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Louvores ao Rei (História)
013
A Última Hora
O autor deste comovente convite, João Diener, nasceu em 24 de setembro de 1889, próximo a Moscou,
na Rússia. Sua família era evangélica, de origem letã. Chegou ao Brasil em agosto de 1897, instalando-se
no Estado de São Paulo, onde trabalhou como operário numa fábrica de tecelagem. Este, seu hino mais
célebre, foi escrito em 1911, de uma forma inesperada. Henriqueta Rosa Fernandes Braga conta que
João Diener estava trabalhando na tecelagem e pensava na mensagem proferida pelo missionário
pioneiro batista. A. B. Deter no dia anterior.
Seu trabalho tornou-se mecânico, enquanto aflorava em sua mente uma melodia nunca ouvida antes,
mas muito clara. Repetiu a melodia várias vezes e, em sua casa, trabalhou a letra que surgira na fábrica.
Durante um período de desemprego, Diener foi amparado pelo missionário Deter e sua família e
continuava a morar com eles. Ele pediu a Edith, filha de 13 anos do missionário, que lhe auxiliasse ao
piano, e na partitura, enquanto ele compunha "voz por voz" a harmonia desta linda melodia. João Diener
cantou-a pela primeira vez na Igreja Batista do Alto da Serra, em São Paulo, num culto em que pregou o
missionário William Buck Bagby.
O Pr. Francisco Cid, missionário da Junta de Missões Mundiais (da Convenção Batista Brasileira) na
Argentina, escreve em O Jornal Batista uma história comovente da influência mais dramática deste hino:
Certo domingo à tarde, vagueava um homem nas ruas da cidade de São Paulo. Depois de haver bebido
durante o dia, se recostou para dormir num dos bancos da Praça Princesa Isabel, a mesma onde fica a
primeira Igreja Batista. Passadas algumas horas, ele despertou. Já era noite. De longe lhe vinha aos
ouvidos o cântico de um hino! E era seu hino!
Lá na Igreja, o pastor havia terminado a pregação e anunciou o hino final do culto. O hino era A Última
Hora. Este homem, separado da família e longe de Deus, ainda trôpego e um tanto ébrio, se levantou
daquele lugar frio e de abandono e marchou em direção ao templo. Quando entrou, o Pr. Tertuliano
Cerqueira se aproximava da porta, e daquele homem desalinhado e com forte cheiro de bebida alcoólica
o cumprimentou e disse: "...Que mensagem de Deus tem este hino!" O pastor lhe respondeu: "Eu sei que
o compositor foi alguém inspirado por Deus." Diener lhe disse, então: "Eu escrevi esse hino!"
Em seguida, mostrou ao pastor a sua identificação. Depois, o Pr. Tertuliano levou Diener à sua casa,
ouviu sua comovedora história e a manifestação daquele coração, que naquela noite havia se
arrependido. João Diener reconstruiu o seu lar, que estava desfeito, reconciliando-se com sua mulher.
Voltou a cantar o seu hino, tornou-se outra vez regente do coro da igreja, e foi fiel ao Senhor até a sua
partida, no ano 1963.
LETRA DO HINO: A Última Hora
Ao findar o labor desta vida,
Quando a morte a teu lado chegar,
Que destino há de ter a tua alma?
Qual será no futuro teu lar?
Coro
Meu amigo, hoje tu tens a escolha:
Vida ou morte, qual vais aceitar?
Amanhã pode ser muito tarde:
Hoje Cristo te quer libertar.
Tu procuras a paz
neste mundo,
Em prazeres que passam em vão.
Mas, na última hora da vida,
Eles não mais te satisfarão.
Tens manchada tua alma,
e não podes ,
Contemplar o semblante de Deus:
Só os crentes de corações limpos,
Poderão ter o gozo nos céus.
Por acaso tu riste, ó amigo,
Quando ouviste falar de Jesus?
Mas somente Jesus pode dar-te,
Salvação pela morte na cruz.
Se decides deixar teus pecados,
E entregar tua vida a Jesus,
Trilharás, sim, na última hora
Um caminho brilhante de luz
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Louvores ao Rei (História) 013 A Última Hora