15-11-2011 Revista de Imprensa 15-11-2011 1. (PT) - Público - Público Porto, 15/11/2011, Ministério avisa que é necessário avaliar a construção do 1 Centro Materno-Infantil 2. (PT) - Jornal de Notícias, 15/11/2011, Dúvidas sobre voos nocturnos no Heliporto 2 3. (PT) - Jornal de Notícias, 15/11/2011, Enfermeiros contra cortes no hospital 3 4. (PT) - Diário do Minho, 15/11/2011, Crianças comprometem-se a comer frutas e legumes 4 5. (PT) - Jornal da Madeira, 15/11/2011, Enfermagem 5 6. (PT) - Diário de Notícias, 15/11/2011, 201 vagas onde faltam médicos 6 7. (PT) - Público, 15/11/2011, Há 12,4 milhões de inscritos nos centros de saúde e 1,9 milhões não têm 8 médico de família 8. (PT) - Diário Económico, 15/11/2011, Gestores públicos sofrem corte no salário já emJaneiro 10 9. (PT) - Jornal de Negócios - Negócios Mais, 15/11/2011, A importância da sustentabilidade no sector da 11 Saúde 10. (PT) - Correio da Manhã, 15/11/2011, Derrapagem milionária na Saúde 16 11. (PT) - Jornal de Negócios, 15/11/2011, Contas da Saúde derrapam 428 milhões de euros em 2011 17 12. (PT) - Diário Económico, 15/11/2011, O mérito dos fins, a gravidade dos meios, na redução do défice da 18 saúde 13. (PT) - Jornal de Negócios - Negócios Mais, 15/11/2011, Cortes na Saúde: a troika e mais além 19 14. (PT) - Correio da Manhã, 15/11/2011, "Cortes de orçamento podem agravar erros"- Entrevista a José 22 Fragata 15. (PT) - Público, 15/11/2011, Em matéria de Saúde, teme-se o pior do OE para 2012 23 16. (PT) - Jornal de Negócios, 15/11/2011, Ordem dos Médicos quer exame de admissão 24 17. (PT) - Correio da Manhã, 15/11/2011, Agredidos 79 profissionais de saúde 25 18. (PT) - Jornal de Notícias, 15/11/2011, Quase 80 casos de violência contra profissionais de saúde 26 19. (PT) - Público, 15/11/2011, Em vez de culpabilizar erros honestos, devíamos punir seriamente os 27 negligentes 20. (PT) - Jornal de Negócios - Negócios Mais, 15/11/2011, Premiar o sucesso para garantir o futuro 29 21. (PT) - Jornal de Negócios - Negócios Mais, 15/11/2011, "A médio prazo os doentes não vão ter acesso a 30 novos medicamentos"- Entrevista a Jon Fairest 22. (PT) - Diabo, 15/11/2011, Farmácias podem acaqbar com o serviço nocturno 33 23. (PT) - Atlântico Expresso, 14/11/2011, 74% dos doentes com doença Infl amatória do Intestino faltaram 35 ao trabalho 24. (PT) - Atlântico Expresso, 14/11/2011, A diabetes pode afectar qualquer pessoa e se não for tratada 36 pode ser mortal 25. (PT) - Atlântico Expresso, 14/11/2011, Doenças respiratórias foram responsáveis por 12% das mortes 38 em Portugal em 2010 26. (PT) - Atlântico Expresso, 14/11/2011, Doenças reumáticas são causa de patologias fora dos ossos e 39 articulações 27. (PT) - Atlântico Expresso, 14/11/2011, Lei do tabaco deve ser mais restritiva , diz Sociedade Portuguesa de Pneumologia 40 A1 ID: 38553416 15-11-2011 | Público Porto Tiragem: 47306 Pág: 25 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 28,64 x 33,71 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Saúde Incerteza volta a pairar sobre projecto previsto há mais de duas décadas NFACTOS/FERNANDO VELUDO As obras do CMIM foram lançadas em Maio desde ano Ministério avisa que “é necessário” avaliar a construção do Centro Materno-Infantil BE vê com muito pessimismo a posição do Governo e teme que a obra não seja para concluir em 2013. Ex-secretário de Estado da Saúde não vê razões para qualquer avaliação Margarida Gomes a A construção do Centro MaternoInfantil do Norte (CMIN) pode estar, de novo, comprometida, cinco meses após o arranque dos trabalhos. O Governo já fez saber que “será necessário avaliar a possibilidade de concluir os procedimentos actualmente em curso, em função da disponibilidade financeira”. Numa resposta a uma pergunta do deputado João Semedo (BE), o gabinete do ministro informa que, no que se refere à construção do CMIN, é “desejável cumprir os compromissos assumidos no quadro do Memorando de Entendimento acor- dado entre a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional”. “A resposta do Ministério da Saúde faz-me pensar que pelo menos o próprio Governo ainda não garante que a construção do Centro Materno-Infantil prossiga ao ritmo que estava planeado. Não há uma data certa nem uma garantia efectiva para que o CMIN venha a ser concluído”, declarou ontem ao PÚBLICO o deputado do BE. Afirmando que vê com “muito pessimismo” a resposta dada, Semedo tenta mostrar que a verba de 40 milhões de euros prevista para a área da saúde na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano evidencia que o executi- vo “estará a pensar em não concluir a obra nos prazos em que estava previsto [Setembro de 2013]”, uma data que, curiosamente, cai em cima do calendário eleitoral das autárquicas. O deputado refere que a obra, orçada em 42,2 milhões de euros, inclui um edifício único, mas o projecto também contempla obras de remodelação e de adaptação do actual edifício da Maternidade de Júlio Dinis e a construção de um parque de estacionamento. “Se associarmos a quebra do investimento e as palavras equívocas que constam da resposta à pergunta do BE, uma e outra coisa juntas permitem admitir que o Governo está a pensar não concluir obra nos prazos em que ela estava prevista”, considera ainda. Neste contexto, há quem considere que em causa possa estar apenas a requalificação do edifício onde funciona a maternidade e a construção do parque de estacionamento, que surgem à parte no caderno de encargos do CMIN. Posição diferente tem o ex-secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, que é apontado como o mais que provável candidato do PS à Câmara do Porto em 2013. Pizarro, que se empenhou em garantir a obra, não encontra nenhuma justificação para o Governo interromper os trabalhos da futura unidade de saúde maternoinfantil, pois, sustenta, “a cabimen- tação financeira está completamente assegurada até porque, assinala, metade provém de fundos comunitários através do QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional]”, por via do Programa Operacional do Norte. À margem da decisão do Governo de avaliar o avanço do CMIN está Pedro Esteves, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Porto (CHP), entidade da qual dependerá a futura unidade de saúde. “Oficialmente, não temos conhecimento de nada. Fico preocupado”, disse o administrador, afirmando que existe um “plano financeiro que salvaguarda” a construção do Centro Materno-Infantil do Norte. Página 1 A2 ID: 38550332 15-11-2011 Tiragem: 107777 Pág: 36 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,94 x 13,03 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 2 A3 ID: 38550336 15-11-2011 Tiragem: 107777 Pág: 36 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,65 x 10,05 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 3 A4 ID: 38551874 15-11-2011 Tiragem: 8500 Pág: 9 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 24,23 x 17,81 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Programa “5 ao Dia” juntou 88 alunos no MARB Crianças comprometem-se a comer frutas e legumes DR Alunos do 4.º ano do primeiro ciclo do Ensino Básico das escolas EB1 Bairro da Alegria e D. Pedro V participaram recentemente na terceira e quarta sessão do ano lectivo 2011/2012, do programa “5 ao Dia”, que decorreu no Mercado Abastecedor da Região de Braga (MARB). No âmbito deste programa, e durante este ano lectivo, as crianças são convidadas a celebrarem com os seus pais um “contrato” através do qual se comprometem a consumir nas suas refeições diárias, pelo menos, cinco peças de frutas e hortícolas, um dos objectivos do programa “5 ao Dia”. As crianças participaram com grande interesse e motivação nas quatro actividades Programa “5 ao Dia” tem como objectivo incentivar as crianças a comer frutas e legumes principais que constituem o Programa 5 ao Dia: a sementeira de leguminosas; a visita ao MARB; a elaboração de uma salada de frutas e a visualização de uma história alusiva à importância do consu- mo de hortofrutícolas na alimentação. Mais duas escolas visitam o MARB Hoje, terça-feira, realiza-se a quinta sessão do projecto com a participação de 49 alunos da EB1 de S. Victor. De referir que a segunda sessão do programa contou com a participação de alunos das EB1 Quinta da Veiga e EB1 Bairro da Misericórdia. A equipa técnica que orientou esta sessão foi composta pelas monitoras Joana Sampaio, nutricionista da Câmara, bem com pelas técnicas Cristiana Andrade e Natália Sousa, da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, Jerusa Lopes e Ana Leite, ambas da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima e Paula Silva, da MARB. O programa “5 ao Dia” é da responsabilidade da Associação 5 ao dia, sendo apoiado pela Câmara Municipal de Braga em articulação com a DREN – Direcção Regional de Educação, a DRAPN – Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte e a ARSNorte – Administração Regional de Saúde do Norte. Página 4 A5 ID: 38550638 15-11-2011 I Enfermegem Nos Tiragem: 15000 Pág: 9 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,30 x 9,95 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 próximos dias 17 e 18 de Novembro, decorre na Exponor , no Porto, o Simposium APT Feridas, promovido pela Associação Portuguesa de Tratamento de Feridas. Neste simpósio haverá uma comunicação de representantes da Madeira, sobre Neuropatia e Vasculopatia – Luz Infravermelha Monocromática, (MIRE) na reversão da isquémia – Caso clínico de amputação evitada, Diogo Laranjeira (Enferlar) e Ana Sargo (Centro Diabético Concórdia). Página 5 A6 ID: 38549910 15-11-2011 Tiragem: 51594 Pág: 15 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,86 x 32,06 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 6 ID: 38549910 15-11-2011 Tiragem: 51594 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 12,82 x 15,71 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 7 A8 ID: 38549461 15-11-2011 Tiragem: 47306 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 22,98 x 21,24 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Há 12,4 milhões de inscritos nos centros de saúde e 1,9 milhões não têm médico de família João d’Espiney Números divulgados pela ACSS levantam mais uma vez a questão da duplicação de inscrições e das falhas na limpeza dos ficheiros a A totalidade dos centros de saúde (cuidados primários) em Portugal tinha 12.444.655 inscritos no final de Setembro, apesar da população portuguesa rondar só os 10,6 milhões. De acordo com as contas do PÚBLICO aos dados divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), os cuidados primários “geridos” pelas Administrações Regionais de Saúde têm 11.415.978 inscritos, enquanto os centros de saúde que integram as seis Unidades Locais de Saúde têm 1.028.677. O número global, que representa um acréscimo de 32.417 inscrições em relação aos dados relativos ao mês de Agosto, levanta mais uma vez a questão da duplicação de inscrições e limpeza de ficheiros. Confrontada com a situação, a Administração Central do Sistema de Saúde começou por explicar que os dados da monitorização mensal do SNS publicados no site da ACSS, relativamente ao número de inscritos, consideram todos os utentes inscritos no período em análise. “Ou seja, basta um utente ter estado inscrito por um dia numa unidade funcional de determinado Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de uma região de saúde, para ser contabilizado neste indicador”, diz a ACSS. “A questão sobre a ‘limpeza de ficheiros’ remete-nos para o Registo Nacional de Utentes (RNU), o ‘bilhete de identidade’ do utente no SNS. Apesar de ser um instrumento que participa na atribuição do médico de família, o RNU não é o gestor do processo de atribuição de médico de família”, afirma ainda a assessoria da ACSS. Admitindo a necessidade “de efectuar a limpeza de ficheiros para eliminar redundâncias e duplicações”, a mesma fonte revelou que “a actualização dos ficheiros tem estado dependente do processo de migração da Rede Informática da Saúde, projecto que está em fase de conclusão”. A assessoria da ACSS revelou que “estão identificadas duas linhas de acção”. A primeira é “a gradual activação do módulo de identificação nacional” do utente em todos os ACES. A segunda “aguarda” a autorização da Comissão Nacional de Protecção Inscritos por região Dois terços estão no Norte e região de Lisboa de Dados (CNPD) para efectuar “o cruzamento de dados” de identificação do utente registado no RNU com a base de dados nacional de Identificação Civil. Promessa de Macedo Norte 4.580.562 Centro 2.256.708 Lisboa e Vale do Tejo 4.246.761 Alentejo 843.646 Algarve Total 516.978 12.444.655 Fonte: Administração Central do Sistema de Saúde RUI GAUDENCIO Há mais inscritos nos centros de saúde que população no país De acordo com as contas do PÚBLICO com base nos dados da ACSS, no final de Setembro existiam 1.900.459 inscritos sem médico de família, acima dos 1,7 milhões que o ministro da Saúde anunciou no Parlamento no início de Setembro. Na altura, Paulo Macedo, que se comprometeu a tentar dar um médico de família a todos os utentes até ao final da legislatura, salientou que os números precisavam de ser expurgados, pois incluíam situações de utentes que já morreram ou outros inscritos em mais do que um centro de saúde. “Este é um levantamento feito pela ARS, mas há outros números, o que deriva de não haver informação totalmente confirmada e cruzada”, disse. A análise dos dados permitiu concluir, curiosamente, que entre Agosto e Setembro – mês em que a ACSS começou a disponibilizar os quadros – se regista uma diminuição de 61.350 inscritos sem médico de família. Mais de metade desta descida é explicada pelo decréscimo registado na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, que passou de 39.209 para 3010 inscritos no período em análise. Apesar da redução global, as ARS do Centro e do Algarve registaram uma subida do número de inscritos sem médico de família de, respectivamente, 5,6 e 5,3% face a Agosto. Nas ULS, a única que registou um acréscimo (36,9%) foi a do Alto Minho. Página 8 ID: 38549461 15-11-2011 Listas por actualizar Tiragem: 47306 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,75 x 6,05 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Centros de saúde têm 2 milhões de utentes-fantasma a Os centros de saúde tinham 12,4 milhões de inscritos em Setembro, apesar de a população rondar só os 10,6 milhões. Havia 1.900.459 sem médico de família, acima dos 1,7 milhões anunciados. c Portugal, 10 Página 9 A10 ID: 38549531 15-11-2011 Tiragem: 21711 Pág: 14 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 20,32 x 29,93 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Paulo Figueiredo GESTORES HOSPITALARES NÃO PODEM ACUMULAR CARGO COM FUNÇÕES MÉDICAS O novo Estatuto do Gestor Público - que também se aplica aos hospitais empresa (EPE) -, vem proibir também a acumulação de funções executivas dos gestores hospitalares com actividades médicas nos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde. Esta acumulação acontece hoje nos casos dos directores clínicos, por exemplo, que necessitam de uma autorização do Governo e que não podem ser remunerados pela actividade clínica. Gestores públicos sofrem corte no salário já em Janeiro Governo alterou a proposta inicial do Estatuto do Gestor Público que previa corte nos salários só no fim dos actuais mandatos dos gestores. Denise Fernandes [email protected] LIMITE NA REMUNERAÇÃO Os gestores das empresas públicas vão afinal sofrer um corte no salário já em Janeiro. O Governo alterou a proposta inicial e decidiu aplicar aos actuais gestores das empresas públicas as novas regras do Estatuto do Gestor Público, que impõem um tecto salarial à remuneração do primeiroministro (5.300 euros brutos, incluindo despesas de representação), apurou o Diário Económico. Na proposta inicial, tal como o Diário Económico avançou, o Governo estabelecia que o limite salarial só seria válido para os novos mandatos, mesmo que o novo Estatuto do Gestor Público entrasse em vigor em Janeiro, como sempre defendeu o Executivo. Porém, numa decisão de última hora - recorde-se que o diploma foi aprovado no Conselho 5.300 euros O novo Estatuto do Gestor Público, que entra em vigor em Janeiro, proíbe que os gestores das empresas públicas ganhem acima do salário do primeiroministro (cerca de 5.300 euros). Mas os gestores de empresas concorrenciais, como a TAP ou a CGD, poderão optar pelo salário médio dos últimos três anos, auferido antes de entrarem na empresa pública (salário do lugar de origem). de Ministros de quinta-feira passada – os membros do Governo decidiram alterar este ponto e alargar o tecto salarial também aos actuais mandatos. Na origem desta alteração terá estado a ideia de equidade entre os sacrifícios que são exigidos aos funcionários públicos, como os cortes de subsídios de férias e de Natal e a manutenção dos cortes salariais, que entrarão em vigor em Janeiro, com o Orçamento do Estado. Recorde-se que o novo Estatuto do Gestor Público proíbe salários nestes cargos acima da remuneração do primeiro-ministro, de cerca de 5.300 euros brutos, incluindo despesas de representação. Mas há excepções: os gestores das empresas públicas sujeitas à concorrência do mercado poderão optar pela média salarial dos últimos três anos referente ao seu lugar de origem (antes de entrarem na empresa pública), devidamente actualizada ao nível da inflação. Aqui incluem-se, por exemplo, a TAP e a Caixa Geral de Depósitos, mas o Governo garante que irá aprovar em breve, em Conselho de Ministros, a lista de todas das empresas que estarão nestas condições de excepção. Além do tecto salarial, o novo Estatuto do Gestor Público prevê ainda limitações na atribuição de prémios de gestão, que não poderão ultrapassar metade do rendimento anual do gestor. Mas, para já, os prémios estão congelados pelo menos até 2013 devido ao acordo assinado com a ‘troika’. Vai também deixar de ser paga a remuneração variável aos gestores públicos, passando o salário a integrar despesas de representação no valor de 40% do respectivo vencimento. Os cartões de crédito serão limitados. ■Página 10 A11 ID: 38549748 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: VI País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 27,13 x 32,65 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 5 Página 11 ID: 38549748 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: VII País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 27,60 x 32,94 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 5 Página 12 ID: 38549748 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: VIII País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 27,64 x 32,24 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 5 Página 13 ID: 38549748 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: I País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 27,55 x 26,99 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 4 de 5 Página 14 ID: 38549748 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: Principal País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 10,17 x 3,38 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 5 de 5 Página 15 A16 ID: 38550409 15-11-2011 Tiragem: 163986 Pág: 52 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 7,86 x 17,30 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 16 A17 ID: 38549738 15-11-2011 Tiragem: 18713 Pág: 35 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,92 x 34,01 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Página 17 A18 ID: 38549574 15-11-2011 Tiragem: 21711 Pág: 18 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,85 x 30,02 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 OPINIÃO O mérito dos fins, a gravidade dos meios, na redução do défice da saúde PEDRO VALE GONÇALVES Director jurídico da Pfizer em Portugal. A inércia do Estado na defesa do direito de propriedade tem permitido sucessivas tentativas de introdução ilegal de medicamentos genéricos no mercado – em violação de direitos reconhecidos pelo próprio Estado. Nesta situação a Indústria Farmacêutica de Inovação tem recorrido aos tribunais administrativos para garantir que o Estado assegure a efectividade desse direito. A situação tem conduzido, por vezes, a excessos de litigiosidade, mas o facto é que estes litígios têm sido decididos pelos tribunais, na sua maioria, no sentido da protecção dos direitos de propriedade dos legítimos titulares – a indústria inovadora. As decisões reconhecem que cabe ao Estado a tutela e a protecção de direitos fundamentais, como o da garantia da propriedade. A Indústria Farmacêutica – que desenvolve sustentadamente a investigação e a inovação na Saúde –, concorda que é fundamental pôr termo à litigância. O caminho não é o do confronto, mas o da colaboração na concretização de objectivos comuns: reduzir o défice na Saúde e diminuir a sobrecarga judicial e administrativa, respeitando os direitos de propriedade intelectual. Neste contexto, o Governo apresentou à Assembleia da República a Proposta de Lei n.º 13/XII, entretanto aprovada. Esta Lei pode ter, e terá, efeitos contraproducentes. No que diz respeito ao objectivo de redução dos litígios, a Lei vai contribuir para o aumento – e não para a redução – da litigiosidade e da litigância, já que prevê e organiza a introdução de medicamentos genéricos no mercado sem qualquer indagação prévia da existência de direitos de propriedade intelectual. Tanto assim é que o faz com efeitos imediatos e insus- ceptíveis de serem travados (mesmo quando a violação de um direito protegido por uma patente é evidente). Esta Lei favorece a entrada ilegal de medicamentos no mercado, com a consequente retirada posterior, com enorme prejuízo para as empresas e, acima de tudo, para os doentes. Este diploma esvazia, de forma grave, a tutela de um direito constitucional, traduzindo o ressarcimento da violação num mero direito indemnizatório, que nem sequer acautela os danos resultantes da ilegalidade. Com o processo arbitral previsto nesta Lei, a invocação de direitos de propriedade intelectual deixa de ter efeito suspensivo. Ora, sendo o procedimento arbitral mais rápido por natureza (90 dias), não se compreende que não haja efeito suspensivo da introdução no mercado de um fármaco que não tem o título validamente atribuído pelo Estado. Não se vislumbra a razão do esvaziamento do conteúdo de um direito que é protegido pela Constituição. Entendo que os objectivos do Governo poderiam ser alcançados com algumas precisões, desde logo a previsão do efeito suspensivo, quando haja acção fundamentada num direito de propriedade industrial. Os benefícios resultantes, com a redução da despesa e da litigiosidade e o incremento da transparência e concorrência são evidentes. Por tudo isto, a mudança aprovada constitui uma oportunidade perdida. O tempo julgará os resultados, não as intenções. ■ A inércia do Estado na defesa do direito de propriedade tem permitido sucessivas tentativas de introdução ilegal de medicamentos genéricos no mercado. Página 18 A19 ID: 38549644 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: II País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 27,07 x 31,80 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 3 Página 19 ID: 38549644 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: III País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 16,77 x 33,79 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 3 Página 20 ID: 38549644 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: I País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 8,45 x 2,72 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 3 Página 21 A22 ID: 38550342 15-11-2011 Tiragem: 163986 Pág: 51 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,73 x 19,61 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 22 A23 ID: 38549578 15-11-2011 Tiragem: 47306 Pág: 39 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 28,64 x 12,99 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Debate Orçamento do Estado e o Serviço Nacional de Saúde Em matéria de Saúde, teme-se o pior do OE para 2012 O Orçamento do Estado (OE) para 2012 consagra uma redução de quase mil milhões de euros para a área da Saúde, passando de 5,4% do PIB em 2011 para 4,8% do PIB em 2012. A transferência do OE para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) fica abaixo do valor final do ano de 2004! As duas perguntas fundamentais que todos colocamos são, por um lado, como vai ser possível garantir o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, num contexto de forte restrição orçamental? Por outro, será possível manter os indicadores de qualidade assistencial que adquirimos nos últimos anos? Desde 2005, o esforço político foi colocado na sustentabilidade do SNS, acabando com os orçamentos rectificativos, na integração de cuidados de saúde com o aumento do número de pessoas com médico de família e com a criação da Rede de Cuidados Continuados Integrados. Com este esforço, foi possível deixar de ouvir falar em listas de espera. Por exemplo, na área cirúrgica entre 2005 e 2010 a actividade aumentou 40% e a cirurgia de ambulatório passou de 25% para 50%! A lista de inscritos para cirurgia reduziu-se, no mesmo período, em 35%. A Mediana do Tempo de Espera melhorou 62% entre 2005 e 2010. A eficiência e a produtividade do SNS apresentaram uma António Serrano Deputado do PS evolução fantástica, fruto da visão política, mas, fundamentalmente, do trabalho dedicado dos profissionais de saúde. Aumentámos a acessibilidade, melhorámos, sem sombra de dúvida, a qualidade assistencial entre 2005 e 2010. O SNS tem provado que tem condições para ser sustentável e que o presente contexto de crise económica e financeira deve ser aproveitado para transformar processos, para reorganizar a rede de cuidados, para eliminar os desperdícios que existam em cada ponto, em especial nos serviços que não são prestadores directos de cuidados, para pensar a organização do trabalho numa lógica colaborativa e não corporativa, para envolver os profissionais e os municípios na busca de novas soluções. Do OE para 2012 pouco se sabe, não se vislumbra uma estratégia, um plano de acção para a redução da despesa, uma proposta de regularização das dívidas a fornecedores, que se acumulam mês após mês. Apenas conhecemos a dimensão do corte da despesa e as medidas relacionadas com a desmotivação dos profissionais, violando as regras básicas da contratação colectiva de trabalho. Se o preceituado no Artigo 27.º da proposta de lei do OE se mantiver e os profissionais forem limitados ao número de horas extraordinárias da lei geral, significa que as Urgências e outros serviços podem simplesmente deixar de funcionar. O Partido Socialista apoia medidas que visem obter ganhos na política do medicamento, como já o havíamos realizado em anos anteriores e que estão agora a dar os seus frutos, pois a redução da despesa com medicamentos é um facto, como demonstra o último Boletim da Direcção-Geral do Orçamento. A proposta do Partido Socialista de alteração na prescrição por DCI, aprovada no Parlamento, em conjunto com a proposta do Governo, e que agora será trabalhada em sede de especialidade, vai gerar ganhos para o SNS desde que os diferentes contributos venham a ser acolhidos. O uso de medicamentos genéricos já atingiu uma quota de 30% em Setembro, segundo relatório constante no site do Governo, quando era insignificante em 2004. O OE para 2012, em matéria de Saúde, não é transparente nos seus objectivos, pelo que se teme o pior: degradação dos indicadores de qualidade assistencial e redução do acesso dos cidadãos, encerrando unidades de forma precipitada em todo o território, destruindo equipas, desmobilizando os agentes públicos do sector. Não tem que ser assim, porque a crise pode ser uma oportunidade para fazer diferente, com menos recursos, mas com mais eficácia. Mas, para tal, é preciso querer. Nós queremos. Será que o Governo quer? No decorrer de 2012, saberemos! Página 23 A24 ID: 38549781 15-11-2011 Tiragem: 18713 Pág: 48 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 13,86 x 14,52 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Página 24 A25 ID: 38550078 15-11-2011 Tiragem: 163986 Pág: 20 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 4,97 x 12,26 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 25 A26 ID: 38549957 15-11-2011 Tiragem: 107777 Pág: 9 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 21,14 x 16,56 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 26 A27 ID: 38549507 15-11-2011 Tiragem: 47306 Pág: 12 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 29,03 x 35,37 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Erro clínico Cirurgião cardiotorácico lança livro sobre segurança de doentes “Em vez de culpabilizar erros honestos, devíamos punir seriamente os negligentes” O médico José Fragata defende que quando há danos em consequência de erros clínicos, os doentes ou os seus familiares devem ter direito automático a uma indemnização DANIEL ROCHA Entrevista Catarina Gomes a O cirurgião cardiotorácico José Fragata lançou ontem o seu segundo livro sobre erros em saúde. Na sua primeira obra sobre o tema, há sete anos, lembra que os colegas o olhavam “como se tivesse sarampo”, porque era um assunto do qual não se devia falar. Agora, em Segurança dos Doentes – Uma abordagem prática, lançado ontem, o director do serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, nota que algo mudou. Já errou como médico? Os cirurgiões têm um pequeno cemitério aonde vão rezar de vez em quando, dizia o cirurgião René Leriche. Somos pessoas. Os casos que nos correm mal deixam-nos marcas, todos nós transportamos um passivo, embora hoje em dia a mortalidade na área da cirurgia cardíaca seja baixa, cerca de 3% a 4%. Tem que haver um responsável, mas um doente entra aqui e é tocado por 50 ou 60 pessoas antes de ter alta, pessoas que também têm as suas vidas, os seus erros, os seus problemas, que estão bem ou mal preparados, há um conjunto enorme de determinantes. Insiste muito na diferença entre erro honesto e erro negligente... Essa é a diferença da vida. O que se quer dizer é que se alguém segue as regras, faz tudo bem, toma todas as precauções e mesmo assim erra, o erro foi honesto – 95% são erros honestos, 4 a 5% são negligentes. É uma taxa transversal, são as ovelhas ranhosas da sociedade. A espécie humana é a mesma. Mas não se deve dizer que quem faz um erro honesto é culpado, pode ser responsável, mas não tem que ser negligente. Em vez de se caminhar para a culpabilização de erros honestos, devíamos caminhar seriamente para punir seriamente os erros negligentes, sem corporativismos. Já teve que testemunhar contra algum colega judicialmente? Na classe médica é recorrente dizer-se que se protegem uns aos outros. Já tive que testemunhar como perito, às vezes tive que dizer que um comportamento profissional não foi correcto, indirectamente testemunhei contra um colega. Há sempre algum corporativismo. Mas tem vindo a melhorar. Quando escrevi o meu primeiro livro, Erro de Medicina, parecia que tinha sarampo, os meus colegas achavam que eu não devia falar nisto. Está melhor, passou a falar-se. Mas os media têm um papel. Deve haver decoro antes de chamar negligente a alguém, de tentar perceber o que se passou, e não fazer julgamento em praça pública. O primeiro estudo português sobre erros em saúde conclui que só em 0,8% dos casos doentes ou familiares foram informados do incidente. No seu livro fala do dever da revelação. O que lhe parecem estes números? Parece-me normal, o que não quer dizer que seja desejável. Temos que perceber que estas coisas resultam da cultura das pessoas, a nossa cultura, a ocidental, não é de revelação. É de ocultação. É de ocultação. Mas há razões para isso. Uma delas é o modo como o sistema judicial português lida com acidentes em saúde – o dirimir de problemas de responsabilidade civil faz-se com base em culpa. Podia-se indemnizar com base em risco. Um exemplo: quando eu comecei a conduzir, há muitos anos, quando se batia saíamos logo do carro de mangas arregaçadas para a pancada, para discutir quem vinha da direita ou da esquerda, hoje em dia preenche-se uma declaração amigável, indemnizamos com base em risco e não com base em culpa. Defende que devia acontecer o mesmo nos erros em saúde? Se eu tiver um acidente com um doente em medicina e reclamar ao meu seguro profissional, tem que haver apuramento de culpa e há ainda uma diferença, que muitas pessoas não saberão: num hospital privado a responsabilidade é chamada contratual, se surgem complicações e o doente se queixa sou eu que tenho que provar que fiz tudo bem, à partida sou suspeito; no sistema público a responsabilidade é extracontratual, à partida é o doente que tem que provar que fiz mal. De uma perspectiva jurídica, o mesmo doente no sistema público e privado tem tratamentos completamente diferentes. O profissional está mais exposto no privado do que no público. E na perspectiva do doente? Aí, o doente está mais protegido no privado do que no público. Haveria mais profissionais de saúde a assumir a sua responsabilidade se o sistema judicial fosse diferente? Vai a um hospital, perguntam-lhe se é alérgica a alguma coisa, diz que não, tem uma angina, dão-lhe penicilina, se tiver uma reacção alérgica e morrer quem teve a culpa? Ninguém, não é possível saber. Nos países nórdicos a família é automaticamente indemnizada com a assunção de que a medicina é uma actividade de risco, perigosa, independentemente de ser apurada a negligência do médico. Esta é uma regra que é muito importante que a sociedade portuguesa e outras interiorizem: o doente entra num hospital e pode sofrer danos que não são necessariamente culpa de ninguém, tem a ver com a complexidade do sistema. Nós só queremos saber quem foi a pessoa para a pendurarmos. Há muitos anos que era suposto o Ministério da Saúde ter no terreno um sistema nacional de notificação de eventos adversos. Em Santa Marta implantou-o há três anos. Que balanço faz? A declaração de eventos é uma arma de dois gumes. Porque é que devemos declarar eventos? Para que o grupo saiba que podem acontecer erros e redesenhar processos de trabalho para haver menos possibilidade de danos. Se cada vez que declarar for punido, para a próxima cala-se. É a perspectiva oposta à da culpa. Aqui qualquer profissional comunica um erro, há um núcleo que o analisa, se se acha que o erro é recorrente, redesenhase modo como trabalha. Pode dar-me um exemplo de algo que mudou por causa do sistema? Havia um certo tipo de seringas que funcionavam mal em bombas infusoras, que levavam a enganos de fármacos; mudámos o modelo da seringas. Quem inventou este sistema foi a aviação civil: quando dois aviões se cruzam no ar a duas milhas de distância, estão longe de chocar um com o outro, mas isto é reportado como colisão iminente. Deus me livre se estivéssemos à espera de que os doentes morressem para aprender com os erros. Página 27 ID: 38549507 15-11-2011 Tiragem: 47306 Pág: 40 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,75 x 7,55 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 José Fragata “Devíamos punir seriamente os erros clínicos negligentes” Pág. 12 Página 28 A29 ID: 38549659 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: III País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Ocasional Área: 11,12 x 31,97 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Página 29 A30 ID: 38549685 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: IV País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 27,30 x 32,31 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 3 Página 30 ID: 38549685 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: V País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 27,09 x 32,94 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 3 Página 31 ID: 38549685 15-11-2011 | Negócios Mais Tiragem: 18713 Pág: I País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 9,18 x 2,72 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 3 Página 32 A33 ID: 38550436 15-11-2011 Tiragem: 25000 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,51 x 34,15 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 33 ID: 38550436 15-11-2011 Tiragem: 25000 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,58 x 2,21 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 34 Atlântico Expresso A35 ID: 38539543 14-11-2011 Tiragem: 6650 Pág: 15 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,75 x 22,81 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Inquérito europeu 74% dos doentes com doença Inflamatória do Intestino faltaram ao trabalho Um inquérito promovido pela Federação Europeia das Associações de Crohn e Colite Ulcerosa (EFCCA), para avaliar o real impacto da Doença Inflamatória do Intestino, revelou que a doença tem implicações significativas na vida dos doentes, a nível do trabalho e das relações interpessoais. Participaram no inquérito mais de seis mil doentes de 25 países. “A participação de mais de seis mil doentes de DII em toda a Europa ultrapassou totalmente as nossas expectativas”, afirma Marco Greco, presidente da EFCCA. “Infelizmente, o impacto da DII nas nossas vidas ainda acontece a um nível inaceitável, como pode ser concluído a partir dos resultados deste inquérito” completa. De acordo com o inquérito, 74 por cento dos inquiridos teve de ausentar-se do trabalho no último ano, devido à doença. Mais de um quarto afirma mesmo ter estado ausente do trabalho por um período superior a 25 dias. Um quarto dos doentes foi alvo de acusações, comentários injustos ou sofreu algum tipo de discriminação no local de trabalho. A maioria dos doentes está empregada a tempo inteiro, embora alguns estejam desempregados ou tenham empregos precários em consequência da doença. Além do trabalho, a DII tem um impacto significativo também nas relações interpessoais. Quarenta por cento dos doentes afirma ter evitado ou terminado uma relação íntima devido à doença. Por outro lado, o contacto com outras pessoas na mesma condição ou que façam parte de associações parece ter um impacto positivo na vida dos doentes. A nível do diagnóstico, os doentes consideram que o acesso a cuidados especializados é geralmente bom, tendo a maioria um diagnóstico final atempado. Apesar disso, cerca de 18 por cento dos Em Portugal existem cerca de 15 mil doentes com DII, registando-se 100 novos casos todos os anos. Em 20 por cento dos casos a doença tem início durante a infância ou adolescência. DII é responsável por ausências do trabalho e dificuldades na gestão das relações interpessoais. No último ano, 74 por cento dos doentes tiveram de faltar ao trabalho devido à doença. Vinte e cinco por cento foram alvo de acusações, comentários ou sofreram de discriminação no local de trabalho. Quarenta por cento das pessoas com DII evitaram relacionamentos íntimos ou terminaram uma relação devido à sua condição doentes considera ter esperado demasiado tempo pelo diagnóstico da sua doença. O número de internamento de doentes com DII é bastante elevado - aconteceu em 85 por cento dos casos -, representando uma morbilidade significativa e uma elevada procura de serviços de saúde. No que diz respeito ao tratamento, os doentes afirmam que, embora tenha aumentado, o acesso a terapêuticas biológicas ainda está disponível apenas para uma minoria. Muitos doentes vivem com complicações associadas à DII. Quarenta e nove por cento têm problemas de articulações, 34 por cento sofre de problemas de pele, e 28 por cento afirma tomar regularmente analgésicos para alívio dos sintomas. A qualidade da comunicação nas consultas é para alguns doentes um aspecto a melhorar já que, muitas vezes, não conseguem fazer as perguntas que gostariam. Em conclusão, Ana Sampaio, presidente da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino, nota que “mesmo com a disponibilização de terapêuticas imunossupressoras e biológicas há mais de uma década e com um maior acesso a cuidados de saúde, o impacto da DII na vida dos doentes continua a ser enorme”. Para a presidente da APDI, este inquérito “veio mostrar-nos que há um grande trabalho a fazer de divulgação do impacto social da doença. O inquérito traz também novas perspectivas para reduzir o impacto da doença e importantes recomendações para o seu tratamento e cuidados de saúde prestados aos doentes” conclui. Em Portugal existem cerca de 15 mil doentes com DII, registando-se 100 novos casos todos os anos. Em 20 por cento dos casos a doença tem início durante a infância ou adolescência. Página 35 Atlântico Expresso A36 ID: 38539499 14-11-2011 Tiragem: 6650 Pág: 4 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 27,13 x 20,26 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 2 Dia Mundial da Diabetes assinalado hoje com acção de sensibilização A diabetes pode afectar qualquer pessoa e se não for tratada pode ser mortal Hoje, Dia Mundial da Diabetes, o Programa Regional de Prevenção e Controlo da Diabetes e Luta contra a Obesidade, com a colaboração da Câmara Municipal de Ponta Delgada, a Associação de Diabéticos de S. Miguel e S. Maria e o Clube Lyons de S. Miguel, promove nas Portas da Cidade de Ponta Delgada, entre as 10h00 e as 14h00, uma acção de sensibilização para esta problemática com rastreio de obesidade, diabetes, hipertensão arterial. Se as condições climatéricas assim o permitirem será realizada uma Marcha Contra a Diabetes com partida de vários locais da Cidade com destino às Portas da Cidade onde chegarão pelas 13h. Quantos mais grupos se formarem melhor. Escolas, Associações, Clubes, grupos espontâneos de pessoas serão bem-vindos, diz o Coordenador e endocronologista Rui César. O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta ao aumento do interesse em torno do diabetes no mundo. A data foi escolhida devido ao nascimento do cientista Canadiano Frederick Banting que, em parceria com Charles Best, ainda estudante de Medicina foi responsável pela descoberta da insulina, em Outubro de 1921. Dois anos mais tarde, Banting recebia o Prémio Nobel de Medicina por esta descoberta e pela aplicação da insulina no tratamento das pessoas com diabetes. A Diabetes, tendo em conta a sua prevalência galopante, a sua gravidade e as implicações pessoais, familiares e sociais, constitui uma preocupação “maior” das populações e dos países, com particular ênfase nas autoridades governamentais e nos organismos representativos da sociedade civil. Todos os anos se tem vindo a comemorar o Dia Mundial da Diabetes (14 de Novembro) procurando alertar, informar e implementar medidas concretas e adequadas que impliquem todos os intervenientes no processo em particular os doentes, familiares, grupos e decisores sociais, etc.… O tema do ano de 2011 para o Dia Mundial da Diabetes é: - Cuidados de Saúde que Salvam Vidas - São Um Direito, Não Um Privilégio – Educação, Medicamentos, Exames – Passemos à Acção “Agir na Diabetes já” A Diabetes pode afectar qualquer pessoa e se não for tratada, pode ser mortal. Como saber se está em risco? – A história familiar de doença, a falta de exercício, a alimentação pouco saudável, o excesso de peso – obesidade, são alguns sinais que lhe podem dizer que está em risco. - Sinais de Alerta – Urinar com muita frequência; Perda de peso não intencional; Falta de energia; Sede excessiva. Como pode reduzir o risco? – Mudando de hábitos, diversificando a alimentação, co- Se as condições climatéricas assim o permitirem será realizada uma Marcha Contra a Diabetes com partida de vários locais da Cidade com destino às Portas da Cidade mendo pão mais escuro, usando mais a horta e o pomar, evitando os açucarados e engordurados, bebendo mais água e praticando mais exercício. Fazer caminhadas, dançar, nadar, andar de bicicleta, são alguns exercícios, acessíveis e fáceis de praticar. 30 minutos por dia de exercício físico, pode reduzir em 40% o risco de desenvolver Diabetes tipo 2 Mais de 280 milhões de pessoas no mundo têm diabetes e nos próximos 20 anos estima-se que este número aumente para 480 milhões. Entre nós, o estudo de prevalência da Diabetes tipo 2, feito em Portugal, demonstrou que os Açores, são a Região do país, com maior prevalência (14.3% da população entre os 20 e 80 anos), dos quais 5.1% nem sequer sabem que o são, correspondendo a cerca de 8 000 pessoas. Também a prevalência da prédiabetes é muita elevada (21.4% da população na mesma faixa etária), sabendo-se que em 5 a 10 anos, mais de 50% serão diabéticos, se não mudarem de hábitos. Página 36 Atlântico Expresso ID: 38539499 Tiragem: 6650 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 8,50 x 5,26 cm² 14-11-2011 Âmbito: Regional Rastreio hoje nas portas da cidade Corte: 2 de 2 14,3% dos Açorianos padecem de diabetes Hoje, Dia Mundial da Diabetes, o Programa Regional de Prevenção e Controlo da Diabetes e Luta contra a Obesidade, com a colaboração da Câmara Municipal de Ponta Delgada, a Associação de Diabéticos e o Clube Lyons de S. Miguel, promove nas Portas da Cidade uma acção de sensibilização p. 4 e rastreio Página 37 Atlântico Expresso A38 ID: 38539530 14-11-2011 Tiragem: 6650 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 27,06 x 18,95 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Doenças respiratórias foram responsáveis por 12% das mortes em Portugal em 2010 O relatório refere que “a mortalidade por doença respiratória representou entre 10 e 13% da totalidade dos óbitos, constituindo uma das principais causas de morte em Portugal”, acrescentando que os internamentos devido a estas patologias aumentarem de 12% em 2006 para 14% em 2010. As doenças respiratórias foram responsáveis por cerca de 12 por cento das mortes em Portugal em 2010 e levaram a um maior número de internamentos, revela o Relatório Anual do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR). Ao contrário do que sucede com a mortalidade geral, a mortalidade por doença respiratória mantém uma tendência crescente. “As doenças respiratórias continuam a ter um peso muito grande e constituem as principais causas de internamento e de mortalidade. Doze por cento dos óbitos são por doenças respiratórias e se juntarmos o cancro do pulmão, esse número sobe para 15 por cento (%)”, disse à Lusa o presidente do ONDR. Teles Araújo sublinhou que “não há uma tendência para diminuição destas doenças e não é previsível que vá haver num curto prazo”, apontando como causas para esta situação o tabaco, os factores ambientais, nomeadamente a qualidade do ar, e a concentração cada vez maior de populações nas grandes cidades, às vezes com condições habitacionais deficientes que aumentam possibilidade de transmissão das doenças. O relatório refere que “a mortalidade por doença respiratória representou entre 10 e 13% da totalidade dos óbitos, constituindo uma das principais causas de morte em Portugal”, acrescentando que os internamentos devido a estas patologias aumentarem de 12% em 2006 para 14% em 2010. Enquanto os internamentos globais têm uma diminuição de nove por cento, os internamentos por doença respiratória tiveram um aumento relativo de 12%, refere o documento, que analisa o impacto das principais patologias respiratórias nos internamentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre 2006 e 2010, bem como a sua representação por regiões de saúde, sexo e escalões etários nos anos de 2006 a 2010. O cancro do pulmão e as pneumonias continuam a ser doenças com mortalidade crescente, não obstante os progressos terapêuticos. Inversamente, nas doenças respiratórias crónicas, quer a asma, quer a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), o panorama parece mais favorável, não obstante o envelheci- mento da população que, em relação à DPOC, terá certamente influência, salienta o relatório da ONDR. Em 2010, dos doentes internados por cancro do pulmão 31% morreram. Os internamentos por pneumonias apresentam ao longo dos anos um número de internamentos muito relevante, com um pico máximo em 2009, coincidindo com a epidemia da gripe A. Em 2010, os internamentos por gripe voltaram aos valores dos anos anteriores a 2009. “Este facto, juntamente com uma mortalidade residual, mas persistente por tuberculose, e uma subida da mortalidade por pneumonia, reforçam a ideia de que as infecções permanecem uma ameaça, à qual teremos de estar atentos”, observam os autores do documento. Por outro lado, alertam, “uma crise económica e financeira” da dimensão que Portugal está a viver “acarretará problemas sociais relevantes”: As doenças em geral e as patologias respiratórias, em particular, “aproveitam essa circunstância para reforçarem a sua capacidade de ataque, sendo expectável um aumento da sua incidência nos tempos mais próximos”. A maioria dos doentes internados por asma são mulheres (62%), 38% homens e 45% têm menos de 18 anos, enquanto nos doentes internados por Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), a maioria (66%) são homens. As doenças respiratórias crónicas atingem 40% da população portuguesa: asma 10%, rinite 25% e DPOC 14,2% das pessoas com mais de 40 anos. Página 38 Atlântico Expresso A39 ID: 38539553 14-11-2011 Tiragem: 6650 Pág: 15 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,97 x 11,99 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Doenças reumáticas são causa de patologias fora dos ossos e articulações As manifestações das doenças reumáticas vão para além dos ossos e articulações e atingem, em muitos casos, órgãos como os olhos, rins, fígado ou a pele, pelo que o XIV Fórum de Apoio ao Doente Reumático tem, este ano, como tema a “Doença Reumática: Para além das Articulações”. De acordo com José de Melo Gomes, presidente da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), que promove o encontro, “frequentemente identificam-se as doenças reumáticas unicamente com doença das articulações e dos ossos, ficando muitas vezes esquecidos os envolvimentos possíveis de outros órgãos e sistemas do nosso organismo”. Para o presidente da LPCDR, “a escolha deste tema para o fórum permitirá renovar e alargar os conhecimentos dos nossos associados e de todos os doentes e profissionais de saúde sobre aspectos menos conhecidos e di- vulgados das doenças reumáticas”. Entre as consequências da doença reumática noutros órgãos encontram-se as lesões cutâneas que podem mesmo ser a primeira manifestação de uma doença reumática, ou as implicações para o tubo digestivo em órgãos como o fígado, os rins e o estômago. Também os olhos podem ser atingidos de várias formas, umas vezes com a inflamação do globo ocular propriamente dito, outras através do envolvimento de glândulas anexas ao olho, como é o caso das glândulas lacrimais. O aumento do risco cardiovascular é igualmente uma realidade nas doenças reumáticas sistémicas, traduzindo-se na existência de uma redução da esperança média de vida para quem sofre destas patologias. Actualmente, as doenças cardiovasculares surgem em primeiro plano entre as causas de morte no lúpus e na artrite reumatóide, sendo responsáveis por uma redução de cinco anos, em média, da esperança de vida. A aterosclerose é a principal causa de morbilidade e mortalidade cardiovascular. Nas doenças reumáticas inflamatórias a aterosclerose ocorre, não só mais precocemente, como evolui também de forma mais acelerada. No entanto, a presença de factores de risco que tradicionalmente contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose, tais como a hipertensão arterial, a diabetes, alterações do colesterol ou o tabagismo, por si só não explicam este excesso. Outros factores, entre os quais se destaca a actividade inflamatória da própria doença, são relevantes para o aumento do risco cardiovascular excessivo nas doenças reumáticas. Outros temas serão ainda abordados neste fórum, com vista a informar e esclarecer doentes e seus familiares, mas também a sociedade em geral para as manifestações menos evidentes das doenças reumáticas, que têm incidência elevada na população portuguesa. De acordo com últimos dados da Sociedade Portuguesa de Reumatologia e da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, um em cada três portugueses terá numa fase da sua vida uma doença reumática, o que representa uma prevalência de 30 por cento na população, com cerca de três milhões de portugueses a sofrerem deste tipo de patologias que são a primeira causa de incapacidade temporária. Estas queixas atingem cerca de um milhão e 700 mil mulheres e 970 mil homens. Na Europa, estima-se que 103 milhões de cidadãos sofram de doenças e alterações do sistema músculoesquelético. As doenças reumáticas mais comuns são a osteoartrose e a osteoporose, sendo a Artrite Reumatóide uma das que gera mais sofrimento e incapacidade. Página 39 Atlântico Expresso A40 ID: 38539532 14-11-2011 Tiragem: 6650 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 27,67 x 15,70 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 “Lei do tabaco deve ser mais restritiva”, diz Sociedade Portuguesa de Pneumologia A coordenadora da comissão de tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Lourdes Barradas, disse que os profissionais de saúde defendem que “a lei do tabaco devia ser mais restritiva”, salientando que “o número de fumadores em Portugal tem diminuído”. Em declarações à Agência Lusa à margem do Congresso de Pneumologia que termina na Alfândega do Porto, Lourdes Barradas falava dos dados divulgados no Infotabac – relatório da avaliação da lei do tabaco de 2007 – onde se concluiu que “Portugal é o país europeu com maior diminuição de prevalência de fumadores passivos no local de trabalho de 2005 para 2010, tendo-se colocado na sexta posição deste indicador na Europa a 27”. “A população portuguesa reconhece que esta nova lei contribuiu para alterar os hábitos tabágicos e concorda com a proibição de fumar nos espaços públicos”, acrescenta. Segundo a directora do serviço de Pneumologia do IPO de Coimbra, o que os profissionais de saúde pensam “é que a lei do tabaco devia ser mais restritiva porque há várias excepções à lei”. E considera que isso deveria acontecer “principalmente na área da restauração, já que existem muitos restaurantes que, logo após a implementação da lei, eram para não fumadores e agora já estão com o dístico que autoriza fumar. É uma lacuna que existe na lei e, por isso, esta devia ser muito mais restritiva”, alerta. Lourdes Barradas afirma que “em Portugal parece haver uma tendência para diminuir o consumo do tabaco”. Na sua opinião, o aumento do imposto sobre o tabaco “é um factor que leva à diminuição do consumo, principalmente nos jovens, já que evita a iniciação”. “Com a crise, o aspecto económico pode resultar na diminuição do consumo, mas a ansiedade pode levar ao aumento”, avisa, salientando o esforço que deve ser feito pelos profissionais de saúde no alerta para os malefícios do tabaco. Para a pneumologista, se o imposto sobre o tabaco fosse ainda maior – como acontece noutros países – haveria uma diminuição do consumo. A especialista chamou ainda a atenção para o Eurobarómetro de 2010, segundo o qual “64 por cento dos portugueses referem que nunca fumaram, 23 por cento são fumadores, 13 por cento são ex-fumadores”. “Portugal é o país com maior diminuição na prevalência dos fumadores. Comparando os dados do anterior Eurobarómetro, houve uma diminuição do número de fumadores”, enfatizou. Lourdes Barradas moderou uma mesa de trabalho da comissão de tabagismo sobre marketing e tabaco, onde foi referido que a “indústria tabaqueira utiliza as suas estratégias de marketing, cada vez mais agressivas, para que os fumadores mantenham os seus hábitos e para cativar novos clientes, para substituir aqueles que morrem precocemente”. “Essa publicidade da indústria tabaqueira é virada para os jovens e para as mulheres. Ainda há uma prevalência do tabaco no sexo masculino e portanto a indústria quer cativar agora o sexo feminino, com publicidade muito apelativa, nomeadamente associando o tabaco ao emagrecimento, ao glamour, à moda, à emancipação e à libertação da mulher”, referiu. Página 40