MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA Superintendência Regional do Rio Grande do Sul – SR-11 PRA PLANO DE RECUPERAÇÃO DO ASSENTAMENTO JUPIRA/SÃO LEOPOLDO Município de Santana do Livramento, RS. COPTEC – COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA. 2009 Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo SUMARIO EQUIPE TÉCNICA .......................................................................................................... 5 Núcleo Operacional Santana do Livramento ............................................................... 5 Núcleo Sede Porto Alegre ........................................................................................... 5 LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ 6 LISTA DE GRÁFICOS ..................................................................................................... 6 LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... 7 Lista de fotos ................................................................................................................... 8 1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 9 2. IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................................... 11 2.1. Empreendedor .................................................................................................... 11 2.2. Entidade Responsável ........................................................................................ 11 3. METODOLOGIA ........................................................................................................ 12 3.1. Da COPTEC ....................................................................................................... 12 3.2. Procedimentos metodológicos das equipes técnicas.......................................... 15 3.2.1. Diagnósticos ................................................................................................. 15 3.2.2. Planos e programas ..................................................................................... 17 4. CARACTERIZAÇÃO DO ASSENTAMENTO ............................................................ 18 4.1. Caracterização geral do imóvel........................................................................... 18 4.1.1. Geral ............................................................................................................ 18 4.1.2. Específica ..................................................................................................... 18 5. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ASSENTAMENTO........................ 19 5.1. Localização e Acesso ......................................................................................... 19 5.2. Características do Meio Natural .......................................................................... 20 5.2.1. Geologia e Geomorfologia ........................................................................... 20 5.2.2. Relevo .......................................................................................................... 21 5.2.3. Condições climáticas.................................................................................... 21 5.2.4. Vegetação .................................................................................................... 24 5.2.5. Fauna ........................................................................................................... 26 5.2.6. Solos ............................................................................................................ 26 5.2.7. Hidrografia .................................................................................................... 28 5.2.8. Descrição das condições de conservação/degradação da bacia ................. 29 5.3. Diagnóstico sócio econômico do município ........................................................ 30 5.3.1. População .................................................................................................... 30 5.3.2. Economia ..................................................................................................... 32 5.3.3. Condição do produtor ................................................................................... 42 5.3.4. Saúde ........................................................................................................... 43 5.3.5. Educação ..................................................................................................... 45 5.3.6. Condições domiciliares ................................................................................ 48 5.3.7. Políticas públicas.......................................................................................... 48 5.3.8. Indicadores de pobreza e desigualdade....................................................... 50 6. DIAGNÓSTICO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO............................................. 52 6.1. Localização e Acesso ao Assentamento. ........................................................... 52 6.2. Condições Físicas e Edafo.climáticas do Assentamento ................................... 53 6.2.1. Solos ........................................................................................................... 53 6.2.2. Relevo .......................................................................................................... 53 Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 6.2.3. Recursos Hídricos ........................................................................................ 54 6.2.4. Flora e Fauna ............................................................................................... 55 6.2.5. Uso do Solo e Cobertura Vegetal, ................................................................ 56 6.2.6. Reserva Legal e Estratificação Ambiental: ................................................... 56 6.2.7. Capacidade de Uso do Solo: ........................................................................ 57 6.2.8. Análise sucinta dos potencias e limitações dos recursos naturais e da situação ambiental do assentamento ..................................................................... 60 6.3. Situação do Meio Sócio.Econômico e Cultural ................................................... 62 6.3.1. Histórico do assentamento ........................................................................... 62 6.3.2. População do assentamento ........................................................................ 62 6.3.3. Organização social do assentamento .......................................................... 64 6.4. Infra.estrutura Física, Social e Econômica .......................................................... 66 6.5. Sistemas Produtivos ........................................................................................... 67 6.6. Serviços de Apoio à Produção............................................................................ 71 6.7. Crédito ................................................................................................................ 71 6.8. Capacitação Profissional .................................................................................... 72 6.9. Serviços Sociais Básicos .................................................................................... 72 6.9.1. Educação ..................................................................................................... 72 6.9.2. Saúde ........................................................................................................... 73 6.9.3. Saneamento ................................................................................................. 74 6.9.4. Lazer ............................................................................................................ 74 6.9.5. Habitação ..................................................................................................... 74 7. PLANOS .................................................................................................................... 75 7.1. Organização Territorial ....................................................................................... 75 7.1.2. Água ............................................................................................................ 77 7.1.3. Vias de Acesso............................................................................................. 78 7.1.4. Infra.estrutura .............................................................................................. 78 7.1.5. Moradia ........................................................................................................ 79 7.2. Serviços Sociais Básicos .................................................................................... 80 7.2.1. Saúde ........................................................................................................... 81 7.2.2. Educação ..................................................................................................... 82 7.2.3. Cultura e Lazer ............................................................................................. 83 7.2.4. Artesanato .................................................................................................... 83 7.3. Sistemas Produtivos ........................................................................................... 84 7.3.1. Linhas Produtivas ......................................................................................... 85 7.3.2. Diversificação da Produção e Subsistência ................................................. 86 7.3.3. Transição Agroecológica .............................................................................. 87 7.3.7. Cooperação Agrícola (produção e ou comercialização) ............................... 88 7.4. Meio Ambiente .................................................................................................... 88 7.4.1. Área de Preservação Permanente ............................................................... 89 7.4.2. Reserva Legal .............................................................................................. 89 7.4.3. Saneamento ................................................................................................. 90 7.4.4. Educação Ambiental .................................................................................... 90 7.4.5. Lixo............................................................................................................... 91 7.5. Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Plano ........................................ 92 7.5.1. Organização Social ...................................................................................... 92 7.5.2. Gestão dos Planos ....................................................................................... 93 Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 7.6. Assistência Técnica do Acompanhamento à Implantação do Plano ................... 93 8. PROGRAMAS ........................................................................................................... 95 8.1. Programa Organização Territorial ....................................................................... 95 8.1.1. Uso da Terra ................................................................................................ 95 8.1.2. Água ............................................................................................................. 96 8.1.3. Infra.estrutura ............................................................................................... 98 8.2. Programa Social – Serviços básicos.................................................................. 99 8.2.1 Saúde ............................................................................................................ 99 8.2.2. Artesanato .................................................................................................. 103 8.3. Programa Produtivo .......................................................................................... 105 8.3.1. Linhas Produtivas ....................................................................................... 105 8.3.2. Transição agroecológica ............................................................................ 107 8.4. Programa Ambiental ......................................................................................... 109 8.4.1. Reserva legal e APPs ................................................................................ 109 8.5. Programa de desenvolvimento organizacional e de gestão do Plano............... 110 8.6. Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental para o acompanhamento do Plano................................................................................................................... 110 9. PAUTA QUALIFICADA DE REIVINDICAÇÃO ........................................................ 112 9.1. Terra ................................................................................................................. 112 9.2. Água ................................................................................................................. 112 9.3. Estradas............................................................................................................ 113 9.4. Centro Comunitário ........................................................................................... 114 9.5. Saúde ............................................................................................................... 114 9.6. Educação .......................................................................................................... 116 9.7. Manejo do Lixo.................................................................................................. 117 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 119 Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo EQUIPE TÉCNICA Núcleo Operacional Santana do Livramento Andréia Nunes Sá Brito – Eng. Agrônoma –CREA/RS151926 Ângela Schep – Pedagoga Cenair da Conceição Leal – Técnico Agrícola – CREA/RS0014198 Euriovaldo Teixeira – Médico Veterinário – Coordenador Fábio Forgiarini – Técnico Agrícola – CREA/RS158087 Marcos Antônio dos Santos – Técnico Agrícola – CREA/RS160225 Marli Kupsinski – Técnica Social Marta Roncai – Técnica Social Nairom Alpe de Quadros – Estagiário em Agronomia – CREA/RS165640 Paulo Cesar Bosa – Técnico Agrícola – CREA/RS134089 Núcleo Sede Porto Alegre Adalberto Floriano Greco Martins – Eng. Agrônomo – CREA RS 160184. Luis Alejandro Lasso Gutierrez, M.Sc.. – Eng. Agrônomo. Rafael Ken Palandi Yanaga – Economista – CRE 3103. Egon Klamt, PhD. Eng. Agrônomo – Consultor Solos. Paulo Schneider, M.Sc. Eng. Agrônomo – Consultor Solos. Themis Alcmena da Silveira Soares – Consultora Geoprocessamento Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 5 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo LISTA DE FIGURAS Figura 1: Mapa de localização do município de Santana do Livramento no mapa do estado do RS. Figura 2: Mapa com perímetro do município de Santana do Livramento destacando as áreas reformadas. Figura 3. Morro testemunho típico que ocorre no agroecossistema dos solos arenosos da Fronteira do RS. Figura 4: Precipitação Pluvial Mensal e Evapotranspiração Corrigida no Município de Santana do Livramento(FEPAGRO, 2005. Figura 5. Perfil de ARGISSOLO VERMELHO Distrófico Típico Figura 6. Perfil de ARGISSOLOS VERMELHO Distrófico Arênico Figura 7. Perfil de ARGISSOLO VERMELHO Distrófico Espessarênico Figura 8. Perfil de ARGISSOLO BRUNO ACINZENTADO Típico (Unidade de Mapeamento Santa Maria – BRASIL, 1973 Figura 9. Perfil de ARGISSOLO BRUNO ACINZENTADO Abrúptico (Unidade de Mapeamento Livramente – Brasil, 1973 Figura 10. Perfil de PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico (Unidade de Mapeamento Vacacaí – BRASIL, 1973) Figura 11: Bacias hidrográficas no município de Santana do Livramento. Figura 12: Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria Figura 13. Localização do Projeto de Assentamento no município de Santana do Livramento. Figura 14. Uso do Solo após a implantação do Assentamento (2008) Figura 15: Mapa de classes da capacidade de uso do solo. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Evolução populacional do município de Santana do Livramento entre 1991 e 2007. Gráfico 2: População residente no meio rural e urbano do município de Santana do Livramento entre 1970 e 2000. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 6 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Gráfico 3: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de Santana do Livramento em 2000. Gráfico 4: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do Rio Grande do Sul em 2000. Gráfico 5: Composição do PIB do município em 2006. Gráfico 6: Condição do produtor, segundo o número de estabelecimentos. Gráfico 7: Condição do produtor, segundo a área ocupada. Gráfico 8: Médicos residentes no município de Santana do Livramento para cada mil habitantes. Gráfico 9: Número de alunos matriculados em escolas públicas e privadas em 2008. Gráfico 10: Número de docentes em escolas públicas e privadas em 2008. Gráfico 11: Relação alunos por professor em escolas públicas e privadas em 2008. Gráfico 12: Escolas públicas e privadas em 2008. Gráfico 13: Condições domiciliares do município de Santana do Livramento entre 1970 e 2000. Gráfico 14: Índice de Desenvolvimento Humano do Município de Santana do Livramento. Gráfico 15: Composição familiar LISTA DE TABELAS Tabela 1: Coluna estratigráfica simplificada do agroecossistema dos solos arenoargilosos da Campanha do RS. Tabela 2: Classificação Climática para o Município de Santana do Livramento. Tabela 3: Pessoal ocupado e coeficiente locacional das seções de classificação de atividades do município de Santana do Livramento Tabela 4: Coeficiente locacional dos setores da Indústria extrativa e de transformação do município de Santana do Livramento. Tabela 5: Produção pecuária do município de Santana do Livramento. Tabela 6: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura permanente do município de Santana do Livramento. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 7 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Tabela 7: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura temporária do município de Santana do Livramento. Tabela 8: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da extração vegetal e silvicultura do município de Santana do Livramento. Tabela 9: Agroindústrias rurais Tabela 10 Equipamentos hospitalares no município. Tabela 11: Estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial. Tabela 12: Estabelecimentos de saúde com atendimento emergencial. Tabela 13: PROGER no município de Santana do Livramento em 2007. Tabela 14: Superfície ocupada pelos diferentes usos no PA Jupira em 21/11/2003. Tabela 15. Classes de Capacidade de uso do Solo no Assentamento Tabela 16: Dados relativos a população do assentamento Jupira - São Leopoldo Tabela 17: Dados educacionais Tabela 18. Consolidado da produção Agropecuária do Assentamento safra 2009-2010 Tabela 19. Serviços sociais básicos. Tabela 20. Programas acessados. Tabela 21: Acesso a educação Tabela 22: Serviços sociais básicos LISTA DE FOTOS Foto 1: Campo de Futebol PA Jupira/São Leopoldo Foto 2: Sede do assentamento PA Jupira/São Leopoldo Foto 3: Estrada de acesso ao assentamento Jupira/São Leopoldo Foto 4: Escola PA Jupira/São Leopoldo Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 8 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 1. APRESENTAÇÃO A Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos Ltda – COPTEC é uma sociedade cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos em áreas de Reforma Agrária, fundada em 1996, com o propósito voltado ao desenvolvimento sustentável dos assentamentos de reforma agrária existentes no Estado do Rio Grande do Sul. Ao longo da sua trajetória, a COPTEC, tem suas ações direcionadas ao apoio aos direitos das famílias assentadas, através da constante assistência técnica manifesta pela elaboração de projetos de desenvolvimento sustentável, participando entre 1997 a 2000 do Programa de Assistência Técnica LUMIAR. Entre os anos de 1999 a 2002, participou de convênio estabelecido com o Governo Estadual do Rio Grande do Sul, dando seguimento ao trabalho técnico. As atividades continuaram com apoio do INCRA através de convênio até outubro de 2008. Dentre os trabalhos que realiza, deve-se destacar o acompanhamento intensivo e a orientação aos núcleos de famílias. A elaboração de diagnósticos e projetos por meio do trabalho de assistência técnica e extensão rural das famílias assentadas no processo de reforma agrária, valendo-se sempre de metodologias participativas, com destaque para o Método de Validação Progressiva. MVP. A elaboração de programas de formação dos agricultores assentados proporciona a apropriação do conhecimento, resgate e sistematização das experiências próprias dos camponeses. O objetivo é integrar diferentes Instituições para atuar nas áreas de assentamento. Ainda, a COPTEC elabora e acompanha a execução de convênios ou de projetos de crédito que envolva as famílias beneficiadas, segundo o encaminhamento das entidades competentes. Estes visam à melhoria e o aumento da produtividade e da produção e sempre contemplam as condições climáticas de cada região do Estado, mediante linhas de produção saudáveis e respeitosas com o meio ambiente. Deste modo, o que se busca na essência de suas ações técnicas é que estas se pautem em formatos tecnológicos ambientalmente estáveis, economicamente viáveis e socialmente justos. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo A COPTEC, dentre de suas atribuições de oferecer serviço de assistência técnica, social e ambiental às famílias assentadas, participou em dezembro de 2008 da licitação pública do INCRA, estabelecendo contrato a partir de 15 de janeiro de 2009, para entre outras atividades, elaborar 15 Planos de Desenvolvimento do Assentamento e 122 Planos de Recuperação dos Assentamentos, distribuídos em 8 núcleos operacionais da ATES (Tupanciretã; Nova Santa Rita; Eldorado do Sul; Santana do Livramento; Candiota; Pinheiro Machado; São Luiz Gonzaga e São Miguel das Missões). É com satisfação que apresentamos este relatório, como produto do esforço conjunto das equipes técnicas e das famílias assentadas, em vistas da constituição de planos que apontem o real desenvolvimento sustentável dos assentamentos de reforma agrária no Estado do Rio Grande do Sul. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 10 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 2. IDENTIFICAÇÃO 2.1. Empreendedor Razão social: Ministério do Desenvolvimento Agrário – Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA/RS CNPJ: 00375972001302 Endereço: Avenida José Loureiro da Silva 515, 4 andar CEP: 90010-420 Porto Alegre/RS. Telefone: (51) 3284 3415 Representante legal: Mozar Artur Dietrich – Superintendente Regional 2.2. Entidade Responsável Razão social: COPTEC – COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA. Inscrição no CNPJ: 01.440.209/0001 – 39 Endereço, Telefone, Fax, e.mail: Dr. Lourenço Zácaro 1078, Sala 2 CEP 92.480-000. Nova Santa Rita/RS. Fone/Fax: (051) 3221-9348 e-mail: [email protected] ou [email protected] Representante legal: Mauro Cibulscki. Presidente da COPTEC Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 11 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 3. METODOLOGIA 3.1. Da COPTEC A COPTEC está dividida em oito núcleos operacionais no Estado do Rio Grande do Sul, além de contar com um núcleo de coordenação central que cumpre a função de orientar as equipes técnicas na consolidação de um processo homogêneo de elaboração dos PDA e PRA nos assentamentos de Reforma Agrária. O planejamento de um assentamento da Reforma Agrária é um processo permanente de levantamento e análise de informações referentes tanto ao cenário interno, suas potencialidades, limitações e condicionantes, quanto ao externo, ambiental e sócio-econômico, numa perspectiva dinâmica e prospectiva que permita traçar um caminho, ou vários, para atingir os anseios, metas e objetivos desejados pelos assentados. O presente documento é composto por duas partes distintas, diagnóstico e planejamento. Inicialmente foi elaborado um diagnóstico ambiental e sócio-econômico da área de entorno do assentamento, mais especificamente do município em que o assentamento está localizado, e um diagnóstico ambiental e sócio-econômico do próprio assentamento. Após a elaboração dos diagnósticos eles foram apresentados às famílias para a validação e complementação das informações, mas, principalmente para o empoderamento destas informações pelos assentados e para subsidiar a elaboração participativa do planejamento. Para elaboração dos diagnósticos ambientais tanto do entorno do assentamento, quanto dos próprios assentamentos, foram utilizados os relatórios ambientais elaborados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) contratada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em assentamentos federais, e os relatórios ambientais elaborados pelo Gabinete de Reforma Agrária e Cooperativismo (GRAC), em assentamentos estaduais e as Licenças de Instalação e Operação (LIOs) dos assentamentos que já às obtiveram. Como alguns assentamentos não possuíam relatórios ambientais a COPTEC consolidou uma equipe de especialistas para elaborá-los. Essa equipe fora formada pelos engenheiros agrônomos Egon Klamt Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 12 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo e Paulo Schneider e pela consultora em geoprocessamento Themis Alcmena da Silveira Soares. Esta equipe contou com a colaboração dos técnicos da COPTEC em suas visitas a campo e com a equipe de coordenação dos PDAs e PRAs do Núcleo Operacional de Porto Alegre da COPTEC. Nos casos em que já existia relatório ambiental a elaboração do diagnóstico ambiental, do entorno e do assentamento, consistiu em reunir e abreviar as informações constantes nestes documentos para que os técnicos se apropriassem das informações ambientais e fisiográficas e assim pudessem apresentá-las às famílias de forma compreensível. Onde foi necessário construir os relatórios ambientais o trabalho se deu primeiramente em escritório. Foi realizada a análise e organização das informações da bibliografia especializada e análise estereoscópica de fotos aéreas, ou de satélite, dos mapas dos assentamentos para identificar as classes de capacidade de uso dos solos. Após foram realizadas visitas de campo para realizar a checagem das informações trabalhadas em escritório e levantamento de outras informações, tais como recursos hídricos, fauna e flora. O diagnóstico sócio-econômico do entorno do assentamento foi elaborado pelo Núcleo Sede de Porto Alegre a partir de bases estatísticas de institutos de pesquisa, principalmente de publicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), informações disponibilizadas por ministérios e prefeituras, além disso, contou com o conhecimento dos próprios técnicos dos respectivos Núcleos Operacionais sobre o histórico e atividades econômicas nos municípios. Estas informações, que abrangem um amplo leque de temas como população, economia, condições do produtor no campo, serviços sociais básicos, políticas públicas e indicadores de pobreza e desigualdade, têm como finalidade informar as famílias, os técnicos e demais leitores sobre as condições do cenário sócioeconômico no qual os assentamentos estão inseridos. O diagnóstico sócio-econômico do assentamento foi elaborado pelos técnicos de cada Núcleo Operacional baseado em um roteiro sugerido pelo INCRA. Além do roteiro, o INCRA solicitou que fossem preenchidas as “Planilhas Síntese”. Estas planilhas consistiram em um conjunto de informações sócio-econômicas de cada assentamento abrangendo dados da população, serviços sociais básicos, infra-estruturas, organização Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 13 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo social, sistemas produtivos, habitação e crédito. Para qualificar a metodologia de levantamento das informações sócio-econômicas a COPTEC realizou atividades de formação em “Sistemas Agrários”, para a tipificação dos sistemas produtivos, permitindo assim uma melhor compreensão das formas de se produzir e de uso do espaço nos assentamentos, ministrada pelo médico veterinário Elenar Ferreira. Uma oficina foi realizada no assentamento Integração Gaúcha em Eldorado do Sul entre os dias 8 e 10 de julho de 2009. A segunda oficina aconteceu no assentamento Everton Pereira em Bossoroca entre os dias 21 e 23 de setembro de 2009. As equipes técnicas tiveram autonomia para decidir a forma de fazer o levantamento das informações, com as famílias durante as visitas técnicas, ou em assembléias e reuniões, ou junto às coordenações dos assentamentos. Elaborados os diagnósticos ambientais e sócio-econômicos dos municípios e dos assentamentos, eles foram apresentados às famílias para que estas se apropriassem das informações do meio em que vivem e assim começassem a apontar os problemas, os anseios e os recursos dos assentamentos. Para construção dos Planos e Programas as equipes técnicas da COPTEC participaram de uma atividade de formação em metodologia de planejamento com o engenheiro agrônomo Horácio Martins de Carvalho, no assentamento Sepé Tiarajú em Viamão nos dias 2 e 3 de outubro de 2009. Definiu-se que os Planos teriam um caráter estratégico (longo prazo) e que deveriam ser explicitadas as Potencialidades, Limitações e Condicionantes dentro de cada eixo proposto pelo INCRA (Organização Territorial; Serviços Sociais Básicos; Sistemas Produtivos; Meio Ambiente; Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Plano; e Assistência Técnica). Os Programas, de caráter tático (médio prazo), seriam elaborados a partir do que as famílias se dispusessem a realizar, ou na forma de um planejamento das ações de assistência técnica. Também ficou definido que no caso de haver anseios que estivessem fora do controle das famílias (construção de estradas, instalação de redes de energia elétrica, demarcação de áreas, construção de escolas, etc.) seriam construídos programas que descrevessem as demandas, mas que apontassem os órgãos responsáveis. Esses programas foram chamados de Pauta Qualificada de Reivindicação. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 14 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo As informações obtidas neste longo trabalho, foram divididas em três momentos. Foi entregue um primeiro relatório com o diagnóstico (área de influência e do assentamento). O segundo relatório continha os planos e programas e o terceiro, denominado de relatório final, que reuniu os dois primeiros com as devidas correções sugeridas pela entidade empreendedora (Incra), acrescidos do mapa de ocupação territorial, denominado aqui de Mapa Pôster. Além do presente documento cada PDA ou PRA é acompanhado de sua Planilha Síntese e de um Mapa Pôster que contêm o mapa do assentamento com o loteamento e as classes de capacidade de uso dos solos com descrição e indicações de uso, além do georreferenciamento das habitações e estruturas físicas do assentamento. 3.2. Procedimentos metodológicos das equipes técnicas 3.2.1. Diagnósticos Sensibilização Em geral as equipes técnicas dos diferentes Núcleos Operacionais da COPTEC aproveitaram as reuniões Bimestrais nos assentamentos, pactuadas nas metas do contrato de prestação de serviço, para realizar a tarefa de sensibilização das famílias para o processo dos Planos de Desenvolvimento/Recuperação dos Assentamentos (PDAs/PRAs). A sensibilização consistiu em reuniões com as coordenações ou assembléias, onde foram apresentados os objetivos dos PDAs/PRAs, o método de trabalho e os resultados esperados. Em alguns casos (Núcleos Operacionais Nova Santa Rita e Eldorado do Sul) foram constituídas coordenações internas para conduzir o processo. A mobilização para essas reuniões ocorreu através de articulação com as lideranças internas dos assentamentos, visitas dos técnicos às famílias e, no caso do Núcleo Operacional Candiota, pela Rádio Comunitária. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 15 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Coleta de dados primários Os primeiros levantamentos de dados primários foram realizados através de reuniões nas coordenações e em assembléias, nas quais as informações eram coletadas com os assentados presentes. Nestas reuniões algumas equipes técnicas buscaram identificar os sistemas produtivos e tipologias de sistemas produtivos em unidades de produção (lotes). As equipes técnicas de São Miguel das Missões e São Luiz Gonzaga utilizaram questionários previamente formulados para orientar as entrevistas. O Núcleo Operacional Santana do Livramento adotou dinâmicas dividindo os presentes em dois grupos, um que montou as informações estruturais do assentamento e outro que levantou os sistemas produtivos existentes. No Núcleo Operacional Nova Santa Rita, em alguns assentamentos foram definidos grupos compostos por lideranças e jovens para realizar as coletas de dados. Os Núcleos Nova Santa Rita, Pinheiro Machado e São Miguel das Missões vários assentamentos realizaram, também, reuniões nos grupos, bolsões e núcleos de base para aprofundar o debate e o levantamento das informações. Os Núcleos Tupanciretã, Candiota, Santana do Livramento e Eldorado do Sul realizaram, após as reuniões e assembléias, visitas aos “agricultores tipo”1 para qualificar as informações dos sistemas produtivos. Organização de dados secundários Além da organização dos dados secundários com base nos materiais fornecidos pelo INCRA e pelo Departamento de Desenvolvimento Agrário da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio do Rio Grande do Sul (DDA-SEAPPA), dos dados disponíveis em sites da internet, as equipes realizaram visitas às prefeituras e outros órgãos públicos para qualificar esses dados. 1 Refere-se à metodologia de “Sistemas Agrários” que procura “tipificar” os agricultores, ou seja, identificar as unidades de produção que seriam modelos representativos dos sistemas produtivos dos assentamentos. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 16 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Validação dos diagnósticos A validação dos diagnósticos foi realizado junto às famílias em reuniões das coordenações e em assembléias. Além da apresentação e debate em torno do diagnóstico, em muitos casos foram elencadas as principais demandas internas para dar início à confecção dos Planos e Programas e Pautas Qualificadas de Reivindicação. 3.2.2. Planos e programas Houve rodadas de reuniões com as coordenações dos assentamentos, assembléias e diálogos com lideranças para elaborar os Planos e Programas. Nestas reuniões o debate iniciava do que havia sido discutido na Validação do Diagnóstico, ou de uma síntese do diagnóstico construído. A partir desta apresentação refletiu-se sobre os Eixos de Trabalho (Planos) e sobre as demandas (Pauta Qualificada de Reivindicação). Em alguns casos foram elaborados Programas nestas mesmas reuniões. Em sua maioria, as equipes técnicas elaboraram propostas de Programas e em novas reuniões dialogaram com as coordenações, lideranças, grupos de produção e/ou assentados reunidos em assembléias sobre os tópicos dos Programas (ações e atividades, prazos e responsáveis). O Núcleo de Santana do Livramento trabalhou com a metodologia da Matriz Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (FOFA), em reuniões com as coordenações. Após a formulação deste relatório final, as equipes técnicas foram a campo, como meta pactuada no contrato de prestação de serviço, para avaliar e ajustar os planos e programas estabelecidos. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 17 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 4. CARACTERIZAÇÃO DO ASSENTAMENTO 4.1. Caracterização geral do imóvel 4.1.1. Geral Denominação do imóvel: Projeto de Assentamento Jupira/São Leopoldo Denominação do Assentamento: Jupira/São Leopoldo Data e n° da Portaria de criação do PA: criado em 04/06/1997 4.1.2. Específica Distância da(s) sede(s) municipal (is): 34 Km de Santana do Livramento Área Total: 1.274,44 hectares Área Requerida na lei de Preservação Permanente: 122,40 Área Efetiva de Preservação Permanente: 100,50 Capacidade de assentamento do imóvel em termos de famílias: 44 Área média das parcelas: 28,96 ha Número de famílias atual X capacidade de assentamento prevista na portaria de criação: atualmente residem 45 famílias na área destinada para 45. Bacia hidrográfica: O PA Jupira situa-se na bacia hidrográfica do rio Santa Maria e subbacia do rio Ibicuí da Armada (Figura 8). Zoneamento Agroecológico: preferencial para arroz irrigado, trigo, sorgo, forrageiras de clima temperado (aveia, azevém, centeio, etc.), videira americana, citros (limões e bergamota) e pessegueiro. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 18 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 5. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ASSENTAMENTO 5.1. Localização e Acesso O município de Santana do Livramento localiza-se na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Distantem em 498 Km da capital Porto Alegre, limita-se ao Norte com os municípios de Alegrete, Rosário do Sul e Quaraí, ao Sudeste com Dom Pedrito e ao Sul com a Republica Oriental do Uruguai. Figura 1: Mapa de localização do município de Santana do Livramento no mapa do estado do RS. Área (2008) 6.950,4 km² Data de criação: 10/02/1857 (Lei nº . 351) Munícipio de origem: Alegrete N Fonte: FEE. Fundação de Economia e Estatística. 2009 O município abriga atualmente 31 Projetos de Assentamento, os quais estão sob gestão federal, ou estadual ou compartilhada. Todos na porção leste do município, conforme demonstra a figura a seguir. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 19 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Figura 2: Mapa com perímetro do município de Santana do Livramento destacando as áreas reformadas. Fonte INCRA 2008 5.2. Características do Meio Natural 5.2.1. Geologia e Geomorfologia Rochas sedimentares do Grupo Rosário do Sul (Tabela 1), representado pelas Formações Sanga do Cabral e Santa Maria, predominam nesta região. A Formação Sanga do Cabral é constituída por fácies fluviais e apresenta uma grande variação litológica, interpretada como depósitos de canal,que aflora comumente em grandes corpos lenticulares de arenitos vermelhos de granulação média a muito fina, com estratificação acanalada de grande porte, que ora se encaixam e ora são recobertas por arenitos muito finos e siltitos, ora maciços, ora com estratificação ondulada. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 20 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo A Formação Santa Maria por sua vez na região é constituída por sedimentos de origem lacustre, essencialmente formados por materiais finos, classificados como siltitos arenosos, siltitos argilosos e argilitos. Na região, como mostra a Figura 2, ocorrem morros testemunhos, apresentando na base arenito da Formação Botucatú e muitos deles cobertos por basalto da formação Serra Geral. Além destas Formações, completa a geologia da área o Quaternário, formado por depósitos arenosos de barras de canal e principalmente depósitos lamosos de planície de inundação, que na região podem formar pequenos terraços fluviais e depósitos em leques aluviais, oriundos da erosão das coxilhas alongadas essencialmente constituídas por sedimentos finos da fácies Santa Maria da Formação Rosário do Sul. 5.2.2. Relevo Na região o terreno é suave ondulado a ondulado, formando coxilhas alongadas de topo plano e encostas longas, além de terraços e de planícies fluviais, sendo os solos altamente suscetíveis à erosão, o que deve merecer amplos cuidados, por parte dos agricultores, para controlar a perda de solo. Ocorrem também morros testemunhos com relevo montanhoso. Nas áreas planas o maior problema a ser enfrentado são as cheias de inverno, que são responsáveis pelo carreamento de sedimentos sobre culturas e pastagem, o que pode gerar perdas imediatas aos agricultores. 5.2.3. Condições climáticas Segundo a classificação climática do estado do Rio Grande do Sul, a região onde está localizado o município de Santana do Livramento enquadra-se no tipo fundamental TE UM v (Ver Tabela 2). A temperatura média anual fica compreendida em 17,8°C e a do mês mais frio 12,1 °C. A precipitação média anual é de 1388 mm. A deficiência hídrica anual fica compreendida em 83 mm, enquanto que o excesso hídrico anual fica Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 21 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo compreendido em uma média de 214 mm. As geadas podem ocorrer de junho a setembro e as estiagens, freqüentes de novembro a fevereiro (Camargo, 1991). De posse da precipitação média mensal e da evapotranspiração corrigida, procedeu-se os cálculos do balanço hídrico. Considerando-se as chuvas médias mensais de Santana do Livramento (IPAGRO; 1931 – 60) e as evapotranspirações potenciais mensais, obtidas pelo método de Thornthwaite, verifica-se que no município o balanço é negativo, ou seja, a taxa de precipitação pluvial mensal é menor do que a evapotranspiração potencial corrigida, nos meses de janeiro, fevereiro, novembro e dezembro, contabilizando o déficit hídrico, conforme mostra a Figura 3; que também mostra a precipitação pluvial mensal e a evapotranspiração potencial corrigida anual, no município. Tabela 1: Coluna estratigráfica simplificada do agroecossistema dos solos arenoargilosos da Campanha do RS. Fonte: Brasil, 1989. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 22 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Figura 3. Morro testemunho típico que ocorre no agroecossistema dos solos arenosos da Fronteira do RS. Fonte: Klamt et al, 2003. Tabela 2: Classificação Climática para o Município de Santana do Livramento. Classe Temperatura média Temperatura média do anual (T °C) mês mais frio (Tf °C) Clima Símbolo 18,1 a 22 < 13 Temperado TE Balanço Hídrico (mm) Excedente Deficiência 200 1 a 150 Úmido UM Estação do ano que pode apresentar períodos de seca definido Verão V Fonte: INCRA, 2008. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 23 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Figura 4: Precipitação Pluvial Mensal e Evapotranspiração Corrigida no Município de Santana do Livramento(FEPAGRO, 2005. Fonte: FEPAGRO, 2005 5.2.4. Vegetação Na região encontram-se, predominantemente, formações fitoecológica de Estepe ou campestre; poucas matas ciliares ao longo dos sistemas de drenagem; banhados e pequenos charcos; podendo ocorrer pequenos capões de mato em topos de coxilhas. Nos campos de coxilhas (campos paleáceos; campos subarbustivos), como mostra a Figura 2, ocorre grama forquilha (Paspalum notatum), grama missioneira (Axonopus compressus), capim-annoni (Eragrostis plana), a macega (Erianthus angustifolia), o capim-moirão (Sporolobus indicus), o capim rabo-de-burro (Schizachyrium condensatum); em alguns pontos ocorrem as carquejas (Baccharis trimera; B. articulata). Nas matas ciliares (Figura 2) ocorrem branquilhos (Sebastiana commersoniana), a congonha (Villaresia cuspidata); a capororoquinha (Rapanea cf. lorentziana), o tarumã-de-espinho (Citharexylum montevidense), a aroeira-brava (Lithraea molleoides), entre outras. Muitas áreas são basicamente formadas por vegetação herbácea e subarbustiva higrofílica, com dominância de gramíneas Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) e ciperáceas. Das 24 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo dicotiledônias, destacam-se o sambacuite (Hyptis spp.), poejo (Cunila spp.), Syphocampylus verticillatus e cruz de malta (Ludwigia spp.). Comunidades de espécies arbustivas e arbóreas são encontradas em fase de sucessão inicial, formando agrupamentos ralos com dominância de branquilho (Sebastiania commersonian)a e congonha (Villaresia cuspidata )acompanhados de pitangueiras (Eugenia uniflora), unha-de-gato (Acacia bonariensis) e, ocasionalmente, de corticeira-do-banhado (Erythrina cristagalli). A corticeira-do-banhado (E. crita-galli) e o salso-crioulo (Salix humboldtiana) normalmente constituem-se nos elementos emergentes do dossel, e raramente ultrapassam 6 m de altura. Nos pequenos e poucos capões de mato isolados, situados em geral nos topos das coxilhas suaves, ocorre maior diversidade de espécies. Branquilho (Sebastiania commersoniana), sete-sangrias (Symplocos uniflora), canela-lageana (Ocotea pulchella), louro-branco (Ocotea acutifolia), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), molho (Schinus polygamus), aroeira-brava (Lithraea brasiliensis; L. molleoides), murta (Blepharocalyx salicifolius), são os elementos mais comuns. O açoita-cavalo (Luehea divaricata) e a canela-lajeana (Ocotea pulchella) são os elementos que caracterizam o estrato emergente. Mamica-de-cadela (Zanthoxylum rhoifolium), chá-de-bugre (Casearia sylvestris) e o araçazeiro-do-mato (Myrcianthes cisplatensis) caracterizam os estratos médio e inferior. O veludinho (Guettarda uruguensis), a murta (Blepharocalyx salicifolius), os sucarás (Xylosma tweedianum), o pessegueiro-do-mato (Prunus sellowii), entre outras, são os elementos dominantes nas bordas. Aparecem também pata-de-vaca (Bauhinia candicans) e umbú (Phytolacca dioica) nas áreas mais altas. Na região Identificou-se 58 espécies arborescentes, distribuídas em 34 famílias botânicas. Destas 58 espécies, 36 apresentam potencial como madeireiras, 34 como fonte de energia (lenha), 38 como fornecedoras de alimento para animais silvestres e/ou de criação, 8 com potencial para alimentação humana, 46 com potencial melífero, 13 com utilidade para formação de cercas-vivas, 4 como fonte de taninos, 42 espécies ornamentais e 36 medicinais (Klamt et al, 2003). Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 25 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 5.2.5. Fauna Considerando a pouca diversificação de ambientes na região, a fauna, aparentemente é pouco diversificada. Entre as aves foram observados o joão-de-barro (Furnarius rufus), o quero-quero (Vanellus chilensis), o urubu (Coragyps atratus), o anubranco (Gira guira); o cardeal (Paroaria coronata), a perdiz (Nothura maculosa), a caturrita (Myiopsitta monachus) e a seriema (Cariama cristata). Entre mamíferos os mais abundantes são a preá (Cavia appereap), a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), o ratão-do-banhado (Myocastor coypus) e a lebre-européia (Lepus capensis). Os zorrilhos (Conepatus sufocans) são de ocorrência comum, assim como os zorros ou graxains (Pseudolopex gymnocercus). 5.2.6. Solos A região, como unidades geoambientais mais importantes, apresenta coxilhas onduladas, encostas de coxilhas, morros residuais e planícies inundáveis e não inundáveis. Nos terços superiores e topos das coxilhas, onde o embasamento geológico é representado por arenitos e siltitos arenosos da Formação Sanga do Cabral ocorrem solos bem drenados, profundos, de textura arenosa a argilosa nos horizontes superficiais e argilosa nos sub-superficiais, classificados como ARGISSOLOS VERMELHOS Distróficos típicos (Figura 5), arênicos (Figura 6) e espessarênicos (Figura 7), mapeados em BRASIL, 1973, como Unidade São Pedro. Estes também podem ocorrer nas encostas de coxilhas, em declividades de 6 a 12%, quando bem drenadas. Quando a drenagem é imperfeita e o material de origem são siltitos da Formação Santa Maria, ocorrem solos profundos, de coloração bruno-escura e textura arenosa a argilosa nos horizontes superficiais passando a bruno-acinzentado com mosqueados vermelhos e cinzentos e textura argilosa nos horizontes subsuperficiais, classificados como ARGISSOLOS BRUNO ACINZENTADOS Úmbricos (Unidades Santa Maria. textura superficial média a argilosa (Figura 8) e ARGISSOLOS BRUNO ACINZENTADOS Alíticos Abrúpticos (Unidade Livramento. textura superficial arenosa Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 26 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo (Figura 8). Nas planícies inundáveis e não inundáveis, sobre sedimentos aluviais, ocorrem solos classificados como PLANOSSOLOS Háplicos (Fig. 10), associados a GLEISSOLOS, estes últimos sobre sedimentos aluviais mais argilosos (Klamt et al, 2003). Figura 5. Perfil de ARGISSOLO VERMELHO Distrófico Típico Figura 8. Perfil de ARGISSOLO BRUNO ACINZENTADO Típico (Unidade de Mapeamento Santa Maria – BRASIL, 1973 Figura 6. Perfil de ARGISSOLOS VERMELHO Distrófico Arênico Figura 9. Perfil de ARGISSOLO BRUNO ACINZENTADO Abrúptico (Unidade de Mapeamento Livramente – Brasil, 1973 Figura 7. Perfil de ARGISSOLO VERMELHO Distrófico Espessarênico Figura 10. Perfil de PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico (Unidade de Mapeamento Vacacaí – BRASIL, 1973) Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 27 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 5.2.7. Hidrografia A rede de drenagem da região apresenta um padrão predominante dendrítico a sub-dentrítico, pertencente às bacias hidrográficas dos rios Quaraí (30,8 % do território), Ibicuí (25,6 %) e Santa Maria (43,6 %), todas pertencentes à região hidrográfica do rio Uruguai, de acordo com o Departamento de Recursos Hídricos (DRH) do Estado do Rio Grande do Sul. Ao longo dos cursos d’água secundários ocorrem barragens e um grande número de pequenos açudes. Todos os Projetos de Assentamento do INCRA em Santana do Livramento situam-se na bacia do rio Santa Maria, sub-bacia do rio Ibicuí da Armada. (MDA/INCRA, 2009) Figura 11: Bacias hidrográficas no município de Santana do Livramento. Fonte: MDA/INCRA (2009). Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 28 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 5.2.8. Descrição das condições de conservação/degradação da bacia De acordo com trabalho de WANDSCHEER et al (2004) há fontes em potencial que podem servir de contaminação das águas subterrâneas e, conseqüentemente, da Bacia do Rio Santa Maria em função desse curso subterrâneo contribuir na perenização do curso de rios como o Ibicuí da Armada. Segundo este autor Santana do Livramento trata apenas 43% de seus esgotos (D.A.E.), enquanto que Rivera trata apenas 30% (OSE- Obras Sanitárias del Estado). Da mesma forma que em Santana do Livramento, o Departamento de Rivera no Uruguai, assenta-se sobre afloramentos de arenitos porosos pertencentes ao SAG, portanto aqüíferos porosos, que são vulneráveis a cargas contaminantes tanto de origem orgânica quanto inorgânica. A mesma situação de afloramentos do SAG, ocorre nos Municípios de Rosário do Sul (41.058 hab.) e em Cacequi (15.311 hab.). Por outro lado nos Municípios de Dom Pedrito (40.410 hab.), Lavras do Sul (8.109 hab.) e parte de São Gabriel (62.249 hab.), assentam-se sobre aqüíferos fissurais, constituídos por rochas cristalinas diversas, pertencentes ao Escudo Sul-Rio-Grandense. (WANDSCHEER et al 2004) Figura 12: Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria Fonte: FEPAM, 2009. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 29 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 5.3. Diagnóstico sócio econômico do município 5.3.1. População Em 2007, foram contabilizados 83.479 habitantes no município de Santana do Livramento (IBGE, 2009g), o que resultou em uma densidade demográfica de 12,01 habitantes por km². Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2000, apenas 7% dos habitantes viviam no meio rural enquanto 93% estavam no meio urbano (IPEA, 2009). Pode-se observar que a população do município de Santana do Livramento vem crescendo. Conforme o Gráfico 1, a população aumentou 4,02% entre 1991 e 2007. Se a tendência da variação populacional se manteve próxima da tendência de variação das últimas três décadas do Século XX, este aumento pode ser explicado pelo aumento da população urbana, conforme o Gráfico 2 (IPEA, 2009). A distribuição da renda no município está representada no Gráfico 3, indica de concentração da riqueza maior do que o Rio Grande do Sul, em 2000, conforme o Gráfico 4. Gráfico 1: Evolução populacional do município de Santana do Livramento entre 1991 e 2007. 100000 nº de habitantes 80000 60000 40000 20000 0 1991 1996 2000 2007 evolução populacional Fonte: IBGE, 2009d, 2009e, 2009f e 2009g. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 30 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Gráfico 2: População residente no meio rural e urbano do município de Santana do Livramento entre 1970 e 2000. 100000 90000 nº de habitantes 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 1970 1980 1991 População residente rural 1996 2000 População residente urbana Fonte: IPEA, 2009. Gráfico 3: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de Santana do Livramento em 2000. nº de habitantes por faixa de renda nº de habitantes 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 m se re nd to en im é at 1 m s ai de 1 a 2 m s ai de 2 a 3 s ai m de 3 a 5 s ai de m 5 a 10 s ai m de 10 a 20 s ai de 20 m renda (nº de salários) Fonte: IBGE, 2009e. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 31 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 1, 82 20 de ai s m 10 m ai s de de ai s m ai s m a a 5 3 de 2 de 20 10 5 a 3 a 2 ai s m m ai s de 1 a at é se m re nd im 1 3, 52 8, 44 9, 44 8, 84 15 ,9 3 17 ,0 4 34 ,9 8 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 en to % população Gráfico 4: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do Rio Grande do Sul em 2000. Renda (nº de salários) Fonte: IBGE, 2009e. 5.3.2. Economia . Histórico As primeiras povoações originárias do território hoje correspondente à froteiraoeste do RS constituíam-se das tribos indígenas da nação Pampeana, ou Guaicurus do Sul, principalmente Charruas e Minuanos. Com o advento das Missões jesuíticas, a partir de 1626, também índios guaranis foram reducionados na região, que pertencia à Estância do Yapeju. A caça a índios promovida pelos bandeirantes afugentou jesuítas e indígenas pra o outro lado do rio, deixando o gado abandonado nos campos. Esse gado solto reproduziu-se e espalhou-se dando origem à Vacaria Del Mar, alvo dos gaudérios que passaram a caçá-lo em busca do couro. A preia do gado xucro deu origem ao I Ciclo Econômico do RS, vivenciado na região da campanha: o ciclo do couro e do sebo. As disputas pelo território da fronteira, envolvendo Espanha e Portugal, deram origem a vários acertos, formalizados em tratados. Também trouxeram outras etnias para este cenário, ocupando regiões estratégicas de portos e fronteiras. O mercado interno criado pela mineração no sudeste do Brasil absorvia do RS o trigo dos açorianos e o gado em pé conduzido pelas tropeadas desde a Colônia do Sacramento Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 32 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo (hoje Uruguai). Este II Ciclo Econômico, das tropeadas, espalhou estâncias pelos paradouros ao longo das estradas do Rio Grande do sul e do planalto catarinense. Enquanto isso, Portugal tratava de demarcar os limites de seu território através da concessão de sesmarias. Com isso envia o Capitão D. Diogo de Souza para fixar fronteira no Rio Quaraí. Seu acampamento, às margens do Rio Ibirapuitã foi a referência para soldados e oficiais do Exercito Pacificador, os quais receberam em 1814 as primeiras sesmarias da região que corresponde atualmente a Sant’ana do Livramento. Essas unidades militarizadas voltadas à produção de gado garantiam a posse lusitana das terras e funcionavam também como pontos de entrada na fronteira. Portugal inclusive conseguiu chegar ao Rio da Prata, agregando o território uruguaio em 1821 como Província Cisplatina. Logo desvinculou-se, mas, conforme descreve Albornoz (2000), os produtos europeus vindos do porto de Montevidéu continuavam a chegar até Sant’ana e dali eram distribuídos para outras cidades. As carretas que os levavam, voltavam com produtos agrícolas para a capital uruguaia, posteriormente tornando Sant’ana o grande porto seco dos farroupilhas. No final do século XVIII, a decadência da mineração reduz o comercio do gado obrigando os estancieiros à produção do charque. As charqueadas abatiam o gado vindo das estâncias da campanha e demandavam volume de mão-de-obra, até então escrava no Brasil. Foi a primeira indústria do RS e, apesar de regularizar a atividade pecuária e solidificar o poder dos latifundiários, colaborou para a urbanização da economia. O período marca o III Ciclo econômico, caracterizado pelas revoluções e a consolidação do sistema agrário de campo (Alende, 2006), o qual tem seu auge ao final da Revolução Farroupilha e com Guerra do Paraguai, e seu declínio ao final da Revolução Republicana (entre Republicanos e Federalistas), um conflito intraclasse que devastou a campanha, inclusive levando muitas famílias a abandonarem a região. No século XX a ligação por meio de ferrovias entre a capital uruguaia e cidades interioranas como Rivera intensificaram o papel de Livramento como receptora de mercadorias, passageiros, jornais. Em 1904 uruguaios constroem a primeira charqueada em Livramento, em 1911 já eram 4. Instaura-se na região o padrão moderno de construções urbanas e da produção pecuária, levando os mais capitalizados a uma especialização mínima através do cercamento dos campos pelo Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 33 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo arame, introdução de genética européia no gado e alguns cuidados sanitários como o banho. A partir desse cercamento também a ovinocultura, já praticada desde as missões, ganha importância, principalmente com a exportação de lã para a Europa na I Guerra. Daquelas categorias sociais do rural que já ocupavam áreas marginais (os caboclos, conforme descreve Silva Neto (2005)), muitos são empurrados para as cidades. Neste IV Ciclo Econômico a modernização da pecuária é acompanhada pela diversificação produtiva, com a chegada de italianos advindos das regiões de imigração do RS, trazendo principalmente a cultura do arroz irrigado. Instalam-se em Livramento grandes empresas da indústria que sucedeu as charqueadas, os frigoríficos Swift Armour e Wilson, tornando esta cidade o terceiro pólo industrial do estado em 1930, depois de Porto Alegre e Rio Grande. Após a década de 30 inaugura-se um novo ciclo de modernização da pecuária e da agricultura, sendo, portanto, o V Ciclo econômico da Campanha. Livramento vivia o auge da produção do frigorífico Armour, a qual era destinada para os soldados da II Guerra Mundial, assim como do beneficiamento de lã pelo lanifício Albornoz, com o mesmo destino. Era a quinta cidade do estado em população e tinha uma grande estrutura comercial e de lazer em função do fluxo de pessoas. Este é também o período da expansão do crédito e financiamento pelo Banco do Estado para a modernização da pecuária, da destinação do arroz irrigado para fins comerciais, do seu plantio, assim como da soja, em áreas arrendadas. A agricultura e a pecuária presentes nos sistemas familiares estavam marginais, ligadas às estâncias ou utilizando práticas semelhantes a essas. Da Ros (2006) salienta que o período das décadas de 60 e 70 foi de grandes transformações para a região, pela concentração de capital com aqueles pecuaristas cuja especialização produtiva levou ao surgimento das cabanhas2 e haras3. Além desses, a granjas, que julga terem representado a maior transformação sócio-espacial da região através da penetração do capital dos colonos com a plantação de arroz, entre outras culturas. As quais passaram a ocupar grande parte das áreas de várzea e dividir 2 Propriedades que conservam a estrutura fundiária, porém modernizaram as técnicas de manejo e o mercado, especializando-se também na genética reproduzida nos rebanhos. Segundo Da Ros (2006), esses “empreendimentos nada mais são do que empresas comerciais” que introduziram no setor o novo padrão de acumulação capitalista, marginalizando os pecuaristas tradicionais. 3 “Tais estabelecimentos passaram a se concentrar na criação de cavalos de corrida, destacando-se as raças crioula e puro sangue inglês” Costa (1988, p. 62-63 apud Da Ros, 2006). Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 34 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo o espaço antes exclusivo da pecuária na economia, inclusive remunerando os pecuaristas por meio do arrendamento, sem alterar a estrutura fundiária ali estabelecida. Outra mudança significativa ocorrida na Campanha Gaúcha, porém, aos mesmos moldes estruturais, foi a inserção da vitivinicultura com as grandes agroindústrias do setor. Quanto à configuração de um novo ciclo econômico a partir do início do século XXI, em função da crise que vive o Sistema Agrário de Campo, podem-se fazer inferências a partir de dinâmicas distintas evidenciadas no município e na região: o estabelecimento de assentamentos desde a década de 90, incentivado pela venda das estâncias em crise, cuja mudança na estrutura fundiária representaria um diferencial dos demais períodos; o acesso dos agricultores e pecuaristas familiares a políticas públicas antes desconhecidas por estes ou mesmo inexistentes; ou a continuidade de inserção de grandes grupos empresariais (dessa vez papeleiras e laticínios) adquirindo extensões representativas de terra, modificando a forma de ocupação do meio rural do município e da região. . Produto Interno Bruto Gráfico 5: Composição do PIB do município em 2006. Composição do PIB 14% 15% 9% 62% Valor adicionado na agropecuária Valor adicionado na Indústria Valor adicionado no Serviço Impostos sobre produtos líquidos de subsídios Fonte: IBGE, 2009l. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 35 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo No ano de 2006, o município de Santana do Livramento apresentou um PIB de R$ 717.901.000,00, e um PIB per capita de R$ 7.275,00 (IBGE, 2009l). O PIB do município, em 2006, foi composto conforme o Gráfico 5 . . Atividades Econômicas As seções de classificação de atividades econômicas do município estão descritas na Tabela 3. Para identificar as principais atividades econômicas do município, apresenta-se na Tabela 3, além do pessoal ocupado, o coeficiente locacional. O coeficiente locacional (QL) “indica a concentração relativa de uma determinada indústria numa região ou município comparativamente à participação desta mesma indústria no espaço definido como base” (SUZIGAN et al 2003, p. 46)4. No caso da Tabela 3 indica a concentração relativa do pessoal ocupado em determinada seção de atividades econômicas no município de Santana do Livramento comparativamente à concentração do pessoal ocupado nas seções de atividade econômica no Estado do Rio Grande do Sul. Como se pode observar, o município de Santana do Livramento apresenta concentração de pessoal ocupado relativamente maior que o Estado do Rio Grande do Sul nas seções de atividade: Comércio (reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos); Alojamento e alimentação; Saúde e serviços sociais; e outros serviços coletivos, sociais e pessoais. Tabela 3: Pessoal ocupado e coeficiente locacional das seções de classificação de atividades do município de Santana do Livramento5. Seção de classificação de atividades A Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal B Pesca C Indústrias extrativas D Indústrias de transformação E Produção e distribuição de eletricidade, gás e água Pessoal ocupado 117 X 17 797 19 QL 0,83 0,48 0,24 0,23 4 Passos do cálculo do QL em Suzigan et al (2003, p. 46). Um QL igual a 1 indica que relativamente ao espaço base, não concentração relativa. Um QL elevado indica especialização setorial (nos caso de análise de setores industriais) ou concentração de pessoal ocupado relativamente ao espaço base. 5 Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados com o caracter X. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 36 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo F Construção G Comércio; reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos H Alojamento e alimentação I Transporte, armazenagem e comunicações J Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relacionados K Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas L Administração pública, defesa e seguridade social M Educação N Saúde e serviços sociais O Outros serviços coletivos, sociais e pessoais P Serviços domésticos Q Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 108 7245 652 567 0,12 2,03 1,31 0,77 217 1098 1900 430 689 634 - 0,78 0,89 0,89 1,01 1,25 1,17 - Fonte: Elaboração com base em IBGE, 2009b e Suzigan et al, 2003. A partir de dados da Rais 2000, a Redesist (2009) apresenta o QL em termos de número de estabelecimentos/unidades locais para indústrias extrativas e de transformação, conforme Tabela 4. Estes dados indicam especialização espacial relativa do município, para o ano de 2000, nos setores de Pecuária e derivados, Bebidas, Outras indústrias alimentares, Editorial e Gráfica, Arroz e Extração de minerais não metálicos. Tabela 4: Coeficiente locacional dos setores da Indústria extrativa e de transformação do município de Santana do Livramento. Setores de atividades – Indústria Extrativa e de Transformação Pecuária e Derivados Bebidas Outras Indústrias Alimentares Editorial e Gráfica Arroz Extração Minerais Não Metálicos Produtos Diversos Fumo Calçados Plásticos Outros Produtos Metalúrgicos Madeira Vestuário e Acessórios Automobilística Mobiliário Cimento Celulose e Papel Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) QL 15.61 9.83 2.63 1.49 1.44 1.14 0.62 0.37 0.22 0.16 0.15 0.14 0.11 0.09 0.08 0.07 0.04 37 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Açúcar e Álcool Abate e Preparação de Aves Rações 0.00 0.00 0.00 Fonte: Redesist, 2009. . Atividades Agropecuárias As principais atividades agropecuárias do município de Santana do Livramento foram consideradas sob três aspectos, para cada setor agropecuário (pecuária, lavoura permanente, lavoura temporária e, extrativismo e silvicultura): valor da produção6; coeficiente de produtividade por habitantes7 (QPH); e coeficiente de produtividade por área8 (QPA). Na Tabela 5 apresentam-se as quantidades produzidas, o QPH e o QPA da produção pecuária do município de Santana do Livramento. Pode-se observar a vocação pecuária do município, destacando-se na produção de asininos, ovinos, eqüinos e bovinos, apresenta especialização também na produção de mel e lã. Devese notar também que a concentração é mais acentuada em termos de QPH do que em QPA devido ao fato de que a densidade demográfica do município de Santana do Livramento é menor do que a do Estado do Rio Grande do Sul. Tabela 5: Produção pecuária do município de Santana do Livramento. Pecuária do município Bovinos. efetivo dos rebanhos Eqüinos. efetivo dos rebanhos Bubalinos. efetivo dos rebanhos Asininos. efetivo dos rebanhos Muares. efetivo dos rebanhos Suínos. efetivo dos rebanhos Unidade cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças Quantidade QPH QPA 531.367 4,77 1,53 20.776 5,79 1,85 1.148 2,05 0,66 276 21,87 6,99 97 3,18 1,02 1.795 0,04 0,01 6 O IBGE não apresenta valores monetários para a produção pecuária. O coeficiente de produtividade por habitantes (QPH) está baseado na metodologia do cálculo do QL. A fórmula para seu cálculo é: QPH= (quantidade produzida do produto X no município Y / nº de habitantes do município Y) / (quantidade produzida do produto X no Estado do Rio Grande do Sul / nº de habitantes do Rio Grande do Sul). 8 O coeficiente de produtividade por área (QPA) está baseado na metodologia do cálculo do QL. A fórmula para seu cálculo é: QPH= (quantidade produzida do produto X no município Y / área do município Y) / (quantidade produzida do produto X no Estado do Rio Grande do Sul / área do Rio Grande do Sul). 7 Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 38 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Caprinos. efetivo dos rebanhos Ovinos. efetivo dos rebanhos Galos, frangas, frangos e pintos. efetivo dos rebanhos Galinhas. efetivo dos rebanhos Codornas. efetivo dos rebanhos Coelhos. efetivo dos rebanhos Vacas ordenhadas – quantidade Ovinos tosquiados – quantidade Leite de vaca. produção – quantidade Ovos de galinha. produção – quantidade Ovos de codorna. produção – quantidade Mel de abelha. produção – quantidade Casulos do bicho-da-seda. produção. quantidade Lã. produção – quantidade cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças Mil litros Mil dúzias Mil dúzias Kg Kg Kg 1.121 431.154 1,50 13,63 0,48 4,36 16.672 31.200 60 6.789 431.154 18.330 266 334.800 1.422.808 0,02 0,19 0,08 0,61 15,79 0,70 0,12 5,72 16,91 0,01 0,06 0,03 0,19 5,05 0,22 0,04 1,83 5,41 Fonte: Elaboração a partir de IBGE, 2009k. As principais atividades agrícolas9, em valor, do município em 2008 foram: - Lavoura permanente: Uva (R$ 7.713.000,00), Pêssego (R$ 117.000,00) e Pêra (R$ 31.000,00); - Lavoura temporária: Arroz (R$ 39.122.000,00), Soja (R$ 18.262.000,00) e Melancia (R$ 5.625.000,00); - Extração vegetal e silvicultura: Lenha (R$ 1.017.000,00), Madeira em tora (R$ 3.000,00) e Madeira em tora para outras atividades (R$ 3.000,00). Como se pode observar na Tabela 6, dentre os produtos da lavoura permanente do município só há um certo grau de especialização na produção de uva, isso considerando apenas a produtividade por habitantes, pois em termos de produtividade por área do município, esta é relativamente menor que a do Estado do Rio Grande do Sul. 9 Serão apresentados apenas os 3 principais produtos, em valor, de cada categoria, quando houver 3 ou mais produtos em cada categoria. São elas: Lavoura permanente, Lavoura temporária (IBGE, 2009) e Extração vegetal e silvicultura (IBGE, 2009). Portanto, podem não aparecer nesta listagem produtos com valor monetário mais acentuados do que os que aparecem em categorias diferentes. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 39 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Tabela 6: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura permanente do município de Santana do Livramento. Lavoura Permanente do município Pêra Pêssego Uva QPH 0,49 0,11 1,26 QPA 0,16 0,04 0,40 Fonte: IBGE, 2009i. Na Tabela 7, pode-se observar que comparativamente à produção de lavoura temporária do Estado do Rio Grande do Sul, o município de Santana do Livramento apresenta forte especialização na produção de melancia, tanto em termos de produtividade por habitantes, quanto em produtividade por área. Apresenta, também, produtividade por habitantes relativamente maior do que a do Estado do Rio Grande do Sul. Tabela 7: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura temporária do município de Santana do Livramento. Lavoura Temporária do município Arroz (em casca) Cevada (em grão) Fumo (em folha) Girassol (em grão) Melancia Milho (em grão) Soja (em grão) Sorgo (em grão) Tomate Trigo (em grão) QPH 1,22 0,61 0,01 0,16 8,72 0,22 0,42 1,22 0,11 0,38 QPA 0,39 0,19 0,00 0,05 2,79 0,07 0,13 0,39 0,03 0,12 Fonte: IBGE, 2009i. A extração vegetal e silvicultura do município de Santana do Livramento não é representativa em termos de produtividade comparada com a do Estado do rio Grande do Sul. Tabela 8: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da extração vegetal e silvicultura do município de Santana do Livramento. Extração vegetal e silvicultura do município Produtos da Silvicultura – lenha Produtos da Silvicultura – madeira em tora Produtos da Silvicultura – madeira em tora para outras finalidades QPH 0,25 0,01 0,01 QPA 0,08 0,00 0,00 Fonte: IBGE, 2009j. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 40 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo . Agroindústrias rurais Seguindo a especialização na produção pecuária do município de Santana do Livramento, pode-se observar que há uma quantidade mais expressiva de agroindústrias rurais que utilizam matérias-primas derivadas da produção pecuária, destacando-se as agroindústrias de queijo e/ou requeijão, e carne tratada. Nota-se, também, que há agroindústrias que utilizam cana-de-açúcar como matéria-prima, como as de aguardente e rapadura. É interessante notar que a maior parte da matéria-prima utilizada nas agroindústrias de rapadura são provenientes da produção própria, muito embora não haja registro de produção de cana-de-açúcar no município de Santana do Livramento, segundo a Produção Agrícola dos Municípios (IBGE, 2009c). Tabela 9: Agroindústrias rurais10. Agroindústria Arroz em grão Fubá Café torrado em grão Café torrado e moído Farinha de mandioca Tapioca e/ou goma Algodão em caroço Algodão em pluma Queijo e/ou requeijão Manteiga Aguardente de cana Rapadura Polpa de frutas Doces e geléias Carne tratada Embutidos Carvão vegetal Produtos derivados de madeira Estabelecimentos 1 36 2 1 4 1 5 27 2 - Produção com matéria-prima Própria (t) Adquirida (t) x 20 x x 6 x x x 1 x 2 x - x - Quantidade vendida (t) Valor da produção (1 000 R$) x 16 x x 7 x 1 x - x 110 x x 19 x 1 12 x - x - Fonte: IBGE, 2009c. 10 Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados com o caracter X. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 41 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 5.3.3. Condição do produtor Os dados apresentados no Censo Agropecuário 2006 permitem observar que o município de Santana do Livramento possui uma proporção de estabelecimentos cujo produtor é assentado sem titulação (17,4%) muito acima da proporção desta condição de produtor referente ao Estado do Rio Grande do Sul (1,5%). A área ocupada cujo produtor é assentado sem titulação no município de Santana do Livramento (2%), também é maior que a proporção ocupada no Estado (0,8%), no entanto, ambas são muito baixas. Conforme Gráficos 6 e 7. Rio Grande do Sul em -á re a cu pa nt e Pr od ut o rs O ei ro Ar Pa rc a de fin i tiv As se nt ad o se m ti t ul aç ão Pr op rie re nd at ár io 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 tá rio (%) Gráfico 6: Condição do produtor, segundo o número de estabelecimentos. Santana do Livramento Fonte: IBGE, 2009c. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 42 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo e O cu pa nt ei ro Pa rc Ar r in i ti va A ss en ta do se m ti t ul aç ão de f Pr op rie en da tá ri o 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 tá ri o (%) Gráfico 7: Condição do produtor, segundo a área ocupada. Rio Grande do Sul Santana do Livramento Fonte: IBGE, 2009c. 5.3.4. Saúde Segundo o IBGE (2009a), em 2005, contabilizava-se 34 estabelecimentos de saúde no município de Giruá. Destes, 2 privado sem fins lucrativos, 20 privados com fins lucrativos e 12 públicos municipais. Há 225 leitos hospitalares no município, sendo que todos estão localizados em estabelecimentos privados, mas 159 estão disponíveis para internação pelo SUS. Faltam alguns equipamentos hospitalares importantes no município, como o de ressonância magnética e o eletroencefalógrafo conforme a Tabela 9. Há 19 estabelecimentos com atendimento ambulatorial, 1 sem atendimento médico, 16 com atendimento médico em especialidades básicas e 7 com atendimento odontológico com dentista, conforme Tabela 10. Há 3 estabelecimentos que prestam atendimento emergencial, conforme a Tabela 10, nota-se que não atendimento obstétrico emergencial. Há 15 estabelecimentos que prestam serviço ao SUS, 1 que presta atendimento emergencial, 1 que oferece leitos para a internação e 1 oferece serviço de UTI/CTI ou diálise. O número de médicos residentes para cada mil habitantes passou Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 43 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo de 0,94, em 1991, para 1,16, em 2000. A proporção de médicos residentes (por mil hab.) do município de Santana do Livramento está bem acima da média do Estado do Rio Grande do Sul conforme o Gráfico 8 (IPEA, 2009). Tabela 10 Equipamentos hospitalares no município. Mamógrafo com comando simples Mamógrafo com estéreo-taxia Raio X para densitometria óssea Tomógrafo Ressonância magnética Ultrassom doppler colorido Eletrocardiógrafo Eletroencefalógrafo Equipamento de hemodiálise Raio X até 100mA Raio X de 100 a 500mA Raio X mais de 500mA 0 2 2 2 0 3 7 0 28 1 2 1 Fonte: IBGE, 2009a. Tabela 11: Estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial. Estabelecimentos de Saúde com Estabelecimentos de Saúde com Estabelecimentos de Saúde com especialidades básicas Estabelecimentos de Saúde com outras especialidades Estabelecimentos de Saúde com odontológico com dentista atendimento ambulatorial total atendimento ambulatorial sem atendimento médico atendimento ambulatorial com atendimento médico em 19 1 16 atendimento ambulatorial com atendimento médico em 4 atendimento ambulatorial com atendimento 7 Fonte: IBGE, 2009a. Tabela 12: Estabelecimentos de saúde com atendimento emergencial. Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência total Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Pediatria 3 1 Estabelecimentos de Saúde com Estabelecimentos de Saúde com Estabelecimentos de Saúde com Estabelecimentos de Saúde com 0 0 3 1 atendimento de emergência Obstetrícia atendimento de emergência Psiquiatria atendimento de emergência Clínica atendimento de emergência Cirurgia Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Traumato Ortopedia 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Neuro Cirurgia 1 Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Cirurgia Buco Maxilofacial Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Outros 0 0 Fonte: IBGE, 2009a. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 44 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Gráfico 8: Médicos residentes no município de Santana do Livramento para cada mil habitantes. Médicos residentes (por mil habitantes) 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 1991 2000 Santana do Livramento Rio Grande do Sul Fonte: IPEA, 2009. 5.3.5. Educação No município de Santana do Livramento, em 2008, 88% dos estudantes freqüentavam escolas públicas. Os estudantes do ensino fundamental são os que mais dependem das instituições públicas de ensino. O número de alunos matriculados em escolas privadas é maior apenas com relação ao número de alunos matriculados em escolas públicas no nível superior. A relação alunos por professor é maior nas escolas públicas do que nas privadas, principalmente no nível médio. Quase 90% dos docentes são funcionários das escolas públicas e 86% das escolas são públicas. Não instituições de ensino superior no município. A relação de alunos matriculados em escolas públicas e privadas pode ser observada no Gráfico 9. O número de docentes em escolas públicas e privadas está apresentado no Gráfico 10. A relação alunos por professor em escolas públicas e privadas, no Gráfico 11. E, o número de escolas públicas e privadas no Gráfico 12. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 45 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Gráfico 9: Número de alunos matriculados em escolas públicas e privadas em 2008. 13162 nº de alunos matriculados 14000 12000 10000 8000 6000 3253 4000 2000 1365 1109 775 336 232 137 0 Pré-Escola Ensino Fundamental escolas públicas Ensino Médio Ensino Superior escolas privadas Fonte: INEP, 2009a e 2009b. Gráfico 10: Número de docentes em escolas públicas e privadas em 2008. 900 798 800 nº de docentes 700 600 500 400 300 231 200 100 79 57 32 38 0 0 0 Pré-Escola Ensino Fundamental escolas públicas Ensino Médio Ensino Superior escolas privadas Fonte: INEP, 2009a e 2009b. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 46 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Gráfico 11: Relação alunos por professor em escolas públicas e privadas em 2008. nº de alunos por professor 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Pré-Escola Ensino Fundamental escolas públicas Ensino Médio Ensino Superior escolas privadas Fonte: INEP, 2009a e 2009b. Gráfico 12: Escolas públicas e privadas em 2008. 60 51 nº de escolas 50 40 40 30 20 11 11 10 2 3 0 0 0 Pré-Escola Ensino Fundamental escolas públicas Ensino Médio Ensino Superior escolas privadas Fonte: INEP, 2009a e 2009b. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 47 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 5.3.6. Condições domiciliares No município de Santana do Livramento, o número de domicílios aumentou em 115% entre 1970 e 2000. O número de domicílios particulares permanentes, muito próximo do número total de domicílios aumentou 112%. Já o número de domicílios com instalações elétricas e com instalações sanitárias tiveram um aumento muito mais acentuado, respectivamente, 287% e 288%. Porém, o número de domicílios com isntalações elétricas e/ou sanitárias ainda é muito baixo, não ultrapassando 10% do total de domicílios, para domicílios com instalação elétrica, e 4% referentes aos domicílios com instalações sanitárias (IPEA, 2009). No Gráfico 13 se pode observar as condições dos domicílios de Santana do Livramento. Gráfico 13: Condições domiciliares do município de Santana do Livramento entre 1970 e 2000. 28000 nº de domicílios 24000 20000 16000 12000 8000 4000 0 1970 1980 1991 2000 total dedomicílios dom. particulares permanentes dom. com instalações elétricas dom. com instalações sanitárias Fonte: IPEA, 2009. 5.3.7. Políticas públicas . Bolsa família Segundo o IPEA (2009), o número de famílias beneficiadas, em dezembro, com transferências de renda pelo Programa Bolsa Família passou de 5545, em 2006, para Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 48 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 5037, em dezembro de 2008. As transferências são mensais, assim como as variações no número de famílias, mas os dados apresentados no IPEADATA referem-se somente às famílias beneficiadas no mês de dezembro de cada ano de referência. Já valor nominal total, em dezembro, dos benefícios de transferência de renda pelo Programa Bolsa Família aumentaram 27% no mesmo período. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS, 2009) divulgou que em maio de 2009, 4998 famílias foram beneficiadas pelo Programa Bolsa Família e o valor total nominal dos benefícios foi de R$ 454.756,00, 4% menor do que valor nominal total de dezembro de 2008. . Proger Os Programas de Geração de Emprego e Renda (PROGER) são um conjunto de linhas especiais de crédito que tem por objetivo gerar e manter emprego e renda. Faz parte do Programa do Seguro-Desemprego, complementando outras ações integradas da Política Pública de Emprego, como a qualificação profissional e a intermediação ao emprego. Os recursos são provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador. FAT, e este, por sua vez, advém, em sua maioria, das contribuições devidas ao PIS e ao PASEP. O relatório estatítico do PROGER para o município de Santana do Livramento para o ano de 2007 está apresentado na Tabela 13. Tabela 13: PROGER no município de Santana do Livramento em 2007. Agente BB BB BB BB BB BB BB BB BB BB Programa FAT-MATERIAL DE CONSTRUÇÃO PROGER TURISMO PROGER URBANO PROGER URBANO PROGER URBANO PROGER URBANO PROGER URBANO PRONAF PRONAF PRONAF Modelo de financiamento Aquisição de mat. de constr. Investimento Capital de Giro Capital de Giro Capital de Giro Investimento Investimento Custeio Agrícola Custeio Pecuário Investimento Público Alvo Pessoas físicas PMEs PMEs PMEs PMEs PMEs PMEs PMEs PMEs PMEs Qtd de operações Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Valor contratado 24 56.997,83 1 406 27 110 6 4 93 5 296 48.580,06 850.640,34 29.173,48 119.194,91 115.591,32 95.548,28 179.065,00 14.215,00 1.911.098,00 49 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo CAIXA PROGER URBANO Agrícola Investimento Pecuário Investimento Agrícola Capital de Giro CAIXA PROGER URBANO Investimento BB PRONAF BNDES PRONAF PMEs 122 1.310.495,00 PMEs 1 542.021,00 PMEs Profissionais liberais 7 205.801,96 2 10.786,50 1104 5.489.208,68 Total Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE, 2009) 5.3.8. Indicadores de pobreza e desigualdade O índice de Gini11 do município de Santana do Livramento, que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita, era 0,42 em 2003 (IBGE, 2009e e 2009h). O índice de desenvolvimento humano (IDH)12 do município de Santana do Livramento era 0,803 em 2000, que corresponde a uma alto grau de desenvolvimento. 11 “Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula)”. Disponível em http://www.pnud.org.br/popup/pop.php?id_pop=97. 12 “É obtido pela média aritmética simples de três subíndices, referentes a Longevidade (IDHLongevidade), Educação (IDH-Educação) e Renda (IDH-Renda)”. “Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números de expectativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três dimensões têm a mesma importância no índice, que varia de zero a um”. Disponível em http://www.pnud.org.br/idh/. “O IDH até 0,499 expressa baixo desenvolvimento humano. Índices entre 0,5 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano. IDH superior a 0,8 indica desenvolvimento humano alto.” Disponível em http://www2.camara.gov.br/homeagencia/materias.html?pk=71308. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 50 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Gráfico 14: Índice de Desenvolvimento Humano do Município de Santana do Livramento. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,82 0,8 0,78 0,76 0,74 0,72 0,7 0,68 1991 2000 Fonte: IPEA, 2009. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 51 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 6. DIAGNÓSTICO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO 6.1. Localização e Acesso ao Assentamento. O Projeto de Assentamento Jupira/São Leopoldo localiza-se a cerca de 34 km a leste da sede municipal de Santana do Livramento, ao sul da BR 158 e com acesso diretamente através desta rodovia. A área situa-se entre os seguintes pontos extremos do sistema de coordenadas UTM do fuso 21: 669.990m E, 6.592.350m N e 675.630m E, 6.585.540m N Figura 13. Localização do Assentamento Fonte INCRA, 2006. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 52 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 6.2. Condições Físicas e Edafo.climáticas do Assentamento 6.2.1. Solos As classes de solos citadas abaixo foram coletadas do Ralatório Ambiental do PA Jupira/São Leopoldo. As analises físicas e químicas nas amostras dos solos coletados foram executadas no laboratório da UFRGS em Porto Alegre, RS. A descrição das unidades é apresentada abaixo: - PVd 2 – ARGISSOLO VERMELHO Distrófico abrúptico A moderado textura arenosa/média fase relevo suave ondulado. O solo que compõe esta unidade de mapeamento assemelha-se ao anterior diferenciando-se por apresentar o caráter abrúptico, que mesmo em relevo suave ondulado lhe confere alta susceptibilidade à erosão. - PVd 3 – Associação: ARGISSOLO VERMELHO Distrófico abrúptico fase relevo ondulado. - ARGISSOLO VERMELHO Distrófico arênico fase relevo suave ondulado ambos A moderado textura arenosa/média. Esta unidade de mapeamento é composta por uma associação de solos onde tanto ocorrem solos com caráter abrúptico quanto solos com caráter arênico, dificultando o emprego das técnicas conservacionistas. - PVe - ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico arênico A moderado textura arenosa/argilosa fase relevo suave ondulado. - SGe 2 – PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO Eutrófico arênico A moderado textura arenosa/argilosa fase relevo plano. Unidade de mapeamento com as características referentes aos PLANOSSOLOS HIDROMÓRFICOS porém com espessura superficial menor (50 cm). 6.2.2. Relevo O relevo do imóvel correspondente ao PA Jupira/São Leopoldo é predominantemente plano e suave ondulado. A maior parte da área apresenta inclinações inferiores a 5%, constituindo pendentes bastante suaves que totalizam Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 53 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo aproximadamente 97,32% do imóvel. As áreas com mais de 5% de inclinação, um pouco mais íngremes, distribuem-se de forma heterogênea principalmente na porção leste do imóvel e totalizam cerca de 2,68% do imóvel. As altitudes são relativamente elevadas, variando de 120 a 220 metros, embora mais de metade da área (aproximadamente 64,09% do imóvel) encontra-se entre 120 e 140 metros. 6.2.3. Recursos Hídricos A rede de drenagem do PA Jupira/São Leopoldo é formada por pequenos cursos d’água que fluem para o arroio Ibicuí da Faxina. Analisando-se a rede de drenagem percebe-se que algumas nascentes de cursos d’água situam-se dentro do imóvel. O comportamento das nascentes é intermitente, ou seja, elas sofrem a influência de períodos de estiagem e freqüentemente ficam secas. O estado de conservação das nascentes é regular: algumas ainda encontram-se cercadas pela vegetação original, o campo nativo úmido, mas seu entorno é acessível ao gado, que utiliza a pastagem ali existente. Em outras, verifica-se a implantação de lavouras, desrespeitando a faixa de preservação permanente em torno de nascentes (50 metros). O comportamento dos cursos d’água próximo às nascentes é semelhante a estas, ou seja, é intermitente. Alguns passam a assumir um comportamento mais perene a jusante, quando atingem áreas de topografia mais baixa e plana. No que se refere ao estado de conservação, verifica-se alterações ao longo da rede de drenagem. A vegetação original ao longo dos cursos d’água segue um padrão que é típico da região, onde predomina campo e ocorrem formações florestais significativas somente nas baixadas próximo aos cursos d’água maiores. Em alguns pontos a vegetação original foi suprimida para dar lugar a lavouras ou a pastagens. Além da rede de drenagem natural, existe ainda uma barragem, cujo uso principal é a irrigação de 120 hectares de lavouras de arroz mas que é também utilizada para dessedentação animal, 5 açudes, utilizada para dessedentação animal.. A água Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 54 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo utilizada para o consumo humano é retirada de poços, vertentes e cacimbas, sendo aparentemente de boa qualidade.. 6.2.4. Flora e Fauna O campo nativo desta área é relativamente sensível à exploração intensa, pois o solo tem baixa fertilidade e é estruturalmente frágil. Esta fragilidade do solo dificulta o rápido restabelecimento da vegetação quando o campo sofre perturbações severas. Os principais impactos constatados sobre o campo nativo no assentamento são: o uso das áreas campestres para a agricultura e a invasão pelo capim-annoni (Eragrostis plana). A vegetação florestal original do bioma Pampa estava naturalmente restrita às áreas próximas aos cursos d´água, encostas dos cerros e áreas de baixadas. Sua área foi lentamente reduzida ao longo do processo de ocupação colonial. A partir da interpretação da imagem Landsat não foi detectada uma redução expressiva da área ocupada por vegetação florestal, no PA Jupira, desde sua implantação. Porém, deve-se destacar que o levantamento de campo identificou diferentes impactos antrópicos, acentuados após a implantação do assentamento, relacionados a atividades que comprometem não apenas a área coberta por florestas, mas sim a estrutura e a qualidade dos hábitats florestais. Para a avaliação da mastofauna, principalmente de médio e grande porte, realizou-se uma amostragem caracterizando qualitativamente a composição desta parcela da fauna, as condições dos hábitats disponíveis para as espécies em questão, assim como os impactos decorrentes da implantação do PA Jupira sobre a mastofauna da região. A amostragem foi realizada através de um levantamento das espécies de mamíferos, com base em visualizações, vestígios e relatos de moradores. As espécies encontradas no assentamento são de ampla distribuição geográfica, generalistas quanto ao uso de hábitats florestais e campestres. São animais de ocorrência comum em áreas onde o uso econômico predominante da terra é a pecuária em campo nativo. Dentre as áreas florestais percorridas a APP no entorno do Arroio Ibicuí da Faxina, compreende a área florestal com maior potencial de uso e/ou refúgio pela fauna Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 55 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo de mamíferos dentro do assentamento. Nesta área existe um gradiente de preservação da APP, com alguns pontos melhor preservados que outros devido ao cercamento das áreas úmidas em alguns lotes contíguos, e que apresentam maior complexidade de ambientes para a fauna a nativa. O maior número de registros encontrados para a mastofauna ocorreu nesta área e isso ressalta a importância do cumprimento da legislação vigente em relação às APP. 6.2.5. Uso do Solo e Cobertura Vegetal, As classes de uso e cobertura do solo do PA Jupira/São Leopoldo são mostradas na tabela 14. Tabela 14: Superfície ocupada pelos diferentes usos no PA Jupira em 21/11/2003. Clase Nº de manchas Área Área(%) Agricultura/solo exposto 18 114,39 8,97 Água 4 43,98 3,45 Arroz 3 108,65 8,52 Campo seco 2 644,61 50,56 Campo úmido 2 180,49 14,16 Mata 2 56,77 4,45 Pousio 3 126,15 9,89 1.275,04 100,00 6.2.6. Reserva Legal e Estratificação Ambiental: Além do mapeamento do uso do solo, foi também quantificada a superfície ocupada no imóvel por APP (Áreas de Preservação Permanente) e por ARL (Área de Reserva Legal). As APP foram espacializadas de acordo com a lei federal n.º 4.771, de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal) e Lei n.º 7.803 de 18 de julho de 1989 (Altera o Código Florestal), das quais aplicam-se ao PA Jupira/São Leopoldo os seguintes critérios: • 30 m ao longo dos cursos d’água Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 56 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo • 50 m em torno de nascentes • 50 m em torno de corpos d`água naturais e artificiais Quanto à ARL, de acordo com a medida provisória n.º 1956-54 de 21 de setembro de 2000, 20% da área do imóvel deve ser mantida com esse caráter, mas verificou-se a inexistência de uma área delimitada com essa finalidade no PA. A Tabela 13 mostra a superfície ocupada por APP e ARL no PA Jupira São Leopoldo. 6.2.7. Capacidade de Uso do Solo: As terras são classificadas no Sistema de Capacidade de Uso através do confronto entre as classes de declive e as unidades pedológicas. Esta classificação estabelece classes homogêneas de terras baseadas no grau de limitação e subclasses, com base na natureza da limitação do uso. (UNESP, 2000) Na caracterização das classes de Capacidade de Uso, leva-se em consideração a maior ou menor complexidade das práticas conservacionistas, quais sejam: as de controle de erosão e as de melhoramento do solo (calagens, adubação, etc.). As subclasses explicitam melhor as práticas de conservação e/ou de melhoramento. (UNESP, 2000) Desta forma, as terras foram enquadradas nas seguintes classes: Classe II: compreende terras cultiváveis, com problemas simples de conservação e melhoramento; (UNESP, 2000). Classe III: terras cultiváveis, com problemas complexos de conservação e melhoramento; (UNESP, 2000). Classe IV: terras cultiváveis apenas ocasionalmente, ou em extensão limitada, com sérios problemas de conservação; (UNESP, 2000). Classe V: terras impróprias para o cultivo, com problemas de encharcamento e com possibilidade de serem drenadas artificialmente. São adaptadas para pastagens nas épocas secas do ano; (UNESP, 2000). Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 57 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Classe VI: terras impróprias para o cultivo, devido à declividade excessiva. Podem ser cultivadas para certos cultivos permanentes protetoras do solo. (UNESP, 2000) Classe VIII legal: ocupam áreas ciliares junto aos arroios e sangas (áreas de preservação permanente). Tabela 15. Classes de Capacidade de uso do Solo no Assentamento Fonte INCRA, 2006. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 58 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Figura 14: Mapa de classes da capacidade de uso do solo. Fonte INCRA, 2006. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 59 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 6.2.8. Análise sucinta dos potencias e limitações dos recursos naturais e da situação ambiental do assentamento Grande parte do PA Jupira/São Leopoldo é ocupada por terras impróprias para uso com lavouras anuais, mas estão sendo utilizadas para este fim. A fragilidade natural do solo associada a práticas de manejo inadequadas contribui para a intensificação dos processos erosivos, que ainda são pouco visíveis, mas podem tornarse significativos no futuro. A legislação (Lei Federal no 4.771/1965) determina que APP são áreas de proteção integral, portanto não devem ser utilizadas para qualquer finalidade. No PA Jupira verifica-se a ocupação por lavouras e por pousio em cerca de 27% das APP do imóvel, constatando-se remoção parcial ou total da vegetação original nesses locais. Há também utilização da vegetação presente nas APP pelo gado, especialmente próximo às nascentes, ainda que com baixa intensidade. A análise do mapa de uso e ocupação do solo e as vistorias realizadas em campo evidenciaram a inexistência de áreas destinadas a Reserva Legal (ARL), que deveria ser de 20% da área de cada lote ou da área total do PA Jupira/São Leopoldo. O PA Jupira/São Leopoldo apresenta ainda cobertura significativa de áreas campestres sob regime de exploração pecuária, geralmente, utilizadas sob condições de alta pressão de pastejo, causando redução da cobertura do solo e da diversidade de espécies do campo nativo. Além disso, verifica-se a invasão dos campos pelo capimannoni (Eragrostis plana), que é exótico e em longo prazo poderá tornar-se o impacto mais sério na área. A agressividade dessa espécie aliada ao seu baixo valor forrageiro poderá futuramente limitar a principal atividade no assentamento que é a pecuária sobre o campo nativo. Quanto à vegetação florestal, o corte seletivo de árvores madeiráveis e a extração de lenha para consumo doméstico, inclusive de espécies declaradas como imunes ao corte pelo Código Florestal Estadual, além de reduzirem a densidade comprometem a sua capacidade regenerativa pela retirada de indivíduos com características de matrizes e porta-sementes. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 60 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Os impactos antrópicos já citados acima para a vegetação também afetam negativamente a fauna, principalmente pela alteração e redução dos hábitats. Além disso, a caça, atividade comum entre os assentados desde a implantação do PA, constitui uma das principais causas da redução na abundância e na riqueza das espécies presentes na área. A produção de efluentes e de resíduos sólidos domésticos pelas 45 famílias do PA não possui estrutura de coleta e tratamento adequados, que atendam a todos os assentados. Os resíduos sólidos são na sua maioria queimados, inclusive as embalagens de insumos e defensivos. As limitações de uso das terras são de três naturezas: limitações pela erosão e/ou risco de erosão (e), limitações relativas ao solo (s), referidas ao potencial nutricional e limitações relativas à má drenagem do solo. (UNESP, 2000) A grande parte dos solos presentes no assentamento Jupira São Leopoldo estão relacionados a capacidade de uso nas classe III,IV,VII, essas classes apresentam algumas limitações,as quais estão descritas abaixo. Classe III (culturas com práticas intensivas e complexas) A classe III abrange terras passíveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens, ou reflorestamento, com problemas complexos de conservação do solo. Quando cultivadas sem cuidados especiais, estão sujeitos a severos riscos de depauperamento, principalmente no caso de culturas anuais. Requerem medidas intensas e complexas de conservação do solo, a fim de poderem ser cultivadas segura e permanentemente, com produção média a elevada de culturas adaptadas. (UNESP, 2000) Classe IV São terras que têm riscos ou limitações permanentes muito severas quando usadas para culturas anuais. Preferencialmente, devem ser mantidas como pastagens, mas podem ser suficientemente boas para certos cultivos ocasionais (na proporção de um ano de cultivo para cada quatro a seis de pastagens) ou para certas culturas anuais ou perenes, porém com cuidados muito especiais. (UNESP, 2000) Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 61 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Subclasse IVe (problema de erosão) São terras limitadas por risco de erosão para cultivos intensivos, com declividades acentuadas. (UNESP, 2000) ClasseVI São terras adaptadas para pastagens ou reflorestamentos, impróprios para culturas anuais, porém cultiváveis apenas em casos especiais com algumas espécies permanente protetoras do solo. (UNESP, 2000) 6.3. Situação do Meio Sócio.Econômico e Cultural 6.3.1. Histórico do assentamento O PA Jupira foi implantado em 1997, contando atualmente quarenta e cinco (45) famílias, maioria oriunda da região de Trindade do Sul, Carazinho e municípios vizinhos. Apenas três famílias são da região de Santana do Livramento. No início, houve dificuldades de adaptação das famílias em função das diferenças entre as suas regiões de origem e a região do assentamento, no que se refere à estrutura fundiária e ao sistema de cultivo. A região da Campanha caracteriza-se por apresentar propriedades médias e de grande porte dedicadas ao cultivo de arroz irrigado e à pecuária extensiva. Já na região de origem das famílias, o sistema fundiário é caracterizado por propriedades menores onde predomina a agricultura familiar dedicadas ao cultivo de grãos. Em função de dificuldades de adaptação, ao longo do tempo houve substituição de algumas famílias devido ao abandono de lotes. Em função das dificuldades iniciais, cerca de 40% das famílias originalmente assentadas foram substituídas ao longo do tempo, devido ao abandono dos lotes. 6.3.2. População do assentamento O assentamento Jupira São Leopoldo apresenta 44 lotes, sendo que residem atualmente 45 famílias. Para demonstrar a composição familiar foi subdivido por idade Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 62 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo em 4 (quatro) categorias, crianças(0 – 12 anos), jovens (13 – 25 anos), adultos (26 – 65 anos) e idosos (mais de 65 anos). Tabela 16: Dados relativos a população do assentamento Jupira - São Leopoldo Composição familiar Idade Total nº famílias 44 nº pessoas 129 Crianças 24 Jovens 38 Adultos 61 Sexo Idosos 6 Masculino 85 Feminino 44 Fonte: COPTEC (2009). De modo à melhor representação da população do assentamento Jupira São Leopoldo, apresentamos abaixo o gráfico da composição familiar em percentual. Gráfico 15: Composição familiar Fonte: COPTEC (2009). Em relação a educação, o assentamento apresenta 15 analfabetos, porém nenhuma criança fora da escola, além de ter uma pessoas com curso técnico. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 63 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Tabela 17: Dados educacionais Analfabetos 15 Crianças fora da escola 0 Curso técnico 1 Curso superior 0 Fonte: COPTEC (2009). As principais atividades produtivas desenvolvidas no assentamento são bem diversificadas, dentre as principais podemos citar o leite, Gado de corte, Soja, Milho, Hortigranjeiros, além de cultivos para o auto sustento 6.3.3. Organização social do assentamento Estrutura Regional A regional do MST de Santana do Livramento, da qual o assentamento Torrão faz parte, é formada, pelos trinta assentamentos de Livramento, um assentamento de Rosário do Sul e três assentamentos de Dão Pedrito. Para coordenar a região foi eleita no ultimo encontro regional uma direção composta por dez membros, alem desses cada assentamento indicou, de acordo com o numero de famílias, de dois a quatro dirigentes, que juntos com os dez constituem a coordenação regional do MST. Na produção leiteira, a Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste LTDA (COPERFORTE), realiza a comercialização. Para desenvolver este trabalho a cooperativa conta com uma infra-estrutura própria de caminhões, que realizam o transporte. Estrutura político. organizativa interna O assentamento possui cinco núcleos, com 1 representante de cada núcleo que formam a coordenação. Cleonice e Eder são os dirigentes do assentamento, além de possuir no assentamento um dirigente regional Eloi Dambrós. Além disso estão se organizando pra fundar uma associação para tratar do situação da irrigação no assentamento, sendo que essa associação será benéfica para o outro fins. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 64 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Há grupos organizados no aspecto produtivo e esta condição também caracteriza uma divisão por afinidade do coletivo do assentamento. Também a estrutura influencia nessa divisão, pois a proximidade com a estrada principal facilita a comercialização, o que garante aos lotes mais próximos desta maior potencial de produção e agregação de renda. Estrutura Social Como estrutura social no assentamento, podemos destacar um campo de futebol, cancha carreira, sede da comunidade. Acontecem também no assentamento cultos religiosos, católicos, as quais acontecem na sede da comunidade. Foto 1: Campo de Futebol PA Jupira/São Leopoldo Fonte: COPTEC (2009). Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 65 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Foto 2: Sede do assentamento PA Jupira/São Leopoldo Fonte: COPTEC (2009). Estrutura econômica 6.4. Infra.estrutura Física, Social e Econômica O assentamento Jupira/São Leopoldo, apresenta a sede da comunidade como infra-estrutura física, social e econômica de uso coletivo, sendo esta utilizada para reuniões, missas e festas. Além disso a assentamento possui um colégio, uma rádio que no momento está fora de operação, viveiro na escola, cemitério, moinho e uma barragem. As estradas de acesso ao assentamento estão em péssima qualidade, com sérias dificuldades em períodos chuvosos, 3 famílias estão sem acesso a estrada Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 66 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Foto 3: Estrada de acesso ao assentamento Jupira/São Leopoldo Fonte: COPTEC (2009) 6.5. Sistemas Produtivos A principal referencia utilizada para identificar os sistemas de produção existentes no assentamento foi o método de sistemas agrários, que constou de três momentos distintos: discussão grupal com o coletivo dos moradores para coleta das informações socioeconômicas e identificação dos sistemas de produção; discussão dos dados coletados no grande grupo, buscando validá-los em primeira instância; entrevistas com representantes indicados pelo coletivo para os sistemas de produção identificados. A entrevista, também consultiva, constou de questionário semi-estruturado, sobre a composição do núcleo familiar, estrutura disponível na unidade, manejo de cultivos e criações, assim como a renda gerada por cada atividade desenvolvida. Sistema de produção bovinocultura de corte Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 67 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Conduzido de forma extensiva, dependendo exclusivamente da oferta forrageira do campo nativo, como é tradicional na região. Outra condição que reflete a realidade da pecuária familiar é a composição familiar, isto é, a ausência do núcleo familiar completo, com apenas uma Unidade Trabalho Homem (UTH), representada pelo pai ou homem mais velho. No lote onde foi conduzida a entrevista havia uma condição favorável de umidade do solo, que permitia a produção plena do campo nativo durante todo o ano, o que não é a realidade da maior parte das unidades. Além disso, o custo de produção é representado apenas pelos produtos sanitários (endo e ectocidas) somados ao sal comum, pois o sal mineral é elaborado na própria unidade. O rebanho é composto por 19 matrizes, cuja taxa de prenhês foi de 100% no último ano agrícola, um touro e 17 terneiros, entre machos e fêmeas, somando 31 Unidades Animal (UA) de 450 Kg, indicando a alta capacidade de carga dos 24 ha utilizados com a pecuária de corte. Além dessa área, possui 0,5 ha de mata plantada, para extração de madeira e um cercado de 0,25 ha com batata e mandioca, sendo estes os únicos cultivos. A renda média mensal fica em R$ 1.205, 10, composta pela produção de autoconsumo, pelo valor obtido com a venda dos animais e pela venda da mão-de-obra pra serviço de carneação contratado por restaurante da cidade. Sistema de produção leite Subsistema leite/corte Apesar do rebanho dos bovinos de corte ser maior, com 42 matrizes e 12 terneiros (machos e fêmeas), a renda gerada pelas 15 matrizes leiteiras é superior, garantindo o giro econômico mais freqüente. Enquanto o gado de corte é utilizado como uma reserva de valor e garante uma entrada anual de R$ 6.000,00, a atividade do leite consegue envolver o trabalho de mais membros da família e captar anualmente R$12.960,00. O gasto é compartilhado entre os rebanhos, pois são ministrados em conjunto os produtos veterinários, custando anualmente R$5.520,00. A renda gerada pela produção de autoconsumo, constituída pelas chamadas “plantas de baraço”, as carnes de suínos e aves, além de parte do leite, ovos e da carne bovina, acumula anualmente 5.148,00. Descontado o consumo interno, convertido em produção, e os Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 68 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo gastos da família, a renda média mensal fica em R$ 1.100,18. E, apesar das atividades agrícolas gerarem um valor relativamente alto, essa renda também é composta pelo benefício Bolsa Família. Subsistema leite/arroz O arroz constitui um montante significativo do Produto Bruto, tanto quanto o leite. Outra fonte de renda é a venda dos terneiros, tendo em vista a não priorização de bovinos de raça estritamente leiteira. A lavoura requer a utilização de área externa ao lote (6 ha), para a qual lançam mão do pagamento de arrendamento. A unidade conta com a mão de obra de 3 dos 5 componentes do núcleo familiar. A geração de renda de autoconsumo é de R$ 3.648,00, constituída pela produção de carne dos suínos e aves, além de ovos, e agrega nas atividades agrícolas destinadas à comercialização R$ 27.014,00 no ano. Destaca-se o alto valor consumido nas atividades agrícolas frente à produtividade obtida. Descontadas as despesas familiares, a renda média mensal fica em R$ 452,35, ainda abaixo do salário mínimo regional para a data. Subsistema leite/grãos Sistema desenvolvido por grupo, do qual participam 4 unidades de produção, sendo que algumas são de outro assentamento próximo. Os cultivos são de soja, milho, feijão e trigo, sendo que as lavouras de trigo e milho são destinadas somente para o autoconsumo. A atividade do leite é a que representa a maior geração de Produto Bruto, R$ 31.104,00. O autoconsumo representa uma renda de R$ 14.103,00, constituída pela produção de milho, trigo e parte da produção de suínos, leite e ovos. Mesmo com a geração de um valor significativo com o produto, o consumo intermediário, utilizado para o processo produtivo, tem alto valor. Na soja foi R$ 10.490,00 superior ao ganho, refletindo também a baixa produtividade causada pela condição de déficit hídrico característica da região, exigindo a compensação financeira por outros ganhos. A atividade leiteira agrega anualmente R$ 29.705,50, distribuída nos demais gastos com manutenção e combustível gerados pela grande quantidade de Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 69 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo maquinários utilizados no processo produtivo e pela manutenção familiar. A renda média mensal fica ainda abaixo do salário mínimo regional, em R$ 389,68. Como resultado da pesquisa de campo foi levantado o seguinte conjunto de informações sobre a produção agropecuária do Assentamento referida à safra 20092010. Tabela 18. Consolidado da produção Agropecuária do Assentamento safra 20092010 Soja Nº fam. 4 Milho Hectares (total) Produção sacas 60 kg Nº fam. Hectares (total) Produção sacas 60 kg 90 2250 35 200 4000 Feijão Nº fam. Arroz Hectares (total) PA Jupira São Leopoldo 30 15 hortas comerciais Produção sacas 60 kg Hectares (total) Produção sacas 60 kg horta autoconsumo pomar autoconsumo Nº de famílias Nº fam. 225 pomares comerciais Nº de hortas total em ha Nº pomares total em ha Nº famílias 0 0 0 0 35 Outros cultivos comerciais 35 Produção de sementes/mudas Nº famílias quais Hectares (total) 4 trigo 30 Nº de famílias quais as plantas Rebanhos ovelhas suínos 20 60 bovinos corte aves equinos Nº animais de tração 80 600 15 10 Leite Nº fam. Nº total de animais do rebanho leiteiro animais produzindo leite Produção (L/dia) 40 400 250 2,500 Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 70 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 6.6. Serviços de Apoio à Produção Os serviços de apoio a produção disponíveis no município são a Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste LTADA (COPERFORTE) , a Secretaria de Agricultura do município, o escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), a Cooperativa de Prestação de Serviços Técnico LTDA (COPTE, Senar, Fepagro, além de alguns escritórios de assistência técnica privada. O assentamento recebe apoio técnico principalmente da COPTEC, sendo também atendida pela Secretaria de Agricultura do município e pela Coperforte relacionado a produção de leite Tabela 19. Serviços sociais básicos. Serviços sociais básicos Assistência técnica Públicas ATES Sim Privadas ATER Não Agropecuária não Cooperativa Sim Fonte: COPTEC ( 2009) 6.7. Crédito As principais linhas de crédito acessadas pelas famílias do assentamento Jupira/São Leopoldo estão citadas na tabela 19, assim como o número de famílias beneficiadas. Tabela 20. Programas acessados. Programas acessados nºde beneficiários Não Aquisição Não acessou material Reforma acessou crédito Apoio Pronaf Pronaf Pronaf de das crédito do inicial Fomento Procera A C D construção casas moradia INCRA 43 44 8 40 0 39 0 0 Fonte: COPETEC (2009) As famílias do Assentamento Jupira São Leopoldo, receberam em média, R$ 1080,00 de fomento, R$ 7500,00 de PROCERA, R$ 15000,00 de Pronaf C, R$ 12000,00 de pronaf A. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 71 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 6.8. Capacitação Profissional As estruturas de capacitação profissional existentes no município de Santana do Livramento são o Campo de Cooperação da prefeitura municipal, através da secretaria da agricultura, Área da fepagro, Área dos produtores rurais, utilizada pelo senar, Emater e COPTEC. Os principais programas e convênios do município estão descritos abaixo: Programa Leite Sul: Qualidade do leite e geração de renda, aquisição de equipamentos para resfriamento, acondicionamento e transporte do leite para projetos de assentamentos de reforma agrária no estado do Rio Grande do Sul. COPTEC/INCRA: Atuação na Área de ATES no município de Santana do Livramento. Convênio INCRA/EMBRAPA: Atuar nas unidades demonstrativas. Além do objetivo de criar um “Assentamento modelo”. 6.9. Serviços Sociais Básicos 6.9.1. Educação O acesso à educação do PA Jupira é regular. Os alunos que freqüentam o ensino fundamental dispõem de uma escola municipal na sede do PA. Os alunos que freqüentam o ensino médio precisam deslocar-se até a cidade de Santana do Livramento, necessitando utilizar-se do sistema de transporte escolar provido pelo município. A dependência do transporte causa transtornos em algumas ocasiões, impedindo os alunos de freqüentar regularmente as aulas. Em alguns períodos o atraso no repasse de recursos do transporte escolar pelo Estado ao município chega a provocar a suspensão do serviço. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 72 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Foto 4: Escola PA Jupira/São Leopoldo Tabela 21: Acesso a educação Escola Assentamento Sim Distância (km) Próximo Sim Ensino Ensino médio Fundamental (município) Analfabetos 0 45 15 Crianças fora da escola 0 Curso técnico 1 Curso superior 0 6.9.2. Saúde As famílias do PA Jupira geralmente utilizam os postos de saúde e a rede hospitalar existentes em Santana do Livramento, através do SUS, necessitando deslocar-se até a sede do município para buscar atendimento. (MDA/INCRA, 2009) Tabela 22: Serviços sociais básicos Serviços sociais básicos Saúde UBS Assentamento Não Próximo Não Distância (km) 45 Hospital Agente saúde não Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Distância 45 73 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 6.9.3. Saneamento O acesso ao saneamento no PA Jupira é ainda limitado. A água consumida pelas famílias é oriunda de poços e cacimbas, não sofrendo tratamento antes do consumo, embora seja aparentemente de boa qualidade. Existe um poço artesiano na sede do PA, que atende cerca de sete famílias, e um segundo está sendo construído. A água para consumo sofre escassez nas épocas mais secas, 30 lotes tem problemas de água, 8 famílias sem água encanada. No que se refere aos dejetos, a maior parte das casas usa o sistema de “casinha”. A falta de água encanada é uma dificuldade adicional para a instalação de banheiros mais adequados. Os resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos (restos de alimentos, garrafas plásticas, latas, vidros, frascos de vacinas, embalagens de defensivos, etc.) gerados pelos assentados também carecem de tratamento adequado. A maior parte têm como destino final a queima, buraco ou o lançamento a céu aberto, pois a coleta de lixo feita pela prefeitura do município não abrange a zona rural. 6.9.4. Lazer Como atividades de lazer podemos destacar um campo de futebol, cancha de carreira, além desses na sede da comunidade ocorre atividades como bocha, sinuca, baralho, futebol e o Bolãozinho onde envolve as mulheres. Acontecem também no assentamento cultos religiosos. 6.9.5. Habitação Em relação à habitação no PA Jupira/São Leopoldo, as moradias estão em bom estado de conservação. As famílias receberam credito de R$ 8890,00 para construção de casas novas ou reforma. Todas as moradias têm acesso a energia elétrica. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 74 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 7. PLANOS De acordo com a Norma de Execução nº 71 do INCRA “O plano desdobrará na forma de programas temáticos, subprogramas, que se materializarão em projetos e ações a serem formulados com a participação dos assentados em estreita sintonia com a situação diagnosticada. É de se destacar que uma das finalidades do PDA é subsidiar a elaboração de projetos técnicos”. 7.1. Organização Territorial Segundo Maximiano (1992) uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. A organização territorial é proposta como um mecanismo indutor de inovações no processo de gestão incorporando uma série de dimensões como a potencialização das capacidades locais no processo de desenvolvimento econômico, a ética ambiental, a autonomia alimentar, a descentralização, os sistemas produtivos integrados e a governança local. O território não é apenas um espaço neutro, contendo recursos ambientais a serem explorados. Trata-se de um espaço construído histórica e socialmente, no qual seus habitantes se sentem constitutivamente integrados a esse espaço. A preocupação sistêmica central do desenvolvimento territorial é a integração e a coordenação entre as atividades, os recursos e os atores, em oposição a enfoques setorializados ou corporativos. Avalia-se a necessidade de aprimorar os processos de pesquisa e apoio técnico sócio-ambiental para incorporar esta dimensão nos processos de planejamento a criar, de forma participativa, cenários prospectivos e programas estratégicos de ação que possibilitem desenvolver autonomia local, articulação política e institucional e um Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 75 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo entendimento participativo da gestão dos territórios, através do exercício da discussão democrática que permita a conformação de um assentamento. A identificação de conflitos pelo uso de recursos e a organização espacial atual fornecida pelo diagnostico desenvolvido no primeiro relatório são pontos de partida para a definição dos princípios, conceitos e diretrizes orientadores da organização territorial 7.1.1. Uso da terra Estamos em um período onde se observa que a erosão e degradação do solo esta atingindo níveis nunca antes vistos, sem falar no nível de contaminação por agrotóxicos que é alarmante. Porem, ao mesmo tempo esta surgindo uma nova mentalidade de uso do solo e o controle da erosão pelo uso adequado de cobertura vegetal, sendo que esta técnica de manejo requer uma serie de conhecimentos básicos sobre as exigências próprias de cada espécie desde a produção de sementes ate o relacionamento com as demais culturas que fazem parte do sistema. As vantagens das plantas de cobertura estão na redução dos custos de produção pela fixação biológica do nitrogênio e o melhoramento das condições físicas, químicas e biológicas do solo, alem de controlar o processo de erosão e não agredir o meio ambiente. Potencialidades: ideal para a agropecuária, sendo que nesta se desenvolve as atividades de agricultura com plantio de milho, feijão, batata doce, mandioca, plantas de baraço, frutíferas, pastagens, entre outras e a pecuária através de gado de corte, bovinos de leite e ovinos. Limitações: faltam de maior conhecimento e manejo do solo, processo erosivo em alguns lotes, baixa fertilidade, uso de agrotóxicos e insumos químicos, grande infestação de formigas cortadeiras e capim anoni. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 76 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Condicionantes: apoio para implantar uma correção de solo adequada com calcário, fosfato e adubo orgânico; conscientização sobre o manejo correto do solo e a não utilização de agrotóxicos; cobertura verde; preservar as APP e RL. 7.1.2. Água Apesar de a água ser um recurso natural renovável, o uso inadequado, aliado ao crescimento populacional e econômico, nos alerta para sua eminente escassez como fonte de manutenção da vida. Alem disso, existem os desastres naturais pelo mau uso do solo, que tem diminuída a sua capacidade de absorção devido à erosão. Esse mesmo mundo moderno, que provoca a degradação, e através dela o aquecimento global, não tem atentado para os efeitos benéficos da técnica do reuso da água e da captação da água da chuva e armazenamento através de construções de cisternas. Classificá-las em diversos tipos, com água mais pura (para beber, cozinhar e tomar banho), e outras com menor grau de pureza (para outros usos), surge como possibilidade de reversão do quadro de escassez crônica. Todos podem fazer a sua parte para a sustentabilidade. Sem o seu uso e reuso racional, não há como prolongar por muito tempo o progresso, o desenvolvimento econômico da forma atual e a vida na terra. Potencialidades; Nascentes; água disponível a poucos metros de profundidade, açudes em alguns lotes. Limitações; zona de estiagem sazonal. Escassez de água potável para o consumo humano e bebedouros para os animais. Água consumida pelas famílias sem certificação de sua qualidade. Plantio com irrigação. Áreas de banhado. Condicionantes; necessidade de construção de poços artesianos que abasteça todo o assentamento com rede de distribuição para os lotes. Melhorar os poços existentes. Licença ambiental e projetos para construção de açudes com enfoque na Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 77 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo piscicultura e bebedouros para os animais. Plantio de olerícolas com irrigação. Reduzir o consumo da água e reutilizar a água domestica. Melhorar a qualidade da água. 7.1.3. Vias de Acesso Impossível falar em desenvolvimento dos assentamentos sem considerar a situação precária em que se encontram as vias de acesso e a necessidade urgente de melhorias, para então facilitar o escoamento da produção e propiciar o pleno desenvolvimento das comunidades. Potencialidades: tem partes de uma estrutura inicial de estrada que permite a circulação dos meios de transportes usados na região como, ônibus escolar e coletivo, caminhão de leite, de ração, automóveis particular, localizada no Distrito Itaquatia à 40 km da cidade de Santana do Livramento. Limitações: péssimas condições de trafegabilidade. Uma (01) família não tem estrada, fazendo uso de um corredor. Condicionantes: Falta de apoio municipal por compreender que não é responsável por essas famílias; projetos que ajudam no desenvolvimento estrutural do local; falta agilidade por parte do INCRA na execução das estradas; e por fim capacitação dos funcionários públicos que demonstram falta de experiência nos trabalhos realizados e uma fiscalização por órgãos competentes. 7.1.4. Infra.estrutura A área social de um assentamento cumpre diversos papeis e retrata em muito a organização das famílias e o comprometimento com o coletivo e não somente com o seu lote, por isso a necessidade de criar esses espaços com estrutura física adequada que proporcione alem de lazer e cultura com atividades desportivas e culturais incentivando a formação de grupos de jovens, celebrações religiosas, formação política Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 78 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo e atividades na área da saúde, culinária e artesanato, com isso estimulando a convivência e harmonia entre as famílias garantindo assim uma melhor qualidade de vida. Podendo ser usado também como local de realização de experiências na área produtiva e ambiental e na construção de agroindústrias fortalecendo a produção e contribuindo na geração de renda e desenvolvimento do assentamento. Potencialidades: área comunitária com duas casas de alvenaria. Limitações: a estrutura física da área comunitária não apresenta condições adequadas para utilização. Também se percebe a falta de interesse por parte da comunidade em dar manutenção ao local. Condicionantes: viabilizar a reforma de espaços físicos de uso coletivo que estimulem a organização comunitária contribuindo para a prática do lazer, da valorização da cultura, da formação sócio econômica das famílias contribuindo para o desenvolvimento do assentamento. 7.1.5. Moradia Devemos considerar não somente a casa (espaço físico), mas vários aspectos que estão interligados e contribuem em muito para o bem estar, conforto e felicidade das pessoas. Dentre muitos aspectos citamos a higiene das moradias, os jardins, as paisagens, a organização e administração de seus entorno (instalações domesticas e dos animais). O entorno arrumados dão mais alegria, leveza e beleza as pessoas que ali vivem, alem de oferecer a possibilidade de se desenvolver sistemas pequenos e intensivos de cultivo como horta e pomar que vão contribuir na alimentação equilibrada, diversificada e saudável da família. Potencialidades; maioria dos lotes tem uma organização mínima com jardim, horta e arvores de sombra e frutíferas. Interesse por parte das mulheres em melhorar e embelezar as moradias. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 79 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Limitações; as casas não forma rebocadas por fora, falta pintura. Alguns lotes é difícil diferenciar o entorno da casa das instalações dos animais.O lixo inorgânico não é recolhido, ficando em buracos, espalhados ou queimados. Condicionantes: dois lotes não foram beneficiados com o credito da habitação; incentivo a organizar e embelezar a morada causando uma boa impressão e aproveitando melhor os espaços. 7.2. Serviços Sociais Básicos Este plano visa ser desenvolvida de maneira interligada ao plano de organização territorial, de modo a estabelecer as estruturas necessárias ao funcionamento dos serviços sociais básicos a comunidade. Para tanto se devem estabelecer estratégias para atingir os objetivos idealizados pelos assentados com relação à saúde, educação, esporte, habitação, cultura e lazer. Ou seja, de acordo com o que os assentados querem chegar a termos desses serviços sociais básicos, estabelecerem cenários de curto, médio e longo prazo apontando as entidades a serem vinculadas assim como as contrapartidas em cada caso. Deveremos, portanto garantir as condições básicas de um padrão civilizatório digno de uma sociedade que se pretende desenvolver. A estrutura física de assentamento diz muito o êxito destas famílias. Por isto ao projetá-lo deveremos garantir áreas sociais comunitárias que viabilizem o acesso a todos que morarem no assentamento a educação e a saúde. Mas não é só isso, pois nestas áreas sociais comunitárias deveremos garantir outros espaços que conformam a vida em comunidade como, por exemplo, espaço para o desenvolvimento de atividades esportivas e de lazer, prever o local para a celebração religiosa, o local de reuniões e promoções de atividades culturais e grupais. Recriar o espaço para a comunidade é condição básica para o estimulo a convivência entre as pessoas, ganhando destaque a presença da juventude. Por isto, criar condições para o pleno desenvolvimento cultural desde jovem é essencial para o Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 80 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo futuro do assentamento, requerendo espaços para a inclusão digital, para o pleno desenvolvimento das capacidades artísticas e desportivas. Portanto as áreas sociais deverão ser concedidas, desenhadas, para cumprirem diversos papéis, tendo um tamanho adequado e estas exigências, mesmo que no primeiro momento ela seja utilizada por inteiro. 7.2.1. Saúde A definição mais conhecida, formulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), considera a saúde como o bem-estar completo: mental, físico e ate mesmo social. A ausência da doença em si não caracteriza um estado de saúde, pois muitas vezes estamos tão debilitados mentalmente ou socialmente, que não conseguimos ter animo e disposição para trabalhar e estudar. Todo o mundo deseja ter saúde. A palavra esta presente ate em brindes e felicitações por ocasiões especiais. No entanto o estado de saúde pode ir por água abaixo se alguns cuidados simples não forem tomados. O mais incrível é que prevenir é simples e não custa caro. Uma vida equilibrada e hábitos cotidianos saudáveis são medidas preventivas contra doenças que são comuns, mas que incomodam bastante. A saúde é um bem básico e fundamental que determina toda a nossa qualidade de vida, e por isso não pode ser ignorada. Negligenciar sua saúde, seja no que diz respeito aos seus hábitos diários ou a um problema crônico, não faz o menor sentido e é um atentado contra si mesmo. Quando estamos com fome, comemos, mas antes de ficarmos famintos costumamos planejar como vamos conseguir a comida. Com nossa saúde deveria ocorrer o mesmo. Quando esta doente você procura um medico, mas, antes de ficar doente, você deveria planejar como permanecer saudável. Potencialidades; uso das plantas medicinais, alimentação saudável. Limitações; atendimento precário nos postos de saúde, dificuldade em ser atendido (horário do ônibus não coincide com o de distribuição de fichas e do Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 81 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo atendimento dos médicos); inexistência de agente de saúde; atendimento esporádico nos assentamentos; viciados em tabagismo e casos raros de alcoolismo. Condicionantes; necessidade de postos de saúde mais próximos; agente de saúde; unidade móvel com mutirões de saúde; promover e qualificar iniciativas em plantas medicinais; valorizar a saúde integral através de cursos de qualidade de vida; orientações sobre nutrição e cursos de culinária (melhor aproveitamento e reaproveitamento dos alimentos). 7.2.2. Educação A escola promove o desenvolvimento humano quando garante o acesso e a permanência das crianças e jovens, bem como a qualidade da aprendizagem. Educar não é tarefa fácil, principalmente em uma sociedade com certas tendências sociais de forte influencia que não ajudam a melhorar a consciência moral, individual e coletiva. A escola nunca educara sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família e da sociedade jamais cessara. O dialogo em torno da prioridade da educação deve ir alem do sistema educacional, incluindo organizações e lideranças de toda a sociedade. É importante mostrar que a educação transformou-se em uma das alternativas mais promissoras para combater a desigualdade e restaurar a confiança no presente e no futuro. É preciso que a educação se transforme, urgente e definitivamente, em prioridade nacional. Potencialidades; escola de ensino fundamental no PA Bom Será a 12 km, transporte escolar, nenhuma criança fora da escola. Limitações; evasão escolar no ensino médio; falta fiscalização no transporte escolar (estado dos automóveis); inexistência do EJA; insatisfação com os educadores devido à falta de identificação com o campo (zona rural). Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 82 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Condicionantes; necessidade de ampliação da escola existente e instalação do ensino médio; projetos de EJA; integração da equipe técnica na escola; adquirir produtos para a preparação da merenda dos assentamentos, qualificação dos profissionais e identificação dos mesmos com os assentamentos. 7.2.3. Cultura e Lazer As culturas são produzidas pelos grupos sociais ao longo de suas histórias, na construção de suas formas de subsistência, na organização da vida social e política, nas relações com o meio e com os outros grupos, na produção de conhecimentos, nas atitudes a serem tomadas, enfim na vida cotidiana como um todo. O economista e escritor Cesar Benjamim diz que; “o maior patrimônio de um pais é seu próprio povo, e o maior patrimônio de um povo é a sua cultura. A cultura lhe permite expressar melhor conceitos e sentimentos, conhecer bem a língua que fala, reconhecer sua identidade, ampliar seu horizonte de direitos, aumentar sua capacidade de organização, comunicar-se melhor consigo e com os outros povos, aprender novas técnicas, ter acesso ao que de melhor a humanidade produziu na ciência e na arte.” Potencialidades; participam de festas de aniversario, religiosas e familiares; Limitações; organização interna; estrutura física; não desenvolve nenhuma atividade cultural especifica. Condicionantes: construção de infra-estrutura e projetos sociais para usufruir do espaço. 7.2.4. Artesanato O artesanato é uma arte carregada de valores ideológicos de cooperação, solidariedade, valorização cultural, respeito ao saber e ao fazer popular, transmitidos de uma geração a outra. E talvez, justamente, por valorizar um saber que é do povo, um Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 83 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo saber que esta acessível a todos quanto dele quiserem dispor, é que ele seja tão desvalorizado dentro do modelo econômico da atualidade. Ao defendermos o artesanato, defendemos uma atividade de trabalho não expropriada, acessível a todos, de grande potencial de desenvolvimento local e regional. Ele faz parte de outra visão de comercio e consumo, o chamado comércio justo e solidário, cujas bases estão no associativismo, no preço justo, na transparência produtiva, na gestão democrática e na inserção da mulher e do adolescente. Um modelo não acumulativo de riquezas, mas distribuidor de justiça, no qual todos possam ter acesso aos bens produzidos. Este é o modelo de desenvolvimento e crescimento que acreditamos que o artesanato pode ajudar a construir. Potencialidades; mão-de-obra; disponibilidade e desejo de aprender. Limitações; dificuldade em formar grupos de trabalho para arrecadar recursos financeiros para compra da matéria prima. Condicionantes; incentivo a produção através de cursos de aprendizagem e aperfeiçoamento; criar grupos de mulheres; oportunizar a geração de renda; adquirir a carteira de artesão; participação em feiras. 7.3. Sistemas Produtivos O objetivo do Plano de Ação na dimensão produtiva é estruturar o processo de apoio técnico ao desenvolvimento rural, a partir do fortalecimento da agricultura familiar camponesa, como segmento gerador de trabalho e renda. Baseado no principio da gestão participativa, este plano contempla os interesses expressados pelas famílias que organizam o processo produtivo. A ênfase está dada a diversificação com trabalho familiar e cooperado na construção de um padrão de desenvolvimento sustentável, que vise o aumento e a diversificação da produção, aumento da produtividade do trabalho e o conseqüente crescimento dos níveis de renda, proporcionando bem-estar social e qualidade de vida as famílias assentadas. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 84 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo A cooperação agrícola torna-se assim um elemento estratégico, justamente, por criar condições para o melhor desenvolvimento do trabalho social, indo além do trabalho familiar e lote. Chama-se a atenção para a cooperação produtiva, seja ela diretamente na produção agrícola, seja na organização dos serviços de apoio a esta produção, pois será ela que mexerá com os elementos essenciais da reprodução da vida dos assentados. Sabe-se que quanto maior for a combinação dos elementos terra, trabalho e capital nos processos produtivos, maior era a complexidade de gestão e administração desta unidade de produção. Ao realizar o planejamento coletivamente, os assentados, estarão rompendo sua visão exclusiva, da sua propriedade, enxergando um pouco mais além do seu lote, exercitando um planejamento mais amplo, uma visão mais totalizante do assentamento, proporcionando o encontro e o contato com o “outro”, com os demais assentados, nesta relação ele terá oportunidade de enxergar outras maneiras de se relacionar, de organizar a produção e de exercitar a comercialização, verificando suas imperfeições sociais e técnicas, perdendo o medo de agir economicamente com os demais assentados. É importante observar que as atividades produtivas têm uma ampla inter-relação com outros eixos temáticos de planos, isso pode significar que uma postura produtiva pode gerar uma postura de planejamento para os outros eixos. 7.3.1. Linhas Produtivas Em um lote pode ser desenvolvido mais de uma linha produtiva, destacando-se neste assentamento a produção de leite. Salientamos que o assentamento demanda de alternativas para implantar a piscicultura como fonte de geração de renda. Potencialidades: Leite: A cadeia produtiva do leite esta consolidada e pode ser considerada a base para a garantia de renda das famílias assentadas. Piscicultura: Abundancia de recursos hídricos no assentamento, tais como vertentes, córregos e Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 85 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo água acessível a poucos metros de profundidade poderiam ser canalizada para tanques de produção de peixes. Limitações: Leite: Falta de conhecimento técnico no manejo dos animais e principalmente das pastagens; praticas de conservação do solo, alternativas de manejo agroecológico. Piscicultura: Falta de recursos financeiros para investimento, pouca divulgação da viabilidade dessa atividade. Condicionantes: Leite: Para potencializar essas atividades é necessário capacitar os assentados mostrando a importância da especialização nas atividades; maior apoio dos órgãos municipais como a prefeitura e secretaria da agricultura; recursos financeiros. Piscicultura: Na medida em que for sendo conduzido um debate sério sobre piscicultura o assentamento poderá iniciar a criação em pequenos açudes localizados nos lotes. 7.3.2. Diversificação da Produção e Subsistência A diversificação de culturas potencializa a unidade familiar, valoriza e ocupa a mão-de-obra familiar e possibilita a utilização de manejos orgânicos. Potencialidades: Observando os sistemas de produção no assentamento notase a biodiversidade agrícola nos lotes, com diversas sementes e mudas trazidas de outras regiões e que foram se adaptando as condições locais. Limitações: Algumas dessas sementes e mudas foram perdidas em função da estiagem ou por descuido do agricultor. Há também a questão dos insumos agroquímicos como os adubos químicos e as sementes híbridas e transgênicas que estão sendo utilizadas por alguns assentados e poderão contaminar lavouras de sementes crioulas. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 86 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Condicionantes: Para que a biodiversidade agrícola seja garantida é necessário que se crie bancos de sementes e hortos de plantas variadas em cada assentamento incentivando a troca de sementes e mudas. 7.3.3. Transição Agroecológica A opção em produzir e consumir alimentos saudáveis, e a necessidade da preservação do meio ambiente, faz com que as pessoas valorizem a produção ecológica como sendo uma solução economicamente viável e ecologicamente equilibrada. O produto ecológico é muito mais que um produto livre de agrotóxicos. Toda a tecnologia utilizada na produção da agro ecologia envolve o conhecimento de varias ciências que trabalham para desenvolver um sistema de manejo equilibrado dos recursos naturais, onde a propriedade agrícola é considerada como uma unidade produtiva. O solo, a planta, o animal e o ser humano interagem harmoniosamente com o meio ambiente. Procura-se o equilíbrio entre todos os seres vivos do ecossistema, o desenvolvimento das plantas e da vida do solo, visando o bem estar da família, a preservação da cultura do meio rural e a sustentabilidade da agricultura familiar. Potencialidades: A agricultura praticada no assentamento pode ser considerada tradicional pela baixa utilização de insumos agrícolas e maquinário empregadas no plantio e colheita. Limitações: O manejo inadequado do solo é uma das causas da baixa fertilidade relatada pelos agricultores, às estiagens que ocorrem com freqüência e a dificuldade no planejamento de sistemas agrícolas auto-sustentáreis; mudança cultural; fazer avançar as técnicas ecológicas. Condicionantes: è imprescindível o acompanhamento e a formação dos assentados em praticas agro ecológicas para impedir o avanço do agronegócio dentro dos assentamentos. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 87 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 7.3.7. Cooperação Agrícola (produção e ou comercialização) Potencialidades: O assentamento dispõe da Coperforte que recolhe o leite e também produtos agrícolas para o programa Fome Zero. Limitações: Falta de união por parte dos assentados tanto na produção como na comercialização. Condicionantes: Na medida em que o assentamento organizar-se junto a COPTEC e a direção regional do MST poderá ser criado uma rede de produção e comercialização local atendendo as demandas da cidade. 7.4. Meio Ambiente Nos discursos ambientais mais disseminados, ingenuamente se materializa a noção de ambiente nos meios como a água, as florestas e inclusive as pessoas. Esta confusão se traduz na crença de que a questão ambiental tem soluções apenas com o melhor conhecimento das relações entre componentes do meio e a conservação dos recursos. O tipo de desenvolvimento que pretendemos, para cada assentamento e região, deve insistir nas soluções especificas de seus problemas particulares, levando em conta os dados ecológicos da mesma forma que os culturais, as necessidades imediatas como também aquelas em longo prazo. Sem negar a importância dos intercâmbios, e também tenta reagir à moda predominante das soluções pretensamente universalizadas e das formulas generalizadas. Assim, este plano deve objetivar ao manejo sustentável e adequado, por parte dos assentados, visando ao aproveitamento consciente dos recursos naturais disponíveis, bem como a recuperação daquelas áreas degradadas, de modo a cumprir com as exigências mínimas constantes na legislação ambiental. Para isso é fundamental desenvolver um bem estruturado processo pedagógico visando a mudança Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 88 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo de comportamentos inadequados e a incorporação da dimensão ambiental em todos os exercícios de planejamento e gestão da unidade produtiva, do assentamento e do território. 7.4.1. Área de Preservação Permanente As Áreas de Preservação Permanente são áreas de grande importância ecológica, cobertas ou não por vegetação nativa, que têm como função preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Potencialidades; O assentamento possuiu algumas áreas de preservação permanente devidamente preservada. Também possuem um lote condenado para agricultura. Limitações; Apesar dos trabalhos realizados sobre as leis ambientais e os benefícios da preservação ainda há desconfiança por parte dos assentados nas novas regras de adequação e também como adquirir recursos para cercar as áreas. Condicionantes: É preciso criar alternativas de crédito para possibilitar que cada assentado consiga cercar as APP’s. 7.4.2. Reserva Legal A área de reserva legal está localizada no interior da propriedade ou posse rural, que deve ser mantida com a sua cobertura vegetal nativa, seja de florestas ou outras formas de vegetação, por ser necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, ao abrigo e proteção da fauna e flora nativas, à conservação da biodiversidade e reabilitação dos processos ecológicos. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 89 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Potencialidades; alguns lotes possuem áreas de mata nativa preservadas. Limitações; falta identificação nos lotes; pouco conhecimento da legislação; Condicionantes; identificar as áreas; projetos para cercar o local; construção de viveiro para implantar sistemas agroflorestais. 7.4.3. Saneamento Saneamento é o conjunto de medidas, visando a preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de controlar e prevenir doenças promovendo a saúde, melhorar a qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do individuo e facilitar a atividade econômica. O setor de saneamento básico também se caracteriza por necessidade de um elevado investimento em obras e constantes melhoramentos, sendo que os resultados são de longa maturação. As casas novas acabaram de ser construídas neste ano, possuem sistema de três fossas para decantação dos resíduos e liberação em poço negro. Potencialidades; possuem fossa séptica. Limitações; casas de madeira sem fossa séptica. Condicionantes; necessidade de favorecer todos os lotes com credito habitação, conseqüentemente terão fossa séptica. 7.4.4. Educação Ambiental É um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos. É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 90 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo homem em assuntos como o ambiente devido às grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas. Não existem problemas ambientais por si mesmos. O que existem são problemas humanos que convertidos em ações sobre o ambiente causam a contaminação que põe em risco a sobrevivência humana. Potencialidades: As famílias assentadas estão dispostas a mudar seus hábitos diários para se adequarem as praticas ecológica. Limitações; Ainda faltam entendimento e consciência ecológica, resultando na degradação e poluição do ambiente local. Condicionantes: Com as formações em educação ambiental poderemos minimizar os impactos na região. 7.4.5. Lixo De forma geral, consideramos lixo orgânico os resíduos de origem vegetal ou animal que são recicláveis, decompostos com facilidade pelos microrganismos do solo podendo ser tratados por processos como a compostagem. Exemplos: resíduos de cozinha: folhas de verduras, cascas de frutas e legumes, borra de café, cascas de ovos, restos de comida, migalhas de pão, etc. A maior parte do lixo inorgânico gerado pelas famílias tem como destino final a queima ou enterrado sem maiores cuidados, pois a coleta de lixo feita pela prefeitura do município não abrange a zona rural. Potencialidades; aproveitamento dos resíduos de cozinha para alimentação de suínos e alguns casos para compostagem. Limitações; Falta de conscientização ambiental, ausência do recolhimento do lixo na zona rural. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 91 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Condicionantes: criar um projeto municipal de recolhimento do lixo. Organizar um espaço coletivo para depositar o lixo. Buscar apoio em entidades do município para o recolhimento do lixo. 7.5. Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Plano O desenvolvimento rural seria a garantia de progresso econômico e social para todos os que vivem no campo, de uma forma sustentável equânime, justa e respeitosa aos recursos naturais. De maneira a garantir melhorias permanentes das condições de vida, para todos, e não só para alguns, nos aspectos materiais, culturais e espirituais. Nesse sentido, pretende-se que a organização social dentro do assentamento fortaleça e gere processos de participação, dialogo e convergência de interesses, que promova uma distribuição equitativa de benefícios com prioridade aos interesses familiares e comunitários, e que estabeleça vínculos com os diferentes níveis de planificação local, regional e nacional. Horácio Martins de Carvalho ressalta no Método de validação Progressiva, que os planos devem ser elaborados visando não apenas a construção participativa de documentos com diretrizes e princípios, mas, antes de tudo, que esses produtos sejam assumidos como compromissos políticos e éticos das pessoas/famílias perante os coletivos sociais onde de inserem e destes coletivos sociais com as opções particulares da famílias que o constituem. Portanto, que se tornem produtos do processo da legitimação continuada e interativa de decisões entre o nível do singular (pessoa e ou família) e o do geral (coletivo social). Sendo a promoção de processos organizativos um fundamento dentro destes plano, é aqui o espaço para orientar essa tarefa. È necessário basear-se no diagnostico do primeiro relatório para apontar as debilidades organizativas e traçar as diretrizes gerais e os princípios que irão fundamentar as estruturas organizativas criadas para desenvolver a gestão dos planos. 7.5.1. Organização Social Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 92 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Potencialidades; o assentamento possui uma coordenação, composta por uma pessoa; realizam missas e cultos evangélicos; Limitações; dificuldade em formar núcleos de base. Condicionantes; incentivar as famílias da importância da organização e as melhorias que isso pode trazer em beneficio das famílias e do assentamento. 7.5.2. Gestão dos Planos Potencialidades; abertura para novas idéias; dialogo; amizade; Limitações; distancia entre as famílias; não tem centro comunitário estruturado; não possuem núcleos de base; dificuldade em assumir tarefas; dependência do técnico; Condicionantes; incentivar a formação de grupos de trabalho e cooperação; planejar as atividades do lote; fluxograma da unidade produtiva; 7.6. Assistência Técnica do Acompanhamento à Implantação do Plano O acompanhamento a implementação dos planos por parte das famílias e da equipe técnica é fundamental para o futuro do assentamento. Alguns princípios reconhecidos nesse plano são a formação, profissionalismo e inserção na dinâmica organizativa dos assentamentos, além da postura pedagógica no duplo sentido, que a Assistência Técnica deve manter. Postura de desprendimento em sempre querer ensinar, repassar seus conhecimentos técnicos aos trabalhadores, ao mesmo tempo de humildade em respeitar o saber e as experiências de vida dos trabalhadores. O Plano de Desenvolvimento do Assentamento será desenvolvido pela equipe de ATES, direção do PA e as famílias. A equipe de ATES é composta por 6 técnicos da Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 93 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo área agrária e 3 assistentes sociais, totalizando 9 técnicos, sendo que o assentamento é atendido por 2 técnicos agrícolas, 1 técnico da área social tendo ainda a participação de 1 engenheiro agrônomo e 1 médico veterinário. Potencialidades; disponibilidade das famílias e da equipe para desenvolvimento e implantação dos planos. Limitações; pouco entendimento de parte das famílias sobre a importância dos planos para o futuro do assentamento; Condicionantes; usar metodologias de trabalho que abrange todas as famílias ressaltando sempre a importância da execução dos planos para o desenvolvimento do assentamento. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 94 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 8. PROGRAMAS 8.1. Programa Organização Territorial 8.1.1. Uso da Terra Titulo/Tema: Uso de plantas em cobertura e adubação verde. Justificativa: A degradação e o empobrecimento dos solos, originando conseqüentemente o declínio na produtividade das culturas, afetam diretamente a eficiência econômica do lote. O uso de plantas de cobertura tem se destacado como sendo uma das formas mais eficientes no controle do processo erosivo e no melhoramento das condições do solo, possibilitando ao agricultor maximizar as colheitas e reduzir custo, assegurando-lhe, sobretudo a manutenção dos processos produtivos. Objetivo: melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo reciclando e incorporando os nutrientes. Ações e atividades: conhecer as classes de aptidão do solo e identificar nos lotes, aplicar técnicas de manejo adequado ao solo através da utilização de cobertura vegetal, adubação orgânica, curvas de nível, cordão vegetado, rotação e consorcio de culturas, por meio de cursos, oficinas, dias de campo, visitas técnicas às unidades demonstrativas e às propriedades Metas: melhorar a qualidade e a fertilidade do solo proporcionando maior produtividade e renda a pelo menos 50% das famílias até o primeiro semestre de 2011, atingindo o restante das famílias em 2012. Prazos: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 95 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Organização Prazo Ano 2010 2011 2012 Ações Responsáveis Metodologia Cronograma – Período Curto Médio Longo Trabalho de conscientização. Levantamento de nº de famílias interessadas. Técnicas de manejo e conservação do solo. Atividade pratica em um lote. Avaliação e sistematização. Implantação das técnicas. Monitoramento das atividades. Sistematização e avaliação dos resultados. Consolidação das técnicas com aprofundamento dos conhecimentos. Monitoramento COPTEC Reunião X COPTEC Visitas X COPTEC Cursos, palestras. X Avaliação sistematização. COPTEC assentados. e COPTEC assentados COPTEC assentados COPTEC assentados. COPTEC e Oficinas. e Reunião. e Curso e oficinas. X X X X COPTEC assentados. COPTEC assentados. e Visitas e dia de campo. Reunião. Curso e dia de campo. X X Visita e dia de campo. Reunião. X X e COPTEC e X X X X X X Publico alvo: todos os lotes do assentamento. Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. 8.1.2. Água Tema: uso racional da água. Justificativa: é importante observar que o uso adequado da água aliado a técnica de reuso, traz economia de escala significativa para todo o processo econômico, ambiental e social. A água é o recurso mais importante do mundo. Objetivo: identificar os principais problemas com o desperdício da água e promover a conscientização sobre a necessidade de usar a água com moderação e reutilizá-la quando possível. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 96 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Ações e atividades: as ações serão desenvolvidas através de reuniões coletivas, oficinas e cursos de capacitação. Também fará parte das visitas técnicas quando encontrar-se diante de situações que demandar. As atividades que farão parte do programa são: Reconhecer a importância do bom aproveitamento e conservação das fontes de água. Assinalar os problemas que trazem o uso irracional e a contaminação da água. Realizar um levantamento para descobrir quanta água cada família necessita, quantos litros desperdiça e planejar o consumo de água. Oficina de reutilização da água domestica. Metas: Criar uma unidade demonstrativa de redução e reutilização de água domestica. Prazos: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Prazo Ano 2010 2011 2012 Ações Conscientização sobre prevenção d água. Levantamento de dados. Avaliação anual Técnicas de reutilização de água. Monitoramento das atividades. Avaliação anual Importância de planejar o uso da água e sua reutilização. Sistematização Avaliação anual. Organização Responsáveis COPTEC Metodologia Reunião COPTEC Visitas COPTEC assentados COPTEC assentados X Reunião e Oficinas X X X Visitas X X X X e Reunião e Palestra e dia de campo. COPTEC COPTEC assentados X e COPTEC COPTEC assentados COPTEC assentados Cronograma – Período Curto Médio Longo X e Reunião visitas Reunião. X X e Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) X X 97 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Publico alvo: todas as famílias do assentamento e a escola localizada no PA Bom Será que recebe alunos dos assentamentos da volta. Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. 8.1.3. Infra.estrutura Tema: organização e embelezamento da área de uso coletivo do assentamento. Justificativa: considerando que a área comunitária é um espaço coletivo onde pode ser desenvolvido várias atividades e que a aparência deste local demonstra a unidade do assentamento, incentivamos através deste programa um maior comprometimento das famílias na organização e embelezamento. Objetivo: resgatar a unidade das famílias e propor a responsabilidade de cada um em melhorar a área comunitária. Envolver a juventude. Ações e atividades: conscientização da importância de organizar o local, planejamento com as famílias e divisão de tarefas incentivando assim a formação de grupos, arrecadar recursos financeiro para a cerca, reforma, instalação de água e para adquirir as mudas. Metas: cercar o local, instalar energia elétrica e água, reformar e melhorar a estrutura existente ate a construção do centro comunitário, embelezar o local com arvores de sombra e ornamentais e flores. Prazos: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 98 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Prazo Ano Ação Conscientização sobre importância de embelezar o espaço coletivo de lazer. Organização Responsáveis COPTEC Metodologia Reunião. Cronograma – Período Curto Médio Longo X 2010 Formação de grupos e divisão de tarefas. Instalação da energia elétrica e da água. Avaliação. Planejar uma atividade para arrecadar recursos financeiros. Realizar atividade. Cercar o local. Avaliação Reformar a estrutura existente. Preparar a terra para o plantio de arvores. Plantio de arvores e embelezamento. Realizar almoço de confraternização. Sistematização e avaliação do programa. 2011 2012 COPTEC assentados. Assentados. COPTEC COPTEC assentados e Reunião X Dia de campo e Reunião Reunião X X X Assentados Assentados COPTEC Assentados Festa Dia de campo Reunião Dia de campo X Assentados Dia de campo X Assentados Dia de campo COPTEC assentados COPTEC e X X X X X Festa X Reunião X Publico alvo: todas as famílias do assentamento, principalmente os jovens. Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. 8.2. Programa Social – Serviços básicos 8.2.1 Saúde Tema: Promover a saúde com ações preventivas buscando melhorar a qualidade de vida. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 99 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Justificativa: as medidas preventivas muitas vezes são menosprezadas. É necessário romper com esse modelo, transformando-o num modelo humanizado, centrado na promoção da saúde, no qual cuidar do cidadão seja mais que prescrever medicamentos. Com base nisso propomos o desenvolvimento de um trabalho integrado que leva a refletir sobre a qualidade de vida levada por cada membro da família desde a alimentação, sedentarismo, lazer, equilíbrio emocional e espiritual, comunicação e afetividade, dependência de bebida alcoólica e tabagismo, higiene, fatores que quando valorizados podem não somente promover a saúde como prevenir muitas doenças. Devemos aprender escutar o corpo e a mente para se conhecer melhor e estar bem consigo mesmo e com as pessoas queridas. Objetivo: repensar e reavaliar os hábitos diários na busca de uma vida mais saudável e na prevenção de doenças. Ações: as ações serão desenvolvidas através de atividades coletivas com reuniões, oficinas e cursos de capacitação. Também fará parte das visitas técnicas quando encontrar-se diante de situações que demandar. Metas: Melhorar a qualidade da relação interpessoal e o afeto nas famílias. Conhecer os alimentos que ingerimos tomar consciência das conseqüências e agir com moderação. Diminuir o consumo de bebida alcoólica e uso de tabaco. Estimular o lazer, o equilíbrio emocional e a saúde espiritual. Prevenir-se contra as doenças sexualmente transmissíveis. Incentivar a melhoria da alimentação. Informar sobre os efeitos das intoxicações dos agrotóxicos. Prazos: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 100 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Prazo Ano Ação Apresentação do tema e conscientização sobre importância da promoção da saúde. Conceito de saúde e doença. Resgatar a auto-estima de cada individuo e das famílias. Sistematização e avaliação. Relação entre saúde e alimentação. Diagnostico do estilo de vida de cada família e seus componentes. Conhecer os alimentos ingeridos e o valor nutricional. Técnicas de aproveitamento de alimentos e agregação de valor aos produtos. Sistematização e avaliação. Doenças causadas pelo uso de agrotóxicos. Apresentar os efeitos e conseqüências do tabagismo, alcoolismo e drogas. Saúde, bem estar e lazer. Incentivar um melhor relacionamento e afetividade nas e entre as famílias, com base no respeito e dialogo. Prevenir DSTs. Saúde da mulher e saúde do homem. Sistematização e avaliação 2010 2011 2012 Organização Responsáveis COPTEC Metodologia Palestra COPTEC Palestra X X Palestra X X COPTEC assentados. e Cronograma – Período Curto Médio Longo X COPTEC Reunião COPTEC Palestra X COPTEC Visita X X X X X Diagnóstico, curso e visitas X X COPTEC Oficinas e cursos X X COPTEC Reunião COPTEC Palestra COPTEC Palestra X Palestra Reunião, almoço comunitário. X Assentados COPTEC COPTEC COPTEC assentados e e X X X COPTEC Palestra X COPTEC Reunião X Publico alvo: todos os membros das famílias assentadas. Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. Tema: utilização da fitoterapia na prevenção e controle de doenças. Justificativa: uma grande parcela dos que vivem na zona rural, principalmente os mais velhos e as mulheres, são arquivos vivos de sabedoria e experiência. Isto é um grande patrimônio e precisamos fazer um esforço no sentido de resgatar e divulgar, Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 101 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo afim de que as gerações futuras assegurem esse patrimônio e se beneficiem deles na promoção de uma melhor qualidade de vida no campo. Objetivo: resgatar, valorizar, preservar, promover e qualificar iniciativas em plantas medicinais e fitoterápicos. Ações: as ações serão desenvolvidas através de atividades coletivas com reuniões, oficinas e cursos de capacitação. No primeiro momento o trabalho será através de reuniões para resgatar e expor os conhecimentos e sistematizar. Logo após será catalogado as plantas de forma participativa através de pequenos grupos. Também fará parte das visitas técnicas, momento usado para identificar saberes popular e tipos de ervas existentes em cada lote. Em algumas etapas será necessária a formação de mutirões para a criação do horto e em seguida para a farmácia. As oficinas de derivados das plantas medicinais devem ser realizadas em alguma residência já que o PA não conta com estrutura física. O trabalho é baseado em incentivar a formação de grupos Metas: Resgate dos conhecimentos populares. Construir um herbário com principais plantas medicinais e suas propriedades. Criar um horto que sirva como unidade de aprendizagem. Apoiar a produção, beneficiamento e comercialização. Capacitação e assessoria através de cursos e acompanhamentos de grupos sobre produção, coleta, secagem, armazenamento e demais procedimentos. Promover um espaço para uma farmácia popular local. Prazos: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 102 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Prazo Ano 2010 2011 2012 Ação Apresentação do tema e conscientização sobre importância das ervas medicinais. Formação de grupos e divisão de tarefas. Identificar e catalogar as ervas da região. Iniciar um horto coletivo como referencia no PA. Avaliação. Resgate dos conhecimentos populares no PA e arredores Incentivar a criação de um horto em cada lote. Técnicas de produção, colheita, secagem, rotulagem e armazenamento Avaliação Incentivar a construção da farmácia popular coletiva. Técnicas para produção de fitoterápicos. Sistematização e avaliação. Organização Responsáveis COPTEC COPTEC assentados. COPTEC e Assentados COPTEC e COPTEC COPTEC assentados. Metodologia Palestra Reunião Cronograma. Período Curto Médio Longo X X Curso e oficina X Oficina e dia de campo X Reunião Curso, visita. X X X X COPTEC Visita, X X X COPTEC Curso, oficina e dia de campo X X COPTEC COPTEC assentados. COPTEC assentados. COPTEC e X e Reunião oficina e e Curso e oficina X Reunião X X X X Publico alvo: idosos, jovens e mulheres. Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. 8.2.2. Artesanato Tema: geração de oportunidades de trabalho e renda através do artesanato. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 103 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Justificativa: o artesanato é instrumento estratégico para estimular o associativismo e promover a inserção da mulher e adolescente em atividades produtivas. Também é considerado uma arte terapêutica, alem de fazer com que o mundo a nossa volta fique muito mais bonito e colorido. Um simples detalhe que faz a diferença. Objetivo: gerar oportunidades de trabalho e renda através de capacitação profissional, estimular o associativismo e organizar meios para a comercialização. Ações e atividades: reuniões de conscientização e planejamento das atividades. Oficinas de aprendizagem, capacitação e qualificação profissional. Adquirir a carteira de artesã para participar de feiras. Organização de uma feira anual por artesãs rurais, no município. Participação nas feiras organizadas por outras entidades. Buscar parcerias. Intercambio entre os assentamentos para troca de experiências e momentos de lazer. Metas: formar um grupo de mulheres artesãs; adquirir a carteira de artesã; promover em parceria com todos os assentamentos uma feira no município com produtos confeccionados por trabalhadoras rurais. Prazos: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Prazo Ano 2010 Ação Apresentação do tema. Importância do artesanato na geração de renda. Incentivar a formação de grupos Técnicas de artesanato. Avaliação. Incentivar a adquirirem a carteira de artesã. Técnicas de artesanato. Organização Responsáveis COPTEC COPTEC assentados. COPTEC COPTEC COPTEC assentados. COPTEC assentados. e Metodologia Palestra Reunião Cronograma – Período Curto Médio Longo X X Curso e oficina X e Reunião Reunião X e Curso e oficina X X X Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) X 104 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 2011 2012 Realizar uma feira de troca de experiências entre os PAs. Estimular a participação nas feiras de artesanato no município. Avaliação e sistematização. Qualificação nas técnicas de artesanato Intercambio entre os assentamentos para troca de experiências. Participação na feira municipal. Buscar outros espaços para comercialização. Incentivar a busca de recursos financeiros para realizar trabalhos coletivos. Avaliação e sistematização. COPTEC assentados. e Reunião feira. COPTEC assentados. e Reunião COPTEC e X X Reunião X COPTEC assentados e Curso e oficina X COPTEC assentados e Reunião e dia de campo X Assentados Reunião feira Reunião visitas Assentados COPTEC assentados COPTEC e X e e X X Reunião Reunião X X X X Publico alvo: mulheres, idosos e jovens. Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. 8.3. Programa Produtivo 8.3.1. Linhas Produtivas Tema: Produção de leite a base de pasto. Justificativa: a produção leiteira, tem se destacado como forma de viabilização dos agricultores. Toda via as dificuldades encontradas, como a baixa produtividade e o alto custo de produção, são obstáculos para melhoria da condição sócio econômica desses agricultores. Na busca de romper estas dificuldades, propõem-se mudanças de cunho tecnológico no processo convencional por uma tecnologia sustentável, Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 105 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo ecologicamente correta e socialmente justa. Esta tecnologia é conhecida como Pastoreio Racional Voisin (PRV). Objetivo: Reduzir os custos na produção de leite, o que se concretiza numa maior segurança , refletindo com isso num aumento da renda. Ações e atividades: para que um sistema, utilizando uma nova tecnologia obtenha sucesso, é imprescindível apropriar-se do conhecimento. Portanto, a capacitação, através de discussões, seminários, dias de campo, cursos, visitas, tornase indispensável. Metas: mudar o processo convencional pelo PRV; não faltar comida nos períodos de escassez. Esta meta deve atingir 50% dos produtores de leite nos dois primeiros anos e o restante no terceiro ano. Prazos: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Prazo Ano 2010 2011 Ação Apresentação do tema. Importância do sistema de PRV na produção de leite. Levantamento dos produtores interessados. Forrageiras adaptadas na região e valor nutricional. Avaliação. Implantação de um PRV para referencia. Técnicas de implantação de pastagens. Estimular a implantação de um viveiro de mudas de forrageiras nos lotes. Estratégia forrageira Organização Responsáveis COPTEC COPTEC assentados. e COPTEC COPTEC Assentados COPTEC COPTEC Metodologia Palestra Reunião visita e Cronograma – Período Curto Médio Longo X X Curso e dia de campo e COPTEC assentados e COPTEC e Reunião Oficina e dia de campo Curso, palestra e oficina Oficina e dia de campo. Oficina e X X X X X X X X X X Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) X X 106 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 2012 para os períodos de sazonalidade. Sanidade animal Avaliação Manejo das pastagens Acompanhamento a unidade referencia e aos lotes. Higiene na ordenha. assentados palestra COPTEC COPTEC COPTEC Curso Reunião Curso, dia de campo Visitas e dia de campo X X Incentivar a produção de sal mineralizado. Gestão na produção Criação de terneiras Promover intercâmbio entre os lotes com PRV para avaliação e troca de experiência. Proporcionar oportunidade para socializar os resultados do sistema de PRV no lote e produção. Sistematização e avaliação. COPTEC assentados e Palestra, oficina Oficina, curso X e Curso Curso Dia de campo, e Reunião X Reunião X COPTEC COPTEC COPTEC COPTEC COPTEC assentados Assentados COPTEC COPTEC X X X X X X X X Publico alvo: todos os assentados. Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. 8.3.2. Transição agroecológica Tema: Criação de Banco de Sementes: Justificativa: Na busca pela manutenção e preservação da biodiversidade agrícola é fundamental criarmos um banco de sementes crioulas onde cada assentado terá a possibilidade de conhecer melhor as sementes e também contribuir com sementes trazidas da sua região de origem. Objetivo: preservação da biodiversidade agrícola. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 107 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Ações e atividades: Resgatar a história das sementes em cada região, técnicas de reprodução e seleção de sementes e armazenamento das sementes. Metas: Criar o banco de sementes até o final de 2012. Prazos: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Prazo Ano 2010 2011 2012 Ação Conscientização sobre importância de produzir sementes. Formação de grupos e divisão de tarefas. Historia e origem das sementes. Avaliação. Técnicas de reprodução de sementes. Instalar uma unidade de referencia para iniciar produção. Técnicas de seleção e armazenamento. Avaliação. Incentivo a criar o banco de sementes Acompanhar a reprodução de sementes nos grupos e lotes. Seleção das sementes. Embalagem, rotulagem e armazenamento Sistematização e avaliação. Organização Responsáveis COPTEC COPTEC assentados. COPTEC e e COPTEC COPTEC COPTEC assentados. COPTEC Assentados COPTEC Assentados COPTEC Reunião Palestra curso Reunião Palestra cursos COPTEC COPTEC Assentados COPTEC Metodologia Palestra e Cronograma – Período Curto Médio Longo X X e X X e X Oficina e dia de campo X Palestra, cursos oficina Reunião Reunião X X e Visita, oficina e dia de campo X X X X X X X X e Dia de campo e Dia de campo X Reunião X COPTEC Publico alvo: todos os assentados. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 108 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. 8.4. Programa Ambiental 8.4.1. Reserva legal e APPs Titulo: Utilização dos sistemas agro florestais. Justificativa: Para a adequação das normas ambientais no assentamento, propomos a implantação de sistemas agro florestais. Objetivo: promover a preservação e o uso racional das APPs e reserva legal e geração de renda. Ações e atividades: as famílias assentadas serão divididas em quatro grupos para iniciarem um viveiro coletivo. Cada grupo ficara responsável por cultivar as mudas de um estagio da agro floresta, exemplo; um grupo produz mudas de plantas pioneiras, outro de clímax, etc, logo após se faz a divisão no coletivo de forma que todos sejam contemplados por todos os tipos de plantas. Os trabalhos serão feitos através de reuniões, estudos, dialogo. Também será realizada a identificação das áreas em cada lote e os primeiros passos para a implantação. Metas: implantar um sistema agro florestal em cada lote. Prazo: atividades organizadas para curto (1º quadrimestre), médio (2º quadrimestre) e longo (3º quadrimestre) prazo. Ano 2010 Organização Ação Responsáveis Apresentar o COPTEC programa de SAF e formação de grupos. Coleta de sementes. Assentados Construção de um Assentados e viveiro demonstrativo. COPTEC Identificação das COPTEC e Metodologia Palestra Visitas Oficina e dia de campo Oficina Cronograma – Período Curto Médio Longo X X Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) X X X X 109 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 2011 2012 áreas nos lotes. Avaliação. Técnicas de SAF. Preparação da área para o plantio. Plantio. Coleta de sementes e fortalecimento do viveiro. Avaliação Acompanhamento as áreas de SAF. Incentivar o programa de SAF e seus benefícios. Troca de experiências. Sistematização avaliação. e assentados COPTEC COPTEC Assentados Reunião Palestra Oficina e dia de campo Visita, oficina e dia de campo Reunião Visita e dia de campo Palestra e dia de campo Assentados COPTEC COPTEC COPTEC COPTEC assentados COPTEC e Dia campo X X X X X X X X X X X X X de X X Publico alvo: todas as famílias assentadas. Publico organizador: COPTEC - núcleo operacional S. do Livramento. 8.5. Programa de desenvolvimento organizacional e de gestão do Plano Ficará por conta da equipe técnica da COPTEC através do programa de ates juntamente com a coordenação do assentamento. O plano terá um horizonte de três anos com a gestão da equipe técnica e organização do assentamento, utilizando-se de metodologias participativas, tentando envolver o maior número de famílias assentados possíveis. 8.6. Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental para o acompanhamento do Plano O programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental, será gestado pela COPTEC, sendo que o assentamento conta com 2 técnicos agrícolas, 1 assistente social, tendo ainda o acompanhamento de 1 engenheiro agrônomo e 1 médico veterinário. Para o acompanhamento do plano estarão sendo utilizadas metodologias Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 110 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo participativas, entre a equipe técnica e assentados, conforme cronograma já anexado nesse programa Sobre a dimensão da FORMAÇÃO (técnica e ou político.organizativa) A formação técnica é imprescindível aos agricultores tendo em vista as exigências do mercado e a grande quantidade de tecnologia disponível para a agricultura e a necessidade da utilização de tecnologias sustentáveis buscando a preservação dos recursos ambientais. O desenvolvimento das atividades produtivas serão sempre voltadas a linhas agroecologicas, o trabalho da assistência técnica também visa buscar a organização do assentamento, sentrando forças em atividades coletivas, fomentando atividades de cooperação e associação. Sobre os Programas Regionais do MST Para a região de Santana do Livramento, o MST tem como prioridade, o Desenvolvimento da Bacia Leiteira e também a consolidação da Fruticultura, dentro de um planejamento regional com atividades sendo desenvolvidas pela COPTEC e Leite Sul, além de outras entidades parceiras, secretaria de agricultura do município e Embrapa, trabalhando. Nessa linha de produção. O assentamento está inserido nesse contexto, participando das atividades propostas. . . Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 111 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 9. PAUTA QUALIFICADA DE REIVINDICAÇÃO 9.1. Terra Titulo da demanda: correção de solo e adubo orgânico. Demanda: recursos para implantação de correção de solo com calcário, fosfato e adubo orgânico (cama de aviário). Justificativa: devido à fragilidade do solo da região, é fundamental o incentivo através de projetos para correção de solo, que contribuam para melhorar a qualidade produtiva da terra, garantindo dessa maneira a permanência das famílias na área rural sem criar impactos negativos ao ambiente. Descrição técnica: realizar uma coleta e amostragem de solo de cada lote e seguir as recomendações especificadas para cada realidade. Entidade responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Secretaria Estadual da Agricultura; EMBRAPA. 9.2. Água Titulo da demanda: água para todos. Demanda: o assentamento necessita que todas as famílias sejam contempladas com abastecimento de água potável de qualidade para o consumo humano através de abertura de poço artesiano e melhorias no poço existente com rede de distribuição nos lotes, alem de abertura de açudes para o consumo animal. Incentivar o desenvolvimento da piscicultura como fonte de renda através de projetos voltados para esta linha de produção. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 112 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Justificativa: a água é o principal requisito para o desenvolvimento produtivo, econômico e social satisfatório de um lote. Sem água não há progresso. Descrição técnica: construir um poço que abasteça todo o assentamento e, garantir que seja executada uma rede de distribuição ate os lotes. Abertura de açudes e/ou tanques de criação de peixes para famílias interessadas. Entidade responsável: INCRA e prefeitura municipal de S. Livramento. 9.3. Estradas Titulo: Abertura e manutenção de estradas. Construção e reforma de pontes e boeiros. Demanda: Possibilitar o acesso aos lotes através de abertura de estradas. Manter em condições de trafegabilidade as estradas internas e gerais. Construção de boeiros internos e que dão acesso ao assentamento. Reforma em todas as pontes que dão acesso ao assentamento. Propomos também que as estradas, boeiros e pontes sejam mantidas e construídas com a qualidade que lhe é devida e seja realizada por profissionais capacitados e com acompanhamento de técnico especializado para fins de orientação e fiscalização. Justificativa: tendo em vista a realidade em que se encontram as vias de acesso aos assentamentos e a situação emergente de melhorias propomos que as autoridades competentes dêem mais atenção, já que uma comunidade depende do mínimo de condições de trafego tanto para o escoamento da produção como para o deslocamento para fins de saúde e ate mesmo de lazer. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 113 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Descrição técnica: O assentamento necessita a construção de estrada para atender as famílias que não tem acesso adequado ao lote. Entidade responsável: INCRA e prefeitura municipal de S. Livramento. 9.4. Centro Comunitário Titulo: reforma e estruturação da casa sede. Demanda: construção de um centro comunitário, com cozinha, salas, e plenária. Justificativa: criar um espaço digno para as famílias conviverem e realizarem atividades de recreação e de aprendizagem através de cursos e outras atividades. Descrição técnica: estrutura física com cozinha equipada para cursos de culinária, sala de artesanato, sala para atendimento na área de saúde, banheiros e plenária para realização de cursos, palestras e reuniões e outras atividades programadas pela comunidade. Entidade responsável: INCRA. 9.5. Saúde Titulo: saúde de qualidade para a zona rural. Demanda: melhorar o atendimento nos postos de saúde e criar horários de consultas médicas compatíveis com os horários de ônibus. Justificativa: maiorias dos assentamentos estão localizados distantes da cidade e não conseguem chegar até os postos de saúde em horário de serem atendidos, comprometendo assim a saúde de muitos, por isso propomos a criação de um Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 114 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo programa de atendimento especifico para a zona rural. O atendimento também deve ser qualificado, começando pela recepção dos postos. Descrição técnica: dispor de um médico pediatra, um clinico geral, um ginecologista e um dentista para atender a população da zona rural, com um cronograma a ser feito pela secretaria, mas que contemple os horários de ônibus. Seja dada preferência pelo PAM, por estar localizado no centro da cidade facilitando assim o acesso. Entidade responsável: Secretaria Municipal de Saúde. Titulo: agente comunitário para a zona rural. Demanda: criar um programa de agente comunitário que atenda as famílias na zona rural. Justificativa: devido à localização e distancia dos assentamentos e a dificuldade de chegar à cidade e ate mesmo de conseguir ser atendida nos postos de saúde a importância de criar um programa de agente comunitário centrado na promoção da saúde e prevenção de doenças. Descrição técnica: projeto de agente comunitário para a zona rural, sendo que este deve ser morador do local ou da região para facilitar o desempenho do trabalho e que venha contemplar todas as famílias. Criar o projeto em parceria com técnicos da secretaria especializados na área. Entidade responsável: Secretaria Municipal de Saúde. Titulo: Unidade móvel e postos de saúde. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 115 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Demanda: construção de postos de saúde referencia e aquisição de uma unidade móvel. Justificativa: É possível prestar serviços de saúde a população, sem que ela tenha que se locomover até a cidade melhorando assim a qualidade de atendimento através de desconcentração dos postos de saúde e hospitais e também oferecendo assim mais dignidade aos pacientes. Descrição técnica: postos de saúde referencia entre os assentamentos dispondo de uma enfermeira em tempo integral e atendimentos semanais por equipe médica especializada. Entidade responsável: Secretaria Municipal de Saúde. 9.6. Educação Titulo: educação do campo. Demanda: valorizar a educação do campo e qualificar os educadores. Justificativa: “ser um educador do campo é antes de tudo ser um educador do povo brasileiro que vive no campo, em suas diferentes identidades. Ser educador do povo do campo é reconhecer a existência do campo, ver sua realidade histórica, ver seus sujeitos, ver a educação como ação para o desenvolvimento humano e a formação de sujeitos, compreender e trabalhar as grandes matrizes da formação desses sujeitos. É preciso aprender da sabedoria do povo; é preciso sempre aprender a ser educador; é preciso jamais deixar de ser educando.” Descrição técnica: estamos convictos que a educação que queremos tem que estar ligada com a terra, que os conhecimentos e experiências próprios de cada ser humano e de cada cultura seja resgatado e valorizado. Desejamos formar cidadãos críticos, conscientes de seus direitos, comprometidos com a luta de seu povo, sedentos Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 116 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo de justiça. Um educador deve saber que quem faz a escola do campo são os próprios sujeitos do campo; mas que é sua tarefa identificar-se e ocupar-se das questões especifica da pedagogia escolar: como desdobrar a pedagogia da formação dos sujeitos do campo em praticas próprios ao cotidiano escolar? Como trazer cada uma das matrizes pedagógicas formadoras dos sujeitos do campo para dentro da escola? E como se articular entre si, educadores, constituindo coletivos pedagógicos que busquem responder estas questões, na teoria e na pratica? Entidade responsável: Secretaria Municipal de Educação; Coordenadoria Regional de Educação. 9.7. Manejo do Lixo Titulo: Solução para o lixo na zona rural Demanda: realizar coleta de lixo inorgânico na zona rural. Justificativa: a destinação do lixo na zona rural é inadequada, sendo na maioria das vezes enterrado e queimado causando graves problemas ambientais e também na saúde, isso acontece devido a distancia da cidade e não haver coleta, por isso propõe que seja dada atenção para esse caso e criado um programa municipal de coleta de lixo inorgânico na zona rural, o que só traz vantagens como; reduz a poluição do solo, da água e do ar, evita o desmatamento, proporciona a economia de recursos naturais renováveis e não renováveis, reduz o consumo de energia, melhora a qualidade de vida das pessoas, melhora a limpeza do local, gera trabalho, fortalece o surgimento de organizações comunitárias, diminui a proliferação de doenças e contaminação de alimentos. Descrição técnica: criação de um programa municipal de coleta de lixo na zona rural, organizar calendário mensal entre os assentamentos; Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 117 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo Entidade responsável: Prefeitura Municipal. Cooperativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 118 Plano de Desenvolvimento do Assentamento Jupira/São Leopoldo 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBORNOZ, V. do P. L. Armour. uma aposta no pampa. Santa Maria: Ed. Pallotti, 2000. ALENDE, C. R.M. Estudo dos sistemas de produção dos agricultores familiares da fronteira oeste do rio grande do sul. Dissertação de mestrado em Extensão Rural, UFSM, Santa Maria, 2006. 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