CONHECENDO MATO GROSSO –VIII DEDICATÓRIA A DEUS, pela graça de viver, pelo dom de escrever. MICRORREGIÃO DE ALTO GUAPORÉ À memória dos meus pais: João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira À memória de minhas irmãs: Maryland e Marilene MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO À querida ex-esposa: Martha Eliani Aos filhos: Diego, Igor e Bárbara. GILSON LIRA Aos irmãos: Jefferson, Gilvanilton, Gilvanete, Wellington e Márcia Maria. Aos netos: Anny Victória, Gilson Lira, Piettra e Beatriz. 2.011 Aos diretores, coordenadores, professores e estudantes que sempre apoiaram o nosso trabalho. 01 02 PREFÁCIO ÍNDICE Há muita reclamação sobre as informações referentes a Mato Grosso, principalmente quando se trata de um concurso público. A dificuldade é grande para se pesquisar sobre a sua história, dados geográficos, econômicos e o próprio potencial turístico. Aliás, no momento em que resolvi pesquisar sobre o nosso Estado foi muito mais para conhecer a grande riqueza que a mãe natureza nos proporcionou do que pela sua história, quase sempre ligada a interesses familiares conforme vinha sendo divulgado ao longo dos anos. Apesar de não ter nascido aqui acabei por amar essa terra como seu filho fosse. E quero através dessa obra, que resolvi dividir em vários volumes, que todos tenham conhecimento não só da história sócio-econômica de cada um dos 141 municípios, mas do seu grande potencial turístico tão pouco explorado nesses últimos anos por todos aqueles que deveriam incluí-lo como fator de arrecadação de receita para em contrapartida aplicar no próprio setor que carece de maiores investimentos. 1. Conquista d’Oeste 05 2. Nova Lacerda 22 3. Pontes e Lacerda 31 4. Vale de São Domingos 44 5. Vila Bela da Santíssima Trindade 53 Gilson Lira 03 04 2 CIDADES DE MATO GROSSO 01. CONQUISTA D’OESTE Conquista d'Oeste é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Sua população estimada em 20010 era de 3.388 habitantes. 05 Localização de Conquista D’Oeste no mapa de Mato Grosso. 06 SÍMBOLOS DO MUNICÍPIO BRASÃO GEOGRAFIA Distância da 538,90 km. Capital Extensão 2.698 Km2 (IBGE) Territorial Localização Mesorregião Sudoeste mato-grossense, Geográfica Microrregião Alto Guaporé. Relevo BANDEIRA Formação Geológica Solo Bacia Hidrográfica Clima 07 Chapada dos Parecis. Planalto Residual Guaporé. Coberturas não dobradas do Fanerozóico, Bacia Quaternária do Guaporé. Coberturas não dobradas do Proterozóico com granitóides aglomerados. Grupo Aguapeí. Complexos metamórficos arqueanos ou pré-cambriano indiferenciado, Complexo basal. Faixa móvel Rondoniana. Brunizem Avermelhado (textura argilosa relevo ondulado). Grandes Bacias do Amazonas. Tropical quente e úmido, com 4 meses de seca, de junho a setembro. Precipitação anual de 1.500 mm, com intensidade máxima em dezembro,janeiro e fevereiro. Temperatura média anual 24ºC, maior máxima 38ºC, e menor 0ºC. 08 4 DADOS GERAIS O município de Cuiabá deu origem ao município Dependência de Vila Bela da Santíssima Trindade do qual Genealógica originou-se Pontes e Lacerda, que deu origem ao município de Conquista D´Oeste. Denominação Conquistense. dos habitantes População 3.388 habitantes (IBGE/ contagem 2010) Eleitores 13.156 (TRE/2006) Distrito Sede. Limites Vila Bela da Santíssima Trindade, Porto Esperidião, Jauru, Barra do Bugres, Tangará da Serra, Campos de Júlio, Nova Lacerda. Comarca Pontes e Lacerda. 09 HISTÓRIA Em 1985 existia a fazenda conquista nessa região onde o Sr. Eliúde Alves da Silva (popularmente conhecido como Leu), era funcionário e morava com sua esposa e seus filhos. Que sempre estava atento com o que acontecia em sua volta, inclusive da grande extensão de terra devoluta e sem uso para produção agrícola. Ao perceber a fertilidade do solo e a não exploração da terra, despertou o interesse em explorá-la já que os donos residiam em São Paulo e pouco dava importância para essa finalidade, passando muito tempo às vezes sem vir visitá-las. Sendo assim, o Léu destinou-se até a serra da borda, localizada em Pontes e Lacerda e convidou alguns homens a ocuparem e desbravarem aquela área, onde em seguida o Sr. Antonio Severino juntamente com alguns colegas tiveram a mesma atitude, pois foram os dois homens que na qual comandavam a ocupação. Com dois pontos de referencia localizada as margens direitas da BR 174 a turma do Leu e do lado esquerdo a turma de Antonio Severino. A partir daí começou-se a definição dos lotes e os barracos. Neste mesmo ano de 1985, quando parecia tranqüilo o Senhor Deusdete de Arruda juntamente com Luiz Baciga que se destinavam para visitar suas famílias na serra da borda, conforme costumavam ficar em média 15 dias na ocupação e 15 dias em casa, logo foram surpreendidos. No momento que iam embarcar no ônibus por uma Toyota do exército com alguns homens que deram voz de prisão, levando-os até o ponto de apoio, onde alguns colegas já se encontravam detidos. 10 Os policiais o detiveram Luiz Baciga na Toyota para mostrar onde estavam os barracos dos demais companheiros, seguindo na estrada que hoje liga centro de Conquista a Serra. Onde foi humilhado e torturado até chegar ao barraco, pois a Toyota ficou escondida no mato enquanto eles caminhavam lentamente mata dentro por uma picada até chegar ao encontro esperado do senhor Antonio Severino que veio ser detido juntamente com outros homens. Neste mesmo dia a polícia saiu para prender o Leu, mas encontrou apenas a esposa, filhos e uma senhora grávida com duas crianças no barraco. Com isso os policiais ficaram aguardando a chegada do então responsável pela ocupação, que foi surpreendido e preso juntamente com todos que ali estavam presentes. No decorrer desses acontecimentos o senhor Floilaz da Silva Murtinho, um dos ocupantes, que por sorte encontrava-se na cidade mãe (Pontes e Lacerda), conhecido como vaiz, ficou sabendo do que estava ocorrendo. Antes que os policiais chegassem até ele, rapidamente buscou apoio do Deputado Estadual José Lacerda para liberação dos companheiros conforme consta nos depoimentos, conseguindo apoio total e finalmente à liberdade dos colegas. Com exceção do Senhor Eliúde Alves da Silva, que ficou preso por mais alguns dias, sendo necessário à contratação do advogado Dr. Sinomar Resende Silva, que diante do seu trabalho conseguiu a liberdade do mesmo. como fonte principal de economia o cultivo da banana. Sendo assim, continuaram apenas comentários que o fazendeiro iria tomar as terras de volta, ocasionando sempre a dúvida do direito adquirido pela terra. Mas graças a Deus e o apoio de José Lacerda e a resistência dos desbravadores tudo ocorreu conforme o esperado. A partir daí a noticia surge conforme o passar do tempo despertando interesse em muitas pessoas que passavam por esta região e que transmitia a notícia por onde passavam aumentando cada vez mais o interesse das pessoas que sonhavam com uma terra produtiva, de subsistência e acima de tudo moradia própria. Uma das pessoas popularmente conhecida que na qual queremos destacar pela função desenvolvida nesta localidade é o Sr. Odélio de Freitas, que tinha intenções de comprar terras no município de Nova Lacerda, mas pretendeu comprar terras em Conquista D Oeste devido verificar a fertilidade do solo, quando retornou a Goiás para buscar sua família e finalmente passar a residir nesta comunidade. Com isso o José Lacerda apoiou a ocupação, garantindo que ninguém viria para expulsa-los da terra, assegurando a permanência no local e o desenvolvimento da agricultura. Tendo Como na ocupação tudo parecia tranqüilo então as famílias já começam a ampliar seus barracos e finalmente a construírem seus lares definitivos, ocasionando a necessidade do desenvolvimento da educação. Em 1987 a senhora Dorvalina Nunes começou a lecionar em um barraco próximo a sua casa, enquanto a senhora Maria José da Silva, filha de Zé Lagoa foi lecionar também próximo à casa de seus pais pouco tempo depois, oferecendo o ensino aprendizagem para que todos os moradores pudessem 11 12 6 frequentar a escola, devido os barracos serem distantes uns dos outros. No ano de 1988 os moradores resolveram a criar a associação para reivindicar seus direitos em busca de apoio político e melhoria de vida. Neste mesmo ano em uma conversa próximo ao antigo posto telefônico, pelos senhores Onório Braga e Odélio de Freitas, surgiu à idéia de formar uma vila, conforme veio ser a pauta principal da reunião seguinte, em que todos concordaram e discutiu sobre o nome a ser denominado a vila, surgindo algumas idéias, mas a que veio prevalecer é a que se denominou o atual município Conquista D` Oeste. Idéia segundo os depoimentos, Conquista devido ter sido uma ocupação sem conflitos ocasionados em mortes e etc., e D`Oeste, devido está localizado na Região Centro Oeste. A partir daí houve a necessidade de buscar apoio político para a realização da demarcação da área e abertura das ruas e avenidas. Quando conseguiram o apoio de Dauri Mariano que era Prefeito de Pontes e Lacerda e do Governador do Estado Carlos Bezerra, que vieram cumprir com seus deveres, deixando a disposição do senhor Odélio maquinários e combustível, além de contratar um engenheiro conhecido como Dr. Ricardo para fazer a planta da vila, além de acompanhar toda demarcação. A partir daí surge à vila e começa a construção das casas. Segundo depoimentos, a primeira casa a ser construída foi do senhor Levino, que residia em Lucialva, chegando no dia 22 de Dezembro de 1988, uma obra rara na comunidade, pois é pré fabricada, sendo desmontada em Lucialva e montada onde sua família reside até hoje. 13 Assim inicia-se o desenvolvimento da vila. Através da doação de alguns fundadores sem bens lucrativos, como o Senhor Chico Sardinha, doando a área para construção da igreja, ganhando como homenagem de seu nome Francisco, o padroeiro da cidade São Francisco de Assis. Um outro doador foi o senhor Froilaz da silva Murtinho, conhecido como Vaz, enquanto os demais recebiam certa porcentagem pela venda dos terrenos. Com novas construções e o aumento populacional foi aumentando, quando chegou até esta vila em 1991 Walmir Guse, que residia na cidade de Jauru - MT, acabava de comprar a serraria do senhor Toninho tendo como Razão Social incomasca. A partir daí Walmir Guse , candidatou-se pela primeira vez para pleitear uma cadeira na câmara de vereadores por Pontes e Lacerda, cidade a qual a comunidade pertencia, sendo eleito e assumindo a cadeira no de 1992. Passando a defender os interesses de Conquista D`Oeste. 14 ECONOMIA A estrutura fundiária do município é caracterizada por pequenos produtores rurais, que exploram a agricultura familiar. Existem no município dois assentamentos rurais, sendo o PA Conquista – que abriga 130 famílias e PA – Sararé – formado por 70 Famílias. A Agricultura não chega a ser expressiva no contexto estadual, em área plantada e em valor da produção, entretanto, é uma atividade que vem crescendo em razão da implantação de novas áreas de plantio, como soja e milho. A pecuária de leite e corte são atividades de maior representação social e econômica para o município. A Apicultura é uma das explorações que agrega valor na rentabilidade, todavia, precisa ser implementada. O setor de hortifrutigranjeiros, demonstra um significativo potencial, emtretanto, necessita de investimentos em estruturas de plasticulturas e utilização de tecnologias de ponta. 15 O Turismo é um dos novos vetores da economia local, contamos com grandes atrativos turísticos, entre eles, o Turismo Indígena, sendo que 51% das áreas são reservas indígenas. Os povos indígenas promovem anualmente a Festa da Colheita, Festa Menina Moça, Batizado dos Índios e Roça de toco. O município tem dois biomas, o Amazônico e o de Cerrado. ABiodiversidade predominante do Município é o Amazônico e suas formações rochosas de relevo proporciona o desenvolvimento do esporte radical e do ecoturismo. O bioma de cerrado possui um ecossistema perfeito com rios, lagos, nascentes, cahoeiras de águas cristalinas próprio para mergulho, modalidade de esporte muito praticada. O Cerrado também tráz histórias do local este onde antes existia o mar depois florestas com uma faúna exuberante de animais exóticos. O mirante das Araras é um local de excelente visão do Vale do Guaporé com paisagens naturais cênicas, também proporciona o esporte de Vôo Livre. O turismo rural também desponta com boas perspectivas, anualmente se promove a EXPOCON – Exposição Agropecuária de Conquista D”Oeste, Rodeios, Festas Tradicionais Juninas, Festa do Padroeiro da Cidade São Francisco de Assis,entre outros eventos. O município é rico em recursos hídricos constitui a grande bacia do Amazonas com potencial para o desenvolvimento da Piscicultura e de lavouras irrigadas. No setor mineral, o município apresenta grande potencial mineral, com destaque para o ouro. 16 8 No comércio de produtos e serviços o município conta com 84 estabelecimentos comerciais e um agente financeiro. O Setor Industrial demonstra excelentes perspectivas de crescimento, principalmene para a implantação de Agroindústrias, temos infra-estrutura, disponibilidade de mão de obra, matéria prima e consumidores em potencial. INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS Indústrias: O setor agroindustrial do município conta com um Laticínio e a Casa do Mel; Comércio: AGROPECUÁRIA Pecuária: A criação de gado de corte e leiteiro é a principal atividade pecuária, sendo a 2ª maior fonte de arrecadação do ICMS para o município. Os estabelecimentos comerciais atendem a todas as necessidades de consumo da população, entre outros, Alimentação, Vestuários, Produtos Farmacêuticos, Eletro -Domésticos, bem como para a expansão da área da industria da construção civil e fornecimento de insumos para o setor produtivo rural. Serviços: Os principais setores de serviços são as oficinas mecânicas e elétricas, borracharias, hotéis, restaurantes e transportes rodoviários. 17 18 POLÍTICA Prefeito: Jair Podavin Ferreira (PT) Vereadores da Legislatura 2009-2012: Igreja Assembleia de Deus de Conquista d’Oeste Josiane Barros de Souza Bezerra (PMDB) Maria Lucia de Oliveira Porto Souza (PP) José Valerio Neto (PT) Janio Henrique Pedretti (DEM) Hermes José Medeiros (DEM) José Carlos de Oliveira (PMDB) Reinaldo Fabiani (PR) Edilson Dutra Pereira (PR) Celio Domissiano Alves (PT) Endereço da Prefeitura Municipal End: Av.dos Oitis, Nº 1200 CEP:78.254-000 Fone:(65)3265-1000/1001/1002 Fax:(65) 3265-1000 Site: www.conquistadoeste.mt.gov.br Matriz de São Francisco de Assis 19 20 10 GALERIA DE PREFEITOS Walmir Guse 2.005/2.008 CIDADES DE MATO GROSSO 02. NOVA LACERDA Jair Podavin 2.009/2.012 Nova Lacerda é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 14º28'34" sul e a uma longitude 59º36'31" oeste, estando a uma altitude de 190 metros. Segundo o censo do IBGE de 2010,o município conta com 5.469 habitantes. Possui uma área territorial de 4.734 km². 21 22 Área Características geográficas 4 734,162 km² [2] População 5 469 hab. Censo IBGE/2010[3] Densidade 1,16 hab./km² Clima Tropical Fuso horário UTC−4 IDH Indicadores 0,719 médio PNUD/2000 [4] PIB R$ 61 239,424 mil IBGE/2008[5] PIB per capita R$ 11 905,02 IBGE/2008[ 23 Localização de Nova Lacerda no mapa de Mato Grosso. 24 12 SÍMBOLOS DE NOVA LACERDA BRASÃO GEOGRAFIA Extensão Territorial Localização Geográfica Relevo 841 km2 (IBGE) 4.386,93 km2 (Município) Sudoeste mato-grossense. Planalto Parecis. Coberturas não dobradas do Fanerozóico. Formação Coberturas dobradas do Proterozóico, com Geológica granitóides associados. Bacia Quaternária do Guaporé e Mesozóica Indivisa. Bacia Grande Bacia Amazônica. Para esta bacia contribui Hidrográfica com a Bacia do Rio Guaporé. Tropical quente e sub-úmido. Precipitação anual de Clima 1.750 mm. Temperatura média anual de 24ºC, maior máxima 38ºC, e menor mínima 0ºC. 25 26 DADOS GERAIS O município de Cuiabá deu origem ao município Dependência de Vila Bela da Santíssima Trindade, que deu Genealógica origem ao município de Comodoro, do qual originou-se o município de Nova Lacerda. Denominação Novo-lacerdenses. dos habitantes População 4.949 habitantes (IBGE/ contagem 2007) IDH 0,719 (SEPLAN/2000) Eleitores 3.046 (TRE/2006) Distrito Sede. Comodoro, Vila Bela da Santíssima Trindade, Limites Pontes e Lacerda e Campos de Júlio. 27 HISTÓRIA O topônimo Nova Lacerda é homenagem ao advogado e político José Lacerda, natural de tradicional família de Cáceres, em Mato Grosso. A denominação da cidade foi dada pelo paraguaio Rafael Villalva, pioneiro da localidade. Justa homenagem. Foram pioneiros Irajá Fagundes, Manoel Poconé, Bernardino Nunes Teixeira, José Luíz Hoffmann e outros. Rafael Villalva, também conhecido por Taim, havia prometido ao deputado José Lacerda que, caso fosse resolvida a questão de posse da terra das famílias que estavam instaladas em áreas rurais, mas que não eram tituladas de forma regular, ele fundaria uma cidade e nela colocaria ou o primeiro nome, ou o sobrenome do parlamentar. O caso foi resolvido com a interveniência do deputado Lacerda e a promessa foi cumprida. Os posseiros receberam seus documentos de posse da terra e Villalva fundou um núcleo, batizando-o de Nova Lacerda. Segundo o fundador do lugar nunca houve outra denominação e nem deverá ter, pois para ele este nome significa uma prova de amizade eterna. O termo "Nova" foi acrescentado para diferenciá-lo do topônimo Pontes e Lacerda, município vizinho, comumente chamado de Lacerda pelos viajantes e pelos moradores do lugar, e não pelo nome completo Pontes e Lacerda. O município de Nova Lacerda foi criado através da Lei Estadual nº 6.722, de 26 de dezembro de 1995, com território desmembrado dos municípios de Comodoro e Vila Bela da Santíssima Trindade. 28 14 ECONOMIA POLÍTICA A base econômica do município de Nova Lacerda e composta pela agricultura, pecuária e extrativismo mineral Prefeito: Valmir Luiz Moretto (DEM) Vereadores da Legislatura 2009-2012: Sebastião Rinaldi (DEM) Carlos Pereira Maia (PR) Zinha Aparecida Pereira dos Santos (DEM) Amilton Rodrigues de Freitas (PT) Maria Ivete de Souza Ulian (DEM) Rinaldo Miranda Constanci (PP) Antônio Marcos Fiuza (PT) Sandro José Spessoto (PMDB) Marcia Bernardino da Silveira Golembiouski (PSL) Endereço da Prefeitura Municipal End: Av.16 de Julho, S/Nº Centro CEP:78.245-000 Fone/Fax : (65) 3259-4045 E-mail: [email protected] A agricultura e a pecuária comandam a economia local. 29 30 CIDADES DE MATO GROSSO 03. PONTES E LACERDA Pontes e Lacerda é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a 450 km de Cuiabá, a uma latitude 15º13'34" sul e a uma longitude 59º20'07" oeste, estando a uma altitude de 254 metros. Sua população estimada em 2010 era de 42.429 habitantes. Possui uma área de 8.423 km². 31 Características geográficas 8.423,347 km² 41.386 hab. est. IBGE/2010 5,0 hab./km² 254 m Não disponível UTC-4 Indicadores IDH 0,753 médio PNUD/2000 PIB R$ 354.403 mil IBGE/2005 PIB per capita R$ 8.513,00 IBGE/2005 [ Área População Densidade Altitude Clima Fuso horário Localização de Pontes e Lacerda no mapa do Estado. 32 16 SÍMBOLOS DO MUNICÍPIO BRASÃO Hino de Pontes e Lacerda No interior do Estado de Mato Grosso À margem esquerda do Rio Guaporé Está situada nossa Pontes e Lacerda A princesinha do Vale do Guaporé Pontes e Lacerda, cidade progresso Terra fértil e de muito sucesso Os teus filhos de ti se orgulham Pois aqui é lugar de fartura Pontes e Lacerda, cidade querida Um pedaço de nossa nação De ti jamais me esquecerei Pois tu moras em meu coração BANDEIRA Sua fauna e flora não há outra igual Seu perfil é de cidade imortal O teu povo por ti lutará Um lugar bom como esse não há Sua economia de base primária Destacando agricultura e pecuária Seu turismo não perde jamais Com tantas belezas naturais Estribilho Os bandeirantes das selvas, Rondon Força viva da raça feliz O teu nome enaltece este solo Grande solo que eleva o país 33 O teu futuro o Cruzeiro ilumina Abençoa o teu povo viril Os teus filhos te cobrem de glória Muito orgulho tu dás ao Brasil 34 HISTÓRIA A região do vale do Guaporé remonta desde o período do Brasil colônia de Portugal, quando por interesses da coroa há uma prédefinição sobre os limites da fronteira oeste entre os domínios lusitanos e espanhóis. Para tanto em meados do século XVIII após descoberta e inicio da exploração do ouro na região, é criada a Capitania de Mato Grosso e fundada Vila Bela da SS. Trindade para ser sua capital. A atividade garimpeira impulsionou o transporte fluvial, a criação de gado, a pesca e o cultivo de lavouras para sua sustentação durante muitos anos até a transferência da capital para Cuiabá e a paralisação total da exploração do ouro. Com a transferência da capital e o advento da independência do Brasil, esta região fica totalmente isolada de outras localidades do País acerca de 86 anos, quando é redescoberta pela Comissão Rondon. O Surgimento de Pontes e Lacerda: O nome do Município "Pontes e Lacerda" vêm dos cartógrafos e astrônomos, ANTONIO PIRES DA SILVA PONTES LEMES e FRANCISCO JOSÉ DE LACERDA E ALMEIDA. Ambos tiveram a pedido da coroa portuguesa a função de descobrir, mapear e dar nomes a todos os rios das Bacias Amazônica e do Prata, com a finalidade de atribuir as terras e os limites territoriais entre Espanha e Portugal, conforme determinava os Tratados de Madrid (1750) e de Santo Idelfonso (1777). A partir de Belém do Pará, subiram o Amazonas e seus afluentes, 35 acabaram por chegar a Vila Bela da Ss. Trindade que era a Capital da Capitania de Mato Grosso, por volta de 1784. Em 1906 quando o Marechal Rondon fez construir o Posto de Telégrafos, deu a ele o nome de "Estação Telegráfica Pontes e Lacerda", em homenagem a aqueles que por aqui passaram acerca de 122 anos antes e desenharam os mapas da região, dos quais Rondon utilizava para se localizar e determinar os rumos na implantação dos postes e fios do telégrafo nos sertões. No dia 19 de Julho de 1907 através do Decreto 227, o então presidente do Estado de Mato Grosso assina Dr. Mário Correa da Costa, cria uma reserva de terras na margem esquerda do Rio Guaporé com área de 3.600 hectares, para futura povoação. No aspecto político-social, Pontes e Lacerda continuou sendo apenas uma Estação de retransmissão telegráfica tendo como moradores apenas os pertencentes a três famílias, que tinham a função de mantê-lo em funcionamento. Somente em 1947 chega por aqui o Sr. MARIANO PIRES DE CAMPOS que se ocupava com a extração, secagem e comércio da poaia e logo fixou residência ao lado do Posto de Telégrafo. Povoação: Na década de 1950 começam chegar alguns emigrantes de outros estados, se ocupando da formação de fazendas para criação de gado e cultivo de pequenas roças, sendo essas atividades mais intensificadas na década de 1960, com a chegada das máquinas do extinto DNER para construção da estrada (BR 174) ligando Cáceres - Pontes e Lacerda - Vila Bela da Ss. Trindade, que era a sede do Município. 36 18 A década de 1970 foi a mais relevante no sentido de aumento populacional, pois diariamente surgiam famílias em grande quantidade, oriundas dos Estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, sul do Estado de Mato Grosso, (hoje Mato Grosso do Sul) entre outros. Também é criado o escritório da CODEMAT Companhia Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso, para regularização dos terrenos, ruas e outros setores surgindo então o aspecto urbano de Pontes e Lacerda. Em 15/11/1982 é eleito o primeiro prefeito do Município, para o mandato de 06 anos, o Sr. Dionir de Freitas Queiróz, juntamente com a primeira Câmara de Vereadores. Em 15 de Novembro de 1988 é eleito o prefeito Dr. Dauri Alves Mariano para o mandato de 04 anos. Em 03 de Outubro de 1992 novamente é eleito o Sr. Dionir de Freitas Queiroz para mandato de 04 anos, seguido pelo Dr. Décio Cipriano Maniçoba eleito em 03 de Outubro de 1996 para mandato de 04 anos. O então viceprefeito João Bento Neto, assume o comando do Município por nove meses entre 1999 e 2000. Em 03 de outubro de 2000, é eleito o Engº Nelson Miura, para mandato de 04 anos. Atualmente o prefeito municipal é o Sr. Newton de Freitas Miotto, eleito em 03 de outubro de 2004 e reeleito em 05 de Outubro de 2008 com mandatos de 04 anos. O desenvolvimento econômico de Pontes e Lacerda foi consoante ao aumento de sua população e a abertura de novas frentes no aproveitamento das terras férteis do Vale do Guaporé, além da extração do ouro e madeira, promoveram grande impulso na geração de riquezas para o município. Hoje a economia está centrada na pecuária de leite e de corte, com um rebanho bovino na faixa de 750.000 cabeças, contando o município com três lacticínios e três frigoríficos para beneficiamento dos produtos deste setor. O rebanho bovino é o 4.º colocado no estado em quantidade e o 1.º em qualidade genética, sendo ainda um dos primeiros do País neste aspecto. A agricultura está baseada em pequenas roças para consumo familiar, com cultivo de tubérculos e hortaliças assim como criação de suínos, ovinos e aves para atender o mercado local e em grande escala com cultivo de milho e soja estando estes em fase de expansão no município. Sua população está estimada em 45.000 habitantes distribuídos na zona urbana e rural. O ensino universitário conta com um campus da UNEMAT, UAB e do IF/MT, extensões da UNIC, UNITEP, EADCOM, CEFAPRO e Instituto Jurídico Brasileiro, somando todos mais de 900 alunos matriculados em 17 cursos superiores. Com um comércio bastante movimentado, conta com 1.657 empresas ativas nos setores de comércio, indústria e serviços, 1.776 imóveis rurais e 14.056 urbanos cadastrados. O setor de turismo está sendo implementado no município, na área do agronegócio por ser a região dotada de organizadas fazendas de cria e engorda de bovinos e culturas permanentes 37 38 Criação do Município populacional: e o crescimento econômico e Em 1979 através da Lei 4.167 de 29/12 é criado o Município que vem a ser instalado em 14 de Fevereiro de 1981 tendo como primeiro administrador através de nomeação, o Sr. Gercino Rodrigues de Souza. (seringueira), a exploração do potencial turístico natural, exibidos pelo Rio Guaporé e seus afluentes, a Serra de Santa Bárbara com cachoeiras e cascatas, próprias para visitação e práticas de esportes radicais, além da abundância da fauna e da flora amazônica. Por: Gilmar Maldonado Roman GEOGRAFIA Pontes e Lacerda faz divisa com as cidades de Conquista D'Oeste (norte), Vale de São Domingos (norte e leste), Vila Bela da Santíssima Trindade (sul e oeste) e Porto Esperidião (sul e leste). O quadro geomorfológico do município é composto por planícies, pelo Planalto do Parecis, pela Depressão do Guaporé e pelo Pantanal do Alto Guaporé, que compõem o Vale do Guaporé, área de transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado. O solos predominantes são o latossolo e o podizólico. A formação vegetal típica da região é representada em grande parte de Floresta Estacional Semidecidual e Cerrado. A intensa exploração do garimpo marca o relevo até hoje. CLIMA O clima predominante é o tropical úmido, que compreende a estação chuvosa e no inverno a estação seca. A temperatura média anual é de 25°C. A precipitação média anual é de 1500 mm. O Rio Guaporé, que passa pela cidade, está inserido na Bacia Amazônica, na sub-bacia do Alto Guaporé. Vista aérea de Pontes e Lacerda. 39 40 20 ECONOMIA A economia de Pontes e Lacerda no princÍpio da colonização, esteve ligada à extração da poaia e pele de animais silvestres. A partir do final da década de 60 e durante as décadas de 70 e 80 do século XX, a extração e desdobramento da madeira foi o principal fator de renda da população, principalmente das essências mogno e cerejeira cuja região era abundante, quando alguns madeireiros se tornaram ricos proprietários de terras, bovinos e prédios comerciais e residenciais. Ainda no final da década de 80 e princípios da década de 90 do século passado, o garimpo do ouro foi muito fluente no município, aquecendo sobremaneira a economia local e movimentando toda a região. Hoje, a economia está baseada na produção de bovinos de leite e de corte, se colocando em quarto lugar no Estado de Mato Grosso, com mais de 700.000 cabeças, é um dos maiores exportadores de carne do estado, sendo detentor das primeiras colocações no ranking de qualidade genética do Brasil, e de produção de látex de seringueira (heveicultura), com processamento do produto in natura. No município possuem 02 frigorificos para abate de bovinos, 03 laticinios em pleno funcionamento e uma usina de biodiesel a ser implantada. A ovinocultura também é fator preponderante da economia Pontes-lacerdense seguida da piscicultura. A pecuária de leite e de corte está em 4º lugar em Mato Grosso. Indústria local cresce impulsionando o progresso. 41 42 TURISMO CIDADES DE MATO GROSSO 04. VALE DE SÃO DOMINGOS Festival de Pesca, uma grande atração. A natureza fez a arte no rio Guaporé. 43 Vale de São Domingos é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Segundo o censo do IBGE de 2009, o município conta com 2.955 habitantes. 44 22 Características geográficas Área 2 001,347 km² [2] População 3 058 hab. Censo IBGE/2010[3] Densidade 1,53 hab./km² Clima Tropical subúmido Aw Fuso horário UTC−4 Indicadores PIB R$ 29 032,867 mil IBGE/2008[4] PIB per capita R$ 9 825,00 IBGE/2008[4] Localização de Vale de São Domingos no mapa de Mato Grosso. 45 46 HISTÓRIA Vale de São Domingos emancipou-se em 28 de dezembro de 1999, desmembrado do município de Pontes e Lacerda. O município de Vale São Domingos foi criado através da Lei Estadual nº 7.231, de 28 de Dezembro de 1999, de autoria do deputado estadual José Lacerda, com território desmembrado de Pontes e Lacerda. A primeira tentativa de criação do município foi feita pelo deputado Dionir de Freitas, através do Protocolo de nº 3.076/91 e Processo 413/91, apresentou um Projeto de Lei que pleiteava a emancipação da localidade em 10 de Outubro de 1991. A justificativa apresentada o deputado Freitas, mostrou o porque de sua proposta ...o povoado de São Domingos, como inicialmente era chamado até sua elevação à categoria de distrito, vem experimentando um crescimento urbano ininterrupto. São inúmeras residências que abrigam centenas de famílias, diversos estabelecimentos comerciais e públicos. Apesar dos esforços o município não foi criado. Passaram-se alguns anos e o deputado José Lacerda chamou para si a responsabilidade da criação do atual município. Apresentou o Projeto de Lei nº 12/98, justificando que ...a partir da necessidade dos colonos assentados na gleba de nome São Domingos em buscar um melhor entrosamento comercial. Afirmou também que o crescimento local não era maior em virtude da distância que separa São Domigos de Pontes e Lacerda, tornando difícil e dispendiosa a tarefa de conservação de estrada e realização de obras vitais à economia local. O Decreto Legislativo nº 2.937, de 26 de Outubro de 1999, permitiu que o Tribunal Regional Eleitoral autorizasse a realização de uma 47 consulta plebiscitária relativa à criação do município de Vale de São Domingos. Nesta época o escrivão eleitoral sr. Hélder Costa, de Pontes e Lacerda, expediu certidão mostrando que o distrito de São Domingos, na 25º Zona Eleitoral, contava com dois locais de votação - Patrimônio de São Domingos e Barracão Queimado, apresentando 2.322 eleitores aptos a votarem. Pronto, era o suficiente para que o TRE/MT aprovasse o plebiscito, que foi realizado e a resposta foi um uníssono sim. Corixo em São Domingos, uma maravilha da natureza. 48 24 GEOGRAFIA Distância da Capital Extensão Territorial Localização Geográfica Relevo Formação Geológica Solo Bacia Hidrográfica Clima DADOS GERAIS 443km. 2.001 km2 (IBGE) Mesorregião Sudoeste mato-grossense. Microrregião Alto Guaporé. Chapada dos Parecis. Planalto Residual Guaporé, Serra de Santa Bárbara. Coberturas dobradas do Fanerozóico, Bacia quaternária do Guaporé. Coberturas não dobradas dobProterozóico, com granitóides aglomerados. Grupo Aguapeí. Complexos metamórficos arqueanos ou pré-cambrianos indiferenciado, Complexo Basal. Faixa móvel Rondoniana. Glei pouco Húmico (TB distrófico A moderado testura média, relevo plano), Solos Litólicos (solo litólico distrófico A moderado Testura média, relevo forte ondulado, Brunizem Avermelhado (textura argilosa). Grande Bacia do Amazonas. Para esta bacia contribuem as do Guaporé e do Juruena. O município guarda o ponto de estrangulamento oeste do maior divisos de águas da América Latina. O divisor ruma para o leste, alcançando o estrangulamento na região do paralelo 14º 30´ latidude sul e meridiano 55º oeste Gr. A seguir o divisor toma o rumo SE até encontrar o estrangulamento extremo leste na região do paralelo 18º sul e o meridiano 51º oeste Gr. Tropical quente e úmido, com quatro meses de seca, de junho a setembro. Precipitação anual de 1.500 mm, com intensidade máxim de chuvas em dexembro, janeiro e fevereiro. Temperatura média anual de 24ºC, maior máxima de 38ºC, e menor mínima de 0ºC. 49 O município de Cuiabá deu origem ao município de Vila Bela da Santíssima Trindade, que deu Dependência origem ao município de Pontes e Lacerda, que Genealógica deu origem ao município de Vale de São Domingos. Denominação Dominguenses ou Vale-dominguenses. dos habitantes População 3.058 habitantes (IBGE/ contagem 2010) Eleitores 2.527 (TRE/2006) Distrito Sede. Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Jauru, Limites Barra do Bugres, Tangará da Serra e Conquista d´Oeste. Comarca Pontes e Lacerda. 50 ECONOMIA POLÍTICA Entre as principais atividades econômicas do município de Vale de São Domingos destacam -se o extrativismo vegetal e mineral. Pecuária, agricultura e culturas perenes. Prefeito: Geraldo Martins da Silva (PR) Vereadores da Legislatura 2009-2012: Endereço da Prefeitura Municipal End:Av.Tancredo Neves, Nº88 Centro CEP:78.253-000 Fone/Fax:(65)3268-1066/1067/1068 Site: www.pmvalesaodomingos.com.br E-mail: [email protected] 51 52 26 CIDADES DE MATO GROSSO 6. VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE Vila Bela da Santíssima Trindade é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 15º00'29" sul e a uma longitude 59º57'02" oeste, estando a uma altitude de 198 metros. Sua população estimada em 2010 era de 14.491 habitantes. 53 Localização de Vila Bela no mapa do Estado. 54 Características geográficas Área 13 630,948 km² [2] População 14 491 hab. Censo IBGE/2010[3] Densidade 1,06 hab./km² Clima Tropical Fuso horário UTC−4 Indicadores IDH 0,715 médio PNUD/2000 [4] PIB R$ 203 902,674 mil IBGE/2008[5] PIB per capita R$ 14 197,37 IBGE/2008[5] Mapa de Vila Bela da Santíssima Trindade. 55 56 28 GEOGRAFIA Altitude 205 m. Distância da 521 km. Capital Extensão 13. 631 km2 (IBGE) 12.179,43 km2 (Município) Territorial Localização Mesorregião 129, Microrregião 529 - Alto Guaporé. Geográfica Sudoeste mato-grossense. Relevo Planalto Residual do Guaporé, Chapada Parecis. Os testemunhos geológicos indicam a origem do município na Faixa Móvel Rondoniana, retrabalhada Formação posteriormente, nas coberturas não dobradas do Geológica Proterozoico, com granitóides associados, nas coberturas não dobradas do Fanerozóico. Bacia Quaternária do Guaporé. Bacia Grande Bacia Amazônica. Hidrográfica Tropical quente e sub-úmido, com 4 meses de seca, de junho a setembro. Precipitação anual de 1.500 Clima mm, com intensidade máxima em dezembro, janeiro e fevereiro. Temperatura média anual de 24ºC, maior máxima 38ºC, menor 0ºC. 57 DADOS GERAIS Dependência Genealógica Denominação dos habitantes População Eleitores Distrito Limites Comarca Distância de Cuiabá Vila Bela da Santíssima Trindade originou-se diretamente de Cuiabá. Vilabelenses. 14. 491 habitantes (IBGE/ contagem 2007) 8.141 (TRE/2006) Sede, Aguapeí. Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Nova Lacerda, Comodoro e República da Bolívia. Pontes e Lacerda. 480 Km pelas rodovias MT- 246 e BR174/170 58 HISTÓRIA Os irmãos Fernando e Artur Paes de Barros foram os descobridores das Minas do Mato Grosso, nas margens do Rio Galera, no Vale do Guaporé. Nessa expedição se depararam com uma mata grossa, fechada, com altas árvores, quase impenetrável, que se estendia por quase sete léguas. Denominaram-na de Mato Grosso. Posteriormente, em 1746, através de Carta Régia, D. João V determinou a fundação de uma vila nessa região, para servir de ponto de apoio administrativo e militar aos vários pequenos garimpos pulverizados por todo o Vale do Guaporé. Foi a primeira sede da Capitania de Mato Grosso. Com o passar dos tempos, Vila Bela da Santíssima Trindade, ao perder a condição de capital para Cuiabá, passou a chamar-se Matto Grosso. A decadência da cidade Matto Grosso foi tão sensível, que a Assembléia Legislativa editou, em 1878, uma lei extinguindo o município, que foi, no entanto, vetada a 11 de dezembro do mesmo ano, pelo presidente da Província dr. João José Pedrosa. A Lei Estadual nº 4.014, de 29 de novembro de 1978, devolveu a denominação antiga ao município: Vila Bela da Santíssima Trindade. Com a criação da Capitania de Mato Grosso por Carta Régia de 7 de maio de 1748, a nomeação do primeiro Capitão General, D. Antônio Rolim de Moura, para consolidar a posse portuguesa no Vale do Guaporé, este governante recém nomeado fundou Villa Bela da Santíssima Trindade a 19 de março de 1752. O nome do local onde foi fundada a vila, nas margens do Rio Guaporé era Pouso Alegre, no ponto mais ocidental possível do então reino português, escolhido como sede da Capitania pelas condições propícias de terreno, solo e possibilidades de defesa. A escolha do nome provinha do costume da época colonial de designar por Villa a sede municipal e expressão de admiração pelo lugar - bela. 59 Ruínas da Igreja Matriz 60 30 POLÍTICA ECONOMIA Prefeito: As principais atividades econômicas do município de Vila Bela da Santíssima Trindade baseia-se na pecuária, com sistema de cria e recria. Wagner Vicente da Silveira (PT) Vereadores da Legislatura 2009-2012: Clezio Aparecido Freires (PP) Edclay Lopes Coelho (PSB) Joares Soares Nava (PP) Orlando Cesar dos Santos (PP) Janine Elizabeth Francisco Veloso Silva (PR) Antonio Coelho Filho (PMDB) Honório Duran Poshe (PT) Orcírio Echeverria Pleutin (PT) Vicente Avelar de Souza (PT) A agricultura de forma em geral desenvolve-se a contento, inclusive a de subsistência. O extrativismo mineral é parte significativa da economia regional. Endereço da Prefeitura Municipal End: Rua Drº. Mário Corrêa, Nº205 Centro CEP:78.245-000 Fone: (65) 3259-1095 Fax: 3259-1554 E-mail: [email protected] / [email protected] A agricultura de subsistência faz parte da economia. 61 62 TURISMO Cachoeira da Fazenda Serra Negra Cachoeira de Vila Bela Ruínas de Vila Bela, 1ª capital de Mato Grosso. 63 Cachoeira dos Namorados 64 32 Cachoeira do Jatobá Tradicional Festa do Congo. 65 Vista aérea de Vila Bela e Rio Guaporé 66 BIOGRAFIA Gilson Lustosa de Lira é natural de Natal, Rio Grande do Norte, nascido em 7 de março de 1.948, sendo filho de João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira (ambos falecidos). Aos 2 anos de idade, seus pais mudaram-se para a cidade de Cachoeiras de Macacu no Estado do Rio de Janeiro, onde estudou o ensino fundamental no Grupo Escolar “Quintino Bocaiúva” e o ensino médio (técnico em contabilidade) no Colégio Carlos Brandão(CNEC). Concluiu Estudos Sociais na UFMT, Licenciatura Plena em História e Filosofia na APEC (SP) e fez Pós graduação em História e Filosofia na UFMT. Já desde a 6ª no ensino fundamental Lira compunha versos. Quando a professora de Língua Portuguesa passava uma redação, ele pedia para fazer uma poesia. Entretanto, somente quando começou a jogar futebol profissional, ele passou a produzir seus textos poéticos, aproveitando o tempo em que ficava nas concentrações. Assim em 1.979 lançou o seu 1º livro intitulado “Participação Literária” de Crônicas e Pensamentos. E aí não mais parou. 67 Outra paixão na vida do escritor foi o futebol, onde desde os 12 anos já deu os primeiros passos em Cachoeiras de Macacu, tendo atuado no Cachoeirense, 11 Unidos, Ipê e Independente. Posteriormente atuou em Bom Jardim e Nova Friburgo, de onde foi para o Fluminense e Bangu do Rio de Janeiro nas divisões de base, aspirantes e alguns jogos na equipe principal do Bangu até 1.968. A partir daí teve passagens pelo Grêmio de Maringá (PR), Náutico (PE), Galícia (BA), ABC (RN), Grêmio Anapolino(GO), Operário (MT), Comercial (MS) e União (MT). Em Mato Grosso foi onde mais atuou tendo chegado em 1.973 e jogou até 1.980 quando encerrou a carreira no União E. C. de Rondonópolis. Nesse Estado conquistou 14 títulos, sendo 8 pelo Operário (Campeão Estadual(73), Bi-campeão da Copa Cuiabá(73/74), Campeão do Centro-Oeste(74), Campeão dos Torneios Ranulpho Paes de Barros, Semana da Pátria, Norte-Sul e Agripino Bonilha(73/74); e 3 títulos no Comercial (Campeão do Torneio Incentivo(77), Torneio Marcelo Miranda(77) e Taça Campo Grande(78); e 3 títulos no União (Campeão Invicto do Torneio Incentivo 75/76/79). Marcou em Mato Grosso 285 gols, sendo 199 pelo União (é o maior artilheiro de sua história), 41 pelo Operário e 45 pelo Comercial. Foi artilheiro do Campeonato Matogrossense em 1.973/1.975/1.976/1.979. Recordista de gols com 23 marcados numa única temporada e até hoje não ultrapassado. Tri-artilheiro no Torneio Incentivo em 1.976/1.977/1.979. Foi professor de História, Filosofia e Língua Portuguesa, tendo atuado no Colégio Carlos Brandão em Cachoeiras de Macacu (Professor de Contabilidade Geral e Bancária), E.E. Fernando Leite de Campos e EE Licínio Monteiro em Várzea Grande (MT), 68 34 EE La Salle, 13 de Junho, EE Santo Antônio e EE Marechal Dutra, todos em Rondonópolis, MT. No Dutra trabalhou 27 anos dos quais em 11 foi Diretor. Aposentou-se com 31 anos dedicados à Educação em 1º de agosto de 2.003. Após encerrar a carreira no futebol em 1.980, trabalhou na Rádio Juventude de Rondonópolis como comentarista esportivo e posteriormente como Narrador, sendo cognominado “O Microfone Artilheiro” do futebol brasileiro. Atuou também na Rádio Clube, Tropical Fm e foi Apresentador de um programa esportivo na TV Gazeta. Atualmente Gilson Lira cuida do seu site gilsonlirapoesias.com.br e continua escrevendo e lançando os seus livros pelas cidades de Mato Grosso. 69