ISS!\ 1413-3555 Rev. bras. tlsioter. Vol. 8, No. 3 (2004), 223-229 ©Revista Brasileira de Fisioterapia CORRELAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE AUTO-RELATO E TESTES PROVOCATIVOS DE AVALIAÇÃO DA DOR EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO Poletto, P. R., Gil Coury, H. J. C., Walsh, I. A. P. e Mattielo-Rosa, S. M. Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Fisioterapia, Pesquisa apoiada pela CAPES (bolsa de mestrado) Correspondência para: Patrícia Rios Poletto, Departamento de Fisioterapia, Laboratório de Fisioterapia Preventiva-Ergonomia, Universidade Federal de São Carlos, Rod. Washington Luís, krn 235, CEP 13565-905, São Carlos, SP, e-mail: [email protected] Recebido em: 3/2/2004 -Aceito em: 7/7/2004 RESUMO Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são responsáveis por grande parte dos afastamentos e pelos altos custos em indenizações. O diagnóstico dessas lesões é essencial porque direciona as decisões clínicas e legais a serem adotadas. Como a presença de dor é um elemento freqüente nessa síndrome, sua avaliação é importante para caracterizá-la. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar diferentes formas de avaliação da intensidade dolorosa nos DORT, a fim de identificar as que melhor expressam esses quadros. Foram avaliadas 134 mulheres trabalhadoras de linha de produção industrial, sendo selecionadas 77 com idade média de 33,5 + 6,6 anos que relataram dor decorrente de DORT em um questionário de anamnese. Utilizaram-s<;: no estudo um roteiro para anamnese, uma escala semântica, uma escala numérica de avaliação da dor e exames de palpação manual e algometria de pressão. Os dados foram analisados por meio da correlação de Spearman. A correlação entre as escalas de dor foi estatisticamente significativa e boa (r= 0,62; p < 0,05) e entre a algometria de pressão e apalpação manual também foi significativa, porém fraca. A associação entre os testes provocativos (algometria de pressão e palpação manual) e os métodos de relato da percepção dolorosa (escalas numérica e semântica de dor) também foi significativa, porém pobre (r= 0,25-0,44; p < 0,05). Os resultados sugerem a pertinência da utilização associada de um método de relato de dor e um teste provocativo para melhor caracterização da dor nos DORT. Palavras-chave: LER/DORT. dor, palpaçào manual, escalas de dor, algometria de pressão. ABSTRACT Work-related musculoskeletal disorders (WRMDS) are responsible for work absence and high costs in compensations. Its diagnostic is important because it is used to guide clinicai and legal decisions. The report of pain is the usual element to describe this syndrome, so the pain assessment is essential. Therefore, the purpose of this research was to compare different ways of pain intensity measurements in subjects with WRMDS, in the attempt of identifying those that better express those disorders. One hundred thirtyfour women, workers from the industrial production line were evaluated; among them, 77 were chosen, with mean age of 33.5 + 6.6 years old, who manifested pain caused by WRMDS. In this research, an anamnesis questionnaire was used and the pain was measured by numeric and verbal descriptive scales, manual palpation and pressure algometry. The data analysis was performed with Spearman 's correlation tests. The correlation coefficient between the pain scales was good (r= 0.62), and that between the manual palpation and the pressure algometry was poor (r= -0.43), but both were statistically significant (p < 0.05). Otherwise, the association ofthe provocative tests (pressure algometry and manual palpation) with the subjective reports ofpain (pain scales) was poor (r= 0.25-0.44; p < 0.05). The results suggest the need for the application o f a provocative test in association with subjective reports of pain for a better characterization of WRMDS. Key words: WRMDS, pain, manual palpation, pain scales, pressure algometry. Poletto, P. R. et ai. 224 INTRODUÇÃO Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são desordens musculoesqueléticas que atingem principalmente membros superiores, região cervical e escapular e decorrem de fatores ocupacionais, como repetição, força, postura inadequada. 1 Essas desordens levam ao afastamento do trabalho e são responsáveis por altos custos com indenizações. 2 São afecções insidiosas que podem evoluir para quadros de dor crônica, causando stress físico, emocional e socioeconômico e podendo gerar incapacidade funcionaP Seu diagnóstico é importante pois direciona as decisões clínicas e legais a serem tomadas, sendo a presença de dor um elemento freqüente para sua caracterização. u Por isso, a avaliação adequada da dor é imprescindível para a caracterização dos DORT. De acordo com a Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP), a dor pode ser entendida como "uma experiência sensorial e emocional desagradável, que é associada a uma lesão tecidual real ou potencial, ou descrita em termos dessa lesão" 4 Ela é considerada um evento subjetivo e multidimensional, pois é caracterizada por seus componentes fisiológico, sensorial, afetivo, emocional, cognitivo e comportamental, podendo, então, ser avaliada sob qualquer um desses aspectos. 6 Em decorrência dessa multidimensionalidade, diferentes instrumentos têm sido usados para avaliá-la e medidas sensíveis e confiáveis são necessárias para diagnóstico e terapêutica adequados. 6 A intensidade da dor é uma dimensão freqüentemente avaliada, podendo ser verificada por meio de métodos de relato da percepção dolorosa, como as escalas de dor, e por testes provocativos, como apalpação manual e a algometria de pressão. Dentre as escalas de dor, destacam-se as escalas visuais analógicas (EVA), que são consideradas instrumentos sensíveis 7 e amplamente utilizadas, tanto em clínicas quanto em pesquisas. 8 ·9 As escalas numéricas de 11 pontos 10 são outra forma de escala analógica tão sensível quanto a EVA e com a vantagem de ser melhor interpretada pelos indivíduos avaliados.'' Outra forma de avaliação são as escalas com descritores verbais, 10 como a subescala do Questionário McGill de dor, 5 e a escala de intensidade da dor presente ( PPI), que por apresentar seis categorias de intensidade de dor é mais sensível que a tradicional escala de quatro categorias (sem dor, leve, moderada ou forte). 11 A palpação manual e a algometria de pressão são testes provocativos comumente utilizados na avaliação da intensidade dolorosa. Apalpação manual é a aplicação manual de pressão para eliciar e medir a dor, contudo, esse tipo de exame é subjetivo e sua reprodutibilidade é questionável. 12 A algometria de pressão trata da aplicação de pressão por meio de um dolorímetro para medir o limiar de dor com a pressão. 13 Esse Rev. bras. jisiota limiar é definido como a pressão mínima que induz a dor. 9 A algometria de pressão já foi utilizada em estudos clínicos,9•14 · 15 estudos experimentais para esclarecer os mecanismos de dor 16 e no contexto ocupacional, 17 . 19 porém, não foram encontrados estudos que comparam a algometria de pressão com os métodos anteriorn1ente citados em populações acometidas por DORT. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar comparativamente duas abordagens de avaliação da dor, ou seja, os métodos de relato da percepção dolorosa (escalas de dor) e os testes provocativos (palpação manual e algometria de pressão) em indivíduos apresentando DORT, para verificar como esses métodos expressam o evento doloroso nos DORT. MATERIAIS E MÉTODOS Sujeitos Foram avaliados 134 sujeitos do sexo feminino e trabalhadores de linha da produção industrial. A seleção dos sujeitos foi realizada a partir da resposta positiva à seguinte questão do questionário de anamnese: "Você tem dor em alguma destas regiões: pescoço, ombro e braço, cotovelo e antebraço ou punho e mão?". As pessoas que não referiam dor em nenhuma dessas regiões eram excluídas. Também foram excluídos do estudo 3 indivíduos que apresentavam história de doença reumática diagnosticada e 3 que possuíam transtornos endócrinos diagnosticados. Assim, a população estudada foi composta por 77 sujeitos do sexo feminino com idade média de 33,5 + 6,6 anos. Cuidados Éticos Os participantes foram esclarecidos sobre os objetivos gerais do estudo e sobre os procedimentos da coleta e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido mediante o qual concordaram em pmticipar do estudo, além de autorizarem o uso dos resultados obtidos para fins acadêmicos. Este estudo foi aprovado pelo Comitê Universitário de Ética local. Materiais e Equipamentos Neste estudo, utilizou-se um questionário de ananmese auto-aplicável com informações sobre afastamento do trabalho, presença e características de desconforto musculoesquelético, além de dados pessoais. Também aplicou-se uma escala numérica de 11 pontos (Figura lA) com âncoras verbais no valor zero (ausência total de dor) e no valor dez (pior dor que já teve) e uma escala (Figura 1B) baseada na escala de intensidade da dor presente do Questionário McGill de Dor 5 para verificar a intensidade da dor atual. Além disso, foi realizado exame de palpação manual e algometria de pressão (dinamômetro Kratos DDK 20 kgf, com ponteira de 1 cm 2 , São Paulo/Brasil Figura 2) em locais preestabelecidos do pescoço, ombro e braço, cotovelo e antebraço, punho e mão. A opção pelo dinamômetro foi decorrente de sua maior precisão e por apresentar leitura digital, como mostrou um estudo prévio. 20 225 CoJTelação entre Métodos de Avaliação de Dor em DORT Vol. 8 No. 3, 2004 A) o 2 3 4 5 6 7 8 9 Pior dor que você já teve Ausência total de dor B) ( ) sem dor 10 ( ) fraca ( ) moderada ( ) forte ( ) violenta ( ) insuportável Figura I. Escalas de dor. A- escala numérica de li pontos. B- escalas de 6 categorias verbais. Figura 2. Dinamômetro Kratos utilizado no estudo. Procedimentos Os indivíduos respondiam o questionário de dados pessoais e anamnese e as escalas de dor antes da realização dos testes físicos. a. Escalas de dor Solicitou-se a cada participante que identificasse a região mais dolorida por meio da questão: "Dentre as regiões de pescoço, ombro e braço, cotovelo e antebraço e punho e mão, identifique a região com a pior dor", em seguida, era avaliada a intensidade da dor dessa região por intennédio das escalas. As instruções para preenchimento eram fornecidas por escrito e as dúvidas esclarecidas pelo avaliador. b. Exame de palpação manual O teste foi aplicado nas regiões anteriormente citadas por dois avaliadores treinados e confonne ilustrado na Figura 3. O procedimento de palpação manual foi padronizado de acordo com a literatura científica específica. 21 Os resultados possíveis desse teste eram "presença" ou "ausência" de dor para cada região avaliada. c. Algometria de pressão O dinamômetro foi calibrado pelo fabricante (Kratos) para a compressão e a leitura realizada em kfg/cm 2 • A aplicação foi realizada em um ângulo de 90° com a superfície corporal e com taxa constante de aumento da pressão ( 1 kgf/cm 2/s) nos pontos ilustrados na Figura 4. A algometria de pressão foi realizada por três avaliadores treinados, com apenas uma aplicação em cada ponto avaliado. Análise dos Dados Para o exame da palpação manual, somou-se o número de resultados positivos ("presença de dor") para cada região avaliada. A algometria de pressão foi representada pelo valor mínimo para cada indivíduo, isto é, o valor em kgf/cm 2 do ponto mais dolorido de cada região. Para as escalas de dor, 226 Poletto, P. R. et ai. utilizou-se o valor atribuído por sujeito para a intensidade de sua dor. Empregou-se a Correlação de Speam1an para verificar a associação das escalas de dor entre si, da palpação manual com a algometria de pressão, da palpação manual com as escalas de dor e da algometria de pressão com as escalas de dor. As correlações foram realizadas considerando os valores de cada teste para a região que o indivíduo considerou como a mais dolorida no questionário de anamnese. Pescoço: 1. músculo trapézio Ombro e braço: 2. músculo deltóide 3. músculo bíceps braquial 4. músculo tríceps braquial Cotovelo e antebraço: 5. músculos flexores de punho 6. músculos extensores de punho Punho e mão: 7. retináculo flexor 8. osso pisiforme 9. osso trapézio Figura 3. Locais examinados pelo exame de palpação manual. Rev. bras. fisiota 227 Co!Telação entre Métodos de Avaliação de Dor em DORT Vol. 8 No. 3, 2004 • • 1 2 1. músculo trapézio médio 2. músculo trapézio inferior 3. músculo deltóide (fibras médias) 4. músculo bíceps braquial 5. músculo tríceps braquial 6. músculos flexores de punho 7. músculos extensores de punho 8. eminência tenar 9. eminência hipotenar Figura 4. Pontos de aplicação da algometria de pressão. RESULTADOS As escalas de dor se correlacionaram fmiemente entre si, já apalpação manual se relaciona com a algometria de pressão de fomm regular, como pode ser visto na Tabela 1. A correlação entre o exame de palpação manual com as escalas de dor também foi regular. Já entre a algometria de pressão e as escalas de dor, a correlação foi fraca, apesar de estatisticamente significativa a p < 0,05 (Tabela 2). Enquanto as associações entre as escalas variaram positivamente entre si e em relação à palpação manual, as correlações entre a algometria de pressão e os outros métodos foram negativas por serem inversamente proporcionais, ou seja, quanto menor o limiar de dor a pressão, pior é a dor do indivíduo. Tabela I. Resultados das correlações (r) e significância do teste (p) para as associações entre os testes provocativos e entre os métodos de relato de percepção dolorosa. Escala numérica x Escala semântica Palpação manual x Algometria de pressão *Significativos a p < 0,05 (5%). r p 0,62 * * -0,43 Rev. bras. jisioca Poletto, P. R. e/ o/. 228 Tabela 2. Resultados das correlações (r) e significância do teste (p) para as associações entre as escalas de dor e apalpação manual e entre as escalas de dor e a algometria de pressão. r p escala de categorias verbais 0,44 escala numérica 0,40 * * Palpação manual com - Algometria de pressão com ··----··----·- - - - - - - - - - - - - - ---------------· escala de categorias verbais -0,38 escala numérica -0,25 * * *Significativos a p < 0.05 (5%). DISCUSSÃO A dor é o sintoma mais comum em indivíduos com desordens músculo-esqueléticas, não sendo diferente nos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Nesse contexto, a mensuração da dor deve fazer parte da avaliação fisioterápica dessas síndromes ocupacionais. Neste estudo, verificou-se a associação entre os diferentes instrumentos de avaliação da intensidade dolorosa utilizados, a fim de analisar comparativamente como expressam a dor nos DORT. A correlação entre os instrumentos de relato da percepção dolorosa, ou seja, entre as escalas numérica e de categorias verbais, foi alta e estatisticamente significativa. Essa forte associação entre escalas analógicas e verbais de dor também foi encontrada anteriom1ente 22 ·23 Já a correlação entre os testes provocativos, a algometria de pressão e a palpação manual, embora estatisticamente significativa, apresentou valores regulares, sendo que o mesmo resultado já foi verificado em outro estudo. 24 No entanto, em um trabalho avaliando indivíduos com cefaléia tensional e migrânea, por meio de algometria de pressão e palpação manual, os autores encontraram forte correlação entre esses métodos de avaliação da dor, 25 porém, em outro trabalho com migrânea não houve correlação entre a algometria de pressão e a palpação manual 26 Enfim, observa-se que os resultados na literatura mostram-se inconclusivos. Por meio dos resultados do presente estudo, confim1ados por alguns autores,2.1- 25 observou-se uma aproximação nos resultados dos instrumentos de natureza similar, ou seja, entre as escalas de dor e, em algum grau, entre a algometria de pressão e a palpação manual. Porém, ao comparar os testes provocativos com os instrumentos de relato da percepção dolorosa, as correlações foram regulares entre a palpação manual e as escalas de dor e fracas entre a algometria de pressão e as escalas de dor. Tal comparação também foi verificada em um estudo que avaliou a dor em indivíduos com cefaléia e cervicalgia por meio de algometria de pressão e de uma escala visual analógica, 8 não encontrando correlação significativa entre esses instrumentos, apesar de apresentarem orientação preditiva. Outras pesquisas também encontraram fracas correlações entre a algometria de pressão e escalas analógicas27, já alguns autores verificaram correlações moderadas 14 e boas 28 entre essas medidas. Alguns autores afim1am que essa relação entre índices psicofisiológicos, como a algometria de pressão, e relatos subjetivos de dor, como as escalas, geralmente é pobre. 10 Talvez isso possa ser justificado pela natureza diversa dos instrumentos, que, apesar de avaliarem o mesmo aspecto e intensidade da dor, o fazem de diferentes maneiras, pois os índices psicofisiológicos são provocativos/reativos e acabam por avaliar pontos específicos no corpo, já os relatos informam sobre a percepção geral do indivíduo da sua dor (captando aspectos afetivos e emocionais também). Nos resultados do presente estudo não se encontrou nenhuma correlação ótima, portanto, não se pode afinnar que alguma das variáveis analisadas seja supérflua, apesar de terem apresentado características preditivas. Assim, os métodos de relato da percepção dolorosa e os testes provocativos de dor podem ser usados juntos para complementar a informação sobre a dor dos indivíduos acometidos por DORT. Assim, de acordo com dados da literatura, 13 dentre os dois métodos de relato da percepção dolorosa utilizados neste estudo: a escala numérica de 11 pontos e a escala de 6 categorias verbais, o primeiro mostra-se como a melhor escolha, pois é tão sensível quanto a tradicional escala visual analógica na avaliação da dor e leva a menos erros de aplicação. 13 Em relação aos testes provocativos utilizados, a correlação entre eles foi fraca, o que mostra que não se deve descartar nenhum dos métodos, por isso, a decisão de qual método usar deve considerar os objetivos individuais da aplicação. Correlação entre Métodos de Avaliação de Dor em DORT Vol. 8 No. 3, 2004 CONCLUSÃO A análise comparativa realizada no presente estudo permitiu reforçar a importância da associação de métodos na avaliação do evento doloroso. Assim, sugere-se a utilização de um método de relato da percepção dolorosa associado a um teste provocativo na avaliação da intensidade de dor nos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Porém, deve-se ressaltar que a escolha dos métodos a serem utilizados para avaliar a dor nos DORT deve considerar as limitações de cada método, já que apalpação manual requer avaliadores treinados, e os aspectos econômicos, pois a algometria de pressão requer um equipamento preciso para sua realização. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA S Oliveira CR. Lesão por esforços repetitivos (L. E. R.). Revista Brasileira de Saúde Ocupacional 1991; 19(73): 59-85. 2. Yassi A. Repetitive strain injuries. Lance! 1997: 349:943-947. 3. Bras i I. Ordem de serviço nº 606, de 05 de agosto de 1998. Aprovação da norma técnica sobre distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho-DORT. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília 1998; 158:26-38 (19 ago. 1998). Seção I. 4. 5. Merskey H, Bogduk N. 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