Transmissão de Calor Definição de Calor: Calor é energia térmica em trânsito motivada por uma diferença de temperatura, sendo sempre transferida do meio mais quente para o meio mais frio. Tipos de Transmissão: é dada de três maneiras por condução, por convecção e por irradiação. 1. Condução térmica É a propagação de calor em que a energia térmica passa de partícula para partícula, sem transporte de matéria. Ocorre principalmente nos metais (condutores térmicos). São exemplos de isolantes térmicos: água, gelo, ar, lã, isopor, vidro, borracha, madeira, serragem, etc. • Aplicações de isolantes térmicos: Exemplo1: Os iglus, embora feitos de gelo, impedem a condução de calor para o meio externo. Elevando, assim sua temperatura interna. Exemplo2: As roupas de frio são um exemplo de isolante térmico; o ar que fica retido entre suas fibras dificulta a condução de calor. Os pelos dos animais e a serragem também são bons isolantes térmicos porque retêm ar. 2. Convecção térmica É a propagação de calor com transporte de matéria. Ocorre somente nos líquidos e gases. Exemplo1: Água no fogo. A água quente na parte inferior, menos densa, sobe, enquanto a água fria na parte superior, mais densa, desce. Esse movimento de água quente e água fria, chamado de corrente de convecção, faz com que a água se aqueça como um todo. Exemplo2: Ar condicionado. Para facilitar o resfriamento de uma sala, o condicionador de ar deve ser colocado na parte superior da mesma. Assim, o ar frio lançado, mais denso, desde, enquanto o ar quente na parte inferior, menos denso, sobe (corrente de convecção). Exemplo3: Geladeira. Para facilitar o resfriamento da geladeira, o congelador deve ser colocado na parte superior da mesma. Assim, o ar frio próximo ao congelador, mais denso, desce, enquanto o ar quente na parte inferior, menos denso, sobe (corrente de convecção). Exemplo5: Brisa litorânea: De dia, o ar junto à areia se aquece e, por ser menos denso, sobe e é substituído pelo ar frio que estava sobre a água. Assim, forma-se a brisa que sobra do mar para a terra, a brisa marítima. À noite, o ar junto à água, agora mais aquecido, sobe e é substituído pelo ar frio que estava sobre a areia. Assim, forma-se a brisa que sopra da terra para o mar, a brisa terrestre. Inversão térmica A inversão térmica é um fenômeno meteorológico facilmente visto a olho nu nas grandes cidades como São Paulo ou Nova York, principalmente no inverno. É aquele facho de luz cinza alaranjado que divide o céu um pouco antes de anoitecer. Para entender o fenômeno é preciso ter em mente o seguinte: o ar quente, menos denso e mais leve, tende a subir e o ar frio, mais denso e pesado, tende a descer. Durante a maioria dos dias, o movimento do ar na atmosfera é vertical e linear. O ar quente, fruto da ação dos raios solares no solo, sobe para dar lugar ao ar frio. Nesse movimento, os poluentes, que são mais quentes e menos densos que o ar, sobem ainda mais e se dispersam. Para que ocorra a inversão térmica é preciso alguns fatores específicos como baixa umidade do ar (comum nos invernos paulistanos, por exemplo). O fenômeno pode ocorrer em qualquer época do ano, mas fica mais intenso nas épocas de noites longas, com baixas temperaturas e pouco vento. Mas o que efetivamente acontece com a inversão térmica? Quando chega o final da tarde de um dia de inverno em São Paulo, os raios solares tornam-se mais difusos e frágeis, assim o solo da cidade se resfria rapidamente. E conseqüentemente, o ar próximo do solo se resfria rapidamente. Aquele ar quente que ainda está na atmosfera continua a subir, mas o ar frio próximo ao solo, por ser mais denso e pesado, fica parado. Assim a temperatura cai ainda mais e os poluentes, que normalmente são "levados" pelo ar quente, acabam retidos na camada mais baixa da atmosfera. • Veja a ilustração abaixo para entender melhor: • Conseqüências funestas Quando ocorre a inversão térmica, os poluentes, que normalmente iriam se dispersar acompanhando o ar quente liberado na terra, ficam presos. A faixa cinza alaranjada é a conseqüência visível do fenômeno. É comum nos invernos paulistanos vários moradores apresentarem problemas de saúde, afinal a poluição atmosférica torna-se mais intensa. Entre os efeitos dos poluentes, é constatado que o monóxido de carbono, que sai dos escapamentos dos veículos, causa disfunções do miocárdio; o dióxido de enxofre, problemas respiratórios. Além desses dois poluentes, várias partículas inaláveis prejudicam a circulação vascular do corpo humano, ampliando as chances, por exemplo, de aumento da pressão arterial. 3. Irradiação térmica É a propagação de calor através de ondas eletromagnéticas, principalmente os raios infravermelhos (chamados de ondas de calor). Ocorre inclusive no vácuo. Exemplo1: A estufa de plantas é feita de vidro, que é transparente à energia radiante do Sol e opaco às ondas de calor emitidas pelos objetos dentro da estufa. Assim, o interior da estufa se mantém a uma temperatura maior do que o exterior. Exemplo2: Na atmosfera terrestre também ocorre o efeito estufa. O gás carbônico (CO2) e os vapores de água presentes no ar funcionam como o vidro: são transparentes à energia radiante que vem do Sol, mas opacos às ondas de calor emitidas pela Terra. Em virtude do aumento considerável de veículos, indústrias e fontes poluidoras em geral, os níveis de gás carbônico e outros gases têm aumentado na atmosfera terrestre. Isso já provocou um aumento na temperatura média da Terra de 1°C, e previsões para um aumento de 1,8°C a 4°C para os próximos 50 anos. GARRAFA TÉRMICA: A garrafa térmica tem por finalidade evitar as propagações de calor. Ela é constituída por uma ampola de vidro com faces espelhadas (as faces espelhadas evitam a irradiação). A ampola tem parede dupla de vidro com vácuo entre elas (o vácuo evita a condução e a convecção). Externamente, uma camada de plástico protege a ampola. EXERCICIOS A PARTIR DA PÁGINA 142 QUESTÕES: 130, 131, 132, 133, 137, 138, 139, 140, 144, 145, 146, 147, 148.