REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ANO LXVI - Nº 117 - QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2011 - BRASÍLIA-DF MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2011/2012) PRESIDENTE MARCO MAIA – PT-RS 1ª VICE-PRESIDENTE ROSE DE FREITAS – PMDB-ES 2º VICE-PRESIDENTE EDUARDO DA FONTE – PP-PE 1º SECRETÁRIO EDUARDO GOMES – PSDB-TO 2º SECRETÁRIO JORGE TADEU MUDALEN – DEM-SP 3º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR-PE 4º SECRETÁRIO JÚLIO DELGADO – PSB-MG 1º SUPLENTE GERALDO RESENDE – PMDB-MS 2º SUPLENTE MANATO – PDT-ES 3º SUPLENTE CARLOS EDUARDO CADOCA – PSC-PE 4º SUPLENTE SÉRGIO MORAES – PTB-RS CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO SEÇÃO I 1 – ATA DA 174ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, SOLENE, MATUTINA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATURA, EM 05 DE JULHO DE 2011. I – Abertura da sessão. II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior. III – Leitura do expediente. OFÍCIOS N° 712/11 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB – encaminha a relação dos Deputados do referido Partido que integrarão a Comissão Representativa do Congresso Nacional.................................................................. N° 714/11 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB – comunica que o Deputado Mendes Ribeiro Filho deixa de integrar o Colégio de Vice–Líderes do referido Partido....... N° 587/11 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB – que indica os Deputados do referido Partido para integrarem a Comissão Representativa do Congreso Nacional................... Nº 252/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que indica os Deputados Professora Dorinha Seabra Rezende e Alexandre Leite para integrarem a Comissão Representativa do Congreso Nacional....... Nº 257/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que indica o Deputado Pauderney Avelino para integrar a Comissão de Viação e Transportes..................... Nº 480/11 – Do Senhor Deputado Nelson Meurer, Líder do PP – que indica os Deputados do referido Partido para integrarem a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul.................... Nº 485/11 – Do Senhor Deputado Nelson Meurer, Líder do PP – que indica o Deputado Roberto Balestra para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 250-A/08... ....................................................... Nº 493/11 – Do Senhor Deputado Nelson Meurer, Líder do PP – que indica os Deputados do referido Partido para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 445A/09........................................................................ 34819 34820 34821 34822 34823 34824 34825 34826 Nº 499/11 – Do Senhor Deputado Nelson Meurer, Líder do PP – que indica os Deputados do referido Partido para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 4378/98....... Nº 187/11 – Do Senhor Deputado Osmar Junior, Líder do PCdoBB – que indica os Deputados João Ananias e Perpétua Almeida para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 339-A/09................................................. Nº 189/11 – Do Senhor Deputado Osmar Junior, Líder do PCdoBB – que indica a Deputada Jô Morais para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443-A/09..................... Nº 190/11 – Do Senhor Deputado Osmar Junior, Líder do PCdoBB – que indica a Deputada Alice Portugal para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 7672/10....... Nº 191/11 – Do Senhor Deputado Osmar Junior, Líder do PCdoBB – que indica o Deputado Delegado Protógenes para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 8046/10................................................................... Nº 192/11 – Do Senhor Deputado Osmar Junior, Líder do PCdoBB – que indica os Deputados Manuela D´Ávila e Assis Melo para integrarem a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul....................................................................... Nº 213/11 – Do Senhor Osmar Junior, Líder do PCdoBB – que indica o Deputado Chico Lopes para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443-A/09............................. Nº 69/11 – Do Senhor Deputado Lourival Mendes, Líder do PTdoB – que indica a Deputada Rosinha para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 7672/10.............. Nº 57/11 – Do Senhor Deputado Silvio Costa, Presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, que comunica a aprovação do PL nº 4.330-A/04 e, a rejeição do PL nº 5.439/05, apensado................................................................ 34827 34828 34829 34830 34831 34832 34833 34834 34835 PROJETO DE LEI Nº 1.749/2011 – do Poder Executivo – Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. – EBSERH e dá outras providências... 34835 34802 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 758/2011 – Da Comissão de Desenvolvimento Urbano – Solicita informações ao Ministério das Minas e Energia, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, sobre a Resolução Normativa nº 414/10............................................... 34838 REQUERIMENTOS Nº 2.114/2011 – Do Sr. Ronaldo Benedet – Registro da Frente Parlamentar em Defesa da Conclusão das Obras da BR-101/Sul..................... Nº 2.120/2011 – Do Sr. Wilson Filho – Requer a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Professores...................................................... Nº 2.163/2011 – Da Sra. Jô Moraes – Requer registro da Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores em Transportes Terrestres, nos termos do ato da Mesa nº 69/05......................................... Nº 2.236/2011 – Do Sr. Guilherme Campos – Requer o registro da Frente Parlamentar Mista de Combate à Pirataria, à Sonegação Fiscal e Proteção à Propriedade Intelectual................................. Nº 2.150/2011 – Do Sr. Gabriel Chalita e outros, requer registro da Frente Parlamentar Mista Interetorial em Defesa das Políticas de Adoção e da Convivência Familiar e Comunitária. ................ Nº 2.252/2011 – Do Sr. Dr. Ubiali – Comunica a instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Apaes............................................................... IV – Homenagem Transcurso do 191º aniversário de emancipação político-administrativa do Estado de Sergipe.. PRESIDENTE (Marco Maia) – Composição da Mesa Diretora dos trabalhos. Transcurso do 191º aniversário de emancipação político-administrativa do Estado de Sergipe............................................. ANDRÉ MOURA (PSC – SE) – Apelo à Presidência de determinação ao Plenário de observância de um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao ex‑Presidente da República Itamar Franco. Transcurso do 191º aniversário de emancipação político-administrativa do Estado de Sergipe.......... Convite ao Governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda, para entrega do Galardão da Grã-Cruz da Ordem do Mérito Aperipê ao Presidente Marco Maia e ao Senador Wilson Santiago, representante do Presidente do Senado Federal, Senador José Sarney............................................................ Usou da palavra o Sr. MARCELO DÉDA, Governador do Estado de Sergipe.............................. Usou da palavra o Sr. Senador WILSON SANTIAGO..................................................................... PRESIDENTE (André Moura) – Presença nas galerias do plenário de estudantes da Universidade Harvard (Harvard University), dos Estados Unidos da América............................................................. 34838 34849 34857 34868 34879 34893 34902 34902 34903 34906 34906 34909 34910 Julho de 2011 Usou da palavra o Sr. Senador EDUARDO AMORIM. ............................................................... Usou da palavra o Sr. Ministro CARLOS AUGUSTO AYRES DE FREITAS BRITTO, Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal........................ PRESIDENTE (André Moura) – Convite ao Presidente da Câmara Municipal de Aracaju, Vereador Emmanuel Nascimento, e ao ex-Governador do Estado de Sergipe, Albano Franco, para composição da Mesa Diretora dos trabalhos. Saudações a Parlamentares e convidados presentes. ............. Orador: OTAVIO LEITE (PSDB – RJ)............ Usou da palavra o Sr. Senador ANTÔNIO CARLOS VALADARES. ......................................... Oradores: MÁRCIO MACÊDO (PT – SE), ALMEIDA LIMA (PMDB – SE), LAERCIO OLIVEIRA (Bloco/PR – SE), GIVALDO CARIMBÃO (Bloco/ PSB – AL)............................................................... Usou da palavra o Sr. EDVALDO NOGUEIRA, Prefeito Municipal de Aracaju, Estado de Sergipe... Oradores: DELEGADO PROTÓGENES (Bloco/PCdoBB – SP), ROGÉRIO CARVALHO (PT – SE. Pela ordem.), HELENO SILVA (PRB – SE), VALADARES FILHO (Bloco/PSB – SE), FÁBIO RAMALHO (Bloco/PV – MG)..................................................... PRESIDENTE (André Moura) – Agradecimento aos Parlamentares e convidados presentes. Reconhecimento da Praça de São Francisco, no Município de São Cristóvão, Estado de Sergipe, como Patrimônio Histórico da Humanidade. Execução do Hino de Sergipe...................................................... V – Encerramento 2 – ATA DA 175ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATURA, EM 05 DE JULHO DE 2011 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente PRESIDENTE (Manato) – Presença no plenário do Deputado Estadual de Minas Gerais Sargento Rodrigues. ................................................... IV – Pequeno Expediente FERNANDO MARRONI (PT – RS) – Escalada da violência doméstica contra a mulher no País. Necessidade de adoção de ações efetivas de combate a tal prática, por parte do Parlamento brasileiro e dos órgãos governamentais competentes. Defesa de punição exemplar dos responsáveis por agressões contra a mulher.............................................. AMAURI TEIXEIRA (PT – BA) – Inadmissibilidade de divisão do Estado da Bahia. Artigo Estudo nega viabilidade econômica de novo estado, a respeito da criação do Estado do São Francisco, de Regina Bochicchio, publicado pelo jornal A Tarde, de Salvador............................................................. 34910 34912 34913 34914 34915 34916 34922 34923 34927 34931 34931 34932 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MARÇAL FILHO (PMDB – MS) – Comemoração do 10º aniversário de fundação da Rádio 94 FM sediada no Município de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul................................................ RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE) – Inclusão do Brasil entre os 10 países com maior índice de acidente de trânsito envolvendo motocicletas. Necessidade de realização pela Casa de amplo debate sobre a segurança no trânsito. Aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, do Projeto de Lei nº 5.453, de 2005, sobre a transformação do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN em autarquia federal com autonomia administrativa e financeira. Publicação pelo jornal O Povo de nota a respeito de acidentes com motociclistas, de autoria do Presidente da Associação Médica Cearense, Florentino Cardoso. Estudo sobre o tema divulgado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Apresentação de projeto de lei acerca de alteração da Lei nº 6.194, de 1974, com vistas ao parcelamento do pagamento e à redução gradativa do prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais, Seguro DPVAT, devido pelo proprietário de motocicleta, nas condições estabelecidas em regulamento............................................................ ARTUR BRUNO (PT – CE) – Aplausos ao Ministério Público do Estado do Ceará pela desarticulação de quadrilha responsável por desvio de recursos junto a Prefeituras Municipais. ................ PAULO FOLETTO (Bloco/PSB – ES) – Expansão dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia – IFETs no Estado do Espírito Santo..... MARCON (PT – RS) – Protesto contra a desativação e demissão de trabalhadores da fábrica de calçados Vulcabras/Azaleia, instalada no Município de Itapetinga, Estado da Bahia. Defesa de devolução por empresas de incentivos fiscais recebidos ao longo dos anos. ................................................ GERALDO SIMÕES (PT – BA) – Realização do III Festival do Chocolate da Bahia, no Município de Ilhéus. Atuação parlamentar do orador pelo fortalecimento da produção cacaueira. Apoio à concessão à iniciativa privada da exploração de instalações portuárias no País. Necessidade de modernização do acesso aos portos brasileiros. Participação da Secretaria Especial de Portos em administrações portuárias. .............................................................. NELSON PELLEGRINO (PT – BA) – Realização, pelo Senado Federal, de sessão solene ao ensejo do transcurso do Dia da Independência da Bahia. Contrariedade à pretendida criação do Estado do São Francisco. .......................................... VALMIR ASSUNÇÃO (PT – BA) – Participação no orador no seminário Brasil sem Miséria no Campo, organizado pela Secretária Agrária Nacional do PT. Lançamento de programa de regularização 34933 34934 34935 34935 34935 34936 34937 Quarta-feira 6 34803 fundiária de assentamentos rurais pelo Governo do Estado da Bahia..................................................... ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS – SP) – Transcurso do Dia Internacional do Cooperativismo. Realização do Seminário Juventude: o futuro do cooperativismo, nas dependências da Casa. Desafios do cooperativismo brasileiro. Homenagem ao Santos Futebol Clube. ....................................................... SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP) – Imediata votação pela Casa da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares.................................................................. EMILIANO JOSÉ (PT – BA) – Transcurso do 102º aniversário de fundação do Município de Santa Maria da Vitória, Estado da Bahia. ........................ MAURO BENEVIDES (PMDB – CE) – Falecimento do Presidente do Diretório Municipal do PMDB de Caririaçu, Estado do Ceará, Raimundo Soares, e de familiares, em decorrência de acidente automobilístico........................................................ JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoBB – CE) – Transcurso do 239º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Sobral, Estado do Ceará. ....................................................... JOSIAS GOMES (PT – BA) – Comemoração do 188º aniversário da independência do Estado da Bahia do jugo português. Defesa de denominação do Aeroporto Internacional de Salvador/Luís Eduardo Magalhães para Aeroporto Internacional de Salvador – 2 de Julho. Luta empreendida pelas Sras. Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa a favor da independência da Bahia........................ EDINHO BEZ (PMDB – SC) – Eleição do Presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Juarez Domingues Carneiro, para a Presidência do Grupo de Emissores de Normas Contábeis dos Países Latino-Americanos e Caribe. Restauração da Catedral Metropolitana de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina........................................... EDSON EZEQUIEL (PMDB – RJ) – Artigo Estado espoliado, de autoria do Senador Francisco Dornelles, publicado pelo jornal O Globo. Necessidade de compensação financeira aos Estados produtores de petróleo, especialmente ao Estado do Rio de Janeiro, em face da alteração das regras de distribuição de royalties. Importância do equilíbrio econômico-financeiro entre os Estados e a União.............................................................. FELIPE BORNIER (Bloco/PHS – RJ) – Falecimento do Senador e ex‑Presidente da República Itamar Franco. Transcurso do 193º aniversário de criação do Município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro. Saudações aos Vereadores Vicente Rocha, Carlos Kiffer, Abelardinho e Pastor Aramis............. LUIZ COUTO (PT – PB) – Participação do orador e da Deputada Fátima Bezerra em audiências públicas destinadas ao debate do Plano 34937 34939 34941 34941 34943 34943 34943 34944 34945 34947 34804 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nacional de Educação – PNE, realizadas nos Municípios de João Pessoa e Campina Grande, Estado da Paraíba................................................ ASSIS CARVALHO (PT – PI) – Visita do Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, ao Estado do Piauí. Posicionamento do Presidente do PT favorável à implementação de projetos de desenvolvimento das Regiões Norte e Nordeste. ............................................................... LUIS CARLOS HEINZE (PP – RS) – Aplausos à Ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, pelo voto proferido em processo de desapropriação de fazenda pertencente ao pecuarista José Renan Toniazzo, no Município de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul................................. JOSÉ AIRTON (PT – CE) – Transcurso do Dia da Liberdade de Imprensa. Comemoração do 28º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Maracanaú, Estado do Ceará, e do 48º aniversário de criação do Bairro João XXIII, em Fortaleza. Apoio à Proposta de Emenda à Constituição nº 386, de 2009, sobre o restabelecimento da exigência de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão.......................................... RENATO MOLLING (PP – RS) – Mapeamento do consumo de crack e de outras drogas, pela Confederação Nacional de Municípios – CNM. Lançamento do portal Observatório do Crack pela entidade. Apresentação de emenda orçamentária em prol de entidades religiosas envolvidas no processo de prevenção e tratamento de dependentes químicos. Necessidade de revisão do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. ............ SIMÃO SESSIM (PP – RJ) – Posicionamento do orador contrário à anunciada proposta da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB de alteração na Lei nº 9.096, de 1995, a Lei dos Partidos Políticos. .... MANATO (PDT – ES) – Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, acerca da instituição do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Apoio às medidas adotadas pela Presidenta Dilma Rousseff com relação às denúncias de desvio de recursos no âmbito do Ministério dos Transportes................................. CELSO MALDANER (PMDB – SC) – Iminência de celebração de acordo salarial entre o Governo do Estado de Santa Catarina e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação – SINTE, com vistas ao encerramento da greve da categoria................. LUCI CHOINACKI (PT – SC) – Participação no seminário estadual As Mulheres e a Reforma Política, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Teor da Carta das Mulheres Catarinenses aprovada durante o evento. .. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB – RJ. Pela ordem.) – Imediato encaminhamento à Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, pela Prefeitura Municipal de 34947 34947 34948 34948 34949 34951 34952 34952 34953 Julho de 2011 Nova Friburgo, da documentação necessária para a ampliação do aluguel social................................. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB – SP) – Imediata votação pela Casa, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, acerca da instituição do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Existência de superavit nas contas da Previdência Social, segundo a Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil – ANFIP. Homenagem ao jornalista José Antonio de Oliveira, fundador do Jornal da Cidade, no Município de Pindamonhangaba, Estado de São Paulo.................................... NELSON BORNIER (PMDB – RJ) – Elevado índice de analfabetismo no País. Necessidade de melhoria do sistema educacional brasileiro. Transcurso do aniversário de fundação do Município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro........................... ÁTILA LINS (PMDB – AM) – Outorga da Medalha e do Diploma do Mérito Judiciário ao Governador Omar Aziz e a outras autoridades, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas............................. LEONARDO MONTEIRO (PT – MG) – Realização 49ª Festa do Pescador, no Município de Pescador, Estado de Minas Gerais. Potencialidades da piscicultura brasileira. Congratulações ao Ministério da Pesca e Aquicultura pelos incentivos concedidos ao setor. .............................................. FERNANDO JORDÃO (PMDB – RJ) – Transcurso de aniversário de fundação do Município de Itaguaí, Estado do rio de Janeiro. Criação, pelos moradores de Angra dos Reis e do Parque Perequê, de associação destinada ao debate de assuntos relacionados à prevenção e combate aos efeitos de enchentes.......................................................... JÂNIO NATAL (Bloco/PRP, BA) – Transcurso do aniversário de criação do Município de Porto Seguro, Estado da Bahia........................................ FRANCISCO ARAÚJO (Bloco/PSL, RR) – Necessidade de investigação pelos órgãos competentes de denúncias de superfaturamento nas obras da BR-174 e de outras rodovias no Estado de Roraima............................................................. RONALDO BENEDET (PMDB – SC) – Apresentação de projeto de lei sobre a denominação de viaduto na BR-101, no Estado de Santa Catarina, de Viaduto Lírio Rosso. Homenagem póstuma ao Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco. Solicitação à Casa de apoiamento a proposta de interesse do Sistema ACAFE – Associação Catarinense das Fundações Educacionais................. CELIA ROCHA (Bloco/PTB – AL) – Inexistência de motivos para comemorações na 13ª Semana Nacional Antidrogas. Ineficácia de políticas públicas destinadas ao combate ao tráfico de drogas e ao tratamento de dependentes químicos no País....... WILSON FILHO (PMDB – PB) – Escalada do consumo de drogas no País. Inexistência de políticas 34954 34954 34956 34956 34956 34957 34957 34957 34958 34959 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS públicas destinadas ao enfrentamento das drogas no Estado da Paraíba. Realização de audiência pública no Estado pela Comissão Especial destinada à elaboração de políticas públicas de combate às drogas. ................................................................... ARIOSTO HOLANDA (Bloco/PSB – CE) – Papel desenvolvido pelas pequenas e microempresas no processo de desenvolvimento do País. Elaboração, pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Casa, de projeto destinado à capacitação tecnológica de pequenas e microempresas..................................................... JESUS RODRIGUES (PT – PI) – Proposta ao Governo Federal para desenvolvimento de programa de construção de microdestilarias destinadas à produção de etanol no País................................. ANDREIA ZITO (PSDB – RJ) – Elogio ao Presidente Marco Maia pela entrevista concedida à revista Época em defesa da votação de matérias de interesse da sociedade brasileira. Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 270, de 2008, sobre a concessão ao servidor aposentado por invalidez permanente do direito ao recebimento de proventos integrais com paridade. Reportagem sobre câncer de mama publicada pelo jornal O Globo..................................................... DANILO FORTE (PMDB – CE) – Concessão ao orador do título de Cidadão Honorário de Sobral, no Estado do Ceará. Transcurso do 238º aniversário de fundação da municipalidade.............................. AMAURI TEIXEIRA (PT – BA. Pela ordem.) – Transcurso do Dia da Independência do Estado da Bahia – 2 de julho. Defesa de denominação do Aeroporto Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães de Aeroporto Internacional de Salvador 2 de Julho. Inadmissibilidade de divisão do Estado da Bahia................................................ NILDA GONDIM (PMDB – PB) – Sucesso das festas juninas realizadas no Município de Campina Grande, Estado da Paraíba.................................... PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM) – Questionamento acerca da participação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES na operação de fusão do Carrefour com o Grupo Pão de Açúcar............................................. CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS – SC) – Carta das Mulheres Catarinenses, resultante do seminário estadual As Mulheres e a Reforma Política. ............................................................. CARLOS BRANDÃO (PSDB – MA) – Realização pelo Senado Federal de homenagem ao ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, ao ensejo do transcurso do seu 80º aniversário natalício. Criação da Frente Parlamentar da Baixada Maranhense. Divulgação pela Polícia Rodoviária Federal de dados sobre os acidentes de trânsito nas rodovias maranhenses. Empenho do orador na duplicação 34960 34961 34961 34962 34963 34964 34965 34965 34966 Quarta-feira 6 34805 da BR-135, trecho São Luís-Bacabeira, no Estado do Maranhão........................................................... INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR – PE) – Evolução socioeconômica brasileira....................... ROGÉRIO CARVALHO (PT – SE) – Transcurso do 191º aniversário de emancipação político-administrativa do Estado de Sergipe. Realização das festas juninas em municipalidades sergipanas. Congratulações ao Governador Marcelo Déda pela concessão de incentivos à cultura.......................... ELIANE ROLIM (PT – RJ) – Defesa de implantação do Programa Escola Técnica Aberta do Brasil, conhecido como Programa E-TEC, no Municípo de Belford Roxo, Estado do Rio de Janeiro............................................................. PASTOR MARCO FELICIANO (PSC – SP) – Transcurso do 235º aniversário da independência dos Estados Unidos da América. Homenagem póstuma ao Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco.......................................................... ROBERTO TEIXEIRA (PP – PE) – Realização da 12ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato – FENEART, em Recife, Estado de Pernambuco. Falecimento do Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco. Desenvolvimento socioeconômico do País. Vinculação entre a expansão da classe média e a redução da desigualdade social. Sucesso dos Governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff....................................................... MANUELA D’ÁVILA (Bloco/PCdoBB – RS) – Realização da Conferência Municipal do PCdoBB – em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. Luta do partido pela implantação de projeto de desenvolvimento do País. Falecimento do Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco............. ALINE CORRÊA (PP – SP) – Necrológio do político, jornalista e advogado Jessyr Bianco......... JEFFERSON CAMPOS (Bloco/PSB – SP) – Aprovação pela Comissão de Viação e Transportes do Projeto de Lei nº 3.740, de 2008, de autoria do orador, sobre a obrigatoriedade de indicação da quilometragem do automóvel no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV. ....... FERNANDO COELHO FILHO (Bloco/PSB – PE) – Transcurso do 36º aniversário de criação do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado – BIMtz, conhecido como a Casa do Combatente de Caatinga, do Exército brasileiro, instalado no Município de Petrolina, Estado de Pernambuco. ................... V – Grande Expediente NEWTON LIMA (PT – SP. Pela ordem.) – Participação do orador na comitiva de Parlamentares em visita ao Centro Experimental de Aramar, no Município de Iperó, Estado de São Paulo. Avanços da Marinha do Brasil na área nuclear. ................... MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (Bloco/PR – AL. Pela ordem.) – Apelo ao Tribunal Regional Elei- 34967 34968 34969 34970 34971 34971 34972 34973 34974 34974 34975 34806 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS toral do Estado de Alagoas de providências acerca da desorganização do processo de recadastramento biométrico de eleitores............................................ SANDRO MABEL (Bloco/PR – GO) – Idoneidade do Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Transcurso do 201º aniversário de criação do Bairro de Campinas, no Município de Goiânia, Estado de Goiás. Solicitação à Presidência de inclusão na pauta do Requerimento nº 1.410, de 2011, sobre a tramitação em regime de urgência do Projeto de Lei nº 496, de 2011, acerca da obrigatoriedade da instalação de portais de raios x em estabelecimentos escolares. Apresentação do Projeto de Lei nº 4.330, de 2004, sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes. Importância de regulamentação da terceirização. Urgente realização da reforma tributária. Esclarecimento acerca do parecer oferecido pelo orador à Proposta de Emenda à Constituição nº 233, de 2008, acerca do tema............................ Aparteantes: MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (Bloco/PR – AL), CIDA BORGHETTI (PP – PR), JOVAIR ARANTES (Bloco/PTB – GO), ÁTILA LINS (PMDB – AM), VILSON COVATTI (PP – RS).......... HOMERO PEREIRA (Bloco/PR – MT. Pela ordem.) – Falecimento do Presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, Estado de Mato Grosso, Odenir Ortolan. ......................................... WALDENOR PEREIRA (PT – BA. Pela ordem.) – Transcurso do 49º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Cândido Sales, Estado da Bahia. ........................................ EDSON SILVA (Bloco/PSB – CE) – Urgente necessidade da integração de programas de saúde pública, no âmbito das políticas governamentais afirmativas, para enfrentamento das chamadas doenças da pobreza. Apoio à regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. ......................... Aparteantes: MAURO BENEVIDES (PMDB – CE), JOSÉ LINHARES (PP – CE), JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoBB – CE), EDINHO BEZ (PMDB – SC)................................................... DR. ALUIZIO (Bloco/PV – RJ. Pela ordem.) – Possibilidade de desligamento da ex-Senadora Marina Silva dos quadros do PV. Imprescindibilidade da criação de comissão, sob a presidência do ex-Deputado Fernando Gabeira, destinada ao resgate do ambiente democrático interno do PV.... LINCOLN PORTELA (Bloco/PR – MG. Como Líder.) – Homenagem póstuma ao Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco................ PRESIDENTE (Izalci) – Leitura de Ato da Presidência sobre a criação da Comissão Especial destinada ao exame do Projeto de Lei nº 1.749, de 2011, acerca da criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S/A – EBSERH................... 34975 34975 34977 34983 34984 34984 34986 34987 34988 34989 Julho de 2011 PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM. Pela ordem.) – Necessidade de investigação pelos órgãos competentes de denúncias de irregularidades no âmbito do Ministério dos Transportes, publicadas pela revista Veja. Apoio à convocação do Titular da Pasta, Alfredo Nascimento, para esclarecimento das denúncias à Casa............................................ PAES LANDIM (Bloco/PTB – PI. Pela ordem.) – Comemoração do 235º aniversário da independência dos Estados Unidos da América. Relevância da Convenção de Filadélfia. .................................. VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP. Pela ordem.) – Falecimento do advogado Jessyr Bianco, fundador do jornal O Liberal, do Município de Americana, Estado de São Paulo.................................. LUIZ CARLOS SETIM (DEM – PR. Pela ordem.) – Apelo ao Ministro dos Transportes de recuperação asfáltica da BR-153, no trecho compreendido entre os Municípios de Imbituva, Irati, Mallet e Paulo Frontin, Estado do Paraná......................... RONALDO BENEDET (PMDB – SC. Pela ordem.) – Apresentação do Projeto de Lei nº 1.753, de 2011, sobre a denominação de Lírio Rosso o viaduto localizado no quilômetro 391 da BR-101, no Município de Criciúma, Estado de Santa Catarina............................................ LUIZ FERNANDO MACHADO (PSDB – SP. Pela ordem.) – Encontro do orador com o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, para debate da produção de tablets no Município de Jundiaí. Imediata regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, acerca da destinação de recursos para a saúde pública. ......................... WALDENOR PEREIRA (PT – BA. Pela ordem.) – Participação do orador na solenidade de posse dos Srs. Edvar Ribeiro da Silva e Delci Alves Luz, respectivamente, nos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito do Município de Cordeiros, Estado da Bahia. Solidariedade a ex-gestores da municipalidade. Concessão do Prêmio Imboré ao orador e a outras personalidades envolvidas no processo de desenvolvimento socioeconômico do Município de Vitória da Conquista, na Bahia.......................... DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoBB – BA. Pela ordem.) – Transcurso do 49º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Campo Alegre de Lourdes, Estado da Bahia. .................... CELSO MALDANER (PMDB – SC. Pela ordem.) – Disparada dos custos de produção da indústria brasileira. Redução dos investimentos no País......................................................................... MANOEL JUNIOR (PMDB – PB. Pela ordem.) – Denúncia de irregularidades em licitação destinada à aquisição da merenda escolar pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, Estado da Paraíba. Realização de audiência pública no Bairro de Valentina II, em João Pessoa, destinada à discussão de assuntos de interesse da população local.............. 34989 34989 34990 34991 34992 34992 34992 34993 34993 34996 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM – SC. Pela ordem.) – Apelo à Presidência de início da Ordem do Dia..................................................................... PRESIDENTE (Izalci) – Resposta ao Deputado Onofre Santo Agostini..................................... JOSÉ AIRTON (PT – CE. Pela ordem.) – Transcurso do 238º aniversário de fundação do Município de Sobral, Estado do Ceará. Realização, pela Assembleia Legislativa do Ceará, de audiência pública e sessão solene ao ensejo da 4ª Jornada Municipalista. Apoio do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB às propostas de emendas à Constituição sobre o restabelecimento da exigência de diploma em jornalismo para o exercício da profissão. ........................................... SUELI VIDIGAL (PDT – ES. Pela ordem.) – Doação pela oradora do seu 14º salário à Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer, para a aquisição de equipamento destinado à detecção do câncer de nariz e garganta. .................. IVAN VALENTE (PSOL – SP. Pela ordem.) – Defesa de investigação e punição dos envolvidos em denúncias de corrupção no âmbito do Ministério dos Transportes. Imediato afastamento do titular da Pasta. ..................................................................... SILVIO COSTA (Bloco/PTB – PE. Pela ordem.) – Defesa da criação de CPI destinada à investigação de supostas irregularidades praticadas pelo Presidente da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, Ricardo Teixeira. ......................................... NEWTON CARDOSO (PMDB – MG. Pela ordem.) – Elogio à Presidenta Dilma Rousseff pelas medidas adotadas a respeito da fusão do Grupo Pão de Açúcar com o Supermercado Carrefour. Necessidade de desbaratamento do novo mensalão do Ministério dos Transportes........................... VALDIR COLATTO (PMDB – SC. Pela ordem.) – Fusão do Pão de Açúcar‑Carrefour. Importância da redução dos preços de arroz e de carne suína pelos supermercados para a reversão da crise nos respectivos setores produtivos............................... VALMIR ASSUNÇÃO (PT – BA. Pela ordem.) – Realização da 34ª Romaria da Terra e das Águas sob o tema Mudar o sistema, não o clima!, no Município de Bom Jesus da Lapa, Estado da Bahia. Repúdio às constantes agressões de caráter homofóbicas e racistas ocorridas no Estado de São Paulo....................................................................... CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS – SC. Pela ordem.) – Realização, pela bancada feminina do Estado de Santa Catarina, do seminário estadual As Mulheres e a Reforma Política. Carta das Mulheres Catarinenses, documento resultante do evento..... JOSÉ LINHARES (PP – CE. Pela ordem.) – Transcurso do 238º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Sobral, Estado do Ceará......................................................... 34996 34996 Quarta-feira 6 34807 FERNANDO FERRO (PT – PE. Pela ordem.) – Repúdio a campanha deflagrada por organizações não governamentais estrangeiras contra a construção de usinas hidrelétricas no País........................ LUCIANA SANTOS (Bloco/PCdoBB – PE. Pela ordem.) – Associação ao pronunciamento do Deputado Fernando Ferro. Saudações aos estudantes pernambucanos finalistas do concurso Imagine Cup, promovido pela empresa Microsoft. .............. 35002 35003 PROPOSIÇÕES APRESENTADAS PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 34996 34998 34998 Nº 49/2011 – Do Sr. Zé Silva – Institui pisos salariais nacionalmente unificados para os funcionários das entidades públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural.................................................... Nº 50/2011 – Do Sr. Alberto Mourão – Acrescenta os § § 5º a 8º no art. 182 da Constituição Federal e dá outras providências............................... 35004 35006 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 73/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Inclui as despesas com combate ao uso de drogas, incluindo o tratamento de seus usuários, entre as protegidas dos contingenciamentos orçamentários na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios.................................................................... 35009 PROJETOS DE LEI 35000 35000 35000 35000 35001 35002 Nº 1.750/2011 – Do Sr. Jose Stédile – Institui o Dia Nacional do Empregado Sindical.................. Nº 1.751/2011 – Do Sr. Arthur Lira – Dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte coletivo, em dias de realização de eleição, plebiscito e referendo, a eleitores residentes nas zonas urbanas................................................. Nº 1.752/2011 – Da Sra. Andreia Zito – Altera a Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, para acrescentar o artigo 2º-A, dispondo sobre prazos máximos para a realização do exame mamográfico e encaminhamento aos serviços especializados................................................. Nº 1.753/2011 – Do Sr. Ronaldo Benedet – Dá denominação a viaduto que especifica............. Nº 1.754/2011 – Do Sr. Ronaldo Benedet – Altera, inclui e revoga dispositivos na Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; revoga dispositivo da Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997; e dá outras providências............................................................ Nº 1.755/2011 – Do Sr. Ronaldo Benedet – Inclui dispositivos na Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; altera dispositivo da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; altera dispositivo da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; e dá outras providências....... Nº 1.756/2011 – Da Sra. Professora Marcivania – Dispõe sobre a participação popular no processo de elaboração, definição e acompanhamento 35010 35011 35011 35013 35013 35015 34808 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS das Emendas parlamentares ao orçamento plurianual de investimentos, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual............................................. Nº 1.757/2011 – Do Sr. Gean Loureiro – Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, para obrigar a apresentação do custo em reais dos juros cobrados no pagamento do valor mínimo do cartão de crédito................................... Nº 1.758/2011 – Do Sr. Gean Loureiro – Disciplina a comunicação entre fornecedor e consumidor realizada por meio da rede mundial de computadores. .................................................... Nº 1.759/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Dispõe sobre a obrigatoriedade de acondicionamento dos corpos para os sepultamentos realizados nos cemitérios no território nacional, e dá outras providências................................................................... Nº 1.760/2011 – Do Sr. Arolde de Oliveira – Altera a Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, para estabelecer a obrigatoriedade de exibição de mensagens educativas de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na mídia eletrônica.... Nº 1.761/2011 – Do Sr. Flaviano Melo – Altera os arts. 9º, 10 e 11 da Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1997, para tornar vinculante o resultado das consultas populares................................. Nº 1.762/2011 – Do Sr. Reguffe – Acrescenta o § 2º ao art. 31 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para obrigar os fornecedores de veículos automotores a informar, nos manuais dos veículos a serem comercializados no Brasil, os valores acerca do consumo médio de combustível de cada veículo..................................................................... Nº 1.763/2011 – Do Sr. Reguffe – Acrescenta o § 2º e o inciso I ao § 2º, ambos do art. 13 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, para assegurar aos beneficiários de planos de saúde coletivos, a permanência do direito ao atendimento à saúde, nos casos de inadimplência das operadoras com as empresas de planos de saúde, bem como possibilitar a migração desses beneficiários de planos coletivos para planos individuais de saúde, nas mesmas condições de cobertura.... Nº 1.764/2011 – Do Sr. Zé Silva – Determina a reserva de vagas, nos processos seletivos de acesso aos cursos superiores de graduação em Ciências Agrárias, das instituições federais de educação superior, para os estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas situadas no meio rural............................................ Nº 1.765/2011 – Da Sra. Eliane Rolim – Torna obrigatória a veiculação de mensagens, desenhos ou logomarcas educativas contra a prática do bullying nas capas e contracapas dos cadernos escolares e dos livros didáticos adquiridos pela rede pública de ensino de todo o país............................ 35017 35020 35021 35022 Julho de 2011 Nº 1.766/2011 – Do Sr. Otavio Leite – Altera a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, suspendendo a renovação da concessão pública do serviço de radiodifusão para aquelas rádios inadimplentes com o pagamento de direitos autorais.................... Nº 1.767/2011 – Do Sr. Eli Correa Filho – Dispõe sobre a pesagem de produto pré-medido........ Nº 1.768/2011 – Do Sr. Eli Correa Filho – Acrescenta parágrafo único ao art. 331, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, aumentando a pena do crime de desacato quando praticado contra policiais civis e militares e guardas civis........................................................ Nº 1.769/2011 – Do Sr. Diego Andrade – Denomina “Rodovia Presidente Itamar Franco” a Rodovia BR 267, no Estado de Minas Gerais. ........... Nº 1.770/2011 – Do Sr. Vicentinho – Dispõe sobre a obrigatoriedade de as montadoras de veículos utilizarem, na fabricação de seus produtos, 70% de peças produzidas no Brasil....................... 35030 35031 35032 35033 35033 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 35025 35026 35027 Nº 321/2011 – Do Sr. Audifax – Dispõe sobre a remuneração dos membros do Congresso Nacional, para extinguir os 14º e 15º salários e dá outras providências............................................................ 35033 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 71/2011 – Do Sr. Manoel Junior – Altera a Resolução nº 17, de 1989, da Câmara dos Deputados, que aprova o Regimento Interno, para acrescentar inciso ao art. 24, estabelecendo celebração de parcerias, convênios, protocolos de intenções etc., pelas Comissões com entidades privadas que importem ou não ônus para a Câmara dos Deputados............................................ 35034 INDICAÇÕES 35028 35029 35030 Nº 815/2011 – Do Sr. Arthur Lira – Sugere ao Ministério da Educação a inclusão, nas diretrizes curriculares do ensino médio, de noções básicas de Direito Constitucional......................................... Nº 816/2011 – Do Sr. Amauri Teixeira – Sugere ao Ministro de Estado da Educação, o aumento na dotação orçamentária para o Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica de Ireçê-Ba, para melhor reestruturação e funcionamento. ....... Nº 817/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Teixeira – PB. ............................... Nº 818/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Sousa – PB. ................................ Nº 819/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que 35035 35036 35036 35037 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Santa Luzia– PB. ......................... Nº 820/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Piancó – PB. ................................ Nº 821/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Paulista – PB. .............................. Nº 822/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Catolé do Rocha – PB. ................ Nº 823/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Alagoa Grande – PB. .................. Nº 824/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de São Bento – PB. ................................................................... Nº 825/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Pombal – PB. ............................................. Nº 826/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Itaporanga– PB. ......................................... Nº 827/2011 – Do Sr. Hugo Motta – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Alhandra– PB. ............................................ Nº 828/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Apiaí – SP.......................................... Nº 829/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Buri – SP............................................ Nº 830/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Angatuba – SP................................... Nº 831/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Avaré – SP......................................... Nº 832/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educa- 35037 35037 35038 35038 35038 35039 35039 35039 35040 35040 35040 35040 35040 Quarta-feira 6 34809 ção, a construção de escolas técnicas federais no município de Alambari – SP.................................... Nº 833/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Campina do Monte Alegre – SP........ Nº 834/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Bom Sucesso de Itararé– SP............. Nº 835/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Barão de Antonina – SP.................... Nº 836/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, que construa uma UBS – Unidade Básica de Saúde no município de Ribeirão Grande – SP................... Nº 837/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Ribeirão Branco – SP........................ Nº 838/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Ribeirão Grande – SP........................ Nº 839/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Riversul – SP..................................... Nº 840/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Arandu – SP....................................... Nº 841/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de São Miguel Arcanjo – SP................... Nº 842/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Sarutaiá – SP..................................... Nº 843/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Taguaí – SP........................................ Nº 844/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Taquarituba – SP................................ Nº 845/2011 – Do Sr. Guilherme Mussi – Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, que construa uma UBS – Unidade Básica de Saúde no município de São Bento do Sapucaí – SP......... Nº 846/2011 – Do Sr. Audifax – Sugere ao Poder Executivo que determine prazo mínimo de retira de medicamentos do mercado...................... 35041 35041 35041 35041 35041 35042 35042 35042 35042 35042 35042 35043 35043 35043 35043 34810 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 847/2011 – Do Sr. Audifax – Sugere ao Poder Executivo a substituição da utilização, pela Administração Pública,, de motocicletas por triciclos......................................................................... Nº 848/2011 – Do Sr. Audifax – Sugere ao Poder Executivo a inclusão no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos o Curso de Fitoterapia............ Nº 849/2011 – Da Sra. Nilda Gondim – Sugere ao Ministro de Estado da Educação, a possibilidade de inclusão do município de Itabaiana, no Estado da Paraíba, no Plano Nacional de Educação, com vistas à instalação de um Pólo Universitário na cidade................................................... 35044 35044 35045 RECURSO Nº 60/2011 – Do Sr. Izalci – Recorre ao Plenário da Câmara dos Deputados da decisão da Presidência que indeferiu liminarmente a emenda nº 09 apresentada à Medida Provisória nº 529, de 2011, com pedido preliminar de reconsideração da Presidência............................................................. 35045 REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO Nº 731/2011 – Do Sr. Otavio Leite – Solicita ao Senhor Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, informações sobre o financiamento a ser realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES à fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour............................... Nº 732/2011 – Do Sr. César Halum – Solicita informações ao Ministro de Estado dos Transportes sobre o andamento das licitações para o transporte rodoviário interestadual de passageiro, e sobre o Trem de Alta Velocidade – TAV, Rio de Janeiro/RJ – Campinas/SP, ambos sob responsabilidade da Agencia Nacional de Transporte Terrestre – ANTT......... Nº 733/2011 – Do Sr. Pauderney Avelino – Solicita informações ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde sobre atuação da Secretaria Especial da Saúde Indígena -SESAI, junto às Comunidades do Umariaçu 1 e 2 e Belém do Solimões, do Estado do Amazonas................... Nº 734/2011 – Do Sr. José Priante – Solicita informações à Controladoria Geral da União (CGU) sobre ações de fiscalização das obras do Projeto Vila da Barca, em Belém (PA)................................ Nº 735/2011 – Do Sr. Antonio Carlos Magalhães Neto – Solicita informações ao Sr. Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, sobre as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes............................................................. Nº 736/2011 – Do Sr. Antonio Carlos Magalhães Neto – Solicita informações ao Sr. Ministro de Estado dos Transportes, Alfredo Nascimento, sobre a majoração injustificada do custo das obras de responsabilidade do Ministério................ 35051 Nº 737/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da 35046 35046 35048 35049 35050 Julho de 2011 Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre................................................................. Nº 738/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Mâncio Lima, no estado do Acre................................................................. Nº 739/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Manoel Urbano, no estado do Acre........................................................................ Nº 740/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Rio Branco, Estado do Acre......... Nº 741/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Sena Madureira, Estado do Acre................................................... Nº 742/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Acrelândia, no estado do Acre..... Nº 743/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Bujari, no estado do Acre............. Nº 744/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Xapuri, no estado do Acre............ Nº 745/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Brasiléia, Estado do Acre............. Nº 746/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Jordão, no estado do Acre........... Nº 747/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Feijó, Estado do Acre................... 35054 35054 35054 35055 35055 35055 35056 35056 35056 35057 35057 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 748/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Epitaciolândia, no estado do Acre........................................................................ Nº 749/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Porto Acre, no estado do Acre..... Nº 750/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Plácido de Castro, no estado do Acre................................................................... Nº 751/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Marechal Thaumaturgo, no estado do Acre................................................................... Nº 752/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Rodrigues Alves, no estado do Acre................................................................... Nº 753/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Tarauacá, Estado do Acre............ Nº 754/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Porto Walter, no estado do Acre................................................................. Nº 755/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Senador Guiomard, no estado do Acre..................................................... Nº 756/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de capixaba, no estado do Acre........ Nº 757/2011 – Da Sra. Perpétua Almeida – Solicita informações ao excelentíssimo Ministro das Relações Exteriores, Sr. Antonio de Aguiar Patriota, sobre recentes decisões do governo Boliviano relativas a regularização de automóveis e exigência de residência fixa para estudantes brasileiros........ 35057 35058 35058 35058 Quarta-feira 6 34811 Nº 759/2011 – Do Sr. Chico D’Angelo – Solicita informações ao Sr. Ministro de Estado dos Transportes sobre a dívida da União (sucessora da Rede Ferroviária Federal) com o fundo de previdência REFER..................................................... Nº 760/2011 – Do Sr. Otavio Leite – Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informações sobre os empréstimos e/ou financiamentos concedidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento – BNDES para financiamento de novas unidades hoteleiras na cidade do Rio de Janeiro/RJ............................................................ Nº 761/2011 – Do Sr. Otavio Leite – Solicita ao Senhor Ministro-Chefe da Secretaria Nacional da Aviação Civil da Presidência da República informações pertinentes sobre os investimentos e obras realizados no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro – RJ............................................................ Nº 762/2011 – Do Sr. Homero Pereira – Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado da Saúde quanto às análises realizadas para registro e reavaliação de agrotóxicos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA........................... 35061 35062 35062 35063 REQUERIMENTOS 35059 35059 35059 35060 35060 35060 Nº 2.327/2011 – Do Sr. João Magalhães – Requer seja proferido novo despacho ao PL nº 6.476, de 2009................................................................... Nº 2.328/2011 – Do Sr. Paes Landim – Requer, nos termos regimentais, a tramitação conjunta dos Projetos de Lei nº 1.122, de 2007 (e seu apenso) com o Projeto de Lei nº 3.941, de 1989................. Nº 2.329/2011 – Do Sr. Júlio Campos – Requer inclusão de Proposta na Ordem do Dia.......... Nº 2.330/2011 – Do Sr. Hugo Napoleão – Requeiro, nos termos regimentais, a realização de Sessão Especial destinada a Memória do Ex-Presidente da República Itamar Franco................ Nº 2.331/2011 – Do Sr. Homero Pereira – Requer Voto de Pesar pelo falecimento do Senhor Odenir Ortolan........................................................ Nº 2.332/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações empresário e industrial João Batista Fujita por ter sido agraciado com a Medalha do Mérito Industrial pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará................................................ Nº 2.333/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações ao empresário Jorge Alberto Vieira Studart Gomes (Beto Studart) por ter sido agraciado com a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria.............................................. Nº 2.334/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações ao Centro Espírita Beneficente União do Vegetal pela passagem dos 50 anos de sua fundação.......................................................... Nº 2.335/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações ao presidente da Assembleia 35064 35064 35064 35064 35065 35065 35066 35066 34812 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Legislativa do Estado do Ceará, deputado Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará..... Nº 2.336/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações ao conselheiro ex-presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, José Valdir Pessoa, por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará..... Nº 2.337/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações ao senador José Barroso Pimentel por ter sido agraciado com o troféu Clóvis Rolim, concedido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará e pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza.............................................. Nº 2.338/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações à Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fatamce) pela realização do 7º Congresso Estadual, com o tema “Adiante! O tempo do trabalho decente é agora”..................................................... Nº 2.339/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações ao ministro César Asfor Rocha por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará................................................ Nº 2.340/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Votos de congratulações à Pia Sociedade Filhas de São Paulo (Irmãs Paulinas) em razão do cinquentenário da presença da instituição no estado do Ceará..... Nº 2.341/2011 – Do Sr. Sebastião Bala Rocha – Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário, a Proposta de Emenda à Constituição nº 270 de 2008, que acrescenta o parágrafo 9º ao artigo 40 da Constituição Federal. ........................................ Nº 2.342/2011 – Do Sr. Otoniel Lima – Requer o apensamento do Projeto de Lei nº 870, de 2011, ao Projeto de Lei nº 7.309, de 2010....................... Nº 2.343/2011 – Da Sra. Cida Borghetti – Requer a inclusão na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição nº 153 de 2003, que “Regulamenta a carreira de Procurador Municipal”...... Nº 2.344/2011 – Do Sr. Sibá Machado – Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 153, de 2003, que altera o art. 132 da Constituição Federal, regulamentando a carreira de Procurador Municipal......................... Nº 2.345/2011 – Do Sr. Sibá Machado – Solicita o apensamento do Projeto de Lei nº 7.880/10 ao Projeto de Lei nº 2.522/07................................. Nº 2.346/2011 – Do Sr. Paulo Foletto – Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 2.295/2000 que “Dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem”.................................................. 35066 35068 35067 35067 35067 35067 35067 35068 35068 35068 35068 35068 Julho de 2011 Nº 2.347/2011 – Do Sr. Paulo Pimenta – Requer o arquivamento do projeto de Lei nº 1072/2011............................................................... Nº 2.348/2011 – Do Sr. Wilson Filho – Requer o registro da Frente Parlamentar mista em Defesa dos Estados do Nordeste....................................... Nº 2.349/2011 – Do Sr. Renzo Braz – Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC 270 de 2008, que “Garante ao servidor que aposentar-se por invalidez permanente o direito dos proventos integrais com paridade. Altera a Constituição Federal de 1998”................................................................. Nº 2.350/2011 – Do Sr. Paulo Abi-Ackel – Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 4.622/2004, que altera a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, para a fixação do conceito da modalidade operacional das cooperativas de trabalho.............................................................. Nº 2.351/2011 – Do Sr. Paulo Abi-Ackel – Requer a inclusão na Ordem do Dia do PLP nº 141/2007, que dispõe sobre a fixação dos coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios, para estender ao exercício de 2008 os coeficientes atribuídos em 2007................................................. Nº 2.352/2011 – Do Sr. Paulo Abi-Ackel – Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 2057/1991, que dispõe sobre o Estatuto das Sociedades Indígenas................................................. Nº 2.353/2011 – Do Sr. Paulo Abi-Ackel – Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 3443/2008, que dá nova redação a dispositivos da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, objetivando tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro........................................... Nº 2.354/2011 – Do Sr. Paulo Abi-Ackel – Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 347/2009, que altera a redação do inciso III do artigo 208 da Constituição Federal............................ Nº 2.355/2011 – Do Sr. César Halum – Requer a realização de Sessão Solene em comemoração ao Dia do Médico Veterinário.................................. Nº 2.356/2011 – Do Sr. Edson Pimenta – Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados....................... Nº 2.357/2011 – Do Sr. Edson Pimenta – Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados....................... Nº 2.358/2011 – Do Sr. Onofre Santo Agostini – Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados...... Nº 2.359/2011 – Do Sr. Bernardo Santana de Vasconcellos – Requer a retirada de assinatura do Requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar as controvérsias suscitadas no cálculo dos recursos da Compensação Financeira sobre Exploração de Recursos Minerais – CFEM.................................................... 35069 35072 35072 35072 35072 35072 35072 35073 35073 35073 35073 35074 35074 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 2.360/2011 – Do Sr. Manoel Junior – “Requer a inclusão na Ordem do Dia, da Proposta de Emenda a Constituição nº 153/03, que “Regulamenta a Carreira de Procurador Municipal” alterando o art. 132 da Constituição Federal.”................................. Nº 2.361/2011 – Do Sr. Homero Pereira – Requer a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 4385 de 1994 que “dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências.”.......................................................... Nº 2.362/2011 – Da Sra. Nilda Gondim – Registrar nos Anais desta Casa Voto de Louvor pelo grande sucesso do Maior São João do Mundo na cidade de Campina Grande, no estado da Paraíba............................................................................ Nº 2.363/2011 – Da Sra. Nilda Gondim – Solicita inclusão na pauta de votações, da Proposta de Emenda à Constituição nº. 153, de 2003, que “Altera o art. 132 da Constituição Federal”............. Nº 2.364/2011 – Do Sr. Takayama – Requer a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Decreto Legislativo nº 59, de 2011, que Aprova o texto do Acordo de Previdência Social entre a República Federativa do Brasil e o Japão, assinado em Tóquio, em 29 de julho de 2010.......................................... Nº 2.365/2011 – Do Sr. Osmar Terra – Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 8 de agosto, às 10 horas em homenagem ao dia do Pediatra.............................. Nº 2.366/2011 – Do Sr. Vicentinho – Requer a apreciação do Projeto de Lei nº 4.645, de 2001, que altera o inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, e acréscimo do § 2º do art. 30 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir na isenção do imposto de renda os trabalhadores em atividade, atingidos pelas doenças lá referidas, e seus apensados...................................................... VI – Ordem do Dia PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 528, de 2011, que altera os valores constantes da tabela do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.................. Usou da palavra para proferir parecer à medida provisória e às emendas apresentadas, pela Comissão Mista, o Sr. Deputado MAURÍCIO TRINDADE (Bloco/PR – BA), concluindo por projeto de lei de conversão. .................................................... ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA. Pela ordem.) – Solicitação ao Relator de esclarecimento sobre o art. 6º constante no parecer oferecido à medida provisória....................... Usou da palavra o Sr. Deputado MAURÍCIO TRINDADE (Bloco/PR – BA), Relator da matéria... 35074 35074 35075 35075 35075 35075 35076 35080 35080 35090 35090 Quarta-feira 6 34813 ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA) – Apelo ao Relator de retirada do dispositivo do parecer.................................................. Usou da palavra o Sr. Deputado MAURÍCIO TRINDADE (Bloco/PR – BA), Relator da matéria... PRESIDENTE (Marco Maia) – Convocação de Líder do Governo para debate sobre a retirada do dispositivo junto ao Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto e ao Relator da matéria............... PRESIDENTE (Marco Maia) – Retirada, de ofício, de requerimentos de adiamento da discussão da matéria............................................................... Usaram da palavra para discussão da matéria os Srs. Deputados AMAURI TEIXEIRA (PT – BA), IZALCI (Bloco/PR – DF)......................................... Usou da palavra o Sr. Deputado MAURÍCIO TRINDADE (Bloco/PR – BA), Relator da matéria... Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado MANDETTA (DEM – MS)........................................ PRESIDENTE (Marco Maia) – Encerramento da discussão........................................................... Retirada, de ofício, de requerimento de adiamento da votação da matéria................................. Votação do parecer do Relator quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária............................................... Usaram da palavra para orientação da respectiva bancada os Srs. Deputados SIBÁ MACHADO (PT – AC), MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ), MENDONÇA FILHO (DEM – PE).......................................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Aprovação do parecer.................................................................... Votação e aprovação do projeto de lei de conversão oferecido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques, com as alterações comunicadas ao Plenário........................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado IVAN VALENTE (PSOL – SP)............................................................... Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados MENDONÇA FILHO (DEM – PE), EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ), DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP)........................................................... SIBÁ MACHADO (PT – AC. Pela ordem.) – Consulta à Presidência sobre a possibilidade de votação de requerimentos de destaque em sequência. ...................................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 3............................................... DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP e como Líder) – Encaminhamento da votação. Homenagem póstuma ao ex-Ministro da Educação Paulo Renato Souza. Ações desenvolvidas pelo PSDB para apuração de prática de corrupção no Ministério dos 35090 35091 35091 35091 35092 35092 35093 35093 35093 35094 35094 35094 35103 35103 35103 35103 35103 34814 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Transportes, segundo reportagem publicada pela revista Veja............................................................ Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados PEPE VARGAS (PT – RS), EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ), JAIME MARTINS (Bloco/PR – MG), MENDONÇA FILHO (DEM – PE), ROBERTO BRITTO (PP – BA), MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ), RUBENS BUENO (Bloco/PPS – PR), PASTOR MARCO FELICIANO (PSC – SP), IVAN VALENTE (PSOL – SP), FELIPE MAIA (DEM – RN), HUGO LEAL (PSC – RJ), PASTOR EURICO (Bloco/PSB – PE), DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP)....................................... CARLOS ZARATTINI (PT – SP. Pela ordem.) – Solicitação aos Deputados do PT de permanência no plenário.............................................................. DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ. Pela ordem.) – Convocação dos Deputados do PR ao plenário. Orientação da respectiva bancada.......... CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Como Líder.) – Defesa de afastamento do Ministro dos Transportes diante de denúncias de corrupção. Conveniência de alteração da estrutura da Pasta. Reexame pelo Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, Deputado João Paulo Cunha, da decisão sobre a escolha do Relator de recurso apresentado pela Deputada Jaqueline Roriz. Posicionamento do PSOL contrário à proposta de revisão da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física...................... JAIR BOLSONARO (PP – RJ. Pela ordem.) – Incoerência do discurso do PSOL....................... CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem.) – Contestação a discurso proferido por Parlamentar. ...................................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado DOMINGOS DUTRA (PT – MA). .................................................................... JOÃO PAULO LIMA (PT – PE. Pela ordem.) – Apoio à implantação do plano de carreira dos servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego................................................................. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem.) – Esclarecimento sobre a emenda apresentada pelo PSOL à proposta de alteração da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. .................................. ZONTA (PP – SC. Pela ordem.) – Convite aos Parlamentares para participação no seminário Juventude: o futuro do cooperativismo, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.............. SIBÁ MACHADO (PT – AC. Pela ordem.) – Defesa de criação de novo marco regulatório para a área de ciência e tecnologia. .............................. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Encerramento da votação................................................... Rejeição da emenda..................................... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados FILIPE PEREIRA (PSC 35103 35105 35111 35111 35111 35112 35112 35112 35112 35114 35114 35114 35114 35114 Julho de 2011 – RJ), NELSON MARQUEZELLI (Bloco/PTB – SP), SARAIVA FELIPE (PMDB – MG), JÂNIO NATAL (Bloco/PRP, BA), JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP), WASHINGTON REIS (PMDB – RJ), NELSON BORNIER (PMDB – RJ), RAUL LIMA (PP – RR), DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP), LUIZ ARGÔLO (PP – BA), RICARDO TRIPOLI (PSDB – SP)........ PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Requerimento de destaque para votação em separado dos arts. 1º, 2º e 3º da Emenda nº 50, em substituição aos arts. 1º, 2º e 3º do projeto de lei de conversão à Medida Provisória nº 528, de 2011, exceto a alínea “h” e o § 4º do art. 8º e o art. 12, todos introduzidos pelo art. 3º do projeto de lei de conversão.............. Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados CRISTIANO (Bloco/ PTdoB – RJ), PROFESSOR SETIMO (PMDB – MA), ZÉ SILVA (PDT – MG), RONALDO ZULKE (PT – RS), ALINE CORRÊA (PP – SP), JOÃO ARRUDA (PMDB – PR), NEILTON MULIM (Bloco/PR – RJ), ANTÔNIO ROBERTO (Bloco/PV – MG), JÚLIO CESAR (DEM – PI)...................................................... ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA e como Líder) – Encaminhamento da votação. Evidências de descontrole do Governo Dilma Rousseff, reveladas em denúncias de irregularidades no âmbito do Ministério dos Transportes. Apresentação de requerimentos de informações a respeito do assunto à Controladoria-Geral da União e ao Ministério dos Transportes.............................. Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados FERNANDO MARRONI (PT – RS), NERI GELLER (PP – MT)..................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM)............................................................ Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado LUIZ OTAVIO (PMDB – PA)... Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado SIBÁ MACHADO (PT – AC)................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ), SIBÁ MACHADO (PT – AC), HELENO SILVA (Bloco/PRB – SE), CESAR COLNAGO (PSDB – ES), ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB – SP), HELENO SILVA (Bloco/PRB – SE), PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM), AFONSO HAMM (PP – RS), ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT – CE), RUBENS BUENO (Bloco/PPS – PR)............. Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP)....................................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados NELSON PADOVANI (PSC – PR), FELIPE MAIA (DEM – RN), JOSÉ GUIMARÃES (PT – CE), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ)........................................................... 35124 35125 35125 35125 35126 35126 35131 35131 35131 35132 35132 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM)..................... PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Rejeição da emenda.............................................................. Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 10.................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV – SP)...................................................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado REGUFFE (PDT – DF)..... PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Prorrogação da sessão por 1 hora....................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado SANDRO ALEX (Bloco/PPS – PR).......................................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB – BA), JOSÉ MENTOR (PT – SP), GIACOBO (Bloco/PR – PR), MENDONÇA FILHO (DEM – PE), RUI PALMEIRA (PSDB – AL), ROBERTO BRITTO (PP – BA), MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ), RUBENS BUENO (Bloco/PPS – PR), NELSON PADOVANI (PSC – PR), PAULO ABI-ACKEL (PSDB – MG), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ), HUGO LEAL (PSC – RJ)............................. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Rejeição da emenda.............................................................. Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 34.................................... Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA), MENDONÇA FILHO (DEM – PE).................................................... JOSÉ GUIMARÃES (PT – CE. Como Líder.) – Compromisso do Governo Dilma Rousseff com a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, a favor das camadas menos favorecidas. Adoção pela Presidenta da República de política permanente de reajuste do salário mínimo. Investimentos do Governo Federal na educação pública de qualidade. Anúncio de votação da Medida Provisória nº 529, de 2011, e do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO. Não realização de acordo com a Oposição para a votação dos projetos de lei sobre a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC e sobre o aprimoramento do Super-SIMPLES. Orientação da respectiva bancada. Discussão, no segundo semestre de 2011, da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a garantia de recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde. .............. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados SIBÁ MACHADO (PT – AC), SANDRA ROSADO (Bloco/ PSB – RN), HELENO SILVA (Bloco/PRB – SE), 35132 35132 35132 35132 35132 35133 35133 35133 35135 35135 35135 35136 Quarta-feira 6 34815 VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP), ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB – BA), PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM), ROBERTO BRITTO (PP – BA), MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ), RUBENS BUENO (Bloco/ PPS – PR), NELSON PADOVANI (PSC – PR), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ), RUI PALMEIRA (PSDB – AL), HUGO LEAL (PSC – RJ)................. HELENO SILVA (Bloco/PRB – SE. Pela ordem.) – Necessidade de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de percentual de recursos à saúde pela União, Estados e Municípios.............................................. Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado JILMAR TATTO (PT – SP)..... DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS. Pela ordem.) – Defesa de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de percentual de recursos à saúde pela União, Estados e Municípios.................................................. ONYX LORENZONI (DEM – RS. Pela ordem.) – Apelo à Presidência de prorrogação da votação. Orientação da respectiva bancada......................... DOMINGOS DUTRA (PT – MA. Pela ordem.) – Apelo ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de concessão de audiência ao orador para debate da criação do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias..... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado GERALDO RESENDE (PMDB – MS)...................................................................... JÚLIO CESAR (DEM – PI. Pela ordem.) – Regozijo com o desempenho de bacharéis oriundos da Universidade Federal do Piauí no exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB............................. ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB – BA. Pela ordem.) – Apelo ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de retomada da doação do medicamento Interferon aos portadores da hepatite C................. ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS – SP. Pela ordem.) – Realização, por órgão da Casa, de audiência pública destinada à discussão da qualidade dos serviços prestados à sociedade pela empresa Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A – AES ELETROPAULO. Convite aos Deputados para participação no evento................................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Encerramento da votação.............................................................. Rejeição da emenda..................................... Requerimento de destaque para votação em separado do art. 8º e, por conseguinte, do art. 9º do Projeto de Lei de Conversão oferecido à Medida Provisória nº 528, de 2001..................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Consulta ao Plenário sobre a possibilidade de votação simbólica do requerimento de destaque................................. Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados HUGO NAPOLEÃO 35137 35138 35140 35140 35140 35141 35141 35141 35141 35142 35142 35142 35142 35153 34816 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (DEM – PI), MANUELA D’ÁVILA (Bloco/PCdoBB – RS), FÁTIMA BEZERRA (PT – RN), VIEIRA DA CUNHA (PDT – RS), OSMAR TERRA (PMDB – RS), GABRIEL GUIMARÃES (PT – MG), PAULO FOLETTO (Bloco/PSB – ES).................................. Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP)....................................................................... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados ALEX CANZIANI (Bloco/ PTB – PR), BIFFI (PT – MS).................................. Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado SIBÁ MACHADO (PT – AC).......................................................................... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados RODRIGO DE CASTRO (PSDB – MG), LUIS TIBÉ (Bloco/PTdoB – MG)..... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados SIBÁ MACHADO (PT – AC), ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB – BA), VALADARES FILHO (Bloco/PSB – SE), DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ), MENDONÇA FILHO (DEM – PE), DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP), MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ), RUBENS BUENO (Bloco/PPS – PR), NELSON PADOVANI (PSC – PR), FÁBIO FARIA (PMN – RN), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ), RUI PALMEIRA (PSDB – AL), HUGO LEAL (PSC – RJ), ARTHUR LIRA (PP – AL)......... PRESIDENTE (Marca Maia) – Manutenção do dispositivo.......................................................... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados LUIS TIBÉ (Bloco/ PTdoB – MG), VANDER LOUBET (PT – MS), ERIKA KOKAY (PT – DF)............................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 49....................................................................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado RONALDO BENEDET (PMDB – SC). ..................................................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado DÉCIO LIMA (PT – SC)......... EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ. Pela ordem.) – Retirada do requerimento de destaque..... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados ELCIONE BARBALHO (PMDB – PA), MARCELO CASTRO (PMDB – PI), GEAN LOUREIRO (PMDB – SC), AELTON FREITAS (Bloco/PR – MG)............................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Consulta ao Líderes partidários sobre a manutenção de requerimentos de destaques........................................... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados MARCELO MATOS (PDT – RJ), FELIPE MAIA (DEM – RN), ALESSANDRO MOLON (PT – RJ).................................................. 35153 35153 35153 35153 35154 35154 35155 35155 35155 35156 35156 35156 35156 35156 Julho de 2011 PRESIDENTE (Marco Maia) – Consulta ao Plenário sobre a possibilidade de manutenção do painel para a sessão extraordinária........................ ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB – SP. Pela ordem.) – Apoio à manutenção do painel....... DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ. Pela ordem.) – Solicitação à Presidência de abertura de novo painel............................................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Abertura de novo painel para a sessão extraordinária............... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado GIVALDO CARIMBÃO (Bloco/ PSB – AL)............................................................... VII – Encerramento 3 – ATA DA 176ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, NOTURNA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATURA, EM 05 DE JULHO DE 2011 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente IV – Breves Comunicações LINCOLN PORTELA (Bloco/PR – MG. Como Líder.) – Pedido à Presidência de manutenção do painel da sessão anterior. Descontentamento do PR com o Projeto de Resolução nº 50, de 2011, da Mesa Diretora, sobre a alteração da Resolução nº 1, de 2007, acerca dos Cargos em Comissão de Natureza Especial do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. Não obstrução das votações pelo partido. Orientação da respectiva bancada.... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado CLAUDIO CAJADO (DEM – BA)....................................................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Dispensa da leitura da ata da sessão anterior............................ LUIS TIBÉ (Bloco/PTdoB – MG) – Concessão ao orador do título de Cidadão Espírito-Santense. Homenagem à memória da heroína capixaba Maria Ortiz. Preservação de pequenos partidos.............. ANDRÉ ZACHAROW (PMDB – PR) – Matéria veiculada pelo jornal Folha de S.Paulo a respeito do desvio na aplicação de recursos destinados à saúde pelos Estados brasileiros. Urgente necessidade de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, acerca da destinação de recursos à saúde pública pela União, Estados e Municípios... SANDES JÚNIOR (PP – GO) – Necrológio do Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco..................................................................... GENECIAS NORONHA (PMDB – CE) – Anúncio, pela Secretaria do Planejamento e Gestão do Governo do Estado do Ceará, da implementação de projeto destinado ao combate à miséria. Expectativa quanto à alocação, no Plano Plurianual – PPA 20122015, de recursos para a execução de programas, 35156 35156 35156 35156 35156 35156 35166 35166 35167 35168 35170 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ações e políticas públicas estaduais. Empenho da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE na continuidade da construção de obras estruturantes na região........................................... V – Ordem do Dia PRESIDENTE (Marco Maia) – Continuação da votação, em turno único, da Medida Provisória nº 528-A, de 2011, sobre a alteração dos valores constantes na tabela do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física......................................................... Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 43.................................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado RUBENS BUENO (Bloco/ PPS – PR).............................................................. Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados LUIS CARLOS HEINZE (PP – RS), OZIEL OLIVEIRA (PDT – BA).............. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB – BA), ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB – SP), MENDONÇA FILHO (DEM – PE), CIDA BORGHETTI (PP – PR), OZIEL OLIVEIRA (PDT – BA), RUBENS BUENO (Bloco/ PPS – PR), FÁBIO FARIA (PMN – RN), DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ), FELIPE MAIA (DEM – RN), HUGO LEAL (PSC – RJ), PAULO TEIXEIRA (PT – SP), OTAVIO LEITE (PSDB – RJ), IVAN VALENTE (PSOL – SP).......................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Rejeição da emenda. ................................................................. Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 54.................................... JOVAIR ARANTES (Bloco/PTB – GO. Pela ordem.) – Retirada do requerimento....................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Votação e aprovação da redação final............................................ Encaminhamento da matéria ao Senado Federal, incluindo o processado................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Votação de requerimento de tramitação em regime de urgência do Projeto de Resolução nº 50, de 2011, da Mesa Diretora................................................................... Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB – SP), MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ).................................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aprovação do requerimento........................................................... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados SÉRGIO MORAES (Bloco/PTB – RS), ENIO BACCI (PDT – RS)......... PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 50, de 2011, da Mesa Diretora.......................................... Encerramento da discussão.......................... Informação ao Plenário sobre a existência de emendas ao projeto................................................ 35170 35181 35181 35181 35182 35182 35183 35183 35183 35183 35187 35187 35187 35187 35187 35187 35187 35190 Quarta-feira 6 34817 DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ. Pela ordem.) – Retirada da Emenda nº 1 pelo PR......... Usou da palavra para proferir parecer ao projeto, pela Mesa Diretora, o Sr. Deputado JORGE TADEU MUDALEN (DEM – SP)............................. PRESIDENTE (Marco Maia) – Votação da Emenda de Plenário nº 2, com parecer contrário... MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem.) – Solicitação ao Relator de leitura da emenda.......... PRESIDENTE (Marco Maia) – Esclarecimento ao Deputado Miro Teixeira sobre o teor da emenda................................................................ Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ), MENDONÇA FILHO (DEM – PE), DOMINGOS SÁVIO (PSDB – MG), DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ), PAULO TEIXEIRA (PT – SP), NELSON PADOVANI (PSC – PR), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ)......................................... ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA. Pela ordem.) – Posicionamento do orador com relação ao discurso do Deputado Chico Alencar.................................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ANA ARRAES (Bloco/PSB – PE), ROBERTO BRITTO (PP – BA), RUI PALMEIRA (PSDB – AL), MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ), DR. ALUIZIO (Bloco/PV – RJ)............ PRESIDENTE (Marco Maia) – Rejeição da emenda................................................................... Votação e aprovação do Projeto de Resolução nº 50, de 2011........................................................ Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, a Sra. Deputada GORETE PEREIRA (Bloco/ PR – CE). ............................................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Votação da redação final........................................................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado IVAN VALENTE (PSOL – SP)....................................................................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Aprovação da redação final........................................................... Encaminhamento da matéria à promulgação..... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados SANDES JÚNIOR (PP – GO), MARCOS MEDRADO (PDT – BA)............. GILMAR MACHADO (PT – MG. Pela ordem.) – Solicitação aos membros da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização de comparecimento ao Plenário nº 2 da Câmara dos Deputados.............................................................. Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado PAULO PIAU (PMDB – MG).... REGUFFE (PDT – DF. Pela ordem.) – Registro de voto contrário................................................ 35190 35190 35190 35190 35190 35190 35191 35192 35193 35194 35194 35196 35196 35196 35196 35196 35196 35196 35196 34818 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados WOLNEY QUEIROZ (PDT – PE), ROMERO RODRIGUES (PSDB – PB).......................................................................... VI – Encerramento 4 – DESPACHOS DO PRESIDENTE EM PROPOSIÇÕES – PL 1.749/11, REQ 1560/2011, REQ 2268/2011, REQ 2284/2011, REQ 2291/2011....... 5 – PARECER – Projeto de Lei nº 4.330-B/04. SEÇÃO II 35196 35199 COMISSÕES 6 – ATA Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, 36ª Reunião (Ordinária), em 30-6-11....... 7 – DESIGNAÇÃO Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em 5-7-11........ Julho de 2011 35250 35252 8 – ATOS DO PRESIDENTE Dispensar: Aluizio Davis Neto, Ana Marcia de Andrade Petriz, Expedito Bento Maia, Julia Sulz Barbosa Ribeiro...................................................... Designar: Aluizio Davis Neto, Ana Marcia de Andrade Petriz, Andrea Maria Carneiro Sabino Lopes, Jorge Vargas Filho, Laila Moreira Machado, Neivaldo Pereira da Silva, Thiago Gomes Eirão, Virginia Sousa de Alencar Urben................................ 9 – PORTARIAS – Nºs 078 e 079, de 2011, da Primeira Secretaria, referentes ao credenciamento de entidades de classe........................................... 10 – MESA 11 – LÍDERES E VICE-LÍDERES 12 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO 13 – COMISSÕES 35252 35252 35253 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34819 SEÇÃO I Ata da 174ª Sessão, Solene, Matutina, em 5 de julho de 2011 Presidência dos Srs.: Marco Maia, Presidente, André Moura, § 2º do art. 18 do Regimento Interno I – ABERTURA DA SESSÃO O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Passa-se à leitura do expediente. O SR. ANDRÉ MOURA, servindo como 1° Secretário, procede à leitura do seguinte II – LEITURA DA ATA III – EXPEDIENTE (Às 10 horas e 24 minutos) 34820 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34821 34822 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34823 34824 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34825 34826 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34827 34828 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34829 34830 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34831 34832 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34833 34834 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Of. P – 57/11-CTASP Brasília, 8 de junho de 2011 A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Apreciação conclusiva de projeto de lei Senhor Presidente, Em cumprimento ao disposto no art. 58 do Regimento Interno, comunico a V. Exª que a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 4.330-A/04 – do Sr. Sandro Mabel – que “dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes”, e rejeitou o Projeto de Lei nº 5.439/05, apensado. Atenciosamente, – Deputado Silvio Costa, Presidente. Publique-se Em 5-7-11. – Marco Maia, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 1.749, DE 2011 (Do Poder Executivo) MENSAGEM Nº 236/2011 (URGÊNCIA – ART. 64, § 1º CF) AVISO Nº 336/2011 – C. CIVIL Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. – EBSERH e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar empresa pública sob a forma de sociedade anônima, denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. – EBSERH, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Educação, com prazo de duração indeterminado. § 1º A EBSERH terá sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e poderá manter escritórios, representações, dependências e filiais em outras unidades da Federação. § 2º Fica a EBSERH autorizada a criar subsidiárias para o desenvolvimento de atividades inerentes ao seu objeto social, com as mesmas características estabelecidas no caput. Art. 2º A EBSERH terá seu capital social integralmente sob a propriedade da União. Parágrafo único. A integralização do capital social será realizada com recursos oriundos de dotações Quarta-feira 6 34835 consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação em dinheiro. Art. 3º A EBSERH terá por finalidade a prestação de serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à comunidade, assim como a prestação às instituições públicas federais de ensino ou instituições congêneres de serviços de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no campo da saúde pública, observada, nos termos do art. 207 da Constituição, a autonomia universitária. § 1º As atividades de prestação de serviços de assistência à saúde de que trata o caput estarão inseridas integral e exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. § 2º No desenvolvimento de suas atividades de assistência à saúde, a EBSERH observará as orientações da Política Nacional de Saúde, de responsabilidade do Ministério da Saúde. § 3º É assegurado à EBSERH o ressarcimento das despesas com o atendimento de consumidores e respectivos dependentes de planos privados de assistência à saúde, na forma estabelecida pelo art. 32 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, observados os valores de referência estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Art. 4º Compete à EBSERH: I – administrar unidades hospitalares, bem como prestar serviços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à comunidade, no âmbito do SUS; II – prestar às instituições federais de ensino superior e a outras instituições congêneres serviços de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no campo da saúde pública, mediante as condições que forem fixadas em seu estatuto social; III – apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de instituições federais de ensino superior e de outras instituições congêneres, cuja vinculação com o campo da saúde pública ou com outros aspectos da sua atividade torne necessária essa cooperação, em especial na implementação das residências médica, multiprofissional e em área profissional da saúde, nas especialidades e regiões estratégicas para o SUS; IV – prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais universitários federais e a outras instituições congêneres; V – prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos hospitais universitários e federais e a outras instituições congêneres, com implementação de sistema 34836 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de gestão único com geração de indicadores quantitativos e qualitativos para o estabelecimento de metas; e VI – exercer outras atividades inerentes às suas finalidades, nos termos do seu estatuto social. Art. 5º É dispensada a licitação para a contratação da EBSERH pela administração pública, para realizar atividades relacionadas ao seu objeto social. Art. 6º A EBSERH, respeitado o princípio da autonomia universitária, poderá prestar os serviços relacionados às suas competências mediante contrato com as instituições federais de ensino ou instituições congêneres. § 1º O contrato de que trata o caput estabelecerá, entre outras: I – as obrigações dos signatários; II – as metas de desempenho, indicadores e prazos de execução a serem observados pelas partes; III – a respectiva sistemática de acompanhamento e avaliação, contendo critérios e parâmetros a serem aplicados; e IV – a previsão de que a avaliação de resultados obtidos, no cumprimento de metas de desempenho e observância de prazos pelas unidades da EBSERH, será usada para o aprimoramento de pessoal e melhorias estratégicas na atuação perante a população e as instituições federais de ensino ou instituições congêneres, visando ao melhor aproveitamento dos recursos destinados à EBSERH. § 2º Ao contrato firmado será dada ampla divulgação por intermédio dos sítios da EBSERH e da entidade contratante na internet. § 3º Consideram-se instituições congêneres, para efeitos desta Lei, as instituições públicas que desenvolvam atividades de ensino e de pesquisa na área da saúde e as que prestem serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Art. 7º No âmbito dos contratos previstos no art. 6º, os servidores titulares de cargo efetivo em exercício na instituição federal de ensino ou instituição congênere que exerçam atividades relacionadas ao objeto da EBSERH poderão ser a ela cedidos para a realização de atividades de assistência à saúde e administrativas. § 1º Ficam assegurados aos servidores referidos no caput os direitos e vantagens a que façam jus no órgão ou entidade de origem. § 2º A cessão de que trata o caput ocorrerá com ônus para o cessionário. Art. 8º Constituem recursos da EBSERH: I – recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento da União; II – as receitas decorrentes: a) da prestação de serviços compreendidos em seu objeto; b) da alienação de bens e direitos; Julho de 2011 c) das aplicações financeiras que realizar; d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividendos e bonificações; e e) dos acordos e convênios que realizar com entidades nacionais e internacionais; III – doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; e IV – rendas provenientes de outras fontes. Art. 9º A EBSERH será administrada por um Conselho de Administração, com funções deliberativas, e por uma Diretoria Executiva e contará ainda com um Conselho Fiscal e um Conselho Consultivo. § 1º O estatuto social da EBSERH definirá a composição, as atribuições e o funcionamento dos seus órgãos societários. § 2º O Conselho Consultivo da EBSERH exercerá o controle social da empresa, será paritariamente constituído por representantes da sociedade civil, inclusive dos usuários, e do Estado, na forma estabelecida no estatuto social e sem prejuízo de outros meios de fiscalização por parte da sociedade civil. § 3º A atuação de membros da sociedade civil no Conselho Consultivo não será remunerada e será considerada como função relevante. § 4º Ato do Poder Executivo aprovará o estatuto da EBSERH. Art. 10. O regime de pessoal permanente da EBSERH será o da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, e legislação complementar, condicionada a contratação à prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, observadas as normas específicas editadas pelo Conselho de Administração. Parágrafo único. Os editais de concursos públicos para o preenchimento de emprego no âmbito da EBSERH poderão estabelecer, como título, o cômputo do tempo de exercício em atividades correlatas às atribuições do respectivo emprego. Art. 11. Fica a EBSERH, para fins de sua implantação, autorizada a contratar, mediante processo seletivo simplificado, pessoal técnico e administrativo por tempo determinado. § 1º A celebração de contratos temporários de emprego de que trata o caput só poderá ocorrer no prazo de dois anos, contado da data de constituição da EBSERH. § 2º Os contratos temporários de emprego de que trata o caput poderão ser prorrogados por uma única vez, desde que a vigência de cada ajuste não ultrapasse o período total de cinco anos. § 3º A contratação de pessoal técnico e administrativo para o cumprimento dos contratos de que trata o art. 6º só poderá ocorrer no prazo máximo de cento Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e oitenta dias, contado da celebração destes, observadas as restrições dos § § 1º e 2º. Art. 12. A EBSERH poderá celebrar contratos temporários de emprego com base nas alíneas “a” e “b” do § 2º do art. 443 da CLT, mediante processo seletivo simplificado, observado o prazo máximo de duração estabelecido no seu art. 445. Art. 13. Ficam as instituições públicas federais de ensino e instituições congêneres autorizadas a ceder à EBSERH, no âmbito e durante a vigência do contrato de que trata o art. 6º, bens e direitos necessários à sua execução. Parágrafo único. Ao término do contrato, os bens serão devolvidos à instituição cedente. Art. 14. A EBSERH e suas subsidiárias estarão sujeitas à fiscalização dos órgãos de controle interno do Poder Executivo e ao controle externo exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União. Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência privada, nos termos da legislação vigente. Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada já existente. Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, EM Interministerial nº 127/2011/MP/MEC Brasília, 20 de junho de 2011 Excelentíssima Senhora Presidenta da República, Submetemos à apreciação de Vossa Excelência o Projeto de Lei que autoriza o Poder Executivo a criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH. 2. O Projeto propõe nova modelagem jurídico-institucional para as atividades e os serviços públicos de assistência médico-hospitalar e ambulatorial executados pelos hospitais das universidades públicas federais, com o objetivo de viabilizar um modelo de gestão mais ágil, eficiente e compatível com as competências executivas desses hospitais, além de oferecer solução jurídico-administrativa sustentável que solucione as crescentes dificuldades operacionais e os inúmeros questionamentos do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público Federal a respeito do atual funcionamento dessas instituições. 3. Atualmente, há quarenta e cinco hospitais de ensino na estrutura do Governo Federal, configurados como órgãos sem personalidade jurídica própria, dotados de limitada autonomia administrativa e financeira, integrantes de autarquias ou fundações públicas de direito público universitárias, vinculadas ao Ministério da Educação, que têm como finalidade prestar apoio às atividades de ensino superior e pesquisa em saúde pú- Quarta-feira 6 34837 blicas das universidades. Nada obstante, constituem-se autênticas unidades de atendimento médico-hospitalar de média e alta complexidade, responsáveis por uma média de 40 milhões de procedimentos por ano, integralmente dentro do Sistema Único de Saúde. 4. A dupla finalidade pública – de assistência direta à população e de apoio ao ensino e à pesquisa das universidades – os diferenciam dos demais hospitais públicos e concede maior complexidade à sua gestão, que exige um nível de agilidade, flexibilidade e dinamismo incompatíveis com as limitações impostas pelo regime jurídico de direito público próprio da administração direta e das autarquias, especialmente no que se refere à contratação e à gestão da força de trabalho. A atual a força de trabalho dos hospitais universitários é composta por 70.373 (setenta mil, trezentos e setenta e três) profissionais, dos quais 26.556 (vinte e seis mil, quinhentos e cinquenta e seis) são recrutados por intermédio das fundações de apoio das universidades, sob diversos formatos legais: pelo regime celetista (CLT), por contratos de prestação de serviços (terceirização) e outros formatos que caracterizam vínculos precários sob a forma de terceirização irregular. 5. Desde os anos 90, os hospitais universitários expandiram suas atividades sob bases institucionais frágeis e não sustentáveis em longo prazo, o que tem acarretado distorções, problemas cumulativos e vulnerabilidade jurídica. 6. Por essas razões, propõe o Projeto de Lei em tela solução jurídico-institucional sustentável, baseada na adoção do formato de empresa pública, que permitirá à Administração Pública reassumir a prestação de serviços e atividades eminentemente públicos ora terceirizados. Pela proposição que ora encaminhamos, será o Poder Executivo autorizado a criar empresa pública, prestadora de serviços públicos, com a finalidade de prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial gratuita à população e prestar serviços de apoio às universidades federais, em suas atividades de ensino e à pesquisa em saúde 7. A empresa, cujo capital será integralmente de propriedade da União, será submetida, dentre outros, aos institutos administrativos da investidura por concurso público, da licitação, em seus processos de compras e contratações e do controle do Tribunal de Contas da União. No entanto, o formato de empresa pública possibilitará a contratação, via concurso, de profissionais sob regime celetista e o estabelecimento de um regime de remuneração e de gestão de pessoal compatível com a realidade do setor. Esta é, inclusive, uma componente fundamental do projeto para permitir a gestão com a necessária autonomia e flexibilidade necessários à prestação de serviços hospitalares. 8. Os servidores públicos atualmente dedicados às atividades específicas dos hospitais universitários serão 34838 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cedidos à EBSERH, com ônus para essa, mantendo seus vínculos estatutários com a Universidade, o que possibilitará preservar as equipes que já atuam nestas instituições. 9. Para que a instalação da empresa pública não implique a descontinuidade dos serviços, e com base no art. 37, inciso IX da Constituição Federal, poderá ser realizada a contratação temporária de pessoal celetista, mediante processo seletivo simplificado, baseado em análise de curriculum vitae, que permitirá o reconhecimento da experiência profissional dos empregados das fundações de apoio que já atuam nos hospitais federais. 10. Sob o formato de empresa pública, será possível implantar um modelo de gestão administrativa, orçamentária e financeira baseado em resultados e em efetivo controle de gastos, dotada de instrumentos mais eficazes e transparentes de relacionamento entre o hospital e a universidade. O relacionamento entre a EBSERH e cada universidade será objeto de um contrato, que especifique as obrigações das partes e as metas de desempenho esperadas da Empresa Pública, com respectivos indicadores para a avaliação e o controle pela Universidade. 11. A gestão integrada de várias unidades hospitalares permitirá obter ganhos de escala e especialização nos processos de compras; em processos finalísticos, na aquisição e disseminação de tecnologias e na gestão de pessoas. 12. A solução proposta tem precedentes nas experiências de autonomia na forma de empresa pública adotadas nos casos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, empresa pública federal vinculada ao Ministério da Educação – MEC e do Grupo Hospitalar Conceição – GHC, sociedade de economia mista vinculada ao Ministério da Saúde – MS. Tratam-se de instituições dotadas de autonomia administrativa e orçamentária, gestão profissionalizada e mecanismos de governança colegiada que promovem a sua inserção estratégica no ambiente de atuação e na administração pública. 13. Finalmente, deve-se ressaltar que a medida ora apresentada visa possibilitar o resgate da autonomia das universidades federais que tem sido prejudicada pela insegurança jurídica a que têm sido submetidas, com a intervenção recorrente de órgãos de controle externo; e pela ausência das condições administrativas adequadas de funcionamento de suas atividades de pesquisa e de extensão, especialmente as relacionadas com a prestação de serviços públicos de saúde diretos aos cidadãos. 14. Ressalte-se que a criação da EBSERH não implica a extinção das competências de promoção das atividades de extensão pelas instituições federais de ensino superior, nem na perda de seu patrimônio. Conforme art. 6º do Projeto de Lei, a decisão de contratar ou não os serviços da empresa pública é também da Julho de 2011 universidade, que poderá fazê-lo se e quando julgar mais conveniente. Os termos do contrato são negociados, diretamente, pela universidade e empresa, e avalizados pelo Ministério da Educação, podendo dispor, a critério da universidade, sobre a cessão de bens móveis e imóveis e de servidores à empresa. São essas, Senhora Presidenta, as razões que nos levam a submeter a Vossa Excelência a anexa proposta de Projeto de Lei. Respeitosamente, – Miriam Aparecida Belchior e Fernando Haddad. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 758 DE 2011 (Da Comissão de Desenvolvimento Urbano) Solicita informações ao Ministério das Minas e Energia, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, sobre quantos e quais municípios brasileiros já se responsabilizaram pela transferência dos Ativos Imobilizado de Serviço de iluminação pública, nos termos do art. 218 da Resolução ANEEL Nº 414, de 09 de Setembro de 2010. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Sr. Ministro de Minas e Energia, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, o seguinte pedido de informações: A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, através da Resolução ANEEL nº 414/2010, especificamente no seu art. 218, que regulamenta a prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica e trata, também, da transferência de ativos vinculados diretamente à prestação do serviço de iluminação pública para os Poderes Públicos Municipais, tem causado apreensão nos municípios brasileiros que terão de arcar com mais esse ônus. Diante da preocupação externada pelas entidades representante dos municípios – Frente Nacional de Prefeitos e a Confederação Nacional dos Municípios -, além dos Deputados (as) da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, em audiência pública realizada dia 1º de junho de 2011, naquela Comissão, onde também esteve representada a ANEEL, entendemos seja necessário para aprofundamento da discussão sobre tal resolução e trabalharmos para uma solução que contemple todas as partes envolvidas, os seguintes esclarecimentos: 1 – Quando e onde ocorreram audiências públicas tratando do tema? Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 2 – Quais os meios utilizados para divulgar que ocorreriam essas audiências públicas? 3 – Além de audiências públicas, quais outros mecanismos a ANEEL fez uso para difundir a elaboração da referida Resolução? Fez uso da mídia? Fez campanhas publicitárias? Encaminhou mala direta para as Prefeituras? 4 – Quantos e quais municípios brasileiros/UF já assumiram para si os ativos de iluminação pública e criaram serviços de manutenção próprio? 5 – Quantos e quais municípios brasileiros/UF assumiram para si os ativos de iluminação pública, mas terceirizaram o serviço? Quarta-feira 6 34839 6 – Quantos e quais municípios brasileiros/UF não assumiram o serviço de manutenção da iluminação pública e o mesmo ainda está sobre a ação das concessionárias? 7 – Se a ANEEL suspendeu a aplicação o art. 218 da Resolução Normativa nº 414, conforme solicitado pela Presidência desta Comissão, por meio do Ofício nº111/2011-P. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Manoel Junior, Presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano. 34840 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34841 34842 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34843 34844 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34845 34846 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34847 34848 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34849 34850 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34851 34852 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34853 34854 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34855 34856 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34857 34858 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34859 34860 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34861 34862 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34863 34864 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34865 34866 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34867 34868 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34869 34870 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34871 34872 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34873 34874 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34875 34876 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34877 34878 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34879 34880 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34881 34882 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34883 34884 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34885 34886 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34887 34888 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34889 34890 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34891 34892 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34893 34894 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34895 34896 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34897 34898 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34899 34900 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34901 34902 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Finda a leitura do expediente, passa-se à IV – HOMENAGEM O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Esta é uma sessão solene em homenagem aos 191 anos da emancipação política do Estado de Sergipe. Esta sessão foi requerida pelo nobre Deputado André Moura. Convido para compor a Mesa o Exmo. Sr. Senador da República Wilson Santiago, aqui representando o Presidente do Senado Federal, Senador José Sarney; convido também para compor a Mesa o Exmo. Sr. Governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda; convido também o Exmo. Sr. Ministro Carlos Ayres de Freitas Britto, Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal; convido também para compor a Mesa o Exmo. Senador da República Eduardo Amorim, representante da bancada de Sergipe no Senado Federal. (Palmas.) Composta a Mesa, convido todos para ouvirem, de pé, o Hino Nacional brasileiro, que será executado pela Banda de Música do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, o Batalhão Brasília, sob a regência do Tenente Oscar Ferreira Gonzaga. (É executado o Hino Nacional.) O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Assistiremos neste momento ao vídeo Descubra Sergipe, em homenagem àquele Estado pelo transcurso dos 191 anos de sua emancipação política. (Exibição de vídeo. Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Eu queria proferir breves palavras, começando, Governador Marcelo Déda, por saudar o povo sergipano. Uma ocasião solene como esta, decerto, é também uma ocasião de festa e de convívio sadio, como é a marca da população de Sergipe. Essa é uma terra em que se buscam belezas naturais, hospitalidade, mas, acima de tudo, trabalho empreendedor e grandeza de uma gente. Sergipe, Governador, possui uma identidade própria que deve ser conhecida, apreciada, respeitada e dignificada. Sergipe tem um jeito especial de ser, consolidado por sua emancipação política, conferida pela Carta Régia de 8 de julho de 1820, que desanexou seu território da Capitania da Bahia. A autonomia de Sergipe é uma afirmação de vontade das pessoas que lá nasceram e que lá habitam. Graças ao esforço de todos os sergipanos, a autonomia tornou-se uma realidade indiscutível, hoje inscrita em nossa Carta Magna, como uma das bases do Estado Federado. Essa consagração constitucional da autonomia, de uma autonomia política e não meramente administrativa, ao permitir uma conjugação harmoniosa entre Julho de 2011 unidade e diversidade, garantindo o reconhecimento das especificidades regionais e, ao mesmo tempo, o respeito à soberania do Estado, favorece verdadeiramente a coesão nacional. A autonomia, portanto, naquilo que tem de essencial, naquilo que tem de mais profundo, não foi desenhada artificialmente na letra da nossa Lei Fundamental. Foi uma construção histórica que contou também com a especial participação dos sergipanos, conquistada palmo a palmo, com esforço e muito trabalho. Verifico com alegria, Governador, que, ao longo das últimas décadas, essa terra vem trabalhando duro para se converter num caso de sucesso econômico e social, e que o empenho lá registrado em busca do desenvolvimento de sua gente, além de orgulhar todos os brasileiros, deve servir de estímulo para o Brasil inteiro. Sergipe é hoje referência em indicadores econômicos e sociais no Nordeste! E mostra-nos que é possível trabalhar com intensidade, que é possível fazer melhor e que é possível chegar aonde a vontade alcança. Estão de parabéns os Governadores; está de parabéns V.Exa. pelo trabalho que tem realizado à frente da Capital e à frente do Estado; estão de parabéns todos os políticos e partidos que sabem e se preocupam constantemente com o fortalecimento e o crescimento do Estado de Sergipe. Regozijo-me com o espírito que encontramos em Sergipe: sobretudo, um espírito dinâmico, um espírito de cooperação, com dignidade e lealdade com a Nação. Como brasileiros, somos iguais nos deveres e nos direitos. Respeitar a autonomia e as suas exigências legítimas é respeitar a igualdade entre todos os que querem continuar esse destino coletivo que se chama Brasil! Desejo, por isso, reiterar a nossa confiança nos representantes de Sergipe, que aqui saúdo, fazendo votos de que exerçam, da melhor maneira possível, sua competência de representação da autonomia de Sergipe no corpo de nossa Nação federada. Desejo, também, enaltecer a força de vencer da população sergipana. Em toda a sua gente encontramos o mesmo desejo de ultrapassar dificuldades. É esse o espírito do povo sergipano, espírito de coragem, de força, de tenacidade, que sempre marcou desde o mais humilde habitante dessa terra até as grandes figuras da vida pública nacional. Tenho, por isso, confiança, Vice-Governador Jackson Barreto – nosso sempre Deputado, que contribuiu muito para as grandes decisões que o Parlamento brasileiro tomou nas últimas décadas (palmas) e sempre na defesa dos mais humildes – tenho, por isso, Deputado Jackson Barreto, a confiança de que os sergipanos saberão aproveitar as oportunidades que Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS o futuro próximo lhes oferece. A emancipação política de Sergipe, iniciada em 1820, a sua autonomia, é um processo permanente, incessante, que deve mobilizar sempre os sergipanos em torno dos valores, ideais, aspirações que representam as motivações sociais. A todos os sergipanos e aos seus legítimos representantes presentes nesta Casa muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aproveito a oportunidade, Governador, para convidar a fazer parte da Mesa o Exmo. Sr. Vice-Governador do Estado de Sergipe, Jackson Barreto. (Palmas.) Convido também o Sr. Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira. (Palmas.) Convido ainda a Exma. Sra. Deputada Estadual Angélica Guimarães Mendonça, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Dando continuidade à nossa solenidade, concedo a palavra ao Deputado André Moura, autor do requerimento de homenagem ao Estado de Sergipe pelo transcurso de 191 anos de sua emancipação política. (Palmas.) O SR. ANDRÉ MOURA (PSC – SE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com a autorização de V.Exa., antes de iniciar meu pronunciamento, gostaria de solicitar, em nome do povo de Sergipe, 1 minuto de silêncio pelo falecimento do ex‑Presidente da República e Senador Itamar Franco, que muito contribuiu em favor de todos nós, sergipanos, durante seu governo. (O Plenário presta a homenagem solicitada.) O SR. ANDRÉ MOURA – Concluído o minuto de silêncio, quero cumprimentar o Exmo. Sr. Presidente da Casa, Deputado Marco Maia, e, na oportunidade, agradecer a S.Exa., que desde o início atendeu de forma gentil, educada e sempre solícita ao nosso pleito de realização desta sessão solene e, além disso, conduz de forma inteligente, equilibrada e competente a Câmara dos Deputados. Cumprimento o Senador Carlos Wilson, 2º Vice-Presidente do Senado Federal, representando aqui o Presidente José Sarney; o Exmo. Sr. Governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda; cumprimento o Senador Eduardo Amorim, representando a bancada sergipana no Senado Federal; o Vice-Governador Jackson Barreto; a Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do nosso Estado e do PSC – Dra. Angélica; e o Prefeito da Capital, Edvaldo Nogueira. De forma proposital e muito especial, quero saudar aqui um cidadão de vanguarda nos seus pensamentos, que sabiamente tem rompido os muros do preconceito e dado uma conotação da legislação vigente baseada na ética e na razão como linha a ser Quarta-feira 6 34903 seguida, separando sabiamente a emoção, o Ministro Carlos Ayres Britto, que muito orgulha a todos nós sergipanos e brasileiros. (Palmas.) Cumprimento aqui toda a bancada federal sergipana na Câmara Federal; cumprimento o Senador Antonio Carlos Valadares; todos os prefeitos e prefeitas do Estado de Sergipe que se fazem presente, em nome do Prefeito e Presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe, Fábio Henrique, e as prefeitas aqui presentes em nome, não poderia ser diferente, da minha esposa, Prefeita de Japaratuba, Lara Moura. (Palmas.) Saúdo aqui a Senadora Maria do Carmo, o Conselheiro e representante nesta solenidade da Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, o Conselheiro Rinaldo Moura, meu pai; cumprimento o Deputado Otavio Leite, e, cumprimentando S.Exa., quero saudar todos os sergipanos que exercem mandato por outros Estados – Deputado Otavio Leite é sergipano e exerce com muita honra o mandato pelo Estado do Rio de Janeiro; cumprimento todos os meus colegas Deputados estaduais, porque eu tive a honra de fazer parte da Assembleia Legislativa de Sergipe no mandato passado; todos os que estão aqui presentes; saúdo todos os presidentes de partido em nome do Presidente do meu partido, Pastor Everaldo, Presidente Nacional do PSC; agradeço ao Presidente pela presença; saúdo todos os Secretários de Estado aqui presentes em nome do Secretário de Comunicação Social, que também contribuiu muito para que essa solenidade pudesse ocorrer; cumprimento todos os sergipanos e todos os que estão aqui presentes em nome dos componentes da quadrilha Cangaceiros da Boa, do Município de Japaratuba, tricampeã nacional, que daqui a pouco vai fazer uma grande apresentação a todos nós presentes; saúdo e agradeço também ao Coronel Pupin, ao Coronel Valdecir de Carli, ao Tenente-Coronel Vilar e ao Tenente Oscar Ferreira, que com muita presteza atendeu ao nosso pleito; e cumprimento todos os que fazem parte da banda do Batalhão da Polícia do Exército, que abrilhantam com sua presença esta solenidade. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta sessão solene da Câmara Federal ocorre, hoje, por nossa iniciativa e por conta do apoio irrestrito da Mesa e dos Parlamentares desta Casa, para homenagear o nosso Estado de Sergipe e celebrar o transcurso, no próximo dia 8 de julho, dos 191 anos de nossa emancipação política. E, aqui, na presença das mais altas e ilustres autoridades da República, ao lado das mais expressivas figuras políticas do nosso Estado, pretendemos passar em revista fatos, feitos de homens e mulheres que marcaram com seus exemplos de vida a história 34904 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de uma terra contemplada pela natureza com belezas e riquezas singulares e incomparáveis, mas, especialmente, ocupada por um povo bravo, corajoso e dos mais trabalhadores deste País, e que construiu no Nordeste do Brasil uma civilização forte, destemida e progressiva. Foi na segunda metade do século XVI que se iniciou a colonização das terras ao norte da Bahia, com os portugueses aportando na enseada do Rio Real, especialmente com Garcia D’Avila, um grande proprietário de terras da região, auxiliado pelos jesuítas que tratavam de catequizar as tribos nativas. O objetivo central desses conquistadores e colonizadores era estabelecer vias de contato, por terra, entre Bahia e Pernambuco, sujeitando os indígenas e tentando impedir novas incursões dos franceses que, àquela altura, eram presença constante na costa atlântica com seus navios e hábeis mercadores que trocavam produtos e objetos diversos por pau-brasil, algodão e pimenta-da-terra com os nativos da região. Mas a colonização propriamente dita do território que mais tarde seria a Capitania de Sergipe Del Rey só viria a ocorrer tempos depois, com Cristovão de Barros, conquistador e destruidor-mor das tribos nativas da região que heroicamente resistiram, enquanto puderam, sob a liderança de seus bravos e indomáveis caciques Serigy e Aperipê, nas terras do que viria a ser o Arraial de São Cristovão, sede da nova capitania, e mais, Surubi, Japaratuba, Massacará e tantos outros resistentes que lutaram contra os invasores embrenhados mais ao interior. A Capitania de Sergipe Del Rey logo tornou-se um dos mais importantes polos econômicos da região, notadamente pela produção de cana-de-açúcar e criação de gado. Durante bom tempo, quase um século, a Capitania de Sergipe – agora já anexada formalmente à Bahia – seria responsável por mais de um terço da produção açucareira baiana. Essa situação de inferioridade política e exploração econômica, mais as circunstâncias preliminares que já alimentavam a próxima e inevitável independência do Brasil, determinaram a deflagração pelos sergipanos, principalmente por sua elite econômica formada de criadores de gado e donos de engenho, de uma luta organizada e amadurecida para a obtenção da sonhada emancipação política. Não foi fácil. A Bahia influente e poderosa retardou como pode a conquista desse status, que acabou vindo pela assinatura, por D. João VI, da Carta Régia de 8 de julho de 1820. Mais adiante, o Imperador D. Pedro I referendaria a decisão da Carta Régia, inclusive elevando São Cristovão à condição de cidade para servir como Capital de Sergipe e, em 1824, a Constituição do Império criaria definitivamente a nova província, consolidando Julho de 2011 a emancipação estabelecida em 8 de julho de 1820. Finalmente, com a proclamação da República, em 1889, Sergipe passou a ser um Estado da Federação, promulgando a sua primeira Constituição em 1892. Mas, se do ponto de vista político e institucional tudo estava resolvido, a questão geográfica dos limites territoriais entre os Estados de Sergipe e Bahia continuava em discórdia, era um assunto de secular e permanente discussão. Coube ao ex-Senador sergipano Francisco Rollemberg, em 1987-88, em plena elaboração da atual Constituição do Brasil, buscar, agora no Congresso Nacional, a retomada das terras habitada pelos Tupinambás que Cristovão de Barros conquistara a ferro e fogo para o império português. Com provas documentais irrefutáveis, ele mostrou que os limites entre Sergipe e Bahia, desde a doação a Francisco Pereira Coutinho, em 1534, o território sergipano compreendia uma extensão da ponta da Baia de Todos os Santos até a Foz do Rio São Francisco. A Carta Floral assinada por D. João III estabelecia que a capitania desanexada da Bahia começava no Rio Joanes, na divisa dos atuais Municípios de Camaçari e Simões Filho. Entretanto, com a criação de São Cristovão, em 1590, Cristovão de Barros promoveu, por conta própria, um avanço territorial expressivo – cerca de 40% da área que estava originariamente determinada – e fixou os novos limites no Rio Itapicuru, região onde hoje está a cidade de Jacobina. E, mais adiante, a Bahia redesenharia novamente o marco histórico, empurrando os limites para o curso do Rio Real em torno dos atuais Municípios de Jandaíra, Rio Real, Itapicuru e outros adjacentes. Este é apenas um registro histórico. Sr. Presidente, aqui exalto as palavras do nosso maior historiador vivo, Luiz Antônio Barreto: “A emancipação política de Sergipe resultou de uma luta madura”. Luiz Antônio, com suas publicações, perpetua cada vez mais a história do nosso Estado. Neste ato solene de comemoração e celebração, certamente é mais oportuno destacar o fato de que Sergipe, mesmo a despeito do seu território reduzido, tem sido grande e superior na exibição de suas belezas naturais e valores culturais. Com 22 mil quilômetros quadrados é uma diversidade cultural misturada com os grandes atrativos turísticos que impressionam àqueles que o descobrem – as praias de Atalaia, Aruana, Robalo, Mosqueiro, Abaís, Saco, Cauiera, Jatobá e Pirambu, o Cânion do São Francisco, as bacias do Vaza Barris, Sergipe, Piauí e Cotinguiba, o Rio do Prata em Japaratuba, as impetuosas serras de Itabaiana e Itabi, as igrejas, casarios e os monumentos históricos de Laranjeiras e São Cristovão, verdadeiros museus a céu aberto, as paisagens áridas das caatingas do Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sertão, os manguezais e os campos verdes dos Vales do Cotinguiba, Siriri e Japaratuba, o traçado moderno, a beleza singular e incomparável da nossa linda e aconchegante Aracaju, seus artistas, grupos folclóricos de raiz e grande variedade. Sergipe tem sido exemplo também na construção de uma sociedade livre, pluralista, democrática e operosa, bem como na contribuição social e econômica que tem dado ao Nordeste e ao Brasil com sua força de trabalho, seus empreendimentos, suas riquezas naturais, como a produção de coco, laranja, maracujá, cana-de-açúcar, mamona, álcool e etanol, cimento, potássio, e o petróleo, que produz em grandes quantidades há mais de 40 anos, a energia elétrica de Xingó, o Porto de Santo Amaro das Brotas e, sobretudo, pela inteligência e pelas mãos de seu povo trabalhador, representado sempre por figuras extraordinárias. Para muito além das atividades econômicas e da organização social, Sergipe emancipado viu nascer e florescer gerações de homens ilustres, que ajudaram a fincar os fundamentos da cultura brasileira, a exemplo de Tobias Barreto, Sílvio Romero, Laudelino Freyre, João Ribeiro, Hermes Fontes, Ivo do Prado, Graccho Cardoso, Gilberto Amado, Genolino Amado, Maria Thetis Nunes, Núbia Marques, Terezinha Oliva, José Silvério Fontes, Ibarê Dantas, Álvaro Santos, Jenner Augusto, Leonardo Alencar, Adauto Machado, Álvaro Santos, Antônio Maia, João Costa, Leonardo Vieira, João Melo, Ismar Barreto, Antônia Amorosa, Luiz Antônio Barreto, Clodoaldo Alencar, Joel Silveira, Anselmo Góes e tantos outros expoentes sergipanos. E com a militância cultural foram aparecendo os traços da sergipanidade, que reúne cultura e liberdade, liberdade e riqueza, riqueza e partilha, tendo a história como testemunho da luta tenaz travada pelos antecedentes que acenderam as tochas da ousadia e da consciência política, para abrir caminho para o futuro, esta utopia que acompanha a trajetória dos povos. Na política, na iniciativa privada, em altos cargos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, Sergipe tem revelado grandes baluartes como Fausto Cardoso, Olímpio Campos, Júlio Leite, Leandro Maciel, Lourival Fontes, Seixas Dória, Arnaldo Garcez, Luiz Garcia, Lourival Batista, Walter Franco, José Rollemberg Leite, Celso Carvalho, Orlando Dantas, Gilvan Rocha, Francisco Rollemberg, José Carlos Teixeira, Adroaldo Campos, Tertuliano Azevedo, José Eduardo Dutra, Edvan Amorim, Pedrinho Valadares, Edvaldo Nogueira, Cleonâncio Fonseca, José Carlos Machado, Passos Porto, João Alves Filho, Leonor Barreto Franco, Reinaldo Moura, o ex-Governador, ex-Senador, Presidente da CNI, que com muito orgulho faz parte desta sessão solene, Albano Franco, Pedro Antônio Oliveira Quarta-feira 6 34905 Ribeiro, Anibal Freyre da Fonseca, Luís Carlos Fontes de Alencar, Simpliciano Fontes, Carlos Ayres de Britto, Mamede Paes Mendonça, Augusto Franco, João Carlos Paes Mendonça, Professor Joberto Uchôa, Gentil Barbosa, Oviêdo Teixeira, Orlando Rochadel, Desembargadores José Alves, Pascoal Nabuco e Barreto Prado numa homenagem aos desembargadores aposentados do Estado, entre tantos outros, e mais recentemente merecem destaque a Dra. Maria Isabel Nabuco D’Ávila, Presidente do Tribunal de Contas, Dra. Susana Carvalho, Presidente do TRE/SE, e a Dra. Angélica Guimarães, primeira mulher a presidir a Assembleia Legislativa de Sergipe, meus atuais colegas da Câmara Federal Almeida Lima, Heleno Silva, Márcio Macedo, Valadares Filho, Mendonça Prado, Rogério Carvalho e Laércio Oliveira e no Senado Federal Maria do Carmo Alves, primeira mulher sergipana eleita Senadora, Antônio Carlos Valadares, que já ocupou todos os cargos políticos do Estado de Sergipe, e o meu amigo Senador Eduardo Amorim, que orgulha todos nós pela formação ética e dedicação na luta de levar o melhor para o nosso Sergipe. E para fechar essa relação sumária de grandes vultos sergipanos cito a figura ilustre do Dr. Marcelo Déda Chagas, Deputado Estadual, Deputado Federal, Prefeito de Aracaju e, por sua inteligência, determinação e idealismo, é agora o eminente Governador do Estado de Sergipe, que em instantes fará uma justa homenagem ao Congresso Nacional, que durante algum tempo foi a sua casa, com a entrega da maior condecoração do Estado de Sergipe, a Medalha do Mérito Aperipê. O Estado de Sergipe, hoje, tem os melhores índices de crescimento e desenvolvimento humano do Nordeste e, independentemente de siglas e conveniências partidárias, estamos todos nós, classe política, trabalhadores, empresários e a própria sociedade civil, empenhados em melhorar ainda mais a qualidade de vida do nosso povo, inclusive contribuindo firmemente com as políticas públicas da Presidente Dilma Rousseff em busca da inadiável erradicação da miséria em nosso País. E Sergipe, mais uma vez, na vanguarda dos grandes acontecimentos nacionais, haverá de dar exemplo nessa imensa tarefa de acabar, o mais rapidamente possível, no âmbito do seu território, com essa chaga que ainda envergonha o nosso País. Afinal, a emancipação política de Sergipe não se restringe apenas ao fato histórico e ao ato político que essa cerimônia comemora 191 anos depois. A emancipação é um sentimento telúrico, um movimento cívico que só se completa verdadeiramente quando não houver mais nenhuma pessoa passando fome, nenhuma criança fora da escola, nenhuma famí- 34906 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS lia sem casa, trabalho e assistência de saúde, quando não houver mais nenhum jovem sem estudo e oportunidades, quando todos os sergipanos possam viver um tempo de paz, prosperidade e justiça social. Como vemos, portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Srs. Senadores, Prefeitos aqui presentes, Ministro Carlos Ayres Britto, minha família aqui presente, minha mãe, ex-Deputada Lila, meus filhos Yandra e Yago, Sr. Governador, temos muito trabalho pela frente, temos muito ainda o que fazer por Sergipe e pelo Brasil. Encerro agora minhas palavras lembrando que liberdade não se toma, tampouco se compra; a riqueza da nossa história mostrou que com paciência e muito trabalho a conquistamos. Muito obrigado a todos. Parabéns, Sergipe, pela sua emancipação política. (Palmas.) Sr. Presidente, se V.Exa. me permite, gostaria de convidar o Governador Marcelo Déda para que ele possa fazer a entrega da maior condecoração do nosso Estado, que é a medalha do Mérito Aperipê, a V.Exa., Deputado Marco Maia, Presidente da Câmara Federal, e ao Exmo. Sr. Senador Wilson Santiago, representando aqui o Presidente José Sarney e o Senado Federal. (Procede-se à entrega da medalha. Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Vou passar a palavra ao Governador Marcelo Déda para que possa fazer o seu pronunciamento. Tem V.Exa. a palavra, Governador. O SR. MARCELO DÉDA – Exmo. Sr. Deputado Federal Marco Maia, Presidente da Câmara dos Deputados; Exmo. Sr. Senador Wilson Santiago, que aqui representa o Presidente do Senado da República, Senador José Sarney; Exmo. Sr. Ministro Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto, Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal; Exmo. Sr. Jackson Barreto de Lima, Vice-Governador do Estado de Sergipe; Exma. Sra. Deputada Angélica Guimarães, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe; Exmo. Sr. Conselheiro Reinaldo Moura, aqui representando o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe; Exmo. Sr. Senador Eduardo Amorim, representando os Parlamentares sergipanos com assento no Senado da República; Exmo. Sr. Deputado Federal André Moura, autor do requerimento que viabilizou esta emocionante sessão, a quem cumprimento em nome de toda a bancada sergipana nesta Casa; Exmos. Srs. Senadores da República e Deputados Federais aqui presentes; Exmo. Sr. Albano do Prado Franco, ex-Governador de Sergipe, em nome do qual cumprimento todos aqueles, que, honrados pelo voto popular, conduziram os destinos da gente sergipana; Exmo. Sr. Edvaldo No- Julho de 2011 gueira, Prefeito de Aracaju; Exmo. Sr. Emanuel Nascimento, Presidente da Câmara Municipal de Aracaju; em nome do Prefeito Edvaldo e do Vereador Emanuel, cumprimento todos os Vereadores, todos os Prefeitos Municipais aqui presentes, e, em nome da Presidente Angélica Guimarães, também abraço todos os Deputados Estaduais que nos prestigiam com a sua presença. Quero cumprimentar, na pessoa do Secretário de Governo, Sr. Francisco Dantas, os Srs. e as Sras. Secretárias de Estado que aqui comparecem e demais autoridades presentes. Minhas senhoras e meus senhores, permitam-me que, antes de iniciar o meu pronunciamento, eu mate as saudades desta tribuna, eu me reencontre com este amor de uma vida inteira de quem me separei amigavelmente há exatos 10 anos. Casado com as altas responsabilidades do Poder Executivo, deixem-me que, diante do Brasil, acariciando esta bela tribuna, eu diga que nunca esqueci da amada amante. Esta tribuna, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sras. e Srs. Senadores da República, é a mais nobre e a mais bela das tribunas do Brasil, não apenas pelo traço sutil de Niemeyer, não apenas pela rigidez dos alicerces que a encravam ao solo vermelho de Brasília, mas porque esta tribuna, Presidente Maia, está montada sobre o mais sólido dos alicerces da Nação: a vontade soberana do povo brasileiro. Portanto, é com emoção que este modestíssimo orador se reencontra com a tribuna da Casa do povo, onde tantas vezes subi para liderar uma aguerrida Oposição e para onde volto, na condição de Governo, para representar o sincero agradecimento da gente sergipana à Câmara dos Deputados do Brasil, que hoje realiza esta sessão para homenagear a trajetória histórica da brava gente sergipana. Presidente Marco Maia, caríssimo Deputado André Moura, Sras. e Srs. Deputados, Sras. e Srs. Senadores, o Estado de Sergipe é o menor Estado da Federação brasileira. Vivemos em 22 mil quilômetros quadrados de terra, banhados de norte a sul pela generosidade do Mar Atlântico e divisados, ao norte, pelo São Francisco, rio da unidade nacional, que escolheu nascer na grande Minas Gerais de Itamar Franco, mas, caprichoso, só se entregou ao Atlântico nas Costas de Sergipe. Ao sul, o rio real desenha a fronteira com o gigante baiano e, nesse território tão belo quanto pequeno, a gente sergipana floresceu. Somos hoje 2 milhões e 300 mil brasileiros. Ali, no início da colonização brasileira, D. Manuel, com régua e compasso, separou uma larga nesga de terra e, dentre todas as capitanias brasileiras, só lá ele agregou ao nome, ao topônimo a expressão Del Rey. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS De todas as capitanias que a metrópole desenhou para viabilizar a colonização da terra brasileira, uma delas o rei guardou para si. Diz a história que os reis sabem escolher. Depois, ao lado do nome de Sergipe, havia a expressão d’Del Rey. Ao longo do tempo, o nosso povo desenhou a sua experiência histórica. Primeiro foram os tupinambás, orgulhosos, amantes da liberdade, enfrentando com tenacidade os portugueses, que, aos poucos, assenhoreavam-se do território brasileiro. Ali, Serigy, Surubi e Aperipê lideraram as primeiras batalhas pela liberdade. Subjugados pelos portugueses, extintos como nações indígenas, preservaram no sangue e na alma dos sergipanos a devoção suprema pela liberdade e o amor irreprimível pela sua terra. Esta semente do povo de Sergipe, esta origem de uma trajetória singular – vejam V.Exas. –, cercado do sul ao norte, por todo o seu oeste, pelo abraço inicialmente opressivo dos irmãos baianos, que não nos queriam ver emancipados, que, também, sabedores das boas coisas da vida, como sói acontecer com os baianos, não queriam perder aquele pequeno paraíso. Depois, transformando esse abraço – repito –, antes opressivo, um abraço fraterno, de comunhão, de destinos, de integração de projetos, Sergipe se fez singular, um pequeno território, uma pequena população, mas que não abriu mão do seu sotaque, não abriu mão da sua culinária, não abriu mão da originalidade da sua cultura, não abriu mão do seu jeito de encarar a vida. Não há povo que ame mais o Brasil do que o sergipano. Mas não há povo mais consciente do significado de ser sergipano. Amar Sergipe é a maneira mais bela que nós temos de amar o Brasil, porque somos parte indissolúvel desta Nação. Quando este Estado se emancipa, revela o desejo dos sergipanos de construir a sua própria autonomia. E todos sabemos disso. Para recordar o filósofo francês Comte-Sponville, a responsabilidade nunca é feliz, porque ela agrega tantos desafios, tanto trabalho, que, alguns, mais ligeiros, sonham com determinadas servidões para poupar-lhes dos desafios, das responsabilidades. Sergipe, não. Desde a origem, quis ser autônomo. Senhor do seu destino, quis desenhar e construir a sua própria história. E assim o fez, emancipando-se e construindo como unidade autônoma da Nação brasileira. E, ao autonomizar-se, jamais abriu mão das responsabilidades para com o Brasil. Em todos os conflitos que a história militar registra, lá estavam os sergipanos, nas tropas do exército imperial, defendendo a integridade brasileira na Guerra do Paraguai. Lá estavam os brasileiros participando da grande batalha da humanidade contra o nazifascis- Quarta-feira 6 34907 mo, afirmando os valores da democracia nos campos gelados da Itália. Se foi assim nas batalhas externas, assim foi na luta para a construção e a fundação da Nação brasileira. O que seria do pensamento político, do pensamento social da filosofia brasileira se algum vândalo rasgasse das páginas do livro da inteligência brasileira ou sequestrasse das estantes das bibliotecas pátrias a contribuição de Tobias Barreto, o primeiro grande filósofo brasileiro, o homem que primeiro dialogou com as reflexões de Hegel, o que primeiro citou Marx neste País, o que fundou uma escola que inspirou todo o Direito brasileiro? O que seria da cultura popular aqui representada pela beleza desta quadrilha junina vinda de Japaratuba, sem o Silvio Romero, que, assenhoreando-se do seu cabedal intelectual, foi investigar o folclore brasileiro, dando status de pesquisa científica ao que era apenas anedotário, ao que era apenas referência de pé de página na ciência tradicional brasileira? O que seria da inteligência, o que seria desta Casa, desta tribuna, da qual mato as saudades neste momento, sem que Fausto Cardoso tivesse nela pronunciado os duros discursos contra a política fiscal de Rui Barbosa na Aurora da República, sem que Fausto tivesse tencionado os costumes conservadores da elite brasileira com projetos provocantes que obrigavam à reflexão sobre os dilemas morais da Nação brasileira? O que seria, Sr. Presidente, da reflexão sobre Brasil e América Latina, sem outro grande ex-Deputado Federal, o sociólogo Manoel Bonfim, a quem Darcy Ribeiro, ex-Senador, ex-Ministro da Educação, e a quem Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-Presidente do Brasil, qualificaram como o mais criativo dos pensadores sociais desta Nação? Antes de Lênin escrever sobre o Imperialismo, estava Manoel Bonfim chamando de parasitismo a relação dependente das Nações da América Latina com a Europa e a América do Norte. Isso, Sr. Presidente, é um pouco do talento sergipano, é um pouco da inteligência desta gente, é um pouco do contributo deste Estado à grandeza da Nação brasileira. Não podemos deixar de mencionar outro grande ex-Parlamentar, membro desta Casa, Gilberto Amado. O que seria da política externa brasileira, da tradição diplomática do Brasil sem a participação efetiva de Gilberto Amado, especialmente no pós-guerra? Ele edificou a nova política externa brasileira, foi um dos principais articuladores das primeiras assembleias fundadoras da União das Nações Unidas e colaborou intimamente com o Chanceler Osvaldo Aranha, conterrâneo de V.Exa. Eis porque nós, os sergipanos, 34908 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS costumamos dizer que o determinismo geográfico não nos confunde nem nos oprime. Nenhum povo pode ser medido pelos quilômetros do seu território, mas pela amplitude da sua alma, pela grandeza do seu talento, pela significação da sua coragem. (Palmas.) Sergipe é o menor Estado da Federação. Mas nesta tribuna amada, nesta Casa querida, diante do Brasil, eu lhes digo que o povo de Sergipe é do exato tamanho do Brasil, nem menor nem maior. (Palmas.). A alma sergipana é gigante quanto gigante é a Nação brasileira. Se foi assim no passado, é assim no presente e nos anos mais próximos. O que seria da luta do nacionalismo dos anos 50, que nos deu a PETROBRAS, que construiu uma política externa independente, sem o gênio e a paixão do grande ex-Deputado e eterno Governador João de Seixas Dória, arrancado do palácio pela violência do golpe militar de 1964? O que seria da oposição parlamentar brasileira, dos estertores da ditadura sem a voz vibrante, inteligente e serena de Gilvan Rocha, contestando o arbítrio, reclamando pelo retorno às liberdades democráticas? Como construir a história da Esquerda armada, da resistência bravia de uma geração a uma ditadura, que hoje é testemunhada... (O microfone é desligado.) O SR. MARCELO DÉDA – ...mandatária da Nação à Presidenta Dilma Rousseff, sem a contribuição de Agonauto Pacheco, um dos presos trocados pelo embaixador americano nos idos de 1968? (Palmas.) Então, Presidente, para onde se olha encontra-se a participação do povo de Sergipe na edificação desta Nação. Eis porque, aqui e agora, ao participar desta solenidade tão bela, o Governador de Sergipe traz um preito de gratidão à Câmara dos Deputados, não só por esta homenagem, mas pelo papel que cumpriu ao longo da trajetória política do Brasil independente. Trazemos ao Senado da República as homenagens de um Estado federado como gratidão por este momento de encontro tão belo. Mas, ao contrário de todos os discursos gratulatórios, sou obrigado a dizer que Sergipe merece a homenagem que a Câmara lhe presta. (Palmas.) Talvez eu não mereça a felicidade de estar aqui, agora. Talvez seja imerecida a oportunidade que a história me dá de estar na Câmara dos Deputados falando pelos sergipanos neste momento. Mas devo dizer: perdoem-me a modéstia do Estado, não do Governador. Sergipe merece por tudo o que fez e fará pelo Brasil e pela Nação brasileira. Julho de 2011 E a forma que Sergipe tem de revelar a sua efusividade e a sua alegria, neste momento, é ofertar ao Senado da República e à Câmara dos Deputados a sua mais alta condecoração: a Ordem do Mérito Aperipê, que carrega o nome de um dos três caciques que liderava os tupinambás na época da colonização. Dos três, ele foi o que mais lutou. Dos três, foi o que mais resistiu, que, quando viu a guerra perdida, não pensou em capitulação. Quando viu a praia vermelha com o sangue dos seus irmãos, quando viu a aurora turbada pela pólvora dos canhões, atirou-se dos sertões, buscou a alma da mata, para que lá dentro continuasse a resistir até que a morte lhe alcançasse, mas deixando um legado para o futuro: o de que os sergipanos não lhe entreguem a sua autonomia, não abram mão da sua capacidade de autogoverno nem renunciem à sua condição, a mais honrosa de todas, a de integrantes da Nação brasileira. É essa a medalha, carregando o sangue dos tupinambás, a história de Sergipe e a esperança do nosso povo no Brasil que entregamos às mãos de V.Exa., às mãos do Senado da República, para que simbolizem o reconhecimento do povo sergipano ao valor do Congresso Nacional, ao seu papel imprescindível de Casa maior da democracia brasileira. É um testemunho da nossa fé, da República, uma prova inconteste da nossa crença na democracia. Recebam, pois, V.Exa., ilustre Senador que aqui representa o Presidente do Senado, essas condecorações como a mais elevada homenagem da nossa gente ao papel do Congresso Nacional na história da Nação brasileira. Por fim, despeço-me desta tribuna – quase que diria com saudades, mas com calma – dizendo que nós, no presente, não seremos ingratos com o passado. Se somos a terra de Tobias Barreto, como referência fundadora da filosofia jurídica brasileira, somos a terra de Carlos Ayres de Britto (palmas), que, na Vice‑Presidência do Supremo Tribunal Federal, trouxe um vento de renovação à jurisprudência pátria e ajudou a construir um novo perfil para o Supremo Tribunal Federal; um perfil polêmico, é óbvio. A nós compete, na democracia, avaliar, e a história, depois, julgar, mas que deu um protagonismo efetivo que a Corte jamais experimentou. E esse protagonismo é polêmico, é óbvio. Mas como contestar decisões como aquela que reconheceu o direito de se realizar pesquisas com as células-tronco? Como negar a importância da reconquista da liberdade plena de expressão através da consagração do direito à liberdade de imprensa? Como deixar de pensar no Brasil da diversidade sem levar em conta a referência fundadora da decisão que reconheceu os direitos dos casais homoafetivos? Tudo Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS isso é inovação. E tudo isso tem a singular contribuição dos gênios sergipanos. Por isso o nosso compromisso no passado se reflete no futuro. Uma obra de Francisco Dantas, que renova a literatura brasileira... (O microfone é desligado.) O SR. MARCELO DÉDA – ...de Dolores, de Propriá, em todos os campos da atividade humana. Em Sergipe, Presidente, chegamos à primeira década do século XXI mostrando um Estado que cresce incluindo, como o Brasil está fazendo agora. Só o Rio Grande do Norte passou Sergipe na redução da miséria absoluta nos últimos 4 anos. O Rio Grande do Norte e Sergipe são as referências do Nordeste. Somos o Estado com a maior cobertura de rede de esgoto do Nordeste. Somos o maior rendimento per capita do Nordeste. Somos o maior rendimento médio por domicílio do Nordeste. Somos o maior PIB per capita do Nordeste. Somos a maior cobertura previdenciária do Nordeste, produzindo petróleo, potássio. Com uma comunidade universitária que cresce e se interioriza, com uma juventude plena de esperança e cheia de vontade de ajudar o Brasil, Sergipe encara o desafio do futuro para dizer hoje, por fim, que valeu a autonomia, porque é parte indissolúvel do projeto coletivo de soberania do Brasil. A V.Exa. a gratidão do povo de Sergipe. Ao Deputado André Moura as minhas homenagens e de todos os sergipanos por esta extraordinária ideia de realizar este evento. Muito obrigado (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Muito obrigado ao nosso Governador Marcelo Déda. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Eu vou, como de praxe nas nossas sessões solenes, passar a Presidência dos trabalhos ao nosso Deputado André Moura, autor do requerimento. Antes, vou conceder a palavra para falar, em nome do Senado Federal, ao Senador Wilson Santiago, para que ele possa fazer também a sua homenagem ao Estado de Sergipe. O SR. WILSON SANTIAGO – Sr. Presidente em exercício da sessão, Deputado André Moura; Sr. Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Marco Maia; Governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda; Ministro Carlos Ayres Britto, que tanto tem dignificado e, digo até, respeitado aquilo que mais interessa ao povo brasileiro, que são a dignidade, o respeito e, além de tudo, o cumprimento dos direitos fundamentais e constitucionais. V.Exa. muito engrandece não só aquela Casa, aquele Poder, mas também o povo Quarta-feira 6 34909 brasileiro quando se posiciona em todas as matérias naquela Casa. Senador Eduardo Amorim, colega do Senado Federal; Senador Antônio Carlos Valadares, companheiro do Senado Federal; Vice-Governador de Sergipe, Jackson Barreto, ex-colega da Câmara dos Deputados, que muito tem honrado o Estado de Sergipe; como também o nosso grande companheiro Deputado e ex-Senador Almeida Lima, companheiro que dignifica aquele Estado em todas as posições em que, de fato, representou não só Sergipe, como também o Senado Federal e a Câmara dos Deputados; demais Senadores, demais Deputados, Exmo. Sr. Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira; Exma. Sra. Deputada Angélica Guimarães Mendonça, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe; Senadora Maria do Carmo, que também está presente; demais autoridades, demais senhores e senhoras, profissionais da imprensa, demais amigos e amigas presentes, muito me honra, neste dia, em nome do Senado Federal, interpretar, nesta sessão da Câmara dos Deputados que homenageia a emancipação política do Estado de Sergipe, o sentimento de alegria que domina o Senado Federal, e também nas oportunidades em que é citado o nome do Estado de Sergipe. Com efeito, o dia 8 de julho, que cai na próxima sexta-feira, tem um significado todo especial para aquele Estado nordestino, que tanto tem desenvolvido a economia do Nordeste e com ela contribuído, conforme aqui citou e exemplificou o próprio Governador Marcelo Déda. Foi nesta data, por decisão de Dom João VI, em 1820, que Sergipe passou à condição de capitania independente com relação ao Governo da Bahia. Naquele momento, o ato assinado por Dom João VI representou muito para a sociedade sergipana, que passou a desenvolver-se de maneira mais rápida do que até então acontecera. Dizem os historiadores que a determinação de Dom João transformou-se num símbolo de liberdade, provocando um surto ímpar de desenvolvimento econômico, em uma economia dominada pelos engenhos e fazendas de gado, que se constituíam na elite econômica de Sergipe. Importante registrar pesquisas realizadas pelo Instituto Tobias Barreto, que contam ter sido essa elite econômica quem mais lutou pela independência de Sergipe. Então, pelo sucesso de hoje nós também devemos ao povo, especificamente, e a essa própria elite sergipana. Era ela quem fornecia suas produções às capitanias de Pernambuco e também da Bahia. Tempos depois, já com o Brasil independente de Portugal, coube ao Imperador Dom Pedro I reconhecer e dar asas à independência de Sergipe. Em 1834, por força de um Ato Institucional, foi instalada a Assembleia 34910 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Legislativa Provincial em Sergipe. Isso aconteceu já ao tempo da regência que governava o País, após a ida de Dom Pedro I para Portugal, enquanto se aguardava a maioridade de Dom Pedro II. Quando da edição do Ato Institucional de 1834, o Brasil vivia um período conturbado de sua história. O controle das províncias era bastante disputado, pois representava parte do controle da máquina política e eleitoral. Conforme a história, os grupos que perdiam as eleições rebelavam-se e tentavam tomar o poder às vezes até a força. Nada, entretanto, conseguiu, naquele instante, deter o progresso que tomava conta de Sergipe, desde sua emancipação. Fatos esses aqui informados foram, digo até, testemunhados pelo próprio Governador em momentos anteriores. O civismo é um dos traços mais marcantes de sua gente. São Cristóvão, Laranjeiras, Maruim e Estância cresciam como núcleos urbanos, atraindo gente de várias partes do Brasil e do exterior, dizem as pesquisas históricas. Foram anos de crescimento acelerado, combinando as atividades econômicas com as expectativas de uma sociedade que, a cada dia, buscava ratificar-se no espelho das grandes cidades do Brasil e do mundo, cujos produtos circulavam no vaivém dos navios. Em 1855, o Presidente Inácio Joaquim Barbosa lidera a ruptura econômica da Província, abandonando São Cristóvão para construir uma nova capital, conhecida até hoje, a Capital Aracaju, para melhor escoar a produção açucareira da região que todos nós conhecemos. Aracaju, planejada para ser uma cidade moderna, aberta, democrática na distribuição dos espaços sociais, acelera ainda mais o ritmo de crescimento de Sergipe, queimando etapas, chamando atenção para os caminhos que Sergipe tomava para afirmar-se como Província progressista. Da sociedade afloram as gerações que dariam, na segunda metade do século XIX, uma contribuição seletiva que todos nós temos conhecimento. Gerações de militares, que foram lutar no Paraguai, e que depois das glórias da vitória engajaram-se na propaganda republicana dos clubes e participaram da Proclamação da República, lutaram em Canudos, levantaram o Quartel de Aracaju. Gerações de médicos, advogados, jornalistas, professores, intelectuais, enfim, todos aqueles que contribuíram para a independência de Aracaju. Nós, apesar de sermos de Estados nordestinos também, como por exemplo, a Paraíba, no meu caso específico, sentimo-nos orgulhosos não só de participar desta grandiosa e justa homenagem em que Câmara dos Deputados celebra a história de Aracaju. Temos o dever e a obrigação não só de aqui estarmos presentes em nome do Senado Federal, como também Julho de 2011 de reconhecer e dizer ao Brasil, inclusive ao Estado de Sergipe, que os exemplos daquele Estado nos dá condições de espelhar este exemplo no restante do Brasil, para que tenhamos condições de, juntos e unidos, fazer aquilo que espera não só o povo sergipano, mas o povo paraibano e também o povo brasileiro. Despeço-me de todos no dia de hoje nesta Casa, na qual passou o Governador Marcelo Déda, e também aqui estive por duas vezes, como Deputado Federal, representando o meu Estado, a Paraíba. Hoje, nas caminhadas que fazemos em todos os Estados da Federação, na Comissão de Desenvolvimento do Nordeste, procuramos os caminhos e as soluções para juntos construirmos uma região mais justa e reconhecida pelo próprio Poder Central. Eu tenho certeza de que, com o exemplo de Sergipe, dos seus representantes, nós teremos condições não só de ser um Nordeste mais forte, não só de ser um Sergipe mais forte, não só de ser uma Paraíba mais forte, como também de juntos fazermos aquilo que o povo nordestino espera de todos nós. Parabéns aos sergipanos e parabéns, enfim, a todos aqueles que construíram essa história. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Nós agradecemos o pronunciamento do Senador Wilson Santiago, representando nesta solenidade o Presidente do Senado Federal, Senador José Sarney. Durante o discurso do Sr. Senador Wilson Santiago, o Sr. Marco Maia, Presidente, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. André Moura, § 2° do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Aproveito a oportunidade para cumprimentar e saudar os alunos da Faculdade de Harvard, dos Estados Unidos, que se fazem presentes aqui, acompanhando esta sessão solene ao Estado de Sergipe. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Convido para fazer uso da palavra o Senador Eduardo Amorim, do PSC de Sergipe. O SR. EDUARDO AMORIM – Exmo. Deputado André Moura, que no momento preside a Mesa, autor do requerimento desta sessão solene, um momento iluminado de nós sergipanos, agradecemos essa feliz ideia; Exmo. Governador Marcelo Déda, Governador do nosso Estado; Exmo. Senador Wilson Santiago, aqui representando o Presidente do Senado Federal, Senador José Sarney; Exmo. Ministro Carlos Ayres Britto que honra o povo sergipano no Supremo Tribunal Federal; Exmo. Vice‑Governador Jackson Barreto; Exma. Deputada Angélica Guimarães, primeira mulher sergipana a presidir o nosso Parlamento estadual, em Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nome da qual saúdo todas as demais mulheres aqui presentes e nossos Deputados Estaduais; Exmo. Prefeito da nossa Capital, Edvaldo Nogueira; Exmo. Prefeito Valmir Monteiro, em nome do qual saúdo todos os demais Prefeitos e Prefeitas aqui presentes; Exmo. Vereador Emanuel Nascimento, Presidente da Câmara Municipal de Aracaju, em nome do qual saúdo os demais Vereadores aqui presentes; e ilustríssima jovem Yandra, filha do Deputado André Moura, em nome da qual saúdo toda a juventude sergipana. Minhas senhoras, meus senhores, colegas Parlamentares, Senadora Maria do Carmo, Senador Antônio Carlos Valadares, gostaria de iniciar minha fala, citando o texto oficial do documento de 8 de julho de 1820, em que o Rei Dom João VI assina o Decreto que institui a independência da Capitania de Sergipe: “Isenta a Capitania de Sergipe da sujeição ao Governo da Bahia, declarando-a independente totalmente. Convido ao bom regime deste Reino do Brasil, e a prosperidade a que Me proponho elevá-lo, que a Capitania de Sergipe de El Rei tenha um Governo independente do da Capitania da Bahia: tem por bem, isentá-la absolutamente da sujeição em que até agora tem estado do Governo da Bahia, declarando-a independente totalmente, para que os Governadores dela a governem na forma praticada nas demais Capitanias independentes, comunicando-se, diretamente, com as Secretarias de Estado competentes, e podendo conceder sesmarias na forma das Minhas Reais Ordens. Thomaz Antonio de Vilanova Portugal, do Meu Conselho, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, o tenha assim entendido, e faça executar com as participações convenientes às diversas estações. Palácio do Rio de Janeiro e 8 de julho de 1820”. Dessa maneira, em poucas palavras, Sergipe tornava-se independente política e economicamente da Capitania da Bahia. Deve-se, não obstante, a Dom Pedro I, dois atos que referendam a emancipação política de Sergipe: a revalidação da Carta Régia, de 8 de julho de 1820, e a elevação de São Cristóvão, em 1823, à condição de cidade e de Capital. Já em 1824 a Constituição do Império colocou Sergipe entre as províncias do Brasil, consolidando a emancipação de 8 de julho de 1820. Mas só em 1825 aconteceu a primeira eleição para Assembleia Provincial. A partir daí, Sergipe se consolidou politicamente entre as capitanias do Império. Quarta-feira 6 34911 Apesar de pequeno, nosso Estado sempre teve vocação para a vanguarda, a começar pela necessidade da mudança da capital. Aracaju, por exemplo, foi uma das grandes conquistas dos primeiros tempos da emancipação política de Sergipe. Já nasceu capital e seu plano urbanístico foi o primeiro, no Brasil, a ter as ruas geometricamente arrumadas, tal qual um tabuleiro de xadrez. De lá pra cá, Aracaju vem conduzindo e liderando o processo de crescimento, modernização e avanços sociais no nosso Estado. Pode-se mencionar, inclusive, o início do desenvolvimento industrial de Sergipe, que se deu em 1884, com o surgimento da primeira fábrica de tecidos na capital. O Estado continuou crescendo. Em 1900, iniciava-se a pavimentação com pedras regulares e o saneamento. E, em 1908, já havia bondes e água encanada, um luxo para a época. Na sequência, a estrada de ferro, que cortava o Estado de norte a sul, e a luz elétrica. O processo de desenvolvimento de Sergipe seguiu o seu curso e, hoje, temos um dos melhores IDHs da Região Nordeste, como bem disse o nosso Governador Marcelo Déda. E esperamos que, dentro de alguns anos, sejamos o primeiro do Nordeste a entrar no grupo de Estados com alto desenvolvimento humano. Na questão da economia, representamos 0,7% do PIB nacional. Cultivamos cana-de-açúcar e produzimos açúcar e álcool. Além da cana, são cultivadas mandioca, laranja, coco e várias outras culturas ligadas à agricultura familiar. Com o passar dos anos, Sergipe descobriu-se um Estado rico em recursos minerais. Temos petróleo, gás natural, calcário e a maior mina de potássio do Hemisfério Sul, localizada no Município de Rosário do Catete. As nossas cidades históricas são um capítulo à parte. Laranjeiras, por exemplo, é conhecida por suas belas igrejas do século XVII e XVIII. Já São Cristóvão foi a primeira capital do nosso Estado e a quarta cidade mais antiga do País, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1967. A propósito, no dia 8 de julho, próxima sexta-feira, o Governador Marcelo Déda receberá o diploma da UNESCO, que confere à Praça São Francisco o status de Patrimônio Cultural da Humanidade. Na literatura, dentre os principais escritores sergipanos, destaca-se Tobias Barreto, fundador do condoreirismo brasileiro e patrono da Cadeira n° 38 da Academia Brasileira de Letras. No que se refere à música, ao longo de mais de dois séculos e meio de história ininterrupta, a Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, da cidade onde eu nasci, Itabaiana, a mais antiga do Brasil e, com certeza, uma das mais antigas da América Latina, tem contri- 34912 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS buído para o desenvolvimento sociocultural da cidade de Itabaiana e do nosso Estado de Sergipe. Temos ainda um folclore rico e diversificado, como presenciamos aqui, reunindo elementos da cultura indígena, africana e europeia. Dentre elas, destacamos o Reisado, o Lambe-Sujos e os Caboclinhos, a Taieira e São Gonçalo, dentre outros. As festividades carnavalescas também têm sido um forte da nossa cultura. O primeiro carnaval em Aracaju aconteceu em 1894. Naquela época, ninguém poderia imaginar que, 104 anos depois, o carnaval brasileiro passaria a ser oficialmente aberto na nossa capital. O Pré-caju consolidou-se como a maior prévia carnavalesca e integra o calendário nacional de eventos da EMBRATUR. E o que dizer dos festejos juninos, não é, Prefeito Edvaldo Nogueira, que são realizados em todo o Estado? Misto de fé e tradição, as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro são um costume arraigado do nosso povo, manifestação da nossa cultura, da nossa música, das nossas danças e da nossa culinária. O Forró Caju é, reconhecidamente, um dos maiores eventos juninos do Nordeste, atraindo, em média, um público de 1 milhão de pessoas durante sua realização. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sras. e Srs. Senadores, Prefeitos aqui presentes, demais autoridades, Sergipe, que é um nome de origem tupi e significa “rio dos siris”, tem, para nós, um significado muito mais amplo. Inspira-nos à “sergipanidade”, sentimento investido na nossa própria identidade, na trajetória da nossa história, na bravura, na coragem e na perseverança da nossa gente, no orgulho que temos de pertencermos a essa terra e dela fazer parte. Por isso, gostaria de homenagear e parabenizar todo o povo sergipano pelo seu ideal de luta, pela liberdade, através do meu amigo Deputado Federal André Moura, autor do requerimento desta sessão solene em homenagem aos 191 anos de emancipação política do Estado de Sergipe. Devo registrar também, o que muito enobrece esta solenidade, a participação dos excelentíssimos ex-Governadores do Estado, o Senador Antônio Carlos Valadares, o ex-Senador Albano Franco e o nosso atual Governador, o 50º do período republicano, Marcelo Déda Chagas, homens que demonstram e cultivam um espírito público altaneiro, contribuindo, sempre, para o desenvolvimento social de nosso povo. Para concluir, Sr. Presidente, agradeço a Deus o privilégio de ter nascido em um Estado tão aprazível, onde os desafios são muitos, é verdade, mas a força de vontade da nossa gente é muito maior. Junto com os esforços dos seus governantes, tem superado, a cada dia, os obstáculos que travam o sonho de uma Julho de 2011 sociedade mais justa, mais digna, mais próspera. E é pela realização desse sonho que todos nós trabalhamos, pois, como nos disse o poeta e filósofo sergipano, Tobias Barreto: “O direito não é filho do céu. É um produto cultural da evolução humana”. Que o Estado de Sergipe, portanto, continue sua trajetória rumo ao crescimento e que o bom Deus continue iluminando todo o nosso povo, a nossa gente e o Estado de Sergipe. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradeço as palavras do Senador do PSC de Sergipe, Senador Eduardo Amorim. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Convido, com muita honra para todos nós sergipanos, o Ministro e Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres de Britto, para também fazer uso da palavra. (Palmas.) O SR. MINISTRO CARLOS AUGUSTO AYRES DE FREITAS BRITTO – Exmo. Sr. Deputado Federal André Moura, que teve a iniciativa feliz por todos os títulos de promover esta sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem aos 191 anos da emancipação política de Sergipe; Exmo. Sr. Governador Marcelo Déda, Exmo. Sr. Senador da República Eduardo Amorim, Exmo. Vice-Governador de Sergipe, Jackson Barreto; Exmo. Sr. Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira; Exma. Sra. Deputada Angélica Guimarães Marinho, Presidente da Assembleia Legislativa do nosso Estado de Sergipe; Srs. Governadores Albano Franco e Antônio Carlos Valadares; Srs. Deputados Federais pela bancada de Sergipe, Senadores, Deputados Estaduais, Vereadores, Prefeitos, em síntese, autoridades sergipanas, Srs. Deputados desta Casa, demais convidados, sinto-me feliz pela oportunidade de participar desta sessão histórica e não tenho nada mais a registrar depois de tantos discursos de denso conteúdo e de profundo sentimento de amor à terra e à história de Sergipe, mas me permito, ainda que modesta e brevemente, dar um testemunho, fazer um registro daquilo que eu tenho também como representativo do caráter sergipano, do temperamento sergipano, da mundividência, dessa cosmovisão do povo de Sergipe. A observação é simplesmente esta. Há três inteligências que a neurociência e a física quântica registram como convergentes no ser humano: a inteligência intelectual, que é lógica, cartesiana, reflexiva; a inteligência emocional, que diz com o domínio das emoções e a capacidade de aglutinar ações, de agregar pessoas, de administrar tensões, de resolver conflitos sem desvarios emocionais; e, finalmente, a inteligência espiritual, que diz com o crescimento interior de cada pessoa. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Mas, fazendo a ponte, a mediação entre a inteligência intelectual e a inteligência espiritual, coloca-se exatamente a inteligência emocional. E não conheço povo do Brasil que tenha esse quociente emocional, essa inteligência emocional no ponto, não conheço povo que supere o de Sergipe. Eu acho que o povo de Sergipe dá sobejas lições de equilíbrio emocional. É um povo que se emociona, que tem sentimento, tem afetividade, tem muito amor no coração, mas sem resvalar jamais como característica central para o desvario, para o derramamento de bílis, que tanto prejudica a produção de neurônios. Em Sergipe, a partir da classe política, o que observamos cotidianamente é essa aglutinação de esforços sem prejuízo da ideologia de cada qual, essa coalisão quando os interesses de Sergipe estão em jogo. Sergipe não é um Estado que cultiva o ódio, não cultiva o rancor, não cultiva a mágoa, não tem o fígado azedo, e isso me parece muito representativo, volto a dizer, a partir da classe política sergipana. Quando uma empreitada, quando um projeto, quando um programa, quando uma bandeira é de interesse de todo o povo sergipano, a aglutinação é a marca registrada, é a logomarca das classes, dos segmentos representativos do Estado de Sergipe. Em Sergipe, ninguém vai a uma solenidade com receio de encontrar um inimigo feroz, um adversário raivoso, um detrator. O povo sergipano sabe se comportar em todas as oportunidades. Os americanos, pelas suas grandes empresas, pelos seus governantes centrais, costumam se cercar de pessoas de quociente intelectual alto. O recrutamento se faz para as grandes empresas, para os grandes cargos públicos a partir do QI das pessoas, mas a exoneração, a demissão se faz por falta de QE, por falta de quociente emocional no ponto. E é exatamente esse quociente emocional, volto a dizer, que me parece a marca registrada do povo de Sergipe. Nós nos curtimos, nos admiramos, temos as nossas divergências, mas nós não nos estraçalhamos, nós respeitamos a individualidade de cada qual. O povo de Sergipe é parte de um todo brasileiro, mas é também um todo a parte. É parte de algo muito maior, muito mais esférico, mas é também um algo a parte exatamente por uma espécie de personalidade coletiva inconfundível com qualquer outra. Então, agora que moro aqui – praticamente há 8 anos que estou aqui – e faço a análise do temperamento, do caráter, volto a dizer, da cosmovisão do povo de Sergipe, cada vez mais me orgulho de ser sergipano. Esta manhã para mim é gloriosa, histórica. Todos nós estamos com a nossa autoestima no ponto e os discursos que foram proferidos aqui a partir da figura exemplar, modelar, esse gênio da raça que foi Tobias Quarta-feira 6 34913 Barreto, acho que essa referência a ele diz tudo. Tobias Barreto foi – lembrou muito bem o Governador Marcelo Déda, com sua fala insuperável, aliciante no sentido afirmativo do nosso civismo – o primeiro pensador articulado no plano filosófico da história do Brasil. Esse culturalismo jurídico de que falou há pouco o Senador Eduardo Amorim: o Direito não é um filho dos Deuses, mas um produto da história, um produto da cultura, um produto da experiência humana. Esse culturalismo, essa visão do direito como objeto cultural, como fruto da experiência humana, no âmbito daquela dicotomia central entre natureza de um lado e cultura do outro, compreendendo a cultura como a dimensão nova que o homem acrescenta à natureza, isso se deve a Tobias Barreto, que foi um dos percussores do culturalismo jurídico em todo o mundo. Ele era um homem que tinha uma psicoafetividade antecipada para compreender que a própria realidade normativa do direito é melhor compreendida quando o ser humano articula, combina, concilia pensamento e sentimento. Por isso que Tobias Barreto disse: “Direito não é só uma coisa que se sabe; é também uma coisa que se sente”. Ele dizia mais: “Há um pouco de arte em cada ciência; há um pouco de ciência em cada arte”. E, hoje, se temos a compreensão de que o substantivo “sentença” vem do verbo sentir, certamente devemos essa percepção aguda das coisas ao gênio de Tobias Barreto. Muito bem lembrado, portanto, nesta oportunidade, por dois dos eminentes oradores. Enfim, senhores, esta é uma homenagem que a Câmara dos Deputados presta ao Estado de Sergipe e todos nós sergipanos nos sentimos tão honrados quanto, sem arrogância, merecedores historicamente dessa homenagem que a sociedade nos presta por esta Casa representativa de todo o povo brasileiro. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Sergipe, Ministro, é que agradece as palavras generosas de V.Exa. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Quero aqui convidar para fazer parte da Mesa, representando todos os Vereadores do Estado de Sergipe, o Presidente da Câmara Municipal de Sergipe, Emanuel Nascimento. E quero também convidar, representando aqui não só os ex-Deputados Federais, que já honraram muito este Parlamento, mas também todos os ex-Governadores de Sergipe, que contribuíram muito para a nossa história, o ex-Deputado Federal, ex-Senador, ex-Presidente do CNI, ex-Governador Albano Franco para compor a Mesa. (Palmas.) Ao tempo quero registrar a presença conosco, e daqui a pouco fará uso da palavra, do Deputado Givaldo Carimbão, do Estado de Alagoas, sergipano, que também está aqui nos honrando. (Palmas.) 34914 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Faço o registro em nome do Senador Eduardo Amorim, da presença com muita honra para todos nós do PSC – do nosso Presidente Pastor Everaldo, Presidente Nacional e Líder maior do nosso Partido. Peço desculpas, mas no meu pronunciamento não citei meu querido amigo e colega Márcio Macedo, que tanto contribuiu para a realização desta sessão solene. Registro a presença do Dr. Jorge Antônio Andrade Cardoso, Desembargador-Presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Sergipe; do Dr. Henry Clay, Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; do ex-Governador Gilton Garcia; do Deputado Estadual e Vice-Presidente da Assembleia Legislativa, Garibalde Mendonça; da Primeira-Secretária da Assembleia Legislativa, Conceição Vieira; das Deputadas Maria Mendonça e Gorete Reis; do Deputado Estadual do PSC – Pastor Antônio; meu querido amigo, Deputado Estadual do PDT – José Franco; do Deputado Capitão Samuel; do Deputado Zezinho Guimarães; do Deputado e Líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, Deputado Venâncio Fonseca; do Vice-Líder da Oposição na Assembleia Legislativa, Deputado Augusto Bezerra. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Gostaria, neste exato momento, de passar a palavra para o Deputado sergipano, filho do nosso Estado de Sergipe, Deputado pelo Rio de Janeiro, representando o PSDB nesta sessão solene, o Deputado Otavio Leite. O SR. OTAVIO LEITE (PSDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Considerando o número de inscritos, eu queria pedir licença a todos e em seu nome, Deputado André Moura, cumprimentar todas as autoridade com mandato ou sem mandato que expressam este belo encontro a representar o que diríamos a expressão mais viva de nossa “sergipanidade” para todo o Brasil. Eu confesso que é uma sessão que me comove. Eu, como sergipano, como se sabe, quis o destino e os meus pais, logo cedo migrei para o Rio de Janeiro, onde segui a minha estrada, mas, sempre, permanentemente, ouvindo, vivendo e voltando a minha terra natal, da qual muito me orgulho, Sergipe. Eu me recordo que, no mandato anterior, um belo dia, em um desses corredores, encontro o Deputado Albano e ele me pergunta: “Você não vai?” “Aonde?” “Não, a Ministra do Turismo aí está, o Governador Déda também e toda a bancada para discutir política de turismo para Sergipe.” Eu falei: “Eu vou sim”. E lá cheguei e, depois de ouvir os Parlamentares, me inscrevi, pedi a palavra e virei-me para a Ministra Marta Suplicy: “Ministra, se um belo dia, uma autoridade, uma personalidade internacional, lhe indagar sobre dez lugares aprazíveis, maravilhosos que você possa oferecer como sugestão para ela visitar” – essa tarefa Julho de 2011 seria difícil, evidentemente, o Brasil é múltiplo em beleza –, “um lugar a senhora tem que colocar obrigatoriamente, Xingó”. Ela olhou assim: “Onde é que fica Xingó?” O Governador, depois, veio à frente e explicou melhor. Eis um instante em que eu pude conviver com os colegas Deputados Federais. E, quando da saída, alguém falou: “Boa a sua vinda aqui, Otavio Leite”. Eu falei: “Foi boa, sim, porque eu não sei quem é o décimo ou o décimo primeiro, mas o nono Deputado Federal de Sergipe sou eu”. Então, foi um momento muito interessante. (Palmas.) Vejo, agora, neste momento importante da história brasileira, o talento aguçado do nosso Governador Déda procurando encontrar um denominador comum em uma equação complexa em relação à divisão das riquezas do latifúndio subterrâneo, submarino, do petróleo brasileiro. E eu, representando o Estado do Rio de Janeiro na defesa do que é direito do Rio de Janeiro, pude logo perceber uma compreensão muito elevada, própria dos grandes homens públicos, do Governador Déda em contribuir para que se respeitem os direitos do Rio de Janeiro, mas que também se avance no Brasil para que outros Estados não produtores – não é o caso de Sergipe, porque, aqui para nós, dizem que para lá de Caioba tem um pré-sal que ainda está por se descobrir –, que não têm produção de petróleo, façam jus, sim, a um bocadinho desse espaço. E, evidentemente, a saída será, na compreensão do Governo Federal, da União, diminuir um pouco da sua participação para que o restante do Brasil, dentro de uma perspectiva federativa, da afirmação da federação, também faça jus a um quinhão. Ainda ontem, Ministro Britto, encontrava-me no Rio de Janeiro, por coincidência, com um grande sergipano, aqui já se lembrou dele, Ancelmo Gois, e ele me dizia: “Mas, Otavio, você não vai à exposição que iniciou ontem de Arthur Bispo do Rosário, cuja obra criativa o Estado de Sergipe ofereceu ao Brasil e ao mundo?” É mais uma das grandes exposições, tantas já havidas e outras que hão de vir, desse sergipano, um homem simples do povo, que saiu de Japaratuba, em determinado instante, foi para o Rio de Janeiro, enfim, foi preso, apanhou, foi parar em um manicômio e produziu uma obra maravilhosa, Arthur Bispo do Rosário. A certa altura, eu me lembro bem, o então Prefeito de Japaratuba me convocou a um desafio de encontrar os restos mortais desse artista. E depois de peregrinar nos cemitérios do Rio de Janeiro, encontramos no Cemitério de Pechincha, em Jacarepaguá, os restos mortais de Arthur Bispo Rosário. Tive o privilégio, com outros que aqui estão, inclusive do eminente Deputado Jackson Barreto, que, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS aliás, vale dizer, ainda nos idos de 70, lutava pelos royalties de Sergipe, fomos com outros Parlamentares até Japaratuba depositar os restos mortais de Arthur Bispo do Rosário, a sua terra, o filho dela. Portanto, para mim, é uma honra toda especial poder estar ao lado de todos os sergipanos nesta terra de JK, nesta terra em que o Presidente da República, o maior de todos, JK, quis empreender e aqui está. JK que por três vezes também esteve em Sergipe. Em uma delas – permita-me a falsa modéstia, mas o orgulho é maior e a gratidão da existência e do destino –, o fato é que, em uma delas, lá esteve JK para batizar um pequeno jovem sergipano que tinha vindo ao mundo. E eu me orgulho muito de ser afilhado de Juscelino Kubitschek. E, quando ele esteve, guardo com muito carinho... (O microfone é desligado.) O SR. OTAVIO LEITE – ...aquele momento importante para Sergipe, político, inclusive, e, para mim, especial, algo que eu hei de guardar a minha vida toda. Portanto, quero dizer a todos os sergipanos aqui, a todos os Parlamentares, ao nosso Governador, enfim, a todos que expressam aquilo que se falou, a “sergipanidade” maior. A minha alegria, a minha honra, o meu orgulho de estar ao lado de vocês fazendo um coro maior – viva Sergipe! –, esse Estado maravilhoso que tem que ser cada vez mais enaltecido. Que bom seria se o Nordeste fosse os números que Sergipe oferece ao Brasil. Que Sergipe seja fonte de inspiração para tantos e tantos passos que ainda temos que percorrer na busca de um amanhã com mais liberdade, com mais democracia e com mais igualdade. Muito obrigado. Parabéns ao sergipanos e a todos nós, é uma honra muito grande estar ao lado dos senhores. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradeço as palavras ao Deputado Otavio Leite, fazendo o registro, como V.Exa. mencionou Arthur Bispo e Japaratuba, com muito orgulho, da Quadrilha de Cangaceiros da Boa Japaratuba, que está aqui conosco. Arthur Bispo do Rosário é filho natural do Município de Japaratuba e Fernando Leite, pai do Deputado Otavio Leite, residiu por alguns anos em Pirambu, quando nós éramos Prefeito da nossa querida Pirambu, e Otavio sempre visitava o nosso Município. Registro a presença dos Prefeitos sergipanos Denisson Déda, de Simão Dias; Valmir Monteiro, de Lagarto; Pedro Barbosa, de Boquim; Prefeita Uita, de Ribeirópolis; Eduardo Prado, de Santa Rosa de Lima; mais uma vez do Prefeito Fábio Henrique, de Nossa Senhora do Socorro; e da Prefeita Lara Moura, de Japaratuba. Quarta-feira 6 34915 O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Convido para fazer uso da palavra o Senador Antônio Carlos Valadares. O SR. ANTÔNIO CARLOS VALADARES – Exmo. Sr. Deputado André Moura, autor do requerimento para realização desta sessão, que comemora os 191 anos de autonomia política do Estado de Sergipe; Governador Marcelo Déda; Vice-Governador Jackson Barreto; Sra. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, Deputada Estadual Angélica Guimarães; Senador Eduardo Amorim; Sr. Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira; ex-Governador Albano Franco; Sr. Emmanuel Nascimento, Presidente da Câmara Municipal de Aracaju; Ministro Carlos Ayres Britto, Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal; Deputados Federais presentes; Prefeitas e Prefeitos Municipais; Deputadas e Deputados Estaduais; Vereadores; meus amigos, os oradores que me antecederam – posso destacar especialmente o Governador Marcelo Déda, ninguém vai ficar com ciúme – desenharam com muito brilhantismo o passado histórico de Sergipe, que culminou com a sua emancipação política. Hoje estamos vivenciando um tempo em que o Estado de Sergipe se apresenta perante o Brasil não apenas como o menor Estado da Federação, que, aliás, talvez seja a propriedade que o torna tão robusto, mas como um Estado marcado pela alegria esfuziante do seu povo, pela responsabilidade da sua classe empresarial, dos seus produtores e trabalhadores rurais, por todo um contingente de homens e mulheres que, no campo e na cidade, tanto colaboram para o desenvolvimento socioeconômico do nosso Estado. Agora, durante os festejos juninos, o Brasil, através da televisão e de todos os órgãos de comunicação, destacou com muita justeza as alegrias e o entusiasmo das comemorações com o nosso forró. Como dizia o nosso cantor Rogério na sua canção que enaltece Sergipe, o nosso Estado transformou-se de repente no país do forró. Essa alegria autêntica que existe no íntimo, no coração e na alma do sergipano é uma característica, uma virtude que o torna ímpar na Nação. Chega-se ao ponto de que, durante as decisões políticas que o nosso Estado toma, pode ser que alguma coisa ali no canto esquente, mas, depois do pleito eleitoral, tudo esfria e volta à normalidade: o ódio é deixado de lado, todos procuram unir-se de forma harmônica e trabalham pelo nosso desenvolvimento. Eu tenho a honra e o privilégio de ter sido Governador do Estado, ao lado de tantas figuras eminentes que construíram este patrimônio insuperável que é o nosso Estado de Sergipe. Tive a alegria de, na condição de Deputado Estadual e também de Deputado Federal e depois de Vice-Governador e Governador, 34916 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS lutar pelo aproveitamento racional de nossas riquezas, pela construção do nosso porto, pela exploração do nosso potássio, pelo aproveitamento do petróleo e pela produção da nossa fábrica de fertilizantes. O desenvolvimento de um Estado, o progresso de um país e de um povo não se constroem apenas com um piscar de olhos. Esse é um objetivo que só se alcança através de uma luta de anos e anos, em que cada um, desde o mais simples dos homens até o potentado, com o seu trabalho, com a sua dedicação, pode fazer com que o nosso Estado, por exemplo, se torne hoje o Estado com a maior renda per capita do Nordeste, e a nossa cidade, governada pelo generoso e competente Prefeito Edvaldo Nogueira, seja a Capital da qualidade de vida. Foi a responsabilidade dos homens públicos, que, nas divergências e nas convergências, construíram o Estado até a forma em que hoje se encontra. Tive, como eu disse, conduzido pelo meu povo, o privilégio de seguir a trilha daqueles que me antecederam. E os que me sucederam continuaram o trabalho, de tal modo que esse patrimônio não é de só um Governador, mas de todos aqueles que, levados pelo povo, chegaram a alcançar o ápice do poder no Estado de Sergipe. Portanto, a minha palavra aqui é de regozijo por esta solenidade tão extraordinária, que foi convocada pela Câmara dos Deputados e teve a iniciativa louvável do Deputado Federal André Moura. Vem numa boa hora, quando o nosso pequenino Estado de Sergipe desponta não mais apenas como uma esperança, mas como uma realidade visível do ponto de vista econômico, do turismo, do aproveitamento de suas belezas, de suas riquezas naturais e da qualidade inerente do seu povo em proporcionar progresso e desenvolvimento. Nobre Presidente, a minha palavra neste instante não é apenas a palavra do Senador Antônio Carlos Valadares, mas a palavra do Partido Socialista Brasileiro, a palavra da Liderança do PSB no Senado Federal, que se congratula por este acontecimento. Nós não temos palavras para expressar a nossa alegria, apenas dizer que essa liberdade que nós construímos é uma liberdade gozada pelo povo sergipano, imortalizada naquela frase de que sempre nos estamos lembrando, principalmente Déda em seus discursos na Praça Fausto Cardoso: “A liberdade se constrói na história com o cimento do tempo e o sangue dos homens”. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradeço as generosas palavras do Senador Antônio Carlos Valadares. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Convido para fazer uso da palavra em homenagem ao Estado Julho de 2011 de Sergipe o querido Deputado Federal Márcio Macêdo, pelo PT. (Palmas.) O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT – SE. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos e a todas aqui presentes. Peço licença para economizar na nominata e saudar todos nas pessoas do Governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda, do autor da bela ideia desta sessão, o Deputado Federal André Moura, e do Ministro Ayres de Britto, que nos honra com a sua presença. Agradeço ao meu partido, o PT – por me permitir falar em seu nome na solenidade em homenagem ao meu Estado e agradeço a todos os presentes. Senhoras e senhores, o dramaturgo e pensador alemão Bertold Brecht nos admoestava para o que chamava de “naturalização” de certas atitudes e hábitos que na verdade são fruto de um processo de construção, um processo construído por homens e mulheres sob determinadas circunstâncias históricas. Comemoramos no dia 8 de julho a emancipação política do Estado de Sergipe. Essa data simboliza para os sergipanos um marco importante da origem de um processo, como diria Brecht, hoje já consolidado, que culminou em um Estado independente, economicamente autônomo e com um povo livre. É, portanto, o mais importante fato da história do nosso Estado. Há 191 anos, foi assinado por D. João VI um decreto que dispôs sobre a emancipação da Capitania de Sergipe DeI Rei, para que esta tivesse um governo independente. Sergipe, desde 1537, esteve vinculado ao território baiano por força da divisão do Brasil em capitanias hereditárias. Em 1696, o território sergipano veio a tornar-se comarca, passando a ter autonomia jurídica. Entretanto, continuava dependente política e economicamente da Bahia. A disposição do Regente, em 1820, de emancipar Sergipe DeI Rei é de um período de grande prosperidade econômica na região. Naquela ocasião, Sergipe contava com mais de duzentos engenhos de açúcar e importantes fazendas com grandes rebanhos bovinos. Muitos interesses foram contrariados com a decisão de Sua Majestade. Empresários da indústria açucareira em Sergipe, vinculados à Bahia, dependentes financeiramente do mercado em Salvador, apoiavam o movimento pela reanexação. Esse movimento contribuiu para a decisão da Bahia de mandar tropas para depor e prender o primeiro Governador de Sergipe, Carlos César Bulamarque, antes mesmo que completasse 1 mês de seu governo. Mas, em dezembro de 1822, D. Pedro I – “Herói em dois continentes”, no Brasil e em Portugal, um homem que, com os limites do seu tempo, do seu sistema e do seu regime político, foi um líder de massas e um herói brasileiro – reconhece a decisão de D. João VI pela autonomia de Sergipe, e Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS seu primeiro Governo – Manuel Fernandes da Silveira – toma posse regularmente em 1824. O despertar de um sentimento autonomista no território sergipano e – por que não dizer? – a formação de uma sociedade sergipana em autêntica identidade crescem desse processo tão importante para a história do Brasil. Portanto, neste momento, há aqui um ineditismo. Em primeiro lugar, em comemoração à data, o Governo do Estado homenageia o Congresso Nacional, condecorando o seu Presidente, o Senador José Sarney, aqui representado, e o Deputado Marco Maia com a Medalha Mérito Aperipê, a mais alta condecoração oferecida pelo Estado. Por outro lado, Sergipe é também um dos poucos Estados brasileiros a receber uma sessão solene na Câmara Federal. São os Poderes reconhecendo-se mutuamente e, mais que isso, o evento representa o encontro de duas instituições que nasceram mais ou menos no mesmo período, o Estado de Sergipe e a Câmara dos Deputados, no mesmo contexto histórico, pouco mais de uma década após o transplante, isto é, a transferência da Família Real e da Corte lusitana para o reino americano do Brasil, caso inédito na América Latina. Mas da Europa não veio apenas o estamento português; aportou também o ideário iluminista, uma nova compreensão do mundo que incluía as noções de liberdade, igualdade e fraternidade que engendraram na cabeça dos nossos ideólogos e do povo, brasileiro e sergipano em particular, elementos que reforçaram a necessidade de autonomia e liberdade frente ao jugo e à injustiça. Para além do debate político contemporâneo acerca das classes sociais, que soaria extemporâneo, Sergipe viu nascerem, crescerem e se amalgamarem gerações de homens ilustrados, eloquentes e com um sentido de pertença a uma cultura que florescia e que, no entanto, dava sua contribuição aos fundamentos de algo que se denominou mais tarde de “cadinho da cultura brasileira”. Desfilaram pelo cenário cultural brasileiro sergipanos de grande fôlego intelectual e afinados com os debates do seu tempo, mas, como o olhar de Clio, a musa da História revela apenas uma certa paisagem, é construída sempre a partir de uma perspectiva. Vou me deter nos sergipanos que por uma série de circunstâncias se deslocaram das esferas do pensamento e se ocuparam de outras atividades humanas, homens de talento que, nas palavras do filósofo alemão Hegel, “se aplicaram aos problemas de ordem prática”. Nos casos que passarei a nomear, na vida ativa da política. Quarta-feira 6 34917 Como destaquei no meu primeiro pronunciamento, passaram por esta Casa de leis sergipanos da mais alta estirpe intelectual e ética: Fausto de Aguiar Cardoso foi Deputado Federal por Sergipe. Teve um mandato atuante e destacado inclusive por ser grande orador; multidões enchiam a Câmara Federal para ouvir seus pronunciamentos. Crítico acerbo das oligarquias que comandavam os Estados brasileiros naquele período, no início da República Velha e em especial no seu torrão natal, dizia que os oligarcas locais, personificados na figura do Monsenhor Olímpio Campos, eram responsáveis diretos pela miséria e o atraso do Estado de Sergipe. Teve uma vida curta e de lutas; morreu assassinado em 1906, pregando a revolução e advertindo que: “A liberdade só se prepara na história com o sangue dos homens, o cimento dos tempos. E se ela não é o preço de uma vitória, não é liberdade; será tolerância, favor, concessão, que podem ser cassados sem resistência e que se revista do poder. Não gera caracteres nem cria personalidade. Enerva, dissolve, abate, humilha, corrompe e transforma os povos em míseras sombras.” Manoel Bonfim foi Deputado Federal pelo Estado de Sergipe e exerceu um mandato progressista. Intelectual, pesquisador e escritor, foi classificado por Darci Ribeiro como o pensador “mais original da América Latina”. Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero foi crítico literário, ensaísta, poeta, filósofo, professor e político. A fama, a amizade e cumplicidade com Tobias Barreto dispensam maiores apresentações. Foi Deputado Federal pelo Partido Republicano, trabalhando na comissão encarregada de rever o Código Civil na função de relator-geral. Orlando Vieira Dantas, intelectual e jornalista, fundou em 1956 o jornal Gazeta Socialista, que depois se transformou em Gazeta de Sergipe. Como político foi Deputado Estadual Constituinte em Sergipe, em 1946, pela Esquerda Democrática. Em 1950 foi eleito Deputado Federal pelo Partido Socialista Brasileiro; participou ativamente da campanha O Petróleo é Nosso, que resultou na criação da PETROBRAS. João de Seixas Dória arrebatou o Brasil com sua palavra, sua voz trêmula, seus gestos largos, seu lenço branco e sua coragem intimidadora. Pequeno no porte, agigantava-se quando tinha diante de si o microfone e as multidões atentas. De colarinho aberto, gravata solta, na Câmara Federal Seixas Dória destacou-se como um dos mais respeitados e aplaudidos oradores. Agitou a tribuna da Câmara dos Deputados com discursos nacionalistas, principalmente defendendo as riquezas do País, o petróleo, os minerais estratégicos, e clamando por justiça para o Nordeste. 34918 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Mais recentemente, Antônio Carlos Valadares, que com muita competência e sensibilidade social foi, em matéria de política, Prefeito de sua terra, Deputado Estadual, Deputado Federal, Vice-Governador do Estado, Governador e Senador da República, um dos pilares políticos de sustentação do Governo das Mudanças no Estado de Sergipe e um dos mais destacados. Outro quadro político e homem público que nos enche de orgulho e de admiração é Jackson Barreto, militante político de uma geração que lutou contra o regime militar, foi Vereador, Prefeito, Deputado Estadual, Deputado Federal e agora Vice-Governador do Estado de Sergipe. Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, agora, gostaria de fazer referência a dois dos quadros políticos da história recente que se destacaram neste Parlamento e na política brasileira. Minhas referências pessoais e políticas, aliás, não só minhas, mas de toda uma geração que fazia militância política no final da década de 1980 e durante a década de 1990, que pintou o rosto e foi para as ruas para combater a corrupção no País, que continuou nas ruas para resistir ao início do processo neoliberal da política das privatizações, são Marcelo Déda Chagas e José Eduardo Dutra. Marcelo Déda Chagas iniciou a sua militância política como líder estudantil. Fundou o Partido dos Trabalhadores em Sergipe. Foi Deputado Estadual, com a maior votação da legislatura. Eleito Deputado Federal em 1994, e reeleito para a legislatura seguinte, em 1998. Foi líder do PT na Casa e tribuno da mais alta extirpe, que emprestou o seu talento às grandes causas da República Federativa do Brasil. Foi Prefeito da Capital da Qualidade de Vida, Aracaju, e é atualmente Governador reeleito de todos os sergipanos. José Eduardo Dutra. Quadro político forjado nas lutas sociais. Sindicalista, também fundador do Partido dos Trabalhadores em Sergipe. Senador da República por Sergipe. Liderou as oposições no Brasil contra o projeto neoliberal de privatizações e de “Estado Mínimo”. Líder respeitado até pelos mais ferrenhos adversários políticos. Foi Presidente da PETROBRAS, da PETROBRAS Distribuidora e Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores, e nessa condição foi coordenador da exitosa campanha da Presidenta Dilma. São exemplos como esses que renovam em mim o orgulho de ser sergipano. É com esse sentimento que cheguei à Câmara Federal e tenho me mantido. O Estado de Sergipe, hoje, superou um antigo sentimento de dispersão e isolamento, muito comum de resto em nossa Região Nordeste, que na antiga geografia da miséria e do enclave nordestino significava “cada um por si e Deus por todos”. As mudanças que vêm ocorrendo no Brasil na ultima década, fazendo Julho de 2011 com que, dessa forma, o País se consolide na posição de referência internacional, também têm ocorrido na região por conta de uma nova geração de Governadores que compreenderam esse novo momento histórico. E cito especialmente o Governador do meu Estado, Déda, que tem promovido nos últimos anos as ações estruturantes que consolidaram Sergipe como polo de desenvolvimento com sustentabilidade no Nordeste, seja porque Sergipe conta com o melhor IDH e o melhor Índice de Desenvolvimento Socioeconômico da região, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), seja porque é o Estado brasileiro que tem avançado mais rapidamente do que a média brasileira nestes indicadores. Contudo, acredito que é o nosso dever, na condição de homens públicos, seguirmos garantindo as conquistas e consolidando a nossa posição estratégica nesse novo momento histórico do Brasil, que tem na Presidenta Dilma a nossa referência de sucesso de políticas públicas que continuam promovendo o nosso desenvolvimento e combatendo a miséria, que já desolou este País e em especial o Nordeste no passado. Como dizia antes, saúdo a minha gente e reitero a alegria e o orgulho de ser sergipano, em tudo e por tudo, como já disse o Governador Marcelo Déda: “Não será em Sergipe que a Geografia derrotará a História”. O povo sergipano já nasceu gigante, a princípio lutando contra uma oligarquia que transformava o território em entreposto comercial, e depois lutando contra o mando e as adversidades de outras oligarquias locais que lhe impunham a lógica e a marca do coronelismo. Hoje, cada sergipano deve se sentir parte de um projeto que tem contribuído com um país que dá exemplo internacional e tem feito o dever de casa. A nossa juventude, longe de cair num imobilismo conformista e desmobilizador, tem recebido as lições da História para que possa levar adiante a importância das nossas tradições, do nosso legado, do nosso maior patrimônio imaterial: a sergipanidade. Portanto, todos nós sergipanos, em qualquer parte do mundo e do País, somos um só coração. Viva o Estado de Sergipe! Viva o povo sergipano. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradeço as palavras do Deputado Márcio Macêdo e peço a compreensão de todos os demais oradores que estão inscritos para fazer uso da palavra, devido ao adiantado da hora, para que usem o tempo regimental de 5 minutos para fazerem sua saudação ao Estado de Sergipe. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Passo a palavra ao Deputado Almeida Lima, pelo PMDB. O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE. Sem revisão do orador.) – Exmo. Sr. Presidente Deputado Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS André Moura; Ministro Carlos Ayres Britto; Deputada Angélica Guimarães, Presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe; Governador Marcelo Déda Chagas; Senador Eduardo Amorim; Prefeito Edvaldo Nogueira; ex-Deputado Albano Franco; Vice-Governador Jackson Barreto, Presidente da Câmara de Vereadores de Aracaju; Emanuel Nascimento; nobre Senadora Maria do Carmo Alves; Senador Antônio Carlos Valadares, Deputados, Senadores; cumprimento os Deputados Estaduais na pessoa do Deputado Antônio dos Santos; todos os Prefeitos na pessoa da Prefeita Lara Moura; Conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe, Reinaldo Moura; Presidente do Tribunal Regional do Trabalho em Sergipe, Dr. Jorge Antônio Andrade Cardoso; minhas senhoras e meus senhores, tenho a honra neste instante de, ocupando a tribuna da Câmara Federal, ao lado de todas as senhoras e os senhores, prestar uma homenagem ao Estado de Sergipe pelos 191 anos de emancipação política, a serem completados no próximo dia 8, sexta-feira. Ao Deputado André Moura, meus parabéns pela oportunidade da propositura que foi apresentada por V.Exa.. O dia 8 de julho de 1820, para nós sergipanos, não deve ser visto apenas como uma data simbólica, uma data histórica. Para mim, e para os mais de 2 milhões de habitantes, Sergipe demonstra a sua grandeza, a sua grandiosidade. Esta data, que não é apenas histórica – ela tem um valor real, significância política, importância econômica – revestiu-se de relevância sociocultural. Hoje nós sergipanos não seríamos os mesmos politicamente, economicamente, social e culturalmente, se tivéssemos nosso torrão integrado ao Estado da Bahia. Representamos tudo isso, e que já foi passado aqui em revista pelos meus antecessores, porque D. João VI, num ato histórico, antes mesmo da Independência do Brasil, emancipou o Estado de Sergipe. Se esse ato não tivesse acontecido, estaríamos hoje – como se encontram outras regiões da Bahia – sem nenhuma referência e representando nenhum polo. Portanto, não quero trazer para a tribuna – até porque os meus antecessores já o fizeram muito bem – uma referência histórica. Mas quero, exatamente, estabelecer duas reflexões. A primeira delas é a importância que existe numa maior divisão territorial do País. Que assim registre o Estado de Sergipe, o Estado de Mato Grosso do Sul, o Estado do Tocantins, pois assim irão registrar tantos outros Estados que serão criados na Federação brasileira. A elite dirigente do nosso País – permitam-me a expressão –, além de perversa, chega à raia da mediocridade, pois não procura sequer copiar, além-fronteiras, aqueles exemplos que engrandecem. Refiro-me aos Estados Unidos Quarta-feira 6 34919 da América, que possuem uma extensão territorial brasileira, e lá a federação é dividida em 50 estados. Aqui temos mais o Distrito Federal, quando poderíamos estabelecer a presença dos Estados em todos os rincões que pudessem se constituir em polo de desenvolvimento social, com marca cultural, a exemplo do que aconteceu com o Estado de Sergipe. Não compreendo, no quadrante atual, quando setores da imprensa e da elite brasileira contestam os projetos que estão sendo aprovados no Congresso Nacional para a realização de plebiscitos e a criação de novos Estados na Federação. Por último, a outra reflexão que quero deixar é de que se nós conquistamos a emancipação política, é preciso que não apenas Sergipe, mas que todos os Estados da Federação também conquistem a autonomia verdadeira. Os Estados não têm autonomia diante da União. Os Estados têm competência para legislar e não têm competência para os investimentos diante da concentração de renda, de receita, no Governo da União. Esse, portanto, é o grande passo que a Federação brasileira precisa dar para conquistar de fato a sua autonomia. O direito de dizer como deseja ser governado, deixando, evidente, para a União, para o País, a soberania. Portanto, neste momento, nesta sessão solene, na qual homenageamos a emancipação política do Estado de Sergipe, que esses exemplos estejam presentes na elite, sobretudo política e dirigente brasileira, para que isto possa se multiplicar cada vez mais, traduzindo nesses atos a vontade do desenvolvimento econômico e social. E deixar, de forma marcada, a característica específica de cada uma das regiões, de cada um de seus Estados, de cada uma das comunidades, a fim de que possam se emancipar. Meus parabéns e minhas homenagens aos mais de 2 milhões de sergipanos. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradecemos as palavras do Deputado Federal Almeida Lima, e convidamos para fazer uso da palavra o Deputado Laercio Oliveira, pelo PR – ao tempo em que registro a presença do Sr. Maurício de Aguiar Vilar, Assessor Parlamentar do Exército Brasileiro, dos Secretários de Estado Elber Batalha Filho, do Turismo; do Secretário Pedro Lopes, da Representação de Sergipe em Brasília, e do Secretário Francisco Dantas, Secretário de Estado do Governo. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Com a palavra Deputado Laercio Oliveira, pelo PR. O SR. LAERCIO OLIVEIRA (Bloco/PR – SE. Sem revisão do orador.) – Nobre Deputado André Moura, meu colega, a quem mais uma vez felicito pela brilhante 34920 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ideia de realizar este ato solene na Câmara dos Deputados; Governador Marcelo Déda, a quem cumprimento neste momento; Senador Eduardo Amorim, Prefeito de Aracaju; Edvaldo Nogueira, meu particular amigo; ex-Governador Albano Franco; quero cumprimentar também o Ministro Carlos Ayres Britto, meu amigo pessoal e querido também; o Vice-Governador Jackson Barreto; minha amiga Dra. Angélica Guimarães; o Presidente da Câmara Municipal, Emanuel Nascimento. Quero cumprimentar as mulheres aqui presentes na pessoa da minha querida amiga Lila Moura, acompanhando a família, a mãe do meu querido colega André Moura; os Prefeitos, na pessoa do meu sempre querido Prefeito Fábio Henrique; demais autoridades que prestigiam essa solenidade; Deputados Estaduais; quero cumprimentar ainda a imprensa aqui presente, os brasileiros e as brasileiras que nos assistem pela TV Câmara e que também nos ouvem através da Rádio Câmara. Minhas senhoras e meus senhores, é com muita alegria que participo hoje desta solenidade. Primeiro, pela honra de poder representar Sergipe nesta Casa e ter a oportunidade de testemunhar, entre estas paredes, uma homenagem de tamanha magnitude. Em segundo lugar, este evento de hoje revela-se especialmente oportuno no sentido de mostrar, em fatos concretos, como Sergipe vem contribuindo efetivamente para encher nosso Brasil de orgulho. Recentemente, no mês de junho passado, reportagem na Folha de S.Paulo expõe Aracaju como a capital nordestina com o maior crescimento na renda per capita nos últimos 10 anos – entre 2000 e 2010 –, conforme apontou o censo demográfico do IBGE. Sergipe, de modo geral, também fez bonito no mesmo ranking: ficou em quarto lugar entre todos os Estados do País a apresentarem maior percentual de ganho em renda per capita, com 41% de crescimento na mesma década. Das históricas cidades de São Cristovão e Laranjeiras a Aracaju, o patrimônio arquitetônico de Sergipe também é digno de nota, assim como as festas populares que, durante todo o ano, marcam o fazer cultural e artístico do Estado. Aqui, vale destacar os festejos juninos, que merecem um capítulo especial nessa história de grandeza, trabalho e arte. As comemorações alusivas ao ciclo junino mostram a vocação dos sergipanos para o divertimento pacífico, ordeiro. São eventos dominados pela mais pura animação, tradicional forró pé de serra. Poderíamos expor aqui, por horas, tantas facetas positivas de Sergipe, nas mais variadas áreas, mas passo agora a ressaltar o que, a meu ver, Sergipe tem de melhor: seu povo. Julho de 2011 Como nos mostra o jornalista e historiador Luiz Antonio Barreto – ele próprio um expoente da intelectualidade sergipana –, a Carta Régia de 8 de julho de 1820 deu a Sergipe mais do que a emancipação, iniciando um processo que foi aprofundado com a independência do Brasil. A soberania da nova província, com governo e economia próprios, fez vicejar uma vocação singular de Sergipe, a de produzir talentos. Diz Luiz Antonio Barreto: “Se é verdade que as minas de prata, o ouro e o diamante deram a alguns lugares do Brasil o suporte da riqueza, é igualmente verdadeiro que Sergipe deu ao País algumas gerações de homens de letras e de pensamento, que formularam os caminhos intelectuais da nação e do império, criando uma identidade para o povo brasileiro”. Um dos nomes a melhor sintetizar essa riqueza cultural é seguramente Tobias Barreto de Menezes, patrono da Cadeira nº 38 da Academia Brasileira de Letras, em reconhecimento à sua vastíssima produção intelectual como Bacharel em Direito, professor e pensador. Nessa empreitada, cerrou fileiras com outro sergipano cuja obra entrou para a história. Refiro-me a Sílvio Romero, professor, magistrado, político e escritor, Sílvio Romero é tido como um dos mais respeitáveis e consagrados pesquisadores do folclore brasileiro. Seus livros Cantos Populares do Brasil e Contos Populares do Brasil foram definidos pelo folclorista Luis Câmara Cascudo como o “primeiro documentário da literatura oral brasileira”. Sei que abraço uma tarefa inglória pois, ao resumir a participação destes dois sergipanos no arcabouço intelectual brasileiro, não lhes faço a devida justiça. Mas o tempo de que disponho não seria para esmiuçar a grandeza de ambos e, pelo mesmo motivo, não há como enaltecer tantas outras mentes brilhantes que tiveram meu Sergipe como berço. Na poesia, José Sampaio, Santo Souza, Hermes Fontes e Mário Jorge Vieira são apenas alguns nomes a fazerem da palavra obras de arte. No passado e no presente, outros se equipararam em genialidade e eu gostaria de poder citá-los, um a um. Na literatura mais contemporânea, Joel Silveira, Francisco Dantas e Antônio Carlos Viana sintetizam a homenagem que presto aqui a outros ícones sergipanos no campo das letras. Da mesma forma, cito Jota Inácio e Jenner Augusto como representantes do panteão de artistas plásticos sergipanos cujos méritos conquistaram reconhecimento unânime. Notoriamente expressiva é também a contribuição feminina para a grandeza de Sergipe, que aqui simbolizo lembrando a marcante obra da historiadora Maria Thétis Nunes. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O fato é que Sergipe teve e tem talentos à beça, para usar a expressão nascida sob inspiração de um deles: Gumercindo Bessa. Todos sabemos que “à beça” significa abundância, fartura. Mas muitos não sabem que o dito teve origem nas qualidades de argumentador do jurista Sergipano Gumercindo Bessa, advogado dos acrianos em sua luta para que o território do Acre não fosse incorporado ao Estado do Amazonas. Conforme registra o Dicionário Brasileiro de Provérbios, Locuções e Ditos Curiosos, Bessa apresentou argumentos tão esmagadores e numerosos em favor dos acreanos que logo se tornou figura respeitada nos meios forenses. Ainda de acordo com o dicionário, certa vez um cidadão procurou o então Presidente Rodrigues Alves com um pleito e expôs suas ideias com tal eloquência que o estadista observou: “O senhor tem argumentos à beça!” Essa expressão ainda tão popular deve assim sua origem à sabedoria de um sergipano. Para finalizar, Sr. Presidente, realmente gostaria de ter tempo para contemplar todos os que em suas áreas de atuação operaram de modo a construir a boa imagem característica de Sergipe. Encerro minha homenagem convidando-os a descobrir essa terra repleta de encantos e sua gente hospitaleira, calorosa e digna. Tenho certeza de que os dispostos a compartilhar essas nossas tantas belezas vão acrescentar um imenso orgulho em seus corações brasileiros. Que Deus abençoe o Estado de Sergipe e o seu povo. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Gostaria de agradecer as palavras do Deputado Laercio Oliveira em relação a Sergipe e à generosidade quanto a minha pessoa. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Passo a palavra ao Deputado Givaldo Carimbão, filho de Sergipe, filho de Itabi, do sertão sergipano, mas eleito por Alagoas. (Palmas.) O SR. GIVALDO CARIMBÃO (Bloco/PSB – AL. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria saudar, data venia, a Mesa por partes. Saúdo os ex‑Deputados Federais e companheiros Jackson Barreto, Marcelo Déda e Albano Franco, que aqui estava, e, obviamente, André Moura, hoje Deputado Federal. Meu querido Ministro, que Deus o abençoe! Presidente da Assembleia Legislativa, Deputada Angélica; Presidente da Câmara de Vereadores, meu querido conterrâneo, meu querido Prefeito de Aracaju, que é alagoano, de Pão de Açúcar. Alagoas mandou para Sergipe um Prefeito e agora, por conta disso, vou ser Quarta-feira 6 34921 Prefeito de Maceió. Um sergipano do lado de cá e um alagoano do lado de lá. (Palmas.) Meus queridos companheiros Deputados Federais, minhas senhoras, meus senhores, queridos Senadores da República, Maria do Carmo, meu companheiro e ex-Deputado Federal Valadares, que aqui estava conosco. Tenho 53 anos. Vivi a história de Sergipe no interior. Como foi dito, sou de Itabi, Porto da Folha; meu pai, de Porto da Folha, e minha mãe, de Itabi. Vivi naquele sertão e, logo cedo, fui para Aracaju. Lembro-me muito bem de que, aos 7 anos, já estava trabalhando. Já com 7 anos era varredor de uma loja na Rua Santa Rosa, que depois passou a ser chamada de Rua Laranjeiras. Nasci em 1957 e, com 7 anos, eu já era um menino atirado. Lembro-me da Revolução de 1964. Eu estava exatamente perto de um bairro entre o Centro e o Santos Dumont, por ali, naquela região, quando veio a Revolução – eu garoto ainda, com 7 anos de idade –, e o Governador Sérgio Dória foi preso. Lembro como se fosse hoje. Foi uma loucura! E naquele momento eu comecei a me interessar por política. De repente, tiraram-no do poder. E começo a conhecer a história de Sergipe. Fica o Sr. Vice-Governador, à época, o Celso, e vem um grande companheiro, que foi Senador da República: Lourival Batista. E como essa época marcou. Lembro-me de como se fosse ainda hoje: o Batistão. Talvez tenha sido em 1970. Lembro-me de quando, ainda vivo, o cantor de forró, Rei do Baião do Brasil, fez a música do Batistão: “Maracanã, nã, nã, na Guanabara Mineirão, rão, rão, Minas Gerais Beira-Rio rio, rio, Rio Grande Pacaembu e todos mais Os estádios dos estados Que compõem o Brasil Estão todos convidados Porque o Batistão surgiu A, E, I, O, U Viva Aracaju Batistão Gol do campeão”. Lembro-me de como se fosse hoje. Vivi essa história. (Palmas.) Não é isso, Ministro? De repente, invento ser jogador de futebol, e tinha, na história de Sergipe e de Aracaju, o folclórico Cobrinha, o Atlético de Cobrinha. E vou ser jogador de futebol lá, em Sergipe, com o Cobrinha. Lembro-me de que eu fazia as preliminares do jogo de Sergipe e Confiança. E eu era ousado. Lembro como se fosse hoje, Reinaldo Moura, eu, ousado, querendo jogar no Sergipe. Vou tentar aqui reproduzir. O Brasil era o tri- 34922 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS campeão do mundo: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo, Jairzinho, Pelé, Tostão, Edu. Lembro-me de que Aracaju tinha uma grande seleção, que era: Capitão, Dodó, Zé Carlos, Mário, Zagueirão, Zé Aílton, Naninho, Duda, Cipó e Rocha. (Risos. Palmas.) Eu conheço mais Sergipe do que os sergipanos que estão lá hoje. (Risos.) Lembro-me de que fui jogar no juvenil de Sergipe, naquela época e, de repente, fui para Maceió, casei-me e vim para cá. (O microfone é desligado.) O SR. GIVALDO CARIMBÃO – Hoje estou em Alagoas. Tenho sete mandatos parlamentares. A natureza foi muito prosa com Alagoas, foi generosa, mas perversa com muitos administradores. Permitam-me os sergipanos: talvez a natureza não tenha sido tão pródiga com Sergipe como foi com Alagoas, mas foi muito pródiga com os administradores que Sergipe teve. (Palmas.) Deve muito a Albano Franco. Uma revolução com João Alves. Depois, nós temos Valadares. Três vezes Governador nosso companheiro João Alves. Albano Franco, já com seu pai, tinha sido Governador e, depois, vem o Déda. Lembro-me desta tribuna quantas vezes tremeu esta Câmara com o Déda, que era Deputado Federal, saiu desta Casa para ser Governador e completa esse ciclo. Sergipe pode não... (O microfone é desligado.) O SR. GIVALDO CARIMBÃO – ...da natureza que teve em Alagoas, mas, com certeza, ela consegue superar – digo isso todos os dias aos alagoanos – com os administradores que teve em Sergipe. Orgulho-me muito desses companheiros. (Palmas.) Todos os 513 Deputados, quando se reúnem, dizem: por que não seguimos o exemplo de Sergipe? Todo o mundo briga, mas, na hora de defender o Estado, Sergipe está junto? Eu cresci aqui na Câmara dessa forma, vendo exatamente esse exemplo do Estado de Sergipe. Quando vou me reunir com a bancada de Alagoas, vamos ter o exemplo de Sergipe. Todos brigam na campanha, mas estamos juntos depois. Orgulho-me de ser sergipano. Não abro mão de ter na minha carteira de identidade Itabi, Sergipe. (Palmas.) Orgulho-me sempre. Lembro-me da seca de 1970, Ministro. Meu pai era pedreiro, minha mãe vendia cocada e farinha para manter os filhos. Minha mãe morava na rua de São Cristovão. Ficamos lá. Vivemos uma vida muito pobre, muito simples. Minha mãe faleceu há 2 anos, num atropelamento de carro, na Rua Laranjeiras. Peço perdão, em nome da família, para aquele que atropelou a minha Julho de 2011 mãe. Eu dizia que a minha mãe não morreu, nasceu para a vida eterna. Então, Sergipe é o berço da minha mãe, do meu pai, de toda a minha família. Noventa por cento dos meus irmãos moram em Aracaju. Sempre vou lá. Domingo passado, estava em Aracaju. Hoje temos um arcebispo-adjunto, nosso irmão, que é de Alagoas, e está lá também. Orgulha-me muito, D. Henrique Soares da Costa, quando vou a Aracaju e vejo que tenho tantos amigos até hoje. São 191 anos. É uma história. Vocês fizeram história na literatura, história na ciência. Vocês têm toda uma história. Mas, para mim, a maior história é esse exemplo dos homens de bem honrados da política do Estado de Sergipe. Que Deus abençoe esse grande Estado. Obrigado, companheiros. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Gostaria de agradecer as palavras do Deputado Givaldo Carimbão, Deputado por Alagoas. Tenho certeza de que orgulhou muito todos os que estão no plenário, nesta sessão solene em homenagem ao Estado de Sergipe. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Convido para fazer uso da palavra o Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira. (Palmas.) O SR. EDVALDO NOGUEIRA – Deputado André Moura, que preside esta sessão; Exmo. Sr. Governador Marcelo Déda, Governador do Estado de Sergipe; Ministro Carlos Ayres Britto; Vice-Governador Jackson Barreto; Senador Eduardo Amorim; Deputada Angélica Guimarães, Presidente da Assembleia Legislativa; Emanuel Nascimento, Presidente da Câmara Municipal de Aracaju; ex-Governador Albano Franco, meus senhores, minhas senhoras. De fato, este é um momento de muita alegria, de muita felicidade e de muito orgulho para todos nós, sergipanos. Começo citando um grande sergipano que já foi mencionado aqui: Gilberto Amado, que, em uma de suas obras, referia-se a Sergipe como um Estado pequeno, para não rivalizar com a grandeza de seus homens, literalmente. Eu acrescento mulheres porque, na verdade, Sergipe é pequeno para não rivalizar com a grandeza do seu povo. Não seria possível construirmos uma civilização sergipana como fizemos nesses 191 anos se não fosse a grandeza do nosso povo. É o povo sergipano, essa gente extraordinária, essa gente inteligente, esses homens e mulheres que, de um pequeno pedaço do País, transformaram-no num grande Estado. De Aperipê e Sergi a Marcelo Déda e Carlos Britto, nessa trajetória extraordinária, souberam construir cada pedaço daquele Estado; souberam manter as tradições culturais; souberam brilhar para o Brasil Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com a inteligência dos seus escritores, dos seus poetas, dos seus intelectuais; souberam, como o Brasil, colocar as imagens dos seus pintores, as esculturas dos seus escultores. De fato, 191 anos depois, fizeram com que construíssemos um belo Estado, que, a exemplo do Brasil, junto com os Estados brasileiros, constroem essa grande Nação brasileira. Eu sou um otimista da sergipanidade e sou um otimista do Brasil. Nós construímos um grande País como construímos um grande Estado. E construímos isso porque soubemos como ninguém – e já disse Carlos Britto –, por uma inteligência especial, que é a inteligência emocional do sergipano de juntar pessoas de outros Estados, amalgamar culturas, referendar teses, mas, ao mesmo tempo, não nos perdemos e mantivemos a nossa identidade. Meus senhores e minhas senhoras, queridos sergipanos, permitam-me dizer que, no dia 8 de julho, ao completarmos 191 anos, poderemos bater no nosso peito e dizer que construímos um grande Estado como construímos um grande Brasil. Das dificuldades do início às maravilhas do presente e a um futuro radiante que nos espera, nós podemos dizer que hoje o nosso Estado, nesses 191 anos, chega de maneira de que nós todos dele tenhamos orgulho. Orgulho dos nossos poetas e escritores, como já disse. Orgulho das nossas tradições culturais, como a quadrilha e as festas juninas. Mas orgulho também daquilo que construímos: Aracaju e as outras cidades da nossa terra, que se destacam como cidades progressistas, como cidades de qualidade, como cidades que não deixam a desejar a nenhuma cidade brasileira. O nosso Estado, Sergipe, que, apesar de pequeno – somos o menor Estado da Federação –, Gilberto Amado diz que é assim para não ofuscar a grandeza do seu povo. Conseguimos construir um Estado que tem um dos melhores índices de desenvolvimento do Nordeste. Por isso, meus senhores, minhas senhoras, queridas autoridades, queridos sergipanos, eu, mais do que ninguém, mais do que qualquer outro que esteja aqui, sou tão sergipano quantos vocês ou sou menos sergipano, porque na verdade é essa a grandeza de Sergipe. É esse caráter plural e ao mesmo tempo próprio da nossa gente que permite que alguém como eu – apesar de filho de uma simão-diense, que saiu na década de 50 para Pão de Açúcar, mas nasci em Pão de Açúcar, Alagoas –, e somente a generosidade, somente o talento, somente essa coisa maravilhosa do sergipano é que poderia fazer com que alguém como eu, que cheguei aos 14 anos de idade em Aracaju, nunca me sentisse diferente dos sergipanos, por essa inteligência emocional de Sergipe. Quarta-feira 6 34923 Por isso, eu quero aqui também render as minhas homenagens. Render as homenagens do sergipano que sou, filho de uma sergipana de Simão Dias, mas acima de tudo de um brasileiro que olha Sergipe como filho dela, mesmo que não tenha nascido lá, mas foi lá que recebi a régua e o compasso para que eu pudesse abraçar as causas que eu abracei, mas acima de tudo de ter o orgulho que tenho de viver num Estado, perdoem-me os outros Estados brasileiros, cujo tamanho não impediu que nós possamos bater no peito e dizer: “Valeu, povo sergipano, porque nesses 191 anos, pelo seu trabalho, pela sua luta, nós sergipanos construímos o menor, mas construímos o melhor Estado do Brasil”. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Quero agradecer as palavras do Prefeito Edvaldo Nogueira, de Aracaju. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Concedo a palavra ao Deputado Delegado Protógenes, pelo PCdoB. O SR. DELEGADO PROTÓGENES (Bloco/PCdoBB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado André Moura, por quem eu estendo os cumprimentos aos demais Deputados e Senadores presentes nesta solenidade; ao Governador Marcelo Déda, eu estendo os cumprimentos ao seu Vice-Governador, grande Governador do Partido dos Trabalhadores; ao nosso querido Prefeito Edvaldo Nogueira, do meu partido, PCdoBB – primeiro Prefeito da Capital de Estado brasileiro em toda a história partido, em 89 anos desta República (palmas) – quis o nosso povo sergipano colocar um Prefeito comunista para administrar a sua cidade, já está no seu segundo mandato; ao Ministro Carlos Ayres Britto, Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal, cujo nome é falado e cantado em prosa e verso pelas suas belíssimas decisões na Suprema Corte brasileira pelo povo brasileiro. Meu muito obrigado, Ministro Carlos Ayres Britto, por honrar essa Corte Maior de Justiça com a sua lapidar sabedoria e humildade que carrega o povo sergipano. E nós temos dois polos de lembranças e símbolos da cultura sergipana: a qual eu carrego como símbolo, Tobias Barreto do Nascimento, homem simples, de cultura inigualável, de cultura ímpar; e, no nosso período contemporâneo, temos um Carlos Ayres de Britto, na Suprema Corte, saído de Sergipe. Quis Deus também que me trouxesse a lembrança aqui do Deputado Otavio Leite, que foi meu contemporâneo no Rio de Janeiro no movimento estudantil, grande sergipano e lutador das causas públicas já desde mocinho, desde a juventude. Estou aqui para agradecer ao povo sergipano, porque este mandato iniciou-se como o símbolo maior 34924 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de uma manifestação na nossa Universidade Tiradentes, no ano de 2008, na Semana Jurídica, em que eu ainda trilhava o caminho de prestar contas ao povo brasileiro do serviço público que eu desempenhava no Brasil, como Delegado de Polícia Federal. E lá houve uma manifestação unânime do povo sergipano, dos estudantes, dos trabalhadores daquela Universidade, onde eu ministrava uma palestra de prestação de contas sobre a corrupção no Brasil, e aquele povo me indagava: “Protógenes, Delegado, o senhor vai ser candidato há algum cargo nesta República?” Eu dizia: “Não! O único cargo ao qual eu sou candidato é carcereiro do banqueiro condenado Daniel Dantas. Não! Eu não vou ser candidato a nenhum cargo político.” “O senhor não tem o direito de falar isso para nós aqui em Sergipe e falar com o povo brasileiro. O senhor tem o dever de se candidatar. A partir de hoje o senhor escolha um partido político e se candidate, porque nós aqui em Sergipe, o povo brasileiro, nós queremos o senhor na Câmara dos Deputados, ou no Senado Federal, ou em qualquer cargo político que esta República dê espaço para o senhor. O senhor tem de ir para o Parlamento brasileiro. E o senhor não pode se quedar, porque nós queremos o senhor no Parlamento brasileiro para ser a voz do povo brasileiro neste Parlamento.” E aqui cheguei, povo sergipano, e aqui cheguei, povo brasileiro, com muita humildade para cumprir essa missão de combater a corrupção. E aqui cheguei e encaminhei a primeira proposição, o Projeto de Lei nº 21, de 2011, no sentido de equiparar os crimes de corrupção aos crimes contra a vida, ou seja, que pegue pena de 12 a 30 anos o administrador público, o homem público que desviar dinheiro da Saúde, da Educação e dos demais parcos recursos públicos que este País ainda amealha. Graças a esse povo sergipano, graças ao Estado de Sergipe, houve o despertar deste Parlamentar. Parabéns, povo de Sergipe, pelos 191 anos! Eu agradeço e estendo o comparecimento ao povo de Japaratuba, que veio aqui abrilhantar essa nossa festa, paramentados como grupo folclórico de quadrilha junina. (Palmas.) Estendo os agradecimentos ao nosso Presidente, Deputado André Moura, que muito nos honra nesta Casa e que tem origem em Jurubatuba. Parabéns, Deputado André Moura! Parabéns, povo de Sergipe! Concluo dizendo que o Estado de Sergipe ainda não me sai da memória. Em todo solo brasileiro que eu percorro, falando sobre sistema de segurança pública, eu menciono, Governador Marcelo Déda, Prefeito Edvaldo, como sendo o sistema de segurança pública mais completo e mais honrado que o País possui o do Estado de Sergipe. Traga e estenda o seu know-how Julho de 2011 aos demais Governadores, aos demais administradores deste País. Parabéns, Governador Marcelo Déda, pelo seu sistema de segurança pública. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradeço as generosas palavras do Deputado Delegado Protógenes, do PCdoB de São Paulo. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Na sequência, como últimos oradores desta sessão solene, convido o Deputado Rogério Carvalho, logo em seguida o Deputado Heleno Silva e, para encerrar a solenidade, o Deputado Valadares Filho. Ao mesmo tempo registro aqui a presença do Vice-Prefeito Nelson Habib, do Município de Indiaroba, em Sergipe; o Vereador e Presidente da Câmara de Vereadores de Japaratuba, Pedro da Cultura; do Vereador Miminho, de Salgado; e dos Vereadores de Nossa Senhora do Socorro, Jairo Joaquim, Terezinha Félix e Luiz Paulo. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Concedo a palavra ao Deputado Rogério Carvalho. O SR. ROGÉRIO CARVALHO (PT – SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, André Moura, quero cumprimentar e parabenizar V.Exa. pela iniciativa no dia de hoje, V.Exa. que preside e propôs, através de um requerimento, a realização desta sessão solene. O povo de Sergipe, com certeza, está muito feliz de ver o seu Estado sendo apresentado para o Brasil com tanta eloquência, como foi feito no plenário desta Casa. Governador Marcelo Déda, o povo de Sergipe tem orgulho de tê-lo como representante, como condutor dos destinos do nosso Estado, e o Brasil orgulha-se de tê-lo como Governador e político, desenvolvendo e ajudando a construir a história do nosso País. Quero cumprimentar também o ex-Governador Albano Franco, que está aqui presente; os Senadores Antônio Carlos Valadares, Maria do Carmo Alves e Eduardo Amorim, aqui presentes também; o Ministro do Supremo Tribunal Federal, sergipano, amigo, Prof. Carlos Ayres de Britto. Quero cumprimentar ainda o nosso Vice-Governador, um grande Parlamentar, uma figura da história de Sergipe e que com todos nós participa desta solenidade, que é a comunhão do sergipanos com a sua história, com a vida, com o nosso povo e as nossas tradições. Quero cumprimentar a Presidente da Assembleia Legislativa, a companheira Angélica Guimarães, Deputada, e, por intermédio dela, todos os Presidentes; cumprimentar o ex-Presidente da Assembleia Legislativa, Reinaldo Moura, em nome do qual eu quero saudar todos os ex-Presidentes; e aqui está o Presidente Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS da Câmara de Vereadores de Aracaju, o nosso grande companheiro, grande Parlamentar, a quem um dia a história de Sergipe fará Justiça, Emanoel Nascimento, um dos maiores Vereadores da história da Capital sergipana. (Palmas.) Quero também cumprimentar todos os parentes do Deputado André Moura, todos aqui, os Parlamentares de outros Estados, sergipanos, que nesta solenidade, junto com a gente, com os colegas Deputados Federais, aqui presentes, Deputados Estaduais Zezinho Guimarães, Garibalde Mendonça, Maria Mendonça, Conceição Vieira, Companheiro Venâncio Fonseca, Pastor Antônio, enfim, Pastor Heleno, todos que estão aqui prestigiando este momento com o povo de Sergipe. Eu quero falar rapidamente sobre uma história tão bonita, um Estado tão pequeno com um povo tão grande. Nós temos uma tarefa histórica com o Brasil e com a humanidade. Eu quero deixar aqui que nós sergipanos não devemos esquecer jamais de que o legado da modernidade e do futuro está na luta pela democracia. E nós temos aqui um grande guardião, o Governador Marcelo Déda, que tem mostrado, com as suas ações, que a democracia é um valor para além da representação; que a prática de governar inclui todos os sergipanos e mostra para o Brasil como se faz a inclusão pelo direito. Este também é outro legado pelo qual temos de lutar: a inclusão pelo direito como reconhecimento da condição humana no campo da democracia, no campo da defesa da vida em sociedade. E para concluir a defesa da vida no momento em que o planeta, no momento em que nós todos estamos em risco – e há risco da nossa existência –, a inteligência do povo sergipano, a inteligência do povo brasileiro deve se colocar a serviço da defesa da vida, da vida do planeta, do qual nós somos não habitantes, mas parte integrante que requer a nossa atenção. E esse é um valor universal. Todos nós e os sergipanos, com a nossa inteligência, com a nossa coragem, devemos construir e contribuir para a defesa da vida do nosso planeta. E não poderia deixar de falar de uma das questões mais importantes, Professor e Ministro Carlos Ayres de Britto, que é a defesa das liberdades individuais, que é a luta pela tolerância. E estamos vendo ações dos nossos representantes, tanto no Supremo Tribunal Federal quanto nesta Casa, a posição dos sergipanos na defesa das liberdades individuais, da liberdade de imprensa, da liberdade como valor maior da luta daqueles que participam da construção da história de um povo que sempre teve uma tradição e uma saga civilizatória, que é o povo sergipano. Muito obrigado e parabéns, Deputado André Moura! (Palmas.) Quarta-feira 6 34925 O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradeço e parabenizo o Deputado Rogério Carvalho pelas palavras proferidas. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Convido o Deputado Pastor Heleno Silva, do PRB de Sergipe, para fazer o seu pronunciamento, ao tempo que registro a presença do Dr. Otávio, Superintendente do DNIT do Estado de Sergipe. Com a palavra o Deputado Heleno Silva, pelo PRB. O SR. HELENO SILVA (Bloco/PRB – SE. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Gostaria de saudar a Mesa em nome do Governador Marcelo Déda, saudar o nosso Ministro Carlos Ayres Britto, saudar o ex-Governador Albano Franco. Essa data é especial para o nosso povo, para a nossa terra, para Sergipe. Eu gostaria, Sr. Presidente, neste dia, de ressaltar a importância do povo do sertão sergipano, que, ao longo desses 191 anos, tem contribuído muito com o desenvolvimento da nossa terra, da nossa região. O Alto Sertão Sergipano localiza-se no noroeste do nosso Estado e corresponde à microrregião do Sertão do São Francisco. A população corresponde e consiste em pouco mais de 137 mil habitantes, ocupando 7 Municípios: Canindé do São Francisco, Gararu, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Poço Redondo e Porto da Folha. Gostaria de falar de forma rápida e sucinta sobre pessoas importantes na nossa região, nessa data especial, quando, nesta Casa, a casa do povo brasileiro, nós comemoramos os 191 anos do nosso Estado do Sergipe. Uma personalidade, Dr. Albano, como Zefa da Guia, que o senhor conhece, no Poço Redondo, uma mulher que traduz a força e a fé do povo sergipano e do povo sertanejo da nossa terra. Uma mulher que, há mais de 55 anos, alcançou e fez mais de 5 mil partos, mãos que ampararam alagoanos, baianos, pernambucanos e sergipanos. A parteira não sabe ler nem escrever – o senhor já esteve lá, na Serra da Guia, Dr. Albano, e conhece as condições de vida daquele povo – mas ela oferece muito amor, Prefeita Uita Barreto, ao povo sertanejo sergipano que convive naquela região. Outra mulher de valor inestimável é a Dona Mariinha, com grande contribuição para a história, a cultura e a economia de Canindé do São Francisco. Também ao autêntico sertanejo Zé Leobino, mais conhecido como vaqueiro poeta, que, aos 83 anos, ainda redige versos que empolgam o povo sergipano e o povo sertanejo da nossa terra. A cultura, o turismo e a economia do sertão demonstram, Governador Marcelo Déda, que a emancipa- 34926 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ção de Sergipe também chegou ao interior do Estado, à região mais pobre do nosso Estado. Para concluir, Sr. Presidente, gostaria de falar sobre o Museu Arqueológico de Xingó, que tem um acervo com 55 mil descobertas realizadas por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe. Parabéns ao povo sergipano, parabéns ao povo da nossa terra, que também dá oportunidades ao povo simples que advém do povão para representá-los na Câmara Federal, no Governo do Estado, no Senado Federal, em todas as esferas políticas do nosso País. Eu sou um desses que saiu lá do sertão para representar o povo de Sergipe na Câmara Federal pela segunda vez. Muito obrigado. Parabéns, povo do meu Estado, Sergipe! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradeço as palavras ao Deputado Pastor Heleno. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Quero convidar, como orador desta sessão solene em homenagem aos 191 anos de emancipação política do Estado de Sergipe, o Deputado Valadares Filho, pelo PSB. O SR. VALADARES FILHO (Bloco/PSB – SE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, André Moura, autor do requerimento que nos dá a oportunidade de fazer esta justa homenagem ao nosso querido Estado de Sergipe; quero cumprimentar o nosso Governador Marcelo Déda, o Prefeito Edvaldo Nogueira, o ex-Governador Albano Franco, nosso querido Ministro Carlos Ayres de Britto, o Vice-Governador Jackson Barreto, a Presidenta da Assembleia Legislativa de Sergipe, Deputada Angélica Guimarães, e em nome dela cumprimento os demais Deputados Estaduais aqui presentes. Desejo cumprimentar ainda os queridos amigos Prefeitos que também fazem esta homenagem conosco; a quadrilha de Japaratuba, o grupo folclórico, os Secretários de Estado aqui presentes e o povo de Sergipe, que, sem dúvida, neste momento importante dos 191 anos merece todas as nossas homenagens. Eu queria, neste momento, do sertão a nossa querida capital da qualidade de vida, Aracaju; do agreste ao Vale do Cotinguiba, à região centro-sul, abraçar todos os sergipanos pelo momento que estamos vivendo. Aqui, os oradores que nos antecederam fizeram brilhante relato da bela história que tem o nosso Estado, de um povo valoroso, de um povo trabalhador, de um povo que construiu o Estado que nós temos hoje com índices econômicos extraordinários. No último dia 19, a Folha de S.Paulo publicou que Sergipe cresce mais do que a média mundial e a nossa querida Aracaju é a capital da qualidade de vida com a maior renda do Nordeste. Isso é fruto do povo que temos, isso é fruto da brilhante competência Julho de 2011 das mulheres e dos homens guerreiros do nosso Estado, que fizeram com que Sergipe chegasse a esse grande patamar que enche de orgulho todos nós que a representamos, seja Deputados, seja Governadores, seja Prefeitos, enfim, todos nós que estamos aqui representando o povo de Sergipe. Enchemo-nos de orgulho e podemos bater no peito: somos sergipanos com muito orgulho, com muito amor e com muita confiança no futuro. Deixo o meu grande abraço, que fique com Deus o povo sergipano. Meu querido Governador Marcelo Déda, V.Exa. tem muita responsabilidade por esse momento que Sergipe vive e é por isso que nós todos estamos aqui comemorando o prazer de ser sergipano. Um abraço a todos. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Agradeço as palavras, Governador, do nosso decano da bancada sergipana, é o mais novo em idade, mas é o nosso decano em mandatos, Deputado Federal Valadares Filho. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Concedo a palavra ao Deputado Fábio Ramalho, pelo PV. O SR. FÁBIO RAMALHO (Bloco/PV – MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Governador Marcelo Déda e demais presentes, fiz questão de comparecer à tribuna nesta manhã de terça-feira para parabenizar o Estado do Sergipe pelos seus 191 anos de emancipação. E, por meio dos nobres colegas e de alguns amigos queridos aqui presentes, fazer-lhes uma respeitosa e sincera reverência por sua responsabilidade em promover a “diferença” nas conquistas que Sergipe vem acumulando, ganhando visibilidade como o “pequeno gigante” que se tem destacado como um dos mais promissores Estados da Região Nordeste. Não é minha intenção, aqui, me estender às estatísticas que embasam minhas palavras; essa parte eu deixo aos colegas sergipanos aqui presentes, Deputados Almeida Lima, André Moura, Heleno Silva, Laércio Oliveira, Márcio Macedo, Mendonça Prado, Rogério Carvalho e Valadares Filho; e aos nobres Senadores Antônio Carlos Valadares, Eduardo Amorim e Maria do Carmo Alves, para que se deleitem ao falar mais objetivamente dos meios pelos quais Sergipe vem brilhando, em tantos e diferentes segmentos. É fato, caros amigos, que ao completar 191 anos de emancipação há razões de sobra para comemorações! O povo sergipano tem muitos motivos para comemorar a brilhante trajetória de êxito e de destaque, não somente como um Estado nordestino, mas num contexto mais amplo – nacional, pois posso afirmar-lhes isso, como visitante assíduo desse Sergipe hospitaleiro, preparado para o turista, ambicioso de prosperidade, visionário em suas ambições; com uma política Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS voltada, primordialmente, para as oportunidades. E aí eu parabenizo o Governador Marcelo Déda, aqui presente, por sua gestão responsável e empreendedora, totalmente comprometida com os interesses do povo sergipano, que, em resposta a seu brilhante trabalho no governo, foi reeleito nas últimas eleições. Quero também fazer uma saudação especial ao meu grande amigo (meu irmão) aqui presente: Albano Franco. Parabenizá-lo pelas benfeitorias que promoveu, nos seus tantos anos trabalhando por Sergipe; aqui no Congresso Nacional e também quando esteve à frente do Governo do Estado. Não há como parabenizar Sergipe sem pensar em Albano. Muito obrigado a todos! O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Quero registrar a presença do Senador Wellington Dias, ex-Governador do Piauí, que nos honra com a sua presença; agradeço a presença do Deputado Amauri Teixeira, do Estado da Bahia, nosso vizinho; agradeço também as presenças ilustres do Presidente da Câmara de Vereadores da Capital, meu amigo Emanuel Nascimento. Registro a honrosa presença do Deputado Fernando Marroni, do PT do Rio Grande do Sul; da Deputada Angélica Guimarães, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, primeira mulher a presidir o Parlamento do nosso Estado; do Vice-Governador e ex-Deputado Federal por vários mandatos, Jackson Barreto; do ex-Governador, ex-Senador, ex-Deputado Federal, que muito contribuiu para a rica história do Estado do Sergipe, Albano Franco; do Prefeito da nossa Capital, Edvaldo Nogueira; do nosso querido e que honra a todos nós sergipanos e brasileiros, o Ministro e Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Carlos Ayres de Britto, pela sua sabedoria, inteligência e determinação em defender as leis do nosso País. Agradeço ao Governador Marcelo Déda a contribuição importante e fundamental para a realização e o sucesso desta sessão solene em homenagem ao Estado de Sergipe. Agradeço as honrarias que foram entregues ao Congresso Nacional, ao Senado da República e à Câmara Federal. Agradeço a presença de todos os Deputados e Deputadas Estaduais, nossos colegas; dos Prefeitos e Prefeitas do interior do Estado de Sergipe; dos Vereadores e Vereadoras que também vieram nos prestigiar; dos Secretários de Estado de Sergipe; dos demais amigos sergipanos que vieram ao plenário da Câmara Federal prestigiar esta sessão solene em homenagem ao nosso Estado. Agradeço à Quadrilha Cangaceiros da Boa, tricampeã brasileira, do Município de Japaratuba, que daqui a pouco vai fazer uma apresentação no Salão Quarta-feira 6 34927 Negro do Congresso Nacional, e também à Banda de Música do Batalhão do Exército de Brasília, sob a regência do Tenente Oscar Ferreira Gonzaga. Agradeço a todos os sergipanos e à imprensa do nosso Estado, particularmente ao Governador, que ajudou e muito contribuiu para divulgar esta sessão solene, para garantir o sucesso deste evento não só para aqueles que vieram ao plenário da Câmara Federal em Brasília, mas para os sergipanos que, tenho certeza, com muito orgulho, acompanharam esta sessão através da TV Câmara e da TV Aperipê. Quero fazer o nosso agradecimento a V.Exa., Governador, ao Secretário Carlos Cauê, ao Secretário-Adjunto Sales Neto, que não mediram esforços para que a TV Aperipê transmitisse ao vivo esta sessão solene em homenagem ao Estado de Sergipe, lembrando que hoje apenas iniciam-se essas homenagens ao nosso Estado. A partir dos próximos dias até a próxima sexta-feira, em Sergipe, comandados pelo Governador Marcelo Déda, tenho certeza de que todos os sergipanos vão prestigiar as demais solenidades. A Ministra da Cultura estará em São Cristóvão para entregar o título de Patrimônio da Humanidade a nossa querida São Cristóvão, primeira Capital do nosso Estado e quarta cidade mais antiga do Brasil. Então, agradeço também por todo o apoio que recebemos do Governo do Estado, dos nossos colegas Deputados Federais e Senadores, da equipe do nosso gabinete, que contribuíram muito para a realização desta sessão solene – Cris, Lúcia, Sérgio, Walterson, Marcelo, Nefis, Luiz. Convido todos para, após a execução do Hino de Sergipe, assistirem à apresentação da Quadrilha Cangaceiros da Boa no Salão Negro do Congresso Nacional. Convido agora todos para, de pé, ouvirmos o Hino de Sergipe, que será executado pela Banda de Música do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, Batalhão Brasília, sob a regência do Tenente Oscar Ferreira Gonzaga. Com a execução do Hino de Sergipe, dá-se por encerrada esta sessão solene. Muito obrigado a todos. (Palmas.) (É executado o Hino de Sergipe.) V – ENCERRAMENTO O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão. O SR. PRESIDENTE (André Moura) – Está encerrada a sessão. (Encerra-se a sessão às 13 horas e 43 minutos.) 34928 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Ata da 175ª Sessão, em 5 de julho de 2011 Presidência dos Srs.: Marco Maia, Presidente, Rose de Freitas, 2ª Vice-Presidente, Inocêncio Oliveira, 3º Secretario, Manato, 2º Suplente de Secretário, Arnaldo Faria de Sá, Izalci, § 2º, art. 18 do Regimento Interno Às 14 horas comparecem à casa os srs.: MARANHÃO Francisco Araújo PSL PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Luciano Castro PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Raul Lima PP Total de Roraima 3 Alberto Filho PMDB Carlos Brandão PSDB Domingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB Lourival Mendes PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdob Waldir Maranhão PP Total de Maranhão 7 AMAPÁ CEARÁ Marco Maia Partido Bloco RORAIMA Dalva Figueiredo PT Professora Marcivania PT Total de Amapá 2 PARÁ Cláudio Puty PT José Priante PMDB Lira Maia DEM Miriquinho Batista PT Zé Geraldo PT Total de Pará 5 AMAZONAS Átila Lins PMDB Rebecca Garcia PP Total de Amazonas 2 André Figueiredo PDT Aníbal Gomes PMDB Ariosto Holanda PSB PsbPtbPcdob Artur Bruno PT Chico Lopes PCdoB PsbPtbPcdob Danilo Forte PMDB João Ananias PCdoB PsbPtbPcdob José Airton PT José Guimarães PT Mauro Benevides PMDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Ceará 12 PIAUÍ RONDÔNIA Lindomar Garçon PV PvPps Padre Ton PT Total de Rondônia 2 ACRE Perpétua Almeida PCdoB PsbPtbPcdob Total de Acre 1 TOCANTINS Ângelo Agnolin PDT César Halum PPS PvPps Irajá Abreu DEM Lázaro Botelho PP Total de Tocantins 4 Assis Carvalho PT Hugo Napoleão DEM Iracema Portella PP Jesus Rodrigues PT Júlio Cesar DEM Nazareno Fonteles PT Paes Landim PTB PsbPtbPcdob Total de Piauí 7 RIO GRANDE DO NORTE Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Total de Rio Grande do Norte 2 PARAÍBA Benjamin Maranhão PMDB Damião Feliciano PDT Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Efraim Filho DEM Hugo Motta PMDB Manoel Junior PMDB Nilda Gondim PMDB Wellington Roberto PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Wilson Filho PMDB Total de Paraíba 8 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPtbPcdob Anderson Ferreira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Bruno Araújo PSDB Fernando Coelho Filho PSB PsbPtbPcdob Fernando Ferro PT João Paulo Lima PT José Augusto Maia PTB PsbPtbPcdob Mendonça Filho DEM Pastor Eurico PSB PsbPtbPcdob Silvio Costa PTB PsbPtbPcdob Total de Pernambuco 10 ALAGOAS Celia Rocha PTB PsbPtbPcdob Givaldo Carimbão PSB PsbPtbPcdob Maurício Quintella Lessa PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Rui Palmeira PSDB Total de Alagoas 4 SERGIPE Almeida Lima PMDB Andre Moura PSC Heleno Silva PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Márcio Macêdo PT Mendonça Prado DEM Rogério Carvalho PT Valadares Filho PSB PsbPtbPcdob Total de Sergipe 7 BAHIA Alice Portugal PCdoB PsbPtbPcdob Amauri Teixeira PT Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdob Emiliano José PT Fábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT Geraldo Simões PT José Carlos Araújo PDT Lucio Vieira Lima PMDB Luiz Alberto PT Márcio Marinho PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Maurício Trindade PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Nelson Pellegrino PT Quarta-feira 6 34929 Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Rui Costa PT Valmir Assunção PT Waldenor Pereira PT Total de Bahia 19 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT Antônio Andrade PMDB Carlaile Pedrosa PSDB Fábio Ramalho PV PvPps Jô Moraes PCdoB PsbPtbPcdob João Magalhães PMDB Leonardo Monteiro PT Márcio Reinaldo Moreira PP Newton Cardoso PMDB Odair Cunha PT Padre João PT Renzo Braz PP Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Weliton Prado PT Zé Silva PDT Total de Minas Gerais 16 ESPÍRITO SANTO Audifax PSB PsbPtbPcdob Cesar Colnago PSDB Dr. Jorge Silva PDT Total de Espirito Santo 3 RIO DE JANEIRO Andreia Zito PSDB Aureo PRTB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Chico Alencar PSOL Dr. Aluizio PV PvPps Dr. Carlos Alberto PMN Edson Ezequiel PMDB Eduardo Cunha PMDB Eliane Rolim PT Felipe Bornier PHS PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Glauber Braga PSB PsbPtbPcdob Hugo Leal PSC Liliam Sá PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Nelson Bornier PMDB Otavio Leite PSDB Simão Sessim PP Walney Rocha PTB PsbPtbPcdob Total de Rio de Janeiro 16 SÃO PAULO Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdob Arnaldo Jardim PPS PvPps 34930 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Carlinhos Almeida PT Delegado Protógenes PCdoB PsbPtbPcdob Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS PvPps Eleuses Paiva DEM Janete Rocha Pietá PT Jilmar Tatto PT João Dado PDT João Paulo Cunha PT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdob Junji Abe DEM Luiz Fernando Machado PSDB Newton Lima PT Otoniel Lima PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Paulo Freire PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Paulo Pereira da Silva PDT Paulo Teixeira PT Ricardo Berzoini PT Roberto de Lucena PV PvPps Tiririca PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Vanderlei Macris PSDB Vicentinho PT Total de São Paulo 24 MATO GROSSO Homero Pereira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Júlio Campos DEM Roberto Dorner PP Ságuas Moraes PT Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdob Total de Mato Grosso 5 DISTRITO FEDERAL Augusto Carvalho PPS PvPps Erika Kokay PT Izalci PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Policarpo PT Reguffe PDT Ricardo Quirino PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Ronaldo Fonseca PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Distrito Federal 7 GOIÁS Delegado Waldir PSDB Flávia Morais PDT Pedro Chaves PMDB Ronaldo Caiado DEM Valdivino de Oliveira PSDB Total de Goiás 5 MATO GROSSO DO SUL Marçal Filho PMDB Total de Mato Grosso do Sul 1 Julho de 2011 PARANÁ Alex Canziani PTB PsbPtbPcdob André Vargas PT Angelo Vanhoni PT Assis do Couto PT Cida Borghetti PP Dr. Rosinha PT Eduardo Sciarra DEM Fernando Francischini PSDB Luiz Carlos Setim DEM Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Osmar Serraglio PMDB Reinhold Stephanes PMDB Rosane Ferreira PV PvPps Rubens Bueno PPS PvPps Total de Paraná 15 SANTA CATARINA Carmen Zanotto PPS PvPps Celso Maldaner PMDB Edinho Bez PMDB Gean Loureiro PMDB Luci Choinacki PT Mauro Mariani PMDB Onofre Santo Agostini DEM Pedro Uczai PT Ronaldo Benedet PMDB Valdir Colatto PMDB Zonta PP Total de Santa Catarina 11 RIO GRANDE DO SUL Assis Melo PCdoB PsbPtbPcdob Bohn Gass PT Darcísio Perondi PMDB Fernando Marroni PT Giovani Cherini PDT Henrique Fontana PT José Stédile PSB PsbPtbPcdob Luis Carlos Heinze PP Marcon PT Nelson Marchezan Junior PSDB Osmar Terra PMDB Paulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Renato Molling PP Ronaldo Zulke PT Total de Rio Grande do Sul 15 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS I – ABERTURA DA SESSÃO O SR. PRESIDENTE (Manato) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 214 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior. II – LEITURA DA ATA O SR. MARÇAL FILHO, servindo como 2° Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada. III – EXPEDIENTE (Não há expediente a ser lido) O SR. PRESIDENTE (Manato) – Gostaria de registrar a presença do nobre Deputado Estadual de Minas Gerais Sargento Rodrigues. É um prazer recebê-lo nesta Casa. S.Exa. está muito bem acompanhado pelo nobre Deputado Ademir Camilo. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Passa-se ao IV – PEQUENO EXPEDIENTE Concedo a palavra ao Sr. Deputado Fernando Marroni, primeiro orador inscrito para dar como lido. S.Exa. tem 1 minuto. O SR. FERNANDO MARRONI (PT – RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer um registro sobre a pesquisa do DIEESE, que aponta o crescimento da violência contra a mulher. De cada dez mulheres, quatro já foram agredidas por seus cônjuges ou companheiros. Isso é absolutamente inaceitável num país como o nosso, particularmente no momento em que vivemos a assunção da Presidenta Dilma e de suas nove Ministras. Outra notícia desta pesquisa é que as 46 mil denúncias feitas em 2006 pularam para 734 mil, no atendimento do telefone 180, o que mostra que as mulheres estão denunciando cada vez mais essas agressões, para que os órgãos públicos possam conter a violência contra a mulher. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aqueles que nos assistem, eu não poderia deixar de registrar hoje nesta Casa a lamentável notícia divulgada ontem pela Secretaria de Políticas para as Mulheres e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Quarta-feira 6 34931 Socioeconômicos – DIEESE que aponta que quatro em cada dez mulheres no Brasil já foram vítimas de violência doméstica. O dado, publicado no Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, é vergonhoso e incompatível com a sociedade brasileira que estamos construindo. Sobretudo quando se leva em consideração o fato de que cada vez mais o sexo feminino quebra preconceitos e assume seu protagonismo em diversos setores da sociedade. Prova maior desse avanço das mulheres está no atual Governo Federal, onde temos pela primeira vez uma mulher como Presidente e, ao seu redor, nove Ministras. Porém, mesmo com essa merecida conquista de reconhecimento das mulheres por sua capacidade, 43,1% delas já foram agredidas. Na maioria dos casos, por seus cônjuges ou ex-cônjuges – 25,9%. É absolutamente inaceitável que, diante de tamanhas conquistas das mulheres brasileiras na sociedade, ainda tenhamos de conviver com este absurdo da violência doméstica. E, mais grave ainda: os números estão crescendo anualmente. De acordo com o levantamento, o número de atendimentos feitos pelo telefone 180, da Central de Atendimento à Mulher, vem crescendo anualmente. Enquanto em 2006 o número de ligações foi de 46 mil, no ano passado esse número saltou para 734 mil atendimentos, sendo que deste total 108 mil foram denúncias de crimes contra as mulheres e mais da metade desses crimes representavam casos de agressões. Repito: é absolutamente lamentável que a violência contra mulheres ainda seja um expediente criminoso tão comum na sociedade brasileira. Por isso, acho que este Parlamento e todos os órgãos governamentais, sejam eles federais, estaduais ou municipais, têm o dever de estar atentos a este tipo de crime e atuar firmemente para evitar que continue ocorrendo. Além disso, a punição para os responsáveis pela violência doméstica deve ser imediata e exemplar, partindo da denúncia da vítima ou até mesmo de amigos ou vizinhos que sejam testemunhas deste crime. Antes de concluir, Sr. Presidente, é importante destacar também que a violência doméstica contra mulheres não fica restrita apenas aos casos de agressão física. Também são comuns casos de violência psicológica, em que o parceiro humilha e desrespeita a mulher. Nessas situações, assim como na agressão física, os danos podem ser irreversíveis, acabando com a confiança e a autoestima da vítima. Portanto, ao mesmo tempo em que lamento profundamente que a violência doméstica ainda esteja presente de forma tão preocupante em tantos lares brasileiros, faço aqui um apelo para que sejamos firmes na criação, fiscalização e aplicação das leis que protegem as mulheres. Não podemos deixar que esse 34932 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tipo de crime seja banalizado e torne-se parte do dia a dia de tantas famílias brasileiras. Muito obrigado, Sr. Presidente. ANEXO AO PRONUNCIAMENTO DO ORADOR Quarenta e três por cento das mulheres já foram vítimas de violência doméstica, segundo anuário Agência Brasil São Paulo – Quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. O número consta do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, divulgado hoje (4) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese). O anuário reúne dados referentes à situação das mulheres no país. Os números sobre a violência doméstica, por exemplo, são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Pnad, 43,1% das mulheres já foram vítimas de violência em sua própria residência. Entre os homens, esse percentual é de 12,3%. Ainda segundo os números da Pnad de 2009 incluídos no anuário, de todas as mulheres agredidas no país, dentro e fora de casa, 25,9% foram vítimas de seus cônjuges ou ex-cônjuges. Dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres apontam ainda que o número de atendimentos feitos pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 cresceu 16 vezes de 2006 para 2010. Em 2006, foram feitos 46 mil atendimentos. Já no ano passado, foram 734 mil. Desse total, 108 mil atendimentos foram denúncias de crimes contra a mulher. Mais da metade desses crimes eram casos de violência. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de dar como lido artigo publicado no jornal A Tarde sobre a divisão do Estado Bahia, divulgando o resultado de estudos feitos pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, que afirma aquilo que eu já dizia: o Estado que seria criado já nasceria deficitário, pois teria uma despesa administrativa de 2,5 milhões e arrecadaria apenas 1,7 milhão de reais. Minha tese é a de que a divisão da Bahia criaria um novo Estado fraco e enfraqueceria a Bahia, gerando dois entes fracos. Sr. Presidente, o Governador Wagner está investindo no oeste da Bahia e criando uma nova estrutura para o Estado com a Oeste-Leste. E logo neste momento reaparece essa proposta de segregar a Bahia. Julho de 2011 Ela merece meu repúdio e meu veemente protesto desta tribuna. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a este plenário para retomar um tema sobre o qual me pronunciei em fins de maio passado, que é a questão do absurdo de se pretender a divisão do meu Estado – a Bahia. Naquela ocasião, busquei mostrar a impropriedade de se tentar criar novos Estados a partir da divisão da Bahia. Agora, venho registrar um estudo que nega a viabilidade econômica da desastrada empreitada. Aliás, Sr, Presidente, aproveito a oportunidade para solicitar que conste nos Anais da Casa artigo publicado no jornal A Tarde em 1º de julho de 2011 com o título Estudo nega viabilidade econômica de novo estado, que entrego agora à Mesa, para que seja dada a devida divulgação nos meios de comunicação mais apropriados. Pelo estudo, de autoria da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, se o projeto de divisão do Estado fosse levado avante e criasse um novo Estado hoje, este sobreviveria no vermelho. Com um potencial de arrecadação da ordem de R$1,7 bilhão e um custo anual de cerca de R$2,5 bilhões! Ou seja, nem bem existiria e já possuiria um resultado fiscal de quase 1 bilhão de reais negativo. Historicamente, representamos 4% do PIB nacional. Agora é que estamos tendo uma fatia um pouco maior. Se a dividirmos, vamos continuar sendo insignificantes, tanto o Estado do São Francisco, que se está querendo criar, como o que restar da nossa adorada Bahia. Teríamos, na verdade, dois Estados fracos e pequenos. E o estudo da SEI, Sr. Presidente, mostra que esse projeto de divisão do Estado chega em um momento em que a Bahia luta fortemente por recursos do PAC para investir em projetos de integração do Estado, e não o contrário! Justo em um momento em que o Governador Jaques Wagner, de forma decidida, busca recursos para melhorias na infraestrutura; um momento em que a maior obra de infraestrutura já realizada na Bahia nos últimos 50 anos, a Ferrovia Leste-Oeste, está sendo viabilizada por Wagner e pela Presidenta Dilma; um momento em que a bancada federal e o Governador se empenham para viabilizar definitivamente a Universidade do Oeste, inclusive com curso de medicina, não abriremos mão, de forma nenhuma, nem concebemos a Bahia sem Barreiras, Luis Eduardo Magalhães, São Desidério, Santa Rita de Cássia, Santa Maria da Vitó- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ria, Riachão das Neves, Correntina, Barra, Buritirama, Cariranha, Casa Nova, Feira da Mata, Campo Alegre de Lourdes, Muquém do São Francisco, Pilão Arcado, Remanso, Serra do Ramalho e Sítio do Mato e com menos 173 mil quilômetros quadrados e 1 milhão de habitantes. Quarta-feira 6 34933 Como já disse, a Bahia não se divide, Sr. Presidente! A Bahia vai continuar unida para cada vez mais se fortalecer no cenário nacional! Está aqui nossa posição totalmente contrária à divisão do Estado da Bahia. Muito obrigado. ARTIGO A QUE SE REFERE O ORADOR 34934 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. MARÇAL FILHO (PMDB – MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Manato, Sras. e Srs. Parlamentares, nesta oportunidade, gostaria de registrar os 10 anos da Rádio 94 FM da minha cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul. A Rádio 94 FM completou seu décimo ano no mês de junho e fará a comemoração neste mês de julho, sempre em primeiro lugar de audiência na Grande Dourados e em toda a região sul de Mato Grosso do Sul. Várias premiações e vários shows serão feitos no evento, que já se tornou tradicional em Dourados, reunindo em torno de 60 mil pessoas todos os anos. Quero cumprimentar todos os diretores e funcionários da Rádio 94 FM de Dourados, cujo slogan é A dona do primeiro lugar, por esta década. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres Parlamentares, o Brasil está entre os dez países com maior índice de mortalidade por acidente de trânsito. Essa causa precisa ser discutida na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, assim como devemos acelerar a votação de matérias quer tornam o trânsito mais seguro, assegurando melhores condições àqueles que trabalham diretamente com veículos: taxistas e mototaxistas. Um artigo do Dr. Florentino Cardoso, Presidente da Associação Médica Cearense, revela que cerca de 400 mil jovens com menos de 25 anos morrem anualmente no País. Afirma também que a vulnerabilidade dos motociclistas é enorme e a letalidade dos acidentes é 14 vezes maior que a dos ocupantes de veículos automotores. O Brasil totaliza 89% de vítimas de acidentes de trânsito com motos, o que ainda causa prejuízo para a Previdência Social. (O microfone é desligado.) PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, meio de locomoção de milhares de pessoas, em sua maioria a trabalho, as motocicletas estão apresentando índices de acidentes preocupantes em todas as regiões brasileiras. Pesquisa feita pelo Instituto Sangari entre os anos de 1998 e 2008, divulgada em abril deste ano, apontou um crescimento da ordem de 754% no número de mortes desse gênero. Somando outros tipos de acidentes, o Brasil posiciona-se entre os dez países com maiores índices de mortalidade no trânsito. Como se observa, os dados são preocupantes e torna-se necessário e urgente que esta Casa passe a discutir medidas que visem a um trânsito mais Julho de 2011 seguro para todos, sem, contudo, prejudicar os que dependem desse tipo de locomoção para o sustento de suas famílias. Além do Projeto de Lei nº 5.453/05, que transforma o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) em autarquia federal com autonomia administrativa e financeira, aqui já aprovado nas Comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania e de Trabalho, de Administração e Serviço Público, seria interessante promovermos debates entre os órgãos responsáveis pelo planejamento do trânsito, a academia e entidades médicas. Dessa integração poderão nascer novos e eficazes projetos que contemplem os anseios da sociedade. No caso do PL nº 5.453/05, as ações para o trânsito terão condições de ser mais ágeis, com o nosso acompanhamento e fiscalização, já que a autarquia contará com meios de arrecadação próprios. A receita virá do Fundo Nacional de Segurança e Educação para o Trânsito (FUNSET), participação do Seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), dotações orçamentárias consignadas pela União, empréstimos e doações, além de transferências de convênios ou acordos celebrados com órgãos ou empresas públicas ou privadas. O debate, por sua vez, trará uma contribuição fundamental para que essa epidemia que se alastra velozmente, vitimando principalmente os jovens, seja combatida. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, diante da gravidade dos acidentes envolvendo motocicletas, muitas são as entidades que começam a se manifestar, a exemplo da Associação Médica Brasileira (AMB), e institutos respeitados colaboram com o cruzamento de dados para as pesquisas. O que chama a atenção é que, além da morte, que traz a perda de um ente querido, há o sequelado, inclusive podendo haver invalidez. O universo de informações e preocupações que envolvem acidente com motocicletas é muito grande, incluindo nesse rol a educação no trânsito, a revisão da moto, o custo com o tratamento em unidade pública e as indenizações pelo DPVAT. Atento aos índices e preocupado com a saúde da população, o Presidente da Associação Médica Cearense, médico Florentino Cardoso, lançou uma nota chamando a atenção para os acidentes de moto, no último dia 29 de maio, no jornal O Povo. Ele aponta, entre outros dados, que a cada ano morrem quase 400 mil jovens de menos de 25 anos de idade, vítimas de acidentes de trânsito (leia-se Organização Mundial de Saúde), que a vulnerabilidade dos motociclistas é enorme e a letalidade em acidentes chega a ser 14 vezes maior que a dos ocupantes de automóveis e que os homens são as maiores vítimas (89,5%). Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Por sua vez, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo alerta que 82,4% dos motociclistas internados devido a acidente de trânsito não conseguem retornar ao trabalho após 6 meses de tratamento. O estudo envolveu 84 pacientes, que foram acompanhados no Hospital das Clínicas. O tratamento desse pequeno grupo custou R$3 milhões. Já as indenizações por invalidez permanente em acidentes com motocicletas, de acordo com informações do DPVAT, subiram mais de 68% no ano passado. O reembolso de despesas médico-hospitalares, também em 2010, foi de 65,63%. Após apresentar todos esses números e cobrar desta Casa a discussão e aprovação de leis que tragam mais segurança para o trânsito em nosso País, ressalto que precisamos também apoiar medidas que garantam a essas pessoas continuar trabalhando sobre duas rodas para o sustento de suas famílias. Nesse sentido, destaco projeto de nossa autoria que altera a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974 para permitir o parcelamento do pagamento e a redução gradativa do prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais devido pelo proprietário de motocicleta, nas condições estabelecidas em regulamento. Por isso, peço o apoio desta Casa para avançarmos nas discussões para reduzir as mortes no trânsito e também garantir que o trabalhador tenha condições de cumprir com as suas obrigações, uma vez que o transporte público é bastante deficiente. Era o que tínhamos a dizer. O SR. ARTUR BRUNO (PT – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, parabenizo o Ministério Público do Estado do Ceará, na pessoa de sua Chefe, a Procuradora de Justiça Socorro França. O Ministério Público do Estado do Ceará está investigando uma quadrilha de empresas, algumas laranjas, que se formou com o objetivo de captar recursos públicos do pobre povo cearense. Foram denunciados 68 Municípios que contrataram empresas inidôneas. Evidentemente pode haver exceções, estamos aguardando a defesa dos Prefeitos e seus Secretários Municipais, mas, com certeza, o Ministério Público do Estado do Ceará deu uma grande contribuição para desbaratar uma quadrilha que estava atuando no Estado do Ceará. O SR. PAULO FOLETTO (Bloco/PSB – ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estive ontem em reunião com o Reitor Dênio, do Instituto Federal do Espírito Santo, discutindo a expansão dos Institutos Federais de Educação do Estado. Os IFES do Espírito Santo sofreram um processo de expansão muito grande, passando de 6 para 18 campi. Com a próxima Quarta-feira 6 34935 fase de expansão, há possibilidade de mais três ou quatro unidades. Agora, com o PRONATEC, vamos preencher os vazios que ainda existem no Espírito Santo relativamente ao ensino profissionalizante. Meu Estado, que atravessa um momento de crescimento econômico, precisa oferecer mais oportunidades aos alunos pobres da escola pública, os quais precisam profissionalizar-se mais cedo. Nesse sentido, os IFES têm um papel fundamental e vão se reunir sexta‑feira com a Secretaria de Estado da Educação para, juntos, definirem o crescimento do ensino profissionalizante no Espírito Santo. O SR. MARCON (PT – RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, solicito seja dado como lido discurso em que repudio, mais uma vez, a empresa Calçados Azaleia, que este ano fechou sua fábrica no Rio Grande do Sul e demitiu 800 trabalhadores. Agora é a vez da Bahia, onde a Azaleia está deixando milhares e milhares de trabalhadores desempregados para ir se instalar na Índia. A empresa recebeu incentivos fiscais no Rio Grande do Sul e na Bahia. Sr. Presidente, é preciso que esta Casa crie uma lei que obrigue empresas assim a devolver os incentivos recebidos. Quem vem perdendo com esses fechamentos é, com certeza, o povo brasileiro. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a fábrica da Vulcabras/Azaleia localizada em Itapetinga ameaça deixar a Bahia e se instalar em Nova Délhi, capital da Índia. Com isso, cerca de 18 mil pessoas serão demitidas. A empresa já dispensou 3 mil funcionários nos últimos sete meses, de acordo com cálculo da Prefeitura de Itapetinga, onde fica a matriz. A fábrica tem filiais em outros 13 Municípios baianos. Em maio, a Vulcabras também fechou uma unidade em Parobé, no Rio Grande do Sul, demitindo mais de 800 funcionários naquela unidade, anunciando que levaria a produção para a Índia. O principal atrativo para a empresa é o salário de um operário na capital indiana, que é de cerca de US$85, ou seja, aproximadamente R$140,00, cerca de dez vezes menor que no Brasil. Por isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados (as), sempre denunciamos a guerra fiscal entre os Estados para atrair essas empresas, disputando através de incentivos fiscais, com a promessa de gerar vários empregos (foi assim com a Ford, que deixou o Rio Grande do Sul em direção à Bahia), para, logo após, elas deixarem o País e ir em busca de mais incentivos e de mão de obra barata e praticamente escrava. Ao 34936 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nosso ver, deve-se criar mecanismos que garantam a devolução dos benefícios federais, estaduais e, até mesmo, municipais que essas empresas receberam ao longo dos anos. O SR. GERALDO SIMÕES (PT – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, faço dois pronunciamentos, dos quais gostaria que V.Exa. determinasse a divulgação nos meios de comunicação da Casa. O primeiro é sobre um evento importante que ocorrerá em Ilhéus de amanhã até domingo. Eu estarei presente, assim como o Governador da Bahia e Secretários de Estado. Haverá muita gente no III Festival do Chocolate da Bahia. É uma maneira que estamos usando, em Ilhéus e na região cacaueira, para mudar nossa cultura e, em vez de produzir amêndoa, produzir chocolate de primeira qualidade. Essa é uma iniciativa da Associação dos Produtores de Cacau, da Associação de Turismo de Ilhéus, do Costa do Cacau Convention & Visitors Bureau, das Secretarias Municipal e Estadual do Turismo e da empresa M21 Eventos. Sr. Presidente, na semana passada, o Governo disse, saiu nos meios de comunicação, que providências vão ser tomadas na área portuária. Ele vai transferir para a iniciativa privada, conforme determina a Lei dos Portos, Lei nº 8.630, de 1993, a iniciativa para a construção de um conjunto de terminais na costa do Brasil. Isso é muito importante para dar conta do desenvolvimento da nossa economia. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, quero registrar, desta tribuna, a realização, em Ilhéus, do III Festival do Chocolate da Bahia, que começará amanhã, quarta-feira, dia 6, e se prolongará até domingo, dia 10 de julho. Desde já confirmo minha participação no evento, que será prestigiado por nosso Governador Jaques Wagner. O III Festival é fruto do trabalho da pareceria entre o Instituto Cabruca, a Associação dos Produtores de Cacau (APC), a Associação de Turismo de Ilhéus (ATIL), o Costa do Cacau Convention & Visitors Bureau, as Secretarias Municipal e Estadual do Turismo e a M21 Eventos. Os organizadores prometem para este ano muitas novidades e animação, com a realização de concursos premiando o melhor chocolate e a melhor amêndoa, exposições e a presença de renomados palestrantes nacionais e estrangeiros, especialistas em chocolate. Na abertura do festival, os produtores de cacau e chocolate fino programaram uma merecida home- Julho de 2011 nagem ao Governador Jaques Wagner, pelas medidas de revitalização da lavoura cacaueira e retomada da posição do sul da Bahia no cenário nacional. O festival será aberto pela palestra de Ernesto Harald, diretor da Harald, empresa que produz 70 mil toneladas de produtos destinados unicamente a mercados industriais e food service. Também será destaque no festival o lançamento da primeira edição do Salão do Chocolate de Paris no Brasil, que acontecerá na Bahia em julho de 2012. O Festival do Chocolate realiza-se desde 2009, teve um começo modesto, mas grande adesão dos produtores e do público já na sua segunda edição. Agora, na terceira, já tem o êxito garantido pela adesão e pelo apoio gerado, o que deve garantir um público recorde e uma destacada presença na mídia estadual, nacional e internacional especializada. Em sua programação, conta com a presença dos mais destacados especialistas na produção e gastronomia do setor, tanto do Brasil como do Exterior. Cabe mencionar que também haverá inúmeras atividades, desde cursos especiais oferecidos aos participantes a apresentações culturais que animarão o evento, que contará com importantes representantes de várias modalidades de ritmo, do axé ao sertanejo, passando pelo rock, destacando-se nossa intérprete da MPB, a querida cantora baiana Nana Caymmi. Sr. Presidente, esse evento é particularmente gratificante para fortalecer nossa atuação em defesa da produção cacaueira, marcada pelo Projeto Cabruca (PL 4.995/2009), que dispõe sobre o sistema tradicional de produção cacaueira, e pelo Projeto do Chocolate (PL 851/2011), que defende percentuais de teores de cacau nos produtos que levam o nome de “chocolate”, além das iniciativas realizadas para o fortalecimento do PAC do Cacau, inclusive a modificação da MP 500, prorrogando o prazo de renegociação dos débitos dos cacauicultores. Tenho a firme convicção, Sr. Presidente, de que ações como essas fortalecem a produção regional e colaboram para a retomada do desenvolvimento. Cabe agora anunciar que já retomamos as renegociações com o Executivo para ampliar mais uma vez o prazo de vigência da Lei nº 11.775/2008, possibilitando a continuidade das renegociações ainda pendentes. No início deste ano, o prazo tinha sido prorrogado até 30 de junho. Vencido este prazo, ainda restam 5.270 contratos a serem regularizados, o que me motiva a continuar defendendo a prorrogação do prazo até 31 de dezembro de 2011. Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, na semana passada, foi noticiado que o Governo Federal está planejando novas medidas de concessão à Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS iniciativa privada para a construção e a exploração de instalações portuárias que serão operadas a exemplo dos portos públicos, ou seja, de acordo com as regras estabelecidas na Lei nº 8.630, de 1993, regulamentadas pelo Decreto nº 6.620, de 2008, e, respeitando‑se as previsões constantes do Plano Geral de Outorgas elaborado pela ANTAQ e aprovado pela Secretaria Especial de Portos – SEP, em que estão indicadas 19 áreas e 45 subáreas como locais onde existem demandas para a implantação de novos portos. Tal intenção anunciada pela SEP é louvável, na medida em que se pretende efetivar modalidade de concessão dos serviços portuários que, embora possível pela Lei nº 8.630, de 1993, não foi adotada até então, pois, num primeiro momento, acertadamente, o Governo Federal concentrou os seus esforços na viabilização dos arrendamentos de áreas e instalações dos portos públicos, no que logrou êxito, o que fica constatado na notável melhoria da qualidade na oferta dos serviços portuários. Hoje, a situação é propícia para a realização das concessões, mediante processo licitatório, pois, decorridos quase 20 anos da chamada lei da modernização portuária, já está claro para o investidor o potencial do mercado portuário e se verifica o amadurecimento nas relações das entidades representativas das classes laborais e empresariais, as quais vêm negociando normalmente a composição de equipes e a remuneração dos trabalhadores portuários avulsos, na forma preconizada no art. 29 da Lei dos Portos. Em complemento aos investimentos já realizados pelo Governo Federal na melhoria dos portos públicos existentes, a construção de novas instalações portuárias representa investimentos privados no subsetor para dotar o País de novas infraestruturas portuárias, para fazer frente à demanda crescente de mercadorias a serem escoadas como resultado do crescimento das transações do Brasil no comércio internacional. Entretanto, Srs. e Sras. Parlamentares, outras medidas se impõem para conferir mais eficiência à nossa infraestrutura portuária, como, por exemplo, a imperiosa necessidade de que os portos sejam dotados de modernas condições de acessos terrestres (rodoviários e ferroviários). Na questão de acessos aquaviários, a SEP vem conduzindo de forma eficiente a execução do Programa Brasileiro de Dragagem, de maneira que os portos tenham condições de receber os navios de grande porte. Não se pode esquecer que o Governo Federal, por meio da SEP, vem enfrentando questões como a integração/harmonização das autoridades intervenientes na atividade portuária, mediante os estudos para implementação do Programa Porto Sem Papel, Quarta-feira 6 34937 além de iniciar a designação de gestores com perfis profissionais para gerirem as companhias docas federais, o que deveria ser estendido para as demais administrações portuárias, notadamente nos portos explorados por Estados e Municípios, mediante o instituto da delegação. Nessa particular, não pode deixar de ser registrada positivamente a intenção da SEP de ter mais presença no processo decisório desses portos delegados. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, quero ressaltar que também se impõe a necessidade de o Governo Federal enfrentar a morosidade na definição dos arrendamentos portuários, pois, diante da realidade do crescimento das cargas a serem escoadas pelos portos, é premente serem criados mecanismos que permitam a aceleração nos procedimentos que conduzam à rápida efetivação de arrendamentos de expressivas áreas ainda remanescentes nos portos públicos, bem como a solução para os cerca de 100 contratos de arrendamento celebrados antes da edição da Lei dos Portos e que ainda estão em vigor, os quais podem representar expressivos investimentos por parte dos atuais arrendatários. Vários já manifestam tal intenção, porém ficam impedidos de torná-la realidade, diante da indefinição quanto à aplicação do disposto no art. 51 da Lei nº 8.630, de 1993, que trata da adequação desses instrumentos contratuais às disposições da lei. Muito obrigado. O SR. NELSON PELLEGRINO (PT – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, hoje, o Senado Federal, por iniciativa dos nossos três Senadores, realizou sessão solene para marcar a data maior da Bahia, o 2 de Julho. Em 2 de julho de 1823, o Brasil definitivamente se libertou das forças portuguesas, derrotando, na histórica Batalha de Pirajá, os exércitos portugueses. A luta dos baianos é para que essa data seja reconhecida nacionalmente. Se não fosse o 2 de Julho, o Brasil não seria o que é hoje. As forças portuguesas queriam, primeiro, dividir o Brasil, cuja independência já tinha sido declarada por D. Pedro I. Depois, tentariam retomar o território. Aproveito o 2 de Julho, para, mais uma vez, secundar a fala do Deputado Amauri Teixeira de que a Bahia não se divide. Nós somos contra o projeto de lei que cria o Estado do São Francisco. Eu, como coordenador da bancada, trabalharei contra ele. A Bahia não se divide, é um Estado forte e unido. Vamos tratar bem do São Francisco, mas com a Bahia unida. O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no último dia 29, participei de seminário organizado 34938 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pela Secretaria Agrária Nacional do PT – com o tema Brasil sem Miséria no Campo. Foi um seminário importante. Tivemos a oportunidade de identificar onde vivem as pessoas mais pobres deste País – indígenas, quilombolas, sem-terra, ribeirinhos, marisqueiras. É para elas que nós temos de construir políticas públicas. Por isso faço este registro. O Governo da Bahia lançou um programa de convênio para a regularização fundiária que vai atender quase 40 mil famílias, com licença ambiental, para que tenham direito aos recursos do PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Essa é uma medida importante do Governo do Estado que também quero registrar nesta Casa, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no último dia 29 de junho, participei do seminário Brasil Sem Miséria no Campo, coordenado pela Secretaria Agrária Nacional do PT. Na ocasião, foi apresentado o Programa Brasil Sem Miséria, do Governo Federal, que tem como meta principal retirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. O plano pretende elevar a renda per capita das famílias que sobrevivem com apenas R$70 por mês, ampliando o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às políticas públicas. Essa discussão é fundamental diante dos dados referentes ao campo brasileiro. Segundo dados do próprio Governo, no campo, vivem 46,7% do total de pessoas extremamente pobres. A maioria dessas pessoas são negras ou pardas. O programa é voltado para os mais pobres deste País. Essas pessoas, senhoras e senhores, precisam ser identificadas para que o programa tenha efetividade e concretude na vida delas. Em um olhar sobre o campo, os extremamente pobres são justamente os indígenas, os sem-terra acampados pelo País, os quilombolas, os ribeirinhos, os pescadores, as marisqueiras, os assalariados rurais. Essas pessoas têm necessidades diferentes, necessidades que envolvem o investimento público em crédito, o incentivo ao cooperativismo, a criação de agroindústrias, assistência técnica. No entanto, somente isso não resolve o problema: essas pessoas querem terra para produzir, precisam da reforma agrária, da demarcação e do reconhecimento de suas terras que foram griladas, ou mesmo tomadas pelo latifúndio. Precisam da redução da concentração de terras que, em vez de diminuir, aumentou no Brasil no período entre 2003 e 2010, em que mais Julho de 2011 de 100 milhões de hectares passaram para o controle de latifundiários. Para quem vive da pesca, há a necessidade de aperfeiçoar a estrutura de trabalho somado à preservação e ao respeito aos períodos de reprodução de várias espécies, o que é fundamental para tantos pescadores e pescadoras. Para os extrativistas, principalmente os da Região Amazônica, temos que criar condições de trabalho digno, para que não sejam alvo do trabalho escravo que os assola, como também da morte em virtude da ação do latifúndio e das madeireiras que disputam terra e não respeitam o meio ambiente. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vivemos em um Estado de Direito, em que a classe trabalhadora, ao longo da história, a muito sangue, conseguiu vitórias em torno do direito ao trabalho, à educação, à moradia, entre outros. No campo brasileiro, a ausência do Estado fez com que essas pessoas que aqui denomino estejam à margem de seus direitos, o que faz com que toda a sociedade brasileira tenha uma dívida com essa população que é histórica. Cito aqui o que considero o mais grave: o desrespeito ao direito à educação. A realidade da educação brasileira é ainda de 14,1 milhões de analfabetos, o que corresponde a 9,7% do total da população com 15 anos ou mais de idade. Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional, ou seja, lê e escreve, mas não consegue compreender, interpretar ou escrever um texto. No que se refere ao campo, nos últimos 8 anos, mais de 24 mil escolas foram fechadas, em uma realidade em que a maioria das escolas que existem estão em condições precárias. A realidade é alarmante, e o Programa Brasil sem Miséria precisa dar conta da garantia à escolaridade aos mais pobres do campo. Para tudo isso, precisamos, com urgência, reestruturar os órgãos do Estado que cuidam e executam essas políticas. Órgãos como a CONAB, o INCRA, o Ministério da Pesca e até mesmo programas como o PRONERA precisam ganhar centralidade no conjunto das políticas públicas formuladas em torno do Programa Brasil Sem Miséria, mas também precisam ser valorizadas no que tange ao seu orçamento anual para que possam executar as políticas de forma eficiente. Se queremos erradicar com a pobreza absoluta no campo brasileiro, onde está a maioria dessas pessoas extremamente pobres, é imprescindível que olhemos para essas questões que aqui relatei, diante de grupos de pessoas que devem ser nominadas, determinadas. Reconhecer que o problema é estrutural e que precisamos atacar a pobreza extrema no nível da estrutura do Estado é ter a certeza de que as políticas públicas Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS necessárias não são as paliativas, mas aquelas que, de fato, transformam a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras que são o motor deste País. Sr. Presidente, passo a abordar outro assunto. O Governo da Bahia, juntamente com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA firmaram, no final do mês passado, um convênio para promover a regularização fundiária de 451 assentamentos rurais do Estado. Trata-se de uma iniciativa que vai beneficiar 39,5 mil famílias no prazo de 10 anos e resolver o passivo ambiental de todos os assentamentos rurais da Bahia que ainda possuem pendências desse tipo. Com o acordo, inicia-se um novo período para quase 40 mil famílias de assentados na Bahia, uma vez que o licenciamento ambiental é um requisito para que os agricultores familiares assentados tenham acesso a financiamentos, possam participar de programas estaduais e federais de incentivo à produção, recebam obras de melhoria de infraestrutura e participem do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF. É uma nova etapa do processo de reforma agrária que permite maior desenvolvimento no campo e que dá aos pequenos agricultores assentados oportunidades de terem seus produtos inseridos no mercado consumidor. A reforma agrária não é apenas a cessão de terras, como muitos pensam. Essa é apenas uma das etapas do processo. A regularização fundiária é a garantia de que o assentado terá condições de manter-se na terra arduamente conquistada e de ter condições de nela produzir, concretizando, assim, os princípios da reforma agrária que defendemos. Como bem definiu Márcio Matos, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra – MST, que esteve na cerimônia ao lado do Governador Jaques Wagner: “Esse acordo cria a perspectiva de resolver em definitivo os problemas de regularização ambiental dos assentamentos baianos, muitos desses em áreas que eram latifúndios degradados pela atividade extensiva e iremos ajudar a recuperar”. A meta é que, até o fim deste ano, 26 áreas estejam legalizadas e, a partir daí, 45 áreas a cada ano passem pelo mesmo processo. Sabemos hoje que a agricultura familiar tem grande importância para a economia do País, sendo responsável por 10% do PIB brasileiro. É por meio dela também que 70% do alimento chega à mesa dos brasileiros. Com esse programa na Bahia, milhares de pequenos agricultores, assentados pelo processo de reforma agrária, poderão ampliar a capacidade de produção com sustentabilidade ambiental. Esse acordo cria a perspectiva de resolver em definitivo os problemas de regularização ambiental dos Quarta-feira 6 34939 assentamentos baianos, muitos desses criados em áreas que eram latifúndios degradados pela atividade extensiva e que os próprios assentados, com essa nova perspectiva, irão ajudar a recuperar. Essa é uma das facetas da reforma agrária, que muitos brasileiros, principalmente aqueles que estão ligados direta ou indiretamente ao latifúndio, teimam em não ver. Ações como essa dão sustentabilidade no campo, resgatam a produção do pequeno agricultor e revelam que a distribuição de terras é a forma mais eficaz do desenvolvimento agrário. Como se sabe, a Bahia é o Estado no Brasil com o maior número de famílias de trabalhadores rurais sem-terra acampadas à espera da reforma agrária: 25 mil somente ligadas ao MST. Em todo o País são cerca de 100 mil famílias nessas condições. São pessoas que, a despeito da lentidão com que muitas vezes as desapropriações e posterior regularização fundiárias têm sido feitas, continuam a acreditar no Governo. Parabéns, portanto, ao Governador Jaques Wagner, ao INCRA, ao Coordenador do MST Márcio Matos e aos trabalhadores sem-terra, que continuam firmes nessa luta, mostrando que ações como essa dão respaldo à luta pela reforma agrária, ao tempo em que mostram ser este o melhor caminho para se conseguir o desenvolvimento, a paz e o fim das desigualdades sociais no campo. Muito obrigado. O SR. ARNALDO JARDIM (Bloco/PPS – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, no dia 2 de julho, e ao longo desta semana toda, comemoramos o cooperativismo. No último dia 2, comemoramos 89 anos de cooperativismo. A Aliança Cooperativista Internacional definiu como tema deste ano a juventude. A propósito disso, amanhã, a FRENCOOP – Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo, que congrega Parlamentares desta Casa, tão bem dirigida pelo nosso querido Deputado Zonta, e a OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras realizarão o Seminário Juventude: o futuro do cooperativismo. Sr. Presidente, eu tenho a responsabilidade de dirigir o setor de cooperativismo de crédito. Conseguimos aprovar aqui a nova legislação. Em São Paulo, como Deputado Estadual, fui autor da Lei de Apoio ao Cooperativismo. É por conta desse compromisso – nosso compromisso de vida – que reafirmamos nesta data a nossa... (O microfone é desligado.) PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR 34940 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, dia 2 de julho, comemoramos o 89º Dia Internacional do Cooperativismo. A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) propõe o tema Juventude – o futuro do cooperativismo. Uma escolha oportuna, pois ocorre paralelamente à celebração do Ano Internacional da Juventude das Nações Unidas (ONU). Novas oportunidades Trata-se de um desafio imenso, afinal muitos dos nossos jovens não conhecem o modelo cooperativista, que poderíamos ter como tema transversal nas escolas para que os alunos conheçam suas características e benefícios. Há tempos, as cooperativas oferecem aos jovens oportunidades de pôr em prática um modelo empresarial para criar seu próprio negócio. Trata-se de uma filosofia atenta às novas gerações, baseada no trabalho democrático, responsável e ético. Em suma, o cooperativismo traz à juventude a chance de ganhar experiência profissional, de crescimento intelectual, inclusive de dedicação aos estudos, além de encorajar sua participação em processos decisórios, incentivando o empreendedorismo a partir da formação de suas próprias organizações cooperativas. Contradições do mercado de trabalho A importância dessa missão ganha força ao analisarmos dados recentes do IBGE. Em resumo, as empresas reclamam de falta de trabalhador qualificado, mas ainda é difícil para o jovem sem experiência conseguir uma vaga. A desocupação entre os jovens de 18 a 24 anos aumentou, passando de 14,4% para 15%. De março a abril, a desocupação entre os jovens de São Paulo com essa faixa etária pulou de 14,7% para 16,7%. O desemprego continua acima da média entre os que estudaram de 8 a 10 anos: passou de 8,5% em março para 8,6% em abril. Também aumentou um pouco a desocupação entre os que estudaram 11 anos ou mais: subiu de 6,3% para 6,4%. Novos desafios para crescer Sempre estive com o cooperativismo. Uma ligação que começou ainda na infância, nas cidades de Alta Mogiana e Ituverava, onde tive a oportunidade de conviver com cooperativas, como a CAROL (Cooperativa de Agricultores da Região de Orlândia). Posso dizer que essa experiência com o espírito cooperativo acabou influenciando na minha formação pessoal e política. Hoje, inclusive, sou cooperado da CREDICOONAI e, mesmo tendo conseguido vitórias importantes, como a aprovação da Lei Estadual do Cooperativismo, a Lei do Cooperativismo de Crédito e a inserção das cooperativas no Minha Casa, Minha Vida, o sentimento Julho de 2011 de dever cumprido serve como mola propulsora para os desafios que ainda estão por vir, dos quais destaco: – Aprovação do Projeto de Lei 4.622/04, que se encontra na pauta de votação da Câmara dos Deputados e que trará a segurança jurídica necessária para um ramo que reúne 1.408 cooperativas em todo o País, com seus 260.891 associados e que emprega 4.242 trabalhadores; – Reversão do Decreto nº 55.938/2010, do Governo Estadual, que restringe a participação de cooperativas em licitações públicas; – Aprovação do novo texto do Ato Cooperativo. Sou cooperativista! A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) realizam amanhã, dia 6, na Câmara dos Deputados, o Seminário Juventude: o futuro do cooperativismo, para discutir o papel da juventude no futuro do movimento cooperativista e do País. Neste momento em que as mídias sociais conectam os jovens de uma maneira nunca antes vista, as cooperativas se deparam com uma oportunidade sem precedentes para atrair esse público a engrossar as fileiras do setor cooperativista. Viva o cooperativismo! Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todas as semanas, há mais de 15 anos, escrevo artigos sobre os mais diferentes temas, buscando me posicionar, ensejar o debate, construir um mandato verdadeiramente coletivo. Desta vez, permito-me falar como torcedor apaixonado e saudar o glorioso alvinegro praiano: o Santos Futebol Clube. Escrevo antes da final da Copa Libertadores contra o encardido time uruguaio do Peñarol. Mesmo correndo o risco de ser motivo de gozações dos meus próprios filhos, Pedro (palmeirense) e Leonardo (são-paulino), estarei torcendo junto com o caçula Rafael por um resultado semelhante àquele de 1962, quanto tinha apenas 7 anos de idade e fomos campeões continentais pela última vez. Só espero que não soframos com a arbitragem novamente, que naquela época nos proporcionou um das situações mais inusitadas do futebol. Para quem não se lembra, vale recordar: “O time uruguaio vencia a partida, um torcedor do Santos teria acertado uma garrafa no juiz, que paralisou o jogo. O árbitro reiniciou a partida e o Peixe conseguiu o gol que imaginava ser o do título. A torcida e os jornais do dia seguinte comemoraram a conquista da Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS equipe brasileira, mas o Santos foi informado que teria de disputar um terceiro jogo porque, na súmula do árbitro, o jogo foi encerrado no momento da paralisação. O Peixe teve, então, que reafirmar a conquista do título com uma vitória por 3 a 0, em Buenos Aires, na Argentina, com dois gols do nosso Pelé Eterno”. Independentemente do resultado final da partida da Copa Libertadores 2011, sabedor de que tenho amigos e companheiros torcedores das mais diversas torcidas, quero saudar o espetáculo do futebol. Um esporte enraizado na cultura nacional, capaz de despertar paixões, reunir amigos, ensejar “boas discussões” familiares, que fez, inclusive, o saudoso Nelson Rodrigues sabiamente nos batizar como a legítima “Pátria de Chuteiras”. Afinal, quem não se lembra, por exemplo, do ano de 1969, em que as conquistas e a fama do Santos eram tão grandes que, em uma excursão pela África, a guerra no Congo Belga, atual República Democrática do Congo, entre forças de Kinshasa e de Brazzaville, foi suspensa para que as cidades pudessem assistir aos jogos do time? Logo após as partidas e as homenagens, o conflito recomeçou. Esse evento serviu claramente de inspiração para o “Amistoso da Paz”, realizado entre as seleções de Brasil e Haiti, em 18 de agosto de 2004. Esse é o verdadeiro legado do esporte, as lições de confraternização, disciplina, dedicação, de que estamos enfrentando um adversário e não o inimigo, uma paixão que passamos de geração em geração. Reconheço que nunca fui bom de bola. Na época da faculdade, em meio ao agitado processo de redemocratização do País, quando iniciei a minha vida pública como líder estudantil, ainda encontrava tempo para integrar o time de rúgbi (?!), ancestral do nosso futebol. Portanto, seja qual for o seu time do coração ou seu esporte favorito, o importante é fazermos uso do esporte como instrumento de cidadania para nossas crianças e jovens, de competição sadia, de combate ao sedentarismo da geração “videogame”. Às vésperas de completar seu centenário, o slogan das comemorações do Peixe não poderia ser mais adequado: Futebol Arte. Que Neymar, Ganso, Elano tragam novas alegrias à torcida santista, e fico na expectativa do grande clássico mundial, no final do ano, com o festejado Barcelona. Quem sabe... O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é a hora e a vez de votarmos a PEC nº 300, de 2000. O Brasil todo, agora, clama por isso. Antes, parecia apenas um movimento dentro da Casa – alguns Deputados, isoladamente, poderiam es- Quarta-feira 6 34941 tar apoiando essa iniciativa. Depois do episódio do Rio de Janeiro, do equívoco do Governador Sérgio Cabral e da grande mobilização dos bombeiros militares do Rio de Janeiro, esse movimento está se espalhando pelo Brasil todo. Agora, a Câmara precisa votar. Nossas Lideranças, unidas ao Presidente Marco Maia, precisam colocar a PEC 300 na pauta. É um absurdo o Rio de Janeiro pagar mil reais ou um pouco mais para um bombeiro militar e um policial militar, enquanto o meu Estado, o Amapá, paga 2 mil reais ou um pouco mais para um iniciante, um recém-concursado. Vamos votar a PEC 300 e mobilizar toda a Câmara e todo o Brasil! Obrigado, Sr. Presidente. O SR. EMILIANO JOSÉ (PT – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que considere lido meu pronunciamento, que lembra os 102 anos do Município de Santa Maria da Vitória, berço de lutadores como Clodomir Morais e Kinkas Lisboa, de tantos companheiros, de artistas como Francisco Biquiba Dy La Fuente Guarany, de um romancista do porte de Osório Alves de Castro, da Profa. Rosália Magalhães, de tantas e tão extraordinárias personalidades, de lutadores do nosso povo. Lá também tombaram alguns companheiros como Eugênio Lyra, extraordinário advogado de posseiros. Faz muitos anos, mas é lembrado até os dias de hoje. Saúdo de modo especial o Prefeito de Santa Maria da Vitória, Padre Amário, companheiro de grande valor, que tem conduzido aquele Município com muita garra e capacidade. Lembro também o Secretário César Lisboa. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. Seu pronunciamento será divulgado no programa A Voz do Brasil e em todos os meios de comunicação desta Casa. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Santa Maria da Vitória, 102 anos de trabalho e arte e política e cultura. É assim, com essa frase, que me lembro de Santa Maria da Vitória, que comemorou 102 anos de fundação dia 26 de junho de 2011. Construída no oeste da Bahia, às margens do Rio Corrente, além da boa convivência, do trabalho, do progresso, das belas paisagens e da cidadania, a cidade se destaca pela fecundidade na arte e na literatura. Sobretudo no culto a centenárias tradições. 34942 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A expressão pode até ter se tornado um lugar comum, mas é inescapável. Diz o povo que “quem bebe daquela água jamais esquece”. Eu bebi da água de Santa Maria da Vitória, atravessei a ponte, andei na passarela, visitei São Félix do Coribe, cidade-irmã. Inesquecível. Uma vez, numa carta que enviei num dos aniversários da cidade, disse que à época era muito difícil chegar a Santa Maria, então as estradas eram quase intransitáveis, mas era mais difícil deixá-la depois de ter chegado, mais difícil partir. Santa Maria da Vitória nasceu de um porto, cheio de carrancas e mistérios, cresceu como entreposto comercial, acumulou riqueza com o trabalho agrícola. Sobretudo, gerou romancistas e políticos notáveis. Os historiadores citam Mestre Guarany, nascido Francisco Biquiba Dy La Fuente Guarany, em 1884, e falecido em 1985. Citam a combativa Sociedade dos Trabalhadores de Santa Maria da Vitória nos anos 1950, dirigida por ele e Clodomir Morais. Mestre Guarany ficou famoso mundialmente por suas carrancas, que inspiraram poemas de Drummond e lhe deram o Prêmio Revelação, da Associação Paulista de Críticos de Arte. Os livros registram para a posteridade a mostra em Brasília intitulada Guarany – 80 anos de Carrancas, em 1981. Inesquecível. Nasceu em Santa Maria da Vitória, em 1898, o escritor Osório Alves de Castro, alfaiate de profissão e militante comunista. Ele eternizou em seus livros o cenário “barranqueiro” do médio rio São Francisco. Em 1962, recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura pelo romance Porto Calendário (1961). Primeira e única obra publicada em vida de um homem perseguido por sua filiação ao PCB. Osório Alves de Castro comunicava-se com o escritor mineiro Guimarães Rosa, autor de Grande Sertão: Veredas, e Sagarana. Rosa o chamava de “barranqueiro”, “paulista profundo do São Francisco”, “mano-velho são‑franciscaníssimo”. Ao morrer, aos 80 anos, em Itapecerica da Serra, São Paulo, deixou no prelo o romance Maria Fecha a Porta Prau o Boi Não te Pegar (Editora Símbolo – 1978), além dos inéditos Bahiano Tietê (que acabou publicado pela Empresa Gráfica da Bahia, 1990); Nhonhô Pedreira e A Cidade do Velho, estes dois últimos aguardando publicação. Inesquecível. Os memorialistas citam Aldegundes Pereira de Castro, incentivador da construção da Igreja Presbiteriana, sete vezes Vereador, autor do projeto de lei que estabeleceu 26 de junho como feriado e data de aniversário de Santa Maria da Vitória. Julho de 2011 Com o jornalista e escritor Jheová de Carvalho convivi em nossa labuta pela reportagem em Salvador. Competente colunista dos jornais A Crítica, depois A Tarde, Diário de Notícias e da revista O Cruzeiro. Em meu tempo de repórter, Jheová de Carvalho era referência, amigo de Mário Lago e Jorge Amado. Quem não se lembra de suas crônicas na coluna A Cidade que Não Dorme? Dá para entender a fecundidade literária e artística de Santa Maria da Vitória. A cidade foi beneficiada por lendários professores. D. Rosa Oliveira Magalhães, defensora dos pobres, guerreira; Maria de Lima Athayde, chamada Professora Zizi (tive a honra de inaugurar, junto com o Governador Jaques Wagner, na comemoração do centenário, a biblioteca que levou seu nome); Profa. Valentina de Melo; Profa. Quelidônia de Melo; Profa. Urçulina Souza Gomes (conhecida como D. Nena). Em nomes delas homenageio todos os mestres de Santa Maria da Vitória, colegas meus de profissão e sina. Como dizia, Santa Maria da Vitória se mede por seus cidadãos, lideranças, intelectuais. Por sua gente tão querida. Destaco a memória de Marilene de Jesus Cardoso Matos, dirigente das lutas pelo direito sagrado da terra, junto com João Cerrano Sodré. Marilene faleceu prematuramente, aos 53 anos e 35 anos de militância cidadã. Participei, como Deputado Estadual, de sua luta em defesa dos trabalhadores de Quatis, Salobro, Jacurutu, Mutum. Marilene de Jesus é da extirpe de heróis do povo como o advogado Eugênio Lyra, assassinado à luz do dia em Santa Maria da Vitória, a mando de fazendeiros‑bandidos e policiais corruptos. Um mártir brasileiro. Que já homenageei várias vezes, inclusive desta tribuna. Impossível não citar o amigo e companheiro Clodomir de Morais, histórico líder das Ligas Camponesas, perseguido pela ditadura militar, exilado, de profícua carreira em organismos internacionais vinculados à ONU. Ex-Deputado pelo PCB. Autor de mais de 20 livros sobre reforma agrária e geração de emprego e renda no campo. Autor de livros de contos como Causos de Sentinela, Pedro Bunda, O ladrão de calça de casemira e Mestre Ambrósio. Impossível não citar o brilhante pintor e desenhista Jurandi Assis, que vai vencer em São Paulo. Já tive oportunidade de abordar a fecundidade política, literária e artística de muitos filhos de Santa Maria da Vitória, assim como de muitas de suas lideranças políticas que se tornaram História. E muitas que constroem o presente, como o Prefeito Padre Amário dos Santos Santana, que tem honrado o mandato que o povo lhe conferiu; Kinkas Lisboa Neto, esse militan- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS te político e profeta da cultura; César Lisboa, filho da terra, hoje Secretário de Relações Institucionais do Governo Wagner. Vou lembrar-me sempre deles, que simbolizam muito da tenacidade, criatividade, coragem do povo das barrancas do São Francisco e de suas terras adentro. Lembro-me sempre de Santa Maria da Vitória. E não me lembro à toa. É porque são 102 anos de trabalho, arte, política e cultura. Parabéns a você, querida Santa Maria da Vitória. Muito obrigado. O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na ultima quinta-feira, na Estrada CE-375, nas proximidades de Acopiara, Ceará, ocorreu grave desastre automobilístico, no qual pereceram cinco pessoas, entre as quais o Presidente do Diretório do PMDB em Caririaçu, Raimundo Soares, e seu filho, auditor fiscal José Jucier Fernandes, esposa e descendentes, traumatizando a opinião pública de nossa Unidade Federada. Toda a comuna, numa comoção que abalou os variados segmentos sociais, compareceu maciçamente ao velório na Câmara Municipal, com a presença dos Vereadores, do Prefeito e das lideranças da região. Através da Rádio São Pedro FM, dirigida pela comunicadora Miguelina Morais, transmiti mensagem de pêsames, testemunhando a minha profunda admiração por aquele devotado correligionário, cuja atuação foi sempre timbrada por inexcedível espírito de lealdade. Ao registrar, desta tribuna, o desaparecimento de um dedicado companheiro e parentes tão próximos, desejo levar à população da aludida cidade e de todo o Cariri a expressão das minhas mais sentidas condolências. Espero comparecer à missa na próxima quinta-feira desta semana, para um gesto de apoio a todos quantos conheceram de perto as vítimas da lastimável ocorrência, em rodovia do nosso Estado. É a homenagem que presto àquele bravo companheiro de luta, Sr. Presidente. O SR. JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoBB – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna destacar os 239 anos de emancipação do Município de Sobral, no meu Estado do Ceará. Sobral é uma cidade importante, pelo seu porte, por sua economia, por sua história, pela política do Estado. De lá saíram dois Governadores, muito recentemente: o atual, Cid Gomes, em segundo mandato, e Ciro Gomes. Sou da cidade vizinha, Santana do Acaraú. Nós dividimos as margens do Rio Acaraú. Nossa cidade Quarta-feira 6 34943 tem a honra de estar muito próxima de Sobral, dos sobralenses, com interlaçamentos familiares. Sobral merece este destaque. Hoje é importante para o Estado do Ceará esta data de 239 anos de emancipação de Sobral. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. JOSIAS GOMES (PT – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero exaltar a festa maior da Bahia, realizada em 2 julho, quando comemoramos 188 anos de independência do Estado. Muita alegria, muita gente nas ruas. Em função da importância dessa data e dos acontecimentos, o Governo da Bahia pretende, com sobradas razões, que se transforme o 2 de julho numa festa cívica no País como um todo. Nós também estamos lutando para que o Aeroporto Internacional de Salvador volte a se chamar Aeroporto Internacional de Salvador – 2 de Julho, como sempre foi, antes do falecimento do saudoso Deputado Luis Eduardo Magalhães. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Bahia festejou neste sábado, dia 2 de julho, os 188 anos de independência do Estado. Dia de muita alegria. A população foi às ruas comemorar. A data representa a mais importante luta travada pelos baianos em toda a sua rica história. Por isso, 2 de julho é a data maior do calendário cívico da Bahia. Em função da importância da data e dos acontecimentos de então é que o Governo da Bahia pretende, com sobradas razões históricas, que o 2 de julho seja inscrito no calendário cívico nacional, e luta para que o Aeroporto Internacional de Salvador volte a se chamar Aeroporto Internacional de Salvador – 2 de Julho, o que deve ser uma luta de todos os brasileiros. Com efeito, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em 2 de julho de 1823, quase um ano depois do Grito do Ipiranga, de 7 de setembro de 1822, o povo da Bahia conseguia expulsar definitivamente os colonizadores portugueses ali entrincheirados. Até a data de 2 de julho, ao contrário do que acontecera com a praticamente tranquila posse de D. Pedro I, como Imperador do Brasil, milhares de pessoas morreram lutando para que a Bahia se livrasse do jugo dos colonizadores. Neste dia, tropas do Exército e da Marinha do Brasil entraram triunfalmente em Salvador expulsando definitivamente os portugueses, que, apesar da declaração da Independência do Brasil, teimavam em resistir através de tropas em algumas províncias. 34944 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nas comemorações deste sábado, da qual participei e pude sentir o orgulho dos baianos pelo significado da data, o Governador Jaques Wagner esteve pessoalmente integrado ao desfile pelas ruas de Salvador. O mais significativo dessa especial lembrança festiva patrocinada pelos baianos foi observar que o povo ainda guarda, com um carinho e respeito extraordinários, essa página da história do Brasil, com destaque especial para a Bahia. Isto nos leva a defender a necessidade de o Brasil conhecer mais a sua própria história, especialmente no caso da Independência, as lutas que foram travadas pelo País afora, distante do eixo Sul-Sudeste. Resgatar a participação das províncias contra a dominação portuguesa tem, a nosso ver, enorme significado para a nacionalidade, para o sentimento de brasilidade. Em várias partes do País, como no Nordeste, muita luta foi travada pela Independência, com milhares de mortes e instante de forte nativismo. Ao fazer este registro aqui na tribuna da Câmara dos Deputados, quero incluir os nomes de três mulheres que se destacaram no processo de independência da Bahia: Maria Quitéria, Joana Angélica (a freira) e Maria Felipa. São heroínas que a Nação precisa conhecer a fim de que os brasileiros possam tomar conhecimento do papel de destaque que a mulher teve na história do Brasil, sem que se dê ao fato a dimensão que realmente teve. As lutas pela independência da Bahia, portanto, tiveram a participação popular e feminina para muito mais além daquela onde somente aparece D. Pedro I, efetivamente importante, mas que toma uma dimensão maior com a entrada em cena do povo brasileiro. Grandiosa nas comemorações baianas é a homenagem prestada pelo povo às figuras do caboclo e da cabocla, frutos da miscigenação fantástica ocorrida no País, desde o seu descobrimento, e que importaram, e muito, nas lutas pela Independência do Brasil. Por tudo isto é que reafirmo a necessidade de se incluir, com mais destaque, essas lutas efetivadas nas províncias em favor da independência brasileira. Uma luta muito bem representada no episódio baiano que, com tanto fervor, é comemorado debaixo de muita alegria e civismo pelo povo baiano. Muito obrigado. O SR. EDINHO BEZ (PMDB – SC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, meus colegas Parlamentares, na qualidade de contador por formação, gostaria de me manifestar nesta oportunidade para parabenizar o Presidente do Conselho Federal de Contabilidade, meu amigo e competente catarinen- Julho de 2011 se Juarez Domingues Carneiro, por ter sido eleito, por unanimidade, em Buenos Aires, Argentina, no último dia 28 de junho, para presidir o Grupo de Emissores de Normas Contábeis dos Países Latino-Americanos e Caribe. Esse dia ficará marcado como um dia histórico, pois foi mais um grande passo na Contabilidade brasileira, já que só agora poderemos ter voz perante os outros países. Além do Brasil, integram o Grupo a Argentina, a Venezuela, o México, o Uruguai e o Chile. Parabenizo o Conselho Federal da Contabilidade na pessoa do seu atuante presidente, extensivo a todo o seu corpo diretivo. Tenha a certeza, Presidente Juarez, de que a classe contábil se orgulha ainda.... (O microfone é desligado.) O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como contador de formação, gostaria de me manifestar nesta oportunidade para parabenizar o Presidente do Conselho Federal de Contabilidade, meu amigo e competente catarinense Juarez Domingues Carneiro, por ter sido eleito por unanimidade, em Buenos Aires, Argentina, no último dia 28 de junho, para presidir o Grupo de Emissores de Normas Contábeis dos Países Latino-Americanos e Caribe. Este dia deve ficar marcado como um dia histórico, pois foi mais um grande passo da contabilidade brasileira, já que só agora poderemos ter voz perante os outros países. Além do Brasil, integram o grupo a Argentina, a Venezuela, o México, o Uruguai e o Chile. Parabenizo o Conselho Federal de Contabilidade, na pessoa de seu atuante presidente, extensivo a todo seu corpo diretivo. Tenha a certeza, Presidente Juarez, de que a classe contábil se orgulha ainda mais de ter pessoas atuantes como você é, dando continuidade ao excelente trabalho da Presidente Maria Clara Bugarim, que engrandeceu em muito nossa classe. Hoje, a contabilidade brasileira é reconhecida mundialmente neste momento tão importante de conquistas, com a nova Lei de Regência, que atribui ao Conselho Federal de Contabilidade o poder normatizador, bem como com a instituição do exame de suficiência, atribuindo também ao CFC a formação continuada dos seus profissionais, entre outros avanços. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Os nossos cumprimentos ao CFC por estar contribuindo com os processos decisórios da contabilidade mundial. Passo a tratar de outro assunto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. Tomo a palavra nesta oportunidade para enaltecer um espaço dedicado à história catarinense e do Brasil: a Catedral Metropolitana de Florianópolis. Trata-se de um monumento histórico, além de um grande templo. O acesso feito por uma das laterais dá para o Espaço Museal da Catedral Metropolitana. Um trabalho de restauração iniciado em 2005 trouxe surpresas que aos poucos começam a ser conhecidas. Foi construído um elevador para cadeirantes, uma modernização necessária para incluir as pessoas portadoras de necessidades especiais. No espaço Museal (que não é chamado de museu porque exige um profissional responsável e o local é considerado pequeno), o visitante conhece um pouco da história da Catedral e da cidade. Podem ser vistos objetos, pinturas, painéis e a própria arquitetura do prédio com suas paredes em tijolos e madeira e chão em ladrilho português. Desde a sua criação a Catedral Metropolitana está ligada ao povoamento definitivo de Florianópolis. Foram recuperadas na reforma as coberturas e estruturas, área externa e fachadas. A Catedral recebeu a instalação de ar-condicionado que ajuda a preservar as peças e câmeras de segurança na parte interna e externa. As obras têm custo orçado em R$1,4 milhão e foi pago por meio da Lei Rouanet (nº 8.313, de 1991). Cumprimento o Administrador Arquidiocesano, Padre João Francisco Salm, de Florianópolis, e estendo esses cumprimentos aos demais padres pelo complemento de obras importantes que engrandecerão ainda mais a nossa histórica Catedral Metropolitana de Florianópolis, além daqueles que de forma direta e indireta colaboraram. Era o que tinha a dizer. O SR. EDSON EZEQUIEL (PMDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, neste pronunciamento, eu quero enfatizar que, para fazer uma análise racional e justa da questão das regras de compartilhamento da receita de tributação da exploração de petróleo, nós precisamos considerar globalmente uma série de questões, como os critérios de distribuição do FPE e FPM, as dívidas dos Estados com a União, a utilização da origem versus destino no ICMS, o problema da guerra fiscal entre os Estados, entre outras. Nesse aspecto, fiz questão de deixar registrado nos Anais da Casa o excelente artigo do Senador Fran- Quarta-feira 6 34945 cisco Dornelles, intitulado Estado espoliado, publicado no jornal O Globo, edição da semana próxima passada. Felizmente, no último final de semana, surgiu uma luz no fim do túnel, com o esboço do acordo dos Governadores dos Estados produtores com os representantes dos Governadores do Norte e Nordeste. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ao analisar a situação econômica do País, naturalmente, componentes macroeconômicas como aquelas relativas à dívida pública, inflação, câmbio, PIB e transações correntes, entre outras, estão entre as questões que mais mobilizam os economistas. Entretanto, pelo menos em alguns casos, dizem que o diabo mora nos detalhes. Eu diria que reside também na fragilidade de análises superficiais que não consideram todas as implicações do processo global. Na verdade, existem algumas questões que precisam ser analisadas globalmente, para que se possa encontrar uma solução de consenso que promova o equilíbrio entre alguns tópicos polêmicos que interferem no equilíbrio econômico‑financeiro dos Estados da Federação e da União. Refiro-me a questões como as dívidas dos Estados para com a União, as regras de compartilhamento da tributação das receitas do pré-sal, os critérios de distribuição do FPE e FPM, a utilização da origem versus destino na arrecadação do ICMS da área do petróleo e o problema da guerra fiscal entre Estados, entre outras. Neste aspecto, gostaria de comentar, repercutir e deixar registrado nos Anais desta Casa o excelente artigo do Senador Francisco Dornelles, intitulado Estado espoliado, publicado no jornal O Globo na semana próxima passada. No mencionado artigo é mostrado que o Rio tem manifestado a importância de uma justa repartição da renda nacional entre todos os Estados e Municípios e apoiado a instituição e a manutenção de sistemas de distribuição da renda dos impostos nacionais com base no critério do inverso da renda per capita. Assim sendo, em decorrência da aplicação desse critério, em 2010, dos 118 bilhões de reais que a União arrecadou no Rio, somente 2,8 bilhões de reais, o equivalente a 2,4% do coletado, retornaram ao Estado, para o Governo Estadual e as Prefeituras. Essa relação da arrecadação de impostos federais e retorno por transferências, que foi de 2,4% no Rio, atingiu o expressivo montante de 56% para o conjunto dos Estados do Norte, do Nordeste e do Centro 34946 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Oeste, bem como de 17% nos Estados do Sul. Resumidamente, a média para todo o Brasil foi de 16,8%. Neste ponto cabe uma reflexão: se a União transferisse ao Rio de Janeiro 56% do que arrecada no Estado, como o faz em relação aos Estados do Norte, Nordeste e do Centro Oeste, o Rio passaria a receber 66,2 bilhões de reais por ano, 6,8 vezes o que recebeu a titulo de royalties e participação especial pela exploração de petróleo em 2010. Na mesma linha de raciocínio, se a União devolvesse 17% do arrecadado no Estado, percentual correspondente ao que ela retorna aos Estados da Região Sul, o Rio receberia, por meio dos fundos de participação, 20,06 bilhões de reais, o que equivaleria ao dobro do que recebeu a titulo de royalties e participação especial pela exploração de petróleo em 2010. Tudo isto assim funciona porque o ICMS, imposto estadual sobre valor agregado, tem a receita normalmente destinada ao Estado de origem, isto é, onde se realizou a produção. Entretanto, acontece que a Constituição Federal, no caso do petróleo, estabeleceu uma exceção à regra geral, ao determinar que o ICMS do petróleo seja cobrado no Estado de destino. Essa regra transfere anualmente, em média, a importância de R$5 bilhões do Rio de Janeiro para outros Estados. Desse modo, o Rio de Janeiro, que foi discriminado pela Constituição de 1988 em relação à cobrança do ICMS do petróleo no Estado de destino, é agora ameaçado de perder a sua receita de royalties por propostas que ferem o bom senso, o ordenamento jurídico e o equilíbrio federativo. Adicionalmente, o Governo Federal anunciou o El Dourado do Pré-Sal e, imediatamente, também informou que essa riqueza não seria explorada com base no regime de concessão, mais no regime de partilha. Essa mudança de regime acaba com a participação especial, que corresponde à metade do arrecadado pelo Rio com a exploração do petróleo. Essa parcela da participação especial que deixa de ser cobrada da empresa que explora o petróleo, e que é devida ao Estado produtor no regime de concessão, resulta, no caso do regime de partilha, em ganho da União. Observem que, dentro da lógica, no regime de partilha, a União não deveria receber os royalties do petróleo. Considerando que a arrecadação da participação especial recebida pelos Estados produtores em 2010 foi de aproximadamente 6 bilhões de reais, este será o montante de sua perda anual e o ganho adicional da Julho de 2011 União no regime de partilha quando a produção nos dois regimes for equivalente. Assim sendo, a mudança do critério da repartição dos royalties também deve levar em conta a perda dos Estados produtores e o ganho adicional da União em decorrência da não cobrança da participação especial no regime de partilha. Neste ponto, é importante lembrar que o Rio de Janeiro sempre foi, historicamente, favorável à tese de fortalecimento da Federação e apoia a criação de um mecanismo de distribuição dos royalties de petróleo para os Estados e Municípios não produtores. Entretanto, esse mecanismo deve considerar o fato de que os royalties são a compensação indenizatória devida por aquele que explora o petróleo àqueles que sofrem os impactos de sua produção. Além disso, o Rio de Janeiro entende que qualquer repartição de royalties não pode alcançar o resultado dos campos já licitados, e que, em relação aos que vierem a ser licitados, esses royalties caberiam exclusivamente aos Estados e Municípios produtores e não produtores, tendo em vista que a União ficará sozinha com o lucro decorrente da exploração do petróleo no regime de partilha. É importante ressaltar que a União poderia, inclusive, destinar parte desse lucro aos fundos de natureza social a que tanto tem-se referido o Governo Federal. Cabe mencionar que o Senador Dornelles encerra o seu excelente artigo com a seguinte frase conceitual: “O Rio de Janeiro está pronto para o entendimento, mas não aceita ser um Estado espoliado”. Felizmente, no último final de semana, parece que surgiu uma luz no fim do túnel. Os Governadores do Norte e Nordeste se comprometeram a apoiar o respeito aos contratos já assinados e manter uma compensação financeira maior aos Estados produtores de petróleo na divisão da arrecadação dos royalties do petróleo. Esse acordo básico, que esperamos ver aprimorado e homologado pela Presidente Dilma e sua equipe e, posteriormente, aprovado pelo Congresso, permitirá ao Rio de Janeiro preservar a arrecadação de 9,6 bilhões de reais obtida em 2010 e uma fatia maior das riquezas a serem geradas pela exploração da camada do pré-sal, estimadas em dezenas de bilhões de reais por ano. Em face da premência de tempo, deixarei para outra oportunidade uma análise sobre as questões da dívida dos Estados para com a União e dos problemas decorrentes da guerra fiscal. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado, Sr. Presidente. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. FELIPE BORNIER (Bloco/PHS-RJ. Sem revisão orador.) – Sr. Presidente, Deputado Manato, Sras. e Srs. Deputados, quero lamentar o falecimento do ex‑Presidente Itamar Franco, o que para mim foi um grande pesar, pois sua marca teve um caráter nacionalista e empreendedor. O ex-Presidente sempre expressou sentimento de proteção e defesa dos interesses nacionais em qualquer circunstância. Amava o Brasil como amava o seu povo. Aos familiares deixo a minha solidariedade e admiração, pois a perda certamente é irreparável. Quero aproveitar a oportunidade para parabenizar o meu querido Município de Itaguaí, que hoje faz aniversário. Hoje estarei presente à sessão solene, quando será comemorado o 193º aniversário da cidade. Serão homenageadas várias pessoas, como o meu amigo jornalista Wellington Campos, do jornal Atual. Aproveito a oportunidade para mandar o meu abraço ao Vereador Carlos Kiffer, ao Vereador Abelardinho, ao Vereador Vicente Rocha, Presidente da Câmara Municipal, e ao Pastor Aramis, que são pessoas por quem temos muito respeito. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero lamentar, com muito pesar, o falecimento do ex‑Presidente Itamar Franco, porque a sua marca sempre foi de um caráter nacionalista e empreendedor. O ex-Presidente sempre expressou um sentimento de proteção e defesa dos interesses do Brasil em qualquer circunstância. Amava o Brasil como amava o seu povo. Aos seus familiares deixo a minha solidariedade e admiração, pois a perda é irreparável. Quero aproveitar a oportunidade e parabenizar o Município de Itaguaí, que faz aniversário hoje, e confirmar minha presença mais tarde na sessão solene que será realizada às 18 horas em comemoração os 193 anos de história, na Câmara Municipal de Itaguaí. Nesta ocasião será inaugurado o Salão Nobre Municipal. Grandes personalidades serão agraciadas como o meu amigo jornalista Wellington Campus, representando o jornal Atual, o mais lido de Itaguaí e da Costa Verde. Aproveito para mandar um abraço especial aos meus amigos Vereadores Vicente Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Itaguaí; Carlos Kiffer; Abelardinho; Pastor Aramis e toda a sua equipe, familiares e amigos. Quero dar os parabéns a Itaguaí, Município de povo guerreiro, lutador pelos seus ideais e de uma Quarta-feira 6 34947 população guerreira, e falar do amor e do carinho que eu tenho por esse Município. A todos os amigos de Itaguaí quero afirmar que poderão sempre contar com meu apoio para ajudar cada vez mais no crescimento do Município, o qual tenho muito orgulho em sempre poder apoiar, seja com a minha presença, seja com recursos orçamentários por meio das minhas emendas individuais, seja de qualquer outra forma de interesse da cidade. Muito obrigado. O SR. LUIZ COUTO (PT – PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ontem tivemos, juntamente com a Deputada Fátima Bezerra, duas audiências públicas sobre o Plano Nacional de Educação, uma em João Pessoa, na Universidade Federal da Paraíba, e outra em Campina Grande. Foram duas audiências muito importantes. Lá debatemos a questão do Plano Nacional. Como resultado deste debate, já foi criado o Fórum Estadual em Defesa da Educação. Então, neste aspecto é importante o debate que estamos travando sobre o Plano Nacional de Educação, porque ele é fundamental. É ele que vai comandar toda a educação brasileira durante esses 10 anos. Daí a importância desse amplo debate que estamos fazendo. Quero parabenizar a Deputada Fátima Bezerra que esteve lá em João Pessoa e em Campina Grande, colaborando e dando a importância fundamental para este debate sobre o PNE. O SR. ASSIS CARVALHO (PT – PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queremos somente registrar a passagem do nosso querido Presidente Nacional do PT – Rui Falcão; do nosso querido João Vaccari e de Paulo Frateschi pelo Estado do Piauí, no último dia 30 de junho. Lá, visitando o nosso Estado, eles trataram de vários temas. Nós agradecemos. Nosso Presidente disse, na imprensa local, que não há solução para o Brasil enquanto não resolvermos os sérios problemas do Nordeste. Neste ponto reconhecemos que no Governo Lula avançamos muito, mas o fosso era tão distante e tão grande que ainda muito devia ser feito, problema de saneamento, problema de águas – o Água para Todos nós queremos destacar de forma muito especial –, problema de falta de moradia. Ainda temos muitas pessoas que não têm uma casa digna para morar. É com esse sentimento que nós estamos aqui, que nos somamos ao nosso Presidente e pedimos todo apoio para que tenhamos um olhar especial para o nosso Nordeste e para o nosso Piauí. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR 34948 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, queremos registrar nesta Casa a visita de Rui Falcão, Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores, ao nosso Estado do Piauí, que se deu na semana que passou. Ele atendeu nosso convite, feito por meio do Presidente Deputado Fábio Novo, do PT Estadual, e do Senador Wellington Dias, e teve uma agenda muito positiva durante os 2 dias em que lá esteve. Queremos destacar o reconhecimento de nosso presidente nacional, que sabe que não há solução para o Brasil sem solução para o Nordeste. Ele se comprometeu a conversar com a Presidenta Dilma Rousseff sobre a necessidade de se direcionar grandes projetos de desenvolvimento para as Regiões Norte e Nordeste, e de aplicação de políticas públicas capazes de corrigir as desigualdades regionais e sociais que enfrentamos. Não podemos olhar para o Piauí com os mesmos olhos que olhamos para São Paulo, para os Estados do Sul e Sudeste. Há falta de saneamento básico, de moradia digna, de acesso à saúde pública e à educação pública de boa qualidade para a maioria da população nordestina, em especial para o Piauí. Reconhecemos os avanços do Governo Lula, que vem tendo sequência agora com a Presidenta Dilma, e que possibilitaram a ascensão de mais de 13 milhões de brasileiros para as classes A, B e C, desde junho de 2009. O Brasil cresceu e cresce com Lula e Dilma. O povo reconhece no PT esse projeto de inclusão social que possibilitou tirar mais de 40 milhões da pobreza absoluta e que agora terá no Programa Brasil sem Miséria a continuação dessas ações. Segundo as pesquisas, mais de 30% da população confiam no PT e, no Piauí, essa preferência é de mais de 40%. Isso mostra que estamos no caminho certo e que nele vamos continuar. Queremos agradecer ao companheiro e Presidente Rui Falcão a visita, a experiência e nos comprometer com ele a ajudar nessa empreitada da campanha nacional de filiação que ele lançou lá. O Piauí responderá presente. Vamos mobilizar nossa militância, dirigentes, Parlamentares e coordenadores para isso, Presidente Rui Falcão. Muito obrigado. O SR. LUIS CARLOS HEINZE (PP – RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Parlamentares, quero cumprimentar a Ministra Ellen Gracie pela decisão, na sexta-feira passada, sobre um ato desapropriatório do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em uma propriedade do produtor Renan Toniazzo, em São Borja. Um depósito, Deputado Renato Molling, de aproximadamente 1,9 milhão de reais em dinheiro e o pagamento em precatório a ser feito de aproximadamente Julho de 2011 2 milhões e pouco de reais, cuja avaliação do perito era de 8,5 milhões de reais. Precatório de 2 milhões e pouco? Isso não vale 10%. Portanto, esse ato desapropriatório... Imagine um empresário de sua região, Deputado, que perca o trabalho de uma vida, como é o caso de Renan Toniazzo. Coloco‑me na posição de qualquer produtor do Brasil que é desapropriado dessa forma. Vemos que ainda há justiça neste País. Quero cumprimentar o Supremo Tribunal Federal e a Ministra Ellen Gracie pela posição... (O microfone é desligado.) O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Com a palavra o Deputado José Airton. O SR. JOSÉ AIRTON (PT – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, venho à tribuna para dar apoio aos jornalistas deste País. No dia 7 de junho, comemoramos, no Brasil, o Dia da Liberdade de Imprensa. Associo-me à luta em defesa da PEC do Diploma dos Jornalistas, tanto a PEC 386, de 2009, do Senador Valadares, quanto a PEC 333, que tramita no Congresso Nacional. Quero também, Sr. Presidente, parabenizar o Município de Maracanaú, pelos 28 anos de emancipação política, onde ocorreram vários eventos. Inclusive, participei ontem deles, em homenagem a quatro ex-Governadores e Vice‑Governadores do Estado do Ceará. Quero também aqui felicitar e registrar o aniversário do Bairro João XXIII, de Fortaleza, que comemorou 48 anos no dia 2 de junho. Em nome de Maurílio Ascêncio, quero cumprimentar todos os moradores daquele bairro tão querido. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho aqui prestar minha homenagem aos comunicadores deste País. Venho falar do dia da Liberdade de Imprensa, que é comemorado no dia 3 de junho no mundo, mas no Brasil é no dia 7 de junho. Acredito que seja por conta da ditadura militar no Brasil, que durou 21 anos. Neste período, os veículos de comunicação passaram pela vigilância acirrada da censura. A liberdade de imprensa era praticamente inexistente. Jornalistas foram presos, muitos torturados e até mortos pelos militares. Talvez por isso mesmo o Dia da Liberdade de Imprensa aqui seja comemorado em 7 de junho e não pode ser esquecido. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Lembro aqui também que vai fazer 20 anos da Declaração de Windhoek. Em maio de 1991, mais de cem delegados, a maioria africanos, participaram de uma conferência em Windhoek, a capital da Namíbia. O encontro durou 5 dias e nele foi debatida a necessidade de se promover uma imprensa independente e pluralista na África. O documento cobrava dos governos africanos garantias constitucionais de liberdade de imprensa e associação, porque essas liberdades são fundamentais para a realização das aspirações humanas. Vejo até com avanço a atual situação no nosso País, porque, desde então, muito progresso tem sido feito com a proliferação das chamadas “novas mídias”, das novas tecnologias e dos novos modos de difusão; a informação tornou-se muito mais acessível ao direito de informar e de ter a informação. Além de diversificar a informação veiculada pelos principais meios de comunicação, tais como os blogs, o Facebook e o Twitter. Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, manifesto o meu profundo apoio ao direito universal à liberdade de expressão e pelo direito de segurança aos profissionais da imprensa. Vários membros da imprensa têm sido assassinados, mutilados, detidos ou mesmo tomados como reféns pelo fato de exercerem, em consciência, esse direito. Segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas, 56 jornalistas foram mortos no cumprimento do dever em 2004; 19 jornalistas continuam a ser dados como desaparecidos, receando-se que tenham sido mortos, e 124 encontram-se detidos – fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas. Segue esse apelo a todos os governantes, para que reafirmem o seu compromisso em relação a esse direito consagrado no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é também um dia para refletirmos sobre o papel dos meios de comunicação social em geral e valorizar os comunicadores e jornalistas lembrando da importância da Proposta de Emenda à Constituição nº 386, de 2009, que define a obrigatoriedade do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista. Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Parabenizo o Município de Maracanaú pelos seus 28 anos de emancipação política. Vários eventos festejaram a data, dentre eles, o lançamento da revista Vida Pública, elaborada pela Fundação Demócrito Rocha e distribuída pelo grupo O Povo, de Comunicação A revista relembrou a trajetória política de três coronéis e ex-Governadores do Ceará – Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals – e do ex-Prefeito de Juazeiro do Norte, Humberto Bezerra. As personali- Quarta-feira 6 34949 dades fizeram história política no Município e foram homenageadas com a Medalha Tenentes Raimundo e Mário Lima, concedida pela Prefeitura de Maracanaú. Essa medalha foi criada através da Lei nº 1.665, de 7 de abril de 2011, com o objetivo de homenagear anualmente quatro personalidades que se destacaram ou contribuíram para o processo de emancipação de Maracanaú. Deixo aqui meus parabéns ao Prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, pela sua atuação e pelo resgate da memória do Município e de seus os homenageados que foram importantes para o desenvolvimento vivenciado atualmente pelos maracanauenses. Ele citou a criação do distrito industrial e dos conjuntos habitacionais Jereissati I e II por Virgílio Távora, a assinatura de emancipação do Município por Adauto Bezerra e a construção da Central de Abastecimento do Ceará, que hoje recebe cerca de 12 mil pessoas por dia. Finalizo convidando o povo do Ceará a participar da tradicional festa junina que acontece entre os dias 1º a 17 de julho. O São João de Maracanaú chega a sua sétima edição, consolidando-se como o melhor e maior do Ceará e um dos principais festejos juninos do Brasil, destaque nos calendários cultural e turístico do Estado. Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para registrar o aniversário de um grande Bairro da nossa Fortaleza, o Bairro João XXIII, que comemorou 48 anos nesse dia 2 de junho. A programação das festividades alusivas começaram no dia 31 de maio, com a Coroação da Imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição. Estive presente à festa para o desfile beneficente de 31 crianças que representaram um dos dias do mês de maio em prol da reforma do teto da Igreja Imaculada Conceição. A festa também contou com a presença do ex-Vereador Maurílio Ascêncio, membro do Conselho de Moradores do Bairro João XXIII. Agradeço pelo apoio a todos do bairro em nome do companheiro que tem muitos serviços prestados em Fortaleza, Maurílio Ascêncio. As festividades é uma realização Conselho de Moradores do Bairro João XXIII e da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição. Meu muito obrigado. O SR. RENATO MOLLING (PP – RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, uma questão muito importante, que nos preocupa muito, é a das drogas no Brasil. Foi feito um levantamento pelo CNM. Por meio de pesquisa, foi constatado que 98% dos Municípios têm problemas nessa questão. Sabemos que o Governo está fazendo um esforço, mas os recursos sempre são insuficientes. Sabemos 34950 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS também que as igrejas têm feito um trabalho voluntário e muitas vezes exemplar. Nesse sentido, eu apresentei, na LDO, uma emenda, permitindo que fossem repassados recursos para essas instituições. Eu tenho certeza de que se poderia fazer um trabalho muito maior se essas igrejas recebessem um pouco de recursos, e, com o voluntariado, poderíamos combater essa droga que está terminando com a nossa juventude. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, justifica-se a crescente preocupação dos órgãos governamentais e da sociedade com a proliferação do uso de drogas em todo o País. Estudo realizado recentemente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) confirma esse fato, demonstrando que em 98% dos Municípios pesquisados existem problemas relacionados a drogas e/ou ao crack. Cabe ressaltar o caráter pioneiro da iniciativa da CNM, de mapear o uso do crack no Brasil, investigando a presença das drogas em cada Município, procurando, ao mesmo tempo, saber como o poder público municipal está organizado para enfrentar o problema, e qual a participação da União e dos Estados. Foram aplicados questionários por meio de contato telefônico, preferencialmente, com os Secretários Municipais de Saúde, no período de 2 a 23 de novembro de 2010. Foram contatados 5.563 Municípios brasileiros, sendo que responderam ao questionário 3.950, ou seja, 71% deles. Somente cerca de 2% dos entrevistados mencionaram que o crack ou qualquer outra droga não estavam presentes no Município. Durante a aplicação dos questionários, houve, literalmente, pedidos de socorro de Secretários de Saúde de algumas cidades, porque o problema com as drogas está fora de controle em seus Municípios. Os depoimentos são, de fato, alarmantes, e os resultados da pesquisa mostram que o problema do tráfico e do consumo de crack e outras drogas deixou de ser dos grandes centros urbanos e se alastrou para todo o território nacional. Vale notar que o Governo Federal limitou o acesso dos Municípios ao Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas quando estabeleceu como requisito população acima de 20 mil habitantes, restringindo, então, as ações a 1.643 Municípios, o que corresponde a 29,5% das cidades brasileiras. Para os Municípios com população até 20 mil habitantes, Julho de 2011 foi disponibilizada apenas a possibilidade de implantação de Núcleos de Apoio à Saúde da Família, Tipo 3 (NASF 3). Para as demais ações, esses Municípios deverão atuar de forma regionalizada, com unidades de referência. Outro dado digno de menção refere-se ao número de Municípios que possuem Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Dos 3.950 Municípios que responderam ao questionário, 3.366 (85,22%) não possuem CAPS. Na grande maioria dos Municípios entrevistados (91,5%) ainda não há um programa municipal de combate ao crack. Entre os Municípios que possuem o programa, 82 declararam que recebem apoio financeiro do Governo Federal, 46 do Governo Estadual, 12 de outras instituições (ONG) e 208 que representam a maioria, ou seja, 62,4% não recebem nenhum apoio financeiro para esse fim. No estudo da CNM, enfatiza-se, então, entre outras providências, a importância da integração de todos os Municípios na Política Nacional de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, mediante a identificação de demandas e necessidades específicas, a elaboração do plano municipal integrado de ações e serviços de prevenção e enfrentamento ao crack e outras drogas, a promoção de tratamento adequado e a adoção de medidas para reinserção social e profissional dos usuários de drogas. Além da pesquisa efetuada no ano passado, a Confederação Nacional de Municípios lançou, em abril deste ano, o portal Observatório do Crack, com o objetivo de continuar acompanhando o que ocorre nos Municípios relativamente ao crack e outras drogas. De acordo com o Presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, o Observatório será o principal canal de comunicação entre os cidadãos a respeito do crack. No site, encontram-se dados enviados pelos gestores municipais e pela comunidade acerca do número de dependentes químicos, ações que estão sendo tomadas para combater a droga, e quais são as práticas bem-sucedidas que podem servir de exemplo para outros Municípios. O Observatório permite ainda o acesso a notícias, à legislação e a publicações na biblioteca virtual referentes ao assunto. Com essas medidas, espera-se suprir a falta de dados oficiais sobre o número de vítimas e o perfil dos dependentes químicos no País. Realmente, são os Municípios que enfrentam de perto os problemas acarretados pelo crack e sofrem com a falta de políticas de prevenção. Por isso, justamente os Municípios, as Prefeituras, os gestores municipais, sobretudo da área de saúde, têm muito a contribuir para modificar essa realidade. Com os dados Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sobre a circulação e o consumo da droga, será possível orientar a gestão municipal e a tomada de decisões. Nesse sentido, apresentei uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) neste ano, sugerindo que seja possível a transferência de recursos do Orçamento Geral da União para as entidades religiosas que fazem trabalhos de prevenção e tratamento de dependentes químicos. Com recursos escassos, as igrejas fazem um trabalho de voluntariado muito importante na prevenção e no tratamento de viciados. E não medem esforços para auxiliar no combate desse mal, que atinge principalmente as crianças carentes do nosso País. Sem dinheiro as entidades religiosas contribuem de forma excepcional no combate de um dos problemas sociais mais graves do Brasil. Com ajuda financeira do Estado, poderia ampliar o trabalho. Nesse sentido, nossa sugestão à LDO tem como objetivo dar condições para que o trabalho das igrejas seja intensificado e continue fazendo o bem para a nossa população. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é preciso, com efeito, ampliar o debate em busca de soluções e, com base no conhecimento da realidade dos Municípios, conferir amplitude nacional aos resultados das ações contra o crack e as demais drogas. Por fim, além de tornar a defender a necessidade de revisão dos limites da Política Nacional de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, resta dirigir as devidas congratulações à CNM pela iniciativa do mapeamento do uso do crack, pelo lançamento do Observatório do Crack e por acreditar na possibilidade de construção de um futuro melhor, com qualidade de vida nos Municípios brasileiros, o que reclama o compromisso das três esferas do Governo e da sociedade, para o desenvolvimento de ações integradas, duradouras, amplas e eficazes, destinadas a contribuir mais significativamente para a redução dos problemas relacionados ao tráfico e ao consumo de crack e outras drogas no Brasil. O SR. SIMÃO SESSIM (PP – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o jornal O Globo, de sábado, disse que a OAB pretende propor ao Congresso Nacional alterações na Lei nº 9.096, de 1995, a Lei dos Partidos Políticos. O Globo resume o desejo da OAB num dos boxes da matéria e diz: “A lei dá autonomia aos partidos para que decidam sobre organização interna, poder dos dirigentes e realização das convenções. Para a OAB, essa autonomia dá margem a que os partidos sejam dominados por caciques políticos.” Quarta-feira 6 34951 Sinceramente, eu não vejo desse modo. O problema não está no nível de autonomia, mas no modo como ela é exercida. Este é o ponto que deve merecer, de todos nós, uma reflexão e um exame maior, para que possamos dar representação política ao Brasil. Por isso, Sr. Presidente, a nossa proposta de que as convenções decidam democraticamente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no sábado, o jornal O Globo publicou a intenção da OAB de propor ao Congresso Nacional, alterações na Lei nº 9.096, de 1995, Lei dos Partidos Políticos. A notícia é parte da matéria sobre as dificuldades que a ex-Senadora Marina Silva tem encontrado no seu relacionamento político com os dirigentes nacionais do Partido Verde. O Globo resume o desejo da OAB num dos boxes da matéria. Diz o jornal: “A lei dá autonomia aos partidos para que decidam sobre organização interna, poder dos dirigentes e realização das convenções. Para a OAB, essa autonomia dá margem a que os partidos sejam dominados por caciques políticos”. Sinceramente, eu não vejo desse modo. O problema não está no nível de autonomia, mas no modo como ela é exercida. Este é o ponto que deve merecer, de fato, a nossa atenção, se desejamos melhorar a qualidade da representação política no Brasil. A questão essencial está no abandono do voto dos filiados como instrumento essencial de deliberação, uma situação facilitada, em muito, pela Constituição, sem limites e funcionamento por prazo indeterminado das comissões provisórias, que não trabalham como órgãos democráticos de deliberação, mas como organismos inteiramente subordinados à vontade, por vezes imperial, dos dirigentes nacionais. As qualificações e o roteiro para filiações é outro ponto a resolver. A decisão sobre quem acolher deve ser tomada em última instância pelas convenções partidárias, quando a aspiração não é correspondida pelos dirigentes. Desse modo, pode-se ampliar a base que efetivamente decide e melhorar o grau de democracia partidária. O tema levantado pelo O Globo e pela OAB cria problemas há muito tempo no ambiente eleitoral e político e é complexo. Os partidos políticos, em todo o mundo democrático, são a porta de entrada de novas lideranças. Por aqui, com raras exceções, são focos de desapontamento. 34952 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Os partidos políticos brasileiros perderam muito a capacidade de criar e estimular novas lideranças e, paradoxalmente, perderam com mais intensidade quando recuperamos a democracia como regime político. Ainda me lembro das convenções que irradiavam calor político, por serem ambientes de intensas e saudáveis disputas. Hoje, as convenções são recintos festivos, mas amorfos em deliberações democráticas. Não é por acaso que a história recente registra a situação de líderes políticos que, para fugirem à tirania dos partidos que são controlados de cima para baixo, precisaram mudar de partido e, muitas vezes, criar novos espaços para os seus planos políticos. Neste campo, temos os exemplos de Leonel Brizola, Tancredo Neves, Itamar Franco, Lula, Collor, Sarney, Covas e Fernando Henrique. Parte significativa dos partidos políticos registrados no Brasil nasceu por conta da impossibilidade de convivência dos seus mais ilustres filiados com a cúpula dirigente. Portanto, erra a OAB quando acredita que a redução no nível de autonomia dos partidos é uma providência essencial no corpo da reforma, para abrir oportunidades de participação política. Sem autonomia, os partidos perderiam, em definitivo, o gene democrático. No lugar de retirá-lo, melhor será fortalecê-lo, realimentá-lo, com a transferência do poder de deliberação dos dirigentes partidários para os filiados que o exercerão por meio do voto democrático, que dá a cada cidadão um voto e a todos os votos o mesmo peso. É preciso que o Brasil pense os seus problemas a partir de suas causas e não, como sói acontecer, a partir de suas consequências. Tem sido assim em quase todas as situações. É exatamente o que se dá na discussão sobre a autonomia dos partidos. Ela não atende à democracia, porque não é exercida pelo voto democrático, mas, no lugar de defender o voto democrático no interior dos partidos como instrumento do exercício da autonomia, há quem pregue o fim da autonomia. Muito obrigado. Durante o discurso do Sr. Simão Sessim, o Sr. Manato, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Arnaldo Faria de Sá, § 2° do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) – Concedo a palavra ao nobre Deputado, grande Líder do Espírito Santo, Manato. O SR. MANATO (PDT – ES. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente, Deputado Arnaldo Faria de Sá. Julho de 2011 Eu dizia a V.Exa. que hoje nós estamos juntos na luta pela PEC 300. Acho que chegou a hora de o Governo se render à categoria, que merece valorização. Vimos a atuação da Polícia Militar, vimos como um policial militar atuou no Rio de Janeiro, no episódio de Realengo. Nós anistiamos os bombeiros militares porque eles tinham razão. Nós somos favoráveis a que os policiais militares e os bombeiros militares tenham um salário digno, porque essas são as pessoas que estão na linha de frente. Quero dizer também, Sr. Presidente, que nós concordamos com a Presidente Dilma Rousseff quando toma providências urgentes em relação ao Ministério dos Transportes. Pelo que está acontecendo, deve-se dar amplo poder de defesa e direito às pessoas que estão lá, mas temos de colocar o Tribunal de Contas, a Corregedoria-Geral da União e esta Casa para esclarecer o desvio que está acontecendo naquele órgão. Obrigado, Sr. Presidente. O Sr. Arnaldo Faria de Sá, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Manato, 2º Suplente de Secretário. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Celso Maldaner. O SR. CELSO MALDANER (PMDB – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, numa demonstração de equilíbrio e vontade política, nós, o Governo do Estado de Santa Catarina e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação – SINTE, estamos torcendo por um acordo para findar uma greve de 48 dias. A proposta contempla: 1) piso salarial para quem recebia de vencimento básico até R$1.187; 2) garantia de manutenção integral da regência de classe nos níveis atuais de 25% e 40%, a partir de janeiro; 3) segurança de recomposição das gratificações por aulas excedentes, também em 2012; 4) recuperação parcial das gratificações por regência em agosto; 5) incorporação do Prêmio Educar, que melhora a remuneração e representa mais garantias para os que estão próximos da aposentadoria; 6) incorporação do prêmio assiduidade, que também oferece mais estabilidade financeira; e mais alguns itens em favor dos professores. Esperamos que a greve termine com esse acordo com o Governo do Estado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, numa demonstração de equilíbrio e vontade política, o Governo do Estado de Santa Catarina e o SINTE – Sindicato dos Trabalhadores em Educação estão prestes Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a selar a proposta salarial que encerra uma greve da categoria que há 48 dias perdura no Estado desde que a classe busca a aplicação do piso. No entanto, a última proposta apresentada pelo Governo foi um grande avanço especialmente pelo compromisso do Governo de recompor parte dos valores da regência de classe – uma gratificação sobre o salário-base –, já a partir de 2011. Além disso, a proposta contempla: 1) piso salarial para quem recebia de vencimento básico até R$1.187; 2) garantia de manutenção integral da regência de classe nos níveis atuais de 25% e 40%, a partir de janeiro; 3) segurança de recomposição das gratificações por aulas excedentes, também em 2012; 4) recuperação parcial das gratificações por regência em agosto; 5) incorporação do Prêmio Educar, que melhora a remuneração e representa mais garantias para os que estão próximos da aposentadoria; 6) incorporação do Prêmio Assiduidade, que também oferece mais estabilidade financeira; 7) início de estudos para implantação do piso na carreira do magistério; 8) ganhos políticos importantes, como anistia da greve de 2008, compromisso de autonomia para as direções das escolas, volta da progressão funcional. Com a nova proposta, o Governo afirma que serão gastos cerca de R$27,5 milhões a mais por mês, R$5 milhões acima do previsto com a proposta anterior. Com a recomposição integral dos índices pedida pelos professores seriam cerca de R$33 milhões mensais a mais. A maior parte do dinheiro virá dos recursos destinados à educação. Serão economizados investimentos em infraestrutura e material escolar, por exemplo. O mais importante é que as aulas estão prestes a ser retomadas beneficiando toda a comunidade escolar. Acreditamos na escola pública, no ensino público, acreditamos acima de tudo na educação. O movimento e as reivindicações genuínas da categoria e o esforço do Governo em chegar a um acordo selam o interesse em continuar fazendo de Santa Catarina um Estado com elevados índices na educação. Muito obrigado. A SRA. LUCI CHOINACKI (PT – SC. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar que ontem nós realizamos o seminário As Mulheres e a Reforma Política, com a participação de Parlamentares da Comissão que discute a matéria nesta Câmara e de Parlamentares da Assembleia Legislativa. Foi uma atividade muito importante. Dele retiramos a Carta das Mulheres Catarinenses, trazendo à discussão dados importantes e o pedido de que a votação da reforma política contemple a questão do financiamento público de campanha e garanta vagas, Quarta-feira 6 34953 cadeiras, para as mulheres, a exemplo de um país importante, que tem uma mulher como Presidente. Esta Casa não pode fazer mudanças na lei da reforma política, tão importante, sem garantir a participação das mulheres. Até porque a nossa participação na Casa ainda é minoritária, diante do trabalho das mulheres e da contribuição que estão dando para o País, e por ser ainda uma participação de 52% da população. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com a presença de Prefeitas, Vice‑Prefeitas e Vereadoras de 21 Municípios, a bancada feminina da Assembleia Legislativa realizou na segunda-feira, dia 4, o seminário As Mulheres e a Reforma Política. Eu fui convidada para ser palestrante no evento juntamente com a Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), a Deputada Federal Luiza Erundina (PSB/SP) e Liége Rocha, do Fórum Nacional de Mulheres. Nesse encontro ficou destacada a importância do financiamento público de campanha e a lista fechada com alternância de gênero. As mulheres enfrentam uma cláusula de barreira de ordem prática, os filhos. Temos dificuldades para fazer política carregando os filhos nas costas. Para mim, a questão precisa ser encarada com praticidade: “para garantir 30% de mulheres é preciso tirar 30% dos homens”. Sugeri que as mulheres aproveitem o momento político, pois “quem elegeu uma mulher Presidente da República precisa garantir a participação de 30% das cadeiras das Casas Legislativas”. Hoje, as mulheres representam mais de 50% do eleitorado, mas no Senado tão somente 13% dos eleitos, na Câmara 8,7%, nos Governos Estaduais 11%, nas Assembleias 11,6% e nas Câmaras Municipais 12%. A média da participação feminina é de apenas 11%, circunstância que coloca o País na 108ª posição entre as 192 nações que integram a ONU. No encontro também foi aprovada a Carta das Mulheres Catarinenses que reforça o posicionamento das mulheres contra a atual subrepresentação nos espaços de poder e exigindo medidas que estabeleçam a igualdade dos gêneros e convocando Vereadoras, Prefeitas, Deputadas e todas as mulheres para irem em marcha a Brasília reivindicar uma reforma política ampla, democrática e inclusiva. É o seguinte o teor da Carta: “Carta das mulheres catarinenses aprovada no seminário estadual ‘As mulheres e a reforma política’ Nós mulheres somos mais da metade da população e a maioria do eleitorado brasileiro. Nossa par- 34954 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ticipação política é intensa e contributiva nos diversos espaços, sejam eles públicos ou privados. Estamos em grande número nas bases sociais de todos os partidos políticos. Integramos as assessorias de mandatos legislativos e estamos nas equipes de governo. No entanto, continuamos subrepresentadas nos espaços de poder apresentando um dos piores índices de inserção de mulheres no parlamento da América Latina e do Mundo. As mulheres, os índios, os negros, os jovens, os trabalhadores, não podem mais conviver com um sistema político excludente, que permite que poucos segmentos sociais minoritários concentrem enormes poderes, excluindo amplos setores majoritários da sociedade. Por isso, no contexto dos debates da Reforma Política, a Bancada Feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a Bancada Feminina Catarinense na Câmara dos Deputados, as mulheres representantes de diversos partidos políticos, diversas vereadoras, prefeitas e mulheres catarinenses apresentam as prioridades apontadas no Seminário Estadual “As Mulheres e a Reforma Política”: 1. A reforma política deve corrigir as distorções da democracia representativa e beneficiar os mecanismos de participação. 2. A reforma política deverá criar mecanismos para fortalecer os partidos e democratizar as direções partidárias instituindo a fidelidade partidária programática. 3. O financiamento público de campanha exclusivo é a alternativa para diminuir a influência do poder econômico sobre os resultados eleitorais acabando com os altos custos dos processos eleitorais. Deverá garantir não só a participação das mulheres nos processos eleitorais, mas a garantia de vagas para mulheres. 4. Defendemos o sistema de listas preordenadas regulamentadas para garantir a implementação das cotas com alternância de gênero e a participação democrática dos convencionais. 5. Para promover ampla participação das mulheres é preciso ainda aprimorar os mecanismos da democracia direta, simplificando o processo de Iniciativa Popular. 6. Consolidação legal dos conselhos e conferências de políticas públicas criando um sistema integrado de participação ao processo de planejamento governamental. Por fim, as mulheres presentes ao Seminário conclamam as vereadoras, prefeitas, deputadas, militantes de movimentos sociais e de mulheres para irem Julho de 2011 em marcha a Brasília reivindicar uma Reforma Política ampla, democrática e inclusiva.” O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Sr. Deputado Glauber Braga. O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tive ontem um encontro com o Secretário Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Neves. Questão: a cidade de Nova Friburgo tem aproximadamente 2.500 famílias recebendo o benefício de aluguel social. Mas existe um recadastramento – essa é a reivindicação da Prefeitura – de mais 2.500 famílias. Dessas, 1.700 estão com laudo de interdição de suas residências. A Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, por intermédio do Prefeito, havia afirmado verbalmente que encaminhou à Secretaria Estadual de Assistência Social todos os documentos para trabalhar pela ampliação do benefício a essas famílias. Resultado: não encaminhou, o que foi dito categoricamente ontem pelo Secretário Estadual de Assistência Social, que não recebeu nada. As famílias estão retornando para as áreas de risco. Precisamos de uma solução imediata, com o encaminhamento dos documentos necessários para que esse impasse seja solucionado. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao nobre Líder e amigo, Deputado Arnaldo Faria de Sá. S.Exa. dispõe de 1 minuto. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estamos efetivamente empenhados na votação em plenário do segundo turno da PEC 300. Queremos garantir esta votação. Foi instalada na semana passada a Comissão Especial que tratará dessa e de outras matérias ligadas à segurança. Juntamente com o Relator, Deputado Edio Lopes, vamos trabalhar para garantir a votação o mais rapidamente possível, porque os policiais civis, os militares e os bombeiros não podem continuar nesta situação. Lamento as informações que têm sido vazadas de que a Previdência Social vai complicar a concessão das pensões ao estabelecer limite de idade para aposentadoria dizendo que a Previdência Social tem deficit. É mentira. Não há deficit nenhum. A ANFIP divulgou, semana passada, na Comissão de Seguridade Social, o verdadeiro superavit da Previdência Social. Portanto, quem diz que a Previdência Social está com deficit faz o jogo da previdência privada. Não vamos deixar ninguém mais ir para a previdência privada, Sr. Presidente. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, também venho à tribuna desta Casa para fazer o registro de nosso reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo Zé Antonio. José Antonio de Oliveira nasceu em 31 de outubro de 1954, na cidade de Rancharia, São Paulo. É filho de Mauro Bello de Oliveira e de Janice Buganza de Oliveira. Casou-se com Mari Lourdes Martins de Oliveira, com quem tem uma filha, Vanessa Sanches de Oliveira Lembo. Fez o curso primário na Organização Sorocaba de Ensino e o ginasial no Curso Técnico em Contabilidade, ambos na cidade de Sorocaba. Seu primeiro contato com o jornalismo foi aos 13 anos, quando foi convidado para escrever uma coluna diária sobre bastidores do futebol, a qual ele próprio denominou de Debate Pronto. Apesar de nesta época ganhar pouco, gostava muito do que fazia. Aos 14 anos criou a Revista Manchester e, aos 16 anos, já era Gerente Comercial do JV – Jornal de Votorantim, cidade vizinha, próxima a Sorocaba. A Câmara Municipal de Sorocaba, em reconhecimento a esse jovem talento e ao seu trabalho, prestou-lhe uma homenagem, dando-lhe o título de mais jovem jornalista de Sorocaba. De onde surgiu o apelido “gravatão”? José Antonio observava o publicitário Mendonça, que era vendedor de anúncios no jornal de Sorocaba, foi quando descobriu que se identificava com a área comercial. Logo pediu dinheiro emprestado para o avô, a fim de comprar um terno e também começar a vender anúncios. Foi nessa ocasião que “ganhou” o apelido. Em 1972, José Antonio mudou-se para Taubaté. Além de ser um dos fundadores do jornal Diário de Taubaté, dirigiu também o jornal A Tribuna. Em 1978 fundou em Pindamonhangaba o Jornal da Cidade. Durante todos esses anos o Jornal da Cidade foi o único veículo da mídia regional a possuir rotativa própria, e suas máquinas são utilizadas para a impressão de outros jornais do Vale do Paraíba, litoral norte e do sul de Minas Gerais. Mantém uma sucursal do JC em Taubaté. Em 1978, contratou uma funcionária que também merece nossa homenagem: Adélia Bonifácio Aloque, que ingressou no JC como recepcionista, em fevereiro daquele ano, quando a sede ainda era na Rua dos Expedicionários, em cima da Zizi Lanches. Atualmente trabalha no setor administrativo e comercial. Adélia é reconhecida por sempre tentar resolver tudo da melhor forma possível, sendo atenciosa e dedicada, além da simpatia, que é sua marca registrada. Adélia sente-se realizada em meio a todos os funcionários da administração, redação, gráfica, entregadores, o que faz do Jornal da Cidade, o que faz da equipe uma família. Falando de José Antonio, ela revela que o tem como Quarta-feira 6 34955 um irmão muito querido, uma pessoa meiga, amiga, brincalhona, inteligente, culta, muito amigo de todos os funcionários e sempre disposto a ajudar a resolver os problemas de cada um. José Antonio Oliveira já recebeu diversas homenagens. Das Câmaras Municipais de Pindamonhangaba e Taubaté, uma das maiores homenagens que uma pessoa em vida pode receber: o título de cidadania, sendo o fruto e o reconhecimento do seu trabalho. Entretanto, para ele, um dos maiores títulos é ser classificado como segundo maior comprador de papel do Vale do Paraíba e estar entre os 20 do Estado, o que revela a representatividade da circulação do jornal, pela tiragem e distribuição. José Antonio administra seu jornal com garra e profissionalismo. Esmera-se sempre por um jornalismo sério e uma das suas maiores preocupações é a de informar aos seus leitores de forma clara e verdadeira. Ultimamente, ele enfrentou um grande problema de saúde, mas com sua vontade de viver, ele é um exemplo para todos nós. Nossa homenagem não é apenas ao profissional Zé Antonio, que tem muitos anos de experiência em comunicação e comemora, este ano, 35 anos do Jornal da Cidade, veículo de comunicação referência de notícia na cidade. Mas também ao amigo, ser humano, pai, avô e marido dedicado, mantendo seu caráter e buscando serviços em prol da comunidade. ANEXO AO PRONUNCIAMENTO DO ORADOR Jornal da Cidade de Pindamonhangaba Os 35 anos do Jornal da Cidade de Pindamonhangaba e Taubaté se confundem com a carreira de sucesso do Jornalista José Antonio de Oliveira. Com precocidade, ousadia e determinação, José Antonio comprova que está à frente da gente de sua geração mil anos luz. Pra começar, sua vida profissional teve início aos 13 anos, como repórter especial do Diário de Sorocaba, dos mais tradicionais do interior de São Paulo. Foi reconhecido por isso, com moção do vereador Valter Coelho. Já aos 14 anos de idade fundava as revistas Manchester e Impacto. E não parou mais... Aos 16 foi gerente comercial do Jornal de Votorantim, e, aos 18, já no Vale do Paraíba, foi um dos fundadores do Diário de Taubaté. Posteriormente dirigiu a Tribuna de Taubaté, e, logo a seguir, fundou do Jornal da Cidade de Pindamonhangaba que, de semanário, em pouco tempo passou a ser o primeiro jornal a chegar, diariamente, às bancas em toda a região. Em 1978 fundou a Gazeta de Taubaté, e, em 1994 implantou o Jornal da Cidade também em Taubaté. Na região, com rotativa própria, o Jornal da Cidade, com todas as dificuldades 34956 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS enfrentadas pela imprensa interiorana, ainda colabora com a impressão de diversos jornais coirmãos do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Sul de Minas. Consolidado, com 35 anos, converteu-se em escola de jornalismo, por onde passaram grandes profissionais, sendo importante contribuinte para o desenvolvimento social e político da região, gerando empregos e fomentando o despertar de personalidades de expressão nacional, como o próprio Governador Geraldo Alckmin. José Antonio foi fundador também da Associação de Jornais do Interior de São Paulo – ADJORI; e da Associação Brasileira de Jornais e Revistas do Interior. Integrou a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Pindamonhangaba. Recebeu o Título de Cidadão Pindamonhangabense. Foi diplomado com Distinção pelo Segundo Batalhão de Engenharia de Combate, 11ª Companhia de Blindados e 12ª Companhia Aeromóvel. Foi homenageado pela Câmara de Pinda como Jornalista de Destaque no Dia da Imprensa, em 2005, e, no Congresso Nacional, por indicação do Deputado Federal Ary Kara José, considerando os relevantes serviços prestados à Comunidade. E num resumo do que José Antonio de Oliveira representa para o Vale do Paraíba, o Jornal da Cidade testemunhou o crescimento de cada empresa e é a maior tribuna democrática dessa importante região do Estado de São Paulo. O SR. NELSON BORNIER (PMDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, de acordo com a Constituição, todos os brasileiros têm direito de estudar pelo menos os 8 anos do ensino fundamental. Até pouco tempo, em apenas 19 dos 5.507 Municípios do País, a população conseguia ter em média uma escolaridade de 8 anos. Em 33% das cidades brasileiras, cerca de 1.796 Municípios, os moradores não conseguiam concluir sequer os primeiros 4 anos de escola. Sr. Presidente, peço a V.Exa. que dê como lido este pronunciamento, ao mesmo tempo em que parabenizo o Município de Itaguaí, que aniversaria hoje. Naquele Município haverá uma grande festa que, sem sombra de dúvida, enaltecerá a região da Baixada Fluminense. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, de acordo com a nossa Constituição, todos os brasileiros têm direito de estudar pelo menos os 8 anos do ensino fundamental. Até pouco tempo, Sr. Presidente, em apenas 19 dos 5.507 Municípios do País a população conseguia ter, em média, uma escolaridade de 8 anos. Em 33% das cidades brasileiras, cerca de 1.796 Municípios, os moradores não conseguiam concluir sequer os primei- Julho de 2011 ros 4 anos de escola. Existem atualmente, no Brasil, cerca de 16 milhões de analfabetos, o que corresponde a 13,3% da população do País. É triste verificar que no Brasil, em face das terríveis condições de subdesenvolvimento e desigualdades em que se debatem milhões de cidadãos, esquecidos, humilhados, vilipendiados, o analfabetismo nos caia como um petardo, que deveria atingir em cheio a consciência da Nação, pois, de alguma forma, educação deve-se constituir como preocupação que diz respeito a cada um de nós: os cidadãos, os políticos, as autoridades e principalmente o Governo Federal. De qualquer maneira, aqui fica o alerta, Sr. Presidente, pois o que está acontecendo com a educação no Brasil é muito grave, e não comporta protelação. O Governo precisa agir com mais eficácia e monitorar mais de perto o que vem ocorrendo no âmbito educacional. Não nos esqueçamos, Sr. Presidente, de que o ensino público no Brasil já teve o seu tempo de esplendor e de grandeza. No Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, por exemplo, ninguém entra pela janela, nem sai sem a necessária qualificação. E não tem ele a pretensão de ser melhor do que ninguém; apenas os seus critérios colocam bem alto a filosofia do ensino, num país em que a população tem que recorrer a toda espécie de artifício para que os filhos não fiquem sem estudar. Aqui fica o registro, Sr. Presidente, para que o Governo desperte para a realidade nacional. Que o Ministério da Educação abra os olhos e veja que não é só implantando computadores na rede pública que se vai melhorar o ensino público no País. Era o que tinha a dizer. O SR. ÁTILA LINS (PMDB – AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, registro, com satisfação, a solenidade realizada hoje pela manhã, em Manaus, em que o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, Desembargador João Simões, homenageou destacadas autoridades do Estado com a Medalha e o Diploma do Mérito Judiciário. Entre as autoridades, foi homenageado pelo Judiciário amazonense S.Exa. o Governador Omar Aziz, pelos relevantes serviços prestados ao Estado. Portanto, quero parabenizar o Governador Omar Aziz por esta homenagem, ao mesmo tempo em que cumprimento a magistratura amazonense pelo evento. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Vou começar o período dos 5 minutos e intercalar com os oradores de 1 minuto, porque os oradores de 5 minutos estão fazendo pressão. Com a palavra, por 3 minutos, o Deputado Leonardo Monteiro. O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT – MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS putados, quero ressaltar o aniversário do Município de Pescador, no Vale de São Mateus, em Minas Gerais. Parabenizo o nosso Prefeito Damião pela celebração do aniversário da nossa cidade de Pescador, no Vale de São Mateus, às margens do Rio São Pedro. Parabéns ao nosso Município de Pescador! Parabéns ao nosso Prefeito Damião, que comemorou com a comunidade de Pescador o aniversário de nossa cidade. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados; servidores e servidoras da Casa e dos Gabinetes Parlamentares; ouvintes da Rádio Câmara; telespectadores da TV Câmara, no último sábado, dia 2, estive em Pescador, cidade da região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, onde participei da 49ª Festa do Pescador. Emancipada em 30 de dezembro de 1962, a cidade é banhada pelo Rio São Pedro, que além de oferecer opções de lazer para os seus habitantes, é fonte de renda de muitas de suas famílias. Por isso, Sras. e Srs. Deputados, a Festa do Pescador é de grande relevância para o Município. Durante 3 dias de evento a economia da cidade é aquecida, pois todos os anos os festejos atraem mais de 10 mil pessoas. Somente no sábado, em que estive prestigiando a festa, cerca de 4 mil pessoas estiveram presentes. Shows, exibições pirotécnicas, barraquinhas com diversos produtos locais compõem o evento. A Festa do Pescador, tradicional na região, é realizada para comemorar o Dia do Pescador e o Dia de São Pedro, ambos celebrados no dia 29 de junho. São Pedro, que era o apóstolo pescador, além de ser o padroeiro da cidade é também o padroeiro dos pescadores. Ressalto ainda, Sr. Presidente, que somos um povo privilegiado, pois temos em nosso País 8.500 quilômetros de linha de litoral e um número razoável de ilhas, totalizando uma área de aproximadamente 3,5 milhões de quilômetros quadrados. Diante desta enorme área propensa ao desenvolvimento da pesca, o País produz atualmente cerca 1,25 milhões de toneladas de pescado. A atividade gera um PIB pesqueiro de R$5 bilhões, mobiliza mais de 900 mil profissionais entre pescadores e aquicultores, e proporciona 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos. O potencial brasileiro é enorme e o Brasil pode se tornar um dos maiores produtores mundiais de pescado, pois é um dos poucos países que tem condições de atender à crescente demanda mundial. Por isso, o Ministério da Pesca e Aquicultura vem investindo na reestruturação do setor, com a construção e reforma de entrepostos e terminais pesqueiros e dos Centros Quarta-feira 6 34957 Integrados da Pesca Artesanal, além de incentivar a criação de associações e cooperativas de produção. Outra medida importante é a distribuição do chamado Caminhão do Peixe, veículo especialmente adaptado para a comercialização de pescado, o qual eu tive a oportunidade de garantir para a cidade de Teófilo Otoni e que vai valorizar o trabalho dos pequenos produtores daquela região. Com o veículo a população ganha em conforto e comodidade, e ainda adquire um pescado fresco a um preço mais acessível, pela inexistência de atravessadores. Assim, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, deixo registrados nesta Casa, os meus parabéns ao Ministério da Pesca e Aquicultura pelos excelentes benefícios e incentivos que tem proporcionado ao setor; aos pescadores de todo o Brasil, que fornecem um alimento nutritivo à população e contribuem para o fortalecimento e crescimento da nossa economia; parabenizo também a Prefeitura Municipal de Pescador pela ótima organização da 49ª Festa do Pescador. São festas como esta, detentora de grande valor cultural, que promovem e fortalecem a economia e as tradições locais. Muito obrigado. O SR. FERNANDO JORDÃO (PMDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero parabenizar a importante cidade de Itaguaí pelo seu aniversário e o seu Prefeito Charlinho. Itaguaí é uma das cidades que mais crescem no Estado do Rio de Janeiro. Parabéns, Itaguaí! Também quero registrar e dar todo apoio, como membro da Comissão sobre Catástrofes da Câmara, aos moradores de Angra dos Reis e do Parque Perequê, que criaram uma associação para tratar das enchentes do Rio Perequê. Quero dizer a todos vocês do Perequê que podem contar com o gabinete do Deputado Fernando Jordão. Muito obrigado. O SR. JÂNIO NATAL (Bloco/PRP-BA. Sem revisão do orador.) – Nobre Presidente, quero registrar nesta Casa o aniversário do Município de Porto Seguro, terra-mãe do Brasil, acontecido no dia 30 de junho passado. A nossa querida Porto Seguro é responsável por grande parte do turismo nacional e internacional do nosso Brasil. Então, parabéns a todo o povo de Porto Seguro! Muito obrigado. O SR. FRANCISCO ARAÚJO (Bloco/PSL-RR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero usar esta tribuna hoje porque sou de Roraima, e os acontecimentos recentes, relatados pela revista Veja e pelos maiores jornais de circulação do nosso Estado, só vêm corroborar o que eu já 34958 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS vinha falando aqui das denúncias de desvio de dinheiro nas obras da BR-174, em Roraima, e em outras BRs. Dentre as matérias divulgadas, a que me causa mais estranheza e estupefação foi uma que diz que o Tribunal de Contas da União detectou na BR-174 um superfaturamento de 24,5 milhões de reais. Na semana passada, usei esta tribuna, Sr. Presidente, para falar do superfaturamento de uma obra de restauração de uma BR em Roraima. Pasmem V.Exas., pois um quilômetro de restauração da obra custará 1 milhão 180 mil reais. Eu quero fazer um alerta, mais uma vez, ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal de Roraima – para a qual, hoje, encaminhei um requerimento – no sentido de que investiguem essa situação. Deputado Átila Lins, V.Exa., que é de um Estado vizinho ao meu, sabe que a roubalheira em Roraima está demais. Não é à toa que, participando da Comissão da Amazônia, numa reunião em que estava o Governador Anchieta e o então Diretor do DNIT, que foi exonerado do cargo, eu questionei, naquela ocasião, o Governador do Estado sobre o superfaturamento das obras de Roraima, da BR-174, porque, só neste ano, já foi destinado meio bilhão de reais. Eu fiz uma pergunta ao Diretor do DNIT, que quis se defender. Agora eu entendo por que do interesse do Governo do Estado em defender o Diretor do DNIT, Sr. Luiz Pagot. Estou com a matéria do Estadão, sob o título Empresas de obra na BR-174 doam R$12 mi. Ou seja, 12 milhões de reais na campanha. Inclusive para o PR. Foi doado esse dinheiro para quatro políticos: o Governador do Estado, o Deputado do PR – Luciano Castro, o Senador Romero Jucá e Alfredo Nascimento. Então, toda essa denúncia envolvendo o Ministério dos Transportes tem a sua veracidade. Quero dizer às autoridades públicas que estão agora me ouvindo que, se quiserem começar a investigar a ponta do iceberg, comecem por Roraima. Está na BR-174, que liga Boa Vista até Manaus, toda a roubalheira, o início, o cancro, o desvio de dinheiro do erário público. Não é à toa que as quatro empresas que vêm executando essas “obras”, entre aspas, destinaram, a titulo de doação, conforme a matéria do Estadão, mais de 9 milhões de reais para essas quatro pessoas a que me referi agora há pouco. A prova que a gente queria para tudo isso está aqui, nas notícias dos jornais. Como Parlamentar, vou endossar qualquer pedido de abertura de CPI que venha para esta Casa. Eu mesmo, Sr. Presidente, vou colher assinaturas para que se crie aqui uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o desvio de verba pública no Estado de Roraima. Vou fazer isso porque nós precisamos, Julho de 2011 como Deputados e representantes do povo, dar uma resposta à população. A opinião pública cobra desta Casa seriedade e moralidade. Eu não posso, como Parlamentar de um Estado tão pequeno como Roraima, que sobrevive única e exclusivamente de verba pública, concordar com tanto desvio, como vem acontecendo em Roraima: desvio nas estradas, nas BRs, nos hospitais, a ponto de faltar gaze e uma pessoa ficar 8 meses sem poder fazer uma operação porque falta broca, como é o caso do Sr. Chiquinho, do bairro Pintolândia, que precisa fazer uma operação na perna. Deixo aqui a minha crítica e a minha denúncia. Mais uma vez, quero pedir às autoridades de Roraima que fiscalizem o que está acontecendo. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Ronaldo Benedet, do PMDB de Santa Catarina. S.Exa. tem 5 minutos na tribuna. O SR. RONALDO BENEDET (PMDB – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com satisfação que venho à tribuna desta Casa por três assuntos. O primeiro trata da apresentação de um projeto de lei para dar nome a um viaduto da BR-101, inaugurado pelo ex-Presidente Lula. O nome será o de um grande homem do nosso Estado, falecido recentemente, o ex-Deputado Lírio Rosso. Esse viaduto desemboca na rodovia que chega à BR-101, que leva o nome de seu pai: Rodovia Luiz Rosso. Nós queremos que esse viaduto se chame Lírio Rosso, exatamente pela pessoa honesta, símbolo do homem público honesto que nós temos em Santa Catarina, um guru do antigo MDB de Santa Catarina, do nosso Município, um homem que fez a nossa formação política. Portanto, estamos apresentando esse projeto de lei dando o nome Lírio Rosso ao viaduto na BR-101. Outro nosso pronunciamento é da homenagem que queremos prestar à família, aos cidadãos de Minas Gerais e do Brasil, ao falecido e querido Presidente Itamar Franco, a quem tive oportunidade de servir no Ministério dos Transportes, na Coordenação de Transportes de Passageiros e de Cargas Internacionais, de 1993 a 1994, quando o Ministro era Alberto Goldman. Itamar Franco, homem honesto, decente, correto, deu a demonstração de ser um grande líder neste País, um defensor da coisa pública, da moralidade pública, do bom uso do dinheiro público. Portanto, prestamos as nossas homenagens, a nossa gratidão a Itamar Franco pelo que fez por este País. Não podia deixar eu de prestar a minha homenagem, mesmo que póstuma, a sua pessoa, como Presidente da República do Brasil. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quero me manifestar também, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, exatamente nesta Casa, para que os Srs. Deputados entendam a questão do Sistema ACAFE – Associação Catarinense das Fundações Educacionais. Santa Catarina, que tem quase 70% do seu ensino universitário feito por fundações municipais, que não custam praticamente nenhum centavo para o poder público, interiorizou o seu ensino universitário através das suas fundações, desde a década de 60, quando começamos um projeto inovador para o Brasil. Quando não podíamos ter universidades federais nem estaduais no interior de Santa Catarina, a criatividade do povo de Santa Catarina foi inusitada. No Brasil, levou as fundações universitárias para o interior de Santa Catarina com o sistema ACAFE. Permitia, então, a lei tributária que o Imposto de Renda dessas universidades fosse descontado, como a lei federal assim o previa, junto às Prefeituras, e era trocado por serviços, por bolsas de estudo, prestação de serviços àquelas universidades para as Prefeituras. Anos depois, não no Governo Lula, vamos ser justos, a Receita Federal quis exigir que esse crédito tributário fosse devido à União e não aos Municípios. Não foi nunca uma questão de sonegação, mas sim financeira. O recurso foi pago ao Município, e o Governo Federal quer exigir. O que vai acontecer? As universidades serão totalmente extintas, porque será impossível os recursos cobrados serem pagos. Nós queremos pedir a solidariedade desta Casa e dos Deputados de todo o Brasil, para que nos ajudem no projeto que estamos querendo apresentar, junto à medida provisória, para salvar mais de 150 mil alunos do sistema universitário, do sistema modelar brasileiro, que é o sistema ACAFE, de Santa Catarina. A educação universitária catarinense é um modelo para o Brasil e não custa nada ao sistema público brasileiro. Queremos pedir essa solidariedade à Câmara dos Deputados para que salve o sistema ACAFE, de Santa Catarina, que é modelo para o Brasil. Muito obrigado. A SRA. CELIA ROCHA (Bloco/PTB – AL. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, foi com o silêncio típico de quem assiste à derrota do time ao final do segundo tempo que a mídia, a classe política e a sociedade civil vivenciaram a 13ª Semana Nacional Antidrogas: com a tristeza envergonhada de quem nada tem a comemorar. O Brasil amarga uma sombria posição no consumo de cocaína nas Américas do Sul e Central: no País, estão presentes 1 milhão de usuários da droga, e esse número nos confere o título de maior mercado consumidor em termos absolutos. Quarta-feira 6 34959 Com a divulgação do Relatório Mundial sobre Drogas, apresentado pelo Escritório das Nações Unidas, o Brasil desponta em outra posição lamentável. Está se tornando um dos principais centros distribuidores de cocaína para a Europa. Em 2005, por exemplo, foram 25 casos, somando 339 quilos de cocaína. Já em 2009, foram feitas 260 apreensões da droga no continente com passagem pelo Brasil, que somaram 1,5 toneladas. Muito já se falou a respeito da principal fragilidade do Brasil no combate às drogas, que é a região fronteiriça, que abrange um território de 8 mil quilômetros em contato com os principais produtores de coca do mundo: Colômbia, Peru e Bolívia. Mas, na verdade, o uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços geográficos, afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de classe social, econômica ou de idade. Os jovens são os mais vulneráveis à diabólica sedução das drogas. Em matéria de capa, a revista Veja relata o drama das mães brasileiras com filhos dependentes da mais destruidora das drogas. O artigo As prisioneiras do crack mostra como a mais terrível das drogas acaba com a vida dos usuários e é devastadora para as famílias. O Estado brasileiro não conseguiu implementar políticas públicas eficazes na prevenção, repressão, reinserção social, redução de danos à saúde, redução da oferta, rede de cuidados e capacitação de profissionais no quesito drogas. O Brasil não tem uma política efetiva de assistência ao dependente químico e, no vácuo deixado pela inércia estatal, crescem, no País, as comunidades terapêuticas ou acolhedoras ligadas a instituições religiosas. Calcula-se que, hoje, existem perto de 3 mil comunidades terapêuticas atendendo cerca de 60 mil dependentes químicos, especialmente de álcool e crack. É claro que são números tímidos, uma vez que pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz indica que há hoje 1 milhão de viciados em crack no Brasil. E a droga arregimenta vítimas em nada menos do que 98% dos Municípios brasileiros. Apesar de ser o Município a célula mater da organização político-administrativa do Estado brasileiro, é indiscutível que o problema é de todos nós, de todos os entes federados, de toda a sociedade civil e 34960 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de todos que lidam diretamente com a problemática. Portanto, devemos todos nós interagir e nos responsabilizar para combater o uso de drogas. Caso contrário, nossa juventude estará cada vez mais vulnerável, e o resgate ético da dívida criada pelas gerações que a antecedem pode não ter fim. A Presidenta Dilma Rousseff, em reunião com representantes das comunidades terapêuticas acolhedoras, anunciou que o Governo vai financiar o tratamento de dependentes químicos nessas entidades. No encontro, a Presidenta criou um grupo de trabalho para revisar a resolução da ANVISA que estabelece as normas mínimas para funcionamento das chamadas comunidades acolhedoras. Segundo informou, na ocasião, a Secretária Paulina Duarte, da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD, a Presidenta reconhece a importância desse trabalho. E, por essa razão, o Governo vai lançar um programa incluindo as comunidades na rede de atendimento e criando vagas gratuitas para internação de dependentes químicos. É uma boa notícia, mas não nos enganemos: está longe de ser a solução para o grave problema do crescimento de uso e do número de dependentes químicos no País. A situação é grave, preocupante e assustadora. E o Estado brasileiro precisa tomar medidas à altura do desafio imposto: é imperioso combater o crescente tráfico de drogas e cuidar dos dependentes químicos, dando a chance para que meninos e meninas, vítimas do crack, possam ser resgatados para a vida. Sobretudo, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, urge olhar com mais atenção e carinho para a nossa juventude, ouvir seus anseios, dar-lhes um objetivo real e definitivo para suas vidas, enfim, cuidar deles, antes que os narcotraficantes os adotem como vítimas úteis e soldados camicases dessa guerra cruel e criminosa. Era o que tinha a dizer. O SR. WILSON FILHO (PMDB – PB. Sem revisão do orador.) – Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados! Mais uma vez, venho aqui fazer uso da palavra, pegando o discurso continuado da Deputada Celia Rocha, porque o assunto de que venho falar é sobre a insegurança em que vive cada paraibano e cada brasileiro neste momento. Tenho para mim, como vários Deputados aqui, acho que V.Exa. também, o Deputado Átila, o Deputado Alberto Filho, que boa parte das causas dessa insegurança, Deputada Celia, são a grande proliferação das drogas, que estão a cada dia tomando conta de mais e mais casas, não só no meu Estado, mas em todo o Brasil. Venho aqui, mais uma vez, pedir a esta Casa que caminhe junto com a Comissão de Políticas Públicas Julho de 2011 de Combate às Drogas, porque acho que o resultado dos trabalhos dessa Comissão vai ser muito importante. A legislação de 2006, que trata das drogas, é recente, mas, infelizmente, chegou ultrapassada. Temos que sair da teoria e colocar em prática as ações, para ajudar esse povo que já entrou com a recuperação, a reinserção social; aqueles que ainda não entraram, com a prevenção nas escolas, nas universidades, nas casas; mas, também, combater as drogas, porque é esse mal que faz com que cada paraibano, cada brasileiro tenha enorme insegurança ao colocar o pé fora de casa. Portanto, peço a cada um dos Parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal que coloquemos em prática várias ações, que, se Deus quiser, vão dar resultado para todo o Brasil. Dia 8 de agosto, segunda-feira, estaremos em nosso Estado, a Paraíba, com os Deputados Hugo Motta e Luiz Couto – eu no papel de Coordenador da Comissão de Combate às Drogas –, realizando audiência pública, que contará com a presença de todos os entes que combatem as drogas no Estado, de todas as casas que fazem a recuperação de usuários, de todos os entes religiosos, de todos os entes que defendem a juventude, da maioria dos Deputados Estaduais, dos Deputados Federais e dos Senadores daquele Estado. Se Deus quiser, estaremos fazendo um bem para o Estado da Paraíba, que já sofre tanto. Não é por ser paraibano que digo isto, mas na Paraíba está faltando tanta política pública para ajudar os usuários e tratar do assunto das drogas, que o coordenador, o Pastor João Filho, levantou a voz para dizer que a Capital da Paraíba, João Pessoa, é a cidade que mais sofre, em todo o Brasil, com a proliferação do crack e das outras drogas; isso, é claro, proporcionalmente. Comparado com São Paulo, João Pessoa não é o primeiro da lista, mas a falta de políticas no Estado da Paraíba é tão grande, que levou o coordenador de tal assunto a falar isso. Peço a cada um dos Parlamentares, se possível, para irem à audiência pública no Estado da Paraíba, pois isso será muito pertinente e vai ajudar muito todos os paraibanos que precisam da ajuda de cada um de nós. Muito obrigado a cada paraibano e a cada brasileiro por me ouvirem e me assistirem neste momento. Eu, a Deputada Célia e todos os outros Deputados que tratam desse tema importante vamos lutar para que a nossa juventude passe a não ver a droga como um mal do futuro, porque ela, infelizmente, já é uma epidemia. Se não acordarmos para a guerra que estamos enfrentando, vamos perdê-la. Sr. Presidente, pela importância desse tema, peço que V.Exa. que autorize a publicação deste dis- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS curso nos meios de comunicação da Casa, inclusive no programa A Voz do Brasil. Se Deus quiser, esse mal será defendido a partir de agora por todos nós. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – V.Exa. será atendido. O SR. ARIOSTO HOLANDA (Bloco/PSB – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste momento, quero destacar a importância das micro e pequenas empresas no processo de desenvolvimento do País. Gostaria de iniciar o meu pronunciamento citando um comentário do economista e sociólogo Ignacy Sachs, que, em um trecho do seu livro Desenvolvimento, escreveu: “A luta contra a pobreza e pela integração social com criação de empregos produtivos deve ser contínua e presente. Não é aceitável que os progressos financeiros e econômicos sejam realizados a custa do desemprego ou subemprego estruturais, que resultam em exclusão social e pobreza.” O Brasil, Sr. Presidente, apesar do seu expressivo crescimento econômico, porque hoje é a sétima potência do mundo em PIB (Produto Interno Bruto), em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) ocupa a 71ª posição. O IDH é um índice que se baseia nos indicadoras que trata da educação, da saúde e da renda. Certamente, houve avanços sociais significativos no Governo Lula, principalmente os relacionados com a linha de pobreza. Diminuímos o número de miseráveis, milhões de pessoas elevaram a sua classe social, índices educacionais avançaram, mas a concentração da renda ainda é muito elevada e o analfabetismo funcional muito alto. Estima-se, segundo o PNAD, que existem 50 milhões de brasileiros analfabetos funcionais. São brasileiros que não entram no novo mercado de trabalho que exige conhecimento. Sr. Presidente, segundo estudos do IPEA, os atuais meios de produção estão concentrados nas mãos de 6% da população. O mercado está completamente dominado pelas grandes empresas e pelos consórcios, embora 97% das empresas do País sejam micro e pequenas empresas. No entanto, elas sofrem restrições para participar de concorrências públicas e privadas. Temos, assim, um Estado organizado para atender aos ricos. Entendo que, ao lado de um grande programa de capacitação da população, deveríamos criar outro de fortalecimento das micro e pequenas empresas, porque elas podem se constituir na ferramenta mais importante para que se tenha um desenvolvimento Quarta-feira 6 34961 econômico e social equilibrado, com diminuição das disparidades entre ricos e pobres e melhor distribuição de renda. Mas observa-se que nesse segmento existe alta mortalidade: por ano nascem 720 mil e morrem 650 mil micro e pequenas empresas. O fortalecimento e a sobrevivência dessas empresas irão depender fundamentalmente da garantia de quatro assistências: a gerencial, que lhes assegure o acesso ao conhecimento das práticas da boa gestão – isso o SEBRAE faz bem; a financeira, que venha lhes proporcionar os recursos necessários para investimento e/ou capital de giro – os bancos de desenvolvimento estão oferecendo essa assistência; a mercadológica, que lhes garanta alguns mercados de produtos e serviços. Mas falta, Sr. Presidente, a principal assistência nos dias de hoje que leva à inovação: a tecnológica, que lhes dê o suporte para que os seus produtos ou serviços sejam competitivos e de boa qualidade. Políticas como as da inovação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico e transferência de tecnologia são as mais reclamadas para a eficácia dessa assistência. Se conseguirmos equacionar uma política que venha lhes assegurar essas quatro ações, com certeza evitaremos não só a sua alta mortalidade, mas também a sua presença nesse mercado competitivo. O Conselho de Altos Estudos da Câmara dos Deputados, a Comissão Especial de Educação, que trata do PNE, e a Comissão de Ciência e Tecnologia estão preocupadas com essa situação e irão realizar um seminário, no dia 16 de agosto, voltado para definir as diretrizes, os programas, as metas, os recursos que venham assegurar a esse segmento apoio para a sustentação e o desenvolvimento desse importante segmento de trabalho e produção que são as micro e pequenas empresas. O Conselho de Altos Estudos da Câmara dos Deputados, preocupado com essa situação, está elaborando projeto voltado para a capacitação tecnológica das micro e pequenas empresas, do qual tenho a honra de ser o Relator. Nesse estudo procura-se identificar e apontar as diretrizes, os programas, as metas e os recursos que venham assegurar-lhes um efetivo apoio para a sustentação e o desenvolvimento desse importante segmento de trabalho e produção que são as micro e pequenas empresas. Muito obrigado. O SR. JESUS RODRIGUES (PT – PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero resgatar um projeto, na pessoa do Prof. Bautista Vidal, que, na década de 70, ajudou a elaborar o PROÁLCOOL. Com ele, o Prof. Marcelo Guimarães desenvolveu o programa para construir 1 milhão de mi- 34962 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS crodestilarias para a produção de etanol no Brasil, e, do Piauí, nosso ex‑Governador e Senador Alberto Silva. Hoje podemos contar com inúmeros técnicos que estão trabalhando nessa área e com tecnologia extremamente acessível, como o Prof. Juarez, Sérgio Pataro, Carlos Alberto e tantos outros que têm plenas condições de desenvolver tecnologias no Brasil para a construção de 1 milhão de microdestilarias de etanol para o nosso povo. Poderia falar deste assunto sob diversos aspectos: ambiental e econômico, bem como da matriz energética. Quanto ao aspecto ambiental, por exemplo, a substituição gradativa da produção de etanol em favor da energia renovável pode perfeitamente substituir a energia de biocombustível e melhorar o equilíbrio ecológico ambiental de que tanto necessitamos. Do ponto de vista econômico – para não falar da exportação, porque poderíamos estar exportando etanol para o mundo –, 1 milhão de microdestilarias poderiam, sem nenhum problema, sem nenhuma dúvida, gerar pelo menos 2 milhões de empregos no campo, de imediato. Do ponto de vista da matriz energética, hoje esta depende muito do petróleo. Até poderíamos substituir a produção e o consumo de petróleo da matriz energética por energia verde. Com essa quantidade de microdestilarias, estaremos democratizando a produção de energia, podendo individualizá-la nas pequenas propriedades rurais. Também podemos abordar este assunto em relação ao Programa Brasil Sem Miséria. Imaginem os senhores o que representaria 1 milhão de microdestilarias instaladas no Brasil, gerando 2 milhões de empregos diretos! Poderíamos começar aplicando essas microdestilarias na Região Nordeste, que concentra 60% da pobreza no Brasil. Esse programa, começando pelo Nordeste, com certeza, teria plenas condições de resolver em larga escala o problema da miséria em nosso País. Quero dizer que todo o povo que consegue produzir a própria energia tem plenas condições de se desenvolver muito mais rapidamente do que outros. Hoje, quando falamos de biodiesel, cuja produção ainda sofre alguma dificuldade e 80% são retirados da produção da soja, a produção do etanol poderia facilitar a vida dos nossos pequenos produtores rurais, uma vez que eles podem ter uma motocicleta flex, movida a álcool ou a gasolina; podem ter um fogão movido a álcool; podem ter um trator movido a álcool; podem ter energia elétrica gerada na propriedade, tanto para movimentar a geladeira como para movimentar o sistema de som, se quiserem, movido por gerador a energia, Julho de 2011 transformando o álcool em energia para a sua autossubsistência. Portanto, de certa forma, podemos ver a amplitude de um programa como este. Quero defender que o nosso Governo, a partir do Ministério de Minas e Energia, do Ministério do Desenvolvimento Agrário ou de qualquer outro Ministério, tem condições de desenvolver este programa para a construção de 1 milhão de microdestilarias em todo o Brasil, iniciando pelo Nordeste. Quero finalizar dizendo que já estive com a CONAB e com vários membros do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério do Desenvolvimento Social. Acredito que começaremos a construir e a transformar em realidade o sonho do nosso Prof. Bautista Vidal, de Marcelo Guimarães e de tantas outras pessoas que podem realmente decretar a independência para o Brasil, a partir do momento em que pudermos democratizar a produção e a comercialização do etanol produzido nas pequenas propriedades rurais. A sistemática atual vem do tempo do nosso ex‑Presidente, General Ernesto Geisel, e nós podemos, sem nenhuma dúvida, modificar o decreto que regulamenta a venda, permitindo que seja feita diretamente ao consumidor ou nos postos de gasolina. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. A SRA. ANDREIA ZITO (PSDB – RJ. Sem revisão da oradora.) – Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares. É com imensa satisfação que hoje estou neste plenário para parabenizar o Presidente desta Casa, Deputado Marco Maia, pela entrevista concedida à revista Época desta semana. Como Parlamentar que já esteve neste plenário registrando a indignação por estarmos nos transformando em meros executores da agenda de prioridades definida pelo Poder Executivo, senti-me recompensada ao ler as afirmações feitas pelo nosso Presidente, das quais destaco: “Não pode haver pauta proibida. Tenho tranquilidade em pautar todos os temas importantes para a sociedade. O Congresso não pode ser apenas uma Casa de concordância com as teses do Executivo. Devemos promover debates, procurar acordos e viabilizar leis que às vezes podem desagradar a um ou outro grupo. Há temas que para o Governo têm pouco impacto, mas são importantes para a sociedade. Não está escrito em nenhum lugar que o Legislativo tem de fazer só o que o Executivo quer.” Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Neste momento, Sras. e Srs. Deputados, espero que, juntos, possamos buscar estratégias de convergência, assinar embaixo as declarações do Presidente desta Casa e viabilizar a votação de temas que, como foi dito pelo Deputado Marco Maia, são de interesse da sociedade. Como autora da PEC 270, de 2008, que visa restabelecer o direito à integralidade e paridade dos servidores públicos que foram aposentados compulsoriamente por invalidez permanente, peço, mais uma vez, que ela possa ser um dos temas votados neste plenário, pois, como disse o Presidente desta Casa, “Há temas que para o Governo têm pouco impacto, mas são importantes para a sociedade”. A PEC 270, com certeza, é um destes temas. Encerro este breve pronunciamento, fazendo minhas as palavras do nosso sempre Presidente e mentor Fernando Henrique Cardoso, que no último domingo escreveu o artigo intitulado A soma e o resto, em que, com a serenidade e a maturidade dos seus 80 anos, declara: “É difícil buscar caminhos que permitam, em alguns temas, uma marcha em comum, mas não é impossível. Guardarei as armas do interesse pessoal, partidário ou mesmo dos egoísmos nacionais, sempre que vislumbrar uma estratégia de convergência que permita dias melhores no futuro.” Desta forma registro: vamos guardar nossas armas e nossos interesses pessoais e resgatar a dignidade daqueles que, no momento em que mais precisam de recursos, estão com seus proventos reduzidos, em muitos casos, em mais de 40%. Pode-se, assim, afirmar que as doenças não esperam. Quem espera com elas, morre. Aproveito, Sr. Presidente, para destacar reportagem do jornal O Globo, do domingo próximo passado, sobre câncer de mama. Estou apresentando projeto que relata o número de aparelhos de mamografia que temos hoje no Brasil e que infelizmente estão mal distribuídos, e o número de profissionais ainda é insuficiente para utilizá-los. Estamos hoje numa luta contra o câncer de mama, e eu estou buscando minimizar esse problema. Apresento hoje projeto que desta tribuna poderei tratar melhor. Muito obrigada. O SR. DANILO FORTE (PMDB – CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, subo a esta tribuna ainda impregnado de emoção pela generosidade com que fui recebido em Quarta-feira 6 34963 Sobral, na última sexta-feira, ocasião em que me tornei filho honorário do Município. O projeto de lei do Vereador e amigo Luciano Feijão, distinguindo-me como Cidadão de Sobral, foi subscrito por todos os membros da Câmara e aprovado por unanimidade, fato que ficará marcado no meu coração, e sempre honrado pelo meu trabalho como Parlamentar. Senhores, Sobral é uma cidade com uma bela história. Foi elevada à categoria de vila, em 1773, e de Município, em 1841, fato que vem sendo comemorado desde então com bastante entusiasmo por parte do povo dessa belíssima cidade. Ao completar 238 anos, justamente no dia de hoje, Sobral exibe, orgulhosa, a condição de referência nacional em educação e uma das cidades mais industrializadas do interior do Nordeste. Conhecido carinhosamente como Princesa do Norte, o Município se firma na região como um centro de convergência, por sua ampla e moderna estrutura nos setores da saúde, educação, comércio, indústria, serviços, lazer, cultura e arte. Em nome de Sobral e de todos os cearenses, quero partilhar com esta Casa a alegria das comemorações de seu aniversário. Saúdo, calorosamente, meus conterrâneos, na pessoa do Prefeito Clodoveu Arruda, que vem honrando a confiança dos sobralenses e realizando um belo trabalho. Sobral vive um momento de grande apogeu, conduzido com dinamismo e seriedade pelo seu jovem gestor. O Município experimenta um período de expansão em todos os setores – privados e públicos – e receberá em breve a montadora Maxibus, de carroceria de ônibus, um investimento de 50 milhões de reais que vai gerar 300 empregos diretos e 1.200 indiretos. Inserida no índice das cidades que mais se desenvolveram no Ceará e no Brasil na última década, é uma das 30 melhores para se morar. Observo, senhores, pesquisa que apontou Sobral como o Município com maior índice de potencial de consumo, na zona norte do Estado do Ceará, figurando entre as seis cidades com as melhores perspectivas para investimento estrangeiro, desenvolvimento econômico e expansão de negócios. Historicamente, Sobral sempre se destacou como importante polo de desenvolvimento. Nos últimos anos, o Município consolida esta posição. Sobral tem 78% de suas ruas saneadas, 56% pavimentadas e 84,61% de suas residências com abastecimento de água adequado. Além disso, possui um moderno terminal rodoviário e um aeroporto de médio porte. Está em construção um grande hospital que atenderá toda a região, um 34964 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS moderno centro esportivo, um novo parque de eventos, um metrô de superfície e um shopping center. Na educação, além dos animadores números do ensino básico e fundamental, o Município é servido por uma universidade estadual, a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, um campus avançado da Universidade Federal do Ceará, destacando-se os cursos de Medicina, que está se especializando em neurocirurgia, de Direito e o de Engenharia Civil, dois Centros de Ensino Tecnológico, a Faculdade Luciano Feijão e o Instituto Superior de Teologia Aplicada Na cultura, Sobral se sobressai pela beleza arquitetônica de seu centro histórico, tombado como patrimônio cultural do Brasil, em 1999, pelo IPHAN; pelo monumental Teatro São João, inaugurado em 1880 e seus museus, uma atração à parte. O Museu Diocesano, o mais antigo, fundado por D. José Tupinambá da Frota, que hoje, em uma justa homenagem, recebe o seu nome, é considerado o 5º do Brasil em Arte Sacra e Decorativa, pelo Conselho Internacional de Museus. O Museu do Eclipse lembra aos sobralenses e aos visitantes que foram no Município cearense que se comprovou um importante fato para a ciência, a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, durante o eclipse solar de 1919, por uma expedição britânica que veio ao Brasil com esta finalidade. E o mais novo da tríade, o Museu Madi, é o primeiro do gênero construído no País e conta com um acervo de mais de 100 obras. Manifesto meus agradecimentos pela honraria, de iniciativa do ilustre Vereador Luciano Feijão, que muito me engrandece, e �������������������������� deixo a certeza de que podem continuar a contar comigo para acompanhar as demandas, os projetos, anseios e expectativas de Sobral e dos sobralenses. Sr. Presidente, Srs. Deputados, peço que este discurso seja divulgado no programa A Voz do Brasil e nos meios de comunicação desta Casa. Muito obrigado a todos. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Amauri Teixeira, por 3 minutos. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Dois de julho: a Bahia livre, unida e unificada. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, domingo nós presenciamos em Salvador a maior festa cívica do Brasil: a celebração do 2 de Julho, a data de independência da Bahia e a confirmação e efetivação da independência do Brasil. Se o Grito do Ipiranga foi o gesto simbólico e o 7 de Setembro é a data formal da Independência, o 2 de Julho representa a efetivação, consolidação e concretização da independência do Brasil, pois se deu com a luta dos negros, índios e Julho de 2011 brancos baianos nas batalhas travadas em Cachoeira, Santo Amaro e em todo o Recôncavo, nas batalhas de Cabrito a Pirajá, travadas de 1822 a 1823, que culminaram com a expulsão das tropas portuguesas da Bahia. Essa data, 2 de julho, data mor do nosso calendário cívico, é comemorada e reverenciada por todo o povo. Em Salvador, o povo sai às ruas, gente de todos os credos, de todas as raças, de todas as ideologias, de todas as opções sexuais comemoram juntos, irmanados, neste momento de democracia plena. Os trabalhadores e os estudantes vãos às ruas para levar suas reivindicações; os partidos, para apresentarem suas plataformas; os movimentos sociais levam suas bandeiras, mas também as pessoas saem em grupos para participar das comemorações. Os moradores enfeitam suas casas com cores da nossa bandeira, com bandeiras dos times da Bahia – como sempre deveria ser. Nos becos e nas ruas, da Lapinha ao Campo Grande, o que observamos é um mosaico de cores nas vestimentas do povo e nos adereços das casas, numa demonstração de quão plural é a Bahia e o Brasil. É um momento de muita confraternização, em que se respira liberdade e em que se percebe a alegria estampada no rosto do povo. É o dia de máxima baianidade e brasilidade. No entanto, Sr. Presidente, alguns que se unem aos demais baianos todos os anos na celebração ao 2 de Julho ironicamente são os mesmos que contribuem para apagar da memória do povo baiano a data mais importante de sua história, ao modificar o nome do Aeroporto Internacional de Salvador de 2 de Julho para Luis Eduardo, deixando evidente que é mais importante homenagear seus parentes do que a luta do nosso povo pela independência. Não sei, Sr. Presidente, se chamamos isso de nepotismo narcísico ou nepotismo honorífico, postura própria dos déspotas que sempre pensam que o Estado é deles ou dos seus parentes. Mas, como diz o Hino da Bahia, “nunca mais o despotismo refreará nossas ações”. A Bahia livre lutará para que o nome do aeroporto de Salvador volte a ser Aeroporto Internacional 2 de Julho. Isso não é revanchismo, mas simplesmente reparação histórica, pois um homem não pode ser mais importante do que a luta de todo um povo. A Bahia livre e unificada também não aceita nem comporta a sua divisão. Só podem propor a divisão da Bahia aqueles que não guardam sentimento de baianidade, aqueles que desprezam a riqueza cultural baiana, a sua pluralidade étnica, a sua decisiva participação na vida política do Brasil e a sua grandeza histórica. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Não devemos estranhar, pois, que o projeto de lei que propõe a divisão da Bahia é de um pernambucano e, hoje, o maior defensor da divisão é um paranaense. Nós, baianos, não aceitamos que a Bahia seja dividida. Dividir a Bahia, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é cortá-la na sua diversidade; dividir a Bahia é esquartejá-la politicamente; dividir a Bahia é ampliar a segregação social; dividir a Bahia é esgarçá-la culturalmente. Nós que temos o sentimento de baianidade, independentemente de ter nascido na Bahia, não permitiremos a divisão geográfica da Bahia nem o esquecimento de seus símbolos e datas. Aeroporto é 2 de Julho! A Bahia não se divide! Salve o 2 de Julho! Salve a Bahia livre, unida e unificada! Muito obrigado, Sr. Presidente. A SRA. NILDA GONDIM (PMDB – PB. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna registrar o grande sucesso do Maior São João do Mundo na cidade do forró, Campina Grande. Uma festa tradicional que reverencia o São João, o São Pedro e o Santo Antônio e que a cada ano se profissionaliza, oferecendo 10 mil empregos diretos e indiretos, aquecendo a economia da cidade e acolhendo turistas do Brasil e do exterior. Este ano o nosso São João foi visto em 150 países pela Record News e amplamente divulgado pela mídia nacional. Uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo e executada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Marca Brasil apontou o São João de Campina Grande como um dos quatro maiores eventos turísticos do País. Segundo o resultado publicado pela Fundação, o São João de Campina Grande aparece ao lado do carnaval do Rio de Janeiro, do carnaval de Salvador e do carnaval de Recife e Olinda como a maior festa popular do País. Entre as festas juninas, o Maior São João do Mundo aparece como o principal evento, dentro dos critérios adotados para a realização da pesquisa. Parabenizamos o Prefeito Veneziano e toda a sua equipe por esse resultado exitoso, por promoverem e dimensionarem os valores culturais, econômicos e sociais de Campina Grande. O nosso reconhecimento aos parceiros que colaboraram de forma efetiva para a realização de 30 dias de festa, forró e alegria. Muito obrigada. O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a participação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico na operação de fusão do Carrefour com o Grupo Pão de Açúcar vem sendo Quarta-feira 6 34965 nos últimos dias, por assim dizer, assunto obrigatório da imprensa brasileira e também dos grandes jornais franceses. Aqui no Brasil, tão logo foi anunciado o negócio, o Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apressou-se em manifestar sua aprovação ao envolvimento do BNDES nesse ainda duvidoso e mal explicado negócio, inclusive atacando o setor financeiro privado do Brasil, sob a alegação de que tudo seria resolvido se os bancos particulares fizessem seu papel, que é, segundo ele, o de financiar o capital brasileiro. Pareceu essa uma manifestação oficial, pelo menos até quando tanta pressa do acolhimento ministerial acendeu uma luz amarela do Palácio do Planalto, levando o Governo, que, como se sabe, é de poucos avanços e muitos recuos, a se sentir bastante desconfortável com o apoio a um negócio que ainda não está fechado entre os sócios privados. A ideia de que o Governo está trabalhando para viabilizar um negócio que é privado teria incomodado a Presidente Dilma Rousseff, preocupada com a reação negativa da opinião pública e também interessada em desfazer a imagem de que o principal ator da transação é o BNDES. Ademais, a cúpula do Governo está receosa com a posição negativa do Casino, sócio francês do Pão de Açúcar. E o BNDES, por isso mesmo, passou a manter reserva e cautela até que os sócios privados se entendam. A proposta envolvendo o Carrefour no Brasil surge depois que o Pão de Açúcar comprou o Ponto Frio e Casas Bahia, há pouco mais de 1 ano, com o que consolida sua liderança no varejo do País. Aliás, as duas aquisições ainda não passaram pelo crivo do órgão antitruste, que é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE. Na verdade, está tudo ainda muito obscuro, o que não impede, porém, que sejam apontados uns poucos mas importantes aspectos da questão. Há, por exemplo, equívoco na manifestação do Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio quando reclama da omissão dos bancos privados no financiamento dessa megaoperação. A crítica não se justifica, porque juntamente com o BNDES estará o banco brasileiro BTG Pactual, aquele mesmo que foi parceiro da Caixa Econômica Federal na aquisição do Banco PanAmericano e que deverá entrar com cerca de R$700 milhões, garantindo 3,2% do capital do Novo Pão de Açúcar, provável nome do aglomerado resultante da fusão. O BTG Pactual está acenando com mais R$1,1 bilhão em crédito. O Governo, por intermédio do BNDES, pode e deve apoiar a capitalização das empresas, quando isso for justificável, o que não parece ser o caso do Novo 34966 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Pão de Açúcar, em primeiro lugar porque a operação vai capitalizar uma empresa estrangeira, o Carrefour, em dificuldades, é verdade, mas que tem capacidade de obter recursos no mercado internacional. Outro motivo que torna esse negócio duvidoso é a reação contrária do Casino, o que significa uma incerteza jurídica, pois a empresa, tão logo ficou sabendo da negociação, tratou de entrar na Justiça com pedido de arbitragem. Os argumentos invocados pelo BNDES para entrar no negócio não são sustentáveis, pois a fusão não vai criar uma multinacional verde-amarela, como argumentam os formuladores da operação. Caso tudo ocorra como previsto, é o Carrefour francês que será o controlador de fato do novo negócio, muito embora a proposta preveja que a administração das duas redes de supermercados no Brasil ficará a cargo de pessoas indicadas pelo Novo Pão de Açúcar, que terá como principais acionistas Casino, BNDES, Abílio Diniz e BTG Pactual. Deveria ser motivo para o BNDES não apoiar a fusão dos ativos do Pão de Açúcar e do Carrefour a concentração de mercado que ela proporcionará, com impacto negativo sobre a cadeia de fornecedores e consumidores e sobre a competição, que é sempre necessária no combate à inflação. Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIERJ, em data recente, mostra que 30% da indústria nacional de todos os segmentos consideram a fusão altamente danosa à cadeia produtiva. Vai diminuir a opção de compras. Serão prejudicados o vendedor e o produtor de mercadorias para supermercados. Na outra ponta, o consumidor também sairá perdendo. Quanto maior for a concorrência no varejo, melhor para um País cujo histórico de hiperinflação exige extremo cuidado com essa matéria. Era o que tinha a dizer. A SRA. CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS – SC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem, em Florianópolis, participamos de seminário que debateu um dos principais gargalos da representatividade política brasileira e que deve ser corrigido pela reforma política que vem sendo discutida nesta Casa: a democratização da participação política das mulheres. O evento foi organizado pela bancada feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e contou com a participação da Senadora Vanessa Graziottin, catarinense de nascença que representa o Estado do Amazonas no Senado Federal; e das colegas Deputadas Federais Luiza Erundina, ex-Prefeita de São Paulo, e Luci Choinacki, de Santa Catarina, entre outras lideranças catarinenses e de outros Estados. Julho de 2011 Ao final do encontro foi redigida e aprovada a Carta das Mulheres Catarinenses, com as principais reivindicações para a reforma política em discussão no Congresso Nacional, que leio na íntegra: “CARTA DAS MULHERES CATARINENSES APROVADA NO SEMINÁRIO ESTADUAL AS MULHERES E A REFORMA POLÍTICA Nós mulheres somos mais da metade da população e a maioria do eleitorado brasileiro. Nossa participação política é intensa e contributiva nos diversos espaços, sejam eles públicos ou privados. Estamos em grande número nas bases sociais de todos os partidos políticos. Integramos as assessorias de mandatos legislativos e estamos nas equipes de governo. No entanto, continuamos subrepresentadas nos espaços de poder apresentando um dos piores índices de inserção de mulheres no parlamento da América Latina e do Mundo. As mulheres, os índios, os negros, os jovens, os trabalhadores, não podem mais conviver com um sistema político excludente, que permite que poucos segmentos sociais minoritários concentrem enormes poderes, excluindo amplos setores majoritários da sociedade. Por isso, no contexto dos debates da Reforma Política, a Bancada Feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a Bancada Feminina Catarinense na Câmara dos Deputados, as mulheres representantes de diversos partidos políticos, diversas vereadoras, prefeitas e mulheres catarinenses apresentam as prioridades apontadas no Seminário Estadual As Mulheres e a Reforma Política”: 1. A reforma política deve corrigir as distorções da democracia representativa e beneficiar os mecanismos de participação. 2. A reforma política deverá criar mecanismos para fortalecer os partidos e democratizar as direções partidárias instituindo a fidelidade partidária programática. 3. O financiamento público de campanha exclusivo é a alternativa para diminuir a influência do poder econômico sobre os resultados eleitorais acabando com os altos custos dos processos eleitorais. Deverá garantir não só a participação das mulheres nos processos eleitorais, mas a garantia de vagas para mulheres. 4. Defendemos o sistema de listas preordenadas regulamentadas para garantir a implementação das cotas com alternância de gênero e a participação democrática dos convencionais. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 5. Para promover ampla participação das mulheres é preciso ainda aprimorar os mecanismos da democracia direta, simplificando o processo de Iniciativa Popular. 6. Consolidação legal dos conselhos e conferências de políticas públicas criando um sistema integrado de participação ao processo de planejamento governamental. Por fim, as mulheres presentes ao Seminário conclamam as Vereadoras, Prefeitas, Deputadas, militantes de movimentos sociais e de mulheres para irem em MARCHA a Brasília reivindicar uma Reforma Política ampla, democrática e inclusiva. Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em 4 de julho de 2011.” Era o que eu tinha para dizer, Sr. Presidente. Muito obrigada. O SR. CARLOS BRANDÃO (PSDB – MA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a cerimônia de comemoração dos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, no Senado Federal, simbolizou a importância e relevância do ex-Presidente para o nosso País, seja pela estabilidade econômica alcançada, seja pelo crescimento do Brasil nos mais diferentes setores. Fico feliz por ter acompanhado essa trajetória, como cidadão e, obviamente, hoje na condição de Deputado de segundo mandato, filiado ao partido que nasceu impulsionado pelas ideias deste grande político e intelectual. Durante a emocionante homenagem, no auditório Petrônio Portela, a plateia não economizou aplausos, ao atribuir, de forma justa, a referência “estadista do novo Brasil” ao ex-Presidente. Avalio como sendo mais do que justa, uma vez que FHC teve habilidade partidária, espírito republicano e pensamento humanista para fazer com que o Brasil entrasse nos trilhos do desenvolvimento mundial. Foi um importante passo que consolidou as instituições democráticas e alavancou o País, colocando-o entre as 10 maiores economias mundiais. Fernando Henrique teve seus dois mandatos sob o fogo da Oposição, em especial do sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que, empenhado em enfraquecer seus méritos, tentou, por sucessivas ocasiões, ofuscar o legado de FHC. Permito-me dizer isso, então, tomando como base os dias de hoje, tomando como louvável a atitude da Presidente Dilma Rousseff, que apesar das diferenças partidárias, reconhece o início do novo Brasil na era FHC, atitude essa, serena, que o ex-Presidente Lula teve 8 anos para protagonizar, mas não o fez. Quarta-feira 6 34967 É comum ouvir, dos fervorosos que compartilharam o comportamento de Lula, declarações que exaltam seu governo e desdenham a era FHC. Enquanto Lula, que eternizou o bordão Nunca antes na história deste País, passou os últimos anos minimizando os feitos do antecessor, Fernando Henrique costuma dizer que o rival apenas deu continuidade a um projeto que ele próprio concebeu. A homenagem dos 80 anos de FHC é um momento para se pensar no legado que colocou o País no ritmo do crescimento. Houve uma mudança completa a partir do momento em que se conseguiu controlar a inflação, estabelecer leis de responsabilidade fiscal e investir na educação. Se vivemos hoje um outro Brasil é porque tudo isso teve início com as transformações do Governo FHC. E seria um desrespeito histórico renegar esse momento que deve ser encarado como o divisor de águas. FHC é, sobretudo, o responsável pela recuperação da dignidade da política que ganhou corpo com a criação do Plano Real. Ou seja, a comprovação de que ideias bem embasadas na realidade podem, sim, transformar a sociedade para melhor. FHC é um exemplo de liderança e dedicação para as melhorias do País. Deixo aqui meu reconhecimento, respeito e admiração por esse grande estadista brasileiro que já imprimiu sua assinatura na galeria das importantes figuras políticas da história recente do País. Parabéns ao ilustre ex-Presidente FHC! Passo a abordar outro assunto. Sr. Presidente, quero falar sobre um assunto que julgo de extrema importância para o desenvolvimento econômico e social do Estado do Maranhão. Trata-se da criação da Frente Parlamentar da Baixada Maranhense. Acompanho, de forma permanente, nos últimos meses, a discussão em torno do assunto e tenho profunda satisfação em ser um colaborador direto deste grupo de trabalho, que irá debater os temas de relevância para o interesse do Estado. Na última sexta-feira, estive presente no Município de Viana, onde foi lançado o ciclo de audiências públicas que deverá durar até o fim desta semana e passar por outros quatro Municípios. O objetivo é eleger os temas de relevância para serem tratados pela frente neste início de trabalho. A audiência pública no Município de Viana representou não só o início das atividades da frente, mas foi marcada pela ampla participação popular. A comunidade fez questão de apresentar uma lista de ações necessárias para acelerar o desenvolvimento da Baixada Maranhense. Todas as sugestões recolhidas serão submetidas ao debate dos Parlamentares que integram a nova frente. 34968 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A frente será presidida pelo Deputado Jota Pinto e contará ainda com a participação de outros 10 Parlamentares da Assembleia Legislativa. Tenho a profunda satisfação em ser um colaborador desse seleto grupo e de estar fazendo a minha parte aqui no Congresso Nacional, como Deputado Federal da bancada do Maranhão. Tenho certeza que o lançamento da Frente Parlamentar da Baixada Maranhense é a consolidação de uma iniciativa que irá render, num curto espaço de tempo, significativos avanços para o meu Estado. Ideias como essa é que fazem do espírito público uma alternativa para implementar melhorias que interferem diretamente nos indicadores sociais e econômicos do Estado. Parabéns a todos pela a iniciativa, e vamos agora enfrentar os desafios. Passo a abordar outro assunto. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho hoje a esta tribuna comentar os números divulgados pela Polícia Rodoviária Federal sobre os acidentes nas rodovias do Maranhão. Infelizmente, passado o feriado de Corpus Christi, percebemos que as tragédias continuam a ocorrer nas estradas do meu Estado. Tenho alertado há tempos sobre esse problema, não só aos colegas de bancada, mas aos demais Deputados desta Casa. Mas é preciso ser justo na análise do balanço final do feriado divulgado pela PRF. Sabemos que as razões para os acidentes são as mais variadas. Vão desde o estado precário das rodovias, falta de sinalização, passando, obviamente, pela imprudência dos motoristas. Chamou minha atenção um acidente registrado na BR-135, à qual eu venho insistentemente prestando minha colaboração para que a obra de duplicação seja iniciada. Oito pessoas ficaram gravemente feridas. O local, que passou a ser chamado de trecho da morte, é um dos mais perigosos entre a capital São Luís e o Município de Bacabeira. Colocamos na mesa de negociação o Tribunal de Contas da União, o DNIT e várias outras entidades, para apressarem a obra. Sinto-me honrado em ter prestado minha colaboração neste sentido e perceber que a obra da BR-135, prevista para ser iniciada em agosto, representa um primeiro passo para reduzir os acidentes nas estradas. Por fim, Srs. Deputados, gostaria de destacar que o problema da segurança nas estradas só será efetivamente vencido quando todos os agentes públicos e atores políticos, independentemente de orientação partidária, se unirem para enfrentar a problemática. Permito-me dizer que tenho desempenhado minha Julho de 2011 contribuição e gostaria de sensibilizar os nobres colegas. A minha satisfação será plena quando os levantamentos da PRF apontarem redução de 100% dos óbitos, principalmente no meu Estado. Portanto, peço a atenção de todos para esse delicado assunto: a falta de segurança nas estradas. Era isso que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR – PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, boas notícias são excelentes para quem as recebe, é o jargão da boa comunicação. Dados do Ministério do Trabalho revelam que até maio deste ano foram gerados 1 milhão 160 mil empregos formais no País. As projeções indicam que este ano o montante será de 3 milhões de empregos formais, uma marca da maior relevância em termos nacionais e mesmo no cenário internacional. Somente no mês de maio foram 200 mil novos postos de trabalho. Essas informações fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED do Ministério do Trabalho. As autoridades monetárias e econômicas do Governo Dilma seguem atentas aos indicadores de controle e monitoramento da inflação e aos sinais externos de desaceleração da economia no mundo desenvolvido e de instabilidade em alguns países da Europa, a exemplo de Portugal e Grécia. O dado positivo é que a desaceleração não teve reflexos na geração de empregos. Políticas públicas de transferência de renda e de assistência social às camadas mais pobres da população são fatores que sustentam o dinamismo do mercado interno, estimulam o consumo e dão suporte à expansão do mercado de trabalho. Investimentos nacionais e internacionais são primordiais para manter o ritmo de crescimento da economia e o incremento dos postos de trabalho. Os empreendimentos estruturadores do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC são vitais na área de infraestrutura, moradia, saneamento e transporte para a mobilidade urbana. Em termos de investimentos internacionais, a realização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016 funciona como catalizador e atrativo para megaprojetos nas diversas regiões do País. Na expressão do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, o índice de 4,5% ao ano representa que a economia brasileira “está crescendo em velocidade de cruzeiro”. O crescimento é menor em relação ao último ano, que estava no patamar dos 7%, mas mesmo assim traduz um resultado satisfatório, a considerar o Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS contexto internacional adverso e a luta interna contra a inflação. O Ministro mencionou a agência internacional Moody’s, de classificação de risco em investimentos, que elevou a avaliação do Brasil em um grau, de Baa3 para Baa2. Significa, na linguagem dos analistas, que o Brasil torna-se mais confiável e mais seguro para os investidores internacionais. Em meio a crises e instabilidade econômica internacional, o Brasil cumpre um ciclo virtuoso na geração de empregos e renda com inclusão social, as coordenadas da prosperidade e do desenvolvimento sustentável. Pesquisa da agência internacional Manpower, de recrutamento de pessoal, indica que o Brasil liderou o crescimento da criação de postos de trabalho nas Américas no primeiro trimestre deste ano e segue em projeção positiva. A pesquisa ouviu 64 mil empresários de 39 países, incluindo multinacionais, grandes, médias e pequenas companhias. O Brasil lidera o ranking do emprego com 36% das perspectivas de crescimento, seguido pelo Peru, com 22%; Panamá, com 21%; Costa Rica, com 19%; Argentina, com 18%; México, com 16%; Canadá, com 14%; Colômbia, com 10%; Guatemala e Estados Unidos, com 9%. O nível de remuneração evolui na proporção direta da qualificação dos trabalhadores, sendo essa uma constante universal. A economia brasileira continua a evoluir num ciclo virtuoso neste ano de 2011, trazendo consigo mais prosperidade para o País, emprego, renda e mais inclusão social para redimir progressivamente nossos bolsões de pobreza e erradicar a indigência extrema que ainda penaliza parcela de nossa sociedade. Muito obrigado. O SR. ROGÉRIO CARVALHO (PT – SE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo hoje a tribuna para manifestar minha comemoração dos 191 anos de emancipação política do Estado de Sergipe. Sei que muitos aqui irão contar a bela e árdua história sergipana. Não quero me tornar repetitivo e, por outro lado, entendo que uma das melhores maneiras de homenagear o Estado de Sergipe é falar do seu povo; uma das melhores formas de prestar homenagem ao Estado de Sergipe é tratar da seu rica cultura, especialmente em face das recentes comemorações do período junino. Como sempre, Sergipe foi palco de intensas atividades culturais e artísticas, que se desenvolveram durante todo o mês de junho, promovendo a união de todos os sergipanos em torno de nossas raízes mais profundas, traduzidas na alegria e disposição de nossa gente em participar das festividades com o entu- Quarta-feira 6 34969 siasmo que nos caracteriza, fazendo de Sergipe um verdadeiro país do forró. Por todo o Estado as pessoas se reuniram com suas famílias e amigos para festejar o São João e o São Pedro; o maior arraial se formou em Aracaju, no tradicional Forró Caju, umas das maiores festas populares do País, que elevou seu patamar em termos de grandeza e público na gestão do então Prefeito Marcelo Déda, a partir do ano de 2001 e hoje está consolidada como a grande referência cultural do Estado de Sergipe. A nossa capital, Aracaju, promoveu o “Arraiá do Povo” na Orla de Atalaia, privilegiando os artistas da terra e promovendo diversas atividades, resgatando a essência dos festejos juninos, oferecendo aos aracajuanos e milhares de turistas que lotaram nossos hotéis a mais pura tradição nordestina, a partir de eventos como a apresentação de quadrilhas juninas, barco de fogo, grupos folclóricos, violeiros, trios pé de serra e a consagrada Orquestra Sanfônica de Aracaju, promovendo na mais bela capital do País um clima de confraternização que resgata os valores culturais do povo nordestino, valorizando nossas raízes e oferecendo a todos um ambiente de diversão e alegria, uma verdadeira viagem pelo imaginário popular dessa região que canta e encanta todo o Brasil. Devemos destacar que neste ano a tradição da Rua de São João, em Aracaju, também foi resgatada, com a apresentação do concurso de quadrilhas juninas, que se destacam entre as maiores e melhores do País, levando o nome de Sergipe aos quatro cantos do País, ocupando historicamente posição de destaque no ranking nacional da manifestação cultural nordestina, bem como as festividades desenvolvidas no Centro de Criatividade de Aracaju, também voltadas aos concursos de quadrilhas juninas, agregando todas as comunidades do Município em torno de nossa melhor tradição. Mas o São João de Sergipe esteve presente em todo o Estado e, no ano de 2011, vale destacar o Festival da Mandioca, na cidade de Lagarto, que tem crescido a cada ano e se consolidado no calendário cultural de Sergipe como uma nova referência, que alia a tradição junina às características locais de uma região pujante, que aos poucos se torna uma referência econômica, sem deixar de reforçar os laços culturais que tanto orgulham seu povo e demonstram que a administração lagartense está no caminho certo do desenvolvimento e do progresso. Vários outros Municípios do interior de Sergipe também realizaram suas festas, algumas já tradicionais, como as das cidades de Areia Branca, Estância e Rosário do Catete. Todo o Estado foi palco de manifestações culturais e artísticas, desde os tradicionais “arraiás” até regiões que não têm tradição em fazer 34970 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS festejos juninos, mas que promovem nossa cultura com desenvoltura cada vez maior, afirmando o espírito pacífico e ordeiro do povo sergipano, que se dedica aos festejos com o espírito que lhe é característico, sempre promovendo um São João de paz e amor. Nesse sentido, vale ressaltar as cidades de Canindé do São Francisco, Monte Alegre, Nossa Senhora das Dores, Poço Verde e Ribeirópolis, que realizaram durante o mês de junho suas festas de São João, oferecendo ao seu povo a comodidade de comemorar as festas juninas em casa, com a qualidade de nossa música, privilegiando os artistas locais e trazendo atrações nacionais para alegrar a vida das famílias sergipanas, promovendo a confraternização e a integração entre as diversas regiões do Estado de Sergipe. Diversas localidades promoveram também os festejos de São Pedro, com destaque para o Forró Siri na cidade de Nossa Senhora do Socorro e do São Pedro na cidade de Capela, festas tradicionais que já integram o calendário cultural de nossa terra, atraindo milhares de turistas de todo o Brasil para desfrutar do acolhimento e da organização dessas grandes manifestações, que se têm consolidado com o tempo, figurando entre as mais tradicionais festas juninas do País, motivo de orgulho e satisfação para todo o povo sergipano. Na qualidade de sergipano, representante de Sergipe na Câmara Federal, fico muito feliz com a afirmação constante de nossas tradições através das diversas manifestações culturais que nosso Estado tem promovido no período junino. Aproveito o ensejo para parabenizar as administrações municipais que se desdobraram para satisfazer as expectativas de nosso povo. Parabenizo também o Governo do Estado, na pessoa do Governador Marcelo Déda, que sempre se dispõe a incentivar a realização de nossos festejos juninos, e ao Governo Federal, que também nos tem apoiado ao longo do tempo, fazendo de Sergipe um palco de alegria, de riqueza cultural e artística, referência nacional em termos de organização e realização de grandes eventos, mantendo viva a tradição nordestina e fomentando a economia local, distribuindo renda, gerando emprego para o nosso povo e fazendo de Sergipe um lugar cada vez melhor para se viver e para se visitar, consolidando no cenário cultural brasileiro aquilo que nós, sergipanos, há muito sabemos: que Sergipe, de fato, é o “país do forró”. Portanto, parabenizo o Estado de Sergipe pelos 191 anos de emancipação política. A ação cultural de seu povo é uma forma de lembrar que a emancipação política, a constituição de um território com jurisdição e autogoverno, diante de laços sociais comuns, tais como a cultura, só faz sentido se o objetivo for, em Julho de 2011 primeiro lugar, o bem-estar do seu povo, que forma toda a base material e a razão de ser do nosso querido Estado de Sergipe. Era o que tinha a dizer. A SRA. ELIANE ROLIM (PT – RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estive, no dia 8 de junho, no Ministério da Educação, para solicitar informações sobre o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil, conhecido como E-TEC Brasil, uma excelente ferramenta de promoção e qualificação profissional que está mudando a vida de milhares de pessoas. Minha ida àquela Pasta foi muito oportuna, haja vista que estava acontecendo uma importante reunião com os coordenadores do referido programa de todo o País, e a nossa intenção era a de viabilizar a implantação de uma escola como essa no Município de Belford Roxo. Os futuros alunos terão uma formação profissional e cidadã, a partir da educação inclusiva, pública, gratuita e de excelente qualidade, para que os jovens participem de forma ativa e competitiva na sociedade. Inicialmente conversamos com o coordenador do Programa Brasil Profissionalizado, do Ministério da Educação, Marcelo Pedra, que nos incentivou a prosseguir com a ideia de implantação de um pólo do programa na nossa região. Depois, já no auditório do próprio Ministério, nós nos reunimos com diversas outras pessoas diretamente ligadas ao Programa E-TEC Brasil, que nos orientaram na formalização do pedido ao Instituto Federal do Rio de Janeiro. O Programa Brasil Profissionalizado visa fortalecer as redes estaduais de educação profissional e tecnológica. A iniciativa repassa recursos do Governo Federal para que os Estados invistam em suas escolas técnicas. Criado em 2007, o programa possibilita a modernização e a expansão das redes públicas de ensino médio integradas à educação profissional, uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação. O objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Mais de R$900 milhões terão sido repassados até o final de 2011 pelo Ministério da Educação, para estimular a implementação de ensino médio integrado à educação profissional nos Estados. O dinheiro deve ser empregado em obras de infraestrutura, desenvolvimento de gestão, práticas pedagógicas e formação de professores. Não tenho dúvidas, Sr. Presidente, de que com uma educação profissionalizante de qualidade o educando terá maiores condições de enfrentar os desafios cotidianos, o que, sem dúvida alguma, será traduzido em melhoria da sua qualidade de vida. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Acompanharei de perto os desdobramentos da implantação do Programa Escola Técnica Aberta do Brasil no Município de Belford Roxo. A Baixada Fluminense merece! Muito obrigada. O SR. PASTOR MARCO FELICIANO (PSC – SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com grande honra que uso desta tribuna para homenagear todo o povo norte-americano pela passagem do 235º aniversário de sua independência. Muito temos a aprender com esse povo, que se destacou pelo trabalho e organização, construindo durante estes mais de dois séculos um país e uma nação exemplos para todo o mundo. Sempre que preciso os Estados Unidos esteve presente, nos momentos mais cruciais para a humanidade. Podemos registrar com júbilo sua presença nas últimas grandes guerras, quando, saindo vitorioso, não oprimiu aqueles que o tinham atacado, tendo mantido pelos vencidos respeito durante toda a fase de transição política. Uma grande nação manifesta-se na superação de questões que envolvem o interesse global, e os EUA tem atuado sempre em defesa das aspirações da comunidade das nações. Pioneiro na exploração espacial, desenvolve tecnologias avançadas visando ao bem comum de toda a humanidade. Várias semelhanças encontramos entre os nossos países: extensão continental, miscigenação de raças, grande receptividade aos imigrantes, tolerância religiosa e predominância cristã. Feito esse registro de júbilo, Sr. Presidente, quero agora fazer um, infelizmente, de pesar. Aliás, do pesar de toda a Nação brasileira, que perdeu um de seus mais ilustres homens públicos, o Presidente Dr. Itamar Franco. Homem talhado para a política, ele começou bem cedo. Aos 18 anos tentou ser Vereador em sua cidade, Juiz de Fora, onde não obteve êxito, e em seguida tentou ser Vice-Prefeito, e também não obteve êxito; contudo, persistente, foi eleito Prefeito de sua cidade em 1967, e reeleito em 1972. Alcançou o Senado em 1974, e foi reeleito em 1982; no ano de 1992, como Vice-Presidente da República, quando da vacância do posto de Presidente da República, assumiu o cargo mais alto na Nação. Foi nesse posto que pôde demonstrar toda a sua capacidade de aglutinação dos mais diferentes pensamentos políticos desta Nação, dando início a uma nova era, de estabilidade política e social, com a instituição do Plano Real, com o qual foram alcançados os menores índices de inflação, mantidos até os dias de hoje. Podemos afirmar que os atuais programas sociais são possíveis hoje graças à semente plantada em seu Governo. Quarta-feira 6 34971 Estadista respeitado em todo o mundo, ao deixar o poder manteve-se atuante em suas atividades políticas de forma discreta, contribuindo para o fortalecimento das instituições democráticas. Foi eleito para o cargo de Senador em outubro de 2010 e empossado em 2011, e ainda no início de seu mandato o Brasil assiste a essa grande perda. Mas o que nos conforta como cristãos é saber que o céu hoje ganha um morador ilustre. Muito obrigado. O SR. ROBERTO TEIXEIRA (PP – PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna para falar de um evento muito especial que há 12 anos é realizado na cidade do Recife. Trata-se da FENEART, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato, promovida pelo Governo de Pernambuco. Tudo nessa feira impressiona, a começar pelos números. São 35 países, mais de 5 mil expositores e um público visitante que chega a mais de 270 mil pessoas nos 10 dias de funcionamento. De fato, são números superlativos. Só em negócios diretos, a feira, neste ano, deve movimentar 28 milhões de reais e mais 4 milhões de reais em contratos. Toda essa movimentação consolida a importância cultural e econômica do nosso artesanato, que gera emprego e renda a milhares de artesãos em todo o País e fora dele. Não só durante o período da feira, mas em boa parte do ano. Um passeio pela FENEART, Sr. Presidente, nobres Parlamentares, garantem ao visitante não só a possibilidade de apreciar ou comprar obras de arte de várias partes do mundo, mas, principalmente, de assistir a uma aula de cultura popular. Isso porque a exposição reúne trabalhos como os bonecos de barro do mestre Vitalino de Caruaru, as xilogravuras do Mestre J. Borges, de Bezerros, as carrancas de Petrolina, afora o artesanato de todas as regiões do Brasil e de outros países, como dos Continentes Asiático e Africano. Pois bem, Sr. Presidente, meus caros colegas, eixo aqui o convite para que todos visitem a FENEART e constatem toda a sua importância para a cultura do País e para a valorização dos nossos artistas mais populares. Afinal, o que é a arte senão a expressão de um povo? A aproveito o momento para compartilhar com o Brasil meus sentimentos pela morte do ex-Presidente e Senador Itamar Franco, que nos deixou um legado de honestidade. Vai ser lembrado para sempre como o político que dirigiu a Nação em dois momentos cruciais da nossa história: a renúncia do Presidente Fernando Collor, de quem era vice, e a formulação do Plano Real. Itamar Franco passou por todas as esferas que um grande político pode almejar Foi Prefeito, Gover- 34972 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nador, Senador por quatro mandatos, Vice-Presidente, Presidente e embaixador do Brasil. Foi um político que dedicou toda a vida ao que sempre acreditou ser melhor para o povo brasileiro. Defendeu a classe trabalhadora na Assembleia Constituinte ao lutar pela jornada semanal de 40 horas e o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. Com o Plano Real, Itamar conseguiu o controle da inflação, estabilizando a economia e tornando possível para milhões de brasileiros, principalmente os das camadas mais desfavorecidas, sonhar com um futuro melhor. Por tudo isso, Itamar Franco para sempre será lembrado. Sr. Presidente, ocupo ainda a tribuna, como tenho feito sempre e de forma satisfatória, para falar do crescimento social e econômico do povo brasileiro. Estudo divulgado nesta semana pela Fundação Getulio Vargas apontou a expansão da classe média como uma das responsáveis pela diminuição da desigualdade social no País. Nos últimos 21 meses, aproximadamente 13,1 milhões de pessoas migraram para as classes C e AB. Segundo a FGV, a classe C cresceu 11,1% nesse período. Em 2009 ela era formada por 94,9 milhões de brasileiros. Em maio desse ano já eram 105,4 milhões. Já a classe AB registrou um aumento de 12,8%, passando de 19,9 milhões para 22,5 milhões de pessoas. Tudo isso, Sr. Presidente, meus nobres colegas, é resultado do trabalho que governos como o do ex-Presidente Lula e da atual Presidente Dilma vêm realizando em nosso País, atraindo grandes investimentos e fortalecendo a economia para gerar mais emprego e renda para a população. Os reflexos podem ser vistos na melhoria das condições de vida de nossa gente. Para se ter uma ideia da extensão dessa contribuição no dia a dia do povo brasileiro, a renda familiar tem superado o Produto Interno Bruto. De 2003 para cá, o ganho financeiro das famílias registrado na Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios – PNAD, vem crescendo 1,8% ao ano, acima, portanto, da média per capita do PIB. Na comparação com os países emergentes, que integram o chamado BRIC, formado por Brasil, Rússia, Índia e China, mais a África do Sul, o Brasil tem apresentado os melhores indicadores de redução de desigualdades sociais. Entre esses países, foi o Brasil que registrou crescimento na renda dos mais pobres. Só nos anos 2000 a renda desse segmento aumentou 70%. Os motivos para isso, segundo o levantamento, estão no aumento da escolarização dos brasileiros. Por ano, hoje, o País forma 950 mil estudantes no ensino superior, quase três vezes mais que o registrado há 10 anos. Mas o mesmo estudo apresenta outras causas Julho de 2011 para a redução das desigualdades, como os programas de transferência de renda. De se citar, no caso específico, o Bolsa Família, que tem forte influência na melhoria de vida dos mais necessitados. É claro, Sr. Presidente, nobres pares, que ainda há muito a se fazer para o Brasil acabar de vez com as desigualdades que permeiam esse imenso País. É preciso criar novas políticas públicas para expandir e consolidar essas melhorias, para que os mais de 16 milhões brasileiros que, infelizmente, vivem em extrema pobreza possam também se beneficiar do crescimento e viver com dignidade. Nesse sentido, a Presidente Dilma vem mobilizando e sensibilizando a sociedade por meio do Programa Brasil Sem Miséria. Aproveito a ocasião para parabenizar o agrônomo José Graziano, eleito nesta semana para a direção geral da FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, que tanto contribuiu para combater a forme no Brasil. Sr. Presidente, caros colegas, termino dizendo que o otimismo é um sentimento que sempre me acompanhou; graças a ele nunca desisti de acreditar num futuro melhor para o Brasil. Vejo que esse futuro já chegou. Obrigado a todos. A SRA. MANUELA D’ÁVILA (Bloco/PCdoBB – RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, boa tarde. Trago ao conhecimento dos nobres colegas o evento do qual participei na noite desta segunda-feira, na minha cidade, Porto Alegre. Ao lado do Presidente nacional de meu partido, Sr. Renato Rabelo, lançamos a Conferência Municipal do PCdoB. Sr. Presidente, mais do que um evento partidário, o que vivemos na noite de ontem foi um grande encontro. Um encontro de personalidades, de militantes, de ideais, de visão, de sonhos, de vontade de mudanças. Um encontro em que todos apresentamos uma vontade comum: debater novas ideias para organizar a Porto Alegre que queremos. Tivemos a honra de contar com a presença do presidente nacional do meu partido, sempre figura especial, porque nos faz ver a política com paixão. Também estiveram presentes o Presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde; os Vereadores Sofia Cavedon, Adeli Sell e Mauro Pinheiro; os Secretários Beto Albuquerque, João Motta (que representou o Governador Tarso Genro) e Mari Peruso. Dividiram a noite ainda conosco as Secretárias e amigas Jussara Cony e Abgail Pereira, os Deputados Raul Carrion e Assis Melo. Além de todos esses amigos, tivemos conosco nossas Lideranças partidárias e militantes, que fizeram dessa noite mais um momento especial no caminho que trilhamos. Manifesto e registro, portanto, minha alegria, Sras. e Srs. Deputados, com o sucesso do encontro. Para nós, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do PCdoBB – como aferimos diversas vezes durante a noite, a unidade política das forças progressistas transcende a disputa eleitoral. Todos nós que estivemos reunidos ontem à noite lutamos incansavelmente pela construção de um projeto de desenvolvimento no Brasil que se aplique nos Estados e nas cidades. E esse projeto, a meu ver, não pode ser concebido ou implementado por uma única força. Deve, sim, ser construído e aplicado por um grupo que une esforços na busca desse ideal e pelo conjunto da sociedade que tem responsabilidade com nosso País e com nosso povo. Este é o nosso entendimento e também dos partidos que tivemos a honra de receber em nosso encontro (PT – PSB – PPL). Sr. Presidente, o lançamento da Conferência Municipal do PCdoB de Porto Alegre nos traz boas perspectivas. Perspectivas de que a experiência que temos construído dia a dia aqui nesta Casa, e que vem sendo construída ao longo dos Governos do Presidente Lula e da Presidenta Dilma, poderá avançar ainda mais. Nós já estamos avançando no Governo do Rio Grande do Sul com a gestão do ex-Ministro Tarso Genro. Seu Governo, assim como o da Presidenta, traz a marca da coalizão como diferencial. Diferencial que beneficia o povo principalmente e concretiza a ampla democracia. O mesmo poderá acontecer, Sr. Presidente, na cidade de Porto Alegre. E, como disse ao final de minha manifestação, precisamos devolver Porto Alegre ao Rio Grande do Sul, ao Brasil e ao mundo. Aproveito este espaço, ainda, para manifestar minha solidariedade à família do ex-Presidente Itamar Franco, que faleceu neste final de semana. O Brasil perdeu um grande estadista, um homem que dedicou sua vida à defesa da democracia. Para além de diferenças ideológicas, Itamar Franco cumpriu papel importantíssimo em um período em que nosso País precisou. Ao reconhecer e enaltecer tudo o que fez pelo Brasil, presto aqui minha homenagem a ele. Muito obrigada. A SRA. ALINE CORRÊA (PP – SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para fazer uma homenagem a uma das pessoas mais queridas que São Paulo já teve e que nos deixou na semana passada. Com o falecimento de Jessyr Bianco, aos 86 anos, a imprensa e o cenário jurídico paulista estão de luto. Mais do que um jornalista ético e um advogado brilhante, o Estado perdeu um ilustre cidadão. Jessyr Bianco nasceu em Corumbataí, então distrito de Rio Claro, em 18 de fevereiro de 1925, e mudou-se para Americana aos 13 anos na companhia do pai, que buscava emprego. Trabalhou em indústrias têxteis da cidade e formou-se em Direito na primeira turma Quarta-feira 6 34973 da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Foi secretário-executivo do Legislativo durante 10 anos. Candidatou-se a Vereador em 1947, na primeira Câmara, após a redemocratização do País. Figurou como primeiro suplente, mas nunca assumiu a vereança porque foi nomeado, por concurso, secretário-executivo do Legislativo, cargo que ocupou até 1957 quando assumiu, na administração Abrahim Abraham, a Procuradoria Jurídica da Prefeitura. Em 1963, foi eleito Vereador pelo PDC para a Legislatura 1964/1968, sendo o terceiro mais votado daquela eleição. Na Câmara, teve atuação direta nos processos de impedimentos de dois Prefeitos, um deles afastado definitivamente. Reeleito em 1968 pelo MDB para a Legislatura 1969/1972, foi Presidente da Câmara no biênio 1969/1970. No período, ocorreu a mudança na Lei Orgânica do Município (promulgada na época pela Assembleia Legislativa) que permitia, por força de atos do sistema federal, a prorrogação do mandato dos presidentes dos legislativos. No entanto, Bianco não aceitou a prorrogação e presidiu a eleição de seu substituto. Exemplo de dedicação, humildade e idealismo, Jessyr Bianco fundou o jornal O Liberal, em 1952, e com os irmãos Romeu e Arnaldo Mantovani tornaram-se porta-vozes daqueles que não tinham espaço para se manifestarem. Postura seguida até os dias atuais. A semente da década de 50, cultivada com ética, determinação e profissionalismo, floresceu e hoje se constitui no Grupo O Liberal de Comunicação, composto pelo jornal, pela Rádio Você (AM 580) e o portal de notícias na Internet. A pujança do Grupo de Comunicação foi expressa nas palavras do Presidente da Associação Paulista de Jornais (APJ) Renato Zaiden. Segundo ele, “Jessyr Bianco construiu uma carreira exemplar, de dedicação à causa comunitária e valorizou o jornalismo regional brasileiro com o empreendimento que deixa como legado”. Gostaria de salientar ainda, Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, que, em nota oficial, a Ordem dos Advogados do Brasil elencou uma série de justos elogios ao advogado mais antigo em número de inscrição da Subsecção de Americana. A OAB de São Paulo considerou Jessyr Bianco “um advogado combativo e um jornalista eminente”. Como advogado e jornalista, Jessyr Bianco teve atuação relevante nos anos de chumbo, o período mais repressivo da ditadura militar no Brasil. Preocupado com a causa pública, liderou movimentos relativos à reformulação tributária do Município. Além de um sem-número de ações que contribuíram para engrandecer a advocacia e a cidadania, no sentido mais amplo desta palavra. 34974 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Neste momento de pesar, Sr. Presidente, meus nobres pares, quero irmanar os meus sentimentos aos familiares de Jessyr Bianco: à esposa Jocelina Medon Bianco, às filhas Cybel Cristina, Luciana e Juliana, além de netos e bisnetos. E quero deixar registrado nesta Casa que ficam para a posteridade, a nortear as ações de todos nós, legados de um jornalista dotado de idealismo e sensibilidade; de um advogado de postura combativa e retilínea; de um político caracterizado pela honradez pública; de um empreendedor que sempre se posicionou à frente de seu tempo; e de um chefe de família amoroso e dedicado, que só fez colecionar amigos e admiradores. Muito obrigada. O SR. JEFFERSON CAMPOS (Bloco/PSB – SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, muita gente economiza durante anos no orçamento doméstico para um dia realizar o sonho de comprar um carro usado. Na hora de comprar o veículo, em meio à alegria pela comodidade e conforto representada pelo bem adquirido, o consumidor pode correr o risco de estar sendo enganado. Um dos itens que podem conter fraude é o hodômetro (medidor da distância percorrida pelo veículo), em virtude de possível prática para indicar quilometragem menor do que a efetivamente percorrida pelo carro. Pois é para acabar ou, pelo menos, combater e reduzir esse tipo de fraude que o Projeto de Lei nº 3.740, de 2008, de minha autoria, tramita na Câmara dos Deputados. A Comissão de Viação e Transportes da Câmara, confirmando a importância do meu projeto para a sociedade brasileira, aprovou o meu projeto no dia 8 de junho. Ele ainda deve ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O meu projeto torna obrigatória a inclusão da quilometragem rodada pelo veículo no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). A proposta é que a quilometragem seja verificada no momento da inspeção veicular obrigatória prevista no Código Nacional de Trânsito (Lei 9.503/97). O Deputado Federal Hugo Leal (PSC – RJ) recomendou a aprovação do projeto, e os Deputados da Comissão de Viação e Transportes concordaram com os seus argumentos. Como consta da justificativa do meu projeto, o Relator lembrou que são comuns os casos de pessoas que, na ânsia de vender um veículo usado, adulteram o hodômetro para indicar quilometragem menor do que a realmente percorrida. Nesses casos, quem perde é o consumidor, que pode ser qualquer brasileiro. Primeiramente, é inquestionável a importância social do meu projeto de lei. Ele tem o objetivo de as- Julho de 2011 segurar que as pessoas que mencionei no início deste discurso possam ter a garantia de comprar um carro usado em condições legítimas e de acordo com a quilometragem real do veículo. A fraude no hodômetro é um estratagema muito antigo. Para dificultá-la, montadoras têm colocado lacre de segurança no marcador de velocidade, mas o comprador, nos casos em que seja leigo, não consegue identificar a diferença no hodômetro quando o lacre é violado. Esta é uma prática comum nos hodômetros analógicos, mas também pode ocorrer nos equipamentos digitais. E então, ao comprar o carro, o consumidor pode estar sendo enganado, e isto não podemos admitir. Basta lembrar que já constam do CRLV o nome, o endereço e o CPF do proprietário; a marca, a cor, o ano de fabricação e o modelo do veículo; a validade do documento; o Código no Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM); o número do chassi; a placa; o tipo de combustível. A inclusão também da quilometragem rodada no CRLV não acarretará gastos para o proprietário ou para o Estado. A medida evitará fraudes e será uma segurança a mais para o comprador do veículo. A ideia é que se aproveite a inspeção periódica para verificar e anotar a quilometragem rodada. Esta iniciativa também tem a finalidade de fazer valer na prática o Código de Defesa do Consumidor. É uma ação concreta e em sintonia com os preceitos do Código que protegem os direitos do cidadão brasileiro. O alcance social do meu projeto é abrangente e de dimensões gigantescas. Uma simples observação pelas ruas das pequenas, médias e grandes cidades brasileiras dá o termômetro das condições de mercado. Existem ruas inteiras de concessionárias de veículos usados. Fora delas, transações comerciais entre proprietários também são realizadas. Milhões de veículos são comercializados em todo o País, e toda essa movimentação corresponde a um dos mercados mais pulsantes da economia brasileira. Por todas essas razões, é com grande satisfação que vi o meu projeto ser aprovado pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. E tenho grande expectativa por sua aprovação também pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O meu projeto é para benefício de todos os brasileiros. Solicito, Sr. Presidente, que meu pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil. Muito obrigado. O SR. FERNANDO COELHO FILHO (Bloco/PSB – PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presiden- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS te, Sras. e Srs. Deputados, o dia 5 de julho deste ano marca o 36º aniversário do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado – BlMtz, também conhecido como a Casa do Combatente de Caatinga, instituição cuja história demonstra a prestação de relevantes serviços ao Nordeste brasileiro. De fato, embora ostente caráter nacional, essa unidade pertencente ao Exército brasileiro, instituída em 1975 pela transformação da 2ª Companhia de Fuzileiros do 35º Batalhão de Infantaria de Feira de Santana, apresenta lastro de forte atuação em vários Estados da Região Nordeste, especialmente em Pernambuco, configurando área de atuação que abrange 37 Municípios, e também na Bahia, onde compreende outras três municipalidades. A localização do 72º BlMtz, no centro do Polígono das Secas, considerada uma das áreas mais inóspitas do mundo, atribui-lhe a condição de única Organização Militar de nosso Exército a operar com técnicas especiais e peculiares a ambientes áridos e semiáridos, como é o caso do bioma daquela área de sua atuação. A natureza e as condições do trabalho desenvolvido pelo 72º Batalhão, Sr. Presidente, tornam a instituição perfeitamente integrada à realidade local, produzindo importante contribuição operacional e social a todo o Vale do Rio São Francisco. Efetivamente, o comando e os demais integrantes daquele Batalhão têm atuado em inteira conformidade com o lema e a ideia de significar sempre: braço forte, mão amiga das comunidades, prestando serviços de real importância em diferentes demandas da infraestrutura social e econômica. Daí a minha satisfação em registrar nos Anais desta Casa a passagem do 36º aniversário, neste 5 de julho de 2011, do 72º Batalhão de Infantaria Motorizada, instituição que desfruta de prestígio, admiração e reconhecimento de nossa população. Ao agradecer o honroso convite recebido para participar das festividades do 36º aniversário do 72º BlMtz, cumprimento a instituição e todos os que a ela se dedicam, na pessoa de seu Comandante, Helvétius da Silva Marques, expressando agradecimentos, respeito e admiração pelos relevantes serviços prestados à região e ao povo que tenho orgulho de representar na Câmara dos Deputados. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Passa-se ao V – GRANDE EXPEDIENTE O SR. PRESIDENTE (Manato) – Antes de ouvirmos o Deputado, empresário e administrador de empresas Sandro Mabel, fará o seu registro o nobre Deputado Newton Lima. Quarta-feira 6 34975 O SR. NEWTON LIMA (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Registro a satisfação de ter integrado a Comissão de Parlamentares que visitou na última sexta-feira o Centro Experimental de Aramar, da Marinha, em Iperó, Estado de São Paulo. É motivo de orgulho para nós brasileiros verificar o avanço e o progresso que a Marinha brasileira vem alcançando na questão nuclear, na construção do seu reator, no enriquecimento do urânio para fins pacíficos, como diz a Constituição, e na construção do nosso submarino. Deixo meus parabéns à Marinha, particularmente aos membros do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, na pessoa do seu Diretor, o Vice-Almirante Carlos Passos Bezerril. Muito obrigado, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Maurício Quintella Lessa. S.Exa. dispõe de 1 minuto. O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (Bloco/ PR – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. pela deferência. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o TRE de Alagoas iniciou o recadastramento biométrico de todos os eleitores, mas, infelizmente, não se preparou para esse momento, o que gerou no Estado, particularmente no Fórum de Maceió, um caos absoluto. Hoje houve na capital bloqueio de vias públicas, das principais ruas de Maceió, no centro da cidade. Recebemos por e-mail, Twitter e todos os outros meios de comunicação a solicitação para fazer este registro desta tribuna da Câmara dos Deputados e pedir providências urgentes ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas para organizar o recadastramento. É fundamental que o façamos para termos eleições mais limpas, mais modernas e mais rápidas, mas é fundamental da conforto ao eleitor alagoano. É o registro que faço neste momento. Agradeço a V.Exa. pela paciência. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Agradeça ao Deputado Sandro Mabel, que cedeu o tempo. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Sandro Mabel. Terei a honra de ouvir V.Exa. durante 25 minutos. O SR. SANDRO MABEL (Bloco/PR – GO. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Só de V.Exa. me escutar durante esses 25 minutos, ou pelo menos neste 1 minuto em que V.Exa. ainda permanece no cargo de Presidente, é uma honra para mim também. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em primeiro lugar, gostaria de registrar o meu apoio ao Ministro 34976 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dos Transportes, Alfredo Nascimento, homem ilibado, correto. E não tenho nenhuma dúvida, ao defendê-lo desta tribuna. Acredito nele em todos os instantes. Acredito na sua honestidade, no seu trabalho, no seu cuidado com a coisa pública, Deputado Roberto. Por isso, em meu nome, em nome do meu Estado, que tão bem tem sido recebido, em nome do Brasil, que nas mãos do Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento cresceu muito, quero deixar registrado este apoio a ele e à sua equipe. Em uma reportagem que precisa ser apurada, eles foram acusados de coisas que não têm o menor cabimento. Siga firme, Ministro! Nós que o conhecemos, o Brasil, que conhece o seu trabalho, temos a certeza absoluta de que V.Exa. sempre honrará o povo do Amazonas, que o trouxe ao Parlamento na condição de Senador. Gostaria também de cumprimentar os habitantes do Bairro de Campinas, em Goiânia, Deputado Izalci, que V.Exa. conhece. O Bairro de Campinas – que já foi uma cidade; chamava-se então Campininha das Flores – completa hoje 201 anos. A cidade nasceu depois que garimpeiros saíram de Pilar de Goiás e foram garimpar no Rio Anicuns. Eles não obtiveram sucesso, não encontraram ouro, porém encontraram o ouro de morar numa cidade bonita, que hoje é o Bairro Campinas da nossa querida Goiânia. Por isso, ao povo campineiro, como assim é chamado, a todos os comerciantes daquelas lojas, a todos os que moram lá, pessoas importantes como o Prof. José Hidasi, grande ornitólogo que mora nesse bairro há muito tempo com sua família, o meu abraço, o meu carinho. Quero ainda pedir a V.Exa., Presidente Izalci, que coloque em pauta o Requerimento nº 1.410/2011, de urgência para apreciação do PL nº 496, de 2011, que torna obrigatória a instalação de portais de raios X nas escolas públicas e privadas. A proposta aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça, e o requerimento está aí, para ser votado. Deputado Izalci, costumamos esquecer as coisas aqui. Quando aconteceu aquela tragédia em Realengo todos ficamos comovidos, e tudo mais, mas meu projeto é muito anterior a isso. Eu já estava prevendo tal situação. Andando por aí, vemos a quantidade de armas nessas escolas. Por isso precisamos instalar esse portais de raios X. Eles não vão resolver todos os problemas, mas ajudarão a minimizá-los, já que as pessoas não levarão armas para as escolas, e não acontecerão mais tragédias como a que aconteceu. Infelizmente o tempo passa, e só vamos lembrar outra vez do requerimento do Deputado Sandro Mabel quando matarem mais uns cinco ou seis em outra cidade. Então, Sr. Presidente, que V.Exa. peça ao Pre- Julho de 2011 sidente Marco Maia que coloque esse requerimento em votação o mais urgentemente possível. É interessante como a Câmara às vezes é lenta. As escolas públicas de Belo Horizonte com mais de 500 alunos, no final das férias, terão a obrigação de ter portais de raios X. Por quê? Porque a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei nesse sentido, do Cabo Júlio. Isso também ocorreu em Vitória, Espírito Santo – Estado do Presidente Manato –, onde a Câmara aprovou que vários estabelecimentos, não só escolas mas também locais fechados destinados a diversão, espetáculos, cinemas, ginásios, escolas particulares e públicas, tenham detector de metais. E nós aqui, Deputado Izalci, não temos esse projeto aprovado. Volto a dizer: Deus queira que isso não aconteça, mas, se acontecer, cobrarei desta Casa inteira, porque considero essa uma medida importante, que precisa ser votada. Se alguém combate a instalação dos portais de raios X é por preguiça. Não há nenhum problema em passar pelo portal. Quantos passam aqui na Câmara, quantos entram pelo portal? Todo o mundo que entra na Câmara passa pelo portal. Todo o mundo que vai ao aeroporto passa pelo portal. Todo o mundo que entra nas repartições públicas passa pelo portal. Quem vai ao Palácio passa pelo portal. Em muitos outros lugares há portal de raios X. Considero essa uma medida importante, sim, principalmente para as escolas do nosso Estado, do Brasil, enfim, onde haja estudantes. Sr. Presidente, quero falar hoje sobre a terceirização. Há considerações pejorativas sobre esse setor da economia, que tem sido constantemente atacado, e por isso mais uma vez quero discorrer sobre esse tema neste plenário. Acredito que é eficaz ponderarmos inicialmente que a terceirização é uma atividade internacional. O mundo inteiro terceiriza. Vivemos em um novo cenário, no qual a terceirização dos serviços temporários faz parte de uma tendência mundial das empresas modernas, e representa uma verdadeira junção do aumento de produtividade, de competitividade e de eficiência dos serviços prestados, potencializando a redução de custos. É a contratação, Deputado Izalci, do melhor preço, e não do menor preço. Deputado Maurício, nós não queremos que os preços sejam precarizados na terceirização, e sim que os profissionais sejam especializados. Um azulejista, em uma obra, se é especialista em assentamento de azulejo, trabalha muito melhor do que aquele que não é treinado e é contratado de qualquer jeito. O cliente que vai receber seu apartamento será mais bem servido. O mecânico de manutenção de uma empresa especializada em manutenção vai realizar um trabalho muito melhor do que um outro que pode simplesmente Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mexer em muitos pontos dentro da mesma empresa. Por isso a terceirização é importante. É imprescindível ressaltar que, além do progresso econômico, há também os benefícios sociais trazidos pela terceirização. Inúmeros postos de trabalho foram criados. E além disso, há também uma crescente especialização da mão de obra do País. Nós somos contra a precarização. Empresas que terceirizam mal têm de sair do mercado. Essas empresas têm de ser especializadas. Tem-se de exigir o cumprimento dos direitos dos trabalhadores, tais como o recolhimento do Fundo de Garantia e do INSS e o pagamento do 13º A empresa tomadora de serviços deve ter responsabilidade, para não acontecerem coisas que nós já vimos acontecerem e os trabalhadores ficarem na mão. Mas há como cobrar isso. Enquanto isso, atrás desse manto de que é tudo ruim, estamos deixando quase 10 milhões de trabalhadores sem regulamentação. Os terceirizados, hoje, quando levam um cano, não têm para onde correr. Ficam correndo atrás de súmulas, disso e daquilo. As empresas que poderiam contratar mais pessoas especializadas e colocá-las para estudar, Deputado Átila, deixam de fazê-lo. Por quê? Porque elas têm medo de amanhã serem apenadas pela Justiça. Por isso, nós precisamos regulamentar a terceirização. Estamos trabalhando. A Casa criou a Comissão Especial do Trabalho Terceirizado, da qual sou o Presidente e o Deputado Roberto Santiago é o Relator. Esperamos poder fazer, junto com as centrais e com as confederações patronais, um projeto importante, que tramite rapidamente na Câmara, para que possamos dar ao Brasil o marco regulatório da terceirização, tão importante no mundo inteiro. Existe hoje um voo de empregos. Se nós tivéssemos a terceirização regulamentada, aquelas centrais de bancos ingleses que estão na Índia e na China poderiam estar no Brasil também. Por que não se instalam no Brasil? Por que não se geram esses empregos aqui? Porque não temos leis de terceirização. Nós temos hoje um índice de desemprego tal que as pessoas podem escolher se querem participar de uma empresa que terceiriza ou de uma que as empregue diretamente. A pessoa pode escolher! Temos inúmeras indústrias que fazem como as montadoras; ou seja, contratam por especialidade, como aquele que põe o chassi no caminhão ou no carro; na fábrica de pneus, os funcionários instalam o pneu da melhor forma possível, assim como há os que fazem a pintura usando equipamentos os mais modernos possíveis. Precisamos de competitividade para fazer um trabalho cada vez melhor, para combatermos a desindustrialização que está acontecendo no Brasil. Por exces- Quarta-feira 6 34977 so de regulamentação e por falta de competência, nós estamos deixando os outros países invadirem o Brasil. Um carro como o Azera chega ao Brasil por US$9.800. Chega dentro de um caixote e rapidamente é montado, tornando-se um carro vendido com benefícios e tudo mais. E a nossa indústria nacional apanha com isso. Por quê? Porque onde ele é produzido consegue-se chegar a esse custo graças às terceirizações especializadas. Nas empresas, os robôs e uma série de coisas facilitam a fabricação desses carros. Por isso, nós temos que melhorar a nossa condição no Brasil. Por que o Brasil exporta a soja e não o óleo de soja? Por que não exporta o farelo de soja, Deputado Maurício Quintella? Porque no Brasil há sempre essa questão de taxar mão de obra, de excesso de impostos; então, as fábricas brasileiras estão montando unidades na China e no Paraguai, fazem o óleo lá, e nós só ficamos aqui com a agricultura, e não temos industrialização. Pois não, Deputado Maurício Quintella Lessa. O Sr. Maurício Quintella Lessa – Eu agradeço-lhe a concessão do aparte. V.Exa. tocou agora, afinal, no ponto mais importante: os impostos. V.Exa. é o baluarte, o Relator da reforma tributária. Acho que o Brasil não pode mais esperar. Não é só a questão do Azera, ou da indústria automotiva, não, Deputado Sandro Mabel; o Azera, que chega aqui por US$9 mil, é vendido, não sei, por US$60 mil, US$70 mil, e grande parte disso é carga tributária. Mas não é só a automotiva, não! É a automotiva, a indústria têxtil, a energia. A energia é o maior absurdo. O Brasil paga a energia mais cara do mundo por conta da carga tributária! E digo mais: lá em Alagoas encontra-se a distribuidora ELETROBRAS AL, que foi federalizada e presta o pior serviço do Brasil. Entre as 63 distribuidoras de energia do País, a distribuidora federalizada do meu Estado presta o pior serviço do Brasil, tem uma das energias mais caras do País, e consequentemente uma das mais caras do mundo. Eu quero aproveitar, Deputado, para parabenizá-lo pelo pronunciamento. Nós precisamos forçar a barra no Congresso para que a reforma tributária venha à pauta da Ordem do Dia. É impossível que nós continuemos com essa guerra fiscal entre os Estados, com uma infinidade de impostos federais, estaduais e municipais que oneram a folha de pagamento, a indústria e o Custo Brasil. Parabéns! V.Exa. tem todo o apoio desta Casa, para que se traga urgentemente essa questão da reforma tributária para a pauta da Ordem do Dia. Parabéns pelo pronunciamento! O SR. SANDRO MABEL – Muito obrigado, Deputado Maurício. Eu estava falando sobre a terceirização, e vou falar em seguida sobre a reforma tributária. V.Exa. tem razão. 34978 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Esse processo de terceirização também não pode esperar mais, Deputada Cida Borghetti. Nós temos de fazer com que o Brasil ande, ganhe velocidade. E eu tenho um projeto que foi aprovado na Comissão de Trabalho por estes dias, depois de 7 anos na gaveta, graças ao nosso Deputado Silvio Costa, que, como Presidente da Comissão, avocou o projeto, fez um relatório, votou esse relatório e botou a terceirização para andar. Por isso, quero saudar também o Presidente da minha Comissão, o Deputado Silvio Costa. Para encerrar o meu discurso, eu gostaria de falar, Deputado Vilson Covatti, sobre a reforma tributária, assunto levantado pelo Deputado Maurício Quintella. É um absurdo não votarmos uma reforma tributária. Nós não podemos fazer puxadinhos de reforma. Não podemos fazer simplesmente arrumadinhos. Nós temos de fazer uma reforma. Temos uma pronta, Deputado Átila, V.Exa. que trabalhou defendendo seu Estado do Amazonas e toda a Zona Franca. O Deputado Jovair Arantes também trabalhou firme para que essa reforma pudesse sair. Nós precisamos votar a reforma tributária. É boa para Goiás, para o Paraná, para o Rio Grande, para Santa Catarina. É boa para o Brasil. É boa para o seu Estado, Deputada Cida. A Sra. Cida Borghetti – Peço um aparte para cumprimentar o Deputado Sandro Mabel, um conhecedor dessa matéria, grande empresário que gera muitos empregos, inclusive no Sul do País, em Santa Catarina. Conheço lá a indústria das bolachas Mabel. É até meu irmão Jorge que atende aos funcionários, como médico do trabalho. Quero dizer que o Brasil espera por esse momento. A reforma tributária é extremamente importante para que os empresários continuem acreditando no nosso País, nos nossos Estados. O Paraná tem lá o programa criado pelo Parlamentar brilhante que foi o Deputado Ricardo Barros, hoje Secretário licenciado da Indústria, do Comércio e Assuntos do MERCOSUL. O Deputado criou lá o Programa Paraná Competitivo, que em 6 meses de Governo já é um sucesso, atraindo indústrias de fora, mas ajudando a crescer aquelas que acreditam no Paraná e que lá já estão gerando tributos, emprego e renda, que é o que o nosso povo anseia. Quero mais uma vez parabenizá-lo pelo brilhante pronunciamento. O SR. SANDRO MABEL – Muito obrigado, Deputada Cida. Então, quanto a essa reforma tributária, Deputado Jovair Arantes, V.Exa., que é Líder, peça ao nosso Presidente Marco Maia, diga à nossa Presidenta Dilma: vamos votar uma reforma que já foi aprovada na Comissão Especial, que já foi estudada. Eu andei por este País, Deputado Átila, e V.Exa. andou comigo por alguns lugares também. Mais de 190 Julho de 2011 palestras nós fizemos, inclusive no Paraná, junto com o Deputado Ricardo Barros, palestras essas, Deputado Jovair, que mostraram o quanto é importante uma reforma tributária com a abrangência da que nós desenhamos. Não vai ser como essas reforminhas que a gente faz em casa: se quebra um vidro, troca-se, faz-se uma pinturinha... Não! A coisa está ruim. Há 43 anos não há uma reforma tributária neste País. O sistema tributário está todo emendado; é como aquela fiação que pega fogo, como a janela trincada, como a porta que não abre mais. Esse é o nosso sistema tributário, um sistema caótico. Nós vamos dar uma rearranjada em tudo. Vamos fazer com que o Brasil salte alguns anos para a frente. A V.Exa., que é um desenvolvimentista também, concedo o aparte, Deputado Jovair Arantes. O Sr. Jovair Arantes – Deputado Mabel, em primeiro lugar, quero parabenizá-lo pela sua conduta como Parlamentar nesta Casa, como Líder que foi do PL, depois do PR – e dar o testemunho do seu trabalho na Relatoria. Fez um relatório importante da reforma tributária. Como disse V.Exa., é um relatório que está pronto para ser votado. Acredito que seu relatório vem ao encontro do interesse da sociedade brasileira. O que falta são pequenos ajustes que seriam necessários, e tenho certeza de que V.Exa., com a competência que tem, vai fazê-los. Então, quero somar-me à sua grita pela reforma tributária nacional, que é tão importante, e por outros temas tão importantes que V.Exa. tem debatido, inclusive a terceirização. É importante e necessário que o País avance nesse sentido. Nós estamos num mundo moderno que necessita realmente do entendimento de que a modernidade tem de chegar também ao Legislativo. Parabéns pela sua conduta como Deputado nesta Casa. O SR. SANDRO MABEL – Muito obrigado, Deputado Jovair, Líder da minha bancada de Goiás, que tem sido tão bem conduzida. Mas é disto que precisamos: cada vez mais, Deputado Arthur Lira, precisamos fazer com que o nosso Nordeste, o nosso Centro-Oeste, o nosso Norte, o nosso Amazonas possam desenvolver-se, que a Zona Franca de Manaus possa crescer cada vez mais. O Sr. Átila Lins – V.Exa. permite-me um aparte? O SR. SANDRO MABEL – Pois não, Deputado. O Sr. Átila Lins – Agradeço a V.Exa. a concessão do aparte. Quero dizer que participei da Comissão Especial que examinou a proposta de reforma tributária, tendo V.Exa. como Relator e na Presidência o ex-Deputado Antonio Palocci, e aprovamos um substitutivo que na minha avaliação estava perfeitamente identificado com as aspirações de todo o País, ainda mais que V.Exa. propõe a implementação dessa reforma Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de forma gradual, com vários anos para atingir o que queremos, o ápice, que é acabar com a guerra fiscal. Conseguimos inserir a prorrogação da Zona Franca de Manaus, com o apoio de V.Exa., que esteve em Manaus, para um debate amplo com os empresários, com as autoridades do Estado, e também com as lideranças trabalhadoras, de forma, Deputado, que entendo que esse projeto está pronto para ser apreciado. É claro que gostaríamos de chegar ao consenso, à conciliação, mas, na eventualidade de que isso não seja possível, quem vai dirimir a controvérsia é este Plenário; então acho que teríamos de trazer para debate o projeto de que V.Exa. é o Relator, que está pronto e acabado para nos ser submetido. Hoje a Nação exige uma reforma tributária para que possamos melhorar e inclusive estimular o desenvolvimento, o trabalho o emprego. Nós, como V.Exa. sabe, na Zona Franca, temos enfrentado uma concorrência muito desleal com os países que estão entrando em nosso mercado. V.Exa. falou sobre o problema da industrialização, sobre o projeto industrial do País; nós da Zona Franca temos sofrido muito com esse ingresso descarado de muitas economias que têm atrapalhado não só a Zona Franca, mas o País como um todo. Muito obrigado. O SR. SANDRO MABEL – Por isso é que temos de proteger Manaus. Veja a fabricação de ar-condicionado: temos uma indústria próspera, competente, que tem colocado ar-condicionado em todo o Brasil, mas hoje ela é atacada por países que não têm tributação, que têm terceirização e uma carga tributária lá embaixo, e nós aqui nesta luta para manter trabalhando o nosso povo do Amazonas, de Goiás e de todos os lugares do País. Por isso precisamos ter coragem de fazer a reforma tributária. Nós precisamos ter a coragem, sim, Deputado Átila Lins, de colocá-la em votação aqui no plenário. O que for preciso mudar vamos mudar, o que for preciso aglutinar vamos aglutinar; vamos fazer uma coisa boa para o País, vamos fazer um Brasil melhor, vamos ter a coragem de dar aos mais pobres uma carga tributária menor, Deputada. Os trabalhadores que ganham até 3 salários mínimos têm 53% de carga tributária sobre seus salários, enquanto os que ganham acima de 30 salários têm 31%. Os pobres ficam mais pobres e os ricos ficam mais ricos. Eu não tenho nada contra os ricos, nem contra os pobres, mas as pessoas precisam ter condições de crescer. Quem não pode pagar tanto imposto tem de pagar menos, e quem tem condição de pagar mais tem de pagar mais. É cômodo ficarmos taxando o consumo, o arroz, o feijão; o óleo de soja paga 38% de carga tributária, assim como o arroz. Ao convidarmos alguém para tomar um café com açúcar pagamos 37% de carga tributária Quarta-feira 6 34979 por uma pequena xícara. O óleo pagar 38% de carga tributária é demais! Quem consome esse óleo? São as pessoas mais pobres! É por isso que temos de acabar com essa história de não ter coragem de enfrentar uma reforma tributária que vai colocar dinheiro no bolso dos mais pobres, que vai dar fim a essa tributação regressiva e taxar um pouco mais a renda e um pouco menos o consumo. Deputado Vilson Covatti, concedo um aparte a V.Exa., que conhece bem do assunto e também é da terra do arroz e dos grãos. O Sr. Vilson Covatti – Deputado, encanta-me ouvir V.Exa. falar sobre a questão mais importante, mais necessária a ser enfrentada por nosso País, que é a reforma tributária. Deputado Sandro Mabel, V.Exa. percorreu de norte a sul todos os cantos deste País. Ninguém sabe tanto quanto V.Exa., ninguém tem tanta convicção, tanto brilho nos olhos quando fala da necessidade da reforma tributária. E eu sempre repito o que V.Exa. está cansado de dizer: o Brasil nunca será um país desenvolvido, de Primeiro Mundo, se não fizer o enfrentamento da mãe das reformas, que é a reforma tributária. Cumprimento V.Exa. pelo pronunciamento. Continue com essa convicção, porque a voz de V.Exa. há de ser ouvida, e não apenas dentro do Congresso Nacional. Além das paredes do Congresso Nacional, ela será ouvida também pelo Palácio, para que possamos dar prioridade à votação da reforma tributária neste País. O SR. SANDRO MABEL – Muito obrigado, Deputado Vilson Covatti. Muito obrigado às senhoras e aos senhores. Está terminando meu tempo. Quero dizer que acho muito importante nós votarmos essa reforma tributária. Vamos ter essa coragem! Vamos ter a coragem de votar também a terceirização. É preciso termos coragem. Os Parlamentares precisam ter coragem, Deputada. Nós temos de ir em frente e entender que isso vai ser bom para a população, que o consumo vai melhorar e as pessoas vão poder viver melhor. Então, por isso estaremos trabalhando, e trabalhando duro. Ainda há quem diga que estou sozinho com a bandeira da reforma na mão. Ora, ela é o que todos querem! Não tenham medo. Ela é a melhor que existe, Deputado Homero. Para finalizar, quero novamente ressaltar meu compromisso, meu apoio ao nosso Ministro dos Transportes, porque acredito nele e no trabalho que ele tem feito pelo Brasil. Tenho certeza absoluta, Ministro, de que V.Exa. enfrentará tudo isso e sairá com tranquilidade. V.Exa. é um homem sério, e todos nós temos coragem de dizer isso. V.Exa. e toda a sua equipe. Que Deus abençoe a todos. Muito obrigado. 34980 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Quero aproveitar, Deputado Sandro Mabel, nosso eterno Líder, para parabenizá-lo pelo pronunciamento, principalmente pela defesa da reforma tributária, que é nossa bandeira de luta. Hoje mesmo eu fui entrevistado sobre isso, e acredito que seja o segundo tema mais importante, na expectativa dos Parlamentares. O primeiro é a reforma política, depois a reforma tributária. Parabenizo V.Exa. pelo trabalho e pela liderança nessa área. PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, brasileiros que nos acompanham pelos meios de comunicação, boa tarde. Mais uma vez venho a esta tribuna para discorrer sobre a necessidade de aprovação da reforma tributária. O sistema tributário brasileiro pode ser comparado à nossa casa. Pequenos problemas sempre aparecem, como paredes que necessitam de uma pintura nova, um telhado com goteiras etc. À medida que os anos passam, novos defeitos vão surgindo, e precisam ser sanados. Daí surge a necessidade de uma reforma. Não basta mais consertar pequenos defeitos. O sistema de tributação brasileiro passa por pequenos consertos quase todos os dias. Ao longo de 43 anos, pequenas mudanças foram acontecendo, mas chegou a hora de fazermos uma reforma, atualizando-o no que for necessário, diante da nova realidade do País. Para discutir a reforma tributária acredito que é necessário voltarmos ao passado. Sugiro que façamos uma análise da arrecadação e do desenvolvimento econômico e regional do País. Dessa maneira evitaremos descrições e conceituações equivocadas. Goiás tem alcançado grandes índices com os incentivos fiscais, tanto no crescimento econômico quanto na arrecadação. Acredito que o maior avanço é o combate à ilegalidade empresarial e à sonegação fiscal, fruto de uma política de desenvolvimento. Esse Estado tem-se desenvolvido, caminhando para ser um dos mais ricos da Federação. Grandes investimentos em infraestrutura, como a ampliação da Ferrovia Norte-Sul e da Leste-Oeste, vão proporcionar o aumento da produção agrícola e seu escoamento para os portos do País. As rodovias federais estão recebendo cada vez mais recursos financeiros para duplicação, recapeamento e pavimentação asfáltica. Nossa gente tem acompanhado nosso trabalho, e apoia-nos bastante. Temos trabalhado também pela Região Norte, uma Região que era carente de recursos e obras de infraestrutura. É assim que queremos continuar trabalhando para proporcionar o crescimento econômico de nossa gente. Julho de 2011 Na década de 90 houve uma surpreendente elevação do Produto Interno Bruto, que ascendeu de US$11,875 bilhões para US$24,107 bilhões. Esse crescimento foi notado na arrecadação do Estado, com um aumento de ICMS de 9,67% para 10,85% do PIB, no final do período citado. Estamos lutando para que nossa gente tenha o direito de viver em um Estado cada vez melhor. Em recente e inédita decisão, o Superior Tribunal Federal – STF considerou inconstitucionais 23 normas estaduais que concediam incentivos fiscais por meio da redução do ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. A decisão, segundo a Corte, pode contribuir para acabar com a chamada guerra fiscal entre os Estados. Pelo entendimento do Supremo, esses incentivos só podem ser concedidos por meio de convênios firmados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, que reúne Secretários de Fazenda de todos os Estados e do Distrito Federal. Mais uma vez vemos outra esfera de Poder legislando em nosso lugar. Essa decisão de proibir ou não esses incentivos devem partir desta Casa, e não do Judiciário. Isso acontece porque nós legisladores não votamos ou mesmo ficamos adiando medidas necessárias nesta Casa, como é o caso da reforma tributária. Sou Relator da PEC nº 233/2008, que foi analisada em Comissão Especial, aprovada em dezembro de 2008, e aguarda consenso dos Líderes partidários para apreciação por este Plenário. Ela corrige a forma de tributação do Brasil, tributando mais a renda em vez do consumo. O que propomos com essa reforma é a justiça social, principalmente por meio do combate à sonegação, estimulando a expansão e a modernização do setor produtivo do País, adequando a tributação à abertura do País para o exterior, eliminando entraves à competitividade de nossas exportações e à competição no mercado nacional, com a importante simplificação de obrigações dos contribuintes, fortalecendo assim a Federação, dentre outros benefícios. Dentre as alterações previstas pela proposta está a criação do IVA-F, o Imposto sobre o Valor Agregado Federal, que pretende unificar o PIS, a COFINS e a CIDE, que incidem sobre a receita das empresas e serão, portanto, cobrados de forma unificada. Por outro lado, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL deverá ser incorporada ao Importo de Renda da Pessoa Jurídica, lugar de onde nunca deveria ter saído, já que ela sempre caracterizou uma espécie de “adicional” do IRPJ. Propomos também a desoneração da folha de pagamento, em que as empresas não mais recolheriam o salário-educação, que hoje é cobrado à alíquota de 2,5% sobre o valor da folha. Existe ainda a proposta de Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS redução da alíquota para a contribuição à Previdência Social por parte das empresas. Depois de muito trabalho, conseguimos inserir na proposta a reformulação do ICMS com legislação unificada, e com cobrança no Estado de destino das mercadorias, o que deve inviabilizar a guerra fiscal entre as Unidades Federadas. Nenhum Estado, nenhum Município vai perder receita com a proposta. Para esse fim será instalada uma câmara de compensação, com a criação do Fundo de Equalização de Receitas – FER, formada por 0,9% da arrecadação dos impostos federais. O dinheiro será usado para ressarcir Estados que perderem arrecadação com a reformulação do ICMS. Não podemos continuar regidos por um sistema falido, defasado e desatualizado, que não mais condiz com a nossa realidade econômica. O setor produtivo brasileiro vai crescer mais e ficar mais competitivo com a desoneração dos bens de capital e das exportações. E acredito que o maior beneficiado com a reforma será o contribuinte, pensando-se na simplificação de impostos e procedimentos. Porém, de nada adianta para o contribuinte juntar dois impostos diferentes embaixo de um único nome só para se poder alardear que o número de impostos diminuiu. O projeto que defendemos tem como ponto forte o fato de ser simples e em sua maior parte de fácil implementação. Sem sombra de dúvidas, quando aprovadas, as alterações simplificarão consideravelmente a vida do contribuinte. Desde 2003 até os dias atuais proferi mais de 170 palestras em todo o País, buscando a conscientização dos cidadãos e apresentando os benefícios dessa reforma. Esta Casa representa os diversos segmentos da sociedade, mas essa causa, que vai beneficiar todos nós, faz necessária a união para a sua aprovação. Conto com o apoio de todos os nobres pares. Outro assunto que quero discutir é a terceirização. Alusões pejorativas a esse setor da economia têm sido constantes. Mais uma vez quero, então, levantar o tema neste plenário. Acredito que é eficaz ponderarmos, inicialmente, que a terceirização é uma atividade internacional. Vivemos em um novo cenário, onde a terceirização e o serviço temporário fazem parte de uma tendência mundial das empresas modernas. Representa a verdadeira junção do aumento de produtividade, de competitividade e de eficiência dos serviços prestados, potencializando a redução de custos. É a contratação do melhor preço, e não do menor preço. É imprescindível ressaltar que, além do progresso econômico, há também os benefícios sociais trazidos pela terceirização. Inúmeros postos de trabalho foram criados. E além disso, há também uma crescente especialização da mão de obra no País. Atualmente o Brasil Quarta-feira 6 34981 possui um índice considerável de desemprego. Pergunto: quantas pessoas estão trabalhando em empresas terceirizadas e contribuindo para a redução desse índice? Quero ressaltar também que diversas empresas que terceirizam seus serviços são microempresas nacionais, que também têm a oportunidade de se verem fortalecidas por essas estratégias, além de estarem oferecendo serviços e produtos de maior qualidade. Cito como exemplo a Apdata, uma empresa 100% nacional que terceiriza a área de gestão de pessoal para outras companhias, e em 18 meses essa área já representa 30% do faturamento, que foi de R$60 milhões em 2003. Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo uma tendência mundial, a terceirização é um fator importante para a economia de muitos países. O que resta para os países que não sabem aproveitar a terceirização é o chamado “voo dos empregos”, onde de fato reside todo o perigo. É, então, uma terceirização revolucionária para quem ganha os empregos, mas devastadora para quem os perde. O de que necessitamos, dessa maneira, é disciplinar tais atividades, para que não corramos riscos e continuemos assegurando o respeito aos direitos fundamentais dos trabalhadores e das exigências da concorrência empresarial. Vale lembrar também que muitas empresas se especializam para prestar serviços terceirizados de qualidade a outras empresas, como é o caso de empresas de informática, que atuam prestando serviços eficientes. Há mais de 7 anos tramita nesta Casa um projeto de lei de minha autoria, o PL nº 4.330/2004, que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e, por consequência, propõe o fim da insegurança jurídica e trabalhista em que mais de 10 milhões de trabalhadores terceirizados se encontram. O projeto de lei exclui os dispositivos que tratavam do trabalho temporário, limitando-se à prestação de serviços a terceiros, e incorpora as contribuições oferecidas por todos os que participaram dos debates do Projeto de Lei nº 4.302, de 1998, de origem do Executivo. São estabelecidos requisitos para o funcionamento das empresas prestadoras de serviço que visam garantir o adimplemento das obrigações trabalhistas e previdenciárias. O capital social mínimo estipulado em função do número de empregados é um exemplo. Sr. Presidente, uma das situações que muito nos preocupou foi a possibilidade de um trabalhador continuar prestando serviços a uma empresa contratante, ainda que se sucedam várias empresas prestadoras de serviço. Optamos por abordar o tema no art. 5º, permitindo a continuidade do trabalho para a mesma empresa contratante. A empresa contratante é diretamente responsável pelas condições de segurança e saúde do ambiente de 34982 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS trabalho. Além disso, caso seja necessário treinamento específico para a realização do trabalho, a empresa contratante pode exigir da prestadora o certificado de capacitação do trabalhador, ou pode fornecer o treinamento adequado. Uma das maiores críticas que se faz à terceirização é a precarização das relações de trabalho, registrando-se altos índices de acidentes do trabalho. Atribuir a responsabilidade à contratante por esse aspecto ligado às condições de trabalho representa uma garantia ao trabalhador e certamente contribui para a melhora do ambiente laboral. A meu ver, o projeto inova ao assegurar, mediante a ação regressiva, além do ressarcimento dos valores pagos pela contratante, o pagamento de uma indenização equivalente ao valor pago ao trabalhador. O contrato de prestação de serviços deve conter a especificação do serviço a ser prestado e o prazo para a sua realização. Deve, além disso, prever a apresentação periódica pela empresa prestadora de serviços dos comprovantes de cumprimento das obrigações trabalhistas, o que possibilitará a fiscalização por parte da empresa contratante. Outro aspecto relevante dessa proposição é a proposta de que o recolhimento da contribuição sindical compulsória deve ser feito à entidade representante da categoria profissional correspondente à atividade terceirizada. Aumenta, dessa forma, o poder de negociação com as entidades patronais, bem como é favorecida a fiscalização da utilização correta da prestação de serviços. Outras medidas também estão previstas para combater a ilegalidade, a precarização do trabalho e a ação de empresas sonegadoras de impostos. Sem dúvida, essa proposição representa um verdadeiro avanço nas relações trabalhistas. Se desejamos gerar empregos, pergunto: qual tem sido um dos mecanismos mais eficazes? A proteção do trabalhador nos dias de hoje deve ser dinâmica e flexível. Que repensemos e quebremos os paradigmas antigos e olhemos para o presente da Nação. Os dados mostram que a maioria dos postos de trabalho criados pelas parcerias e alianças dos serviços terceirizados e temporários tem-se concentrado nas médias, pequenas e microempresas. Isso representa um impulso para a formação desses tipos de empreendimento. Com a especialização da mão de obra, têm aumentado a eficiência e a qualidade dos bens gerados pelo setor produtivo. É essa nova realidade do mercado, que garante maior competitividade e melhor divisão do trabalho brasileiro. Julho de 2011 A terceirização não pode ser ignorada por nós Deputados e Deputadas, pois faz parte da realidade do País. É esse um fator primordial, não só para se gerar empregos, mas sobretudo para que se invista em uma força de trabalho capacitada, e para que tenhamos fortalecida a competitividade das empresas brasileiras no mercado. O Brasil não pode ficar na contramão. A legislação brasileira foi verdadeiramente atropelada pela realidade da terceirização. Ao se tentar, de maneira míope, proteger os trabalhadores simplesmente ignorando a terceirização, conseguiu-se apenas deixar mais vulneráveis os brasileiros que trabalham sob essa modalidade de contratação. Está na hora de aprovarmos essa proposição e garantirmos segurança jurídica e mais qualidade de trabalho para milhões de trabalhadores. Terceirização significa especialização, e não precarização! Não posso encerrar este meu pronunciamento sem antes falar da importância de aprovação do Requerimento 1.410/2011, de urgência para apreciação do PL nº 496/2011, que torna obrigatória a instalação de portais de raios X nas escolas pública e privadas e encontra-se aguardando parecer da Comissão Educação e Cultura desta Casa. É de conhecimento de todos os que nos assistem e nos ouvem que os estabelecimentos de ensino vêm passando por uma onda de violência nunca antes vista. Professores, funcionários e os próprios alunos são agredidos com facas e até armas de fogo, entre tantos outros objetos. O episódio – se é que posso considerar assim – que chocou o País em abril deste ano foi o caso da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, que foi invadida por um homem que fez vários disparos e atingiu pelo menos 15 crianças. Foram quatro mortos. O atirador foi Wellington Menezes de Oliveira, um ex‑aluno do colégio, que perdeu a vida com a ação dos policiais. Em decorrência do ingresso de armas e materiais perigosos, maus alunos dão continuidade à prática de atos infracionais no interior de estabelecimentos que deveriam ser berços do saber. Está comprovado, com fundamento na experiência em segurança pública, que os detectores de metais, acrescidos da inspeção dos pertences em aparelhos de raios X, podem coibir a entrada de objetos que sirvam de apoio ao cometimento desses atos infracionais. Nossa proposta desenvolve-se nesta direção: tornar obrigatória a inspeção de pertences e a passagem de todos pelos portais detectores de metais antes de adentrar num estabelecimento de ensino. Outras iniciativas municipais já viraram lei, como é o caso da Lei Municipal nº 10.204/2011, que obriga as escolas públicas de Belo Horizonte, Minas Gerais, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a instalarem detectores de metais, fixando inclusive o prazo de até o final das férias deste mês de julho. A Lei 10.024 obriga todas as escolas da rede pública municipal com mais de 500 alunos por turno a instalarem esses dispositivos de segurança. O projeto é de autoria do ilustre Vereador Cabo Júlio e foi aprovado na Câmara Municipal em maio passado. Outra lei municipal, essa de Vitória, Espírito Santo, obriga os estabelecimentos e locais fechados destinados à diversão e a espetáculos públicos, como shopping centers, casas de shows, teatros, estádios, ginásios, cinemas, escolas públicas e particulares, a instalarem detectores eletrônicos de metais nas entradas de acesso. Os estabelecimentos terão 120 dias, a partir de quarta-feira, 29 de junho, para a adequação. O projeto foi proposto pelo Vereador Luis Carlos Coutinho, do PDT – e aprovado pela Prefeitura de Vitória. Tenho a plena certeza de que essas iniciativas se constituem em aperfeiçoamento oportuno e relevante para o ordenamento jurídico federal. Conto com o valioso apoio dos nobres pares para sua aprovação nesta Casa. Fico por aqui, Sr. Presidente. Agradeço as complementações feitas pelos ilustres pares. Vamos lutar sempre, nesta Casa de Leis, por um Brasil cada vez melhor e mais justo para todos os brasileiros e brasileiras. E solicito, Sr. Presidente, que este meu pronunciamento seja divulgado pelos canais de comunicação institucionais, inclusive em A Voz do Brasil. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na sexta-feira, 8, o Bairro de Campinas completa 201 anos. Nasceu do sonho de mineradores que saíram da cidade de Pilar de Goiás para garimpar ouro às margens do Ribeirão Anicuns. Mesmo diante do insucesso, decidiram permanecer no local, povoando a região onde hoje se situa a Vila Santa Helena. Tenho profundo carinho pelo Bairro de Campinas, não somente por tudo que representou para Goiás, mas pela vitalidade de sua gente, que continua contribuindo, e muito, para o crescimento da nossa Capital. Arraial de Campinas – esse era o nome do atual Bairro de Campinas – ainda abriga uma enorme concentração de comércio e serviços. Já foi um dia um Município autônomo, Campininhas das Flores. O bairro mais tradicional de Goiânia merece cada vez mais atenção de nossas autoridades para a solução dos problemas que ainda persistem na região, como, por exemplo, o trânsito. Não desconhecemos as dificuldades que o bairro enfrenta, mas queremos, neste espaço, ressaltar as virtudes de uma gente que nos ensinou os caminhos de muitas conquistas. A sabedoria e a persistência dos Quarta-feira 6 34983 moradores de Campinas são virtudes pouco encontradas em outros lugares. Basta alguns minutos de conversa com antigos moradores de Campinas para comprovarmos o orgulho que eles têm do bairro, algo que merece ser ressaltado. As lentes do primeiro repórter fotográfico de Goiânia, Hélio de Oliveira (a quem rendo minhas homenagens, bem como aos grandes políticos, escritores e empresários locais), retratam a construção de um bairro que merece sempre destaque na história de Goiás. A nossa luta é para que os moradores de Campinas tenham uma qualidade de vida melhor. Em um trabalho conjunto com associação de moradores, atacadistas, comerciantes, queremos contribuir ainda mais para o desenvolvimento econômico e social do bairro. Campinas merece o nosso respeito e admiração. Com a sua gente humilde e trabalhadora, ajudou a construir Goiânia. Por isso, nada mais justo do que o nosso reconhecimento por tudo que o bairro representa. Pelos seus colégios tradicionais, como Santa Clara e Pedro Gomes, passaram pessoas que se tornaram influentes em nossa sociedade. A vocação religiosa de Campinas foi essencial para o crescimento do bairro. A todos os moradores a nossa homenagem. Que Campinas continue sendo um bairro de progresso, geração de emprego e renda para muitas famílias, e que continue recebendo de todas as autoridades o carinho e os investimentos que merece. Gostaria, Sr. Presidente, que este meu pronunciamento seja divulgado pelos canais de comunicação desta Casa de Leis, inclusive em A Voz do Brasil. Durante o discurso do Sr. Sandro Mabel, o Sr. Manato, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Izalci, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Antes de passar a palavra ao próximo orador inscrito para falar no Grande Expediente, Deputado Edson Silva, concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Homero Pereira. O SR. HOMERO PEREIRA (Bloco/PR – MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar na Casa que vou deixar protocolado requerimento de moção de pesar pela passagem de um grande líder ruralista no meu Estado, Mato Grosso, o companheiro Odenir Ortolan, Presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis. Diretor de várias cooperativas, fundador de várias empresas naquele Estado, foi um grande empreendedor não só em Mato Grosso mas também no Pará. Teve um ataque fulminante nesta noite no momento em que discursava no encerramento de uma exposição agropecuária. 34984 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quero deixar registrada esta moção na Casa e pedir a V.Exa. que encaminhe aos seus familiares o voto de pesar pelo passamento dessa grande Liderança do nosso Estado. Faço questão de registrar toda a sua biografia, pois muito contribuiu para o desenvolvimento do nosso Estado. É justo que a Casa preste esta homenagem. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. WALDENOR PEREIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem por 1 minuto. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Pois não, Deputado. O SR. WALDENOR PEREIRA (PT – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que considere como lido discurso em que me congratulo com a população do Município de Cândido Sales, no sudoeste da Bahia, que comemora, no dia de hoje, 49 anos de emancipação política. Trata-se de um dos Municípios mais importantes do sudoeste de nosso Estado, que vem recebendo importantes benefícios do Governo Jaques Wagner – recentemente foram construídos dois colégios de 2º grau, um em Quaraçu e outro em Lagoa Grande, intermediados por nosso mandato. Por isso, cumprimento os companheiros Gilvan Coutinho, Milton Ferraz, Luciano Oliveira, o Vereador Arnaldo Ferraz e os companheiros do Partido dos Trabalhadores e de outros partidos aliados que, no dia de hoje, numa vasta programação cultural e religiosa, estão celebrando o aniversário da emancipação política do Município de Cândido Sales. Muito obrigado a V.Exa. pela tolerância. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Município de Cândido Sales foi criado em 5 de julho de 1962, desligando-se do território de Vitória da Conquista, através da Lei Estadual nº 1.703. Localizado no sudoeste baiano, o Município possui atualmente uma população de 27.918 habitantes e uma área territorial de 1.617,5 quilômetros quadrados, segundo Censo 2010 do IBGE. Em divisão territorial datada de 1988, o Município ficou constituído por três distritos: Cândido Sales, Lagoa Grande e Quaraçu. Sua economia está baseada predominantemente no cultivo da mandioca, ocupando atualmente o segundo lugar no ranking de municípios produtores de mandioca do Brasil. O território de Cândido Sales teve sua origem na metade do século XIX, após povoamento de fazendeiros que ali se estabeleceram, formando o povoado Porto de Santa Cruz. Em 1943, com a transferência da sede distrital para o referido povoado, o nome foi alterado para Quaraçu, e em 1954 sua sede foi transferida do Julho de 2011 distrito para o povoado de Nova Conquista, que teve o seu desenvolvimento acelerado a partir da construção da Rodovia Federal Rio-Bahia, sobretudo com a construção da ponte sobre o Rio Pardo, que margeia o Município. O nome “Cândido Sales” é uma homenagem a um antigo proprietário de terras da região onde se formou a localidade. O evento de maior prestígio são as comemorações juninas, que se iniciaram no dia 23 de junho e se estendem até o dia 5 de julho, aniversário de emancipação política do Município, 13 dias de festas e comemorações. Na data em que se comemora a emancipação político-administrativa, gostaríamos de destacar algumas das ações do Governo Jaques Wagner no Município, como a construção dos colégios estaduais nos distritos de Quaraçu e Lagoa Grande; construção de casas populares através do Programa Minha Casa, Minha Vida, que possibilitou moradia de qualidade a milhares de famílias carentes; os programas Luz para Todos e PRONAF. Essas ações vêm sendo fundamentais para o desenvolvimento de Cândido Sales e, portanto, merecem ser lembradas, com o devido reconhecimento de que o Governo vem trabalhando para uma Bahia cada vez mais justa e desenvolvida. Registro, portanto, nos Anais da Casa nossos votos de um futuro cada vez mais promissor para o Município, garantindo assim que as conquistas tão idealizadas pelo Partido dos Trabalhadores de transformação e justiça social sejam alcançadas a partir das ações do Governo do Estado, em parceria com nosso mandato. Na oportunidade, saúdo os companheiros Milton Ferraz, Luciano Oliveira, o Vereador Arnaldo Ferraz e o Presidente do PT no Município, Gilvan Rodrigues Coutinho. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Concedo a palavra ao Deputado Edson Silva, do PSB do Ceará. S.Exa. dispõe de 25 minutos. O SR. EDSON SILVA (Bloco/PSB – CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, reconheço que o Brasil do futuro parece ter chegado. O Presidente dos Estados Unidos veio visitar esta terra e, em suas múltiplas entrevistas, declarou-se ansioso por ser parceiro do programa petrolífero de extração do óleo do pré-sal. Jornais europeus dão conta das vitórias e dos males brasileiros. Por instantes, chega-se a pensar que jamais nada falta para se completar o caminho tão desejado por tantos e tantos brasileiros lutadores que deram a vida por um País mais justo. É possível vislumbrar um Brasil sem tantas diferenças, com significativa redução do fosso social que separa os mais ricos dos bem mais pobres. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A Presidente Dilma, repetindo o Presidente Lula, seu antecessor, fez profissão de fé para acabar com a miséria. Abriram-se frentes, programas, projetos, todos destinados a banir a fome e resgatar a chamada imensa dívida social passada de Governo a Governo desde as capitanias hereditárias. Precisa-se de otimismo para levar adiante a conquista de melhores e de mais resultados. Mas, junto a esse otimismo, é preciso marcar com ferro e fogo as mazelas endêmicas, destruidoras, para que não se iludam nenhum dos Poderes de que se constitui esta República. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, povo brasileiro, matéria da Folha de S.Paulo da semana passada arguiu um aspecto da miséria brasileira ainda pulsando. Trata-se das doenças da pobreza. Documento da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ elenca cada uma delas e mostra o quanto elas mitigam as forças dos brasileiros mais pobres. O nome dessas doenças está marcado na mente de todos. A tuberculose, a hanseníase, a doença de Chagas, a leishmaniose, as parasitoses intestinais e as anemias carenciais são algumas das que, apesar das campanhas de vacinação, dos avanços da saúde pública, do Programa Bolsa Família, matam, sequelam e definham seus portadores. A Fundação Oswaldo Cruz clama, em seu documento, pela integração de programas de saúde pública dentro das políticas afirmativas do Governo Dilma. Usa, para tanto, a falta de representatividade política dessas populações. Os aidéticos têm seus defensores, mas os milhões de crianças infestadas por verminose estão nos rincões brasileiros à espera de anjos como D. Zilda Arns, que, ao ir-se dessa vida, deixou atrás de si um rastro de luz feito pelo soro caseiro e pela multimistura salvadora de crianças que, sem essas soluções tão simples, teriam engrossado a lista das mortes na primeira infância. A FIOCRUZ, Sr. Presidente, clama por atenção ao que chama de tecnologia social e por ciência feita para as pessoas e com as pessoas. Parece impressionante que cientistas da FIOCRUZ sensibilizem-se primeiro e chamem a atenção, inicialmente, para o uso das ideias e métodos de Paulo Freire e de Nise da Silveira para orientar profissionais de saúde, técnicos, cientistas e tecnólogos na busca por soluções para eliminar o sofrimento gerado pelas doenças alimentadas e retroalimentadas pela fome e pela falta de atenção do serviço e das políticas públicas. Sras. e Srs. Deputados, povo brasileiro, os cientistas da FIOCRUZ compreenderam que é necessário usar os métodos pedagógicos e a força da comunicação para difundir conhecimentos simples que evitam a morte, que salvam, que alteram o curso trágico da maioria das doenças que acometem os nordestinos, Quarta-feira 6 34985 os índios, os quilombolas, os moradores das periferias das grandes cidades, enfim, o grande povo. Existe cura para grande parte das doenças, diz o documento da FIOCRUZ. Há medicamentos e procedimentos conhecidos e simples, como os do anjo Arns. E, se persistem deformando a vida brasileira, é porque as políticas de saúde pública ainda não se espalharam dignamente pelo Brasil dos mais pobres. Mas existem outras, como a anemia falciforme, que atinge as populações negras e seus descendentes, que ainda carecem de estudos científicos, porque instaladas nas populações classificadas pela FIOCRUZ como invisíveis, como os indigentes, porque estão fora dos círculos da representação política. Elas não interessam aos grandes laboratórios, principalmente aos laboratórios multinacionais. Elas são preocupação constante apenas de instituições como a Fundação Oswaldo Cruz, entidade paragovernamental voltada absolutamente para o estudo e a oferta de ciência e tecnologia destinada à saúde pública. O chamamento da FIOCRUZ ao Governo deve ser também ouvido por esta Casa, pelo Senado Federal, por todos os entes governamentais, porque diz respeito aos brasileiros, e, enquanto houver um em situação de miséria, a miséria dele corroerá o sono e a paz dos demais brasileiros. À tecnologia e à ciência devem se juntar os tratamentos de água e esgoto. Muitas dessas doenças se alimentam e retroalimentam pelos esgotos, fossas a céu aberto, mananciais de água poluídos. E o Instituto Trata Brasil virou um quadro prático onde se encontram informações sistemáticas dos avanços do PAC no segmento de saneamento. Muito dinheiro foi colocado para a construção de galerias pluviais, serviços de esgotamento sanitário, construção de fossas sépticas. As estatísticas estão por aí declinando a nossa falta de atenção para com esse segmento tão importante de nossa vida cidadã. A burocracia e a falta de um entendimento prévio entre os órgãos executivos e os fiscalizadores têm impedido o avanço do PAC. Até agora, povo brasileiro, para seu conhecimento, apenas 40% dos recursos destinados ao Nordeste foram aplicados. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o fôlego dos políticos tem sido curto para falar das doenças da pobreza. Elas são muitas, múltiplas e quase sempre infestam a mesma pessoa muitas vezes. Ouve-se sempre falar da malária, e é como se a malária tivesse um espaço conquistado e não fosse um degrau a ser vencido. Se a poliomielite foi varrida do Brasil, por que a malária não pode ser? Se o sarampo está deixando de atacar, de cegar as pobres crianças brasileiras, por que não se pode acabar com 34986 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a dengue? Se é possível adiar a morte tida antes como certa e rápida dos infectados pela AIDS, por que não se pode varrer a hanseníase? Pode-se, sim. Tudo se pode quando se decide que assim deve ser. E não se encontra outra forma de fazer o Brasil ser realmente grande, estar no concerto das maiores nações, ser influente, ouvido, enquanto não for justo, equânime; enquanto as forças que o regem permitirem a dor dos menos aquinhoados. Não é questão de escolha. É questão de justiça. De dever. Esse é o heroico brado que se precisa ouvir no Hino Nacional, quando o cantarmos hoje, ou estaremos apenas vestindo a hipócrita camisa de um patriotismo desprovido de valor. Como as doenças da pobreza têm matado gente neste País! Falta saneamento básico! Grande parte da população brasileira bebe água não tratada – aliás, água que, muitas vezes, não serve nem para matar a sede dos animais. Quanta gente da população brasileira, principalmente no Nordeste, mora em áreas de risco, áreas perigosas? Quantos milhões de brasileiros já morreram sem saber que doença estava lhes matando? Quantos milhões de brasileiros morreram sem ter direito a exame para diagnosticar sua doença e vê-la tratada hospitalar ou ambulatorialmente? Nem isso se deu de direito ao grande povo: saber o mal que o atacava, a doença que o derrubava, a causa da morte que lhe levava a vida. Quantos milhões de brasileiros viram seus filhos com menos de um ano de idade morrer? Quantas crianças foram levadas porque moravam na lama, no lixo, em áreas não habitáveis, em áreas não apenas de risco, mas em áreas de perigo de morte? Estamos diante de importantes temas, como a reforma tributária, a que o Deputado Sandro Mabel se referiu, e da reforma política, a que mencionaram os nobres Deputados Mauro Benevides e José Linhares, reforma em que estão empenhados. Temos de reformar o Brasil como um todo. Temos de reformar a vida de milhões de brasileiros que estão à espera da morte porque vivem nessa situação de invisibilidade, como diz o relatório da FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz, ou de indigentes, porque não têm direito à vida. O Sr. Mauro Benevides – Permite-me V.Exa. um aparte, Deputado Edson Silva? O SR. EDSON SILVA – Ouço, com muito prazer, o Deputado Mauro Benevides. O Sr. Mauro Benevides – Cumprimento V.Exa. pela presença na tribuna na tarde de hoje. V.Exa. já exerceu mandato e voltou, nesta Legislatura, para servir ao seu Estado e ao País. V.Exa. clama por recursos garantidos à saúde, para que efetivamente possamos atender às aspirações nesse item fundamental para Julho de 2011 qualquer coletividade. Sabe V.Exa. que estamos na dependência de uma manifestação deste Plenário em torno da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Acredito que, ao final do seu discurso, certamente virá um apelo lancinante para que nos mobilizemos unanimemente a fim de garantir a regulamentação dessa Emenda. Será a sinalização de que o Governo Federal deseja ampliar significativamente o atendimento na área da saúde, através dos Municípios e Estados brasileiros. Espero que desse seu discurso de Grande Expediente redunde um apelo capaz de sensibilizar os órgãos governamentais competentes. O SR. EDSON SILVA – O aparte de V.Exa., Deputado Mauro Benevides, enriquece, dá luz especial ao meu pronunciamento. O nobre Deputado Marco Maia, Presidente desta Casa, comprometeu-se a trazer para decisão do Plenário a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, que aloca mais recursos para a saúde pública nos Municípios e nos Estados, onde está o povo. Votarei a favor de qualquer projeto que aloque mais recursos para a saúde pública. Mas saúde pública é saneamento básico, e não temos política de saneamento básico neste País. Para cada real aplicado em saneamento, quatro são economizados em saúde pública. Infelizmente, não se quer ver isso, não se quer discutir isso, porque muitos dizem que obra de saneamento fica embaixo do chão, não dá ibope, não dá voto, não reelege. Mas mata! A falta de saneamento básico tem matado muitos brasileiros, e muitos ainda vão morrer. Ouço, com muito prazer, o nobre Deputado José Linhares. O Sr. José Linhares – Nobre Deputado Edson Silva, já convivemos nesta Casa em eras passadas. Hoje, V.Exa. traz um perfil, eu diria, muito realista de uma situação que conhece tão de perto, como também conheço. Vivemos e convivemos no sertão adusto, esquecido muitas vezes dos poderes públicos, onde não há, como V.Exa. bem disse, apoio aos fundamentos civilizatórios de um povo – saúde, saneamento básico, meios de comunicação adequados, haja vista a nossa luta em favor das rodovias. V.Exa. merece não só nossas congratulações, mas sobretudo nossa solidariedade. Mas eu, que conheço o coração de V.Exa. e sei da sua generosidade, peço-lhe que insira no seu pronunciamento um voto de louvor à nossa querida Sobral, que tão bem o acolheu e acolhe seu filho que se empenha diuturnamente para levar água à população, porque trabalha para solucionar o problema da falta de água. Hoje, Sobral está completando 238 anos de emancipação política. Como eu, V.Exa. conhece aquela cidade, que, apesar de estar incrustada no agreste semiárido, tem vitalidade e identidade: possui quatro universida- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS des, gera 35 mil empregos diretos. É uma cidade que merece o apreço de V.Exa., que, assim como eu, a tem no coração, e certamente já a adotou como cidade predileta, porque também foi bem votado lá. V.Exa. faz um excelente trabalho de jornalista e comunicador, ao tratar dos problemas mais agudos do povo. Eu o chamaria de o grito solitário das ruas; eu o chamaria clemente, pois está cheio de pedido de clemência ao povo. Em nome daquela cidade incrustada no cenário rigoroso do Nordeste, sabedor da benevolência de V.Exa., peço-lhe que insira em seu pronunciamento esses aplausos de todos nós para Sobral, que, de certo modo, é uma exceção no Ceará, dado o privilégio que tem em virtude dos seus concidadãos. Parabéns a V.Exa. e muito obrigado por permitir-me aparteá-lo. O SR. EDSON SILVA – Padre José Linhares, eu que agradeço a V.Exa. Seu aparte ao meu pronunciamento o completa, expressa aquilo que não alcancei dizer, principalmente quando se refere à Princesa do Norte, Sobral, cidade que V.Exa. ama e pela qual deu a vida para salvar vidas, como condutor da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, hospital que fez história, que marcou época quando estava sob suas mãos sensíveis e honestas. V.Exa. faz parte da história de Sobral. As congratulações pelos 238 anos de emancipação da cidade ficam agora registradas no meu pronunciamento, porque vêm de V.Exa., um grande colega, um grande sobralense, um grande brasileiro. Inclusive, Padre José Linhares, quero assumir um compromisso: dentro das minhas possibilidades, com relação às emendas parlamentares dirigidas à área de saneamento, serei um colaborador com a cidade de Sobral. Ouço com atenção o Deputado João Ananias. O Sr. João Ananias – Deputado Edson Silva, assino embaixo dos predicados relatados pelo Exmo. Deputado José Linhares, para não tomar mais tempo no aparte que roguei a V.Exa. Quero solidarizar-me com V.Exa. pela análise crítica que faz sobre a saúde em nosso País. Temos avanços, temos o SUS, potencialmente imensurável, mas temos uma crise. Infelizmente, não estamos conseguindo debelá‑la. Podemos perder esse patrimônio, o SUS, pois ele está perdendo substância, está perdendo credibilidade, ao tempo que era para se afirmar mais. Após 22, 23, 25 anos de existência, já era para ter se completado o ciclo de construção de opções para a saúde do nosso povo. Estamos vendo o SUS se definhando, por conta do subfinanciamento. E aí, com mais tristeza ainda, vemos o Deputado Marco Maia dizer – e ele tem suas razões – que a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 ficará para o segundo semestre. E, assim, 11 anos vão rolando. A regulamentação não pode ser feita no Quarta-feira 6 34987 primeiro semestre, vai para o segundo, vai para o ano que vem, e o povo fica esperando. Quero solidarizar-me com V.Exa. e parabenizá-lo pelo seu pronunciamento. O SR. EDSON SILVA – Concordo com V.Exa. É realmente lamentável que seja prorrogada a votação da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Mas não é só dinheiro que vai resolver o problema da saúde. O Brasil é o país que mais tem Ministros. Passam de 40 o número deles. Não precisamos de mais Ministros. Precisamos de um mestre de obras para cuidar do saneamento deste País, para salvar vidas. Ouço, com o maior prazer, o Deputado Edinho Bez; O Sr. Edinho Bez – Deputado Edson Silva, não poderia deixar de me manifestar sobre assunto que tive a oportunidade de discutir inúmeras vezes, na qualidade de membro de uma frente habitacional. Fui Secretário de Estado da Infraestrutura em Santa Catarina, e entendo que deveria aqui me manifestar, embora o tempo seja exíguo. Pela minha experiência como Secretário de Estado, como gerente da Caixa Econômica Federal por 14 anos, não tenho dúvida de que o pronunciamento de V.Exa. está no caminho certo. Na verdade, precisamos ter mais pronunciamentos dessa natureza para chamar a atenção dos Governos Municipais, Estaduais e Federal. É como V.Exa. disse: obra em saneamento não aparece, pode não dar voto. Todavia, o político moderno é aquele que pensa na frente. Os mandatos passam, e aquilo que, conscientemente, fizermos em prol da população ficará. Por isso, saneamento básico é qualidade de vida. Parabéns pelo pronunciamento. O SR. EDSON SILVA – Nobre Deputado Edinho Bez, agradeço a V.Exa. o aparte, que engrandece o meu pronunciamento. Para terminar, Sr. Presidente, eu gostaria de dizer que o Ceará, nos Governos Tasso Jereissati, Ciro Gomes e Cid Gomes, é um dos Estados que mais se preocuparam com saneamento básico e infraestrutura, para garantir o direito a uma vida mais decente ao povo cearense. Muito obrigado a todos. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Dr. Aluizio, para um breve comunicado. V.Exa. tem 1 minuto, Deputado. O SR. DR. ALUIZIO (Bloco/PV – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Exmo. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, como é reconhecido por toda a sociedade brasileira, o Partido Verde vive um momento de grande dificuldade. Quando disputamos as eleições de 2010, tivemos na Senadora Marina Silva elemento de representatividade claramente compreendido pela sociedade, que nos confiou cerca de 20 milhões de votos. 34988 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nesse sentido, perdê-la por um problema da burocracia partidária representa um dano inestimável para o partido, para a sociedade e para a democracia brasileira. O que diremos àqueles que nos confiaram tal volume de votos? O que fizemos de concreto para sanar as disputas naturais do ambiente partidário? A essas perguntas precisamos responder, sob pena de perdermos nossa credibilidade como partido. Antes que a Senadora oficialize a sua desfiliação, julgo imprescindível criar uma comissão cujo objetivo é restituir a democracia necessária ao ambiente interno do Partido Verde. O compromisso com a democracia é o objetivo maior de todo partido político. Sendo assim, proponho que essa comissão seja presidida pelo ex-Deputado e jornalista Fernando Gabeira e composta por mais seis membros, sendo que três representariam os quadros mais antigos do partido e três representariam essa nova ideia de democracia. Essa comissão teria por fim, após analisar a burocracia partidária interna, independentemente da Executiva Nacional, marcar, em data por ela estabelecida, a tão almejada convenção interna. Essa proposta me parece o único sinal capaz de sanear o ambiente partidário interno. Afinal, os partidos são assim chamados não porque possuem divisões ou partes internas distintas, mas porque representam uma parte da sociedade. Lutar pela permanência da Senadora Marina Silva é um compromisso de todo filiado. Muito obrigado, Excelência. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Concedo a palavra ao Deputado Lincoln Portela, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco Parlamentar PR/PRB/PTdoB/ PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL. O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR – MG. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Izalci, que muito tem engrandecido a Casa, o nosso partido, o Distrito Federal, que representa nesta Câmara; Sras. e Srs. Parlamentares, venho aqui como mineiro prestar minhas homenagens, em nome do Partido da República e do Bloco, e reverenciar a memória do ex-Presidente e Senador Itamar Franco, um dos nossos principais líderes políticos, que ocupa lugar de destaque na história contemporânea do País e na vida dos brasileiros. Filho de Augusto César Franco e Itália Cautiero Franco, Itamar Franco nasceu em 28 de junho de 1930, quando sua mãe viajava de Salvador para o Rio de Janeiro. Ainda que registrado na Bahia, Itamar era mineiro de alma e de coração, o que expressava em seu amor por Minas e no gosto pela política. Cresceu e fez sua vida pública em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Sem pretender detalhar sua extensa biografia, não posso deixar de mencionar sua brilhante traje- Julho de 2011 tória. Itamar se elegeu Prefeito de Juiz de Fora em 1966 e 1972. Ganhou projeção no cenário nacional ao tornar-se Senador por Minas Gerais em 1974 e, em seguida, em 1982. Em 1989, foi eleito Vice-Presidente da República. Assumiu a Presidência 2 anos depois, com o impeachment de Fernando Collor de Mello. Em 1995, foi nomeado Embaixador do Brasil em Portugal e, posteriormente, embaixador brasileiro na�������� Organização dos Estados Americanos, em Washington. Em 1998, ganhou as eleições para Governador do Estado de Minas. Em 2003, foi designado Embaixador do Brasil em Roma. O último cargo que ocupou foi o de Senador, para o qual foi eleito em 2010, onde permaneceu por apenas 4 meses. O Engenheiro Itamar Franco – lembrando de seu posicionamento na Presidência da República – assumiu a Presidência da República em 29 de dezembro de 1992. O Brasil vivia um momento conturbado e atravessava uma grande crise política. No cenário econômico e social, a inflação, que alcançou o surpreendente índice de quase 1.000%, em 1992, dobrou no ano seguinte. A confiança nas instituições estava seriamente abalada. Menos de 2 anos depois, Itamar Franco tinha resolvido as tensões na política, arrumado a economia e ajudado a colocar o Brasil nos trilhos. Ao implementar o Plano Real, reduziu drasticamente a inflação e restabeleceu a estabilidade econômica e a normalidade institucional do País. Fez um governo brilhante em um dos períodos mais adversos por que passou nossa Nação. O sucesso do Plano Real possibilitou o crescimento da economia brasileira e a melhoria do padrão de vida da população, com o início da ascensão social das classes mais carentes e o efetivo combate à pobreza, resultando na normalização da atividade econômica e na retomada do desenvolvimento econômico e social, lançando as bases para o País que temos hoje. Uma das mais expressivas e importantes figuras da história do Brasil, Itamar Franco foi um dos Presidentes mais populares em fim de mandato: terminou ��������������������� o seu Governo com 84% de aprovação popular. É comum definir o Governo Itamar Franco como o único da história republicana livre de escândalos de corrupção. Mestre na arte da política, Itamar Franco foi um dos grandes construtores da democracia neste País. Ingressa na posteridade com uma biografia que abrilhantou a história brasileira. O Partido da República manifesta a sua solidariedade e as suas condolências à família desse mineiro identificado com os ideais de liberdade e de democracia, exemplo de homem público, cujo maior legado é a probidade e a firmeza de princípios. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Perde Juiz de Fora, perde Minas Gerais, perde o Brasil, perde o planeta, mas ganha a eternidade. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte ATO DA PRESIDÊNCIA Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 1.749, de 2011, do Poder Executivo, que “autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. – EBSERH, e dá outras providências”. A Comissão será composta de 25 (vinte e cinco) membros titulares e de igual número de suplentes, mais um titular e 1 suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designadas de acordo com os § § 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno. Brasília, 5 de julho de 2011. – Marco Maia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Sr. Deputado Pauderney Avelino. O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Para uma comunicação, Presidente. Sr. Presidente, tomamos conhecimento, no último fim de semana, das graves denúncias trazidas pela revista Veja de irregularidades no Ministério dos Transportes. É inadiável o comparecimento a esta Casa, para esclarecimentos, do Ministro e dos auxiliares arrolados na denúncia, como também da Presidente da República, que demitiu sumariamente quatro membros do seu Governo, quatro funcionários do Ministério dos Transportes e sobrou o Ministro dos Transportes. A investigação se faz necessária não apenas pela Controladoria-Geral da União, mas pela Procuradoria da República e Polícia Federal, para que essas denúncias sejam devidamente investigadas. Por isso, Sr. Presidente, queremos registrar esse fato gravíssimo que trouxe a revista Veja para o conhecimento de toda a população brasileira. Aguardamos que a Presidente da República tome todas a medidas cabíveis e que no momento oportuno, ao fazer as investigações, seja a CGU, o Ministério Público ou a Polícia Federal, tome as providências cabíveis para o desfecho das investigações. Vamos convocar o Ministro Alfredo Nascimento para prestar esclarecimentos a esta Casa. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Passamos agora às breves comunicações. Quarta-feira 6 34989 Com a palavra o Deputado Paes Landim. S.Exa. dispõe de 3 minutos. O SR. PAES LANDIM (Bloco/PTB – PI. Pela ordem.) – Sr. Presidente, ontem, 4 de julho, celebrou-se o Independence Day, quando os Estados Unidos comemoraram 235 anos de Independência. Veja V.Exa. que, na história da humanidade, nenhuma nação, em tão pouco tempo, menos de 2 séculos e meio, conseguiu os níveis de desenvolvimento social, econômico e cultural dos Estados Unidos. A Declaração de Independência dos Estados Unidos é um dos mais belos documentos dos tempos modernos. A ética protestante está no cerne da fundação da grande criação americana simbolizada na figura fascinante de Benjamin Franklin. Foi a Convenção de Filadélfia, Sr. Presidente, que criou mecanismos de separação dos poderes dos tempos modernos. A Federação nasceu após o entendimento entre as 13 colônias que se emanciparam da Inglaterra, em 1776. Esse entendimento foi institucionalizado na Constituinte de 1787, cujos 200 anos registrei nos Anais da Constituinte de 1987. A figura do Presidente da República, a supremacia do Judiciário no controle dos atos do Executivo e no controle dos atos do próprio Legislativo, todas as vezes que esses atos contrariarem a Constituição. O princípio da superioridade da Constituição, do devido processo legal, entre outros grandes princípios constitucionais, foi exatamente criação dos americanos. Daí a assertiva de um professor inglês de que se os gregos inventaram a filosofia, os Estados Unidos inventaram o constitucionalismo. Esta é, portanto, uma data significativa. Vejam a Europa, as grandes civilizações da Ásia, com os seus milênios, mas os Estados Unidos, em pouco mais de 2 séculos, atingiram níveis inatingíveis até hoje por qualquer nação. É verdade que passam por momento crítico da sua história, com dificuldades sociais e econômicas, talvez fruto de um certo desvio de toda a sua trajetória histórica traçada pelos seus fundadores, como Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, James Madison, George Washington e outros. Mas, de certa maneira, com essa capacidade de inovação, derivada da inventividade americana, do seu espírito de liberdade em todos os níveis, com certeza nos próximos anos teremos novamente os Estados Unidos recuperando toda a sua trajetória histórica de crescimento e de progresso econômico, social e cultural. Certo é que o soft power, aquele poder suave de que falava recentemente um professor americano, em entrevista concedida ao Valor Econômico, mostra que os valores culturais – a música, a cultura, o cine- 34990 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ma, o teatro, a dança, o jazz, o blues, enfim, aquilo que anima a juventude, a mocidade, aquilo que leva à criatividade, à pesquisa científica, ao estudo, à seriedade acadêmica – são frutos do espírito dos Estados Unidos e hoje fazem parte de todo o acervo cultural de toda a humanidade. Portanto, Presidente, como apaixonado pela Convenção de Filadélfia, pelas grandes conquistas do Direito Constitucional americano, não poderia deixar de nesta tarde registrar este grande acontecimento para a humanidade que são os 235 anos da Independência dos Estados Unidos da América do Norte. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – O próximo orador inscrito é o Deputado Vanderlei Macris, do PSDB de São Paulo. O SR. VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, comecei minha vida pública estimulado pelo Dr. Jessyr Bianco. Ainda funcionário de cartório, recebendo-o como advogado, ele já dizia: “Precisamos de lideranças novas na política de Americana, venha com a gente.” Eram as suas palavras. Naquele momento, idos de 1971, José Aparecido Castilho, seu grande amigo, filiou-me, aos 21 anos, ao MDB, o Movimento Democrático Brasileiro. Tudo começou aí. Ralph Biasi elegeu-se Prefeito, e eu Vereador. O Dr. Jessyr Bianco sempre foi um grande conselheiro, nas causas justas e naquelas em que a decisão do Poder Público, com ética e determinação, precisava enfrentar os poderosos. O Dr. Jessyr Bianco deixa um dos grandes legados que um homem público pode ter: a dignidade, a ética e a determinação que sempre teve. Quero falar agora de seu currículo, que precisa e deve ficar gravado nos Anais do Congresso Nacional. Faleceu na última quarta-feira, 29 de junho, em Americana, aos 86 anos, o advogado e fundador do jornal O Liberal, o saudoso Dr. Jessyr Bianco, grande idealista e intransigente lutador pelos princípios éticos na política. Era casado com D. Joyce Medon Bianco e deixa as filhas Luciana, Cristina e Juliana. Em 1952, o Dr. Jessyr Bianco lançou o periódico para fiscalizar as ações do Poder Público e dar voz àqueles que não tinham espaço para se manifestar. Quero dizer que seu currículo invejável é a manifestação de um político que participou da vida pública também como Vereador, de um homem que na sua profissão e no seu trabalho intelectual sempre foi um dos baluartes da luta democrática em nosso País. Registro aqui a saudade que sentimos desse homem que fez história. Jessyr Bianco deixa saudades e uma vida de visionário e autêntico democrata. Escre- Julho de 2011 veu uma história de sucesso e amizades. Além disso, incentivou ao longo de sua vida o desenvolvimento do Município de Americana e de todos aqueles que o acompanharam no jornal O Liberal. Deixo aqui, por esse legado na comunicação, minha grande homenagem ao grande comunicador, advogado, ex-Vereador e acima de tudo grande amigo. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, comecei minha vida pública estimulado pelo Dr. Jessyr. Ainda funcionário de cartório, recebendo-o como advogado, ele já dizia: “Precisamos de lideranças novas na política de Americana, venha com a gente”. Naquele momento, nos idos de 1971, José Aparecido Castilho, seu grande amigo, filiou-me ao MDB. Tudo começou aí. Ralph Biasi elegeu-se Prefeito e eu Vereador. Dr. Jessyr sempre foi um grande conselheiro, nas causas justas e naquelas em que a decisão do poder público, com ética e determinação, precisava enfrentar os poderosos. Deixou-nos um grande legado, como democrata, jornalista corajoso e profissional exemplar. Falo agora de seu curriculum, que precisa e deve ficar gravado nos Anais do Congresso Nacional. Faleceu o idealista Jessyr Bianco. Faleceu na quarta-feira, 29 de junho de 2011, em Americana, aos 86 anos de idade, o advogado e fundador do jornal O Liberal, o saudoso Dr. Jessyr Bianco, um grande idealista, intransigente quanto aos princípios éticos na política. Era casado com Joyce Medon Bianco, e deixa as filhas Cristina e Juliana. Em 1952, Jessyr lançou o periódico para fiscalizar as ações do Poder Público e dar voz àqueles que não tinham espaço para se manifestar. Ele nasceu em 18 de fevereiro de 1925, na cidade de Corumbataí, São Paulo; porém, fincou raízes na cidade de Americana, onde veio a se tornar um dos advogados mais respeitados de toda a região. Nos anos 50, juntamente com outros dois idealistas, fundou o jornal O Liberal, que teve início modesto, com circulação bissemanal, e hoje integra um complexo de comunicação composto pelo diário, pela Rádio Você AM e pelo portal de notícias na Internet, formando o Grupo O Liberal de Comunicação. Antes de fundar O Liberal, Jessyr Bianco foi colaborador do jornal O Tempo, dirigido pelo jornalista e poeta Joaquim Rocha Júnior, pai de Nelly Rocha Galassi, de quem foi amigo. O jornal era porta-voz do ademarismo e representava as classes dominantes. Foi por neces- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sidade de um jornal independente que surgiu a ideia do lançamento de um órgão imparcial, voltado aos interesses da cidade. Em 1º de junho de 1952, com os irmãos Romeu e Arnaldo Mantovani, Jessyr fundou O Liberal. Em O Liberal ele foi redator responsável, cronista, noticiarista e acima de tudo autor de memoráveis editoriais. Crítico mordaz dos diversos Prefeitos que se sucederam no comando do Paço Municipal, Jessyr foi várias vezes pressionado, e chegou a ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional em 1972, num embate com o então Prefeito Abdo Najar, tendo sido posteriormente inocentado. Pelo depoimento do jornalista e ex‑redator chefe Diógenes Gobbo, os editoriais de Jessyr Bianco eram comparáveis ao dos grandes jornais de São Paulo. Como editorialista, empreendeu campanhas decisivas na defesa de causas do Município, desde a criação da comarca em 1954. Pagou alto preço pela independência, pela coragem e pela determinação. Tendo denunciado fraude na lamentável demolição do casarão Zanaga, residência do primeiro Prefeito, Jorge Gustavo Redher, Jessyr foi por isso condenado e perdeu os direitos políticos. Ainda assim, reagiu contra a decisão. Foi às últimas instâncias, e conseguiu, mediante a apresentação de provas e fatos novos, a revisão da sentença, em memorável decisão unânime do Tribunal de Justiça. Dessa forma, teve os direitos políticos restabelecidos, e foi convocado pelo juiz que o havia condenado na primeira instância para receber de volta o título eleitoral, com sua reabilitação política. Porém, amargurado pela condenação injusta, não atendeu à convocação, e nunca mais exerceu o direito de votar. Quando presidiu a Câmara, não aceitou ter seu mandato prorrogado. Na juventude, Jessyr Bianco teve rápida passagem pelo antigo “partidão”, o Partido Comunista Brasileiro – PCB de Luiz Carlos Prestes. Mas foi uma militância efêmera, não oficial, não restando registros de qualquer filiação partidária. Foi candidato a Vereador em 1947, na primeira eleição para a Câmara Municipal após a redemocratização do País. Jessyr foi operário têxtil, profissão que exerceu antes de se formar advogado. Notabilizou-se como orador na campanha de uma coligação de partidos encabeçada pelo PSP e PDC. Acabou não se elegendo, perdendo por apenas um voto para o último colocado da coligação. Como 1º suplente, nunca assumiu a vereança, porque foi nomeado por concurso público secretário executivo do Poder Legislativo, cargo que ocupou até 1957, quando passou a chefiar, na Administração do Prefeito Abrahim Abraham, a Procuradoria Jurídica do Município, após concluir a primeira turma da Faculdade de Direito da PUC/Campinas. Nessa função defendeu Quarta-feira 6 34991 a Prefeitura vitoriosamente, como no polêmico episódio dos impostos predial e territorial urbanos. Jessyr permaneceu na Procuradoria Jurídica durante o Governo Cid de Azevedo Marques até 31 de dezembro de 1963, quando se afastou para assumir uma cadeira de Vereador. Em 1973 retornou ao cargo e nele permaneceu nos dois primeiros anos da Administração Ralph Biasi. Elegeu-se Vereador em 1963 pelo PDC. Foi o terceiro mais votado, e exerceu o mandato de 1964 a 1968. Na Câmara teve atuação direta nos processos de impedimentos de dois Prefeitos, um deles afastado definitivamente. Reelegeu-se em 1968 pelo MDB para a Legislatura 1969/1972. Foi Presidente da Câmara, e nesse período ocorreu mudança na Lei Orgânica do Município, que, promulgada na época pela Assembleia Legislativa, permitia, por força de atos do sistema federal, a prorrogação do mandato dos Presidentes dos Legislativos. Jessyr Bianco, porém, não aceitou a prorrogação, e presidiu a eleição do substituto. O Bairro Antonio Zanaga foi projetado por ele. No Governo Abdo Najar, por ocasião da implantação de uma importante multinacional, Jessyr Bianco, reformulando mensagem simplista que havia sido enviada pelo Poder Executivo, adotou a política de incentivo e assentamento de novas empresas. Primeiro apresentou o projeto criando o incentivo e os distritos industriais, estabelecendo normas até de controle ambiental. Aprovada essa medida, só então foi apresentada a lei de habilitação. Foi quando a Goodyear do Brasil se instalou em Americana. Todas as multinacionais que vieram depois enquadraram-se na Lei Bianco, até hoje adotada. Na Administração Ralph Biasi foi criada a Área Habitacional do Salto Grande, considerado o primeiro e maior núcleo habitacional do Município, com espaços para as casas populares, para equipamento institucional e de lazer, comércio e pequenas empresas. O projeto, que possibilitou a criação do futuro Bairro Antonio Zanaga, foi elaborado por Jessyr Bianco e apresentado na Câmara pelo então Vereador Jorge Arbix. A Lei nº 1.205 foi promulgada pelo Prefeito Ralph Biasi em 23 de agosto de 1973 – um trabalho profundo, completo e de alto interesse público, que entregou na marca do pênalti a bola para o Prefeito Waldemar Tebaldi marcar o gol e tornar-se o pai do Antonio Zanaga. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Luiz Carlos Setim. O SR. LUIZ CARLOS SETIM (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, quando são anunciados esses problemas no Ministério dos Transportes, principalmente no 34992 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS DNIT, eu queria fazer um registro quanto à nossa Rodovia Transbrasiliana, que passa no Paraná, a BR-153. Há dificuldade de trânsito e necessidade de reparos nessa rodovia, que liga os Municípios de Imbituva, Irati, Mallet e Paulo Frontin. Deixo um apelo aqui ao Ministério dos Transportes, agora com a nova administração e os novos dirigentes, especialmente no Paraná, para que haja uma correção naquela rodovia. Trata-se de uma rodovia importante, que corta o Brasil e que, em nosso Estado, depende de recuperação e operação tapa-buracos enquanto não for privatizada. A privatização e o pedágio trazem dificuldades aos usuários, mas acho que é uma garantia de bom trânsito e conforto para a comunidade. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Com a palavra o Deputado Ronaldo Benedet. O SR. RONALDO BENEDET (PMDB – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queria dar como lido meu discurso sobre o Projeto de Lei nº 1.753, que dei entrada nesta Casa, que denomina Lírio Rosso o viaduto localizado no quilômetro 391 da BR-101, no Estado de Santa Catarina. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Com a palavra, pela ordem, o Deputado Luiz Fernando Machado, do PSDB de São Paulo, por 3 minutos. O SR. LUIZ FERNANDO MACHADO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados. Sras. Deputadas, é uma satisfação poder voltar a esta tribuna e dizer que no dia de ontem eu estive reunido com o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Eu estava acompanhando, na oportunidade, o Prefeito Miguel Haddad, da cidade de Jundiaí. Nós fomos anunciar boas notícias para a cidade de Jundiaí: investimentos que o Governador do Estado de São Paulo vem provendo em nossa cidade, em benefício das ações que naturalmente trazem à cidade a oportunidade de desenvolvimento, de qualidade de vida, enfim, de empregabilidade. Ontem nós discutíamos investimentos para que a FOXCONN, o quanto antes, pudesse iniciar a sua produção de tablets na cidade de Jundiaí, já que fomos escolhidos para sediar uma zona de expansão dessa empresa para a produção de tablets na nossa cidade, no Estado de São Paulo. Jundiaí hoje tem grande visibilidade no cenário nacional por aquilo que, de fato, proporciona ao cidadão que mora na região. É hoje a nona economia do Estado de São Paulo, o vigésimo terceiro PIB do Brasil, a quarta cidade paulista em Índice de Desenvolvimento Humano e vem, mais uma vez, receber, com o apoio Julho de 2011 do Governo do Estado de São Paulo, uma empresa de tamanha exposição em âmbito mundial. A produção dos tablets pela FOXCONN dará a oportunidade de que todos nós, inclusive o Deputado Rui Carneiro, que ali está com o seu iPad, tenhamos um produzido no Estado de São Paulo, especialmente na cidade de Jundiaí. Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para manifestar mais uma vez uma grande preocupação com a tabela do Sistema Único de Saúde. Tenho percebido claramente, nos Municípios por que passo onde há hospital municipal, com os Governadores com que tenho conversado, onde há um hospital estadual, que estão todos absolutamente preocupados com o sistema e com o financiamento público da saúde no País. Precisamos urgentemente cumprir o que o Presidente Marco Maia já nos disse algumas vezes: a regulamentação da Emenda Constitucional de nº 29, que dará um norte para aos Governadores para que possam continuar absorvendo, como têm feito, a demanda por saúde nos Estados, especialmente nos Municípios que têm hospitais. Quero, portanto, congratular-me com o Governador Geraldo Alckmim e, de público, mais uma vez, cobrar desta Casa a imediata regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Obrigado. O SR. WALDENOR PEREIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. WALDENOR PEREIRA (PT – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no último dia 1º de julho, participamos da posse do novo Prefeito do Município de Cordeiros, no sudoeste da Bahia. Ele foi vencedor de uma eleição fora de época, o companheiro Vavá, juntamente com seu Vice, Professor Delci. Foi uma posse bastante concorrida, com a participação de muitas lideranças da região, como o Vice-Prefeito de Maeitinga, Vereadores do Município de Condeúba, o companheiro Deolindo, o ex-Prefeito de Guajeru, Newton, e com a presença da jovem liderança daquele Município, o companheiro Gil. Quero destacar também a presença dos Vereadores que dão apoio, que dão sustentação ao nosso projeto político naquele Município, os companheiros Dão Joia, Juvêncio, Dodô, Israel e Costa. Parabenizo os companheiros Vavá e Delci pela brilhante campanha eleitoral que realizaram e que resultou nessa retumbante vitória que os elegeu Prefeito e Vice-Prefeito do Município de Cordeiros. Aproveito a oportunidade para também homenagear e parabenizar os companheiros Zé de Betina e Cido Pereira, que foram infelizmente injustiçados por Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral, que acabou permitindo o afastamento desses companheiros da administração municipal daquele Município. Portanto, registro com satisfação a posse dos companheiros Vavá e Professor Delci, respectivamente, Prefeito e Vice-Prefeito do Município de Cordeiros. Sr. Presidente, no tempo que me resta, quero também destacar que na noite de ontem foi realizada, em Vitória da Conquista, a concessão do Prêmio Imboré. Na verdade, é um prêmio concedido a personalidades e instituições que se destacaram, nos últimos 2 anos, no processo de desenvolvimento econômico, social e cultural de Vitória da Conquista e região. Fui agraciado com esse prêmio, dentre várias outras personalidades, como o Presidente da UPB, companheiro Luiz Caetano. Quero parabenizar o jornalista Ricardo Benedictis, que há 20 anos realiza esse evento, essa solenidade de concessão àquelas personalidades e instituições que vêm se destacando no processo de desenvolvimento econômico e social de Vitória da Conquista e toda região do sudoeste da Bahia. Essa é a minha participação, Sr. Presidente. Agradeço pela tolerância. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Concedo a palavra ao Deputado Daniel Almeida, do PCdoB da Bahia. S.Exa. dispõe de 3 minutos. O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoBB – BA. Pela ordem.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Município de Campo Alegre de Lourdes comemora hoje 49 anos de emancipação política. Estive lá na noite de ontem e hoje pela manhã, compartilhando com toda a comunidade as comemorações desses 49 anos de emancipação. São várias as comemorações, promovidas pelo Prefeito Alessandro Dias e pelo Vice-Prefeito Deusvaldo. Cumprimentamos o Presidente da Câmara, o Vereador Mazinho, a quem transmito um abraço, que compartilhamos com toda a comunidade. Reunimos ontem à noite cerca de 500 pessoas, que receberam um presente: o Governo da Presidenta Dilma liberou 8 milhões para a recuperação da estrada que liga Remanso ao Município de Campo Alegre. Essa estrada nunca havia recebido qualquer investimento anterior; por isso, está intransitável. E essa é apenas a primeira etapa, porque já está em curso a licitação para um projeto que vai asfaltar os 129 quilômetros que ligam Remanso à divisa com o Piauí, na BR-235. Será um investimento da ordem de R$200 milhões, que resolverá definitivamente a ligação com aquela comunidade, com aquela região do norte da Bahia, ligando a 235 à BR-020, já no Estado do Piauí. Quarta-feira 6 34993 Portanto, foi uma grande festa, uma grande comemoração a que a comunidade fez ontem, por ter recebido essa notícia tão importante. Além dessa obra, estamos acompanhando com muita expectativa – e com a certeza de que ainda este ano será iniciada – a obra que levará água para Campo Alegre de Lourdes, não só para a sede do Município como para outras 60 localidades entre Remanso e Campo Alegre de Lourdes, num investimento de R$65 milhões que o Governo Federal e o Governo da Bahia estão fazendo. Por essa razão, quero compartilhar com toda a comunidade este momento de realizações, de festa e de alegria que o povo de Campo Alegre de Lourdes vive no dia de hoje, ao comemorar os seus 49 anos de emancipação política. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Celso Maldaner, do PMDB de Santa Catarina, por 3 minutos. O SR. CELSO MALDANER (PMDB – SC. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o custo da indústria dispara e sufoca investimentos no país. Estudo da FIESP mostra que, nos últimos 12 meses, os empresários só repassaram metade da alta dos custos Os custos de produção da indústria paulista subiram 12% no intervalo de um ano. Desse total, metade foi repassada ao preço dos produtos e o restante, absorvido pelos empresários, que diminuíram os investimentos. A constatação é de uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP feita com 358 empresas de todos os tamanhos e divulgada com exclusividade por Exame.com. Para minimizar os efeitos do aumento dos custos, 68% das fábricas reduziram a margem de lucro, 59% estreitaram as despesas administrativas e 41% aumentaram os preços dos produtos, entre outras soluções. A soma dos percentuais supera 100% porque cada empresa pode ter tomado mais de uma medida para enfrentar o problema. A propósito, sete em cada dez empresários afirmam ter sentido “forte pressão anormal” de aumento de custos nos últimos 12 meses. O item mais preocupante, no entanto, é que 36% dos empresários frearam os investimentos. Segundo Paulo Skaf, Presidente da FIESP, “é mais um dado que confirma o que temos falado nos últimos tempos. A valorização cambial facilita a importação e reduz a capacidade de crescimento da Indústria. Quando se reduz a margem, se reduz a capacidade de investimento também”, De forma geral, o impacto foi sentido pelo setor inteiro, independentemente do tamanho da empresa. 34994 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 34995 34996 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Os dados foram coletados pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da FIESP entre os dias 4 e 26 de maio. O porte das empresas é composto por 62% de micro e pequenas (até 99 empregados), 31% de médias (de 100 a 499 empregados) e 7% de grandes (500 ou mais empregados). Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Manoel Junior, do PMDB da Paraíba, que disporá de 3 minutos. O SR. MANOEL JUNIOR (PMDB – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhores servidores da Casa, senhores da imprensa, mais uma vez, denuncio desta tribuna não apenas em tom de crítica – porque precisa, sim, ser criticada o gesto, a atitude administrativa –, mas também de alerta ao povo da cidade de João Pessoa, a maior da Paraíba, o que foi ontem noticiado pela imprensa e atestado pelo Poder Judiciário do Estado. Ontem, mais uma vez, assistimos, de forma triste, à Prefeitura Municipal de João Pessoa ser impedida pela Justiça de proceder a uma licitação da merenda escolar. Já denunciei aqui o envolvimento da Prefeitura Municipal de João Pessoa com uma quadrilha organizada na merenda escolar, fato amplamente divulgado pela Rede Globo e pela imprensa escrita. Esta lá a SP, uma das empresas que têm uma atividade promíscua com pagamentos de propinas a Prefeitos, a Vereadores. E ontem assistimos, com muita tristeza, repito, à Prefeitura fazer uma licitação de 13 milhões de reais para a aquisição de gêneros alimentícios. Trata-se de uma licitação viciada. A empresa ganhadora é de fachada, não tem condições de proceder à entrega dos gêneros alimentícios. E, mais uma vez, o Prefeito Luciano Agra está envolvido num processo promíscuo que envolve recursos públicos que seriam destinados a garantir minimamente a alimentação escolar das crianças das unidades de ensino da maior cidade do Estado. Quero fazer isso em tom de desabafo e, principalmente, de denúncia. Também quero dizer que ontem realizamos uma grande audiência pública no Valentina II, com a presença de mais de 200 pessoas. Dezessete pessoas manifestaram-se democraticamente na audiência, levantando os problemas da periferia da Capital do Estado, que são muitos, no tocante à saúde, à educação, à infraestrutura e à segurança em que vivem as pessoas que moram em João Pessoa, que recentemente, na Semana Santa, exibiu o maior número de óbito entre as Capitais brasileiras, inclusive ultrapassando São Paulo, Julho de 2011 Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Fortaleza, cidades com população muito superior à da Capital paraibana. Basicamente era isso, Sr. Presidente. Agradeço a V.Exa. a atenção. O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Pela ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Pois não, Deputado. O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, tem um provérbio popular que diz: “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Art. 82 do Regimento Interno, § 2º Há quorum: 267 Deputados. Há matéria na Ordem do Dia. Vamos votar, Sr. Presidente! Há Ordem do Dia, há matéria. Então, fazemos um apelo a V.Exa. Eu sei que V.Exa. não é o titular; está presidindo com muito respeito, com competência, mas acho que chegou a hora de esta Casa tomar providências. Temos matéria importante na Ordem do Dia; tem quorum regimental. Está na hora, Sr. Presidente, de cumprirmos rigorosamente o Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – O Presidente já está a caminho para iniciar a Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Izalci) – Enquanto o Presidente não chega, concedo a palavra ao Deputado José Airton, do PT do Ceará. O SR. JOSÉ AIRTON (PT – CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ontem, na Assembleia Legislativa da Ceará, tivemos uma importante audiência e sessão solene da Jornada Municipalista. A Assembleia Legislativa promoveu a 4ª edição dessa Jornada e, na oportunidade, fez um reconhecimento do trabalho e da atuação de alguns Municípios do Estado do Ceará, que foram contemplados. Entre eles, está o Município de Salitre, que represento com muito orgulho. Por isso, quero saudar os Municípios homenageados: Alto Santo, Crato, Ererê, Eusébio, Itapiúna, Quiterianópoles, Salitre, São João do Jaguaribe e Tabuleiro do Norte. Portanto, parabéns à Assembleia pela iniciativa. Quero também, Sr. Presidente, registrar com muita satisfação os 238 anos de história do Município de Sobral, da região norte do Estado do Ceará, que vem destacando-se no Brasil não só por ser uma cidade universitária e um polo industrial, mas sobretudo por mostrar seu empreendedorismo, que tem à frente, hoje, o Prefeito Clodoveu Arruda. Em nome dele, saúdo todos os sobralenses por esse dia tão importante desta cidade do Estado do Ceará. Quero também, nesta oportunidade, falar do apoio que o Conselho Federal da OAB está prestando às PECs que se referem ao diploma de jornalista. Foi feita uma ampla discussão naquele Conselho, que Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS decidiu, em sessão plenária, pelo apoio às PECs nºs 386 e 33, que estabelecem a retomada do diploma de graduação em Comunicação Social para o exercício da profissão de jornalista. Portanto, deixo aqui meu apoio, meu empenho, minha solidariedade a essa luta da valorosa categoria de profissionais tão importantes, que contribuem, por meio da informação, do conteúdo jornalístico e, sobretudo, pela ética que exercem em defesa da construção de uma cidadania melhor para todos nós. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho aqui participar a todos do marco histórico sobralense que aconteceu no dia 5 de julho de 1773 com a elevação da Vila de Sobral à categoria de cidade. Quero saudar os ilustres políticos da região e seu povo, que tiveram a disposição pelo trabalho com compromisso à terra querida. São 238 anos de história e sucesso, com uma atual Sobral que segue para uma metrópole emergente na região norte do Estado. Sobral mostra para o Brasil uma cidade universitária, um polo industrial competitivo, sendo hoje o segundo mercado empregador do País, um destacado centro cultural com educação e saúde premiadas nacional e internacionalmente. Para comemorar esse grande evento, a Prefeitura programou uma série de atividades que acontecerão durante todo este mês, e que irão integrar os sobralenses nas comemorações. Entre elas a tradição de muitos anos, onde haverá no Boulevard do Arco, um show pirotécnico. Deixo aqui meus parabéns para o povo de Sobral e para o Prefeito Veveu, que vem demonstrando ser um gestor empenhado com o crescimento do Município. Sr. Presidente, passo a abordar outro assunto. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho aqui registrar a importante audiência e sessão solene da Jornada Municipalista que aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, nesse dia 4 de julho. A audiência promoveu a 4ª edição da Jornada Municipalista. O evento contou com a presença dos Secretários Estaduais Evandro Leitão, do Trabalho e Desenvolvimento Social, e René Barreira, da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado, entre outras autoridades. A Jornada Municipalista é uma iniciativa da Mesa Diretora da Casa e objetiva uma maior interação entre as instâncias municipais e o Poder Legislativo Estadual, Quarta-feira 6 34997 sendo organizada pelo Instituto de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Estado do Ceará – INESP. Nessa edição, foram homenageados Municípios que aniversariam em junho: Alto Santo, Crato, Ererê, Eusébio, Itapiúna, Quiterianópoles, Salitre, São João do Jaguaribe e Tabuleiro do Norte. Parabéns à Assembleia Legislativa pela realização da sessão solene em comemoração aos 10 anos da Lei 10.275/2001, conhecida como Estatuto da Cidade. E pela iniciativa do balanço da primeira década de aplicação do Estatuto e seus respectivos desdobramentos na vida dos Municípios cearenses. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na oportunidade, quero falar do apoio que o Conselho Federal da OAB está prestando às PECs do Diploma dos Jornalistas. Foi feita uma ampla discussão e o Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu, na segunda-feira (4), em sessão plenária, pelo apoio da Ordem às Propostas de Emenda Constitucional nºs 386/2009 e 33/2009, que estabelecem a retomada do diploma de graduação em Comunicação Social para o exercício da profissão de jornalista. Os representantes do Ceará no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Danilo Mota e Jardson Saraiva Cruz, defenderam o apoio da entidade às PECs, durante a reunião do Colegiado, em Brasília (DF). O apoio às PECs foi aprovado por dezessete votos a sete. A solicitação para que o Pleno da OAB discutisse um posicionamento da entidade frente à decisão do Supremo foi solicitado ao Presidente Nacional da OAB, Ophir Cavalcante, em abril último, pelo Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ, Celso Schröder. O relator da matéria no Pleno da OAB foi o Conselheiro Leonardo Accioly da Silva (Pernambuco), que apresentou voto favorável ao apoio da OAB Nacional à PEC, o qual teve apoio da maioria. A maioria do Colegiado optou pela argumentação que fundamentou o conteúdo das PECs de autoria do Deputado Federal Paulo Pimenta (PT – RS) e do Senador Antonio Carlos Valadares (PSB – SE), destacando a necessidade da qualificação acadêmica para o exercício da profissão de jornalista. “A outra tese, minoritária, foi a de que, por se tratar de matéria constitucional, a última palavra seria do STF (Supremo Tribunal Federal)”, frisou. O Conselheiro Jardson Saraiva Cruz destacou a importância do apoio institucional da OAB à luta da categoria dos jornalistas, por meio da FENAJ e de 31 sindicatos. De acordo com ele, a votação se deu por bancadas estaduais (cada bancada era composta por 34998 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS quatro conselheiros). A bancada do Ceará, que votou a favor do apoio, tem ainda como Conselheiros o Presidente da OAB (secção Ceará), Valdetário Monteiro; e Mário Carneiro Baratta Monteiro Filho. Votaram favoravelmente ao apoio da OAB às PECs, além da bancada do Ceará, as de Alagoas, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. As bancadas contrárias foram as do Amapá, Bahia, Brasília, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, enquanto os votos das bancadas do Acre, Paraíba e Rio Grande do Sul foram considerados nulos. No último dia 30 de junho, o assunto foi tema de reunião entre os Conselheiros cearenses da OAB e os Delegados do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará – SINDJORCE junto à FENAJ, Fátima Medina e Salomão de Castro. Ao longo do encontro, os delegados sindicais, que também integram o Grupo de Trabalho (GT) do Diploma, expuseram aos Conselheiros da OAB toda a trajetória das duas PECs, que tramitam na Câmara Federal e no Senado. Após o esclarecimento de questões que expuseram aos dirigentes sindicais, Jardson Cruz e Danilo Correia Mota anteciparam que defenderiam o apoio institucional da OAB às matérias. Parabenizo todos da diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Ceará pela brilhante atuação e pela aguerrida luta em prol da categoria, que merece toda nossa atenção pela retomada justa da obrigatoriedade do diploma para exercer tão complexa, nobre e responsável profissão. Muito obrigado. O Sr. Izalci, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, 3º Secretário. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para uma breve intervenção de 1 minuto, concedo a palavra à ilustre Deputada Sueli Vidigal, do PDT do Espírito Santo. A SRA. SUELI VIDIGAL (PDT – ES. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria tão somente de compartilhar que ontem, numa agenda no Hospital Santa Rita de Cássia, que é filantrópico, cuja especialidade é oncologia, e referência no Espírito Santo, parabenizei toda a equipe da AFECC, uma diretoria eminentemente feminina, a equipe médica, a equipe técnica, todos voluntários. Eu, parceira que sou daquela entidade, tive o privilégio de doar a ela o meu 14º salário, o que possibi- Julho de 2011 litou a compra de um equipamento de pesquisa para detectar o câncer de nariz e garganta. Esse aparelho, colegas Deputados, permite que, em 30 minutos, seja feito o exame no próprio consultório. Antes, o paciente precisava ficar internado, ocupando o centro cirúrgico, durante três dias. Quero compartilhar com meus pares dessa alegria do meu coração de ter podido trabalhar em favor do meu semelhante. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Ivan Valente. O SR. IVAN VALENTE (PSOL – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meu pronunciamento é pela defesa de investigação das denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes e punição imediata de seus responsáveis. O afastamento de quatro auxiliares diretos – representantes do DNIT, da VALEC, assessor parlamentar e chefe de gabinete – mostram que o Ministro não pode estar ausente de suas decisões. Na minha opinião, a Presidenta da República, se quiser mesmo investigar, não tem de mandar o Ministro investigar, mas afastá-lo imediatamente. Afastamento imediato. Quero lembrar, inclusive, que no Ministério dos Transportes é onde há a maior relação com as empreiteiras do País. Lembro que dos 27 milhões de reais arrecadados pela Direção Nacional do PR – 22 milhões, ou seja, 80%, foram doados por empreiteiras na eleição passada. É uma relação simbiótica do partido com o Ministério, que precisa ser investigada. Se o Governo não quiser se lambuzar precisa afastá-lo imediatamente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as denúncias de corrupção e desvio de recursos públicos no Ministério dos Transportes, feitas nos últimos dias pela imprensa, são gravíssimas. A Presidenta Dilma acertou ao afastar imediatamente figuras do alto escalão do Ministério acusadas de envolvimento no esquema. Mas é preciso ir além e afastar o próprio Ministro Alfredo Nascimento, se quisermos de fato acabar com a corrupção instalada dentro do Governo Dilma. Um Ministro que tem envolvidos em denúncias de tal ordem, e afastados por ordem da Presidência da República, seu chefe de gabinete, Mauro Barbosa da Silva; um assessor, Tito Bonvini; e ocupantes de cargos de chefia dentro do Ministério – Luís Antônio Pagot, Presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e José Francisco das Neves, Diretor-Presidente da VALEC, estatal responsável pela Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS malha ferroviária do País – não pode estar alienado do que acontecia. Ou Alfredo Nascimento virou a Rainha da Inglaterra? No mínimo, a Presidenta Dilma deveria afastar o Ministro. Inúmeros depoimentos apontam para o funcionamento no Ministério, dirigido pelo PR – de um esquema que cobra propinas de 4% das empreiteiras e de 5% das empresas de consultoria que elaboram projetos de obras em rodovias e ferrovias para o favorecimento em licitações. O caso, portanto, é muito mais grave do que os aumentos sucessivos e o descontrole nos aditivos dos contratos das obras, nas rodovias e ferrovias e também ligadas ao PAC. A inflação desses preços, pagos com recursos públicos, do contribuinte brasileiro, teria destino certo: os bolsos de dirigentes partidários, que, à frente do comando do Ministério, garantiriam sucesso em licitações, autorizariam superfaturamentos e fechariam os olhos aos aditivos. Entre eles, o Deputado Valdemar Costa Neto, reincidente em denúncias de corrupção, que controla o PR e tem relações promíscuas com as empreiteiras, com direito a reuniões privadas realizadas dentro do Ministério. Não estamos falando de pouco dinheiro, Sr. Presidente. A elevação do orçamento de obras em ferrovias, por exemplo, passou de R$11,9 bilhões, em março de 2010, para R$16,4 bilhões, neste mês. Um salto de quase 40% em pouco mais de um ano. E basta olharmos para o estado de nossas ferrovias para constatarmos que esse aumento não está indo para a melhoria das condições de nossas estradas. Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, divulgado hoje, o Ministério dos Transportes aumentou este ano os valores de pelo menos 11 contratos de obras que já tinham irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas de União. Entre essas irregularidades, supostos superfaturamentos. A verba extra para as obras sob suspeita, sob responsabilidade do DNIT e da VALEC, soma R$113,5 milhões. Em junho, a VALEC assinou quatro aditivos com a construtora Andrade Gutierrez, no valor total de R$40,1 milhões, para a construção das ferrovias Norte‑Sul e Oeste-Leste. Dois dos contratos referentes à Norte-Sul já tinham sido aditivados em R$30,4 milhões, em janeiro. Para o TCU, as obras deveriam estar paralisadas, mas a base do Governo no Congresso autorizou os aditivos e garantiu que as obras tivessem continuidade. No caso do DNIT, segundo o TCU, pelo menos três contratos com valor aumentado este ano têm irregularidades. Na BR-163, em Goiás, os auditores constataram que o DNIT não contratou ninguém para fiscalizar a obra, tocada pela Egesa, que também está sob suspeita de superfaturamento. Quarta-feira 6 34999 Estamos assistindo, portanto, a mais uma troca de favores, tão comum na política brasileira, entre financiadores e financiados de campanha. Sim, porque basta olharmos para os doadores de campanha do PR para desconfiarmos da origem desse esquema. Dos mais de R$27 milhões arrecadados pela Direção Nacional do partido na campanha eleitoral do ano passado, cerca de R$22 milhões, ou seja, 80%, foram doados por empreiteiras. Vale lembrar que o partido está à frente do Ministério dos Transportes desde o início do Governo Lula. O Ministro Alfredo Nascimento tem, portanto, muitas explicações a dar. Sua própria campanha ao Governo do Amazonas foi financiada pelo comitê do partido, ou seja, pelas empreiteiras. Para quem colaborou com o PR – o resultado pode estar valendo à pena. Em conjunto, as empreiteiras doaram R$22 milhões ao PR. Em pagamentos a empreiteiras, o Ministério dos Transportes já gastou quase R$980 milhões este ano. As destinatárias – todas doadoras de campanha do partido – são: Aterpa (R$113,5 milhões), Fidens (R$112,7 milhões), Barbosa Mello (R$103,8 milhões), Queiroz Galvão (R$84,4 milhões), OAS (R$48,9 milhões), Andrade Gutierrez (R$28,1 milhões) e Mendes Junior (R$20,9 milhões). É por isso que precisamos aprovar com urgência a exclusividade do financiamento público de campanha na reforma política em debate nesta Casa, para eliminar em definitivo a influência do poder econômico nas disputas eleitorais e para fechar as portas no sentido de que a corrupção deixe de ser endêmica em nosso País. Afinal, não há empresa que, depois, não cobre a fatura do candidato que ajudou a eleger. É exatamente isso que estamos vendo no Ministério dos Transportes. O Ministro Alfredo Nascimento já declarou que dará explicações ao Congresso. Estamos esperando. Na nota pública que emitiu esta semana, o Ministro deu poucos ou quase nenhum esclarecimento sobre o que acontece em sua Pasta. Como dito, portanto, é preciso ir além. São muito graves as denúncias para ficarmos apenas no afastamento de algumas pessoas. Isso não resolve um problema que pode estar acontecendo há anos no Ministério do Transportes. Também não podemos esperar muito da sindicância interna aberta pelo Ministro para analisar o caso. Que isenção haverá do PR para cortar na própria carne, depois de tanto tempo? A Presidenta Dilma ordenou que a Controladoria‑Geral da União faça uma devassa no Ministério. Mas é urgente também que o Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal investiguem o caso e, encontrando os responsáveis pelo desvio dos recursos públicos, garantam sua responsabilização. É preciso uma investigação profunda, com devolução dos recursos aos 35000 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cofres públicos e punição exemplar para os corruptores e beneficiários da corrupção. Resta saber se a cúpula do Governo Federal e a Presidência da República terão a coragem necessária para colocar em risco sua governabilidade no Congresso. O PR tem 40 Deputados e 5 Senadores. No mais do que recente caso Palocci, o Governo preferiu trocar o Ministro e abafar o caso do que ir a fundo nas investigações. Mais uma vez, as suspeitas pairavam sobre o financiamento de campanha, neste caso, do PT. O PSOL está acompanhando de perto as denúncias no Ministério dos Transportes e suas investigações, para que o preço da governabilidade, construída com alianças espúrias entre os partidos, não seja pago pelo Erário público e pelo povo brasileiro, já vitimado pela lógica do ajuste fiscal, enquanto banqueiros e empreiteiras seguem com lucros milionários no País – diversos deles sustentados em esquemas de corrupção. Muito obrigado. O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PTB – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu não ouvi uma palavra nesta Casa, inclusive do bravo Deputado Ivan Valente, do PSOL – sobre a reportagem estarrecedora da TV Record, que mostrou que o Presidente da CBF, notadamente um homem que precisa dar explicações ao Brasil, fez um jogo aqui em Brasília, passou 9 milhões para uma empresa e depois fez um contrato com a senhora dona dessa empresa, que atua como laranja. Esta Casa tentou uma CPI, mas não conseguiu. Quero retomar esse processo da CPI e fazer um apelo aos companheiros. Em nome da Copa do Mundo, não podemos deixar um homem do naipe de Ricardo Teixeira, que precisa dar explicações ao Brasil, capitaneando o futebol brasileiro e uma Copa do Mundo. Isso é uma vergonha para o País! O futebol brasileiro é efetivamente um futebol arte. Agora, o que está acontecendo? Na CBF, tem um grupo de artistas em que o principal ator é o Sr. Ricardo Teixeira. Esse cidadão tem que vir a esta Casa dar explicações. A CBF é uma empresa privada que recebe dinheiro público e que pertence a uma família há muito anos, e esta Casa não pode se calar. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Newton Cardoso. O SR. NEWTON CARDOSO (PMDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero parabenizar a Presidenta Dilma Julho de 2011 Rousseff pela coragem cívica de acabar com o cambalacho da fusão do Carrefour com o Pão de Açúcar. A Presidenta foi corajosa ao acabar com essa negociata imoral e irresponsável com o dinheiro do povo. Também quero pedir à Presidenta Dilma Rousseff que, nesse mesmo tom, procure desbaratar o nascimento desse novo mensalão no Ministério dos Transportes. Sou da base aliada, e peço à Presidenta que tenha a coragem cívica de apurar esses fatos de qualquer maneira, porque atingem a Câmara dos Deputados e a classe política. É este o pedido que peço a V.Exa., Sr. Presidente, que encaminhe à Sra. Presidenta da República. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, para uma breve intervenção, ao Deputado Valdir Colatto, do PMDB de Santa Catarina. O SR. VALDIR COLATTO (PMDB – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, queremos falar exatamente da fusão do Carrefour-Pão de Açúcar. Estamos lançando uma campanha: ao invés da concessão, pelo BNDES, de 3 ou 4 bilhões de reais para a fusão desses supermercados, seria bom que eles baixassem um pouco os seus lucros. Estamos lançando aqui a campanha do feijão, do arroz, da carne suína, que estão em crise. Se os supermercados tivessem um pouco menos de lucro, pagassem ao produtor melhor e vendessem ao consumidor por preços mais baixos, com certeza iríamos resolver as crises da suinocultura e rizicultura. Precisamos consumir esses produtos, e os supermercados estão ganhando fortunas sobre eles. O consumidor não os compra. Os produtos ficam estocados e os produtores perdem dinheiro, têm prejuízo. Estão acabando com a suinocultura. A produção de arroz é fundamental. Trata-se de segurança alimentar para o Brasil. Será bom que os supermercados tenham menos lucro e mais compromisso com o Brasil. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Com a palavra, pela ordem, o Deputado Valmir Assunção, do PT da Bahia. O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no próximo dia 8 de julho, em Bom Jesus da Lapa, Município da Bahia, terá início a 34ª Romaria da Terra e das Águas, com o tema Mudar o Sistema, não o Clima! Mais de 7 mil romeiros e romeiras estarão em Bom Jesus da Lapa para discutir suas experiências e lutas. Trata-se de uma romaria importante para os lutadores e as lutadoras do Estado da Bahia. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Por isso, faço este registro, lembrando que participarei de toda a romaria. Na minha trajetória política sempre estive junto com todos os companheiros e companheiras que participam da romaria em Bom Jesus da Lapa. Sr. Presidente, gostaria de fazer um segundo registro, nesta tribuna, com muita indignação. No último domingo, em São Paulo, foram presos cinco jovens por terem agredido negros, prática que tem sido recorrente no Estado. Primeiro, agridem pessoas por orientação sexual diferente daquela dos agressores. Agora, jovens atacam negros em São Paulo. Portanto, venho à tribuna registrar minha indignação, porque sou negro e sou da Bahia, Estado onde 73% da população é negra. É preciso que o Governador de São Paulo tome atitudes duras para coibir e inibir imediatamente essas práticas, com as quais não podemos concordar. Em pleno século XXI, depois de a população negra já ter sido escravizada, hoje muitas vezes ela não tem acesso às políticas públicas, ou seja, seus direitos não são garantidos, mesmo estando previstos na Constituição. Agora, jovens brancos de 16, 18 e 21 anos perseguem e agridem pessoas apenas por serem negras. Não podemos concordar com isso. É preciso registrar que a agressão ocorre por se tratar de negros ou, muitas vezes, por questões religiosas ou de natureza sexual. Temos de repudiar esse processo. Temos de repudiar todo e qualquer tipo de agressão a qualquer pessoa. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sras. e Srs. Deputados, nesta próxima sexta, dia 8 de julho, o Município baiano de Bom Jesus da Lapa dá início à 34ª Romaria da Terra e das Águas. Sob o tema Mudar o sistema, não o clima!, mais de 7 mil romeiros e romeiras de todos os cantos do Estado estarão reunidos durante três dias para partilhar experiências, lutas, propostas e esperanças, ao mesmo tempo em que se discute o problema das mudanças climáticas. O aquecimento global, a queda da qualidade do ar, a elevação do nível do mar, o derretimento de geleiras, enchentes, secas, entre outras são somente algumas das consequências que serão alvo de reflexão dos romeiros. O tema dá continuidade às discussões que se iniciaram ainda no ano passado, quando a comunidade local, grupos de territórios tradicionais e representantes de organizações populares perguntavam: “Terra Mãe, para onde vamos?” A intervenção humana de forma desordenada e crescente prejudica nosso planeta. A 34° Romaria da Quarta-feira 6 35001 Terra e das Águas, de Bom Jesus da Lapa, questiona a economia voltada apenas para os altos lucros, com papéis especulativos, mesmo diante de tantas crises, como a energética e a financeira. A água, hoje escassa em boa parte do mundo pela má distribuição e pela poluição, soma-se à crise dos alimentos, cujos preços são cada vez mais altos, fruto de um modelo chamado agronegócio, que não prioriza a produção de alimentos, mas sim a produção de commodities para o mercado exportador, monopolizando o conhecimento de nossos ancestrais e estabelecendo o domínio dos insumos, das sementes, das tecnologias. Dados mostram que se o padrão de vida buscado pela humanidade for o dos países ricos, seriam necessários dois planetas Terra! Acontece que apenas 20% da humanidade consomem 80% de todos os recursos, bens e serviços. Todas essas crises impactam principalmente os mais pobres. Segundo a carta convocatória da Romaria, as metas de redução da fome e da sede, estabelecidas pelas Nações Unidas, têm sido frustradas. No mundo já são perto de um 1 bilhão os famintos, cerca de 1,1 bilhões de pessoas não têm acesso à água tratada e por volta de 2,6 bilhões os que não têm instalações básicas de saneamento. Até 2030, mais da metade dos habitantes do planeta poderá não ter água suficiente. A mística de Bom Jesus da Lapa reúne nosso querido e sofrido semi-árido, mas que também tem o privilégio de contar com as águas do Rio São Francisco. O santuário de Bom Jesus reúne os peregrinos e peregrinas que, inspirados no Salmo 37,11 – que diz: “Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância da paz.” –, aprofundarão a compreensão sobre questões referentes ao meio ambiente, à reforma agrária, ao reconhecimento de áreas de povos tradicionais, à água, dentre outros, em chamados plenarinhos. No dia 10 de julho, último dia dessa grande festa, farão uma grande discussão em forma de assembleia. Dessa forma, os participantes da 34ª Romaria poderão fortalecer suas lutas e sua organização. Se podemos deleitar da terra, também temos que saber cuidar desse bem que é coletivo. É esse o principal objetivo. Em Bom Jesus da Lapa, vamos testemunhar o que os romeiros e as romeiras chamam de “ecologismo dos pobres”, que quer ver mudanças reais na forma de como convivemos com a nossa mãe Terra. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra pela ordem, para uma breve intervenção, à ilustre Deputada Carmen Zanotto. S.Exa. dispõe de 1 minuto. A SRA. CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Muito obrigada, Sr. Presidente. 35002 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Gostaria de parabenizar a bancada feminina do Estado de Santa Catarina, que ontem realizou uma audiência pública sobre o tema As Mulheres e a Reforma Política, quando tivemos a felicidade de ter conosco as Deputadas Federais Luiza Erundina e Luci Choinacki, do nosso Estado, e a Senadora Vanessa Grazziotin. Da reunião, Sr. Presidente, saiu um belo documento, a Carta das Mulheres Catarinenses, que, como solicitei anteriormente, peço o favor de ser divulgada nos meios de comunicação desta Casa. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – V.Exa. será atendida, nobre Deputada. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado José Linhares, do PP do Ceará. Hoje, S.Exa. homenageia sua terra natal, Sobral – que é também é a da minha esposa –, uma das cidades mais importantes não só do Ceará, mas do Nordeste e do País. O SR. JOSÉ LINHARES (PP – CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente, uma saudação especial a V.Exa. e aos nobres pares. Nobre Presidente Inocêncio Oliveira, Sobral está a completar 238 anos de emancipação política. Incrustada no mais árido sertão cearense, a cidade tem hoje 208 mil habitantes, quatro universidades, 35 mil empregos diretos, 14 fábricas – entre as quais destaco uma que produz 135 mil sacos de cimento por dia – e 26 indústrias de sapatos. Tem ainda quatro museus e 35 mil alunos universitários, entre outras conquistas na área da educação. Entre as 100 cidades do Brasil, Sobral galgou o primeiro lugar no ensino fundamental e no ensino médio, segundo atestado pelo próprio Ministério da Educação. Portanto, essa cidade e seus cidadãos merecem o reconhecimento do nosso povo. Participamos, nesses três dias, de grandes eventos, entre os quais o aniversário do Derby Clube Sobralense, com 205 anos de fundação – existem um no seu Pernambuco, Sr. Presidente, e o outro no Ceará. Entre os clubes de grande relevo, o nosso está em primeiro lugar. Parabenizo minha querida cidade de Sobral, levando ao Prefeito José Clodoveu de Arruda, a todos meus coestaduanos e meus irmãos que ali moram sinceros parabéns. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra pela ordem, para uma breve intervenção, ao ilustre Deputado Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, em permuta com o ilustre Deputado Amauri Teixeira, do PT da Bahia. Julho de 2011 O SR. FERNANDO FERRO (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero manifestar-me nesta tarde sobre a estranha e insólita campanha desencadeada por grandes ONGs internacionais, entre elas o Greenpeace, que a encabeça, contra as hidrelétricas no Brasil. Hoje a Presidente Dilma Rousseff participa de reunião sobre o desvio do Rio Madeira para a construção da hidrelétrica de Santo Antônio. Brevemente, teremos a hidrelétrica de Jirau naquele rio, uma verdadeira dádiva da natureza para a geração de energia. Essas ONGs internacionais desencadeiam uma campanha para impedir o Brasil de construir hidrelétricas. Financiadas por países como os Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França e Itália, essas ONGs aqui chegam com o discurso de proteger a natureza. Porém, na verdade, fazem o discurso de impedir que o Brasil continue tendo uma matriz energética limpa – a principal fonte de energia são as fontes hidrelétricas –, impedindo o Brasil de desenvolver-se, porque sem as grandes hidrelétricas não teremos energia para continuar o nível de crescimento que temos hoje. Essas ONGs aqui vêm com o discurso de impedir a emissão de gás carbônico, que provoca o efeito estufa, resultado da queima de derivados de petróleo e de outras fontes de energia. Essas ONGs não fazem, em seus países, campanha contra a energia produzida nos seus países de origem, que é majoritariamente poluidora, à base de derivados do petróleo ou de usinas nucleares, como a França, onde 70% da energia é nuclear; e a Alemanha, onde 30% da energia é nuclear. Nós não vemos esse zelo com o meio ambiente da parte de quem faz isso. Portanto, fica a nossa repulsa, o nosso repúdio. No nosso País, mandamos nós. Não adianta virem aqui Bill Clinton e estrelas de cinema fazer campanha contra as hidrelétricas brasileiras. Eles não conhecem a nossa realidade. São passageiros oportunistas, com interesses outros que não dizem respeito aos interesses do Brasil. Então, fica o nosso registro acerca da ação do Governo brasileiro, que identificou claramente as ONGs – há até mesmo a participação de ONGs brasileiras – que estão patrocinando essa campanha de difamação contra nossas hidrelétricas. No fundo, estão fazendo uma campanha contra o País, contra a nossa energia, contra os interesses do Brasil e contra o nosso desenvolvimento. Nós não podemos aceitar essa prática. Quem manda no Brasil são os brasileiros, o povo que elegeu um governo democrático e soberano. Não aceitamos a Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tutela de quem quer que seja, nem que venham aqui nos ensinar o que fazer. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Concedo a palavra à ilustre Deputada Luciana Santos, por 1 minuto. Depois concederei a palavra aos Deputados João Paulo Lima, por 1 minuto, e Sibá Machado, também por 1 minuto. Passo, com muita honra, a Presidência a meu grande amigo e grande Presidente da Câmara, Deputado Marco Maia. A SRA. LUCIANA SANTOS (Bloco/PCdoBB – PE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em primeiro lugar, quero parabenizar o Deputado Fernando Ferro pela sua fala, que assino embaixo na íntegra, porque concordo não ser possível um país que se vangloria por ter sua matriz energética, em mais de 80%, renovável e limpa, sofrer ataques dessa natureza, que vão de encontro àquilo que, sem dúvida nenhuma, é o principal patrimônio do povo brasileiro, que é a sua sabedoria, que é uma engenharia genuinamente nacional: as hidrelétricas. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, passo a abordar outro assunto. É com grande orgulho que venho à tribuna, na tarde de hoje, saudar os estudantes pernambucanos finalistas do concurso Imagine Cup, promovido pela Microsoft. Esse primeiro núcleo da Microsoft em Pernambuco foi instituído quando eu ainda era Prefeita da cidade de Olinda. Quando Secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, tive a honra também de acompanhar o desempenho desses jovens estudantes, que são, inclusive, da escola pública do nosso Estado, a Escola Técnica de Pernambuco Agamenon Magalhães – ETEPAM. Em 2011, foram campeões nacionais na categoria sistemas embarcados e em design de software, e seguem para Nova York, onde representam nosso País na etapa internacional da competição. Pernambucanos também conseguiram conquistar o segundo lugar. Na categoria sistemas embarcados, ficou a Proativa Team, composta por Lucas Mello, Flávio Almeida, João Paulo Oliveira, Murilo Pontes e Amirton Chagas, do Centro de Informática da UFPE. Na categoria de design, o segundo lugar foi para a equipe TechUP. O grupo é formado por Daniel Ferreira, Ivamácio Magalhães, Marcelo Gonçalves, João Carlos e André Muniz, do Centro de Sistemas e Estudos Avançados do Recife – CESAR. Parabéns, Pernambuco! Parabéns aos nossos jovens! Quarta-feira 6 35003 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Muito obrigado. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com grande orgulho que venho à tribuna saudar os estudantes pernambucanos, finalistas do concurso Imagine Cup, promovido pela Microsoft. Esta é uma das maiores competições de tecnologia para estudantes e estimula jovens talentos a mobilizar suas habilidades, imaginação, criatividade e paixão para o desenvolvimento de inovações tecnológicas a serviço da melhoria de vida das pessoas. As duas equipes compostas por alunos da Escola Técnica de Pernambuco Agamenon Magalhães, ETEPAM, já participaram e foram premiadas em outras edições do concurso. Agora, em 2011, foram campeões nacionais na categoria sistemas embarcados e em design de software, e seguem para Nova York onde representam nosso País na etapa internacional da competição. A Embedded Brain é composta por Edmiel Leandro, lury Luan e Paulo Feodrippe. Eles apresentaram o First Caretaker, um sistema embarcado que monitora e alerta sinais vitais do paciente antes do atendimento médico. A LeveI UP é composta por Adailson Filho, Gabriel Magalhães e Júlio Mendonça. Eles ganharam com o EduAcademy. O software é uma plataforma de compartilhamento para professores da educação básica e fundamental e possui a rede social como um dos recursos para facilitar a comunicação. Quero saudar também Hugo Rodrigues e Francinildo Santos, da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, que atuam na coordenação das equipes e fortalecem a parceria entre a escola e o Governo do Estado. Pernambucanos também conquistaram o segundo lugar. Na categoria sistemas embarcados ficou a Proativa Team, composta por Lucas Mello, Flávio Almeida, João Paulo Oliveira, Murilo Pontes e Amirton Chagas, do Centro de Informática da UFPE. Na categoria design de software, o segundo lugar foi para a equipe TechUP. O grupo é composto por Daniel Ferreira, Ivamácio Magalhães, Marcelo Gonçalves, João Carlos e André Muniz, do Centro de Sistemas e Estudos Avançados do Recife – CESAR. O Sr. Inocêncio Oliveira, 3º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Marco Maia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Apresentação de proposições. 35004 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROPOSIÇÕES APRESENTADAS PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 49, DE 2011 (Do Sr. Zé Silva e outros) Institui pisos salariais nacionalmente unificados para os funcionários das entidades públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional: Art. 1º O art. 187 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 187. ............................................... ............................................................... § 3º A remuneração dos funcionários das entidades públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural observará pisos remuneratórios nacionalmente unificados para cargos e empregos de nível médio e para cargos e empregos de nível superior, definidos em lei federal. § 4º A lei que regulamentar os pisos remuneratórios previstos no § 3º disciplinará fundo contábil a ser instituído para esse fim, inclusive no tocante ao prazo de sua duração.” (NR) Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Inegavelmente, os profissionais que atuam nas entidades públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural constituem hoje uma das mais efetivas presenças do Estado no meio rural brasileiro, principalmente no que tange ao segmento da agricultura familiar, um setor de fundamental importância para o desenvolvimento econômico e social de nosso País, que emprega sete de cada dez trabalhadores no meio rural e responde pela produção de cerca de 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa e por 38% do valor bruto da produção agrícola de nosso País. Assim é que os mais de 26 mil extensionistas rurais do setor público já cooperam com cerca de 92% dos agricultores familiares, distribuídos em mais de 5200 municípios e em 95% do território nacional, atuando na promoção da segurança alimentar, nos desafios da produção de matéria-prima para energias renováveis, nas ações geradoras de trabalho e renda familiar no meio rural, na implantação de processos agregadores de valor à produção agrícola e pecuária, na utilização de tecnologias de produção de alimentos e biomassa Julho de 2011 e na implantação de ações de recuperação e preservação ambiental. Tendo em vista a importância das atividades exercidas pelos extensionistas rurais para a viabilização do desenvolvimento sustentável do setor agropecuário do País e para o avanço da cidadania e da qualidade de vida no campo e considerando a notória e alarmante desigualdade remuneratória existente entre os funcionários das entidades públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural das diversas unidades federativas desta Nação, acentuada após a drástica redução de aporte de recursos federais para o sistema derivada da extinção da Embrater, impende que seja estabelecido, urgentemente, à semelhança do que já se fez para os profissionais de educação do setor público, um piso salarial nacionalmente unificado para esta nobre categoria de trabalhadores. Em face do exposto, considerando a importância e a justiça do objeto da presente proposição, contamos com o apoio dos ilustres Pares para sua aprovação. Sala das Sessões, 24 de março de 2011. – Deputado Zé Silva, PDT – MG. CONFERÊNCIA DE ASSINATURAS (54ª Legislatura 2011-2015) Proposição: PEC 0049/11 Autor da Proposição: ZÉ SILVA E OUTROS Data de Apresentação: 05/07/2011 Ementa: Institui pisos salariais nacionalmente unificados para os funcionários das entidades públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural. Possui Assinaturas Suficientes: SIM Totais de Assinaturas: Confirmadas: Não Conferem: Fora do Exercício: Repetidas: Ilegíveis: Retiradas: Total: Assinaturas Confirmadas 1 ABELARDO CAMARINHA PSB SP 2 ACELINO POPÓ PRB BA 3 ADEMIR CAMILO PDT MG 4 AFONSO HAMM PP RS 5 AGUINALDO RIBEIRO PP PB 6 ALDO REBELO PCdoB SP 7 ALEX CANZIANI PTB PR 8 ALEXANDRE ROSO PSB RS 9 ANDRÉ FIGUEIREDO PDT CE 10 ANDRE MOURA PSC SE 182 006 001 005 000 000 194 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 11 ÂNGELO AGNOLIN PDT TO 12 ANÍBAL GOMES PMDB CE 13 ANTÔNIO ANDRADE PMDB MG 14 ANTONIO BULHÕES PRB SP 15 ANTÔNIO ROBERTO PV MG 16 ARIOSTO HOLANDA PSB CE 17 ARNON BEZERRA PTB CE 18 ARTHUR LIRA PP AL 19 ASSIS DO COUTO PT PR 20 AUREO PRTB RJ 21 BENJAMIN MARANHÃO PMDB PB 22 BERNARDO SANTANA DE VASCONCELL PR MG 23 BIFFI PT MS 24 BONIFÁCIO DE ANDRADA PSDB MG 25 CARLAILE PEDROSA PSDB MG 26 CARLOS ALBERTO LERÉIA PSDB GO 27 CARLOS MAGNO PP RO 28 CELIA ROCHA PTB AL 29 CELSO MALDANER PMDB SC 30 CHICO ALENCAR PSOL RJ 31 CHICO LOPES PCdoB CE 32 CLÁUDIO PUTY PT PA 33 CLEBER VERDE PRB MA 34 DAMIÃO FELICIANO PDT PB 35 DANIEL ALMEIDA PCdoB BA 36 DAVI ALVES SILVA JÚNIOR PR MA 37 DEVANIR RIBEIRO PT SP 38 DIEGO ANDRADE PR MG 39 DOMINGOS DUTRA PT MA 40 DOMINGOS SÁVIO PSDB MG 41 DR. JORGE SILVA PDT ES 42 DR. PAULO CÉSAR PR RJ 43 DR. UBIALI PSB SP 44 DUDIMAR PAXIUBA PSDB PA 45 EDINHO BEZ PMDB SC 46 EDIO LOPES PMDB RR 47 EDSON SILVA PSB CE 48 EDUARDO CUNHA PMDB RJ 49 EDUARDO DA FONTE PP PE 50 EDUARDO SCIARRA DEM PR 51 ENIO BACCI PDT RS 52 ERIVELTON SANTANA PSC BA 53 EROS BIONDINI PTB MG 54 EUDES XAVIER PT CE 55 FÁBIO RAMALHO PV MG 56 FABIO TRAD PMDB MS 57 FELIPE BORNIER PHS RJ 58 FÉLIX MENDONÇA JÚNIOR PDT BA 59 FERNANDO FRANCISCHINI PSDB PR 60 FILIPE PEREIRA PSC RJ 61 FLÁVIA MORAIS PDT GO 62 GABRIEL GUIMARÃES PT MG 63 GASTÃO VIEIRA PMDB MA Quarta-feira 6 35005 64 GENECIAS NORONHA PMDB CE 65 GERALDO SIMÕES PT BA 66 GERALDO THADEU PPS MG 67 GILMAR MACHADO PT MG 68 GIOVANI CHERINI PDT RS 69 GIVALDO CARIMBÃO PSB AL 70 GLADSON CAMELI PP AC 71 GONZAGA PATRIOTA PSB PE 72 GUILHERME CAMPOS DEM SP 73 GUILHERME MUSSI PV SP 74 HENRIQUE OLIVEIRA PR AM 75 HOMERO PEREIRA PR MT 76 JAIME MARTINS PR MG 77 JAQUELINE RORIZ PMN DF 78 JEAN WYLLYS PSOL RJ 79 JEFFERSON CAMPOS PSB SP 80 JESUS RODRIGUES PT PI 81 JÔ MORAES PCdoB MG 82 JOÃO CAMPOS PSDB GO 83 JOÃO DADO PDT SP 84 JOÃO MAGALHÃES PMDB MG 85 JOÃO PAULO CUNHA PT SP 86 JOÃO PAULO LIMA PT PE 87 JOAQUIM BELTRÃO PMDB AL 88 JONAS DONIZETTE PSB SP 89 JORGE PINHEIRO PRB GO 90 JOSÉ AUGUSTO MAIA PTB PE 91 JOSÉ OTÁVIO GERMANO PP RS 92 JOSE STÉDILE PSB RS 93 JOSUÉ BENGTSON PTB PA 94 JOVAIR ARANTES PTB GO 95 JÚLIO CAMPOS DEM MT 96 JÚLIO CESAR DEM PI 97 JÚLIO DELGADO PSB MG 98 LÁZARO BOTELHO PP TO 99 LEANDRO VILELA PMDB GO 100 LEONARDO MONTEIRO PT MG 101 LINCOLN PORTELA PR MG 102 LINDOMAR GARÇON PV RO 103 LÚCIO VALE PR PA 104 LUCIO VIEIRA LIMA PMDB BA 105 LUIZ FERNANDO FARIA PP MG 106 LUIZ FERNANDO MACHADO PSDB SP 107 MANATO PDT ES 108 MARCELO CASTRO PMDB PI 109 MARCELO MATOS PDT RJ 110 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA PR AL 111 MAURO NAZIF PSB RO 112 MENDES RIBEIRO FILHO PMDB RS 113 MENDONÇA PRADO DEM SE 114 MIGUEL CORRÊA PT MG 115 NEILTON MULIM PR RJ 116 NELSON BORNIER PMDB RJ 35006 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 117 NELSON MARQUEZELLI PTB SP 118 NELSON MEURER PP PR 119 NILTON CAPIXABA PTB RO 120 ODAIR CUNHA PT MG 121 ONOFRE SANTO AGOSTINI DEM SC 122 OSMAR JÚNIOR PCdoB PI 123 OTAVIO LEITE PSDB RJ 124 OTONIEL LIMA PRB SP 125 OZIEL OLIVEIRA PDT BA 126 PADRE JOÃO PT MG 127 PAULO ABI-ACKEL PSDB MG 128 PAULO CESAR QUARTIERO DEM RR 129 PAULO FOLETTO PSB ES 130 PAULO FREIRE PR SP 131 PAULO PEREIRA DA SILVA PDT SP 132 PAULO PIAU PMDB MG 133 PAULO PIMENTA PT RS 134 PAULO RUBEM SANTIAGO PDT PE 135 PAULO WAGNER PV RN 136 PEDRO CHAVES PMDB GO 137 PEDRO EUGÊNIO PT PE 138 PINTO ITAMARATY PSDB MA 139 POLICARPO PT DF 140 RAIMUNDO GOMES DE MATOS PSDB CE 141 RATINHO JUNIOR PSC PR 142 RAUL HENRY PMDB PE 143 REBECCA GARCIA PP AM 144 REGINALDO LOPES PT MG 145 REGUFFE PDT DF 146 RIBAMAR ALVES PSB MA 147 RICARDO BERZOINI PT SP 148 RICARDO IZAR PV SP 149 ROBERTO BALESTRA PP GO 150 ROBERTO BRITTO PP BA 151 ROBERTO DE LUCENA PV SP 152 ROBERTO SANTIAGO PV SP 153 RODRIGO DE CASTRO PSDB MG 154 ROMERO RODRIGUES PSDB PB 155 RONALDO FONSECA PR DF 156 RUBENS BUENO PPS PR 157 RUBENS OTONI PT GO 158 RUY CARNEIRO PSDB PB 159 SÁGUAS MORAES PT MT 160 SALVADOR ZIMBALDI PDT SP 161 SANDES JÚNIOR PP GO 162 SANDRO MABEL PR GO 163 SARAIVA FELIPE PMDB MG 164 SEBASTIÃO BALA ROCHA PDT AP 165 SÉRGIO BRITO PSC BA 166 SÉRGIO MORAES PTB RS 167 SIBÁ MACHADO PT AC 168 STEPAN NERCESSIAN PPS RJ 169 TAKAYAMA PSC PR Julho de 2011 170 TONINHO PINHEIRO PP MG 171 VALADARES FILHO PSB SE 172 VALTENIR PEREIRA PSB MT 173 VANDERLEI MACRIS PSDB SP 174 VIEIRA DA CUNHA PDT RS 175 WASHINGTON REIS PMDB RJ 176 WELITON PRADO PT MG 177 WELLINGTON ROBERTO PR PB 178 WOLNEY QUEIROZ PDT PE 179 ZÉ GERALDO PT PA 180 ZÉ SILVA PDT MG 181 ZEQUINHA MARINHO PSC PA 182 ZOINHO PR RJ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 50, DE 2011 (Do Sr. Alberto Mourão) Acrescenta os § § 5º a 8º no art. 182 da Constituição Federal e dá outras providências As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional: Art. 1º O art. 182 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido dos seguintes § § 5º a 8º: “Art. 182. ............................................... ............................................................... § 5º Os Estados deverão elaborar plano diretor metropolitano para as regiões metropolitanas instituídas na forma do art. 25, § 3º, abrangendo o território de todos os Municípios integrantes. § 6º A decisão sobre a elaboração de plano relativo a aglomerações urbanas que não tenham características metropolitanas fica a critério do respectivo Estado. § 7º A elaboração do plano diretor metropolitano, ou do plano referido no § 6º, não exime os Municípios integrantes da região metropolitana ou da aglomeração urbana da elaboração do plano diretor de que tratam os § § 1º e 2º. § 8º O plano diretor metropolitano deverá ser revisto, no mínimo, a cada dez anos.” Art. 2º Os Estados deverão finalizar a elaboração do plano diretor metropolitano previsto no § 5º do art. 182 da Constituição até, no máximo, três anos da entrada em vigor desta Emenda à Constituição, sob pena de suspensão do repasse dos recursos da União não classificados como transferências obrigatórias. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Justificação A Constituição de 1988, corretamente, descentralizou as atribuições relativas à criação de regiões metropolitanas para os Estados. No sistema constitucional anterior (Carta de 1967/1969), as decisões nesse sentido estavam concentradas na União. Dispõe o art. 25, § 3º, da atual Constituição: ‘‘Art. 25. ................................................. ............................................................... § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. ............................................................. ’’ Ocorre que o capítulo sobre política urbana de nossa Carta Política é omisso em relação ao plano diretor metropolitano, ferramenta imprescindível tendo em vista o objetivo de integrar a organização, o planejamento e a execução das funções de interesse comum em nossas metrópoles. A presente Proposta de Emenda à Constituição vem enfrentar esse problema. Não se pode pensar em planejamento urbano tecnicamente consistente no país se nossas regiões metropolitanas e outras aglomerações urbanas continuarem a ser geridas sem uma abordagem integradora, que inclua, entre outros pontos, a compatibilização dos diferentes planos diretores referentes aos municípios insertos em áreas conurbadas. Não podemos esquecer que estão em regiões metropolitanas cerca de 40% dos brasileiros. Em um quadro como esse, impõem-se medidas vigorosas de atuação responsável do Poder Público, do ponto de vista técnico e político. A elaboração e implementação dos planos diretores metropolitanos constitui passo fundamental nessa perspectiva. Por isso mesmo, o texto prevê sanção para os Estados que tenham regiões metropolitanas instituídas e não cumpram, em três anos, a determinação de elaboração desses planos: a suspensão das transferências voluntárias de recursos federais. Em face do inegável alcance social da medida aqui proposta, conta-se com o pleno apoio dos Senhores Parlamentares para sua rápida aprovação. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Alberto Mourão. Proposição: PEC 50/11 Ementa: Acrescenta os § § 5º a 8º no art. 182 da Constituição Federal e dá outras providências. Quarta-feira 6 35007 Data de Apresentação: 5-7-2011 Possui Assinaturas Suficientes: SIM Totais de Assinaturas: Autor da Proposição: Alberto Mourão e Outros Confirmadas: 199 Não Conferem: 003 Fora do Exercício: 000 Repetidas: 013 Ilegíveis: 000 Retiradas: 000 Total: 215 Assinaturas Confirmadas 1 ADEMIR CAMILO PDT MG 2 ALBERTO MOURÃO PSDB SP 3 ALEX CANZIANI PTB PR 4 ALEXANDRE LEITE DEM SP 5 ALFREDO KAEFER PSDB PR 6 ALFREDO SIRKIS PV RJ 7 ALINE CORRÊA PP SP 8 ANDERSON FERREIRA PR PE 9 ANGELO VANHONI PT PR 10 ANTONIO BULHÕES PRB SP 11 ANTÔNIO ROBERTO PV MG 12 ARNALDO JARDIM PPS SP 13 ARTHUR LIRA PP AL 14 ASSIS DO COUTO PT PR 15 ÁTILA LINS PMDB AM 16 BENJAMIN MARANHÃO PMDB PB 17 BERINHO BANTIM PSDB RR 18 BERNARDO SANTANA DE VASCONCELL PR MG 19 BETO FARO PT PA 20 BIFFI PT MS 21 BONIFÁCIO DE ANDRADA PSDB MG 22 CARLAILE PEDROSA PSDB MG 23 CARLOS ALBERTO LERÉIA PSDB GO 24 CARLOS BEZERRA PMDB MT 25 CARLOS ROBERTO PSDB 25 SP 26 CARLOS SOUZA PP AM 27 CARLOS ZARATTINI PT SP 28 CELSO MALDANER PMDB SC 29 CÉSAR HALUM PPS TO 30 CIDA BORGHETTI PP PR 31 CLÁUDIO PUTY PT PA 32 CLEBER VERDE PRB MA 33 DAMIÃO FELICIANO PDT PB 34 DARCÍSIO PERONDI PMDB RS 35 DAVI ALVES SILVA JÚNIOR PR MA 36 DÉCIO LIMA PT SC 37 DELEY PSC RJ 38 DEVANIR RIBEIRO PT SP 39 DIMAS RAMALHO PPS SP 40 DR. CARLOS ALBERTO PMN RJ 35008 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 41 DR. JORGE SILVA PDT ES 42 DR. PAULO CÉSAR PR RJ 43 DR. ROSINHA PT PR 44 DR. UBIALI PSB SP 45 DUARTE NOGUEIRA PSDB SP 46 DUDIMAR PAXIUBA PSDB PA 47 EDINHO ARAÚJO PMDB SP 48 EDIO LOPES PMDB RR 49 EDSON EZEQUIEL PMDB RJ 50 EDSON SANTOS PT RJ 51 EDUARDO AZEREDO PSDB MG 52 EDUARDO BARBOSA PSDB MG 53 EDUARDO DA FONTE PP PE 54 EDUARDO SCIARRA DEM PR 55 EMILIANO JOSÉ PT BA 56 ERIVELTON SANTANA PSC BA 57 ESPERIDIÃO AMIN PP SC 58 EUDES XAVIER PT CE 59 FABIO TRAD PMDB MS 60 FELIPE BORNIER PHS RJ 61 FERNANDO COELHO FILHO PSB PE 62 FERNANDO FERRO PT PE 63 FERNANDO FRANCISCHINI PSDB PR 64 FILIPE PEREIRA PSC RJ 65 FLAVIANO MELO PMDB AC 66 GABRIEL CHALITA PMDB SP 67 GABRIEL GUIMARÃES PT MG 68 GASTÃO VIEIRA PMDB MA 69 GEORGE HILTON PRB MG 70 GERALDO RESENDE PMDB MS 71 GERALDO SIMÕES PT BA 72 GERALDO THADEU PPS MG 73 GILMAR MACHADO PT MG 74 GIVALDO CARIMBÃO PSB AL 75 GLADSON CAMELI PP AC 76 GONZAGA PATRIOTA PSB PE 77 GUILHERME CAMPOS DEM SP 78 GUILHERME MUSSI PV SP 79 HÉLIO SANTOS PSDB MA 80 HENRIQUE OLIVEIRA PR AM 81 HOMERO PEREIRA PR MT 82 HUGO LEAL PSC RJ 83 JAIME MARTINS PR MG 84 JEFFERSON CAMPOS PSB SP 85 JÔ MORAES PCdoB MG 86 JOÃO DADO PDT SP 87 JOÃO MAGALHÃES PMDB MG 88 JOÃO PAULO CUNHA PT SP 89 JOÃO PAULO LIMA PT PE 90 JOAQUIM BELTRÃO PMDB AL 91 JONAS DONIZETTE PSB SP 92 JORGE PINHEIRO PRB GO 93 JORGINHO MELLO PSDB SC Julho de 2011 94 JOSÉ AIRTON PT CE 95 JOSÉ GUIMARÃES PT CE 96 JOSÉ OTÁVIO GERMANO PP RS 97 JOSE STÉDILE PSB RS 98 JOSEPH BANDEIRA PT BA 99 JOSUÉ BENGTSON PTB PA 100 JOVAIR ARANTES PTB GO 101 JÚLIO CESAR DEM PI 102 JÚLIO DELGADO PSB MG 103 JUNJI ABE DEM SP 104 LÁZARO BOTELHO PP TO 105 LELO COIMBRA PMDB ES 106 LEONARDO MONTEIRO PT MG 107 LEONARDO QUINTÃO PMDB MG 108 LEOPOLDO MEYER PSB PR 109 LILIAM SÁ PR RJ 110 LINCOLN PORTELA PR MG 111 LIRA MAIA DEM PA 112 LUCIANO CASTRO PR RR 113 LÚCIO VALE PR PA 114 LUIZ COUTO PT PB 115 LUIZ FERNANDO FARIA PP MG 116 LUIZ FERNANDO MACHADO PSDB SP 117 LUIZ NISHIMORI PSDB PR 118 MANATO PDT ES 119 MANOEL JUNIOR PMDB PB 120 MANOEL SALVIANO PSDB CE 121 MARCELO CASTRO PMDB PI 122 MARCOS MEDRADO PDT BA 123 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA PR AL 124 MAURÍCIO TRINDADE PR BA 125 MAURO LOPES PMDB MG 126 MAURO MARIANI PMDB SC 127 MENDES RIBEIRO FILHO PMDB RS 128 MIGUEL CORRÊA PT MG 129 MILTON MONTI PR SP 130 NEILTON MULIM PR RJ 131 NELSON BORNIER PMDB RJ 132 NELSON MARCHEZAN JUNIOR PSDB RS 133 NELSON MARQUEZELLI PTB SP 134 NELSON MEURER PP PR 135 NEWTON CARDOSO PMDB MG 136 ODAIR CUNHA PT MG 137 ONOFRE SANTO AGOSTINI DEM SC 138 OSMAR JÚNIOR PCdoB PI 139 OTAVIO LEITE PSDB RJ 140 PADRE JOÃO PT MG 141 PAULO ABI-ACKEL PSDB MG 142 PAULO CESAR QUARTIERO DEM RR 143 PAULO FREIRE PR SP 144 PAULO PEREIRA DA SILVA PDT SP 145 PAULO PIAU PMDB MG 146 PAULO RUBEM SANTIAGO PDT PE Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 147 PAULO WAGNER PV RN 148 PEDRO CHAVES PMDB GO 149 PINTO ITAMARATY PSDB MA 150 POLICARPO PT DF 151 RAIMUNDO GOMES DE MATOS PSDB CE 152 RAUL HENRY PMDB PE 153 REINALDO AZAMBUJA PSDB MS 154 RENATO MOLLING PP RS 155 RIBAMAR ALVES PSB MA 156 RICARDO BERZOINI PT SP 157 RICARDO IZAR PV SP 158 ROBERTO BALESTRA PP GO 159 ROBERTO DORNER PP MT 160 ROBERTO SANTIAGO PV SP 161 ROBERTO TEIXEIRA PP PE 162 RODRIGO DE CASTRO PSDB MG 163 ROGÉRIO MARINHO PSDB RN 164 ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA PMDB SC 165 RONALDO BENEDET PMDB SC 166 ROSANE FERREIRA PV PR 167 RUBENS OTONI PT GO 168 RUI PALMEIRA PSDB AL 169 RUY CARNEIRO PSDB PB 170 SABINO CASTELO BRANCO PTB AM 171 SÁGUAS MORAES PT MT 172 SALVADOR ZIMBALDI PDT SP 173 SEBASTIÃO BALA ROCHA PDT AP 174 SÉRGIO BRITO PSC BA 175 SERGIO GUERRA PSDB PE 176 SÉRGIO MORAES PTB RS 177 SIBÁ MACHADO PT AC 178 SOLANGE ALMEIDA PMDB RJ 179 STEPAN NERCESSIAN PPS RJ 180 TAKAYAMA PSC PR 181 TIRIRICA PR SP 182 VALADARES FILHO PSB SE 183 VALDIVINO DE OLIVEIRA PSDB GO 184 VALMIR ASSUNÇÃO PT BA 185 VALTENIR PEREIRA PSB MT 186 VANDERLEI MACRIS PSDB SP 187 VAZ DE LIMA PSDB SP 188 VICENTE CANDIDO PT SP 189 VICENTINHO PT SP 190 VILALBA PRB PE 191 VILSON COVATTI PP RS 192 WALDIR MARANHÃO PP MA 193 WALTER IHOSHI DEM SP 194 WANDENKOLK GONÇALVES PSDB PA 195 WASHINGTON REIS PMDB RJ 196 WILLIAM DIB PSDB SP 197 ZÉ GERALDO PT PA 198 ZECA DIRCEU PT PR 199 ZEQUINHA MARINHO PSC PA Quarta-feira 6 35009 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 73, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Inclui as despesas com combate ao uso de drogas, incluindo o tratamento de seus usuários, entre as protegidas dos contingenciamentos orçamentários na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei Complementar manda incluir as despesas ligadas ao combate ao uso de drogas, incluindo as relacionadas ao tratamento de seus usuários e dependentes, na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, entre as que não serão objeto da limitação de empenho a que se refere o art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Art. 2º O § 2º do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 9º ................................................... ............................................................... § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as despesas ligadas à repressão à produção e ao tráfico ilícito de drogas, bem como as despesas ligadas à prevenção do uso indevido de drogas, à atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. .................................................................” Art. 3º Para fins do disposto nesta Lei Complementar, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas em decreto da Presidência da República. Art. 4º Esta Lei Complementar entra em vigor no exercício subsequente ao de sua publicação. Justificação Como sabemos, o art. 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal introduziu nas três esferas políticas de governo o instituto do contingenciamento orçamentário, por meio da limitação de empenho e movimentação financeira, excetuando do mencionado contingenciamento (§ 2º do citado artigo da LRF) apenas as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais de cada entidade política, inclusive aquelas destinadas 35010 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. São também do conhecimento de todos nesta Casa os transtornos trazidos pelo excessivo apelo ao contingenciamento por parte do Poder Executivo, colocando em risco a continuidade de importantes ações contempladas no orçamento federal, muitas delas com inegável alcance social. O fenômeno ocorre na mesma proporção nos Estados e nos Municípios, sem que se possa alterar a vontade soberana do Poder Executivo em tais situações, uma faculdade que lhe foi conferida pelos dispositivos assinalados da Lei de Responsabilidade Fiscal. Por outro lado, elencar as despesas que possam ser imunes ao expediente do contingenciamento orçamentário na lei de diretrizes orçamentárias não é tarefa das mais fáceis, diante dos inúmeros pleitos neste sentido, além de que a tarefa tem que ser repetida a cada ano. Diante disto, estamos propondo uma mudança em caráter permanente na Lei de Responsabilidade Fiscal, para ser observada também nos Estados, no Distrito Federal e nos Munícipios, para que as despesas ligadas à repressão à produção e ao tráfico ilícito de drogas, bem como as despesas ligadas à prevenção do uso indevido de drogas, à atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas não sejam objeto de limitação de empenho ou de movimentação financeira. As razões para este pleito são bastante óbvias, pois estamos falando de medidas de grande alcance social, devotadas a combater o crime organizado ligado ao tráfego de drogas, com ramificações em todo o País, que consideramos uma das maiores tragédias da sociedade moderna, com impactos nocivos nas famílias brasileiras, de baixa renda, de renda média e alta. Mas não é só por este lado repressivo que estamos atacando os graves problemas trazidos pelo tráfego de drogas. Estamos também pleiteando proteção às despesas ligadas à reinserção social de usuários e dependentes de drogas conduzidas sob responsabilidade dos órgãos federais, estaduais e municipais e por organizações sem fins lucrativos dependentes de recursos públicos. Em face do exposto, esperamos contar com apoio de nossos Pares à esta iniciativa legal, convictos ainda de que a matéria nela contida será convenientemente aperfeiçoada ao longo de sua tramitação nas Comissões e no Plenário desta Casa. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. Julho de 2011 PROJETO DE LEI Nº 1.750, DE 2011 (Do Sr. José Stédile) Institui o Dia Nacional do Empregado Sindical. O Congresso Nacional decreta: Art. 1° Fica instituído o Dia Nacional do Empregado Sindical, a ser comemorado, anualmente, em todo o território nacional, no dia 09 de maio. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Os trabalhadores em entidades sindicais, sejam elas sindicatos propriamente ditos, federações, confederações ou centrais sindicais, têm, ao longo da história, dado uma importante contribuição para o avanço do mundo do trabalho. Estes trabalhadores estiveram presentes nos momentos mais terríveis da nossa história. Nos períodos da ditadura, quando os sindicatos estiveram sobre intervenção e dezenas de dirigentes foram presos e, até exilados, foram eles, os trabalhadores das entidades que ficaram dentro do sindicato, enfrentando o medo e a truculência da ditadura e, mesmo assim, cumprindo com suas obrigações e buscando atender a categoria, apesar do caso instalado na época. Foram muitos os trabalhadores em entidades sindicais que, assim como os sindicalistas, sentiram o peso da mão dos ditadores. Mesmo assim, mantiveram-se firmes. Hoje, ao pensar naqueles trabalhadores, verificamos o quanto eles foram heroicos e como o trabalho deles foi importante para a conquista da democracia e da liberdade sindical. Apesar desta história de luta, os trabalhadores em entidades sindicais nunca tiveram reconhecido o seu valor e, por ironia, foram impedidos de se organizar pelas suas reivindicações. Somente com a promulgação da Constituição em 1988 foi assegurada a livre organização. Mesmo assim, ainda havia uma forte resistência por parte, não apenas do empresariado, mas também dos dirigentes sindicais em aceitar a organização destes trabalhadores. Há cinco anos, conseguimos aprovar uma Lei que modificou a CLT e assegurou o direito de organização dos sindicatários. É importante ressalvar que, garantir o Dia do Empregado Sindical em âmbito nacional, é motivar uma categoria de extrema relevância para o mundo do trabalho, assim como retribuir o que estes trabalhadores no seu dia a dia fazem em prol de milhares de categorias profissionais. Estes trabalhadores, no seu dia a dia, além de prestar um serviço valioso a milhares de trabalhadores enfrentam, nos seus locais de trabalho, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a pouca valorização profissional, baixos salários, desrespeito aos seus direitos trabalhistas, assédio moral e sexual, discriminação etc. Portanto, devemos lutar não somente para assegurar esta homenagem assim como para garantir que a categoria tenha resguardado os seus direitos. Reconhecer o valor dos empregados em entidades sindicais é compreender a função social que esta categoria desempenha no mundo do trabalho e sua contribuição para o fortalecimento da democracia. Nesse contexto, rogamos o apoio dos Nobres Pares para o apoio e posterior aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado JOSÉ STÉDILE PSB/RS PROJETO DE LEI Nº 1.751, DE 2011 (Do Sr. Arthur Lira) Dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte coletivo, em dias de realização de eleição, plebiscito e referendo, a eleitores residentes nas zonas urbanas. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte coletivo, em dias de eleição, plebiscito e referendo, a eleitores residentes nas zonas urbanas. Art. 2º Nos dias de realização de eleição, plebiscito e referendo, será fornecido de forma gratuita transporte coletivo municipal, metropolitano e intermunicipal a eleitores residentes nas zonas urbanas. Art. 3º A gratuidade a que se refere o art. 2º terá a duração de duas horas antes até duas depois do horário fixado pela Justiça Eleitoral para a realização do pleito. Art. 4º Não haverá alteração dos horários das linhas e do número de veículos dos concessionários e permissionários nos dias de gratuidade a que alude o art. 2º. Art. 5º As empresas concessionárias e permissionárias de serviço público terão direito a compensação fiscal pelo fornecimento do transporte gratuito previsto nesta Lei. Art. 6º O Tribunal Superior Eleitoral expedirá as instruções necessárias para a execução do disposto nesta Lei. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O presente projeto de lei pretende estabelecer o fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição, plebiscito e referendo, a eleitores residentes nas zonas urbanas. Quarta-feira 6 35011 Trata-se de providência salutar, haja vista que são recorrentes os casos de candidatos e demais interessados que financiam o transporte de eleitores em troca de voto, nos dias de votação dos pleitos eleitorais e das consultas populares. Ora bem, se o voto é obrigatório, como prevê o § 1º do art. 14 da Constituição Federal, deve-se dar ao eleitor, mormente os que não dispõem de recursos financeiros, as condições necessárias para que ele exerça plenamente a cidadania. Portanto, a medida ora alvitrada, a par de estar a serviço da democracia, reveste-se de grande alcance social. Em face do exposto, esperamos contar com o apoio de nossos pares no Congresso Nacional para a aprovação do presente projeto de lei. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Arthur Lira. PROJETO DE LEI Nº 1.752, DE 2011 (Da Sra. Andreia Zito) Altera a Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, para acrescentar o artigo 2º-A, dispondo sobre prazos máximos para a realização do exame mamográfico e encaminhamento aos serviços especializados. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, passa a vigorar acrescido do seguinte artigo: “Art. 2º-A – O exame mamográfico, quando solicitado por médico credenciado do Sistema Único de Saúde – SUS, deverá ser realizado no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados da data da solicitação. Parágrafo 1º No caso de ser detectada a existência de lesões suspeitas ou nódulos palpáveis, o diagnóstico e posterior encaminhamento aos serviços especializados para tratamento deverá ocorrer em no máximo 60 (sessenta) dias, contados da data de realização dos exames. Parágrafo 2º É considerado ato de improbidade administrativa do gestor responsável pelo atendimento, o não cumprimento dos prazos estabelecidos no “caput” e no parágrafo 1º deste artigo.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor da nata de sua publicação. Justificação O presente projeto de lei tem por objetivo reparar mais uma situação que, hoje, vem causando uma série de dificuldades operacionais às usuárias do Sistema 35012 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Único de Saúde – SUS, no atendimento por meio dos serviços próprios conveniados ou contratados, relativamente à prevenção, detecção, tratamento e controle dos cânceres do colo uterino e da mama, em relação à assistência integral à saúde da mulher. Recentemente, em 03 de julho de 2011, via reportagem do jornal O Globo, fomos surpreendidos com o seguinte destaque jornalístico: “Câncer que mais mata mulheres se alimenta do fracasso do SUS – Brasil tem mamógrafos de sobra, mas só 12% conseguem fazer exame.” Esta reportagem nos leva a criar esta proposição visando a definição de normas que passem a exigir responsabilidades dos nossos administradores públicos, no tocante ao atendimento dessa clientela. Diz a reportagem que, a estratégia do Ministério da Saúde para prevenir o câncer de mama, tipo de neoplasia que mais mata entre as mulheres, fracassa no Brasil, apesar da estrutura abundante para diagnosticar a doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem hoje quase o dobro do número de mamógrafos necessário para detecção precoce de tumores. Mas só consegue atender 12% das mulheres entre 40 e 70 anos, faixa de idade na qual a mamografia é recomendada. A situação é resultado da concentração dos aparelhos em algumas áreas do país, em detrimento de outras, além da baixa produtividade e da inoperância de boa parte do aparato disponível. Para cumprir o critério de um mamógrafo para cada grupo de 240 mil habitantes, definido em portaria do próprio ministro com base em parâmetro do Instituto Nacional de Câncer seriam necessários 795 equipamentos na saúde pública. Uma auditoria do SUS (Denasus) identificou 1.514 aparelhos na rede. Apesar da constatação, o SUS examinou no ano passado, 3,4 milhões de mulheres. No país, são 28,5 milhões com idades entre 40 e 70 anos. Para elas, A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica a realização do teste anualmente. O governo usa outro parâmetro – testes a cada dois anos, entre 50 e 69 anos – mas mesmo assim, está longe de atingir a população dessa faixa (15,7 milhões). Então, o porquê não funciona? Foi constatado que dos 1.514 mamógrafos do SUS, 15% estão parados, em alguns casos com defeito ou guardados na caixa. Os demais não produzem a quantidade de exames que poderiam. Conforme a auditoria, quase um quinto fica ociosa no período da tarde. A atividade é prejudicada pela falta de manutenção, profissionais para operar as máquinas e insumos básicos, além de problemas na infraestrutura do local de exame. Nada menos que 150 aparelhos funcionavam sem a presença de um radiologista e 89 não tinham técnico em radiologia. O número dos que Julho de 2011 não passavam pela manutenção adequada chegava a 342. Onde estariam os gestores públicos? Pode-se assim afirmar, que essa doença não espera. Quem espera com ela morre. Em Pernambuco, auditoria do Ministério da Saúde divulgada em junho constatou que 17% dos mamógrafos da rede pública de saúde ou de clínicas conveniadas com o SUS estavam quebrados. A Secretaria de Saúde do Estado contesta: diz que não há déficit e que só 3% estão ociosos, por problemas de manutenção. No Estado do Rio, segundo estimativas do INCA, devem surgir este ano 7.410 casos novos de câncer de mama, sendo que mais da metade – 4.010 – na capital. O Instituto recomenda que mulheres com lesões suspeitas ou nódulos palpáveis recebam o diagnóstico em, no máximo, 60 dias, e diz que atrasos no tratamento, entre 3 e 6 meses, comprometem a sobrevida das pacientes. No ano de 2010, quase 20% das brasileiras com anormalidades sugestivas de câncer de mama, atendida em unidades do SUS ou conveniada, aguardaram mais de dois meses entre o dia em que a mamografia foi requisitada pelo médico e a realização do exame. A constatação é baseada no Sistema de Informações sobre o Câncer de Mama (Sismama), criado em junho de 2009, pelo Inca, Ministério da Saúde e DataSUS, e que ainda está sendo aprimorado. No Brasil, nódulos são descobertos mais tardiamente. No Hospital Municipal da Piedade, na Zona Norte, o mamógrafo está quebrado, há oito meses. Chefe do Setor de Ginecologia, Roberto Carvalhosa, médico há 32 anos, lamenta não fazer mais diagnósticos precoces, e lembra que o aparelho realizava entre 30 e 40 exames por dia. Estatística demonstra que os principais problemas dos aparelhos são: 22,7% dos aparelhos estão precisando de manutenção; 18,8% dos aparelhos têm necessidades operacionais, isto é, falta de profissional que opere; 14,7% apresenta problemas de falha na processadora; 5,3% não funcionam por falta de insumos; e, 10,7% por falha na infraestrutura do local. Há de se destacar que a Lei nº 11.664, de 2008, garante que todas as mulheres acima de 40 anos têm o direito à mamografia gratuita, sendo ainda recomendado que na faixa etária entre 50 e 69 anos, a mulher deve fazer o exame a cada dois anos. Cumprir essa recomendação não tem sido fácil para a maioria das mulheres que dependem do SUS. Quando, por dificuldades no atendimento público, a paciente desiste de fazer a investigação da mama, ela fica exposta ao risco de não descobrir o tumor em uma fase inicial. No Brasil, segundo o Inca, os nódulos malignos costumam ser descobertos mais Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tardiamente. Mas quanto mais cedo forem detectados, maiores as chances de curar e menor a necessidade de intervenção. De acordo com auditoria realizada pelo Ministério da Saúde, a quantidade de mamógrafos é maior do que a necessária. A demora pode ter muitas razões: pode demorar por falta de organização do sistema e falta de informação adequada para as pessoas em relação a quem deve fazer a mamografia e em que momento. À vista de tudo aqui exposado, apresento o presente Projeto de lei visando regulamentar, de forma definitiva que, a realização de exame mamográfico em todas as mulheres, a partir dos 40 anos de idade, quando solicitado por médico credenciado do Sistema Único de Saúde – SUS, deverá ser realizado no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados da data da solicitação, bem como no caso de ser detectada a existência de lesões suspeitas ou nódulos palpáveis, o diagnóstico e posterior encaminhamento aos serviços especializados para tratamento deverá ocorrer em no máximo 60 (sessenta) dias, contados da data de realização dos exames e para o qual conto com o apoio dos nobres Pares para que esta iniciativa prospere nesta Câmara dos Deputados, com a celeridade que o caso requer. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputada Andreia Zito. PROJETO DE LEI Nº 1.753, DE 2011 (Do Sr. Ronaldo Benedet) Dá denominação a viaduto que especifica. O Congresso Nacional decreta e a Presidente da República sanciona a seguinte Lei: Art. 1º Passa a denominar-se “Viaduto Lírio Rosso” o viaduto localizado no Km 391, da BR-101, no entroncamento com a Rodovia Luiz Rosso, em Criciúma-SC. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Senhor Presidente Senhores Deputados: Tenho a honra de submeter, à apreciação desta egrégia casa legislativa, o anexo Projeto de Lei que dá denominação de “Viaduto Lírio Rosso” o viaduto localizado no Km 391, da BR-101, no entroncamento com a Rodovia Luiz Rosso, em Criciúma-SC. O Projeto de Lei ora encaminhado foi elaborado com o objetivo de homenagear este grande político catarinense. Um dos fundadores do então MDB em Criciúma, o dentista criciumense teve uma extensa carreira política. Foi Vereador de Criciúma de 1966 à 1970 (sem Quarta-feira 6 35013 remuneração) e de 1976 à 1982 (com remuneração), em 1982 foi candidato à Prefeito do Município de Criciúma, quando o PMDB teve dois candidatos, o próprio Lírio e José Augusto Hülse, que acabou sendo eleito. Foi Presidente do PMDB de Criciúma. Exerceu dois mandatos de deputado estadual de 1987 a 1994, e uma suplência de deputado federal, de 1994 a 1998. Foi também Secretário de Saúde do Município de Criciúma na gestão de Eduardo Pinho Moreira. Atualmente, Lírio Rosso estava pela terceira vez à frente da pasta de Articulação Estadual do Governo de Santa Catarina. O secretário estadual de Articulação, Lírio Rosso (PMDB), faleceu na madrugada do dia 18 de junho do corrente ano, aos 77 anos de idade. Ele lutava contra um câncer de pulmão e não resistiu à cirurgia realizada na noite anterior ao seu falecimento, no Hospital de Caridade, em Florianópolis. Brasília, 5 de julho de 2011. – Ronaldo José Benedet, Deputado Federal PMDB – SC. PROJETO DE LEI Nº 1.754, DE 2011 (Do Sr. Ronaldo Benedet) Altera, inclui e revoga dispositivos na Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; revoga dispositivo da Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997; e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta e a Presidente da República sanciona a seguinte Lei: Art. 1º O art. 7º da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 7º ................................................... ............................................................... XXI – portar arma de fogo para defesa pessoal. ............................................................... § 10. A autorização para o porte de arma de fogo que trata o inciso XXI está condicionada à comprovação dos requisitos previstos no inciso III do art. 4º da Lei 10.826/2003, nas condições estabelecidas no regulamento da referida Lei.” Art. 2º Ficam incluídos no Capítulo V da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, os seguintes artigos: TÍTULO II DA ADVOCACIA PÚBLICA Art. 21-A. Exercem a advocacia pública os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Defensoria Pública e das Procuradorias, Assessorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, e das respectivas entidades de administração 35014 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS indireta e fundacional, estando obrigados à inscrição na OAB, mediante aprovação prévia no Exame de Ordem. Parágrafo único. Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB. Art. 21-B. Os integrantes da advocacia pública, no exercício de suas atividades profissionais, sujeitam-se ao regime deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina, inclusive quanto às infrações e sanções disciplinares. Art. 21-C. O salário mínimo profissional do advogado público será fixado em Resolução expedida pela Ordem dos Advogados do Brasil, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Art. 21-D. Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia, constituem verba autônoma pertencente aos integrantes da advocacia pública, não podendo, assim, ser considerados receita pública pertencente ao ente empregador. Parágrafo único. Os honorários de sucumbência dos advogados públicos devem ser depositados em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico do respectivo ente público, ou por seus representantes. Art. 3º Os integrantes da advocacia pública, que ocupem cargo, emprego ou função pública de natureza efetiva, devidamente aprovados em concurso público, ficam dispensados do Exame de Ordem para a inscrição na OAB, desde que comprovem a nomeação e posse anterior à data de promulgação desta Lei. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Ficam revogados o art. 4º da Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997, e o § 1º do art. 3º da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994. Justificação Submeter, à apreciação desta egrégia casa legislativa, o anexo Projeto de Lei que altera e inclui dispositivos na Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994; revoga dispositivo da Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997; e dá outras providências. O Projeto de Lei ora encaminhado foi elaborado com o objetivo de garantir as prerrogativas do advogado, que vêm sendo usurpadas dia-a-dia, ora por meio de leis ordinárias que revogam tacitamente as disposições do Estatuto da Advocacia, ora por Leis ou Estatutos que estabelecem direitos diferenciados à Promotores e Juízes, ferindo a isonomia prevista no art. 6º do Estatuto da Advocacia. O primeiro ponto abordado pelo presente Projeto de Lei, diz respeito à ampliação do leque de direitos dos Julho de 2011 advogados, permitindo o porte de arma para defesa pessoal, uma vez preenchidos os requisitos previstos no inciso III do art. 4º da Lei 10.826/2003. Ora, o Estatuto da Advocacia (Lei Federal em pleno vigor), é clarividente ao dispor em seu art. 6º, que “não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos”, ou seja: Advogados, Juízes e Promotores devem ser tratados com equidade. No entanto, é de conhecimento de Vossas Excelências que enquanto a Lei Orgânica da Magistratura e a Lei Orgânica do Ministério Público asseguram aos Juízes e Promotores a prerrogativa de portar arma de defesa pessoal, o Estatuto da Advocacia é omisso neste ponto. No entanto, são incontáveis os casos de advogados que já sofreram ameaças à sua pessoa e família no exercício de seu mister, não sendo raros os casos de homicídio vinculados à atividade profissional. Destarte, assim como os Juízes e Promotores, os advogados também exercem atividades que expõem sua vida e integridade física. Por isso, pede-se venia à Vossas Excelências, para que aprovem a presente alteração, garantindo aos Advogados o porte de arma de fogo para defesa pessoal, em atenção ao princípio constitucional da igualdade e em respeito à isonomia prevista no art. 6º da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia). Já o segundo ponto abordado pelo presente Projeto de Lei, inclui o Título II no Capítulo V. Embora o art. 3º, 1º, do Estatuto da OAB (Lei nº 8.906/94) já disponha, de maneira expressa, que os Advogados Públicos exercem atividade de Advocacia e, portanto, estão sujeitos a todas as normas estabelecidas naquele regramento específico, bem como contemplados pelos direitos dele decorrentes, várias prerrogativas estão sendo desrespeitadas. A exemplo disso, as disposições contidas no art. 4º da Lei nº 9.527/1997 – de que o Capítulo V do Estatuto da OAB, que trata do Advogado Empregado, não se aplicam aos advogados públicos – é utilizado como fundamento para o não pagamento dos honorários de sucumbência, que é direito do advogado conforme disposto nos arts. 22 e 23 do Estatuto, fazendo com que a verba seja considerada receita pública. Ora, os advogados públicos sujeitam-se ao duplo regime legal para disciplinar sua atuação, ou seja, à Lei nº 8.906/1994 e ao regime estabelecido na legislação do respectivo ente, de modo que, em sendo regime duplo nenhum dos dois regramentos pode ser preterido ou ignorado. Porém, naquilo que se conside- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ra prerrogativa da profissão, o Estatuto da Advocacia deve sempre prevalecer. Assim, de acordo com os arts. 22 e 23 da Lei nº 8.906/1994, os honorários de sucumbência pertencem integralmente ao advogado, constituindo-se em direito autônomo e que integra o seu patrimônio, e não o do ente público. O recebimento de honorários de sucumbência configura-se em direito e prerrogativa da profissão de advogado, assim também considerados os advogados públicos, merecendo tal direito ser expressamente legitimado pelo Estatuto da OAB. Isso porque, os honorários de sucumbência não estão classificados entre as receitas públicas, sejam elas tributárias ou não tributárias, descritas na Lei nº 4.320/64, que institui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços dos entes públicos, bem como nas demais normas que regulam a matéria, e não há qualquer outro fundamento legal para amparar a tese de que honorários constituam receita pública. Os honorários também não podem ser vistos como fonte de receita dos respectivos entes, já que estes não podem se apropriar de valores que não lhes pertencem, uma vez que a sucumbência se trata de vantagem relativa à natureza do trabalho e da função, fruto de serviços efetivamente realizados e cujo titular do direito é expressamente definido em Lei Federal específica. A verba sucumbencial é solvida integralmente pela parte perdedora no processo, e a Fazenda Pública não é titular da verba (a titularidade está estabelecida nos arts. 22 e 23 do Estatuto da OAB), haja vista que o valor não é desembolsado de seus cofres e nem adveio do Estado, sob qualquer aspecto, tampouco decorre do seu poder de tributar. Privar os advogados públicos do recebimento dos honorários de sucumbência e de uma remuneração digna pelo seu trabalho, além de ser ilegal, é uma afronta ao princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana. No mais, cumpre esclarecer que embora os advogados públicos não possam ser confundidos com advogados empregados, tanto que o presente Projeto de Lei insere o Título II ao Capítulo V, de modo a diferenciar os advogados públicos e os advogados empregados, não podem eles receber remuneração indigna e abaixo dos valores mínimos estabelecidos pelo seu órgão de classe. Atualmente, cada seccional da OAB, nos respectivos Estados, são quem detêm a prerrogativa de fixar Resolução instituindo a Tabela de Honorários. Exemplificando, de acordo com a Resolução nº 003/2008 Quarta-feira 6 35015 (Tabela de Honorários), a remuneração mínima mensal estabelecida pela OAB/SC para um advogado é de R$ 4.775,86, ou seja, bem além da realidade hoje vivenciada pela maioria dos advogados públicos municipais. Destarte, imperioso que a Lei delegue poderes ao órgão de classe para fixar o piso remuneratório da categoria, adequando a remuneração dos advogados públicos à realidade de cada Estado. Assim, o Deputado que vos fala, no uso de suas prerrogativas e com base nos fundamentos acima transcritos, bem como, no intuito de possibilitar aos advogados públicos melhores condições de trabalho, pede venia aos ilustres pares, para aprovar o presente projeto de Lei: garantir aos Advogados o porte de arma de fogo para defesa pessoal, em atenção ao princípio constitucional da igualdade e em respeito à isonomia prevista no art. 6º da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia); regulamentar os direitos dos advogados públicos, especialmente no que trata ao recebimento de honorários sucumbenciais nos termos dos arts. 22 e 23 da Lei nº 8.906/1994, e ao recebimento de salário mínimo profissional, fixado em Resolução expedida pela Ordem dos Advogados do Brasil. Sala das Sessões, 5 de Julho de 2011. – Deputado Ronaldo Benedet. PROJETO DE LEI Nº 1.755, DE 2011 (Do Sr. Ronaldo Benedet) Inclui dispositivos na Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; altera dispositivo da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; altera dispositivo da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta e a Presidente da República sanciona a seguinte Lei: Art. 1º O art. 1º da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 1º ................................................... ............................................................... § 4º Os termos de compromisso de ajustamento de conduta, previstos no § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e no art. 211 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, só terão validade e eficácia de título executivo extrajudicial quando visados por advogados. Art. 2º O § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a vigorar com as seguintes alterações: § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de 35016 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial, devendo ser visados pelos advogados das partes, sob pena de nulidade. Art. 3º O art. 211 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo extrajudicial, devendo ser visados pelos advogados das partes, sob pena de nulidade. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Tenho a honra de submeter, à apreciação desta egrégia casa legislativa, o anexo Projeto de Lei que inclui dispositivo na Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994; altera dispositivo da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; altera dispositivo da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; e dá outras providências. O Projeto de Lei ora encaminhado foi elaborado com o objetivo de incluir os Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), previsto no § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública) e no art. 211 da Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), no rol das atividades privativas do advogado. É de conhecimento de Vossas Excelências que, no atual panorama, instituições como o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, Ordem dos advogados do Brasil – OAB e Ministério Público apontam cada vez mais incentivos para a utilização de vias alternativas que evitem movimentar a máquina judiciária. Dentre os mecanismos disponíveis, o Ministério Público tem feito grande uso do conhecido Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), como medida extrajudicial de resolução de conflitos, tendo por objeto qualquer obrigação de fazer, ou de abstenção atinente ao zelo de quaisquer interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos, o que inclui, basicamente: a) o meio ambiente, b) o consumidor; c) a ordem urbanística; d) o patrimônio cultural; e) a ordem econômica e a economia popular; f) interesses de crianças e adolescentes; g) quaisquer outros interesses transindividuais. O compromisso de ajustamento de conduta foi introduzido no nosso ordenamento jurídico através do art. 211 da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e do art. 113 da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), que acrescentou o § 6º ao art. 5º da Lei nº 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública). Julho de 2011 Ocorre que, uma vez firmado o Termo de Ajustamento de Conduta entre a pessoa física, jurídica ou órgão governamental e o Ministério Público, este instrumento tem força de título executivo extrajudicial, podendo, em caso de descumprimento, ser executado judicialmente sem a análise de mérito pelo Poder Judiciário. Aliás, a jurisprudência já consagrou a validade do termo de ajustamento de conduta firmado pelo Ministério Público como título executivo extrajudicial, bem como a desnecessidade da assinatura de testemunhas (art.585, inciso II, do Código de Processo Civil) para a validade do mesmo. Nos termos do art.12 do Código de Processo Civil, as pessoas jurídicas serão representadas, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, não os designando, pelos seus diretores. No caso de pessoa jurídica de direito público interno, deverá assinar o termo o Chefe de Governo e, em se tratando de pessoa jurídica de direito público externo, esta será representada por seu Embaixador, nos termos da Convenção de Viena de 1961. Nesse ínterim, destaca-se que a Lei, em nenhum momento, exige a presença de advogado para a lavratura do Termo de Ajustamento de Conduta. No entanto, sendo o advogado, figura indispensável à administração da Justiça, acreditamos ser essencial a presença do mesmo durante o ajustamento de conduta, prestando a devida consultoria e assessoria jurídica nos termos do art. 1º, II da Lei nº 8.906/94. Isso porque, sendo o TAC um instrumento de “acordo”, em que as partes assumem obrigações e renunciam direitos, indispensável é a presença do advogado, inclusive para evitar qualquer tipo de coação ou abuso de autoridade por parte dos órgãos legitimados, especialmente o Ministério Público. Na prática, o que se acompanha, é que muitas empresas e órgãos governamentais acabam firmando o TAC em um momento de angústia e por pressão do Ministério Público, mas ao analisarem detidamente o caso sob o enfoque jurídico, acabam mudando de opinião e tentando anular o ajuste em Juízo. Destarte, para se evitar que um instrumento extrajudicial de resolução de conflitos torne-se um mecanismo de iniquidade, é que se pede venia de Vossas Excelências, para a aprovação do presente Projeto de Lei, passando-se a exigir a presença do Advogado na lavratura do Termo de Ajustamento de Conduta, sob pena de nulidade. Brasília, 5 de julho de 2011. – Ronaldo José Benedet, Deputado Federal PMDB – SC. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 1.756, DE 2011 (Da Sra. Professora Marcivania) Dispõe sobre a participação popular no processo de elaboração, definição e acompanhamento das Emendas parlamentares ao orçamento plurianual de investimentos, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. Art. 1º A participação popular no processo de elaboração, definição e acompanhamento das Emendas Parlamentares ao Orçamento Plurianual de Investimentos, das Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual da União, se orientará por esta Lei e pelo Regulamento da Emenda Participativa – EP. Art. 2º O Regulamento da Emenda Participativa estabelece as normas e regras da participação popular, com base nas discussões e experiências das próprias comunidades, observando-se a legislação em vigor, tem entre outros, os seguintes objetivos: I – Definir os critérios para a seleção e computação das prioridades da comunidade ou dos setores beneficiados com a Emenda Participativa em relação aos temas da política federal, estadual e as obras e serviços públicos, no âmbito de cada região ou setor; II – Determinar os critérios para a eleição e participação dos representantes da comunidade em cada região ou setor, respeitando-se a proporcionalidade em relação ao número de participantes das rodadas e a representatividade geopolítica municipal e/ou estadual, conforme for o caso; III – Estabelecer as formas mais adequadas de organização das discussões com a comunidade para que seja possível mobilizar, reunir e ouvir a opinião do maior número de pessoas. Art. 3º O Regulamento será elaborado, após consulta e audiências públicas, pelo órgão do Congresso Nacional, definido nos Art. 24 desta Lei, cabendo a cada Assembléia de Emenda Participativa referendá-lo ou alterá-lo no que julgar necessário, excluídos dessas possíveis alterações, qualquer mudança que imponha dificuldades a ampla participação popular disposta nesta lei. Parágrafo único. O Regulamento disposto no caput deste artigo terá caráter referencial e será amplamente discutido nas reuniões com a comunidade e revisado anualmente. Art. 4º O Poder Legislativo, através de seus parlamentares e/ou bancadas que adotem o procedimento disposto nesta lei, desenvolverá discussões com a comunidade sobre as propostas de emendas ao Orçamento Geral da União – OGU, particularmente a Quarta-feira 6 35017 aplicação dos recursos destinados aos investimentos, devendo cumprir as seguintes etapas: I – Realização de duas rodadas de discussões voltadas para o conjunto da comunidade e realizadas por regiões ou setores da atividade pública e cujo objetivo principal é eleger seus representantes e prioridades; II – Realização de discussões e atividades conjuntas com os representantes da comunidade eleitos para o Conselho de Fiscais e Coordenação da Emenda Participativa. § 1º O calendário de discussões e atividades será fixado, de comum acordo, pelo Parlamentar Propositor e pela Assembléia da Emenda Participativa, levando-se em conta os prazos legais para entrega dos projetos e aprovação das leis orçamentárias. A data da reunião nas regiões deverá ser amplamente divulgada com antecedência mínima de quinze dias. § 2º As emendas coletivas que adotarem o procedimento participativo disposto nesta lei, deverão ter pelo menos um representante por emenda, escolhidos dentre os membros da bancada respectiva, para atuar como coordenador do procedimento da Emenda Participativa. Art. 5º Todas as discussões, pesquisas e consultas do processo de Emenda Participativa, assim como todo o trabalho de convocação e mobilização da população, terão na coordenação organismos populares e deverão ser amplamente documentados. Parágrafo único. Cada Emenda Participativa terá um dossiê de comprovação da ampla participação popular na sua definição, devendo compô-lo todo tipo de documento escrito e audiovisual, tais como atas, folders, convites, registros de presenças, fotografias, áudios, vídeos, etc. Art. 6º As rodadas de discussões serão precedidas de atividades preparatórias, com o objetivo de informar e mobilizar a comunidade e suas entidades representativas, em cada estado, cidade ou setor temático, cabendo ao Parlamentar ou Bancada Propositora da Emenda: I – Realizar uma ampla campanha de propaganda nos principais órgãos de imprensa com a finalidade de informar e convocar a população para as atividades da Emenda Participativa Federal; II – Providenciar a edição de material de propaganda para o uso das entidades representativas e poderes Executivo e/ou Legislativo estaduais e municipais que quiserem participar voluntariamente do trabalho de convocação. Art. 7º A primeira rodada de discussões terá, entre outros, os seguintes objetivos: I – Apresentação da prestação de contas do Parlamentar Propositor referente à sua atividade no 35018 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Congresso Nacional, à execução orçamentária de suas Emendas e/ou de Emendas que tenha subscrito, à fiscalização do andamento e efetivação de suas Emendas, tanto no âmbito do Estado quanto do Município onde a reunião se realiza. II – Apresentação do Plano de Emendas para o ano, tanto para o Estado quanto para aquela Região ou Município; III – Apresentação do Regulamento da Emenda Participativa para o presente ano; IV – Primeira discussão sobre as prioridades da comunidade em relação aos temas da política estadual ou municipal, conforme for o caso, e levantamento de demandas quanto a obras e serviços públicos; § 1º Serão colocados à disposição da comunidade de cada Estado, Município, região ou setor, antes e durante a primeira etapa de discussões, os materiais escritos referentes aos itens I, II e III deste Artigo e também por via digital na página ou site do Parlamentar ou Bancada Propositora. Art. 8º A segunda rodada de discussões terá, entre outros, os seguintes objetivos: I – Apresentação da previsão orçamentária das Emendas Parlamentares individuais e de Bancada para o orçamento do próximo ano; II – Apresentação das prioridades da comunidade em relação aos temas da política federal, estadual, municipal e as obras e serviços públicos, nos âmbitos regional, estadual e municipal, conforme for o caso; III – Eleição dos representantes da comunidade para o Conselho de Fiscais de cada Emenda Participativa. § 1º Caberá ao Parlamentar ou Bancada Propositora, ou a um representante seu, especialmente indicado para esse fim, a apresentação referente ao item I, e aos representantes indicados pela comunidade da região ou setor a apresentação referente ao item II. § 2º Serão colocados à disposição da comunidade em cada região ou setor, antes e durante a segunda etapa de discussões, os dados referentes aos itens I e II, redigidos de forma clara e de modo que as pessoas leigas no assunto possam entender. Art. 9º As discussões e atividades da Emenda Participativa serão coordenadas e dirigidas por três principais formas de organização: I – Coordenação da Emenda Participativa; II – Conselho de Fiscais de Emendas Participativas; III – Assembléias Populares da Emenda Participativa. Art. 10. A Coordenação da Emenda Participativa será composta pelo Parlamentar Propositor ou representante da Bancada, ou um representante por ele Julho de 2011 indicado e por um mínimo de dois representantes da comunidade de cada região ou setor eleito anualmente, na segunda rodada das discussões, na Assembléia Popular da região ou setor a ser beneficiado pela Emenda. Art. 11. O Conselho de Fiscais da Emenda Participativa será composto por um mínimo de 05 (cinco) representantes da comunidade de cada região ou setor eleito anualmente, na segunda rodada das discussões. Parágrafo único. A principal prerrogativa do Conselho de Fiscais da Emenda Participativa é, ao materializar-se o respectivo contrato e/ou convenio entre o órgão financiador, originalmente proposto e a unidade da federação ou ONG a executar a emenda, acompanhar todo o procedimento até a conclusão da obra e /ou investimento; Art. 12. A Assembléia da Emenda Participativa será composta por qualquer cidadão reconhecido por seus pares como membro da comunidade ou setor beneficiado com este instrumento legislativo. Artigo 13. A Assembléia da Emenda Participativa terá, entre outras, as seguintes atribuições: I – Sugerir proposta de revisão do Regulamento da Emenda Participativa; II – Acompanhar passo a passo a elaboração das propostas que o Parlamentar Propositor enviará ao Congresso Nacional, relativas às Emendas às Diretrizes Orçamentárias, ao Plano Plurianual e ao Orçamento Anual, assim como emitir seu parecer final sobre elas; III – Participar da elaboração e deliberar sobre o Plano de Emendas do Parlamentar Propositor; IV – Acompanhar e fiscalizar o processo de execução orçamentária; V – Dirigir em conjunto com o Parlamentar Propositor todas as etapas da Emenda Participativa. Art. 14. A elaboração das propostas e o acompanhamento da execução Emendas Parlamentares, com a participação da comunidade, serão organizados a partir de regiões e setores de atividade pública, que representarão a base territorial e setorial da Emenda Participativa. Art. 15. A base territorial será formada por regiões definidas pela Coordenação da Emenda Participativa, com base em identidades sócio-econômicas, culturais e geográficas, correspondendo cada uma delas às Regiões de Emendas Participativas (REP). Art. 16. A base setorial será formada pelos setores em que fica dividida a atividade pública, correspondendo cada base às Temáticas de Emendas Participativas (TEP), assim especificadas: I – Educação, cultura, esporte e lazer; II – Saúde, higiene e assistência social; III – Transporte e trânsito; IV – Desenvolvimento econômico; Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS V – Urbanismo, habitação, saneamento e meio ambiente. Parágrafo único. Essa divisão territorial ou setorial, para fins da Emenda Participativa, poderá sofrer alterações desde que as mudanças propostas sejam aprovadas pela Assembléia da Emenda Participativa correspondente. Art. 17. As prioridades definidas nas discussões com a comunidade, apuradas por critérios e pesos definidos pelo Regulamento da Emenda Participativa, serão redigidas pelos órgãos técnicos do Poder Legislativo e deverão ser contempladas obrigatoriamente nas propostas do Plano Plurianual de Investimentos, no Orçamento Anual e no Plano de Obras e Investimentos do Governo Federal. § 1º Depois de discutidas e apreciadas nas Assembléias das Emendas Participativas, o Parlamentar Propositor dará uma redação final às propostas e as encaminhará ao Congresso Nacional, na Casa em que fizer parte. § 2º Na hipótese de não haver concordância entre o Parlamentar Propositor e a Assembléia da Emenda Participativa acerca do conteúdo das propostas, esta elaborará um documento fundamentando suas posições que serão amplamente divulgadas e encaminhadas aos Parlamentares do Congresso Nacional. Art. 18. Após envio das propostas ao Congresso Nacional, o Parlamentar Propositor deverá preparar e redigir o Plano Anual de Emendas do seu mandato, com base na proposta de Emendas ao Orçamento Anual e nas discussões com as Assembléias das Emendas Participativas, observando as mudanças nelas introduzidas pelo Legislativo. Parágrafo único. O Plano de Anual de Emendas Participativas conterá de forma clara e precisa a localização, custos, prazos e demais dados de cada emenda, expressos em linguagem popular, de modo que a comunidade possa certificar-se como foram contempladas suas reivindicações e propostas, utilizando-o como instrumento para acompanhamento de sua execução. Art. 19. O Congresso Nacional, através de suas Comissões de Orçamento e Finanças, realizará uma ou mais audiências e consultas públicas para ouvira sociedade e as organizações populares, tendo como objetivo discutir as mensagens enviadas pelo Executivo. Art. 20. As emendas elaboradas de forma desta lei terão prioridade de tramitação no Congresso Nacional, especialmente no que se refere à sua inclusão do Orçamento Geral da União; Art. 21. As emendas elaboradas de forma desta lei terão prioridade de atendimento pelos respectivos órgãos executores; Quarta-feira 6 35019 Art. 22. Na hierarquia de contingenciamento orçamentário e financeiro efetuado pelo Poder Executivo, as emendas elaboradas de forma desta lei, serão as últimas a sofrerem esta restrição, devendo constar a presente disposição na Lei de Diretrizes Orçamentárias. § 1º Em caso de absoluta necessidade de contingenciamento de Emendas Parlamentares e havendo conflito de Emendas elaboradas na forma desta lei e emendas elaboradas sem a observância da participação popular, estas terão prioridade contingenciatória; § 2º As regras estabelecidas neste artigo são aplicadas tanto para emendas individuais, quanto para as coletivas; Art. 23. O Congresso Nacional instituirá um processo próprio de auditoria, por amostragem e/ou aleatoriamente, para fiscalizar a efetiva implementação do procedimento participativo na elaboração de emendas ao Orçamento Geral da União; § 1º Em caso de ser constatada fraude em algum procedimento informado pelo respectivo Parlamentar ou Parlamentares Propositores, este ou estes serão denunciados à Corregedoria da suas respectivas casas, sem prejuízo de outras tipificações cabíveis, por quebra de decoro parlamentar. § 2º Sem prejuízo de outras penalidades cabíveis, o parlamentar ou a bancada que incorrer no delito tipificado neste artigo terá o seu número de emendas e montantes orçamentários respectivos reduzidos em 2/3 por dois anos consecutivos. Art. 24. O Congresso Nacional instituirá um órgão interno, vinculado à Comissão de Legislação Participativa para acompanhar e fiscalizar os procedimentos das emendas participativas. Art. 25. No primeiro ano da Emenda Participativa, enquanto não estiverem constituídas as formas de organização de que trata esta Lei, caberá ao Poder Legislativo elaborar um regulamento provisório, ouvindo os movimentos populares e organizações classistas e assumir as tarefas indispensáveis ao seu funcionamento. Art. 26. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A participação Popular na gestão governamental é mais uma das práticas para o controle social de inclusão, participação e de educação cidadã. Experiências neste formato tem sido a forma mais conhecida e eficaz de participação dos cidadãos na gestão pública. Experimentada desde pelo menos os anos de 1980 a experiência se difundiu, sendo replicada de diferentes formas. Mas uma das esferas em que a participação 35020 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS popular tem encontrado resistências e uma acolhida muito pífia é nos parlamentos. Nos anos de **** o deputado federal Antonio Nogueira do Partido dos Trabalhadores, representante do Amapá, inovou ao levar a cabo a proposição popular da sua cota de emendas parlamentares. Experiência que ele denominou de Emenda Participativa. O que fez a Emenda Participativa uma referência em termos de participação popular foi a sua capacidade de trazer o cidadão para a esfera de decisão política, decisão sobre a cidade, sobre a sua vida ou seja, sobre as políticas públicas que terão impacto em sua vida, em seu cotidiano, fazendo-o partícipe das decisões relativas à alocação de recursos públicos e do adequado acompanhamento dos gastos. Durante muito tempo o Orçamento Público e a própria atividade legislativa é executada sem a participação direta da sociedade; mesmo que a sua atividade e elaborações sejam primordiais para a mesma, pois são no Parlamento que são definidos os programas e ações governamentais que garantem uma distribuição mais igualitária dos recursos públicos com a finalidade de assegurar aos cidadãos os direitos previstos na Constituição Federal. A Emenda Participativa pode ser considerada como um mecanismo de atividade legislativa radicalmente democrática com a permissão da participação popular nas decisões das políticas públicas. A Emenda Participativa, coerente com a ampliação da cidadania e da construção de um novo fazer político, que aponta para a superação da crise de legitimidade da democracia representativa, aparece como uma proposta consistente de reorganização da sociedade e do Estado por meio da participação dos cidadãos. É com a Emenda Participativa que o Parlamento assume seu papel de co-formulador das políticas públicas no intuito de promover o bem-estar social com a participação da sociedade. A Emenda Participativa ancora-se na Constituição Federal de 1988 em primeiro lugar já no parágrafo único do seu artigo 1º ao colocar em pé de igualdade a democracia direta e representativa, indicando-as como complementares e não mutuamente excludentes. A Emenda Participativa também respalda-se na Constituição Federal que contempla a cooperação das associações representativas da sociedade e das comunidades no planejamento e execução das políticas públicas. Neste sentido, a participação da sociedade no processo legislativo em geral, e na constituição do orçamento público em particular; deve surgir com a finalidade de ser um avanço significativo no processo de consolidação dos mecanismos democráticos, oportunizando a formatação de um processo político de construção da cidadania, viabilizando a democra- Julho de 2011 tização das decisões sobre os investimentos públicos, contribuindo assim para a formação da consciência de que qualquer pessoa pode atuar como agente do processo social e político. Portanto, o procedimento da Emenda Participativa deve ter como finalidade a conjugação e a sinergia de esforços, tanto do Poder Legislativo como da própria sociedade possibilitando criar, viabilizar e consolidar ações norteadoras de mudanças sociais progressistas, através da priorização e alocação adequada, eficaz e socialmente justa dos recursos públicos. Em 5-7-2011. – Deputada Professora Marcivania PROJETO DE LEI Nº 1.757, DE 2011 (Do Sr. Gean Loureiro) Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, para obrigar a apresentação do custo em reais dos juros cobrados no pagamento do valor mínimo do cartão de crédito. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 52 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º: “Art. 52. ................................................. ............................................................... § 4º As faturas relativas a cartões de crédito deverão apresentar logo abaixo do campo onde conste o valor para pagamento mínimo, em letras cujo tamanho seja, no mínimo, idêntico ao dos numerais representativos do referido valor, o montante em reais do custo dos juros e eventuais encargos e impostos que incidirão no caso de pagamento daquele valor mínimo, precedido da seguinte frase: ‘Se optar pelo pagamento mínimo você vai gastar mais R$’ ” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias da sua publicação oficial. Justificação Em que pese todo o esforço empreendido no sentido de limitar os gastos com cartões de crédito, os consumidores ainda se encontram reféns desse instrumento que poderia apenas facilitar a sua vida em vez de causar danos de grande monta. O nosso Código traz como direito básico o da “informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”, estampado no inciso III do artigo 6º da Lei nº 8.078, Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de 11 de setembro 1990. Contudo, sabemos que a indicação do percentual de juros não é suficiente para nos dar a dimensão imediata dos custos que incorreremos nas transações financeiras, principalmente no caso do cartão de crédito. Se pensarmos em uma fatura de R$ 476,45, e uma taxa de juros de 8,46%, não podemos supor que o consumidor, principalmente o de baixa renda, tenha a dimensão do montante em reais que irá dispender simplesmente olhando para estes números. Notadamente, falamos isso com base no resultado que nossos alunos da rede pública (da rede privada também não é tão diferente, mas ainda assim, um pouco melhor que esta última) vêm obtendo nas avaliações de matemática, amplamente divulgadas pela imprensa. A própria adoção do Custo Efetivo Total neste caso não se aplica, uma vez que o parâmetro é muito eficiente para a comparação de opções diferentes de financiamento, mas não para prover a real dimensão do gasto, como no exemplo que acabamos de dar. Por outro lado, se logo abaixo da informação sobre o valor do pagamento mínimo constar “Se optar pelo pagamento mínimo você vai gastar mais R$ 40,31”, o consumidor sofrerá um impacto efetivo. O seu cérebro processará a informação com facilidade e ele estará apto a decidir se vale a pena ou não financiar o saldo do seu cartão com a utilização desta modalidade de crédito (o rotativo), ou se procurar outras fontes, se disponíveis. Diante do exposto, solicito o apoio dos nobres Pares para a aprovação urgente desta matéria, em função da importância que o sistema de cartões de crédito vem representando como opção de financiamento do consumo no País. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Gean Loureiro PROJETO DE LEI Nº 1.758, DE 2011 (Do Sr. Gean Loureiro) Disciplina a comunicação entre fornecedor e consumidor realizada por meio da rede mundial de computadores. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei disciplina a comunicação entre fornecedor e consumidor realizada por meio da rede mundial de computadores. Art. 2º O fornecedor que possui sítio eletrônico na rede mundial de computadores é obrigado a apresentar endereço de correio eletrônico em todos os documentos vinculados ao fornecimento e em todos os meios utilizados para divulgar produto ou serviço, com a finalidade exclusiva de comunicar-se com o consumidor. Quarta-feira 6 35021 Art. 3º O consumidor tem direito a inscrever endereço de correio eletrônico no sítio mencionado no artigo anterior, com a finalidade de comunicar-se com o fornecedor. Art. 4º As declarações constantes dos documentos em forma eletrônica produzidos na comunicação entre fornecedor e consumidor, mediante a utilização dos endereços eletrônicos mencionados nos arts. 1º e 2º desta lei, presumem-se verdadeiras em relação aos seus signatários. Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação São notórias as dificuldades enfrentadas pelo consumidor que recorre aos Serviços de Atendimento ao Consumidor, seja para reclamar de produto ou serviço, ou solicitar atendimento de garantia, ou adquirir peça de reposição, ou para pedir esclarecimento sobre uma fatura ou sobre algum aspecto do contrato de prestação de serviço ou sobre a utilização correta do produto. Em muitos casos, o consumidor é frustrado pela falta de eficiência desses serviços que, muito embora recebam a reclamação do fornecedor, dificilmente lhe dão solução, sendo comum a adoção de uma posição defensiva do fornecedor, no sentido de eximir-se de suas responsabilidades no período pós-venda. Em nosso entendimento, esse procedimento irresponsável de muitos fornecedores é incentivado porque muito pouco da comunicação entre fornecedor e consumidor fica registrada para poder ser utilizada como prova em uma ação judicial. Em geral, os documentos entregues ao consumidor resumem-se a um orçamento ou uma nota fiscal, que não refletem todos os detalhes do contrato de venda que foi, de fato, celebrado. Do mesmo modo, no atendimento pós-venda, a ausência de registro da comunicação costuma atuar em prejuízo do consumidor, pois ao levar sua reclamação para a apreciação de um órgão de defesa do consumidor ou judiciário não poderá comprovar todas as suas alegações, ainda que justas. Tendo em vista que os fornecedores de maior atuação no mercado são os que, naturalmente, geram maior número de conflitos de consumo, e que possuem sítios na rede mundial de computadores, nossa intenção com a presente iniciativa é permitir que a comunicação escrita entre fornecedor e consumidor, realizada por meio de correio eletrônico, possa ser considerada como prova na eventual apreciação da relação de consumo pelos órgãos competentes. Acreditamos que, dessa forma, os direitos do consumidor estarão mais bem protegidos e os fornecedores se verão incentivados 35022 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a adotar procedimentos mais responsáveis e consequentes no atendimento das demandas do consumidor. Atualmente, a Medida Provisória nº 2.200-1, de 27 de julho de 2001, garante a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica que utilizem certificado digital. Entretanto, seria irreal pretender que todos os consumidores brasileiros possuam um certificado digital, porque eles custam muito caro. Com a presente iniciativa, pretendemos igualar o documento eletrônico que utiliza certificado digital ao documento eletrônico gerado pela comunicação entre um endereço eletrônico especialmente dedicado a atendimento ao consumidor e um endereço eletrônico cadastrado pelo consumidor para o mesmo fim. Na nossa maneira de ver, trata-se de um processo extremamente seguro, pois apenas o fornecedor e apenas o consumidor podem gerar declarações a partir de seus respectivos endereços eletrônicos, cujo acesso é sempre protegido por senha. Pelas razões acima enunciadas, solicitamos o indispensável apoio dos ilustres Pares para a aprovação da presente proposição. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Gean Loureiro. PROJETO DE LEI Nº 1.759, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Dispõe sobre a obrigatoriedade de acondicionamento dos corpos para os sepultamentos realizados nos cemitérios no território nacional, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Artigo 1º Todos os sepultamentos realizados em cemitérios em todo território nacional, sejam eles particulares, públicos, paroquiais ou outros, tem a obrigatoriedade de utilizar soluções que deverão contemplar medidas seguras que garantam a acomodação e o isolamento do cadáver na urna mortuária, de forma que a sepultura, o solo e o lençol freático não venham a ser contaminados pelo necrochorume que é o subproduto resultante da decomposição do organismo de forma natural direta ou indireta. § 1º Dentre as soluções está a que envolve os corpos que serão sepultados em manta protetora, o uso de bioenzimas e urnas constituídas de material biodegradável, de modo que não impeça a troca gasosa do corpo sepultado com o meio que o envolve, exceto nos casos específicos previstos na legislação. § 2º As soluções utilizadas deverão, também, facilitar o processo de exumação, de forma a tornar mais ágil sua remoção e evitando contato físico. Julho de 2011 § 3º Obrigatoriamente, as soluções utilizadas deverão conter atestado de eficiência expedido por órgão técnico nacional competente para tal. Artigo 2º Se houverem valores a serem acrescidos nos serviços funerários, em decorrência da utilização da solução utilizada, deverão ser ajustados entre a prestadora de serviços, empresas permissionárias, e os usuários, se houverem. Artigo 3º A prestadora de serviços funerários deverá manter registros, em livros ou documentos semelhantes, comprovando, através de numeração própria, que foram aplicadas as soluções de medidas de prevenção contra contaminação. Artigo 4° – O descumprimento ao disposto nesta Lei acarretará aos infratores, sem prejuízo e outras, as sanções previstas na Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998 e demais normas reguladoras. Parágrafo único: A fiscalização da aplicação da presente lei ficará a cargo dos órgãos oficiais ambientais estaduais e municipais das unidades federadas. Artigo 5º Fica instituída a multa de um salário mínimo nacional, a partir da data do sepultamento que for realizado em desacordo com esta Lei: I – às prestadoras de serviços funerários; II – aos cemitérios, sejam eles particulares, públicos, paroquiais ou outros. § 1º O pagamento da multa referida no caput deste artigo não desobriga o ressarcimento aos gastos do Estado para reparação dos danos ambientais e eventuais consequências, bem como responsabilização civil e criminal pelo dano causado. Artigo 6º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei, no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação. Artigo. 7º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Justificação A todo instante nos deparamos com situações inusitadas e impactantes que motivam transformações de toda ordem, quer sejam econômicas, sociais, ambientais e políticas que requerem mais que inteligência na busca por novas soluções, elas exigem criatividade, coragem e rapidez. A preocupação com o meio ambiente e seus recursos naturais vem gerando uma série de novas soluções criativas. Nunca se destruiu tanto como nos últimos séculos, época sedenta por recursos, quando se empregou o carvão, o petróleo, causando aumento de emissão de gases, poluição dos rios, desmatamentos, enfim. Inúmeros danos causados a natureza que está devolvendo o mesmo tratamento recebido através de catás- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS trofes ambientais cada vez mais frequentes, capazes de ceifar inúmeras vidas. Estudiosos afirmam categoricamente que se não fizermos algo para recuperar e preservar o meio ambiente nesta geração é bem provável que não tenhamos outra chance. Para que isso não ocorra são necessárias medidas rápidas de modo a reverter o quadro atual. Seguindo a tendência da preocupação e da busca por novas tecnologias para a preservação do meio ambiente, há um assunto que merece ser discutido e para ele devemos buscar soluções imediatas: o setor funerário que compreende o sepultamento de corpos e os cemitérios. O assunto morte não é agradável porque se sabe que dela ninguém escapa, ela vem certa em hora incerta é implacável, inflexível, severa, fatal, inelutável e inevitável. Como Oscar Wilde escreveu tão elegantemente: “(...) Morte é o fim da vida, e toda a gente teme isso, só a Morte é temida pela Vida, e as duas reflectem-se em cada uma (...)” Com a morte o que resta é a transferência do corpo para o seu repouso final: o cemitério, palavra do latim tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [kimitírion], a partir do verbo κοιμάω [kimáo] “pôr a jazer” ou “fazer deitar” que foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura dos mortos. Os cemitérios então são áreas destinadas ao sepultamento de corpos, onde se respeitam as práticas e valores religiosos e culturais. O cemitério, assim como a morte, também é um assunto desagradável tal o relacionamento intrínseco com ela e por isso não flui naturalmente. Muitas atividades que envolvem ações humanas geram impactos ambientais, ou seja, a alteração de estado normal do ambiente. Assim temos o impacto visual, o sonoro, o causado à poluição do ar, da água, que são efeitos negativos que comprometem e afetam o meio ambiente, a saúde e a qualidade de vida. O segmento funerário também gera impactos que vem se destacando cada vez mais pela sua periculosidade. Destaca-se aquele gerado pelo liquido da coliquação dos corpos. Diversos artigos, matéria de revistas, estudos acadêmicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado afirmam que três quartas partes do nosso corpo são constituídas por água, combinada com substâncias orgânicas e inorgânicas. Após a morte, a chamada fase coliquativa ou humorosa, se inicia logo após a fase gasosa, com du- Quarta-feira 6 35023 ração de seis a oito meses ou mais dependendo das condições geológicas. Os corpos em decomposição liberam então um liquido característico, de 30 a 40 litros, de maneira intermitente. Este liquido, mais viscoso que a água, de cor acinzentada acastanhada, com cheiro acre e fétido, é constituído por 60%e água, 30% de sais minerais e 10% de substancias orgânicas degradáveis, dentre as quais duas diaminas muito tóxicas: a putrescina (1,4 Butanodiamina) e a cadaverina (1,5 Pentanodiamina) é que se denomina necrochorume. Pelo descaso de muitos cemitérios no cuidado de suas instalações, surgiram estudiosos que se voltaram para a compreensão dos fatos e apontaram os possíveis riscos que o necrochorume pode acarretar. Renomados pesquisadores se dedicaram a pesquisas sobre a poluição ambiental do necrochorume e a contaminação da água subterrânea e do solo. Dentre estes pesquisadores, professores doutores destacam-se pelos seus trabalhos como o Professor Dr. Leziro Marques Silva, professor, geólogo da Universidade São Judas Tadeu e mestre em Engenharia Sanitária pela Arizona State University, e o Professor Dr. Alberto Pacheco do Instituto de Geociências da USP – Universidade de São Paulo. Não se discute mais a existência ou não do problema referente ao necrochorume, pois ele existe. Podemos constatar esta assertiva através dos trabalhos que seguem em anexo a este. Foi em razão disso que o CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente, editou Resoluções como a de nº 335, de 03 de abril de 2003, nº 338, de 28 de março de 2006 e nº 402, de 18 de novembro de 2008. Com a promulgação da Resolução nº 335, os cemitérios são vistos como fontes de contaminação do ambiente e sua implantação está sujeita ao atendimento dos critérios legais, fazendo-se necessária a implantação de equipamentos de proteção ambiental para salvaguardar o solo e as águas subterrâneas. Efetivamente, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, no uso das atribuições conferidas pela Lei federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e pelas Resoluções de números 001/86 e 237/97 definiu: Resolução nº 335 quais empreendimentos devem se submeter ao licenciamento ambiental, e outorga ao órgão ambiental competente a incumbência de estabelecer critérios técnicos, observadas as especificidades e os riscos ambientais, entre outros requisitos para o fim de concessão de licenciamento ambiental, ou seja, cuidou de disciplinar o aspecto essencial relativo ao processo de licenciamento ambiental de cemitérios. Ainda, no artigo 8º diz a Resolução, que poderão os corpos ser envoltos por mantas ou urnas constituí- 35024 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS das de materiais biodegradáveis ficando vedado o uso de material impermeável que impeça a troca gasosa do corpo sepultado com o meio que o envolve, exceto nos casos específicos previstos na legislação. A Resolução nº 368 alterou os artigos 3º e 5º da Resolução nº 335. A Resolução nº 402 alterou os artigos 11 e 12 da Resolução nº 335 que passou a vigorar com a seguinte redação: “Art. 11. Os órgãos estaduais e municipais de meio ambiente deverão estabelecer até dezembro de 2010 critérios para a adequação dos cemitérios existentes em abril de 2003.” Vale ressaltar que as determinações contidas nas Resoluções já tiveram o prazo para atendimento e realização vencidos. Qual o resultado prático alcançado desde o início dos trabalhos que resultaram nas mencionadas Resoluções? A recomendação para o emprego de material que absorve o necrochorume foi utilizada? O necrochorume foi controlado, depois deste tempo? Viu-se que o Conselho atribuiu aos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente a responsabilidade de estabelecer até dezembro de 2010 critérios para a adequação dos cemitérios existentes em abril de 2003. Isto aconteceu? O necrochorume foi controlado? Há duas situações resultantes destas Resoluções. Os novos cemitérios terão que atender às exigências para seu licenciamento. Os existentes até abril de 2003 deverão se adequar e é ai onde reside o problema. Os cemitérios existentes são diferentes uns dos outros e as Resoluções falam em adequações destes cemitérios de numa forma genérica. Os cemitérios existentes em abril de 2003, em sua grande maioria, são antigos, muito antigos, como alguns da cidade de São Paulo que são até centenários, e eles não estariam ilegais, só não estão conforme o uso. As reformas para a adequação sempre serão demoradas em razão de tudo que envolve. E o necrochorume não está contido. A aplicação de material, como aqueles sugeridos pela Resolução nº 335, de 03 de abril de 2003, que absorve o necrochorume é a única forma eficaz e IMEDIATA para conter a sua contaminação. Não houve uma determinação somente uma recomendação. Julho de 2011 Há que se tornar nacionalmente obrigatório o uso dessas soluções que de forma eficaz e imediata fará conter a contaminação do necrochorume. A única forma para isso aconteça é uma lei federal que determine o uso dessas soluções. Cumpre destacar que esta proposta não esbarra na questão de competência, pois a tese de que o assunto é de competência do município não prevalece, uma vez que o serviço funerário não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. No inciso V do artigo 30 da Constituição, que fala sobre o que compete ao município, lê-se: “V – organizar e prestar diretamente ou sob regime de concessão ou permissão os serviços públicos de interesse local, incluindo o transporte coletivo, que tem caráter essencial.” Não há, portanto, com certeza na vigência da Constituição de 1988, qualquer ressalva às atividades funerárias, que são atividades livres à iniciativa privada. Não se encontram listadas em nenhuma parte da Constituição como serviço público ou função pública e não há motivo para que sejam atividades de acesso restrito aos particulares. Ainda, muito menos quere fundamentar-se na Resolução nº 402, do CONAMA, que alterou os artigos 11 e 12 da Resolução nº 335, determinando, somente, que os órgãos estaduais e municipais de meio ambiente deverão estabelecer critérios para a adequação dos cemitérios existentes em abril de 2003 e nada mais. O que na verdade existe é outro problema: a “inércia”, que possibilita a geração de uma série de malefícios descortinados aos nossos olhos. Observamos muito claramente que a lentidão ocasionou um aumento do rigor para licenciar cemitérios, sem uma solução prática e imediata que estancasse o problema fazendo com que o necrochorume fosse contido. Segundo o pesquisador Alberto Pacheco, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, que considera os cemitérios um risco potencial para o ambiente, no Brasil, quase sempre, a implantação dos cemitérios tem sido feita em terrenos com condições geológicas, hidrogeológicas e geotécnicas inadequadas. Um cenário que “poderá propiciar a ocorrência de impactos ambientais, ou seja, alterações físicas, químicas e biológicas do meio onde está implantado o cemitério”. De acordo com esse pesquisador, ainda, além da contaminação do ar, pela presença de odores, há o risco de contaminação das águas subterrâneas de menor profundidade, lençol freático, e, excepcionalmente, das águas superficiais. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Soluções eficientes vêm sendo bastante utilizadas em outros países e que são aplicadas quando do sepultamento com o objetivo de absorver o necrochorume. Dentre os produtos estão as mantas protetoras, que não impedem a troca gasosa do corpo sepultado com o meio que o envolve; produtos de origem natural, também chamado de bioenzimas e urnas constituídas de material biodegradável. Ademais, vale ressaltar que no Brasil essas alternativas, principalmente as mantas, embora de forma tímida, já vem sendo adotadas por algumas Prefeituras. Diante do resultado de análises técnicas destas soluções práticas que já se encontram no mercado, é que nos leva a propor o presente projeto de lei, certos de que o tempo permitirá que todas as demais soluções apontadas pelo CONAMA e pelos diversos órgãos governamentais estaduais e municipais serão fatalmente concretizadas, embora seja a custa de muito investimento e de um tempo incalculável para sua realização. Esta nossa proposta premia a aplicação de soluções práticas, rápidas e comprovadamente úteis e eficientes, conforme sempre deverá ser atestado por uma das várias instituições técnicas sérias e competentes, espalhadas pelo Brasil. Esta é a nosso ver, a única forma de fazer com que cesse de imediato novas contaminações com dano ao meio ambiente. Por estas razões, contamos com a colaboração de nossos nobres colegas para aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV/SP. PROJETO DE LEI Nº 1.760, DE 2011 (Do Sr. Arolde de Oliveira) Altera a Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, para estabelecer a obrigatoriedade de exibição de mensagens educativas de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na mídia eletrônica O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, para estabelecer a obrigatoriedade de exibição de mensagens educativas de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na mídia eletrônica. Art. 2º Acrescente-se o art. 38-A na Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, com a seguinte redação: “Art. 38-A As emissoras de radiodifusão de sons e imagens e as emissoras autorizadas por TV por assinatura são obrigadas a transmitir, antes e após a exibição de progra- Quarta-feira 6 35025 mação com conteúdo sexual, mensagens de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. § 1º Os anúncios serão exibidos nos intervalos dos programas, no início e no final de cada intervalo, com duração mínima de 15 segundos e conterão: I –a lei que proíbe a exploração sexual de menores e adolescentes; II – o número de telefone para denúncias; III – a inserção de advertência, falada e escrita, sobre a penalidade para o crime de exploração sexual de menores e adolescentes; IV – a inserção de frases de conteúdo educativo. § 2º Em atendimento ao caput deste artigo, considera-se programação com conteúdo sexual aquela que sugira, induza, demonstre ou faça associação a práticas sexuais, em qualquer circunstância, seja pela apresentação de idéias, diálogos ou imagens relativas à sexualidade; § 3º Os órgãos públicos ligados à Comunicação Social do Poder Público Federal ficarão responsáveis pela elaboração, produção e distribuição das mensagens a que refere o caput deste artigo, quando as emissoras não o fizerem, na forma da regulamentação; § 4º A obrigação prevista no caput deste artigo é válida também para o conteúdo transmitido via Internet.” Art. 3º Esta Lei entra em vigor 3 (três) meses após sua publicação. Justificação A exploração de crianças e adolescentes foi investigada pela Comissão Parlamentar Mista (CPMI) do Congresso Nacional entre 2003 e 2004. O relatório da CPMI começa com referência expressa ao artigo 227 da Constituição Federal. Lembra o relatório que a CF “assegura com absoluta prioridade os direitos fundamentais da criança e do adolescente, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Esses direitos fundamentais consistem no direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.” O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 1990) ratificou esses princípios e também incorporou a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente, consubstanciados na Doutrina Jurídica da Proteção Integral à Infância. 35026 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS No entanto, as denúncias investigadas pela CPMI deixam claro a gravidade do problema. Foram mais de seiscentas denúncias e trezentos documentos autuados, entre processos, inquéritos, matérias jornalísticas e relatórios provenientes de diferentes órgãos e entidades. É um retrato do que acontece em todo o País. De acordo com as conclusões da CPMI, o Estado não está presente com conselho tutelares e órgãos de polícia com fim específicos em todos os municípios do País, e a legislação simplesmente não é cumprida. O presente Projeto de Lei oferece ao Poder Público um instrumento adicional de combate a todas as formas de exploração sexual de crianças e adolescentes, em especial, a pedofilia. O projeto estabelece a obrigatoriedade de que os meios de comunicações de massa televisivos sejam obrigados a inserir advertência contra esse tipo de crime em sua programação. A ideia é trabalhar, ao mesmo tempo, a prevenção e a conscientização. A proposta prevê que os anúncios conterão um telefone de denúncia e a legislação em vigor, com sua respectiva penalidade. Também deverão ser inseridas nas mensagens com conteúdo de caráter educativo. A proposta vincula a exibição das mensagens à programação que contenha qualquer alusão a práticas ou questões sexuais, de modo que a advertência não será veiculada de maneira aleatória na programação, o que não faria muito sentido para o telespectador, podendo até mesmo gerar o efeito contrário de “apologia” a esse tipo de atividade. Ademais, a inserção de mensagens vinculadas ao conteúdo exibido torna a exigência mais objetiva, assim, evita que a medida tenha impacto negativo nas receitas das emissoras de televisão, que são financiadas pela publicidade. Além de se basear no Direito à Informação, previsto na CF, o presente Projeto de Lei também ancora-se no fato de que as emissoras da radiodifusão de sons e imagens abertas são concessões públicas e devem observar os dispositivos constantes no art. 221 da Constituição Federal: “a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”. Também estendemos a medida às TVs por assinatura, independente de a transmissão ser via cabo ou satélite, pelo princípio da equanimidade. Adicionalmente, as emissoras de rádio e de TV são excelentes locais para a propagação de mensa- Julho de 2011 gens educativas, já que reúnem grande audiência de todas as idades e classes sociais. No que diz respeito à criação, produção e distribuição dos spots, o projeto de lei é flexível, uma vez que as próprias emissoras ou distribuidoras de conteúdo poderão produzi-los como parte de sua estratégica de marketing social, o que fará com que nem todos os anúncios tenham que ser produzidos pelos órgãos públicos competentes. As penalidades a serem aplicadas em caso de descumprimento da Lei são as previstas na Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962. Pela relevância social da proposta que ora apresentamos, solicitamos dos Senhores Parlamentares o apoio para a APROVAÇÃO do presente Projeto de Lei. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Arolde de Oliveira. PROJETO DE LEI Nº 1.761, DE 2011 (Do Sr. Flaviano Melo) Altera os arts. 9º, 10 e 11 da Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1997, para tornar vinculante o resultado das consultas populares. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Os arts. 9, 10 e 11 da Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1997, passam a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 9º ................................................... Parágrafo único. O referendo pode ser convocado no prazo de trinta dias, a contar da promulgação de lei ou adoção de medida administrativa, ou na data do primeiro turno das eleições, quando a lei ou ato objeto da consulta popular for editado em ano eleitoral. Art. 10. ................................................... § 1º O resultado das consultas plebiscitárias será sempre vinculante. § 2º O tema submetido à consulta popular, se rejeitado nas urnas, não poderá ser objeto de nova consulta, seja na forma de referendo ou de plebiscito, pelo prazo de cinco anos. Art. 11. Proclamado o resultado do referendo pela Justiça Eleitoral, compete ao Congresso Nacional, mediante decreto legislativo, declarar que o texto normativo, objeto da consulta popular, foi confirmado ou rejeitado pelo povo. Parágrafo único. Os efeitos revocatórios do referendo têm início na data da publicação do decreto legislativo.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Justificação A presente proposição visa a alterar os arts. 9, 10 e 11 da Lei nº 9.709, de 1998, a fim de tornar efetiva a vontade popular expressa por meio de referendos e plebiscitos. A lei que se intenta alterar, embora tenha tramitado por quase dez anos após a promulgação da Constituição Federal, não logrou em atingir plenamente seu principal objetivo, qual seja, o de regulamentar os novos institutos de democracia participativa criados pelo Texto Magno. Lamentavelmente, a lei foi editada com muitas lacunas, que acabaram por dificultar a realização das consultas e prejudicar a eficácia de seu resultado. Exemplo recente ocorreu em meu Estado, quando a população acreana foi chamada a se pronunciar sobre a mudança de fuso horário imposta pela Lei nº 11.662, de 2008. O referendo foi realizado em outubro de 2010, juntamente com o segundo turno das eleições, e cujo resultado foi no sentido de rejeitar a mudança e pelo retorno do horário anterior, qual seja, do fuso horário Greenwich “menos cinco horas”, como previsto no Decreto 2.784, de 18 de junho de 1913. Contudo, embora já se tenha passado quase oito meses da homologação do resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral, tudo continua como dantes, o povo acreano continua submetido ao novo fuso e sem nenhuma previsão de quando sua vontade será respeitada. Assim, o projeto de lei que ora apresentamos introduz pequenas mudanças, mas de suma importância para a valorização do texto constitucional e concretização da soberana vontade popular. Contamos, portanto, com o apoio dos nobres Pares para a rápida aprovação deste projeto de lei. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Flaviano Melo. PROJETO DE LEI Nº 1.762, DE 2011 (Do Sr. Reguffe) Acrescenta o § 2º ao art. 31 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para obrigar os fornecedores de veículos automotores a informar, nos manuais dos veículos a serem comercializados no Brasil, os valores acerca do consumo médio de combustível de cada veículo. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 31 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º e inciso I: “Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e Quarta-feira 6 35027 em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. § 1º ........................................................ § 2º Os fornecedores de veículos automotores deverão informar nos manuais dos veículos a serem comercializados no Brasil, dados acerca dos valores de consumo médio de combustível de cada modelo.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. Justificação O presente Projeto de Lei impõe que as empresas fornecedoras de veículos automotores no Brasil deverão informar ao consumidor dados acerca dos valores de consumo médio de combustível de cada modelo automotor aqui comercializado, fazendo tal informação constar em seus manuais. Diante disso, o presente projeto, além de permitir ao consumidor que obtenha veículos mais econômicos, ao se fornecer valores oficiais acerca do seu consumo de combustível, este ainda tem o escopo de corroborar com o desenvolvimento e promoção de produtos ambientalmente corretos, pois utilizará cada vez menos combustível e por conseguinte, reduzindo a emissão de gases poluentes ao meio ambiente. Ou seja, ao se informar ao consumidor que o veículo a ser adquirido por ele trará benefícios econômicos acerca do consumo de combustível, este terá maior procura e aquisição, incentivando as demais fornecedoras de veículos concorrentes a desenvolverem tecnologias para proporcionar essa redução no consumo de combustíveis. Isso fará com que o item “consumo de combustível” seja realmente oficial, propiciando aos consumidores mais um motivo para a aquisição de um veículo mais econômico, incentivando sua oferta e proporcionando, pois, o incremento de produtos ambientalmente corretos. Diante do exposto, conto com o apoio dos Nobres Parlamentares na aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Reguffe, PDT – DF. LEGISLAÇÃO RELATIVA AO TEMA LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. 35028 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ‘‘(...) Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009) (...)’’ PROJETO DE LEI Nº 1.763, DE 2011 (Do Sr. Reguffe) Acrescenta o § 2º e o inciso I ao § 2º, ambos do art. 13 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, para assegurar aos beneficiários de planos de saúde coletivos, a permanência do direito ao atendimento à saúde, nos casos de inadimplência das operadoras com as empresas de planos de saúde, bem como possibilitar a migração desses beneficiários de planos coletivos para planos individuais de saúde, nas mesmas condições de cobertura. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 13 da Lei nº 9.656, de 03 de junho de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 13 Os contratos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei tem renovação automática a partir do vencimento do prazo inicial de vigência, não cabendo a cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da renovação. § 1º Os produtos de que trata o caput, contratados individualmente, terão vigência mínima de um ano, sendo vedadas: I – .......................................................... II – ..................................................... ; e III – ........................................................ § 2º Além das disposições previstas nos incisos I e III do § 1º do presente artigo, é assegurado aos beneficiários de plano de saúde coletivo, contratados por operadoras de Plano de Assistência à Saúde, o direito ao atendi- Julho de 2011 mento nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava do contrato coletivo, pelo período de cento e oitenta dias após o início do inadimplemento das operadoras aos planos de assistência à saúde. I – Nos casos de inadimplemento das operadoras de planos coletivos aos planos de assistência à saúde por períodos superiores a cento e oitenta dias, será facultada ao beneficiário desse plano, a migração para um plano individual de assistência à saúde, garantidas as mesmas condições de cobertura daquele que pertencia.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. Justificação O presente Projeto de Lei propõe alterações à Lei nº 9.656, de 03 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, para impor condições protetivas aos consumidores beneficiários de planos de saúde coletivos, uma vez que assegura a esses beneficiários o direito ao integral atendimento à saúde nos casos de inadimplência das operadoras de plano de saúde com os planos de assistência á saúde, bem como oferece a opção de migração de um plano de saúde coletivo para um plano individual, sem causar prejuízo ao plano de saúde contratado anteriormente. Com isso, aqueles beneficiários que se associam a entidades de autogestão, cooperativas, sociedades civis, comerciais ou profissionais para contratarem um plano de saúde, preservam sua proteção na relação de consumo, mesmo que tais associações e entidades permaneçam inadimplentes com os planos de assistência à saúde, por um período de cento e oitenta dias. Caso esse prazo seja extrapolado, pode o consumidor optar por migrar para um plano de saúde idêntico, porém individual. Ora, se os beneficiários pagam e contribuem em dia com as faturas mensais de seus planos de saúde, não são eles que, adoentados e necessitados de cuidados médicos, devem arcar com problemas financeiros entre as operadoras de planos coletivos de saúde e as empresas prestadoras de serviços de planos de saúde. Desse modo, o presente Projeto de Lei tende a equilibrar a relação consumerista, protegendo a parte mais frágil dessa relação, que é o consumidor, sem onerar de forma injusta ou ilegal as demais partes dessa relação. Como nessas situações, a parte prejudicada sempre é o consumidor, ou seja, o beneficiário de planos Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de saúde coletivos, proponho a inclusão das proposições ora apresentadas, ajustando nossa Lei que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, a fim de minimizar os transtornos causados aos consumidores. Nesse compasso, visando corrigir imperfeições na atual legislação que trata dos Planos de Saúde e, sobretudo, objetivando ampliar os direitos dos consumidores desse segmento, é que nos levam a apresentar a presente proposta legislativa, na qual pugnamos aos nobres pares pela sua aprovação. Diante do exposto, conto com o apoio dos Nobres Parlamentares na aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – deputado Reguffe, PDT – DF. LEGISLAÇÃO RELATIVA AO TEMA LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998 Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. ‘‘(...) Art. 13. Os contratos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei têm renovação automática a partir do vencimento do prazo inicial de vigência, não cabendo a cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da renovação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput, contratados individualmente, terão vigência mínima de um ano, sendo vedadas: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) I – a recontagem de carências; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) II – a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, salvo por fraude ou não-pagamento da mensalidade por período superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos últimos doze meses de vigência do contrato, desde que o consumidor seja comprovadamente notificado até o qüinquagésimo dia de inadimplência; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) III – a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, em qualquer hipótese, durante a ocorrência de internação do titular. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) (...)’’ Quarta-feira 6 35029 PROJETO DE LEI Nº 1.764, DE 2011 (Do Sr. Zé Silva) Determina a reserva de vagas, nos processos seletivos de acesso aos cursos superiores de graduação em Ciências Agrárias, das instituições federais de educação superior, para os estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas situadas no meio rural. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º As instituições federais de educação superior reservarão vagas, nos processos seletivos de acesso aos cursos superiores de graduação voltados para a área das Ciências Agrárias, para os estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas situadas no meio rural. § 1º As Escolas Famílias Agrícolas inserem-se entre as escolas referidas no “caput”. § 2º A reserva de vagas a que se refere o “caput” será equivalente, em cada curso, à proporção de concluintes do ensino médio no meio rural em relação ao total de concluintes do ensino médio no Estado ou no Distrito Federal, onde estiver sediada a instituição federal de educação superior. Art. 2º Esta lei entra em vigor no exercício subsequente ao de sua publicação. Justificação A educação no campo, embora venha sendo objeto de políticas públicas específicas, ainda carece de alguns estímulos importantes, especialmente no que diz respeito à continuidade dos estudos dos filhos das famílias que residem no meio rural. O desenvolvimento da agricultura familiar, o fortalecimento da economia rural, a fixação da população no campo dependem de efetivas oportunidades de acesso à educação superior, que promovam o indispensável retorno para a comunidade. A apropriação do conhecimento científico e tecnológico, por meio de sólida formação profissional, é fundamental para o desenvolvimento que integre a valorização do homem e o incremento da produção. Para isso, é preciso estimular e assegurar o acesso dos estudantes do campo à educação superior de qualidade, especialmente aquela oferecida pelas instituições federais de educação superior, nas áreas profissionalmente mais relevantes para a melhoria da produção no meio rural e a promoção do bem-estar das comunidades aí instaladas. Este é o objetivo do presente projeto de lei, que propõe a criação de reserva de vagas para os estudantes egressos das escolas de ensino médio no campo, 35030 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 em cursos dos estabelecimentos federais de ensino superior, voltados para as Ciências Agrárias. Estou convencido de que o mérito da iniciativa haverá de ser reconhecido pelos ilustres Pares, emprestando-lhe o necessário apoio para sua aprovação. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Zé Silva. PROJETO DE LEI Nº 1.766, DE 2011 (Do Sr. Otavio Leite) PROJETO DE LEI Nº 1.765, DE 2011 (Da Sra. Eliane Rolim) O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei modifica a Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências Art. 2º O art. 68 da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte § 8º: Torna obrigatória a veiculação de mensagens, desenhos ou logomarcas educativas contra a prática do bullying nas capas e contracapas dos cadernos escolares e dos livros didáticos adquiridos pela rede pública de ensino de todo o país. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica a união obrigada a veicular mensagens, desenhos ou logomarcas educativas contra a prática do bullying, nas capas e contracapas dos cadernos escolares e dos livros didáticos adquiridos pela rede pública de ensino de todo o país. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Combater o bullying é uma questão de justiça. Devido ao fato de ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais atenção, o assédio escolar ainda não possui um termo específico consensual, sendo o termo em inglês bullying constantemente utilizado pela mídia de língua portuguesa. As traduções mais usadas no Brasil são: ameaça, assédio, intimidação, judiação e implicação, além de diversos outros termos utilizados pelos próprios estudantes em diversas regiões. Os recursos orçamentários utilizados na compra de cadernos escolares e livros didáticos deverão ser também utilizados para promover ações contra o preconceito e a discriminação de milhares de crianças e jovens em diferentes faixas etárias. Veicular mensagens, desenhos ou logomarcas contra a prática do bullying, nas capas e contracapas dos cadernos escolares e dos livros didáticos adquiridos pela rede pública de ensino de todo o país é uma das formas de se reduzir os altos índices de violência no ambiente escolar. Ante o exposto, solicito o apoio dos caros colegas para aprovação deste projeto de lei. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputada Eliane Rolim, PT – RJ. Altera a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, suspendendo a renovação da concessão pública do serviço de radiodifusão para aquelas rádios inadimplentes com o pagamento de direitos autorais. “Art. 68 .................................................. ............................................................... § 8º Será suspensa a renovação da concessão pública do serviço de radiodifusão da emissora inadimplente com o pagamento de direitos autorais.’’ Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Justificação A presente proposta tem o objetivo de assegurar o devido pagamento do direito autoral pelas emissoras de radiodifusão. De acordo com informações da ABMI – Associação Brasileira da Música Independente, hoje, existe no Brasil cerca de 3.000 rádios que não cumprem com suas obrigações com relação aos direitos autorais de milhares de autores, intérpretes, músicos e produtores fonográficos brasileiros. Neste cenário, toda a cadeia produtiva da música gravada é prejudicada, sem contar com o altíssimo crescimento da pirataria, seja na forma dos “CD’s Piratas” ou ainda via internet com a disponibilização das músicas por vários sítios sem qualquer tipo de controle. Somente as rádios inadimplentes (comerciais e educativas) devem por mês ao órgão de arrecadação, cerca de R$ 2.500.000,00 (dois milhões e meio de reais). Por ano, o valor total chega próximo dos R$ 30 milhões. Isso significa que autores e profissionais do setor musical brasileiro deixam de receber por ano cerca de R$ 22.800.000,00 em direitos de execução pública (valor arrecadado menos percentual de administração do órgão competente e sociedades autorais). O direito autoral de músicos, compositores, intérpretes constitui-se para milhares deles uma fonte essencial de subsistência, com efeito, sonegar a esses brasileiros que constroem também a cultura nacional é algo inaceitável. Portanto, o rigor com que tratamos o assunto – em face de inadimplências notórias – tem Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS o principal objetivo de defender esse patrimônio brasileiro que são os músicos, compositores, intérpretes e demais agentes envolvidos na cadeia produtiva da música. Por tal razão, oferecemos este projeto que propõe a não renovação da concessão pública de radiodifusão das emissoras inadimplentes com o pagamento de direitos autorais, visando à proteção da atividade intelectual voltada para a música, bem como toda sua cadeia de produção, agente e empresas envolvidas. Assim, solicito o apoio dos nobres colegas para aprovarmos a presente proposição, pois estamos oferecendo uma importante contribuição para o respeito ao direito autoral em nosso País. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Otavio Leite, PSDB – RJ. PROJETO DE LEI Nº 1.767, DE 2011 (Do Sr. Eli Correa Filho) Dispõe sobre a pesagem de produto pré-medido. O Congresso Nacional Decreta: Art. 1º Os estabelecimentos que comercializam produtos pré-medidos ficam obrigados a manter a disposição dos consumidores balança digital para conferência dos pesos apresentados nas embalagens. Art. 2º balança deverá ser instalada em local visível, de fácil acesso e indicado por placas, em todos os setores e em quantidade que permita o bom atendimento ao consumidor. Art. 3º O descumprimento ao disposto nesta lei configura infração às normas de defesa do consumidor e sujeita o infrator às sanções previstas no artigo 56 da Lei nº 8.078, de 1990. Art. 4º Esta lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após sua publicação. Justificação Produto pré-medido é aquele cuja quantidade é determinada sem que o consumidor acompanhe o processo de medição. Geralmente é condicionado em algum tipo de embalagem, a qual traz no rótulo, obrigatoriamente, a quantidade de produto nela contida. A grande maioria dos produtos consumidos pela população, tais como o arroz, feijão, leite em pó, sabão em pó e muitos outros, são produtos pré-medidos e de fácil conferência em razão da espécie da embalagem. Uma das peculiaridades do produto pré-medido é, justamente, o fato de o consumidor não ter certeza se a quantidade indicada na embalagem corresponde ao que ela contém. Ao comprar um pacote de feijão de um quilograma, sempre é possível colocá-lo em uma balança do Quarta-feira 6 35031 supermercado e verificar se este pesa mesmo 1 kg, como indicado na embalagem. Isso porque a própria embalagem plástica do feijão é relativamente leve e permite uma avaliação desse tipo. Quando a embalagem é muito pesada, ou então o produto é comercializado por volume ou por comprimento não dá para o consumidor verificar se a ervilha em lata pesa, de fato, os duzentos gramas indicados na embalagem. Não adianta colocar a lata sobre uma balança, pois a indicação de quantidade se refere sempre ao peso líquido e, nesse caso, tanto a lata como a salmoura precisariam ser descontados. O consumidor não vai abrir a lata no local, drenar o seu conteúdo e pesar só as ervilhas, não é? Da mesma forma, não há meios do consumidor conferir se o papel higiênico tem de fato os trinta metros indicados na embalagem, ou se a embalagem de detergente contém realmente quinhentos mililitros! Nessas situações, havendo dúvida deve-se apresentar denúncia/representação aos institutos de pesos e medidas e órgãos de defesa do consumidor. O objetivo do projeto de lei é dar certeza ao consumidor é impedir que as empresas comercializem produtos em qualquer quantidade. A matéria tratada na presente propositura assim é disciplinada no Código de Defesa do Consumidor: “Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II – ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor” “Art. 6º São direitos básicos do consumidor: III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços”; “Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 35032 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. III – o abatimento proporcional do preço” Quanto a competência legislativa (iniciativa legislativa – início do processo legislativo) assim dispõe a Constituição Federal: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: V – produção e consumo; Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Eli Corrêa Filho, DEM – SP. PROJETO DE LEI Nº 1.768, DE 2011 (Do Sr. Eli Correa Filho) Acrescenta parágrafo único ao art. 331, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, aumentando a pena do crime de desacato quando praticado contra policiais civis e militares e guardas civis. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei acrescenta parágrafo único ao artigo 331, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, aumentando a pena do crime de desacato quando praticado contra policiais civis e militares e guardas civis. Art. 2º O art. 331, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar com a seguinte alteração: “Art. 331. ............................................... ............................................................... Parágrafo único. Se o crime for praticado contra policiais civis e militares e guardas civis: Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa” (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O poder de coerção do delito de desacato diminuiu excessivamente depois que foi classificado como crime de menor potencial ofensivo, pelo art. 61, da Lei nº 9.099/1995 e parágrafo único, do art. 2º, da Lei nº 10.259/2001. De fato, o crime de desacato apenado com detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, é considerado crime de menor potencial ofensivo, sob a Julho de 2011 competência do Juizado Especial Criminal, cujo procedimento, em regra, não contempla a prisão em flagrante, por força do que dispõe o art. 69, da Lei nº 9.099/1995. Lei nº 9.099/1995 Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) (grifei) Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. (grifei) Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao Juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. (grifei) Lei nº 10.259/2001 Art. 2º Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo. Parágrafo único. Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, ou multa. (grifei) A classificação do delito de desacato como crime de menor potencial ofensivo acarretou sérias dificuldades ao exercício das relevantes atribuições dos policiais civis e militares e guardas civis. Efetivamente, em razão da mencionada classificação, os profissionais da área da segurança pública ficaram privados de um importante instrumento de controle, o auto de prisão em flagrante, normalmente, utilizado para conter pessoas exaltadas e descontroladas, que, muitas vezes, ofendem e menosprezam esses servidores no exercício de seu mister. A escalada alarmante da violência e criminalidade e a falta de controle da ordem pública demonstram a necessidade de alteração legislativa, no sentido de aumentar a pena do delito de desacato, notadamente, quando for praticado contra policiais, deixando de ser considerado crime de menor potencial ofensivo e recuperando seu efeito intimidativo. Diante do exposto, conto com a aprovação do presente projeto, que pretende restabelecer a coercitividade do crime de desacato, para o fortalecimento das instituições de defesa da sociedade. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Eli Corrêa Filho, (DEM – SP). Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 1.769, DE 2011 (Do Sr. Diego Andrade) Denomina “Rodovia Presidente Itamar Franco” a Rodovia BR 267, no Estado de Minas Gerais. O Congresso Nacional declara: Art. 1º Esta Lei destina-se a denominar trecho da rodovia BR-267 como “Rodovia Presidente Itamar Franco”. Art. 2º O trecho da rodovia BR-267 em todo o trecho do Estado de Minas Gerais, passa a ser denominado “Rodovia Presidente Itamar Franco”. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Esta proposta visa prestar justa e merecida homenagem ao saudoso ex-Presidente Itamar Franco, um dos mais honrados e competentes políticos das últimas décadas. Itamar franco, incontestavelmente, é um dos filhos mais ilustres da nossa Minas Gerais. Homem singular, personagem de absoluto realce na história política brasileira. Itamar Franco foi indiscutivelmente um dos maiores políticos de nosso país. Sua morte deixou sobretudo o nosso Estado de Minas Gerais desfalcado de uma de suas principais lideranças, e há hoje o consenso sobre o preponderante papel que exerceu pela democracia em nosso País. Por isso a aprovação da presente proposição fará uma merecida homenagem que Itamar Franco merece de todo o País, e principalmente de nosso Estado de Minas Gerais, pelo qual sempre lutou. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado DIEGO ANDRADE PR/MG PROJETO DE LEI Nº 1.770, DE 2011 (Do Sr. Vicentinho) Dispõe sobre a obrigatoriedade de as montadoras de veículos utilizarem, na fabricação de seus produtos, 70% de peças produzidas no Brasil. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei tem por objetivo estabelecer o percentual mínimo de 70% (setenta por cento) de nacionalização das peças utilizadas na fabricação de veículos automotores no País. Art. 2º As montadoras de veículos instaladas no Brasil ficam obrigadas a utilizar um mínimo de 70% Quarta-feira 6 35033 (setenta por cento) de peças produzidas no País na confecção de veículos automotores. Parágrafo único. As montadoras terão prazo de 2 (dois) anos para se adaptarem às disposições descritas no caput deste artigo. Art. 3º O Poder Executivo regulamentará a forma de fiscalização do cumprimento da norma e as penalidades decorrentes das infrações às suas disposições. Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A globalização econômica tem estimulado a adoção de estratégias transnacionais por parte das grandes montadoras de veículos, no que tange à concepção, fabricação e distribuição de veículos automotores. Neste sentido, há um movimento de integração da produção a nível global, o que leva a que, em muitos casos, um veículo montado em um determinado país tenha peças de distintas origens nacionais. É público e notório que, no Brasil, este processo tem sido responsável pela perda de muitos postos de trabalho tanto na indústria automobilística em si, como também, de maneira intensa, na indústria de autopeças que sempre deu suporte às montadoras aqui instaladas. Por esta razão, entendemos ser crucial que o Poder Público intervenha no sentido de estabelecer um percentual mínimo de origem nacional para as peças utilizadas pelas montadoras aqui instaladas, como forma de valorização da nossa indústria, estimulando a transferência tecnológica, gerando mercado para inovações, para a agregação de valor na cadeia produtiva e, em última análise, para a geração de emprego e renda. Nossa iniciativa estabelece um percentual de 70% de nacionalização de peças, tendo como base o número de componentes e delega ao Poder Executivo a regulamentação dos procedimentos de fiscalização, controle e implementação das medidas, bem como o estabelecimento de penalidades. Contamos com a colaboração dos ilustres colegas para a aprovação da proposição. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Vicentinho. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 321, DE 2011 (Do Sr. Audifax) Dispõe sobre a remuneração dos membros do Congresso Nacional, para extinguir os 14º e 15º salários e dá outras providências. O Congresso Nacional Decreta: Art. 1° A remuneração mensal dos membros do Congresso Nacional não será constituída de qualquer 35034 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pagamento de ajuda de custo equivalente ao valor do subsídio ou de quaisquer outros valores pagos a título de indenização em razão do início ou do final da sessão legislativa ordinária ou extraordinária. Art. 2º Fica revogado o parágrafo 1º do art. 1º do Decreto Legislativo n° 444, de 2002. Art. 3° As Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados regularão, em ato conjunto, a aplicação deste Decreto Legislativo. Art. 4° Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos financeiros a partir de 1° de fevereiro de 2012. Justificação É absolutamente injustificável a manutenção de subsídios quaisquer, na qualidade de bônus ou gratificação, em virtude do início ou do fim das sessões legislativas ordinárias ou extraordinárias. O Decreto Legislativo nº 07, de 1995, prorrogado pelo Decreto nº 7, de 1999 e, posteriormente, pelo Decreto nº 444, de 2002, é por demasiado generoso com a classe política de parlamentares, uma vez que institui até bônus proporcional ao comparecimento de deputados e senadores às sessões deliberativas realizadas até 30 de novembro. Tal situação não encontra razoabilidade alguma e constitui flagrante absurdo, já que a remuneração (recentemente reajustada em 61,83%) a que os parlamentares fazem jus se justifica justamente no trabalho desempenhado no Congresso, que inclui a presença às sessões deliberativas. É abusiva a remuneração proporcional à presença (obrigatória como em qualquer outra profissão, ressalvadas as hipóteses previstas de abono, licença e demais ausências), uma vez que a presença é que, por si, justifica a própria remuneração do parlamentar. Além disso, as normas atualmente vigentes premiam com a “ajuda de custo”, equivalente à robusta remuneração, no início e no final das sessões legislativas (os conhecidos 14º e 15º salários). Esta benesse foi concedida em virtude da necessidade de “compensação de despesas com transporte e outras imprescindíveis para o comparecimento à sessão legislativa ordinária ou à sessão legislativa extraordinária” (§ 1º, art. 3, do Decreto Legislativo nº 07, de 1995, prorrogado e vigente). Como vastamente conhecido, os parlamentares já usufruem da cota mensal de atividade parlamentar, que varia de acordo com a região do parlamentar e objetiva justamente o pagamento de despesas com viagens, hospedagens e outras relacionadas ao exercício da atividade parlamentar. Dessa forma, não cabe a “ajuda de custo” acima citada, uma vez que o que a justifica já é atendido com outra espécie de provimento. Julho de 2011 Ou seja, a exposta situação vigente se configura no pagamento duplo de uma única espécie de despesa. Nesse sentido, sob os parâmetros de isonomia de tratamento – tão clamados em prol da aprovação da equidade entre as remunerações dos Três Poderes da República, quando da aprovação do reajuste de 61,83% -, não mais cabe aos Parlamentares do Congresso Nacional o recebimentos de adicionais, ajudas de custo, compensações ou bônus. Tal situação pode ser adjetivada como exacerbado privilégio, que não encontra correspondente entre quaisquer outras classes trabalhadoras neste País. Além das razões supracitadas, é relevante ressaltar que esta iniciativa tem em seu bojo a intenção de moralizar os gastos públicos e, acima disto, tratar com isonomia e equidade a remuneração dos representantes do Poder Legislativo frente às despesas inerentes à plena e regular atividade parlamentar. Não se pretende deixar estes dispêndios às custas dos parlamentares, mas tão somente não pagá-los duplamente, com duas diferentes fontes de premiação ou custeio. E, também, evitar a remuneração por motivos intrínsecos ao exercício desta profissão. Diante do exposto, apresentamos a proposta de Decreto Legislativo como resultado da necessidade de se refletir sobre esta importante matéria, ao passo que rogamos aos nossos Pares a sua aprovação. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Audifax. PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 71, DE 2011 (Do Sr. Manoel Junior) Altera a Resolução nº 17, de 1989, da Câmara dos Deputados, que aprova o Regimento Interno, para acrescentar inciso ao art. 24, estabelecendo celebração de parcerias, convênios, protocolos de intenções etc., pelas Comissões com entidades privadas que importem ou não ônus para a Câmara dos Deputados. A Câmara dos Deputados resolve: Art. 1º O artigo 24 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XV: “Art. 24. ................................................. ............................................................... XV – celebrar parcerias, protocolos de intenções contratos ou convênios de cooperação técnica, com ou sem ônus para a Câmara dos Deputados, para a realização de conferências, palestras, seminários ou encontros afins, desde que precedidos de autorização expressa e Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS específica da Mesa e obedecidos os requisitos legais atinentes à matéria.” (NR) Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Justificação As atividades das Comissões da Câmara dos Deputados não estão adstritas tão somente ao processo de discussão e de votação de matérias legislativas. O conjunto de assuntos que envolve a competência desses órgãos requer a realização de outras atividades que têm por objetivo não só a instrução de matérias, mas também a discussão de temas relevantes para a sociedade. Nesse sentido, o Regimento Interno da Câmara dos Deputados previu a possibilidade de as Comissões estudarem qualquer assunto, desde que no âmbito de seu campo temático, e, para tanto, podem promover exposições, palestras, seminários e outros eventos que representem trocas de experiências e de informações sobre os temas relevantes em cada Comissão. A realização desses eventos por vezes conta com a participação de entidades e o envolvimento destas, seja firmando parcerias, convênios ou outras modalidades de contratos, acarreta responsabilidades de cunho financeiro, contábil e operacional, o que contraria os ditames legais atinentes às contratações públicas, especialmente pelo fato de as Comissões serem desprovidas de personalidade jurídica. A Mesa, na qualidade de Comissão Diretora, tem a competência para dirigir os trabalhos legislativos e administrativos da Casa, autorizando a assinatura de convênios e de contratos de prestação de serviços (Art. 15, XXIII). Já o Presidente da Câmara dos Deputados, autoriza por si ou mediante delegação, a realização de conferências, exposições, palestras ou seminários no edifício da Câmara, ressalvada a competência das Comissões (Art. 16, VI, l). Desse modo, esta proposta pretende que as Comissões possam autorizar ou não a celebração de parcerias, convênios ou contratos, cabendo ao ordenador de despesas da Câmara dos Deputados assiná-los, juntamente com o Presidente da Comissão em que ocorra a parceria com a entidade extragovernamental e a Mesa da Câmara dos Deputados. Pretende também que as entidades extragovernamentais tenham a possibilidade de vincular suas marcas aos eventos realizados em parceria com a Câmara dos Deputados, de modo que possam ter reconhecida a sua colaboração para a realização dos referidos eventos e também para a promoção dos debates pertinentes às matérias das Comissões e que são tão importantes para o progresso da sociedade brasileira. Quarta-feira 6 35035 Contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação deste Projeto de Resolução, como forma de efetivar mais agilidade e transparência à promoção de eventos nas Comissões da Casa e incentivo às entidades interessadas em contribuir para os eventos das Comissões. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Manoel Junior, PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 815, DE 2011 (Do Sr. Arthur Lira) Sugere a inclusão, nas diretrizes curriculares do ensino médio, de noções básicas de Direito Constitucional. Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação: Vimos, através da presente indicação, expor e solicitar o seguinte: Temos plena convicção que a escola, além de lidar com o conhecimento historicamente produzido pela sociedade, deve ser também o locus privilegiado para a formação da cidadania de nossos adolescentes e jovens, sobretudo na etapa final da educação básica. O ensino médio constitui o nível de ensino adequado para que os jovens tomem conhecimento da organização administrativa do estado brasileiro, bem como de seus direitos, deveres e garantias fundamentais, essenciais a sua futura inserção na sociedade e, principalmente, no mundo do trabalho. Neste sentido, o papel da escola não se limita a mera transmissão do conhecimento, mas deve também fornecer a seus alunos o conhecimento de valores e princípios éticos, indispensáveis à construção do Estado Democrático de Direito. Segundo as diretrizes emanadas do Conselho Nacional de Educação (CNE) para o ensino médio, o currículo desse nível da educação básica deve incluir, entre outros, os “princípios axiológicos de fortalecimento dos laços de solidariedade e de tolerância recíproca, formação de valores, aprimoramento da pessoa humana, formação ética e exercício da cidadania (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Parecer CEB 15/98 e Resolução CEB nº 3, de 26 de junho de 1998). Para a formação ética e o pleno exercício da cidadania, consideramos de fundamental importância que o currículo escolar do ensino médio contemple, além das tradicionais disciplinas, o conhecimento de noções básicas de Direito Constitucional. Não estamos defendendo a criação de mais uma disciplina ao já saturado currículo escolar. As noções básicas de Direito Constitucional podem ser perfeitamente trabalhadas, de forma interdisciplinar ou transversal, nas discipli- 35036 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 nas curriculares já existentes, a exemplo da Língua Portuguesa e da História e, mais recentemente, com o retorno da Filosofia e da Sociologia a essa etapa da educação básica. Sabemos que o Ministério da Educação, em articulação com o Conselho Nacional de Educação (CNE), está ultimando a elaboração de novas diretrizes curriculares para o ensino médio, de forma a torná-lo mais flexível e adaptado às especificidades regionais e locais, em um país marcado por forte diversidade cultural. Mesmo com o delineamento do novo currículo para o ensino médio, não se pode perder de vista a necessidade de que nossos jovens tenham direito de aprender noções básicas de Direito Constitucional. O ensino de noções básicas de Direito Constitucional no ensino médio se torna oportuno e urgente, tendo em vista que muitos dos alunos que cursam esse segmento já possuem dezesseis anos de idade e estão habilitados, pela legislação em vigor, para exercer o direito democrático de votar e escolher nossos representantes. Por outro lado, muitos concursos de nível médio para ingresso no serviço público federal, estadual ou municipal, já incluem em seus exames noções básicas de Direito Constitucional. Respaldado nesses pressupostos teóricos e atos normativos, sugerimos que o MEC analise a viabilidade técnica e educacional de se inserir noções básicas de Direito Constitucional no currículo escolar do ensino médio em todo o País. Se no ensino fundamental, a temática da Cidadania já se encontra adequadamente contemplada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), como tema transversal, permeando, de forma interdisciplinar, todas as disciplinas curriculares, é oportuno, pois, que se continue a formação para a cidadania de nossos jovens educandos, mediante o estudo de noções básicas de Direito Constitucional. Sala das Sessões, 7 de julho de 2011. – Deputado Arthur Lira. sos setores da economia brasileira, realizar pesquisa e desenvolver novos processos, produtos e serviços em colaboração com o setor produtivo A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica oferece cursos técnicos, superiores de tecnologia, licenciaturas, mestrado e doutorado. As escolas que compõem a rede federal são referência nesta modalidade de ensino, prova que seus alunos sempre estão entre as primeiras colocações em avaliações nacionais. O município de Irecê foi criado em 2 de agosto de 1926, pela lei 1896, mas a independência política de Irecê aconteceu de fato a partir do ano de 1933, através do decreto 8452, de 31 de maio de 1933, assinado no Palácio do Governo, por Juracy M.M. Magalhães, restaurando o então extinto município. De 1933 para cá, não houve mais nenhum retrocesso. Esta é a data que se comemora o aniversário de independência política do município. Agradecemos a presidente Dilma e ao Presidente Lula pela construção de uma unidade do Instituto federal em Ireçe, no entanto ainda precisamos avançar em uma serie de coisas. Necessitamos de uma maior dotação orçamentária para aquisição de veículos; diárias, passagens, cargos de direção e funções gratificadas, de forma a dotar o Instituto de ferramental adequado a cumprir com todas as metas propostas. Diante do exposto, peço ao Ministro que analise a recepção desse pleito tão importante para Ireçê, para a Bahia e para o Brasil. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Amauri Teixeira, (PT/BA) INDICAÇÃO Nº 816, DE 2011 (Do Sr. Amauri Teixeira) Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação de uma Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é de alta relevância, para a cidade de Teixeira – PB, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores e contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional. A cidade de Teixeira – PB esta localizada no sertão da Paraíba, a 330km da capital João Pessoa – PB. A instalação da Escola Técnica visa fortalecer a educação profissional e tecnológica dessa cidade, Indicação ao Ministro de Estado da Educação, sugerindo o aumento na dotação orçamentária para o Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica de Ireçê-Ba, para melhor reestruturação e funcionamento. Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação, Cobrindo todo o território nacional, a rede federal presta um serviço à Nação ao dar continuidade à sua missão de qualificar profissionais para os diver- INDICAÇÃO Nº 817, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Teixeira – PB. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, que é uma realidade no Sertão Paraibano, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação da Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no município de Teixeira – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 818, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Sousa – PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação de uma Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é de alta relevância, para a cidade de Sousa – PB, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores e contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional. A cidade de Sousa – PB esta localizada no sertão da Paraíba, a 430km da capital João Pessoa – PB. A instalação da Escola Técnica visa fortalecer a educação profissional e tecnológica dessa cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, que é uma realidade no Sertão Paraibano, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação da Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no município de Sousa – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 819, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Santa Luzia– PB. Quarta-feira 6 35037 Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação de uma Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é de alta relevância, para a cidade de Santa Luzia – PB, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores e contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional. A cidade de Santa Luzia – PB esta localizada no sertão paraibano, a 260KM da capital João Pessoa – PB. A instalação da Escola Técnica visa fortalecer a educação profissional e tecnológica dessa cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, que é uma realidade no Sertão Paraibano, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação da Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no município de Santa Luzia – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 820, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Piancó – PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação de uma Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é de alta relevância, para a cidade de Piancó – PB, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores e contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional. A cidade de Piancó – PB esta localizada no sertão da Paraíba, a 391km da capital João Pessoa – PB. A instalação da Escola Técnica visa fortalecer a educação profissional e tecnológica dessa cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, que é uma realidade no Sertão Paraibano, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. 35038 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Diante do exposto, solicito a instalação da Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no município de Piancó – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 821, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Paulista – PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação de uma Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é de alta relevância, para a cidade de Paulista – PB, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores e contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional. A cidade de Paulista – PB esta localizada no sertão da Paraíba, a 410km da capital João Pessoa – PB. A instalação da Escola Técnica visa fortalecer a educação profissional e tecnológica dessa cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, que é uma realidade no Sertão Paraibano, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação da Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no município de Paulista – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 822, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Catolé do Rocha – PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação de uma Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é de alta relevância, para a cidade de Catolé do Rocha – PB, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas Julho de 2011 de formação inicial e continuada de trabalhadores e contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional. A cidade de Catolé do Rocha – PB esta localizada no sertão da Paraíba, a 433km da capital João Pessoa – PB. A instalação da Escola Técnica visa fortalecer a educação profissional e tecnológica dessa cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, que é uma realidade no Sertão Paraibano, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação da Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no município de Catolé do Rocha – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 823, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado uma Escola Técnica do PRONATEC, no município de Alagoa Grande – PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação de uma Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), é de alta relevância, para a cidade de Alagoa Grande – PB, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores e contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional. A cidade de Alagoa Grande – PB esta localizada no brejo paraibano, a 110 km da capital João Pessoa – PB. A instalação da Escola Técnica visa fortalecer a educação profissional e tecnológica dessa cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, que é uma realidade no Brejo Paraibano, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação da Escola Técnica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no município de Alagoa Grande – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS INDICAÇÃO Nº 824, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de São Bento– PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, na cidade de São Bento – PB é de alta relevância, para interiorizar o ensino técnico e profissional alinhada à inclusão social. A cidade de São Bento – PB esta localizada no sertão paraibano, a 430Km da capital João Pessoa – PB, limita-se com os municípios de Brejo do Cruz, Catolé do Rocha, Riacho dos Cavalos, Paulista e o Estado do Rio Grande do Norte, de acordo com o IBGE população estimada em 30 mil habitantes, possui uma economia pujante, baseada nas médias e grandes industrias têxteis, além da agricultura e pecuária. A instalação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, visa fortalecer a educação profissional e tecnológica alinhado ao desenvolvimento econômico da cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação de um Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia no município de São Bento – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 825, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Pombal– PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, na cidade de Pombal – PB é de alta relevância, para interiorizar o ensino técnico e profissional alinhada à inclusão social. A cidade de Pombal – PB esta localizada no sertão paraibano, a 370Km da capital João Pessoa – PB, limita-se com os municípios de São Domingos de Pombal, São José da Lagoa Tapada, Coremas, Cajazeirinhas, São Bentinho, Condado, Paulista, Lagoa, Quarta-feira 6 35039 Santa Cruz e São Francisco, de acordo com o IBGE população estimada em 32 mil habitantes, a economia é baseada na agricultura, fábricas e o comércio interno. A instalação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, visa fortalecer a educação profissional e tecnológica alinhado ao desenvolvimento econômico da cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação de um Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia no município de Pombal – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. INDICAÇÃO Nº 826, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Itaporanga– PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, na cidade de Itaporanga – PB é de alta relevância, para interiorizar o ensino técnico e profissional alinhada à inclusão social. A cidade de Itaporanga – PB esta localizada no sertão paraibano, a 429Km da capital João Pessoa – PB, limita-se com os municípios de Santana dos Garrotes, Pedra Branca, Boa Ventura, Diamante, São José de Caiana, Aguiar, Igaracy e Piancó, de acordo com o IBGE população estimada em 22 mil habitantes, a economia é baseada no comercio local, fábricas de cerâmicas, industria Têxtil e a agricultura. A instalação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, visa fortalecer a educação profissional e tecnológica alinhado ao desenvolvimento econômico da cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação de um Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia no município de Itaporanga – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. 35040 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS INDICAÇÃO Nº 827, DE 2011 (Do Sr. Hugo Motta) Julho de 2011 INDICAÇÃO Nº 829, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, que seja instalado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no município de Alhandra– PB. Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Buri – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, A implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, na cidade de Alhandra – PB é de alta relevância, para interiorizar o ensino técnico e profissional alinhada à inclusão social. A cidade de Alhandra – PB esta localizada no Litoral Sul paraibano, limita-se com os municípios de Pedras de Fogo, Caaporã, Pitimbu, Conde e Santa Rita, de acordo com o IBGE população estimada em 17 mil habitantes, a economia é baseada na Agricultura e a Cana de Açúcar. A instalação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, visa fortalecer a educação profissional e tecnológica alinhado ao desenvolvimento econômico da cidade, evitando que os jovens após o ensino médio por falta de qualificação não tenham oportunidades de ocupar seus espaços no mercado de trabalho, e seja desviado para o submundo das drogas, o objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática. Diante do exposto, solicito a instalação de um Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia no município de Alhandra – PB. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hugo Motta, Deputado Federal PMDB – PB. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Buri – SP, a construção de escolas técnicas federais. A construção de escolas técnicas irá colaborar com a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 828, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Apiaí – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Apiaí – SP, a construção de escolas técnicas federais, uma vez que o município não possui escola técnica. A construção de escolas técnicas irá colaborar com a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 830, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Angatuba – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Angatuba – SP, a construção de escolas técnicas federais, uma vez que o município não possui escola técnica. A construção de escolas técnicas irá colaborar com promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 831, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Avaré – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Avaré – SP, a construção de escolas técnicas federais. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A construção de escolas técnicas irá colaborar com a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 832, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Alambari – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Alambari – SP, a construção de escolas técnicas federais, uma vez que o município não possui escolas técnicas. Com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 833, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Campina do Monte Alegre – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Campina do Monte Alegre – SP, a construção de escolas técnicas federais. A construção de escolas técnicas irá colaborar com a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 834, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Bom Sucesso de Itararé – SP. Quarta-feira 6 35041 Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Bom Sucesso de Itararé – SP, a construção de escolas técnicas federais. A construção de escolas técnicas irá colaborar com a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 835, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Barão de Antonina – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Barão de Antonina – SP, a construção de escolas técnicas federais. A construção de escolas técnicas irá colaborar com a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 836, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, que construa uma UBS – Unidade Básica de Saúde no município de Ribeirão Grande – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Ribeirão Grande – SP, a construção de uma UBS – Unidade Básica de Saúde para atendimentos comuns, evitando-se assim, o super lotação em Hospitais da região. A construção de uma UBS – Unidade Básica de Saúde no município trará maior comodidade à população, uma vez que terão um local para atendimentos médicos comuns, tais como consultas médicas, exames laboratoriais, clínica geral, odontologia e enfermagem. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. 35042 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS INDICAÇÃO Nº 837, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Ribeirão Branco – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Ribeirão Branco – SP, a construção de escolas técnicas federais. Entendemos que com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 838, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Ribeirão Grande – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Ribeirão Grande – SP, a construção de escolas técnicas federais. Entendemos que com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 839, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Riversul – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Riversul – SP, a construção de escolas técnicas federais. Julho de 2011 Entendemos que com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 840, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Arandu – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Arandu – SP, a construção de escolas técnicas federais, uma vez que o município não possui escola técnica. Com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 841, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de São Miguel Arcanjo – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de São Miguel Arcanjo – SP, a construção de escolas técnicas federais. Entendemos que com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 842, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Sarutaiá – SP. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Sarutaiá – SP, a construção de escolas técnicas federais. Entendemos que com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 843, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Taguaí – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Taguaí – SP, a construção de escolas técnicas federais. Entendemos que com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 844, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, a construção de escolas técnicas federais no município de Taquarituba – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de Taquarituba – SP, a construção de escolas técnicas federais. Entendemos que com a construção de escolas técnicas irá colaborar e muito para a promoção da educação e capacitação profissional dos moradores do município. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. Quarta-feira 6 35043 INDICAÇÃO Nº 845, DE 2011 (Do Sr. Guilherme Mussi) Sugere ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, que construa uma UBS – Unidade Básica de Saúde no município de São Bento do Sapucaí – SP. Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde: Solicitamos a Vossa Excelência, em nome da população do município de São Bento do Sapucaí – SP, a construção de uma UBS – Unidade Básica de Saúde para atendimentos comuns, evitando-se assim, o super lotação em Hospitais da região. A construção de uma UBS – Unidade Básica de Saúde no município trará maior comodidade à população, uma vez que terão um local para atendimentos médicos comuns, tais como consultas médicas, exames laboratoriais, clínica geral, odontologia e enfermagem. Contamos com o atendimento de Vossa Excelência para que as melhorias acima solicitadas sejam realizadas. Brasília, 5 de julho de 2011. – Guilherme Mussi, Deputado Federal PV – SP. INDICAÇÃO Nº 846, DE 2011 (Do Sr. Audifax) “Sugere ao Poder Executivo que determine prazo mínimo de retira de medicamentos do mercado”. Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde: Vimos à presença de Vossa Excelência sugerir o estabelecimento de prazo mínimo para a retirada de medicamentos de uso continuado do mercado, para que os laboratórios continuem a fabricar estes remédios até findo o prazo e não simplesmente os retirem do mercado subitamente, sem considerar que existem pessoas em tratamento com a droga. Não há regulamentação, atualmente, nem mesmo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, sobre a obrigação de cumprimento de prazo para descontinuidade e retirada, pela indústria farmacêutica, de medicamentos de uso continuado. Esta situação é clara afronta aos direitos de continuidade de tratamento dos doentes que fazem uso dessa espécie de medicação. Atualmente, os mercados de laboratórios altamente competitivos lançam drogas inovadoras e, quando não há resposta financeira esperada, abruptamente param de produzi-las, sem nenhuma consideração com relação aos consumidores e pacientes que estão sob tratamento com estes medicamentos. Deve-se notar que a relação descrita é complexa, uma vez que não se reveste apenas de caráter comercial, tendo em seu cerne, portanto, questões muito 35044 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS além dos direitos dos consumidores. Se caracteriza, essencialmente, em campo de necessária atuação e regulação estatal, visando proteger os já fragilizados cidadãos que se encontram em situação vulnerável de tratamento médico. Deve-se considerar que além de todos os efeitos psicológicos da interrupção intempestiva de um tratamento, esta situação requer avaliações médicas cuidadosas para a indicação de uma nova droga que não resulte em efeitos colaterais devastadores. Portanto, não apenas é devida como é absolutamente necessária a regulamentação de um prazo mínimo até o qual as indústrias farmacêuticas e seus laboratórios têm que produzir estes remédios. Diante disto, levamos a consideração de Vossa Excelência, a adoção da sugestão supracitada. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Audifax, PSB – ES. INDICAÇÃO Nº 847, DE 2011 (Do Sr. Audifax) “Sugere ao Poder Executivo a substituição da utilização, pela Administração Pública,, de motocicletas por triciclos”. Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado dos Transportes: Vimos à presença de Vossa Excelência sugerir a gradativa substituição pela Administração Pública da utilização de motocicletas por triciclos, que são veículos que oferecem maior segurança ao trabalhador. Além disso, estes meios de transportes são mais adequados, inclusive, para o transporte de pequenas cargas. Conforme levantamento da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, 18 pessoas por dia morrem em acidentes de moto no estado do Espírito Santos. De internações emergenciais no Sistema Único de Saúde, 27% é provocada por acidentes com motocicletas. Além do significativo ônus ao sistema público de saúde, em termos financeiros e de recursos humanos e capacidade de atendimento, esta realidade resulta em drásticos traumas que inviabilizam a potencialidade laboral de muitos cidadãos. Neste sentido, urge à Administração Pública medidas de desincentivo à utilização de motocicletas como meio de transporte oficial. Cabe, em termos estritos, ao Poder Executivo iniciar este movimento em prol da vida no trânsito e da segurança dos trabalhadores brasileiros servidores públicos ou que prestam serviços à Administração. Alguns Programas do Governo prevêem a utilização de motocicletas como meio de locomoção, o que em última análise é colocar a vida destes trabalhadores diariamente em risco. Ilustrativamente, o Ministério da Saúde repassa aos entes da federação, por exemplo, Julho de 2011 motocicletas para atender os socorros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). É conveniente ressaltar, ainda, que a utilização de motocicletas no serviço público enfrenta outro desafio no que concerne aos seguros destes veículos. Conforme vastamente noticiado em meios de comunicação locais e nacionais, o Poder Executivo corretamente exige seguro dos veículos, contudo os Estados, Municípios e Distrito Federal têm dificuldades em contratar o seguro contra acidentes, devido aos riscos envolvidos. A escassez, naturalmente, resulta em um custo consideravelmente maior para a contratação do seguro. Diante disto, levamos a consideração de Vossa Excelência, a adoção da sugestão supracitada. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Audifax, PSB – ES. INDICAÇÃO Nº 848, DE 2011 (Do Sr. Audifax) “Sugere ao Poder Executivo a inclusão no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos o Curso de Fitoterapia”. Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação: Vimos à presença de Vossa Excelência sugerir a inclusão do CURSO TÉCNICO DE FITOTERAPIA no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos elaborado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica em conjunto com o Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. O objetivo do referido Curso é oferecer uma formação técnica de qualidade no âmbito dos profissionais que detém conhecimentos sobre plantas medicinais e fitoterápicas. Esta medida visa não apenas formalizar a atuação destes profissionais no mercado, qualificando-os, mas também tem a intenção de, com isso, estabelecer padrões de qualidade para os produtos comercializados decorrentes dessa espécie de conhecimento. De acordo com o Ministério da Saúde, em balanço de 2009, treze estados aderiram o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Atualmente, o Sistema Único de Saúde – SUS já oferta à população brasileira 71 medicamentos fitoterápicos. É fato, portanto, que o Governo Federal tem reconhecido, ao longo dos últimos anos, a importância deste ramo da saúde. Faz-se urgente, assim, o reconhecimento pelo Estado dos profissionais que atuam com medicamentos extraídos de plantas medicinais e a oferta adequada de qualificação. Diante disto, levamos a consideração de Vossa Excelência, a adoção da sugestão supracitada. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Audifax, PSB – ES. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS INDICAÇÃO Nº 849, DE 2011 (Da Sra. Nilda Gondim) Sugere ao Ministro de Estado da Educação, a possibilidade de inclusão do município de Itabaiana, no Estado da Paraíba, no Plano Nacional de Educação, com vistas à instalação de um Pólo Universitário na cidade. Excelentíssimo Senhor Ministro, Venho, mediante a presente Indicação, sugerir a intermediação desse Ministério da Educação, no sentido de incluir o município de Itabaiana, no Estado da Paraíba, no Plano Nacional de Educação, com vistas à instalação de um Pólo Universitário na cidade. A Paraíba necessita de urgente expansão do ensino público superior para criar expectativas promissoras para toda a sua população jovem e, conseqüente desenvolvimento sócio-econômico, ofertando vagas em todo o estado. A partir da implantação da mencionado Pólo Universitário certamente haverá possibilidade de se oferecer aos alunos que estão concluindo o ensino médio, maiores oportunidades de aprimoramento de futuros estudos universitários, razão pela qual espero poder contar com o apoio de Vossa Excelência para adotar a sugestão apontada, incluindo o município em tela no Plano de Expansão da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputada Nilda Gondim RECURSO Nº 60, DE 2011 (Do Sr. Izalci) Recorre ao Plenário da Câmara dos Deputados da decisão da Presidência que indeferiu liminarmente a emenda nº 09 apresentada à Medida Provisória nº 529, de 2011, com pedido preliminar de reconsideração da Presidência. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho requerer a Vossa Excelência que submeta à apreciação do Plenário o recurso contra a decisão proferida pela Presidência de indeferimento liminar à tramitação da Emenda nº 08 apresentada à Medida Provisória nº 529 de 2011, com pedido preliminar de reconsideração pela Presidência desta Casa. Justificação A medida provisória nº 529/2011 altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, no tocante à contribuição previdenciária do micro empreendedor individual. Quarta-feira 6 35045 A emenda aditiva de nº 09, de minha autoria, possui a seguinte redação: “Acrescenta ao artigo 28, § 9º, a letra “l”, que passa a ter a seguinte redação:” “Não integram a remuneração do empregado e nem constituem base de cálculo para incidência de impostos ou contribuições previdenciárias os valores aplicados pelo empregador na educação, ensino e formação profissional de seus funcionários e dependentes.” O art. 6º da Carta da República estabelece como direitos sociais entre outros a educação. Na mesma linha o art. 205 da Constituição Federal dispõe que a Educação é direito de todos e dever do Estado, portanto, é dever do Poder Público oferecer educação de qualidade à população. A cada dia as empresas vêem a necessidade de capacitar e reciclar seus funcionários, pois em um mercado competitivo e global como o que vivemos o investimento em educação é crescente, vez que as empresas além do lucro buscam o desenvolvimento social. Há um clamor entre empregados e empregadores, que inclusive já pactuam nas convenções coletivas do trabalho a concessão de bolsas de estudo aos empregados e seus dependentes, pelo empregador sem que esta despesa integre a remuneração do trabalhador e conseqüentemente onere a folha das empresas, aumentando impostos e as contribuições previdenciárias. A inclusão deste artigo na Lei nº 8.212/1991 representa um significativo avanço legislativo, porque faz justiça social, já que em muitas convenções coletivas já se pactua o oferecimento de bolsas de estudo aos empregados e aos seus familiares, permitindo assim, que as empresas tornem-se parceiras do Estado no oferecimento da educação de qualidade. Por esta razão entendemos ser imprescindível emendar a MP nº 529/2011, para agregar ao seu texto original a emenda aditiva de nº 09, convictos de que caso o Ilustre Presidente, reconsidere sua decisão que indeferiu a apreciação da citada emenda aditiva nº 09 estará se inaugurando uma nova era de parcerias em prol da educação no Brasil com justiça social. Pelo exposto, requer-se: seja concedida liminarmente a reconsideração do indeferimento da emenda aditiva nº 09 à MP nº 529/2011, pela Presidência desta Casa; caso Vossa Excelência assim não entenda e mantenha o indeferimento da emenda nº 09, que submeta a decisão ao Plenário, rogando aos pares pelo provimento do presente recurso. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Izalci PR – DF. 35046 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N° 731, DE 2011 (Do Sr. Otavio Leite) Requer do Senhor Ministro de Estado do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, informações sobre o financiamento a ser realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES à fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour. Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno requeiro que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas do Sr. Fernando Pimentel, Ministro de Estado do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, as seguintes informações referentes ao financiamento a ser realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES à fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour: A – Qual a base legal que sustenta o financiamento a ser concedido para a fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour? B – Quais são os interesses públicos que se pretende atingir com esse financiamento? C – Foram realizados estudos para se verificar o impacto dessa fusão em relação a concentração da atividade no mercado e sobre a livre concorrência? D – Foram realizados estudos para se verificar o impacto da fusão sobre o consumidor e emprego? E – Quais são as ações do BNDES em favor das microempresas e empresas de pequeno porte? Qual o volume de dinheiro disponibilizado para as microempresas e empresas de pequeno porte? Qual é o volume de dinheiro disponibilizado pelo BNDES para empresas de médio e grande porte? F – Qual o origem do dinheiro a ser utilizado pelo BNDES para essa fusão? Ou seja, os recursos a serem utilizados vêm do FAT, FGTS, Tesouro e outros? Qual o volume de dinheiro será utilizado de cada uma das fontes? G – Há, por parte do Governo Federal, expectativa de aumento de exportação a partir dessa fusão? Se sim, como se dará esse processo? Não há risco de ocorrer, justamente Julho de 2011 o contrário, ou seja, entrada de produtos importados por conta da atividade exclusiva de varejo das empresas em processo de fusão, inclusive em função da valorização atual da moeda brasileira? Quais seriam os produtos exportados por essa cadeia varejista? H – Quais são as condições para a realização do financiamento? Haverá empréstimo financeiro ou aporte de capital com participação acionária? Caso haja financiamento, quais serão as taxas de juros aplicáveis? Justificação Conforme recente comunicado do Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES e declarações do Senhor Ministro da Fazenda, Guido Mantega, referido instituição financeira de fomento participará da fusão do Pão de Açucar e Carrefour com aporte financeiro de até R$ 4,5 bilhões.1 Há, entre especialistas, inúmeras dúvidas sobre os efeitos dessa fusão no mercado varejista de supermercados, inclusive com possível concentração indevida de mercado. 1 ������������������������������������������������� BNDES financiará fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour Dos R$ 5,6 bilhões necessários para a operação, R$ 4,5 bilhões virão do BNDES. Para Mantega, governo não precisa chancelar a operação O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) vai disponibilizar até R$ 4,5 bilhões para viabilizar a fusão entre o Pão de Açúcar e as operações brasileiras do francês Carrefour. O valor total da operação é de 2,5 bilhões de euros, ou R$ 5,6 bilhões. Segundo informou o BNDES, em nota, a união “abre caminho para maior inserção de produtos brasileiros no mercado internacional”. A nova companhia resultante dessa união se tornará a maior acionista individual do Carrefour na França, com 11,7% de participação. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo brasileiro não tem envolvimento no assunto, por se tratar de uma questão comercial. Mantega ressaltou que, embora o grupo tenha um financiamento do BNDES, a operação “não precisa ser chancelada pelo governo”. “O BNDES fornece recursos para todos os grupos privados que necessitam no Brasil e a Fazenda não fica fiscalizando a liberação de recursos”, disse. A operação O grupo francês Carrefour anunciou nesta terça-feira (28/06) ter recebido uma proposta de fusão de ativos no Brasil com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), do grupo Pão de Açúcar. Os acionistas do Pão de Açúcar e dos franceses Carrefour e do Casino, que detém 66% das ações com direito a voto do Pão de Açúcar, terão até dois meses para analisar a operação de fusão, que daria origem à empresa NPA (sigla para Novo Pão de Açúcar). Se aprovada a fusão, a nova empresa vai repartir o Pão de Açúcar com o grupo francês Carrefour, na base de 50%-50%. O NPA, por sua vez, terá 100% da filial brasileira do grupo Carrefour. O que daria a nova empresa 27% do mercado de varejo brasileiro. A proposta depende ainda de uma injeção maciça de capital na nova companhia que seria feita através do fundo de investimento Gama (do BTG Pactual) e, principalmente, com os recursos do BNDES. (Isto É Dinheiro on line, 29 de junho de 2011) Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aliás, análises reconhecendo a possibilidade de fechamento de lojas, afetando o emprego, já são recorrentes.2 Assim, há sérias dúvidas sobre o interesse público nesse processo de fusão, razão pela qual, solicita-se os esclarecimentos acima, especialmente considerando que a Constituição Federal, em seu art. 170, incisos III, IV, V e VIII, estabelecem, respectivamente, a observância, na ordem econômica, dos princípios da função social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor e busca do pleno emprego. – Otavio Leite, Deputado Federal Quarta-feira 6 35047 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 732, DE 2011 (Do Sr. César Halum) Requer informações ao Ministro de Estado dos Transportes sobre o andamento das licitações para o transporte rodoviário interestadual de passageiro, e sobre o Trem de Alta Velocidade – TAV, Rio de Janeiro/RJ – Campinas/SP, ambos sob responsabilidade da Agencia Nacional de Transporte Terrestre – ANTT. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 732, DE 2011 (Do Sr. César Halum) A Sua Excelência o Senhor Alfredo Pereira do Nascimento Ministro de Estado dos Transportes Requer informações ao Ministro de Estado dos Transportes sobre o andamento das licitações para o transporte rodoviário interestadual de passageiro, e sobre o Trem de Alta Velocidade – TAV, Rio de Janeiro/RJ – Campinas/SP, ambos sob responsabilidade da Agencia Nacional de Transporte Terrestre – ANTT. Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados. Requeiro a Vossa Excelência, com base no inciso I, do art. 115 c/c art. 116, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, encaminhar ao Senhor Alfredo Pereira do Nascimento, Ministro de Estado dos Transportes, o Requerimento de Informação a seguir. Sala das Sessões, 5 de junho de 2011. – Deputado César Halum, PPS – TO. Senhor Ministro, Solicito a V. Exa., com base no § 2º, do art. 50, da Constituição Federal, informação sobre o andamento das licitações para a autorização do transporte rodoviário interestadual de passageiro, e sobre o Trem de Alta Velocidade – TAV, Rio de Janeiro/RJ – Campinas/SP. Serviço de transporte rodoviário de passageiro: Desde 2008, as permissões para a prestação do serviço rodoviário interestadual de passageiro funcionam em caráter precário por intermédio de “Autorização Especial”, ou seja, sem licitação, prorrogando em favor das empresas do setor as outorgas vencidas descumprido as Leis nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nº 9.074, de 7 de julho de 1995, que regulam o setor e a própria Constituição Federal, em seu art. 21, inciso XII, alínea “e”. Diante da exposição solicito as seguintes informações: 2 Pão de Açúcar e Carrefour podem fechar lojas em SP, Rio e BH A junção das operações do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour poderá resultar no fechamento de algumas lojas, segundo o banco BTG Pactual. Em algumas áreas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, haverá uma sobreposição de 5% a 8% de algumas lojas, que poderão ser vendidas ou ainda fechadas. A empresa resultante da junção vai responder por 27% do mercado varejista formal no país ou 16% do total, incluindo na conta também os informais, segundo Claudio Galeazzi, sócio do BTG Pactual e quem deve capitanear a operação por meio do fundo de investimento Gama. Os acionistas do grupo Pão de Açúcar e dos franceses Carrefour e Casino terão até dois meses para analisar a operação de fusão. A nova empresa vai repartir o Pão de Açúcar com o grupo francês Carrefour, na base de 50%-50%. O NPA, por sua vez, terá 100% da filial brasileira do grupo Carrefour. Também por meio dessa reestruturação societária, o NPA terá 11,7% do grupo Carrefour no mundo, o segundo maior varejista global, tornando-se assim seu maior acionista, segundo Souza. A proposta ainda contempla uma injeção maciça de capital na nova companhia. A Gama deve aportar 2,5 bilhões de euros (R$ 5,7 bilhões), sendo 1,7 bilhão de euros (R$ 3,86 bilhões) do BNDESPar (braço do BNDES) e mais 800 milhões de euros (R$ 1,82 bilhão) de sua controladora. (Folha on line, 28 de junho de 2011) – Medidas adotadas por este Ministério para a legalização deste serviço; – considerando que a autorização especial (sem licitação) é utilizada em caráter precário e temporário, quando será iniciado e qual o prazo para conclusão das licitações para a operações das linhas, tendo em vista que as outorgas estão vencidas a três anos, tempo suficiente para a realização dos processos licitatórios; – Plano de expansão (novos itinerários) deste serviço de transporte; e – Planejamento estratégico visando a melhoria dos serviços, principalmente no que diz respeito em beneficiar o usuário (linhas, tarifas, horários, paradas, frota, segurança, estruturas de embarque e desembarque, fiscalização das empresas, etc.); 35048 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Trem de Alta Velocidade – TAV: O “trem bela” como é conhecido o TAV, iniciativa inédita que teremos no país tanto em transporte como em obra de engenharia e meio de diversas polemicas é também uma experiência de extrema importância para o Brasil. Há tempo os governos discutem a necessidade de implementar este serviço. Ainda no governo militar, já se previa por exemplo, um TAV para atender o aeroporto de Viracopos, em outros momentos a discussão era centrada num trecho entre São Paulo/SP e Curitiba/PR – até mesmo já avaliaram a possibilidade de se fazer uma ligação deste tipo entre Brasília/DF e Goiânia/GO, mas o que sempre teve mais atenção foi o projeto do TAV Rio de Janeiro/RJ a São Paulo/SP, que ganhou força com a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, estendendo o trecho até Campinas/SP. Depois de alguns anos de duvidas, polémicas e debates realizados pela sociedade civil organizada, por especialistas, Governos e Congresso Nacional hoje é realidade que infelizmente ainda não saiu do papel com tão pouco tempo para o Mundial de Futebol, apenas três anos. Por estas razões as informações que solicito referem-se a: – Período para a conclusão do processo de concessão de execução das obras; – previsão de início e termino da obra; – método de fiscalização das obras a ser adotado por este Ministério; e – cronograma elaborado pelo Ministério sobre o andamento das obras e relatório sobre seu cumprido. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado César Halum, PPS – TO. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 733, DE 2011 (Do Sr. Pauderney Avelino) Solicita informações ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde sobre atuação da Secretaria Especial da Saúde Indígena –SESAI, junto às Comunidades do Umariaçu 1 e 2 e Belém do Solimões, do Estado do Amazonas. Sr. Presidente, Com fundamento no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e no inciso I do art. 115 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência que, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Julho de 2011 Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde, Sr. Alexandre Padilha, pedido de informação a respeito da atuação da Secretaria Especial da Saúde Indígena –SESAI junto às Comunidades Indígenas do Umariaçú 1 e 2 e Belém do Solimões, do Estado do Amazonas, em especial no tocante aos seguintes aspectos: Quais as atividades em execução nos últimos doze meses pela Secretaria Especial da Saúde Indígena– SESAI, através do Programa de Saúde da Família Indígena –PSFI, relacionadas com o abastecimento de água tratada às Comunidades Indígenas do Umariaçú 1 e 2 e Belém do Solimões, do Município de Tabatinga –AM.? Que providências estão sendo tomadas para a projetada construção de um galpão para proteger a bomba d água da Comunidade Indígena de Umariaçu 1.? Que outras providências referentes ao saneamento básico estão sendo tomadas pela SESAI, diretamente ou através do PSFI? Que recursos alocados ao Programa de Saúde da Família Indígena foram repassados à Prefeitura Municipal de Tabatinga –AM para: 4.1– a aquisição de combustível mediante os Processos Licitatórios de n°s001/2009, 023/2009, 053/2009, 068/2009; 4.2– a aquisição de gêneros alimentícios mediante Processo Licitatório n° 073/2009; 4.3 – a aquisição de medicamentos mediante o Processo Licitatório n° 069/2009; 4.4– a aquisição de material de limpeza mediante o Processo Licitatório n° 060/2009; 4.5– aquisição de material de construção, mediante Processo Licitatório n° 059/2009? Em que reuniões do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Pólo Base Umariaçú -1 foram apreciadas, nos últimos doze meses, as ações e providências da Coordenação Distrital do Programa de Saúde da Família Indígena? Justificação A Comunidade Indígena do Umariaçú 1 e 2 tem uma população de aproximadamente 6.500 indígenas da etnia ticuna, vivendo na tríplice fronteira Brasil – Peru– Colômbia, a 7 km da sede do Município de Tabatinga – AM. Também no Município de Tabatinga-AM, vive a Comunidade Indígena de Belém do Solimões, com 7.500 indígenas, da etnia ticuna, cocama, em área mais distante da sede municipal, num percurso de 7 a 8 horas via fluvial em transporte regional. Em ambas as comunidades, a busca de água potável se estende a muitos quilômetros, recorrendo a igarapés, para abastecimento de água nas respectivas aldeias, suprindo a necessidade diária das famílias e das escolas. A falta de água potável tem-se agravado consideravelmente nos últimos oito meses, com a perspecti- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS va de surgimento de doenças às quais as comunidades estão sujeitas, especialmente verminoses e diarréias. Por falta de providências da Secretaria Especial da Saúde Indígena, os povos indígenas da região do Alto Solimões estão mobilizados em busca de medidas corretivas da atuação daquela Secretaria e chegaram a representar junto ao Ministério Público Federal, através do titular da Procuradoria sediada em Tabatinga-DF, enumerando irregularidades e desmandos daquele órgão do Ministério da Saúde, inclusive no que tange a uma promiscuidade com a Prefeitura Municipal de Tabatinga em licitações sob suspeita, abertas pela Municipalidade para aquisição de combustível, material de construção, gêneros alimentícios, medicamentos e material de limpeza, com recursos do Programa de Saúde da Família Indígena. É em razão da situação crítica em que se encontram as supramencionadas comunidades indígenas do Alto Solimões e da completa falta de providências das autoridades a que até agora recorreram as populações diretamente prejudicadas que tomo a iniciativa de requerer informações sobre o assunto a Sua Excelência o Ministro da Saúde. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Pauderney Avelino, DEM – AM. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 734, DE 2011 (Do Sr. José Priante) Requer informações à Controladoria Geral da União (CGU) sobre ações de fiscalização das obras do Projeto Vila da Barca, em Belém (PA). Senhor Presidente, Com fundamento no art.50, parágrafo 2º, da Constituição Federal e no art. 24, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a V.Ex.ª que sejam solicitadas ao Excelentíssimo Senhor Ministro–Chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage Sobrinho, as seguintes informações sobre as ações de fiscalização do convênio firmado entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Prefeitura Municipal de Belém, Estado do Pará, para a construção de moradias populares no logradouro conhecido como Vila da Barca, no bairro do Telégrafo: 1 – A CGU no Pará está promovendo ou pretende promover ações de fiscalização do convênio e das obras na Vila da Barca? 2 – Quais os motivos que levaram ou levarão a CGU a fiscalizar as obras? 3 – Eventuais irregularidades ou descumprimento dos termos do convênio já foram identificados pela fiscalização? Quais? Quarta-feira 6 35049 4 – Qual é o montante dos recursos estabelecidos no convênio, quanto já foi repassado pela CEF e quanto a Prefeitura Municipal de Belém investiu no empreendimento como contrapartida? 5 – Quando a CGU pretende apresentar relatório conclusivo sobre as ações de fiscalização das obras na Vila da Barca? 6 – Sendo constatadas irregularidades ou descumprimento dos termos do convênio, quais as providencias a serem adotadas pela CGU para que os problemas identificados sejam sanados? Justificação A comunidade da Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, em Belém (PA), reúne moradores de baixa renda, a maioria vivendo em palafitas, em área de risco. Para melhorar as condições de vida de parte dos moradores, a Prefeitura Municipal de Belém firmou convênio com a Caixa Econômica Federal (CEF) para receber recursos do Governo Federal destinados à construção de habitações populares às famílias da Vila da Barba. As obras começaram em 2003. Inicialmente deveriam ser construídas 252 habitações, mas a Prefeitura só entregou 136 unidades em 21 de dezembro de 2007. Ainda estariam previstas mais 400 unidades, das quais mais de 200 sequer começaram a ser construídas. Há mais de um mês, as obras novamente foram paralisadas. Segundo os moradores, a construtora Uni Engenharia, responsável pela obra, teria retirado todo o maquinário e trabalhadores do canteiro de obras sem apresentar quaisquer justificativas. Segundo a imprensa paraense, à Controladoria Geral da União (CGU) no Pará teria apurado que o valor total da obra seria de R$ 89.029.937,44, cabendo à União o repasse de R$ 74.578.252,13. Desse total, a CEF já teria repassado à Prefeitura R$ 50.997.589,89, dos quais, desde 2003, apenas R$ 20.172.276,48 teriam sido investidos na obra. A imprensa paraense informa também que a CGU do Pará começaria, até o final de junho, ações de fiscalização das obras e que, em 60 dias, concluiria relatório sobre o trabalho. Diante da importância da obra para a comunidade, da situação em que se encontram as famílias que não foram atendidas e da necessidade de se esclarecer o uso do dinheiro público nesse empreendimento, solicitamos as informações aqui requeridas. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado José Priante, PMDB – PA. 35050 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 735, DE 2011 (Do Sr. Antonio Carlos Magalhães Neto) Solicita informações ao Sr. Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, sobre as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. Sr. Presidente, Com fundamento no art. 50 do § 2º da Constituição Federal de 1988, e nos artigos 24, inciso V e § 2º, e 115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência seja encaminhado ao Sr. Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage Sobrinho, o presente requerimento de informações com os seguintes questionamentos: Esse Ministério já havia tomado conhecimento de irregularidades existentes no seio do Ministério dos Transportes, relativamente ao superfaturamento injustificado do custo obras públicas? Quais as providências foram adotadas no sentido de apurar tais denúncias? Foram aplicadas sanções aos responsáveis pelo superfaturamento de obras públicas no Ministério dos Transportes? Quais? Requer-se a apresentação de lista individualizada dos agentes públicos eventualmente punidos; Quais medidas serão adotadas por esse Ministério, a fim de apurar as recentes denúncias de superfaturamento dos custos das obras do Ministério dos Transportes? Justificação Por meio da edição nº 2.224 da Revista VEJA, a sociedade brasileira tomou conhecimento da existência de um grande esquema de corrupção no seio do Ministério dos Transportes. Segundo a matéria, o referido esquema de corrupção beneficia servidores públicos, empresários e até mesmo o Partido da República (PR), agremiação político-partidária à qual é filiado o Ministro dos Transportes. Conforme se apurou, o Ministério dos Transportes vem majorando injustificadamente o preço das obras sob sua responsabilidade, com o propósito de custear a cobrança de 4% (quatro por cento) a 5% (cinco por cento) de propina das empresas prestadoras de serviço. O modus operandi do grupo foi muito bem sintetizado pela Revista VEJA, conforme de extrai da seguinte passagem da matéria jornalística acima mencionada: “(...) No último dia 04 de maio, ele [Valdemar da Costa neto] se reuniu à tarde com representantes de quinze empresas de consultoria na sala do Diretor-Geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot. O Deputado, por não ter cargo, Julho de 2011 não tinha razões sadias para estar ali. Mas ele nem seu deu ao trabalho de explicar sua presença na reunião, que foi feita com o objetivo de discutir obras em 12 mil quilômetros de rodovias federais, negócio estimado entre 6 bilhões e 7 bilhões. Os membros do PR alertaram os presentes de que as obras só sairiam do papel se as consultorias ‘aperfeiçoassem’ os projetos adequando as propostas às exigências do Tribunal de Contas da União (TCU). Depois do alerta protocolar, porém, Antônio Pagot fez uma preleção. O apadrinhado do Senador Blairo Maggi disse que estava em jogo não apenas uma questão técnica, mas uma missão partidária. O PR teria de deixar como legado de sua passagem pelo Ministério uma efetiva e perceptível melhoria no estado de conservação das rodovias brasileira. Tudo perfeito, então? Sim, até que se desça das aparências para a sombria realidade dos negócios. ‘Eles exigem 5% das consultorias. Quem não paga está fora do Ministério’, contou a Veja um dos participantes da reunião. O porcentual – 5% – é um ponto maior do que o pedido às empreiteiras. Cinco outros consultores confirmaram à Veja o pagamento de propina aos políticos do PR. Entre as atribuições de uma empresa de consultoria, está desenhar o projeto de uma rodovia ou de uma ferrovia – seja construção, restauração ou manutenção. Os parâmetros do projeto são decisivos para a definição dos preços e influem até mesmo na escolha das empreiteiras que executarão a obra, já que uma se adequam mais a determinados requisitos do que outras. Para ter o controle absoluto do processo, o PR atua – e cobra – nas duas pontas. O Partido da República ‘acerta’ dos detalhes técnicos com as consultorias e, depois, mantém uma parceria informal com a Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (ANEOR). Às vésperas de um lançamento de uma licitação, empreiteiros se reúnem na sede da entidade em Brasília e dividem entre si lotes da obra em questão. Investigações da Polícia Federal já flagraram essa armação, responsável pela majoração dos preços dos empreendimentos. ‘Quem combina tudo, do preço à empresa que vai ganhar, é a direção da ANEOR com o Valdemar. Nas reuniões, não se pode entrar nem de telefone celular. Todos levam alguma coisa, mas quem discordar, perde tudo’, contou um empreiteiro.” Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Destaque-se, por importante, que, segundo registrado pela Revista VEJA, a própria Presidente da República, Dilma Roussef, demonstrou irritação com as constantes majorações, sem qualquer justificativa plausível, dos custos das obras do Ministério dos Transportes. Como não poderia deixar de ser, a denúncia repercutiu – e vem repercutindo – em toda imprensa nacional, como serve de amostra o seguinte trecho da matéria jornalística veiculada, no dia de hoje, na Folha de São Paulo: “O Ministério dos Transportes aumentou neste ano os valores de pelo menos 11 contratos de obras em estradas e ferrovias que tiveram irregularidades apontadas pelo TCU (Tribunal Contas de União). Em dois casos, o órgão de controle recomendou a paralisação dos trabalhos. A verba extra para as obras sob suspeita soma R$ 113,5 milhões. O dinheiro foi destinado a empreiteiras e consultorias técnicas por meio de termos aditivos, que são acréscimos ao valor original dos contratos. As obras pertencem ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e à Valec, estatal que cuida das ferrovias. Os diretores dos dois órgãos foram afastados no sábado por determinação da presidente Dilma Rousseff. Segundo reportagem da revista “Veja”, o PR do ministro Alfredo Nascimento montou um esquema de cobrança de propina de empreiteiras nos dois órgãos. Dilma teria reclamado de descontrole na assinatura de aditivos. A Lei de Licitações permite que o valor original dos contratos seja aumentado entre 25% ou 50% (exclusivamente para reformas) quando há, por exemplo, “fatos imprevisíveis” durante a obra. No total, o ministério autorizou o aumento de R$ 336,6 milhões em 46 contratos que sofreram aditivos este ano, segundo levantamento feito pela Folha. O fato de o TCU ter encontrado irregularidades em 11 desses contratos não impede legalmente a pasta de aumentar o seu valor. A situação mais crítica está na Valec. Dos 11 contratos com irregularidades, oito são tocados pela estatal. No último dia 20 de junho, a empresa assinou quatro aditivos com a construtora Andrade Gutierrez, no valor total de R$ 40,1 milhões, para a construção das ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste. Quarta-feira 6 35051 Dois dos contratos (036/07 e 037/07), referentes à Norte-Sul, já tinham sido aditivados em R$ 30,4 milhões em janeiro. Para o TCU, as obras deveriam estar paralisadas. Esses contratos -os únicos que tiveram mais de um aditivo neste ano– foram incluídos pelo TCU na lista de obras com indícios de irregularidades graves, com recomendação de paralisação. Entre os problemas, o órgão aponta suposto superfaturamento de R$ 120 milhões. Apesar da recomendação, o Congresso determinou que as obras tivessem continuidade, o que possibilitou a assinatura dos aditivos. Outro contrato com a Andrade Gutierrez (016/06), referente a trecho de ferrovia em Goiás, foi incluído na “lista negra” do tribunal por subcontratações, mas sem necessidade de paralisação. A equipe técnica do TCU chegou a recomendar a proibição de novos aditivos, mas o plenário do tribunal só obrigou a Valec a suspender as subcontratações. No caso do Dnit, ao menos três contratos com valor aumentado este ano têm irregularidades, segundo o TCU. Na BR-163, em Goiás, os auditores constataram que o Dnit não contratou ninguém para fiscalizar a obra, tocada pela construtora Egesa, sob suspeita de sobrepreço”. Presente esse contexto, bem como a gravidade das denúncias veiculadas na grande imprensa nacional, vê-se que a obtenção dos dados acima solicitados se mostra absolutamente imprescindível para que o Congresso Nacional continue exercendo a sua típica função de fiscalizar as ações do Poder Executivo. Cumpre salientar, por fim, que, nos termos do § 2º do art. 50 da Constituição Federal de 1988, configura crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento do presente requerimento de informações, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, DEM – BA. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 736, DE 2011 (Do Sr. Antonio Carlos Magalhães Neto) Solicita informações ao Sr. Ministro de Estado dos Transportes, Alfredo Nascimento, sobre a majoração injustificada do custo das obras de responsabilidade do Ministério. 35052 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, Com fundamento no art. 50 do § 2º da Constituição Federal de 1988, e nos artigos 24, inciso V e § 2º, e 115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência seja encaminhado ao Senhor Ministro de Estado dos Transportes, Alfredo Nascimento, o presente requerimento de informações com os seguintes questionamentos: O que vem ocasionando a explosão dos valores dos empreendimentos vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)? Requer-se explicação pormenorizada dos possíveis motivos da referida majoração em cada um dos contratos de responsabilidade da pasta; O que ocasionou a elevação do orçamento de obras em ferrovias, que passou de 11,9 bilhões de reais, em março de 2010, para 16,4 bilhões em julho de 2011? Requer-se cópia dos contratos, bem como dos respectivos termos aditivos, todos eles acompanhados dos processos de contratação; Quais os motivos que levaram a VALEC a aumentar em R$ 828 milhões de reais um trecho de ferrovia cujo custo havia sido estimado apenas seis meses antes? Requer-se explicação pormenorizada dos possíveis motivos da majoração; Quais os critérios técnicos que levaram o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a orçar um trecho da BR-116, entre Eldorado do Sul e Pelotas, em R$ 1 bilhão de reais? Requer-se cópia dos documentos técnicos que justificam o orçamento nesse patamar. Quais os critérios técnicos que justificaram a intenção do Ministério dos Transportes de aumentar em R$ 10 bilhões de reais os custos de suas obras inscritas no PAC? Requer-se a apresentação dos documentos técnicos que justificam a referida pretensão. Qual o motivo da presença do Deputado Federal Valdemar da Costa Neto (PR – SP) na reunião ocorrida no último dia 04 de maio na sala do Diretor-Geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot? Justificação Por meio da edição nº 2.224 da Revista VEJA, a sociedade brasileira tomou conhecimento da existência de um grande esquema de corrupção no seio do Ministério dos Transportes. Segundo a matéria, o referido esquema de corrupção beneficia servidores públicos, empresários e até mesmo o Partido da República (PR), agremiação político-partidária à qual é filiado o Ministro dos Transportes. Conforme se apurou, o Ministério dos Transportes vem majorando injustificadamente o preço das obras sob sua responsabilidade, com o propósito de custear Julho de 2011 a cobrança de 4% (quatro por cento) a 5% (cinco por cento) de propina das empresas prestadoras de serviço. O modus operandi do grupo foi muito bem sintetizado pela Revista VEJA, conforme de extrai da seguinte passagem da matéria jornalística acima mencionada: “(...) No último dia 04 de maio, ele [Valdemar da Costa neto] se reuniu à tarde com representantes de quinze empresas de consultoria na sala do Diretor-Geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot. O Deputado, por não ter cargo, não tinha razões sadias para estar ali. Mas ele nem seu deu ao trabalho de explicar sua presença na reunião, que foi feita com o objetivo de discutir obras em 12 mil quilômetros de rodovias federais, negócio estimado entre 6 bilhões e 7 bilhões. Os membros do PR alertaram os presentes de que as obras só sairiam do papel se as consultorias ‘aperfeiçoassem’ os projetos adequando as propostas às exigências do Tribunal de Contas da União (TCU). Depois do alerta protocolar, porém, Antônio Pagot fez uma preleção. O apadrinhado do Senador Blairo Maggi disse que estava em jogo não apenas uma questão técnica, mas uma missão partidária. O PR teria de deixar como legado de sua passagem pelo Ministério uma efetiva e perceptível melhoria no estado de conservação das rodovias brasileira. Tudo perfeito, então? Sim, até que se desça das aparências para a sombria realidade dos negócios. ‘Eles exigem 5% das consultorias. Quem não paga está fora do Ministério’, contou a Veja um dos participantes da reunião. O porcentual – 5% – é um ponto maior do que o pedido às empreiteiras. Cinco outros consultores confirmaram à Veja o pagamento de propina aos políticos do PR. Entre as atribuições de uma empresa de consultoria, está desenhar o projeto de uma rodovia ou de uma ferrovia – seja construção, restauração ou manutenção. Os parâmetros do projeto são decisivos para a definição dos preços e influem até mesmo na escolha das empreiteiras que executarão a obra, já que uma se adequam mais a determinados requisitos do que outras. Para ter o controle absoluto do processo, o PR atua – e cobra – nas duas pontas. O Partido da República ‘acerta’ dos detalhes técnicos com as consultorias e, depois, mantém uma parceria informal com a Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (ANEOR). Às vésperas de um lançamento de uma licitação, empreiteiros se reúnem na Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sede da entidade em Brasília e dividem entre si lotes da obra em questão. Investigações da Polícia Federal já flagraram essa armação, responsável pela majoração dos preços dos empreendimentos. ‘Quem combina tudo, do preço à empresa que vai ganhar, é a direção da ANEOR com o Valdemar. Nas reuniões, não se pode entrar nem de telefone celular. Todos levam alguma coisa, mas quem discordar, perde tudo’, contou um empreiteiro.” Destaque-se, por importante, que, segundo registrado pela Revista VEJA, a própria Presidente da República, Dilma Roussef, demonstrou irritação com as constantes majorações, sem qualquer justificativa plausível, dos custos das obras do Ministério dos Transportes. Como não poderia deixar de ser, a denúncia repercutiu – e vem repercutindo – em toda imprensa nacional, como serve de amostra o seguinte trecho da matéria jornalística veiculada, no dia de hoje, na Folha de São Paulo: “O Ministério dos Transportes aumentou neste ano os valores de pelo menos 11 contratos de obras em estradas e ferrovias que tiveram irregularidades apontadas pelo TCU (Tribunal Contas de União). Em dois casos, o órgão de controle recomendou a paralisação dos trabalhos. A verba extra para as obras sob suspeita soma R$ 113,5 milhões. O dinheiro foi destinado a empreiteiras e consultorias técnicas por meio de termos aditivos, que são acréscimos ao valor original dos contratos. As obras pertencem ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e à Valec, estatal que cuida das ferrovias. Os diretores dos dois órgãos foram afastados no sábado por determinação da presidente Dilma Rousseff. Segundo reportagem da revista “Veja”, o PR do ministro Alfredo Nascimento montou um esquema de cobrança de propina de empreiteiras nos dois órgãos. Dilma teria reclamado de descontrole na assinatura de aditivos. A Lei de Licitações permite que o valor original dos contratos seja aumentado entre 25% ou 50% (exclusivamente para reformas) quando há, por exemplo, “fatos imprevisíveis” durante a obra. No total, o ministério autorizou o aumento de R$ 336,6 milhões em 46 contratos que Quarta-feira 6 35053 sofreram aditivos este ano, segundo levantamento feito pela Folha. O fato de o TCU ter encontrado irregularidades em 11 desses contratos não impede legalmente a pasta de aumentar o seu valor. A situação mais crítica está na Valec. Dos 11 contratos com irregularidades, oito são tocados pela estatal. No último dia 20 de junho, a empresa assinou quatro aditivos com a construtora Andrade Gutierrez, no valor total de R$ 40,1 milhões, para a construção das ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste. Dois dos contratos (036/07 e 037/07), referentes à Norte-Sul, já tinham sido aditivados em R$ 30,4 milhões em janeiro. Para o TCU, as obras deveriam estar paralisadas. Esses contratos -os únicos que tiveram mais de um aditivo neste ano– foram incluídos pelo TCU na lista de obras com indícios de irregularidades graves, com recomendação de paralisação. Entre os problemas, o órgão aponta suposto superfaturamento de R$ 120 milhões. Apesar da recomendação, o Congresso determinou que as obras tivessem continuidade, o que possibilitou a assinatura dos aditivos. Outro contrato com a Andrade Gutierrez (016/06), referente a trecho de ferrovia em Goiás, foi incluído na “lista negra” do tribunal por subcontratações, mas sem necessidade de paralisação. A equipe técnica do TCU chegou a recomendar a proibição de novos aditivos, mas o plenário do tribunal só obrigou a Valec a suspender as subcontratações. No caso do Dnit, ao menos três contratos com valor aumentado este ano têm irregularidades, segundo o TCU. Na BR-163, em Goiás, os auditores constataram que o Dnit não contratou ninguém para fiscalizar a obra, tocada pela construtora Egesa, sob suspeita de sobrepreço”. Presente esse contexto, bem como a gravidade das denúncias veiculadas na grande imprensa nacional, vê-se que a obtenção dos dados acima solicitados se mostra absolutamente imprescindível para que o Congresso Nacional continue exercendo a sua típica função de fiscalizar as ações do Poder Executivo. Cumpre salientar, por fim, que, nos termos do § 2º do art. 50 da Constituição Federal de 1988, configura crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento do presente requerimento de informa- 35054 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ções, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, DEM – BA. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 737, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Cruzeiro do Sul, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 738, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Mâncio Lima, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Re- Julho de 2011 gimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Mâncio Lima, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Mâncio Lima, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 739, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Manoel Urbano, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Manoel Urbano, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Funda- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ção Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Manoel Urbano, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 740, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Rio Branco, Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Rio Branco, Estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Rio Branco, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 741, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Sena Madureira, Estado do Acre. Quarta-feira 6 35055 Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Sena Madureira, Estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Sena Madureira, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 742, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Acrelândia, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Acrelândia, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam- 35056 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS -se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Acrelândia, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 743, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Bujari, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Bujari, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Bujari, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 744, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, Julho de 2011 sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Xapuri, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Xapuri, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Xapuri, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 745, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Brasiléia, Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Brasiléia, Estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Brasiléia, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 746, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Jordão, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Jordão, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante destas ações e com o objetivo de subsidiar as atividades deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Jordão, solicitamos estas informações. Quarta-feira 6 35057 REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 747, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Feijó, Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Feijó, Estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Feijó, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 748, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Epitaciolândia, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de 35058 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Epitaciolândia, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Porto Acre, solicitamos estas informações. Justificação REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 750, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Epitaciolândia, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 749, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Porto Acre, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Porto Acre, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Plácido de Castro, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Plácido de Castro, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Plácido de Castro, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 751, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Marechal Thaumaturgo, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Re- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS gimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Marechal Thaumaturgo, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Marechal Thaumaturgo, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 752, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Rodrigues Alves, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Rodrigues Alves, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Funda- Quarta-feira 6 35059 ção Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Rodrigues Alves, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 753, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Tarauacá, Estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Tarauacá, Estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Tarauacá, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 754, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Porto Walter, no estado do Acre. 35060 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Porto Walter, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Porto Walter, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 755, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Senador Guiomard, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Senador Guiomard, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam- Julho de 2011 -se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Senador Guiomard, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 756, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de capixaba, no estado do Acre. Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações a excelentíssima Ministra da Cultura, Sra. Ana de Hollanda, sobre as atividades desenvolvidas pelo Plano Nacional de Livro e leitura no município de Capixaba, no estado do Acre e valores investidos de 2006 a 2010 e previsão para 2011. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Justificação O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), composto de centenas de ações, projetos, programas e políticas governamentais e da sociedade civil. Entre as ações do MinC na área de livro e leitura destacam-se a implantação e modernização de bibliotecas, a implantação de Pontos de Leitura, as bolsas para escritores e os prêmios literários, realizados pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério. Diante desta ações e com o objetivo de subsidiar as ações deste mandato parlamentar sobre os investimentos culturais do governo federal nos município de Capixaba, solicitamos estas informações. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 757, DE 2011 (Da Sra. Perpétua Almeida) Solicita informações ao excelentíssimo Ministro das Relações Exteriores, Sr. Antonio de Aguiar Patriota, sobre recentes Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS decisões do governo Boliviano relativas a regularização de automóveis e exigência de residência fixa para estudantes brasileiros. Quarta-feira 6 35061 Senhor Presidente, Requeiro a V. Exª, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a mesa, sejam solicitadas informações ao excelentíssimo Ministro das Relações Exteriores, Sr. Antonio de Aguiar Patriota, sobre recentes decisões do governo Boliviano relativas a regularização de automóveis e exigência de residência fixa para estudantes brasileiros e a compatibilidade com os acordos internacionais entre Brasil e Bolívia. Sala das sessões, 5 de julho de 2011. – Perpétua Almeida, Deputado Federal PCdoB – AC. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal e nos arts. 24, inciso V e § 2º, e 115, inciso I, do Regimento Interno, solicito a V. Exª. Sejam requeridas ao Sr. Ministro de Estado dos Transportes as seguintes informações: Com relação à dívida da União Federal, sucessora da Rede Ferroviária Federal S.A. – RFFSA, com a REFER, indagamos se houve finalização do trabalho de auditoria realizado pela empresa EXACTTUS Consultoria Atuarial LTDA.? Solicitamos cópia integral do Relatório Final produzido pela empresa contratada. Quais os próximos passos para o efetivo pagamento dessa dívida da extinta Rede com a REFER? Justificação Justificação Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto para 2011 é de R$ 1,5 bilhão. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Diante do exposto e com o objetivo de subsidiar a atuação deste mandato parlamentar, solicitamos informações relativas ao repasse de recursos orçamentários para o programa Dinheiro Direto na Ecola realizados entre 2008 e 2010 pelo MEC para o município de Rio Branco, Estado do Acre. Em decorrência da resposta ao Requerimento de Informações nº 328/2011, o Inventariante da antiga Rede Ferroviária Federal registrou no Ofício nº 419/ INV/RFFSA/20011, de 13 de abril de 2011, enviado a esta Câmara Federal, que “a inventariança da extinta RFFSA firmou contrato número 99020/2011 decorrente do Pregão 59901/2011 o qual sagrou-se ganhadora a empresa EXACTTUS Consultoria Atuarial LTDA.” E continuou dizendo que “a previsão de encerramento do contrato com apresentação do produto final esperado é até 22/5/2011, com o qual o processo retornará para a SFC/CGU para parecer e posterior encaminhamento à STN/MF para liquidação da dívida.” (grifamos). Em razão do tempo decorrido, é de se esperar que tal auditoria já tenha sido finalizada e quais as suas conclusões finais. Portanto, é fundamental saber quais as medidas efetivamente adotadas para definição dos valores que, conforme contratos anteriormente assinados, já eram líquidos e certos. A aposentadoria complementar é uma conquista dos trabalhadores ativos e aposentados da antiga Rede Ferroviária Federal. Trata-se de um item fundamental para a manutenção da dignidade dos trabalhadores depois de uma vida inteira de trabalho. Portanto, a União Federal deve honrar os compromissos previdenciários assumidos contratualmente pela extinta Rede Ferroviária, tendo em vista que os aportes patronais são indispensáveis para que o plano de previdência mantenha seu equilíbrio financeiro e atuarial. Sala das Sessões, 5 julho de 2011. – Deputado Chico Dângelo (PT – RJ). REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 759 DE (Do Senhor Chico D’Angelo) Requer informações ao Sr. Ministro de Estado dos Transportes sobre a dívida da União (sucessora da Rede Ferroviária Federal) com o fundo de previdência REFER 35062 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 760, DE 2011 (Do senhor Otavio Leite) Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informações sobre os empréstimos e/ou financiamentos concedidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento – BNDES para financiamento de novas unidades hoteleiras na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior o presente requerimento de informação sobre os empréstimos e/ou financiamentos, e seus respectivos cronogramas de desembolso e pagamento, concedidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento – BNDES para construção de novas unidades hoteleiras na cidade do Rio de Janeiro/RJ, com os seguintes questionamentos: Quantos financiamentos foram concedidos para implantação de novas unidades hoteleiras no âmbito do Município do Rio de Janeiro/RJ pelo BNDES? Listá-los com respectivo valor. Quantos financiamentos foram aprovados para reformas de unidades hoteleiras já existentes pelo BNDES? Listá-los com o respectivo valor. Para ambos questionamentos, as repostas podem ser apresentadas sem listar as razões sociais, a fim que se preserve o sigilo fiscal. Justificação O Rio de Janeiro passa por um importante e delicado momento com a necessidade de investimentos e ações de infraestrutura urbana. As áreas da saúde, segurança, turismo e transporte público deverão receber recursos volumosos nos próximos anos. A Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 serão fundamentais para o desenvolvimento do Rio de Janeiro. Nesse sentido, o setor hoteleiro carioca deverá passar por uma profunda ampliação até o início dos campeonatos mundiais, com a construção de novos complexos, adaptações e reformas de unidades já existentes e também com o incremento de leitos em navios, para atender a grande demanda nos períodos dos eventos esportivos supracitados. Julho de 2011 Assim, solicito o envio do presente requerimento de informação ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sobre os empréstimos e/ou financiamentos, e seus respectivos cronogramas de desembolso e pagamento, concedidos pelo BNDES para construção de novas unidades hoteleiras no Rio de Janeiro/RJ, por julgarmos que a proposição é um instrumento relevante, no tocante à ações voltadas para o desenvolvimento do nosso Rio de Janeiro. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Otavio Leite, PSDB – RJ. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 761, DE 2011 (Do senhor Otavio Leite) Solicita ao Senhor Ministro-Chefe da Secretaria Nacional da Aviação Civil da Presidência da República informações pertinentes sobre os investimentos e obras realizados no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro – RJ. Senhor Presidente, Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Senhor Ministro-Chefe da Secretaria Nacional da Aviação Civil da Presidência da República o presente requerimento de informação, referente aos investimentos e obras realizadas no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro/RJ, com os seguintes pontos: Por que as obras do novo prédio do Aeroporto Santos Dumont estão paralisadas, no que se refere ao terceiro piso de embarque, destinado a lojas e serviços? Qual a previsão de retorno e conclusão das obras? Quais as intervenções que serão realizadas? Qual o custo total da referida obra no novo prédio do Aeroporto Santos Dumont? Justificação O Setor Aéreo Brasileiro vive um importante e delicado momento, a progressiva demanda que acompanha o crescimento econômico pede ações e investimentos urgentes. O número de voos, aeronaves e passageiros que passam pelos aeroportos brasileiros aumentam a cada dia. Os principais aeroportos das grandes cidades brasileiras já operam no seu limite, tanto em relação ao pátio de aeronaves e pistas, como também seus terminais de passageiros. O Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro / RJ, uns dos principais aeroportos do País, necessita Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de uma intervenção urgente para atender a crescente demanda, e em especial para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016. Diante disso, solicitamos o encaminhamento do presente Requerimento de Informação ao Senhor Ministro-Chefe da Secretaria Nacional da Aviação Civil da Presidência da República, por julgarmos que a presente proposição trata-se de um instrumento relevante, no tocante ao desenvolvimento de ações práticas voltadas para a melhoria do setor aéreo, em especial ao Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Otavio Leite, PSDB – RJ. REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 762, DE 2011 (Do Sr. Homero Pereira) Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado da Saúde quanto às análises realizadas para registro e reavaliação de agrotóxicos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50 da Constituição Federal, e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Senhor Ministro de Estado da Saúde, considerando que a resposta aos Requerimentos de Informação nº 452/2011 e nº 453/2011, de minha autoria, foi insatisfatória, requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e no Regimento Interno da Câmara dos Deputados, encaminhar ao Diretor da ANVISA, requerimento reiterando a solicitação de cópia dos estudos e documentos, que sustentam as afirmações que constam na RESOLUÇÃO ANVISA RDC Nº 10, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2008, a saber: – para o ingrediente ativo Cyhexatina, os estudos que demonstram a alta toxicidade aguda e que apresentam suspeita de carcinogenicidade para seres humanos, toxicidade reprodutiva e neurotoxicidade; – para o ingrediente ativo Acefato, os estudos com animais e estudos epidemiológicos que reportam que o produto causa neurotoxicidade, demonstram suspeita de carcinogenicidade para seres humanos e de toxicidade reprodutiva e a necessidade de revisar a Ingestão Diária Aceitável; – para o ingrediente ativo Glifosato, os relatos de casos de intoxicação ocupacional Quarta-feira 6 35063 e acidenta e os possíveis efeitos toxicológicos adversos; – para o ingrediente ativo Abamectina, os estudos que apresentam resultados relativos à toxicidade aguda e suspeita de toxicidade reprodutiva dessa substância e de seus metabólitos; – para o ingrediente ativo Lactofem, os estudos realizados que o classificam como Carcinogênico para humanos; – para o ingrediente ativo Triclorfom, os estudos que demonstram neurotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade reprodutiva; – para os ingredientes ativos Parationa Metílica, os estudos que demonstram a alta toxicidade aguda, neurotoxicidade, suspeita de desregulação endócrina, mutagenicidade e carcinogenicidade; – para o ingrediente ativo Metamidofós, os estudos que demonstram a alta toxicidade aguda e neurotoxicidade; – para o ingrediente ativo Fosmete, os estudos que demonstram neurotoxicidade; – para o ingrediente ativo Carbofurano, os estudos que demonstram alta toxicidade aguda; – para o ingrediente ativo Forato, os estudos que demonstram alta toxicidade aguda e neurotoxicidade; – para o ingrediente ativo Endossulfam, os estudos que demonstram alta toxicidade aguda, suspeita de desregulação endócrina e toxicidade reprodutiva; – para o ingrediente ativo Paraquate, os estudos que demonstram alta toxicidade aguda e toxicidade crônica; e – para o ingrediente ativo Tiram os estudos que demonstram mutagenicidade, toxicidade reprodutiva e suspeita de desregulação endócrina. Solicito, também, qual a “literatura científica pertinente”, mencionada na referida Resolução, que apresente a “identificação de que estes ingredientes ativos causaram problemas toxicológicos em ensaios com animais de laboratório”. Solicito, ainda, os “novos estudos experimentais realizados posteriormente à concessão do registro” e os “estudos epidemiológicos que indicam agravos à saúde” (itens 5.3 e 5.4 da Nota Técnica nº 06/2011, em resposta aos Requerimentos de Informação nº 452/2011 e nº 453/2011, de minha autoria). 35064 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Justificação O Requerimento de Informação da Câmara dos Deputados de nº 453/2011, solicitou à ANVISA, dentre outras informações: – No processo de reavaliação dos ingredientes ativos cihexatina, acefato, metamidofós, endossulfam, fosmete e triclorfom, quais as metodologias para execução destes testes e estudos; diretrizes de análise para estes testes e estudos e os resultados dos testes e estudos que embasaram a elaboração e as conclusões das notas técnicas, regulamentos técnicos, consultas públicas, resoluções e outras normas publicadas. Foi solicitado, também, a apresentação de todos os dados dos estudos de toxicologia aportados no registro, do produto original (referência) e produtos registrados posteriormente, de diversos testes e estudos. Embora tenha respondido outras questões, aquela Agência não encaminhou os estudos solicitados, embora mencionado outros que utilizou no processo de tomada de decisão para proceder à reavaliação dos ingredientes ativos supracitados. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Homero Pereira. REQUERIMENTO Nº 2.327, DE 2011 (Do Sr. João Magalhães) Requer seja proferido novo despacho ao PL nº 6.476, de 2009. Senhor Presidente: Na qualidade de Relator do PL nº 6.476, de 2009, que “regula o prazo prescricional da ação de acidente de trabalho”, venho expor e requerer o que se segue. O PL em questão, através de lei esparsa, pretende dispor sobre a prescrição da reparação civil decorrente de acidente de trabalho. Para tanto, faz referência ao Código Civil de 2002, lei que trata, inclusive, também do prazo prescricional da ação de reparação civil. Ocorre que por ser a ação de indenização, nesse caso, decorrente de acidente de trabalho, a Constituição Federal, através da Emenda nº 45/2004, passou a determinar que a competência para processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrente da relação de trabalho (CF, art. 114, VI) é Justiça do Trabalho. Creio que o mérito em questão (dever esse tipo de ação prescrever em dez anos ou não, bem como a fixação do termo inicial do prazo prescricional da ação) deve, indiscutivelmente, passar pela Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público, Julho de 2011 uma vez que esta CCJC não tem competência para dispor sobre tal matéria (RI, art. 32, XVIII, a). Por essa razão, requeiro a V. Exa. seja diligenciado junto ao Presidente da Casa para que novo despacho seja proferido, desta feita para que a CTASP possa também manifestar-se no mérito do PL 6.476/06, de acordo com o art. 24, II, do Regimento Interno. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado João Magalhães. REQUERIMENTO Nº 2.328 DE 2011 (Do Sr. Paes Landim) Requer, nos termos regimentais, a tramitação conjunta dos Projetos de Lei nº 1.122, de 2007 (e seu apenso) com o Projeto de Lei nº 3.941, de 1989. Senhor Presidente, Com base no art. 142 do RICD requeremos a tramitação conjunta do Projeto de Lei nº 1.122, de 2007, do Deputado Léo Vivas, que “altera o artigo 487, do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, para disciplinar a proporcionalidade do aviso prévio” (assim como seu apenso, PL nº 4.989, de 2009) com o Projeto de Lei nº 3.941, de 1989, do Senado Federal, que “regulamenta o disposto no inciso XXI do art. 7º da Constituição Federal de 1988. Dispõe sobre o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço do empregado. Altera o Decreto-Lei nº 5.452, de 1943”. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Paes Landim. REQUERIMENTO Nº 2.329, DE 2011 Requer inclusão de Proposta na Ordem do Dia. Senhor Presidente, Nos termos do Art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja incluída na Ordem do Dia a Proposta de Emenda a Constituição 153/2003 que “altera o art. 132 da Constituição Federal”, com a finalidade de regulamentar a carreira de Procurador Municipal. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Júlio Campos DEM – MT. REQUERIMENTO Nº 2.330, DE 2011 Excelentíssimo Senhor Presidente Da Câmara Dos Deputados Requeiro, nos termos regimentais, a realização de Sessão Especial destinada a Memória do Ex-Presidente da República Itamar Franco. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sugiro as datas de 09 ou 11 de agosto do corrente ano. Sala das Sessões 5 de julho de 2011. – Hugo Napoleão, Deputado Federal. REQUERIMENTO Nº 2.331, DE 2011 (Do Senhor Homero Pereira) Requer Voto de Pesar pelo falecimento do Senhor Odenir Ortolan. Senhor Presidente: Com fulcro no Art. 117, inciso XVIII, e § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência se digne registrar nos Anais desta Casa, voto de pesar pelo falecimento do Senhor Odenir Ortolan, em Mato Grosso, ocorrido no último dia 04 de julho do corrente ano. É a nossa homenagem. Na certeza do apoio dos nobres Pares ao presente Requerimento, submetemos à apreciação. Justificação Trata-se de um ex– empresário, de 46 anos, natural de Chapecó/SC, tendo fixado residência em Campo Novo do Parecis/MT, com apenas 19 anos. Foi emancipado aos 17 anos, assumindo, ainda no final da adolescência, parte dos negócios da família. Um grande homem, que sempre teve senso de responsabilidade, adquiriu precocemente a maturidade. Ousado e empreendedor, à custa de muita determinação e trabalho, obteve sucesso nos negócios que atualmente gera mais de sessenta empregos diretos em seus empreendimentos agropecuários. Odenir deixa precocimente dois filhos: Rafael e Pedro Henrique.Sempre esteve muito ligado e teve participação ativa nas questões e eventos da comunidade camponovense. O seu envolvimento com as questões da comunidade foi reconhecido pela população camponovense, que o elegeu Vereador por duas legislaturas (1989/1992 e 1993/1996), tendo presidido o Legislativo Municipal no biênio 1993/1994. Participou da fundação do Condomínio Marechal Rondon, referência empresarial do município, presidindo-o por três ocasiões. Foi precursor e é ao atual presidente da Parecis Alimentos S/A, cujo projeto acha-se em plena execução. Odenir como empresário, sempre teve como meta preponderante verticalizar a extraordinária produção primária regional e atrair novas indústrias. Odenir participou também da fundação da COOPERBIO – Cooperativa de Biocombustível, tendo sido eleito Vice-Presidente do Conselho de Administração na primeira diretoria. Sempre teve participação ativa em entidades estaduais como AMPA – Associação Quarta-feira 6 35065 Matogrossense dos Produtores de Algodão, APROSOJA – Associação do produtores de Soja do Estado de Mato Grosso, FAMATO – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, dentre outras. Teve também atuação destacada, desenvolvendo excelentes trabalhos frente ao Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, para o qual foi eleito no triênio 2007/2009 e reeleito para o triênio 2010/2012. Em sua gestão já promoveu 4 (quatro) Feiras Agropecuárias de Campo Novo do Parecis – Expocampo, maior evento do Município, que a cada ano se amplia e ganha destaque no cenário estadual. Foi o idealizador da Parecis SuperAgro – Feira Tecnológica de Negócios do Parecis, que em 2011 realiza sua 4ª edição e já está consolidada como o maior evento do gênero no Estado de Mato Grosso. O objeto da Parecis SuperAgro é proporcionar a difusão de tecnologia na área da produção agropecuária, fomentar a realização de negócios, incentivar a diversificação e melhoria da produção agropecuária, promover a verticalização da produção e o desenvolvimento regional. Em razão do potencial turístico regional, como as notáveis belezas naturais dos rios com suas cachoeiras, reservas indígenas e seus povos, bem como o próprio turismo de negócios proporcionado pela moderna agricultura e suas variantes, a Parecis SuperAgro tem como meta também ampliar as opções negociais nas áreas comerciais e de serviços. Odenir Ortolan desenvolveu voluntariamente a serviço da classe produtora e de toda a comunidade, por conseqüência; ao defender os interesses da classe produtora, esteve diretamente atuando em prol dos interesses do Município, dada a sua vocação econômica. Perdemos prematuramente, um grande homem público, um homem de bem, um grande desenvolvimentista, que sempre preocupou com as questões sociais, para geração de emprego e renda, que indiscutivelmente prestou relevantes serviços a comunidade, ao município de Campo Novo do Parecis, ao Estado de Mato Grosso e por conseqüência ao País. Uma história de luta, conquistas e superação, essa é a nossa sincera homenagem. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Homero Pereira, Deputado Federal (PR – MT). REQUERIMENTO Nº 2.332 DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Votos de congratulações empresário e industrial João Batista Fujita por ter sido agraciado com a Medalha do Mérito Industrial pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará. 35066 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações ao empresário e industrial João Batista Fujita, por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Industrial, pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados ao agraciado no endereço Av. Desembargador Moreira, 2120/11º andar –bairro Aldeota – Fortaleza-CE – CEP: 60.170-002. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. Rua Marechal Deodoro, 1395 – bairro Benfica – Fortaleza-CE – CEP: 60.020-061. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. REQUERIMENTO Nº 2.333 DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, deputado Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal Governador Raul Barbosa, pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados ao agraciado no endereço no endereço Av. Desembargador Moreira, 2807 – bairro Dionísio Torres – Fortaleza-CE – CEP: 60.170-900. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. Votos de congratulações ao empresário Jorge Alberto Vieira Studart Gomes (Beto Studart) por ter sido agraciado com a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria. Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações ao empresário Jorge Alberto Vieira Studart (Beto Studart), por ter sido agraciado com a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria. Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados ao agraciado no endereço Av. Santos Dumont, 2828 – bairro Aldeota – Fortaleza-CE – CEP: 60.150-161. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. REQUERIMENTO Nº 2.334 DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Votos de congratulações ao Centro Espírita Beneficente União do Vegetal pela passagem dos 50 anos de sua fundação. Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações ao Centro Espírita União do Vegetal pela passagem dos 50 anos de sua fundação. Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados ao mestre representante regional, Francisco Eudes Carneiro, no endereço REQUERIMENTO Nº 2.335, DE 5 DE JULHO DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Votos de congratulações ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, deputado Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. REQUERIMENTO Nº 2.336 DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Votos de congratulações ao conselheiro ex-presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, José Valdir Pessoa, por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações ao conselheiro ex-presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, José Valdir Pessoa, por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal Governador Raul Barbosa, pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados ao agraciado no en- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dereço Rua Osvaldo Cruz, 1024 – bairro Aldeota – Fortaleza-CE – CEP: 60.125-150. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. REQUERIMENTO Nº 2.337 DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Votos de congratulações ao senador José Barroso Pimentel por ter sido agraciado com o troféu Clóvis Rolim, concedido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará e pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações ao senador José Barroso Pimentel (PT – CE) por ter sido agraciado com o troféu Clóvis Rolim, concedido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará e pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados ao agraciado no endereço Av. da Universidade, 2290 – bairro Benfica – Fortaleza-CE – CEP: 60.020-180. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. REQUERIMENTO Nº 2.338 DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Votos de congratulações à Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fatamce) pela realização do 7º Congresso Estadual, com o tema “Adiante! O tempo do trabalho decente é agora”. Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações à Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará pela realização do 7º Congresso Estadual, com o tema “Adiante! O tempo do trabalho decente á agora”. Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados à presidente da Fetamce, Sebastiana Rodrigues Faustino (Netinha), no endereço Av. do Imperador, 1649 – bairro Benfica – Fortaleza/Ce – CEP: 60.015-052. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. Quarta-feira 6 35067 REQUERIMENTO Nº 2.339 DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Votos de congratulações ao ministro César Asfor Rocha por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) César Asfor Rocha, por ter sido agraciado com a medalha do Mérito Municipal Governador Raul Barbosa, pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados ao agraciado no endereço no endereço SAFS – Quadra 06 – Lote 1 – Trecho III – Brasília-DF – CEP: 70.095-900. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. REQUERIMENTO Nº 2.340 DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno) Votos de congratulações à Pia Sociedade Filhas de São Paulo (Irmãs Paulinas) em razão do cinquentenário da presença da instituição no estado do Ceará. Senhor Presidente, Requeiro, de acordo com o Art. 117, inciso XIX, Parágrafo 3º do Regimento Interno, Vossa Excelência se digne a registrar nos anais desta Casa votos de congratulações à Pia Sociedade Filhas de São Paulo (Irmãs Paulinas) em razão do cinquentenário da presença da instituição no Estado do Ceará. Solicito também a gentileza de que os votos de congratulações sejam enviados à diretora da Sociedade, irmã Ivani Pulga, no endereço Rua Major Facundo, 332 – bairro Centro – Fortaleza-CE – CEP: 60.025-100. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Artur Bruno, Deputado Federal PT – CE. REQUERIMENTO Nº 2.341 de 2011 (Do Sr. Sebastião Bala Rocha) Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário, a Proposta de Emenda à Constituição nº 270 de 2008, que acrescenta o parágrafo 9º ao artigo 40 da Constituição Federal. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, e em face da extrema relevância social da matéria, a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da 35068 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Proposta de Emenda a Constituição nº 270 de 2008, que acrescenta o parágrafo 9º ao artigo 40 da Constituição Federal, para garantir ao servidor público que tenha ingressado no serviço público até 16 de dezembro de 1998, e que se aposentar por invalidez permanente, o direito à percepção dos proventos integrais, com revisão de tais proventos na mesma proporção e data em que se fizer a revisão da remuneração dos servidores em atividade. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Sebastião Bala Rocha, Deputado Federal PDT – AP. REQUERIMENTO Nº 2.342, DE 2011 (Do Sr. Otoniel Lima) Requer o apensamento do Projeto de Lei nº 870, de 2011, ao Projeto de Lei nº 7.309, de 2010. Senhor Presidente: Requeiro a V.Ex.ª, nos termos do artigo 142, caput e parágrafo único, do Regimento Interno desta Carta, seja oficiado o Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos Deputados a fim de solicitar o apensamento do Projeto de Lei nº 870, de 2011, ao Projeto de Lei nº 7.309, de 2010. O Projeto de Lei nº 7.309, de 2010, encontra-se na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, pendente de apreciação, e o Projeto nº 870, de 2011, proposto recentemente, versa sobre a mesma temática, tratando da veiculação de informes oficiais de alerta à população sobre riscos causados por fenômenos meteorológicos, está na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Otoniel Lima PRB – SP. REQUERIMENTO N° 2.343, DE 2011 (Da Sra. Cida Borghetti) Requer a inclusão na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição nº 153 de 2003, que “Regulamenta a carreira de Procurador Municipal”. Senhor Presidente, Nos Termos do Art.114, inciso XIV do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência que seja incluída na Ordem do Dia do Plenário a Proposta de Emenda à Constituição nº 153 de 2003, que regulamenta a carreira de Procurador Municipal.. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Cida Borghetti, Deputada Federal PP – PR. REQUERIMENTO Nº 2.344 DE 2011 (Do Sr. Sibá Machado) Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 153, de 2003, que “altera o art. 132 da Constitui- Julho de 2011 ção Federal, regulamentando a carreira de Procurador Municipal”. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia, da Proposta de Emenda à Constituição nº 153, de 2003, que “altera o art. 132 da Constituição Federal, regulamentando a carreira de Procurador Municipal”. Trata-se de matéria de grande relevância e que está pronta para entrar na pauta para deliberação em Plenário. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado SIBÁ MACHADO – PT/AC REQUERIMENTO Nº 2.345 DE 2011 (Do Sr. Sibá Machado) Solicita o apensamento do Projeto de Lei nº 7.880/10 ao Projeto de Lei nº 2.522/07. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 142 (caput e Parágrafo Único) e 143 do Regimento Interno, a tramitação conjunta do Projeto de Lei nº 7.880/10, que “dispõe sobre a prestação de serviço telefônico de informações – ‘telelista’”, com o Projeto de Lei nº 2.522/07 (PLS 502/07), que “acrescenta inciso ao art. 3º da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para garantir atendimento presencial aos usuários de serviços de telecomunicações”, uma vez que as duas proposições regulam matéria idêntica, qual seja: atendimento aos usuários de telecomunicações. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Sibá Machado PT – AC. REQUERIMENTO Nº 2.346 DE 2011 (Do Sr. Paulo Folleto) Solicita inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 2.295/2000 que “Dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem”. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno desta Casa, a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 2.295/ 2000 que “Dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem”. Justificação O Projeto de Lei nº 2.295 de 2000, de autoria do Senador Lúcio Alcântara (PSDB/CE), visa estabelecer a jornada de 30 horas semanais para a categoria de profissionais da Enfermagem. A atual carga horária desses profissionais é de 40 horas. O trabalho exercido por esses profissionais é caracterizado por várias tensões e riscos que podem ficar Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ainda maiores quando a jornada de trabalho é elevada. As chances de surgimento de doenças profissionais e acidentes de trabalho são potencializadas, o que compromete diretamente a produtividade desses, podendo inclusive refletir no bom e correto atendimento dos cidadãos usuários dos serviços de saúde. Tem sido recorrente a veiculação pela imprensa de casos de erros cometidos por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, atribuídos à fadiga profissional, e que por vezes resultaram em mutilações, sequelas e até em morte do paciente. Dessa forma, a diminuição para 30 horas, será um ganho não só para a categoria, mas para a sociedade como um todo. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Paulo Folleto (PSB – ES). REQUERIMENTO Nº 2.347, DE 2011 (Do Sr. Deputado Paulo Pimenta) Senhor Presidente: Requeiro nos termos do art. 104 do Regimento Interno da Câmara dos deputados, o ARQUIVAMENTO do meu Projeto de Lei nº 1072/2011, que “Acrescenta Quarta-feira 6 35069 o inciso XII e parágrafo segundo ao art. 2º, da Lei nº 10.826/2003, atribuindo ao SINARM competência exclusiva para autorizar e fiscalizar a recarga de munição de armas e portes leves”. Justificação: Em função de audiência realizada com o presidente do Movimento Viva Brasil, professor Bene Barbosa, em que foi apresentado relatório de ponderações acerca do Projeto de Lei 1.072 de 2011, que “Acrescenta o inciso XII e parágrafo segundo ao art. 2º, da Lei nº 10.826/2003, atribuindo ao SINARM competência exclusiva para autorizar e fiscalizar a recarga de munição de armas e portes leves”, ressalto que a referida proposta necessita de arquivamento. Pois, a finalidade de ampliar o controle de recarga de munição, que foi sugerida no texto, é atendida pela legislação vigente. Encaminho, em anexo, ofício elaborado pelo Movimento Viva Brasil com ponderações sobre o referido projeto. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Paulo Pimenta. 35070 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35071 35072 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 2.348, DE 2011 (Do Sr. Wilson Filho) Requer o registro da Frente Parlamentar mista em Defesa dos Estados do Nordeste. Senhor Presidente: Requeremos nos termos do Ato da Mesa nº 69, de 10/11/2005, o registro da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Estados do Nordeste, constituída conforme ATA DE FUNDAÇÃO e ESTATUTO em anexo. Para tanto informo que a Frente funcionará sob o nome FRENTE PARLAMENTAR MISTA EM DEFESA DOS ESTADOS DO NORDESTE e será representada pelo Deputado WILSON FILHO. Em anexo, juntamos as assinaturas dos Deputados e Senadores que aderiram à Frente. Brasília, 05 de julho de 2011. – Deputado Wilson Filho, Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Estados do Nordeste. REQUERIMENTO Nº 2.349, DE 2011 (Do Sr. Renzo Braz) Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC 270 de 2008, que “Garante ao servidor que aposentar-se por invalidez permanente o direito dos proventos integrais com paridade. Altera a Constituição Federal de 1998” Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos dos arts.114, inciso XIV do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja incluída na pauta da Ordem do Dia do Plenário a Proposta de Emenda Constitucional – PEC 270, de 2008, que “Acrescenta o parágrafo 22 ao art. 40 da Constituição Federal de 1988, unificando os tipos de aposentadoria por invalidez permanente, e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, introduzido artigo que estabelece regra de transição complementar à Emenda Constitucional nº 41, de 2003, para sua modalidade de aposentadoria”. Por se tratar de matéria de suma importância e urgência para os servidores públicos civis do nosso País já aposentados, ou que venham a se aposentar por invalidez, peço deferimento ao presente Requerimento. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Renzo Braz, Deputado Federal/Minas Gerais. Julho de 2011 do conceito da modalidade operacional das cooperativas de trabalho. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, dada a mais relevante importância da matéria para a sociedade brasileira, a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 4.622/2004, que altera a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, para a fixação do conceito da modalidade operacional das cooperativas de trabalho. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Paulo Abi-Ackel, PSDB – MG. REQUERIMENTO Nº 2.351, DE 2011 (Do Sr. Paulo Abi-Ackel) Requer a inclusão na Ordem do Dia do PLP nº 141/2007, que dispõe sobre a fixação dos coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios, para estender ao exercício de 2008 os coeficientes atribuídos em 2007. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, dada a mais relevante importância da matéria para a sociedade brasileira, a inclusão na Ordem do Dia do PLP nº 141/2007, que dispõe sobre a fixação dos coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios, para estender ao exercício de 2008 os coeficientes atribuídos em 2007. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Paulo Abi-Ackel, PSDB – MG. REQUERIMENTO Nº 2.352, DE 2011 (Do Sr. Paulo Abi-Ackel) Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 2057/1991, que dispõe sobre o Estatuto das Sociedades Indígenas. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, dada a mais relevante importância da matéria para a sociedade brasileira, a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 2057/1991, que dispõe sobre o Estatuto das Sociedades Indígenas. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Paulo Abi-Ackel, PSDB – MG. REQUERIMENTO Nº 2.350, de 2011 (Do Sr. Paulo Abi-Ackel) REQUERIMENTO Nº 2.353, DE 2011 (Do Sr. Paulo Abi-Ackel) Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 4.622/2004, que altera a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, para a fixação Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 3443/2008, que dá nova redação a dispositivos da Lei nº 9.613, de 3 de março Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de 1998, objetivando tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, dada a mais relevante importância da matéria para a sociedade brasileira, a inclusão na Ordem do Dia do PL nº 3443/2008, que dá nova redação a dispositivos da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, objetivando tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado PAULO ABI-ACKEL, PSDB – MG. REQUERIMENTO Nº 2.354, DE 2011 (Do Sr. Paulo Abi-Ackel) Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 347/2009, que altera a redação do inciso III do artigo 208 da Constituição Federal. Senhor Presidente, Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 347/2009, que altera a redação do inciso III do artigo 208 da Constituição Federal. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Paulo Abi-Ackel, PSDB – MG. REQUERIMENTO Nº 2.355, DE 2011 (Do Senhor César Halum e outros) Requer a realização de Sessão Solene em comemoração ao Dia do Médico Veterinário. Excelentíssimo Senhor Presidente, Requeiro a vossa excelência, nos termos do artigo 68, do Regimento Interno da Câmara dos deputados, a realização de Sessão Solene em homenagem ao Dia do Médico Veterinário, que se comemora no dia nove de setembro. Justificação Foi no dia 9 de setembro de 1933, através do Decreto nº 23.133, que o então presidente Getúlio Vargas criou uma normatização para a atuação do médico veterinário e para o ensino dessa profissão. Em reconhecimento, a data passou a valer como o Dia do Veterinário. Mas escolas de veterinária já existiam no Brasil, desde 1910. A Medicina Veterinária pode ser considerada uma profissão jovem no Brasil, tendo sido criada em Quarta-feira 6 35073 1918. Desde então, o Médico Veterinário vem ganhando destaque em diversos setores da sociedade. Devido ao seu amplo leque de competências, que vai desde a prevenção e cura das afecções de diversas espécies animais, produção e inspeção de alimentos, defesa sanitária animal, saúde pública, ensino técnico e superior, pesquisa, extensão rural até a preservação ambiental e ecológica, a Medicina Veterinária é, hoje, uma das profissões mais importantes do Brasil e do mundo (FLOSI, 2004). Dentro da estrutura profissional multidisciplinar da Saúde Pública, não há dúvidas da importância do Médico Veterinário como promotor da saúde humana, sendo esta amplamente reconhecida e divulgada pela OMS, que tem solicitado, insistentemente, aos países membros, a participação deste nas equipes de administração, planificação e coordenação de programas de saúde Vendo a importância desta profissão, e por eu também ser médico veterinário de formação, vê-se a extrema necessidade de homenagear esta categoria tão importante para o País com uma sessão solene. Contamos, pois, com a ajuda dos nobres colegas para a aprovação do presente requerimento. Sala de Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado César Halum, PPS – TO. REQUERIMENTO Nº 2.356, DE 2011 (Do Sr. Edson Pimenta) Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados. Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados a inclusão na Ordem do Dia da PEC 00002/2003, que acrescenta arts. 90 e 91 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, possibilitando que os servidores públicos requisitados optem pela alteração de sua lotação funcional do órgão cedente para o órgão cessionário. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Edson Pimenta, PCdoB – BA. REQUERIMENTO Nº 2.357, DE 2011 (Do Sr. Edson Pimenta) Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados. Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados a inclusão na Ordem do Dia da PEC 00300/2008, que altera a redação do § 9º do art. 144 35074 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS da Constituição Federal, tendo em vista a relevância de discussão da referida proposição. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Edson Pimenta, PCdoB – BA. REQUERIMENTO Nº 2.358 DE 2011 (Do Sr. Onofre Santo Agostini) Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Artigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição de nº 487, de 2005 que dispõe sobre a Defensoria Pública, suas atribuições, garantias, vedações e dá outras providências, tendo em vista a relevância de discussão da referida proposição. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Onofre Santo Agostini, (DEM – SC). REQUERIMENTO Nº 2.359, DE (Do Sr. Bernardo Santana de Vasconcellos) Requer a retirada de assinatura do Requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar as controvérsias suscitadas no cálculo dos recursos da Compensação Financeira sobre Exploração de Recursos Minerais – CFEM. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais, a retirada de minha assinatura do Requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar as controvérsias suscitadas no cálculo dos recursos da Compensação Financeira sobre Exploração de Recursos Minerais – CFEM, conhecido como royalties da mineração. Justificação O presente requerimento se justifica pelo fato de que, após me aprofundar sobre o tema, constatei que os possíveis indícios de irregularidade envolvendo a elaboração dos cálculos dos royalties da mineração pagos pelas empresas mineradoras advém de deficiência na legislação pertinente. Sendo assim, não podemos responsabilizar e penalizar as empresas mineradoras por falhas na legislação. Desta feita, considero que o assunto deva ser tratado por meio de revisão legislativa, no âmbito do Congresso Nacional, não estando, portanto, sujeito a processo investigativo. Julho de 2011 Face ao exposto, me comprometo a propor, junto à Comissão de Minas e Energia, da qual sou membro titular, a formação de um grupo de trabalho para realização de estudo amplo sobre a legislação vigente, visando ajustes e aprimoramento. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Bernardo Santana de Vasconcellos, PR – MG. REQUERIMENTO Nº 2.360, DE 2011 (Do Sr. Manoel Junior) “Requer a inclusão na Ordem do Dia, da Proposta de Emenda a Constituição nº 153/03, que “Regulamenta a Carreira de Procurador Municipal” alterando o art. 132 da Constituição Federal.” Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Art. 114, XIV do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 153, de 2003, que “regulamenta a carreira de Procurador Municipal”. A está pronta para ser incluída na Ordem do Dia no plenário desta Casa. O requerimento ora apresentado merece precedência por se tratar de matéria relevante e de interesse público, na medida em que viabiliza o aperfeiçoamento dos trabalhos realizados pelas Procuradorias Municipais o que significa, na prática, atender de forma mais próxima ao cidadão, em todas as suas necessidades, principalmente no que se refere ao interesse coletivo de cada comunidade existente no país. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Manoel Junior, PMDB – PB. REQUERIMENTO Nº 2.361/2011 Requer a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 4385 de 1994 que “dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências.” Senhor Presidente: Com base nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, que seja incluída na Ordem do Dia em virtude da relevância do tema, o Projeto de Lei 4385 de 1994, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Diante desta iniciativa é que espero contar com o apoio do ilustre Presidente na aprovação do presente requerimento. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Homero Pereira PR – MT. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 2.362, DE 2011 (Da Sra. Nilda Gondim) Senhor Presidente, Nos termos do art. 117, inciso XIX e § 3º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, venho respeitosamente, com muita alegria solicitar a Vossa Excelência se digne registrar nos Anais desta Casa o nosso Voto de Louvor pelo grande sucesso do Maior São João do Mundo na cidade do forró Campina Grande, no estado da Paraíba. Festa tradicional que reverencia o São João, o São Pedro e o Santo Antônio e que a cada ano se profissionaliza, oferecendo 10 mil empregos diretos e indiretos, aquecendo a economia da cidade e acolhendo turistas do Brasil e do exterior. Este ano o São João foi visto em 150 países através da Record News que fez uma excelente cobertura do evento. Registrando por oportuno que outros veículos de comunicação de grande expressão no país também divulgaram a festa mostrando ao povo brasileiro os seus mínimos detalhes durante todo o mês de junho. Uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo e executada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Marca Brasil apontou o São João de Campina Grande dentre os quatro maiores eventos turísticos do país. Segundo o resultado publicado pela referida fundação, o São João de Campina Grande aparece ao lado do Carnaval do Rio de Janeiro, do Carnaval de Salvador e do Carnaval de Recife e Olinda como a maior festa popular do país. Entre as festas juninas, o Maior São João do Mundo aparece como o principal evento, dentro dos critérios adotados para a realização da pesquisa. Por esse resultado exitoso, parabenizamos o Prefeito Veneziano Vital do Rêgo e a todos os membros de sua equipe pela organização e trabalho realizado, especialmente, pela promoção dos valores culturais, econômicos e sociais de Campina Grande. Registre-se também, o nosso reconhecimento aos parceiros que colaboraram de forma efetiva para a realização de 30 dias de festa, de forró e muita alegria. Assim sendo, espero contar o apoio do ilustre presidente para a inclusão deste Voto de Louvor nos Anais da Casa. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputada Nilda Gondim PMDB – PB. REQUERIMENTO Nº 2.363, DE 2011 (Da Senhora Nilda Gondim) Solicita inclusão na pauta de votações, da Proposta de Emenda à Constituição nº 153, de 2003, que “Altera o art. 132 da Constituição Federal”. Quarta-feira 6 35075 Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114, inciso XIV, combinado com o art. 86, parágrafo 3º, do Regimento Interno, inclusão na pauta de votações da Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda à Constituição nº 153, de 2003, que “Altera o art. 132 da Constituição Federal”. Justificação A Proposta de Emenda à Constituição nº 153, de 2003, encontra-se nesta Câmara dos Deputados pronta para ser votada no Plenário. Levando-se em conta a finalidade principal da presente proposição é a de regulamentar a carreira de Procurador Municipal, espero poder contar com o apoio do ilustre Presidente para a inclusão da referida PEC na Ordem do Dia, para a sua votação no âmbito desta Casa. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputada Nilda Gondim, PMDB – PB. REQUERIMENTO Nº 2.364 DE 2011 (Do Sr. Hidekazu Takayama) Requer a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Decreto Legislativo nº 59, de 2011, que Aprova o texto do Acordo de Previdência Social entre a República Federativa do Brasil e o Japão, assinado em Tóquio, em 29 de julho de 2010. Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art.114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na ORDEM DO DIA do Projeto de Decreto Legislativo nº 59, de 2011, que Aprova o texto do Acordo de Previdência Social entre a República Federativa do Brasil e o Japão, assinado em Tóquio, em 29 de julho de 2010. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Hidekazu Takayama, Deputado Federal REQUERIMENTO Nº 2.365, DE 2011 (Do Senhor Osmar Terra e outros) Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 8 de agosto, às 10 horas em homenagem ao dia do Pediatra. Senhor Presidente: Representando um décimo da composição da Câmara dos Deputados, requeremos a Vossa Excelência, com base no art. 68 do Regimento Interno, e ouvido o Plenário, a convocação de sessão solene desta Casa, preferencialmente, para o dia 8 de agosto, às 10 ho- 35076 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ras, a fim de que se possa, em Plenário, homenagear o Pediatra pela passagem de seu dia. Justificação No dia 27 de julho comemora-se o Dia do Pediatra, um profissional excepcionalmente comprometido com a saúde das crianças, em especial, na primeira infância. Realiza um trabalho que lhe outorga nobreza e dignidade. A atribuição mais genuína da pediatria é proteger e cuidar do indivíduo em uma de suas fases de maior vulnerabilidade e, ao mesmo tempo de maior potencial de desenvolvimento. Hoje é farta a literatura que comprova a importância da intervenção preventiva, período crucial para a formação do ser humano. A pediatria estrutura-se em uma assistência integral à criança e ao adolescente. Os pediatras representam o recurso mais qualificado para atender a criança e o adolescente, tanto na atenção primária quanto na maior complexidade. As famílias levam seus filhos ao pediatra com a certeza de que é possível enfrentar e vencer muitas doenças. O trabalho do pediatra contribuiu, sobretudo nas últimas décadas, para diminuir a morbidade e a mortalidade de crianças e adolescentes no nosso país. Ressalte-se a importância capital de inúmeros outros fatores responsáveis por essa diminuição, mas não se pode negar a influência cultural e prática do atendimento das crianças realizado pelos médicos pediatras. A importância da Pediatria no mundo moderno ultrapassa a sua grande gama de conhecimentos etiológicos e fisiopatológicos das doenças das crianças e projeta-se além das suas eficientes técnicas de diagnóstico e terapêuticas. A moderna pediatria do século XXI incorpora e aproveita os avanços tecnológicos, prioriza a promoção à saúde e a prevenção de doenças, ao lado do diagnóstico precoce e do tratamento oportunos. Paradoxalmente, no entanto, o exercício da pediatria nos dias de hoje realiza-se em meio a conflitos, dilemas e dificuldades econômicas. São grandes profissionais que merecem esta justa homenagem. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Osmar Terra PMDB – RS – Deputado Henrique Eduardo Alves – PMDB – RN Líder do PMDB REQUERIMENTO Nº 2.366, DE 2011 (Do Sr. Vicentinho) Requer a apreciação do Projeto de Lei nº 4.645, de 2001, que altera o inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. Julho de 2011 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, e acréscimo do § 2º do art. 30 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir na isenção do imposto de renda os trabalhadores em atividade, atingidos pelas doenças lá referidas, e seus apensados. Sr. Presidente, Nos termos regimentais, requeiro a Vossa Excelência à inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 4.645, de 2001, que altera o inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pelo art. 47 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, e acréscimo do § 2º do art. 30 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir na isenção do imposto de renda os trabalhadores em atividade, atingidos pelas doenças lá referidas, e seus apensados. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Deputado Vicentinho (PT – SP). VI – ORDEM DO DIA Presentes os seguintes srs. Deputados: Partido Bloco RORAIMA Edio Lopes PMDB Francisco Araújo PSL PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Luciano Castro PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Paulo Cesar Quartiero DEM Raul Lima PP Teresa Surita PMDB Total de Roraima 6 AMAPÁ Dalva Figueiredo PT Davi Alcolumbre DEM Fátima Pelaes PMDB Professora Marcivania PT Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá 5 PARÁ Beto Faro PT Cláudio Puty PT José Priante PMDB Lira Maia DEM Lúcio Vale PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Luiz Otávio PMDB Miriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Zé Geraldo PT Total de Pará 9 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AMAZONAS Átila Lins PMDB Henrique Oliveira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Pauderney Avelino DEM Total de Amazonas 3 ACRE Antônia Lúcia PSC Flaviano Melo PMDB Gladson Cameli PP Henrique Afonso PV PvPps Marcio Bittar PSDB Perpétua Almeida PCdoB PsbPtbPcdob Sibá Machado PT Taumaturgo Lima PT Total de Acre 8 TOCANTINS Ângelo Agnolin PDT César Halum PPS PvPps Irajá Abreu DEM Laurez Moreira PSB PsbPtbPcdob Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Total de Tocantins 5 MARANHÃO Alberto Filho PMDB Carlos Brandão PSDB Domingos Dutra PT Edivaldo Holanda Junior PTC PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Francisco Escórcio PMDB Gastão Vieira PMDB Hélio Santos PSDB Lourival Mendes PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Pinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdob Zé Vieira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Maranhão 12 CEARÁ André Figueiredo PDT Ariosto Holanda PSB PsbPtbPcdob Artur Bruno PT Chico Lopes PCdoB PsbPtbPcdob Danilo Forte PMDB João Ananias PCdoB PsbPtbPcdob José Guimarães PT José Linhares PP Mauro Benevides PMDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Total de Ceará 10 Quarta-feira 6 35077 PIAUÍ Assis Carvalho PT Hugo Napoleão DEM Jesus Rodrigues PT Júlio Cesar DEM Marllos Sampaio PMDB Nazareno Fonteles PT Paes Landim PTB PsbPtbPcdob Total de Piauí 7 RIO GRANDE DO NORTE Fábio Faria PMN Fátima Bezerra PT Rogério Marinho PSDB Total de Rio Grande do Norte 3 PARAÍBA Benjamin Maranhão PMDB Efraim Filho DEM Hugo Motta PMDB Luiz Couto PT Manoel Junior PMDB Nilda Gondim PMDB Ruy Carneiro PSDB Wilson Filho PMDB Total de Paraíba 8 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPtbPcdob Anderson Ferreira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Bruno Araújo PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC Fernando Coelho Filho PSB PsbPtbPcdob Fernando Ferro PT Inocêncio Oliveira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl João Paulo Lima PT José Chaves PTB PsbPtbPcdob Mendonça Filho DEM Sergio Guerra PSDB Silvio Costa PTB PsbPtbPcdob Vilalba PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Pernambuco 13 ALAGOAS Arthur Lira PP Celia Rocha PTB PsbPtbPcdob Joaquim Beltrão PMDB Maurício Quintella Lessa PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Alagoas 4 SERGIPE Heleno Silva PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Laercio Oliveira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl 35078 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Márcio Macêdo PT Total de Sergipe 3 BAHIA Antonio Brito PTB PsbPtbPcdob Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdob Emiliano José PT Erivelton Santana PSC Felix Mendonça Júnior PDT Geraldo Simões PT Jânio Natal PRP PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl José Carlos Araújo PDT Joseph Bandeira PT Josias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Lucio Vieira Lima PMDB Luiz Argôlo PP Márcio Marinho PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Maurício Trindade PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PSC Valmir Assunção PT Waldenor Pereira PT Total de Bahia 23 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT Antônio Andrade PMDB Antônio Roberto PV PvPps Dimas Fabiano PP Eduardo Barbosa PSDB Fábio Ramalho PV PvPps Gabriel Guimarães PT Gilmar Machado PT Jairo Ataide DEM João Bittar DEM João Magalhães PMDB Júlio Delgado PSB PsbPtbPcdob Lael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB Lincoln Portela PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Marcus Pestana PSDB Newton Cardoso PMDB Odair Cunha PT Padre João PT Renzo Braz PP Rodrigo de Castro PSDB Saraiva Felipe PMDB Julho de 2011 Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Zé Silva PDT Total de Minas Gerais 26 ESPÍRITO SANTO Audifax PSB PsbPtbPcdob Camilo Cola PMDB Dr. Jorge Silva PDT Lauriete PSC Lelo Coimbra PMDB Manato PDT Paulo Foletto PSB PsbPtbPcdob Rose de Freitas PMDB Sueli Vidigal PDT Total de Espirito Santo 9 RIO DE JANEIRO Adrian PMDB Alessandro Molon PT Alfredo Sirkis PV PvPps Andreia Zito PSDB Anthony Garotinho PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Arolde de Oliveira DEM Chico Alencar PSOL Chico D`Angelo PT Cristiano PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Deley PSC Dr. Adilson Soares PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Dr. Aluizio PV PvPps Dr. Carlos Alberto PMN Dr. Paulo César PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Edson Ezequiel PMDB Eduardo Cunha PMDB Felipe Bornier PHS PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Fernando Jordão PMDB Glauber Braga PSB PsbPtbPcdob Jair Bolsonaro PP Jandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdob Liliam Sá PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Marcelo Matos PDT Miro Teixeira PDT Nelson Bornier PMDB Otavio Leite PSDB Rodrigo Maia DEM Romário PSB PsbPtbPcdob Simão Sessim PP Solange Almeida PMDB Vitor Paulo PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Walney Rocha PTB PsbPtbPcdob Washington Reis PMDB Zoinho PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Rio de Janeiro 34 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SÃO PAULO Aline Corrêa PP Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdob Arnaldo Jardim PPS PvPps Beto Mansur PP Bruna Furlan PSDB Carlinhos Almeida PT Carlos Zarattini PT Devanir Ribeiro PT Dr. Ubiali PSB PsbPtbPcdob Edinho Araújo PMDB Eleuses Paiva DEM Gabriel Chalita PMDB Guilherme Campos DEM Guilherme Mussi PV PvPps Janete Rocha Pietá PT Jilmar Tatto PT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdob Jorge Tadeu Mudalen DEM José Mentor PT Junji Abe DEM Luiz Fernando Machado PSDB Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdob Marcelo Aguiar PSC Milton Monti PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdob Newton Lima PT Pastor Marco Feliciano PSC Paulo Freire PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Paulo Pereira da Silva PDT Penna PV PvPps Roberto de Lucena PV PvPps Roberto Santiago PV PvPps Salvador Zimbaldi PDT Tiririca PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Valdemar Costa Neto PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Vanderlei Macris PSDB William Dib PSDB Total de São Paulo 37 MATO GROSSO Carlos Bezerra PMDB Homero Pereira PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Júlio Campos DEM Neri Geller PP Ságuas Moraes PT Total de Mato Grosso 5 DISTRITO FEDERAL Erika Kokay PT Izalci PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Policarpo PT Quarta-feira 6 35079 Reguffe PDT Ricardo Quirino PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Ronaldo Fonseca PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Total de Distrito Federal 6 GOIÁS Flávia Morais PDT Heuler Cruvinel DEM Íris de Araújo PMDB Jovair Arantes PTB PsbPtbPcdob Leandro Vilela PMDB Marina Santanna PT Pedro Chaves PMDB Ronaldo Caiado DEM Rubens Otoni PT Sandro Mabel PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Valdivino de Oliveira PSDB Total de Goiás 11 MATO GROSSO DO SUL Fabio Trad PMDB Mandetta DEM Marçal Filho PMDB Total de Mato Grosso do Sul 3 PARANÁ André Zacharow PMDB Angelo Vanhoni PT Assis do Couto PT Cida Borghetti PP Dilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Eduardo Sciarra DEM Giacobo PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Hermes Parcianello PMDB João Arruda PMDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdob Luiz Carlos Setim DEM Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Osmar Serraglio PMDB Reinhold Stephanes PMDB Rosane Ferreira PV PvPps Rubens Bueno PPS PvPps Total de Paraná 19 SANTA CATARINA Carmen Zanotto PPS PvPps Celso Maldaner PMDB Edinho Bez PMDB Gean Loureiro PMDB 35080 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Jorge Boeira PT Jorginho Mello PSDB Luci Choinacki PT Mauro Mariani PMDB Onofre Santo Agostini DEM Ronaldo Benedet PMDB Valdir Colatto PMDB Zonta PP Total de Santa Catarina 12 RIO GRANDE DO SUL Assis Melo PCdoB PsbPtbPcdob Bohn Gass PT Danrlei De Deus Hinterholz PTB PsbPtbPcdob Darcísio Perondi PMDB Giovani Cherini PDT Jeronimo Goergen PP José Otávio Germano PP José Stédile PSB PsbPtbPcdob Luis Carlos Heinze PP Marco Maia PT Mendes Ribeiro Filho PMDB Nelson Marchezan Junior PSDB Osmar Terra PMDB Pepe Vargas PT Renato Molling PP Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdob Ronaldo Zulke PT Vieira da Cunha PDT Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul 19 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – A lista de presença registra o comparecimento de 300 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Passa-se à Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 1. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 528, DE 2011 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 528, de 2011, que altera os valores constantes da tabela do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 21, 38, 45 e 53, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regi- Julho de 2011 mento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). COMISSÃO MISTA: 10-4-11 PRAZO NA CÂMARA: 24-4-11 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 12-5-11 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 7-8-11 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Para oferecer parecer, pela Comissão Mista à Medida Provisória nº 528, de 2011, e às emendas a ela apresentadas, concedo a palavra ao Deputado Maurício Trindade. V.Exa. não precisa ler todo o relatório, pode passar diretamente ao seu voto, para ganharmos tempo, já que há acordo para a votação desta medida provisória. O SR. MAURÍCIO TRINDADE (Bloco/PR – BA. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Passemos então ao voto. “II – VOTO DO RELATOR Da Admissibilidade De acordo com o art. 62 da Constituição Federal, “em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional”. O § 1º do art. 2º da Resolução nº 1/2002 do Congresso Nacional estabelece, por sua vez, que, “no dia da publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União, o seu texto será enviado ao Congresso Nacional, acompanhado da respectiva Mensagem e documento expondo a motivação do ato”. Assim, a admissibilidade da iniciativa depende da observância dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e do atendimento ao mencionado dispositivo do Regimento Comum do Congresso Nacional. Por intermédio da Mensagem nº 23/2011, o Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional a Medida Provisória nº 528/2011, aventando as razões para a sua adoção. Segundo a Exposição de Motivos Interministerial nº 37, de 2011, “a urgência dos dispositivos aqui propostos é plenamente atendida em função de que, com o reajuste da tabela para os anos-calendários de 2011 a 2014, é necessário interromper a utilização da tabela do imposto sobre a renda de 2010 para o imposto retido na fonte e para os recolhimentos efetuados por meio do carnê-leão”, e, “com relação à relevância, cabe destacar que o imposto em questão impacta a renda disponível Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS das famílias, afetando diretamente sua capacidade de consumo”. Pelas razões expostas, somos pela admissibilidade da Medida Provisória nº 528/2011. DA CONSTITUCIONALIDADE, JURIDICIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA Da análise da Medida Provisória nº 528/2011 não se depreende qualquer vício de inconstitucionalidade ou injuridicidade ou má técnica legislativa. A proposição atende às normas constitucionais relativas à competência legislativa da União – art. 24, inciso I – e à atribuição do Congresso Nacional, com posterior pronunciamento do Presidente da República – art. 48, inciso I. Além disso, a iniciativa não se reporta a matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional ou de qualquer de suas Casas, de acordo com os arts. 49, 51 e 52 da Constituição Federal. Tampouco versa matéria prevista no § 1º do art. 62 da Carta Magna, o qual impõe limitações materiais à edição de medidas provisórias. Quanto às emendas, não verificamos vícios de inconstitucionalidade, injuridicidade ou técnica legislativa que obstem a apreciação de seu mérito. Em virtude do exposto, votamos pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da Medida Provisória nº 528/2011 e das emendas a ela apresentadas. DA ADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA O exame de adequação financeira e orçamentária das medidas provisórias deve seguir as disposições da Resolução nº 1/2002, do Congresso Nacional, que prevê análise da repercussão sobre a receita ou despesa pública da União e da implicação quanto ao atendimento das normas orçamentárias e financeiras vigentes, em especial a conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 –, a Lei do Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. Entendemos que a medida provisória está em consonância com as normas sobreditas, pois as medidas de compensação adotadas excluem a possibilidade do desequilíbrio do orçamento. Conforme a Exposição de Motivos nº 37/2011 – MF, a renúncia de receita será de Quarta-feira 6 35081 R$1,61 bilhão, em 2011, R$2,36 bilhões, em 2012, e R$2,58 bilhões, em 2013. Em 2011, a renúncia de receita será compensada com o acréscimo de receita de R$948 milhões, decorrente da atualização dos preços de referência para fins de tributação das chamadas “bebidas frias”, e de R$802,43 milhões, advinda das alterações de alíquotas do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF, incidente nas operações de empréstimo externo. Nos anos seguintes, “a renúncia fiscal será considerada na elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual, de forma a não afetar as metas de resultados fiscais, previstas no anexo próprio da Lei de Diretrizes Orçamentárias, para os referidos anos”. É de se registrar, ademais, que um dos efeitos econômicos da medida provisória é aumentar a renda disponível dos brasileiros, o que tem o condão de dinamizar o consumo e, consequentemente, a arrecadação de impostos, tributos. Quanto às emendas, entendemos que não implicam maiores consequências do ponto de vista orçamentário e financeiro para o Tesouro Nacional. Assim, nos termos da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, somos pela compatibilidade e adequação orçamentária e financeira da Medida Provisória nº 528/2011 e das emendas a ela apresentadas. DO MÉRITO Consideramos a Medida Provisória nº 528/2011 altamente meritória. É tema recorrente no Congresso Nacional o reajuste da tabela progressiva do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física e dos valores de referência, para a sua apuração e recolhimento. Além das dezenas de proposições que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado Federal sobre a matéria, em ocasiões anteriores, foram aprovados outros reajustes propostos pelo Poder Executivo, por meio de medidas provisórias. Desde a implementação do Plano Real até o ano-calendário de 2010, a tabela do Imposto de Renda e as deduções legais foram reajustadas nos anos-calendários de 2002 e 2005 a 2010. Agora a Medida Provisória nº 528/2011 prevê reajuste para os próximos quatro anos-calendários, ou seja, até o ano-calendário de 2014, aliviando imediatamente a carga tributária suportada por milhões de trabalhadores brasi- 35082 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS leiros que honram suas obrigações tributárias tempestivamente. Tais reajustes têm o efeito de reduzir o descompasso entre o ônus tributário e a renda real do trabalhador. Impende assinalar que, há algum tempo, discute-se a necessidade de alterar a sistemática de tributação das pessoas físicas pelo Imposto de Renda. Alguns defendem a atualização monetária da tabela de incidência e das deduções, outros propugnam a criação de outras alíquotas. No entanto, essas medidas, em virtude da repercussão orçamentária, financeira e econômica, devem ser objeto de um debate mais amplo, com participação de toda a sociedade, a fim de que se encontre a melhor solução para tornar a tributação das pessoas físicas pelo Imposto de Renda mais progressiva, mas de maneira eficiente e sem desestabilizar as finanças estaduais e municipais. Quanto ao mérito das emendas, somos pela aprovação parcial das Emendas nos 40, 44, 51 e 52, nos termos do Projeto de Lei de Conversão (PLV). Em outro dizer, comungamos com a ideia central dessas emendas, mas as aprovamos com uma extensão menor do que a proposta por seus respectivos autores, tudo em consonância com o projeto anexo. As Emendas nos 40, 44, 51 e 52 prorrogam a vigência da dedução da contribuição previdenciária patronal do Imposto de Renda devido. De acordo com a legislação tributária em vigor, este é o último ano para a vigência do benefício. Apoiamos a sua manutenção, pois concorre para o aumento do grau de formalização dos trabalhadores domésticos, tão importante para que estes possam usufruir de seus legítimos direitos trabalhistas e previdenciários. Lembramos que, segundo estimativa da Receita Federal, entre 2006 a 2010, 700 mil empregados domésticos saíram da informalidade em decorrência do benefício. No Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória, incluímos uma modificação que julgamos da mais alta relevância e de grande alcance social. Trata-se da possibilidade de o empregador doméstico deduzir a despesa com plano de saúde individual comprovadamente paga por ele em benefício do empregado doméstico. Além de aliviar a demanda pelos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, a iniciativa valoriza essa classe de trabalhadores. Julho de 2011 Além disso, adicionamos um dispositivo que permitirá ao Poder Executivo, tal qual ocorre atualmente no tocante a produtores e envasadores de cervejas, refrigerantes e água mineral, impor a todos os fabricantes de bebida a obrigatoriedade de instalação de equipamentos contadores de produção, de modo a propiciar controle fiscal mais apropriado para o setor. No Projeto de Lei de Conversão, sugerimos, ainda, mudanças nas normas sobre ressarcimento das operadoras de planos de saúde ao Sistema Único de Saúde – SUS, instituto criado para evitar ou diminuir ao mínimo possível a utilização da rede pública pelo consumidor que possui plano privado de assistência à saúde. Tal ressarcimento passaria a ser efetuado pelas operadoras de planos de saúde apenas ao SUS, uma vez que as entidades prestadoras desses serviços, conveniadas ou contratadas pelo SUS, já recebem os valores decorrentes da prestação dos serviços. Faculta-se à Agência Nacional de Saúde a fixação de parâmetros para cobrança desse ressarcimento, com vistas a uma maior racionalidade e eficiência em seus processos de arrecadação e cobrança. Adicionalmente, propõe-se ainda reajuste da Taxa de Saúde Suplementar devida por plano de assistência à saúde, criada para ser uma das principais fontes de recursos da Agência Nacional de Saúde. No entanto, a falta de reajuste da Taxa desde a sua instituição acarreta uma participação decrescente no orçamento da citada Agência. Ademais, incluímos um artigo que propõe a alteração da redação do art. 7º, da Lei nº 10.480, de 10 de julho de 2002, a fim de prorrogar, até 31 de dezembro de 2012, o prazo de concessão da Gratificação de Representação de Gabinete e da Gratificação Temporária para servidores ou empregados requisitados pela Advocacia-Geral da União. Essa iniciativa é necessária para que a instituição conte com a participação desses servidores na condução das suas atividades, registrando que não há aumento de despesa para o corrente ano, porque o pagamento das gratificações já está previsto na Lei Orçamentária para 2011. A medida é fundamental para o bom funcionamento da Advocacia-Geral da União, visto que o órgão ainda não possui carreira de apoio técnico-administrativa específica. Por fim, aprovamos a Emenda nº 41, da lavra do Deputado Nelson Meurer. A proposição fixa prazo mínimo de 30 dias para atendimen- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS to, por parte do contribuinte pessoa física, de intimações dos agentes do Fisco Federal que requisitem documentos e informações relativos ao Imposto de Renda das Pessoas Físicas. Essa mudança na legislação tributária federal tornará mais fácil para os contribuintes manter suas obrigações tributárias em dia, pois lhes concederá o tempo mínimo necessário para preparar as devidas respostas às solicitações das autoridades fazendárias, especialmente nas hipóteses de impedimentos temporários, como viagens e problemas de saúde. DO VOTO Em face de todo o exposto, o voto é: a) pela relevância e urgência da Medida Provisória nº 528/2011; Quarta-feira 6 35083 b) pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, compatibilidade e adequação orçamentária e financeira da Medida Provisória nº 528/2011 e das emendas a ela apresentadas; e c) no mérito, pela aprovação da Medida Provisória nº 528/2011, pela aprovação parcial das Emendas nºs 40, 44, 51 e 52, pela aprovação da Emenda nº 41, nos termos do Projeto de Lei de Conversão, e pela rejeição das demais emendas a ela apresentadas. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Relator, Deputado Maurício Trindade.” Esse é o voto. PARECER ESCRITO ENCAMINHADO À MESA 35084 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35085 35086 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35087 35088 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35089 35090 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Sr. Presidente, gostaria de tirar uma dúvida com o Deputado Maurício Trindade, Relator da matéria. É possível? O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – V.Exa. terminou de ler o relatório? O SR. MAURÍCIO TRINDADE – Terminei. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Pois não. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu agradeço. Nós sabemos que o Deputado Maurício Trindade introduziu no texto uma série de alterações, fruto principalmente de emendas que ele incorporou. Eu diria que a grande maioria das emendas incorporadas tem boa razão no mérito, mas há uma emenda que me preocupa, Presidente, e eu queria indagar o Relator a esse respeito. O art. 6º do relatório do Deputado Trindade diz o seguinte. “Art. 6º O inciso I do artigo 20 e o Anexo III, ambos da Lei no 9.961, (...), passam a vigorar com a seguinte redação: E aí vem o Inciso I, para o qual eu chamo a atenção do Deputado Trindade. Art. 20. ................................................... I – por plano de assistência à saúde, e seu valor será o produto da multiplicação de R$3,85 (três reais e oitenta e cinco centavos) pelo número médio de usuários de cada plano privado de assistência à saúde, deduzido o percentual total de descontos apurado em cada plano, de acordo com as Tabelas I e II do Anexo II desta Lei;” Qual é a preocupação que eu tenho? Na prática, hoje, os planos de saúde pagam, em média, por cada vida, por cada segurado, R$2,00. Cerca de 40 milhões de brasileiros são beneficiários de planos de saúde. Está havendo aqui uma elevação desses R$2,00, que são pagos por cada segurado, para R$3,85. O preço quase está dobrando. Nós temos uma majoração de quase 100% do valor pago por cada segurado. Qual é a minha preocupação, Deputado Maurício Trindade? É que, obviamente, o plano de saúde vai repassar essa majoração para o seu cliente, para o segurado. O plano de saúde não vai pagar essa conta. Então, o que vai acontecer? Um encarecimento dos planos de saúde no Brasil. Repito, hoje a classe média, pela deficiência do atendimento público de saúde no Brasil, acaba recorrendo aos planos de saúde. A preocupação que eu tenho é que, com a elevação dessa taxa em quase Julho de 2011 100%, o contribuinte, o cidadão, sobretudo o de classe média, acabe sendo penalizado e obrigado a fazer um esforço e um sacrifício financeiro ainda maior para custear o plano de saúde. Então, as indagações que eu faço a V.Exa. são duas. Primeiro, se foi feito algum estudo, alguma análise de quem vai pagar a conta e, segundo, se é possível, já que nós estamos num espírito, Presidente, de construir um acordo e de permitir a votação por entendimento amplo desta medida provisória, o Deputado Maurício Trindade, Relator da matéria, retirar esse dispositivo, já que ele não constava do texto original, mantendo a taxa de R$2,00 por segurado e evitando que existam riscos sérios de a classe média ser penalizada e ter que fazer um sacrifício financeiro ainda maior para pagar os planos de saúde. O SR. MAURÍCIO TRINDADE (Bloco/PR – BA. Sem revisão do orador.) – Muito justa a preocupação do nobre Deputado, colega e amigo, ACM Neto, de que não houvesse esse repasse, mas, primeiro, cabe à Agência Nacional de Saúde fiscalizar os planos, e eles estavam com dificuldades de recursos. Basta que façamos a conta. São 10 anos sem aumento. Há 10 anos, a taxa era de R$2,00 por ano, ou seja, quase 20 centavos por mês em um plano. Se dobrar, são mais 20 centavos. Eu acredito que um plano de saúde não vai precisar repassar 20 centavos por mês para um segurado. Eu acredito que, embora justo, eles não vão fazer esse repasse. Se fizerem, são apenas 20 centavos, pagando pelo poder de polícia da Agência Nacional de Saúde. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Eu pergunto o seguinte a V.Exa. Existe uma Comissão na Casa, Sr. Presidente, uma Comissão Especial, instalada para tratar especificamente sobre a situação dos planos de saúde no Brasil. É evidente que essa matéria seria muito mais adequada, muito mais pertinente para essa Comissão Especial. Essa matéria não foi abordada na medida provisória original. E eu repito: se pensássemos, Deputado Maurício Trindade, apenas na situação de um segurado, eu concordaria com V.Exa. Mas, quando se aplica a escala e o universo total, sabemos que os planos de saúde não vão suportar isso. Existem planos de saúde com milhares de segurados. Eles não vão pagar esses milhões de reais a mais por mês. Eles vão repassar essa conta. Então, queria fazer um apelo, Sr. Presidente, em nome do acordo que nós estamos celebrando no dia de hoje, para que o Deputado Maurício Trindade admita a retirada desse dispositivo, já que foi introduzido a título de novidade, e que a gente assuma o compromisso Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – e eu vou defender isso na Comissão Especial – de levar o assunto para a Comissão Especial que trata dos planos de saúde. Aí, sim, com o estudo aprofundado, com um debate realizado sobre a matéria – porque o debate não foi realizado, é uma novidade –, não haverá nenhum problema em reajustar essa taxa e examinar qual é o valor adequado para que os planos de saúde possam arcar por segurado. O SR. MAURÍCIO TRINDADE – Muito justo, mas, infelizmente, principalmente por ser médico e trabalhar nessa área o dia todo, e vermos essa preocupação da população brasileira... Provavelmente cada um de nós aqui tem plano de saúde. Se fosse para o plano pagar tudo, seria caro, mas, na hora em que se divide o valor por esses milhões de usuários, serão 20 centavos a mais por mês. Acredito que isso é insignificante. Pela qualidade e pelo aumento da capacidade de a Agência Nacional de Saúde fiscalizar, acho extremamente válido para todos nós, que temos plano de saúde, e para a população em geral. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Sr. Presidente, esse é um assunto novo, e V.Exa. sabe que o Democratas tem o compromisso muito firme de ser contrário à majoração de taxas, de contribuições, de impostos, de qualquer matéria que possa agravar e onerar o bolso do cidadão, principalmente da classe média brasileira. Então, diante de um impasse, vou ter que rever o entendimento que nós fizemos na reunião de Líderes, porque, repito, isso foi introduzido no texto, é matéria nova. Eu considero que as outras emendas trazidas pelo Relator são corretas, merecem aprovação. Nós vamos votar favoravelmente. Agora, isso fere os princípios do partido. Há uma visão doutrinária do partido. E eu tenho certeza de que quem vai pagar a conta é o contribuinte. Então, não posso manter o que acertamos na reunião de Líderes, Sr. Presidente, com a presença de uma taxa nova sendo aqui introduzida. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Quero pedir a V.Exa. que a gente abra a discussão. Convoco alguém da Liderança do Governo para estar aqui presente e conversar com V.Exa., junto com o Relator, desde que seja assegurada a possibilidade de um entendimento até o fim da discussão. Vamos iniciar aqui a discussão. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – V.Exa. assegura isto: a possibilidade de um entendimento até... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Até o fim da discussão. Quarta-feira 6 35091 O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Até o fim da discussão. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Exatamente. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Não encerrará a discussão sem que a gente encerre a nossa, sem que façamos o nosso diálogo. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há dois requerimentos de adiamento da proposição, que vou retirar de ofício. Os dois requerimentos estão retirados. REQUERIMENTOS A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE REQUERIMENTO Requer o adiamento de discussão de proposição Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, combinado com os arts. 101, I, b, 2 e 117, X, do Regimento Interno, o adiamento da discussão da Medida Provisória 528/11, por duas sessões. Sala das Sessões, 29 de junho de 2011. – Duarte Nogueira, Líder do PSDB. REQUERIMENTO Requer o adiamento de votação de proposição Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 193, combinado com os art. 117, X, do Regimento Interno, o adiamento da votação da Medida Provisória 528/11, por 02 (duas) sessões. Sala das Sessões, 29 de junho de 2011. – Duarte Nogueira, Líder do PSDB. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Passa-se à discussão. Para falar contrariamente à matéria, o primeiro orador inscrito é o Deputado Domingos Sávio. (Pausa.) Ausente. Para falar contrariamente, Deputado Heleno Silva. (Pausa.) Ausente. Para falar contrariamente à matéria, Deputado Felipe Maia. (Pausa.) Ausente. Para falar contrariamente à matéria, Deputado Eduardo Azeredo. (Pausa.) Ausente. Deputado Nelson Marquezelli. (Pausa.) Ausente. Para falar a favor da matéria, Deputado Vicentinho. (Pausa.) Ausente. Deputado Carlos Zarattini. (Pausa.) Ausente. Deputado Maurício Quintella Lessa. (Pausa.) Ausente. Deputado Vicente Candido, para falar a favor da matéria. (Pausa.) Ausente. Deputado Celso Maldaner. (Pausa.) Ausente. Deputado Marcon. (Pausa.) Ausente. 35092 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Luiz Alberto. (Pausa.) Ausente. Deputado Fernando Marroni. (Pausa.) Ausente. Deputado Dr. Ubiali. (Pausa.) Ausente. Concedo a palavra ao nobre Deputado Amauri Teixeira, para falar a favor da matéria. O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, afora o destaque feito, a meu ver, corretamente, pelo Deputado ACM Neto, acho que esse ponto merece uma discussão apartada. Acho que podemos chegar a um entendimento em relação a esse ponto. O projeto vem favorecer os contribuintes. Já passava do momento de reajustar a tabela do Imposto de Renda. Quero parabenizar o Relator Maurício Trindade, que incorporou uma série de emendas, inclusive uma emenda nossa que permite a dedução da contribuição patronal do empregador doméstico no Imposto de Renda. Permite a correção de uma série de deduções. Então, somos favoráveis à aprovação dessa medida provisória. E sobre esse ponto levantado pelo Deputado ACM Neto, acho que cabe realmente uma discussão mais aprofundada. Temos de ver se é possível chegar a um acordo nesse ponto, se destacamos ou se levamos para outro momento. Creio que é importante levar em conta o que foi levantado aqui. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Para falar contrariamente à matéria, Deputado Otavio Leite. (Pausa.) Para falar contra, Deputado Darcísio Perondi. (Pausa.) Para falar contra, Deputado Marcus Pestana. (Pausa.) Então, estão encerradas as inscrições para falar contra a matéria. Para falar a favor da matéria, Deputado Izalci. É o último orador inscrito para falar a favor. Não há mais oradores inscritos. O SR. IZALCI (Bloco/PR – DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho mais uma vez à tribuna, é evidente, para lamentar – já conversei com o Relator a propósito –, tendo em vista o destino de quatro emendas que apresentei. Uma delas trata da incidência do Imposto de Renda sobre bolsa de estudo aos funcionários e aos dependentes dos professores. Essas bolsas são concedidas há mais de 40 anos, por meio de dissídio coletivo, sentença normativa etc. E a Receita Federal quer agora tributar o valor dessas bolsas concedidas, inclusive fazendo incidir sobre elas a contribuição previdenciária. Então, apresentei uma emenda – infelizmente, ela não foi acatada – para que o valor da bolsa concedida aos dependentes de professores e funcionários não Julho de 2011 fosse caracterizado como rendimento, para efeito de incidência do Imposto de Renda, principalmente no caso de a concessão ter sido decorrente de sentença normativa e convenção coletiva. Por incrível que pareça, Sr. Presidente, recebi agora o projeto do PRONATEC, que, como eu já havia inclusive solicitado ao Ministério da Educação, atende ao caso de bolsas concedidas para qualificação profissional. Então, no tocante ao PRONATEC, sobre o valor das bolsas concedidas para qualificação profissional não incidirá a contribuição previdência, mas em relação ao Imposto de Renda não há previsão no projeto de lei do PRONATEC. Então, essa medida provisória poderia já regularizar essa questão no que se refere ao Imposto de Renda, mas infelizmente não foi acatada sugestão nesse sentido. Apresentei outras duas emendas – que de antemão sabia que não seriam acatadas, mas para início de discussão – relativamente às despesas com educação. A classe média hoje, por não estar satisfeita com a educação pública, paga escolas particulares, e a parcela dedutível do Imposto de Renda é irrisória em comparação com o que é gasto. Um país que diz que educação é prioridade deveria atualizar essas parcela, além da corrigir a própria tabela, que os 4,5%... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Conclua, Sr. Deputado. O SR. IZALCI – É porque são quatro emendas, Sr. Presidente. Preconizamos a correção exatamente nos termos em que foi corrigido o salário mínimo: o INPC do ano anterior acrescido do PIB, o que poderia recuperar as perdas que chegam a quase 64%. Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Parece que se chegou a um entendimento. Vou passar a palavra ao Relator para relatar o entendimento a que chegou com a Liderança do Democratas. O SR. MAURÍCIO TRINDADE (Bloco/PR – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, por acordo, resolvemos retirar esse repasse da ANS, embora seja um valor pequeno. É muito justa a preocupação do nobre Deputado ACM Neto com referência ao art. 6º, ou seja, o repasse da ANS para os planos de saúde. Então, estamos retirando o art. 6º, ficando prejudicado o inciso II do art. 11. Está feito o acordo. O SR. MANDETTA (DEM – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como o Relator Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS concordou com a retirada do artigo que reajusta a taxa, quero informar que há na Casa uma comissão, da qual sou Relator, sobre planos de saúde, e temos o compromisso de discutir o assunto e o trazermos a plenário até o dia 20 de agosto. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Está encerrada a discussão. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Passa-se à votação. Antes, porém, há sobre a Mesa os seguintes: REQUERIMENTOS DE DESTAQUES DESTAQUE DE BANCADA Requer destaque para votação em separado de emenda “Senhor Presidente: Requeiro, nos termos do art. 161, II, e § 2º, combinado com art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da Emenda nº 3, oferecida à Medida Provisória nº 528/2011, que ‘altera os valores constantes da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física’.” Sala das Sessões, 28 de junho de 2011. – Duarte Nogueira, Líder do PSDB. DESTAQUE DE BANCADA Requer destaque para votação em separado de emenda “Requeremos a V.Exa., nos termos do art. 161,e § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado dos artigos 1º, 2º e 3º da Emenda nº 50, em substituição aos artigos. 1º, 2º e 3º do PLV à MP 528/2011, exceto a alínea “h” e parágrafo 4º do art. 8º, e artigo 12, todos introduzidos pelo artigo 3º do PLV.” Sala das Sessões, – Pauderney Avelino, Vice-Líder do DEM REQUERIMENTO Nº (BANCADA) Requer destaque para votação em separado. “Requeiro, nos termos dos arts. 117, IX, c/c art. 161, inciso II e § 2º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da Emenda nº 10, oferecida à MP 528/11.” Sala das Sessões, 29 de junho de 2011. – Giovanni Queiroz, Líder do PDT Quarta-feira 6 35093 DESTAQUE DE BANCADA DEM Senhor Presidente, “Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 161, § e 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da Emenda nº 34 à MP nº 528/2011.” Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Mendonça Filho, Vice-Líder do DEM REQUERIMENTO Requer destaque para votação em reparado. “Requeiro, nos termos do art. 161, I, e § 2º, combinado com o art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do art. 8º e, por consequência, do art. 9º, constantes do Projeto de Lei de Conversão oferecido à Medida Provisória nº 528, de 2001.” Sala das Sessões, – Duarte Nogueira, Líder do PSDB REQUERIMENTO DE DESTAQUE DA BANCADA DO PMDB Senhor Presidente, “Nos termos do art. 161, incisos I e II, combinado com o art. 161, § 2º, ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeremos destaque para votação em separado da Emenda nº 49, que acrescenta artigo à presente MP, para fins de sua aprovação.” Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Ronaldo Benedet, PMDB/SC O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Como são os mesmos oradores que estavam inscritos para discutir e não se encontravam presentes, vou encerrar também encaminhamento da votação. Encerrado o encaminhamento da votação. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Sobre a mesa requerimento de adiamento de votação, que vou retirar de ofício, tendo em vista a existência de acordo. REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SENHOR PRESIDENTE REQUERIMENTO Requer o adiamento da votação. Senhor Presidente, ‘‘Requeremos a Vossa Excelência, nos termos regimentais, o adiamento da votação 35094 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS por 02 sessões da MP 528/11, constante do item 1 da presente Ordem do Dia.’’ Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Antônio Carlos Magalhães Neto, Líder do DEM REQUERIMENTO Requer que a votação seja feita artigo por artigo. Senhor Presidente, ‘‘Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, XIII, do Regimento Interno, que a votação da MP 528/2011 seja feita artigo por artigo.’’ Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Antônio Carlos Magalhães Neto, Líder do DEM O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Para orientar. O SR. SIBÁ MACHADO (PT – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a orientação do PT é pela aprovação do projeto. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – O PT vota “sim”; PMDB – “sim”; PSB – “sim”; PR – “sim”; PSDB – “sim”; Democratas, “sim”; PP – “sim”. O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, PDT vai orientar. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – PDT vai orientar. Como vota o PDT – então? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é muito pequena essa atualização. Esses valores e essas alíquotas têm funcionado contra os contribuintes, de modo geral. No momento em que temos a possibilidade até de aperfeiçoar a fiscalização de planos de saúde, isso é retirado. E o povo está precisando que a fiscalização aumente, porque, na hora em que recorre aos serviços nos hospitais, a população não é atendida. A indenização pelo atendimento em emergências de hospitais públicos daqueles que têm plano de saúde deixa muito a desejar também. Então, acho que já poderíamos ter dado um passo hoje, independentemente de uma comissão estar funcionando, pois não sabemos que conclusão trará e quando trará. Porém, pelo conjunto da obra, o voto é “sim”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – PSOL – como vota? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL Julho de 2011 quer ponderar o seu voto crítico a essa correção absolutamente insuficiente da tabela do Imposto de Renda. De janeiro de 1996 até dezembro de 2010, a inflação, pelo IPCA, foi de 157% e, no mesmo período, a tabela foi reajustada em apenas 67%. Ou seja, ainda resta, para se chegar ao equilíbrio, um remanescente de 54%. A medida provisória estabelece 4,5% de correção, reajuste, reiteramos, absolutamente insuficiente. Entendemos – e fizemos emendas a respeito, não acolhidas pelo Relator – que a tributação deveria começar a partir de R$2.311,00, para que o trabalhador e assalariado não fossem gravados. E deveríamos ter a ousadia e a coragem de chegar, para aqueles que têm altíssimos rendimentos, como em muitos países do mundo, até a uma alíquota de 50%. Quer dizer, exige-se ousadia para se fazer justiça tributária, mas não é o que estamos fazendo aqui, com uma pequeníssima e insuficiente correção. Nosso voto é “não”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Democratas, como vota? O SR. MENDONÇA FILHO (DEM – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. e Sras. Parlamentares, a inflação hoje está na pauta da população brasileira. Indiscutivelmente, trata-se de um grave problema – e problema que vem crescendo. O Governo tem tentado combater a inflação. Foi negligente, leniente com a inflação durante o ano passado, durante o período em que ocorriam eleições nacionais no País. O que há também, paralelamente, é um acúmulo de defasagem na correção da tabela do Imposto de Renda de 54%. Queremos registrar, em nome do Democratas, nossa posição em apoio à medida provisória que reajusta em apenas 4,5 pontos percentuais a tabela do Imposto de Renda. Desejamos mais, mais 6,47%, para ser mais preciso. A correção seria pelo INCC. Infelizmente, não fomos ouvidos pelo Relator, mas mantemos nossa posição de apoio à medida provisória que corrige em 4,5%, embora a consideremos insuficiente, como já dissemos. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – A Minoria, como vota? (Pausa.) Como vota o Governo? (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação o Projeto de Lei de Conversão oferecido pelo Relator à Comissão Mista, ressalvados os destaques, com as alterações comunicadas ao Plenário. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35095 35096 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35097 35098 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35099 35100 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35101 35102 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Passamos à votação dos destaques. Quero saber quais são os dois destaques, um do PSDB e outro do Democratas, que acordamos para a votação pelo sistema nominal. O SR. SIBÁ MACHADO – Sr. Presidente, só para tirar uma dúvida... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Do PSDB é o destaque para votação nominal da Emenda nº 3. E o do Democratas? (Pausa.) O SR. IVAN VALENTE (PSOL – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei com o partido. O SR. MENDONÇA FILHO (DEM – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É o destaque para votação da Emenda nº 50, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Então, o restante podemos retirar? Ou vamos manter os outros destaques? O SR. EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a bancada do PMDB havia apresentado destaque para uma emenda e gostaria de preservar o seu direito a verificar, dentro do interstício, independentemente da concessão de nominais, de ofício, aos outros partidos. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Está bem. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. consultou a bancada do PSDB e as demais bancadas. Tendo em vista o acordo produzido no que diz respeito aos destaques para votação em separado, dois destaques, sendo um do PSDB – serão votados nominalmente. V.Exa. perguntou se poderia... O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Retirar os outros do PSDB. O SR. DUARTE NOGUEIRA – ...retirar os demais. No nosso caso, ficamos regimentalmente impedidos, porque nosso outro destaque é de texto e, portanto, tem de ser votado simbolicamente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Vamos caso a caso, analisando cada um deles. Há uma pilha de destaques aqui. O primeiro destaque é o destaque de bancada do PSDB... O SR. SIBÁ MACHADO (PT – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero perguntar a V.Exa. se é possível, em relação aos dois destaques sobre os quais ficou acordada a votação nominal, votá-los em sequência, ou se V.Exa. vai seguir a ordem normal do que está apresentado. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Vou seguir a ordem. Quarta-feira 6 35103 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Sobre a mesa o seguinte requerimento: “Senhor Presidente: Requeiro, nos termos do art. 161, II, e § 2º, combinado com art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da Emenda nº 3, oferecida à Medida Provisória nº 528/2011, que ‘altera os valores constantes da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física. Sala das Sessões, 28 de junho de 2011. – Duarte Nogueira, Líder do PSDB.” O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Esse é o destaque do PSDB – que terá votação nominal. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Para falar a favor, com a palavra o Deputado Duarte Nogueira. Neste caso, para encaminhar a votação em separado da emenda, só fala o Deputado Duarte Nogueira, que é o autor da emenda e do destaque. O SR. DUARTE NOGUEIRA – Sr. Presidente, peço a V.Exa. que acrescente ao tempo de 3 minutos, o tempo de Líder e o da orientação de voto, para que eu possa desenvolver melhor o meu raciocínio. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Está acrescentado. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, estamos na tarde de hoje votando a Medida Provisória nº 528, que, em seu objetivo principal, reajusta a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física Muito bem. Se observarmos o período do ano de 1995 até agora, portanto 16 anos e meio, o acumulado do índice inflacionário mais tradicional, o IPCA, deve ter sido da ordem de mais de 220%. Ou seja, a inflação reduziu o poder aquisitivo do real em 220%, no caso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo. E de quanto foi a revisão da tabela do Imposto de Renda nesse mesmo período? De pouco mais de 80%. Então, a diferença entre 220% e pouco mais de 80% é o dinheiro do contribuinte que está indo diretamente para os cofres da Receita Federal. Essa é uma forma de criar impostos sem criar novos impostos. É uma tributação indireta, porque obriga o cidadão, na hora de declarar seu Imposto de Renda, em não havendo um desconto maior da tabela, a recolher aos cofres do Governo mais tributos. A Medida Provisória nº 528, editada pela Presidente da República, quer dar um desconto de 4,5% nessa tabela para uma inflação, repito, de 220% do INPC e um reajuste de oitenta e poucos por cento nesses últimos 16 anos e pouco. tabela. Consideramos que esse reajuste está muito aquém do que poderia ser classificado como uma verdadeira justiça tributária. 35104 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Assim, esse destaque do PSDB para votação em separado não representa nenhuma proposta fora do comum ou absurda, pois calcada na seguinte argumentação. Estamos propondo que, na revisão da tabela, ao invés de o reajuste ser de 4,5% nos valores das cinco faixas do Imposto de Renda, passe a ser de 5,91%. Essa diferença de 1,34%, na verdade, foi o reajuste concedido pela Receita Federal – inferior – à inflação medida no ano retrasado, cuja perda estamos pretendendo repor em favor dos cidadãos brasileiros. Isso não é nenhuma forma de indexação. É apenas uma compensação da inflação do ano retrasado, em face da proposta do Governo, de modo que, com isso, possamos fazer, quem sabe?, o mínimo de justiça fiscal para a população brasileira, que não aguenta mais pagar tantos impostos e que agora pagará mais um pouco pela pequena ousadia do Governo no reajuste da tabela do Imposto de Renda. Esta a nossa argumentação. Sr. Presidente, quero aproveitar o restante do tempo para fazer uma homenagem que não tive oportunidade de fazer na semana passada ao educador que o Brasil perdeu: o Ministro Paulo Renato. Seu trabalho foi profícuo. Foi um dos Ministros que por mais tempo dirigiu o Ministério da Educação, perdendo apenas para Gustavo Capanema, que não é de nós contemporâneo. Paulo Renato criou o Exame Nacional do Ensino Médio e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, respectivamente ENEM e FUNDEF; criou a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais, o Programa Dinheiro Direto na Escola e o Bolsa– Escola federal. Tão benéficas e acertadas foram essas medidas implantadas no período do Presidente Fernando Henrique Cardoso pelo então Ministro Paulo Renato Souza que o atual Governo, da Presidenta Dilma, e o que lhe antecedeu, do Presidente Lula, as mantiveram todas. Em alguns momentos, mudaram-lhes o nome, mas o objetivo, o espírito da política pública educacional de transferência de renda, de melhor enquadramento curricular, de universalização dos jovens no ensino, de melhoria dos instrumentos de aferição, tanto do desempenho quanto do processo educacional, sem dúvida alguma foram mantidos como política acertada desenvolvida pelo estimado, querido, saudoso Ministro Paulo Renato. É importante lembrar que o mencionado Programa Bolsa Escola foi transformado no atual Programa Bolsa Família – com algumas mudanças que, certamente, desagradariam ao Ministro Paulo Renato: na forma como hoje funciona o programa, não há cobrança de contrapartida da matrícula escolar, como havia no Bolsa Escola do então Ministro Paulo Renato. Julho de 2011 Enfim, Sr. Presidente, nós, do PSDB – nos solidarizamos com os familiares de Paulo Renato. Já expressamos nossas manifestações de pesar durante seu velório e sepultamento, sabendo que a História haverá de fazer justiça, ainda que tardia, a ele, que foi dos maiores responsáveis por transformar o Brasil em potência mundial por meio da educação, uma das mais importantes metas e prioridades das políticas de Governo do País. Por último, Sr. Presidente, fechando meu pronunciamento, quero falar sobre as ações do PSDB – do final de semana até o dia de hoje, relativamente ao escândalo trazido pela revista Veja que envolve o Ministério dos Transportes. O PSDB – na Câmara, atuou em cinco frentes. Apresentamos hoje ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, duas Representações. A primeira pede a abertura de inquérito e a adoção das providências que julgar necessárias no tocante ao Ministro Alfredo Nascimento e aos quatro afastados do primeiro escalão daquele Ministério por supostas ações de irregularidades – mau uso do dinheiro público, superfaturamento de obras e improbidade administrativa –, irregularidades atestadas pela própria Presidente Dilma, quando afirmou, em reunião ocorrida do dia 24, todas as mazelas e todas as incompetências que estão pairando sobre aquela Pasta. A segunda foi contra o Controlador-Geral da União, o Ministro Jorge Hage, que, em entrevista e em nota oficial reconheceu – peço a V.Exa., Sr. Presidente, um minuto de tolerância –, que há muito tempo irregularidades estão sendo praticadas no DNIT. Ora, se há muito tempo irregularidades estão acontecendo, que providências tomou a Controladoria-Geral para saná-las e punir os culpados? Teve que tomar um pito da Presidência da República para se mexer e tomar iniciativas. Nas outras três frentes, oficiamos ao Ministro da Justiça, que agora reconhece que pode, sim, a Polícia Federal investigar o caso; pedimos ao TCU uma auditoria especial nas áreas dos transportes envolvidos no escândalo; e apresentamos requerimento convidando o titular da Controladoria-Geral e os afastados da Pasta a virem aqui prestar esclarecimentos. Muito obrigado, Sr. Presidente. PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, após anos de intensa propaganda negativa contra tudo que foi construído durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso à frente da Presidência da República, finalmente nossos adversários dão o braço a torcer e admitem o imenso legado benéfico deste que foi um estadista exemplar – inclusive na transição para o pre- Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sidente seguinte, realizada de maneira democrática e livre de qualquer amarra partidária. Entretanto, para alguns, esse justo reconhecimento chegou tarde... É o caso do ex-ministro e colega de Câmara dos Deputados Paulo Renato Souza, falecido no último final de semana. Convivi com Paulo Renato desde a campanha de 1994. Relação que continuou durante sua gestão à frente do Ministério da Educação, fortaleceu-se na Câmara dos Deputados e perdurou mesmo após sua ida para a Secretaria de Educação de São Paulo, última atividade pública que desempenhou. Em todas as funções que exerceu, primou sempre pela luta em favor da educação no Brasil, alicerçada em políticas inovadoras para universalizar o acesso à escola e na introdução de métodos modernos de avaliação da qualidade do processo ensino-aprendizado, além de garantir a ampliação do financiamento. Foi justamente desta ânsia em servir ao seu País, através da educação, única ferramenta realmente capaz de permitir o avanço social e econômico de uma população, que nasceram o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF, a nova Diretrizes e Bases da Educação – LDB, os Parâmetros Curriculares Nacionais, o Dinheiro Direto na Escola, e a Bolsa-Escola federal. De tão benéficas e acertadas, suas medidas foram mantidas pelo Governo seguinte – quando não copiadas, apenas tomando-se o cuidado em não dar-lhe o mérito pela iniciativa, prática que infelizmente durou até seu falecimento. E o caso do Bolsa-Escola, por exemplo, transformado no Bolsa-Família com alguns desajustes que certamente lhe desagradavam. Além de todas as contribuições citadas, Paulo Renato Souza entrou para a História do Brasil por dois motivos. Foi o segundo Ministro que mais tempo permaneceu à frente do Ministério da Educação, superado apenas por Gustavo Capanema, na já distante Era Vargas. Ao todo, foram oito anos comandando com primor uma Pasta de singular importância, do primeiro ao último dia do Governo de Fernando Henrique. Uma de suas mais importantes marcas foi sem dúvida a universalização do acesso das crianças na escola – ao fim de sua passagem pelo MEC, 98% delas estavam matriculadas e utilizando material didático compatível com suas idades‑séries de aprendizado. Algo que certamente foi a semente do momento de crescimento que ora atravessamos, ao lado das demais conquistas econômicas daquele período. Paulo Renato não pôde receber em vida o reconhecimento merecido, tampouco presenciar as manifestações de carinho que agora recebe, tanto de seus saudosos colegas de PSDB como de integrantes do Quarta-feira 6 35105 próprio Governo. Contudo, certamente a História lhe fará justiça, ainda que tardia, como um dos maiores responsáveis por transformar o Brasil em potência mundial – por meio da transformação da educação em artigo de urgência das políticas públicas. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Não há mais oradores inscritos para esta matéria. Para orientar, como vota o PT? O SR. PEPE VARGAS (PT – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “não”. Queremos deixar claro o seguinte: com relação àquilo que o Líder Duarte Nogueira colocou, por quem temos respeito, infelizmente, no período em que o partido dele governava o País, não era praticado. Nós ficamos 8 anos sem reajustamento na Tabela do Imposto de Renda. O Governo do Presidente Lula procedeu a diversos reajustamentos na tabela de Imposto de Renda e agora, no seu primeiro ano de gestão, a Presidenta Dilma também está promovendo um reajustamento na tabela, propondo como indexador a meta da inflação, que é de 4,5%. Ora, o que a Oposição quer? Quer aumentar esse valor. Consequentemente, está querendo fazer uma indexação plena na tabela do Imposto de Renda. A indexação plena não é desejável porque cria problemas macroeconômicos sobejamente conhecidos. Nesse sentido, Sr. Presidente, votamos “não”, pela manutenção do texto original, que garante reajustamento na Tabela do Imposto de Renda, coisa que a Oposição, quando estava no Governo, não fez, mas que o nosso Governo está fazendo. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota o PMDB? O SR. EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós passamos aqui muitos anos, desde o início do Plano Real... E o PSDB – defendendo justamente o Plano Real, sempre dizia que um dos fatores do sucesso do plano era justamente não termos indexação. A desindexação da economia foi a grande razão pela qual o combate à inflação teve sucesso neste País. Se nós achamos que o Plano Real foi um sucesso, se achamos que o combate à inflação foi um sucesso por isso, não há sentido agora, por motivos políticos, por estarem em polos opostos, nós defendermos de novo a volta da indexação em qualquer segmento, em qualquer setor, em qualquer atividade. A proposta já é meritória, já prevê uma correção automática e, por si só, já é uma indexação. Não podemos concordar que seja alimentadora da inflação. O PMDB vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota o PSB? (Pausa.) Como vota o PR? (Pausa.) Como vota o PSDB? (Pausa.) 35106 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. JAIME MARTINS (Bloco/PR – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – O PR vota “não”; o PSDB vota “sim”. Como vota o Democratas? O SR. MENDONÇA FILHO (DEM – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Democratas vota “sim”, Sr. Presidente. Na verdade, o Governo está sendo muito econômico e perverso com a classe média brasileira, que paga Imposto de Renda, sufocada com a carga tributária que supera os 35% do PIB – Produto Interno Bruto. A proposta do PSDB é substituir os 4,5%, que vieram da medida provisória apresentada pela Presidenta Dilma e defendida neste plenário pelo PT – por 5,9%, o que seria uma proposta mínima para atendermos à classe média brasileira, que está sendo muito penalizada. Volto a insistir em que um dos problemas que afetam o dia a dia da população, hoje, é a inflação, que, infelizmente, está derretendo o salário da classe trabalhadora. Então, a nossa posição é, em apoio à proposta do PSDB – votar “sim”, como já dissemos. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota o PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido Progressista entende que 4,5% é totalmente razoável; é um aumento que não vai bulir na inflação. O País vai continuar crescendo e satisfazendo aos que efetivamente precisam desse reajuste. Por isso nós votamos “não”, Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota o PDT? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós consideramos irrisório esse reajustamento da Tabela do Imposto de Renda, mas vamos votar “não” à emenda, porque nós do PDT temos a Emenda nº 10, que é melhor. Na hora oportuna o Deputado Reguffe, autor da emenda, aqui estará para sustentá-la. Portanto, por agora o voto é “não”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota o Bloco PV/PPS? O SR. RUBENS BUENO (Bloco/PPS – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco PV/PPS vota “sim” à emenda, entendendo que é razoável que tenhamos um ganho maior para todos aqueles que são atingidos pelo Imposto de Renda. É bom também destacar que nós temos um projeto tramitando na Casa que fixa a correção para 2011 em 10%. A partir de 2012 é que há o desconto acompanhando exatamente o IPCA, o índice que nós estamos propondo no projeto de lei. Julho de 2011 Portanto, nós votamos “sim” à emenda. O PV e o PPS estão de acordo com essa proposta. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota o PSC? O SR. PASTOR MARCO FELICIANO (PSC – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSC vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – PMN? (Pausa.) Como vota o PSOL? O SR. IVAN VALENTE (PSOL – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL – primeiro, quer dizer que nós precisamos, de fato, taxar grandes fortunas no nosso País. O imposto deveria ser sobre a propriedade e sobre a riqueza. Aqui estamos tratando só do imposto sobre a renda. Por isso apresentamos uma outra tabela de escalonamento muito maior. Na nossa opinião, o cidadão que ganha 1.566 reais ser taxado em 7,5% é uma vergonha. Pelo contrário, fizemos um escalonamento de várias outras possibilidades, partindo de 5%, 10%, 15%, 20%, 30%, 40% e 50%. Ou seja, depois de 46 mil, 50%, que é mais realista, particularmente para a maioria do povo brasileiro, que ganha relativamente pouco e é muito taxada. Entendemos que essa emenda, pelo menos, dá ganho a quem ganha menos, por isso, vamos votar “sim”. O PSOL não pôde, por falta de quorum da bancada, apresentar sua proposta. Vamos votar em todas as melhores propostas que a tabela proporcionar. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota a Minoria? O SR. FELIPE MAIA (DEM – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Minoria vota de acordo com o que é bom para o povo. O reajuste de 5,91% seria o mínimo aceitável pela sociedade brasileira. O PSOL falou com muita correção. Essa medida provisória é para o povo mais necessitado do Brasil. Os ricos não estão preocupados se vai ser 4,5%, 5,9%, 10%, 20% ou 30%. Os mais ricos não precisam da aprovação dessa medida provisória. Quem precisa são os que gostariam de ter a isenção, para que o reajuste seja um pouco mais favorável aos que vão ter isenção ou que vão ter o Imposto de Renda taxado em 7,5%, 15% ou 22,5%. Então, a Minoria vai ao encontro dos mais necessitados, dos que precisam da ação deste Congresso para poder proteger os que ganham menos no nosso País. A nossa orientação é “sim” ao destaque do PSDB. O SR. PASTOR EURICO – Pelo Bloco, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – O Governo como vota? O SR. HUGO LEAL (PSC – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pelo Governo, Liderança do Governo. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35107 Sr. Presidente, obviamente, a medida provisória foi construída dentro da realidade. Nós temos claro que nós não temos o mundo ideal, o desejável. O desejável seria que nós pudéssemos fazer a correção na sua integralidade, ou pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou pelo INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Nós estamos trabalhando dentro de padrões da realidade, para manter a estabilidade do País. Essa é a responsabilidade do Governo, é a responsabilidade da base. Se formos fazer um estudo, uma avaliação histórica, veremos que quem deixou resíduo maior para essa correção não foi o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante esses 8 anos; não foi no Governo Lula. Se nós pegarmos essa tabela de reajuste progressivo, veremos que se trata ali, Sr. Presidente, de uma defasagem… O SR. HUGO LEAL – Na tabela de 1995 a 2002, o IPCA e o INPC foram em torno de 100%, e o reajuste foi de 44%. Houve um resíduo de 39%, deixado desde 2002. Já no período de 2003 a 2010, nós tivemos 56% pelo IPCA e 57%. A correção foi de 41%, com resíduo de apenas 10%. E estamos dando 4,5% agora. Mais do que justo, está dentro do que é possível realizar. Então, o Governo vota “não” à emenda, Sr. Presidente. O SR. PASTOR EURICO – Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Pois não, Deputado Pastor Eurico. O SR. PASTOR EURICO (Bloco/PSB – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela estabilidade do País, o Bloco PSB/PTB/PCdoB vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Obrigado. (O microfone é desligado.) EM VOTAÇÃO EMENDA Nº 3 , 35108 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35109 35110 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – A Presidência solicita a todas as Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados que tomem seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. Está iniciada a votação. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – A Liderança do PSDB pede aos Deputados da bancada do PSDB que venham a plenário para votarem “sim” a esse destaque que amplia o desconto do Imposto de Renda de 4,5% para 5,91%. Parece um percentual pequeno, parece um avanço menor, mas não é, porque qualquer forma de diminuir a boca do leão no bolso do contribuinte vai ao encontro do desejo da sociedade brasileira de reduzir a carga tributária e o número de impostos. Esse é o objetivo: diminuir a carga tributária, diminuir a “abocanhada” do leão no bolso do nosso contribuinte. Peço apoio às demais bancadas, não só às que se manifestaram favoravelmente ao nosso destaque, mas também aos Deputados, conforme as suas consciências, das outras bancadas, no sentido de que votem “sim” a esse destaque para votação em separado por nós apresentado. O SR. CARLOS ZARATTINI (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Liderança do PT solicita aos Deputados da bancada que permaneçam em plenário, porque em seguida teremos novas votações. O Sr. Marco Maia, Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pela Sra. Rose de Freitas, 1ª Vice‑Presidente. O SR. DR. PAULO CÉSAR – Sra. Presidente. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Partido da República convoca os Deputados do Bloco para virem ao plenário votar “não” à emenda. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Para falar pela Liderança do PSOL – concedo a palavra ao Deputado Chico Alencar. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Parlamentares, todos que acompanham esta sessão, trago a posição do PSOL – do mais geral para o particular, sobre três aspectos da nossa conjuntura. Em primeiro lugar, a nossa avaliação é de que isolar o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, da corrupção que está sendo investigada no seu en- Quarta-feira 6 35111 torno direto é querer separar uma gota de um balde de água. São elementos de um mesmo processo extremamente grave, que já se diz crônico, inclusive no DNIT, passando por vários Governos, desde o DNER, que, segundo até o Controlador‑Geral da República, Jorge Hage, tem o DNA do desmando, da corrupção, do superfaturamento. Isso tudo também tem elos, na nossa visão, com o nosso sistema político, com o método espúrio de financiamento de campanhas. É preciso, a partir da possibilidade de desvendamento dessa trama, fazer, de fato, uma profunda investigação. O Governo parece que não quer ir muito fundo nessa questão, preserva alguns, mantém expectativas, na verdade, para não supurar esse tumor. A nossa posição é de mudança na estrutura do próprio Ministério dos Transportes, de não se poupar alguns e arrumar outros bodes expiatórios. Isso é absolutamente insuficiente. Outro aspecto. A Comissão de Constituição e Justiça, por decisão do seu Presidente, Deputado João Paulo, acabou de tomar uma decisão que não se sustenta à luz do mínimo processo jurídico adequado. O Código de Processo Civil e o Código de Processo Penal que usamos aqui, por analogia, diz que o julgador de primeira instância não pode ser o julgador de segunda instância. Isso é de uma obviedade ululante, como dizia Nelson Rodrigues, de uma razoabilidade absoluta. No entanto, o que a CCJ decidiu há pouco tempo, por meio da sua Presidência? Que o Relator do recurso da Deputada Jaqueline Roriz naquela Comissão será um dos seus julgadores no Conselho de Ética. Aliás, um dos três que votaram a favor de sua absolvição. Esse é um processo completamente comprometido, sem nenhuma isenção, uma pizza que nem ao forno vai. Isso é totalmente inadequado para a própria Casa, para a própria Câmara dos Deputados. Vamos oficiar ao Presidente no sentido de rever essa decisão insustentável. Também por analogia com nosso próprio Regimento, que diz que o Deputado que tenha interesse direto ou pessoal numa questão não pode legislar em causa própria, deve-se declarar impedido de votar a matéria A, B ou C. Relatar é a mesma coisa. Portanto, em nome do avanço, da transparência, da isenção, é preciso que a CCJ reveja esta decisão. Por fim, lamento que estejamos aqui jogando fora a oportunidade de avançar na justiça com a Tabela do Imposto de Renda. Num País como o nosso, passar a taxar quem ganha R$1.566,00 em 7,5%, é um total absurdo, ao 35112 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS passo que os milionários todos ficam com um gravame de apenas 27%. Nós fizemos uma proposta de 8 faixas de renda com maior isenção para os de baixo, com maior carga do Imposto de Renda para os que ganham muito. No entanto, fazemos uma reestruturação “meia-bomba”, limitada, absolutamente insuficiente. Com isso, não avançamos no sentido maior da justiça tributária, da justiça fiscal e de um Imposto de Renda que seja imposto de renda, que defenda o rendimento do salário do trabalhador, que na relação capital-trabalho sempre perde neste País por uma diferença muito grande, e que de fato taxe a grande renda. Não é isso o que está acontecendo aqui neste momento. Por isso a posição de protesto do PSOL. O SR. JAIR BOLSONARO (PP – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, peço a palavra para falar sobre a matéria em votação. Acho que o PSOL tem que ter coerência. Há pouco tempo o PSOL vociferou contra o aumento de Parlamentares nesta Casa, mas todos eles continuam embolsando essa grana. O PSOL agora está propondo 50% de Imposto de Renda para o nível tipo Parlamentar, mas deveriam dar o exemplo e agora descontar do próprio contracheque para a Fazenda, dar o exemplo e não ficar pregando moral de cueca como se fosse o pai da ética. Há pouco tempo o Chico Alencar aprovou uma emenda na Comissão de Direitos Humanos para passeata de orgulho gay e para kit gay. A emenda foi cortada. Ele tinha que doar parte do salário dele para passeata de orgulho gay e para kit gay. É uma questão de coerência, Presidenta. E deixe esse “partideco” aí de ficar denunciando Parlamentar por qualquer motivo. O SR. CHICO ALENCAR – Sra. Presidenta, o Deputado que me antecedeu citou o meu nome. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – V.Exa. tem o direito. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu quero responder às habituais provocações desse Parlamentar. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu gostaria que V.Exa. respondesse brevemente. O SR. CHICO ALENCAR – Peço a ele que se comporte. O SR. DOMINGOS DUTRA (PT – MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, na votação anterior, Domingos Dutra votou com o partido. Julho de 2011 O SR. CHICO ALENCAR – Ele está ali berrando, com o nível que lhe é habitual, no nervosismo. Eu estou falando com o Plenário. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. Por favor, encerre, Deputado. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Deputado João Paulo Lima. O SR. JOÃO PAULO LIMA (PT – PE. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, gostaria, neste momento, de fazer esta Casa... O SR. CHICO ALENCAR – Sra. Presidenta, eu não abri mão da minha palavra. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Em seguida, Deputado. O SR. JOÃO PAULO LIMA – Presidenta, ciente da implantação do plano de cargos e carreira dos trabalhadores do Ministério do Trabalho, depois de ter-me sentado à mesa, de ter negociado o entendimento, constato um sofrimento muito grande daqueles trabalhadores administrativos que, essencialmente, têm a responsabilidade de cuidar do conjunto dos trabalhadores brasileiros. Peço a V.Exa. que considerar como lido meu pronunciamento. Espero, no encontro com o Ministro do Trabalho, que possamos implementar o plano de cargos e carreira dos servidores do Ministério. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, minhas palavras hoje serão dedicadas a uma categoria que aprendi a admirar pelo exemplo de determinação na luta pela igualdade de direitos, por melhores condições de trabalho e por um serviço público de qualidade. Na qualidade de militante das causas trabalhistas e sociais, não poderia deixar de reconhecer a garra com que os servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fazem a luta por um plano de carreira específico para a categoria que desenvolve tão importante papel social no atendimento ao trabalhador deste País. Antes de tudo, vou dizer quem são e o que fazem os servidores que ora me inspiram. Sim, é importante começar dessa forma porque, ao falar do Ministério do Trabalho e Emprego, muitos desconhecem que existe outra categoria de trabalhadores vinculada ao órgão que não seja a categoria dos auditores fiscais do trabalho. Não que os Auditores não mereçam a minha homenagem, mas hoje esta tribuna está a serviço dos que ainda não conquistaram o status de servidor com carreira específica, já concedido aos auditores fiscais do trabalho. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Os nobres pares devem concordar que a maioria de nós ainda vincula a imagem do MTE à fiscalização do trabalho, mas quando pensamos em programas sociais de fundamental importância para o trabalhador brasileiro, como o seguro-desemprego, a qualificação profissional, a carteira de trabalho, a intermediação de mão de obra, a homologação, a mediação de conflitos, o fomento à geração de emprego e renda, estamos falando de atividades desenvolvidas pelos servidores administrativos do MTE, desde o atendimento ao trabalhador até a gestão de convênios executados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT. Apesar de a Carta Magna de 1988, no inciso II do art. 7º, prever a proteção ao trabalhador através do Programa Seguro-Desemprego, regulado em 1990 pela Lei nº 7.998, implementado com recursos do FAT e gerenciado pelo Ministério do Trabalho, não foi criada uma carreira vinculada ao desenvolvimento das atividades inerentes a essas políticas sociais no âmbito do órgão. Os servidores administrativos também prestam apoio às ações da Fiscalização do Trabalho, embora não pertençam à carreira. Ao contrário de muitos outros trabalhadores do Poder Executivo, aos servidores administrativos do MTE ainda não foi concedido pertencerem a uma carreira vinculada especificamente ao órgão e às funções que desempenham. Esses servidores pertencem à Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, gerida pela Lei nº 11.355, de 2006, que engloba servidores de outras áreas como saúde, previdência social e FUNASA. A insatisfação dessa categoria com a ausência de carreira especifica fez com que os servidores nacionalmente unificados atuassem em várias frentes pela implantação do Plano de Carreira Específico dos Administrativos do MTE – PEC/MTE, em cumprimento ao acordo assinado entre as representações nacionais dos servidores e o Governo Federal – MPOG, em 2008, no qual existe uma cláusula indicando que o prazo final para essa providência seria o ano de 2011. Junto ao Poder Executivo, os administrativos do MTE cumpriram todas as formalidades da Mesa Setorial de Negociação criada no órgão, que resultou na proposta de plano de carreira, mas que, ao ser enviada ao MPOG pelo Ministro do Trabalho e Emprego, não teve o devido encaminhamento para ser implantado. Diante da negativa do MPOG em dar seguimento aos trâmites para implantação do PEC/MTE, os servidores fizeram dois movimentos grevistas. Em 2009, após pouco mais de um mês em greve, atenderam Quarta-feira 6 35113 à solicitação do MPOG e suspenderam o movimento para negociações. Com o fim do prazo estipulado para as negociações sem que houvesse um acordo, os servidores, em abril de 2010, retomaram o movimento grevista, que durou até setembro de 2010, com a adesão dos servidores de praticamente todos os Estados. Junto ao Poder Legislativo, estiveram em reuniões com vários Deputados e Senadores e obtiveram a adesão de cerca de 200 Parlamentares, que em 2010 assinaram documento solicitando negociação entre Governo e servidores. Junto ao Poder Judiciário, obtiveram o reconhecimento da legalidade do movimento grevista realizado. No relatório do Ministro Hamilton Carvalhido, no processo de dissídio proposto pela Confederação dos Servidores Públicos Federais contra a União, há o reconhecimento de que “É legítima, pois, a pretensão formulada, de carreira exclusiva dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, tanto quanto a pretensão de verem apreciada pela Mesa Central a proposta de Projeto de Lei que resultou das negociações na Mesa Setorial... “. Mesmo com esse reconhecimento pelo STJ e com as ações realizadas junto à sociedade, que hoje é conhecedora do mérito dos servidores administrativos ao plano de carreira específico para o órgão, não houve ainda o encaminhamento ao Poder Legislativo da proposta de plano de carreira em pauta e também não se conhece nenhuma providência por parte do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão no sentido de atender ao que o Judiciário reconhece como direito dos servidores. Os servidores administrativos permanecem mobilizados e lutam não só pela implantação de melhorias salariais, mas também por melhores condições de trabalho e pela revitalização do órgão. O Índice de Rotatividade Total, segundo informações da Coordenação-Geral de Recursos Humanos/MTE, é de 82,8%. Essa evasão dos servidores tem prejudicado ainda mais as condições de trabalho e tem ameaçado a qualidade da prestação dos serviços públicos ofertados aos trabalhadores brasileiros em todo o País. Com minha história de vida ligada às lutas dos trabalhadores brasileiros, não pude deixar de reconhecer o valor desses trabalhadores por se manterem mobilizados em defesa de seus direitos. Conclamo todos a apoiarem essa categoria. Defender a implantação do PEC/MTE é contribuir para uma administração pública de qualidade e para a melhoria das condições de atendimento aos trabalhadores de todo o País que diariamente dirigem-se 35114 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS às unidades do MTE, muitas vezes em momentos difíceis, como em situação de desemprego, e merecem ter os serviços ofertados por um Ministério do Trabalho e Emprego fortalecido e com servidores motivados, valorizados e cientes do reconhecimento da importância social de seu trabalho. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Deputado Chico Alencar, V.Exa. estava respondendo ao Deputado Bolsonaro. Eu só peço a V.Exa. que, ao responder, o faça com calma, por favor, para que possamos continuar a votação. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Não, se alguém está sem calma aqui, rigorosamente, não sou eu. Aprendi com minha avó uma lição de vida e de rua: se um cachorro nos morde na rua, não devemos mordê-lo, nem ladrar com o mesmo nível do animal. Isso foi muito importante para a minha vida. Estou, portanto, sereno. Quero apenas dizer que toda a proposta que a gente faz nesta Casa tem o escopo republicano da isonomia. Criar situações diferenciadas entre as pessoas não é republicano, não é igualitário, não é razoável. E quando nós propomos que as alíquotas passem a ser consideradas a partir de uma remuneração de R$2.311,00 é mais razoável do que esse patamar menor. Quem pode considerar que quem ganhe R$1.566,00 por mês precisa ser gravado em 7% no Imposto de Renda? Portanto é razoabilidade. Claro, quem ganha acima de 46 mil reais... – e aí nós vimos países que têm uma situação similar à do Brasil que já estabelecem esse imposto. Nós queremos defender a remuneração do trabalhador assalariado e não os ganhos de capital. No Brasil, a renda é muito vista como renda só de salário. Esse é o sentido da nossa emenda, que não foi acolhida pelo Relator e nós, democraticamente, aceitamos. É disso que se trata. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Estou avisando que vou encerrar a votação. Com a palavra o Deputado Zonta. Depois o Deputado Sibá Machado. O SR. ZONTA (PP – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente Rose de Freitas, caros colegas Parlamentares, vou aproveitar este minuto para convidar mais uma vez a todos os Srs. e Sras. Parlamentares para participarem amanhã, às 14 horas, no Auditório Nereu Ramos, do seminário sobre cooperativismo, em homenagem ao Dia Internacional Julho de 2011 do Cooperativismo, com o seguinte tema: Juventude: o futuro do cooperativismo. Renovo o convite e o pedido a todos que possam para comparecerem amanhã ao Auditório Nereu Ramos, a partir das 14 horas, para discutir esse importante tema. É o convite que gostaria de fazer, Sra. Presidente. Muito obrigado. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vou encerrar a votação. Deputado Sibá Machado. O SR. SIBÁ MACHADO – A palavra está comigo, Presidenta? A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Deputado Sibá. O SR. SIBÁ MACHADO (PT – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, recebi hoje no meu gabinete a Dra. Helena Nader, Presidenta da SBPC, que trouxe a grande preocupação da comunidade científica brasileira no sentido de que esta Casa, o Congresso Nacional possa fazer uma mudança substancial no marco legal desse setor, principalmente porque, hoje, a Lei nº 8.666, a Lei das Licitações, trata um pesquisador, Sra. Presidenta, que busca a solução para a cura do câncer, igualmente a um Prefeito que tenha de fazer uma praça ou uma rua no bairro de uma cidade. Diante disso, para o segundo semestre, seria muito importante que esta Casa pudesse fazer um esforço magnífico para que a gente pudesse transformar a legislação brasileira num novo marco regulatório da ciência brasileira. Assim, esse setor da economia brasileira poderá avançar muito mais para grandes eventos da nossa sociedade. Era isso, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vou proclamar o resultado: VOTARAM SIM: NÃO: TOTAL: 79 229 308 Rejeitada a emenda, fica mantido o texto. LISTAGEM DA VOTAÇÃO Proposição: MPV Nº 528/2011 – DVS – PSDB – EMENDA Nº 3 – Nominal Eletrônica Início da votação: 5-7-2011 18:20 Encerramento da votação: 5-7-2011 18:32 Presidiram a Votação: Marco Maia e Rose de Freitas Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35115 35116 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35117 35118 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35119 35120 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35121 35122 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35123 35124 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. FILIPE PEREIRA (PSC – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei conforme orientação da bancada. O SR. NELSON MARQUEZELLI (Bloco/PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o partido. O SR. SARAIVA FELIPE (PMDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Votei... O SR. JÂNIO NATAL (Bloco/PRP-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o partido. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sra. Presidenta, eu estava numa reunião da bancada feminina. Quero justificar a minha ausência e de mais dez Deputadas que estavam conversando com o Ministro Orlando Silva. Voto com o meu partido. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. Julho de 2011 O SR. WASHINGTON REIS (PMDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei “não”. O SR. NELSON BORNIER (PMDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o partido na votação anterior. O SR. RAUL LIMA (PP – RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o PP. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Falem um de cada vez, senão não fica registrado o que estão falando. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com a palavra o Deputado Duarte Nogueira. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu pude notar que o meu voto não apareceu no painel. Eu encaminhei favoravelmente o nosso destaque, defendi a matéria, conclamei os Deputados a votarem, mas infelizmente o voto não apareceu no painel. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – O voto de V.Exa. será computado. O SR. LUIZ ARGÔLO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidenta, votei de acordo com a orientação do partido. O SR. RICARDO TRIPOLI (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Votei com a bancada. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vamos passar à votação do segundo destaque, no seguinte teor: “Requeremos a V.Exa., nos termos do art. 161, § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado dos arts. 1º, 2º e 3º da Emenda nº 50, em substituição aos arts. 1º, 2º e 3º do PLV à MP 528/2011, exceto a alínea “h” e § 4º do art. 8º, e art. 12, todos introduzidos pelo art. 3º do PLV. Sala das Sessões, de de 2011. – Pauderney Avelino, Vice-Líder do DEM.” A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Para encaminhar a favor, concedo a palavra ao autor da emenda, Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. (Pausa.) O SR. CRISTIANO (Bloco/PTdoB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o partido. O SR. PROFESSOR SETIMO (PMDB – MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o partido. O SR. ZÉ SILVA (PDT – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, votei com o PDT. O SR. RONALDO ZULKE (PT – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o partido. A SRA. ALINE CORRÊA (PP – SP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sra. Presidente, votei com o meu partido. O SR. JOÃO ARRUDA (PMDB – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o partido. O SR. NEILTON MULIM (Bloco/PR – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o partido. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu gostaria, antes de o Deputado fazer uso da palavra, que todos se tranquilizassem, porque, votando o próximo destaque, será consolidada a presença de todos. Não precisam justificar. O SR. ANTÔNIO ROBERTO (Bloco/PV – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Votei conforme orientação do partido, Sra. Presidente. Quarta-feira 6 35125 A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com a palavra o Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, autor da emenda. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Sra. Presidente, peço a V.Exa. que acrescente o tempo de Liderança e também de orientação da bancada, por favor. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Será acrescentado. O SR. JÚLIO CESAR (DEM – PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, votei conforme orientação da bancada na votação anterior. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esse destaque do Democratas propõe que o reajuste da tabela do Imposto de Renda se dê com base no INPC, o que permitiria que, em vez dos 4,5% que estão sendo propostos pelo Governo Federal, nós reajustássemos a tabela em 6,47%. Evidentemente que isso gera um alívio no bolso do contribuinte brasileiro, com especial benefício para a classe média e para as camadas de renda mais inferiores da nossa população. Vejam que os 4,5% que o Governo está concedendo sequer repõem a inflação desse período, sequer são capazes de repor aquilo que foi perdido ao longo desse tempo com a alta da inflação no Brasil. Estamos, portanto, fazendo justiça fiscal, dialogando com um princípio que é defendido pelo Democratas no seu estatuto e nas suas ações político-partidárias, que é exatamente o de reduzir a carga tributária, para gerar um alívio no bolso do contribuinte em nosso País. O Governo não pode vir com o argumento de que não possui recursos para cobrir a diferença dos 4,5%, que ele se dispõe a dar, para os 6,47% que estamos propondo. Afinal de contas, no começo deste ano, um pacote de medidas foi adotado pelo Governo, o que gerou aumento de impostos. Além disso, o Governo Federal vem batendo recordes de arrecadação. Portanto, dinheiro há, e de sobra, para permitir que o cidadão brasileiro tenha um reajuste mais digno da tabela do Imposto de Renda. É isso que está propondo o Democratas no destaque ora apresentado. Mas, Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero aproveitar este tempo também para abordar a situação política mais comentada do momento, que deriva da denúncia trazida pela revista Veja, no último final de semana, e que aborda irregularidades ou possíveis irregularidades no Ministério dos Transportes. A primeira observação que eu quero fazer é a de que esse debate não pode ser minimizado, não pode ser levado para uma lógica simplista que restrinja o problema a um Ministério ou a um partido político. 35126 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O problema não é de um Ministério, o problema é do Governo, do Governo Federal, do Governo da Presidente Dilma Rousseff. Nós presenciamos um grave problema gerencial nesse Governo: a total falta de controle interno nas diversas Pastas. Por quê? Esse não é o primeiro e certamente não será o último grave escândalo que aparece no Brasil no seio do Governo Federal. Portanto, não aceito essa visão simplista que limita, reduz e restringe o problema a um Ministério ou a um partido político. Afinal de contas, onde estava a Controladoria-Geral da União? Para que existe esse Ministério? A CGU é um Ministério. Para que ela existe? Para controlar os atos internos do Governo. O que fez a Controlaria-Geral da União diante das ações do Ministério dos Transportes? Fica a pergunta. Outra pergunta: os editais com preços acrescidos foram ou não submetidos a outras instâncias do Governo? Será que o Ministério dos Transportes teve autonomia para promover acréscimos nos contratos sem que isso tenha passado pelo crivo, pelo controle de algum outro órgão do Governo? Não creio. Não é possível que nenhum outro Ministério tenha acompanhado esses editais depois da celebração dos contratos e, finalmente, a execução do objeto que fora contratado. Onde está o Tribunal de Contas da União? Quais providências esse órgão fiscalizador e de acompanhamento das contas, que assessora o Congresso Nacional, adotou ao longo desse período? E o Ministério do Planejamento? Afinal de contas, quem cuida da execução orçamentária é o Ministério do Planejamento. O que fez o Ministério do Planejamento diante da execução orçamentária do Ministério dos Transportes? Portanto, não venham querer limitar ou reduzir o problema a um Ministério. O problema está no coração do Governo. A falta de ética e de credibilidade é do coração do Governo. Afinal de contas, diversos são os escândalos que se sucedem. Olha, sinceramente, eu não imaginei que em apenas 6 meses a Presidenta Dilma permitisse que tantos problemas surgissem e emergissem na base de seu Governo. E o Governo é dela, a responsabilidade é dela, quem nomeia e demite Ministros e cargos de primeiro escalão é a Presidenta da República. Todo o Brasil sabe que o seu procedimento normalmente é de extrema centralização. Fora todas as providências que já foram anunciadas, quero comunicar aqui que o Democratas está apresentando dois requerimentos de informação: um à Corregedoria‑Geral da União, para saber se esse órgão já havia tomado conhecimento de irregularidades existentes no Ministério dos Transportes, relativamente a superfaturamento injustificado do custo de obras públicas. Queremos saber. E queremos também saber Julho de 2011 que providências foram adotadas caso a CGU tenha verificado essas irregularidades. Queremos também saber da CGU se foram aplicadas sanções aos responsáveis pelo superfaturamento de obras públicas no Ministério dos Transportes. E, se foram aplicadas sanções, nós queremos que a CGU explicite e exemplifique essas sanções. Certamente a resposta a esse requerimento vai mostrar a ineficiência e o descaso da Controladoria-Geral da União. O outro requerimento está dirigido ao próprio Ministério dos Transportes, onde procuramos saber uma série de informações, especialmente o detalhamento para conhecer as razões que motivaram a elevação dos contratos, o aditamento de obras e, é claro, toda essa suspeita que paira de superfaturamento, especialmente em obras do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Portanto, Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não podemos ser simplistas. Lamentavelmente, o Governo do PT acabou com o principal instituto parlamentar que viabilizava investigações sérias e profundas, que era a CPI. Ninguém mais acredita em CPI, porque o Governo barra as assinaturas. E, depois, quando as assinaturas existem, barra a investigação. Esta Casa precisa repensar que instrumento novo vai utilizar, porque estamos sendo tolhidos e podados de promover as investigações necessárias para desnudar qualquer tipo de suspeita de corrupção e desvio de conduta moral e ética no Governo Federal. Repito: não é de um Ministério, é do Governo da Presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores. O SR. FERNANDO MARRONI (PT – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, na votação anterior, votei com o partido. O SR. NERI GELLER (PP – MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o partido na votação anterior. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com a palavra o Deputado Pauderney Avelino, para falar como autor do destaque. O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, entendemos que o INPC deveria ser o índice adequado para o ajuste da tabela do Imposto de Renda. Por que isso? Porque estamos com uma inflação que já está muito além da meta de inflação, e não é simplesmente o centro da meta. Ora, o INPC reajusta em 6,47% a tabela do Imposto de Renda. A proposta do Governo é trazer 4,5%. Quando vamos ter 4,5%, se a inflação está extrapolando os mais conservadores prognósticos? Ora, Sras. e Srs. Deputados, vamos dar vez ao contribuinte, vamos dar uma colher de chá ao contribuinte, vamos votar com o nosso destaque, para que ele Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS traga justiça fiscal para aqueles que já estão exauridos de tanto pagar imposto, imposto que muitas das vezes está saindo pelos ralos, como é caso deste escândalo que a revista Veja trouxe neste fim de semana. Saindo pelo ralo, e dinheiro público arrecadado dos contribuintes exauridos, sem falar no sistema de segurança que não temos, sem falar na educação que deixa muito a dever. Sras. e Srs. Deputados, vamos ter um pouco de consciência, vamos olhar para as ruas, para as praças, para aqueles cidadãos que trabalham de sol a sol, para aquele cidadão que luta para colocar o pão de cada dia na mesa, que tem que pagar a escola do filho, que tem que pagar a segurança, que tem que pagar o plano complementar de saúde. Vamos olhar Quarta-feira 6 35127 para esse cidadão, que luta para trabalhar dignamente para manter a sua família e a sua dignidade. Dignidade que não vemos neste Governo, que está repleto de escândalos, um atrás do outro. Recentemente, mais um na PETROBRAS, e outros já se passaram e já são dados por esquecidos. Vamos olhar uma vez só sequer para o contribuinte. Por isso peço: vamos votar este destaque que traz justiça fiscal com 6,47% com o INPC. Vamos votar “sim”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Consulto o Deputado Maurício Trindade sobre se gostaria de fazer uso da palavra como Relator. (Pausa.) Não? Vamos colocar em votação a emenda destacada. 35128 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 6 35129 35130 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011 Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. LUIZ OTAVIO (PMDB – PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, na votação anterior, acompanhei o Líder do partido, o PMDB. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. Teremos mais uma nominal. V.Exa. consolida na próxima. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aqueles que forem pela aprovação da emenda permaneçam como se acham. (Pausa.) O SR. SIBÁ MACHADO (PT – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – V.Exa. está colocando em votação... A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu anunciei: em votação a emenda destacada. (Intervenções simultâneas ininteligíveis.) A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aqueles que forem pela aprovação da emenda permaneçam como se encontram. (Pausa.) O SR. FELIPE MAIA – Sra. Presidente, para orientar. V.Exa. não abriu para a orientação das bancadas. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Querem orientar todos? O SR. FELIPE MAIA – A Minoria, pelo menos, quer orientar. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vou novamente alertar que a sessão acaba às 19 horas, terei que prorrogar por mais 1 hora. Aí, haverá uma extraordinária. Todos querem orientar? O SR. FELIPE MAIA – Eu gostaria de orientar pela Minoria. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Para orientar, então. Vamos lá. O SR. ROBERTO FREIRE – Sra. Presidente, é apenas para... O SR. EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, o PMDB “não”. O SR. SIBÁ MACHADO (PT – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, o PT vota “não”. O SR. HELENO SILVA (Bloco/PRB – SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “não”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) Como vota o PT? (Pausa.) Como vota o PSDB? O SR. CESAR COLNAGO (PSDB – ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, é fundamental esse destaque, porque estamos, com certeza, na medida em que não corrigimos a tabela do Imposto de Renda, considerando o mínimo existencial, agredindo, com certeza, aqueles que têm menor capacidade de contribuir; estamos tornando contribuinte aquele que estava fora da tabela, para que ele pudesse ter preservada a dignidade humana. Por isso, encaminhamos “sim”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o PSB? Quarta-feira 6 35131 O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, pelo Bloco Parlamentar PSB/PTB/PCdoBB – queremos orientar “não”. Aproveitando a oportunidade, queremos lamentar a perda do Senador Itamar Franco, falecido no último final de semana. Nossas condolências aos familiares. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o Bloco/PR? O SR. HELENO SILVA (Bloco/PRB – SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, “não”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o DEM? O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, cumprimentando V.Exa. agora de frente, não há uma outra forma de orientar a nossa bancada que não seja pelo voto “sim”. Nós queremos dar ao contribuinte brasileiro, ao exaurido contribuinte brasileiro uma oportunidade, pequena que seja. E essa pequena diferença representa apenas 700 milhões de reais, de 4,5% para 6,47%. Só o reajuste do Programa de Integração Social – PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS para os refrigerantes já respondem por mais de 1 bilhão de reais de arrecadação, e mais o Imposto sobre Operações Financeiras – IOF. Este ano, a Receita Federal já tem mais de 10% de aumento real de contribuições em impostos. Por isso, temos que dar um alento ao contribuinte. Nosso voto é “sim”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o PP? O SR. AFONSO HAMM (PP – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Partido Progressista gostaria de fazer uma rápida reflexão, até porque não vínhamos tendo reajuste em relação à condição da tabela do Imposto de Renda e, ao mesmo tempo, estamos projetando uma política para os próximos 4 anos. Portanto, seria temeroso aumentar e partir para índices se nós estamos estabelecendo uma meta para a inflação, e a meta é de 4,5%. Por isso não devemos nos afastar desse eixo de indicação da meta da inflação de maneira que nós tenhamos o reajuste da tabela do Imposto de Renda. Por isso, encaminhamos o voto “não”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o PDT? O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT – CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT encaminha “não”, Sra. Presidente, mas avisando que vai apoiar o destaque do Deputado Reguffe, que é bem melhor do que esse. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o Bloco PV/PPS? O SR. RUBENS BUENO (Bloco/PPS – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, Srs. 35132 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputados, o Bloco PV/PPS vota “sim” à emenda, até porque nós temos tramitando na Casa projeto de lei que fala em 10% da correção da tabela do Imposto de Renda para 2011 e colocando a correção, a partir de 2012, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, que é mais amplo, é de 1 a 40 salários mínimos pesquisados mensalmente em 10 regiões metropolitanas. No caso aqui, a emenda apresentada pelo DEM traz o INPC, que é de 1 a 6 salários. Significa dizer que também é um bom índice para poder ser aplicado. Por isso, nós estamos votando a correção da tabela do Imposto de Renda para evitar a grande defasagem, que já vem desde 1995. O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil – SINDIFISCO, vários sindicatos de auditores fiscais têm mostrado a falta da correção da tabela do Imposto de Renda. Pelo menos essa proposta atende minimamente, e nós votamos “sim”, pela emenda. O SR. VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vanderlei Macris votou com o partido, Sra. Presidente. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o PSC? O SR. NELSON PADOVANI (PSC – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, o PSC vota “não”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o PMN? (Pausa.) Como vota o PSOL? (Pausa.) Como vota o PSOL? (Pausa.) Como vota a Minoria? O SR. FELIPE MAIA (DEM – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, no momento em que o Governo Federal bate recorde de arrecadação – neste ano se imagina, se supõe, faz-se a previsão de 1,45 bilhão de reais de arrecadação do Governo Federal. Até este momento, já foi arrecadado algo em torno de 800 milhões de reais –, o Governo quer dar um reajuste de apenas 4% na tabela do Imposto de Renda. Esse destaque, essa emenda do Democratas iria criar uma repercussão no Orçamento de algo em torno de 700 milhões, ou seja, passaria de 4,5% para 6,47%. Seria um reflexo de 700 milhões. O Governo Federal, além de ter recorde de arrecadação, só com a operação do IOF sobre a pessoa física, conforme a consultoria Rosenberg & Associados, vai arrecadar algo em torno de 8 bilhões de reais. Ou seja, é mesquinhez do Governo não dar esse reajuste, esse aumento na tabela do Imposto de Renda. Portanto, a orientação da Minoria é “sim” à emenda do Democratas. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o Governo? O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT – CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo vota “não”, Julho de 2011 Sra. Presidente, e chama os Deputados para votarem, porque vamos ter ainda uma nominal. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSOL – Sra. Presidente, vota “sim” a esta emenda, considerando que ela ajuda a minimizar a defasagem que já apresentamos aqui e que está em torno de 54%. Então, em favor da justiça tributária para os assalariados, o nosso voto é “sim”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu queria muito a atenção do Plenário... Na vez passada, eu tive de repetir a votação. Vamos votar a emenda destacada. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aqueles que forem pela aprovação da emenda permaneçam como se acham. (Pausa.) O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Aprovada. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – REJEITADA. Deputado Pauderney, fica mantido o texto. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vamos passar ao Destaque nº 3. “Requeiro, nos termos do art. 117, IX, c/c art. 161, inciso II e § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da Emenda nº 10, oferecida à MP 528/11. Sala das Sessões, 29 de junho de 2011. – Giovanni Queiroz.” A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Reguffe, do PDT do DF. O autor é o Deputado Giovanni Queiroz, aliás, é o Líder. O SR. ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, votei com o partido na última votação. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Reguffe, do PDT do DF, que falará a favor da matéria. O SR. REGUFFE (PDT – DF. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu entrei na política para defender o que eu acho justo, o que eu considero justo. A reflexão que eu gostaria que os senhores fizessem é se é justo dar ao trabalhador deste País um reajuste nos limites de isenção da tabela do Imposto de Renda de apenas 4,5% pelos próximos 4 anos. Segundo um estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, o SINDIFISCO, os limites de isenção da tabela do Imposto de Renda estão defasados em 64,1% nos últimos 15 anos, portanto, Governos Fernando Henrique e Lula. Estão defasados em 64,1%. Tomando como base a inflação do período, o INPC, se se propuser 4,5%, tendo a inflação do período e o INPC Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do ano passado sido de 6,46%, apenas vai aumentar ainda mais a defasagem da tabela do Imposto de Renda para a classe média e para os assalariados deste País. Eu tenho lado, e o meu lado é o do trabalhador, daquelas pessoas que trabalham com muita luta para ganhar um salário no final do mês. A reflexão que eu queria que os senhores fizessem era esta: será que não podemos recuperar um pouco mais o poder de compra, o poder aquisitivo do assalariado deste País? Então, minha proposta é de se fazer a correção dos limites de isenção da tabela pelo INPC mais 1%. Eu não vou propor os 64%, seria uma irresponsabilidade de minha parte. Mas será que não podemos propor o INPC mais 1% para recuperar a defasagem da tabela? Porque só vamos aprofundar essa defasagem se dermos os 4,5%. Eu penso que isso é justo. Esta a reflexão que quero deixar aos senhores – a proposta do INPC mais 1% daria 7,46% neste ano. “Ah, mas é muito.” Mas é justo, a tabela está defasada 64,1%. Para ela ser recuperada, tem que ser o INPC mais 1%. É isso que peço aos senhores. Muito obrigado, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois não. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vamos prorrogar a sessão por mais 1 hora. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Para falar como autor do destaque, tem a palavra o Deputado Giovanni Queiroz, do PDT. (Pausa.) Ausente. O SR. SANDRO ALEX (Bloco/PPS – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, Deputado Sandro Alex, na votação anterior, votou com o partido. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vamos orientar as bancadas que irão colocar em votação a emenda. PT? (Pausa.) PMDB? O SR. ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “não”, Sra. Presidenta. O SR. JOSÉ MENTOR (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT “não”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PT – “não”; PMDB – “não”. Bloco/PSB? (Pausa.) Bloco/PR? O SR. GIACOBO (Bloco/PR – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Bloco/PR “não”, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PSDB? (Pausa.) DEM? O SR. MENDONÇA FILHO (DEM – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Parlamentares, votamos favoravelmente à emenda proposta pelo PDT – votamos “sim”, porque qualquer medida que venha a elevar a correção da tabela do Quarta-feira 6 35133 Imposto de Renda beneficia a classe média, beneficia a classe assalariada do nosso País. Já dissemos, há pouco, que infelizmente o Governo perdeu o controle da inflação, fixou a correção da tabela de Imposto de Renda em apenas 4,5%. Já houve outras propostas no sentido de aumentar essa correção e, para sermos coerentes com a nossa posição do plenário e com o nosso compromisso com a classe média do País, devemos e estamos defendendo a emenda apresentada pelo PDT. Então, votamos “sim”, pela aprovação da emenda. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PSDB? O SR. RUI PALMEIRA (PSDB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, da mesma forma que o Democratas, nós, do PSDB – acreditamos que qualquer ação que venha para minorar o sofrimento do contribuinte brasileiro é muito bem-vinda, e é o caso dessa emenda. Por isso, Sra. Presidenta, o PSDB encaminha o voto “sim”. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PP entende, Sra. Presidenta, mais uma vez, que os 4,5% são o suficiente e o suportável pelo Governo. Por isso, votamos “não” ao aumento dessa proposta. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PDT? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta Rose de Freitas, os trabalhadores, a classe média de um modo geral, que paga muito imposto no nosso País, está sofrendo esse confisco da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física. Não é de agora, isso vem lá de trás. Aliás, no Governo Lula, ficou muito menor do que no Governo do meu amigo Fernando Henrique Cardoso. Porém, essas medidas a conta-gotas para repor uma perda passada, e não repor totalmente, já é uma perda passada. Já começa por aí. Não é uma atualização do valor da tabela. Mas o que fez o Deputado Reguffe? Fez um pacto de fidelidade com o povo, que ele mantém desde a eleição e, mais uma vez, ele o expressou daquela tribuna. Ele tem lado. Nós temos lado. Votamos com o povo trabalhador. Votamos com o contribuinte brasileiro. Portanto, votamos “sim”. Obrigado, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PDT vota “sim”. Bloco PV/PPS? O SR. RUBENS BUENO (Bloco/PPS – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, o Bloco PV/PPS vota “sim”, compreende que a emenda apresentada pelo Deputado Reguffe está exatamente tentando minimizar um quadro bastante complicado do ponto de vista da renda de quem ganha salário no País. Então, nós votamos “sim”, acompanhando a proposta do Deputado Reguffe. 35134 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PSC? O SR. NELSON PADOVANI (PSC – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, PSC libera a bancada. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PMN? (Pausa.) PSOL? (Pausa.) Minoria? O SR. PAULO ABI-ACKEL (PSDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, a Minoria vai orientar o voto “sim”, deixando evidente, nesta tarde/noite, nesta Casa, a “competência” – entre aspas – do Governo Federal em arrecadar e a incompetência do Governo Federal em distribuir. O Governo Federal, que se mostra guloso na arrecadação e egoísta na distribuição aos pobres brasileiros, que não recebem nem saúde nem educação, tampouco infraestrutura, e agora a justa correção do Imposto de Renda sobre a inflação ocorrida no período. Por essa razão, de maneira muito contundente e ainda registrando que é da competência da Câmara dos Deputados legislar sobre a matéria, é que nós vamos, portanto, orientar o voto “sim”. Julho de 2011 O SR. CHICO ALENCAR – PSOL – Sra. Presidente. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – O PSOL com a palavra? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – A emenda do Deputado Reguffe, do PDT – busca fazer mais justiça, reduzir a defasagem, que está em torno de 64% nas tabelas do Imposto de Renda, para que o assalariado não seja sempre mais injustamente gravado, além da perda de inflação que já sofre. Portanto, é uma emenda razoável, justa, simples, que merece o nosso voto “sim”, sem dúvida alguma. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Como vota o Governo? O SR. HUGO LEAL (PSC – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo entende toda a justeza da proposta, mas, dentro da prudência, do equilíbrio fiscal, do que o Governo vem buscando nesses anos todos, nós votamos “não” a esse destaque. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Em votação a emenda destacada. Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – As Sras. e os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) REJEITADA. Está mantido o texto. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vamos agora ao Destaque nº 4. Destaque da bancada do DEM. “Requeremos a V.Exa., nos termos do art. 161, § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da Emenda nº 34 à MP nº 528/2011. Sala das Sessões, 5 de julho de 2011. – Mendonça Filho, Vice-Líder do DEM.” A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Para falar como autor da emenda, Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, essa emenda tem um caráter social importantíssimo. Eu queria chamar a atenção especialmente dos Deputados e das Deputadas que têm Quarta-feira 6 35135 compromisso com a educação no Brasil, porque percebemos que muitos discursos são no sentido e na direção de colocar a educação como prioridade. Quando perguntamos qual é o principal desafio do Brasil, quase que a totalidade das pessoas responde que é melhorar a qualidade da educação em nosso País. E o Democratas está dando uma pequena contribuição nesse destaque para melhorar a qualidade da educação no Brasil. Nós estamos propondo a ampliação do que pode ser deduzido no Imposto de Renda com os gastos na área de educação. A Constituição Federal é clara quando elenca a educação e a saúde como direitos fundamentais e sagrados dos cidadãos brasileiros. A saúde pode ser deduzida integralmente do Imposto de Renda. Já a educação não pode. E o que nós estamos propondo exatamente é que haja a possibilidade de dedução seguindo esse indicador, qual seja, INPC mais cinco. O que permitiria, já no primeiro ano, uma dedução da ordem de 12%. A ideia é que seja progressiva, até que, em dado momento, possamos abater integralmente do Imposto de Renda os gastos com educação. 35136 Quarta-feira 6 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Vejam que o limite máximo de dedução hoje está na casa dos 247 reais. Isso é pouco, muito pouco. Portanto, o Democratas dá uma pequena contribuição para a educação brasileira. Nós deixamos esse destaque para ser verificado nominalmente, exatamente para que os Deputados e as Deputadas que têm compromisso com a educação possam votar. Essa medida não fere a responsabilidade fiscal, até porque estamos propondo uma elevação gradual do que pode ser deduzido. Vejam, portanto, que é uma medida justa, razoável e necessária. E é por isso mesmo que o Democratas defende a sua aprovação. Quem é a favor da educação não apenas no discurso, mas na prática vota a favor desse destaque, vota “sim” no painel. Quem apenas utiliza a educação como discurso, como pretexto eleitoral, como bandeira de campanha, mas na hora H, na hora de demonstrar o seu compromisso efetivo, prefere omitir-se, vota “não”. Por isso, estamos dando a oportunidade ao Plenário de se manifestar votando “sim”. Quem vota “sim” a esse destaque vota a favor da educação brasileira, contribuindo para uma dedução um pouco maior dos gastos com a educação, o que vai efetivamente perm