mundo,
afirmou, ao criticar a mentalidade dominante no país de proteger o mercado sem estar
pronto para se integrar no mundo. Essa integração não é apenas abrir fronteiras e
barreiras alfandegárias, mas alterar as regras de trabalho, de propriedade, na
legislação ambiental, criar ambiente de negócios planejado para o mercado universal,
internacional, o que vale para integrar Tocantins e o Brasil.
Ênio Pinto observou que o pequeno empreendimento brasileiro não se deu conta que
deve integrar-se e que a medida requer integração. Apontou que as políticas públicas
para inovação não possuem desenho adequado à pequena empresa e destacou que o
Sebrae tem feito esse trabalho de aproximação entre as partes. Ressaltou que uma
parcela ínfima entre 1,6 milhão de atendimento anual prestado pelo Sebrae refere-se
à inovação. O país ainda vive a fase de convencer o empreendedor de que é preciso
inovar o que requer mudança de paradigma.
Luchesi contestou afirmando que a que a defesa da indústria brasileira é algo
importante para a defesa do País. E apontou a necessidade de pensar no Brasil, de
elevada assimetria, com uma agenda de indústria de alta e média complexidade,
melhor integrada aos fatores internacionais. E isto requer segurança jurídica,
capacitação dos recursos humanos e infraestrutura, sem ignorar a expansão do
consumo provocada pela mobilidade social.
Em relação ao Tocantins, destacou que a agenda industrial deve ser a de agregar valor
ao setor, da qualidade aos recursos humanos, focar a educação profissional na qual o
Senai canalizaria a qualificação dessa força de trabalho. Também ressaltou a
sofisticação na gestão empresarial, papel do Sebrae para qualificar o gestores das
indústrias. Frisou a importância da cadeia do negócio da carne e do grão e que pode
impulsionar valores de agregação econômica.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 9 de 107
Os painelistas frisaram que é preciso agregar valor à cadeia do agronegócio e dos
serviços. Também pontuaram que o ambiente regulatório brasileiro não permite o país
ser competitivo, a exemplo do engessamento das entidades sindicais quanto à
mudança na legislação trabalhista. Destacaram que o Brasil não é competitivo apenas
por falta de mão de obra qualificada, mas por depender apenas da renda interna e
mercado interno para crescer o que impede o crescimento junto aos países que
crescem e que é preciso aumentar a produtividade. Isto requer ampliação da
cobertura educacional e deveria ter uma espécie de conselho para definir onde a
universidade pública deveria destinar recursos custeando apenas cursos como
engenharia civil e áreas prioritárias para o desenvolvimento e a inovação. A escola,
segundo a discussão, tem mais recursos de royalties, mas é preciso cobrar mais
competitividade da escola, remunerar melhor os professores pelo desempenho em
sala de aula e aproximar a escola do mundo do trabalho, ou seja, mudar a matriz
educacional brasileira para uma que dialogue com o projeto de desenvolvimento do
Brasil sem os desejos corporativos.
Investimento
O painel com o economista Claudio Adilson Gonçalves, com o representante da Caixa
Econômica Federal Samuel Crespi e o gerente de políticas públicas do Sebrae, Bruno
Quick, abordou o tema investimentos.
Segundo Crespi, a Caixa vem colocando cada vez mais volume maior de capital no
mercado, mas a maior busca por empréstimo é para capital de giro e o desafio é
transformar a demanda em busca por investimento. Pontuou que há dificuldade do
empresariado em apresentar projetos bons para obter recursos, de transformar boas
ideias em bons projetos.
Quick destacou que o agronegócio está mantendo a exportação do Brasil e tende a
puxar toda a cadeia de investimento, no campo, no serviço, associado ao agronegócio
e agricultura. E, no Tocantins, predomina por ser um setor muito competitivo
responsável por um balança comercial positiva. Apontou que o crédito está associado
à ampliação de produção e aumento de competitividade como ocorre com o BNDES,
Caixa, bancos do norte e nordeste, que mostram esses investimentos e demonstram
grande esforço para colocar crédito associado ao investimento e capital de giro.
Contudo, falta um sistema tributário e falta também investimento na melhoria do
ambiente do negócio, na produção e competitividade. No Tocantins que cresce muito
rápido, é preciso ampliar a desburocratização, tirar sublimites do Simples e organizar o
sistema tributário.
Claudio Adilson Gonçalves ressaltou que o Tocantins tem direito de ter uma indústria,
mas observou que o investimento vai para onde são oferecidas ao empresário as
melhores condições de ganhar dinheiro. Contudo, criticou o uso de recurso subsidiado
como forma de tornar atrativos projetos de desenvolvimento. Opinou que o estado
brasileiro tem de garantir segurança jurídica, a garantia de contrato, ter estabilidade
macro econômica e não interferir tanto no setor privado como se faz no Brasil. Criticou
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 10 de
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o Brasil por quebrar contratos, como no caso da renovação das energéticas e que o
país vive um ambiente hostil para investimento.
Destacou que o foco, para o Tocantins, deve ser trazer pequenas e médias empresas e
o incentivo é o caminho para o governo promover esta medida. Destacou que as
pequenas empresas e médias estão abertas à inovação, mas não tem informação e a
função dos governos locais é fazer a ponte entre a inovação e a informação para
pequenas e médias empresas.
O painel também destacou que é preciso ter segurança jurídica e econômica para que
haja investimentos, a exemplo das regras do ICMS que muda a todo instante. Para o
Tocantins, as sugestões foram medidas como a compra governamental sem pagar mais
caro, simplificar a legalização das empresas; desonerar os pequenos empresários e
construir um projeto de administração tributária, dialogada, e melhora no ambiente de
negócio. Também apontou que o governo pode explorar as falhas de mercado e apoiar
o desenvolvimento do setor aproveitando as vocações naturais e fazendo-as funcionar;
aproveitar o setor privado; não querer substituir o setor privado nem atrapalhá-lo.
Frisou a necessidade dos empresários investirem, pois, há muito para ser feito e há
várias oportunidades. Frisou-se a luta pelas hidrovias, para acabar com o sublimite do
simples, simplificar abertura de empresa, fomentar as compras locais para induzir a
inovação e uma articulação muito forte com os setores e que seja fixado prazo nos
programas de governo, na administração pública.
Desfile Show
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI realizou, em parceria com o
Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (CETIQT/SENAI-RJ) um desfile de
moda com peças personalizadas com símbolos da cultura tocantinense, inspirada na
pesquisa de iconografia do Tocantins realizada pelo Serviço de Apoio as Micro e
Pequenas Empresas – SEBRAE TO. Com o tema inovação e tecnologia, o desfile show
apresentou 27 peças produzidas com material local e idealizadas por 9 ex-alunos do
CETIQT. O objetivo do desfile foi apresentar a inovação e as potencialidades da
indústria têxtil do Tocantins, mesclando a habilidade do tocantinense com as belezas
naturais do estado.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 11 de
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WORKSHOP
Carne e Couro
Realizado no dia 03/10 – das 8h às 12h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Carne e Couro
Abertura
Vídeo
Moderador
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições sobre o
segmento da cadeia da Carne e Couro do Estado do Tocantins, será
realizado durante o 1º Congresso da Indústria Tocantinense um
workshop do setor, visando promover a interação entre empresários
industriais e demais atores do encadeamento produtivo da Carne e
Couro. O workshop oportunizará ainda discutir e analisar com
especialistas o cenário e os principais gargalos relacionados a
aquisição de insumos, produção, industrialização e mercado visando
definir propostas para potencializar o desenvolvimento industrial do
segmento no Estado do Tocantins.
8h
Encadeamento Produtivo
Jair Stival – SEBRAE
Palestrantes
Antenor de Amorim Nogueira - CNA:
Perspectiva e tendências para o mercado de carne e couro
Encerramento
Abertura
Tema:
Discussão em plenária e Construção das Propostas de Melhorias da
Cadeia Produtiva.
Epaminondas Andrade – Produtor da Fazenda Vale do Boi:
Desafios para produção de pecuária de corte no Tocantins
12h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 12 de
107
Fornecimento de Insumos e matéria prima
Produção
Industrialização
Mercado / Consumo
Encontros Regionais da Indústria – Carne e Couro
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Falta de insumos; Fornecimento não é
autossuficiente
Criação de uma política pública que facilite a
criação do boi da recria até a engorda
Dificuldade no fornecimento e alto
preço do calcário; Dificuldade no
período da entre safra - agosto a
dezembro
Falta estímulo à produção local
Baixa produtividade na produção de
grãos
Cenário Atual
Problema da degradação das
pastagens - produtores diminuíram o
rebanho; Produção insuficiente para
cumprimento de contratos atuais
internacionais
Sugestão de Melhoria
Estimular a qualificação da mão de obra no
Estado
Descapitalização dos pequenos
produtores; Falta mão de obra
qualificada
Frigoríficos tem buscado boi em MT e
PA
Estimular a extensão rural
Cenário Atual
Mão de obra desqualificada e com
alta rotatividade; Frigoríficos
trabalham com qualidade nos
processos e atendem leis ambientais
Cenário Atual
Tributação inadequada no Estado; A
produção estadual supre o mercado
local adequadamente
Estimular a instalação de abatedouro de
aves
Legislação mais adequada para emissão de
GTA
Sugestão de Melhoria
Qualificar a mão de obra; Acompanhar as
inovações tecnológicas
Sugestão de Melhoria
Dificuldade burocrática na aquisição
de subsídios
Maior fiscalização dos abates municipais e
estaduais
Informalidade no setor
Combater a informalidade; Criação de uma
política do governo para acabar com os
abates clandestinos
Faltam linhas de crédito
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 13 de
107
Sustentabilidade
Inovação
Boas Práticas
Extensão e tecnologia = aumento de eficiência; Criação de políticas facilitadoras da
primeira fase até o abate
Redução da carga tributária
Investimento
Melhores estradas; A Federação deve qualificar melhor a mão de obra e acompanhar
todo o processo
Potencialidades
Desburocratização do sistema; Os frigoríficos estaduais estão em conformidade com as
políticas de sustentabilidade
Incentivos fiscais aos parques industriais;
Melhoria da qualificação da mão de obra; Estímulo a criação de políticas que favoreçam
a aquisição de máquinas e equipamentos no processo industrial, uma vez que a lei que
trata do assunto foi revogada
Extensão rural;
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 14 de
107
Análises
Um dos maiores desafios do setor é com a representação no mercado interno, com a
responsabilidade de defender institucionalmente os médios e pequenos frigoríficos. A
pecuária de corte é ampla e representada por intuições em níveis nacional e estadual.
Outro desafio para a cadeia é regulação do mercado da carne que é regido pela oferta
e demanda dos produtos, criar instrumentos que possibilitem os produtores e
indústrias de avaliar os cenários antecipadamente para projetar a e controlar a oferta
do produto no mercado para tornar mais competitivo.
A ociosidade das plantas indústrias dos frigoríficos faz com as indústrias tenham baixa
rentabilidade tornando ineficientes para competir no mercado externo, à
modernização das plantas indústrias é fundamental para que as empresas possam
diversificar a produção com elaboração de nova linha de produtos industrializados com
maior valor agregado tornarem-se mais competitivas e lucrativas.
Existem problemas comuns, questões estruturais de curto prazo como: relação de
troca inconveniente para o invernista, preço do boi incompatível com os preços da
carne e dos subprodutos, preços dos substitutos (principalmente frango, assim se o
frango está mais barato que a carne bovina a população tende a comprar mais frango),
oscilações de curto prazo decorrentes de fatores diversos que repercutem no preço do
produtor e indústria, flutuação da taxa de câmbio (se o câmbio favorece a exportação,
frigoríficos vão tentar vender mais para fora, o que vai interferir nos preços internos),
surgimento de problemas no mercado internacional.
Outras questões estruturais, mas de longo prazo que afetam a cadeia produtiva e a
pecuária de forma geral como: maior rentabilidade em outras culturas, provocando
migrações (por exemplo, se o etanol está dando mais lucratividade vai impactar na
pecuária, pois reduz o número de rebanhos), rentabilidade insuficiente ao produtor
com consequente descarte de matrizes, o que provoca a diminuição da oferta.
É necessário fomentar a criação de Comitês Estaduais com representação de
produtores e empresas, já que os problemas são comuns, mas não há ambiente de
diálogo.
É necessário eliminar as vaidades, criar ambiente proativo entre produtor e indústria,
pensar no coletivo, realizar trabalho conjunto de longo prazo, “Se fossemos unidos e
engajados já teríamos resolvido muitos problemas”, completou.
O agronegócio através do PIB brasileiro apontou que as exportações do agronegócio
representam 39,5%, enquanto, ao todo, os demais setores representam apenas 60,5%.
Foi mostrado também que em 16 anos, foram US$ 482 bilhões de superávit do
agronegócio para economia brasileira. Os dados mostram o valor da pecuária para o
desenvolvimento da economia nacional e a importância de criar um programa que
trate especificamente do couro no Brasil é absurdo não ter um programa para o couro,
já que este é o único produto que tem imposto de exportação no valor de 9%, um
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 15 de
107
imposto, segundo ele, “criado há dez anos apenas para gerar uma reserva de mercado
para a indústria de calçados do Brasil, em detrimento de negócios maiores”.
A evolução da pecuária brasileira, que em 36 anos aumentou em 3% a área de
pastagem, o rebanho cresceu 118% e o abate aumentou 331%, sendo que o Brasil
ainda apresenta grande potencial de aumento de produtividade.
É necessário desenvolver ações estratégicas para o desenvolvimento da pecuária
brasileira que envolvam ações como: liberação de recursos para a defesa sanitária,
reformulação de programas contra a brucelose e tuberculose, ampliação e
modernização de laboratórios agropecuários, consolidação da plataforma de Gestão
Agropecuária, plano especial de financiamento com juros reduzidos.
É importante que o Estado do Tocantins se una, faça uma mobilização junto aos órgãos
competentes para exigir que a carne produzida aqui possa ser a exportada para a
união europeia, visto que o ministério retirou o Tocantins da lista de estados aptos a
exportar sem uma explicação plausível para esta medida que prejudica o
desenvolvimento da cadeia produtiva no estado.
A importância que tem a plataforma (PGA) para o desenvolvimento do setor que visa
integrar a base de dados, proporcionar mais agilidade na obtenção de informações,
interligar os diversos elos da cadeia, dar transparência (acesso as informações e
credibilidade, protocolos de rastreabilidade de adesão voluntária).
Outro desafio refere-se a produção em que anos atrás a rentabilidade da pecuária de
corte era bem satisfatória, mas em dias atuais tem diminuído muito em função da
baixa produtividade das propriedades gerando uma pecuária decrescente, com
ausência de investimentos, motivada por menos rentabilidade e investimentos em
outras atividades mais rentáveis, indústrias ociosas, falta de matéria prima nos
frigoríficos.
Contudo não se pode pensar que mesmo com as dificuldades a pecuária está inviável,
pois a atividade é viável, mas é preciso mudar a gestão. Precisa-se de novos
conhecimentos de gestão tecnológica para atingir a produtividade com altas
rentabilidades. Com relação a indústria é preciso valorizar a qualidade da carcaça,
valorizar a qualidade dos animais, ter maior confiabilidade no peso dos animais
abatidos e melhor relacionamento com o produtor.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 16 de
107
Propostas
 Fazer estudo em relação à compatibilidade na tributação do estado para o
segmento.
 Abertura de novos mercados (principalmente o Chinês, Coreia do Sul e África do
Sul), visto que o maior comprador da carne brasileira é a Rússia, mas o Brasil tem
muita dificuldade em colocar a carne neste país, visto que existem muitas
barreiras a entrada da carne naquele país e constantemente este produto sofre
algum embargo por motivos diversos.
 Que as instituições financeiras, tenham maior prioridade para aplicação das linhas
de crédito já existentes, para financiamentos de aquisição de máquinas e insumos
para pequenos e médios produtores.
 Tendo em vista que o problema não é o preço da arroba que está barata, mas o
alto custo de produção, devido à baixa produtividade, ocasionada pela má gestão
do empreendimento, sugere-se uma a criação de um programa para
profissionalização da gestão da pecuária onde o produtor vai verificar os seus
gargalos e avaliar que tecnologia deve ser aplicada para melhorar o seu
desempenho produtivo e financeiro.
 Mais eventos que reúnam produtores, donos de frigoríficos, todos os envolvidos
na cadeia produtiva, para que sejam discutidos os gargalos e apontadas
sugestões. Nesse caso sugere-se a criação da câmara setorial de carne e couro no
Tocantins. Fomentar a criação de Comitês Estaduais com representação de
produtores e empresas, já que os problemas são comuns, mas não há ambiente
de diálogo.
 Realização de um manifesto para que o Tocantins seja habilitado a exportar carne
para a Europa, visto que o Ministério da Agricultura simplesmente retirou o
Tocantins da relação de estados aptos a exportar para a União Europeia e sem
uma justificativa plausível para a cadeia produtiva aqui do Tocantins.
 Aumento do orçamento para defesa e inspeção sanitária, visto que o Ministério
da Agricultura está repassando pouco recursos para os estados.
 Governo oferecer mecanismo de financiamento a longo prazo para os pequenos e
médios frigoríficos, já que existe dificuldade de conseguir financiamento junto ao
BNDES. O Governo deve criar cotas de aplicação de recursos do BNDES para
pequenas e médias indústrias frigorificas.
 Fiscalização mais atuante quanto ao abate clandestino, visto que prejudica os
frigoríficos regularizados.
 Investimento em logística para escoamento da produção e aquisição de insumos
(estruturação de estradas, portos, etc.).
 Capacitação de mão de obra em todos os elos da cadeia produtiva.
 Implantação de programa que trate especificamente do couro no Brasil e
trabalhe, inclusive, para eliminar o imposto de 9% para exportação.
 Regulamentação do uso da substância ractopmina que aponte quem pode fazer
uso deste produto na cadeia produtiva.
 Criar uma política pública de incentivo a implantação de Boas Práticas
Agropecuárias – BPA com o objetivo de valorizar a qualidade do produto e
consequentemente melhor relacionamento com o produtor.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 17 de
107
Grãos
Realizado no dia 03/10 – das 8h às 12h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Grãos
Abertura
Vídeo
Moderador
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições sobre o
segmento da cadeia de Grãos do Estado do Tocantins, será realizado
durante o 1º Congresso da Indústria Tocantinense um workshop do
setor, visando promover a interação entre empresários industriais e
demais atores do encadeamento produtivo de Grãos. O workshop
oportunizará ainda discutir e analisar com especialistas o cenário e
os principais gargalos relacionados a aquisição de insumos,
produção, industrialização e mercado visando definir propostas para
potencializar o desenvolvimento industrial do segmento no Estado do
Tocantins.
8h
Encadeamento Produtivo
Neila Tizzo – SEBRAE
Abertura
Tema:
Encerramento
Palestrantes
Ricardo Benedito Khouri – Coapa / Pedro Afonso: Principais desafios
da produção de grãos no Tocatins.
Vladimir Brandalizze – Brandalizze Consulting: Tendências de
mercado de grãos.
Camilo Feliciano – Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto /
RS: Caso de Sucesso – Cooplatio / RS
Discussão em plenária e Construção das Propostas de Melhorias da
Cadeia Produtiva.
12h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 18 de
107
Fornecimento de Insumos e matéria prima
Encontros Regionais da Indústria - Grãos
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Logística de fornecimento
Melhorar a manutenção das estradas; Melhorar
deficiente; Estradas deficientes;
a manutenção e pavimentação das estradas;
Boa qualidade da matéria-prima
Melhorar o acesso aos mecanismos de inovação
regional; Temos um produto
tecnológicas com as especificidades locais
competitivo no cenário nacional.
(EMBRAPA).
O alto custo do transporte, que
encarece o valor do insumo; Alto
custo do transporte, o que
encarece o preço dos insumos;
Perdas consideráveis na colheita,
transporte, secagem e no
armazenamento da produção.
Abrir novas estradas.
Elevada carga tributária, elevando
os custos do produtor; Demora no
sistema de emissão de notas por
parte do Estado; Alto custo da
matéria-prima Tocantinense.
Utilizar a Hidrovia como alternativa de
transporte de mais baixo custo; Melhorar os
horários de atendimento nos órgãos públicos
para emissão de notas; Modernizar a estrutura
logística da cadeia de grãos.
Monopólio de fornecedores.
Fomentar políticas de apoio para Implantação
de indústrias de insumos no norte do Estado;
Ampliar os Incentivos fiscais por parte do
governo.
Ampliar a oferta de treinamento aos
produtores.
Fomentar a abertura de políticas de novas
alternativas de financiamento.
Alto custo do combustível.
Dificuldade de acesso ao crédito.
Produção
Cenário Atual
Ocorrência de pragas e doenças;
Pouca pesquisa de variedades de
grãos; Falta de mão-de-obra
qualificada.
Sugestão de Melhoria
Incentivar as pesquisas de controle de pragas;
Fomentar a instalação de um centro de
pesquisas de grãos no Estado; Qualificar a mãode-obra no segmento.
Poucos agentes financeiros
eficientes.
Clima hostil.
Deficiência de mão de obra
qualificada.
Aumentar o Incremento à irrigação; Buscar
parcerias com a UFT para pesquisa; Melhorar a
adequação dos lotes, estrutura física e
desburocratização para os parques industriais
municipais.
Ampliar as políticas de incentivo a indústria.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 19 de
107
Dificuldade no armazenamento da
produção.
Inexistência de seguro agrícola;
Falta de energia para produção nos
horários de pico (sazonal: 18 h às
21h).
Alto custo da energia elétrica.
Estabelecer barreiras de proteção do mercado
local.
Dificuldade de comunicação na
propriedade rural (internet-fone).
Dificuldade para adquirir
licenciamento ambiental.
Pouca de assistência técnica ao
produtor.
Industrialização
Cenário Atual
Alta carga tributária; Falta mão de
obra especializada; Alto custo do
transporte a diesel.
Planejamento e Logística
inadequados.
Regularização fundiária
inadequada; Matéria prima de boa
qualidade no Estado; Falta de
estrutura de armazenagem de
grãos.
Falta mão de obra qualificada; Alto
custo dos encargos trabalhistas;
Dificuldade para obtenção de
alvará de funcionamento- licença
ambientais.
Inexistência de armazém público;
Alto custo alto da energia elétrica;
Perdas de matéria prima e
embalagens.
Sugestão de Melhoria
Buscar alternativas para diminuição da carga
tributária; Aumentar a oferta de cursos de
qualificação para operação de máquinas.
Buscar desenvolver lideranças entre os
funcionários; Fomentar Incentivos fiscais para
construção ou readequação das estruturas de
armazenamento.
Buscar melhor regularização fundiária.
Desburocratização do alvará de funcionamento;
Cumprimento da lei geral das MPEs.
Buscar maior intervenção do poder público
para atrair grandes indústrias de
beneficiamento. Em especial do segmento de
enlatados.
Buscar subsídios do governo em relação a
energia.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 20 de
107
Mercado / Consumo
Inovação
Sustentabilidade
Cenário Atual
Existência de monopólios em
alguns elos da cadeia de grãos; O
estado não oferece mercado
consumidor; O mercado do arroz
está desaquecido
Falta de proteção e de controle
do mercado; O Tocantins produz
mais do que consome; Preço do
produto local maior em relação
ao dos produtos do sul do país.
Sugestão de Melhoria
Criar estoque regulador; Operacionalizar a ferrovia
para facilitar a escoação do produto; Buscar maior
qualidades nas variedades que sofrerão o
beneficiamento para competir com as demais
indústrias no cenário nacional.
Criar o cadastro positivo de compradores.
Boas Práticas
Indústrias que investem em parceria com os produtores diminuindo custos e para a
indústria e garantindo produtos o ano todo; Modernização de máquinas, transporte.
Safra/safrinha.
Agricultura de precisão/ Geotecnologia.
Utilização de bioinseticidas.
Biotecnologia.
Integração lavoura pecuária e floresta; Reaproveitamento dos subprodutos; Doação de
cestas básicas.
Safra/safrinha; Utilização da casca de arroz como combustível em indústria de cerâmica;
Técnicas de conservação de solo; Diversificar da produção.
Potencialidades
Investimento
Armazenagem; Automatização do processo produtivo; Na modernização de máquinas,
equipamentos, espaço físico e etc.
Aquisição de máquinas e implementos; Investimento em sacadores e armazenamento
de grãos; Correções de solo.
Melhoria da qualificação da mão de obra; Estímulo a criação de políticas que favoreçam
a aquisição de máquinas e equipamentos no processo industrial, uma vez que a lei que
trata do assunto foi revogada
Irrigação; Linhas de crédito; Arroz Parabolizado.
Beneficiamento de grãos; Políticas agrícolas; Arroz Integral.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 21 de
107
Análises
Ricardo Benedito analisou que a produção de grãos no Estado vem crescendo a cada
safra, com aumentos significativos na casa de 11% na safra 2012/2013. Entra as
principais culturas de grãos estão: soja, arroz, milho e já é perceptível o crescimento
do sorgo. Os principais polos de produção estão nas regiões de Pedro Afonso,
Campos Lindos, Porto Nacional, Dianópolis e Gurupi.
Segundo ele o Tocantins possui um potencial de produção agrícola em 49,75% de sua
área total. E conta como fatores que favorecem expansão de terras, pastagem
degradadas, a logística principalmente com a ferrovia norte-sul, a possibilidade de
navegação pelo Rio Tocantins – porto de Praia Norte –Ecoporto. Em comparativos
disse que o frete pelo sistema hidroviário diminui o valor do frete em relação ao
rodoviário em mais de 200%.
Os preços das terras estão ainda bem a baixo se comparado com outras regiões do
país, porém há questões sérias que necessitam ser resolvida, como a regularização
fundiária, de áreas que hoje estão sobre jurisdição da União e que tem travado
bastante o avanço do agronegócio.
Numa análise sobre armazenagem de grãos, Ricardo apontou que este é um
problema sério que os produtores vêm enfrentando e tem acumulado prejuízos, por
falta de investimentos, atualmente o déficit é de 50% no Estado. Há uma grande
capacidade de produção, porém uma pequena para estocagem é necessário avançar
com novas estratégias. Ele apontou que as empresas que atuam no estado não tem
conseguido resolver este problema e isso afeta a qualidade dos grãos. A solução seria
a efetivação do TEGRAM. Ao longo dos anos houve uma paralisação de investimentos
pelos governos em unidades estatais, não se constrói mais armazéns.
Outras dificuldades apontadas no setor foram: crédito, pesquisa agropecuária,
infraestrutura, logística e regularização fundiária. Na pesquisa, ele cobrou o apoio
dos governos estadual e federal para que a Embrapa possa desenvolver novas
cultivares para a região, pois não existe tantas cultivares, e o milho é a principal
delas. A saída seria a criação de um programa de produção de melhoria genética para
rotação de cultivares.
Na Infraestrutura, há a necessidade investimentos em estradas. Hoje para exportar a
produção para o Porto de Itaqui – faltam locomotivas e vagões.
E concluiu questionando se o mais importante é transportar o grão ou industrializálo?
O consultor Vladimir Brandalizze apresentou um panorama do mercado de grãos no
mundo, destacando os problemas enfrentados pelos países produtores e como isso
poderá contribuir para o avanço do mercado brasileiro de maneira estratégica.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 22 de
107
Hoje o Brasil é auto suficiente em grãos, mas precisa saber se o mundo quer comprar
os grãos. E apontou que o fator “clima” é o mais importante para a produção, pois
ele determina inclusive a cotação de preços.
Para Brandalizze os países concorrentes estão enfrentando dificuldades com clima e
isso favorece o Brasil. Contou que por exemplo, com a onda de frio na Europa, China,
Estados Unidos há mais consumo de roupas, alimentos – o que demanda inclusive
consumo de ração para animais – uma oportunidade de mercado. As janelas de
plantio estão cada vez mais apertadas e tudo que se produz é consumido no mundo.
Apontou ainda a competição que os grãos enfrentam com a carne, um produto cada
vez mais consumido no mundo, porém, trouxe exemplos de tendência que envolvem
estratégias como os sojicultores que utilizam os dois tipos de produção.
O uso da tecnologia é também uma saída para aumentar a produção, os EUA
principal concorrente produz em terras com qualidade inferior as brasileiras.
Durante sua explanação disse que uma das estratégias que o Tocantins poderá
utilizar, é investir na produção de milho para abastecer o mercado do nordeste, pois
tem um custo menor para a exportação. No mercado internacional faltará milho, pois
até os maiores produtores como China e EUA terão que comprar o produto devido
suas mudanças de política de produção.
Sobre a soja, a qual o Brasil é hoje o maior exportador afirmou que há uma
necessidade de investir em mecanismos que diminua o auto custo da produção e
possibilite que ela seja esmagada e industrializada no país. Como grande gargalho na
soja apontou a questão do gerenciamento, por parte de toda a cadeia produtiva.
Camilo Feliciano trouxe o caso de sucesso da Cooperativa dos Agricultores de Plantio
Direto/RS, que avançou na industrialização de seus produtos a partir do momento
em apostou numa estratégia de produção diferenciada, tendo o arroz como produto
principal enfrentando inclusive outros produtos como a soja. Segundo ele a
experiência desenvolvida na cooperativa tem diminuído os riscos de perdas.
Os investimentos feitos foram em tecnologia de produção, mãos de obra
especializada, assistência técnica, capacitação para a comercialização. Que por meio
de uma formação de rede cooperativa – sustentabilidade, acompanham todo o
processo até o destino final que é o consumidor.
Em relação ao mercado do Tocantins ele também ressaltou a localização estratégica
para exportação, com preços competitivos e qualidade de produto já que o estado
produz arroz irrigado.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 23 de
107
Propostas
 Estreitar o relacionamento com a produção - trabalhar em conjunto com a
produção de outras cultivares. Financiamento x garantia de fornecimento de
matéria prima – quantidade e qualidade.
 - Ampliar a armazenagem industrial – garantir estruturas de armazenagens de
grãos que possibilite o trabalho com grãos em depósitos; financiar a operação
com o próprio grão do produtor.
 - Modernizar o parque industrial – novos equipamentos industriais garantem
produtividade, redução com energia e pessoal.
 - Aproveitar o potencial regional – Tocantins pode atender a região norte, interior
do nordeste e regiões onde a logística permite.
 - Ampliar a escala – fortalecer as indústrias criando alianças entre elas para que
trabalhem com marcas fortes.
 - Trabalhar com produtos de qualidade – consumidor cada vez mais exigente.
 - Criar por meio de cooperativas, governos e instituições organizações das cadeias
produtivas.
 - As cooperativas industrializar seus produtos para agregar valor e desenvolver
outras cadeias.
 - Maior participação dos produtores nas mesas de negociações.
 - O governo federal construa novos portos e amplie a logística de recebimento de
grãos na ferrovia norte-sul.
 - Urgência no funcionamento do TEGRAM – Terminal de Grãos do Maranhão.
 - Desburocratização dos órgãos ambientais (federal e estadual) para emissão de
licenciamento ambiental.
 - Que o governo estadual implemente uma política de divulgação do potencial do
Tocantins para atrair empresa industriais.
 - Investir na demanda de produção de alimentos.
 - O Tocantins possui um potencial, portanto é necessário apresentar estas
potencialidades como a ferrovia norte-sul, aeroportos, duplicação da rodovia BR153, capacidade de hidrovia.
 - investimento em armazenagem, pois este é um dos maiores gargalho da
produção atualmente.
 - Identificar as regiões com maior problemas de armazenagens e por meio das
cooperativas construir estes armazéns e o governo do estado financiar por meio
da Agência de Fomento, Banco do Brasil, BNDES e o sistema S e o Sescoop faça a
parte de capacitação destas instituições.
 - Fortalecer e aprimorar a produção tecnológica.
 - O governo do estado doar áreas para construção de armazéns principalmente
nos postos da ferrovia.
 - Criar um comitê do agronegócio dentro da FIETO como suporte para
desenvolvimento da agroindústria.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 24 de
107
Piscicultura
Realizado no dia 03/10 – das 8h às 12h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Abertura
Tema:
Encerramento
Palestrantes
Abertura
Vídeo
Moderador
Piscicultura
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições
sobre o segmento da cadeia da Piscicultura do Estado do
Tocantins, será realizado durante o 1º Congresso da Indústria
Tocantinense um workshop do setor, visando promover a
interação entre empresários industriais e demais atores do
encadeamento produtivo da Piscicultura. O workshop
oportunizará ainda discutir e analisar com especialistas o
cenário e os principais gargalos relacionados a aquisição de
insumos, produção, industrialização e mercado visando
definir propostas para potencializar o desenvolvimento
industrial do segmento no Estado do Tocantins.
8h
Encadeamento Produtivo
Luismar Mendes – SEBRAE
Adalmyr Borges – MPA:
Cenário da piscicultura no Brasil
Carlos Magno Campos da Rocha – Embrapa:
Potencial aquícola no Tocantins
Miyuki Hyanshida – Ruraltins:
Os principais desafios da piscicultura no Tocantins
Maurício José Alexandre de Araújo – Naturatins:
Principais entraves do licenciamento ambiental
Discussão em plenária e Construção das Propostas de
Melhorias da Cadeia Produtiva.
12h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 25 de
107
Fornecimento de Insumos e matéria prima
Produção
Industrialização
Encontros Regionais da Indústria - Piscicultura
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Alto custo de ração; O segmento
Incentivar as empresas do ramo para região
municipal dispõe de matéria prima; Falta produtora; Integração do sistema - cadeia
ração no estado.
produtiva; Estimular a produção interna.
Burocracia para legalização da
Piscicultura (outorga); Há carência de
fornecimento de insumos importantes;
Alto custo de ração (Impostos).
Diminuir a burocracia dos órgãos
competentes; Buscar redução de tributos.
Falta de máquinas (trator,
retroescavadeira); Dificuldade no
transporte / logística; Carga tributária,
frete.
Dificuldade no acesso ao crédito;
Dificuldade na padronização;
Dificuldade de implantar cooperativismo
e associativismo.
Cenário Atual
Falta de acompanhamento técnico pelos
órgãos; Falta assistência técnica;
Complicação para conseguir
licenciamento ambiental.
Fala de formação ao produtor; Estimular
a instalação e adequação de frigoríficos.
Fiscalizar os municípios (na utilização das
máquinas).
Legalização e máquinas; Dificuldade de
conseguir licenciamento; Falta de
pesquisa.
Sistema de produção - uniformidade
ambiental; Barreiras sanitárias.
Amadorismo no setor; Leis trabalhistas
adequação para o ambiente rural; Falta
matéria prima.
Cenário Atual
Falta de indústria para comercializar o
pescado; Existe indústria no município,
mas importa matéria prima de fora;
Falta fiscalização.
Aumento do custo devida a importação
da matéria prima; Faltam produtores
licenciados e autorizados.
Infraestrutura de estradas deficiente.
Buscar redução de tributos da ração
(externa).
Buscar incentivo à vinda das indústrias.
Sugestão de Melhoria
Viabilizar um técnico presente orientando os
produtores; Assistência tecnológica-UFT;
Buscar um direcionamento específico para
aquicultura.
Incentivar a inovação tecnológica para
melhorar a genética dos alevinos; Buscar
maior facilidade para licenciamento;
Incentivar estudos e pesquisas de espécies
nativas.
Incentivar a capacitação dos produtores; Criar
uma cartilha informativa / manual sanitário;
Divulgação, aplicação estudos.
Treinar mão de obra - específica e doméstica;
Criação especifica para sanidade pescado.
Buscar apoio dos órgãos regionais
responsáveis para maior facilidade de
licenciamento, treinando técnicos.
Sugestão de Melhoria
Incentivo do governo na industrialização do
pescado; Buscar incentivo financeiro;
Melhorar infraestrutura: estradas e energia
Implantação do sistema de inspeção
municipal.
Incentivar empresas do ramo a implantar
suas indústrias nos polos produtores.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 26 de
107
Cenário Atual
Burocracia; Distante; Dificuldade para
exportar.
Oferta grande e procura pequena;
Concorrência com "Nativo"; Dificuldade
no mercado interno pelo alto custo e
concorrentes ilegais.
Custo de produção.
Implantar nos municípios o sistema de
inspeção para viabilizar à comercialização.
Sugestão de Melhoria
Estimular o consumo local, regional e
nacional; Fiscalização da origem dos produtos
ao consumidor.
Promover o associativismo e o
cooperativismo para facilitar industrialização
e comercialização dos produtos; Definir um
órgão responsável pela fiscalização.
Piscicultores querendo desistir do ramo
devido a enorme burocracia.
Campanha de incentivo ao consumo.
Boas Práticas
Difusores para aproveitar melhor a área de lâmina d'água; Modelo do estado do Mato
Grosso, que tem um trabalho diferenciado, com sistemas de integração; Realização de
cortes específicos do produto final (agregar valor ao produto).
Criação de peixe em tanque rede; Processamento da matéria prima; Lei de incentivo ao
consumo do pescado na merenda escolar.
Sistema Arejador; Utilização do couro de peixe em diversos segmentos.
O tanque rede aproveita as represas e aumento a população dos peixes no rio;
Capacitação pela EMBRAPA com 360 hrs. para técnicos-extencinistas e produtores; Selo
de qualidade.
Informação e profissionalização do segmento; Política de divulgação da sustentabilidade
do produto (mostrando-os que a atividade traz benefícios ao meio ambiente).
Aeradores; Município de Almas está fazendo um grande investimento-frigoríficos, fábrica
de ração e exporta; Linha específicas de crédito.
Investiu em tanques grandes e obtiveram melhores resultados; Uma produtora da cidade
de Brejinho de Nazaré fez um investimento para produção de alevinos e peixe
terminado; Capacitação, pesquisa e extensão rural.
Projeto surubim-alevinos.
Recursos hídricos; Produção de peixe em tanque de rede no rio Tocantins ex: do
Amazonas, Para, Rondônia; Grande quantidade de espelhos d'água no Tocantins.
Mercado consumidor; Profissionalizar a produção; 206.000 ha. de barragens
(reservatórios).
Potencialidade
s
Investimento
Sustentabilida
de
Inovação
Mercado / Consumo
Clandestinidade de concorrentes
Análises
O primeiro palestrante a fazer o uso da palavra foi o representante do MPA, Adalmyr
Borges, que apresentou alguns aspectos da piscicultura no Brasil e no mundo e,
segundo ele, ver o Tocantins com grande potencial para desenvolvimento desta
atividade. No cenário mundial, Adalmyr mostrou o painel da produção da proteína
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 27 de
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animal, onde a pesca fica praticamente estabilizada a partir dos anos 1980 e apresenta
um aumento do crescimento bastante significativo da aquicultura.
O quadro mostra também que o pescado é a principal fonte de proteína animal no
mundo. Em outro gráfico apresentado, o que segundo representante do MPA
demonstra que, em 2012, a produção de aquicultura ultrapassou a de bovinos,
mostrando a importância dessa atividade no cenário mundial. Adalmyr ressalta que o
aumento desse consumo está sendo atendido pela aquicultura.
Os dados apresentados mostram que o índice do comercio entre países da carne do
boi é de 19%, a do frango de 11% e a do porco de 10%, ou seja, a soma desses
produtos não alcança os índices de consumo do pescado que é de 60%. Adalmyr
lembrou também que embora o Brasil tenha um grande potencial para essa atividade,
ainda é um pais que importa pescado, e importa muito, ao contrário de outras carnes
que o pais é exportador.
Na apresentação do cenário brasileiro pelo palestrante, ele mostra que no Brasil se
produz mais aves, seguida pelo bovino e suínos, respectivamente, e que a pesca e a
apicultura ainda se encontra bem abaixo do potencial do país para esta atividade. O
palestrante apresenta ainda dados que mostram que, diferente do cenário mundial,
onde a aquicultura começou a alavancar na década de 1980, no Brasil esta atividade só
começou crescer (ainda timidamente) a partir da década de 1990.
O palestrante ressaltou que a cadeia produtiva é bem desenvolvida nas outras áreas e
a piscicultura pode aproveitar essa experiência, principalmente na área de produção e
processamento das carnes. No boletim estatístico de 2011, apresentado pelo
palestrante, mostra que o crescimento dessa atividade em relação a 2010 foi de 30%,
onde segundo Adalmyr é uma taxa muito grande de crescimento.
O palestrante disse ainda que o brasil é o primeiro no mundo em disponibilidade em
água doce, mas comparando com outros países a quantidade de produção de pescado
no país ainda é bastante inferior. Em algumas projeções da FAO é colocado que o
Brasil pode chegar a mais 20 milhões de toneladas, hoje a produção está em 500 mil
toneladas. Adalmyr ressalta ainda que os 12% da água mundial e mais de 250
reservatórios e os 8 mil km de litoral para produção de pescado, mostra o grande
potencial de crescimento deste setor no Brasil. O palestrante explica que no ano
passado foi lançado o Plano Safra da Pesca e Aquicultura do Governo Federal, onde
algumas de suas metas é integrar a agricultura com a produção do pescado, onde se
deve aproveitar as áreas de produção agrícola para a produção de pescado, como por
exemplo na utilização de pequenos reservatórios destinados para irrigação para a
produção de peixe.
O palestrante disse ainda que um dos desafios do programa é alcançar a meta de
produção de dois milhões de pescados até 2014. Em relação ao crédito, o palestrante
explicou que estão sendo disponibilizados mais de R$ 4 milhões, que beneficia tanto o
pequeno produtor via PRONAF, quanto a investimentos maiores, como a produção,
formação de jovens e unidades de beneficiamento e processamento de pescado, via
BNDES.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 28 de
107
O plano também prever a implantação de projetos estruturantes, ações com um olhar
mais amplo na cadeia produtiva, ou seja, integrar estruturas existentes ou fomentar
implantação de novas estruturas O palestrante ressalta ainda sobre a necessidade da
assistência técnica na extensão rural, tanto pelo poder público como também por
empresas ancoras que podem estar oferecendo essa assistência.
Patrulhas mecanizadas estão sendo disponibilizadas em diversos municípios para
escavação de viveiros, que tem um custo muito alto, e essa disponibilização visa
diminuir o custo de implantação para o produtor. O palestrante lembra que vários
municípios do Estado foram habilitados para receberem este maquinário. O plano
safra tem a meta de implantar 60 mil viveiros, totalizando o equivalente a 30 mil
hectares de área para produção de pescado. Adalmyr ressalta também as metas
modulares do programa que é ter o mínimo de cadeia produtiva, busca do aumento da
produção, oferta de assistência técnica continuada e o elos da cadeia, do
processamento até a comercialização da produção.
O palestrante falou também do Plano de parques aquícolas, 2012 e 2014 que inclui o
reservatório lago da usina do lajeado, que contará com 8 parques, sendo 4 sociais e 4
empresarias, onde dentro do social são 259 áreas e do empresarial 34. O palestrante
explica que o Estado apresenta a produção atual de 12 mil toneladas/ano de pescado e
que com o parques pode ocorrer o aumento de cinco vezes dessa produção. Segundo
o palestrante, os desafios do setor está na atualização legislação das áreas da união,
com a simplificação da licenciamento ambiental, no ajustamento da legislação com
pelo menos o mínimo que o CONAMA permite para facilitar a produção, isso se
levando em conta os impactos ambientais, o controle da qualidade da água e o
saneamento. E preciso estar legalizado para obtenção de crédito e assistência técnica e
capacitação para chegar ao sucesso no empreendimento, finaliza.
O segundo a proferir palestra foi o representante da EMBRAPA, Carlos Magno, que
também abordou o potencial do Tocantins para produção de pescado, ressaltando que
em todos os países do mundo que tem água e até os que não tem, mas que produzem
a água, estão correndo e alavancando a produção de pescado e estão bem mais à
frente do brasil, onde segundo ele mostrou, somos o maior em agronegócios do
mundo, que representa 17% da proteína animal consumida no mundo e soma 125
bilhões em exportação anual, sete vezes maior que outras carnes, e o Brasil está
acordando agora para essa pratica. Carlos salienta que não tem mais espaço onde
pescar, e com isso tem que se criar (aquicultura). O consumo está aumentando, está se
comendo mais pescado no mundo, então temos mercado e potencial para produzir
peixe.
O palestrante fala ainda que, as pessoas não pensam na comercialização, por isso
muitos quebram, e nós técnicos temos preocupação com o processo produtivo. A
tendência mundial e a produção superar a pesca. O Brasileiro ainda consume menos
que a média mundial mas mesmo assim já é um grande mercado, e deve fazer
campanha para o aumento desse consumo, avalia o palestrante. Carlos ressalta ainda
que o Brasil é que mantém o salmão no chile e a merluza da argentina.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 29 de
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O representante fala sobre o aumento espetacular da classe média brasileira, e o
primeiro reflexo desse crescimento é o aumento do consumo de proteína (carnes e
peixe). Outro ponto que precisa pensar e não perder de vista é a previsão que até 2030
70% das pessoas estarão morando na cidade no mundo e no brasil será 90%. A classe
média vai aumentar mais 3,1 bilhões de pessoas segundo a estimativa, isso representa
60% da classe média do mundo e teremos mercado para alimentar o mundo.
O potencial é grande, temos 50 mil hectares que podemos utilizar que são os grandes
lagos reservatórios. 1% dessa lamina d’agua pode ser usada para produção de peixe.
Diferencial do Tocantins, temos a maior bacia hidrográfica do Brasil, seis lagos de
hidrelétricas e mais seis para serem construídas. Segundo o palestrante, o
compromisso da Embrapa está em juntar as pessoas e em parceria com outros órgãos
e universidades tornar o Estado em um centro de referência de pesquisa em peixe no
mundo.
Temos uma grande diversidade de peixes nativos, aqui pode-se ter todos os polos
modais e, há pessoas no Estado que têm demonstrado estar querendo fazer as coisas
acontecerem, furando reservatórios até a mão.
Sobre os problemas dentro da cadeia produtiva, Carlos ressalta a deficiência na
assistência técnica especializada, onde segundo ele, se não tiver essa assistência o
empreendimento não anda, o pescador na cultura dele nunca pensou em alimentar o
peixe, agora esta lógica mudou, e há poucas pessoas que dominam, entendem do
negócio de peixes.
De acordo com o palestrante a ração é outro entrave, mas que para ele, é mais uma
questão política, o palestrante afirma que não dá para produzir peixe e importar a
ração de São Paulo, sendo que o estado tem potencial para ter uma fábrica de ração.
Com a produção de soja se faz necessária, segundo o palestrante.
A integração com outros canais de produção (boi e porco) para ter o nível de produção
que queremos, ele salienta também a necessidade de termos mais profissionais
capacitados, principalmente na iniciativa publica para dar assistência aos pequenos
produtores.
Para o palestrante a comercialização é um entrave violento, por que geralmente não
se pensa nisso e, os técnicos não tem cabeça de vendedor, não é pensada ou
planejada, a comercialização do produto. As dificuldades com o transporte, com a falta
de energia elétrica para refrigeração do pescado e demais estruturas necessárias para
a cadeia de produção, são problemas que devem ser levados em conta antes do início
da produção.
Estruturas de apoio, abertura e conservação das estradas, instalação de rede elétrica,
formação de pátios para manobra e estacionamento de veículos pesados, aquisição de
galpões para armazenamento e escritórios, área de tratamento de água, píer para
embarque e desembarque de insumos, são sugestões do empresário para evitar
problemas com a produção de pescado no lago do lajeado.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 30 de
107
A presidente do Ruraltins, Miyuki Hyashida, ressaltou a dificuldade de se conseguir o
licenciamento para exercer a atividade da aquicultura, defendendo a necessidade de
criação de mecanismos para facilitar o licenciamento dessas áreas, citando o fato de
que, que dos 3 mil pedidos de licenciamento que chegaram ao órgão, pouco mais de
300 foram licenciados. Ela apresentou dados sobre a ociosidade dos frigoríficos no
estado, cuja taxa de ocupação está em torno de 60%. Com a construção, no município
de Porto Nacional, de uma esmagadora de soja, a presidente acredita que, a oferta de
insumos irá acelerar a criação de fábricas locais de ração.
O representante do Naturatins, Maurício José Alexandre, ressaltou que a legislação
mudou e, através de uma nova resolução, houve uma certa abertura, para que os
órgãos ambientais, pudessem ceder a licença para pequenos produtores, com a
possibilidade de redução das taxas, entre outras facilidades.
Explicando que o Estado não pode criar novas regras sem está de acordo com a
legislação federal, ele citou que no estado era exigido o licenciamento da propriedade
rural, sendo que a partir do novo código, o licenciamento passou a ser por meio do
cadastro rural onde, não havendo desmatamento, os entraves são menores para a
obtenção do licenciamento. Citando que dos grandes problemas do licenciamento está
relacionado com o uso da água.
Capacitar técnicos e avaliadores, quanto aos procedimentos de licenciamento,
segundo as novas regras, é fundamental, sendo o número atual, de profissionais,
insuficiente, para execução dos serviços, internos e externos do órgão. Faltam
recursos para análise dos planos de uso apresentados pelos empreendedores.
Na legislação a lei nº 1.307/2002 e o decreto nº 2.432/2012, necessitam de ajustes
para algumas situações, como o acúmulo de recursos hídricos para locais secos, que
beneficia uma região e, não necessitaria da cobrança de outorga. Com a abertura do
cadastro rural, através da Lei federal 12.651/2012 e, com o esforço do Estado, que
criou a possibilidade de, através da assinatura de um termo de compromisso,
amparado pela lei estadual nº 2.713/2013, ter tempo para ajustar-se ao cadastro.
O palestrante chama atenção que a oportunidade do setores de apresentar suas
demandas explicando que está sendo simplificado o licenciamento para os baixos
impactos ambientais, sendo que, em alguns casos, está sendo dispensada. O Coema nº
07/2005 que está em revisão, com base no CONAMA nº 413/2009, por uma câmara
composta por quatro representantes, indicados pelos conselhos, mas as propostas de
mudanças e demandas podem ser apresentadas visando abranger mais a participação
dos agentes de produção no processo de revisão.
Maurício explica que os estudos ambientais estão menos exigentes, houve a
diminuição das taxas e, a disponibilidade de dispensa de licenciamento para pequenos
produtores em alguns casos e também a possibilidade de dispensa de pagamento com
a apresentação da DAP. O licenciamento é agilizado, no caso dos critérios exigidos
serem atendidos, é simples, não tem como, o órgão demorar na análise do processo,
com as mudanças nos portes e nas exigências dos estudos.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 31 de
107
Durante o período de debate, houve um questionamento sobre o entrave na
assistência técnica, onde um dos participantes pediu esclarecimentos sobre o que
pode ser feito na esfera estadual para capacitar os profissionais. O representante da
Embrapa respondeu que a necessidade maior é que se amplie o número de técnicos,
principalmente do Ruraltins, justificando o caso onde, um pescador que está
acostumado com a pesca terá dificuldades com a produção. O peixe se você jogou
ração e não abocanhou tem algum problema, então há necessidade de assistência
técnica rural.
A Embrapa não oferece essa assistência técnica, a obrigação do órgão está em
capacitar técnicos e multiplicadores para exercerem esta função com a extensão rural.
O palestrante diz ainda que o Brasil não tem experiência nessa área, que teremos que
iniciar do estágio zero, alertando para o fato de que os futuros produtores, vão querer
colocar os tanques no lago e começar a produzir, sendo que pode não dar certo,
cometendo os mesmos erros da agricultura. É fundamental que o estado se estruture
principalmente no Ruraltins, com mais técnicos, estamos querendo sair de 12 mil
toneladas para 60 mil toneladas, se usarmos todos os parques licenciados, podemos ir
para 260 toneladas. Então nossos problemas começam agora, aumentando a espécies,
começam a aparecer pragas e doenças. Desta forma, em pouco tempo mais de mil
produtores, solicitando auxilio e não estamos dimensionados para atender esta
demanda.
Um dos participantes, citou o fato de ter dado entrada no seu pedido de licenciamento
em 2004, conseguindo-o em 2009, e que há um ano, tenta conseguir as aprovações
necessárias para ampliação e não consegue avançar. O representante do Naturatins
informou que ampliações seriam de fácil resolução e atendimento, que há falta de
informações, baixo número de técnicos e alguma inexperiência, o que pode ter
ocasionado este atraso.
Questionado sobre qual seria sua opinião sobre a fábrica de peixe no perímetro
urbano, o representante do MPA disse ser importante estarem se discutindo como
resolver os problemas do parque aquícola e, que o comitê gestor a ser formado irá
definir, por exemplo, como se dará a estruturação do empreendimento. Ele ressalta
que desde do início se deve estabelecer as regras para o bom andamento do projeto.
Adalmyr defendeu que o comitê junto com as associações e os grupos de
representação também tenham poderes para reivindicar as demandas do setor junto
aos órgãos competentes.
Sobre a fábrica de peixe, o palestrante se colocou como defensor do modelo mas que
deve-se ter cuidado, pois este modelo está ligado a uma empresa que não tem
condições de prestar assistência técnica ao pequeno produtor. A fábrica de peixe pode
ser feita em reservatório de vinil em conjunto com produção de hortaliças, existindo
várias tecnologias que podem ser aplicadas nas pequenas propriedades integrando o
pequeno produtor, e que podem ser usadas em pequenas áreas urbanas ou rurais.
Para Carlos essa estrutura custa caro, mas dependendo do local elas vão estabelecerse em grandes centros, em Brasília é um grande produtor de hortaliça e ali tem uma
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 32 de
107
grande possibilidade de produzir peixe, usando as fezes do peixe para adubo de
hortaliça, em São Paulo que é o maior produtor de hortaliças também há um grande
potencial, integrar com as fontes também, acho que temos grande potencial para
avançar, em primeiro momento em Palmas que há um grande potencial pluvial, não
cabe esse modelo. O problema é que deve ser levado em conta o fator econômico.
A possibilidade de utilização de tanques de ferro e cimento foi aventada, junto com a
cobrança de formação acadêmica para técnicos e engenheiros de pesca. A presidente
do Ruraltins, respondeu que o estado não trabalha com essa situação, justificando que
há reservatórios de água em abundância e áreas de irrigação, sendo que para o
primeiro momento, ela acredita não ser viável aplicação do modelo apresentado. Mas,
que caso haja um destes tanques instalados, o órgão poderá estudar a sua aplicação,
com a possibilidade de replicar esta experiência para outras regiões do estado. Quanto
à formação de pessoal qualificado, a Embrapa informou que já existe um curso de pósgraduação e, que um curso de graduação está sendo criado.
Sobre o maquinário que será disponibilizado nos municípios, o Sebrae fez um alerta
sobre a indisponibilidade de pessoal técnico qualificado para assessoramento. O
representante do MPA, explicou que o governo federal não está apenas
disponibilizando essas maquinas, que existem critérios e, os municípios apresentaram
projetos e planos de trabalhos, esses municípios que foram habilitados vão passar por
uma nova análise dos planos de trabalho. Ele ressalta ainda que é importante que se
tenha os sistemas regionais, como no caso do Tocantins, o uso da água da chuva, disse
ainda que não adianta mudar o nome do procedimento, licenciamento, e continuar
com os mesmos critérios para regularização.
Com a possibilidade de uso das águas coletadas das chuvas, foi sugerido que fosse
tirada a necessidade de licenciamento do uso da água, o que facilitaria a regularização.
Carlos diz ainda que estão mudando a lei, mas na realidade, não se mudou muita coisa,
retiraram algumas exigências mas, o “mar de papel” continua o mesmo. O palestrante
ressalta, que deve-se trazer os produtores para serem nossos aliados na questão
ambiental, não deixando-os contrariados por tantos trâmites para se conseguir um
licenciamento.
O Ruraltins informou que ainda haverá uma reunião com representantes do Governo
Federal, para tratar sobre o uso do maquinário que está sendo disponibilizado,
levando-se em conta a indisponibilidade de pessoal no órgão, sendo que a cadeia
produtiva de peixe, já está sendo alvo de grandes esforços. Não damos conta de fazer
tudo de uma única vez, mas, o que já foi planejando e aprovado, iremos atender no
momento, juntamente como Naturatins, disse a presidente do órgão. Para o
representante do Naturatins, a intenção é mudar a legislação estadual, pois a
legislação federal também está passando por mudanças. Existe uma discussão para
facilitar o licenciamento, temos como mudar o quadro atual, invertendo o modo como
as coisas são realizadas atualmente, o processo de escavar um tanque numa área que
não é APP e não vai ter impacto, não pode ser vista como sendo de um
empreendimento que tenha a necessidade de fazer o licenciamento, finaliza.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 33 de
107
Propostas
 Ampliar número de técnicos, principalmente do Ruraltins.
 Promover a capacitação dos técnicos
 Buscar junto as instituições de ensino a implementação de cursos técnicos, de
graduação e pós-graduação que atenda o setor da pesca.
 Buscar junto aos órgãos competentes mais facilidades nos licenciamentos para a
produção de pescado, como dispensa do uso da água em caso de utilização da
água da chuva.
 Promover o estudo de novas técnicas de produção de pescado e a viabilidade de
sua implantação no Estado.
 Promover a logística para implantação de uma fábrica de ração.
 Promover a integração da cultura da pesca com outras cadeias produtivas.
 Oferecer apoio aos pequenos produtor do parque aquático com abertura e
conservação das estradas, instalação de rede elétrica, formação de pátios para
manobra e estacionamento de veículos pesados, aquisição de galpões para
armazenamento e escritórios, área de tratamento de água, píer para embarque e
desembarque de insumos.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 34 de
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Silvicultura
Realizado no dia 03/10 – das 8h às 12h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Abertura
Tema:
Encerramento
Palestrantes
Abertura
Vídeo
Moderador
Silvicultura
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições
sobre o segmento da cadeia da Silvicultura do Estado do
Tocantins, será realizado durante o 1º Congresso da Indústria
Tocantinense um workshop do setor, visando promover a
interação entre empresários industriais e demais atores do
encadeamento produtivo da Silvicultura. O workshop
oportunizará ainda discutir e analisar com especialistas o
cenário e os principais gargalos relacionados a aquisição de
insumos, produção, industrialização e mercado visando
definir propostas para potencializar o desenvolvimento
industrial do segmento no Estado do Tocantins.
8h
Encadeamento Produtivo
Simone de Fátima Miranda – SEBRAE
Flávio Moura Lima – Suzano Celulose: Mercados e
tendências do setor da silvicultura no Brasil
Irajá Abreu – Aretins - Associação dos Reflorestadores do
Tocantins: Cenário Atual da Silvicultura no Tocantins
Nelson Barboza Leite – Eco Brasil Florestas: Principais
desafios para tornar a silvicultura competitiva no Tocantins
Discussão em plenária e Construção das Propostas de
Melhorias da Cadeia Produtiva.
12h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 35 de
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Mercado / Consumo
Industrialização
Produção
Fornecimento de Insumos e
matéria prima
Encontros Regionais da Indústria - Silvicultura
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Necessidade de solicitar com antecedência os
Facilitar os trâmites burocráticos
insumos (Programa Anual)
Necessidade de planejamento
Grande busca de insumos
Logística excelente do município
Cenário Atual
Necessidade de parcerias com grandes atores
do setor
Necessidade de bons insumos
Sugestão de Melhoria
Mapeamento do RURALTINS plantio do eucalipto
Montar um viveiro com a EMBRAPA
para melhoria da produção
Necessidade de muita água
Montar um centro de celulose no
Estado
Necessidade de terra adequada para produção
Déficit híbrido
Cenário Atual
Vulnerabilidade das plantas a doenças
Falta de conhecimento do material genético
Inexistência de centro de estudo sobre
genética nas áreas de cultivo
Cenário Atual
As dificuldades com licenciamento ambiental,
entraves jurídicos e procedimentos do governo
dificultam o desenvolvimento do setor.
O mercado é bom, mas a burocracia dificulta.
Faltam parcerias com empresas
Excesso de processos junto a NATURATINS
Sugestão de Melhoria
Conveniar órgãos estaduais com
MDA (Ministério do
Desenvolvimento Agrário)
Descentralizar órgãos como o
RURALTINS
Sugestão de Melhoria
Fomentar a instalação de uma
indústria de celulose em Araguaína
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 36 de
107
Inovação
Boas Práticas
Reformular os processos de licenciamento ambiental semelhante ao modelo de Mato
Grosso do Sul
Melhorar a pesquisa genética para aumento de produtividade
Incentivar o cultivo da seringueira
Sustentabilidade
Incentivar a melhoria genética da árvore Teca
Utilizar a seringueira como recursos sustentáveis
Viabilizar a industrialização da borracha
Viabilizar o processo primário do látex antes de chegar na indústria de processamento de
borracha
Seringueira
Potencialidade
s
Investimento
Incentivar a instalação no estado de indústria de celulose
Mogno Africano
Plantio de Teca
Análises
O mercado de hoje não permite a não sustentabilidade que está relacionada ao
desenvolvimento social, meio ambiente equilibrado e ser economicamente viável.
Os principais problemas enfrentados no setor da silvicultura apresentado pelos
especialistas e os participantes foram a falta de Infraestrutura, de estradas e o custo
muito alto de produção. De acordo com eles, os gastos com as terras estão cada vez
mais altos.
Também são gargalos da área, a insegurança jurídica, a falta de regulamentação,
licenciamento ambiental, falta de desenvolvimento tecnológico, déficit hídrico, solos
pobres com distúrbios nutricionais, pragas e doenças, fogo aculturado, falta de
treinamento e capacitação para melhorar a mão de obra e também a dificuldade de
acesso a financiamentos para florestas.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 37 de
107
Propostas
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Redução de impostos.
Declarar políticas públicas para trazer indústria de celulose.
Criar um ambiente favorável para um processo de industrialização no Tocantins.
Reforma tributária e trabalhista.
Linhas de financiamento para pequenas empresas.
Foco no custo para potencializar a área.
Desenvolver uso de técnicas e operações de plantio mecanizadas.
Regularização fundiária; o Estado tomar ciência que existe sérios problemas com
a falta de regularização e solucionar.
 Maior preocupação do Estado com uma cadeia de pesquisa, de empenho
concreto no que diz respeito à pesquisa para dar suporte ao que está sendo feito.
 Criar mecanismos de proteção às queimadas.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 38 de
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Leite
Realizado no dia 03/10 – das 8h às 12h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Abertura
Tema:
Encerramento
Palestrantes
Abertura
Vídeo
Moderador
Leite
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições
sobre o segmento da cadeia do Leite do Estado do Tocantins,
será realizado durante o 1º Congresso da Indústria
Tocantinense um workshop do setor, visando promover a
interação entre empresários industriais e demais atores do
encadeamento produtivo do Leite. O workshop oportunizará
ainda discutir e analisar com especialistas o cenário e os
principais gargalos relacionados a aquisição de insumos,
produção, industrialização e mercado visando definir
propostas para potencializar o desenvolvimento industrial do
segmento no Estado do Tocantins.
8h
Encadeamento Produtivo
Simone Bezzan – SEBRAE
Rodrigo Sant’Anna Alvim: Cenários e perspectivas para o
mercado lácteo Turismo Receptivo: como se preparar para
atuar no mercado
Edson Pedro Alves de Souza – Cooperativa Mista
Agroindustrial de Palminópolis/GO: Caso de Sucesso Cooperativa Mista Agroindustrial de Palminópolis GO –
COOMAP
Sergio Ferraz Ribeiro Filho – Fazenda Bela Vista/MG:
Evolução tecnológica na produção leiteira
Marcos Pitondo – Indústria de laticínios CREMOLAT –
Bernardo Sayão/TO: Principais desafios da indústria de
laticínios no Tocantins
Discussão em plenária e Construção das Propostas de
Melhorias da Cadeia Produtiva.
12h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 39 de
107
Fornecimento de Insumos e matéria prima
Encontros Regionais da Indústria - Leite
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Falta ou pouca oferta de leite; Falta estimulo Baixar custos dos insumos básicos para
para desenvolvimento; Falta indústria de
industrialização do produto; Buscar
ração/fertilizantes.
atrair indústrias para o setor.
Falta de matrizes leiteiras; Fornecimento de Aquisição de matrizes leiteiras.
medicamentos matéria prima.
Falta de Investimentos; Pauta de Leite cru
muito alto.
Crédito baixo para aquisição de matrizes
leiteiras; Fiscalização sobre os produtores de
leites e derivados clandestinos.
Burocracia para aquisição de crédito.
Falta de crédito para aquisição de matrizes
de boa qualidade genética.
Estradas ruins.
Cenário Atual
Qualidade ruim do Leite Fornecido; Baixa
qualidade do gado; Logística de coleta ruim.
Produção
Transporte deficiente (falta de estradas e
pontes); Infraestrutura precária; Baixa
produção e produtividade.
Média baixa de litros de leite p/Km rodado;
Investimento em infraestrutura /
armazenamento; Baixa utilização de
tecnologia.
Queda de energia elétrica; Qualidade de
mão de obra.
Distância dos fornecedores; Desequilibrada
relação "receitas x despesas" - O produtor
"paga" para trabalhar.
Estruturar órgão de consultoria
técnica.
Melhoria do valor do crédito por
unidade animal; Ampliar linha de
crédito.
Crédito mais acessível.
Melhoria das estradas.
Sugestão de Melhoria
Qualificação da mão de obra Inicial;
Programa balde cheio- Senar;
Melhorar a assistência técnica para
produtor.
Aumento da produtividade das bacias
leiteiras; Cursos de qualificação na
área específica. SENAI/SENAR/SEBRAE;
Utilização de tecnologias.
Melhoria dos acessos aos produtores.
Treinamento de mão de obra.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 40 de
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Industrialização
Cenário Atual
Falta de mão de obra qualificada; Indústria
penalizada pela falta de fiscalização dos
produtos clandestinos; Pouca diversificação
de produtos.
Falta de suporte ao negócio; Concorrência
desleal; Produção abaixo da capacidade
instalada por falta de matéria-prima na
indústria.
Falta de profissionais de suporte.
Elevada carga tributária.
Mercado / Consumo
Regularidade da oferta e Produto.
Sugestão de Melhoria
Qualificação da mão de obra Inicial;
Vigilância para todos; Diversificação da
indústria/ novos produtos.
Qualificação da mão de obra de apoio
e suporte.
Complementar todas as etapas da
cadeia; Infraestrutura de resfriamento
do leite nos assentamentos.
Diminuição da carga tributária;
Explorar nichos de mercado que
agregam mais valor ao produto.
Campanhas de consumo de leite.
Cenário Atual
Guerra fiscal; Falta de conhecimento do
mercado; Qualidade baixa do leite.
Sugestão de Melhoria
Reforma tributária (finalizar); Ferrovia
pode baixar alguns custos; Implantar
programas de melhorias da qualidade
IN62.
Pouca sensibilização para o consumo;
Expansão do mercado; Venda clandestina do
leite competindo com a indústria.
Investimento em mídia incentivando o
consumo do leite; Informação de
outros mercados; Criar laboratórios
credenciados para análise do leite.
Maquinário de alto preço.
Buscar redução de Impostos;
Campanha de incentivos ao consumo.
Incentivar fiscalização aplicando as leis
específicas
Buscar políticas de incentivo fiscal para
tornar o leite mais competitivo.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 41 de
107
Análises
Tendo em vista a necessidade em que muitos produtores têm de adquirir mais
conhecimento para aumentar a produção leiteira no Estado, os palestrantes Rodrigo
Sant’anna Alvim, Edson Pedro Alves de Souza, Sergio Ferraz e Marcos Pitondo
conseguiram atingir o grande objetivo do workshop, que discutiu os mais variados
assuntos no que tange a cadeia leiteira no Estado.
Através da sua palestra sobre cenários e perspectivas para o mercado lácteo, Rodrigo
Alvim repassou aos produtores conhecimentos de como se preparar para atuar no
mercado. Conforme dados expostos por ele, não há leite suficiente para abastecer a
indústria tocantinense, pois a demanda do estado pela produção é grande.
De acordo com os dados apresentados, problemas climáticos contribuíram para a
redução na oferta de leite nos Estados Unidos, União Europeia, Nova Zelândia,
Argentina, Austrália e Uruguai.
Apesar dos dados positivos apresentados para o País, através da palestra concluiu-se
que a indústria leiteira precisa inovar mais. O mercado oferece poucos produtos
lácteos. Ao inovar, o consumo irá, automaticamente, aumentar. Outra oportunidade
seria o aumento da exportação. Além da inovação, há ainda a demanda na compra de
animais.
Já o palestrante Edson Pedro Alves de Souza, mostrou o caso de sucesso da
Cooperativa Mista Agroindustrial de Palminópolis (Coomap), no estado de Goiás. De
acordo com ele, hoje a indústria leiteira viu que, com o setor organizado é mais fácil
conduzir a produção. Para Edson, ações integradas e a busca por projetos, como o
Balde Cheio do Sebrae, são necessários para o bom resultado no que tange os
trabalhos na área leiteira.
O palestrante Sérgio Ferraz Ribeiro Filho, da Fazenda Bela Vista (MG), falou sobre a
evolução tecnológica da cadeia leiteira. Conforme exposto por ele, a modernização
através de ordenhas, alta concentração de animais em um mesmo local, além de
serviços de terraplanagem, são essenciais para o bom resultado dos trabalhos.
Entre as necessidades na cadeia leiteira no estado, estão: necessidade de se organizar
em cooperativas, acesso a créditos, melhor negociação pelo volume, busca de matrizes
em região produtora, melhora no trabalho com touros através da inseminação
artificial, incentivos fiscais estadual e federal, aquisição de caminhões, tanques
comunitários e melhora nas estradas.
Já Marcos Pitondo, da Indústria de Laticínios Cremolat, em Bernardo Sayão (TO), falou
sobre os principais desafios da indústria de laticínios no Tocantins. A maior
necessidade, de acordo com ele, é a necessidade de conhecimento do que se produz.
Qualificação de mão-de-obra necessidade de tanques de resfriamentos adequados,
também foram pontuados por ele.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 42 de
107
No ponto de vista de quem mexe com a indústria de laticínios, Marcos elencou a
importância do combate à clandestinidade, melhoria nas estradas, investimento em
assistência técnica, treinamento com colaboradores e a necessidade de instalação da
câmara setorial do leite.
Tendo como moderadora a colaboradora do Sebrae, Simone Bezzan, o workshop abriu
para as perguntas do público. O palestrante Sérgio foi questionado sobre a existência
de cartel em laticínios. Segundo ele, o próprio laticínio estabelece o preço dos seus
produtos. Existe variação de preços, por isso a necessidade dos produtores se
reunirem em associações e buscarem cooperativas.
Há também a falta de leite no país, conforme completou o palestrante Rodrigo.
Grande parte das indústrias brasileiras estão ociosas e existem momentos em que
prevalecem a formação de cartéis na indústria leiteira. Ele reforçou a necessidade de
organização em cooperativas, e deu o exemplo da Europa, onde 84% da produção
leiteira está concentrada em cooperativas.
Único dono de laticínio presente no workshop, João Araújo contou que, para fazer
girar o negócio na cadeia leiteira, ele abre as portas para o mercado: repassa leite para
outros laticínios, vende touros e vacas. A intenção, de acordo com ele, é fomentar a
bacia leiteira.
Mila Jaber, diretora-técnica do Sebrae-To, explicou que a intenção do Sebrae é ouvir
produtores, empresários de laticínios, para agregar conhecimentos à equipe do Sebrae
Tocantins e subsidiar no planejamento estratégico da entidade. Ela falou ainda da
necessidade de uma formação continuada e o que fazer para conquistar o mercado
com produtos de valor agregado e os caminhos de transformação da matéria-prima.
Propostas
 Capacidade do Setor Lácteo trilhar os mesmos caminhos da cadeia de carne, soja,
milho e sucroalcooleiro.
 Aumento da competitividade em todos os segmentos da cadeia produtiva de leite.
 Capacitação e investimento em assistência técnica.
 Necessidade de organização em cooperativas e associações.
 Melhor acesso ao crédito.
 Busca de matrizes em regiões produtoras.
 Melhoria das estradas.
 Necessidade de tanque de resfriamento adequado.
 Combate à clandestinidade.
 Procurar nicho de mercado que existe na reunião em que se deseja produzir.
 Busca de gado que tenha maior resistência ao calor.
 Adequar a alimentação do gado.
 Melhoramento genético.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 43 de
107
Turismo
Realizado no dia 03/10 – das 14h às 18h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Abertura
Tema:
Palestrantes
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições
sobre o segmento da cadeia do Turismo no Estado do
Tocantins, será realizado durante o 1º Congresso da Indústria
Tocantinense um workshop do setor, visando promover a
interação entre empresários industriais e demais atores do
encadeamento produtivo do Turismo. O workshop
oportunizará ainda discutir e analisar com especialistas o
cenário e os principais gargalos relacionados a aquisição de
insumos, produção, industrialização e mercado visando
definir propostas para potencializar o desenvolvimento
industrial do segmento no Estado do Tocantins.
14h
Encadeamento Produtivo
Neila Tizzo – SEBRAE
Karem Baena Basulto - KBB Consultoria em Turismo:
Turismo Receptivo: como se preparar para atuar no mercado
Encerramento
Abertura
Vídeo
Moderador
Turismo
Discussão em plenária e Construção das Propostas de
Melhorias da Cadeia Produtiva.
Rita de Cássia Duarte Neves – Rota da Iguana: Potencial
turístico do Tocantins
18h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 44 de
107
Fornecimento de Insumos e matéria prima
Produção
Industrialização
Encontros Regionais da Indústria - Turismo
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Falta mão de obra qualificada;
Qualificar a mão de obra do setor; Criação de um
Faltam profissionais do setor que curso superior de turismo na cidade.
falem outros idiomas; Faltam de
regularização fundiária - pontos
turísticos em locais privados.
Faltam empresas com foco no
Fomentar a instalação de uma Cia Aérea em Gurupi;
fornecimento de insumos para o Investimento do poder público no setor durante todo
segmento hoteleiro; Falta Cia.
o ano.
Aérea que atendendo a cidade
de Gurupi; Falta de estrutura nos
pontos turísticos.
Faltam cursos voltados para o
Fomentar a instalação de hotéis nas margens dos
segmento do turismo;
Rios Tocantins e Araguaia.
Dificuldade de acesso aos
maiores pontos turística.
Investir em mídia em outros estados para atração de
investidores para o Tocantins; Promover a
conscientização do empresário para tratar o ponto
turístico privado com profissionalismo.
Cenário Atual
Falta mão de obra especializada;
Produção alta nas temporadas,
porém desorganizada.
Sugestão de Melhoria
Logística ruim - chegada de avião
em somente em Palmas; Falta de
qualificação da mão de obra.
Qualificar a mão de obra e sensibilizar o funcionário
para a importância de atender bem o turista.
Falta infraestrutura para
conhecer a Ilha do Bananal; Os
dados recebidos durante a
realização de ações não são
divulgados.
Cenário Atual
Criar um instrumento de apoio ao turista que
pretenda conhecer a Ilha do Bananal; Divulgar os
dados recebidos com análise de informações.
Pouco investimento do poder
público por não ser uma cadeia
prioritária para o governo.
O poder público deveria incentivar e acompanhar o
setor, oferecendo subsídios para o crescimento do
setor.
Sugestão de Melhoria
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 45 de
107
Investimento
Sustentabilidade
Inovação
Mercado / Consumo
Cenário Atual
Crescimento do Turismo de
negócios na cidade; Falta
informação ao turista; Mercado
aquecido, porém despreparado.
Crescimento dos eventos de
formatura; Poucas informações e
divulgação superficial.
Crescimento dos eventos do
agronegócio.
Crescimento do mercado de
Shows / Eventos.
Sugestão de Melhoria
Criar condições para atração de indústrias e
empresas; Criar uma campanha informativa e que
estimule a população a acolher o turista; Criar um
programa de divulgação na mídia sobre os diferentes
"tipos" de turismo no Tocantins
Melhorar a infraestrutura municipal; Aumentar a
consciência do setor sobre sua importância para o
desenvolvimento do Tocantins.
Criar uma orla em volta do lago de Araguaína;
Valorizar os pontos turísticos e oferecer apoio para
sua adequada estruturação.
Criar um Centro de Convenções em Araguaína; Criar
uma política pública de incentivo ao turismo no
Tocantins.
Criar maiores ofertas de turismo e lazer.
Aumentar a frequência de feiras e eventos no
município.
Melhorar a segurança e a sinalização pública.
Fomentar a ocorrência de eventos de negócios.
Boas Práticas
Criação do espaço cultural; Apoio dos governos do estado e municipais, bem como do
SEBRAE.
Criação de locais atrativos voltados para cultura e lazer; Praias com esgoto municipal
(exemplo: município de Peixe - TO).
Divulgar os locais atrativos nas cidades; Segurança aos turistas - em especial nas
praias.
Incentivar à criação de estruturas de lazer com foco na sustentabilidade; A ACIARA
(Associação Comercial de Araguaína) já realizou uma campanha de conscientização do
público quanto a utilização das praias do Araguaia. Essa campanha ganhou mídia
local, melhorou o atendimento nas praias e gerou mais movimento comercial; esta
iniciativa pode ser modelo para outras cidades.
Criar projeto sustentável em volta do Lago Sul em Araguaína.
Buscar alternativas de turismo ambiental.
Melhorar o saneamento básico.
Criar programas de preservação da água.
Melhorar o acesso ao crédito.
Investir na infraestrutura da cidade.
Buscar maiores Incentivos fiscais.
Incentivar o turismo gastronômico.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 46 de
107
Potencialidades
Boas Práticas
Buscar maior apoio do poder público para investimento no turismo de lazer / recursos
naturais.
Análises
Comportamentos empreendedores e propostas para o fomento do turismo foram
elencadas no workshop de Turismo. O evento teve como palestrantes Luiz Carlos
Barboza- da LCB Consultoria Organizacional; Karem Baena Basulto, da KBB Consultoria
e Turismo; e Rita de Cássia Duarte Neves, da Rota da Iguana.
A competitividade no ramo turístico foi fator crucial para atingir às soluções propostas
durante o workshop. O palestrante Luiz expôs desafios do turismo brasileiro como
deficiências em áreas de segurança, educação, saúde, higiene, tributação, política de
qualificação profissional, falta de cultura de encadeamento de negócios, sintonia do
turismo com o setor cultural, entretenimento e melhor definição dos produtos
turísticos do estado.
Uma proposta de um programa de competitividade articulando níveis estadual e
nacional foi proposta pelo palestrante, além de elencar a necessidade de construir um
plano estratégico para o estado referente ao ano de 2020 a 2025. O plano deve surgir
com a intenção também de interagir com todas as políticas voltadas para o
desenvolvimento do turismo, elaborado de forma participativa.
A palestrante Karen citou a necessidade de um planejamento estratégico para
entender as potencialidades que existem no estado e a importâncias das
responsabilidades na área, a serem assumidas de forma individual e coletiva. Além
disso, ela afirmou haver a necessidade do desenvolvimento de materiais promocionais
que “vendam” atrativos tocantinenses.
Já a palestrante Rita, mostrou os principais pontos turísticos no Tocantins, no que se
refere ao turismo ecológico: Jalapão, Parque do Cantão, Turismo Indígena, Serras
Gerais. Cobrando que seja mais explorado o turismo histórico do estado. Ela também
mostrou que o perfil do turismo no Tocantins é também o de negócios: os turistas
buscam melhor oportunidade de preços, qualidade de ambiente, possuem mais senso
crítico.
Ao fim, o workshop abriu para perguntas do público, voltadas para a elaboração de um
plano de desenvolvimento integrado de turismo e orientações para atrair turistas e
melhorar roteiros.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 47 de
107
Propostas
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Investimentos para capacitação.
Aumento da competitividade.
Melhorar infraestrutura das cidades com potenciais turísticas.
Elaborar uma visão estratégica continuada.
Elaborar uma cultura de encadeamento de negócios.
Necessidade de representantes públicos que articulem demandas e organize
ofertas para promoções do turismo em todos os níveis.
Melhor definição dos produtos turísticos.
Construção de um Plano Estratégico de 2020 a 2025, que interaja políticas
voltadas para o desenvolvimento do turismo.
Alinhar com o Plano estratégico do Turismo políticas voltadas para a segurança,
saúde, meio ambiente.
Estabelecer tributações estadual e municipal, que estimulem a atividade.
Estabelecer políticas de qualificação de mão-de-obra.
Certificar profissionais.
Definir diretrizes estratégicas, que entendam ofertas e demandas.
Desenvolver materiais promocionais, que “vendam o produto”.
Identificar nichos de mercado e inserir no cenário turístico, tendo em vista que
um gargalo estrutural pode ser uma oportunidade para se fazer um plano de
ação.
Criar produtos que podem ser divulgados e comprados em qualquer parte do
mundo.
Reestruturar o Conselho Estadual e Fórum Estadual do Turismo.
Fiscalizar atividades, no sentido de parcerias.
Liberações de créditos para o setor, sem tanta burocracia.
Aumentar o acesso às soluções tecnológicas.
Profissionalização do Trade turístico.
Formação de uma cultura organizacional.
Continuação de um planejamento estratégico.
Buscar orientações para melhorar roteiros.
Participação na elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo.
Planejamento estratégico para que os agentes privados e públicos atuem em
conjunto.
Recursos para capacitar e fortalecer as governanças.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 48 de
107
Construção Civil
Realizado no dia 03/10 – das 14h às 18h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Abertura
Tema:
Palestrantes
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições
sobre o segmento da cadeia da Construção Civil do Estado do
Tocantins, será realizado durante o 1º Congresso da Indústria
Tocantinense um workshop do setor, visando promover a
interação entre empresários industriais e demais atores do
encadeamento produtivo da Construção Civil. O workshop
oportunizará ainda discutir e analisar com especialistas o
cenário e os principais gargalos relacionados a aquisição de
insumos, produção, industrialização e mercado visando
definir propostas para potencializar o desenvolvimento
industrial do segmento no Estado do Tocantins.
14h
Encadeamento Produtivo
Neila Tizzo – SEBRAE
Cleci Maria Buss - Superintendência Regional Caixa
Econômica Federal: Soluções Caixa para Construção Civil
Encerramento
Abertura
Vídeo
Moderador
Construção Civil
Discussão em plenária e Construção das Propostas de
Melhorias da Cadeia Produtiva.
Yane Lopes – Senai/TO: A NBR 15575
18h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 49 de
107
Produção
Fornecimento de Insumos e matéria prima
Encontros Regionais da Indústria - Construção Civil
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Alto custo de produção; Insumos
no mercado local com preços
absurdos; Faltam subsídios fiscais
para a indústria de cimento.
Alto custo de manutenção de
máquinas e equipamentos;
Exclusividade de grandes
empresas; poucas empresas
locais.
Os governos não são parceiros.
Sistema tributário.
Alto custo da energia.
Incentivo para implantação de maquinário industrial.
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Falta mão de obra qualificada;
Dificuldade em encontrar mão de
obra qualificada; Falta
profissional capacitado na
SEDUH.
Estimular a comunidade para participação nos
cursos; Maior oferta de formação de mão de obra
nas áreas de marmoraria e construção civil; Criação
de seminários específicos para melhorar o
funcionamento dos órgãos (SEDUH).
Resistência por parte dos
funcionários em se qualificar.
Criação de um departamento na FIETO para captação
de recursos.
Burocracia nos órgãos públicos
para aprovação, incorporação e
averbação (SEDUH não funciona
bem).
Criação de uma campanha de educação e estímulo
ao cumprimento de normas técnicas.
Insegurança jurídica na questão
tributária municipal para o setor
da construção civil.
Implantação de um sistema On-Line para
documentação e aprovação de projetos.
Fiscalização não tem sido
educativa, mas punitiva.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 50 de
107
Industrialização
Mercado / Consumo
Cenário Atual
Equipamentos atuais atendem o
setor; Falta controle de
qualidade durante o processo
produtivo.
Falta fiscalização; Problemas com
a questão do resíduo sólido da
construção civil.
Sugestão de Melhoria
Ampliar a qualificação profissional da mão de obra;
Implantação de uma política pública para gestão dos
resíduos de construção.
Criação de um local apropriado para deposição de
resíduos.
Ampliar incentivos fiscais; Maior oferta de crédito
para capital de giro a juros mais baixos; Criação de
um modelo de reaproveitamento de resíduos de
construção.
Incentivar a implantação de empresas que produzem
insumos.
Cenário Atual
Dificuldade nos períodos de
chuva; Mercado baseado no
preço, sem foco na qualidade;
Inadimplência do setor público
estadual e municipal.
Concorrência com insumos que
vem de outros estados; Falta
crédito.
Medo de trabalhar para o estado.
Falta de agilidade para liberação
de verba para o pequeno
empreendedor.
Instituições financeiras lentas
para aprovação de projetos.
Sugestão de Melhoria
Maiores campanhas de esclarecimento quanto à
relação qualidade x preço; Após assinatura de
contrato de obras, exigir o empenho no
ano/calendário (lei).
Maior fiscalização de órgãos municipais e conselhos
profissionais.
Reorganização de toda cadeia produtiva.
Análises
Iniciando o workshop, o professor Fábio Henrique, comentou sobre os desafios da
construção civil, onde segundo ele, assim como nossas necessidades pessoais a área
também evolui, estamos entrando em um processo de verticalização em Palmas,
amparados na busca das pessoas por questões como segurança, desempenho,
durabilidade e conforto na utilização dos espaços, o que fez aumentar sua procura. Ele
explicou ainda que um dos desafios do setor é tentar fazer que duas áreas da
construção civil andem juntas, qualidade e infraestrutura. Fábio ressalta que um dos
desafios é quebrar os paradigmas pela tecnologia, para que os avanços tecnológicos
sejam implantados na construção civil, onde segundo o professor devemos estar
abertos para as inovações que surgem nos grandes centros do país.
A indústria da construção civil é diferente de qualquer outra, a solução para outros
ramos não servem para a construção civil.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 51 de
107
Dentre suas peculiaridades podemos citar o fato de que uma obra não é igual a outra,
a indústria ter um caráter nômade, ou seja, a indústria sai e o produto fica, produtos
não seriados, existe seriados mas não se constitui em regra, grande inércia quanto às
alterações, dificuldade de quebrar os paradigmas, a mão de obra.
O tempo que se destina ao planejamento é muito menor do que o necessário para que
se consiga entregar a obra no prazo e com qualidade. Poucas construtoras tem um
setor especifico de planejamento, não é só a construtora, tem todos procedimentos de
licitações. Os fabricantes de materiais são um outro gargalo para a indústria local, tem
algumas coisas que se compra em outros estados que são mais atrativos e, materiais
básicos em que faltam critérios e o atendimento das normas do material, temos que
discutir como melhorar os insumos locais, tendo isso como qualidade atestada, facilita
para o setor.
Outra dificuldade apresentada pelo palestrante é na locação de máquinas e
equipamentos, que tem que se buscar fora do Estado.
O professor apresentou uma técnica que ainda não é usada no estado que é a
utilização de concreto auto-adensável, que tem a vantagem de aumento de
produtividade e redução do cronograma, eliminando pelo menos duas etapas da
construção, o palestrante explica ainda que, essa técnica propicia também uma
melhoria no acabamento e uma melhor qualidade da obra, com relação ao custo de
sua utilização com materiais normais, com alguns aditivos podendo ser feito aqui no
estado, para resistência baixas ele consegue ser um pouco mais caro, mas quando a
resistência aumenta, aí pode-se ter uma economia final, com a redução da mão de
obra e de equipamentos. Pode-se ainda utilizar o pó de mármore para fazer este tipo
de concreto (sustentabilidade), promovendo mais qualidade e diminuição de custos.
Parte dos resíduos pode ser usado de volta na obra, como em argamassa, o que ajuda
a resolver o problema da destinação dos entulhos além de tornar a obra mais
competitiva e promover a redução dos custos.
A coordenadora nacional de construção civil do Sebrae, Helena Oliveira, ressalta que a
missão do Sebrae é fazer negócio, segundo ela, o Sebrae existe para contribuir com o
pequeno e fazer o link para as grandes empresas. Helena explica que, para se
desenvolver estas ações, tem parcerias estratégicas na construção civil, com a Anicer,
OAS, Odebrecht, dentre outras, com alguns projetos exclusivos de encadeamento
produtivo, também possui parcerias com a CNI, com o Procompi, com a Cerâmica
Sustentável e com a Anicer. Ela ressaltou ainda, o trabalho de concretizar a
proximidade do pequeno com a grande, onde o grande poderá ter mais opção de
fornecedores para não depender de uma empresa apenas da construção civil. Para
finalizar Helena cita que a “visão de negócios é quando as grandes empresas
conseguem enxergar o potencial das pequenas.”
A gerente de crédito real da CAIXA, Cleice Maria, informou que a dificuldade de crédito
para o setor não existe e, que a CAIXA é o banco que tem mais participação no crédito
imobiliário do país. No apoio a produção o banco abre crédito para financiamento da
produção, acompanha a evolução do cronograma e o memorial para verificar se o que
está reservado está sendo aplicado. As garantias basicamente se resumem ao
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 52 de
107
empreendimento que está sendo desenvolvido. Na segunda modalidade de
financiamento, o banco financia apenas as construtoras, será a construtora que
indicará o percentual de financiamento para a obra. Para saber a viabilidade comercial
do empreendimento, os seguros são necessários, pode ser utilizado a permuta de
terrenos, sendo em relação ao uso deles, que o terreno pode ter 75% do seu valor
colocado como garantia. Já sobre a modalidade para micro e pequenas empresas,
obedece os mesmos parâmetros, para empreendimentos com até 200 unidades, om
financiamento com faturamento anual bruto de até 15 milhões, o que atrai os
investidores para essa modalidade, ao invés do imóvel na planta, ele pode ajustar as
parcelas. Helena finaliza dizendo que a falta de recursos não existe, segundo ela, a
CAIXA tem cerca de 100 funcionários para atender e dar sequência a esse processo,
temos condições de fechar a análise em 30 dias.
A instrutora do Senai, Yane Lopes, abordou a importância de se adequar as normas de
edificação habitacionais. Explicando que a norma entrou em vigor em julho deste ano
sendo especifica para edificações habitacionais. A norma traz melhorias de modo
geral, pois contribui para a modernização tecnológica e estabelece padrões mínimos
de qualidade que são baseados no desempenho e na durabilidade da obra. A norma
abrange a qualquer número de pavimentos, qualquer tipo de tecnologia, germinadas
ou isoladas sendo válida em todo o território brasileiro. As exceções, onde a norma
não se aplica são em obras já concluídas, em construções em ampliação, obras em
andamento na data de entrada em vigor da norma, projetos protocolados nos órgãos
até a data de aplicação da norma, obras em reforma ou retrofit, edificações provisórias
também estão fora da nova norma.
A falta de atenção dada, na formulação dos projetos, foi comentada, pois os mesmos
têm ficado em segundo plano dentro dessa cadeia produtiva. Não há meios de colocar
ordem em um canteiro de obras, cujo projeto tenha sido deficitário, mal elaborado. A
maioria dos municípios não tem estrutura e nem pessoal para projetos, assinam
convênios mas não têm capacidade de fazer o projeto. Existe a verba direcionada, mas,
não se tem estrutura para elaborar os projetos.
Sobre as práticas adotadas para adequar as obras ao clima, a CAIXA informou, fazer
exigências para garantir a qualidade dos empreendimentos, levando em conta, este
aspecto também. Mesmo as edificações de interesse social há uma preocupação com a
condição térmica.
O Sinducon ressaltou que, a norma é um marco regulatório, sendo muito importante
que os empresários e todas as áreas que vão construir devem segui-la, ela não é lei,
mas é a norma utilizado pelo judiciário para punir as empresas. É a segurança técnica
que a construtora vai colocar dentro do manual do, e uma maneira da construtora se
proteger se ela for acionada no futuro. É preciso que a construção civil o, mercado
imobiliário, preste atenção na norma, desempenho térmico aqui é crítico e, se não for
atendido, pode gerar custos enormes.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 53 de
107
Propostas
 Capacitação da mão de obra.
 Criar políticas de valorização e reconhecimento da importância do profissional da
construção civil, como pedreiros, serventes, pintores e etc.
 Buscar as inovações tecnológicas.
 Adequação as normas estabelecidas para o setor de construção civil.
 Adequação das obras as condições climáticas da região.
 Valorização da etapa de formulação de projetos, dando a sua devida importância
a essa etapa, ao profissional e aos prazos para a execução dos mesmos com
qualidade.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 54 de
107
Madeira e Mobiliário
Realizado no dia 03/10 – das 14h às 18h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Abertura
Tema:
Encerramento
Palestrantes
Abertura
Vídeo
Moderador
Madeira e Mobiliário
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições
sobre o segmento da cadeia da Madeira e Mobiliário do
Estado do Tocantins, será realizado durante o 1º Congresso
da Indústria Tocantinense um workshop do setor, visando
promover a interação entre empresários industriais e demais
atores do encadeamento produtivo de Madeira e Mobiliário.
O workshop oportunizará ainda discutir e analisar com
especialistas o cenário e os principais gargalos relacionados a
aquisição de insumos, produção, industrialização e mercado
visando
definir
propostas
para
potencializar
o
desenvolvimento industrial do segmento no Estado do
Tocantins.
14h
Encadeamento Produtivo
Simone Bezzan – SEBRAE
Adenilson Rodrigues de Freitas – Diretor do Intersind
Ubá/MG: A importância da criação de um AP
Cesar Augusto Modena – SENAI: Estratégias para a
Capacitação de Pessoas
Jorge D’Ambros –UFT: Gestão estratégica de uma Indústria
Movelaria no Tocantins
Discussão em plenária e Construção das Propostas de
Melhorias da Cadeia Produtiva.
18h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 55 de
107
Fornecimento de Insumos e matéria prima
Produção
Encontros Regionais da Indústria - Madeira e Mobiliário
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Alto custo de Logística;
Operação da ferrovia Norte-Sul - com plataformas
Matéria prima vem de fora;
ativas; Estimular a instalação de empresas de matéria
Aquisições realizadas nos
prima para o Tocantins; Rever políticas de substituição
Estados vizinhos devido a
tributária.
diferença de tributação.
Alto custo de tributos (alíquota Incentivos fiscais em políticas públicas; Maior
do Estado); Falta de
valorização de empresas locais em questão de
engenheiro mecânico para
incentivos; Diferenciação de alíquotas para insumos e
assinatura de cadastramento
matéria prima.
de caminhão baú.
Baixa disponibilidade de
Maior disponibilidade de produtos na região.
produtos.
Pouca inovação em materiais;
Montar um centro de distribuição.
Falta qualificação de mão de
obra.
Pouco incentivo fiscal para
Maior busca de conhecimento - maior participação em
industrialização.
feiras e exposições.
Logística de retorno com
produtos.
Faltam políticas públicas para
o setor.
Cenário Atual
Baixa qualificação profissional;
Baixa produtividade por falta
de pessoal qualificado; Faltam
profissionais capacitados.
Incentivos fiscais voltados para segmentos específicos.
Maquinário obsoleto
(serralheria); falta de
investimento por parte do
governo; Alto custo de
produção.
Leis trabalhistas; Maiores
incentivos (consultorias) para
maior facilidade de crédito.
Dificuldades e burocracia para
aquisição de máquinas;
Facilidade de crédito junto aos
bancos para concorrer com
grandes empresas;
Aumento do mercado
informal; Custo dos impostos
(energia, ICMS, combustível,
etc.).
Modernizar o maquinário; Cursos profissionalizantes
para o segmento (os empresários poderiam até
oferecer as máquinas e equipamentos para os cursos).
Sugestão de Melhoria
Elaborar um projeto de qualificação de mão de obra
para os setores de serralheria e marcenaria; Apoio aos
empresários na gestão do negócio (administração);
Maior envolvimento do SENAI em programas de
capacitação específicos para o setor.
Revisão no seguro desemprego; menor burocracia;
Maior agilidade nos processos de concessão de
licenças.
Financiamento voltado para o segmento; menor
burocracia; Rever políticas tributárias dos insumos e
matéria prima.
Fiscalização orientada.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 56 de
107
Industrialização
Mercado / Consumo
Cenário Atual
Máquinas e equipamentos
obsoletos; Indústrias pequenas
faltam investimentos; Falta de
competitividade por
obsolência do maquinário.
Melhorias nos micros e
pequenas empresas;
Produtividade baixa.
Sugestão de Melhoria
Facilidade na linha de crédito para aquisições; Maior
apoio do governo para as pequenas empresas deste
segmento; Melhores linhas de crédito pelas agências
de fomento e BNDES.
Faltam maiores inovações para
concorrer em igualdade de
condições com empresas de
fora.
Disponibilização de lotes em distritos industriais em
localização viável e de fácil acesso para colaboradores e
clientes, em acordo com sindicatos; Buscar maior apoio
do governo incentivo à inovação; Criação de uma
cédula de crédito.
Cenário Atual
Inexistência de incentivo aos
governos municipal e estadual
para compras locais; Altos
juros; Muita informalidade no
setor.
Desvalorização do mercado
local; Poucos incentivos do
governo.
Sugestão de Melhoria
Incentivo a compras governamentais; valorização do
produto local; Ações de fiscalização para educação.
Criação de um polo para o segmento - apoio de
prefeituras (condomínio industrial); Cotação da
madeira em R$, hoje é feita em U$; FNO - ser
trabalhado por outros bancos além do Banco da
Amazônia.
Oferta de serviços de orientação e qualificação para
micro empresário antes de ingressar no condomínio;
Maior proximidade junto ao SEBRAE para ajudar as
empresas pequenas a crescerem; Estabelecer políticas
para antecipação de recebíveis nas operações com
nota de empenho.
Abrir licitações para empresas locais; Maior acesso a
linhas de crédito; Parceria do setor com o SEBRAE para
fomentar a formalidade.
Falta de consumidor / mercado Criação de uma política de incentivo p/ exportação
moveleiro; Incentivar a
estadual - zerar alíquotas.
instalação no Tocantins de
empresas fornecedoras de
insumos.
Alto custo da mão de obra.
Alcançar maior equilíbrio entre compra de matéria
prima e venda final.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 57 de
107
Análises
Os principais gargalos apresentados pelos especialistas e profissionais do ramo da
Madeira e Mobiliário foram a falta de capacitação profissional, logística de produção e
distribuição da madeira, sustentabilidade sócio ambiental, concorrência do mercado
externo, fusão de grupos varejistas, dificultando o acesso de pequenas empresas ao
mercado.
A defasagem tanto da mão de obra como de equipamentos foi um dos problemas
muito debatidos pelos palestrantes, que exemplificou a situação do marceneiro como
a de um profissional que está sumindo do mercado de trabalho, o alfaiate. Essa
comparação foi para que os presentes entendam a importância de acompanhar as
mudanças tecnológicas, o aperfeiçoamento de pessoal, para que os profissionais da
madeira não sumam.
Sobre a falta de mão de obra qualificada, foi dito pelo diretor do Senai/Cetemo (Centro
Tecnológico do Mobiliário do Rio Grande do Sul), Cesar Augusto Modena, que esse
cenário não é privilégio do setor moveleiro, mas de muitos outros segmentos.
A falta de projetistas nas empresas moveleiras também impede que o profissional
entenda o que o cliente quer. São as chamadas barreiras à implementação da
estratégia. Os negócios precisam ser planejados.
Também foi explanado pelos palestrantes que os pequenos produtores de móveis
estão concorrendo com as grandes empresas. Hoje, o desafio é capacitar na
automação, nas novas tecnologias.
Uma outra necessidade é a de atrair os jovens para trabalhar com o ramo da madeira,
porque eles pensam que a indústria moveleira não tem alta tecnologia, o que é falso.
Para mudar essa realidade, é de grande importância mostrar uma nova realidade da
empresa moveleira.
Também pontuaram a dificuldade de medir resultados. Aquilo que o profissional não
consegue medir, não há como saber onde melhorar.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 58 de
107
Propostas
 Parâmetros salariais (Planos de Cargos e Salários bem definidos).
 Relacionamento com clientes, rede de parceiros (Sebrae, Sindicato, e
Universidade).
 Estrutura de Custos.
 Estratégia de buscar cliente.
 Capacitação técnica.
 Postura e atitudes adequadas.
 Motivação para o trabalho.
 Capacitar de forma permanente e valorização dos funcionários.
 Aproveitar oportunidades gratuitas (Pronatec, etc.).
 A inovação, a busca por melhoria dos produtos, participar de feiras nos grandes
centros.
 Atuação do Sindicato do setor moveleiro junto com as governanças do Estado.

Criar maneiras de atrair os jovens para trabalhar no setor.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 59 de
107
Minérios e Minerais não Metálico
Realizado no dia 03/10 – das 14h às 18h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Abertura
Tema:
Palestrantes
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições
sobre o segmento da cadeia da Minérios e Minerais do
Estado do Tocantins, será realizado durante o 1º Congresso
da Indústria Tocantinense um workshop do setor, visando
promover a interação entre empresários industriais e demais
atores do encadeamento produtivo de Minérios e Minerais. O
workshop oportunizará ainda discutir e analisar com
especialistas o cenário e os principais gargalos relacionados a
aquisição de insumos, produção, industrialização e mercado
visando
definir
propostas
para
potencializar
o
desenvolvimento industrial do segmento no Estado do
Tocantins.
14h
Encadeamento Produtivo
Luismar Mendes – SEBRAE
Ronaldo Lima – Gerente Executivo – IBRAM Amazônia
Encerramento
Abertura
Vídeo
Moderador
Minérios e Minerais
Discussão em plenária e Construção das Propostas de
Melhorias da Cadeia Produtiva.
Fábio Lúcio Martins Júnior – Superintendente DNPM/TO: O
Setor Mineral no Estado do Tocantins – Conjunto Atual e
Tendências
18h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 60 de
107
Fornecimento
Encontros Regionais da Indústria - Minérios e Minerais
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Dificuldade no fornecimento de materiais
(peça mecânica, elétrica e serviços);
Metalurgia local com qualidade nos
materiais; Alto custo do frete.
Elaborar um estudo que fomente
empreendedores para atender a referida
demanda; Estímulo a instalação na cidade de
uma distribuidora de matérias primas
(alumínio perfil estruturado) e acessórios.
Energia com preço alto; Matéria prima
própria, por que elas vem de fora; 90% do
alumínio vêm de São Paulo.
Produção
Concorrência desleal no segmento de
marmorarias.
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Dificuldade com mão de obra qualificada;
Dificuldade com qualificação da mão-deobra; Falta mão de obra especializada.
Formação de mão de obra; Falta empresa
que forneça a matéria prima (marmoraria)
na sua maioria vem do Estado do Espírito
Santo; Curso para qualificação da mão de
obra na área ofertado pelo SENAI. Viabilizar
os custos.
Faltam equipamentos especializados.
Convidar empresários do setor para
participarem de feiras e congressos de
máquinas p/setor pela Fieto.
Carga tributária alta.
Falta de incentivo.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 61 de
107
Mercado / Consumo
Industrialização
Cenário Atual
Burocracia nos processos - dentro das
esferas municipais e federal; Acesso ao
crédito; Falta espaço para instalação de
depósitos.
Sugestão de Melhoria
Desburocratizar o processo nas esferas
federal, estaduais e municipais para as
indústrias de base minerais. Ex: licença
ambiental, decreto de lavra, requerimento
de pesquisa; O Estado precisa criar política
de industrialização mais eficaz; Buscar
maiores facilidades para linhas de crédito
para o setor.
Excessiva carga tributária dentro do
estado; Crias atrativas para pessoas
quererem trabalhar em seus segmentos;
Áreas menores para micros pequenas
empresas industriais.
Precária estrutura das estradas para
escoamento da produção; O Estado
precisa criar uma política de
industrialização para as empresas
crescerem; Excesso de burocracia para
conseguir lote para as empresas em
Palmas; os lotes oferecidos são muito
grandes e dificultam a aquisição.
Cenário Atual
Simples nacional do estado TO é
diferente dos demais estados; Incentivo
Fiscal; Dificuldade com a falta de mão de
obra especializada e com formação de
preços.
Facilitar as áreas para empresas de todo
porto.
Diminuir burocracia dos projetos.
Sugestão de Melhoria
Eliminação do sublimite do Simples
Nacional; Entidades educacionais devem
formar e informar os empresários do
segmento.
Falta de incentivos tributários aos
empresários; Concorrência desleal
quanto a informalidade.
Necessidade de discutir o sublimite do
simples do estado do TO.
Incentivos na logística.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 62 de
107
Inovação
Sustentabilidade
Investimento
Potencialidades
Boas Práticas
Promover a feira do empreendedor local, e expor todas as demandas da indústria para
estimular nos empresários a oportunidade de se qualificar para atender a Votorantim;
Máquinas que reduzem o número de funcionários e aumenta a produção; Mudanças na
gestão com novos conhecimentos do empresário, novas maneiras de contratação das
pessoas, políticas de capacitação da equipe de trabalho; melhoria nos processo
produtivo e da segurança.
Renovação em maquinário e novas técnicas de trabalho; Atualização da mentalidade do
negócio.
Aumentar a proximidade da federação com os empresários do setor.
Parcerias socioambientais / socioeconômicas (Instituto Votorantim); O Estado do
Tocantins cria condições "políticas" de reciclagem de produtos metalúrgicos. Vende para
ferro velho e eles vendem para fora; Destinação de resíduos, sobras e sucatas para
empresas de reciclagem.
Parceria com escolas, onde é realizada educação ambiental. Exemplo de escolas do
Maranhão, onde são realizados treinamento e encaminhamento de alunos para dentro
da indústria (Fundação - CEI - Centro Educacional Iracema Demito); (Fundação de Apoio à
Pesquisa e Tecnologia do Tocantins).
O Estado precisa criar políticas educativas para a sustentabilidade e não para punição.
Uma máquina que recolha os resíduos.
Marketing e Produção/Logística; Na formação de mão de obra.
Descentralização; Na tecnologia.
Implementação de um laboratório de ensaio de controle de qualidade (conseguir
diminuir o trabalho a 10% ganhando tempo e dinheiro); Equipamentos/Máquinas com
maior modernização.
Investimento em segurança do trabalhador.
Energia elétrica.
Parceria que tem dado certo: SENAI/SEBRAE; Fundição para reciclar os produtos; Visão
de expansão do mercado para outros estados e regiões.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 63 de
107
Análises
A apresentação realizada pelo professor do curso de Engenharia de Minas do Centro
Universitário, Daniel Francisco Padilha Setti, permitiu uma breve explanação sobre o
surgimento da cerâmica e o início das atividades no Brasil (1549). Na sequência, o
Professor detalhou a linha de pesquisa do trabalho, que tratava das amostras colhidas
na região de várzea em Gurupi-TO.
Descobriu-se que a densidade do material encontrado no Estado é média, de 2.5 e que
a região produz quartzo puro e caulinite (argila branca).
Com ponto de queima baixo e coloração esperada, concluiu-se que o Tocantins é um
mercado promissor para a fabricação de telha branca e materiais mais sofisticados,
como louças e azulejos, o que ampliaria a produção no Estado e tornaria custos mais
acessíveis, já que tais produtos hoje são importados. Assim, há possibilidade e
necessidade de implantação de indústrias que fabriquem esse tipo de cerâmica no
Estado.
O professor Daniel Francisco, apresentou o Panorama da Mineração Brasileira, na
explanação do representante do Instituto Brasileiro de Mineração, Ronaldo Lima.
Em um breve passeio histórico, Ronaldo Lima deu informações sobre o início da
mineração no Brasil, no século XVI, data em que se registra a primeira indústria de
ouro no Brasil até chegar ao século XX, quando a indústria automobilística impulsionou
a atividade mineradora.
Mas, segundo a análise do palestrante, somente neste século (XXI), o Brasil passa a ser
grande produtor de minério, com mais de oito mil empresas que trabalham nesta área,
sendo que o Sudeste concentra mais de 3 mil delas e o Norte tem o menor número:
pouco mais de 500.
O Brasil acompanha a tendência mundial na produção mineral. O ferro é o maior
produto entre as fontes minerais produzidas no mundo, concentrando 39% da
produção. No Brasil, essa matéria-prima representa 63% da produção. A projeção é
que até 2015, só o minério de ferro seja responsável por uma produção de
790.000.000 toneladas no País.
Apesar de um cenário positivo apresentado pelo palestrante, como a geração de
empregos – a atividade mineradora gera 3 empregos indiretos para cada emprego
direto , e da qualidade desses empregos, como o fator “salário diferenciado” há
entraves que dificultam a expansão desse negócio no Brasil. Nesse sentido, os
principais exemplos citados foram: infraestrutura de portos e transporte de cargas
quase sucateada, baixo volume de investimento, dificuldade de acesso aos portos,
modal aquaviário subutilizado.
O superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral no Tocantins,
Fábio Lucio Martins Junior, falou sobre “O Setor Mineral no Tocantins – Conjunto Atual
e Tendências”.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 64 de
107
De forma breve, porém abrangente, o superintendente pincelou pontos do atual
momento da mineração no país, como a queda de produtividade e aumento de custos
trabalhistas.
Segundo Fábio Lucio, há impactos positivos que ainda sobressaem em meio à crise do
setor, como a oferta de empregos, porém os desafios do setor privado como os custos
ambientais, pressão da comunidade de áreas exploradas e, principalmente, a
diminuição da qualidade dos minerais ainda precisam de reflexão por parte do setor,
na busca de uma solução rápida.
Com relação ao Tocantins, foco da palestra, o superintendente do DNPM considerou
que a produção ainda é tímida, resumindo-se à areia, argila, saibro, rochas britadas e
cascalho. Porém, nestes segmentos, o estado ainda consegue se destacar
considerando que as substâncias minerais de emprego imediato na construção civil
(areia, argila, saibro) tem crescido de forma acelerada, acompanhando o crescimento
de Palmas.
De acordo com o superintendente, um outro aspecto importante a ser observado
nesta atividade no estado é a distribuição de calcário agrícola, que fez o Tocantins
aparecer como 6º colocado no ranking nacional nesse tipo de atividade.
Para Fábio Lucio, é preciso investimento na infraestrutura, o que hoje ele considera
“incipiente”, nos pontos potenciais que o Estado possui para a mineração.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 65 de
107
Propostas
 Aumento da quantidade de Funcionários do DNPM - mais agilidade nos
processos e atendimento.
 Conscientização dos empresários proprietários de indústrias do ramo
minerador. Que não enxerguem mais as empresas como familiares. Que
ampliem a visão para saber que é necessário um técnico. Proposta de ajuda
do Sebrae com cursos de capacitação neste segmento, bem como do Governo
e instituições de Ensino.
 Marco Regulatório: Preocupação com prazo. Carga tributária e insegurança
jurídica.
 Segurança do trabalhador: preocupação sobre estatísticas de acidentes. Dados
são pouco divulgados ou não existem. Mais clareza na obtenção de dados
sobre acidentes.
 Fomento da Mineração: Investimento do Governo na Mineratins. Necessidade
de criação de um órgão que impulsione o setor ou mesmo uma
superintendência no Governo Estadual que cuidasse de políticas públicas
voltadas a esse segmento. Criação de canais de diálogo.
 Baixar ICMS de frete. É alto com relação a outros Estados. Há empresas que
investem em outros estados e podem prejudicar o Tocantins (Cooperativa de
Frete).
 Investimento em Infraestrutura- Logística estradas.
 Diminuição dos custos de energia elétrica.
 Incentivos industriais às empresas fornecedoras de insumos.
 Busca de incentivos federais para buscar melhorias nas empresas existentes.
 Fiscalização peso por eixo.
 Capacitação de Trabalhadores – formação de mão-de-obra.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 66 de
107
Confecção e Moda
Realizado no dia 03/10 – das 14h às 18h
Encadeamento Produtivo - Caminhos, perspectivas e oportunidades.
Abertura
Tema:
Palestrantes
Abertura
Vídeo
Moderador
Confecção e Moda
Com o objetivo de fomentar discussões e fazer proposições
sobre o segmento da cadeia de Confecção e Moda do Estado
do Tocantins, será realizado durante o 1º Congresso da
Indústria Tocantinense um workshop do setor, visando
promover a interação entre empresários industriais e demais
atores do encadeamento produtivo de Confecção e Moda. O
workshop oportunizará ainda discutir e analisar com
especialistas o cenário e os principais gargalos relacionados a
aquisição de insumos, produção, industrialização e mercado
visando
definir
propostas
para
potencializar
o
desenvolvimento industrial do segmento no Estado do
Tocantins.
14h
Encadeamento Produtivo
Simone de Fátima Miranda – SEBRAE
Marcus Fonseca – SENAI CETIQT: Cenário da cadeia
produtiva têxtil e vestuário
Karine Liotino da Silva – Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção – ABIT: Selo da qualidade têxtil Brasil
Encerramento
Guido Conrado – SENAI CETIQT: Economia em moda – A
criatividade como valor
Discussão em plenária e Construção das Propostas de
Melhorias da Cadeia Produtiva.
18h
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 67 de
107
Produção
Fornecimento de Insumos e matéria prima
Encontros Regionais da Indústria - Confecção e Moda
Cenário Atual
Sugestão de Melhoria
Inexistência de empresas fabricantes de
insumos para o setor no município; Baixa
oferta de capital de giro; Inexistência de
empresas fabricantes de insumos para o setor
no município; não há fornecedor de tecido
plano e nem um grande fornecedor de
aviamentos. Falta tecido para camisaria, moda
praia e fitness.
Inexistência de importadoras na cidade;
Faltam representantes para comercialização
de matérias primas; Pouca diversidade de
materiais no mercado local; baixa qualidade.
Buscar atrair atacadistas para o
mercado local.
Faltam maiores ofertas de linha crédito para
compra de maquinário; Necessidade de
manter grandes estoques para não faltar
mercadoria.
Dificuldade para escoar a produção.
Atrair empresas importadoras e
atacadistas.
Cenário Atual
Falta mão de obra técnica qualificada; Falta
mão de obra qualificada; Falta mão de obra
qualificada.
Sugestão de Melhoria
Aumentar a oferta de cursos específicos
em cada área; Maior oferta de cursos
de qualificação de mão de obra pelo
SENAI; Investimento em formação de
mão de obra qualificada em maior
quantidade.
SENAI ensina os alunos a costurar em TNT;
Faltam equipamentos adequados; Alta
rotatividade de funcionários.
SENAI disponibilizar cursos com a
prática em tecidos; Divulgação dos
cursos de qualificação nos locais
corretos (SINE, Sindicatos, TV, etc.).
Baixa produtividade das fábricas locais; Faltam
modelistas e desenhistas qualificados; Faltam
gerentes de produção e controladores de
qualidade qualificados.
Melhor capacitação do SENAI nas áreas
de corte e costura.
Faltam cortadores industriais, serigrafistas e
modeladores qualificados.
Aumentar a oferta de cursos nas áreas
de corte industrial, serigrafia e
modelagem. Oferecer cursos em
formato intensivos e curtos.
Atrair empresas de fora para instalação
no Tocantins e criar incentivos fiscais
para compras no estado.
Maior apoio do poder público e do
sistema "S".
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 68 de
107
Industrialização
Cenário Atual
Dificuldade nas leis trabalhistas; Faltam
tecnologias para otimização da produção;
Necessidade de gerar valor desde a
contratação da mão de obra.
Sugestão de Melhoria
Aumentar os incentivos para empresas
que geram empregos formais; Criação
de um polo de confecção em Gurupi
para venda de produtos; Maior oferta
de financiamento para equipamentos e
capital de giro.
Alto índice de informalidade; Alto custo de
investimento em infra-estrutura e espaço
físico.
Aumentar a oferta de capacitação de
mão de obra; Redução de ICMS para a
indústria de confecção.
Mercado / Consumo
Dificuldade de acesso às tecnologias de ponta
por falta de mecânicos; Pouco acesso a linhas
de crédito e de capital de giro.
Alto custo da energia elétrica.
Cenário Atual
Oscilação de demanda causando desperdício
na produção; Faltam fornecedores locais;
Faltam insumos, elevando o custo de
produção.
Alta criminalidade nas indústrias de
confecções; Pouco fomento à organizações de
eventos voltados ao setor; Muita burocracia
para comercialização.
Sugestão de Melhoria
Reforçar a segurança pública.
Falta melhor divulgação dos trabalhos; Falta
de profissionais qualificados para
comercialização.
Maior incentivo dos poderes municipais
e estadual para as compras locais.
Discreto mercado local, levando a necessidade
de exportar a produção para outros estados.
Necessidade de aprender a identificar
as tendências de mercado.
Criação de um calendário de eventos
próprios do setor.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 69 de
107
Sustentabilidade
Malha feita com garrafas PET; Reaproveitamento do retalho para confecção de tapetes,
colchas de retalho e acessórios femininos; Busca da inovação pelas empresas.
Eficiência energética; Reaproveitamento de água das lavanderias; Agregar novos
segmentos.
Aproveitamento de retalhos para novos produtos; Projetos de reaproveitamento de
sobras de tecidos.
Maiores investimentos em tecnologia e reengenharia do parque de produção e pessoal.
Investimento
Sistema CAD nas indústrias; Agregar ao setor outros segmentos.
Fomento à inovação com consultores nas empresas; Maior investimento em novas
tecnologias.
Impressoras que imprimem na malha; Maior investimento em mídias digitais.
Identificar melhoria em todos os processos.
Buscar novos métodos de produção.
Investimentos em reaproveitamento de água e em maquinários com motores mais
eficientes e mais econômicos; Criação de um plano de negócio de gestão financeira e
plano de investimento; Equipamentos e pessoal.
Investimento em berços térmicos, otimizando espaços e pessoas na produção; Melhorar
a gestão do negócio; Qualificação de pessoal.
Potencialidades
Inovação
Boas Práticas
Malha feita com garrafas PET; Criação de um polo de confecção local para divulgação da
produção do Estado; Aumentar os estudos em novas tendências; visitar feiras do setor;
buscar novas qualificações.
Vender fora. Realizar abertura de mercado; BR-153. Circulação dos pontos de parada dos
feirantes; Lavanderia para jeans - existe grande burocracia de entrave.
Incentivo à exportação; Associação com 100 pessoas do ramo de confecção; Fomentar a
criação de uma grande produtora e distribuidora de jeans.
Criar um polo de confecção em Araguaína; Criação de um local único de vendas e
distribuição do que é produzido.
Criar um shopping de indústrias de confecção.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 70 de
107
Análises
Com dados do Ministério do Trabalho e Emprego que projetam para este ano, no
Tocantins, um consumo de R$ 850 milhões em vestuário – que equivale a 10% da
região Norte, Fonseca trouxe um panorama do mercado têxtil nacional e local.
Segundo as informações do palestrante, há apenas 31 empresas da cadeia, e a grande
maioria instalada Palmas (10) e Araguaína (9); um total de 631 empregados formais,
sendo a grande maioria em Palmas (187) e Araguaína (263) , mesmo estando
defasados, já que na verdade, segundo Leila Miranda, presidente da Associação de
Confecções que estava presente no evento, são mais de 100 empresas registradas
somente em Palmas e outras tantas em Araguaína, Gurupi, Paraiso, Miranorte, Porto
Nacional e Araguatins, os dados apresentados por Marcus Fonseca comprovam que o
Tocantins ainda produz muito menos do que consome.
Segundo Fonseca, levando em conta o cenário nacional que aponta o mercado têxtil
como forte aliado da economia brasileira, com quase 2 milhões de empregos diretos e
4 milhões indiretos, e faturando, segundo a ABIT, 57 bilhões de dólares em 2012, devese apostar no déficit de produção do Tocantins e fazer disso uma oportunidade. O
palestrante alertou a todos para que as riquezas tocantinenses sejam revertidas em
emprego e renda para a população.
Karine trouxe um pouco da sua experiência e know-how em mandar nossa produção
para fora, através da parceria ABIT e Apex-Brasil (que já dura 13 anos).
Citando cases de sucesso, que começaram bem pequenos, a exemplo de uma cliente
que ela atende no interior de Minas Gerais e que já exporta sua marca de calça jeans,
com elástico para a África do Sul, Karine ressaltou a importância de pensar global.
Segundo ela, essa empresa de Minas começou apenas com sua dona e uma ideia
original. Ela afirmou ainda que hoje em dia o mesmo tipo de relação de compra e
venda realizada no Brasil é também concebida no mercado internacional.
Karine disse também que cada vez mais os empresários precisam agir globalmente
para atender o mercado, tanto porque muitas marcas mundiais estão inseridas no
Brasil, quanto pela exigência do consumidor – que agora atende aos padrões globais.
A palestrante destacou os produtos oferecidos pela ABEX- Brasil para que as empresas
atendam às necessidades do mercado global. Segundo ela, o Tocantins tem grande
potencial para exportar seus produtos por causa de suas características naturais de
fauna, flora e clima e também porque há poucas empresas por aqui, logo, há mais
possibilidade de se destacar.
Como solução, Karine apontou a certificação de qualidade têxtil como primordial para
conquistar o mercado internacional. Ela afirmou que a ABEX oferece programas de
capacitação para as empresas trabalharem com sustentabilidade, além de consultorias
para profissionais, a fim de preparar a microempresa a certificação. A palestrante
destacou ainda que as empresas associadas da ABIT têm descontos em cursos. Para
facilitar o entendimento, Karine apresentou tabelas de preços que variam de R$
1.870,00 R$ a 1.615,00 – dependendo do tipo de certificação. Esta palestra chamou
bastante a atenção dos participantes, sendo que a Associação de Costureiras de
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 71 de
107
Araguaína, pediu mais informações para conseguir fazer parte da APEX e exportar
parte da produção de sua confecção.
Guido Conrado, do Senai CETIQT, falou de criatividade e inovação como aliadas da
indústria têxtil. A palestra “Economia em moda – A criatividade como valor” quebrou
paradigmas e fez os participantes pensarem no que têm agregado de valor na sua
peça, no produto final. Citando Carlos Drummond de Andrade, com o poema “Canção
Amiga”, o palestrante levou a pensamentos fora dos padrões mecanizados que uma
empresa proporciona.
Trabalhando com uma dinâmica de grupo, Guido Conrado provocou a plateia a sair da
zona de conforto e pensar a produção não apenas como coisa, resultado final, mas
como processo de construção e criatividade. Segundo ele, criar não significa apenas
descobrir coisas novas. De acordo com Conrado, a qualidade do produto tem grande
importância, mas também importa o que se quer dizer com o produto. Ele contou uma
história: uma amiga sua que mora na Alemanha fez uma limonada para um grupo de
amigos. Lá, ao beber o suco de limão eles disseram: “Que delicia, caipirinha sem
álcool”. Estava descoberto um negócio. Os alemães não associaram água, limão e
açúcar a um suco, mas à bebida famosa brasileira e isso agrega mais valor.
Propostas
 Fazer um levantamento completo e atual das indústrias têxteis do Tocantins e sua
situação no mercado.
 Criar uma marca para o Estado – aproveitando os ícones locais, a exemplo do
capim dourado, da fauna e flora.
 Instalação de polos do CETIQT nas três principais cidades do Estado (Palmas,
Araguaína e Gurupi) para atender à demanda de qualificação.
 Fazer pesquisa de mercado para descobrir porque as pessoas do Tocantins
compram tantos produtos de fora do Estado.
 Criar ações de marketing que levantem a autoestima do tocantinense para que
valorize o que é produzido aqui.
 Criar mecanismos de valorização da produção local.
 Ações que diminuam o desperdício na indústria têxtil, por exemplo:
reaproveitamento das sobras e retalhos em outras.
 O mercado local consome muito uniforme de empresas e escolas, sugeriu-se a
criação de um workshop sobre o assunto: como inovar na produção de uniformes.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 72 de
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Seminários
Logística CNI/FIETO
Participaram o consultor e autor do projeto Norte Competitivo Renato Casali Pavan, o
executivo da VLI (Valor da Logística Integrada) Eduardo Calleia Junger e o coordenador
de programas estratégicos da Secretaria do Planejamento (Seplan), Antônio José
Guerra.
Na abertura, o vice-presidente da Fieto, Pedro Tavares, disse que o estado tem se
preparado e colocando-se nessa situação de exigir logística, mas deve ser preocupação
das entidades não deixar que vire um lugar de passagem de riquezas, o que requer
transformar o que o Tocantins produz em geração de emprego e indústrias.
Renato Pavan apresentou o projeto Norte competitivo encabeçado pela CNI
destacando os 48 eixos e as 16 cadeias produtivas selecionadas na região, o que
compreende 95% da produção mecanizada na Amazônia Legal. Apontou os custos
logísticos da região que, em valor anual, é de R$ 17 bilhões. Com o investimento no
projeto, a redução será de R$ 5 bilhões.
Ao falar da produção e exportação do setor agropecuário do Tocantins, observou que
deve haver um esforço para transformar o projeto Norte Competitivo em política
pública a partir da matriz aprovada em diversos ministérios. Discutiu os gargalos
logísticos que impedem o estado de exportar mais soja e carne bovina e apontou que
as cadeias com potencial no Estado são madeira, carne, fruticultura e leite e também a
celulose.
Eduardo Junguer apresentou a trajetória da VLI e destacou que a movimentação em
2012 atingiu 71 milhões de toneladas de carga, com destaque para a siderurgia,
agricultura (31 milhões de toneladas) e produtos industrializados (15 milhões de
toneladas).
Citou números que passam pela empresa, como 15% da soja exportada no país e 40%
do carvão exportado, já operando em Carajás, Norte-sul (Palmas e Colinas) e no
corredor que vem da Bahia viabilizando o corredor integrado da VLI. Destacou a
necessidade de portos com capacidade para carregar e de expandir linhas de carga
geral. Apresentou o projeto Tegram (Terminal de Grãos do Maranhão) e as
potencialidades para o escoamento da produção, especialmente da agricultura, que
ele apontou como a grande demanda mundial.
Destacou a área de influência do corredor centro-norte diante dos mais de 20 milhões
de área potencial no Brasil para o agronegócio e apresentou a ferrovia norte-sul e
projeções de crescimento, com estimativa de crescer a produção de soja em um
milhão de toneladas ao ano chegando-se a 10 milhões de toneladas no ano, deixando
no campo nada menos que R$ 21,9 milhões. Também apontou outros segmentos que
junto com a logística vão estimular a industrialização, como a celulose, cuja demanda
continua alta, notadamente na exportação de celulose de fibra curta (eucalipto), carne
bovina e minério, como o manganês tocantinense.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 73 de
107
A multimodalidade de transporte do Tocantins marcou a fala de Antônio Guerra, ao
destacar o corredor centro-norte com potencial para escoar 47% da produção
agropecuária do país ao abranger estados do Tocantins, Maranhão, Pará, Bahia, Piauí,
Goiás e Mato Grosso. Afirmou que a viabilidade do corredor decorre de estar mais
próximo com a Europa e o Canal do Panamá e por congregar diversos modais o que
marca a multimodalidade do Tocantins.
Destacou os 1.508 km da hidrovia do Tocantins, os 860 km entre os mais de 4,7 mil km
de Ferrovia Norte-Sul e os 1,5 mil km da Hidrovia Araguaia como itens potenciais
desses modais.
Frisou que a meta do governo estadual é viabilizar a hidrovia Tocantins para resgatar
uma dívida secular com a sociedade e destacou outras potencialidades para a hidrovia,
como assistência social, educação, transporte de pessoas, saúde além do turismo e
lazer.
Observou que o Estado formalizou acordo com a AHITAR, Antaq e Marinha do Brasil
para viabilizá-la, o que inclui a contratação de estudos técnicos e elaboração do
projeto básico, a identificação dos portos (nas cidades de Peixe, Porto Nacional, Pedro
Afonso e Aguiarnópolis), definir o modelo de gestão e os pontos críticos do modal.
No debate, mediado pelo chefe de gabinete da Fieto, José Roberto Fernandes, entre as
observações apontadas é que a indústria não pode deixar de considerar a
extraordinária importância do agronegócio para o Tocantins, a indústria deve integrarse ao agronegócio e que não adianta produzir se não tiver modais de transporte. E que
não adianta ter o sistema de transporte se não resultar em desenvolvimento
econômico. O Estado não pode ser apenas um corredor é preciso industrializar, gerar
emprego e renda. É preciso que o Estado do Tocantins modifique o atual quadro e sua
perspectiva criando diretrizes e políticas de incentivo à industrialização e reduzindo a
burocracia. Que leve em consideração as vantagens competitivas do Tocantins e
consiga criar indústrias que agreguem outras. Deve-se primar pela educação voltada
ao mundo do trabalho. Foi cobrado que a Fieto desenvolva um plano de
desenvolvimento industrial que priorize a indústria de transformação, que a Fieto
enfatize o eixo do desenvolvimento econômico e colabore na preparação do ambiente
de negócio para que empresas se instale e o estado não torne apenas um corredor.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 74 de
107
Laticínios e Fornecedores
O cenário da produção de leite no brasil
É importante criar programas onde pessoas que amam e trabalham no campo tenham
oportunidade. O Brasil tem uma gigantesca produção de alimentos com grandes
produtores, mas, infelizmente, também existe um Brasil menor, é preciso encontrar o
meio termo como aconteceu na zona urbana com o crescimento da classe média e a
saída das pessoas da linha da pobreza.
O problema é que os pequenos produtores, da agricultura familiar e reforma agrária,
têm o recurso do Pronaf à disposição, mas não tem conhecimento para aplicá-lo, nesse
caso o dinheiro se torna prejudicial, a terra é penhorada, os produtores não sabem
como investir e perdem tudo. A falta de assistência técnica leva a consequências
desastrosas.
Certo rapaz que foi incentivado a criar galinhas por um
consultor que apareceu em sua terra uma vez, como ele não
voltou o rapaz ficou sem saber o que fazer com o
investimento. O conselho: venda as galinhas e invista no que
você sabe fazer, plantar mandioca.
Hoje, 80% da tecnologia agropecuária é vendida para as classes A, B e C, apenas 11%
para as classes D e E. Pensando nisso, em 2012 a CNA elaborou um novo modelo de
assistência técnica para o país. Por exemplo, no nordeste, os produtores estão
aprendendo a conviver com a seca, de modo a aproveitar o clima e usar as condições
naturais a favor da produção, amenizando os problemas sem mudar a natureza.
Temos, no Brasil, 5 milhões de produtores rurais, destes, 800 mil comercializam leite,
1,5 milhão só produzem para consumo. A cadeia do leite gera 4 milhões de empregos.
O último ano a produção de leite cresceu 4,4% e o consumo cresceu 6% e tende a
aumentar. O Brasil está importando leite. O problema é que o leite importado é mais
barato porque tem custo de produção menor, isso gera um desfalque nos produtores
de leite brasileiros. Deve-se pensar agora no que fazer para aumentar a produtividade,
e a tecnologia diz o que fazer. Há vários programas de leite no Brasil, o Travessia Leite
agrega o melhor de todos eles gerando um pacote tecnológico onde as pessoas têm
acesso ao conhecimento.
Nesse programa, o assistente técnico é um consultor pessoal que vai fazer a vivência
da realidade de cada produtor. A tecnologia deve ser aplicável à realidade ou não vai
trazer resultados. As técnicas devem ser compatíveis com o rendimento do produtor
para que ele possa pagar o investimento. Com estrutura inferior é possível ganhar
tanto quanto um produtor maior, porque um grande negócio tem grandes gastos e ao
final o lucro de um pequeno pode ser o mesmo de um maior.
O maior produtor de leite hoje é Minas Gerais, mas o maior em produtividade é o Rio
Grande do Sul. O Paraná vem em terceiro e ainda tem produtividade maior que MG. O
Tocantins está em 18° lugar em quantidade de litros de leite, em produtividade nem
vale a pena falar.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 75 de
107
O Tocantins tem 12 mil produtores, e queremos produtividade, como no RS, para
concorrer de igual para igual com Argentina, Nova Zelândia e Portugal.
Em missão, na China percebeu-se um grande interesse pelo leite do Brasil. Apesar dele
não ter sido incluído dentre os produtos apresentados pela missão, foi muito
procurado. Existe um mercado consumidor enorme e o Brasil não tem produção
suficiente. Mas, com mudanças, é possível produzir mais com menos. Mudanças não
são bem vindas, trazem estresse, é preciso coragem interna e parceiros ao lado
oferecendo o apoio necessário para que o produtor tenha tranquilidade de mudar e
fazer da forma certa. É preciso sair da zona de conforto.
A quantidade produzida é consequência da eficiência do trabalho de cada produtor.
Mas, produtividade deve vir antes da quantidade. Para isso, é preciso tecnologia
adequada. Por exemplo, os produtores do sudeste do Tocantins serão abraçados pelo
Travessia Seca, que é o que acontece no nordeste, aprendendo formas de armazenar
água, tipo de alimentação adequada ao clima, todas as técnicas disponíveis serão
aplicadas na região para se conviver com a seca.
O Tocantins tem potencialidades logísticas, clima, água e gente boa para trabalhar. Por
isso, tem tudo para alcançar alta produtividade.
Logística
As estradas estão péssimas condições, o que aumenta o custo do frete e penaliza
quem produz com a redução do lucro. É importante lembrar da logística de
escoamento como ferrovia, hidrovia. Nesse sentido, o Tocantins tem que ser tornar
mais que um eixo viário, ele deve ser um eixo de desenvolvimento Para isso deve-se
pensar a vocação do estado: o agronegócio. O potencial é grande mas tem que haver
transformações, e é preciso políticas públicas para isso. É preciso energia, estradas e
muita atenção do governo para preparar os moldais. Os segmentos da indústria tem
que estar próximos da malha viária, da ferrovia. Deve haver mudanças para garantir a
qualidade de vida e oportunidade para todos.
União para transformação da realidade
É fundamental procurar as oportunidades e organizar os produtores para extrair o
máximo das situações. A cooperativa não trabalhava inicialmente com leite, mas
chegou a isto ao buscar os associados que mais precisavam da cooperativa. Ela
propicia ganhos, eficiência, e assim como os empresários e grandes produtores temos
que procurar isso.
Durante muito tempo tivemos muito problemas, e ainda temos, mas a partir do
momento que iniciativas como esta trazem serviços, as entidades se unem para trazer
oportunidade Assim, vamos transformar essa realidade, há problema com estrada,
assistência técnica, oscilação no preço do leite de acordo com a comida. Mas, isso
pode ser resolvido. Muitas vezes pequenas alterações trazem grandes resultados, uma
mudança de manejo, uma alimentação adequada pode resolver um problema de
produtividade. Com a união de esforços na preparação do produtor, passaremos de
simples amadores a grandes profissionais. Estamos construindo um futuro e cabe aos
produtores se posicionarem como um agente de transformação da sociedade.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 76 de
107
Público prioritário das parcerias
Foi criado um critério para atender 5 dos 12 mil produtores: A contratação dos
técnicos foi feita por edital, sem influências políticas, com a exigência de morar no
município. Grandes produtores não precisam desse apoio, por isso, a prioridade foi
atender pequenos e médios produtores que estivessem próximos aos laticínios. Os
laticínios indicaram os produtores que já fornecem leite para eles. Foi pensada a
cadeia, não apenas o produtor, mas a importância de acudir os laticínios para que não
fechem e salvar quem está vivo.
Hoje, 8.500 produtores produzem menos de 50 litros/dia. 76% dos produtores nunca
recebeu assistência técnica, 24% recebeu alguma vez, 67% nunca teve sequer
orientação sobre produção de leite, apenas 30% já tiveram. O Tocantins produz apenas
628 litros/ano, menos da metade da média nacional.
A nova Zelândia é do tamanho de SP, e é o maior produtor de leite do mundo com
condições que se assemelham ao Brasil, cada vaca lá produz 3.750 litros/ano,
enquanto no Brasil não se chega à metade disso. Temos condições de igualar, esse é o
objetivo para os próximos 5 anos.
Capacitação
O sistema S tem investido em capacitação. Cerca de 70% dos atendimentos foram in
loco, mas ainda há falta de mão de obra para qualificar os produtores, enquanto a
capacitação é uma demanda cada vez mais presente. O sistema S é fundamental para
isso, o IEL, SEBRAE, Faet, sempre apoiam os projetos do agronegócio.
Orientação para resultados
A maioria dos produtores nunca tiveram oportunidade como essas. Ele quer
transformar sua realidade, mas precisa de assistência e apoio técnico. A respeito dos
financiamentos, orientações erradas são muito comuns, mas com orientação correta
ele vai investir no que dá retorno para pagar seu financiamento. Assistência,
organização dos produtores, capacitações e cursos, tudo estará ao alcance dos
produtores. É preciso ter compromisso com resultados, não basta capacitar, só vai dar
certo com a organização dos produtores e o acompanhamento das organizações.
Oportunidades no mercado externo
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e não tem sequer uma
entre as mais de 500 cafeterias na China, todas elas são da Itália, Alemanha, Colômbia
(café mais famoso do mundo, por causa do marketing) e nada de café do Brasil. Locais
que nem são produtores tem cafeterias na China.
Vista a oportunidade, está sedo elaborada uma marca para divulgar o café brasileiro,
onde irá a marca da empresa e uma espécie de selo do café brasileiro.
O importante é que a cafeteria pede o leite, e onde tem leite tem o cacau e também o
açúcar. Na China a média de consumo por pessoa é de apenas três xícaras de café por
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 77 de
107
ano. Mas, nas cafeterias há fila para entrar, porque os mais jovens veem o café como
um costume ocidental chique. Há uma chance de ficar rico vendendo café para a
China.
Panorama do setor do mercado lácteo
Em 2012 houve elevação dos custos de produção que subiu 27%, no mundo houve
elevação de 30%, quase 40% de elevação dos custos de ração, baixo crescimento do
custo do leite, o que criou um grande desestímulo. A produção de leite cresceu apenas
2,5% diferente dos anos anteriores em que vinha crescendo mais de 4% ao ano.
Em 2013 a característica foi custo de produção caindo e preço aumentando. No
atacado de produtos lácteos, a indústria conseguiu passar para o consumidor o preço
dos produtos e pode ser que o preço se mantenha nos patamares próximos à média de
R$ 1,11 pagos ao produtor pela indústria.
O cenário é favorável. A colheita americana pressiona o mercado do milho levando a
novas reduções no preço do produto. Quanto à soja, a produção americana não deve
pressionar o mercado e a produção brasileira recorde deve manter o patamar do preço
como os atuais. Ou seja, o barateamento da ração garante o baixo custo da produção e
um lucro seguro para o produtor.
Problemas climáticos contribuem para redução da oferta do leite em todo o mundo.
Com menos oferta e o consumo subindo, o preço se eleva no mercado internacional.
Juntando a isto a alta do dólar, gera-se um cenário favorável para a exportação. Os
preços são interessantes para a indústria brasileira.
O preço médio brasileiro está de acordo com o preço do mercado internacional sendo
R$ 1,11.
A queda do custo de produção, a redução da oferta mundial, a elevação do preço de
commodities, a desvalorização do real, a elevação do preço do leite proporciona
melhor relação de troca. Vende-se menos leite para comprar mais farelo e isso garante
um lucro maior. O momento favorável deve ser aproveitado para que o produtor
busque capacitações, inovações e maior investimento em assistência técnica, haja vista
que não estão preocupados com a relação econômica.
A projeção para 2014 é de crescer apenas 2% na produção, fator preocupante dado a
média de 4,5% nos últimos anos.
Apesar das potencialidades, como clima, água, alimentação, ser a sétima maior
economia do mundo com um mercado consumidor crescente, o Brasil tem inovado
pouco em produtos lácteos, e essa é uma oportunidade a se aproveitar. Na nova
Zelândia embalagem desperta o consumo de requeijão nas crianças, uma outra
embalagem com bico de mamadeira possui tecnologia que aquece o leite apenas com
a agitação. No México há um produto lácteo age o trato intestinal rebatendo os efeitos
da pimenta.
Outra oportunidade é a exportação não apenas de produtos industrializados, mas de
animais vivos. É preciso políticas públicas para fazer acordos sanitários com os
mercados consumidores.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 78 de
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As potencialidades são abundantes, a variedade de produtos que podem serem
utilizados na alimentação animal é um exemplo. Num futuro próximo, o Brasil é a
esperança para abastecer com alimento, um mercado consumidor crescente no
mundo. Mas é preciso adequação à normas técnicas.
O programa do leite nacional elaborado pela Confederação Nacional da Agricultura
contém campanha educativa para o produtor se informar sobre o que é e, como se
alcança o padrão de qualidade do leite legal, capacitações de qualidade na produção e
técnicas de gestão e custeio para alcançar mais resultados, assistência técnica. Só no
Tocantins mais de 40 técnicos estão treinados para dar assistência, o que vai fazer a
diferença na produção da pecuária brasileira.
Também são necessárias política de crédito, com linhas de crédito para os produtores.
O setor lácteo nacional tem o potencial para trilhar os mesmos caminhos da carne,
soja, milho e café se fizer o dever de casa.
Por fim, o aumento da competitividade deve se dar em todos os segmentos da cadeia
produtiva do leite.
Assistência técnica do laticínio Piracanjuba
Programa tem 2 viés principais: assistência técnica e centro de apoio técnico.
O sistema de assistência técnica repete outros programas de sucesso, com
metodologia de realização de diagnóstico das fazendas, planejamento, implantação e
acompanhamento mensal.
No centro de apoio técnico há uma unidade demonstrativa de tecnologias para
produtores. Utilizam um sistema com abrigos individuais e coletivos, pastagens
rotacionadas, recria e venda de touros, unidade sócio ambiental com manutenção de
nascentes, poupança verde, plantação de árvores nobres em áreas ociosas e sistema
silvo pastoril (floresta e pasto integrados).
O centro de apoio está aberto a qualquer produtor de leite. Grande parte do programa
é gratuito, com 11 cursos ligados a pecuária leiteira, inclusive alimentação e estadia
gratuitos na fazenda para os produtores interessados em conhecer.
Há ainda uma unidade de biocarrapaticidograma, que faz análise dos carrapaticidas
com maior eficiência, e uma central facilitadora de crédito em parceira com agência de
fomento.
O centro também realiza dias de campo.
Produzir leite sempre foi bom negócio, mas é preciso investir. Se o leite não está
dando retorno é porque algo está errado no processo. É preciso reduzir custo e
aumentar a produtividade.
Como um iceberg, o que afunda a propriedade do produtor é o que ele não enxerga.
Ele vê a indústria como inimiga, vê dependência do governo com estradas e custo de
produção, enxerga o preço do leite como a solução, mas não é bem assim, afinal o
consumidor paga o preço do leite.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 79 de
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O que o produtor não observa é a GESTAO: produtividade por aérea, produtividade
animal (litros/dia), mortalidade de bezerros, eficiência da produção de volumosos,
idade do primeiro parto, intervalo de partos, esses fatores é que fazem a diferença na
lucratividade.
Indicadores técnicos mostram uma vantagem assombrosa nos resultados de produção
com e sem assistência técnica:
Sem assistência Com assistência
técnica
técnica
Litros de leite/dia por vaca. Ex: pode se
4,46
12,78
trocar 10 vacas de quatro litros por 02 de 20.
Eficiência - sem dedicação, o apoio da
53
67
cooperativa e apoio técnico não adianta na
produção de volumosos
Mortalidade de bezerros
20%
0
Idade ao primeiro parto: quanto mais cedo
36 meses
32 meses
ela parir mais cedo vai dar lucro.
Intervalo de partos
18 meses
14 meses
Indicadores técnicos mostram que o ideal a cada 100 animais é que 55% sejam vacas
dando leite, abaixo de 40% é prejuízo para o produtor. O leite é o principal retorno. Ter
muitas novilhas e poucas vacas em lactação é prejuízo.
Tecnologia é fazer a coisa certa. O simples fato de dar o colostro pra bezerra pode
evitar 60% da mortalidade dos animais. A assistência técnica fala como fazer melhor e
aumentar o lucro com qualidade e quantidade.
Como alcançar o sucesso? Assistência técnica gerencial.
Projeto Educampo MG
Em 2003 foi criada uma cooperativa com apenas 15 produtores e hoje tem 500. A
união é muito importante para o crescimento. Em 2006 foi criado, em parceria com o
SEBRAE, o projeto Educampo.
Investimentos, como curso de inseminação e instalação de ordenha, melhoraram a
situação. Mas o apoio técnico fez muita diferença, em2006, com a assistência do
Educampo, a produção de leite passou a ser de 7,8 litros/dia por vaca. Em 2008 a
produção alcançou 616 litros/dia, e hoje está em 3.000 litros/dia.
Para atingir esses resultados, foram feitos controle dos custos de produção, controle
reprodutivo, manejo correto, divisão de lotes, melhoria no manejo das pastagens. O
gasto com ração sobre a venda do leite era de 40% do valor do leite, hoje é de 33%, ou
seja, caiu o custo com o gado ficando confinado, com selagem, tratado no cocho em
período de seca. Tudo isso, na mesma propriedade.
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A produtividade da mão de obra também melhorou. Ressaltando o fato de pagar bem
os funcionários e cuidar o melhor possível deles para haver evasão. Uma equipe bem
organizadas é fundamental para a eficiência.
Hoje são plantados 50 ha de milho só para silagem. A ração é toda produzida pela
cooperativa, ano passado houve distribuição de dividendos em dinheiro além do que é
incorporado com o capital social.
Depois que tira-se o milho da silagem semeia-se o milheto, e em menos de 30 dias já é
possível colocar as vacas nele. Tudo é feito sob orientação do técnico.
Próximas etapas:




Plantio de milho para ração para diminuir custos
Ampliação da sala de ordenha
Climatizar sala de espera da ordenha
Produzir 5000 litros/dia até 20015
O projeto Educampo também se tornou indispensável para a cooperativa que o gerou.
Sem a cooperativa não se consegue crescer, os 500 produtores produzem 140 mil
litros/dia.
Conclusão: “Planejando talvez você erre, sem planejar talvez você acerte.”
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Biomassas Cerâmicas
Biomassas Cerâmicas
Palestrantes - Manhã
Tema:
Antônio Cubano Risoni – PS Assessoria e Consultoria
Dr. Carlos Perez Bergmann – UFRGS
Nestor Domingos Desani – Bergamo Mecânica
Palestrantes - Tarde
Abertura
08:00h
Fernando Portela – Instituto Internacional de Cooperação Agrícola
Moderador
Encerramento 18:00h
Antônio Cubano Risoni – PS Assessoria e Consultoria
Bruno Augusto Dias Borges – IBAMA
Dr. Sérgio Duarte Segal – UFV
Fernando Fernandes - Consultor Sindicer
Análise
O presidente do Sindicado de Cerâmicas para Construção no Tocantins, Edilberto
Rocha, fazendo o uso da palavra, destacou a necessidade que o setor tem de adquirir
mais conhecimentos para a indústria local. Rocha ressaltou que o seminário é a
grande oportunidade de angariarem conhecimentos para o dia-a-dia, que todos os
participantes levem para suas indústrias os muitos conhecimentos adquiridos na
palestra, finalizou. Em seguida a palavra foi passada ao secretário executivo de
Estado, Ruiter Pádua que falou da importância do evento, que segundo ele, veio no
momento oportuno e demonstrou o desejo que todos saiam com bastante
conhecimento para que colocando-o em prática, possam alavancar a indústria do
estado.
O primeiro palestrante a fazer uso da palavra foi Antônio Cubano, que abordou a
geração de energia limpa. O palestrante abordou sobre a necessidade de se buscar
no estado, em parceria com outras instituições, adequar a indústria do setor a uma
eficiência térmica em fornos cerâmicos. Segundo Cubano a indústria tocantinense
tem uma baixa eficiência dos equipamentos de secagem e queima, que onera os
custos e compromete a qualidade do produto final, não atendendo assim, as
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exigências crescentes no setor de construção civil. Segundo Cubano o Tocantins tem
uma eficiência muito crítica, onde cerca de 98% das cerâmicas aproveita apenas 30%
da energia, sendo que o restante apenas coloca fogo para queimar. O palestrante
acrescentou que com a temperatura sem controle nos fornos o produto fica
ineficiente, e que os ceramistas devem ter mais atenção a isto, dependendo de como
é utilizada um mesmo processo pode apresentar consumos específicos muito
diferente, o que impacta no custo final do produto. Cubano ressaltou ainda que o
índice de aproveitamento no estado chega ser inferior a 50% do produto e que os
custos de energia começa a apresentar impacto maior no custo do produto vendido.
Para o palestrante a saída é estudar medidas para redução de consumo específico,
mediante a implantação de medidas de conservação. Ele acrescenta que se deve
focar na atenção gerencial por que ninguém sabe o custo da energia térmica e
energia elétrica por peça. Ao questionar onde mexer para que esse percentual
aumente e que possa se buscar a lucratividade que é o diferencial entre custo e
venda, o palestrante citou medidas como o controle de combustão, o isolamento dos
fornos, recuperação de calor, intensiva instrumentação e ajuste de potência, a
necessidade efetiva do equipamento, modulação da potência e inclusive mudanças
de equipamento ou de processos que mereçam atenção pelo impacto que podem
apresentar sobre o consumo, custos e competitividade do negócio. Encerrando
Antônio Cubano ressaltou que embora o setor esteja atrasado e com deficiências
graves, ele pode recuperar-se, caso esteja buscando melhorias e o avanço
tecnológico.
A segundo palestra foi ministrada por Caros Perez Bergmann, abordando as
propriedades das argilas e melhoramentos na produção de cerâmica vermelha.
Segundo Bergmann, o desenvolvimento de tecnologias nesta área vai reduzir o
número de empresas do setor, já que as que não se atualizarem, não irão conseguir
manter-se no segmento. O palestrante explica que o processamento cerâmico, a
preparação da matéria-prima, a conformação de fabricação, o processamento
térmico e acabamento final, ou seja, transformar pó em corpo poroso, exige
obtenção de conhecimento (custo e qualidade) e principalmente padronização.
Bergmannn ressaltou sobre a importância de se conhecer a área superficial da
matéria prima, a analise térmica, para saber das transformações que ocorrem
durante a queima. O palestrante argumentou que o ceramista com certeza vai
querer aumentar o valor agregado do seu produto, para exemplificar ele explica que,
na secagem que é uma etapa simples, se a ela for muito rápida, pode levar a trincas
que não são reparadas durante a queima. Bergmann ressaltou a importância de se
ter um laboratório que realize esses estudos e, segundo ele, pelo menos um
laboratório simples as cerâmicas necessitam ter.
Algumas informações importantes foram repassadas para os ceramistas, como a
incorporação de resíduos, que atualmente tem cenário mais restritivo e com
controles maiores, sobre a incorporação dos resíduos cerâmicos e sobre os órgãos
ambientais que logo vão estar exigindo que a massa seja inertizada, a composição
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 83 de
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química de resíduos como o da cinzas de casca de arroz que pode ser incorporada em
diferentes processos industriais e a criação de materiais isolantes e sem queima. O
palestrante ressaltou as vantagens da incorporação, como a reciclagem, a economia
de matérias-primas, sem modificá-las e o aumento em muitas vezes da qualidade do
produto. Sendo que alguns resíduos podem ser utilizados como combustível.
Os tipos de fornos para cerâmica, foi o tema da palestra de Nestor Domingos Desani.
Que apresentou vários tipos de fornos aos presentes, mostrando as suas vantagens e
desvantagens. Sendo que o modelo, segundo o palestrante, que mais se adaptaria as
condições dos ceramistas do estado seria o forno móvel metálico, que tem a
característica de ser construído em estrutura metálica, sobre rodas e guiado por
trilho, sendo o deslocamento feito por motor redutor e, o isolamento térmico é
composto por cerâmica a base de alumínio, impedindo a dissipação de calor.
As vantagens deste modelo de forno são: é de construção rápida; tem custo baixo e
retorno a curto prazo; suas dimensões são facilmente adequadas à produção
desejada; queima qualquer tipo de material; total reaproveitamento de calor e pós
queima para secagem; qualidade do produto excelente; tem queima homogênea;
facilidade na carga e descarga manual em temperatura ambiente; podendo ser
mecanizada e aceita qualquer tipo de combustível.
As desvantagens deste modelo de forno também foram comentadas pelo
palestrante: sua eficiência térmica e funcional; tempo de vida útil; qualidade dos
materiais queimados dependerem do desenvolvimento do projeto; automação de
carga e descarga está sendo desenvolvida.
Segundo o palestrante é um forno que veio para ficar, hoje todos procuram adotar
este tipo de forno, devido ao rápido retorno do investimento.
Com o início do debate, o moderador direciona uma pergunta aos três palestrantes,
lembrando dos 25 anos que o Tocantins estar completando e, chama a todos a
fazerem reflexão do que foi esses 25 anos e qual seria a contribuição que teríamos
para os próximos 25 anos no setor cerâmico.
Cubano respondeu que a indústria cerâmica não vai conseguir fugir à regra, e que ela
vai ter que se adequar a tecnologia e a evolução do mercado. Ele complementou
dizendo, que a concepção de fabricação não será mais igual a atual e que espera que
em 25 anos a enorme distância em que a indústria no estado se encontra em relação
a tecnologia utilizada em outros centros seja bem menor.
Peres respondeu, que a força motriz para os próximos 25 anos será a relação custo x
qualidade, ou seja, quem baixar esse custo e produzir com qualidade vai ficar no
mercado e, isso também depende de pesquisas, pois será preciso criar uma cultura
de padronização, para conhecer todo o processo, sem alterar o produto final, mas
reduzindo o seu custo.
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Para Nestor, o Tocantins vai ter uma grande evolução, por que ele vai ser obrigado,
por que quem se transformar vai ficar no mercado e aquele que não evoluir terá
dificuldades em se manter. O ceramista deverá estar atento, buscando novas
tecnologias, ciente de que vale a pena essa modificação.
Para Carlos, a pesquisa ainda é incipiente no estado, mas seu crescimento será
exponencial. No momento em que o estado conseguir produzir conhecimento em
escala e transmiti-lo à indústria, ela crescerá, mas, será necessária uma articulação
com diversos órgãos, para que se consiga esse desenvolvimento no setor.
Uma pergunta feita aos palestrante foi sobre argila, onde um dos participantes
questionou se a argila tem uma variabilidade? E de que maneira, em locais onde a
indústria esteja mais desenvolvida, se consegue manter um controle de qualidade,
como minimizar essa variabilidade da argila para conseguir qualidade.
O Carlos respondeu que o primeiro passo necessário é conhecer a matéria-prima, e
explica que é possível fazer uma blendagem, que pode gerar ganho no produto final,
mas, somente se houver uma padronização. Tem que se ter a absoluta certeza de
que se esteja fazendo sempre a mesma coisa. Quanto mais padronizado mais se
consegue ter qualidade. A presença da matéria-prima não é o grande diferencial, a
tecnologia presente é que pode fazer a diferença. Cubano acrescenta que esse tipo
de fábrica tem laboratório interno, esses laboratórios tem um custo alto, fora da
realidade do Tocantins, o caminho a seguir aqui, seria a montagem de um laboratório
centralizado, que atendesse todo o estado.
Em uma das intervenções dos participantes, foi abordado sobre o PSQ, onde no
estado não existe nenhuma cerâmica com essa certificação, sendo que em muitos
casos ela é pré-requisito para pleitear obras, principalmente oferecidas pelo Poder
Público. Sobre o PSQ, Cubano explicou que, a partir do momento que você implanta
o PSQ na empresa, começa o monitoramento total, desde do fabricante de moldes,
massas, ao produto final. Essa certificação é indispensável, mas para que se tenha,
condição das empresas do estado obterem essa certificação é preciso de
laboratórios, acompanhar os avanços tecnológicos também é primordial, para que se
tenha o balizamento e qualidade nos produtos do setor.
Outra pergunta que surgiu na plateia seria a existência de financiamento para essa
área e, se existe valor mínimo para quem quer entrar no mercado.
Para a resposta dessa pergunta houve a contribuição do presidente do sindicato da
categoria, que informou aos participantes a existência de linhas de crédito para o
setor, inclusive com carência de até dois anos.
No período da tarde fora retomadas as palestras. Na ocasião o SENAI comunicou aos
participantes a respeito do que a entidade tem a oferecer ao setor, como a
capacidade da instituição de promover a automação a custo abaixo do mercado e,
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que já se encontra instalado em Araguaína um laboratório completo para o estudo e
pesquisa da área de cerâmica.
Em seguida o representante do IBAMA, Bruno Augusto, iniciou a sua palestra,
esclarecendo aos participantes, o cadastro técnico federal de atividades
potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. Bruno explicou que
a legislação de política ambiental foi criado em 1981, onde se criou também um
cadastro de instrumento de defesa ambiental, o CTF/APP. Segundo o palestrante,
todas pessoas físicas que desenvolvem alguma atividade poluidora são obrigadas a se
cadastrar, ficando sujeitas a controle e fiscalização ambiental e, sendo que o CTF é
uma porta de entrada para exercer a atividade e, que esse ano foi publicada uma
nova instrução normativa que na opinião do palestrante, é mais detalhada,
facilitando mais a sua compreensão. Bruno ressaltou também que para pessoas
jurídicas, pode haver uma tributação. O palestrante simplificou dizendo que o CTF é o
que a empresa faz, onde por meio dele temos acesso a autorização de licenças,
relatórios e declaração, taxas e certidões negativas, sendo o mesmo o certificado de
regularidade para essas empresas.
Dando continuidade ao ciclo de palestras, o próximo que fez uso da palavra foi Sergio
Segal, que abordou o tema “Aproveitamento dos resíduos do arroz”. Segundo o
palestrante, há diversas formas em que a casca de arroz pode ser utilizada, não
somente na cerâmica, ele disse que o estado tem potencial, desejando desenvolver
projetos de água e energia no Tocantins. O palestrante chamou a atenção dos
presentes para a importância da tecnologia, explicando que quanto mais tecnologia,
mais valores podem estar sendo agregados ao produto, mas, se não houver
inovações, isso encurta o tempo de vida das empresas.
Segundo Segal, é importante o quanto de valor podemos agregar ao produto, mesmo
com pouca tecnologia, mas o objetivo deve ser modernizar o setor, principalmente
de pesquisa, com isso podemos ser mais competitivos mantendo-se mais tempo no
mercado. Sobre a utilização de biomassa para produção de energia, o palestrante
destaca que é um combustível de baixo carbono, as fontes podem ser as florestas, as
palhadas e outros resíduos agrícolas como o arroz e derivados. Segundo Segal, o
arroz e derivados, é muito pouco explorado no país, mas, é um mercado muito
importante para o Brasil, lembrando que arroz foi um fator importante para reduzir a
anemia nas crianças em alguns países da Ásia. Com tecnologia esta se produzindo
mais em área menor. A queima da palha é de uma complexidade maior do que a
casca.
Segal explica que com a queima da casca do arroz, o seu poder calorífico é
totalmente eficiente, é uma matéria-prima que tem pouco valor, mas que pode ser
utilizado na cerâmica. Ele explica ainda que, as cinzas da casca do arroz, 25% do
volume, também podem ser usada na indústria da cerâmica, na produção de pneu,
para composto eletrônico, ou seja, ela pode gerar um produto de alto valor
agregado. Sobre o pallets da casca do arroz, o palestrante disse que ele aumenta o
tempo de combustão, é um produto de queima mais limpa e de facilidade de
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estocagem. Segal chama a atenção também das substâncias que podem ser extraídas
da casca do arroz como o Inositol que é um poliol que tem sido utilizado em
medicamentos, o Orizanol, é uma mistura de substâncias antioxidante e
comercializada principalmente nos EUA e Japão, o ácido ferúlio também é um
potente antioxidante e neutraliza radicais livres reduzindo danos ao DNA, ele reduz
colesterol e triglicerídeos. O palestrante salienta que as vezes o grande problema
está na abundância, sendo que temos potencial, mas a matéria-prima não é
valorizada, sendo que devemos buscar parceiros, como as universidades para
estarem buscando novas forma de se queimar e extrair.
O próximo a fazer uso da palavra foi novamente o Antônio Cubano, substituindo o
Wladimir, que não pode estar presente no evento devido a problemas com o seu
voo. Com isso o palestrante substituto, trouxe para os participantes informações
sobre os sistema tunelar e inercial de tratamento de gases de fornos cerâmicos.
Segundo a sua explanação, as experiências com sistema tunelar foram eficientes na
filtragem do particulado, sendo que a combinação de um lavador de gases pode ter
uma filtragem de 100%, ele disse ainda que esse processo se encontra em fase de
patente e deve ser definido em um equipamento único destinado ao uso da indústria
cerâmica e similares.
Cubano explica que a grande vantagem dessa filtragem é a geração de resíduos que
podem ser totalmente neutralizados dentro do próprio processo de produção não
gerando despesas extras.
Outro que fez uso da palavra, foi o representante do sindicato da categoria, o
professor Fernando Fernandes, que falou rapidamente aos presentes sobre as fontes
energéticas renováveis. Fernandes ressaltou que no Tocantins já se desenvolve
pesquisas no ramo cerâmico, buscando novas tecnologias, visando obter a eficiência
energética. O palestrante explanou que com a utilização da biomassa, (matéria
orgânica como a casca do arroz, a palha), podemos está reaproveitamento uma
matéria que temos em abundância. Ele ressalta que três cerâmicas no estado fazem
esse reaproveitamento, mostrando preocupação com controle ambiental e obtendo
vantagens com isso. Fernandes disse ainda que após o seminário estarão elaborando
um projeto visando otimizar a queima nos fornos cerâmicos, justificando que temos
a riqueza e estamos jogando-a fora. Ele cita que em Formoso do Araguaia, por
exemplo, tem locais que a palha esta estragando, estamos perdendo energia. O
palestrante disse ainda que existem estudos sendo realizados pela UFT, junto com a
Universidade Católica, visando utilizar lodo para produzir energia, o palestrante
finalizou ressaltando que há a necessidade de mudanças, que na UFT existem
grandes pesquisas na área de resíduos, mas que ainda é incipiente para a realidade
local e chama a atenção para importância em investimentos em pesquisa, onde
segundo ele, não havendo pesquisas, as empresas locais não serão competitivas e
não vão durar muito.
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Propostas
 Promover a atualização da indústria ceramista do Tocantins, buscando a sua
inovação tecnológica, visando diminuir a enorme distancia evolutiva com os
grandes centros;
 Buscar a implantação de um laboratório que atenda as demandas do setor com
disponibilização e logística para atender a todo o estado;
 Incentivar a pesquisa que envolve a cadeia ceramista, principalmente na busca de
uma maior eficiência térmica com a utilização de matéria-prima abundante na
região.
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Encontro Empresarial
Empreender FACIET/Sebrae
Foi apresentado o crescimento do Empreender, com o números de núcleos, regiões e
empresas atendidas, mostrando o sucesso do programa. Há núcleos setoriais com mais
de 20 anos. As em empresas que participam do Empreender, se destacam ganhando
prêmios e mostram que o projeto, independente da região (norte, sul, nordeste...) é
capaz de ser bem sucedido.
O objetivo do Empreender é simples, tem que dar resultado para os empresários.
Reuniões, missões e capacitações que não aumentam o lucro desestimulam a
participação dos empresários. Os núcleos setoriais tem tido a capacidade de gerar
lucros para as empresas, eles têm dado certo, por isso o fortalecimento do projeto
Empreender.
A união é importante para o fortalecimento, a exemplo das grandes empresas se unem
para ter mais competitividade, isso também é necessário entre os pequenos, que
juntos ganham mais força para bater na porta das instituições que atendem a classe
empresarial, cobrar de governos, negociar, entre outras coisas.
Oportunidades e o gargalo do conhecimento
O palestrante Ênio Pinto, disse que prestar consultoria para empresas é um desafio,
porque quem tem a pretensão de atender quem faz acontecer, deve ser tão ou mais
competente que ele, pois, o maior aprendizado se dá na prática.
O Sebrae no Tocantins apresenta números impressionantes, como o salto de 07 para
77 no número de empreendedores no projeto Empreender. Unir para crescer é o
mantra do Empreender.
Empreender é o equilíbrio entre sonhar e tirar o sonho do papel. Tudo no mundo após
o sétimo dia foi realizado por algum empreendedor e a missão do SEBRAE é ajudar o
empresário a empreender.
Em termos de empreendedorismo o Brasil está “bombando”. Qual o desejo do
brasileiro? Pesquisa mostra em terceiro lugar: ter empresa própria. O número de
empreendedores representa o dobro do número de pessoas que querem seguir
carreira em alguma organização. O espírito empreendedor está em alta, o que é
positivo para as instituições como Sebrae que atendem esse público. Trinta por cento
dos brasileiros adultos estão à frente de um empreendimento, hoje, no país. Até a
china fica atrás do Brasil na quantidade de formalização de negócios, e a tendência é
dobrar esse número nos próximos 10 anos, desde que os empreendedores continuem
se capacitando. O Brasil hoje lidera o ranking mundial com 37 milhões de brasileiros
empreendendo, os EUA apresentam apenas 20% de sua população, empreendedora.
O grande desafio do Brasil é a qualificação do empresariado.
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Os que empreendem por necessidade e não por oportunidade representam 1/3 dos
empreendimentos. Os que têm esse perfil, geralmente, não dão atenção ao
empreendimento por encararem-no como uma situação temporária, são pessoas que
começaram seu negócio porque não conseguiram inserção no mercado de trabalho, na
verdade, um emprego era seu objetivo. Por isso, há pouco investimento em inovação,
muito amadorismo e da falta de capacitação, fatores que contribuem diretamente
para o alto índice de mortalidade das empresas.
Ao contrário dos grandes, o pequeno empreendedor geralmente quebra junto com o
negócio, como pessoa física também. Começa não pagando os impostos, depois
diminuindo estoque, no final está tirando do bolso para tentar salvar o negócio. Há
quem pensa até em suicídio. Isso mostra que o nível de comprometimento entre o
empreendedor e seu negócio é grande e a solução para esses problemas está na
inovação (solução criativa para um problema, algo novo que gera resultado) e na
diferenciação.
Exemplo das ruas: dentre várias carroças vendendo milho,
uma se destacava pelo movimento, não havia diferença na
aparência, nem na higiene, em na forma de divulgação do
produto, mas a que tinha mais movimento tinha um detalhe
agregado à venda do milho: por apenas 50 centavos o
consumidor levava, também, um fio dental.
A preocupação da inovação é em coisas bem ordinárias do
dia a dia. Um vídeo mostra uma técnica chinesa para se
dobrar uma camiseta em dois movimentos, iniciativa banal
que otimiza o trabalho.
A inovação depende da capacidade de se flexibilizar o modelo mental, ou seja, seu
raciocínio, seus paradigmas. Exemplo do empresário que dirigindo em seu caminho
rotineiro, por uma estrada sem movimento foi surpreendido por algo inesperado, um
carro desgovernado, dirigido por uma mulher que passou por ele e gritou: “porco”, ao
que ele respondeu: “vaca”. Logo à frente ele bateu em um porco e ela, esperando a
vaca, seguiu mais atenta. É preciso vencer os preconceitos para não correr riscos
previsíveis e não perder oportunidades inesperadas.
Em uma dinâmica com a plateia, foi apresentado o seguinte desafio: nove pontos
aparecem na tela, dispostos em forma de quadrado, a proposta é fazer a união de
todos com apenas quatro linhas retas, sem passar mais de uma vez sobre o mesmo
ponto. Apresenta-se a solução. Porque a maioria ao consegue resolver esse problema?
Foi preciso manter a mente aberta para novas possibilidades que não fossem a forma
de quadrado em que os pontos estavam dispostos. O que não é proibido, é permitido:
uma regra empresarial. Novo desafio: unir todos os pontos com uma única reta.
Solução: dispô-los em linha reta, os pontos não precisavam permanecer na disposição
inicial.
A flexibilização do modelo mental ajuda a resolver problemas. Agora, como unir os
pontos com uma única reta, sem tirar os pontos do lugar? Solução: usar uma reta
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larga. Novamente, como unir todos os pontos sem tirar do lugar, usando uma única
reta fina? É possível usar a flexibilidade do papel e com ele formar uma circunferência,
traçar a reta como se estivesse dando a volta ao mundo e ligar todos os pontos. O
povo brasileiro é criativo nas artes, mas precisa ir além, transferindo essa criatividade
para seus negócios.
Almir Klink, conta sobre sua experiência de viver no polo sul sozinho em um barco
durante o inverno. Em determinado dia algo batia forte do lado de fora. De sunga
dentro da cabine onde fazia 25 graus, fora dela 45 graus negativos. O barulho era o
mastro que se soltara, um risco de rasgar a vela, o que seria um desastre. Saiu
correndo, para salvar a vela, topou numa chave inglesa e teve fratura exposta. Quando
voltou para a cabine algo o incomodou mais que o machucado: ele não tinha em quem
colocar a culpa, fora ele quem deixara a chave fora do lugar. É próprio do brasileiro
terceirizar a culpa. O mercado interno está “bombando” no Brasil. Você tem tudo pra
ter sucesso, depende só de você.
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Case de sucesso
Mariane Bergmann Canadas, da Associação Comercial de Florianópolis.
O objetivo é mostrar o modelo gestão inovadora implementado pela Associação
Comercial de Florianópolis, que conseguiu dobrar o número de associados entre
2009 a 2013. Sendo que 90% dos associados é de microempresas e MEI.
Os núcleos do Empreender são formados por empresas pequenas e familiares. A
associação implantou seis pontos, em diferentes áreas da cidade, para atender o
empresariado. Conta com força participativa na prefeitura e possui um plano
interno de cargos e salários para manter os funcionários.
O Empreender começou com poucos núcleos. Alguns têm mais de 13 anos, mas há
os que não permanecem, a diferença está na vontade do empresário em conseguir
resultado. A associação não dá dinheiro aos empresários, não patrocina caravanas
ou outras atividades empresariais, mas ela é parceira, fornece consultoria, faz
articulação com Sebrae e outros órgãos, e o empresário fica responsável por
investir na sua participação em feiras, seminários, caravanas.
Uma constatação é que o empresário é muito mais cruel quando se decepciona
com o núcleo do que quando se decepciona com sua empresa, muitos se afastam
por não concordarem com decisões tomadas. É importante permanecer no núcleo.
Os núcleos, para darem certo, tiveram que voltar à metodologia.
A associação também garantiu uma gestão de continuidade ao valorizar as pessoas,
isso é necessário nas empresas, nos núcleos, em todos os lugares. As associações
sofrem como os governos quando mudam os gestores, talvez o próximo presidente
não ache interessante investir no projeto. Nesse sentido, a continuidade é
importante para minimizar os riscos. Com motivação, as pessoas que já passaram
pela gestão continuam como voluntários no processo.
A inclusão de núcleos vem por demanda externa, é o empresário do segmento que
motivado procura outros para fazer as coisas funcionarem melhor. A associação
também não investe em núcleos que não têm viabilidade. Ex. empresários de vídeo
locadoras que procuraram foi negado porque é um mercado em queda, com
produtos ultrapassados, o segmento precisa se atualizar, passar por
transformações.
O consultor deve se dedicar adequadamente aos núcleos não pode atender mais
que cinco núcleos, ao contrário de alguns lugares onde consultores atendem até 13
núcleos. O apoio de estrutura, como projetor, espaço para reuniões, é oferecido
pela associação. Antes de atender um núcleo é importante o consultor estudar e se
interar sobre o segmento a ser atendido. É vantajoso manter os atendimento
sempre o mais próximo da localização do consultor para otimizar o trabalho dos
núcleos, que são divididos em setoriais, multisetorias, territoriais, temáticos e o
comitê aberto (conselho de núcleos para que se mantenham organizados).
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Participação: Nucleado ativo é o que vai a todas as reuniões, que se envolve nas
tarefas, que se dedicam ao núcleo para que haja resultados. Os nucleados que
geram resultado às vezes são poucos e isso gera sobrecarga de responsabilidade e
insatisfação. É preciso saber cobrar dos inativos (que ao assumem
responsabilidades) e dos eventuais (que aparecem de vez em quando), mostrando
que é importante a contrapartida deles, com dedicação e compromisso, para que
venham resultados para todos.
Cada núcleo possui uma organização. O consultor modera as reuniões, faz
orientação do grupo, controla planejamento e atividade e faz avaliação das
atividades dão dando o grupo.
É preciso mostrar que os núcleos estão dando resultado. Prestação de contas,
mesmo quando não há dinheiro envolvido, estimula o envolvimento das pessoas.
O coordenador representa o núcleo na diretoria, orienta os consultores, atua em
situações críticas pontuais, promove integração entre núcleos, motiva os demais
coordenadores. É uma função voluntária que dá trabalho, mas que gera
aprendizado e consequentemente experiências que levam a lucros.
Importante ressaltar que a metodologia do Empreender é seguida à risca para que
dê certo.
Todos os procedimentos operacionais são organizados por escrito para conseguir
manter o padrão. Mesmo que mudem as pessoas, os procedimentos continuam os
mesmos, até mesmo como moderar reuniões, modelos de relatórios, tudo é por
escrito.
Para saber se um núcleo realmente dá resultados é preciso medir indicadores, fluxo
de caixa, indicativo das vendas com ações de marketing, dentre outros, sem isso
pode parecer que o núcleo não dá resultado. Mas, quando se faz o controle dos
indicadores é possível ver os resultados.
O projeto realiza ainda premiação para incentivar os núcleos. Há uma avaliação por
questionário que incentiva a competitividade.
Há um balanço de gestão, com prestação de contas, histórico, comparativo,
benchmarking. Sempre que tiverem ações é importante apresentar uma prestação
de contas, mesmo que não haja dinheiro envolvido.
O Empreender reúnem concorrentes na mesma sala para trocarem informações e
trabalharem juntos, fazer plano de marketing conjunto.
É importante o empreendedor estar sempre atento, ler casos, pesquisar, procurar
coisas diferentes para aplicá-las à sua realidade.
Para ter resultado diferente é preciso ter proatividade, vontade, persistência e
paciência. As coisas vão dar errado, mas uma hora elas darão certo.
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O povo no Tocantins é admiravelmente receptivo, educado, simpático, como em
nenhum outro local, é preciso aproveitar essa potencialidade para alavancar os
negócios.
Exemplo de sucesso: núcleo de farmácias.
O empresariado viu a possibilidade de unir farmácias de manipulação para angariarem
vantagens para o setor. O grupo tem reuniões quinzenais, e não se pode faltar a mais
de 30% delas.
Dentro do núcleo, um grupo criou uma associação, SOMAR, de farmácias de
manipulação, através dela tem sido possíveis, atividades como compra em conjunto,
visitações médicas, palestras técnicas gratuitas e até a criação de uma marca de
cosmético.
As palestras técnicas gratuitas para os médicos têm o objetivo de aumentar as
prescrições médicas e divulgar o núcleo. As missões empresariais servem para
aumentar a rede de relacionamento com os fornecedores, conhecer novas tecnologias
e promover atualização técnica. As compras conjuntas de capsulas, balanças,
impressoras, equipamentos, que são adquiridos em grande quantidade pela Somar e
repassados para as empresas, possibilitam maiores prazos para pagamento e
descontos que chegam a 80%. A visitação médica conjunta objetiva aumentar o
número de prescrições de medicamentos e produtos.
A associação chegou ao ponto de desenvolver sua própria marca de cosméticos, algo
que para desenvolverem individualmente sairia caro. A marca é comercializada com
exclusividade pelas farmácias do núcleo.
O núcleo influencia diretamente no resultado financeiro da empresa, os participantes
são comprometidos, as atividades do núcleo têm visibilidade e credibilidade e cria
diferencial para as empresas.
Pessoas de Resultados
A vida é diferente da matemática, não é tão exata, é possível inovar saindo do
quadrado, diz Omar Hennemann. Na vida cada dia que passa não é mais um dia, mas
um dia a menos. A cada ano comemorado é um ao a menos, as pessoas agem como se
não fosse assim e postergam seus compromissos e ações, mas o que é mais grave é
procrastinar os projetos e fica fazendo planos.
Depois que se me formar, descasar, criar os filhos, aumentar a loja, consertar
relacionamentos, vai cuidar de si mesmo. Assim vai se arrumando desculpas e
terceirizando a culpa.
É preciso refletir sobre a vida que deixamos passar. A vida é uma partida de futebol,
com começo meio e fim, festa, estádio cheio, gente aplaudindo, gente vaiando... Nem
sempre tem gol, nem sempre dá pra ensaiar coreografia, nem sempre há vibração para
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comemorar as vitórias, nem sempre há homenagens e reconhecimento, nem sempre
tem-se espírito de liderança pra comandar o jogo, nem sempre estamos nas
manchetes de jornais com a bola cheia. Às vezes a bola está murcha, há
esmorecimento, desânimo, queixas, mas a vida continua. Quando as coisas não dão
certo não se deve desistir. Dalai Lama fez uma palestra e foi aplaudido de pé, de
repente veio um casal com um buque de flores, passou por ele e colocou as flores em
um vaso no fundo de acordo com a tradição japonesa. Ele se frustrou porque criou
uma expectativa falsa. É necessário criar expectativas, mas é preciso saber que elas
podem se frustrar, então é necessário levantar e dar a volta por cima.
A vida também pode ser comparada à formula 1, às vezes é preciso parar no pit stop,
mas, que seja para abastecer, se refazer e voltar ao caminho. Além disso há os
momentos de reconhecimento e o pódio.
A vida não é pra quem se queixa. Negócios não dependem da sorte, não se pode
esperar que as coisas aconteçam. A vida é uma roda gigante, quem está no topo desce,
quem está em baixo sobe, ninguém deve ser subestimado.
Tem gente que compara a vida com a luta de boxe ou com uma escalada. Nunca um
alpinista que desistiu na primeira dificuldade, chegou ao topo, cada um se agarra às
ferramentas e as usam estratégias à sua maneira para chegar ao topo e corres riscos
com segurança. Para se escalar muitas vezes é preciso agarrar-se às pedras que
machucam, as vezes não há uma mão amiga para ajudar, mas na hora da dificuldade
existe um Deus que vibra com seus filhos e está pronto a ajudá-lo a superação.
Quando chega-se ao topo é preciso comemorar, valorizar os bons momentos, perceber
as coisas boas, criar o hábito de enumerar as conquistas ao final de cada ano.
O sabor de chegar ao topo da montanha é inigualável. Mas como chegar lá? É só
segurar na mão de Deus? Competência não se herda, é desenvolvida durante a vida na
busca de conhecimento. Sucesso é pra quem trabalha, se esforça, transpira...
conquistas não caem do céu. Quem quer comer pamonha tem que antes ralar o milho.
Oportunidades passam. Como acontece com uma parabólica, muita gente está
dessintonizada, fora de foco, sem perceber o que acontece em volta, desconectada. É
preciso verificar sempre se as atitudes estão indo ao encontro do que o mercado
busca. Muitas oportunidades não são aproveitadas por falta de iniciativa.
Outro ponto é a criatividade, é preciso exercitá-la, colocar o cérebro na esteira. Usar a
criatividade para diminuir custos de produção, para evitar problemas previsíveis, para
fortalecer relacionamentos.
Falta de Coragem. É necessário assumir a responsabilidade pelo seu desempenho nos
desafios diários. Não se pode terceirizar a culpa, seu sucesso depende da sua
determinação.
É preciso ter humildade para buscar conhecimento.
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É preciso vestir a camisa com orgulho do lugar onde se trabalha e ter consciência clara
de que você é a peça chave para o sucesso da empresa.
Há três grupos de pessoas:
1) Os fracos - sem compromisso com a ética, com a responsabilidade social;
frouxos, que na hora de fazer as coisas tremem; os que andam devagar, com
preguiça; os que reclamam e se queixam do trabalho; os que insistem em não
assumir as responsabilidades, percebem que as coisas estão erradas mas
deixam passar.
2) Há os que não querem perceber que o mundo mudou.
3) Empreendedores – se negam a ver a vida passar, tem a coragem, a
capacidade, a vontade e a garra de arriscar para conquistar, nem sempre
recebem o troféus, mas são campeões. Os sonhos não tem pernas, mas as
pessoas as têm para correr atrás. Precisamos estar prontos para virar o jogo
quando for preciso. É necessário se perceber como parte importante de um
todo. Passar por cima dos próprios preconceitos e das dificuldades.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 96 de
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Agentes de Desenvolvimento Local
Foram abordados no encontro com os agentes de desenvolvimento local, os seguintes
assuntos: Mudanças após a constituição de 1988, Redemocratização nos municípios,
Maior autonomia para os governos locais, Estatuto das cidades e o Novo modelo de
gestão estratégica.
Em fevereiro de 2009 o Sebrae voltou a trabalhar focado em desenvolvimento local.
A Lei geral das MPE foi um desenvolvimento de baixo para cima, após a lei ocorreu um
tratamento diferenciado aos pequenos negócios.
A criação da figura dos Agentes de Desenvolvimento Local aconteceu através da Lei
128/2008.
Caberá ao poder público designar agente de desenvolvimento para efetivação do
disposto nesta lei observando as especificidades locais.
Após a lei criou-se um contesto/conjuntura favorável para sua atuação. A rede de
agentes locais sustenta-se baseada em três pilares: informação, interação e
capacitação.
A perspectiva futura será de capacitação avançada em planejamento, captação e
gestão de recursos.
Foi apresentada as ferramentas na internet para aproximar os agentes, como exemplo
a página dos AD (Agentes de Desenvolvimentos) que valoriza e integra os agentes de
desenvolvimento.
Agentes de desenvolvimento do Tocantins
Na lei está institucionalizada o papel do agente, eu posso me apresentar como um
agente. Se fala muito de inflação, mas o grande problema é o desequilíbrio regional.
Qual a missão dos agentes? Temos que ter uma leitura clara dessa missão. Quem é AD
tem que colocar no coração e internalizar esse papel. No município quantos de nós
estamos vendo os nossos filhos irem embora, por não gerar oportunidades a eles.
Eu acho que o nosso dever é gerar oportunidades, por menor que o município seja.
O palestrante citou um exemplo de um senhor que disse após uma palestra. “Eu
acreditei na compra pública e me dei bem, meu filho não, ele foi embora”.
Estamos vivendo um momento de muitas oportunidades. Temos é que prestar
atenção, temos que aproveitá-las. O momento é bom e é chave para o
desenvolvimento local. Todo agente é consultor e ele deve ser crítico, analítico. Deve
ser transformador, deve propor as novidades e estar no meio do protagonismo.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 97 de
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O AD tem uma oportunidade histórica, que é o de influenciar o desenvolvimento
municipal. Ele não deve entrar em questões pequenas de políticas. Devemos investigar
e saber diagnosticar bem os problemas, não devemos considerar problema o que não
é problema. Para tudo tem solução. O AD precisa conhecer dados e ter informações
sobre o município. As informações proporcionam poder. São as informações que
empoderam o agente.
Avaliar o capital social é importantíssimo. Municípios que querem crescer devem
agregar valor e buscar segurar a renda local. A maioria dos recursos estão em Brasília,
mas para chegar lá tem que ter um bom projeto, é uma disputa. Captar recurso é uma
coisa, gerir é outra. A falta de capitalização adequada, pegar recursos inadequados.
Isso precisa ser avaliado, a logística distributiva é valiosíssima.
Ficar só no FPM destrói a capacidade de desenvolvimento do município.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 98 de
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Casos de sucesso
Chile exporta frutas em condições extremas, com geadas e superfície de
montanha. Atualmente é o país mais desenvolvido da América do Sul. A
criatividade fez a diferença neste país.
Cidade nova serrana era famosa como cidade do calçado falsificado. Então a
cidade se transformou em referência do calçado de qualidade, tem um centro
de pesquisa e atualmente conta com 600 empresas de calçados. Uma fábrica da
Asics.
“O sucesso parece estar ligado à ação. Pessoas prósperas
continuam se mexendo. Cometem erros, mas elas não
desistem”.
Consórcios públicos intermunicipais - “Um instrumento de desenvolvimento
regional”
Duas coisas nos diferenciam dos outros animais - A inteligência e a motivação
O sucesso de qualquer projeto está alicerçado em 6 pilares.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Capacidade de empreender
Recursos
Assistência técnica/tecnologia/conhecimento
Marketing/comercialização
Associativismo/cooperativismo
Pactuação local/parceiros/agentes/comunidade
Estão previstos na constituição de 1988 direitos que nos dão acesso a: saúde,
educação e situações de vulnerabilidade.
Os consórcios desenvolvem a região como um todo. O ato de consorcia-se é uma ação
política e de negociação. No Tocantins existem cinco consórcios atualmente.
Para desenvolver um consórcio, deve-se ter um protocolo de intenções, pois é o
primeiro documento com as clausuras inseridas, contendo o valor do contrato do
consórcio, ratificação do protocolo pelas câmaras municipais, definição do estatuto
social. Deve haver preocupação com os recursos orçamentários alocados, com o rateio
para cada município. Depois vem a execução de serviços públicos. Uma vez criado ele
passa a ser auditado por órgãos competentes.
1º Congresso da Indústria Tocantinense | Carta da Indústria | Página 99 de
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