Se precisar, Dilma privatiza até a mãe
A presidenta Dilma está realizando
um festival de privatizações. Aeroportos,
portos, estradas, petróleo, terminais de
petróleo e o que vier pela frente. Nesse
ritmo, é bom acender o sinal de alerta, em
relação às águas e florestas. Se precisar,
a presidenta privatiza até a mãe. Aliás,
com o leilão do gás de xisto, iniciado nesta
quinta (28), o governo federal já começou
a mandar às favas a mãe-natureza.
Dilma é responsável pelo maior estelionato eleitoral da história. Ganhou as
eleições com discurso contra as privatizações, afirmando que essa era grande
diferença entre ela e o outro candidato (José Serra). É bem possível que nas
próximas eleições, para se justificar, saia
pela tangente, alegando que “não são
privatizações e sim concessões e partilhas”. Mas seja concessão, como no caso
dos aeroportos e do gás de xisto, seja
partilha como no Campo de Libra, imaginem o que vai sobrar depois de 30-40
anos de prospecção? Nada.
Outra mentira que a presidenta-candidata poderá contar nas próximas eleições é que fez tudo isso para aplicar em
educação, saúde, mais empregos, etc. O
fato é que Dilma está promovendo a venda de ativos da Petrobrás e entregando
o nosso ouro-negro por qualquer dinheiro
a empresas estrangeiras para pagar juros das dívidas interna e externa.
Enquanto com a concessão do Aeroporto do Galeão o governo afirma ter
arrecado R$ 20 bi, a entrega do Campo de Libra rendeu de R$ 15 bi (valor
do bônus). Mas será que isso deveria
ser motivo de orgulho, como alardeia a
grande mídia?
Todos esses bilhões pouca serventia terão para o povo brasileiro. O que
a presidenta não diz é que o Brasil está
pagando R$ 2 bilhões por dia de juros da
dívida. Ou seja, o dinheiro arrecadado
com a entrega do maior campo do nosso
pré-sal, no caso de Libra, se esvai em menos de oito dias! O dinheiro arrecadado
com a concessão do Aeroporto do Galeão vira pó em 10 dias, seguindo direto
para o bolso dos banqueiros nacionais e
internacionais. Apesar disso a presidenta não quer fazer a auditoria da dívida.
Cabe perguntar: de que lado ela está?
Assim fica fácil entender porque não
sobra dinheiro para a educação, saúde,
moradia, saneamento básico, reforma
urbana e reforma agrária. Esse é o resultado do conluio entre governo & banqueiros & grande empresários.
ROUSSEFF, FOSTER E CHAMBRIARD PROMOVEM
O “BLACK FREE DAY” DO NOSSO PETRÓLEO E GÁS
Não são apenas os eletrodomésticos, artigos de informática, sapatos,
passagens aéreas e demais produtos de consumo que serão objetos de
uma superliquidação na sexta-feira, 29. Iniciada na quinta (28), a 12ª
Rodada de Leilão vai termina na sexta, incluindo áreas de prospecção
do polêmico gás de xisto. Pelo jeito, Rousseff, Foster e Chambriard decidiram aderir à onda, liquidando também o nosso petróleo e gás.
NOSSOS RIOS, LAGOS E RESERVAS DE
ÁGUA ESTÃO AMEAÇADOS!
Com a realização do leilão de Xisto,
Dilma está se lixando para a proteção
ao meio ambiente. A produção de gás
e petróleo do xisto exige o fraturamento de rochas, num processo que inclui a
utilização de muita água e de mais de
600 produtos químicos. O controle desse
método de produção de gás e petróleo
é falho e o gás e os produtos químicos
costumam vazar, contaminando rios, lençóis freáticos, lagos. Há risco também de
tremores de terra. De um lado, dizem
que o gás pode ficar mais barato. Em
compensação, quanto passará a custar
um simples copo d´água?
No estado americano do Texas, onde
existe a exploração do gás de xisto, pelo
menos 30 municípios já estão completamente sem água potável. Imensos territórios viraram desertos. Nas fazendas,
os animais morrem à míngua. Países com
a França, Alemanha, o Estado de Nova
Iorque e regiões da China, por causa dos
riscos ao meio ambiente, já proibiram a
exploração do xisto!
Já no Brasil é de assustar que, apesar de todo o risco comprovado o governo Dilma está incluindo na 12ª Rodada
de Leilão áreas para exploração do gás
de xisto próximas ao Aqüífero Guarani,
um dos maiores reservatórios de água
potável do mundo, ao Rio São Francisco e a outros mananciais importantes
do qual dependem populações inteiras
para se abastecer de água.
Na audiência pública promovida
pela Agência Nacional do Petróleo, o
representante do IBAMA, que responde
pelo meio ambiente, se disse incompetente para fiscalizar a indústria do xisto que,
aliás, não está sequer regulamentada. O
Ministério Público Federal recomendou a
suspensão do leilão, por ameaçar o meio
ambiente e por razões econômicas. Mas
a ANP não deu importância. Agora o O
MPF vai entrar com ação civil pública,
para tentar barrar os efeitos do leilão.
O Brasil tem petróleo em abundância e poderia entrar para o clube dos
maiores produtores do mundo. Mas tem
sido o seu próprio verdugo, cedendo às
pressões dos Estados Unidos e da China,
que estão determinados a forçar a baixa dos preços no óleo, visando os interesses dos grandes consumidores e importadores (China, Japão, Estados Unidos e
Europa).
Submissa às determinações dos Estados Unidos, a presidenta Dilma abre a
concessão para a exploração do gás de
xisto. Embora o Brasil não precise disso.
Embora os danos ambientais possam trazer prejuízos irreversíveis à nação e ao
povo brasileiro. Então, por que ela insiste. Para puxar o saco dos Estados Unidos
e forçar ainda mais a queda do preço
dos combustíveis no mercado internacional, no curto prazo, pois se possuímos
consideráveis reservas deveríamos nos
alinhar ao lado dos grandes produtores
e não nos grandes consumidores.
Assista ao documentário e confira os
males que a exploração do gás de xisto
pode causar à nossa mãe-natureza:
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tv/">http://www.tvpetroleira.tv/.
A gestão desastrosa de Graça Foster à frente da Petrobrás
Mesmo diante de uma enxurrada
de denúncias envolvendo o empresário
inglês Foster e a Petrobrás, a presidenta Dilma decidiu nomear para a presidência da empresa a sua mulher, Maria
das Graças Foster. Pesavam sobre Foster
acusações de favorecimento, o que não
impediu a indicação de Graça Foster
para assumir a direção da maior empresa do país.
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se reuniu com Maria das Graças Foster, cobrando dela explicações
sobre a veracidade das denúncias. A
presidente da Petrobrás negou todas
elas, veementemente. Dias depois o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro
(Sindipetro-RJ) recebeu documentos que
comprovavam os negócios do marido
dela com a empresa.
Em 1999, quando Graças Foster
trabalhava no Centro de Pesquisa da
Petrobrás (Cenpes), foi envolvida num
escândalo sobre a compra de materiais,
quando ficou evidente o favorecimento a
empresas do seu marido. Essa denúncia
gerou um dossiê, elaborado pelo órgão
de vigilância da companhia (na época,
Divin e atualmente Gerência de Segurança Patrimonial) que foi arquivado
pelo então gerente Camerine, amigo de
Graças Foster.
A gestão de Foster na Petrobrás é
marcada por um plano estratégico de
levar a companhia a se tornar grande
exportadora de petróleo. Foster é uma
entusiasta dos leilões de petróleo e gás.
Para alcançar as metas financeiras importas à empresa, está vendendo os ativos da Petrobrás, o que ela chama de
“Plano de Desinvestimento”.
FHC não conseguiu privatizar a Petrobrás. Esbarrou na resistência dos petroleiros, que fizeram sucessivas greves,
com apoio da sociedade. Ainda assim, o
ex-presidente não desistiu de seus propósitos, dividindo a Petrobrás em unidades de negócio para vendê-la fatiada.
Mas FHC só conseguiu vender 30% de
uma das suas refinarias, a REFAP, no Rio
Grande do Sul.
Já Foster, o com apoio de Dilma, já
vendeu vários ativos da Petrobrás, superando de longe FHC: entregou 40 % do campo
gigante BS-04 ao magnata Eike Batista; a
Bacia Potiguar à Brits Petroleum (BP), entre
outros.
A atual presidente da Petrobrás criou
um programa chamado Procop que visa
cortar custos da companhia. Segundo diz,
“o objetivo é focar nos principais negócios
da empresa”. Nesses cortes já foi vítima o
cafezinho dos empregados, a qualidade
da quentinha dos trabalhadores de turno
do Cenpes (o que acabou gerando uma
greve), a feijoada e o churrasco dos trabalhadores embarcados etc. O problema
é que Foster já vendeu vários campos de
petróleo e anunciou a venda de parte das
refinarias e terminais de petróleo. Paralelamente, Dilma privatizou o campo de
Libra, no primeiro leilão do pré-sal. A Petrobrás ficou somente com 40%, e as empresas estrangeiras com 60%. Indiferente
aos protestos populares, já anunciou para
2015 novos leilões no pré-sal.
A política de recursos humanos da
Petrobrás é um fracasso. Os trabalhadores não conseguem aumento real no
salário. As remunerações variáveis concedidas não contabilizam para a aposentadoria nem contribuem para o fundo
de pensão dos empregados. O plano de
saúde dos trabalhadores está cada vez
mais é aviltado. Muitos tratamentos são
negados, obrigando os trabalhadores
a recorrerem à Justiça. Os empregados
da Petrobrás já são conhecidos como “os
mendigos da indústria do petróleo”. Os
gastos da empresa com recursos humanos representam 3% de seu faturamento,
metade do que gastam as suas concorrentes.
APOSENTADOS E PENSIONISTAS
Há 17 anos a direção da Petrobrás
frauda o direito dos aposentados. Em
resumo, a companhia se arvora em ter
responsabilidade social, mas não cum-
pre o contrato com os aposentados que
precisam recorrer à justiça para ter respeitados direitos firmados em contrato.
Ainda assim a empresa prefere manter as
fraudes, levando em conta que as ações
são individuais e a justiça é lenta. Os trabalhadores aposentados da empresa não
reivindicam benesses. Não querem favores nem “bolsas-família” mas apenas o
reconhecimento de direitos conquistados.
ANISTIA
Essa lei é uma importante ferramenta para corrigir erros de empresas de
governos contra os trabalhadores. No
Brasil foi essa lei que devolveu os direitos
políticos a Leonel Brizola, Miguel Arraes,
Lula, Dilma e outros políticos importantes
de nosso país.
Mas a lei não foi feita somente para
beneficiar os poderosos. O direito à anistia deve ser estendido àqueles que estão
na base da pirâmide, os trabalhadores
foram vítimas de perseguições, muitas vezes por apoiarem lideranças políticas mal
vistas, na época, pelo sistema. As centrais
sindicais, federações e sindicatos estão na
luta para que todos tenham seus direitos
restabelecidos.
QUEM É MAGDA CHAMBRIARD
Funcionária de carreira da Petrobrás,
é incrível a satisfação dessa senhora,
que preside a Agência Nacional de
Petróleo (ANP), com os leilões de nosso petróleo e gás. Sem nenhum constrangimento, ela entrega o patrimônio
nacional como se estivesse vendendo
laranja e banana na feira. Num momento de sinceridade, Magda deixou
escapar, durante uma entrevista coletiva: “Quando eu sair da ANP quero
arranjar um emprego numa grande petrolífera.”. É preciso dizer mais?
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