TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO Modelo de Condução Térmica • O mecanismo de transmissão de calor por condução térmica consiste de um Processo de Difusão . • Uma espécie (massa, concentração, temperatura, e outra grandeza escalar) é transportada da região de ‘maior’ concentração para a de ‘baixa’. • Joseph Fourier modelou a difusão em função do gradiente da espécie e de uma constante de proporcionalidade. Modelo de Condução Térmica • O taxa de calor por unidade de área, ou fluxo de calor q”, depende da área onde ele cruza, portanto possui uma natureza vetorial! Y q̇⃗' ' =⃗i q˙ x ' ' +⃗j q˙y ' ' q ′′y q ′′x X Modelo de Condução Térmica • A taxa de calor por unidade de área que cruza uma superfície cuja normal é n, é função do gradiente térmico, dT/dn e da constante de proporcionalidade, k . n r & uur Q ∂T q& ′′ = = −k A ∂n (a) (a) uur r &q ′′ = − k ( dT dn ) T dT/dn n Perfil de temperatura ao longo da linha a-a, paralela ao vetor normal n Condutividade Térmica: (kcal/s)/ (oCm) Alumínio 4,9 × 10-2 Cobre 9,2 × 10-2 Aço 1,1 × 10-2 Ar 5,7 × 10-6 Gelo 4 × 10-4 Madeira 2 × 10-5 Vidro 2 × 10-4 Amianto 2 × 10-5 1 kcal = 4184 J Vácuo →k = 0 (não há difusão térmica no vácuo; para haver difusão é necessário haver um meio para a temperatura difundir! Modelo de Condução Térmica q& ′′x = −k ( dT dx ) • O fluxo de calor na direção x: q& ′′y = −k ( dT dy ) • O fluxo de calor na direção y: q̇⃗' ' =⃗i q˙ x ' ' +⃗j q˙y ' ' Y ∂T q̇⃗' ' = ⃗i k ∂x ∂ T ⃗j k ∂y q̇⃗' '= k ∇ T q ′′y q ′′x X 8-2 Uma lona de freio é pressionada contra um tambor rotativo de aço. Calor é gerado na superfície de contato tambor-lona na taxa de 200 W/m2. 90% do calor gerado passa para o tambor de aço, o restante passa pela lona. Determine o gradiente térmico no ponto de contato tambor-lona q”=0.1x200=20W/m2 q”=0.9x200=180 W/m2 r q” = -kdT/dr→ dT/dr = -q”/k Ex. 8.3 O fluxo de calor na superfície diagonal da cunha de baquelite é de 680 Btu/h.ft2. Determine o fluxo de calor e o gradiente de temperatura nas direções x e y Fluxo calor x, qx = q.sin30o = 340 Btu/h.ft2 Fluxo calor y, qy = q.cos30o= 589 Btu/h.ft2 Grad T, x, → dT/dx = -qx/k Y q ′′ 30o Grad T, y, → dT/dy = -qy/k q ′′y q ′′x X Temperatura e Linhas de Fluxo de Calor As dimensões do domínio afetam o campo de temperatura? Bloco quadrado 1:1 temperatura nas faces 1,0,0,0 Bloco retangular 1:5 temperatura nas faces 1,0,0,0 Temperatura e Linhas de Fluxo de Calor Uma condição 2D pode ser aproximada por uma solução 1D? Campo Temp. Unidimensional Campo Temp. Bidimensional temperatura nas faces: 1,0 temperatura nas faces demais faces isoladas 1,0,1,1 Temperatura e Linhas de Fluxo de Calor Bloco quadrado 1:1 temperatura nas faces 1,0,0,1 Coroa circular temperatura nas faces 1,0,0,0 Temperatura e Linhas de Fluxo de Calor Viga L Faces isoladas Temperatura 1 & 0 nas extremidades Equação da Condução: Balanço Energia (1a Lei) Considere um V.C. infinitesimal, ∆X e ∆Y e a 1a Lei: Q˙gen= ∂ ∫ ρ e d ∀+ fluxo de calor ∂t q̇ ' ' ' ∆ x ∆ y ∆ z =ρc v ∂T ∆ x ∆ y ∆ z +∇ . q̇⃗' ' ∆ x ∆ y ∆ z ∂t Balanço infinitesimal de calor: ρ cv ∂T =q̇ ' ' ' ∂t ∇ . q̇⃗' ' Se regime permanente e sem prod. Interna de calor: ∇ . q̇' '=0 Equação da Condução: Balanço Energia (1a Lei) Substituindo a definição da Lei de Fourier para a equação do calor, sem prod. Interna de calor: ∂T ρ cv = ∇ . q̇⃗' ' = ∇ . ( k ∇ T ) ∂t para k constante: ρ cv ∂T =k ∇ 2 T ∂t Se regime permanente 2 ∇ T =0 Analogia: Regime Permanente • Campo elétrico E → fluxo de calor q” • Potencial elétrico V → Temperatura T r ∇⋅E = 0 r E = ε∇V ∇ ⋅ ∇V = ∇ V = 0 2 ε – dielétrico do meio → uur ∇ ⋅ q& ′′ = 0 uur q& ′′ = −k∇T → ∇ ⋅ ( −k∇T ) = ∇ T = 0 → 2 Formas da Eq. Condução Propriedades Constantes • Cartesiano: ∂ T ∂ T ∂ T ∂T ρC =k 2 + 2 + 2 ∂t ∂y ∂z ∂x 2 2 2 • Cilíndrico ∂T 1 ∂ ∂T ∂ T ∂ T ρC =k r + 2 2 + 2 ∂t ∂z r ∂r ∂r r ∂θ 2 2 Regime Permanente: Lapl.T=0 • O laplaciano da temperatura é uma E.D.P Elípitca. Para resolvê-la é necessário informação em todo o contorno! T na fronteira (Dirichlet) dT/dn na fronteira (Neumann) n Temperatura especificada Condução 1D, Regime Permanente 2 • Equação Geral • Solução Geral dT =0 2 dx T ( x) = A ⋅ x + B PERFIL LINEAR DE TEMPERATURA x=0 x=L x T(L) = 100 T(0) = 0 Solução: Temperatura Especificada 2 dT = 0 2 dx 100 T ( x) = ⋅x+0 L GRADIENTE TEMPERATURA = 100/L q”=-k(100/L) T(0) = 10 Solução: Fluxo Calor Especificado x=0 x=L q”= - 5 W/m2 d2 T =0 2 dx x dT dT q& ′′ q& ′′ = −k → = dx dx k q& ′′ T ( x ) = ⋅ x + 10 k GRADIENTE TEMPERATURA = q”/k q” =k(q” /k) = q” Obs.: q” < 0 pq. está no sentido contrário ao eixo x T(0) = T0 Solução: Coef. Transf Calor Especificado x=0 x=L h= W/m2oC Tamb x h ( TL − Tamb ) dT = −k dx T ( 0 ) =T0 =B → → d2 T =0 2 dx h ( TL − Tamb ) dT =A=− dx k T ( L ) =TL =A ⋅ L+T0 A definição q”=h(TL-Tamb) está de acordo com o sentido do eixo x. Note que se TL > Tamb q”>0 e TL < Tamb, q”<0. x=L/2 x=0 k1 x x=L k2 T(L) = 100 T(0) = 0 Solução: Temperatura Especificada & Dois Materiais, k1> k2 d 2 T dx 2 = 0 Condições Contorno x=0 → T=0 x=L → T=100 x=L/2 → k1dT1/dx = k2dT2/dx Equações x=0 → T0=B1 x=L → TL=B2.L+A2 x=L/2 → k1.A1= k2A2 x=L/2 → A1(L/2)+B1= A2 (L/2)+ B1 TL − T0 q& ′′ = ( L 2k 1 + L 2k 2 ) ∆T & Q = kA L ∆T & Q= R i = ∆e/R onde ou & = hA∆T Q L Rk = kA 1 ou R h = kA i Rk= ∆ T kA & = Q = ( T2 − T1 ) R L i Rc= ( T∞ − T2 ) ∆T & Q= = ∑ R 1 + L hA kA ( T∞ − T1 ) 1 hA = ( T1 − T2 ) L kA & =Q Rk= Relação entre as Resistências R = Rk/(Rc+Rk) Rk hL Biot, Bi = = Rc k Rc >>Rk → R= 0 & Bi <<1 Rc << Rk → R = 1 & Bi >>1 Rc= Rk= Rk R= R c+ Rk Materiais Compostos