UnB - Universidade de Brasília Faculdade de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina ENE 167789 Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo Brasília 2006 UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] SUMÁRIO 1. ASPECTOS GERAIS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................1 1.1 1.2 2. CONCEITOS................................................................................................................................1 TIPOS DE SISTEMAS:................................................................................................................2 PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO........................................................5 2.1 CRITÉRIOS DE PLANEJAMENTO - ASPECTOS A CONSIDERAR.......................................5 2.2 FORMULAÇÃO DE ALTERNATIVAS .....................................................................................8 2.3 ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS ....................................................8 2.4 DEMANDA - CONCEITOS.........................................................................................................9 2.5 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................10 2.6 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................11 2.7 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................13 2.8 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................19 2.9 PRIORIZAÇÃO DE OBRAS .....................................................................................................21 2.9.1 PRIORIZAÇÃO ECONÔMICA - EXEMPLO RESOLVIDO..........................................22 2.9.2 PRIORIZAÇÃO TÉCNICA...............................................................................................23 2.10 OUTROS PONTOS A CONSIDERAR NO PLANEJAMENTO ...............................................25 2.11 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................26 2.12 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................27 2.13 MÉTODO DE ANÁLISE CONSIDERANDO MÚLTIPLOS CRITÉRIOS ..............................28 2.13.1 ESCOLHA ENTRE EXPANSÃO DA OFERTA E GERENCIAMENTO PELO LADO DA DEMANDA 28 2.13.2 ESCOLHA DE TIPOS DE REDES ..................................................................................35 2.14 EXERCÍCIOS PROPOSTOS .....................................................................................................45 3. PROJETOS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ..................................................................46 3.1 ASPECTOS GERAIS .................................................................................................................46 3.2 DIMENSIONAMENTOS...........................................................................................................47 3.3 CRITÉRIOS DE PROJETOS .....................................................................................................49 3.4 ENERGIA REATIVA ................................................................................................................50 3.4.1 BAIXO FATOR DE POTÊNCIA ......................................................................................51 3.4.2 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA......................................................................54 3.4.3 FORMAS DE AVALIAÇÃO .............................................................................................55 3.4.4 EXEMPLO RESOLVIDO .................................................................................................57 3.5 SUPORTE REATIVO EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO .........................................................57 3.5.1 UTILIZAÇÃO DE CAPACITORES .................................................................................57 3.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS .....................................................................................................60 3.7 CARREGAMENTOS ECONÔMICOS DE CONDUTORES ....................................................60 3.8 POLÍTICA ÓTIMA DE UTILIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO ...69 4. ESTUDOS DE ENGENHARIA DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO..................................77 4.1 QUALIDADE DO FORNECIMENTO ......................................................................................77 4.2 ESTUDOS DE MELHORIAS NO SISTEMA............................................................................78 4.3 ESTUDOS DE CONTROLE DE TENSÃO - CÁLCULOS DE QUEDA DE TENSÃO ............78 4.3.1 MÉTODO EXATO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ......................................78 4.3.1.1 4.3.1.2 4.3.1.3 4.3.2 4.3.2.1 4.3.2.2 4.3.3 4.3.3.1 POTÊNCIA CONSTANTE ...........................................................................................................79 CORRENTE CONSTANTE ..........................................................................................................83 IMPEDÂNCIA CONSTANTE ......................................................................................................85 MÉTODOS APROXIMADOS DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ....................88 MÉTODO 1 ...................................................................................................................................89 MÉTODO 2 - COEFICIENTES UNITÁRIOS ..............................................................................92 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS........................................................................96 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM ii UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] POTÊNCIA CONSTANTE .............................................................................................................................96 4.3.3.2 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM CORRENTE CONSTANTE............................................................................................................................97 4.3.3.3 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM IMPEDÂNCIA CONSTANTE........................................................................................................................97 4.3.3.4 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM DIFERENTES CARACTERÍSTICAS DE CARGA .......................................................................................98 4.3.4 4.3.5 4.3.6 4.3.7 EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ..................................................99 EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO NA BT....................................102 INFLUÊNCIA DO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NA QUEDA DE TENSÃO102 CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO EM ALIMENTADOR COM CARGA DISTRIBUÍDA EM ANEL 107 4.3.8 UTILIZAÇÃO DE REGULADORES DE TENSÃO ......................................................113 4.4 ESTUDOS DE PERDAS ..........................................................................................................115 4.4.1 INFLUÊNCIA DO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NAS PERDAS ..............115 4.5 TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO.......................................................................118 4.6 EXEMPLOS DE ESTUDOS DE ENGENHARIA ...................................................................119 4.6.1 CASO 1: MELHORIA NO ATENDIMENTO A SANTA MARIA ................................119 4.6.2 CASO 2: MELHORIA NO ATENDIMENTO AO RECANTO DAS EMAS E REGIÃO121 4.6.3 CASO 3: MELHORIA NO ATENDIMENTO AO PARANOÁ......................................123 5. CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO .........................................................126 5.1 ASPECTOS GERAIS ...............................................................................................................126 5.2 TIPOS DE CONTRATOS ........................................................................................................126 5.2.1 CONTEÚDO DOS CONTRATOS ..................................................................................126 5.3 RELAÇÃO DE SERVIÇOS E PREÇOS ..................................................................................127 5.4 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS.........................................................................................128 6. 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7 7. 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 8. OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ..............................................................129 CENTRO DE OPERAÇÃO......................................................................................................129 OPERAÇÃO DO SISTEMA ....................................................................................................129 ENGENHARIA PRÉ E PÓS-OPERAÇÃO..............................................................................130 SISTEMAS DE ATENDIMENTO ...........................................................................................130 CONTROLE DE INTERRUPÇÕES ........................................................................................130 AUTOMAÇÃO ........................................................................................................................131 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE TURMAS..........................................................131 MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO........................................................132 TIPOS DE MANUTENÇÃO:...................................................................................................132 INSPEÇÃO DE REDES ...........................................................................................................132 MÉTODOS DE TRABALHO NA MANUTENÇÃO...............................................................133 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES ...................................................................................133 CMD - CENTRO DE MANUTENÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ...............................................................133 PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO ......................................................................................134 PROTEÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO...............................................................139 8.1 REVISÃO DE CURTO-CIRCUITO ........................................................................................139 8.2 NOÇÕES DE ATERRAMENTO .............................................................................................140 8.3 TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO .....................................................................141 8.3.1 DISJUNTOR....................................................................................................................141 8.3.2 CHAVE-FUSÍVEL E ELO-FUSÍVEL ...........................................................................141 8.3.3 RELIGADOR ...................................................................................................................141 8.3.4 SECCIONADOR..............................................................................................................141 8.3.5 RELÉ................................................................................................................................142 8.4 COORDENAÇÃO....................................................................................................................142 8.4.1 COORDENAÇÃO DE ELOS FUSÍVEIS.......................................................................142 8.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................................................................................................149 iii UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] 9. DESEMPENHO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO .........................................................151 9.1 9.2 9.3 9.4 9.5 9.6 9.7 9.8 9.9 9.10 9.11 HISTÓRICO.............................................................................................................................151 RESOLUÇÃO ANEEL Nº24 DE 27/01/2000 (ATUALIZA A PORTARIA 046/78)...............151 PORTARIA 031/80 - SUPRIMENTO ......................................................................................153 RESOLUÇÃO ANEEL N° 505 DE 26/11/2001 .......................................................................153 PORTARIA 163/93 - GRUPO DE TRABALHO PARA PROPOR NOVOS ÍNDICES...........154 EXEMPLO RESOLVIDO ........................................................................................................159 EXEMPLO RESOLVIDO ........................................................................................................160 EXEMPLO RESOLVIDO ........................................................................................................161 EXEMPLO RESOLVIDO ........................................................................................................161 CONCEITOS DE MEDIDAS DE CONFIABILIDADE ..........................................................161 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................................................................................................162 10. MEDIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 163 10.1 ASPECTOS GERAIS ...............................................................................................................163 10.2 RESOLUÇÃO 456/2000 CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA (29/11/2000) .........................................................................................................................................163 10.3 UNIVERSALIZAÇÃO ............................................................................................................163 11. TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ...............164 11.1 ASPECTOS GERAIS ...............................................................................................................164 11.2 TARIFAS HORO-SAZONAIS AZUL E VERDE....................................................................165 11.2.1 EXEMPLO RESOLVIDO ...............................................................................................170 11.2.2 EXEMPLO RESOLVIDO ...............................................................................................175 11.2.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ..........................................................................................177 11.3 ENERGIA REATIVA EXCEDENTE ......................................................................................177 11.3.1 EFEITOS NAS PERDAS ................................................................................................178 11.3.2 EFEITOS NA QUEDA DE TENSÃO.............................................................................178 11.3.3 IMPLICAÇÕES NA CAPACIDADE INSTALADA.......................................................178 11.3.4 IMPLICAÇÕES NAS SEÇÕES DOS CONDUTORES .................................................179 11.3.5 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA....................................................................179 11.3.6 FORMAS DE AVALIAÇÃO DO EXCEDENTE DE REATIVO...................................179 11.3.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ..........................................................................................180 12. NORMAS, PADRÕES E PROCEDIMENTOS EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO .182 13. OUTRAS ATIVIDADES RELACIONADAS COM A DISTRIBUIÇÃO .........................184 14. REVISÃO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA .................................................................185 14.1 EXEMPLOS RESOLVIDOS....................................................................................................189 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................190 iv UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 1 1. ASPECTOS GERAIS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO − Objetivo: Introduzir os conceitos relacionados com a atividade de Distribuição de Energia Elétrica 1.1 CONCEITOS − O que é Distribuição − Antes: − Agentes: Empresas de Geração e/ou Transmissão e/ou Distribuição, DNAEE, GCOI (Grupo Coordenador da Operação Interligada), GCPS (Grupo Coordenador do Planejamento do Sistema), CODI (Comitê de Distribuição), etc. − Depois: Novo modelo para o setor elétrico − Surgem novos agentes: Empresas de Geração, Empresas de Distribuição, Empresas de Transmissão, Empresas Comercializadoras, ANEEL, ONS (Operador Nacional do Sistema), MAE (Mercado Atacadista de Energia), Consumidores livres − Atuação fora da área de concessão tradicional − Consumidores cativos − Consumidores livres (Lei 9074 de 07/07/95) − Consumidores novos: todos com carga maior ou igual a 3MW atendidos em qualquer tensão − Consumidores atuais: 10MW atendidos em tensão maior ou igual a 69kV − Decorridos 5 anos da publicação da Lei passam a ser consumidores livres aqueles com carga maior ou igual a 3MW atendidos em tensão maior ou igual a 69 kV − Após 8 anos estes limites poderão ser revistos pelo órgão regulador − Agora: Repensar o modelo do setor elétrico − Tensões e limites entre Transmissão e Distribuição Distribuição: ≤ 138 kV Nosso enfoque principal: 13,8 kV Alimentadores (circuitos de AT) a partir das subestações de subtransmissão Transformadores Redes de baixa tensão (BT) 1 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 1.2 TIPOS DE SISTEMAS: − Redes aéreas: redes com cabos nus, redes isoladas, compactas, com cabos préreunidos, etc. Figura 1-1 - Circuito Aéreo Radial Simples NA Figura 1-2 - Circuito Aéreo Radial com Recurso NA Figura 1-3 - Circuito Aéreo Duplo 2 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Redes subterrâneas: Figura 1-4 - Subterrâneo com Primário Radial e Secundário Reticulado Figura 1-5 - Reticulado Exclusivo (Spot Network) 3 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Figura 1-6 - Subterrâneo com Primário e Secundário Radial NA Figura 1-7 - Subterrâneo com o Primário em Anel Aberto Figura 1-8 - Subterrâneo com Primário seletivo − Subestações de Distribuição: tipos, características, etc. Em postes, enterradas, dentro de edifícios, Diversos arranjos, com disjuntor, com em quadras residenciais protetor network, cubículos de BT blindados, com armários de BT 4 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 2 2. PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 2.1 CRITÉRIOS DE PLANEJAMENTO - ASPECTOS A CONSIDERAR − Critérios técnicos e econômicos − Queda de tensão − Carregamento máximo do alimentador e dos transformadores − Considerar a carga atual e o crescimento no tempo − Dados de mercado Carga Tempo Figura 2-1 –Crescimento de carga − Confiabilidade − Análise em condições normais e de contingência − Perda de alimentador, perda de transformador − Menor custo (Valor presente líquido) − Custo de instalação − Custo de operação e manutenção (técnico-administrativo) − Custo das perdas − Para novas áreas − Plano de ocupação. Avaliar possibilidade de novas expansões − Para expansão de áreas existentes − Plano de ocupação. Avaliar possibilidade de novas expansões − Condições atuais da rede − Queda de tensão, (indicadores de continuidade - DEC, FEC, etc), Nível de perdas − Eventuais problemas no suprimento da região (transmissão) − Carregamento e condições físicas dos alimentadores − Nível de arborização − Carregamento e Vida dos transformadores − Caminhamento dos circuitos de AT e BT − Gabarito das edificações - estudos de possíveis alterações − Acessos para operação e manutenção − Áreas urbanas − Densidade populacional − Nível de saturação na ocupação da área. − Hábitos de consumo 5 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Regime de uso da energia − Nível de renda (kVA / unidade consumidora) − Áreas rurais − Relação custo-confiabilidade diferente de áreas urbanas − Existência e intensidade de atividade agrícola − Área rural com predominância nas atividades de lazer − Possibilidade de existir irrigação pesada − Tipos de consumidores − Residenciais, comerciais, industriais, iluminação pública e em que proporção de cada um deles − Composição das curvas de carga dos tipos de consumidores nos dimensionamentos 600 IP 6% 550 500 450 Poder Público 13% 400 MW 350 Serviço Público 6% Rural 3% 300 Industrial 8% 250 Residencial 39% 200 150 100 Comercial 25% 50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Horas Figura 2-2 –Curva de carga desagregada por classes de consumidores Carga Carga Residencial Tempo Carga Comercial Tempo Carga Industrial Tempo Iluminação Pública Tempo Figura 2-3 –Tipos de curvas de carga 6 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Tendências de crescimento − Estudos de previsões de cargas a nível de alimentador, subestação e região elétrica − Taxas de crescimento da carga por tipo de consumidores a serem conectados à rede − Considerar os aspectos de uso racional de energia (eficiência energética) − Considerar fontes alternativas de energia − Suprimento de áreas isoladas ou não − Considerar a influência das fontes alternativas de energia competindo com as fontes convencionais − Parâmetros a serem considerados − Dados das redes − Tecnologias disponíveis, tipo de sistema (aéreo, subterrâneo, rede compacta, etc), dados de estoque de materiais e equipamentos − Dados econômicos − Custos modulares − Dados de mercado − Fator de carga − Fator de perdas − Carga máxima − Regime de uso (curva de carga) − Demanda máxima não coincidente − Demanda máxima diversificada − Critérios CODI (ABRADEE) − Integração com o Ambiente − Segurança − Estado físico − Condições elétricas − Condições operativas − Contingências − Níveis de regulação de tensão − Capacidade e carregamento − Compensação de reativos − Roteiro de planejamento (Referência – CODI – ABRADEE) − Análise da situação atual do fornecimento − Análise da evolução da carga − Simulação do sistema e deficiências previstas − Formulação e análise de alternativas − Plano de subestações − Plano de ampliação e melhoria do sistema existente − Plano de obras − Níveis hierárquicos de soluções − Remanejamento de cargas entre alimentadores − Instalação de equipamentos de seccionamento e manobra − Instalação de equipamentos corretivos (capacitores, reguladores de tensão) 7 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica − − − − − − Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Interligação de alimentadores Recondutoramento Construção de circuitos duplos Novos alimentadores Ampliação de subestações Novas subestações 2.2 FORMULAÇÃO DE ALTERNATIVAS − Poucas e mais viáveis − Diminuir o número de simulações. Combinações de hipóteses eleva o número de casos − Detalhar as premissas de cada alternativa − Evitar perda de tempo − Estabelecimento de cenários de crescimento da carga − Análise nos regimes de carga leve, média e pesada − Horizonte de planejamento: curto e médio prazos (5 anos, 10 anos) − Novas obras − Projetos de melhorias. Considerar o adiamento de investimentos − Considerar recondutoramento, extensões, novos transformadores, divisão de circuitos, reformas, interligação de alimentadores, novos alimentadores, novas subestações, etc. 2.3 ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS − Definir o critério de priorização de alternativas − Econômico − Índices de mérito: Valor presente líquido, Valor anual equivalente, etc. − Técnico − Carregamento, Tensão e Confiabilidade (Nível de falhas, local de carga prioritária) Custo Total Investimento C u s t o s O&M + Perdas Qualidade de serviço Figura 2-4 - Custos versus qualidade 8 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Outros fatores − Impactos no meio ambiente − Qualidade de serviço além do mínimo estabelecido − Operação com maior grau de contingência − Maior utilização de equipamentos de fabricação nacional − Fluxo de caixa − Segurança − Metodologia de Análise de Múltiplos Critérios. Considera critérios qualitativos e quantitativos − Indicador Econômico de Prioridade − Índice Técnico de Priorização − Exemplos de cálculos 2.4 DEMANDA - CONCEITOS (Engenharia Elétrica, Economia, Setor Elétrico) É a carga medida em valor médio durante um intervalo de tempo. Carga (A, kW, kVA) Dmax Dmax Dmed Dmed Tempo (horas do Figura 2-5 –Demanda máxima e média fator de carga (fc) = fator de demanda (fd) = fator de utilizacao (fu) = Dmed Dmax Dmax Carga instalada Dmax Capacidade do sistema fator de perdas (fp) = Pmed Pmax fc 2 ≤ fp ≤ fc fp = k fc + (1- k) fc 2 k = 0,10 k = 0,15 9 k = 0,30 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica fator de diversidade (fdiv) = Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] ∑ Dmaxi Dmax do conjunto das cargas fator de coincidencia (fcoinc) = 1 fdiv 2.5 EXEMPLO RESOLVIDO Conjunto 1 de consumidores Conjunto 2 de consumidores Dmax = 70kW Energia = 720 kWh/dia fc = 0,6 fc = 0,5 Circuito que alimenta os dois conjuntos marca na subestação 110kW Calcular: Fator de diversidade, fator de coincidência, energia diária, fator de carga e fator de perdas (usar k=0,15) do alimentador. Dmax1 = 70 kW Dmax2 = ? Dmed2 = E2 / T = 720 / 24 = 30 kW fc = Dmed / Dmax Î Dmax2 = 30 / 0,5 = 60 kW fdiv = (70 + 60) / 110 fdiv = 1,18 fcoinc = 0,85 fc = Dmed / Dmax Î Dmed1 = 70 * 0,6 Î Dmed1 = 42 kW E1 = 42 * 24 Î E1 = 1008 kWh E = E1 + E2 Î E = 1008 + 720 E = 1728 kWh fc = Dmed / Dmax , como Dmed = E / T , tem-se : fc = E / Dmax * T fc = 1728 / 110 * 24 fc = 0,65 fc2 ≤ fp ≤ fc Î 0,42 ≤ fp ≤ 0,65 fp = 0,15 fc + 0,85 fc2 fp = 0,15 * 0,65 + 0,85 * 0,42 fp = 0.45 10 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 2.6 EXEMPLO RESOLVIDO (Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Nelson Kagan - USP) Conjunto X Conjunto Y Carga x1 50 kW sempre ligada Carga y1 20 kw sempre ligada Carga x2 20 kW ligada algumas horas por Carga y2 Dmax ocorre às 12 horas, dia fcy = 0,5 curva de carga conforme figura Carga y2 curva de carga conforme figura Energia de X 1400 kWh / dia Dy2 12 h Ty2 Figura 2-6 –Figura para ilustrar o exemplo Energia geral (Eg) 2000 kWh Dmax 105 kW no período da tarde Calcular: Curvas de carga dos conjuntos X e Y, fator de carga, fator de diversidade e de coincidência Cálculo do tempo em que a carga X2 fica ligada Ex = 1400 kWh Î Ex1 + Ex2 = 1400 Î 50 * 24 + Ex2 = 1400 Ex2 = 200 kWh Ex2 = Dx2 * Tx2 Î Tx2 = Ex2 / Dx2 Î Tx2 = 200 / 20 Î Tx2 = 10 h Cálculo de Dy2 Ey = Eg - Ex Î Ey = 2000-1400 = 600 kWh Ey = Ey1 + Ey2 = 20*24 + Ey2 = 600 Ey2 = 120 kWh Dy = Ey / T * fcy Î Dy = 600 / 24 * 0,5 = 50 kW Dy2 = Dy - Dy1 = 50 - 20 = 30 kW Cálculo de Ty2 Ey2 = Dy2 * Ty2 / 2 Î Ty2 = 120 * 2 / 30 Î Ty2 = 8 h Determinação do regime de uso de x2 30 15 12 14 Figura 2-7 –Figura auxiliar para o exemplo 11 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Curva de carga 120 110 100 90 Y2 80 X2 kW 70 Y1 60 50 40 30 X1 20 10 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 horas Figura 2-8 –Resultado do exemplo Cálculo do fator de carga fcx1 = 1 fcx2 = 200 / 24 * 20 Î fcx2 = 0,4 fcx = 1400 / 24 * 70 Î fcx = 0,8 fcy1 = 1 fcy2 = 120 / 24 * 30 = 0,17 fcy = 0,5 (dado) → [ (600 / 24 * 50) ] fc = 2000 / 24 * 105 Î fc = 0,79 Cálculo do fator de diversidade e do fator de coincidência fdiv = (70 + 50) / 105 = 1,14 fcoinc = 105 / (70+50) = 0,87 12 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 2.7 EXEMPLO RESOLVIDO (Adaptado de CIPOLI, J. A. Engenharia de Distribuição, 1993) 1500 cons 60 cons 4 4/0 10 5 km 8 km 2 SE 1 4/0 2 2 km 4/0 3 km 2/0 3 5 3 km 6 10 km 2 km 7 500 cons 5 km 2 5 km 2 9 8 20 cons 40 cons Figura 2-9 - Diagrama unifilar do alimentador do exemplo Alternativa 1: Apenas disjuntor na saída do alimentador Alternativa 2: Com relé de religamento no disjuntor Alternativa 3: Com chaves fusíveis nos ramais Obs.: Neste exemplo utilizou-se nos cálculos uma taxa de desconto de 12% ao ano. 1. Custo anual da implantação de alternativas Tabela 2-1 –Custos básicos Custos unitários Cubículo Relé religamento km de 4/0 CAA km de 2/0 CAA km de 2 CAA Chaves instaladas 13 US$ 22257 4051 7709 6424 5568 324 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 2-2 -Custos de implantação das alternativas Cubículo Relé religamento linha de 4/0 CAA (10 km) linha de 2/0 CAA (15 km) linha de 2 CAA (18 km) Chaves instaladas (3x) Custo total inicial Custo anual (20 anos) 39.618,9 = 295.931 1 22.257 0 77.090 96.360 100.224 0 295.931 39.618,9 2 22.257 4.051 77.090 96.360 100.224 0 299.982 40.161 3 22.257 4.051 77.090 96.360 100.224 972 300.954 40.291 0,12(1 + 0,12)20 (1 + 0,12)20 − 1 2. Cálculo da receita interrompida (kWh * margem na tarifa) Dados de saídas de alimentadores Tabela 2-3 –Saídas permanentes, transitórias e Programadas Permanentes (Per) Transitórias (Tra) Programadas (Pro) 0,5 saídas/km/ano 4 saídas/km/ano 0,3 saídas/km/ano Saídas por ano Tabela 2-4 – Saídas por ano Trecho 01-02 02-03 03-04 03-05 05-06 06-07 02-08 05-09 06-10 km 2 3 5 10 3 2 5 5 8 Per 1,0 1,5 2,5 5,0 1,5 1,0 2,5 2,5 4,0 Tra 8,0 12,0 20,0 40,0 12,0 8,0 20,0 20,0 32,0 Pro 0,6 0,9 1,5 3,0 0,9 0,6 1,5 1,5 2,4 Total 9,6 14,4 24,0 48,0 14,4 9,6 24,0 24,0 38,4 1,0 (Per) = 2 km * 0,5 saídas / km / ano 14 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tempos de restabelecimento (dado) Tabela 2-5 – Tempos de restabelecimento Trecho 01-02 02-03 03-04 03-05 05-06 06-07 02-08 05-09 06-10 Per 4 4 4 4 4 4 7 7 7 Alternativas 2 Pro Per Tra 3 4 0 3 4 0 3 4 0 3 4 0 3 4 0 3 4 0 3 7 0 3 7 0 3 7 0 1 Tra 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Pro 3 3 3 3 3 3 3 3 3 Per 4 4 4 4 4 4 7 7 7 3 Tra 0 0 0 0 0 0 6 6 6 Pro 3 3 3 3 3 3 3 3 3 Cálculo do DEC e do FEC n n ∑ Cai * ti DEC = i = 1 Cs ∑ Cai FEC = i = 1 Cs onde DEC - Duração equivalente por consumidor Cai - número de consumidores atingidos pela interrupção i ti - tempo da interrupção i CS - número total de consumidores do sistema i - número de interrupções variando de 1 a n FEC - Freqüência equivalente por consumidor Tabela 2-6 – Cálculo do tempo total Trecho 01-02 02-03 03-04 03-05 05-06 06-07 02-08 05-09 06-10 Per 4 6 10 20 6 4 17,5 17,5 28 1 Tra 4 6 10 20 6 4 10 10 16 Pro 1,8 2,7 4,5 9 2,7 1,8 4,5 4,5 7,2 Total 9,8 14,7 24,5 49,0 14,7 9,8 32,0 32,0 51,2 Per 4 6 10 20 6 4 17,5 17,5 28 2 Tra 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 Pro 1,8 2,7 4,5 9 2,7 1,8 4,5 4,5 7,2 Total 5,8 8,7 14,5 29 8,7 5,8 22 22 35,2 Per 4 6 10 20 6 4 17,5 17,5 28 3 Tra 0 0 0 0 0 0 120 120 192 Pro 1,8 2,7 4,5 9 2,7 1,8 4,5 4,5 7,2 Total 5,8 8,7 14,5 29 8,7 5,8 142 142 227,2 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] A Tabela 2.6 é obtida a partir da multiplicação dos dados das Tabelas 2.4 (Saídas por ano) e 2.5 (Tempo de restabelecimento). 4 (Per) = 1 (saída por ano) * 4 (tempo de restabelecimento) 9,8 (Total) = 4 (Per) + 4 (Tra) + 1,8 (Pro) Tabela 2-7 – Cálculos intermediários Trecho 01-02 02-03 03-04 03-05 05-06 06-07 02-08 05-09 06-10 Soma 1 Ca Ca*t Int Ca*Int 2120 20776 9,6 20352 2120 31164 14,4 30528 2120 51940 24 50880 2120 103880 48 101760 2120 31164 14,4 30528 2120 20776 9,6 20352 2120 67840 24 50880 2120 67840 24 50880 2120 108544 38,4 81408 503924 437568 2 Ca*t 12296 18444 30740 61480 18444 12296 46640 46640 74624 321604 Ca 2120 2120 2120 2120 2120 2120 2120 2120 2120 Int Ca*Int 1,6 3392 2,4 5088 4 8480 8 16960 2,4 5088 1,6 3392 4 8480 4 8480 6,4 13568 72928 Ca 2120 2120 2120 2120 2120 2120 40 20 60 3 Ca*t 12296 18444 30740 61480 18444 12296 5680 2840 13632 175852 Int Ca*Int 1,6 3392 2,4 5088 4 8480 8 16960 2,4 5088 1,6 3392 24 960 24 480 38,4 2304 46144 20776 (Ca*t) = 2120 (ca) * 9,8 (tempo total da Tabela anterior) 9,6 (Int) = Obtido diretamente da Tabela 2.4 - Saídas por ano) 20352 (Ca * Int) = 2120 (ca) * 9,6 (Int) Tabela 2-8 – Resultado final do DEC e FEC por alternativa DEC FEC 1 237,7 206,4 2 151,7 34,4 3 82,9 21,8 237,7 = 503924 /2120 206,4 = 437568 / 2120 3. Cálculo da receita interrompida Demanda máxima: 3000 kW Fator de carga: 0,55 Demanda média: 1650 kW → ( 3000 kW * 0,55 ) Energia deixada de faturar em uma hora: 1650 kWh → ( 1650 kW * 1 hora ) Custo do MWh deixado de faturar (margem venda - compra): US$ 60 Tabela 2-9 – Energia e US$ interrompidos kWh interrompido US$ interrompido 1 392205 23532 2 250305 15018 3 136866 8212 392205 (kWh interrompido) = DEC (h) * 1650 (kW) 16 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 23532 (US$ interrompido) = 392205 (kWh interrompido ) * 60 (Custo do MWh deixado de faturar) / 1000 4. Custo anual de manutenção para as alternativas Custo da turma de manutenção: 250 US$/hora Custo da equipe de plantão: 10,13 US$/hora Interrupção permanente em tronco: 4 horas de turma de manutenção Interrupção permanente em ramal: 4 horas de turma de manutenção Interrupção programada: 4 horas de turma de manutenção Interrupção transitória da SE: 0,5 hora de equipe de Plantão Interrupção transitória de linhas: 2 horas de equipe de Plantão (Utilizado somente na Alternativa 3) Tabela 2-10 – Custos de manutenção Trecho 01-02 02-03 03-04 03-05 05-06 06-07 02-08 05-09 06-10 Total Per 1000 1500 2500 5000 1500 1000 2500 2500 4000 21500 1 Tra 41 61 101 203 61 41 101 101 162 Total 1641 2461 4101 8203 2461 1641 4101 4101 6562 Per 1000 1500 2500 5000 1500 1000 2500 2500 4000 2 Tra 0 0 0 0 0 0 0 0 0 871 12900 35271 21500 0 Pro 600 900 1500 3000 900 600 1500 1500 2400 Pro 600 900 1500 3000 900 600 1500 1500 2400 Total 1600 2400 4000 8000 2400 1600 4000 4000 6400 Per 1000 1500 2500 5000 1500 1000 2500 2500 4000 3 Tra 0 0 0 0 0 0 405 405 648 Pro 600 900 1500 3000 900 600 1500 1500 2400 Total 1600 2400 4000 8000 2400 1600 4405 4405 7048 12900 34400 21500 1459 12900 35859 1000 (Per) = 1 (Saídas por ano - Tabela 2.4) * 250 (Custo da turma de manutenção) * 4 (Per - Tabela 2.5) 41 (Tra) = 8 (Saídas por ano - Tabela 2.4) * 10,13 (Custo da equipe de plantão) * 0,5 (Tra - Tabela 2.5) 600 (Pro) =0,6 (Saídas por ano - Tabela 2.4) * 250 (Custo da turma de manutenção) * 4 (Per - Tabela 2.5) A coluna Tra para a alternativa 2 está com zeros pois nessa alternativa não há relé de religamento. Vale a mesma observação para o tronco na alternativa 3. Para os ramais na alternativa 3 (com chave fusível) existe custo. 405 (Tra) = 20 (Saídas por ano - Tabela 2.4) * 10,13 (Custo da equipe de plantão) * 2 Dado neste item. 5. Custo anual de perdas As perdas são as mesmas para as 3 alternativas Foram consideradas somente as perdas nos condutores de AT. (Só no cabo 4/0). Demanda máxima: 3000 kW 17 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tensão: 13,2 kV Fator de carga: 0,55 Fator de potência : 0,9 Fator de perdas (k=0,3): 0,377 = 0,3 fc + 0,7 fc2 Cabo 4/0 r = 0,368 ohm/km 2 kW máximo de perda: = 3*r*L*i kW médio de perda: = kW máximo de perda * fp kWh de perda anual: = kW máximo de perda * fp *8760 1 MWh perdido: = 35 US$/MWh (Tarifa de suprimento) Tarifa de demanda (compra): 3,52 US$ / kW 1 kW perdido: 3,52 * 12 = 42,24 US$/kW ano Corrente total: 146 A → (3.000 / 1,73 * 13,2 * 0,9) Corrente por consumidor: 0,0688 → (146 / 2120) Tabela 2-11 – Custos das perdas Trecho 1-2 2-3 3-4 Total km Corrente kW kW KWh de US$ (kW) US$ Total máximo médio de perda (kWh) de perda perda anual 146 46,9 17,7 154898 1982,5 5421 7404 143 67,8 25,5 223661 2862,6 7828 10691 103 58,7 22,1 193863 2481,2 6785 9266 173 65 572422 7326 20035 27361 2 3 5 143 = 146 - 0,0688 * 40 103 = 146 - 0,0688 * 620 46,9 = 3 * 0,368 (r / km) * 2 (km) * (146)^2 17,7 = 46,9 * 0,377 (fp) 154.898 = 17,7 * 8760 1.982,5 = 46,9 * 42,24 5.421 = 154.898 * 35 / 1000 6. Comparação das alternativas Tabela 2-12 – Comparação das alternativas Alternativa Custo anual de manutenção 1 2 3 35271 34400 35859 US$ interrompido por ano Custo anual de implantação 23532 15018 8212 39618,9 40161,2 40291,4 18 Custo anual das Custo anual da perdas alternativa 27361 27361 27361 125783 116941 111723 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 2.8 EXEMPLO RESOLVIDO Tabela 2-13 – Dados do exemplo 1.050 420 20 48 70 0,2 lotes Postes Transformadores US$ para ligar uma UC US$ por atendimento atendimentos por ano 325.500 80 35 0,25 250 15 Investimento US$ / MWh (Tarifa de venda) US$ / MWh (Tarifa de compra) US$ para ler um medidor US$ / km manutenção km de rede Tabela 2-14 – Evolução da ocupação da rede Taxa de ocupação ano 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 30% 60% 80% 90% 100% Número de Variação Consumidores 315 630 315 840 210 945 105 1050 105 Evolução do consumo (kWh/mês) 40 80 120 160 200 Tabela 2-15 – Detalhamento da evolução do consumo ano a ano ano 1 Consumo ano a ano Cons kWh/mês meses/ano 315 40 12 ano 2 315 315 80 40 12 12 ano 3 315 315 210 120 80 40 12 12 12 ano 4 315 315 210 105 160 120 80 40 12 12 12 12 ano 5 315 315 210 105 105 200 160 120 80 40 12 12 12 12 12 19 kWh/ano 151.200 151.200 302.400 151.200 453.600 453.600 302.400 100.800 856.800 604.800 453.600 201.600 50.400 1.310.400 756.000 604.800 302.400 100.800 50.400 1.814.400 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 2-16 - Evolução do consumo para os anos finais ano 6 ano 7 ano 8 ano 9 2.167.200 2.368.800 2.469.600 2.520.000 Tabela 2-17 – Custos de atendimento e manutenção 14,0 US$ atendimento por ano por UC 3.750 US$ manutenção nos anos 2, 4, 6, 7, 8, 9.... 12% Taxa de juros aa Tabela 2-18 – Fluxo de caixa do exemplo Ano Soma 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Investi- Compra Ligação Leitura AtendiManuten- Receita mento energia da UC mento ção -325.500 -325.500 -13.671 -5.292 -15.120 -945 -4.410 12.096 -9.168 -15.876 -15.120 -1.890 -8.820 -3.750 36.288 14.196 -29.988 -10.080 -2.520 -11.760 68.544 34.113 -45.864 -5.040 -2.835 -13.230 -3.750 104.832 58.758 -63.504 -5.040 -3.150 -14.700 145.152 75.924 -75.852 -3.150 -14.700 -3.750 173.376 84.996 -82.908 -3.150 -14.700 -3.750 189.504 89.532 -86.436 -3.150 -14.700 -3.750 197.568 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600 -5.292 = ( 151.200 * 35 ) / 1000 -15.120 = 315 * 48 -945 = 0,25 * 315 * 12 -4.410 = 14 * 315 12.096 = ( 151.200 * 80 ) / 1000 VPL = −325.500 − 13.671(1 + 0,12)−1....... + 89.532(1 + 0,12)− 8 + (1 + 0,12)7 − 1 + 91.800 (1 + 0,12)− 8 0,12(1 + 0,12)7 VPL (Valor presente líquido) = $ 2.392 20 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Análise de sensibilidade Para $2 por leitura ==> VPL = -$122.435 Para i = 15% aa ==> VPL = - $67.371 Para i = 14% aa ==> VPL = - $ 46.303 TIR = 12,49% (valor que torna o VPL igual a zero) Para i = 12% aa ==> VPL = $2.392 Para i = 10% aa ==> VPL = $61.677 Para i = 5% aa ==> VPL = $276.720 VPL Valor presente líquido 12,49 Taxa Figura 2-10 - Análise de sensibilidade do exemplo 2.9 PRIORIZAÇÃO DE OBRAS Fatores econômicos Relação Benefício/Custo Î VP dos Benefícios / VP dos Custos Fatores técnicos Carregamento Nível de tensão Confiabilidade Fatores econômicos Benefícios Aumento no faturamento (AF) Diminuição nas perdas (DP) Adiamento de outros empreendimentos (AOP) Custos Investimento (Inv) 21 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Priorecon = AF + DP + AOP Inv 2.9.1 PRIORIZAÇÃO ECONÔMICA - EXEMPLO RESOLVIDO Custo ($) 350.000 Empreendimento A Período de análise = 10 anos Benefícios (Valor presente) Aumento no faturamento (AF) Aumento na capacidade: 4 MVA Utilização da capacidade: 10 % aa Tarifa média: US$ 60/MWh taxa de juros: 10 % aa Fator de potência: 0,85 Fator de carga: 0,3 AF (ano1) = 0,4 MVA * 0,85 * 0,3 * 8760 horas/ano * 60 US$/MWh / (1+0,1) AF (ano2) = 0,8 MVA * 0,85 * 0,3 * 8760 horas/ano * 60 US$/MWh / (1+0,1)^2 AF (ano3) = 1,2 MVA * 0,85 * 0,3 * 8760 horas/ano * 60 US$/MWh / (1+0,1)^3 10 MVA i AF = 0,85 * 0,3 * 8760 * 60 * ∑ i i = 1(1+ j) AF = 1.556.650 Diminuição das perdas (DP) 10 DP = CP * fp * ( 8760 / 1000 ) * ∑ Pi i i = 1(1 + j) onde DP - Valor presente da diminuição das perdas (R$) CP - Custo das perdas (R$ / MWh) fp - Fator de perdas Î fp = 0,15 fc + 0,85 fc2 = 0,1215 Pi - Ganho de perdas em kW CP (Custo das perdas) (Ver aula do carregamento econômico de condutores - Cálculo das perdas) CP = 176,62 R$ / kW ano E = 1,06434 MWh / kW ano (energia anual de perdas) CP = 176,62 / 1.06434 CP = 165,94 R$ / MWh Pi (Ganho de perdas) em kW (dados do projeto) Ano 1 2 3 4 5 22 6 7 8 9 10 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Pi 57 60 77 Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 91 110 139 189 223 244 289 DP = 138.426 Adiamento de outros empreendimentos (AOP) Investimento que seria feito no ano atual (empreendimento B) e que será adiado para o ano n, em função do empreendimento A Vida útil do empreendimento B = 25 anos Valor residual = 15% j (taxa de juros) = 10% aa período do adiamento do investimento = 7 InvB (Investimento adiado) = US$ 100.000 0,10* (1+ 0,10)25 (1+ 0,10)7 − 1 * AOP= InvB- 15%* InvB* (1+ 0,10)- 25 * 25 − 1 0,10* (1+ 0,10)7 (1 + 0,10) 0,10* (1+ 0,10)25 (1+ 0,10)7 − 1 transforma numa série uniforme e o fator O fator (1+ 0,10)25 − 1 0,10* (1+ 0,10)7 pega os 7 anos. AOP = 52.892 Custos (Valor presente) Investimento (VPInv) Vida útil do empreendimento A = 25 anos Valor Residual = 15 % Inv = 350.000 0,10 * (1 + 0,10) 25 VPInv = Inv - 15% * Inv * (1 + 0,10) - 25 * 25 − 1 (1 + 0,10) (1 + 0,10) 10 − 1 * 0,10 * (1 + 0,10) 10 VPInv = US$ 233.647 Priorização de obras considerando fatores econômicos (Priorecon) AF + DP + AOP Inv Priorecon = (1.556.650 + 138.426 + 52.892) / 233.647 Priorecon = Priorecon = 7,48 2.9.2 PRIORIZAÇÃO TÉCNICA Fonte: ETD - .21 Estudo Técnico de Distribuição - Sistemática para elaboração e 23 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] aprovação de programas de obras associadas ao desempenho da distribuição (Utilizados alguns conceitos do trabalho) Fatores técnicos Carregamento Nível de tensão Confiabilidade Tabela 2-19 – Critérios para priorização técnica Parâmetro Queda de tensão (DV) Critério Percentual dos limites estabelecidos pela legislação (P) Obs.: Não é a queda de tensão em % DEC relativo (DECr) DEC calculado / DEC legislação FEC relativo (FECr) FEC calculado / FEC legislação Carregamento (Car) Limite do carregamento recomendável (carregamento econômico) Condições físicas da rede (Cfr) Necessidade de substituição de postes, condutores, isoladores ou outros acessórios. Caminhamento do alimentador Avaliação P ≤ 50% 50% < P ≤ 60% 60% < P ≤ 70% 70% < P ≤ 80% 80% < P ≤ 90% 90% < P DECr ≤ 50% 50%< DECr ≤60% 60%< DECr ≤70% 70%< DECr ≤80% 80%< DECr ≤90% 90%< DECr FECr ≤ 50% 50%< FECr ≤60% 60%<FECr ≤70% 70%< FECr≤ 80% 80%<FECr ≤ 90% 90%< FECr Car ≤ 50% 50%< Car ≤60% 60%< Car ≤70% 70%< Car ≤80% 80%< Car ≤90% 90%< Car Ótima Boa Regular Ruim Péssima Crítica Grau 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 Tabela 2-20 – Exemplos de ponderação Grupos de empreendimentos Construção de alimentador urbano Construção de alimentador rural DV 25% 25% 24 DECr 25% 25% FECr 25% 25% Car 25% 25% Cfr 0% 0% Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Adequação de alimentador urbano Adequação de alimentador rural Instalação de religadores Instalação de reguladores de tensão 20% 20% 0% 60% 20% 20% 40% 0% 20% 20% 40% 0% 20% 20% 0% 0% 20% 20% 20% 40% Tabela 2-21 – Tipos de empreendimentos Tipo A B C D E Características Necessárias para atender a requisitos de segurança de pessoal, equipamentos e instalações Necessárias por imposição da legislação em vigor (ligação de unidade consumidora e qualidade de serviço) Cunho político-social Destinadas a ampliar mercado e melhorar a qualidade de serviço Destinadas a melhorar a confiabilidade do sistema elétrico Exemplo: Priorizar a partir de critérios técnicos 3 empreendimentos com as seguintes características: Empreendimento A (construção de alimentador) P = 75% do limite DECr = 65% FECr = 85% Car = 45% Empreendimento B (adequação de alimentador) P = 95% do limite DECr = 55% FECr = 75% Car = 55% Cfr = Regular Empreendimento C (construção de alimentador) P = 45% do limite DECr = 35% FECr = 95% Car = 80% Tabela 2-22 – Resultado da priorização técnica Empreendimentos A B C DV 3 * 25% 5 * 20% 0 * 25% DECr 2 * 25% 1 * 20% 0 * 25% FECr 4 * 25% 3 * 20% 5 * 25% Car 0 * 25% 1 * 20% 3 * 25% Cfr 0% 2* 20% 0% Total 2,25 2,40 2,00 2.10 OUTROS PONTOS A CONSIDERAR NO PLANEJAMENTO − Critérios para instalação de novas subestações (p.66 CIPOLI) 25 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica − − − − − Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Localidade com SE − Localidade sem SE As obras propostas vão compor o Plano de Obras da empresa Adequar as obras aos recursos orçamentários disponíveis da empresa Localização de terrenos para a instalação de novas subestações Contemplar o atendimento a novos mercados (consumidores livres) Considerar a utilização de softwares disponíveis 2.11 EXEMPLO RESOLVIDO Escolher entre as alternativas A e B Alternativa A Instalar no ano 0 um transformador de 30 kVA Instalar no ano 5 outro transformador de 30 kVA Instalar no ano 10 outro transformador de 30 kVA Alternativa B Instalar no ano 0 um transformador de 45 kVA Instalar no ano 10 outro transformador de 45 kVA Tabela 2-23 – Custos dos trafos, de operação e manutenção e de perdas Custo dos trafos 30 kVA: US$ 1090 45 kVA: US$ 1550 Custo anual de operação e Custo anual das perdas Alternativa A: US$ 275 manutenção Alternativa B: US$ 181 Alternativa A: US$ 83 Alternativa B: US$ 54 Considerar: 12% ao ano Horizonte do estudo: 15 anos Sem valor residual VP da Alternativa A Inv ==>1090 + 1090 * (1+0,12)^-5 + 1090 * (1+0,12)^-10 = 2059 FRC (12%,15 anos) = 6,81 O&M + Perdas ==> (83 + 275) * (1/FRC) = 358 * 6,81 = 2438 VP da Alternativa A = 4497 VP da Alternativa B Inv ==>1550 + 1550 * (1+0,12)^-10 = 2049 O&M + Perdas ==> (54 + 181) * (1/FRC) = 235 * 6,81 = 1600 VP da Alternativa B = 3649 Conclusão: escolha da alternativa B (considerando apenas o fator econômico) Valor anual da alternativa A: VP da alternativa A * FRC = 4497 / 6,81 = 660 Valor anual da alternativa B: VP da alternativa B * FRC = 3649 / 6,81 = 536 26 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 1) Quanto deveria custar o transformador de 30 kVA para inverter a situação no caso apresentado 2) Refazer este exemplo utilizando uma taxa de 10% aa e verificar se houve alteração na decisão 2.12 EXEMPLO RESOLVIDO Alternativa A: instalação no ano 0 de potência P1 → instalação no ano n de potência P2>P1 → Alternativa B: instalação no ano 0 de potência P2 → Encontrar n em função da relação entre X e Y i = 12% ao ano Custo X Custo Y Custo Y VP da alternativa A Y VPA = X + (1 + 0,12)n VP da alternativa B = VPB = Y VPA = VPB X+ Y (1 + 0,12)n =Y ⇒ Y Y = 1+ X X (1 + 0,12)n Chamando Y / X de Z, tem-se Z = 1+ Z (1 + 0,12)n ⇒ Z (1 + 0,12)n = (1 + 0,12)n + Z Z (1 + 0,12)n - (1 + 0,12)n = Z (1 + 0,12)n (Z - 1) = Z (1 + 0,12)n = Z (Z - 1) Z n log 1,12 = log Z - 1 27 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Z log Z − 1 n= 0,0492 Tabela 2-24 – Custos dos transformadores Potência do transformador (kVA) 30 45 Custo (US$) 1090 1550 1550 / 1090 = 1,42 Tabela 2-25 – Resultados de Z e n Z n 1,05 1,42 27 11 1,8 7 2,2 5 VPB = 1550 VPA (para n = 09 anos) = 1648 > 1550 VPA (para n = 10 anos) = 1589 > 1550 VPA (para n = 11 anos) = 1535 < 1550 VPA (para n = 12 anos) = 1487 < 1550 2.13 MÉTODO DE ANÁLISE CONSIDERANDO MÚLTIPLOS CRITÉRIOS Método apresentado AHP - Análise Hierárquica de Processos (Analytic Hierarchy Process) Desenvolvido por Thomaz Saaty 2.13.1 ESCOLHA ENTRE EXPANSÃO DA OFERTA E GERENCIAMENTO PELO LADO DA DEMANDA Objetivo: Atender a um mercado de energia previsto Alternativas: 1) Expansão da oferta de energia (Oferta) 2) Atuação na carga - Gerenciamento pelo Lado da Demanda (GLD) Critérios: − Avaliação econômica − Quantidade de empregos permanentes gerados − Impactos no meio ambiente − Risco de não atender ao mercado de energia previsto − Confiabilidade dos componentes e do conjunto − Promoção de desenvolvimento tecnológico Comparação dos critérios aos pares 28 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 2-26 – Comparação dos critérios Coluna A Absoluta Muito forte For- Fra- Igual Fra- Forte ca ca te Muito forte Absoluta Avaliação Econômica Coluna B Impactos no meio ambiente Escala de 1 a 9 (de Fraca para Absoluta) Tabela 2-27 – Matriz de ponderação entre os critérios Geração empregos 7 Avaliação econômica Geração de empregos Meio ambiente Risco Confiabilidade Nível de Inconsistência: 0,08 Meio ambiente 2 Risco Confiabil. 5 3 Desenvolv. Tecnológico 7 (3) (4) (3) 2 7 3 (3) 7 7 3 Tabela 2-28 – Resultado da ponderação entre os critérios Importância Relativa dos Critérios 0,381 0,054 0,300 0,089 0,139 0,036 Avaliação econômica Geração de empregos Meio ambiente Risco Confiabilidade Desenvolvimento tecnológico 29 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Avaliação econômica 0,381 0,054 Empregos Meio ambiente 0,300 Risco 0,089 Confiabilidade 0,139 Desenvolvimento tecnológico 0,036 0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 Importância relativa dos critérios Figura 2-11 - Importância relativa dos critérios Tabela 2-29 – Ponderação entre as alternativas para cada critério Avaliação econômica OFERTA GLD 1 Risco OFERTA GLD (5) Geração de empregos OFERTA GLD 3 Confiabilidade OFERTA GLD (5) Meio ambiente OFERTA GLD 7 Desenvolv. tecnológico OFERTA GLD 5 Tabela 2-30 – Resultado da Ponderação entre as alternativas para cada critério Avaliação econômica Geração de empregos Meio ambiente Risco Confiabilidade Desenvolvimento tecnológico Programas de GLD 0,5000 0,7500 0,8750 0,1667 0,1667 0,8333 Expansão na oferta 0,5000 0,2500 0,1250 0,8333 0,8333 0,1667 Tabela 2-31 – Resultado final para as alternativas Programas de GLD 56,2 % Expansão na oferta 43,8 % 30 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Programas de GLD 0,562 Expansão na oferta 0,438 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 Valoração relativa das alternativas 0,900 0,9 0,800 0,8 0,7 GLD 0,600 0,500 0,6 0,5 0,400 OFERTA 0,4 0,000 0 Global 0,1 Avaliação econômica 0,100 Empregos 0,2 Meio ambiente 0,200 Risco 0,3 Confiabilidade 0,300 Participação das alternativas 0,700 Desenvolvimento tecnológico Participação relativa dos critérios Figura 2-12 - Valoração relativa das alternativas Figura 2-13 - Desempenho das alternativas quanto aos critérios 31 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Análise de Sensibilidade Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta) 100% 90% 80% 70% GLD 60% 50% OFERTA 40% 30% 20% 10% 0% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 Priorização da Avaliação econômica Figura 2-14 - Alteração nos resultados em função do critério avaliação econômica Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta) 100% 90% 80% GLD 70% 60% 50% 40% 30% OFERTA 20% 10% 0% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 Priorização da Geração de empregos Figura 2-15 - Alteração nos resultados em função do critério geração de empregos 32 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta) 100% 90% GLD 80% 70% 60% 50% 40% 30% OFERTA 20% 10% 0% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 Priorização do Meio ambiente Figura 2-16 - Alteração nos resultados em função do critério meio ambiente Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta) 100% 90% 80% OFERTA 70% 60% 50% 40% 30% GLD 20% 10% 0% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 Priorização do Risco Figura 2-17 - Alteração nos resultados em função do critério risco 33 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta) 100% 90% 80% OFERTA 70% 60% 50% 40% GLD 30% 20% 10% 0% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 Priorização da Confiabilidade Figura 2-18 - Alteração nos resultados em função do critério confiabilidade Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta) 100% 90% GLD 80% 70% 60% 50% 40% 30% OFERTA 20% 10% 0% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 Priorização do Desenvolvimento tecnológico Figura 2-19 - Alteração nos resultados em função do critério desenvolvimento tecnológico 34 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 2.13.2 ESCOLHA DE TIPOS DE REDES Apresenta-se neste tópico um exemplo da aplicação da metodologia de análise considerando-se múltiplos critérios (AHP - Análise Hierárquica de Processos) para auxiliar na tomada de decisão. O exemplo desenvolvido compara a aplicação de três tipos de sistemas de distribuição: utilizando-se rede aérea com cabos nus, rede aérea protegida com cabos cobertos (compacta) e rede subterrânea. É importante destacar que esta ferramenta apenas auxilia a tomada de decisão levando em conta critérios qualitativos muitas vezes difíceis de mensurar. Não pretende substituir as considerações e ponderações dos técnicos especialistas nos assuntos específicos. Para o presente exemplo é evidente que a comparação entre os três tipos de sistema somente teria sentido para aplicação num local onde fossem viáveis técnica e economicamente. Este método permite que se considere outros aspectos além das avaliações econômicas comumente realizadas. Diferentemente de como deve ocorrer na aplicação do método, onde utiliza-se uma pesquisa com a opinião de diversos técnicos da empresa para ponderar os critérios, neste caso não foi utilizado este recurso. As ponderações foram atribuídas pelo autor do trabalho. A intenção neste caso é apenas apresentar a metodologia que poderá ser reaplicada com a opinião de um número maior de decisores. Alternativas: Rede aérea com cabos nus (AÉREA) Rede aérea protegida com cabos cobertos (COMPACTA) Rede subterrânea (SUBTERRÂNEA) Critérios utilizados: Custo da implementação Impactos no meio ambiente Custo de operação e manutenção Imagem da empresa Tempo para recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita Segurança de técnicos da empresa e de terceiros Na Tabela 2.32 apresenta-se a comparação relativa entre os critérios na visão do decisor. Na Tabela 2.33 apresenta-se a matriz resultante do grau de predominância relativa entre os critérios, elaborada a partir das informações da Tabela 2.32, utilizando-se uma escala de 1 a 9. 35 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 2-32 - Grau de importância relativa entre os critérios Coluna A Custo da Implementação Custo da Implementação Custo da Implementação Custo da Implementação Custo da Implementação Custo da Implementação Meio ambiente Absoluta Muito forte Forte Fraca Igual Fraca Forte Muito forte Absoluta x Coluna B Meio ambiente x Custo de O&M x Imagem da empresa x Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita Segurança (acidentes) Custo de O&M x x x Meio ambiente x Imagem da empresa Meio ambiente x Meio ambiente x Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita Segurança (acidentes) Imagem da empresa Meio ambiente x Custo de O&M x Custo de O&M x Custo de O&M x Custo de O&M x Imagem da empresa x Imagem da empresa x Imagem da empresa Tempo de recuperação de defeitos Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita x x 36 Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita Segurança (acidentes) Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita Segurança (acidentes) Confiabilidade / perda de receita x Segurança (acidentes) x Segurança (acidentes) Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 2-33 - Matriz resultante do grau de predominância relativa entre os critérios Custo da Implementaçã o Meio ambiente Meio ambiente Custo de O&M Imagem da empresa Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita Segurança (acidentes) 3 7 3 3 3 1 7 3 3 3 1 (7) (7) (7) (9) 1 1 (7) 1 (5) Custo de O&M Imagem da empresa Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita (5) Obteve-se como nível de inconsistência 6,08 %, sendo aceitável por ser menor do que 10%. Processados os dados obteve-se como resultado para a importância relativa dos critérios os percentuais apresentados na Tabela 2.34 e na Figura 2.20. Tabela 2-34 - Importância relativa dos critérios Importância relativa dos critérios 26% 19% 2% 8% 8% 8% 30% Custo da Implementação Meio ambiente Custo de O&M Imagem da empresa Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita Segurança (acidentes) 37 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 26% Custo da Implementação Meio ambiente 19% Custo de O&M 2% Imagem da empresa 8% Tempo de recuperação de defeitos 8% Confiabilidade / perda de receita 8% 30% Segurança (acidentes) 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% Figura 2-20 - Importância relativa dos critérios Destacam-se 3 critérios como os que obtiveram o maior peso: Segurança (30%), Custo da implementação (26%) e Meio Ambiente (19%). É interessante também destacar que os 3 critérios relacionados com o desempenho do sistema (Imagem da empresa, Tempo de recuperação de defeitos e Confiabilidade / perda de receita) obtiveram a soma de 24% (8% cada um deles) A próxima etapa da metodologia consiste na comparação das alternativas considerando cada um dos critérios isoladamente. A Tabela 2.35 contém essas informações. Na Tabela 2.36 apresenta-se o nível de preferência das alternativas considerando cada um dos critérios individualmente e o nível de inconsistência de cada matriz. Todos os níveis de inconsistência foram menores que 10%. 38 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 2-35 - Preferência das alternativas com relação aos critérios Coluna A Aérea Aérea Compacta Aérea Aérea Compacta Aérea Aérea Compacta Aérea Aérea Compacta Aérea Aérea Compacta Aérea Aérea Compacta Aérea Aérea Compacta Absolut Muito Forte Frac Igual Frac Forte Muito Absolut a Forte a a forte a Custo da Implementação X X X Meio ambiente X X X Custo de O&M X X X Imagem da empresa X X X Tempo de recuperação de defeitos X X X Confiabilidade / perda de receita X X X Segurança (acidentes) X X X Coluna B Compacta Subterrânea Subterrânea Compacta Subterrânea Subterrânea Compacta Subterrânea Subterrânea Compacta Subterrânea Subterrânea Compacta Subterrânea Subterrânea Compacta Subterrânea Subterrânea Compacta Subterrânea Subterrânea Tabela 2-36 - Nível de preferência das alternativas considerando cada um dos critérios individualmente Custo da Implementação Meio ambiente Custo de O&M Imagem da empresa Tempo de recuperação de defeitos Confiabilidade / perda de receita Segurança (acidentes) Aérea 64,9% Compacta 27,9% Subterrânea 7,2% Inconsistência 6,24% 5,5% 10,5% 5,3% 29,0% 25,8% 47,4% 65,5% 63,7% 47,4% 7,72% 3,70% 0,00% 75,1% 17,8% 7,0% 2,79% 11,4% 40,5% 48,1% 2,79% 7,8% 43,5% 48,7% 1,21% 39 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Processando-se os índices de importância relativa dos critérios com os níveis de preferência das alternativas obtém-se como resultado para a valoração global da cada alternativa os valores constantes da Tabela 2.37 e da Figura 2.21. Tabela 2-37 - Valoração final das alternativas Aérea 28% Compacta 34% Subterrânea 38% Aérea 28% Subterrânea 38% Compacta 34% Figura 2-21 - Valoração final das alternativas ANÁLISE DE SENSIBILIDADE A Figura 2.22 apresenta o desempenho das alternativas frente a cada um dos critérios. Verifica-se que a alternativa AÉREA supera as demais para os critérios custo de implementação e tempo de recuperação de defeitos. A alternativa SUBTERRÂNEA domina as demais para os outros critérios exceto para o critério Imagem da empresa onde ocorre um empate entre as alternativa SUBTERRÂNEA e COMPACTA. Esta figura demonstra a característica do método que pondera os pesos relativos dos critérios com a preferência das alternativas. As próximas 7 figuras (Figuras 2.23, 2.24, 2.25, 2.26, 2.27, 2.28 e 2.29) apresentam, para cada um dos critérios, a repercussão no resultado final do processo, para variações nas prioridades atribuídas aos critérios. Nos gráficos destas Figuras a reta vertical indica o valor do peso relativo para o correspondente critério. 40 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Quanto ao critério Custo de implementação (Figura 2.23) a opção SUBTERRÂNEA supera as outras duas para índices de importância relativa deste critério até 38%. A partir deste ponto a opção AÉREA supera as demais. Quanto ao critério Meio ambiente (Figura 2.24) a opção COMPACTA domina as demais para índices de até 10%. A partir deste ponto a opção SUBTERRÂNEA torna-se a escolhida. Para os critérios Custo de O&M (Figura 2.25), Imagem da empresa (Figura 2.26) e Confiabilidade (Figura 2.28) a alternativa SUBTERRÂNEA supera as outras duas para qualquer índice de importância relativa dos critérios. Quanto ao critério Tempo de recuperação de defeitos (Figura 2.27) a alternativa SUBTERRÂNEA domina as demais para índices de importância relativa de até 20%. Acima deste valor a opção AÉREA assume valores superiores às outras duas. 70% 70% 60% 60% 50% 50% 40% 40% 30% 30% 20% 20% ta em en am bi Te m po de re C us to Im da M Im pl ei o G lo b çã te en & M O de to ag em da de çã o ra pe cu C us de em fe re c de da er /p e ad bi lid pr es s ito ta ei te s en id (a c ça fia on C al 0% o 0% a 10% ) 10% PARTICIPAÇÃO DAS ALTERNATIVAS 80% Se gu ra n PARTICIPAÇÃO RELATIVA DOS CRITÉRIOS Finalmente para o critério Segurança (acidentes) (Figura 2.29) a opção AÉREA domina as outras para índices de importância relativa de até 6%. Acima deste valor a alternativa SUBTERRÂNEA é a escolhida. CRITÉRIOS Aérea Compacta Subterrânea Figura 2-22- Desempenho das alternativas quanto aos critérios 41 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 100% 90% 80% Participação das alternativas 70% 60% Aérea Compacta Subterrânea Custo da Implementação 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Priorização do Critério Custo da implementação Figura 2-23 - Alteração nos resultados em função do critério Custo de implementação 100% 90% 80% Participação das alternativas 70% 60% Aérea Compacta Subterrânea Meio ambiente 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Priorização do Critério Meio ambiente Figura 2-24 - Alteração nos resultados em função do critério Meio ambiente 42 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 100% 90% 80% Participação das alternativas 70% 60% Aérea Compacta Subterrânea Custo de O&M 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Priorização do Critério Custo de O&M Figura 2-25 - Alteração nos resultados em função do critério Custo de O&M 100% 90% 80% Participação das alternativas 70% 60% Aérea Compacta Subterrânea Imagem da empresa 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Priorização do Critério Imagem da empresa Figura 2-26 - Alteração nos resultados em função do critério Imagem da empresa 43 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 100% 90% 80% Participação das alternativas 70% 60% Aérea Compacta Subterrânea Tempo de recuperação de defeitos 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Priorização do Critério Tempo de recuperação de defeitos Figura 2-27 - Alteração nos resultados em função do critério Tempo de recuperação de defeitos 100% 90% 80% Participação das alternativas 70% 60% Aérea Compacta Subterrânea Confiabilidade / perda de receita 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Priorização do Critério Confiabilidade / perda de receita Figura 2-28 - Alteração nos resultados em função do critério Confiabilidade / perda de receita 44 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 100% 90% 80% Participação das alternativas 70% 60% Aérea Compacta Subterrânea Segurança (acidentes) 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Priorização do Critério Segurança (acidentes) Figura 2-29 - Alteração nos resultados em função do critério Segurança (acidentes) 2.14 EXERCÍCIOS PROPOSTOS − Nível de tensão ótimo para atendimento a cargas radias (p.91 CIPOLI) − Linhas isoladas para 34,5 kV operando em 13,8 kV (p.93 CIPOLI). Este exemplo serve para comparar alternativas que impliquem em adiamento de investimento. 45 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 3 3. PROJETOS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 3.1 ASPECTOS GERAIS − Tipos de sistemas a serem projetados (redes, subestações) − Projeto de rede nova, reforma de rede ou extensão de rede − Cálculo de alimentador radial − Cálculos elétricos − Cálculo das tensões − Carga uniformemente distribuída − Carga concentrada − Cálculos das correntes − Corrente econômica de condutores − Fluxos de carga − Cálculos das perdas elétricas (ativa e reativa) − Cálculos mecânicos − Esforços nas estruturas − Roteiro sugerido pelo CODI − Dados preliminares − Finalidade do projeto − Área do projeto − Planejamento básico existente − Arborização − Mapas − Dados de carga − Levantamento da carga − Previsões − Anteprojeto − Lançamento de dados − Dimensionamento elétrico − Proteção e flexibilidade − Projeto − Locação e inspeção de campo − Dimensionamento mecânico − Iluminação Pública − Roteiro (Norma CEB) − Dados preliminares − mapas e plantas − tipos de projetos − planos e projetos existentes − planejamento básico − Dados da carga 46 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − levantamento de cargas − cálculo de demandas − Anteprojeto − configuração básica e traçado das redes − dimensionamento elétrico − proteção, seccionamento e aterramento − Projeto final − locação dos postes − escolha de condutores − dimensionamento mecânico − escolha de estruturas − iluminação pública − apresentação do projeto 3.2 DIMENSIONAMENTOS Figura 3-1 - Tipos de estruturas 47 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 3-1 - Tipos de Estruturas NORMAL - N BECO - B MEIO BECO - MB Pino simples N1 B1 MB1 Pino Duplo N2 B2 MB2 Fim de linha N3 B3 MB3 Ancoragem N4 B4 MB4 Dimensionamento de Condutores (Norma CEB) − Bitolas padronizadas para redes urbanas (4, 2, 1/0, 4/0 AWG e 336,4 MCM) (velhas) − Capacidade térmica dos condutores, Queda de tensão e Perdas − Considerar a carga no final do período de análise (ano horizonte do estudo) Dimensionamento mecânico − Postes de 9 metros Redes secundárias − Postes de 11 metros Redes primárias e/ou secundárias − Postes de 12/13 metros Casos especiais Carga útil admissível a 20 cm do topo do poste − 9 metros 150, 300, (450) e 600 kgf − 11 metros (200), 300, (450), 600, 1000 e (1500 especial) kgf − 12/13 metros 300, 600, 1000 (1500 especial) kgf Tabela 3-2 - Carga de Ruptura e Trações de Projeto para AT e BT (Alumínio - CA) (kgf) Bitola 4 Ruptura 390,1 Tração 56 Fonte: CEB NTD - 1.02 2 598,7 89 1/0 881,1 142 4/0 1696,4 284 336,4 2722,4 452 Cálculo dos esforços nas estruturas (a 20 cm do topo) F1 β F2 Figura 3-2 – Diagrama de forças Para F1 ≠ F2 R = F 2 + F 2 + 2F1F2 cosβ 1 2 Para F1 = F2 R = 2 F sen β 2 Para β = 90o e F1 = F2 R = 2F 2 Para β = 90o e F1 ≠ F2 R = F2 + F2 1 2 48 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 3-3 – Esforços por tipo de estrutura Condutores BT 3#4(4) 3#4 3#2(4) 3#1/0(2) 3#4/0(1/0) 3#4(4) 3#2 3#2(4) 3#1/0(2) 3#4/0(1/0) 3#4(4) 3#1/0 3#2(4) 3#1/0(2) 3#4/0(1/0) 3#4(4) 3#4/0 3#2(4) 3#1/0(2) 3#4/0(1/0) 3#4(4) 3#336,4 3#2(4) 3#1/0(2) 3#4/0(1/0) o 10 o o 20 30 AT 111 126 159 230 131 146 176 250 164 179 209 280 247 262 292 366 347 362 392 463 169 196 255 387 206 234 289 425 266 294 352 487 426 453 509 644 609 640 695 828 225 265 348 542 279 323 402 596 396 409 489 686 598 638 721 915 870 911 990 1190 Ângulos 60o 90o kgf 386 518 461 627 613 835 979 1354 487 663 563 768 714 976 1083 1492 653 890 728 996 877 1209 1245 1723 1092 1503 1167 1609 1316 1816 1682 2329 1602 2220 1678 2326 1827 2534 2193 3047 Fim de linha 381 458 608 979 484 560 710 1080 648 724 877 1245 1086 1162 1312 1680 1599 1675 1825 2193 Estaiamento − Poste a Poste − Cruzeta a Poste − Contra-poste Engastamento (profundidade de instalação) C= L + 0,60 m 10 sendo: L = Comprimento do poste em metros C = Engastamento 3.3 CRITÉRIOS DE PROJETOS − Conceitos Básicos para Projeto de Rede Primária Aérea (CIPOLI, 1993) − Projetar considerando a carga para o quinto ano e nessa época a queda de tensão aceitável estará limitada entre 1,5% e 2,5%. − Queda de tensão máxima de 5,5% após o décimo ano − Limitar a duas ou três bitolas de condutores para troncos e ramais 49 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Ramais primários mais carregados deverão contar com recurso de mais de um alimentador − Conceitos Básicos para Projeto de Rede Secundária Aérea (CIPOLI 1993) − Dimensionamento feito considerando a queda de tensão e o limite térmico dos cabos − Não são feitas restrições quanto a perdas pois os limites de queda de tensão restringem as perdas a níveis aceitáveis − Vida de um circuito secundário de 15 anos e com 7,5 anos redistribuição da carga Considerar − Tecnologias disponíveis − Nível de arborização − Estado dos condutores − Vida dos transformadores − Caminhamento dos circuitos de BT − Gabarito das edificações − Acessos para operação e manutenção − Bitolas padronizadas − Indicadores de desempenho − Custos modulares − Custos Unitários de Instalações de Distribuição − Critérios de instalação de pára-raios Formulação de alternativas Análise técnico-econômica de alternativas Elaboração de orçamentos − Composição − Material − Mão de obra − Prazos − Custos − Coerência entre orçamentos 3.4 ENERGIA REATIVA Fonte: Publicação do CODI Manual de Orientação aos consumidores sobre a nova legislação para faturamento de energia reativa excedente Antes: Fator de potência 0,85 Depois: Aumento do limite mínimo de 0,85 para 0,92 Faturamento da energia reativa excedente Redução do período de avaliação do fator de potência de mensal para horário a partir de 50 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 1996 Potência ativa (kW) Potência reativa (kVAr) P ϕ Q S Figura 3-3 –Triângulo P – Q - S Cos fi = cos [arc tg (Q/P)] Cos fi = P / S Indica o % da potência total fornecida (kVA) utilizada como potência ativa (kW). Indica a "eficiência" no uso dos sistemas elétricos. Para alimentar uma carga de 1.000 kW com fp = 0,85 são necessários 1176 kVA fp = 0,92 são necessários 1087 kVA (1176 - 1087) / 1176 = 7,6% 3.4.1 BAIXO FATOR DE POTÊNCIA Causas Motores e transformadores em vazio superdimensionados ou com pequenas cargas ou ainda Lâmpadas de descarga Fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio sem reatores de alto fator de potência Excesso de energia reativa capacitiva Efeitos Aumento na corrente total Î aumento nas perdas Aumento na corrente total Î aumento na queda de tensão Má utilização da capacidade instalada Aumento na corrente total Î aumento nas perdas 1000 MWh / ano 1000 MWh / 8760 horas / ano → 114,1 kW médios fp = 0,78 fp = 0,92 51 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica 146,2 kVA 6,12 A 6,12 = Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 124,0 kVA 5,19 A 146,2 5,19 = 3 *13,8 Perdas 1 = cte * (6,12)2 124,0 3 * 13,8 Perdas 2 = cte * (5,19)2 2 I2 Perdas1 − Perdas 2 cte * (6,12) 2 − cte * (5,19) 2 (5,19) 2 = 1 - = 1= Perdas1 I1 (6,12) 2 cte * (6,12) 2 I Perdas1 − Perdas 2 = 1 - 2 Perdas1 I1 2 = 1- (5,19) 2 = 0,28 = 28% (6,12) 2 2 2 P2 (kW) P1(kW) Perdas 2 = cte * Perdas1 = cte * fp * 3 * V fp * 3 * V 2 1 2 2 P1(kW) P2 (kW) − cte * cte * fp * 3 * V fp * 3 * V Perdas1 − Perdas 2 1 2 = 2 Perdas1 P1(kW) cte * fp * 3 * V 1 2 2 2 1 1 1 − 2 fp2 fp1 fp2 Perdas1 − Perdas2 fp1 = 1 - = 1= 2 2 Perdas1 fp2 1 1 fp fp 1 1 fp Perdas 1 − Perdas 2 = 1 - 1 Perdas 1 fp 2 2 0,78 = 1- 0,92 2 = 0,28 = 28% Aumento na corrente total Î aumento na queda de tensão Considere os seguintes dados: Carga de 1 MVA, distância de 5 km Coeficientes de queda de tensão para o cabo 4/0 Fator de potência 1 = 0,1575 Fator de potência 0,8 = 0,2546 Para cos fi = 1 ==> queda de tensão = 1 MVA * 5 km * 0,1575 = 0,7875% Para cos fi = 0,8 ==> queda de tensão = 1 MVA * 5 km * 0,2546 = 1,2730% 52 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Má utilização da capacidade instalada Suponha a seguinte situação: Tabela 3-4 – Dados do exemplo de má utilização da capacidade instalada 1000 kVA instalado Fator de potência = 0,7 Potência ativa = 700 kW (Faturado) 1000 kVA instalado Fator de potência = 0,92 Potência ativa = 920 kW (Faturado) Com relação a transformador Suponha que seja preciso atender a uma carga de 40 kW. Qual deve ser o transformador se o fator de potência for 0,5 - 0,85 ou 0,92 ? Tabela 3-5 – Transformadores utilizados Fator de potência 0,5 0,85 0,92 kVA 80 47 43 Transformador 112,5 kVA 75 kVA 45 kVA Com relação a cabos Seção dos condutores é função da capacidade de corrente. Quando passo de fp1 para fp2 (fp2 < fp1) I2 aumenta em relação a I1 na proporção de 1 (fp1 / fp2)^2 Seção relativa partindo de uma situação com fp = 1 Tabela 3-6 – Seção relativa de condutores em função do fator de potência (partindo de fp = 1) Fator de potência 1 0,92 0,85 0,8 0,7 Seção relativa 1 1,18 1,38 1,56 2,04 Seção relativa partindo de uma situação com fp = 0,92 Tabela 3-7 - Seção relativa de condutores em função do fator de potência (partindo de fp = 0,92) Fator de potência 0,92 0,85 0,8 0,7 Seção relativa 1 1,17 1,32 1,73 53 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Portanto ao melhorar o fator de potência estou liberando potência no sistema já instalado. Suponha 1000 kVA instalado fp1 = 0,8 ==> P1 = 800 kW fp2 = 0,92 ==> P2 = 920 kW Ganho de 120 kW Suponha que o custo de cada kW instalado seja R$ 600. Até quanto pode-se investir para passar de fp = 0,85 para fp = 0,92. 1000 kVA ==> fp1 = 0,85 P1 = 850 kW 1000 kVA ==> fp2 = 0,92 P2 = 920 kW Diferença = 920 - 850 = 70 kW 70 * 600 = R$ 42.000 3.4.2 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA Eliminar as causas do baixo fator de potência Desligar motores em vazio Redimensionar equipamentos superdimensionados Redistribuir cargas pelos circuitos Fonte Energia Ativa Motor Energia Reativa Fonte Energia Ativa Motor Energia Reativa Figura 3-4 – Ilustração da energia reativa Compensação individual Compensação por grupos de cargas Compensação geral Compensação na entrada de AT Compensação combinada O que significa fator de potência = 0,92 ? 1 kWh fp = 0,92 0,426 kVArh Figura 3-5 – Ilustração do significado do fator de potência igual a 0,92 54 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Significa que para cada kWh de energia ativa consumida a concessionária permite a utilização de 0,426 kVArh sem acréscimo de custo. kVAr fp = cos arctg kW 3.4.3 FORMAS DE AVALIAÇÃO Ver detalhes Resolução ANEEL n° 456/2000. Fator de potência horário n FDRp = max t =1 0,92 DA t * − DFp * TDA p ft n 0,92 FERp = ∑ CA t * − 1 f t t = 1 FDRp DAt DFp TDAp FERp CAt TCAp ft Σmax tpn- * TCA p Faturamento da demanda de potência reativa excedente por posto tarifário Demanda de potência ativa medida de hora em hora Demanda de potência ativa faturada em cada posto tarifário Tarifa de demanda de potência ativa Faturamento do consumo de reativo excedente por posto tarifário Consumo de energia ativa medida em cada hora Tarifa de energia ativa Fator de potência calculado de hora em hora Soma dos excedentes de reativo calculados a cada hora Função que indica o maior valor da expressão parênteses, calculada de hora em hora Indica cada intervalo de uma hora Indica posto tarifário: ponta e fora de ponta, para as tarifas horo-sazonais, e único, para a tarifa convencional número de intervalos de uma hora, por posto horário no período de faturamento Fator de potência mensal 0,92 FDR = DM * − DF * TDA fm 0,92 − 1 * TCA FER = CA * fm FDR - Faturamento da demanda de reativo excedente 55 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica DM DF TDA FER CA TCA fm - Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Demanda ativa máxima registrada no mês (kW) Demanda ativa faturável no mês (kW) Tarifa de demanda ativa (R$/kW) Faturamento do consumo de reativo excedente Consumo ativo do mês (kWh) Tarifa de consumo ativo (R$/kWh) Fator de potência médio mensal 0 capacitivo 6 capacitivo 0,92 indutivo 1 0,92 24 indutivo 6 - 24 h 0-6h Figura 3-6 – Ilustração dos horários de fator de potência indutivo e capacitivo Nas expressões FERp e FDRp serão considerados: I - durante o período compreendido entre 0h e 6h, apenas os fatores de potência “ft” inferiores a 0,92 capacitivo II - durante o período compreendido entre 6h e 24h, apenas os fatores de potência “ft” inferiores a 0,92 indutivo Para as unidades consumidoras faturadas na estrutura tarifária convencional, enquanto não forem instalados equipamentos de medição que permitam a aplicação das expressões de FERp e FDRp (valores horários) o concessionário poderá realizar o faturamento de energia e demanda de potência reativas excedentes através das expressões de FER e FDR (valores mensais). Para fins de faturamento da energia e demanda de potência reativas excedentes FER(p), FDR(p), FER e FDR, serão considerados somente os valores, ou parcelas, positivas das mesmas. 56 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 3.4.4 EXEMPLO RESOLVIDO Tabela 3-8 – Dados do exemplo de cálculo do FDR e FER ft 0,90 0,91 0,89 0,88 0,90 DAt 5000 6000 5500 6000 5500 DAt * (0,92 / ft) 5111,1 6065,9 5685,4 6272,7 5622,2 CAt 1250 1500 1375 1500 1375 CAt * (0,92 / ft -1) 27,8 16,5 46,3 68,2 30,6 189,3 DFp = 6.000 kW TDAp = 15 R$ / kW TCAp = 0,100924 R$ / kWh FDRp = ( 6272.7-6000 ) * 15 = R$ 4.090,90 FERp = ( 189,3 ) * 0,100924 = R$ 19,11 Se o último valor de ft na tabela for 0,7 ao invés de 0,9, tem-se FDRp = R$ 18.428,60 FERp = R$ 59,64 3.5 SUPORTE REATIVO EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO Compensação na Subestação ou nas redes 3.5.1 UTILIZAÇÃO DE CAPACITORES − Cálculo da potência reativa do banco − Locação de capacitores (algoritmo de locação) − Utilização de capacitores para redução de perdas − Potência do banco que: − Minimiza a energia perdida − Minimiza a demanda máxima − Minimiza o custo UTILIZAÇÃO DE CAPACITORES Fontes: ELETROBRÁS, 1986 e CIPOLI, 1993 Melhoria do fator de potência Forma de determinar a quantidade de kVAr necessária para elevar o fator de potência de cos φ1 para cos φ2. Sabe-se que cos φ = kW kVA e tan φ = kVAr kW 57 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] kVAr = kW * tan φ kVAr = kW * tan [ acos ( cos φ ) ] kVAr1 = kW * tan [ acos ( cos φ1 ) ] kVAr2 = kW * tan [ acos ( cos φ2 ) ] Exemplo Quantidade de kVAr=kVAr1 - kVAR2 = kW * { tan [ acos ( cos φ1 ) - tan [ acos ( cos φ2 )]} Determinar a capacidade de capacitores necessária para elevar o fator de potência de 0,85 para 0,92 de uma carga de 1000 kW. QKVAr = 1000 * [ tan (acos 0,85) - tan (acos 0,92) ] QKVAr = 1000 * (0,620 - 0,426) QKVAr = 194 kVAr Melhoria na tensão em alimentadores Elevação percentual da queda de tensão em um alimentador ∆V(%) = kVAr * X * L 10 (kV) 2 onde: ∆V (%) - elevação percentual da tensão no ponto de instalação do banco de capacitores kVAr - Potência do banco de capacitores X - Reatância do alimentador (ohm / km) L - Comprimento do alimentador (km) kV - Tensão do alimentador Determinar a elevação percentual da tensão em função da instalação de um banco de capacitores de 300 kVAr em um alimentador de 13,8 kV com 5 km de cabo 4/0. ∆V(%) = 300 * 0,409 * 5 10 (13,8) 2 ∆V (%) = 0,322 % Melhoria na tensão através dos transformadores Elevação percentual da queda de tensão em transformadores instalados desde a fonte até o banco de capacitores 58 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica ∆V(%) = Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] kVArcap * Xtrafo kVA trafo onde: ∆V (%) - elevação percentual da tensão no transformador kVArcap - Potência do banco de capacitores kVAtrafo - Potência do transformador Xtrafo - Reatância do transformador (%) Determinar a elevação da tensão em um transformador de 1500 kVA em função da instalação de um banco de capacitores de 300 kVAr, sabendo-se que a reatância do trafo é 6%. ∆V(%) = 300 *6 1500 ∆V (%) = 1,2 % Redução nas perdas Melhora do fator de potência ∆P(%) = → Parte ativa da corrente não se altera Parte reativa da corrente diminui Corrente total diminui Perdas diminuem Pantes - Pdepois * 100 Pantes Pdepois ∆P(%) = 1 P antes * 100 Pantes = 3 * R * I2 1 Pdepois = 3 * R I2 2 I I1 = ativa cos φ1 I I2 = ativa cos φ 2 59 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 2 3 R Iativa cos φ 2 ∆P(%) = 1 * 100 2 Iativa 3 R cos φ 1 2 cos φ1 ∆P(%) = 1 - * 100 cos φ 2 Considere um alimentador cuja carga é de 2000 kW e a perda é de 2%. Calcule a redução nas perdas ao instalar capacitores e melhorar o fator de potência de 0,85 para 0,92. 2 0,85 ∆P(%) = 1 - * 100 0,92 ∆P (%) = 14,6 % Pantes = 2000 * 0,02 Pantes = 40 Pdepois = 40 – (40 * 0,146) Pdepois = 34,16 kW 3.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS − Utilizar coeficientes de queda de tensão unitária (p. 113 CIPOLI) − Para calcular correntes de curto circuito utilizar dados de cabos (p.114 CIPOLI) − Máximas quedas de tensão calculadas em projetos de redes secundárias entre o transformador e os pontos mais desfavoráveis (p.115 CIPOLI) − Escolha de circuitos econômicos (p.116-118 CIPOLI) 3.7 CARREGAMENTOS ECONÔMICOS DE CONDUTORES Fonte: CODI 3.2.19.26.0 Definição: Faixa de carga em que uma bitola apresente menor custo global do que qualquer outra Bitolas padronizadas: 4, 2, 1/0, 4/0 AWG e 336,4 MCM Cálculos efetuados para rede secundária Valor presente do custo global do condutor (VPcond) VPcond = Ccond - VPVres+ VPperdas 60 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] onde: Ccond = Custo da implantação da rede VPVres = Valor presente do valor residual no fim do período de estudo VPperdas = Valor presente das perdas VPcond = Ccond - VPVres+ Cp * ( R * I2 ) * FVA Custo de implantação da rede Tabela 3-9 – Custos de implantação das redes Bitola 4 2 1/0 4/0 336,4 Custo(R$/km) 267,58 425,49 676,79 1356,55 2156,69 Valor Presente do Valor Residual Vida útil da rede: 25 anos ==> Valor residual no fim da vida útil: 0 (zero) Horizonte do estudo: 20 anos Valor residual no fim do período de análise: (1 + i)20 − 1 ==> VPVres = Vres * (1+ i)- 20 Vres = I - (I - Vr ) * (1 + i)25 − 1 Utilizando-se i = 12% tem-se: Tabela 3-10 – Valor residual e valor presente do valor residual Bitola 4 2 1/0 4/0 336,4 Vres 122,98 195,56 311,06 623,48 991,23 VPVres 12,75 20,27 32,25 64,63 102,76 Valor Presente das Perdas VPperdas = Cperdas * FVA onde: Cperdas = Custo das perdas em um ano FVA = Fator de valor atual 61 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica FVA = (1 + i)n − 1 i(1 + i)n Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] FVA (12%,20 anos) = 7,4694 Perdas: variam com o quadrado da corrente P = R * I2 * 10-3 (kW/km) R resistência [Ω/km] I Corrente [A] Tabela 3-11 – Resistência dos condutores Bitola 4 2 1/0 4/0 336,4 Resistência (Ω/km) 1,521 0,956 0,601 0,300 0,190 VPperdas = Cp * ( R * I2 ) * FVA Cálculo do custo unitário das perdas para 1 kW de demanda e a energia associada Cp = Pp * Cpp + Pf * Cpf + Epu * Cpu + Eps * Cps + Efu * Cfu + Efs * Cfs Cp Cpp Cpf Cpu Cps Cfu 119,52 39,84 60,46 65,33 27,45 Cfs 31,06 Custo das perdas elétricas R$ / kW Custo da demanda no horário de ponta (valor anual) R$ / kW Custo da demanda no horário fora de ponta (valor anual) R$ / MWh Custo da energia no horário de ponta período úmido R$ / MWh Custo da energia no horário de ponta período seco R$ / MWh Custo da energia no horário fora de ponta período úmido R$ / MWh Custo da energia no horário fora de ponta período seco Pp Pf Epu Perda máxima no horário de ponta Perda máxima fora do horário de ponta Energia de perdas no horário de ponta período úmido Eps Efu Energia de perdas no horário de ponta período seco Energia de perdas no horário fora de ponta período úmido Efs Energia de perdas no horário fora de ponta período seco Período úmido (cinco meses dezembro a abril, com 151 dias, 3624 horas) Período seco (meses restantes, com 214 dias, 5136 horas) Ponta das 18 às 21 horas, cinco dias úteis por semana Como as perdas variam com o quadrado da carga verifica-se a seguinte relação: Pf / Pp = (Df / Dp)2 62 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Dp Df → → Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Demanda máxima do circuito no horário de ponta Demanda máxima do circuito fora do horário de ponta Tabela 3-12 – Df / Dp e Pf / Pp em função do fator de carga FC 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 Df / Dp 0,50 0,53 0,56 0,59 0,62 0,65 0,68 0,71 0,74 Pf / Pp 0,25 0,28 0,31 0,35 0,38 0,42 0,46 0,50 0,55 Obs.: Os valores de Df / Dp são típicos em função do fator de carga E → Energia de perdas E = Epu+Eps+Efu+Efs = 8760 * Pp * Fp Fp = k * FC + (1-k) * FC2 Adotou-se k = 0,15 Tabela 3-13 – Fator de perdas em função do fator de carga FC Fp 0,30 0,122 0,35 0,157 0,40 0,196 0,45 0,240 0,50 0,288 0,55 0,340 0,60 0,396 0,65 0,457 0,70 0,522 E = 0,122 * 8760 = 1,06434 MWh/kW.ano Considerados 4 feriados em dias úteis no período úmido e 4 no período seco Epu = 3 (h por dia) * (151 dias - 4 feriados ) * (5 dias úteis /7) * Pp * Fpp = 315 * Pp * Fpp Eps = 3 * 210 * (5/7) * Pp * Fpp = 450 * Pp * Fpp O período do horário de ponta é de três horas, com a perda máxima ocorrendo na segunda hora e valores mais reduzidos para as demais horas, sendo uma função do fator de carga. Baseado em estudos de empresas convenentes do CODI adotou-se os seguintes valores (em p.u.) : 1H 2H 3H Figura 3-7 - Detalhamento do horário de ponta Tabela 3-14 – Fator de perdas na ponta FC D1H D2H D3H P1H 0,30 0,61 1,00 0,67 0,372 0,35 0,64 1,00 0,7 0,410 0,40 0,67 1,00 0,73 0,449 0,45 0,7 1,00 0,76 0,490 0,50 0,73 1,00 0,79 0,533 63 0,55 0,76 1,00 0,82 0,578 0,60 0,79 1,00 0,85 0,624 0,65 0,81 1,00 0,88 0,656 0,70 0,84 1,00 0,91 0,706 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] P2H 1,000 1,000 1,000 1,000 P3H 0,449 0,490 0,533 0,578 Fpp 0,607 0,633 0,661 0,689 P1H = (D1H)^2 onde Fpp ==> Fator de perdas na ponta Fpp = (P1H + P2H + P3H) / (3 * P2H) 1,000 0,624 0,719 1,000 0,672 0,750 1,000 0,723 0,782 1,000 0,774 0,810 1,000 0,828 0,845 Epu = 315 * Pp * Fpp ==> Epu = 0,191205 MWh/kW.ano Eps = 450 * Pp * Fpp ==> Eps = 0,27315 MWh/kW.ano Ef = Efu + Efs = E - Epu - Eps ==> Ef = 0,599985 Número de horas de cada período: (5/7) * 365 = 261 dias por ano 261 dias por ano * 3 horas por dia = 783 horas de ponta 8760 horas por ano – 783 horas de ponta = 7977 horas fora de ponta Considerados o número de horas de cada período tem-se: período fora da ponta 7977 horas sendo (151/365) * 7977 = 3300 horas na época úmida (214/365) * 7977 = 4677 horas na época seca Efu = (3300 / 7977) * Ef ==> Efu = 0,248207409 Efs = (4677 / 7977) * Ef ==> Efs = 0,351777591 MWh/kW.ano MWh/kW.ano Tabela 3-15 – Parcelas do cálculo do custo das perdas Cp Pp Cpp Pf Cpf Epu Cpu Eps Cps Efu Cfu Efs Cfs 176,62 1 119,5 0,25 39,84 0,19 60,4 0,27 65,3 0,24 27,45 0,35 31,06 VPcond = Ccond - VPVres+ VPperdas VPcond = Ccond - VPVres+ Cp * ( R * I2 ) * FVA VPcond 4 AWG = 267,58 - 12,75 + 176,62 * 1,521 * I2 / 1000 * 7,4694 VPcond 2 AWG = 425,49 - 20,27 + 176,62 * 0,956 * I2 / 1000 * 7,4694 VPcond 1/0 AWG = 676,79 - 32,25 + 176,62 * 0,601 * I2 / 1000 * 7,4694 VPcond 4/0 AWG = 1356,55 - 64,63 + 176,62 * 0,300 * I2 / 1000 * 7,4694 VPcond 336,4 MCM = 2156,69 - 102,76 + 176,62 * 0,190 * I2 / 1000 * 7,4694 64 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Custo total dos condutores x Corrente FC = 0,30 4.000 3.500 Custo Total (R$) 3.000 4 2.500 2 2.000 1/0 1.500 4/0 336,4 1.000 500 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Corrente (A) Figura 3-8 – Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,3 Custo total dos condutores x Corrente FC = 0,40 4.500 4.000 Custo Total (R$) 3.500 3.000 4 2.500 2 1/0 2.000 4/0 1.500 336,4 1.000 500 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Corrente (A) Figura 3-9 - Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,4 65 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Custo total dos condutores x Corrente FC = 0,50 5.000 4.500 Custo Total (R$) 4.000 3.500 4 3.000 2 2.500 1/0 2.000 4/0 1.500 336,4 1.000 500 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Corrente (A) Figura 3-10 - Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,5 Custo total dos condutores x Corrente FC = 0,60 6.000 Custo Total (R$) 5.000 4.000 4 2 3.000 1/0 4/0 2.000 336,4 1.000 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Corrente (A) Figura 3-11 - Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,6 66 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Custo total dos condutores x Corrente FC = 0,70 6.000 Custo Total (R$) 5.000 4.000 4 2 3.000 1/0 4/0 2.000 336,4 1.000 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Corrente (A) Figura 3-12 - Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,7 Tabela 3-16 – Capacidade de corrente dos condutores Bitola AWG/MCM 4 2 1/0 4/0 336,4 Capacidade de corrente (A) 114 152 203 314 419 Limites em função da bitola e do fator de carga (A) Tabela 3-17 - Limites de carregamento em função da bitola e do fator de carga (A) Bitola AWG/MCM 4 2 1/0 4/0 336,4 FC = 0,3 até 14 14 a 23 23 a 40 40 a 72 > 72 FC = 0,4 até 13 13 a 21 21 a 38 38 a 68 > 68 67 FC = 0,5 até 12 12 a 20 20 a 36 36 a 64 > 64 FC = 0,6 até 11 11 a 18 18 a 33 33 a 60 > 60 FC = 0,7 até 10 10 a 17 17 a 31 31 a 56 > 56 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 3-18 – Limites de carregamento em percentuais da capacidade de corrente Bitola AWG/MCM FC = 0,3 FC = 0,4 FC = 0,5 FC = 0,6 FC = 0,7 4 2 até 12,3% 9,2% a 15,1% 11,3% a 19,7% 12,7% a 22,9% > 17,2% até 11,4% 8,6% a 13,8% 10,3% a 18,7% 12,1% a 21,7% > 16,2% até 10,5% 7,9% a 13,2% 9,9% a 17,7% 11,5% a 20,4% > 15,3% até 9,6% 7,2% a 11,8% 8,9% a 16,3% 10,5% a 19,1% > 14,3% até 8,8% 6,6% a 11,2% 8,4% a 15,3% 9,9% a 17,8% > 13,4% 1/0 4/0 336,4 68 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 3.8 POLÍTICA ÓTIMA DE UTILIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO METODOLOGIA LEVANTAMENTO DE DADOS DETERMINAÇÃO DA ÉPOCA DE SUBSTITUIÇÃO DOS TRAFOS CÁLCULO DA AMORTIZAÇÃO DOS TRANSFORMADORES CÁLCULO DOS CUSTOS DE SUBSTITUIÇÃO DOS TRAFOS CÁLCULO DOS CUSTOS DE PERDAS (FERRO E COBRE) MINIMIZAÇÃO GLOBAL DOS CUSTOS Figura 3-13 – Metodologia para determinação da política ótima de utilização de transformadores LEVANTAMENTO DE DADOS Dados dos Transformadores − Séries disponíveis: (15), 30, 45 75, 112,5 150 kVA − Carregamento máximo admissível: 100% da capacidade nominal − Vida dos transformadores: 30 anos − Valor residual dos transformadores: 0 (zero) 69 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Custos − Aquisição Tabela 3-19 – Custos de aquisição dos transformadores Trafo (kVA) 30 45 75 112,5 150 Custo Unitário (US$) 1090 1550 1800 2090 2250 − Instalação de transformador: − Substituição de transformador: US$ 200 US$ 250 Dados da carga − Carga inicial: 20 kVA − Taxa de crescimento da carga: 6% ao ano − Fator de carga: 0,4 2 − Fator de perdas: 0,3 fc + 0,7 fc = 0,232 Custos econômicos − Custo da energia: − Custo da demanda: − Taxa de juros: US$ 61 / MWh US$ 4,17 / kW 10% aa Horizonte do estudo: 35 anos Determinação dos anos em que deve ocorrer a substituição dos trafos Carregamento ao longo dos anos Cn = Co (1+Tc)n onde Cn → carga no ano n Tc → taxa de crescimento Co → carga inicial n → ano Cn ÷ Co = (1+Tc)n log (Cn ÷ Co) = log (1+Tc)n log (Cn ÷ Co) = n log (1+Tc) n = [ log (Cn ÷ Co) ÷ log (1 + Tc) ] Co = 20 kVA Tc = 6% 70 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 3-20 – Anos em que ocorre a troca dos transformadores Trafo (kVA) n (anos) 30 7 45 14 75 23 112,5 30 150 35 25 30 180 Potência (kVA) 150 120 90 60 30 0 0 5 10 15 20 35 40 Anos Figura 3-14 – Crescimento da carga ao longo dos anos Amortização dos transformadores Cálculo dos valores das amortizações dos transformadores 0 1 2 3 n A A A A C Figura 3-15 – Série uniforme (A) de um valor presente (C) [1] A = { j / [ 1 - ( 1 + j )-n ] } * C onde: C = Caquisição - Cresidual * (1+j)-n 71 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Porém, deseja-se saber o valor de amortização somente no período em que o transformador ficar instalado. 0 T1 T1+1 T1+2 T2 A A A A 30 Figura 3-16 – Série uniforme referente ao período em que o transformador ficou instalado [2] CT1 = A * [ ( 1 - (1+j)-T1 ) / j ] [3] CT2 = A * [ ( 1 - (1+j)-T2 ) / j ] [4] 1 − (1 + j)− T2 − 1 + (1 + j)− T1 C T2 − C T1 = P = A * j Porém o valor de A já havia sido encontrado em [ 1 ], então, substituindo [ 1 ] em [ 4 ] tem-se: (1 + j) − T1 − (1 + j) − T2 P= C j 1 - (1+ j) -n j [5] (1 + j) − T1 − (1 + j) − T2 P= C 1 - (1+ j) -n onde PCjT1 T2 n- valor da amortização do trafo, em T0, referente ao período T1 a T2 custo do transformador taxa de juros = 10% início do período final do período vida do transformador = 30 anos Tabela 3-21 – Amortização dos transformadores Fator de amortização 0,5164*C 0,2650*C 72 0,1609*C 0,0577*C 0,0230*C Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Custo US$ 1090 1550 1800 2090 2250 anos Trafos 30 45 75 112,5 150 T1 = 0 T2 = 7 562,92 800,48 929,59 1079,36 1161,99 Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] T1 = 7 T2 = 14 T1 = 14 T2 = 23 410,77 477,03 553,88 596,28 T1 = 23 T2 = 30 289,57 336,22 361,96 120,54 129,77 T1 = 30 T2 = 35 51,85 Custo de substituição Custo de substituição = CSubst * (1+j)-T onde: CSubst = US$ 250 j = 10% Tabela 3-22 – Custo de substituição T1 = 7 128 CUSTO T2 = 14 66 T3 = 23 28 T4 = 30 14 T5 = 35 9 Cálculo das perdas Perdas no ferro Cpfe = [ 12*Cdem + Cen*8760 ] Pfe onde Cpfe = Custo das perdas no ferro Cdem = Custo da demanda (US$ / kW) Cen = Custo da energia (US$ / kWh) Pfe = Perdas no ferro (kW) fornecido pelo fabricante Porém, é preciso determinar o custo das perdas no período T1 - T2 Sfe = (1 + j) - Ti − (1 + j) - Tf * (12 * C dem + 8760 * C en ) * Pfe j Obs.: Demonstração da fórmula no trabalho “ESTABELECIMENTO DE POLÍTICA ÓTIMA DE UTILIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO ATRAVÉS DE PROGRAMAÇÃO DINÂMICA” disponibilizado para os alunos Cdem = 4,17 US$/kW Cen = 0,061 US$ /kWh Tabela 3-23 – Perdas no ferro Trafos (kVA) Perdas (kW) T1 = 0 T2 = 7 T1 = 7 T2 = 14 73 T1 = 14 T2 = 23 T1 = 23 T2 = 30 T1 = 30 T2 = 35 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica 30 45 75 112,5 150 0,20 0,26 0,39 0,52 0,64 Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 569,02 739,73 1109,59 1479,45 1820,87 379,60 569,40 759,19 934,39 345,64 460,86 567,21 165,22 203,35 81,25 Perdas no cobre Scu = P X Tf +1 − X Ti +1 * (12 * C dem + 8760 * C en * fperdas ) * D 2 * cu 0 2 X -1 Sn Obs.: Demonstração da fórmula no trabalho “ESTABELECIMENTO DE POLÍTICA ÓTIMA DE UTILIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO ATRAVÉS DE PROGRAMAÇÃO DINÂMICA” disponibilizado para os alunos onde: X = [ (1+Tc)2 ÷ (1+j) ] Tc = Taxa de crescimento D0 = Carga inicial Pcu = Perdas no cobre a plena carga (kW) Sn = Potência nominal do transformador (kVA) Tabela 3-24 – Perdas no cobre Trafos (kVA) 30 45 75 112,5 150 Perdas (kW) 0,57 0,78 1,14 1,55 1,91 T1 = 0 T2 = 7 336,23 204,49 107,59 65,02 45,07 T1 = 7 T2 = 14 T1 = 14 T2 = 23 237,25 124,83 75,43 52,29 T1 = 23 T2 = 30 190,32 115,01 79,72 T1 = 30 T2 = 35 105,94 73,43 59,55 Perdas Totais (ferro + cobre) Tabela 3-25 - Perdas totais Trafos (kVA) 30 45 75 112,5 150 RESULTADOS Anos 0 30 $1.668 T1 = 0 T2 = 7 905,25 944,22 1217,18 1544,47 1865,93 T1 = 7 T2 = 14 T1 = 14 T2 = 23 616,85 694,23 834,63 986,68 7 7 45 $1.796 T1 = 23 T2 = 30 535,96 575,86 646,92 $2.824 74 271,16 276,78 14 14 75 $2.890 T1 = 30 T2 = 35 140,80 23 $3.715 112,5 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica 45 $1.945 Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 112,5 $2.890 $3.802 $2.890 $2.968 $3.899 $3.793 75 $1.796 $2.968 150 75 112,5 150 45 $1.796 $1.796 $1.945 $3.185 $3.379 $2.972 112,5 150 75 $3.185 $3.379 $2.972 $4.097 $4.388 $3.798 112,5 $3.038 $3.950 $3.038 $3.518 $4.047 $4.344 $4.212 $4.811 $5.124 $5.820 75 $2.347 75 $2.347 $3.518 150 75 112,5 150 $2.824 $3.228 112,5 150 $2.824 $3.228 $4.212 $4.811 112,5 150 23 23 30 30 112,5 150 112,5 150 150 112,5 150 112,5 150 112,5 150 112,5 150 150 112,5 150 112,5 150 $3.743 $3.743 $3.802 $3.830 $3.899 $3.821 $3.821 $4.097 $4.388 $3.826 $3.826 $3.950 $3.978 $4.047 $4.371 $4.371 $5.124 $5.820 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 $4.149 $4.150 $4.208 $4.236 $4.305 $4.227 $4.228 $4.503 $4.795 $4.232 $4.232 $4.356 $4.385 $4.454 $4.778 $4.778 $5.530 $6.226 $4.135 $4.150 $4.194 $4.236 $4.305 $4.213 $4.228 $4.489 $4.795 $4.217 $4.232 $4.342 $4.385 $4.454 $4.763 $4.778 $5.516 $6.226 75 150 112,5 150 150 112,5 150 112,5 150 112,5 150 112,5 150 150 112,5 150 112,5 150 35 $4.342 $4.343 $4.401 $4.429 $4.498 $4.420 $4.420 $4.696 $4.988 $4.424 $4.425 $4.549 $4.577 $4.646 $4.970 $4.971 $5.723 $6.419 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] $ 1668 Instalação 200 Amortização 562,92 $ 1796 Anterior 1668 Substituição 128 $ 2824 Anterior 1796 Amortização 410,77 $ 2890 Anterior 2824 Substituição 66 $ 3715 Anterior 2890 Amortização 289,57 $ 3743 Anterior 3715 Substituição 28 $ 4135 Anterior 3743 Amortização 120,54 $ 4149 Anterior 4135 Substituição 14 $ 4342 Anterior 4149 Amortização 51,85 Perdas 905,25 Perdas 616,85 Perdas 535,96 Perdas 271,16 Perdas 140,80 Tabela 3-26 - Simulações de substituição de transformador Política Ótima Custo (US$) Simulação S / sobrecarga Cen, Cdem dobro Csubst dobro Cen, Cdem Csubst dobro C / sobrecarga 50% Cen, Cdem dobro Csubst dobro Cen, Cdem Csubst dobro 30 x x x x x x 45 x x x x x x x x 75 x x x x x x x x 76 112 x x x 150 x x x x x x x x 4342 6812 4453 6968 3609 5597 3723 5714 Horizonte atendido (anos) 35 35 35 35 42 42 42 42 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 4 4. ESTUDOS DE ENGENHARIA DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 4.1 QUALIDADE DO FORNECIMENTO Qualidade do fornecimento − Continuidade do fornecimento − Indicadores DEC e FEC n Cálculo do DEC e do FEC ∑ Cai * ti DEC = i=1 n ∑ Cai FEC = Cs onde DEC - Duração equivalente por consumidor Cai - número de consumidores atingidos pela interrupção i ti - tempo da interrupção i CS - número total de consumidores do sistema i - número de interrupções variando de 1 a n FEC - Freqüência equivalente por consumidor i=1 Cs − Nível de tensão − Limites inferiores e superiores (Resolução ANEEL) − Perfil de tensão − Oscilações rápidas de tensão (CIPOLI, 1993, p.16) − Limite de percepção visual − Limite de irritação − Oscilações provocadas por fornos a arco − Partida de motores − Máquinas de solda (exemplo de cálculo) − Aparelho de raio X − Desequilíbrio de tensão (CIPOLI, 1993, p.20) − Conseqüências: − Aquecimento exagerado de motores de indução − Geração de harmônicos nos conversores estáticos − Sobreaquecimento de geradores − Distorções harmônicas de tensão (CIPOLI, 1993, p.21) − Conseqüências: − Diminuição da vida útil de alguns componentes − Aumento da perdas − Ruídos nas comunicações − Nível de interferência em sistemas de comunicação 77 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − "Fugas" em isoladores − Contato defeituoso − Corona − Modelagem da carga e sua influência na queda de tensão − Potência constante − Corrente constante − Impedância constante 4.2 ESTUDOS DE MELHORIAS NO SISTEMA Estudos de melhorias no Sistema − Aplicação de novas tecnologias − Aplicação de equipamentos (religadores, capacitores, reguladores de tensão, chaves para operação sob carga, etc) − Especificações para compra − Aplicações e usos − Metodologias de cálculos − Tecnologia dos equipamentos − Utilização de softwares disponíveis − Priorização de projetos de melhorias − Escalonamento no tempo − Custos envolvidos e confiabilidade 4.3 ESTUDOS DE CONTROLE DE TENSÃO - CÁLCULOS DE QUEDA DE TENSÃO Estudos de controle de tensão (ELB Tensão, p.19) − Conceitos básicos − Tensão nominal − Tensão de fornecimento − Regulação de tensão − Queda de tensão − Métodos diretos de obtenção das grandezas elétricas − Métodos indiretos de obtenção das grandezas elétricas − Oscilação de tensão − Níveis de tensão − Na rede secundária − Queda de tensão em transformadores de distribuição − Na rede primária − Definição da tensão de fornecimento e da faixa de regulação − Resolução ANEEL − Limites precários − Limites adequados 4.3.1 MÉTODO EXATO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO Em um alimentador pode-se ter três tipos de comportamento da carga, isto é, parte dela 78 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] pode ter como característica potência constante, outra parte corrente constante e, ainda, uma terceira parte pode ser caracterizada como de impedância constante. 4.3.1.1 POTÊNCIA CONSTANTE Exemplo: Motor de indução a) Teoria Considere o circuito da figura a seguir, que representa um trecho qualquer de uma rede de distribuição. Figura 4-1 - Trecho qualquer de uma rede de distribuição Na figura anterior: e indica a tensão no nó anterior; zL indica a impedância da linha; sC indica a carga consumida no nó; vC indica a tensão no nó; i indica a corrente. Do circuito da figura obtém-se: e = vC + i ⋅ zL Também sabe-se que: s* i = C * vC Substituindo uma equação na outra e vC obtém-se: s* vC = e − C ⋅ zL * vC Da equação anterior chega-se a: s* v (1) = e − C ⋅ zL C v *( 0 ) C 79 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] s* v (2) − v (1) < ε v (2) = e − C ⋅ zL , C C C v *(1) C s* v ( 3 ) − v ( 2) < ε v (3) = e − C ⋅ zL , C C C v *( 2 ) C . . . s* v (n +1) = e − C ⋅ zL , v (n +1) − v (n ) < ε C C C * ( ) n v C O método consiste em assumir-se um valor inicial para a tensão vC , geralmente v (0 ) = 1 C 0o pu , e, a partir daí, iniciar-se algumas iterações até alcançar-se um valor de vC que satisfaça a condição dada pela inequação v (n + 1) − v (n ) < ε , para um dado ε , C C que indica a precisão desejada. O algoritmo desta iteração pode ser visto na figura a seguir. 80 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Figura 4-2 - Algoritmo para o cálculo da queda de tensão utilizando-se o Método Exato para carga de Potência Constante b) Exemplo Considere o trecho indicado na figura a seguir em que a carga é de potência constante. Figura 4-3 - Trecho de um alimentador Transformando sC e zL para pu, tem-se: 81 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 10 + j 4 * = 1 − j 0,4 pu = 1,077 −21,80o pu = 1 + j 0,4 → sC 10 10 → zL = 0,117 63,43o pu zL ( pu ) = 5(km ) ⋅ (0,2 + j 0,4) ⋅ 2 13,8 sC ( pu ) = Assumindo o valor inicial v (0) = 1 0o pu e estabelecendo um ε < 0,001, chega-se aos C seguintes valores: s* v (n +1) = e − C ⋅ zL , v (n +1) − v (n ) < ε C C C * ( n ) v C 1,077 −21,8o ⋅ 0,117 63,43o = 0,9097 −5,28o pu v (1) = 1 0o − C o 1 0 v ( 2) = 1 C 0o − 1,077 0,9097 −21,8o 5,28o ⋅ 0,117 63,43o = 0,8922 −5,28o pu, ⋅ 0,117 63,43o = 0,8902 −5,39o pu, ⋅ 0,117 63,43o = 0,8898 −5,39o pu, v (2) − v (1) = 0,0175 C C v (3 ) = 1 C 0o − 1,077 0,8922 −21,8o 5,28o v (3) − v (2) = 0,0020 C C v ( 4) = 1 C 0o − 1,077 0,8902 −21,8o 5,39o v ( 4) − v (3) = 0,0004 C C Finalmente, chega-se a v ( 4) − v (3) = 0,0004 < 0,001 = ε . C C A tensão no ponto desejado é igual a v ( 4) , ou seja, 0,8898 C representa uma queda de tensão de 11,02%. 82 −5,39o pu , o que Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 4.3.1.2 CORRENTE CONSTANTE Exemplo: Lâmpadas fluorescentes a) Teoria Considere, ainda, o circuito da Figura 4.1, que representa um trecho qualquer de um alimentador. Com uma breve análise do circuito obtém-se a equação, indicada a seguir. e = vC + zL ⋅ i ; (n +1) (n ) v = e − zL ⋅ i , C vC = e − zL ⋅ i (n +1) (n ) v −v <ε C C A representação por vetores da corrente e da tensão está indicada na figura a seguir. Figura 4-4 - Representação vetorial da tensão e da corrente Assumindo o valor inicial v (0) = 1 0o pu e procedendo-se às iterações, tem-se: C ⇒ v (1) = e − zL ⋅ i (0), ⇒ v (1) C C i (0 ) = i ϕ i (1) = i (ϕ + θ1) i ( 2) = θ1 ⇒ v (2) = e − zL ⋅ i (1), ⇒ v (2) C C i (ϕ + θ 2 ) ⇒ v (3) = e − zL ⋅ i (2), ⇒ v (3) C C i (ϕ + θ n ) n n ⇒ v ( +1) = e − zL ⋅ i ( ), C v (1) − v (0) < ε C C v (2) − v (1) < ε C C θ2 θ3 v ( 3 ) − v ( 2) < ε C C . . . i (n ) = n ⇒ v ( +1) C θ n +1 v (n +1) − v (n ) < ε C C Assume-se, então, um valor inicial para a tensão vC para que se possa calcular o módulo do valor da corrente, que é constante. A partir daí, iniciam-se algumas iterações até atingir-se um valor de vC que satisfaça a condição dada pela inequação 83 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] (n +1) (n ) −v < ε , para um dado ε . O algoritmo desta iteração pode ser visto na Figura C C seguinte. v Figura 4-5 - Algoritmo para o cálculo da queda de tensão utilizando-se o Método Exato para carga de Corrente Constante b) Exemplo Suponha o mesmo trecho da rede indicado na Figura 4.3. Tem-se as seguintes informações: * = 1,077 −21,8o pu e z = 0,117 63,43o pu sC L Adotando inicialmente v (0) = 1 C s* i (0 ) = C = v *(0) C 1,077 1 −21,8o 0o 0o pu e estabelecendo um ε < 0,001 , chega-se a: → i (0) = 1,077 −21,8o pu A representação vetorial pode ser vista a seguir: 84 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Figura 4-6 - Representação vetorial da tensão e da corrente iniciam-se então as iterações. i (n ) = (ϕ + θ n ) i ⇒ v (n + 1) = e − zL ⋅ i (n ), ⇒ v (n + 1) C C θn +1 v (n + 1) − v (n ) < ε C C s* i (0 ) = C = v *(0) C v (1) = 1 C 1,077 1 0o − 0,117 −21,8o 0o → i (0) = 1,077 63,43o ⋅ 1,077 −21,8o pu −21,8o = 0,9097 −5,28o v (1) − v (0) = 0,0903 C C i (1) = 1,077 v ( 2) = 1 C [ −21,8o + ( −5,28o )] → i (1) = 1,077 0o − 0,117 63,43o ⋅ 1,077 −27,08o pu −27,08o = 0,9016 −4,75o v (2) − v (1) = 0,0081 C C i (2) = 1,077 v (3 ) = 1 C [ −21,8o + ( −4,75o )] → i (2) = 1,077 0o − 0,117 63,43o ⋅ 1,077 −26,55o pu −26,55o = 0,9024 −4,81o v (3) − v (2) = 0,0008 C C Finalmente, chega-se a v (3) − v (2) = 0,0008 < 0,001 = ε . C C A tensão no ponto desejado é igual a v (3 ) , ou seja, 0,9024 C −4,81o pu , o que representa uma queda de tensão de 9,76%. 4.3.1.3 IMPEDÂNCIA CONSTANTE Exemplo: Lâmpadas de vapor de mercúrio, Ar condicionado. 85 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] a) Teoria Considere, novamente, o circuito da Figura 4.1, que representa um trecho de um alimentador. Analisando o circuito chega-se ao seguinte conjunto de equações: v i = C 2 zC * vC sC vC * ⇒ z = * ⇒ zC = * sC C vC sC i = * vC vC = i ⋅ zC zC ⇒ vC = e ⋅ e = i ⋅ ( zC + zL ) zC + zL (n ) v vC n ( + 1 ) C vC = e − zL ⋅ i ⇒ vC = e − zL ⋅ ⇒ v = e − zL ⋅ C zC zC Assume-se, então, um valor inicial para a tensão vC , para que se possa iniciar a iteração e quando for atingido um valor de vC que satisfaça a condição dada pela inequação (n +1) (n ) −v < ε , para um dado ε , finaliza-se a iteração. O algoritmo desta iteração C C pode ser visto na figura seguinte. v Figura 4-7 - Algoritmo para o cálculo da queda de tensão utilizando-se o Método Exato para carga de Impedância Constante 86 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] b) Exemplo Suponha o mesmo trecho da rede indicado na Figura 4.3. Tem-se as seguintes informações: * = 1,077 −21,8o pu sC e zL = 0,117 63,43o pu Adota-se inicialmente v (0) = 1 0o pu e estabelece-se um ε < 0,001. C Calcula-se o valor da impedância da carga, que é constante. vC zC = * sC 2 = 12 1,077 −21,8o → zC = 0,9285 21,8o = constante A tensão na carga, então, é dada por: zC =1 vC = e ⋅ zC + zL 21,8o 0,9285 0o ⋅ 0,9285 21,8o + 0,117 63,43o A tensão no ponto desejado é igual a vC = 0,9113 → vC = 0,9113 −4,37o pu −4,37o pu , o que representa uma queda de tensão de 8,87%. Pode-se fazer o cálculo da queda de tensão pelo método iterativo. Tem-se, então, o seguinte: (n ) v (n +1) C = e − zL ⋅ v C zC v (1) = 1 C 0o − 0,117 v ( 2) = 1 C 0o − 0,117 zL = 0,117 zC = 0,9285 63,43o ⋅ 63,43o ⋅ 1 0o 0,9285 21,8o 0,9097 −5,28o 0,9285 21,8o 63,43o pu 21,8o pu = 0,9097 = 0,9102 −5,28o −4,27o v (2) − v (1) = 0,0005 C C 87 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Na primeira iteração já se obteve ε < 0,001, que é a precisão desejada. A tensão no ponto desejado é igual a v (2) = 0,9102 −4,27o pu , o que representa uma C queda de tensão de 8,98%. 4.3.2 MÉTODOS APROXIMADOS DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO (Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Geraldo Burani - USP) Suponha o trecho de um alimentador indicado na figura seguinte. Figura 4-8 - Trecho de um alimentador Figura 4-9 - Representação de um trecho de alimentador Considerando que v = v 0o , e =e δ e e = v + (r + j ⋅ x ) ⋅ i , pode-se construir o digrama vetorial indicado na figura a seguir. Da figura obtém-se dois valores para a queda de tensão: um valor exato, ∆v EXATO ,e um valor aproximado, ∆v . APROXIMADO Os Métodos Aproximados baseiam-se na aproximação demonstrada na figura, pois partem do princípio de que a parte imaginária é muito menor que a parte real da queda de tensão ( ∆v ), podendo ser desprezada. 88 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Figura 4-10 - Diagrama vetorial que representa a queda de tensão do circuito A seguir, apresenta-se teoria e exemplo dos métodos aproximados. 4.3.2.1 MÉTODO 1 a) Teoria Considerando a Figura 4.9, tem-se: e = v + (r + j ⋅ x ) ⋅ i i = s* v * = p − j ⋅q pois v = v * = v , já que v = v 0o = 1 0o pu A relação vetorial entre a corrente e as potências ativa e reativa, pode ser vista na figura seguinte. 89 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Figura 4-11 - Relação vetorial entre a corrente e a potência ativa e reativa Logo, tem-se: e = v + (r + jx ) ⋅ (i ⋅ cos ϕ − j ⋅ i ⋅ sen ϕ ) Desenvolvendo a equação anterior, chega-se a: e = v + r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ + j ⋅ ( x ⋅ i ⋅ cos ϕ − r ⋅ i ⋅ sen ϕ ) 14444 4244444 3 14444244443 A B ∆v exato = e − v = r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ + j ⋅ ( x ⋅ i ⋅ cos ϕ − r ⋅ i ⋅ sen ϕ ) Uma análise da equação anterior sugere que A>>B, ou seja, a parte real é muito maior do que a parte imaginária, já que o módulo da tensão na carga está somado na parte real de e . Desta forma, pode-se considerar: e ≅e 0o = v + r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ e = v + i ⋅ (r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ ) 1444424444 3 ∆V ∆v = e − v = r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ 1 424 3 1 424 3 p q Ou, em termos de potência: ∆v = r ⋅ p + x ⋅ q onde p = potência ativa da carga em pu; q = potência reativa da carga em pu; r = resistência do cabo entre os dois pontos em pu; x = reatância do cabo entre os dois pontos em pu. 90 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] b) Exemplo: Figura 4-12 - Trecho de um alimentador Dados: Cabo 4 AWG Distância =1km Carga = 2 + j 0,2 (MVA) Impedância da linha (z) =1,521 + j 0,470 (Ω / km) e = 13,8kV v =? v base = 13,8kV rpu = 0,798 pu v2 sbase = 100MVA zbase = base = 1,9044Ω sbase x pu = 0,246 pu s pu = p + j ⋅ q = 0,02 + j ⋅ 0,002 pu i = p − j ⋅ q = 0,02 − j ⋅ 0,002 pu = i ⋅ cos ϕ − j ⋅ i ⋅ sen ϕ ∆v exato = (r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ ) + j ⋅ ( x ⋅ i ⋅ cos ϕ − r ⋅ i ⋅ sen ϕ ) ∆v exato = (0,798 ⋅ 0,02 + 0,246 ⋅ 0,002) + j ⋅ (0,246 ⋅ 0,02 − 0,798 ⋅ 0,002)pu ∆v exato = 0,016452 + j ⋅ 0,003324 = 0,016784 11,42o pu e = 1 + j ⋅ 0 pu v = e − ∆v exato = 0,983548 − j ⋅ 0,003324 pu = 0,983554 −0,194o pu A resposta, usando o ∆v exato , é: e =1 0o pu e v = 0,983554 −0,194o pu . Isto significa uma queda de tensão de 1,64%. Utilizando, agora, o ∆v Aprox , tem-se: ∆v Aprox = r ⋅ p + x ⋅ q = 0,798 ⋅ 0,02 + 0,246 ⋅ 0,002 = 0,016452 pu 91 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] e = 1 + j ⋅ 0 pu v = e − ∆v Aprox = 1 − 0,016452 = 0,983548 pu A resposta, usando o ∆v Aprox , é: e =1 0o pu v = 0,983548 e 0o pu , representando uma queda de tensão de 1,64%, o que demonstra a validade da aproximação. 4.3.2.2 MÉTODO 2 - COEFICIENTES UNITÁRIOS a) Teoria Este é o método mais usado no cálculo de queda de tensão para sistemas de distribuição. A queda de tensão é calculada da seguinte forma: (R + j ⋅ X ) ⋅ (I ⋅ cos ϕ + j ⋅ I ⋅ senϕ ) ⋅ 100 = Z ⋅I ∆V ⋅ 100 = ⋅ 100 = Vf Vf Vf R ⋅ I ⋅ cos ϕ + X ⋅ I ⋅ sen ϕ R ⋅ I ⋅ sen ϕ + X ⋅ I ⋅ cos ϕ = + j⋅ ⋅ 100 Vf Vf 14444244443 ≈0 R ⋅ I ⋅ cos ϕ + X ⋅ I ⋅ sen ϕ ∆VAPROX (%) = ⋅ 100 Vf onde ∆VAPROX (%) = ∆V (%) é a queda de tensão aproximada em porcentagem; Vf é a tensão de fase [V]; R resistência da linha [Ω]; X reatância da linha [Ω]; I é a corrente [A]; cos ϕ é o fator de potência da carga. ∆VEXATO (%) = r ⋅ L(km ) ⋅ I ⋅ cos ϕ + x ⋅ L(km ) ⋅ I ⋅ sen ϕ ⋅ 100 Vf r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ ∆V (%) = ⋅ 100 ⋅ I ⋅ L Vf r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ S ∆V (%) = ⋅ 100 ⋅ ⋅L Vf 3 ⋅ VL ∆V (%) = ∆V (%) = r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ VL 3 ⋅ 100 ⋅ S 3 ⋅ VL ⋅L r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ ∆V (%) = ⋅ 100 ⋅ S ⋅ L V2 L 92 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ ⋅ 100 é o coeficiente (MVA ⋅ km )−1; V2 L S é a potência (MVA); L é a distância (km); Vl é a tensão de linha (kV); r é resistência do cabo (Ω / km); x é reatância do cabo (Ω / km). onde Escrevendo a equação anterior de forma simplificada, chega-se à seguinte equação. ∆V (%) = coeficiente (MVA ⋅ km )−1 ⋅ S(MVA) ⋅ L(km ) Pode-se perceber que o valor do coeficiente depende de r, a resistência intrínseca do cabo, obtido através da consulta a catálogos de fabricantes, e depende, também, de x, a reatância do cabo, cujo cálculo é mais complexo. O cálculo da reatância indutiva depende da distância equivalente entre as fases (Deq) e da distância média geométrica (G). Distância Equivalente entre Fases A distância equivalente entre as fases é a grandeza que relaciona a distância entre os condutores de alta tensão. Com o auxílio da figura seguinte, pode-se acompanhar como se calcula o valor de Deq . Figura 4-13 - Distância entre as fases Deq = 3 d12 × d 23 × d31 A tabela a seguir, exibe a distância equivalente entre as fases (Deq) de acordo com o tipo de estrutura. Tabela 4-1 - Distância equivalente entre fases Estrutura Arranjo Tipo Normal BT N1 e N2 N3 e N4 3φ 1φ Cruzeta de 2 metros Distância entre fases (mm) d 12 d 23 d 31 600 1.200 1.800 850 850 1.700 93 Dist. Equiv. (Deq) 1.090 1.071 252 200 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Distância Média Geométrica A distância média geométrica (G) é calculada para cada condutor AWG/MCM de acordo com a sua formação, isto é, número de fios. O cálculo é feito retirando-se a raiz n-ésima da distância entre os centros do fios que compõem o condutor, onde “n” é o número de medidas. Uma visualização pode ser feita, para um condutor formado por sete fios, na figura a seguir. Figura 4-14 - Exemplo de distância entre os centros dos fios que compõem um condutor n G = n ∑ di 1 A tabela seguinte fornece dos dados dos condutores AWG/MCM, inclusive a sua formação em número de fios. Tabela 4-2 - Dados dos condutores Bitola AWG/MCM Formação (nº de fios) 4 2 1/0 4/0 336,4 7 7 7 7 19 Seção Nominal (mm2 ) 21,14 33,65 63,48 107,25 170,57 Diâmetro Total (mm) 5,88 7,42 9,36 13,25 16,9 Capacidade de Corrente (A) 114 152 203 314 419 Cálculo da Reatância Indutiva (X) Conhecendo-se, então, a distância equivalente entre as fases (Deq) e a distância média geométrica (G), pode-se calcular a reatância indutiva para cada condutor conforme equação a seguir. Deq X = 0,1736 ⋅ log10 G [Ω km] Os coeficientes de queda de tensão na AT, assim como a resistência elétrica e a reatância indutiva relacionados a cada bitola pode ser verificado na tabela a seguir. 94 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 4-3 - Coeficientes de queda de tensão na AT Bitola AWG/MCM Resistência Elétrica (R) ( Ω / km ) 50 o C 4 2 1/0 4/0 336,4 1,521 0,956 0,601 0,300 0,190 Distância Média Geométrica “ G ” (mm ) Reatância Indutiva (X) Coeficientes de queda de −1 para tensão (MVA ⋅ km ) Deq =1090 2,13 2,69 3,39 4,81 6,40 0,470 0,453 0,435 0,409 0,380 fp=1,0 0,7987 0,5020 0,3156 0,1575 0,0998 fp=0,8 0,7870 0,5443 0,3895 0,2549 0,1995 Coeficientes de queda de tensão na BT (valores em % / kVA x 100m) Tabela 4-4 - Coeficientes de queda de tensão (BT) fp = 1,0 fp = 0,8 3 fases Deq = 252 mm 4 2 1/0 4/0 2 x 4 (4) 2 x 2 (4) 2 x 1/0 (2) 1 x 4 (4) 1 x 2 (4) 1 x 1/0 (2) Fonte: NTD 1-02 CEB 0,1053 0,0997 0,0662 0,0672 0,0416 0,0468 0,0208 0,0290 2 fases - Deq = 252 mm 0,2370 0,2233 0,1783 0,1752 0,1121 0,1206 1 fase - Deq = 200 mm 0,6320 0,5909 0,5146 0,4948 0,3235 0,3376 b) Exemplo Para ilustrar o Método 2, considere o mesmo exemplo utilizado para ilustrar o Método 1. Dados Cabo 4 AWG Distância =1km Carga = 2 + j ⋅ 0,2 = 22 + 0,22 ≈ 2 MVA V1 = 13,8kV V2 = ? Solução Utilizando a equação ∆V (%) = Coeficiente ⋅ S(MVA) ⋅ L(km ) Consultando a Tabela 4.5, tem-se o valor do coeficiente ∆V (%) = 0,7987 ⋅ 2(MVA) ⋅ 1(km ) ∆V (%) = 1,60% 95 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 4.3.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS (Fonte: FREITAS P.P.A., 2000) Neste momento, será feita uma comparação entre o Método Exato e o Método Aproximado 2 ou Método dos Coeficiente Unitários. Inicialmente, considerar-se-á que todas as cargas são caracterizadas como de potência constante, depois que todas são de corrente constante, e, ainda, que todas são de impedância constante. Para finalizar a comparação, far-se-á uma mistura das características, ou seja, algumas cargas serão caracterizadas como de potência constante, outras como de corrente constante e outras como de impedância constante no mesmo alimentador. O alimentador indicado na figura e tabela a seguir será utilizado no exemplo. Figura 4-15 - Exemplo de um alimentador Tabela 4-5 - Dados para o alimentador Início Trecho Nó Ant. SE 1 1 3 4 3 6 7 7 6 4 Fim Trecho Nó 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Distância (km) Bitola Carga (kVA) 1,5 0,8 0,6 0,7 1,8 0,4 1 1,5 0,3 0,6 0,5 336,4 2 336,4 4/0 1/0 4/0 2 2 4 1/0 4 15,00 55,00 125,00 110,00 120,00 95,00 190,00 80,00 80,00 35,00 50,00 fp cos(fi) 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 4.3.3.1 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM POTÊNCIA CONSTANTE Supondo que todas as cargas do alimentador da Figura 4.15 são caracterizadas como de potência constante e estabelecendo ε < 0,001 como sendo a precisão mínima desejada para as iterações do Método Exato com Potência Constante, obtém-se o resultado visto na tabela a seguir. Tabela 4-6 - Comparação entre o Método dos Coeficientes Unitários e o Método Exato Cargas 96 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Caracterizadas como de Potência Constante Nó SE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Potência Constante Método Exato (kV) Método 2 (kV) 13,8000000000 13,8000000000 13,7604841002 13,7605543478 13,7571667279 13,7572586936 13,7458318370 13,7459744032 13,7389159684 13,7391073059 13,7272429624 13,7275477560 13,7390571686 13,7392474507 13,7125796510 13,7130726116 13,6994370788 13,7041154779 13,7107638718 13,7104824221 13,7379231702 13,7381235941 13,7361840983 13,7364040694 Diferença (%) 0,0000000000% 0,0005105026% 0,0006684934% 0,0010371591% 0,0013926678% 0,0022203555% 0,0013849719% 0,0035949516% 0,0341503018% 0,0020527644% 0,0014589100% 0,0016013988% 4.3.3.2 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM CORRENTE CONSTANTE Supondo que todas as cargas do alimentador da Figura 4.15 são caracterizadas como de corrente constante e estabelecendo ε < 0,001 como sendo a precisão mínima desejada para as iterações do Método Exato com Corrente Constante, obtém-se o resultado visto na tabela a seguir. Tabela 4-7 - Comparação entre o Método dos Coeficientes Unitários e o Método Exato Cargas Caracterizadas como de Corrente Constante Nó SE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Corrente Constante Método Exato (kV) Método 2 (kV) 13,8000000000 13,8000000000 13,7605401737 13,7605543478 13,7572350558 13,7572586936 13,7464122595 13,7459744032 13,7395180114 13,7391073059 13,7279072282 13,7275477560 13,7396587134 13,7392474507 13,7133671066 13,7130726116 13,7003332757 13,7041154779 13,7115643187 13,7104824221 13,7385298872 13,7381235941 13,7367994380 13,7364040694 Diferença (%) 0,0000000000% 0,0001030053% 0,0001718210% 0,0031852408% 0,0029892277% 0,0026185504% 0,0029932525% 0,0021475032% 0,0276066443% 0,0078903951% 0,0029573256% 0,0028781709% 4.3.3.3 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM IMPEDÂNCIA CONSTANTE Supondo, agora, que todas as cargas do alimentador da Figura 4.15 são caracterizadas 97 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] como de impedância constante e estabelecendo ε < 0,001 como sendo a precisão mínima desejada para as iterações do Método Exato com Impedância Constante, obtém-se o resultado visto na tabela a seguir. Tabela 4-8 - Comparação entre o Método dos Coeficientes Unitários e o Método Exato Cargas Caracterizadas como de Impedância Constante Nó SE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Impedância Constante Método Exato (kV) Método 2 (kV) 13,8000000000 13,8000000000 13,7606528839 13,7605543478 13,7573579821 13,7572586936 13,7460863573 13,7459744032 13,7392224844 13,7391073059 13,7276726061 13,7275477560 13,7393624978 13,7392474507 13,7132365186 13,7130726116 13,7002969444 13,7041154779 13,7114453006 13,7104824221 13,7382387238 13,7381235941 13,7365197254 13,7364040694 Diferença (kV) 0,0000000000% 0,0007160709% 0,0007217116% 0,0008144438% 0,0008383187% 0,0009094774% 0,0008373536% 0,0011952465% 0,0278719034% 0,0070224435% 0,0008380232% 0,0008419596% 4.3.3.4 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM DIFERENTES CARACTERÍSTICAS DE CARGA Finalmente, supondo diferentes características de carga distribuídas no alimentador da Figura 4.15, indicadas na tabela a seguir, e estabelecendo ε < 0,001 como sendo a precisão mínima desejada para as iterações do Método Exato, obtém-se o resultado visto na tabela a seguir. Tabela 4-9 - Dados para o alimentador da Figura 4.15, considerando diferentes características da carga no mesmo alimentador Início Trecho Nó Ant. SE 1 1 3 4 3 6 7 7 6 4 Fim Trecho Nó 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Distância (km) Bitola Carga (kVA) 1,5 0,8 0,6 0,7 1,8 0,4 1 1,5 0,3 0,6 0,5 336,4 2 336,4 4/0 1/0 4/0 2 2 4 1/0 4 15,00 55,00 125,00 110,00 120,00 95,00 190,00 80,00 80,00 35,00 50,00 98 Característic a da Carga P cte I cte Z cte P cte I cte I cte Z cte I cte P cte Z cte P cte fp cos(fi) 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 4-10 - Comparação entre o Método dos Coeficientes Unitários e o Método Exato. Diferentes características de carga ao longo do alimentador, conforme Tabela 4.11. Diferentes Características ao Longo do Alimentador Método Exato Método 2 Diferença Nó kV kV (%) SE 13,8000000000 13,8000000000 0,0000000000% 1 13,7605665087 13,7605543478 0,0000883751% 2 13,7572350558 13,7572586936 0,0001718210% 3 13,7461259689 13,7459744032 0,0011026071% 4 13,7391739868 13,7391073059 0,0004853344% 5 13,7279072282 13,7275477560 0,0026185504% 6 13,7394196049 13,7392474507 0,0012529943% 7 13,7131162261 13,7130726116 0,0003180496% 8 13,7003332757 13,7041154779 0,0276066443% 9 13,7107638718 13,7104824221 0,0020527644% 10 13,7382387238 13,7381235941 0,0008380232% 11 13,7361840983 13,7364040694 0,0016013988% 4.3.4 EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO (Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Geraldo Burani - USP) 7 0,3 + j 0,1 8 0,1 0,4 - j 0 0,2 11 6 0 2 1,5 + j 0,5 3 0,1 0,5 1 0,5 2 0,7 + j 0,2 4 0,6 9 5 1 0,6 0,5 + j 0,1 3 1 0,2 - j 0 0,8 + j 0,2 0,2 12 10 0,8 - j 0,4 0,3 + j 0,1 Figura 4-16 - Diagrama unifilar do exemplo Dados VSE: 14,076kV Cargas em MVA Valores de Base Vb = 13,8 kV Sb = 10 MVA Zb = 99 (13,8)2 10 = 19,04 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] MÉTODO 1 Tabela 4-11 - Dados da rede Nó 0 1 2 5 3 4 9 6 11 10 12 8 7 Nó anterior 0 1 1 2 2 5 5 9 9 9 6 6 Bitola Dist. (km) 336,4 4/0 336,4 4 4 336,4 4/0 1/0 336,4 1/0 4 4 r (pu/km) Î 0,010 = 2 1 3 0,6 0,5 1 0,5 0,1 0,6 0,2 0,2 0,1 r Ω/km 0,190 0,300 0,190 1,521 1,521 0,190 0,300 0,601 0,190 0,601 1,521 1,521 x Ω/km p q r x MW MVAr pu/km pu/km 0,380 0,409 0,380 0,470 0,470 0,380 0,409 0,435 0,380 0,435 0,470 0,470 1,5 0,0 0,7 0,5 0,8 0,0 0,0 0,2 0,8 0,3 0,4 0,3 0,5 0,0 0,2 0,1 0,2 0,0 0,0 0,0 -0,4 0,1 0,0 0,1 0,010 0,016 0,010 0,080 0,080 0,010 0,016 0,032 0,010 0,032 0,080 0,080 0,020 0,021 0,020 0,025 0,025 0,020 0,021 0,023 0,020 0,023 0,025 0,025 p pu q pu 0,15 0,05 0 0 0,07 0,02 0,05 0,01 0,08 0,02 0 0 0 0 0,02 0 0,08 -0,04 0,03 0,01 0,04 0 0,03 0,01 0,19 19,04 ∆V = r p + x q Tabela 4-12 - Resultados do exemplo Nó r x p acum. q acum. ∆v 0 1 0,020 0,040 0,55 0,08 1,42% 2 0,016 0,021 0,13 0,03 0,27% 5 0,030 0,060 0,27 0 0,81% 3 0,048 0,015 0,05 0,01 0,25% 4 0,040 0,012 0,08 0,02 0,34% 9 0,010 0,020 0,13 -0,03 0,07% 6 0,008 0,011 0,07 0,01 0,07% 11 0,003 0,002 0,02 0 0,01% 10 0,006 0,012 0,08 -0,04 0,00% 12 0,006 0,005 0,03 0,01 0,02% 8 0,016 0,005 0,04 0 0,06% 7 0,008 0,002 0,03 0,01 0,03% Nota: TAP 1 ==> 13,8 / 380 e TAP 2 ==> 13,2 / 380 100 v (pu) v (kV) TAP 1 TAP 2 1,02 14,076 387,6 405,2 1,0058 13,880 382,2 399,6 1,0031 13,843 381,2 398,5 0,9978 13,769 379,1 396,4 1,0006 13,808 380,2 397,5 0,9997 13,796 379,9 397,2 0,9971 13,759 378,9 396,1 0,9971 13,760 378,9 396,1 0,9970 13,758 378,9 396,1 0,9971 13,759 378,9 396,1 0,9968 13,756 378,8 396,0 0,9965 13,751 378,7 395,9 0,9968 13,756 378,8 396,0 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] MÉTODO 2 ∆V(%) = Coeficiente * S (MVA) * L (km) Tabela 4-13 - Resultados (método 2) Ponto Bitola Distância (km) ∆v Coeficiente Carga acum. v (kV) TAP 1 TAP 2 0 14,0760 387,6 1 336,4 2 0,0998 5,771 1,151% 13,9139 383,1 2 4/0 1 0,1575 1,335 0,210% 13,8846 382,3 5 336,4 3 0,0998 2,855 0,854% 13,7950 379,9 3 4 0,6 0,7987 0,510 0,244% 13,8507 381,4 4 4 0,5 0,7987 0,825 0,329% 13,8389 381,1 9 336,4 1 0,0998 1,411 0,141% 13,7756 379,3 6 4/0 0,5 0,1575 0,716 0,056% 13,7872 379,6 11 1/0 0,1 0,3156 0,200 0,006% 13,7747 379,3 10 336,4 0,6 0,0998 0,894 0,054% 13,7682 379,1 12 1/0 0,2 0,3156 0,316 0,020% 13,7728 379,3 8 4 0,2 0,7987 0,400 0,064% 13,7784 379,4 7 4 0,1 0,7987 0,316 0,025% 13,7837 379,6 NOTA: Ao somar as potências aparentes assume-se que o fator de potência é igual 405,2 400,6 399,7 397,1 398,7 398,4 396,6 396,9 396,5 396,4 396,5 396,7 396,8 Diferença entre os resultados obtidos pelos 2 métodos Tabela 4-14 - Diferença entre os resultados obtidos pelos 2 métodos Ponto 1 2 5 3 4 9 6 11 10 12 8 7 TAP 1 0,920534 1,138106 0,717557 1,170647 1,186848 0,448325 0,753583 0,448367 0,245226 0,461927 0,753807 0,758125 101 TAP 2 0,962376 1,189838 0,750174 1,223858 1,240796 0,468703 0,787837 0,468748 0,256373 0,482923 0,788071 0,792585 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 4.3.5 EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO NA BT 30 2 20 6 40 4 60 60 50 1 60 0 5 40 10 15 60 20 50 3 8 7 10 Figura 4-17 - Diagrama unifilar da rede do exemplo ∆V(%) = Coeficiente * S (kVA) * L (m) / 100 Tabela 4-15 - Resultado do exemplo de BT Ponto Ponto ant. Bitola 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 1 1 0 5 5 5 Dist. (m) 1/0 2 2 2 1/0 4 4 4 Carga (kVA) 50 40 40 60 60 60 50 60 Carga acum. 0 20 15 10 0 30 10 20 Coeficiente 45 20 15 10 60 30 10 20 0,0416 0,0662 0,0662 0,0662 0,0416 0,1053 0,1053 0,1053 ∆V (%) 0,9360 0,5296 0,3972 0,3972 1,4976 1,8954 0,5265 1,2636 V 380 376,4 374,4 374,9 374,9 374,3 367,2 372,3 369,6 4.3.6 INFLUÊNCIA DO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NA QUEDA DE TENSÃO − Carga concentrada no final do trecho − Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho − Distribuição triangular de carga ao longo do trecho − Carga concentrada no final do trecho SE A Carga L (km) Figura 4-18 - Carga concentrada no final do trecho ∆V(%) = Coeficiente * L * MVA 102 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho Área de influência do alimentador SE A a dx x L (km) Figura 4-19 - Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho dV(%) = Coeficient e * MVA x * dx MVA x = D * (L - x) * a onde MVAx é a carga depois de x D - Densidade de carga na área de influência do alimentador (MVA/km2) dV = Coeficiente * D * (L - x) * a * dx L L ∆VA = ∫ dV = ∫ Coeficiente * D * (L - x) * a * dx 0 0 L ∆VA = Coeficiente * D * a ∫ (L - x) dx 0 L x 2 L ∆VA = Coeficiente * D * a * L * x − 0 2 0 L2 ∆VA = [Coeficiente * D * a] * L2 − 0 − − 0 2 L2 ∆VA = Coeficiente * D * a * L2 − 2 103 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica ∆VA = Coeficiente * D * a * Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] L2 2 ∆VA = Coeficiente * D * a * L * L 2 MVA = D * a * L ∆VA = 1 * Coeficiente * MVA * L 2 É como se a carga estivesse concentrada no meio do trecho (L / 2) 104 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Distribuição triangular de carga ao longo do trecho Área de influência do alimentador dx X tg θ θ SE a A x L (km) Figura 4-20 - Distribuição triangular de carga ao longo do trecho dV(%) = Coeficient e * MVA x * dx L * a x * xtgθ MVA x = D * 2 * −2* 2 2 MVA x = D * (L * a - x 2 tg θ ) dV(%) = Coeficiente * D * (L * a - x 2 tg θ ) * dx L L ∆VA = ∫ dV = ∫ Coeficiente * D * (L * a - x 2 tgθ ) dx 0 0 L ∆VA = Coeficiente * D ∫ (L * a − x 2 * tgθ )dx 0 L L 2 ∆VA = Coeficient e * D ∫ (L * a)dx − ∫ ( x * tgθ )dx 0 0 L x 3 L ∆VA = Coeficiente * D L * a * x − tgθ * 0 3 0 105 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] L3 ∆VA = Coeficiente * D L * a * L − tgθ * 3 tgθ = mas a L L3 a ∆VA = Coeficiente * D a * L2 − * 3 L L2 ∆VA = Coeficiente * D a * L2 − a * 3 2 ∆VA = Coeficiente * D * a * L2 * 3 ∆VA = Coeficiente * D * a * L * L * mas 2 3 MVA = D * a * L ∆VA = 2 * Coeficiente * MVA * L 3 É como se a carga estivesse concentrada em 2 / 3 do comprimento do trecho. 106 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 4.3.7 CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO EM ALIMENTADOR COM CARGA DISTRIBUÍDA EM ANEL (Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Geraldo Burani - USP) a) Teoria Considere o circuito alimentador indicado na Figura 4.21 a seguir. Figura 4-21 - Alimentador com Carga Distribuída em Anel Abrindo a rede na SE, obtém-se o circuito indicado na Figura 4.22. Figura 4-22 - Circuito da figura anterior aberto No circuito da Figura 4.22, considera-se o ponto n+1 o local onde a potência SB é consumida. Calculando ∆V por superposição, tem-se: ∆V1 devido a S1 = c1 ⋅ l1 ⋅ S1, onde c1 é o coeficiente. 107 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] l S ⋅l ∆V2 devido a S2 = [c1 ⋅ l1 ⋅ S2 + c2 ⋅ (l 2 − l1) ⋅ S2 ] ⋅ 2 = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1)] ⋅ 2 2 l2 l2 S ⋅l ∆V3 devido a S3 = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1) + c3 ⋅ (l3 − l 2 )] ⋅ 3 3 l3 . . . S ⋅l ∆Vi devido a Si = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1) + ... + ci ⋅ (l i − l i −1)] ⋅ i i li . . . S ⋅l ∆Vn devido a Sn = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1) + ... + ci ⋅ (l i − l i −1) + ... + cn ⋅ (l n − l n −1)] ⋅ n n ln ⋅l S ∆Vn +1 devido a Sn +1 = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1) + ... + cn +1 ⋅ (l n +1 − l n )] ⋅ n +1 n +1 l n +1 n +1 ∆VTOTAL = ∑ ∆Vi i =1 A queda de tensão total é igual a zero, pois a tensão no nó n+1 corresponde à tensão no nó SE. Logo: ∆VTOTAL = n +1 n +1 ∆ V = ∑ i ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ l i = 0 i =1 i =1 Das equações anteriores conclui-se que: para i=1 Æ c1′ = c1 e i c ⋅ l −l j j j −1 para i>1 Æ ci′ = ∑ li j =1 Sabe-se, também, que: ( SA + SB = n ∑ Si i =1 ) e que − SB = Sn +1, daí chega-se a: − SB = Sn +1 = S A − n ∑ Si i =1 Desenvolvendo-se as equações chega-se a: 108 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] n ′ + 1 ⋅ Sn + 1 ⋅ ln + 1 = 0 ∆VTOTAL = ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ li + cn i =1 Sabendo que l n +1 = l é o comprimento total do anel, logo, chega-se a: n n ′ +1 ⋅ S A ⋅ l − cn ′ +1 ⋅ ∑ Si ⋅ l = 0 , então: ∆VTOTAL = ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ l i + cn i =1 i =1 n 1 S A = ∑ Si − c′ n +1 ⋅ l i =1 e, como − SB = S A − n ⋅ ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ l i i =1 n ∑ Si , tem-se: i =1 n ⋅ ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ l i SB = ′ +1 ⋅ l cn i =1 1 Se o coeficiente ci for igual para todos os trechos, então, ci = c e ci′ = c . n 1 n SA = ∑ Si − ⋅ ∑ Si ⋅ l i l i =1 i =1 1 n SB = ⋅ ∑ Si ⋅ l i l i =1 b) Exemplo (Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Geraldo Burani - USP) Para exemplificar o cálculo de queda de tensão em anel, considere o alimentador indicado na Figura 4.23. 109 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Figura 4-23 - Alimentador com Carga Distribuída em Anel Tabela 4-16 - Dados do Alimentador em anel Início Trecho Nóanterior Fim Trecho Nó Distância (m) Carga (kVA) 10 SE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 SE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 30 30 30 22 22 33 30 10 10 22 20 1,6 0,8 1,6 1,6 2,4 0,8 0,8 1,6 1,6 0,8 c = 0,31 (kVA ⋅ km )−1 VSE = 220 V Solução 1: n ∑ Si ⋅ li = 30 ⋅ 1,6 + 60 ⋅ 0,8 + 82 ⋅ 1,6 + 104 ⋅ 1,6 + 137 ⋅ 2,4 + 167 ⋅ 0,8 + 177 ⋅ 0,8 + ... i =1 ... + 187 ⋅ 1,6 + 209 ⋅ 1,6 + 229 ⋅ 0,8 = 1.814,40 kVA ⋅ m n ∑ Si ⋅ li SB = i =1 l = 1.814,4 = 7kVA 259 n =10 ∑ Si = 13,6 kVA ⇒ SA = 13,6 − 7 = 6,6 kVA i =1 110 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Dos resultados obtidos para S A e SB , conclui-se que o ponto de maior queda de tensão desta rede está no ponto 5, que absorve 2,4 kVA. Esta carga recebe alimentação pelos 2 lados do anel. No ponto 5, tem-se a tensão mínima, ou a máxima queda de tensão. Abre-se, então, a rede neste ponto e calcula-se a queda de tensão como numa rede radial, conforme a Figura 4.24. Figura 4-24 - Equivalente Radial do Alimentador em Anel Calculando ∆V5 pelo lado direito da rede da Figura 4.24, tem-se: ∆V5 = 0,31⋅ 6,6 ⋅ 0,03 + 0,31⋅ 5,0 ⋅ 0,03 + 0,31⋅ 4,2 ⋅ 0,022 + 0,31⋅ 2,6 ⋅ 0,022 + 0,31⋅ 1,0 ⋅ 0,033 ∆V5 = 0,164486 % ⇒ V5 = 219,638 V Agora, calculando ∆V5 pelo lado esquerdo da rede da Figura 4.24, tem-se: ∆V5 = 0,31⋅ 7,0 ⋅ 0,03 + 0,31⋅ 6,2 ⋅ 0,02 + 0,31⋅ 4,6 ⋅ 0,022 + 0,31⋅ 3,0 ⋅ 0,01 + ... ... + 0,31⋅ 2,2 ⋅ 0,01 + 0,31⋅ 1,4 ⋅ 0,03 ∆V5 = 0,164052 % ⇒ V5 = 219,639 V Pode-se, então, calcular a queda de tensão no ponto crítico tanto pelo lado direito como pelo lado esquerdo. Solução 2: Outra forma de se chegar ao ponto de tensão mínima é por inspeção. Como ∆V = c ⋅ S ⋅ l , sendo c constante, pode-se fazer a ∑ S ⋅ l para cada lado da alimentação (SE), procurando sempre manter o equilíbrio de ∑S ⋅ l para ambos os lados, já que essa somatória representa a queda de tensão quando é multiplicada pelo coeficiente c . O exemplo a seguir ilustra este procedimento. A Figura 4.25 mostra os valores de ∑ S ⋅ l para cada nó e, também, a distância do nó à subestação. 111 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Figura 4-25 - Alimentador com Carga Distribuída em Anel - Cálculo de ∑S ⋅ l para cada nó ∑ S ⋅ l = 48 [m ⋅ kVA ] . O 2º cálculo é feito no primeiro nó do lado esquerdo da subestação, obtendo-se ∑ S ⋅ l = 24 [m ⋅ kVA ] . Como o valor de ∑ S ⋅ l do 2º cálculo ainda não superou o valor de ∑ S ⋅ l do 1º cálculo, faz-se o 3º cálculo ainda do lado esquerdo, pois o objetivo é sempre equilibrar o valor de ∑ S ⋅ l . Desta forma, deve-se Do 1º cálculo continuar calculando sempre pelo lado de menor queda. A figura 4.25 ilustra a ordem de cálculo. No ponto 5, atinge-se a queda de tensão máxima. A distância do ponto 5 à subestação é de 122 m quando se mede a partir do lado esquerdo da SE e é de 137 m quando se mede a partir do lado direito da SE. Então, no ponto 5 pode-se equacionar o problema do cálculo de queda de tensão da seguinte maneira: x + y = 2,4 358,4 + 122 ⋅ x = 393,6 + 137 ⋅ y ⇒ x = 1,4kVA y = 1,0kVA a) ∆Vmáx (%) calculado visualizando-se somente o lado direito da SE será: 5 393,6 + 137 ⋅ 1,0 ∆Vmáx = c ⋅ ∑ Si ⋅ l i = 0,31 (kVA ⋅ km )−1 ⋅ (kVA ⋅ km ) 1000 i =1 ∆Vmáx = 0,164486 % 112 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] b) ∆Vmáx (%) calculado visualizando-se somente o lado esquerdo da SE será: 5 358,4 + 122 ⋅ 1,4 ∆Vmáx = c ⋅ ∑ Si ⋅ l i = 0,31 (kVA ⋅ km )−1 ⋅ (kVA ⋅ km ) 1000 i =1 ∆Vmáx = 0,164052 % 4.3.8 UTILIZAÇÃO DE REGULADORES DE TENSÃO − Recurso para controle de tensão DETERMINAÇÃO DO PONTO DE INSTALAÇÃO DE REGULADORES DE TENSÃO 0 1 SE 2 Figura 4-26 - Ilustração do exemplo de instalação de regulador de tensão SE 69 / 13,8 kV Trecho 0 -1 10 km - CABO CA 336,4 Trecho 1 -2 20 KM - CABO CA 4/0 Carga máxima no ponto 1 = 1 MVA Carga mínima no ponto 1 = 0,8 MVA Carga máxima no ponto 2 = 1,4 MVA Carga mínima no ponto 2 = 1,1 MVA Cálculo da Queda de tensão Coeficiente unitário de queda de tensão para cabo 336,4 e cos fi 0,8 = 0,1995 Coeficiente unitário de queda de tensão para cabo 4/0 e cos fi 0,8 = 0,2546 Queda no trecho 0 - 1 Carga máxima ∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km) ∆V(%) = 0,1995 * 2,4 * 10 = 4,788 V no ponto 1 = 13,139 kV Carga mínima ∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km) ∆V(%) = 0,1995 * 1,9 * 10 = 3,7905 V no ponto 1 = 13,277 kV 113 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Queda no trecho 1 - 2 Carga máxima ∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km) ∆V(%) = 0,2546 * 1,4 * 20 = 7,1288 V no ponto 2 = 12,203 Carga mínima ∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km) ∆V(%) = 0,2546 * 1,1 * 20 = 5,6012 V no ponto 2 = 12,533 Considerando que os transformadores de distribuição estão no tap 1 (13,8/380), tem-se: 13,8 * 348 → = 12,638 Tensão mínima 348 v 380 Verificando o perfil de tensão ao longo do alimentador deve-se instalar um regulador de tensão no km 21, a partir da SE, regulado para manter 13,8 kV na saída. Tensões no ponto 2 após a instalação do regulador: Carga máxima ∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km) ∆V(%) = 0,2546 * 1,4 * 9 = 3,20796 V no ponto 2 = 13,357 Carga mínima ∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km) ∆V(%) = 0,2546 * 1,1 * 9 = 2,52054 V no ponto 2 = 13,452 114 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 14,0 Carga mínima com regulador 13,8 13,6 Carga mínima sem regulador 13,4 Carga máxima com regulador 13,2 13,0 Carga máxima sem regulador 12,8 12,6 12,4 12,2 12,0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Figura 4-27 - Perfil de tensão 4.4 ESTUDOS DE PERDAS Estudos de Perdas − Perdas Técnicas e Comerciais − Métodos de abordagem − Relatório CODI (CODI 3.2.19.34.0 - Método para Determinação, Análise e Otimização das Perdas Técnicas em Sistemas de Distribuição) − Avaliação das perdas técnicas (CIPOLI, 1993, p.68) − Ramal de serviço − Medidores − Rede de BT − Transformadores − Capacitores e reguladores de tensão − Rede de AT − Subestações − Perdas na transmissão − Comerciais − Cálculos − Controles 4.4.1 INFLUÊNCIA DO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NAS PERDAS − Carga concentrada no final do trecho 115 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho − Distribuição triangular de carga ao longo do trecho − Carga concentrada no final do trecho SE A Carga L (km) Figura 4-28 - Carga concentrada no final do trecho As perdas por fase são calculadas da seguinte forma. P = R * I2 * L onde P - perdas (W) R - resistência (ohm/km) I - corrente (A) L - comprimento do alimentador (km) Considerando o sistema trifásico tem-se: P = 3 * R * I2 * L − Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho Área de influência do alimentador SE A x a dx L (km) Figura 4-29 - Carga distribuída uniformemente ao longo do trecho 116 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Cálculo das perdas por fase d(Perdas) = R * I2 x * dx onde Ix é a corrente em dx Como a densidade de carga é uniforme, tem-se: I = D * L * a Ix = D * (L - x) * a Ix = I * (L - x) L (L - x)2 2 d(Perdas) = R * I dx L2 L (L - x)2 2 Perdas = ∫ R * I dx 2 L 0 R * I2 * L Perdas = 3 Para efeito do cálculo das perdas é como se a carga estivesse concentrada a um terço do comprimento do trecho (L / 3) Considerando o sistema trifásico tem-se: R * I2 * L 3 Perdas = R * I2 * L Perdas = 3 * − Distribuição triangular de carga ao longo do trecho Área de influência do alimentador dx θ SE ax = x tg θ a A x L (km) Figura 4-30 - Distribuição de carga triangular Cálculo das perdas por fase 117 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] d(Perdas) = R * I2 x * dx I=D*L*a Ix = D * (L * a - x * ax) a = L * tg θ ax = x * tg θ I = D * L2 * tg θ Ix = D * (L2 * tg θ - x2 * tg θ) Ix = I * 1 x 2 L2 2 x2 2 dx d(Perdas) = R * I * 1 2 L 2 L x2 2 dx Perdas = ∫ R * I * 1 2 L 0 8 Perdas = * R * I2 * L 15 Para efeito do cálculo das perdas é como se a carga estivesse concentrada a 8 / 15 do comprimento do trecho Considerando o sistema trifásico tem-se: 8 * R * I2 * L 15 8 Perdas = * R * I2 * L 5 Perdas = 3 * 4.5 TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO Transformadores de distribuição − Sobrecargas − Aquecimento - equações térmicas − Avaliação da vida útil − Perda de vida do transformador 118 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 4.6 EXEMPLOS DE ESTUDOS DE ENGENHARIA 3 CASOS REAIS Melhoria no atendimento a Santa Maria (Maio/94) Melhoria no atendimento ao Recanto das Emas e Região (Setembro/94) Melhoria no atendimento ao Paranoá (Fevereiro/95) 4.6.1 CASO 1: MELHORIA NO ATENDIMENTO A SANTA MARIA Problema: 2 alimentadores GM 05 272 A GM 10 242 A GM 05 com trecho de “enforcamento” de cabos (2/0 - 4/0) GM 10 alimenta também a Fábrica de óleo Ambos alimentam também cargas rurais Necessidade de implantar uma Subestação (SE) no local Apresentar solução paliativa enquanto a SE não é construída 12 10 SE GAMA 11 7 12 5 3 SANTA MARIA Figura 4-31 - Ilustração do exemplo Caso 1 METODOLOGIA: Simulações considerando carregamento e nível de tensão Circuito GM 05 Configuração atual 119 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Queda de tensão até Santa Maria 12,55% Santa Maria não OK - Área rural OK no tap 3 Configuração atual com regulador de tensão para Santa Maria Parte de Santa Maria - corrente nominal não suficiente Recondutorando o trecho de “enforcamento” de cabo Maior queda de tensão cai de 16,07% para 11,09% Santa Maria não OK - Área rural OK Recondutorando e com regulador de tensão para Santa Maria Tudo OK Circuito GM 10 Configuração atual sem regulador de tensão instalado para a Fárica de óleo Até Santa Maria queda de tensão de 15,32% Nada OK Configuração atual com regulador de tensão instalado para a Fábrica de óleo Fábrica de óleo OK - Santa Maria não OK Configuração atual com regulador para Santa Maria Fábrica de óleo não OK - Santa Maria tap 3 Configuração atual com regulador para Santa Maria e para a Fábrica Fábrica de óleo e Santa Maria tap 3 Circuitos GM 05, GM 10 e alimentador novo Circuito GM 05 sem recondutoramento → OK Circuito GM 05 com recondutoramento → OK Circuito GM 10 sem regulador para a Fábrica de óleo (existente) Fábrica e área rural não OK Circuito GM 10 com regulador para a Fábrica → OK Circuito novo construído em cabo 336,4 MCM → OK Circuito novo construído em cabo 4/0 MCM → OK RECOMENDAÇÕES SE Santa Maria Alimentador SE GAMA US$ 2,87 milhões US$ 63 mil 120 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Recondutorar 1.150 metros 2/0 para 4/0 Construir 4 km circuito duplo 4/0 Pequenas obras Transferir carga do GM 12 (10 A) para o GM 11 (120 A) Aproveitar a saída do GM 12 para Santa Maria Remanejar regulador GM 05 US$ 15 mil e 300 US$ 158 mil US$ 25 mil 4.6.2 CASO 2: MELHORIA NO ATENDIMENTO AO RECANTO DAS EMAS E REGIÃO Problema: − Alimentação do Recanto das Emas através de derivação do circuito TG07 − TG 07: Circuito rural, grande extensão, carregamento subindo, desempenho ruim para áreas urbanas − Necessidade de ligar fábrica da Coca-Cola (carga alta), nas imediações − Apresentar solução envolvendo o mínimo custo − 2 novos alimentadores da SE Ceilândia Sul previstos para 07/95 Alimentadores de 13,8 kV disponíveis na região, carregamento e principais cargas atendidas Tabela 4-17 - Dados do exemplo Caso 2 Alimentador CS 06 CS 08 CS 10 CS 11 CS 12 TG 07 TG 09 Carga pesada (A) 225 200 78 170 225 255 152 Carga média (A) 135 80 33 96 100 130 100 Carga leve (A) 80 70 20 60 75 75 60 Novas cargas significativas que poderão ser ligadas brevemente Fábrica da Coca-Cola Contrato de 180 kW na ponta e 800 kW fora da ponta Setor de Mansões Sudeste de Samambaia CS 12 que já está com 225 A não deve ser envolvido neste estudo assumindo mais carga Setor de Mansões Sudoeste de Samambaia Não deve provocar efeito em temos de carregamento, face ao estágio atual (da época) de ocupação dos lotes (CS 10 e CS 12) METODOLOGIA: Simulações considerando carregamento e queda de tensão Tensões nas Barras de 13,8 kV das Subestações 121 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 4-18 - Tensões nas Barras de 13,8 kV das Subestações (Caso 2) Subestação SE TG SE CS Carga pesada (kV) 13,5 13,8 Carga média (kV) 13,5 13,8 Carga leve (kV) 13,2 13,5 Simulações iniciais Circuito CS 06 Configuração normal → Alguns pontos precisam operar no tap 3 Circuito CS 08 Configuração normal → Tudo OK Circuito CS 10 Configuração normal → Tudo OK Circuito CS 11 Configuração normal → Tudo OK Circuito CS 12 Configuração normal → Tudo OK Circuito TG 07 Configuração normal → Alguns pontos precisam operar no tap 3 Alguns pontos não atendiam a Portaria 047 Circuito TG 09 Configuração normal (sem a Coca-cola) → Circuito TG 09 Configuração normal (com a Coca-cola) → Tudo OK Tudo OK Proposição Transferir toda a carga do alimentador CS 10 para o CS 08 CS 10 assumir toda a carga rural do TG 07 TG 07 ficar somente com a carga urbana Circuito CS 08 Assumindo toda a carga do CS 10 Pequeno trecho trabalhando no tap 3 (sem reguladores disponíveis) Restante OK Circuito CS 10 Perdendo toda a sua carga para o CS 08 e assumindo toda a carga rural do TG 07 Tudo OK 122 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Recomendações Rever a colocação de dois reguladores no TG 07 em função da nova configuração (foram efetuadas apenas simulações no tronco do circuito) Transferir as cargas do circuito CS 10 para o circuito CS 08 procedendo ao seguinte conjunto de ações: − Instalar jogo de chaves-faca na EQ 301/501 − Realizar o conjunto de manobras descritas Transferir as cargas do circuito TG 07 para o circuito CS 10 procedendo ao seguinte conjunto de ações: − Instalar jogo de chaves-faca no tronco do atual TG 07 antes da interligação com o CS 12 − Manter esta chave aberta (futuro ponto de interligação) − Construir 150 metros de rede de AT, instalar jogo de chaves-faca na Q 501 de Samambaia para que o circuito CS 10 incorpore pequeno trecho do CS 12 e interligue com o TG 07 4.6.3 CASO 3: MELHORIA NO ATENDIMENTO AO PARANOÁ Problema: Melhorar as condições de atendimento ao Paranoá Alimentação atual (na época) Circuito 1008 - Acima da sua capacidade Circuitos disponíveis no local Circuito 10 08 Circuito 07 02 Tabela 4-19 - Dados do exemplo Caso 3 Alimentador 10 08 07 02 Carga pesada (A) 250 53 Carga média (A) 172 30 Carga leve (A) 100 21 METODOLOGIA: Simulações considerando carregamento e queda de tensão Tensões nas Barras de 13,8 kV das Subestações Tabela 4-20 - Tensões nas Barras de 13,8 kV das Subestações (Caso 3) SE 10 SE 07 Carga pesada (kV) 13,5 13,5 Carga média (kV) 13,5 13,5 Carga leve (kV) 13,5 13,2 Simulações efetuadas Circuito 10 08 Configuração normal com 2 reguladores de tensão atualmente instalados Configuração normal sem 1 dos reguladores de tensão atualmente instalados Configuração normal sem o outro regulador de tensão atualmente instalado 123 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Alguns pontos com a tensão fora dos limites da Portaria 047 Circuito 07 02 Configuração normal → Tudo OK Circuito 07 02 Assumindo todo o lado ímpar do Paranoá Alguns pontos operando no tap 3 Circuito 07 02 Assumindo todo o lado ímpar do Paranoá e instalando um regulador Tudo OK Circuito 07 02 Assumindo todo o Paranoá Alguns pontos operando no tap 3 Alguns pontos com a tensão fora dos limites da Portaria 047 Circuito 07 02 Assumindo todo o Paranoá e instalando 1 regulador de tensão Alguns pontos operando no tap 3 Circuito 07 02 Assumindo todo o Paranoá e instalando-se 2 reguladores de tensão Tudo OK Circuito 10 08 Perdendo o lado ímpar do Paranoá para o circuito 07 02 Simulações sem reguladores, com um dos existentes e com os dois existentes Alguns pontos operando no tap 3 Circuito 10 08 Perdendo todo o Paranoá para o circuito 07 02 Simulação retirando um dos reguladores existentes Tudo OK RECOMENDAÇÕES Transferir inicialmente o lado ímpar do Paranoá do circuito 10 08 para o circuito 07 02 Construir 1000 m de rede de AT e instalar um regulador Custo R$ 20 mil Transferir numa segunda etapa também o lado par do Paranoá do circuito 1008 para o circuito 07 02 Construir 3000 m de rede de AT Remanejar reguladores entre os circuitos 07 02 e 10 08 Custo R$ 60 mil 124 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Estudar a implantação de nova SE para o local Um novo alimentador partindo da SE 10 ou da SE 07 implicaria em investimentos da ordem R$ 300 mil 125 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 5 5. CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 5.1 ASPECTOS GERAIS − Padrões de Construção − Equipamentos e materiais − Métodos de trabalho − Segurança no Trabalho − Co-responsabilidade da empresa e contratada − Custos (material e mão de obra) − Custos modulares − Controles (utilização de softwares) − Construção com turma própria − Serviços especializados. Por exemplo confecção subterrâneas − Terceirização e gerenciamento de contratos de terminais em redes 5.2 TIPOS DE CONTRATOS − Contrato para obras específicas. Geralmente grandes obras − Contratos abertos. Para realização das obras do dia a dia − Pagamentos por turma hora − Pagamento por US (Unidades de serviços) − Turn key 5.2.1 CONTEÚDO DOS CONTRATOS − Objeto do contrato − Obrigações da contratada − Fiscalização − Prazos − Suspensão − Rescisão contratual − Multas − Preços − Formas de reajuste de preços − Condições de pagamento − Serviços adicionais − Garantia e recebimento de obras − Segurança e Medicina do Trabalho − Fornecimento de material 126 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 5.3 RELAÇÃO DE SERVIÇOS E PREÇOS Tabela 5-1 - Relação de serviços e preços SERVIÇO Vão de LDR AT (1 cond) Vão de LDR AT (2 cond) Vão de LDR AT (3 cond) Vão de LDR AT (4 cond) Vão de RDU AT (3 cond) Vão de RDU AT (6 cond) Estrutura primária trifásica Estrutura primária monofásica Chave-faca trifásica Chave-faca (1 peça) Chave-fusível (1 peça) Pára-raios (1 peça) Malha de aterramento (3 hastes) Melhoria de aterramento (3 hastes) Transformador trifásico Transformador monofásico Conjunto de medição AT (em poste) Rede aérea de AT Rede aérea de AT/BT Rede aérea de AT (circuito duplo) Rede aérea de AT (circuito duplo)/BT Vão RDU BT (1 cond) Vão RDU BT (2 cond) Vão RDU BT (3 cond) Vão RDU BT (4 cond) Afastador armação secundária Estrutura secundária Rede aérea de BT Ramal aéreo de serviço Conjunto de medição em BT (Rural) Locação de RDU Locação de LDR Seccionamento e aterramento de cercas Aterramento com 1 haste Braço leve com luminária Braço pesado com luminária Cava para poste aberta em terra Cava para poste aberta em rocha Poste sem equipagem Concretagem de base de poste Sapata de poste em terreno pantanoso Estai de âncora Estai aéreo Taxa de canteiro Valor da US VALOR CONSTRUÇÃO VALOR RETIRADA 0,292 0,204 0,424 0,293 0,536 0,375 0,648 0,454 0,667 0,467 1,335 0,935 0,745 0,522 0,249 0,174 0,965 0,676 0,095 0,067 0,093 0,065 0,099 0,069 0,367 0,257 0,282 0,197 0,946 0,662 0,701 0,491 1,049 0,734 1,241 0,869 2,072 1,450 2,625 1,838 3,457 2,420 0,169 0,118 0,300 0,210 0,431 0,302 0,489 0,342 0,201 0,141 0,591 0,414 1,000 0,700 0,133 0,093 0,423 0,296 0,121 0,202 0,261 0,183 0,147 0,103 0,175 0,123 0,247 0,173 0,149 2,875 0,437 0,306 0,259 0,578 0,396 0,277 0,124 0,087 1,382 Entre 99,00 e 117,00 (base março/2003 127 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 5.4 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS − Atribuições básicas da fiscalização − Verificar a execução das atividades de construção em todas as etapas − Inspecionar o canteiro de obras e depósito de materiais − Solicitar a correção de serviços − Autorizar modificações do projeto − Verificar a correta aplicação de materiais e a utilização de equipamentos − Contatar os órgãos públicos (DETRAN, Empresa Telefônica, Empresa de Água e Esgotos, etc.) − Acompanhar os desligamentos de rede necessários à execução dos serviços − Receber a obra − Preparar a medição dos serviços − Fazer o encerramento da obra − Avaliar periodicamente as empreiteiras 128 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 6 6. OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 6.1 CENTRO DE OPERAÇÃO − Definições, diferenciações, características, tipos, etc − COS - Centro de operação do sistema − COD - Centro de operação da distribuição − COR - Centro de operação regional − Composição de um COD − Supervisão da operação − Central de atendimento − Central de operação − Apoio − Engenharia de operação − Planejamento da operação − Turmas de emergência (pertencentes ou não ao COD) 6.2 OPERAÇÃO DO SISTEMA − Características gerais − Controle da operação ("dono" do sistema) − Capacidade de enxergar com os olhos dos outros − Capacidade de decisão − Frieza − Experiência − Raciocínio rápido − Não ser afoito − Atendimentos de emergências − Responsabilidade pelo restabelecimento do sistema no menor prazo com toda a segurança. Binômio: Rapidez e Segurança − Comando de equipes à distância (subordinadas ou não administrativamente) − Manobras de emergência − Utilização de recursos de manobra − Escala de prioridades − Apenas orientação (cada caso e´ um caso) − Risco de perda de vida humana − Tronco de alimentador − Ramal primário − Transformador − Rede de BT − Ramal de consumidor − Seqüência de cargas a serem desligadas 129 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Serviços programados − Manobras para manutenção construção ou outra qualquer intervenção no sistema − Manobras previamente estudadas e programadas. − Acompanhar (monitorar) os alimentadores utilizados como recurso − Dimensionamento do número de turmas necessárias para realização dos serviços (considerando turnos de revezamento) 6.3 ENGENHARIA PRÉ E PÓS-OPERAÇÃO − Planejamento de interrupções − Estudar as manobras − Disparar processo de aviso aos consumidores que sofrerão interrupções sustentadas ou temporárias (imprensa, fax, telefone, pessoalmente, etc.) − Listar recursos necessários (viaturas, eletricistas, manobristas, etc.) − Análise de ocorrências − Controle e estatística de interrupções − Apuração de indicadores de continuidade e qualidade − Apuração de defeitos no sistema para ressarcimento de consumidores − Realização e acompanhamento de registro de medições em locais específicos − Gerenciamento de banco de dados com medições de curva de carga − Gerenciamento de redes − Desenvolvimento de sistemas para reconfiguração do sistema em situações programadas e de emergência − Elaboração e manutenção de diagramas operacionais − Interface com as outras áreas de engenharia da empresa − Supervisionar as atividades de atendimento e operação do COD − Cadastro de rede (atualização on line) 6.4 SISTEMAS DE ATENDIMENTO − Antes: Telefones 120 - atendimento comercial e 196 - atendimento de emergência − Atualmente: atendimento centralizado (0800) − Atendimento automático − Utilização de equipamentos de recebimento e distribuição automática de chamadas − Sistema de mensagens automáticas − Cadastro conjunto empresas de eletricidade e telefônicas 6.5 CONTROLE DE INTERRUPÇÕES − Obrigação legal (Resolução ANEEL n°024/2000) − Suporte para as áreas de operação e manutenção − Desempenho do sistema − Indicadores utilizados inclusive para medir desempenho de empregados − Ver Resolução ANEEL n° 520/2002 − Tempo Médio de Preparação – TMP − Tempo Médio de Deslocamento – TMD 130 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Tempo Médio de Mobilização – TMM − Percentual do número de ocorrências emergenciais com interrupção de energia PNIE − Tempos de atendimento (p.149 CIPOLI) TP Tempo de preparação TL Tempo de localização TC Tempo de correção TA Tempo de atendimento TR Tempo de restabelecimento Figura 6-1 - Tempo de restabelecimento (Fonte CIPOLI) 6.6 AUTOMAÇÃO − Processos − Recebimento da reclamação − Distribuição dos serviços − Registro dos serviços − Estatísticas de atendimento − Apuração de custos por tipo de atividade, por equipe, por regional, etc. − Controle da produtividade − Recursos para a operação − Reconfiguração de rede − Fluxo de carga nas situações de emergência − Utilização de manobras padrão − Utilização de softwares disponíveis − Redes − Projetos pilotos − Automação de chaves − Gerenciamento da carga de consumidores − Leitura de unidades consumidoras − Benefícios − Qualidade do atendimento − Rapidez na identificação de defeitos − Monitoramento da rede − Gerenciamento da rede 6.7 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE TURMAS Ver: Manutenção e Operação de Sistemas de Distribuição, Eletrobrás, 1982 - (não é prática comum no setor) 131 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 7 7. MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 7.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO: − Preditiva (Detectar a tendência de falhas por meio de análise de dados relacionados com o desempenho de componentes) − Preventiva − Corretiva (programada ou não programada) − Corretiva de emergência 7.2 INSPEÇÃO DE REDES − Critérios para inspeção − Desempenho operativo − Importância da rede − Condições mecânicas e elétricas − Visual − Com equipamentos − termovisor, cromatografia, etc − Critérios de hierarquização − Abrangência da inspeção − Poste a poste − Por amostragem − Itens a verificar − Postes (erosão, inclinado ou fletido, base deteriorada ou com rachadura, ferragem exposta) − Cruzetas (nivelamento, necessidade de substituição) − Ferragens (pinos, mãos-francesas, cintas - verificar ferrugem, fixação, integridade) − Isoladores (trincados, rachados lascados, quebrados, chamuscados, com pinos tortos) − Condutores (Flecha, diferença entre fases, distância entre fases, amarração do isolador, fita de proteção, sinais de curto-circuito, objetos na rede) − Conexões (verificação de qualquer anormalidade visível) − Aterramento (no externo ao poste condições do eletroduto) − Estais (Tensionamento, condições dos cabos de aço, segurança de terceiros) − Pára-raios (condições físicas, indicador de defeito) − Chave-fusível e chave-faca (Posição para operação, condições das ferragens e das partes isolantes, numeração) − Transformadores (condições do tanque, ferrugem, pintura, numeração, vazamento de óleo, condições das buchas de AT e BT, posição da rede de BT − Equipamentos especiais (Regulador, religador, capacitor) verificar condições físicas e elétricas 132 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica − − − − Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Caminhamento (Aspectos de segurança, afastamentos de edificações) Arborização Iluminação pública (condições de luminárias, lâmpadas acesas) Seccionamentos de cercas 7.3 MÉTODOS DE TRABALHO NA MANUTENÇÃO − Manutenção com linha desenergizada (linha morta) − Manutenção com linha energizada (linha viva) − Trabalhos ao potencial (para alta tensão) − Trabalhos ao contato − Trabalhos à distância − Procedimentos − teste de ausência de tensão (linha morta) − utilização do aterramento temporário (linha morta) − condições atmosféricas − bloqueio do religamento automático − cuidados com o ferramental − Segurança no Trabalho − O papel da Supervisão na realização dos trabalhos 7.4 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES − Tamanho das equipes Dependendo do tipo de serviço) − Exemplos: substituição de transformador x substituição de isolador − Equipes leves (1 eletricista + 1 motorista-ajudante) − Equipes pesadas (1 encarregado + 1 motorista-ajudante + 4 eletricistas) − Quantidade de equipes por tipo (leve e pesada) − Turmas próprias ou contratadas − Custos − Benefícios − Terceirização e gerenciamento de contratos − Treinamento − Veículos utilizados − caminhões, camionetas e carros leves para inspeção 7.5 CMD - Centro de Manutenção da Distribuição − Objetivo − Composição − Unidade de Supervisão − Unidade de Planejamento de Engenharia de Manutenção − Unidade de Execução da Manutenção − Área de inspeção − Área de Manutenção de redes − Área de manutenção de subestações 133 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica − − − − Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Área de manutenção de equipamentos − Área de medição Estabelecimento de metas Avaliação da manutenção Comparação do desempenho antes e após a manutenção Utilização de softwares para controle da manutenção 7.6 PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO (Fonte: Manutenção e Operação de Sistemas de Distribuição, Eletrobrás, 1982) − Critérios de escolha de locais Tabela 7-1 - Fator de ponderação para priorizar serviços VARIÁVEL Duração Equivalente por Consumidor (DEC) Freqüência Equivalente por Consumidor (FEC) Carregamento do alimentador ou linha Número de consumidores Consumidores com prioridades de atendimento Consumo total (MWh) Total IDADE DO ALIMENTADOR OU LINHA 0 - 1 ano 1 - 15 anos Acima de 15 anos FATOR DE PONDERAÇÃO 0,17 0,17 0,30 0,05 0,16 0,15 1,00 0,00 0,50 1,00 Tabela 7-2 - Exemplo de priorização - Dados dos alimentadores Consumo (MWh) Carregamento Número de consumidores Consumidores com prioridade DEC FEC Idade (anos) Alimentador 1 1104 26% 434 Alimentador 2 1429 79% 8125 Alimentador 3 1297 70% 3033 41, 41, 39, 27, 27 95, 95, 80,80,80 80, 54, 51, 43, 43 19,42 2,47 3 19,12 2,95 12 3,15 2,35 14 134 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 7-3 - Exemplo de priorização - Resultados Consumo (MWh) Carregamento No de consumidores Consumidores com prioridade DEC FEC Índice ponderador Idade (anos) Valor final Classificação Alimentador 1 0,12 0,10 0,00 0,07 Alimentador 2 0,15 0,30 0,05 0,16 Alimentador 3 0,13 0,27 0,02 0,10 0,17 0,14 0,60 0,50 1,10 3 0,17 0,17 1,00 0,50 1,50 1 0,03 0,14 0,69 0,50 1,19 2 135 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] SERVIÇO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA EM REDES AÉREAS DE DISTRIBUIÇÃO URBANA E RURAL DESENERGIZADA ATÉ 15 kV TABELA DE SERVIÇOS (UNIDADE DE SERVIÇO = HOMEM x HORA) Tabela 7-4 - Tabela de serviços ITEM SERVIÇO 01 02 03 04 Afastador secundário Aprumo de poste Aterramento c/ 1 haste (completo) Aterramento c/ 3 hastes e malha (completo) Melhoria de aterramento c/ 1 haste Verificação de aterramento c/ 1 haste Abertura de cava (terra) Abertura de cava (em rocha) Chave faca unipolar (1 peça) Chave faca tripolar (comando em grupo) Chave fusível unipolar (1 peça) Concretagem de base de poste Conj. De medição de BT (padrão rural) Conj. De medição em AT (em poste) Contraposte equipado Desmatamento de faixa de servidão Eletroduto de proteção do aterramento Emenda em condutor (reparo) Estai com âncora Estai poste a poste Estai cruzeta a poste Estai poste a contra-poste Estrutura de AT (circ. único trif.) sem poste Estrutura de AT (circ. único trif.) s/ poste, c/ derivação trifásica Estrutura de AT (circ. único monofásico) s/ poste Estrutura de AT (circ. único monofásico) s/ poste, c/ derivação Estrutura de AT (circ. duplo trif.) s/ poste Estrutura de AT (circ. duplo trif.) s/ poste, c/ derivação Estrutura secundária sem poste Flying-tap (1 condutor) Jumper (1 condutor) 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 136 INST. (I) 1,50 2,00 2,50 HOMEM x HORA RET. SUB. EXE. (R) (S) (E) 1,50 2,50 4,00 1,00 1,00 - 0,50 8,00 0,80 4,00 12,00 3,00 0,50 0,25 3,50 0,75 0,75 0,75 5,50 0,50 5,00 0,80 2,50 9,00 2,00 0,30 2,50 0,50 0,50 0,50 4,00 0,75 10,00 1,20 5,00 15,00 4,50 0,60 1,00 1,00 1,00 7,00 0,60 0,50 1,00 15,00 2,50 20,00 - 6,60 4,80 8,40 - 1,65 1,20 2,10 - 1,98 1,44 2,52 - 6,50 7,80 4,50 5,40 8,00 9,60 - 1,50 0,25 0,25 1,00 0,15 0,15 HOMEM x 2,00 0,40 0,40 HORA - Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] ITEM SERVIÇO 32 33 Limpeza de rede (vão completo) Limpeza de ramal de serviço (por estrutura) Luminária leve (c/ braço) Luminária pesada (c/ braço) Manutenção em rede de distribuição rural trifásica AT Manutenção em rede de distribuição urbana - AT (circuito único) Manutenção em rede de distribuição urbana - AT (circuito duplo) Manutenção em rede de distribuição urbana - BT Pára-raio (1 peça) Poda de árvore (urbana) Poda de galho (urbana) Poda de bambu (urbana por metro) Poste sem equipagem Poste c/ estrutura primária - AT - trifásica (circuito único) Poste c/ estrutura primária - AT monofásico (circuito único) Poste c/ estrutura primária - AT - trifásica (circuito duplo) poste c/ estrutura primária e secundária AT/BT (circuito único) Poste c/ estrutura primária e secundária AT/BT (circuito duplo) Poste c/ estrutura secundária - BT Ramal de serviço de BT (aéreo) Ramal de serviço de BT (subterrâneo) Retensionamento de condutores de AT vão Retensionamento de condutores de BT vão Sapata para pântano Seccionamento de cerca c/ aterramento Transformador (programado) Transformador (não programado) Religador automático Retensionamento de estai Transformador monofásico completo Transformador trifásico completo Vão de BT (1 condutor multiplex) 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 137 INST. (I) - RET. (R) - SUB. (S) - EXE. (E) 0,50 0,40 1,50 2,00 - 1,00 1,00 - 2,00 2,50 - 0,40 - - - 0,75 - - - 1,00 - - - 0,60 0,50 2,50 9,00 0,50 1,50 8,50 0,75 3,00 12,00 1,20 0,25 1,20 - 4,50 4,25 6,00 - 10,00 7,00 13,00 - 10,00 7,00 13,00 - 11,00 7,50 14,00 - 8,00 1,00 2,00 - 5,50 0,60 0,80 - 10,00 1,50 2,50 - 0,80 - - - 1,00 5,00 10,00 5,00 6,50 12,00 0,80 6,00 2,00 4,00 7,50 8,00 15,00 4,00 8,00 0,40 5,00 9,00 0,60 1,00 HOMEM x HORA Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica ITEM Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] SERVIÇO INST. (I) 1,60 2,40 3,20 2,00 2,80 3,50 5,50 2,30 3,20 4,20 12,00 5,00 12,00 5,00 5,00 - 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 Vão de BT (2 condutores) Vão de BT (3 condutores) Vão de BT (4 condutores) Vão de AT (1 condutor) RDU Vão de AT (2 condutores) Vão de AT (3 condutores) Vão de AT (6 condutores) Vão de AT rural (1 condutor) RDR Vão de AT rural (2 condutores) Vão de AT rural (3 condutores) Religador completo Regulador de tensão Regulador de tensão completo Padrão econômico (PC) Balanceamento de fases Elemento de banco de capacitor Leitura de corrente e tensão Manutenção em conexões do pontalete Manutenção em rede de distribuição rural monofásica AT 83 Poda de árvore (rural) 84 Poda de galhos (rural) 85 Poda de bambu (rural por metro) 86 Cobertura isolante (vão) 0,50 87 Separador de rede para Baixa Tensão 0,50 88 Medidor monofásico 0,50 89 Medidor polifásico 0,70 90 Padronização de estrutura de BT 91 Refletores e projetores 4,00 R$ 6,68 por HOMEM X HORA (Referência maio / 2000) RET. (R) 1,20 1,80 2,40 1,50 2,00 2,50 4,00 1,70 2,40 3,00 9,00 4,00 9,00 3,50 4,00 - SUB. (S) 2,00 3,00 4,00 2,50 3,50 4,50 7,00 2,90 4,00 5,20 7,50 7,00 7,50 - EXE. (E) 0,50 0,25 0,70 0,50 0,30 0,30 2,00 0,70 0,60 3,00 0,80 0,15 0,80 0,75 - Turma de manutenção de linha desenergizada (linha morta) composta de 6 elementos (1 encarregado, 4 eletricistas e 1 ajudante de eletricista) = R$ 90,00 / hora (Março / 2003) Turma de inspeção de redes composta de 1 eletrotécnico e 1 ajudante de eletricista/motorista = R$ 22,00 / hora (Março / 2003) Turma de manutenção de linha energizada (linha viva) AT (15 kV) composta de 6 eletricistas = R$ 142,00 / hora (Março / 2003) Turma de manutenção de linha energizada (linha viva) BT (380 / 2220 V) composta de 3 eletricistas = R$ 82,00 / hora (Março / 2003) 138 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 8 8. PROTEÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 8.1 REVISÃO DE CURTO-CIRCUITO Parâmetros de condutores CA (p. 55 ELETROBRÁS - Proteção) 1 I 3φ = Z1 = R 2 + X 2 1 1 R 2 + X2 1 1 Iφφ = IφT = IφTm = 3 = Z1 + Z 2 + Z 0 3 = Z1 + Z 2 + 3 * R t + Z 0 3 I 3φ 2 3 (2R1 + R 0 ) 2 + (2X1 + X 0 ) 2 3 (2R1 + R 0 + 3 * R t ) 2 + (2X1 + X 0 ) 2 Revisão de Curto-circuito I3φ = IφT = 1 Iφφ = R2 + X2 1 1 3 (2R1 + R 0 ) 2 + (2X1 + X 0 ) 2 Vbase = 13,8 kV Zbase = (13,8)2 / 100 ==> Ibase = 100 / 1,732 * 13,8 IφTm = 3 I3φ 2 3 (2R1 + R0 + 21)2 + (2X1 + X0 )2 Sbase = 100 MVA Zbase = 1,904 ohm ==> Ibase = 4,18 kA 40 3 Rf 3 = 21 = Z base 1,904 3* Rf = 40/3 ==> Tabela 8-1 - Resistências e reatâncias em ohm/km Bitola R1 (ohm/km) X1 (ohm/km) R0 (ohm/km) X0 (ohm/km) 4/0 HP 0,1670 0,0964 1,4552 0,2034 4 1,5210 0,4700 1,7067 1,9592 2 0,9560 0,4530 1,1411 1,9305 1/0 0,6010 0,4350 0,7825 1,9115 4/0 0,3000 0,4090 0,4798 1,8868 336,4 0,1900 0,3800 0,3686 1,8651 Dividindo-se os valores da tabela 8-1 pela impedância de base obtém-se a tabela 8-2. 139 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 8-2 - Resistências e reatâncias em pu/km Bitola 4/0 HP 4 2 1/0 4/0 336,4 R1 (pu/km) 0,0877 0,7987 0,5020 0,3156 0,1575 0,0998 X1 (pu/km) 0,0506 0,2468 0,2379 0,2284 0,2148 0,1995 R0 (pu/km) 0,7641 0,8962 0,5992 0,4109 0,2519 0,1936 X0 (pu/km) 0,1068 1,0288 1,0137 1,0037 0,9908 0,9794 8.2 NOÇÕES DE ATERRAMENTO − Tipos − Sistema com neutro multiaterrado − Sistema sem neutro multiaterrado − Cálculos − Aterramento profundo − Estratificação do solo − Medições de resistividade do solo − Equipamentos − Métodos − Medições de resistência de aterramento − Equipamentos − Métodos − Valores aceitáveis Tabela 8-3 - Tipo de aterramento e valores máximos de resistência Tipo de aterramento Simples Com neutro multiaterrado Sem neutro multiaterrado Transformador rural Consumidor BT Quadro de BT com mais de 5 medidores Cabines de edifícios Aterramento profundo Fonte: CIPOLI,1993 (*) Valor máximo para terreno úmido (**) Valor máximo para terreno seco Valor da Resistência (Ω) Qualquer Qualquer 25 10(*) ou 25(**) Qualquer 25 10(*) ou 25(**) 25 − Pontos de aterramento na rede − A cada 300 metros (neutro multiaterrado) − Transformadores − Final de linha − Equipamentos (religadores, seccionadores, capacitores, reguladores de tensão, etc.) 140 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 8.3 TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO − Metodologias de cálculos para dimensionamento − Coordenação da proteção − Inovações tecnológicas 8.3.1 DISJUNTOR (ELB Proteção, p.68) − Definição: É o dispositivo destinado a fechar ou interromper um circuito sob condições normais, anormais e de emergência − Aplicações: SEs de transmissão, de subtransmissão e de distribuição − Tipos: PVO, vácuo, SF6, etc 8.3.2 CHAVE-FUSÍVEL E ELO-FUSÍVEL (ELB Proteção, p.59) − Chave-fusível é o dispositivo constituído de um porta-fusível e demais partes destinadas a receber um elo-fusível − Elo-fusível é uma peça facilmente substituível, composta de um elemento sensível e demais peças que completa o circuito entre os contatos de uma chave-fusível − Elo-fusível protegido é que está do lado da fonte − Elo-fusível protetor é o que está instalado do lado da carga − Elos-fusíveis preferenciais: 6, 10, 15, 25, 40, 65, 100, 140 e 200 K − Elos-fusíveis não-preferenciais: 8, 12, 20, 30, 50 e 80 K 8.3.3 RELIGADOR (ELB Proteção, p.60) − Definição: É um dispositivo interruptor automático, que abre e fecha seus contatos repetidas vezes na eventualidade de uma falha do circuito por ele protegido − Operação. Seqüência de operações rápidas e retardadas para eliminar defeitos transitórios e isolar trecho defeituoso. 8.3.4 SECCIONADOR (ELB Proteção, p.63) − Definição: é um equipamento utilizado para interrupção automática de circuitos, que abre seus contatos quando o circuito é desenergizado por um equipamento de proteção situado à sua retaguarda e equipado com dispositivo para religamento automático − Operação. È um equipamento basicamente constituído de um elemento sensor de sobrecorrente e de um mecanismo para contagem de desligamentos do equipamento de retaguarda, além de contatos de dispositivos para travamento na posição "aberto" 141 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 8.3.5 RELÉ (ELB Proteção, p.69) − Definição: É um dispositivo que atua quando as condições de um circuito por ele protegido se alteram para valores diferentes dos pré-estabelecidos − Exemplos de relés: − Relé de sobrecorrente − Relé de sobrecorrente instantâneo − Relé de sobrecorrente de tempo definido − Relé de sobrecorrente de tempo inverso − Relé de sobrecorrente de tempo muito inverso − Relé de sobrecorrente direcional − Relé de sobretensão − Relé de subtensão − Relé direcional de potência − Relé de distância − Relé diferencial − Relé de religamento 8.4 COORDENAÇÃO Elo-fusível - Elo-fusível Tabela 8-4 - Elos-fusíveis dos transformadores Potência do transformador (kVA) 15 30 45 75 112,5 150 225 300 500 Corrente (A) 0,63 1,26 1,88 3,14 4,71 6,28 9,41 12,55 20,92 Elo fusível 1H 2H 3H 5H 6K 8K 10K 15K 25K Fusível - Religador (exemplo p. 98 ELB Proteção) Religador - Fusível (exemplo p. 106 ELB Proteção) Fusível - Relé (exemplo p. 113 ELB Proteção) Seccionador - Religador (exemplo p. 121 ELB Proteção) Fusível - Seccionador - Religador Fusível - Seccionador - Relé Religador - Religador Religador - Relé 8.4.1 COORDENAÇÃO DE ELOS FUSÍVEIS Princípios básicos 142 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 1 - O tempo total de interrupção do elo protetor não deve ser maior que 75% do tempo mínimo de fusão do elo protegido. Os 25% são considerados devido ao fato do pré-aquecimento do elo devido à condução de corrente antes do defeito. 2 - A corrente nominal do elo fusível de ramal deve ser no mínimo 150% do valor de carga máxima do ramal e, no máximo 25% da corrente de curto-circuito fase-terra-mínimo no final do trecho protegido por ele, considerando, se possível, o trecho para o qual ele é proteção de retaguarda. 3 - O elo protegido deve coordenar com o elo protetor para o valor da máxima corrente de curto-circuito no ponto de instalação do elo protetor. Esta prática pode levar à utilização de elos protegidos de bitola elevada, sendo assim, o elo protegido deve coordenar pelo menos para o valor da corrente de curto-circuito faseterra-mínimo (sistema a 3 fios) ou fase-terra (sistema a 4 fios) no ponto de instalação do elo protetor. Este procedimento é aceito devido ao fato do curto-circuito fase-terra-mínimo (ou faseterra) ser o que ocorre mais freqüentemente. Figura 8-1 - Relação entre os tempos de interrupção dos fusíveis protetores e protegidos onde TTI = tempo total de interrupção; TMF = tempo mínimo de fusão; TEA = tempo de extinção de arco. 143 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 8-5 - Dados dos elos-fusíveis Potência do transformador (kVA) 15 30 45 75 112,5 150 Corrente do trafo (A) 0,63 1,26 1,88 3,14 4,71 6,28 Elo fusível Corrente do elo (A) 1H 2H 3H 5H 6K 8K 1 2 3 5 9 12 Tabela 8-6 - Tabela de coordenação de elos-fusíveis Tipo H e K Elo fusível Protetor 1H 2H 3H 5H 8H Elo fusível protegido 8K 10K 12K 125 230 380 45 220 45 220 45 220 45 220 15K 510 450 450 450 450 20K 650 650 650 650 650 25K 840 840 840 840 840 30K 1060 1060 1060 1060 1060 40K 1340 1340 1340 1340 1340 50K 1700 1700 1700 1700 1700 65K 2200 2200 2200 2200 2200 80K 2800 2800 2800 2800 2800 100K 3900 3900 3900 3900 3900 140K 5800 5800 5800 5800 5800 200K 9200 9200 9200 9200 9200 Tabela 8-7 - Tabela de coordenação de elos-fusíveis Tipo K Elo fusível Protetor 6K 8K 10K 12K 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K Elo fusível protegido 8K 10K 12K 15K 190 350 510 210 440 300 20K 650 650 540 320 25K 840 840 840 710 430 30K 1060 1060 1060 1050 870 500 144 40K 1340 1340 1340 1340 1340 1100 660 50K 1700 1700 1700 1700 1700 1700 1350 850 65K 2200 2200 2200 2200 2200 2200 2200 1700 1100 80K 2800 2800 2800 2800 2800 2800 2800 2800 2200 1450 100K 3900 3900 3900 3900 3900 3900 3900 3900 3900 3500 2400 140K 5800 5800 5800 5800 5800 5800 5800 5800 5800 5800 5800 4500 2000 200K 9200 9200 9200 9200 9200 9200 9200 9200 9200 9200 9200 9200 9100 4000 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] EXEMPLO DE COORDENAÇÃO Os elos dos transformadores são obtidos diretamente da Tabela. Baseado nas correntes de curto-circuito serão dimensionados os demais elos fusíveis do exemplo, fazendo a devida coordenação. B A 3φ φφ φT φTm C 3H 2H 45 kVA 6k A1 1H A2 15 kVA 30 kVA C1 112,5 kVA 8k 150 kVA Figura 8-2 - Diagrama unifilar do exemplo de coordenação Dados da barra de 13,8 kV - Equivalente do sistema Vbase = 13,8 kV Sbase = 100 MVA Z1 = 0,3535 88,84o R1 = 7,1566*10-3 Z0 = 11,2320 90,00o X1 = 353,4275*10-3 R0 = 0 145 X0 = 11,232 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tabela 8-8 - Dados do exemplo de coordenação Trecho Subt. O-A A-B B-C A-A1 A1-A2 C-C1 Bitola 4/0 HP 4/0 4/0 1/0 4 4 2 Distância (km) 0,05 5,00 2,80 0,38 0,40 0,54 0,63 R1 (pu) 0,004385 0,787650 0,441084 0,119922 0,319471 0,431285 0,316257 X1 (pu) 0,002530 1,073829 0,601344 0,086799 0,098719 0,133270 0,149858 R0 (pu) 0,038250 1,259714 0,705440 0,156138 0,358475 0,483941 0,377491 X0 (pu) 0,005340 4,953791 2,774123 0,381417 0,411510 0,555539 0,638634 Tabela 8-9 - Resistências e reatâncias acumuladas Ponto Equiv. Subt. A B C A1 A2 C1 Bitola R1 (acumulado) X1 (acumulado) R0 (acumulado) X0 (acumulado) 0,007156 0,353428 0,000000 11,232000 4/0 HP 0,011541 0,355958 0,038205 11,237340 4/0 0,799191 1,429787 1,297919 16,191131 4/0 1,240275 2,031131 2,003359 18,965254 1/0 1,360197 2,117930 2,159498 19,346671 4 1,118662 1,528505 1,656394 16,602641 4 1,549947 1,661776 2,140336 17,158180 2 1,676454 2,267788 2,536988 19,985305 A Tabela a seguir apresenta as correntes de curto-circuito em pu e em Amperes. Para o cálculo das correntes em Amperes utilizou-se como corrente de base 4,18 kA, calculado no item Revisão de curto-circuito. Tabela 8-10 - Correntes de curto-circuito do exemplo Ponto A B C A1 A2 C1 CC 3φ CC φφ CC φT CC φTm CC 3φ CC φφ CC φT CC φTm (pu) (pu) (pu) (pu) (A) (A) (A) (A) 0,61 0,53 0,16 0,10 2554 2212 651 411 0,42 0,36 0,13 0,09 1758 1522 535 365 0,40 0,34 0,12 0,09 1662 1439 521 358 0,53 0,46 0,15 0,09 2209 1913 626 396 0,44 0,38 0,14 0,09 1841 1594 594 377 0,35 0,31 0,12 0,08 1483 1285 498 345 Suponha-se que a carga máxima deste circuito seja 10 A. O fator de demanda deste circuito será portanto: f.d. = Dmax 3 * 13,8 * 10 = ⇒f.d. = 0,68 Pot. Inst. 45 + 15 + + 150 + 30 + 112,5 146 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Deve-se observar que as vezes utilizam-se fatores de demanda diferentes ao longo do circuito. Isso quando é conhecido que a carga de um certo ramal é muito elevada ou muito baixa. Determinação do fusível no ponto C Carga do ramal C - C1 I= 30 + 112,5 3 * 13,8 * 0,68⇒I = 4,05 A Admitindo-se uma sobrecarga de 50% tem-se: I = 4,05 * 1,5 ==> I = 6,07 A Curto-circuito fase-terra-mínimo em C1 IφTm = 345 A O elo no ponto C deve coordenar com o elo no ponto C1 pelo menos para 345A. Da tabela de coordenação observa-se que o elo 6k coordena com 12k para até 350 A. Portanto, deve-se utilizar em C 12k. Verificação: 1,5 Icarga máxima ≤ Ielo ≤ IφTm / 4 6,07 ≤ Ielo ≤ 345 / 4 Determinação do fusível no ponto A1 Carga do ramal A1 - A2 I= 15 + 150 3 * 13,8 * 0,68⇒I = 4,69 A Admitindo-se uma sobrecarga de 50% tem-se: I = 4,69 * 1,5 ==> I = 7,03 A Curto-circuito fase-terra-mínimo em A2 IφTm = 377 A O elo em A1 deve coordenar com o elo em A2 pelo menos para 377 A. 147 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Da tabela de coordenação observa-se que o elo 8k coordena com 15k para até 440 A. Portanto deve-se utilizar em A1 15k. Verificação: 1,5 Icarga máxima ≤ Ielo ≤ IφTm / 4 7,03 ≤ Ielo ≤ 377 / 4 Determinação do fusível no ponto A Carga do ramal A - A2 I= 45 + 15 + 150 3 * 13,8 * 0,68⇒I = 5,97 A Admitindo-se uma sobrecarga de 50% tem-se: I = 5,97 * 1,5 → I = 8,95 A Curto-circuito fase-terra-mínimo em A1 IφTm = 396 A O elo em A deve coordenar com o elo em A1 pelo menos para 396 A. Das tabelas de coordenação observa-se que o elo 15k coordena com 25k para até 430 A. Portanto deve-se utilizar em A 25k. Verificação: 1,5 Icarga máxima ≤ Ielo ≤ IφTm / 4 8,95 ≤ Ielo ≤ 396 / 4 148 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 1758 1522 535 365 B A C 25K 2554 3φ 2212 φφ 651 φT φTm 411 12K 3H 2H 45 30 6k A1 C1 15K 2209 1913 626 396 1845 1597 594 377 1662 1439 521 358 1H A2 15 112,5 kVA 1483 1285 498 345 8k 150 kVA Figura 8-3 - Diagrama com os elos-fusíveis 8.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS Na p.145 ELB tem um exemplo de coordenação para um subsistema grande. EXERCÍCIO Determinar os elos fusíveis a serem instalados nos pontos 1 e 2 (no sentido do ponto 3). 0 1 2 3 4 Figura 8-4 - Diagrama unifilar do exercício 149 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo ENE – Departamento de Engenharia Elétrica [email protected] Tabela 8-11- Dados do exercício do Fim do Trafo Carga CC 3φ CC 2φ CC φT CC trecho (kVA) (A) φTm 0 1 19 2000 1400 1100 600 1 2 8 1800 1300 900 500 2 3 45 2 1500 1100 750 390 2 4 6 1050 Obs.: 1)Os trafos estão localizados no final do trecho Os valores de CC (curto circuito) referem-se ao final do trecho Início trecho EXERCÍCIO Determinar os elos fusíveis da figura seguinte 2 1 3 15 kVA 4 45 kVA 6 15 kVA 15 kVA 5 45 kVA Figura 8-5 - Circuito do exercício Dados da barra de 13,8 kV - Equivalente do sistema Vbase = 13,8 kV Sbase = 100 MVA Z1 = 0,3535 88,84o R1 = 7,1566*10-3 Z0 = 11,2320 90,00o X1 = 353,4275*10-3 R0 = 0 X0 = 11,232*10-3 Tabela 8-12 - Dados do exercício Trecho O-1 1-2 2-3 1-4 4-5 3-6 Bitola 4/0 4/0 1/0 4 4 2 150 Distância (km) 10 5 0,5 0,8 1 0,85 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 9 9. DESEMPENHO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 9.1 HISTÓRICO De 1978 a 2000 e 2001 Î Portarias 046/78 e 047/78 Portaria 046/78 DEC - Duração equivalente de interrupção por consumidor FEC - Freqüência equivalente de interrupção por consumidor Resolução ANEEL 024 / 2000 Portaria 047/78 Níveis de tensão Resolução ANEEL 505 / 2001 Portaria 031/80 Supridores DEKS FEKS 9.2 RESOLUÇÃO ANEEL Nº24 DE 27/01/2000 (ATUALIZA A PORTARIA 046/78) A continuidade da distribuição de energia elétrica deverá ser supervisionada, avaliada e controlada por meio de indicadores que expressem os valores vinculados a conjuntos de unidades consumidoras e às unidades consumidoras individualmente consideradas. Ver em anexo a íntegra da Resolução. − Conjunto de Unidades Consumidoras Qualquer agrupamento de unidades consumidoras, global ou parcial, de uma mesma área de concessão de distribuição, definido pela concessionária ou permissionária e aprovado pela ANEEL . − Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora ( DEC ) Intervalo de tempo que, em média, no período de observação, em cada unidade consumidora do conjunto considerado ocorreu descontinuidade da distribuição de energia elétrica. − Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ( DIC ) Intervalo de tempo que, no período de observação, em cada unidade consumidora ocorreu descontinuidade da distribuição de energia elétrica. − Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ( DMIC ) 151 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tempo máximo de interrupção contínua, da distribuição de energia elétrica, para uma unidade consumidora qualquer. − Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora ( FEC ) Número de interrupções ocorridas , em média, no período de observação, em cada unidade consumidora do conjunto considerado. − Freqüência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ( FIC ) Número de interrupções ocorridas, no período de observação, em cada unidade consumidora. DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE DE CONJUNTO As concessionárias deverão apurar, para todos os seus conjuntos de unidades consumidoras, os indicadores de continuidade a seguir discriminados: I - Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora ( DEC ) II - Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora ( FEC ). n n ∑ Ca i * t i DEC = i = 1 ∑ Ca i FEC = i = 1 Cs Cs onde DEC - Duração equivalente de interrupção por consumidor Cai - número de consumidores atingidos pela interrupção i ti - tempo da interrupção i CS - número total de consumidores do sistema i - número de interrupções variando de 1 a n FEC - Freqüência equivalente de interrupção por consumidor DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE INDIVIDUAIS As concessionárias deverão apurar, em até 30 (trinta) dias, sempre que solicitado pelo consumidor ou pela ANEEL, os indicadores a seguir discriminados: I - Duração de Interrupção por Unidade Consumidora ( DIC ) n DIC = ∑ t(i) i =1 II - Freqüência de Interrupção por Unidade Consumidora ( FIC ) FIC = n Onde: DIC = Duração das Interrupções por Unidade Consumidora considerada, expressa em horas e centésimos de hora; FIC = Freqüência de Interrupções por Unidade Consumidora considerada, expressa em número de interrupções; i = Índice de interrupções da unidade consumidora, no período de apuração, variando de 1 a n; n = Número de interrupções da unidade consumidora considerada, no período de apuração; e 152 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] t(i) = Tempo de duração da interrupção (i) da unidade consumidora considerada, no período de apuração. 9.3 PORTARIA 031/80 - SUPRIMENTO n n ∑ POTi * ti DEKS = i = 1 POTs ∑ POTi FEKS = i = 1 POTs onde DEKS - Duração equivalente de interrupção em suprimento POTi - potência interrompida do suprido, ou ponto de interligação, atingido na interrupção “i” ti - tempo da interrupção i POTS - potência máxima registrada no período de apuração, referente ao suprido, ou ponto de interligação i - número de interrupções variando de 1 a n FEKS - Freqüência equivalente de interrupção em suprimento DEKSP e FEKSP - relativo a cada ponto de interligação DEKSC e FEKSC - relativo a cada suprido englobando todos os pontos de interligação Não considerar < 1 minuto Falha do suprido sem repercussão para outros Apurar separado racionamento e/ou esquema regional de alívio de carga Guardar por 36 meses Apuração anual e trimestral 9.4 RESOLUÇÃO ANEEL N° 505 DE 26/11/2001 Estabelece, de forma atualizada e consolidada, as disposições relativas à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica em regime permanente. Ver em anexo a íntegra da Resolução. 153 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 9.5 PORTARIA 163/93 - GRUPO DE TRABALHO PARA PROPOR NOVOS ÍNDICES CAUSAS Tabela 9-1 - Causas de interrupções GRUPO 0 1 2 3 4 5 6 SUPRIMENTO FORNECIMENTO Externas ao conjunto Externas ao conjunto Programadas Programadas Fenômenos naturais e ambientais Fenômenos naturais Falhas humanas Meio ambiente Falhas em equipamento de potência Falhas humanas Falhas em equipamentos de proteção e Falhas em equipamentos controle Outras Outras Conjunto: alimentador de média tensão SUPRIMENTO n ∑ Pi * ti DREQ = i = 1 Dm n ∑ Pi FREQ = i = 1 Dm ENES = n ∑ Ei i =1 onde DREQ - Duração equivalente de interrupção Pi - potência interrompida ti - tempo da interrupção i Dm - Demanda máxima verificada no período i - número de interrupções variando de 1 a n FREQ - Freqüência equivalente de interrupção ENES - Energia interrompida Ei - Valor estimado ou calculado da energia não fornecida na interrupção i FORNECIMENTO Quanto à continuidade DEC - Exprime o espaço de tempo que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou privado do fornecimento de energia elétrica, no período de observação FEC - Representa o número de interrupções que, em média, cada consumidor do conjunto sofreu no período de observação 154 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] n n ∑ Pi * ti DEP = i = 1 Pc ∑ Pi FEP = i = 1 Pc onde DEP - Duração equivalente de interrupção por potência Pi - potência interrompida ti - tempo da interrupção i Pc - Potência total instalada do conjunto considerado i - número de interrupções variando de 1 a n FEP - Freqüência equivalente de interrupção por potência Número de interrupções de curta e longa duração - ICD / ILD Tabela 9-2 - Interrupções de curta e longa durações Intervalo Interrupções ICD 0 a 1 min ILD 1ha2h 1 min a 1 h ... ≥8h Total Quantidade Quanto à conformidade FEV = Cv Ca onde FEV - Freqüência equivalente de violação de tensão Cv - número de consumidores com violação dos limites de tensão Ca - número de consumidores da amostra Representa a proporção de consumidores que receberam energia com níveis de tensão de fornecimento fora dos limites legais z ∑ NEV = g =1 Tg − Tl Tf z NEV - Nível equivalente de violação de tensão Tg - nível de tensão medido fora dos limites estabelecidos em Portaria Tl - nível de tensão limite, superior ou inferior Tf - nível de tensão de fornecimento z - número de violações, superior ou inferior g = contador do número de violação, variando de 1 a z Exprime a média dos níveis de tensão fora dos limites legais, referenciada à tensão de 155 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] fornecimento, dos consumidores considerados no FEV VEV = z Tg − Tl − NEV ∑ T f g = 1 z -1 NEV 2 VEV - Dispersão ou variação equivalente de violação de tensão Representa a variação relativa do NEV, significando o grau de dispersão de cada medida, em torno da média NEV. Exprime o desvio padrão relativo à média NEV Cv x ∑ ∑ dvu DEV = v = 1u = 1 Cv DEV - Duração equivalente de violação de tensão dvu - tempo de permanência da tensão de fornecimento fora dos limites preconizados, referente a cada consumidor v, desde que maior ou igual a 5 minutos x - número de situações seqüenciais do consumidor v, que violaram os limites preconizados da tensão de fornecimento e com durações maiores ou iguais a 5 minutos, para um ciclo de 24 horas u - contador do número de situações seqüenciais do consumidor v, que violaram os limites preconizados da tensão de fornecimento e com durações maiores ou iguais a 5 minutos, para um ciclo de 24 horas, variando de 1 a x Exprime a média dos espaços de tempo de ultrapassagem dos limites legais de tensão de cada consumidor, com duração igual ou superior a 5 minutos, no período de observação de 24 horas Quanto à satisfação do consumidor SAC - Índice de satisfação do consumidor É traduzido por um conjunto de indicadores estatísticos, realizados através de pesquisa de opinião junto aos envolvidos, no sentido de avaliar a percepção dos consumidores quanto à qualidade da prestação de serviço dos consumidores, contemplando os aspectos de continuidade e de conformidade APURAÇÃO SUPRIMENTO Abrangência: AT e MT DREQ - FREQ - ENES − Por empresa origem, em uma empresa suprida do sistema, por causa de responsabilidade da empresa origem − Por empresa origem, em uma empresa suprida do sistema, por todas as causas de responsabilidade da empresa origem 156 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − Em uma empresa suprida do sistema, por todas as empresas origem, por todas as causas − Por empresas origem, em todas as empresas supridas do sistema, por todas as causas Periodicidade: Mensal, trimestral e anual FORNECIMENTO DEC - FEC - DIC - FIC Abrangência: Quando conjunto: MT Quando consumidor individual: global − Por causa, por conjunto e por empresa DEP - FEP Abrangência: por conjunto (MT) − Por causa, por conjunto e por empresa ILD Abrangência: MT − Por conjunto / duração − Por conjunto − Por empresa / duração − Por empresa ICD Abrangência: MT - todas as interrupções < 1 minuto − Por conjunto − Por empresa Periodicidade: mensal, trimestral e anual Trimestral e anual - consumidores e potência: média dos meses e trimestres DIC e FIC - solicitação da ANEEL ou dos consumidores FEV - NEV - VEV - DEV Por empresa Abrangência: BT, MT e AT Periodicidade: anual Satisfação do consumidor Questionários I - Residencial II - Industrial e Comercial e Serviços atendidos em BT III - Industrial e Comercial e Serviços atendidos em AT Periodicidade: anual Amostra 157 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] _ N*S*S Ca = _ (N - 1)ε 2 + (S * S) 4 onde Ca - tamanho da amostra N - tamanho do universo considerado S - proporção da população com características consideradas semelhantes _ S - proporção da população c/ características não semelhantes àquelas de S ε - erro amostral _ S+S=1 Tamanhos de amostra para erros de 1%, 2%, 3%, 4%, 5% e 10% Hipótese: S = 0,5 e grau de confiança = 95% Tabela 9-3 - Tamanhos de amostra Universo 500 1.000 1.500 2.000 5.000 10.000 15.000 50.000 100.000 infinito Tamanho da amostra para as margens de erros indicados 1% 2% 3% 4% 5% 476 417 345 278 222 909 714 527 385 286 1.304 938 639 441 316 1.667 1.111 715 476 333 3.334 1.667 909 556 370 5.000 2.000 1.000 588 385 6.000 2.143 1.035 600 390 8.333 2.381 1.087 617 397 9.091 2.439 1.099 621 398 10.000 10.000 1.111 625 400 10% 83 91 94 95 98 99 99 100 100 100 Exemplo: S = 0,5 S = 0,5 N = 5000 ε = 5% Ca = ⇒ 5000 * 0,5 * 0,5 = 370 (5000 - 1) * (0,05)2 + (0,5 * 0,5) 4 _ 4*S*S lim C a = N→ ∞ ε2 158 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 9.6 EXEMPLO RESOLVIDO Calcular os indicadores DEC, FEC, DEP e FEP utilizando os dados da tabela a seguir. Estes cálculos podem ser feitos por conjuntos de consumidores, por alimentadores, por causas, para toda a empresa, etc Tabela 9-4 - Cálculos auxiliares para determinação dos índices Hora início 10:25 09:14 08:58 12:55 14:20 15:02 19:00 18:44 11:45 10:48 Totais Dados: Hora fim Cons ating. 11:48 10:13 09:15 13:47 16:20 19:22 20:19 22:14 14:59 15:03 152 95 36 310 470 680 320 1.050 550 380 4.043 Pot. interr. 75 45 15 150 225 300 145 500 265 175 1.895 Dura- Tempo ção (h) 01:23 1,383 00:59 0,983 00:17 0,283 00:52 0,867 02:00 2 04:20 4,333 01:19 1,317 03:30 3,5 03:14 3,233 04:15 4,25 Ca * t Pot * t 210,3 93,4 10,2 268,7 940,0 2.946,7 421,3 3.675,0 1.778,3 1.615,0 11.958,9 103,8 44,3 4,3 130,0 450,0 1.300,0 190,9 1.750,0 856,8 743,8 5.573,8 Cs = 3000 consumidores Pot inst. = 1500 DEC = 11.958,9 / 3.000 = 3,98 FEC = 4.043 / 3.000 = 1,35 DEP = 5.573.8 / 1.500 = 3,72 FEP = 1.895 / 1.500 = 1,26 159 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 9.7 EXEMPLO RESOLVIDO Considere as tensões máximas e mínimas de 10 consumidores selecionados conforme indicado na figura a seguir: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 238 232 232 233 229 227 228 226 225 223 220 219 218 215 205 204 201 198 197 196 196 1 2 3 Cálculo do FEV FEV = 7 / 10 4 194 5 6 7 194 8 9 10 Cálculo do NEV e do VEV Tabela 9-5 - Cálculos do NEV e do VEV Consumidor 1 2 3 4 5 6 7 7 8 9 10 Valor medido 196 Limites 201 Diferença 5 pu 0,0227 232 238 194 229 229 201 3 9 7 0,0136 0,0409 0,0318 233 197 194 229 201 201 4 4 7 0,0181 0,0181 0,0318 196 201 5 0,0227 Média dos valores em pu (NEV) = 0,0249 160 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Desvio padrão = 0,0091 VEV = Desvio / Média = 0,0091 / 0,0249 = 0,3659 9.8 EXEMPLO RESOLVIDO Suponha 2 concessionárias para as quais na apuração do NEV foram obtidos os seguintes valores em pu: Tabela 9-6 - Dados das concessionárias A e B do exemplo Conc. A Conc. B 0,01 0,1 0,02 0,1 NEV (A) = 0,105 Desvio padrão (A) = 0,08229 VEV (A) = 0,7837 0,05 0,1 0,04 0,1 0,18 0,1 0,19 0,15 0,20 0,1 0,15 0,09 NEV (B) = 0,105 Desvio padrão (B) = 0,01852 VEV (B) = 0,1763 9.9 EXEMPLO RESOLVIDO Exemplo de cálculo do DEV Tabela 9-7 - Somas dos tempos de violação Consumidores 1 2 3 4 5 Soma dos tempos de violação 35 46 12 78 11 DEV = 182 / 5 DEV = 36,4 9.10 CONCEITOS DE MEDIDAS DE CONFIABILIDADE (p. 73 ELB Desempenho) − Itens reparáveis − Itens não-reparáveis − Confiabilidade − Taxas de falhas − Tempo médio entre falhas − Tempo médio até a falha − Tempo médio de reparo − Vida média − Exemplos de aplicação − Aplicação ao cálculo das medidas de confiabilidade de itens não-reparáveis − Aplicação ao cálculo das medidas de confiabilidade de itens reparáveis 161 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 9.11 EXERCÍCIOS PROPOSTOS EXERCÍCIO 1 Considere as tensões máximas e mínimas de 10 consumidores selecionados conforme indicado na figura a seguir. Calcule o FEV, o NEV e o VEV. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 240 233 230 229 227 228 226 224 223 221 220 219 215 207 203 205 203 205 202 201 197 195 1 2 3 196 4 5 6 7 8 9 10 EXERCÍCIO 2 Suponha 2 concessionárias para as quais na apuração do NEV foram obtidos os seguintes valores em pu. Calcule o NEV e o VEV para as 2 concessionárias Tabela 9-8 - Dados do exercício Conc. A Conc. B 0,04 0,03 0,07 0,02 0,06 0,03 0,03 0,01 0,12 0,02 0,05 0,03 0,02 0,15 0,10 0,19 EXERCÍCIO 3 Calcule o DEV considerando os dados da tabela a seguir: Tabela 9-9 - Dados do exercício Consumidores Soma dos tempos violação de A 43 B 12 C 15 162 D 77 E 45 F 21 G 66 H 35 I 48 J 68 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 10 10. MEDIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 10.1 ASPECTOS GERAIS − Definições − Unidade consumidora − Ponto de entrega − etc − Tipos de unidades consumidoras − Classificação das unidades consumidoras − Tipos de medições − Contratos de fornecimento, prazos para ligação − Opções de faturamento − Leitura e entrega de contas (novas tecnologias disponíveis) − Suspensão do fornecimento e religação − Fornecimento provisório − Análise e aprovação de projetos − Alteração na carga − Custos das atividades 10.2 RESOLUÇÃO 456/2000 CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA (29/11/2000) Ver texto completo da Resolução em anexo. 10.3 UNIVERSALIZAÇÃO Antes Î Portaria DNAEE nº 005 de 11/01/90 Depois Î Resolução ANEEL nº 223, DE 29 DE ABRIL DE 2003. Estabelece as condições gerais para elaboração dos Planos de Universalização de Energia Elétrica visando ao atendimento de novas unidades consumidoras ou aumento de carga, regulamentando o disposto nos arts. 14 e 15 da Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, e fixa as responsabilidades das concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica. Ver texto completo da Resolução em anexo. 163 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 11 11. TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 11.1 ASPECTOS GERAIS − Tarifas de fornecimento − Tarifas de suprimento − Tarifas de fornecimento horo-sazonais (Azul e Verde) − Tarifas do Grupo A - Convencional − Tarifas do Grupo B - Convencional − Período seco − Período úmido − Cobrança de ICMS − Tarifas monômias e binômias − Energia e demanda − Horário de ponta de carga − Sistemas de tarifação: pelo custo do serviço, pelo preço, pelo custo marginal − Custos envolvidos TARIFAS Grupo A A1 => A2 => A3 => A3a => A4 => AS => 230 kV ou mais 88 a 138 kV 69 kV 30 a 44 kV 2,3 a 25 kV subterrâneo Grupo B B1 => B2 => B3 => B4 => Residencial Rural Não residencial nem rural Iluminação pública Os valores a seguir são apenas ilustrativos. Ressalta-se ainda que os consumidores estão em processo de reenquadramento como baixa renda em função de mudança nos critérios. 164 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Consumo Até 30 kWh B1 - Res. Baixa Renda até 50 kWh De 31 a 50 kWh Até 30 kWh B1 - Residencial De 31 a 100 kWh Baixa Renda De 101 a 180 kWh 51 a 180 kWh ICMS Isento Isento 12% 12% 12% R$/kWh 0,0799000 0,1369700 0,0907954 0,1556477 0,2334886 B1 - Residencial B1 - Residencial B1 - Residencial B1 - Residencial B1 - Residencial Isento 12% 17% 21% 25% 0,2349000 0,2669318 0,2830120 0,2973417 0,3132000 até 50 kWh de 51 a 200 kWh de 201 a 300 kWh de 301 a 500 kWh acima de 500 kWh Tarifa Horo-Sazonal Azul Comercial/Industrial acima de 1000 kWh Poder Público acima de 500 kWh ICMS Demais classes: qualquer consumo A2 - Comercial/Industrial 21% A2 - Poder Público 25% A2 - Saneamento (redução de 15%) 17% A3a - Saneamento (redução de 15%) 17% A4 - Comercial/Industrial 21% A4 - Poder Público 25% A4 - Saneamento (redução de 15%) 17% A4 - Rural (redução de 10%) 17% A4 - Madrugada (redução de 80%) 17% A4 - Cooperativa (redução de 50%) 17% AS - Comercial/Industrial 21% AS - Poder Público 25% Ponta 18,3417721 19,3200000 14,8391566 23,2572289 29,7721518 31,3600000 24,0867469 25,5036144 14,1686746 29,7721518 31,3600000 Fora de Ponta 4,2151898 4,4400000 3,4102409 7,7421686 9,9113924 10,4400000 8,0186746 8,4903614 4,7168674 15,2405063 16,0533333 Demanda - R$/kW Ultrapas. Ultrapas. na ponta f. de ponta 67,9493670 15,5063291 71,5733333 16,3333333 54,9734939 12,5451807 78,2716867 26,0939759 89,4303797 29,7721518 94,2000000 31,3600000 72,3524096 24,0867469 76,6084337 25,5036144 42,5602409 14,1686746 93,5949367 45,7088607 98,5866666 48,1466666 Ponta seca 0,1029113 0,1084000 0,0832590 0,1525698 0,1955063 0,2059333 0,1581716 0,1674759 0,0372168 0,0930421 0,2046455 0,2155600 Consumo - R$/kWh Ponta F. de ponta úmida seca 0,0959873 0,0737215 0,1011066 0,0776533 0,0776572 0,0596433 0,1412228 0,0725572 0,1809746 0,0929746 0,1906266 0,0979333 0,1464150 0,0752198 0,1550277 0,0796445 0,0344506 0,0176987 0,0861265 0,0442469 0,1893797 0,0972911 0,1994800 0,1024800 F. de ponta úmida 0,0676455 0,0712533 0,0547277 0,0641186 0,0821645 0,0865466 0,0664740 0,0703843 0,0156409 0,0391024 0,0859493 0,0905333 Tarifa Horo-Sazonal Verde Comercial/Industrial acima de 1000 kWh Poder Público acima de 500 kWh Demanda - R$/kW ICMS Normal Consumo - R$/kWh Ultrapas. Ponta Ponta F. de ponta seca úmida seca úmida 0,8847721 0,8702531 0,0929746 0,0821645 Demais classes: qualquer consumo A4 - Comercial/Industrial 29,7721518 F. de ponta 21% 9,9113924 A4 - Poder Público 25% 10,4400000 31,3600000 0,9319600 0,9166666 0,0979333 0,0865466 A4 - Saneamento (redução de 15%) 17% 8,0186746 24,0867469 0,7158126 0,7040662 0,0752198 0,0664740 A4 - Rural (redução de 10%) 17% 8,4903614 25,5036144 0,7579192 0,7454819 0,0796445 0,0703843 A4 - Madrugada (redução de 80% no consumo) 17% - - 0,0176987 0,0156409 - - A4 - Cooperativa (redução de 50%) 17% 4,7168674 14,1686746 0,4210662 0,4141566 0,0442469 0,0391024 AS - Comercial/Industrial 21% 15,2405063 45,7088607 0,9258987 0,9107341 0,0972911 0,0859493 AS - Poder Público 25% 16,0533333 48,1466666 0,9752800 0,9593066 0,1024800 0,0905333 11.2 TARIFAS HORO-SAZONAIS AZUL E VERDE Fonte: Manual de orientação ao consumidor CODI - CEB Conceitos: Horário de ponta Horário fora de ponta 165 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Período seco: maio a novembro Período úmido: dezembro a abril Horário de ponta em período seco Horário de ponta em período úmido Horário fora de ponta em período seco Horário fora de ponta em período úmido Tarifa convencional − Demanda de potência (kW) preço único − Consumo de energia (kWh) preço único Tarifa Azul − Demanda de potência (kW) um preço para a ponta um preço para fora da ponta − Consumo de energia (kWh) um preço para a ponta em período úmido um preço para fora da ponta em período úmido um preço para a ponta em período seco um preço para fora da ponta em período seco Tarifa Verde − Demanda de potência (kW) preço único − Consumo de energia (kWh) um preço para a ponta em período úmido um preço para fora da ponta em período úmido um preço para a ponta em período seco um preço para fora da ponta em período seco Aplicação das tarifas Unidades consumidoras do Grupo A Unidades consumidoras atendidas em tensão igual ou superior a 69 kV Î Tarifa azul unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69 kV, com demanda igual ou superior a 300 kW Î Tarifas azul ou verde unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69 kV que apresentarem nos últimos 11 ciclos de faturamento 3 medidas de demanda consecutivas ou 6 alternadas iguais ou superiores a 300 kW Î Tarifas azul ou verde unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69 kV com demanda contratada inferior a 300 kW Î Tarifas convencional, azul ou verde O consumidor poderá optar pelo retorno à estrutura tarifária convencional, desde que seja 166 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] verificado, nos últimos 11 (onze) ciclos de faturamento, a ocorrência de 9 (nove) registros, consecutivos ou alternados, de demandas medidas inferiores a 300 kW Tarifa de ultrapassagem Tarifa aplicada à parcela da demanda medida que ultrapassar o valor da demanda contratada, respeitados os limites de tolerância Limites de tolerância − 5% para unidade consumidora atendida em tensão de fornecimento igual a ou superior a 69 kV (Tarifa azul) − 10% para unidade consumidora atendida em tensão de fornecimento inferior a 69 kV Superados os limites caberá a aplicação da tarifa de ultrapassagem em toda a parcela que exceder a respectiva demanda contratada Faturamento Tarifa convencional − Demanda − FD = Dfat * TD onde FD = faturamento da demanda Dfat = demanda faturável TD = tarifa de demanda Dfat = Maior valor entre: Demanda contratada A maior potência demandada verificada por medição 85% da maior demanda registrada nos últimos 11 meses (exceto Rural ou Sazonal) 10% da maior demanda nos últimos 11 meses (Rural ou Sazonal) − Tarifa de Ultrapassagem − FD = DC * TD + (DM-DC) * TU onde DC = Demanda contratada DM = Demanda medida TU = tarifa de ultrapassagem − Consumo − FC = C * TC onde FC = faturamento do consumo C = consumo medido TC = tarifa de consumo Tarifa azul − Demanda 167 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − FD = Dfatp * TDp + Dfatfp * TDfp onde Dfat = Maior valor entre: Demanda contratada A maior potência demandada verificada por medição 10% da maior demanda nos últimos 11 meses (Rural ou Sazonal) TDp = tarifa de demanda de ponta TDfp = tarifa de demanda fora de ponta − Tarifa de Ultrapassagem − FD = FDp + FDfp onde FDp = faturamento de demanda de ponta FDfp = faturamento de demanda fora de ponta − FDp = DCp * TDp + (DMp-DCp) * TUp onde DCp = demanda contratada de ponta DMp = demanda medida no horário de ponta TUp = Tarifa de ultrapassagem para a ponta − FDfp = DCfp * TDfp + (DMfp-DCfp) * TUfp onde Similar ao anterior, porém fora de ponta − Consumo − FC = Cp * TCp + Cfp * TCfp onde Cp = consumo medido no horário de ponta TCp = tarifa de consumo no horário de ponta As variáveis com índice fp referem-se a fora da ponta Tarifa verde − Demanda − FD = Dfat * TD onde Dfat = Maior valor entre: Demanda contratada A maior potência demandada verificada por medição 10% da maior demanda nos últimos 11 meses (Rural ou Sazonal) − Tarifa de Ultrapassagem − FD = DC * TD + (DM-DC) * TU − Consumo − FC = Cp * TCp + Cfp * TCfp 168 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Valor total (importe do fornecimento) I = FD + FC 169 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 11.2.1 EXEMPLO RESOLVIDO Fonte: Manual de orientação ao consumidor CODI - CEB 500 450 400 Carga (kW) 350 300 250 200 150 100 50 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Horas Figura 11-1 - Curva de carga antes Tabela 11-1 - Dados de carga Carga 1 Carga 2 Carga 3 Carga 4 Carga 5 Carga 6 Carga 7 Carga 8 Carga 9 Carga 10 Carga 11 Carga 12 Total 150 150 30 20 10 20 20 40 20 20 20 10 510 Ponta 3 1 3 0 0 0 1 2 2 0 3 1 Horas Fora 13 12 14 13 8 9 4 12 12 11 14 11 Total 16 13 17 13 8 9 5 14 14 11 17 12 170 Ponta 450 150 90 0 0 0 20 80 40 0 60 10 900 Consumo Fora Total 1.950 2.400 1.800 1.950 420 510 260 260 80 80 180 180 80 100 480 560 240 280 220 220 280 340 110 120 6.100 7.000 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Demanda (kW) Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Ponta Fora de ponta Ponta Fora de ponta Consumo (kWh) 440 490 19.800 134.200 Tarifa convencional FTC = Dfat * TD + C * TC Tarifa azul FTA = Dfatp * TDp + Dfatfp * Tdfp + Cp * TCp + Cfp * TCfp Tarifa verde FTV = Dfat * TD + Cp * TCp + Cfp * TCfp Tarifa convencional TD = 5,82 R$ / kW TC = 0,0852 R$ / kWh FTC = 15.972,60 Tarifa azul TDp = 15,38 R$ / kW TDfp = 5,13 R$ / kW TCp = 0,1009 R$ / kWh TCfp = 0,0480 R$ / kWh FTA = 17.720,32 Tarifa verde TD = 5,13 R$ / kW TCp = 0,4567 R$ / kWh TCfp = 0,0480 R$ / kWh FTV = 17.997,96 Convencional Azul Verde 15.972,60 17.720,32 17.997,96 171 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 500 450 400 Carga (kW) 350 300 250 200 150 100 50 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Horas Figura 11-2 - Curva de carga - Situação 2 Tabela 11-2 - Dados de carga - Situação 2 Carga 1 Carga 2 Carga 3 Carga 4 Carga 5 Carga 6 Carga 7 Carga 8 Carga 9 Carga 10 Carga 11 Carga 12 Total Demanda (kW) 150 150 30 20 10 20 20 40 20 20 20 10 510 Ponta 2 0 3 0 0 0 0 0 0 0 3 0 Horas Fora 14 13 14 13 10 9 4 14 14 11 14 12 Ponta Total 16 13 17 13 10 9 4 14 14 11 17 12 Consumo Ponta Fora 300 2.100 0 1.950 90 420 0 260 0 100 0 180 0 80 0 560 0 280 0 220 60 280 0 120 450 6.550 Total 2.400 1.950 510 260 100 180 80 560 280 220 340 120 7.000 200 172 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Consumo (kWh) Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Fora de ponta Ponta Fora de ponta 490 9.900 144.100 Tarifa convencional TD = 5,82 R$ / kW TC = 0,0852 R$ / kWh FTC = 15.972,60 Tarifa azul TDp = 15,38 R$ / kW TDfp = 5,13 R$ / kW TCp = 0,1009 R$ / kWh TCfp = 0,0480 R$ / kWh FTA = 13.505,41 Tarifa verde TD = 5,13 R$ / kW TCp = 0,4567 R$ / kWh TCfp = 0,0480 R$ / kWh FTV = 13.951,83 Convencional Azul Verde 15.972,60 13.505,41 13.951,83 173 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 500 450 400 Carga (kW) 350 300 250 200 150 100 50 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Horas Figura 11-3 - Curva de carga - Situação 3 Tabela 11-3 - Dados de carga - Situação 3 Carga 1 Carga 2 Carga 3 Carga 4 Carga 5 Carga 6 Carga 7 Carga 8 Carga 9 Carga 10 Carga 11 Carga 12 Total 150 150 30 20 10 20 20 40 20 20 20 10 510 Ponta 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 Horas Fora 15 13 16 12 7 8 5 13 14 11 16 11 Total 16 13 17 13 8 9 5 14 14 11 17 12 Consumo Ponta Fora 150 2.250 0 1.950 30 480 20 240 10 70 20 160 0 100 40 520 0 280 0 220 20 320 10 110 300 6.700 Total 2.400 1.950 510 260 80 180 100 560 280 220 340 120 7.000 Tarifa convencional 174 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] TD = 5,82 R$ / kW TC = 0,0852 R$ / kWh FTC = 15.972,60 Tarifa azul TDp = 15,38 R$ / kW TDfp = 5,13 R$ / kW TCp = 0,1009 R$ / kWh TCfp = 0,0480 R$ / kWh FTA = 14.868,84 Tarifa verde TD = 5,13 R$ / kW TCp = 0,4567 R$ / kWh TCfp = 0,0480 R$ / kWh FTV = 12.603,12 Convencional Azul Verde 15.972,60 14.868,84 12.603,12 11.2.2 EXEMPLO RESOLVIDO Adaptado do artigo Elevação de tensão para 138 kV garante retorno econômico para indústria Revista Eletricidade Moderna Outubro / 97 pag 98 Situação Original A4 (2,3 a 25 kV) Situação Proposta A2 (138 kV) Necessário: Investimento em Linha de transmissão e Subestação Doação da LT para a Concessionária Vantagens Consumidor: Concessionária: Investidores: (ESCOs) Confiabilidade maior Possibilidade de aumento de carga Redução na conta de energia Aumentar o faturamento a médio prazo Liberar demanda no circuito de MT (Adiar investimento) Receber a LT Oportunidade de negócios Portaria 466 de 12/11/97 (Na época em vigor) 175 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Condições Gerais de fornecimento de Energia Elétrica Dos Limites de Fornecimento Art 3o Competirá ao Concessionário estabelecer e informar ao interessado a tensão de fornecimento para a unidade consumidora, com observância dos seguintes limites: ITensão secundária de distribuição (Grupo B): Quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 50 kW II Tensão primária de distribuição (Grupo A) Quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 50 kW e a demanda de potência, contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2500 kW III Tensão de transmissão (Grupo A) Quando a demanda de potência, contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2500 kW Atualmente: Resolução n° 456 / 2000 ANEEL Art. 6º Competirá a concessionária estabelecer e informar ao interessado a tensão de fornecimento para a unidade consumidora, com observância dos seguintes limites: I - tensão secundária de distribuição: quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW; II - tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; e III - tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: quando a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 kW. Parágrafo único. Quando se tratar de unidade consumidora do Grupo “A”, a informação referida no “caput” deste artigo deverá ser efetuada por escrito. CONTA DE ENERGIA ANTES E APÓS Tabela 11-4 - CONTA DE ENERGIA ANTES E APÓS Valor Demanda de ponta Demanda fora da ponta Consumo de ponta Consumo fora da ponta R$ * 1000 4.000 kW Tarifa A4 R$/kW e R$/MWh 15 4.700 kW R$ * 1000 60 Tarifa A2 R$/kW e R$/MWh 9 5 24 2 9 220 MWh 100 22 52 12 2.000 MWh 48 96 38 76 202 36 133 Investimentos necessários: R$ 1,3 milhão (SE de 7,5 MVA) Economias mensais: R$ 68 mil 176 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Tempo de retorno do investimento considerando 10% ao ano = 21 meses Condições: Durante 5 anos 90 % da economia na conta fica com a ESCO e 10% para o consumidor Mecanismo de proteção para: Variações no consumo de eletricidade Variações entre as tarifas A2 e A4 Transformar o contrato previsto para 5 anos em um montante equivalente total de energia em kWh. Cada mês a economia seria convertida em kWh (daquele mês). Quando a soma dos kWh convertidos mensalmente alcançasse o montante equivalente total o contrato se encerraria. Havendo redução de consumo de energia do cliente, as economias mensais diminuem e, na mesma proporção os kWh convertidos. O contrato fica mais longo. Havendo aumento na distância entre as tarifas A2 e A4 as economias mensais se elevarão. O contrato se encerrará mais rapidamente. Todos ganham se a produção aumenta. Calcular quanto deve ser o aumento na energia ou demanda para que a Concessionária tenha o mesmo faturamento anterior. Hipótese: Considerar percentuais diferentes para as 4 parcelas formadoras da fatura: Demanda de ponta Demanda fora de ponta Consumo de ponta Consumo fora de ponta Fazer uma análise mais detalhada do ponto de vista da Concessionária: Perdas: Diminuição na receita Ganhos: Incorporação da LT ao patrimônio Adiamento de investimentos na MT (que liberou demanda) Redução na compra de energia 11.2.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS EXERCÍCIO Com os dados do exemplo dado em aula, em que o consumidor passou da Tarifa A4 para a Tarifa A2, calcular quanto deve ser o aumento na energia (ponta e fora de ponta) ou na demanda (ponta e fora de ponta) para que a Concessionária tenha o mesmo faturamento mensal anterior. Considerar cada um dos casos separadamente. 11.3 ENERGIA REATIVA EXCEDENTE − A Potência ativa efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento, etc. − A potência reativa usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos das 177 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] cargas indutivas. − A legislação estabelece um nível máximo para utilização de reativo indutivo ou capacitivo limitado pelo fator de potência mínimo de 0,92. − Para cada kWh de energia ativa consumida a concessionária permite a utilização de 0,425 kVAr de energia reativa indutiva ou capacitiva. − Para alimentar uma carga de 1 kW com fator de potência igual a 0,70 são necessários 1,43 kVA. Para a mesma carga de 1 kW com fator de potência de 0,92 são necessários apenas 1,09 kVA, ou seja 24% a menos. − Causas mais comuns da ocorrência de baixo fator de potência: − Motores e transformadores operando em vazio ou com pequenas cargas − Motores e transformadores superdimensionados − Grande quantidade de motores de pequena potência − Máquinas de solda − Lâmpadas de descarga: fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio - sem reatores de alto fator de potência − Excesso de energia reativa capacitiva 11.3.1 EFEITOS NAS PERDAS − Quantidades elevadas de energia reativa provocam o aumento da corrente total que circula nas redes de distribuição. As perdas são proporcionais ao quadrado da corrente total. Logo, baixo fator de potência guarda relação direta com aumento nas perdas. − Exemplo: Unidade consumidora com consumo anual de 50MWh/ano, fator de potência de 0,8 e perdas globais de 6% (3 MWh/ano). Elevando-se o fator de potência para 0,92 as perdas serão reduzidas para 4,54% (24,4%) FP2 inicial Redução das perdas (%) = 1 * 100 2 FP final 11.3.2 EFEITOS NA QUEDA DE TENSÃO − O aumento na corrente provocado pelo aumento na potência reativa aumenta a queda de tensão nas redes 11.3.3 IMPLICAÇÕES NA CAPACIDADE INSTALADA − Supondo-se uma carga com potência ativa de 1000 kW. A potência do transformador (kVA) necessário para atender a esta carga será função direta do fator de potência. Tabela 11-5 - Implicações na potência instalada Fator de Potência 0,70 0,80 0,85 Potência do transformador (kVA) 1428 1250 1176 178 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 0,92 1087 11.3.4 IMPLICAÇÕES NAS SEÇÕES DOS CONDUTORES − Com o aumento da corrente para que não se aumente as perdas é necessário que se utilize condutores de seções maiores. Tabela 11-6 - Implicações nas seções dos condutores Seção relativa 1,00 1,23 1,56 2,04 2,78 4,00 6,25 11,11 Fator de potência 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 1 Seção relativa = (Fator de Potência)2 11.3.5 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA − Compensação individual − Compensação por grupos de cargas − Compensação geral − Compensação na entrada da energia em alta tensão − Compensação com regulação automática − Compensação combinada − Compensação por motores síncronos 11.3.6 FORMAS DE AVALIAÇÃO DO EXCEDENTE DE REATIVO − Através do fator de potência horário ou mensal Fator de potência horário n 0,92 − DF(p) * TDA (p) FDR(p) = max DA t * ft t = 1 179 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica n FER(p) = ∑ CA t t =1 Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 0,92 − 1 * TCA (p) * ft FDR(p) - Faturamento da demanda de potência reativa excedente por posto tarifário DAt - Demanda de potência ativa medida de hora em hora DF(p) - Demanda de potência ativa faturada em cada posto TDAp - Tarifa de demanda de potência ativa FER(p) - Faturamento do consumo de reativo excedente por posto tarifário Cat - Consumo de energia ativa medido em cada hora TCA(p) - Tarifa de energia ativa ft - Fator de potência calculado de hora em hora t - intervalo de uma hora p - posto tarifário Fator de potência mensal 0,92 FDR = DM * − DF * TDA fm FDR - Faturamento da demanda de reativo excedente DM - Demanda ativa máxima registrada no mês (kW) DF - Demanda ativa faturável no mês (kW) TDA - Tarifa de demanda ativa FER - Faturamento do consumo de reativo excedente CA - Consumo ativo do mês TCA - Tarifa de consumo ativo fm - Fator de potência mensal 11.3.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS EXERCÍCIO Calcular a redução percentual nas perdas, de uma carga que consome 5.500 MWh por ano e cujo fator de potência é 0,85, ao ter seu fator de potência melhorado para 0,92. EXERCÍCIO Calcular a redução percentual na queda de tensão para uma carga de 1 MVA num trecho de rede de 1 km, ao melhorar o fator de potência de 0,8 para 1. Fazer os cálculos para as seguintes bitolas: 4, 2, 1/0 4/0 e 336,4. EXERCÍCIO Calcular quanto de carga nova poderá ser ligada num sistema com capacidade instalada de 3 MVA e que teve o fator de potência melhorado de 0,7 para 0,95. EXERCÍCIO Utilizando-se os dados do exercício anterior e supondo que o custo para instalar cada kW de capacidade no sistema seja de R$550,00, até quanto pode-se investir na melhoria do fator de potência para passar de 0,70 para 0,95. 180 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 181 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 12 12. Normas, Padrões e Procedimentos em Sistemas de Distribuição − Definições − Norma − Padrão − Especificação − Orientação Técnica − Resoluções da ANEEL (ex-DNAEE) − Normas da ABNT − Métodos de trabalho − Especificações técnicas para compra de materiais e equipamentos e contratações − Requisitos mínimos necessários − Pesquisar novas tecnologias − Aplicação de materiais e equipamentos − Rede protegida − Transformador auto protegido − Pára-raios de BT − etc − Controle e avaliação de desempenho de materiais e equipamentos − Chaves fusíveis − Pára-raios − etc − Cadastramento de materiais e equipamentos − Normas e orientações técnicas referentes a − Projetos de sistemas de distribuição − Fornecimento de energia elétrica − Instalações consumidoras − Iluminação pública − Segurança no Trabalho incluída nas rotinas de trabalho − Definir os critérios de planejamento, projetos, construção, operação e manutenção − Custos das atividades (custos modulares) Exemplos de instruções normativas: − Procedimentos para análise e aprovação de projetos contendo instalações elétricas de sistemas de combate a incêndio − Procedimentos para uniformização de processos e rotinas para fins de uso mútuo de instalações da rede de distribuição − Pára-raios a óxido de zinco, em corpo polimérico, no sistema de redes aéreas de distribuição, em substituição ao pára-raios de carboneto de silício 182 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Exemplos de normas − Critérios para projeto de redes aéreas protegidas - 15 kV, compactas com espaçadores − Critérios para projeto de redes de dutos e caixas subterrâneas − Padrão de construção de redes de dutos e caixas subterrâneas − Pára-raios para baixa tensão a óxido de zinco - especificação e padronização − Especificações técnicas de conjunto de medição trifásica − Fornecimento de energia elétrica em tensão primária de distribuição − Procedimentos para recebimento de obras de distribuição − Critérios para uso mútuo de redes de distribuição 183 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 13 13. Outras atividades relacionadas com a Distribuição Suprimento de materiais e equipamentos − Compra − Inspeção e recebimento em fábrica − Armazenamento − Controle de estoque − Garantir estoque ótimo técnica e economicamente Engenharia de materiais e equipamentos − Especificações − Inovações tecnológicas Interligação com os supridores de energia (Operação) − Busca de alternativas para o suprimento − Análise das opções de suprimento − Buscar o binômio : Menor custo e confiabilidade garantida Relações com os supridores de energia (Comerciais) − Estabelecimento dos contratos iniciais − Estabelecimento dos contratos bilaterais − Mercado spot − Comercialização da energia de curto prazo Mercado − Previsão dos valores futuros de energia e demanda − Desagregar por classes de consumidores − Reflexos dos consumidores livres − Mercado cativo e livre − Novos mercados Marketing − Relações com os clientes Economia e Finanças Segurança do trabalho Materiais e Equipamentos (tecnologia, tendências, etc) Gerenciamento de contratos Financiamentos 184 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Capítulo 14 14. Revisão de Matemática Financeira − Objetivo − Comparação de alternativas (na mesma base) − Auxílio à decisão − Conceitos − Fluxo de caixa − Taxa de juros (desconto, retorno) - sempre juros compostos − Valor do dinheiro no tempo (n) − Valor presente (P) − Valor futuro (F) − Série Uniforme (A) − Gradiente (G) F A (1+i) períodos (anos, meses, etc) P Figura 14-1 - Representação do fluxo de caixa Fatores de correlação entre os Valores Presente, Futuro e Série Uniforme Tabela 14-1 - Fatores de correlação entre os Valores Presente, Futuro e Série Uniforme Valor Presente (P) Valor Futuro (F) Série Uniforme (A) Valor Presente (P) 1 Valor Futuro (F) (1 + i)n 1 1 (1 + i)n (1 + i)n − 1 (1 + i)n − 1 i Série Uniforme (A) (1 + i)n i* (1 + i)n − 1 i (1 + i)n − 1 1 i * (1 + i)n i = taxa de desconto n = número de períodos Pagamentos nos finais dos períodos − A/P ==> Fator de Recuperação de Capital (FRC) 185 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] − F/P ==> Fator de Acumulação de Capital (FAC’) − P/F ==> Fator de Valor Atual (FVA’) − A/F ==> Fator de Formação de Capital (FFC) − F/A ==> Fator de Acumulação de Capital (FAC) − P/A ==> Fator de Valor Atual (FVA) Quando n → ∞ ( > 30 ) ⇒ A = P * i − VPL - Valor Presente Líquido: É a diferença entre o valor presente de todas as despesas e de todas as receitas, de um dado fluxo de caixa. − Custo do ciclo de vida - valor presente de todos os custos − Taxa mínima de atratividade − Método do valor presente líquido − Relação Benefício-Custo − Valor anual equivalente − Vantagens e deficiências dos métodos (exemplos) − TRS - Tempo de Retorno Simples (Período de payback simples) TRS = Investimen to inicial Ganhos periodicos − TRD - Tempo de Retorno Descontado (Período de payback descontado): É o menor valor de n, tal que: n (Receitas - Despesas) ≥ Investimen to inicial ∑ t ( 1 i ) + t =1 − TIR - Taxa Interna de Retorno: É a taxa de desconto que torna o Valor Presente Líquido igual a zero. Ou ainda é a taxa de desconto para a qual duas alternativas de investimento tem o mesmo valor presente. AVALIAÇÃO DE PROJETOS Apresenta-se a seguir uma maneira de avaliar projetos dependendo do tipo de decisão a ser tomada, e as figuras de mérito que podem ser utilizadas dependendo do tipo de análise. 1) Aceitar ou rejeitar um projeto Os projetos são avaliados individualmente. − Valor presente líquido (VPL). Se VPL>0 aceita-se o projeto; se VPL<0 rejeita-se. − Relação entre o valor presente dos benefícios e o valor presente dos custos. Se VP(B)/VP(C) > 1 aceita-se o projeto; se VP(B)/VP(C) < 1 rejeita-se. − Taxa interna de retorno modificada (TIRM). A taxa interna de retorno modificada diferentemente da taxa interna de retorno convencional (TIR), considera as reaplicações que ocorrem no fluxo de caixa a taxas de mercado. Se a TIRM > taxa mínima de atratividade aceita-se o projeto; se TIRM < taxa mínima de atratividade rejeita-se o projeto. 2) Escolher entre projetos concorrentes 186 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] Dado um conjunto de alternativas que tenham a mesma finalidade precisa-se escolher qual é mais interessante de ser adotada. − Valor presente líquido (VPL). Escolher o de maior VPL. − A relação benefício/custo e a taxa interna de retorno não se aplicam para decidir entre programas concorrentes. Para ilustrar estas características considere-se um exemplo fictício de dois projetos concorrentes X e Y que apresentem como valores os contidos na Tabela seguinte. Tabela 14-2 - Exemplo de relação benefício custo VP das economias VP dos custos Programa X 200 100 Programa Y 100 40 VP: valor presente; VPL: valor presente líquido VPL 100 60 Benefício/Custo 2,0 2,5 Verifica-se que apesar do programa Y apresentar maior relação benefício / custo esse projeto retorna menos capital, pois o seu VPL é menor e, portanto, é menos interessante do que o programa X. Para ilustrar a vulnerabilidade da TIR nesse tipo de análise considere-se a Figura seguinte. Nessa figura observa-se que o programa X tem uma TIR (ponto C no gráfico) maior do que o programa Y (ponto B). Ocorrendo entretanto taxas de mercado abaixo do ponto A o programa Y é mais interessante do que o programa X, enquanto para taxas maiores do que A a situação se inverte e o programa X passa a ser mais interessante do que o programa Y. VPL Valor presente líquido Programa X Programa Y A B C Taxa Figura 14-2 - Valor presente líquido em função da taxa de desconto 3) Escolher mix de alternativas interdependentes 187 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] A aplicação das figuras de mérito para este tipo de análise é similar ao caso anterior. 4) Priorizar alternativas independentes havendo restrição de investimentos Escolher entre alternativas que já foram avaliados e mostraram ser interessantes economicamente. − Classificar em ordem decrescente em função da relação benefício/custo. − Classificar em ordem decrescente em função da TIR modificada. − Para este tipo de análise as figuras de mérito que não deve ser utilizado o VPL. Apresenta-se a seguir exemplo que ilustra a aplicação das figuras de mérito para esse tipo de análise. Suponham-se 6 alternativas independentes, conforme os dados da Tabela seguinte, e que haja um limite de gastos de $700. Tabela 14-3 - Exemplo de alternativas independentes VP dos VP das benefício/ custos economias custo Alt. A 100 1000 10 Alt. B 100 500 5 Alt. C 200 800 4 Alt. D 300 1000 3,3 Alt. E 500 1500 3 Alt. F 400 600 1,5 Adaptado de FULLER & PETERSON, 1995. VP: valor presente; VPL: valor presente líquido VPL 900 400 600 700 1000 200 investimento acumulado 100 200 400 700 1200 1600 VPL acumulado 900 1300 1900 2600 3600 3800 Os projetos estão listados na tabela em ordem decrescente, de acordo com a relação benefício/custo. Observa-se que escolhendo os 4 primeiros projetos obtém-se um VPL acumulado de $2600. Não existe outra combinação de projetos a partir desta lista que mantendo a restrição de $700 de gastos obtenha um VPL acumulado maior. Quanto à vida útil − Vida útil dos equipamentos diferente do prazo de análise − Maior Î valor residual − Menor Î mmc das vidas úteis dos projetos − Valor anual equivalente Análise incremental 188 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 14.1 EXEMPLOS RESOLVIDOS Quanto representará daqui a 10 anos um investimento de R$ 1.000,00 feito hoje, considerando-se uma taxa de juros de 12% aa.? n = 10 P = 1.000 i = 12% F=? F = 1.000 * (1+0,12)^10 = R$ 3.105,85 Considerando os dados do exemplo anterior quanto teria que ser aplicado anualmente para se obter os mesmos R$ 3105,85 daqui a 10 anos? n = 10 i = 12% F = 3.105,85 A=? A = 3.105,85 * {0,12 / [(1+0,12)^10-1]} = R$ 176,98 Quanto deve ser aplicado hoje para que se tenha R$ 5.000,00 daqui a 5 anos, considerando uma taxa de 6% aa ? n=5 i = 6% F = 5.000 P=? P = 5.000 * [0,06 / (1+0,06)^5] = R$ 3.736,29 Qual deve ser o depósito anual para que se tenha os mesmos R$ 5.000,00 daqui a 5 anos? n=5 i = 6% F = 5.000 A=? A = 5.000 * {0,06 / [(1+0,06)^5 - 1]} = R$ 886,98 Paga-se por um carro uma prestação de R$ 1.500,00, durante 18 meses. Considerando uma taxa de 1% am qual o valor equivalente à vista ? n = 18 i = 1% A = 1.500 P=? P = 1.500 * [(1+0,01)^18 - 1] / [0,01 * (1+0,01)^18] = R$ 24.597,40 Qual a prestação do carro do exemplo anterior se o preço à vista fosse R$ 30.000,00 ? n = 18 i = 1% P = 30.000 A=? A = 30.000 * {[0,01 * (1+0,01)^18] / [(1+0,01)^18-1]} = R$ 1.829,46 189 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] 15. Referências Bibliográficas ANEEL – Resolução nO 024 / 2000, - Índices de continuidade, Brasília, 2000 ANEEL – Resolução nO 456 / 2000 - Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica. Brasília, 2000 ANEEL – Resolução nO 505 / 2001 – Conformidade dos níveis de tensão. Brasília, 2001 ANEEL – Resolução nO 520 / 2002 – Registro e apuração dos indicadores relativos às ocorrências emergenciais. Brasília, 2002 ANEEL – Legislação básica do Setor Elétrico Volumes I e II. Brasília, 2000 BURANI, G. Notas de aula pessoais do Prof. Dr. Geraldo Burani da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo CAMARGO, I. Engenharia Econômica. Universidade de Brasília, Brasília, 1998. CEB, Estudo Técnico de Distribuição – Melhoria no atendimento a Santa Maria. Brasília, maio de 1994. CEB, Estudo Técnico de Distribuição – Melhoria no atendimento ao Recanto das Emas e Região. Brasília, setembro de 1994. CEB, Estudo Técnico de Distribuição – Melhoria no atendimento ao Paranoá. Brasília, fevereiro de 1995. CEB, ETD – 21 Estudo Técnico de Distribuição – Sistemática para elaboração e aprovação de programas de obras associadas ao desempenho da distribuição. Brasília. CEB, NTD – 1.02. Projetos de Redes Aéreas. Brasília, 1992. CIPOLI, J. A. Engenharia de Distribuição. Editora Qualitymark, Rio de Janeiro, 1993. CODI - ELETROBRÁS, Controle de Tensão de Sistemas de Distribuição. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1985 CODI - ELETROBRÁS, Desempenho de Sistemas de Distribuição. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1982 CODI - ELETROBRÁS, Documentos Técnicos. CODI - ELETROBRÁS, Energia Reativa Excedente - Manual de Orientação aos consumidores sobre a nova legislação para faturamento de energia reativa excedente. CODI - ELETROBRÁS, Manutenção e Operação de Sistemas de Distribuição. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1982 CODI - ELETROBRÁS, Método de cálculo dos carregamentos econômicos de condutores aéreos de distribuição, Relatório CODI 3.2.19.26.0, 1996. CODI - ELETROBRÁS, Método para determinação, análise e otimização das perdas técnicas em sistemas de distribuição, Relatório CODI 3.2.19.34.0. CODI - ELETROBRÁS, Planejamento de Sistemas de Distribuição. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1986 CODI - ELETROBRÁS, Proteção de Sistemas Aéreos de Distribuição. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1986 CODI - ELETROBRÁS, Tarifas Horo-sazonais Azul e Verde - Manual de Orientação aos consumidores. 190 Versão preliminar (Agosto / 2006) UnB – Universidade de Brasília FT – Faculdade de Tecnologia ENE – Departamento de Engenharia Elétrica Distribuição de Energia Elétrica Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo [email protected] CSPE - COMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE ENERGIA, SECRETARIA DE ENERGIA DE SÃO PAULO, Qualidade de fornecimento de energia elétrica – Indicadores, padrões e penalidades. VERSÃO 3 - dezembro de 1997. DNAEE – Portaria NO 163 / 93 Grupo de Trabalho para propor novos índices de desempenho. Brasília, 1993. 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