Efeitos da Temperatura Sobre o Concreto Professora: Carmeanne Effting Equipe: Débora Ganasini Isabeli Zenato Patruni Janine Garcia Jayne Garcia Miqueias Paulo Brikalski 13/04/2015 Efeitos da Temperatura Fatores externos Fatores internos o Condições climáticas (frio e calor) o Umidade do ar o Ação do vento Calor de hidratação do aglomerante é a principal fonte de variação volumétrica Manifestações patológicas Manifestações patológicas o o o o o HIDRATAÇÃO DO CIMENTO RETRAÇÃO POR SECAGEM geram RETRAÇÃO DEVIDA A EFEITOS TÉRMICOS, QUÍMICOS E CAPILARES FLUÊNCIA Tendência a sofrer deformações plásticas ENVELHECIMENTO FISSURAS Mecanismos de Transmissão de Calor Condução relacionado com Coeficiente de condutividade térmica Ineficiente para o concreto Capacidade de reter grande quantidade de calor e dissipá-lo gradativamente em taxas distintas Mecanismos de Transmissão de Calor Convecção Fluido em contato com uma superfície sólida de temperatura diferente Depende da área de contato Pior em estruturas esbeltas exemplos Radiers, grandes lajes, viga-parede fundação superficial que distribui toda a carga da edificação de maneira uniforme no terreno grande relação altura/vão Mecanismos de Transmissão de Calor Radiação Temperatura é transmitida de um corpo de maior temperatura para outro de menor temperatura através do espaço. Desprezível para concreto massa Concreto em contato com fornos e caldeiras Causa deformações em grandes superfícies expostas exemplo Laje de concreto necessidade Fissuras térmicas Juntas de dilatação Hidratação do Cimento Libera calor Reação exotérmica Princípio de conservação de energia Provoca um aumento da temperatura de até 50-60oC o concreto tende a equilibrar a sua temperatura com o ambiente Resulta Gradiente de resfriamento Retração térmica o Quanto maior for o consumo de concreto maior será a influência da hidratação do cimento na questão térmica. o Quanto mais fino for o cimento mais rápidas serão as reações de hidratação e o calor de hidratação será maior. Variação de Temperatura o Ação do frio o Ação do calor Retração térmica Dilatação térmica Maior causadora de fissuras Provoca fissuras por levantamento (quando não dispõe de juntas de dilatação adequadamente espaçadas) o Quanto maiores forem os volumes das estruturas mais lentos serão os efeitos térmicos. o Estruturas esbeltas são mais susceptíveis aos choques térmicos decorrentes de variações bruscas de temperatura. Ação do Frio No Brasil = clima tropical Maiores problemas Natural Devido o Inverno o Altitudes Geadas com ocorrência de gelo e/ou neve potencializada pela ação dos ventos Artificial Devido Solução o Câmaras frigoríficas o Aditivos incorporadores de ar o Relação a/c baixa o Cura adequada • o Temperatura baixa o Relação a/c baixa Maior durabilidade Devido a grande porosidade do concreto, existe uma grande penetração da água e dos gases, que, em regiões de geadas, ocasionam os fenômenos de gelo e degelo, deteriorando a estrutura. Menor resistência a compressão o Choque térmico são mais prejudiciais quando ocorrem no inicio do resfriamento do concreto, pois geram fissuras (primeiro na superfície e depois em toda a sua massa). Ocorre principalmente em estruturas esbeltas. Ação do Calor Ação do Calor Estruturas com A execução de concretos em tempo quente o Uma dimensão muito maior que a outra o Consumo grande de aglomerante (> 400kg/m³) Exemplos Blocos, sapatas e radiers de estruturas sujeitas a grandes carregamentos; pilares e vigas-paredes de grandes estruturas e/ou com elevado consumo de aglomerante; pisos industriais; grandes lajes maçicas. Estruturas pré-moldadas, paredes de reatores e caldeiras. É necessária a Geram muito calor Submete-o a elevações de temperaturas acima daquelas que seriam suportáveis Gera fissuras É necessária a o Pré-refrigeração do concreto com utilização de GELO o Pós-refrigeração do concreto com utilização de tubos com circulação de agua após o inicio do lançamento do concreto até que a temperatura atinja seu máximo. o Utilização de agregados frios. o Evitar a concretagem em horários de sol forte. Modelagem do Problema Térmico Condução térmica de calor no concreto Resolução numérica da Equação de propagação de calor em um meio sólido Calcula a temperatura a partir de hipóteses de lançamento formuladas variáveis o o o o o o o Altura de camada, intervalo e temperatura de lançamento Dosagem do concreto Uso de pós-refrigeração Diferentes tipos de fôrma Temperatura ambiente (varia nas estações do ano) Condições de cura Distância à fundação Análise do Risco de Fissuras Térmicas Deve-se o Analisar as temperaturas o Analisar as tensões e/ou deformações atuantes na estrutura (comparando as tensões de origem térmica com a resistência a tração do concreto) Grau de restrição (critério geral) Restrições Internas Devido a o Coesão interna Externas Devido a o Ligações das estruturas com suas fundações ou com outras estruturas o Ligação com as armaduras Coeficientes de Restriçao segundo ACI 207.2R (ACI, 2007) Análise do Risco de Fissuras Térmicas o Diminuição da altura das camadas de concretagem o Aumento do intervalo de concretagem entre as camadas o Controle no tempo de desforma do concreto Não são suficientes para amenizar o problema térmico, deve-se adotar outras soluções: o Pré-refrigeração (GELO) o Pós-refrigeração (tubos com circulação de agua) Retração Térmica Contração térmica Ocorre devido ao Ocorre mais em Estruturas de grande porte o Reação de hidratação do cimento é TERMOATIVADA Resfriamento nas primeiras idades Inicia-se após a Expansão do concreto (devido a elevação da temperatura gerada pelo calor de hidratação ou pela dificuldade em dissipar o calor) A temperatura tem função catalisadora Acelera a reação o Concreto de alto desempenho Consumo de cimento elevado Acentuada queda de temperatura, uma vez que a superfície de exposição à perda de calor para o ambiente é maior Retração Térmica Contração térmica A SUPERFÍCIE perde mais rapidamente calor do que o NÚCLEO Assim O núcleo terá uma elevação de temperatura maior A propagação de calor do núcleo expandirá a superfície Expansão térmica Mas O concreto possui um modulo de elasticidade baixo e a tensão térmica será absorvida pela fluência A propagação de calor do núcleo expandirá a superfície O concreto ganhará resistência e RIGIDEZ Quando a tensão ou capacidade de deformação de tração for ultrapassada ocorrerá FISSURAS INTERNAS O centro contrairá mais do que a superfície Retração Térmica Contração súbita Gera Tensões de tração na superfície CHOQUE TÉRMICO Se as tenção de tração ou a capacidade de deformação do concreto forem ultrapassadas ocorrerão FISSURAS o Se o isolamento do concreto (para evitar o choque térmico) for removido muito cedo a superfície resfriará mais rápido enquanto o núcleo manterá uma temperatura relativamente mais alta. Retração Térmica Expansão do concreto É proporcional Coeficiente de dilatação térmica linear Nas PRIMEIRAS IDADES (estado PLÁSTICO) Sem restrição Com o aumento da idade Há restrições Fissuras Resultando em As tensões de compressão sejam anuladas e a temperatura continuar caindo, criará tensões de tração no concreto Caso: Gera tensões de compressão Reduz as tensões de compressão Expansão até atingir a temperatura máxima Contração do concreto Fatores que Influenciam a Retração Térmica o o o o o o o o o o o o o Condições climáticas Exposição da estrutura Variações sazonais da temperatura ambiente (estação do ano) Temperaturas de lançamento e de estabilização do concreto Tipos e quantidades de materiais empregados Propriedades do concreto endurecido Dimensões e forma da estrutura Espaçamento das juntas de contração Tipos e tempo de permanência das formas empregadas Tipo e tempo de cura do concreto Altura e intervalos de lançamento das camadas de concretagem Temperatura e propriedades térmicas e elásticas da rocha de fundação Presença de descontinuidades indutoras de fissuras no revelo da rocha de fundação Patologias Associadas à Retração Térmica Principal são as FISSURAS Deterioração da estrutura Abertura de um Caminho livre para a percolação da água Gerando Lixiviação do concreto O cimento é dissolvido pela água e é carregado para fora da laje. Ocorre a perda do cálcio da estrutura. Promovendo Penetração de agentes agressivos e contribuindo para a corrosão das armaduras Aspecto externo da evolução da corrosão da armadura no concreto Fissuras de Retração Térmica Ângulos retos 100 vezes a profundidade da fissura de retração hidráulica Podendo Seccionar a estrutura Ocorre geralmente no Trecho central da peça de concreto Medidas Preventivas da Retração Térmica materiais POZOLÂNICOS reduzem o calor de hidratação o o o o o o o o o cimento com baixo calor de hidratação e finura adequada Escolha dos materiais agregados com maiores Dmáx reduzindo o uso de cimento Uso de concretos mais adequados Estudos de dosagens e de caracterização priorizando o uso de concretos com menores consumos de cimento Zoneamento do concreto Aditivos redutores de água reduzindo o uso de cimento principalmente Alturas das camadas de concretagem máximas possíveis próximas à fundação, Analisar os intervalor e temperaturas de lançamento onde a restrição é maior Juntas Sílica ativa reduz o calor de hidratação em peças estruturais, reduz também a permeabilidade do concreto, aumentando sua durabilidade Juntas Juntas de CONTRAÇÃO Evitam Grandes retrações restringidas do concreto Serve para que as deformações ocorram em uma zona livre de restrição. “Válvula de escape” Juntas CONSTRUTIVAS Reduzem Juntas de DILATAÇÃO Espaçamento e espessura Dependem Necessárias o Propriedades do concreto o Formato da estrutura o Condições ambientais propulsoras das deformações Grandes obras Tensões internas de infraestrutura que impeçam qualquer tipo de Como movimentação da Flexibilidade e estanqueidade estrutura o Pontes Devido o Barragens Perfil elástico PVC de alta densidade o Pavimento rígido Retração ou redução da temperatura Seção enfraquecida (corte ou ranhura na superfície da placa) Juntas Juntas de DILATAÇÃO Juntas CONSTRUTIVAS Selante Juntas de CONTRAÇÃO Pode-se utilizar espaçadores Tela soldada Utilizam barra de transferência Bibliografia ISAIA, G.C. Concreto: Ciência e tecnologia, v. I-II. São Paulo, Instituto Brasileiro do Concreto, IBRACON, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2007. AMERICAN CONCRETE INSTITUTE, ACI 224.R: Control of Cracking in Concrete Structures. Farminftono Hills, American Concrete Institure, 1990 http://www.revistaprisma.com.br/novosite/noticia.asp?cod=3237 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S198341952012000100006&script=sci_arttext&tlng=pt http://www.cimentoitambe.com.br/concretagem-em-tempo-quente/ http://www.vieiramota.com.br/temperatura-revisado.pdf http://pt.whatwhyguide.com/ciencia-e-natureza/efeitos-da-temperatura-noconcreto.php