Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica Período 2003 a 2005 VOLUME I Operador Nacional do Sistema Elétrico Presidência Rua da Quitanda 196/24º andar, Centro 20091-005 Rio de Janeiro RJ tel (+21) 2203-9594 fax (+21) 2203-9444 © 2002/ONS Todos os direitos reservados. Qualquer alteração é proibida sem autorização. ONS – 2.1-031/2002 Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica Período 2003 a 2005 VOLUME I Aprovado pelo Conselho de Administração em 13 de junho de 2002 K:\2003-2005\#Documentos\Relatórios\Par2003-2005_Vol_I.doc Sumário APRESENTAÇÃO 8 1 INTRODUÇÃO 9 2 RELAÇÃO DAS AMPLIAÇÕES E REFORÇOS PROPOSTOS PARA A REDE BÁSICA – PERÍODO 2003 a 2005 14 Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2005, sem Definição de Concessão pela ANEEL 17 Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários no Período 2003 a 2005 – Relação Completa 60 2.1 2.2 2.3 2.3.1 2.3.2 3 ONS PAR 2003-2005 Resumo da Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2005 130 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Previstos no PAR 20032005 (relação completa) 130 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Propostos no Par 20032005 com concessão a ser outorgada pela ANEEL 135 SÍNTESE DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL – HORIZONTE 2005 139 3.2 Região Sul 142 3.2.1 Rio Grande do Sul 142 3.2.2 Santa Catarina 155 3.2.3 Paraná 166 3.2.4 Mato Grosso do Sul 178 3.3 Região Sudeste 183 3.3.1 Rio de Janeiro 183 3.3.2 Espírito Santo 195 3.3.3 Minas Gerais 206 3.3.4 São Paulo 219 3.4 Região Centro-Oeste 238 3.4.1 Goiás e Distrito Federal 238 3.4.2 Mato Grosso 244 3 / 478 3.5 Região Norte 255 3.5.1 Pará 255 3.5.2 Tocantins 260 3.5.3 Maranhão 262 3.6 Região Nordeste 266 3.6.1 Piauí 266 3.6.2 Ceará 270 3.6.3 Rio Grande do Norte 276 3.6.4 Paraíba 280 3.6.5 Pernambuco 284 3.6.6 Alagoas 289 3.6.7 Sergipe 293 3.6.8 Bahia 296 4 SÍNTESE DAS CONDIÇÕES DE DESEMPENHO DAS INTERLIGAÇÕES REGIONAIS 4.2 Descrição das Interligações 4.2.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 304 4.2.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 306 Resumo dos Limites de Intercâmbio entre Subsistemas 310 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste 310 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 317 Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais 327 Avaliação Preliminar de Restrições ao Despacho da UHE Tucuruí 327 Desempenho das Interligações InterRegionais 330 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 4.3.4 4.4 ONS PAR 2003-2005 303 303 4.4.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 330 4.4.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 342 5 CONFIABILIDADE DO SISTEMA 347 5.2 Introdução 347 5.3 Descrição das Análises 347 5.3.1 Definição do Escopo do Estudo 347 5.3.2 Caracterização de Modelos e Dados 348 4 / 478 5.3.3 Descrição dos Casos de Confiabilidade 349 5.4 Monitoração e Diagnose da Confiabilidade da Rede Básica 349 Evolução da Confiabilidade do Ciclo 20022004 349 5.4.2 Influência dos Níveis de Tensão 353 5.4.3 Segmentação do Sistema de Transmissão 355 5.5 Considerações Finais 357 5.5.1 Conclusões 357 5.5.2 Recomendações 358 6 CONDICIONANTES DOS ESTUDOS 6.2 Mercado 359 6.2.1 Contexto 359 6.2.2 Dados 359 6.2.3 Processo 360 6.2.4 Resultados: Aspectos Gerais 361 6.2.5 Resultados para as Regiões Norte e Nordeste 363 Resultados para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste 372 6.2.7 Resultados para a Região Sul 381 6.3 GERAÇÃO 385 6.4 CRITÉRIOS 385 6.4.1 Critérios com Relação aos Níveis de Tensão 385 6.4.2 Critérios para Fator de Potência 386 6.4.3 Critérios de Carregamento de Linhas de Transmissão 387 Critérios de Carregamento de Transformadores 387 5.4.1 6.2.6 6.4.4 6.4.5 Critérios para os Estudos das Interligações Regionais 387 6.4.6 Critérios para os Estudos de Confiabilidade 7 ONS PAR 2003-2005 359 ASPECTOS RELACIONADOS À FRONTEIRA DA REDE BÁSICA COM A REDE DE DISTRIBUIÇÃO 389 391 7.2 Região Sul 393 7.2.1 CEEE 393 7.2.2 AES-SUL 396 5 / 478 7.2.3 RGE 398 7.2.4 CELESC 401 7.2.5 COPEL 403 7.2.6 ENERSUL 407 7.3 Região Sudeste 408 7.3.1 ESCELSA 408 7.3.2 LIGHT 409 7.3.3 CEMIG 410 7.3.4 SP- ÁREA DE CONEXÃO 1 (BANDEIRANTE, CLFSC, ELETROPAULO, CSPE e ELEKTRO) 413 SP-ÁREA DE CONEXÃO 2 (EEB, BANDEIRANTE, ELEKTRO e CESP) 416 SP- ÁREA DE CONEXÃO 3 (CPEE, CJE, EEB, CLFM, CPFL, ELEKTRO e CGEET) 418 SP-ÁREA DE CONEXÃO 4 (EEVP, CLFSC, CAIUÁ, DUKE, C. CANOAS-DUKE e C. CANOAS-CBA) 420 SP-ÁREA DE CONEXÃO 5 (EEVP, ELEKTRO, CAIUÁ, CPFL, ENERSUL E DUKE) 421 SP-ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL, ELEKTRO, ENERSUL, CESP E CGEET) 423 7.3.10 ELETROPAULO 426 7.3.11 BANDEIRANTE 429 7.3.12 CPFL 430 7.4 Região Centro-Oeste 431 7.4.1 CELG 431 7.4.2 CEMAT 433 7.5 Região Norte 435 7.5.1 CELPA 435 7.5.2 CELTINS 437 7.5.3 CEMAR 438 7.6 Região Nordeste 442 7.6.1 CEPISA 442 7.6.2 COELCE 444 7.6.3 COSERN 446 7.6.4 SAELPA 447 7.6.5 CELB e SAELPA 448 7.6.6 CELPE 449 7.6.7 CEAL 451 7.3.5 7.3.6 7.3.7 7.3.8 7.3.9 ONS PAR 2003-2005 6 / 478 7.6.8 ENERGIPE 452 7.6.9 SULGIPE 453 7.6.10 COELBA 454 8 INTEGRAÇÃO DE NOVOS AGENTES 458 9 REFERÊNCIAS 471 Lista de Figuras, Quadros e Tabelas ONS PAR 2003-2005 473 7 / 478 APRESENTAÇÃO O Plano de Ampliações e Reforços (PAR) apresenta a visão do ONS sobre as ampliações e os reforços da Rede Básica, necessários para preservar o adequado desempenho da rede, garantir o funcionamento pleno do mercado de energia elétrica e possibilitar o livre acesso aos interessados em atuar no MAE, dentro do horizonte 2003-2005. Com este Plano, o ONS cumpre as suas responsabilidades legais, elaborando a proposta anual de ampliações e reforços das instalações da Rede Básica de transmissão do Sistema Interligado Nacional – SIN, da qual resultarão acréscimos de linhas de transmissão, totalizando 13.684 km e de 21.087 MVA na capacidade de transformação, até o ano de 2005. Desse conjunto, cerca de 80% das linhas e 55% dos empreendimentos em subestações já tiveram a concessão equacionada pela ANEEL. Para execução dessas obras, estima-se que será necessário executar um investimento da ordem de 6,1 bilhões de reais, tendo por base os custos de referência disponíveis no setor. A magnitude desses números revela a dimensão do esforço requerido de todos que atuam no setor elétrico brasileiro. Para permitir o tratamento das particularidades do Sistema Interligado Nacional, os estudos que resultaram na proposição deste PAR foram realizados de forma descentralizada pelos diversos Grupos Especiais, abertos à participação de todos os Agentes, abrangendo as Regiões Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste. No contexto do novo modelo do setor elétrico brasileiro no qual os cenários de geração são indicativos, realizar um trabalho desse porte, constitui-se um desafio. O ONS agradece aos agentes, em especial aos seus nos Grupos Especiais Ampliações e Reforços, legítimos co-autores deste PAR, por tornarem possível a sua realização. Mário Fernando de Melo Santos Diretor Presidente ONS PAR 2003-2005 Roberto Gomes Diretor de Administração dos Serviços da Transmissão 8 / 478 1 INTRODUÇÃO O presente documento relaciona as ampliações e os reforços identificados para a Rede Básica, no período 2003 a 2005. No processo de elaboração do PAR, conforme estabelecido no módulo 4 dos Procedimentos de Rede [1], foram realizados estudos de avaliação elétrica do sistema. Essas análises tiveram por base os estudos de planejamento elaborados pelo CCPE/MME, as solicitações de acesso e conexão, bem como as ampliações e reforços propostos pelos Agentes. Buscou-se, além disso, eliminar restrições de transmissão observadas no planejamento e na programação da operação, particularmente aquelas identificadas no Planejamento da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional - Período janeiro/2002 a abril/2003 [2]. No item 2 deste documento é apresentada a proposta de ampliações e reforços da Rede Básica, relacionando as obras, identificadas como necessárias, de acordo com os critérios adotados nos estudos desenvolvidos. No item 3 são descritas sucintamente as condições gerais de desempenho da Rede Básica, observadas nas análises realizadas por região geoelétrica, a partir das premissas e critérios adotados. Destacam-se também determinados pontos do sistema que carecem de realização de estudos específicos a serem desenvolvidos, alguns deles em conjunto com o CCPE, com o objetivo de identificar soluções estruturais para os problemas apontados. A avaliação do desempenho das interligações regionais é apresentada no item 4. Neste item, para a configuração prevista, estão indicados os limites de transmissão, bem como os fatores que restringem a capacidade de intercâmbio entre Regiões, sendo também apontadas medidas referentes à implantação de obras que se destinam a minimizar as restrições existentes e futuras. No item 5 são apresentados os resultados obtidos na avaliação da confiabilidade da Rede Básica. São descritos o estado do desenvolvimento dos trabalhos conduzidos para constituir uma base de dados e os procedimentos e critérios para a avaliação preditiva da confiabilidade da Rede Básica. O item 6 resume os condicionantes que dão suporte à proposta contida neste Plano de Ampliações e Reforços. Apresenta uma descrição sucinta das análises efetuadas no processo de consolidação das previsões de carga adotadas nos estudos, o programa de geração considerado, além dos critérios utilizados. Os aspectos das redes de distribuição que podem afetar o desempenho da Rede Básica estão destacados no item 7. São relacionadas, para as subestações localizadas na fronteira entre a Rede Básica e as redes de distribuição, as situações nas quais os critérios adotados nas análises desenvolvidas não são observados, bem como são indicadas as soluções já propostas pelas distribuidoras. A conexão de novos agentes é objeto do item 8, no qual é feito um sumário da situação dos estudos de integração em curso no ONS, no momento da emissão deste PAR. ONS PAR 2003-2005 9 / 478 O Volume II engloba a proposta do ONS para implementação de reforços para melhorar a observabilidade e segurança do SIN. a) Unidades Terminais Remotas; b) Implementação de Esquemas Especiais de Proteção e Proteção Sistêmicas; c) Implementação de Oscilografia de Curta e Longa Duração. No Volume III deste documento estão apresentados os pareceres técnicos para as instalações sem a concessão equacionada pela ANEEL e que ainda não foram encaminhados àquela Agência pelo ONS bem como o programa de geração utilizado. O conjunto de propostas contidas na presente versão do documento será submetido a um permanente acompanhamento e atualização visando incorporar mudanças dos condicionantes adotados nos estudos, tais como: contexto de oferta (geração e importação) e demanda (mercado e exportação) sinalizado pelos Agentes, novas solicitações de acesso, proposições de expansão por parte dos Agentes, restrições operativas identificadas no Planejamento da Operação Elétrica e Energética, informações do Mercado Atacadista de Energia - MAE, instrumentos contratuais estabelecidos referentes à compra e venda de energia, ao uso e à conexão ao sistema de transmissão, à autorização e à concessão para produção, à autorização para importação e exportação de energia e aos padrões de desempenho estabelecidos no Módulo 2 dos Procedimentos de Rede. O desenvolvimento dos estudos que resultaram no Plano de Ampliações e Reforços proposto teve como condicionantes os valores de previsão de carga estabelecidos pelos Agentes no quarto trimestre do ano 2001. Essas previsões, portanto, foram elaboradas em plena vigência do racionamento de energia elétrica recentemente encerrado. Cada Agente, de forma individual, avaliou o impacto do racionamento sobre as previsões de carga. De maneira geral, nas regiões onde foi praticado o contingenciamento do consumo, os valores de carga previstos no período deste PAR estão bem abaixo daqueles considerados na elaboração do PAR 2002-2004, representando, em alguns casos, um deslocamento de até quatro anos. Considerando o Sistema Interligado Nacional, o deslocamento das previsões de carga foi de cerca de dois anos, sendo de dois anos na Região Nordeste e de três anos nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste. A data de necessidade de cada obra, bem como as conclusões concernentes às condições de atendimento do Sistema Interligado Nacional, estão condicionadas a esses valores de previsão do crescimento da carga. Outro aspecto marcante neste PAR 2003-2005 é o significativo acréscimo na capacidade instalada de usinas termelétricas, especialmente até o final de 2003. A combinação da expectativa de menores valores de demanda com maior geração local associada às novas UTEs, além do grande número de instalações de transmissão já autorizadas ou licitadas, justifica a atenção dedicada ao desempenho do sistema em condição de carga leve neste PAR. ONS PAR 2003-2005 10 / 478 As obras propostas pela primeira vez neste documento são, em sua maior parte, decorrentes de estudos complementares, em especial os de planejamento de longo prazo, da conexão de novos Agentes geradores ou distribuidores, da avaliação do benefício da expansão de interligações inter-regionais e também da análise das condições de atendimento ao mercado, todos eventos posteriores ao ciclo anterior 2002-2004 do PAR. As obras necessárias à adequação das instalações existentes da Rede Básica aos requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede serão tratadas no Projeto “Definição dos Requisitos Mínimos para as Instalações da Rede Básica”. Esse Projeto, que está sendo conduzido pelo ONS dentro do Plano de Ação 2002/2004 aprovado pelo Conselho de Administração, deverá estabelecer os marcos para adequar as instalações existentes aos requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede. Os resultados deste trabalho serão incorporados às próximas edições do PAR. Com o objetivo de avaliar as condições de segurança operacional do SIN, o ONS, em conjunto com os Agentes, vem desenvolvendo atividades abrangendo o sistema físico de geração e transmissão, o sistema de supervisão e controle, os processos e procedimentos do ONS e os recursos humanos do ONS e dos Agentes dentro do processo de “Estudo para Melhoria das Condições de Segurança do SIN”. Estão sendo avaliados, entre outras questões, os procedimentos de recomposição, os esquemas de controle de emergência e as proteções sistêmicas, os recursos de observabilidade e controlabilidade do SIN, os arranjos de barramento e a implantação de reforços de transmissão. Este documento inclui os resultados disponíveis, no momento, dessas atividades relativas especificamente à segurança operacional do SIN. Possíveis complementos, à proposta de ampliações e os reforços na Rede Básica associada à segurança do SIN, deverão ser contempladas nas próximas edições do PAR. Para facilitar o entendimento do texto e das tabelas, as siglas usadas, com seus significados, estão listadas a seguir: Tabela 1.1 - Siglas usadas no Texto e nas Tabelas SIGLA DESCRIÇÃO LT linha de transmissão C1/ C2 circuito 1/ circuito 2 de linha de transmissão SE subestação EAT extra alta tensão UHE usina hidrelétrica UTE usina termelétrica UNE usina nuclear ONS PAR 2003-2005 11 / 478 SIGLA DESCRIÇÃO TR transformador AT autotransformador BC banco de capacitores CE compensador estático TC transformador de corrente FO filtro de onda EL entrada de linha CT conexão de transformador/autotransformador UF unidade da federação SIN sistema interligado nacional FRJ fluxo área Rio de Janeiro FMG fluxo área Minas Gerais FSE fluxo região Sudeste RSE recebimento pelo Sudeste SIL potência característica da linha (“surge impedance load”) ECE esquema de controle de emergência ERAC esquema regional de alívio de carga ECG esquema de corte de geração RAP relatório de análise de perturbação CLP controlador lógico programável PPS proteção contra perda de sincronismo CPST contrato de prestação do serviço de transmissão PDET programa determinativo de expansão da transmissão PPT programa prioritário de termeletricidade MAE Mercado Atacadista de Energia CAET Comitê de Acompanhamento dos Empreendimentos Termelétricos CCPE Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos GTP Grupo de Trabalho de Proteção GCOI Grupo Coordenador da Operação Interligada ONS PAR 2003-2005 (extinto) (“) 12 / 478 SIGLA DESCRIÇÃO GTCP GT para Estabelecimento de Critérios de Planejamento (“) CTST Comitê Técnico de Sistemas de Transmissão (“) GCPS Grupo Coordenador do Planejamento do Sistema Elétrico (“) Neste documento, as Regiões se compõem dos seguintes Estados, cujos sistemas elétricos estão interligados: Tabela 1.2 - Regiões Geoelétricas REGIÃO ESTADOS Sul (S) Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul Sudeste (SE) Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo Centro-Oeste (CO) Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso Norte (N) Pará, Tocantins e Maranhão Nordeste (NE) Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia ONS PAR 2003-2005 13 / 478 2 RELAÇÃO DAS AMPLIAÇÕES E REFORÇOS PROPOSTOS PARA A REDE BÁSICA – PERÍODO 2003 a 2005 Neste item são relacionados as ampliações e os reforços necessários para garantir condições adequadas de operação até 2005, visualizados por região geoelétrica, dentro das premissas e de acordo com os critérios adotados ao longo dos estudos desenvolvidos. Para efeito de apresentação, as ampliações e reforços foram organizados em dois conjuntos. O primeiro grupo, indicado no item 2.1, contempla as obras que ainda não foram objeto de autorização ou de licitação pela ANEEL, e que, portanto, ainda não têm a concessão equacionada. O segundo grupo, apresentado no item 2.2, é composto pelo elenco completo das ampliações e reforços necessários para o período 2003/2005, incluindo, desse modo, aqueles relacionados no item 2.1. No item 2.3 é apresentado um resumo, em termos de acréscimo de extensão (km) de linhas e capacidade (MVA) de transformação, das ampliações e reforços contidos neste PAR 2003/2005. Dentre os reforços relacionados neste item, incluem-se aquelas instalações de transmissão que não introduzem alterações topológicas, mas cuja ausência provoca limitações à operação do sistema. No que se refere aos sistemas de proteção, foram consideradas aquelas obras, cujos desempenhos são considerados de natureza sistêmica, constituídos de dois conjuntos (a), aquelas para atender a novos requisitos (b) e aquelas recomendadas pela Comissão Mista ONS/ELETROBRÁS/CEPEL e nos RAP (c), relacionadas abaixo: (a) implantação de: – sistemas Especiais de Proteção – SEP, englobando os Esquemas de Controle de Emergência – ECE, os Esquemas de Controle de Segurança – ECS e os Esquemas Regionais de Alívio de Carga – ERAC; – proteções de caráter sistêmico, recomendadas em relatórios específicos elaborados pelo ONS e Agentes envolvidos; (b) substituição de sistemas de proteção e teleproteção, devido à necessidade de atendimento a novos requisitos, em função de alteração de topologia da Rede Básica, de forma a garantir a confiabilidade do SIN; e (c) substituição ou instalação de sistemas de proteção recomendados pela comissão mista ONS/ELETROBRÁS/CEPEL, para redução dos níveis de risco das instalações, bem como aquelas recomendadas nos RAP, elaborados pelo ONS e agentes envolvidos na perturbação, de maneira a reduzir a abrangência dos distúrbios. O detalhamento das obras referentes aos Sistemas de Proteção consta do Volume II deste documento. Também no Volume II são apresentadas obras propostas pelo ONS ONS PAR 2003-2005 14 / 478 para assegurar adequadas condições de observabilidade e de controlabilidade ao SIN. Ressalta-se que a proposição das ampliações e reforços apresentada neste item tem por base o conceito de Rede Básica estabelecido pela Resolução ANEEL 433/00. Neste sentido, a necessidade de instalação de transformadores cuja tensão secundária é inferior a 230 kV, bem como de equipamentos de compensação reativa em tensão até 138 kV, não é abordada, exceto aqueles equipamentos já autorizados pela ANEEL como integrantes da Rede Básica, até a conclusão deste PAR. O tratamento relativo a estes equipamentos acha-se referenciado no item 7, onde também estão incluídas as instalações de alta tensão associadas que, de acordo com a Resolução 433/00, deverão integrar a Rede Básica. Para as instalações da Rede Básica cuja concessão ainda não foi equacionada pela ANEEL, através de autorização ou de licitação, estão indicadas nas tabelas as DATAS DE NECESSIDADE, ou seja, as datas a partir das quais os critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede não são atendidos, tanto para condições normais quanto de emergência. As datas físicas são determinadas nos editais de licitação e nos atos autorizativos, conforme processos conduzidos pela ANEEL. As conexões associadas às instalações propostas nas tabelas deste item, entrada de linha, conexão de transformadores, etc, não foram explicitadas por simplicidade de apresentação, devendo ser entendidas como parte integrante dos empreendimentos. As obras indicadas como tendo a “concessão em análise pela ANEEL” já foram indicadas no PAR anterior (2002-2004). Neste PAR 2003-2005 reitera-se a necessidade de que sejam agilizadas as ações visando à incorporação no CPST, no item referente à capacidade operativa de cada instalação, dos valores limites de carregamento noturno, de inverno, de verão e, principalmente, o limite de curta duração a serem considerados nas simulações. A incorporação desses limites de carregamento no CPST requer o desenvolvimento de ações de natureza técnica e regulatória, por parte da ANEEL, transmissoras e do ONS. Dessa forma será possível resgatar os valores tradicionalmente utilizados nos estudos de planejamento da operação e da expansão, evitando perdas na operação e a antecipação desnecessária de reforços na rede. A título de ilustração, são indicadas na Tabela 2.1 os empreendimentos propostos neste PAR 2003-2005 que poderiam ser postergados caso a capacidade de curta duração das linhas de transmissão pudesse sem também formalizada nos Contratos de Prestação de Serviço de Transmissão – CPST. ONS PAR 2003-2005 15 / 478 Tabela 2.1 – Obras propostas neste PAR 2003-2005 que poderiam ser postergadas com alteração dos Limites de Carregamento EMPREENDIMENTO LT 230 kV Londrina – Ibiporã LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista C2 SE Ouro Preto – 3º banco de autotransformadores 500/345 kV ONS PAR 2003-2005 16 / 478 2.1 Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2005, sem Definição de Concessão pela ANEEL A Tabela 2.2 a seguir resume as ampliações e os reforços na Rede Básica, ainda não autorizados ou licitados pela ANEEL, necessários para serem implementados até 2005, contemplando: − as obras propostas no PAR 2002-2004 e que constam do Programa de Licitação de Concessão de Linhas de Transmissão da ANEEL, mas que ainda não tiveram o edital de licitação publicado; − as obras propostas no PAR 2002-2004 em análise pela ANEEL; − os reforços que não introduzem alterações na topologia da rede, mas cuja ausência impõe restrições à operação do sistema; e − as novas obras identificadas neste PAR 2003-2005. As instalações propostas estão agregadas por Região, sendo indicada para cada uma delas a situação atual do empreendimento na época da emissão deste PAR. Na parte referente às subestações, a coluna POT. (MVA) indica a capacidade instalada total prevista para aquela obra. Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão ONS PAR 2003-2005 17 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) LONDRINA – ASSIS – ARARAQUARA circuito simples, com compensação série de 50% no terminal de Araraquara ONS PAR 2003-2005 UF SITUAÇÃO ATUAL PR/SP 500 400 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 Obra não indicada no PAR anterior 18 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ASSIS 2º banco de autotransformadores UF SITUAÇÃO ATUAL SP 440/230 336 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 2 bancos de autotransformadores 500/440 2x750 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 (obra associada à LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara) Obra não indicada no PAR anterior IVAIPORÃ ONS PR instalação de sistema de transferência para substituição da fase reserva dos bancos de autotransformadores AT 01 e AT 02 – 1650 MVA 750/525/ 69 --- 3o banco de autotransformadores 750/525/ 69 1.650 PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior Data de necessidade: JUNHO/2003 Concessão em análise pela ANEEL 19 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÃO SUL AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) DONA FRANCISCA – ITAÚBA C2 circuito simples UF SITUAÇÃO ATUAL RS 230 23 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL SALTO SANTIAGO – IVAIPORÃ C2 circuito simples PR 525 167 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior MACHADINHO – CAMPOS NOVOS C2 circuito simples SC 525 50,6 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior BLUMENAU – JORGE LACERDA B circuito duplo SC 230 2x30 Data de necessidade: JUNHO/2003 Seccionamento na SE Palhoça Obra não indicada no PAR anterior CASCAVEL–CASCAVEL OESTE C3 circuito duplo, lançamento do 2o circuito PR 230 11,3 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 20 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÃO SUL AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) LONDRINA – IBIPORÃ C2 circuito duplo, lançamento do 2o circuito UF SITUAÇÃO ATUAL PR 230 20,3 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior MARINGÁ - ASSIS circuito duplo PR/SP 230 2x23 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior Seccionamento na SE Londrina (Eletrosul) IVAIPORÃ – LONDRINA C2 circuito simples PR 525 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 120 Obra não indicada no PAR anterior RS GRAVATAÍ 2 – PORTO ALEGRE 6 circuito duplo, lançamento do segundo circuito (C4) ONS PAR 2003-2005 230 30 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 21 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÃO SUL REFORÇOS LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SALTO SEGREDO - AREIA substituição de equipamento terminal (seccionadora) em Areia 525 --- PR 525 --- SC 525 --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior PR 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior ALEGRETE 2 – SANTA MARIA 3 ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Alegrete 2 e Santa Maria 3 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior APUCARANA - LONDRINA Ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Apucarana Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior MACHADINHO – CAMPOS NOVOS C1 substituição de equipamento terminal (TC) em Campos Novos SITUAÇÃO ATUAL PR SALTO SANTIAGO - IVAIPORÃ substituição de equipamento terminal (seccionadora) em Ivaiporã e Salto Santiago UF RS 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 22 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÃO SUL REFORÇOS TENSÃO COMP. (kV) (km) LINHAS DE TRANSMISSÃO ALEGRETE BAGÉ 2 2 – LIVRAMENTO – ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Alegrete2, Bagé 2 e Livramento 230 --- RS 230 --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior RS 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior PALHOÇA – JORGE LACERDA A ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Jorge Lacerda A Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior ALEGRETE 2 – URUGUAIANA 5 ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Alegrete 2 SITUAÇÃO ATUAL RS ALEGRETE 2 - MAÇAMBARÁ ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Alegrete 2 e Maçambará UF SC 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 23 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) AREIA unidade reserva do banco de autotransformadores existente bancos de capacitores – 2x125 Mvar SITUAÇÃO ATUAL PR 525/ 230 224 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL BLUMENAU complementação da configuração disjuntor e meio, com instalação de disjuntores para os TR 5 e TR 6 UF SC 525/230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 230 Data de necessidade: MAIO/2003 Obra não indicada no PAR anterior CAXIAS reator manobrável de barra – 150 Mvar RS 525 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior CURITIBA conexão para o reator 1 – 150 Mvar PR 525 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 24 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) DOURADOS conexão para o reator da LT Dourados – Guairá – 27 Mvar UF SITUAÇÃO ATUAL MS 230 --- Data de necessidade:2002 Concessão em análise pela ANEEL Obra não indicada no PAR anterior ITÁ conexão para reator de barra 150 Mvar RS 525 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL reencabeçamento da LT Salto Santiago para o vão do antigo reator 2 e transformação do reator desta linha em reator de barra 525 --- Concessão em análise pela ANEEL LONDRINA complementação da configuração disjuntor e meio, com instalação de disjuntores para o TR 525/230 kV ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade:2002 PR 525 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 25 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) MARINGÁ substituição de disjuntor dos reatores A eB 230 --- RS 230 --- Data de necessidade: 2002 Em licitação pela ANEEL SC 230 --- Data de necessidade: FEVEREIRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior PALHOÇA banco de capacitores – 50 Mvar Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior JORGE LACERDA B relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha de 230 kV circuito simples, 0,8 km SITUAÇÃO ATUAL PR MAÇAMBARÁ reator manobrável na LT 230 kV UTE Uruguaiana - Maçambará – 30 Mvar UF SC 230 --- Data de necessidade: MAIO/2003 Obra não indicada no PAR anterior CASCAVEL OESTE 2o banco de autotransformadores PR 525/230 600 Data de necessidade: JUNHO/2003 Concessão em análise pela ANEEL ONS PAR 2003-2005 26 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) BATEIAS 2o banco de autotransformadores UF SITUAÇÃO ATUAL PR 525/230 600 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior CIDADE INDUSTRIAL substituição de 20 disjuntores de 230 kV e troca de relés de proteção dos módulos de 230 kV (associada à entrada da 2a etapa da UTE Canoas) ONS PAR 2003-2005 RS 230 --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 27 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) COXIPÓ – RONDONÓPOLIS C3 circuito simples, com reator de linha de 30 Mvar em Coxipó e compensação série de 50% em Rondonópolis 230 188 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra nova, proposta neste PAR MG 230 20 Data de necessidade: NOVEMBRO/2003 (associada à conexão da UHE Aimorés) Concessão em análise pela ANEEL CUIABÁ – BARRA DO PEIXE – INTERMEDIÁRIA – ITUMBIARA circuito simples SITUAÇÃO ATUAL MT AIMORÉS – MASCARENHAS C2 circuito simples UF MT/GO /MG 500 831 Data de necessidade: JANEIRO/2005 Obra não indicada no PAR anterior TAUBATÉ – APARECIDA C2 circuito simples SP 230 39 Data de necessidade: JUNHO/2005 Concessão em análise pela ANEEL ONS PAR 2003-2005 28 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) CUIABÁ SE nova, com dois bancos de autotransformadores UF SITUAÇÃO ATUAL MT 500/230 2x450 Data de necessidade: JANEIRO/2005 Obra nova, proposta neste PAR (associada à LT 500 kV Cuiabá – Barra do Peixe – Intermediária – Itumbiara) INTERMEDIÁRIA SE nova, para seccionamento da LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara ONS PAR 2003-2005 GO 500/230 --- Data de necessidade: JANEIRO /2005 Obra nova, proposta neste PAR 29 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) EMBU GUAÇU – BAURU C1/C2 Seccionamento na SE Oeste UF SP 440 2x1,6 Data de necessidade: 2002 construção de dois circuitos (4x636 MCM) para, juntamente com os dois circuitos em operação, efetuar o seccionamento das duas LTs Bauru Embu na SE Oeste Obra não indicada no PAR anterior SÃO JOSÉ – MOGI C1 substituição de bobinas de bloqueio. SP 230 --- Data de necessidade: 2002 mudança da configuração operativa da LT Mogi (Furnas) – Mogi – São José Obra não indicada no PAR anterior MOGI - NORDESTE adequação de equipamento terminal (bobina de bloqueio, TC e Chaves seccionadoras) da LT e Vão de interligação ONS PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL SP 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 30 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) NORDESTE – GUARULHOS adequação de equipamentos terminais (bobina de bloqueio e TC) 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior RJ 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior CAMPINAS – IBIÚNA reconversão para 500 kV - construção de 2 vãos SITUAÇÃO ATUAL SP ADRIANÓPOLIS – CAMPOS troca de TC, filtro de ondas e chaves seccionadoras na SE Adrianópolis e filtro de ondas na SE Campos UF SP 500 --- Data de necessidade: MARÇO/2003 Concessão em análise pela ANEEL (associada à LT 500 kV Bateias – Ibiúna) AIMORÉS – GOVERNADOR VALADARES recapacitação – circuito simples (associada à conexão da UHE Aimorés) ONS PAR 2003-2005 MG 230 131 Data de necessidade: NOVEMBRO/2003 Concessão em análise pela ANEEL 31 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ADRIANÓPOLIS UF SITUAÇÃO ATUAL RJ Instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV para aumentar a confiabilidade do arranjo em anel 500 reator manobrável na LT Cachoeira Paulista – Grajaú – 136 Mvar 500 seccionar a barra A e instalar um novo vão de disjuntor completo 345 seccionar a barra B através de instalação de chave seccionadora e proteção de barras adaptativas 345 substituição de 3 bays de 345 kV (40kA) 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra na indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra na indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (associado à implantação da UTE Norte Fluminense) ONS PAR 2003-2005 32 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ADRIANÓPOLIS (CONT.) “bypass” em Adrianópolis de um dos circuitos da LT Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT Adrianópolis – Grajaú, formando a LT Cachoeira Paulista – Grajaú 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (associado ao 3o circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis. Esta obra deverá estar presente antes da entrada em operação da 1a UTE no 500 kV entre as subestações de Cachoeira Paulista e Adrianópolis. Estão associados ainda dois novos bancos de reatores de 136 Mvar / 500 kV, sendo um na SE Cachoeira Paulista e o outro na SE Adrianópolis no novo circuito formado pelo “bypass”.) SP adequação de equipamentos terminais (filtro de onda na saída da LT para Guarulhos) 345 reator manobrável de linha – 136 Mvar (em substituição ao reator de 73 Mvar existente na LT Campinas – Cachoeira Paulista) 500 PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL RJ CAMPINAS ONS UF --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 33 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) CAMPINAS (CONT.) 2º banco de autotransformadores UF SP 500/345 560 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 Obra não indicada no PAR anterior (associada à LT Londrina – Assis – Araraquara) TIJUCO PRETO ONS SP Instalação de sistema de transferência para substituição da fase reserva dos bancos de transformadores AT4, AT5 e AT6 – 1.500 MVA, incluindo enrolamento terciário (compensador síncrono) 750/345/ 20 --- Inclusão de alimentação para o compensador síncrono da SE Tijuco Preto através do terciário dos autotransformadores AT5 e/ou AT6 750/345/ 20 --- Inclusão de alimentação para os 750/500/ bancos de reatores shunt de terciário 69 2x180 Mvar – 69 kV através do terciário do autotransformador AT2 --- PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 34 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) TIJUCO PRETO (CONT.) UF SITUAÇÃO ATUAL SP Instalação de sistema de transferência para substituição da fase reserva dos bancos de transformadores AT2 e AT3 – 1.650 MVA, incluindo enrolamento terciário (banco de reatores shunt) 750/500/ 69 --- 4o banco de autotransformadores 750/345 1.500 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior OURO PRETO 2 MG conexão para reator da LT 500 kV Ouro Preto 2 – São Gonçalo do Pará – 91 Mvar 500 reator manobrável na LT345 kV Ouro Preto 2 – Vitória - 60 Mvar 345 --- Concessão em análise pela ANEEL --- Data de necessidade: MAIO/2003 Obra não indicada no PAR anterior SERRA DA MESA 2º banco de autotransformadores Data de necessidade: 2002 GO 500/230 400 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 35 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ARARAQUARA conexão para o reator RE-2 – 180 Mvar UF SITUAÇÃO ATUAL SP 440 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL reator manobrável de barra – 180 Mvar 440 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SINOP compensador estático - (- 30, 70) Mvar MT 230 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL JUPIÁ SP instalação de disjuntor na interligação de barras 440 kV 440 troca de disjuntores nos bays para Taquaruçu, Três Irmãos e paralelo 440 --- Obra não indicada no PAR anterior --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior BAURU conexão para os reatores RE-2 – 90 Mvar e RE-3 – 180 Mvar Data de necessidade: 2002 SP 440 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL 36 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) SÃO GOTARDO 2 reator manobrável de barra – 91 Mvar UF SITUAÇÃO ATUAL MG 500 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL EMBORCAÇÃO conexão para reator da LT 500 kV Emborcação – São Gotardo 2 – 91 Mvar MG 500 --- Concessão em análise pela ANEEL GOVERNADOR VALADARES 2 instalação de uma chave seccionadora e um transformador de potencial capacitivo MG 230 --- MG conexão para reator da LT 500 kV São Gotardo 2 – Neves – 91 Mvar 500 transposição física de vão de linha e de transformador 500 PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior NEVES ONS Data de necessidade: 2002 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 37 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) JAGUARA ONS 500 instalação de três disjuntores para conexão dos trafos T11 e T12 – 500/345 kV às barras 1 e 2 (instalação de uma seção – configuração disjuntor e meio) 500 substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de ondas) nas saídas para Volta Grande, Luiz Carlos Barreto e Pimenta 345 PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL MG conexões para os reatores das LTs 500 kV Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do Pará – 2x91 Mvar Instalação de vão de disjuntor de barra UF --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 38 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) VOLTA GRANDE substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) nas saídas para Jaguara, Luiz Carlos Barreto e Porto Colômbia Instalação de vão de disjuntor de barra 345 --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior MG 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior BARBACENA substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) na saída para Pimenta SITUAÇÃO ATUAL MG PIMENTA substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) nas saídas para Barreiro, Barbacena e Furnas UF MG 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 39 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) PORTO COLÔMBIA substituição de equipamentos terminais (TCs, filtros de onda, chaves seccionadoras e disjuntores) nas saídas para Itumbiara e Volta Grande e vão de interligação 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior MG substituição de equipamentos terminais (TCs, filtros de onda, chaves seccionadoras e disjuntores) na saída para Volta Grande e vão de interligação 345 Instalação de chave seccionadora no vão do disjuntor de interligação de barras 345 PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL MG L. C. BARRETO ONS UF --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 40 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ANGRA 500 reator manobrável de barra de 136 Mvar 500 --- --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SP 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior TAUBATÉ (TC e filtro de onda das LTs para Tijuco Preto e Cachoeira Paulista) Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior GUARULHOS substituição de equipamentos terminais SITUAÇÃO ATUAL RJ instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV para aumentar a confiabilidade do arranjo em anel substituição de 5 chaves seccionadoras na LT Guarulhos – Nordeste UF SP 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 41 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) IBIÚNA UF SITUAÇÃO ATUAL SP instalação de dois filtros (3º/5º harmônicos) para o elo de corrente contínua 345 instalação de disjuntor e mais uma chave seccionadora de 345 kV nos vãos dos transformadores ZA900, ZA901 e ZA902 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior BAIXADA SANTISTA SP Instalação de um disjuntor e 2 chaves seccionadoras 345 substituição de disjuntores e equipamentos de 1 bay 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada à 2ª fase da UTE Piratininga) ONS PAR 2003-2005 42 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ILHA SOLTEIRA 440 substituição de disjuntores nos circuitos 1 e 2 da LT para Araraquara 440 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SUMARÉ SP 440 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SP CACHOEIRA PAULISTA reator manobrável na linha para Adrianópolis (Grajaú) e chaveável para a linha para Angra – 136 Mvar SITUAÇÃO ATUAL SP implantação de sistema de comunicação óptica para permitir “transfer trip” direto para alívio de carga no transformador 500/440 kV da SE Água Vermelha reator manobrável de barra de 90 Mvar UF 500 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (associada ao by-pass em Adrianópolis para formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú) ONS PAR 2003-2005 43 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) POÇOS DE CALDAS instalação de transformador de potencial capacitivo 500 --- MG seccionamento do barramento de 345 kV e instalação de vão de disjuntor completo 345 reator manobrável na LT 500 kV Itumbiara - Samambaia – 136 Mvar 500 banco de compensação série de 50% na LT 230 kV Rio Verde - Itumbiara C2 (100 Mvar) 230 PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: ABRIL/2003 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior VITÓRIA ONS SITUAÇÃO ATUAL MG ITUMBIARA reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 - Vitória – 60 Mvar UF ES 345 --- Data de necessidade: MAIO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 44 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) VITÓRIA (CONT.) transferência do compensador estático de Campos para a SE Vitória UF SITUAÇÃO ATUAL ES 345 --- Data de necessidade: JUNHO/2004 Obra não indicada no PAR anterior (associada à instalação da UTE Norte Fluminense e da LT 345 kV Ouro Preto 2 -Vitória) ITUTINGA reator manobrável de barra – 60 Mvar MG 345 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior RIO VERDE banco de compensação série de 50% na LT 230 kV Barra do Peixe – Rio Verde C2 (100 Mvar) MT 230 --- Obra não indicada no PAR anterior BARRA DO PEIXE banco de compensação série de 50% na LT 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe C2 (100 Mvar) ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: JUNHO/2003 MT 230 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 45 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) BARRA DO PEIXE (CONT.) Ampliação de dois vãos de linha adicionais para a conexão da LT 230 kV Rondonópolis – Rio Verde C1 a ser seccionada em Barra do Peixe 1º banco de autotransformadores UF MT 230 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 500/230 450 Data de necessidade: JANEIRO/2005 (associada à LT 500 kV Cuiabá – Barra do Peixe – Intermediária - Itumbiara) Concessão em análise pela ANEEL CABREÚVA instalação de bay de interligação de barra SITUAÇÃO ATUAL SP 440 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada à instalação do 2º banco de autotransformadores 440/138 kV) 3º banco de autotransformadores (Obra associada a expansão do consumidor CBA) ONS PAR 2003-2005 440/230 750 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 46 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) CABREÚVA (CONT.) substituição de disjuntores e equipamentos de 9 bays UF SITUAÇÃO ATUAL SP 440 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada ao 3º banco de autotransformadores 440/230 kV) MASCARENHAS construção de pátio ES 230 --- Data de necessidade: NOVEMBRO/2003 (associada à conexão da UHE Aimorés) Concessão em análise pela ANEEL MG MARIMBONDO reator manobrável na LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo – 100 Mvar 500 reator manobrável de barra – 100 Mvar 500 --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Em licitação pela ANEEL --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 47 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) EDGARD DE SOUZA substituição de disjuntores e equipamentos de 14 bays UF SITUAÇÃO ATUAL SP 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada ao 3º banco de autotransformadores 440/230 kV da SE Cabreúva) INTERLAGOS substituição de disjuntores e equipamentos de 2 bays SP 230 --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada à 2ª fase da UTE Piratininga) ONS PAR 2003-2005 48 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) TERESINA – PERITORÓ 78 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL seccionamento na SE Coelho Neto (construção de 78 km de LT 230 kV) SOBRAL II – SOBRAL III circuito duplo CE 230 2x15 Data de necessidade: 2002 o (associada ao 1 banco de autotransformadores 500/230 kV da SE Sobral III) Concessão em análise pela ANEEL SAPEAÇU – CAMAÇARI II circuito simples BA 500 85 Data de necessidade: ABRIL/2003 Obra não indicada no PAR anterior (Substitui a LT 230 kV Governador Mangabeira – Camaçari II C3 indicada no PAR anterior) MILAGRES - TAUÁ circuito simples (associada à SE Tauá) ONS PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL MA 230 circuito simples UF CE 230 200 Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 49 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) TERESINA II – SOBRAL III – FORTALEZA II C2 circuito simples UF SITUAÇÃO ATUAL PI/CE 500 581 Data de necessidade: JUNHO/2005 Obra não indicada no PAR anterior BRUMADO II reator manobrável na LT 230 kV Funil – Brumado II - 10 Mvar BA 230 --- Obra não indicada no PAR anterior PARAÍSO (antiga Santa Cruz) SE nova seccionando a LT 230 kV Campina Grande II – Natal II C1 ou C2 Data de necessidade: 2002 RN 230 --- Data de necessidade: MARÇO/2003 Concessão em análise pela ANEEL. (associada à nova conexão da COSERN) ANGELIM II PE conexão para um dos reatores de linha – 150 Mvar 500 reator manobrável de barra - 150 Mvar 500 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 50 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) TAUÁ SE nova (associada à nova conexão da COELCE e à LT 230 kV Milagres Tauá) ONS PAR 2003-2005 UF SITUAÇÃO ATUAL CE 230 -- Data da necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 51 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) GOV. MANGABEIRA - FUNIL C1 recapacitação (aumento do limite térmico para 60º) SITUAÇÃO ATUAL BA 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior JUAZEIRO – JAGUARARI – SENHOR DO BONFIM substituição de bobina de bloqueio nos terminais de Juazeiro, Jaguarari e Sr do Bonfim e de TC em Jaguarari UF BA 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (associada à UTE Jaguarari) MOSSORÓ II – AÇU II recapacitação (de 235 MVA para 300 MVA) RN 230 75 Data de necessidade: AGOSTO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (associada à UTE Termoaçu) ONS PAR 2003-2005 52 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) BOA ESPERANÇA 3o transformador UF SITUAÇÃO ATUAL PI 230/69 39 Autorizado à CHESF apenas o transformador sem as conexões (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 (apenas o transformador) Previsão para entrar em operação: Depende de autorização da ANEEL para as conexões Instalação de uma interligação de barra 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior reencabeçamento da LT Presidente Dutra para o vão do reator de barra 500 --- Obra não indicada no PAR anterior CAMPINA GRANDE II ONS PB substituição de 1 disjuntor de transferência (posição 14D1) 230 substituição dos pára-raios das linhas 04V1, 04V2, 04L3, 04F6 e 04F7 230 PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior 53 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) CAMPINA GRANDE II (CONT.) reator manobrável de barra - 30 Mvar UF SITUAÇÃO ATUAL PB 230 --- Data de necessidade:JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior SOBRAL III 1o banco de autotransformadores CE 500/230 600 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL (associada à LT 230 kV Sobral II – Sobral III) FORTALEZA I ONS CE substituição de um disjuntor na posição 14H1 de manobra de banco ce capacitores de 50 Mvar 230 substituição de bobina de bloqueio da linha para Banabuiú (C2) 230 seccionamento da barra principal em duas semi-barras 230 PAR 2003-2005 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 54 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) BOM NOME substituição da bobina de bloqueio nos terminais das linhas para Paulo Afonso (C1, C2 e C3) e Milagres (C3) 230 --- BA 230 --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior BA 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior MIRUEIRA Instalação de uma entrada de linha na saída para Goianinha Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior PAULO AFONSO IV reencabeçamento da LT Luiz Gonzaga para o vão do gerador 2, conectando o autotransformador T8 à saída do vão do gerador 1 SITUAÇÃO ATUAL PE PAULO AFONSO Instalação de disjuntor de transferência das barras de 230 kV UF PE 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 55 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) TUCURUÍ interligação de barra UF SITUAÇÃO ATUAL PA 500 --- Data de necessidade: 2002 reatores limitadores de corrente 20 Ω/fase Concessão em análise pela ANEEL (obra associada à UHE Tucuruí II) BA OLINDINA conexões para os reatores das LT Luiz Gonzaga – Olindina e Paulo Afonso – Olindina – 2x150 Mvar 500 --- Concessão em análise pela ANEEL PI TERESINA substituição de 2 chaves seccionadoras por disjuntores 230 --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior MESSIAS fechamento do “delta” do banco de autotransformadores 05t3 Data de necessidade:2002 AL 500/230/ 13,8 --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior 56 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) MILAGRES seccionamento da barra principal em duas semi-barras SITUAÇÃO ATUAL CE 230 --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior BANABUIÚ CE substituição de bobina de bloqueio nas linhas para Fortaleza e Delmiro Gouveia 230 seccionamento da barra principal em duas semi-barras 230 --- Data de necessidade:2002 Obra não indica'da no PAR anterior --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior MARABÁ 2o banco de autotransformadores UF PA 500/230 450 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL substituição do autotransformador existente de 300 MVA ONS PAR 2003-2005 500/230 450 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 Obra não indicada no PAR anterior 57 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) NATAL II UF SITUAÇÃO ATUAL RN relocação do reator de barra para uma das linhas para Campina Grande (C1 ou C2) 230 substituição dos pára-raios dos transformadores 04T1, 04T2 e 04T3 e das LTs 04V2 e 04V3 230 reator manobrável de barra - 30 Mvar 230 --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade:JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior SÃO LUÍS II compensador estático (-70,150) Mvar MA 230 -- Data de necessidade: MARÇO/2003 Concessão em análise pela ANEEL SÃO JOÃO DO PIAUÍ bancos de compensação série – 480 Mvar (Boa Esperança) e 435 Mvar (Sobradinho) ONS PAR 2003-2005 PI 500 -- Data de necessidade: ABRIL/2003 Concessão em análise pela ANEEL 58 / 478 Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) SANTO ANTÔNIO DE JESUS complemento de dois vãos para seccionamento do circuito Funil – Governador Mangabeira, formando as LT 230 kV Funil – Santo Antônio de Jesus e Santo Antônio de Jesus – Governador Mangabeira ONS PAR 2003-2005 UF SITUAÇÃO ATUAL BA 230 -- Data de necessidade: ABRIL/2003 Obra não indicada no PAR anterior 59 / 478 2.2 Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários no Período 2003 a 2005 – Relação Completa A Tabela 2.3 a seguir resume a proposta de ampliações e reforços na Rede Básica resultante das análises realizadas para o período 2003 a 2005, incluindo as instalações da Rede Básica: − já autorizadas ou licitadas; − cuja necessidade foi identificada no PAR 2002-2004 e que na presente edição (2003-2005) estão sendo ratificadas como necessárias até 2005. Nesta situação se incluem aquelas já contempladas no Programa de Licitação de Concessão de Linhas Transmissão da ANEEL, bem como as que se encontram em análise pela Agência; − que não introduzem alterações na topologia da rede, mas cuja ausência impõe restrições à operação do sistema; e − indicadas pela primeira vez neste PAR 2003-2005. Na Tabela 2.3, portanto, é apresentada a relação completa das ampliações e dos reforços na Rede Básica necessários até o ano de 2005, incluindo aquelas relacionadas na Tabela 2.2 (obras sem a concessão equacionada pela ANEEL). Como no item anterior, as obras estão apresentadas por Região, sendo indicada para cada uma delas, a situação atual do empreendimento. Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) ONS PAR 2003-2005 60 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SITUAÇÃO ATUAL ‘ BATEIAS – IBIÚNA circuito duplo com compensação série UF 500 2x328 Concessionária: FURNAS (licitada) Prazo contratual: MARÇO/2003 (interligação Sul/Sudeste) Previsão para entrar em operação: MARÇO/2003 PA/MA TUCURUÍ – MARABÁ C3 E MARABÁ – AÇAILÂNDIA – PRESIDENTE DUTRA C1 circuito simples, com compensação série 500 867 Concessionária: EATE (licitada) Prazo contratual: ABRIL/2003 (interligação Norte/Nordeste) Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 MA AÇAILÂNDIA – IMPERATRIZ circuito simples 500 57 Concessionária: EATE (licitada) Prazo contratual: ABRIL/2003 Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 ONS PAR 2003-2005 61 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SITUAÇÃO ATUAL GO/BA SERRA DA MESA – RIO DAS ÉGUAS – BOM JESUS DA LAPA II - IBICOARA – SAPEAÇU circuito simples UF 500 1.054 Concessionária: TSN (licitada) (Interligação Sudeste/Nordeste) Prazo contratual: ABRIL/2003 Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 MA/TO /GO IMPERATRIZ – COLINAS – MIRACEMA – GURUPI – SERRA DA MESA C2 E SERRA DA MESA – SAMAMBAIA C3 circuito simples, com compensação série (Interligação Norte/Sul II) 500 1.278 Concessionária:NOVATRANS (licitada) Prazo contratual: ABRIL/2003 (para o trecho entre Samambaia e Serra da Mesa), AGOSTO/2003 (para o trecho entre Serra da Mesa e Miracema) e DEZEMBRO/2003 (para o trecho entre Miracema e Imperatriz) Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 (para o trecho entre Samambaia e Serra da Mesa), OUTUBRO/2003 (para o trecho entre Serra da Mesa e Miracema) e FEVEREIRO/2004 (para o trecho entre Miracema e Imperatriz) ONS PAR 2003-2005 62 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) 500 400 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 Obra não indicada no PAR anterior PA/MA TUCURUÍ – MARABÁ C4 E MARABÁ – AÇAILÂNDIA C2 circuito simples, com compensação série em Marabá e Açailândia SITUAÇÃO ATUAL PR/SP LONDRINA – ASSIS – ARARAQUARA circuito simples, com compensação série de 50% no terminal de Araraquara UF 500 464 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 Em licitação pela ANEEL (interligação Norte/Nordeste) ONS PAR 2003-2005 63 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) 500/345 2x750 Concessionária: FURNAS (licitada) Prazo contratual: MARÇO/2003 (associada à LT 500 kV Bateias – Ibiúna) Previsão para entrar em operação: MARÇO/2003 MA AÇAILÂNDIA SE nova de chaveamento SITUAÇÃO ATUAL SP IBIÚNA 2 bancos de autotransformadores UF 500 --- Concessionária: EATE (licitada) Prazo contratual: ABRIL/2003 (interligação Norte/Nordeste) Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 BA RIO DAS ÉGUAS E IBICOARA SEs novas de chaveamento 500 --- Concessionária: TSN (licitada) (Interligação Sudeste/Nordeste) Prazo contratual: ABRIL/2003 Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 BA BOM JESUS DA LAPA II SE nova com 2 bancos de autotransformadores 500/230 2x300 Prazo contratual: ABRIL/2003 (interligação Sudeste/Nordeste) compensador estático (-250, 250) Mvar ONS PAR 2003-2005 Concessionária: TSN (licitada) Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 500 --- 64 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) (interligação Sudeste/Nordeste) ONS PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL BA SAPEAÇU SE nova com 2 bancos de autotransformadores UF 500/230 2x600 Concessionária: TSN (licitada) Prazo contratual: ABRIL/2003 Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 65 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) SITUAÇÃO ATUAL SP ASSIS 2º banco de autotransformadores UF 440/230 336 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 2 bancos de autotransformadores 500/440 2x750 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 (obra associada à LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara) Obra não indicada no PAR anterior PR IVAIPORÃ ONS instalação de sistema de transferência para substituição da fase reserva dos bancos de autotransformadores AT 01 e AT 02 – 1650 MVA 750/525/ 69 --- 3o banco de autotransformadores 750/525/ 69 1.650 PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior Data de necessidade: JUNHO/2003 Concessão em análise pela ANEEL 66 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SITUAÇÃO ATUAL RS CAMAQUÃ – CIDADE INDUSTRIAL circuito simples UF 230 8 Autorizada à CEEE (Resolução ANEEL 400/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 seccionamento para SE Porto Alegre 9 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 RS GRAVATAÍ 2 – PORTO ALEGRE 6 circuito duplo, lançamento do primeiro circuito (C3) 230 30 Autorizada à CEEE (Resolução ANEEL 300/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 circuito duplo, lançamento do segundo circuito (C4) 230 30 Obra não indicada no PAR anterior PR CAMPO COMPRIDO - UMBARÁ circuito duplo seccionamento para SE Cidade Industrial de Curitiba ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: JUNHO/2003 230 2x0,8 Autorizada à COPEL (Resolução ANEEL 550/00) Prazo contratual: NOVEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2003 67 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SITUAÇÃO ATUAL RS GRAVATAÍ 2 – PORTO ALEGRE 8 circuito simples UF 230 17,2 Autorizada à CEEE (Resolução ANEEL 497/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 PR BATEIAS – JAGUARIAÍVA circuito simples 230 137 Concessionária: COPEL (licitada) Prazo contratual: FEVEREIRO/2003 Previsão para entrar em operação: ABRIL/2003 RS DONA FRANCISCA – ITAÚBA C2 circuito simples 230 23 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL RS MAÇAMBARÁ – SANTO ÂNGELO circuito simples 230 205 Data de necessidade: 2002 Em licitação pela ANEEL RS PRESIDENTE MÉDICI - PELOTAS 3 circuito simples 230 130 Data de necessidade: 2002 Em licitação pela ANEEL ONS PAR 2003-2005 68 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SITUAÇÃO ATUAL RS SANTO ÂNGELO – SANTA ROSA C2 circuito simples UF 230 54 Data de necessidade: 2002 Em licitação pela ANEEL RS UTE URUGUAIANA – MAÇAMBARÁ circuito simples 230 130 Data de necessidade: 2002 Em licitação pela ANEEL PR SALTO SANTIAGO – IVAIPORÃ C2 circuito simples 525 167 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior SC MACHADINHO – CAMPOS NOVOS C2 circuito simples 525 50,6 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior SC BLUMENAU – JORGE LACERDA B circuito duplo Seccionamento na SE Palhoça ONS PAR 2003-2005 230 2x30 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 69 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SITUAÇÃO ATUAL PR CASCAVEL–CASCAVEL OESTE C3 circuito duplo, lançamento do 2o circuito UF 230 11,3 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior PR LONDRINA – IBIPORÃ C2 circuito duplo, lançamento do 2o circuito 230 20,3 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior PR/SP MARINGÁ - ASSIS circuito duplo 230 2x23 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior Seccionamento na SE Londrina (Eletrosul) SC/RS CAMPOS NOVOS–LAGOA VERMELHA circuito simples 230 84 Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 (associada à SE Lagoa Vermelha) Em licitação pela ANEEL RS LAGOA VERMELHA – SANTA MARTA circuito simples (associada à SE Lagoa Vermelha) ONS PAR 2003-2005 230 96 Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Em licitação pela ANEEL 70 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SITUAÇÃO ATUAL PR IVAIPORÃ – LONDRINA C2 circuito simples UF 525 120 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 71 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL AMPLIAÇÕES TENSÃO POT. (kV) (MVA) SUBESTAÇÃO GRALHA AZUL 230 --- Autorizadas à COPEL (Resolução ANEEL 086/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 UTE CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA SE nova PR 230 --- Autorizada à COPEL (Resolução ANEEL 550/00) Prazo contratual: JANEIRO/2002 (associada ao seccionamento da LT 230 kV Campo Comprido – Umbará) Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2003 LAGOA VERMELHA SE nova (setor de 230 kV) (associada à nova conexão da RGE e às LTs 230 kV Campos Novos – Lagoa Vermelha e Lagoa Vermelha – Santa Marta) ONS PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL PR SE nova e ramal de linha de circuito duplo para conexão às SEs Campo Comprido e Umbará (associadas à integração da Araucária e consumidor CISA) UF RS 230 -- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Em licitação pela ANEEL 72 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL REFORÇOS LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SALTO SEGREDO - AREIA substituição de equipamento terminal (seccionadora) em Areia 525 --- PR 525 --- SC 525 --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior PR 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior ALEGRETE 2 – SANTA MARIA 3 ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Alegrete 2 e Santa Maria 3 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior APUCARANA - LONDRINA Ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Apucarana Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior MACHADINHO – CAMPOS NOVOS C1 substituição de equipamento terminal (TC) em Campos Novos SITUAÇÃO ATUAL PR SALTO SANTIAGO - IVAIPORÃ substituição de equipamento terminal (seccionadora) em Ivaiporã e Salto Santiago UF RS 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 73 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL REFORÇOS TENSÃO COMP. (kV) (km) LINHAS DE TRANSMISSÃO ALEGRETE BAGÉ 2 2 – LIVRAMENTO – ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Alegrete2, Bagé 2 e Livramento 230 --- RS 230 --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior RS 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SC PALHOÇA – JORGE LACERDA A ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Jorge Lacerda A Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior ALEGRETE 2 – URUGUAIANA 5 ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Alegrete 2 SITUAÇÃO ATUAL RS ALEGRETE 2 - MAÇAMBARÁ ajuste ou substituição de equipamento terminal (TC) em Alegrete 2 e Maçambará UF 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 74 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) PORTO ALEGRE 10 1o transformador UF SITUAÇÃO ATUAL RS 230/69 83 Autorizado à CEEE (Resolução ANEEL 400/00) Prazo contratual: NOVEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação JUNHO/2002 CAMPO BOM adequação do arranjo RS 230 --- Autorizado à CEEE (Resolução ANEEL 083/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 LIVRAMENTO 2 adequação do arranjo RS 230 --- Autorizado à CEEE (Resolução ANEEL 016/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 GRAVATAÍ conexão para reator de barra 150 Mvar RS 525 --- Autorizado à ELETROSUL (Resolução ANEEL 532/01) Prazo contratual: JUNHO/2002 Previsão para entrar em operação: NOVEMBRO/2002 ONS PAR 2003-2005 75 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) SANTO ÂNGELO 2o banco de autotransformadores UF SITUAÇÃO ATUAL RS 525/ 230 672 Autorizado à ELETROSUL (Resolução ANEEL 277/01) Prazo contratual: JUNHO/2002 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 AREIA reencabeçamento da LT para Salto Segredo PR 525 --- Autorizado à ELETROSUL (Resolução ANEEL 532/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: OUTUBRO/2002 unidade reserva do banco de autotransformadores existente 525/ 230 224 Concessão em análise pela ANEEL BLUMENAU complementação da configuração disjuntor e meio, com instalação de disjuntores para os TR 5 e TR 6 bancos de capacitores – 2x125 Mvar Data de necessidade: 2002 SC 525/230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 230 SC Data de necessidade: MAIO/2003 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 76 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) CAMPOS NOVOS conexão para reator de barra 100 Mvar UF SITUAÇÃO ATUAL SC 525 --- Autorizado à ELETROSUL (Resolução ANEEL 532/01) Prazo contratual: MARÇO/2003 Previsão para entrar em operação: MARÇO/2003 complementação da configuração disjuntor e meio, com instalação de disjuntores para o TR 5 525/230 2o banco de autotransformadores e unidade reserva 525/230 --- Autorizado à ELETROSUL (Resolução ANEEL 427/01) Prazo contratual: MAIO/2003 Previsão para entrar em operação: JUN/2003 672 Autorizado à ELETROSUL (Resolução ANEEL 427/01) Prazo contratual: MAIO/2003 Previsão para entrar em operação: JUN/2003 CAXIAS reator manobrável de barra – 150 Mvar RS 525 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 77 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ITÁ Reencabeçamento da LT Salto Santiago para o vão do antigo reator 2 e transformação do reator desta linha em reator de barra SITUAÇÃO ATUAL RS 525 --- Data de necessidade:2002 Concessão em análise pela ANEEL CURITIBA conexão para o reator 1 – 150 Mvar UF PR 525 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior DOURADOS conexão para o reator da LT Dourados – Guairá – 27 Mvar MS 230 --- Data de necessidade:2002 Concessão em análise pela ANEEL Obra não indicada no PAR anterior LONDRINA complementação da configuração disjuntor e meio, com instalação de disjuntores para o TR 525/230 kV ONS PAR 2003-2005 PR 525 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 78 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) MARINGÁ substituição de disjuntor dos reatores A eB 230 --- RS 230 --- Data de necessidade: 2002 Em licitação pela ANEEL SC 230 --- Data de necessidade: FEVEREIRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior PALHOÇA banco de capacitores – 50 Mvar Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior JORGE LACERDA B relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha de 230 kV circuito simples, 0,8 km SITUAÇÃO ATUAL PR MAÇAMBARÁ reator manobrável na LT 230 kV UTE Uruguaiana - Maçambará – 30 Mvar UF SC 230 --- Data de necessidade: MAIO/2003 Obra não indicada no PAR anterior CASCAVEL OESTE 2o banco de autotransformadores PR 525/230 600 Data de necessidade: JUNHO/2003 Concessão em análise pela ANEEL ONS PAR 2003-2005 79 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÃO SUL REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) BATEIAS 2o banco de autotransformadores UF SITUAÇÃO ATUAL PR 525/230 600 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior CIDADE INDUSTRIAL substituição de 20 disjuntores de 230 kV e troca de relés de proteção dos módulos de 230 kV (associada à entrada da 2a etapa da UTE Canoas) ONS PAR 2003-2005 RS 230 --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 80 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) TIJUCO PRETO – BAIXADA C3 circuito duplo, lançamento do 2º circuito UF SITUAÇÃO ATUAL SP 345 26 Autorizada à CTEEP (Resolução ANEEL 319/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: OUTUBRO/2002 JAURU – COXIPÓ circuito duplo MT 230 2x360 Autorizada à ELETRONORTE (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: JANEIRO/2003 CACHOEIRA PAULISTA – ADRIANÓPOLIS C3 circuito simples (trecho entre a torre 214 e a SE Adrianópolis) ONS PAR 2003-2005 SP/RJ 500 148 Autorizada a FURNAS (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: JANEIRO/2003 Previsão para entrar em operação: JANEIRO/2003 81 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SAMAMBAIA – ITUMBIARA circuito simples UF SITUAÇÃO ATUAL DF/MG 500 295 Concessionária: Expansion (licitada) Prazo contratual: ABRIL/2003 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 SAMAMBAIA – EMBORCAÇÃO circuito simples DF/MG 500 280 Concessionária: Expansion (licitada) Prazo contratual: ABRIL/2003 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 OURO PRETO 2 – VITÓRIA circuito simples MG/ES 345 370 Autorizada a FURNAS (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: MAIO/2003 Previsão para entrar em operação: JULHO/2003 CHAVANTES – BOTUCATU C2 circuito simples SP 230 137 Concessionária: CTEEP (licitada) Prazo contratual: JUNHO/2003 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2003 ONS PAR 2003-2005 82 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) GUARULHOS – ANHANGUERA circuito duplo UF SITUAÇÃO ATUAL SP 345 2x25 Autorizada à CTEEP (Resolução ANEEL 542/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2003 (associada à SE Anhanguera) Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2003 COXIPÓ – RONDONÓPOLIS C3 circuito simples, com reator de linha de 30 Mvar em Coxipó e compensação série de 50% em Rondonópolis MT 230 188 Obra nova, proposta neste PAR AIMORÉS – MASCARENHAS C2 circuito simples Data de necessidade: JUNHO/2003 MG 230 20 Data de necessidade: NOVEMBRO/2003 (associada à conexão da UHE Aimorés) Concessão em análise pela ANEEL ITUMBIARA – MARIMBONDO circuito simples (associada à interligação Norte/Sul II) ONS PAR 2003-2005 MG 500 212 Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Em licitação pela ANEEL 83 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) TIJUCO PRETO – CACHOEIRA PAULISTA C2 circuito simples UF SITUAÇÃO ATUAL SP 500 180 Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Em licitação pela ANEEL. CUIABÁ – BARRA DO PEIXE – INTERMEDIÁRIA – ITUMBIARA circuito simples MT/GO /MG 500 831 Data de necessidade: JANEIRO/2005 Obra não indicada no PAR anterior TAUBATÉ – APARECIDA C2 circuito simples SP 230 39 Data de necessidade: JUNHO/2005 Concessão em análise pela ANEEL ONS PAR 2003-2005 84 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) JAURU 230 reatores de linha 2 x 30 Mvar 230 --- 230/138 300 -- 500 Autorizada à CEMIG (Resolução ANEEL 429/01). Prazo contratual: MARÇO/2003 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2003 MG SE nova para seccionamento das LTs 500 kV Jaguara – Neves, Jaguara São Gonçalo do Pará e São Gotardo 2 – Neves. 500 reator manobrável de barra – 91 Mvar 500 PAR 2003-2005 Previsão para entrar em operação: JANEIRO/2003 MG BOM DESPACHO 3 ONS Autorizadas à ELETRONORTE (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 VESPASIANO 2 SE nova (setor de 500 kV e seccionamento da LT 500 kV NevesMesquita) SITUAÇÃO ATUAL MT SE nova (associada às LT 230 kV Jauru – Coxipó) banco de transformadores e unidade reserva UF --- Autorizadas à CEMIG (Resolução ANEEL 068/02) Prazo contratual: MAIO/2003 Previsão para entrar em operação: MAIO/2003 --- 85 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) SITUAÇÃO ATUAL SP ANHANGUERA SE nova (setor de 345 kV) UF 345 --- Autorizada à CTEEP (Resolução ANEEL 542/00, modificada pela Resolução ANEEL 230/01) (associada à LT 345 kV Guarulhos – Anhanguera) Prazo contratual: DEZEMBRO/2003 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2003 AVARÉ NOVA SE nova (setor de 230 kV) SP 230 --- Autorizado à CTEEP (Resolução ANEEL 312/02) Prazo contratual: DEZEMBRO/2003 (associada à nova conexão da CFL Santa Cruz) Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2003 CUIABÁ SE nova, com dois bancos de autotransformadores MT 500/230 2x450 Data de necessidade: JANEIRO/2005 Obra nova, proposta neste PAR (associada à LT 500 kV Cuiabá – Barra do Peixe – Intermediária – Itumbiara) INTERMEDIÁRIA SE nova, para seccionamento da LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara ONS PAR 2003-2005 GO 500/230 --- Data de necessidade: JANEIRO/2005 Obra nova, proposta neste PAR 86 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) EMBU GUAÇU – BAURU C1/C2 (SECCIONAMENTO SE OESTE) construção de dois circuitos (4x636 MCM) para, juntamente com os dois circuitos em operação, efetuar o seccionamento das duas LTs Bauru Embu na SE Oeste 440 2x1,6 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SP 230 --- Data de necessidade: 2002 mudança da configuração operativa da LT Mogi (Furnas) – Mogi – São José Obra não indicada no PAR anterior MOGI - NORDESTE adequação de equipamento terminal (bobina de bloqueio, TC e Chaves seccionadoras) da LT e Vão de interligação SP 345 --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior NORDESTE – GUARULHOS adequação de equipamentos terminais (bobina de bloqueio e TC) SITUAÇÃO ATUAL SP SÃO JOSÉ – MOGI C1 substituição de bobinas de bloqueio. UF SP 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 87 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) ADRIANÓPOLIS – CAMPOS troca de TC, filtro de ondas e chaves seccionadoras na SE Adrianópolis e filtro de ondas na SE Campos SITUAÇÃO ATUAL RJ 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior CAMPINAS – IBIÚNA reconversão para 500 kV - construção de 2 vãos UF SP 500 --- Data de necessidade: MARÇO/2003 Concessão em análise pela ANEEL (associada à LT 500 kV Bateias – Ibiúna) MG AIMORÉS – GOVERNADOR VALADARES recapacitação – circuito simples (associada à conexão da UHE Aimorés) ONS PAR 2003-2005 230 131 Data de necessidade: NOVEMBRO/2003 Concessão em análise pela ANEEL 88 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ITABERÁ banco de compensação série 1.242 Mvar (Tijuco Preto C3) SITUAÇÃO ATUAL SP 750 --- Autorizado a FURNAS Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 INTERLAGOS 2o banco de autotransformadores (remanejado da SE Itapeti) UF SP 345/230 500 Autorizado à CTEEP (Resolução ANEEL 540/00) Prazo contratual: JULHO/2001 Previsão para entrar em operação: NOVEMBRO/2002 substituição de disjuntores e equipamentos de 2 bays 230 --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada à 2ª fase da UTE Piratininga) ADRIANÓPOLIS 3o banco de autotransformadores RJ 500/345 560 Autorizado à FURNAS (Resolução ANEEL 050/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 Instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV para aumentar a confiabilidade do arranjo em anel ONS PAR 2003-2005 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 89 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ADRIANÓPOLIS (CONT.) ONS SITUAÇÃO ATUAL RJ reator manobrável na LT Cachoeira Paulista – Grajaú – 136 Mvar 500 seccionar a barra A e instalar um novo vão de disjuntor completo 345 seccionar a barra B através de instalação de chave seccionadora e proteção de barras adaptativas 345 “bypass” em Adrianópolis de um dos circuitos da LT Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT Adrianópolis – Grajaú, formando a LT Cachoeira Paulista – Grajaú 500 PAR 2003-2005 UF --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra na indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra na indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (associado ao 3o circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis. Esta obra deverá estar presente antes da entrada em operação da 1a UTE no 500 kV entre as subestações de Cachoeira Paulista e Adrianópolis. Estão associados ainda dois novos bancos de reatores de 136 Mvar / 500 kV, sendo um na SE Cachoeira Paulista e o outro na SE Adrianópolis no novo circuito formado pelo “bypass”.) 90 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ADRIANÓPOLIS (CONT.) substituição de 3 bays de 345 kV (40kA) UF SITUAÇÃO ATUAL RJ 345 --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (associado à implantação da UTE Norte Fluminense) TIJUCO PRETO 7o banco de capacitores – 200Mvar SP 345 --- Autorizado à FURNAS (Resolução ANEEL 193/01) Prazo contratual: JUNHO/2002 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 8o e 9o bancos de capacitores - 2 x 200 Mvar 345 --- Autorizado à FURNAS (Resolução ANEEL 193/01) Prazo contratual: JULHO/2002 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 3o banco de autotransformadores 750/500 1.650 Autorizado à FURNAS (Resolução ANEEL 193/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: OUTUBRO/2002 4o banco de autotransformadores 750/345 1.500 Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 91 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) TIJUCO PRETO (CONT.) ONS SITUAÇÃO ATUAL SP Instalação de sistema de transferência para substituição da fase reserva dos bancos de transformadores AT4, AT5 e AT6 – 1.500 MVA, incluindo enrolamento terciário (compensador síncrono) 750/345/ 20 --- Inclusão de alimentação para o compensador síncrono da SE Tijuco Preto através do terciário dos autotransformadores AT5 e/ou AT6 750/345/ 20 --- Instalação de sistema de transferência para substituição da fase reserva dos bancos de transformadores AT2 e AT3 – 1.650 MVA, incluindo enrolamento terciário (banco de reatores shunt) 750/500/ 69 --- 750/500/ Inclusão de alimentação para os 69 bancos de reatores shunt de terciário 2x180 Mvar – 69 kV através do terciário do autotransformador AT2 --- PAR 2003-2005 UF Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 92 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) BANDEIRANTES 4o banco de autotransformadores UF SITUAÇÃO ATUAL GO 345/230 225 Autorizado a FURNAS (Resolução ANEEL 184/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: OUTUBRO/2002 COXIPÓ reatores de linha – 2x30 Mvar MT 230 --- Autorizado à ELETRONORTE (Resolução ANEEL 335/01) (associado à LT 230 kV Jauru – Coxipó) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: JANEIRO/2003 SAMAMBAIA banco de compensação série – 270 Mvar DF 500 (na LT para Serra da Mesa – um banco no circuito compacto existente e outro no 3º circuito compacto) ONS PAR 2003-2005 Autorizado a FURNAS (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2002 (na LT para Serra da Mesa – circuito convencional existente) banco de compensação série – 2 x 252 Mvar --- Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 500 Autorizado a FURNAS (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2002 (no circuito existente) e ABRIL/2003 (no circuito em construção) Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 e ABRIL/2003 93 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) CABREÚVA conexão para o reator RE-3 – 90 Mvar UF SITUAÇÃO ATUAL SP 440 --- Autorizado à CTEEP (Resolução ANEEL 272/01) Prazo contratual: JANEIRO/2003 Previsão para entrar em operação: JANEIRO/2003 instalação de bay de interligação de barra 440 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada à instalação do 2º banco de autotransformadores 440/138 kV) 3º banco de autotransformadores 440/230 750 (Obra associada a expansão do consumidor CBA) substituição de disjuntores e equipamentos de 9 bays Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 440 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada ao 3º banco de autotransformadores 440/230 kV) ONS PAR 2003-2005 94 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) OURO PRETO 2 3º banco de autotransformadores UF MG 500/345 400 Autorizado à FURNAS (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: MAIO/2003 (associado à LT 345 kV Ouro Preto 2Vitória) Previsão para entrar em operação: JULHO/2003 conexão para reator da LT 500 kV Ouro Preto 2 – São Gonçalo do Pará – 91 Mvar 500 reator manobrável na LT345 kV Ouro Preto 2 – Vitória - 60 Mvar 345 --- --- Data de necessidade: MAIO/2003 Obra não indicada no PAR anterior SP adequação de equipamentos terminais (filtro de onda na saída da LT para Guarulhos) 345 reator manobrável de linha – 136 Mvar (em substituição ao reator de 73 Mvar existente na LT Campinas – Cachoeira Paulista) 500 PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL CAMPINAS ONS SITUAÇÃO ATUAL --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 95 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) CAMPINAS (CONT.) 2º banco de autotransformadores UF SP 500/345 560 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 Obra não indicada no PAR anterior (associada à LT Londrina – Assis – Araraquara) ARARAQUARA conexão para o reator RE-2 – 180 Mvar SITUAÇÃO ATUAL SP 440 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL reator manobrável de barra – 180 Mvar 440 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SERRA DA MESA 2º banco de autotransformadores GO 500/230 400 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SINOP compensador estático - (- 30, 70) Mvar MT 230 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL ONS PAR 2003-2005 96 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) JUPIÁ 440 troca de disjuntores nos bays para Taquaruçu, Três Irmãos e paralelo 440 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior BAURU SP 440 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL SÃO GOTARDO 2 reator manobrável de barra – 91 Mvar SITUAÇÃO ATUAL SP instalação de disjuntor na interligação de barras 440 kV conexão para os reatores RE-2 – 90 Mvar e RE-3 – 180 Mvar UF MG 500 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL MG EMBORCAÇÃO conexão para reator da LT 500 kV Emborcação – São Gotardo 2 – 91 Mvar ONS PAR 2003-2005 500 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL 97 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) NEVES 500 transposição física de vão de linha e de transformador 500 --- --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior MG 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior MG JAGUARA conexões para os reatores das LTs 500 kV Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do Pará – 2x91 Mvar 500 instalação de três disjuntores para conexão dos trafos T11 e T12 – 500/345 kV às barras 1 e 2 (instalação de uma seção – configuração disjuntor e meio) 500 PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL GOVERNADOR VALADARES 2 ONS SITUAÇÃO ATUAL MG conexão para reator da LT 500 kV São Gotardo 2 – Neves – 91 Mvar instalação de uma chave seccionadora e um transformador de potencial capacitivo UF --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 98 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) JAGUARA (CONT.) substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de ondas) nas saídas para Volta Grande, Luiz Carlos Barreto e Pimenta UF MG 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 345 --- Data de necessidade: 2002 Instalação de vão de disjuntor de barra Obra não indicada no PAR anterior PIMENTA substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) nas saídas para Barreiro, Barbacena e Furnas MG 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 345 --- Data de necessidade: 2002 Instalação de vão de disjuntor de barra Obra não indicada no PAR anterior VOLTA GRANDE substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) nas saídas para Jaguara, Luiz Carlos Barreto e Porto Colômbia ONS PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL MG 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 99 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) BARBACENA substituição de equipamentos terminais (TCs e filtros de onda) na saída para Pimenta 345 --- MG 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior MG substituição de equipamentos terminais (TCs, filtros de onda, chaves seccionadoras e disjuntores) na saída para Volta Grande e vão de interligação 345 Instalação de chave seccionadora no vão do disjuntor de interligação de barras 345 PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior L. C. BARRETO ONS SITUAÇÃO ATUAL MG PORTO COLÔMBIA substituição de equipamentos terminais (TCs, filtros de onda, chaves seccionadoras e disjuntores) nas saídas para Itumbiara e Volta Grande e vão de interligação UF --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 100 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ANGRA 500 reator manobrável de barra de 136 Mvar 500 --- --- ONS PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior SP 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior IBIÚNA instalação de disjuntor e mais uma chave seccionadora de 345 kV nos vãos dos transformadores ZA900, ZA901 e ZA902 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior GUARULHOS instalação dois filtros (3º/5º harmônicos) para o elo de corrente contínua SITUAÇÃO ATUAL RJ instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV para aumentar a confiabilidade do arranjo em anel substituição de 5 chaves seccionadoras na LT Guarulhos – Nordeste UF SP 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 345 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 101 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) TAUBATÉ substituição de equipamentos terminais UF SITUAÇÃO ATUAL SP 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (TC e filtro de onda das LTs para Tijuco Preto e Cachoeira Paulista) BAIXADA SANTISTA SP Instalação de um disjuntor e 2 chaves seccionadoras 345 substituição de disjuntores e equipamentos de 1 bay 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada à 2ª fase da UTE Piratininga) ILHA SOLTEIRA ONS SP implantação de sistema de comunicação óptica para permitir “transfer trip” direto para alívio de carga no transformador 500/440 kV da SE Água Vermelha 440 substituição de disjuntores nos circuitos 1 e 2 da LT para Araraquara 440 PAR 2003-2005 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 102 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) SUMARÉ UF SP 440 --- Data de necessidade: 2002 reator manobrável de barra de 90 Mvar Obra não indicada no PAR anterior CACHOEIRA PAULISTA reator manobrável na linha para Adrianópolis (Grajaú) e chaveável para a linha para Angra – 136 Mvar SITUAÇÃO ATUAL SP 500 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (associada ao by-pass em Adrianópolis para formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú) POÇOS DE CALDAS instalação de transformador de potencial capacitivo ONS PAR 2003-2005 MG 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 103 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ITUMBIARA UF SITUAÇÃO ATUAL MG seccionamento do barramento de 345 kV e instalação de vão de disjuntor completo 345 reator manobrável na LT 500 kV Itumbiara - Samambaia – 136 Mvar 500 banco de compensação série de 50% na LT 230 kV Rio Verde - Itumbiara C2 (100 Mvar) 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: ABRIL/2003 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior VITÓRIA ES reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 - Vitória – 60 Mvar 345 transferência do compensador estático de Campos para a SE Vitória 345 --- Data de necessidade: MAIO/2003 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: JUNHO/2004 Obra não indicada no PAR anterior (associada à instalação da UTE Norte Fluminense e da LT 345 kV Ouro Preto 2 -Vitória) ONS PAR 2003-2005 104 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ITUTINGA reator manobrável de barra – 60 Mvar UF SITUAÇÃO ATUAL MG 345 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior RIO VERDE banco de compensação série de 50% na LT 230 kV Barra do Peixe – Rio Verde C2 (100 Mvar) MT 230 --- Obra não indicada no PAR anterior BARRA DO PEIXE 230 ampliação de dois vãos de linha adicionais para a conexão da LT 230 kV Rondonópolis – Rio Verde C1 a ser seccionada em Barra do Peixe 230 (associada à LT 500 kV Cuiabá – Barra do Peixe – Intermediária - Itumbiara) ONS MT banco de compensação série de 50% na LT 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe C2 (100 Mvar) 1º banco de autotransformadores PAR 2003-2005 Data de necessidade: JUNHO/2003 --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 500/230 450 Data de necessidade: JANEIRO/2005 Concessão em análise pela ANEEL 105 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES SUDESTE / CENTRO-OESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) MASCARENHAS construção de pátio UF SITUAÇÃO ATUAL ES 230 Data de necessidade: NOVEMBRO/2003 Concessão em análise pela ANEEL (associada à conexão da UHE Aimorés) MARIMBONDO MG reator manobrável na LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo – 100 Mvar 500 reator manobrável de barra – 100 Mvar 500 --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Em licitação pela ANEEL --- Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior EDGARD DE SOUZA substituição de disjuntores e equipamentos de 14 bays SP 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (Obra associada ao 3º banco de autotransformadores 440/230 kV da SE Cabreúva) ONS PAR 2003-2005 106 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) TERESINA – TERESINA II C1/C2 circuito duplo UF PI 230 2x25 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 (associada à transformação 500/230 kV em Teresina II) Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 FORTALEZA II – PICI C1/C2 circuito duplo SITUAÇÃO ATUAL CE 230 2x25 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 (associada à implantação da SE Pici) Previsão para entrar em operação: obra embargada judicialmente CAMPINA GRANDE II – NATAL II C4 circuito duplo, lançamento do 2o circuito PB/RN 230 187 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 ONS PAR 2003-2005 107 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) PAU FERRO – CAMPINA GRANDE II C2 circuito duplo, lançamento do 2o circuito UF SITUAÇÃO ATUAL PE/PB 230 127 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: OUTUBRO/2002 RECIFE II – PAU FERRO C1/C2 circuito duplo PE 230 2x32 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: JANEIRO/2003 MESSIAS – MACEIÓ C1/C2 circuito duplo (associada à implantação da SE Maceió, o trecho entre Rio Largo e Maceió existe e opera em 69 kV) ONS PAR 2003-2005 AL 230 2x15 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 108 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) MILAGRES – FORTALEZA II Complementação da conversão das LTs 230 kV transformáveis Milagres – Banabuiú – Fortaleza II SITUAÇÃO ATUAL CE 500 401 Autorizada à CHESF(Resolução ANEEL 336/00) Prazo contratual: MARÇO/2002 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 BANABUIÚ – MOSSORÓ II circuito simples UF CE/ RN 230 175 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: 2001 Previsão para entrar em operação: obra embargada judicialmente TUCURUÍ – VILA DO CONDE C2 circuito simples PA 500 323 Concessionária: ETEP (licitada) Prazo contratual: AGOSTO/2002 Previsão para entrar em operação: AGOSTO/2002 ONS PAR 2003-2005 109 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) PRESIDENTE DUTRA – TERESINA II C2 circuito simples UF SITUAÇÃO ATUAL MA/PI 500 200 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 PRESIDENTE DUTRA – PERITORÓ circuito simples MA 230 120 Autorizada à ELETRONORTE (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: OUTUBRO/2002 FUNIL – BRUMADO II circuito simples BA 230 145 Autorizada à COELBA (Resolução ANEEL 181/01) Prazo contratual: JUNHO/2002 (o trecho entre as SEs Funil e Poções existe e opera em 138 kV) Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 ANGELIM – CAMPINA GRANDE II circuito simples PE/PB 230 186 Concessionária: Instalaciones Inabensa (licitada) Prazo contratual: JULHO/2003 Previsão para entrar em operação: JULHO/2003 ONS PAR 2003-2005 110 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) GOIANINHA – MUSSURÉ II C3 circuito simples UF SITUAÇÃO ATUAL PE/PB 230 51 Concessionária: GTESA (licitada) Prazo contratual: JULHO/2003 Previsão para entrar em operação: JULHO/2003 CAUÍPE – FORTALEZA II C1/C2 circuito duplo CE 230 2x56 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 233/02) (obra associada às UTE TERMOCEARÁ e FORTALEZA) Prazo contratual: AGOSTO/2003 Previsão para entrar em operação: AGOSTO/2003 XINGÓ - ANGELIM II circuito simples AL/PE 500 200 Concessionária: Instalaciones Inabensa (licitada) Prazo contratual: JANEIRO/2004 Previsão para entrar em operação: JANEIRO/2004 TERESINA – PERITORÓ circuito simples seccionamento na SE Coelho Neto (construção de 78 km de LT 230 kV) ONS PAR 2003-2005 MA 230 78 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL 111 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) SOBRAL II – SOBRAL III circuito duplo UF CE 230 2x15 Data de necessidade: 2002 o (associada ao 1 banco de autotransformadores 500/230 kV da SE Sobral III) Concessão em análise pela ANEEL SAPEAÇU – CAMAÇARI II circuito simples BA 500 85 Data de necessidade: ABRIL/2003 (Substitui a LT 230 kV Governador Mangabeira – Camaçari II C3 indicada no PAR anterior) Obra não indicada no PAR anterior VILA DO CONDE – SANTA MARIA circuito simples SITUAÇÃO ATUAL PA 230 179 Data de necessidade: 2002 Em licitação pela ANEEL PARAÍSO – AÇU II circuito simples (antiga Santa Cruz – Açu II) ONS PAR 2003-2005 RN 230 135 Data de necessidade: AGOSTO/2003 Em licitação pela ANEEL 112 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) MILAGRES - TAUÁ circuito simples UF CE 230 200 Data de necessidade: DEZEMBRO/2003 (associada à SE Tauá) Obra não indicada no PAR anterior TERESINA II – SOBRAL III – FORTALEZA II C2 circuito simples SITUAÇÃO ATUAL PI/CE 500 581 Data de necessidade: JUNHO/2005 Obra não indicada no PAR anterior ONS PAR 2003-2005 113 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) PICI SE nova com 2 transformadores UF SITUAÇÃO ATUAL CE 230/69 2X100 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: LT Fortaleza II – Pici embargada judicialmente MACEIÓ SE nova com 2 transformadores AL 230/69 2x100 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 3o transformador (remanejado do sistema) 230/69 100 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 112/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2001 Previsão para entrar em operação: NOVEMBRO/2002 PAU FERRO SE nova com 2 transformadores (associada a LT Recife II – Pau Ferro) PE 230/69 2x100 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 397/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: AGOSTO/2002 ONS PAR 2003-2005 114 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) QUIXADÁ SE nova de chaveamento UF CE 500 --- Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 079/01) (associada à conversão de LTs de 230 kV para 500 kV no eixo Paulo Afonso – Fortaleza) Prazo contratual: MARÇO/2002 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 BRUMADO II SE nova SITUAÇÃO ATUAL BA 230 --- Autorizada à COELBA (Resolução ANEEL 181/01) (associada a LT Funil – Brumado II) Prazo contratual: JUNHO/2002 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 reator manobrável na LT 230 kV Funil – Brumado II - 10 Mvar 230 --- Obra não indicada no PAR anterior PARAÍSO (antiga Santa Cruz) SE nova seccionando a LT 230 kV Campina Grande II – Natal II C1 ou C2 Data de necessidade: 2002 RN 230 --- Data de necessidade: MARÇO/2003 Concessão em análise pela ANEEL. (associada à nova conexão da COSERN) ONS PAR 2003-2005 115 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE AMPLIAÇÕES SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) ANGELIM II 2 bancos de autotransformadores UF SITUAÇÃO ATUAL PE 500/230 2x600 Concessionária: Instalaciones INABENSA (licitada) Prazo contratual: JULHO/2003 Previsão para entrar em operação: JULHO/2003 conexão para um dos reatores de linha – 150 Mvar 500 reator manobrável de barra - 150 Mvar 500 --- Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL --- Data de necessidade: JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior TAUÁ SE nova (associada à nova conexão da COELCE e à LT 230 kV Milagres Tauá) ONS PAR 2003-2005 CE 230 -- Data da necessidade: DEZEMBRO/2003 Obra não indicada no PAR anterior 116 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS LINHAS DE TRANSMISSÃO TENSÃO COMP. (kV) (km) RECIFE II – PIRAPAMA II C1/C2 recapacitação (de 232 MVA para 360 MVA) UF PE 230 2x28,5 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 233/02) Prazo contratual: DEZEMBRO/2003 (associada à UTE Termopernambuco) Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO /2003 GOV. MANGABEIRA - FUNIL C1 recapacitação (aumento do limite térmico para 60º) BA 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior JUAZEIRO – JAGUARARI – SENHOR DO BONFIM substituição de bobina de bloqueio nos terminais de Juazeiro, Jaguarari e Senhor do Bonfim e de TC em Jaguarari SITUAÇÃO ATUAL BA 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior (associada à UTE Jaguarari) MOSSORÓ II – AÇU II recapacitação (de 235 MVA para 300 MVA) RN 230 75 Data de necessidade: AGOSTO/2003 Obra não indicada no PAR anterior (associada à UTE Termoaçu) ONS PAR 2003-2005 117 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) BOA ESPERANÇA 3o transformador UF SITUAÇÃO ATUAL PI 230/69 39 Autorizado à CHESF apenas o transformador sem as conexões (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 (apenas o transformador) Previsão para entrar em operação: Depende de autorização da ANEEL para as conexões Instalação de uma interligação de barra 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior reencabeçamento da LT Presidente Dutra para o vão do reator de barra 500 --- Obra não indicada no PAR anterior AÇU II 3o transformador Data de necessidade: 2002 RN 230/69 50 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 ONS PAR 2003-2005 118 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) RECIFE II 1o e 2o bancos de capacitores – 2 x 50 Mvar UF SITUAÇÃO ATUAL PE 230 -- Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 RIBEIRÃO 2o transformador PE 230 / 69 100 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 JARDIM 1o banco de autotransformadores com unidade reserva SE 500/230 600 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 CÍCERO DANTAS 2o transformador (remanejado do sistema) BA 230/69 16,7 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 166/00) Prazo contratual: DEZEMBRO/2000 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 ONS PAR 2003-2005 119 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) CAMPINA GRANDE II 3o transformador UF SITUAÇÃO ATUAL PB 230/69 100 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 001/01) Prazo contratual: MAIO/2001 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 substituição de 1 disjuntor de transferência (posição 14D1) 230 substituição dos para-raios das linhas 04V1, 04V2, 04L3, 04F6 e 04F7 230 reator manobrável de barra - 30 Mvar 230 --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade:JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior ITABAIANINHA 2o transformador (remanejado do sistema) SE 230/69 33 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 112/01) Prazo contratual: SETEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 ONS PAR 2003-2005 120 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) VILA DO CONDE 3o transformador UF SITUAÇÃO ATUAL PA 230/69 33 Autorizado à ELETRONORTE (Resolução ANEEL 233/01) (remanejado da SE Marabá) Prazo contratual: OUTUBRO/2001 Previsão para entrar em operação: OUTUBRO/2002 BOM JESUS DA LAPA 3o transformador (remanejado do sistema) BA 230/69 39,9 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 112/01) Prazo contratual: NOVEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 PENEDO 2o transformador AL 230/69 100 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 112/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: AGOSTO/2002 ALTAMIRA 2o transformador PA 230/69/ 13,8 60 Autorizado à ELETRONORTE (Resolução ANEEL 233/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: AGOSTO/2002 ONS PAR 2003-2005 121 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) TRANSAMAZÔNICA 2o transformador UF SITUAÇÃO ATUAL PA 230/34,5 30 Autorizado à ELETRONORTE (Resolução ANEEL 233/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: AGOSTO/2002 SOBRAL II 3o transformador CE 230/69 100 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 112/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 MUSSURÉ II 4o transformador PB 230/69 100 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 001/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 ONS PAR 2003-2005 122 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) EUNÁPOLIS 3o transformador UF SITUAÇÃO ATUAL BA 230/138 100 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 112/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 IRECÊ 3o transformador (remanejado do sistema) BA 230/69 39,9 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 112/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JULHO/2002 SENHOR DO BONFIM II 3o transformador BA 230/69 50 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 112/01) Prazo contratual: DEZEMBRO/2001 Previsão para entrar em operação: JUNHO/2002 TERESINA II 2o banco de autotransformadores (associado à LT 500 kV Pres. Dutra – Teresina II C2) ONS PAR 2003-2005 PI 500/230 300 Autorizado à CHESF (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 123 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) PRESIDENTE DUTRA Reator de linha – 150 Mvar UF MA 500 --- Autorizado à ELETRONORTE (Resolução ANEEL 335/01) Prazo contratual: OUTUBRO/2002 (associado à LT 500 kV Pres. Dutra – Teresina II C2) Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO/2002 PIRAPAMA II substituição de 2 disjuntores das conexões dos transformadores (associada à UTE Termopernambuco) PE 230 --- Previsão para entrar em operação: DEZEMBRO /2003 CE 230 --- (associada à LT 230 kV Sobral II – Sobral III) ONS PAR 2003-2005 Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 233/02) Prazo contratual: AGOSTO/2003 Previsão para entrar em operação: AGOSTO /2003 SOBRAL III 1o banco de autotransformadores Autorizada à CHESF (Resolução ANEEL 233/02) Prazo contratual: DEZEMBRO/2003 CAUÍPE recapacitação do barramento (associada às UTEs Termoceará e Fortaleza) SITUAÇÃO ATUAL CE 500/230 600 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL 124 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) FORTALEZA I 230 substituição da bobina de bloqueio nos terminais da linha para Banabuiú (C2) 230 seccionamento da barra principal em duas semi-barras 230 --- --- PAR 2003-2005 Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior PE 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior PAULO AFONSO ONS Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior BOM NOME instalação de disjuntor de transferência das barras de 230 kV SITUAÇÃO ATUAL CE substituição de um disjuntor na posição 14H1 de manobra de banco ce capacitores de 50 Mvar substituição da bobina de bloqueio nos terminais das linhas para Paulo Afonso (C1, C2 e C3) e Milagres (C3) UF BA 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior 125 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) PAULO AFONSO IV reencabeçamento da LT Luiz Gonzaga para o vão do gerador 2, conectando o autotransformador T8 à saída do vão do gerador 1 500 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior PE 230 --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior TUCURUÍ interligação de barra SITUAÇÃO ATUAL BA MIRUEIRA instalação de uma entrada de linha na saída para Goianinha UF PA 500 --- Data de necessidade: 2002 reatores limitadores de corrente 20 Ω/fase Concessão em análise pela ANEEL (obra associada à UHE Tucuruí II) BA OLINDINA conexões para os reatores das LT Luiz Gonzaga – Olindina e Paulo Afonso – Olindina – 2x150 Mvar ONS PAR 2003-2005 500 --- Data de necessidade:2002 Concessão em análise pela ANEEL 126 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) TERESINA substituição de 2 chaves seccionadoras por disjuntores 230 --- AL 500/230/ 13,8 --- CE substituição de bobina de bloqueio nas linhas para Fortaleza e Delmiro Gouveia 230 seccionamento da barra principal em duas semi-barras 230 PAR 2003-2005 Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade:2002 Obra não indica'da no PAR anterior --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior MILAGRES ONS Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior BANABUIÚ seccionamento da barra principal em duas semi-barras SITUAÇÃO ATUAL PI MESSIAS fechamento do “delta” do banco de autotransformadores 05t3 UF CE 230 --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior 127 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) MARABÁ 2o banco de autotransformadores UF SITUAÇÃO ATUAL PA 500/230 450 Data de necessidade: 2002 Concessão em análise pela ANEEL substituição do autotransformador existente de 300 MVA 500/230 450 Data de necessidade: DEZEMBRO/2004 Obra não indicada no PAR anterior NATAL II RN relocação do reator de barra para uma das linhas para Campina Grande (C1 ou C2) 230 substituição dos para-raios dos transformadores 04T1, 04T2 e 04T3 e das LTs 04V2 e 04V3 230 reator manobrável de barra - 30 Mvar 230 --- Data de necessidade:2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade: 2002 Obra não indicada no PAR anterior --- Data de necessidade:JUNHO/2003 Obra não indicada no PAR anterior SÃO LUÍS II compensador estático (-70,150) Mvar MA 230 -- Data de necessidade: MARÇO/2003 Concessão em análise pela ANEEL ONS PAR 2003-2005 128 / 478 Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) REGIÕES NORTE / NORDESTE REFORÇOS SUBESTAÇÃO TENSÃO POT. (kV) (MVA) SÃO JOÃO DO PIAUÍ bancos de compensação série – 480 Mvar (Boa Esperança) e 435 Mvar (Sobradinho) ONS PAR 2003-2005 SITUAÇÃO ATUAL PI 500 -- Data de necessidade: ABRIL/2003 Concessão em análise pela ANEEL SANTO ANTÔNIO DE JESUS complemento de dois vãos para seccionamento do circuito Funil – Governador Mangabeira, formando as LT 230 kV Funil – Santo Antônio de Jesus e Santo Antônio de Jesus – Governador Mangabeira UF BA 230 -- Data de necessidade: ABRIL/2003 Obra não indicada no PAR anterior 129 / 478 2.3 Resumo da Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2005 As tabelas deste item resumem os acréscimos de linhas de transmissão e de capacidade de transformação resultante da proposta de ampliações e reforços apresentada neste PAR 2003/2005, conforme descrito nos itens 2.1 e 2.2. Em função de seu objetivo, as tabelas aqui apresentadas distinguem-se daquelas dos itens anteriores por considerarem como referência de data não mais a “data de necessidade”, mas a data limite de entrada em operação constante do ato autorizativo, do CPST, dos editais de licitação ou, no caso de nenhum destes existir, a data considerada como passível da obra ser concluída. Para os empreendimentos relacionados no Programa de Licitação da Concessão de Linhas de Transmissão da ANEEL, o prazo para implantação de uma linha de transmissão foi estimado em 28 meses, para instalações em 500 kV, e 24 meses, nos casos de 230 kV, a partir da publicação do edital de licitação. Esses prazos são derivados da experiência obtida com os processos licitatórios já realizados pela ANEEL. Para as instalações ainda não contempladas no Programa de Licitação da Concessão de Linhas de Transmissão da ANEEL, na avaliação da data provável de entrada em operação, além desses prazos, foi acrescentado ainda o intervalo correspondente à preparação do edital de licitação, aqui estimado em 6 meses. No caso de reforços em transformação ainda não autorizados, supôs-se um prazo de 18 meses para a entrada em operação. 2.3.1 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Previstos no PAR 2003-2005 (relação completa) As tabelas a seguir resumem as ampliações e reforços propostos para o período 2003 a 2005, bem como as obras previstas para entrarem em operação no ano de 2002, na forma de acréscimos de quilômetros de linha de transmissão e de MVA de transformadores. ONS PAR 2003-2005 130 / 478 Tabela 2.4 – Acréscimo de Linhas de Transmissão em km Acréscimo em km na Rede Básica Tensão k SUL V 2002 2003 2004 500 SE/CO 2005 2002 2003 337,6 575 148 26 420 345 230 54,5 145 889,6 TOTAL 54,5 145 889,6 337,6 601 2004 N/NE INTERL. TOTAL 2005 2002 2003 2004 2005 2003 2005 1.230 924 200 3.912 1.267 666 9.259,6 446 857 20 39 834 526 613 1.425 20 1.269 1.758 526 813 3.978,1 666 3.912 1.267 13.683,7 Tabela 2.5 – Acréscimo de Linhas de Transmissão em unidades Acréscimo do Número de Linhas na Rede Básica Tensão SUL SE/CO N/NE INTERLIGAÇÕES TOTAL kV 2002 2003 2004 2005 2002 2003 2004 2005 2002 2003 2004 2005 2003 2005 500 3 345 ONS 230 3 3 14 TOTAL 3 3 14 PAR 2003-2005 3 2 1 1 3 3 3 3 1 2 6 2 23 4 3 1 1 9 8 6 7 1 4 12 8 7 48 2 6 2 75 131 / 478 Tabela 2.6 – Aumento da Capacidade de Transformação Acréscimo em MVA na Rede Básica Tensão kV (*) SUL 2002 750 500 672 SE/CO 2003 2002 2003 1.650 1.650 1.500 1.872 2.300 560 440 N/NE 2004 2005 2002 2003 TOTAL 2004 4.800 560 1.500 1.200 4.050 450 1.086 345 1.086 225 230 83 TOTAL 755 225 300 3.522 2.435 13.164 5.186 1.429 560 1.500 2.629 1.812 4.050 450 21.087 (*) Refere-se à tensão do lado de alta do transformador Tabela 2.7 – Acréscimo do Número de Transformadores Acréscimo do Número de Transformadores na Rede Básica Tensão kV SUL 2002 750 500 1 SE/CO 2003 2002 2003 1 1 1 3 1 4 440 2005 2002 2003 TOTAL 2004 3 1 2 3 8 1 2 345 1 TOTAL 2 PAR 2003-2005 1 1 4 3 24 2 1 230 ONS 2004 N/NE 8 17 1 2 20 19 8 1 49 132 / 478 Tabela 2.8 – Aumento da Capacidade de Transformação de Reserva Acréscimo em MVA de Reserva na Rede Básica Tensão SUL SE/CO N/NE kV 2003 2003 2002 500 448 230 TOTAL 300 100 448 100 TOTAL 748 100 300 848 Tabela 2.9 – Acréscimo do Número de Transformadores de Reserva Acréscimo do Número de Transformadores de Reserva na Rede Básica Tensão SUL SE/CO N/NE kV 2003 2003 2002 500 2 230 TOTAL ONS PAR 2003-2005 2 1 2 1 TOTAL 4 1 2 5 133 / 478 Tabela 2.10 – Estimativa de investimentos associados ao PAR 2003-2005 Estimativa de Investimentos – Milhões R$ Tensão kV 750 LT / SE SUL 2002 2003 2004 440 345 230 2002 2003 2004 2005 2002 2003 2004 INTERL. 2005 2003 2005 TOTAL 35,8 35,8 31,7 103,3 Total 35,8 35,8 31,7 103,3 303,6 61,1 15,4 66,4 319,0 127,5 SE 146,0 20,7 69,0 Total 20,7 69,0 146,0 460,1 293,9 79,4 15,4 38,7 57,5 141,8 15,7 15,4 498,8 351,4 141,8 95,1 252,5 2.065,5 669 4.331,1 440,6 252,5 2.065,5 669 4.771,7 SE 39,0 39,0 Total 39,0 39,0 111,8 123,0 LT 11,2 SE 13,6 Total 24,8 LT 21,3 SE 4,3 Total 25,6 TOTAL 2005 N/NE SE LT 500 SE/CO 35,2 215,1 13,6 111,8 173,1 136,6 22,7 11,1 9,6 35,2 215,1 215,1 146,0 LT 21,3 35,2 SE 25,0 104,8 Total 46,3 140,0 215,1 146,0 193,6 126,0 167,9 966,0 90,6 104,5 182,7 22,7 11,1 284,2 126,0 167,9 314,8 346,0 22,7 471,2 487,5 126,0 247,3 64,8 146,7 15,4 38,7 148,1 141,8 15,7 379,6 492,7 38,1 509,9 635,6 267,8 263,0 1.070,5 252,5 2.065,5 669 5.420,1 701,0 252,5 2.065,5 669 6.121,1 INTERL. – Interligações inter-regionais Valores de custo referidos a junho/99 – Taxa de câmbio 1US$=1,76 R$ ONS PAR 2003-2005 134 / 478 2.3.2 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Propostos no Par 2003-2005 com concessão a ser outorgada pela ANEEL Tabela 2.11 – Acréscimo em km de Linhas de Acréscimo em km na Rede Básica Tensão k V SUL 2004 500 SE/CO 2005 2004 337,6 230 TOTAL 2005 N/NE 2004 840 190,6 20 39 308 190,6 337,6 20 879 308 INT. 2005 2005 666 400 TOTAL 2.243,6 557,6 666 400 2.801,2 INT. - Interligações inter-regionais Tabela 2.12 – Acréscimo do Número de Linhas de Transmissão Acréscimo do Número de Linhas na Rede Básica Tensão kV SUL 3 230 8 TOTAL 8 PAR 2003-2005 N/NE INT. TOTAL 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2005 500 ONS SE/CO 3 1 2 1 1 4 1 2 4 1 7 14 2 1 21 135 / 478 Tabela 2.13 – Aumento da Capacidade de Transformação Acréscimo em MVA na Rede Básica Tensão kV (*) SUL SE/CO 2003 2003 750 1.650 1.500 500 1.200 400 440 TOTAL 2004 TOTAL N/NE 2005 2003 2004 3.150 560 1.500 1.050 450 1.086 2.850 2.986 5.160 1.086 560 1.500 1.050 450 9.396,0 (*) Refere-se à tensão do lado de alta do transformador Tabela 2.14 – Acréscimo do Número de Transformadores Acréscimo do Número de Transformadores na Rede Básica Tensão kV SUL 2003 2003 750 1 1 500 2 1 440 TOTAL ONS SE/CO PAR 2003-2005 2004 TOTAL N/NE 2005 2003 2004 2 1 2 2 1 2 3 4 9 2 1 2 2 1 13 136 / 478 Tabela 2.15 – Aumento da Capacidade de Transformação de Reserva Acréscimo em MVA de Reserva na Rede Básica Tensão kV SUL TOTAL 2003 500 224 224 TOTAL 224 224 Tabela 2.16 – Acréscimo do Número de Transformadores de Reserva Acréscimo do Número de Transformadores de Reserva na Rede Básica ONS PAR 2003-2005 Tensão SUL TOTAL kV 2003 500 1 1 TOTAL 1 1 137 / 478 Tabela 2.17 – Estimativa de Investimentos para Linhas de Transmissão e Transformadores Previstos no PAR 2003-2005 – A ser outorgado pela ANEEL Estimativa de Investimentos – Milhões de R$ Tensão kV LT /SE SUL 2003 750 SE 35,8 31,7 67,5 Total 35,8 31,7 67,5 SE 230 TOTAL 2005 2003 2004 146 43,2 Total 43,2 440 N/NE INT. TOTAL 2004 LT 500 SE/CO 146 2005 2003 2004 304,7 2005 252,5 18,6 15,4 38,7 34,8 15,7 18,6 15,4 343,4 34,8 15,7 2005 211,2 914,4 166,4 252,5 211,2 1.080,8 SE 39,0 39,0 Total 39,0 39,0 LT 58,3 22,7 11,1 101,7 193,8 Total 58,3 22,7 11,1 101,7 193,8 LT 58,3 22,7 315,8 101,7 89,3 15,4 38,7 34,8 15,7 89,3 38,1 354,5 34,8 117,4 SE 146 79,0 Total 79,0 58,3 146 252,5 211,2 1.108,2 272,9 252,5 211,2 1.381,1 INT. – Interligações inter-regionais Valores de custo referidos a junho/99 – Taxa de câmbio 1US$=1,76 R$ ONS PAR 2003-2005 138 / 478 3 SÍNTESE DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO INTERLIGADO NACIONAL – HORIZONTE 2005 DO SISTEMA Neste item são apresentadas, de maneira sucinta, as condições operativas do Sistema Interligado Nacional, em regime normal e de emergência, visualizadas no período 2003 a 2005. Compondo o painel sobre o desempenho esperado do sistema, são explicitadas as possíveis restrições de transmissão antevistas, o que dá fundamentação ao programa de obras proposto no item 2 deste documento. Além da implementação das ampliações e reforços propostos neste PAR 2003-2005, as análises desenvolvidas identificaram a necessidade de que sejam empreendidas ações complementares, de modo a que as condições desejadas de desempenho da Rede Básica sejam alcançadas no período até 2005. Estas ações envolvem, principalmente, a definição da outorga de concessão para novas instalações da Rede Básica e a execução de estudos complementares para a definição de soluções de natureza conjuntural e/ou estrutural, que na visão do ONS, devem ser conduzidas por diversos Agentes. Neste item, as ações complementares estão relacionadas na descrição de cada Estado. Ressalta-se que o foco das análises desenvolvidas neste item é a Rede Básica, sendo os aspectos relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição abordados no item 7. Reitera-se a necessidade de se proceder a uma revisão do conceito de capacidade operativa para a instalação de transmissão, considerando os valores informados pelas empresas de transmissão e constantes no Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão - CPST. Como já acontecera no PAR 2002-2004, em vários locais do sistema, a consideração direta dos limites de carregamento, informados pelas empresas, implica na instalação de novas obras na Rede Básica. Para esses casos, a consideração do limite noturno de carregamento ou da capacidade de curta duração, como tradicionalmente tem sido adotado nos estudos desenvolvidos no setor, pode eliminar a necessidade de novas obras. O submódulo 4.6 dos Procedimentos de Rede – “Critérios para a Determinação de Ampliações e Reforços na Rede Básica” – nos seus itens 4.21 e 4.2.2, estabelece que: “4.2.1 O conjunto de linhas de transmissão da Rede Básica deverá ser dimensionado de tal forma que haja transmissão suficiente para que as unidades geradoras supram as cargas, para o caso base (sem contingências) e para as situações de contingência simples de quaisquer elementos da rede de simulação, à exceção de linhas de transmissão radiais, para todo o período de estudo, observados os critérios de desempenho elétrico estabelecidos em módulo específico dos Procedimentos de Rede.” “4.2.2 A definição de ampliações em linhas de transmissão radiais será orientada por uma avaliação econômica de novos elementos, frente ao custo da energia não suprida, conforme critérios e procedimentos de avaliação econômica apresentados em anexo do Submódulo 4.3.” ONS PAR 2003-2005 139 / 478 Nas simulações para a elaboração deste PAR 2003-2005, foram caracterizadas situações com linha de transmissão radial, para as quais não estão consolidadas soluções estruturais que possam ser avaliadas como preconizado nos Procedimentos de Rede. Na tabela 3.1-1 são relacionados os casos encontrados, destacando-se as subestações atendidas por circuitos singelos nas quais é observado corte de carga no caso de indisponibilidade da linha de transmissão. Neste contexto, o ONS e o CCPE devem desenvolver estudos complementares com o objetivo de caracterizar a melhor solução para que o critério (N-1) passe a ser atendido nesses locais, levando em consideração também os Padrões de Qualidade definidos no Módulo 2 dos Procedimentos de Rede, Padrões de Desempenho da Rede Básica e Requisitos Mínimos para suas Instalações, bem como a Resolução da ANEEL 024 de 27/01/2000. Tabela 3.1-1 – Subestações Atendidas por meio de Circuitos Radiais Singelos SUBESTAÇÕES LINHA DE TRANSMISSÃO UF Altamira, Transamazônica e Rurópolis LT 230 kV Tucuruí – Altamira – Transamazônica – Rurópolis (Sistema Tramoeste) PA Porto Franco LT 230 kV Imperatriz – Porto Franco MA Picos LT 230 kV São João do Piauí – Picos PI Tauá (SE nova) LT 230 kV Milagres – Tauá CE Coremas LT 230 kV Milagres – Coremas PB Penedo LT 230 kV Rio Largo II – Penedo AL LT 230 kV Funil – Brumado II BA Barreiras LT 230 kV Bom Jesus da Lapa – Barreiras BA Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. LT 230 kV Nobres – Nova Mutum – Lucas do Rio Verde – Sorriso – Sinop MT Montes Claros LT 345 kV Três Marias – Montes Claros MG Brumado nova) ONS II (SE PAR 2003-2005 140 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ONS PAR 2003-2005 141 / 478 3.2 Região Sul 3.2.1 Rio Grande do Sul ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA A rede de 525 kV que atende ao Rio Grande do Sul é composta por três linhas, das quais duas chegam às subestações de 525/230 kV de Gravataí (3x672 MVA) e Caxias (2x672 MVA), provenientes da SE Itá, e uma terceira que, partindo da SE Campos Novos, é secionada na SE Caxias, terminando na SE Gravataí. Completa este sistema a subestação de Santo Ângelo (672 MVA, 525/230 kV), atendida pelo seccionamento da linha de 525 kV que serve à conexão do primeiro módulo da conversora de Garabi com a SE Itá. O sistema de 230 kV estadual interliga-se com a Rede Básica por duas linhas de 230 kV oriundas da SE Xanxerê, em Santa Catarina, que se conectam à UHE Passo Fundo e por uma linha de 230 kV, que partindo da SE Siderópolis, em Santa Catarina, chega à SE Farroupilha, passando pela SE Caxias 5. Das hidrelétricas do Rio Jacuí parte um feixe de cinco linhas de 230 kV, interligando estas usinas e a UTE Charqueadas com as subestações de Cidade Industrial e Gravataí 2. Estas duas subestações concentram o atendimento ao principal centro de carga, na área leste, em que se situa a região metropolitana de Porto Alegre e cidades próximas, incluindo a região de Caxias, que sediam a maior parte do consumo industrial do Rio Grande do Sul. As demais áreas do Estado são constituídas de centro de cargas de menor porte, atendidas por subestações de 230 kV. As usinas do Rio Jacuí interligam-se com a área oeste do Rio Grande do Sul, por meio de uma linha de 230 kV que chega à subestação de Alegrete 2. Desta subestação saem duas linhas de 230 kV, para a SE Uruguaiana 5 e para a UTE Uruguaiana, respectivamente, que constituem o atual esquema de integração desta termelétrica. Da SE Alegrete 2 partem ainda mais duas linhas de 230 kV, uma para Maçambará e São Borja e outra para Livramento e Bagé, ao sul. A Rede Básica da área norte do Rio Grande do Sul é constituída por linhas de transmissão de 230 kV que derivam da SE Santo Ângelo 525/230 kV, para as subestações distribuidoras de Santo Ângelo 2, Santa Rosa e Guarita, e para a usina de Passo Real. O mais importante ponto da Rede Básica com transformação para a distribuição na área norte é a subestação de Santa Marta, atendida pelo seccionamento de uma linha de 230 kV entre as usinas de Passo Fundo e Passo Real. As subestações distribuidoras de 138 kV da área norte do Rio Grande do Sul são atendidas a partir da SE Santa Marta e da subestação da UHE Passo Fundo. A área sul do Estado é atendida por três subestações de 230 kV: a SE Presidente Médici 230/138 kV, a SE Quinta 230/69 kV e a SE Pelotas 3 – 230/138 kV, interligadas à área de Porto Alegre por meio de duas linhas de 230 kV, que também servem ao escoamento da geração da UTE Presidente Médici. ONS PAR 2003-2005 142 / 478 ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Depois da entrada em operação da LT 525 kV Itá - Caxias e da SE Caxias 525/230 kV em 2002, o sistema de 525 kV que atende ao Rio Grande do Sul apresenta desempenho satisfatório em condição normal, até o final de 2005. A implantação da UTE Canoas (480 MW), em 2002, contribui para melhorar as condições operativas, na área metropolitana de Porto Alegre, que se mantêm adequadas mesmo na perda de uma das linhas de 525 kV que atendem as subestações de Gravataí ou de Caxias. O foco central da expansão do sistema para a área norte do Rio Grande do Sul é a construção de uma nova subestação de 230 kV em Lagoa Vermelha, a partir da qual será reformulada a expansão do sistema de 138 kV da concessionária RGE. Para viabilizar este novo ponto de conexão à Rede Básica será necessário construir uma linha de 230 kV, interligando a nova subestação com a SE Santa Marta e com a SE Campos Novos (SC). Também é prevista a duplicação da LT 230 kV Santo Ângelo - Santa Rosa. A configuração resultante propiciará condições operativas adequadas em condição normal e em contingência em toda a área norte do Estado. Até a entrada destas novas instalações, previstas pela programação de licitações da ANEEL para 2004, as condições operativas degradam-se progressivamente, principalmente em contingência nas linhas de 230 kV que atendem as subestações de Santa Marta e Tapera 2, resultando em cortes de carga na distribuição. Agravam este problema as restrições físicas para a instalação de compensação capacitiva em Santa Marta. O escoamento pleno das gerações e importações da área oeste do Rio Grande do Sul só será viabilizado com a construção de três novas linhas de transmissão em 230 kV: LT UTE Uruguaiana – Maçambará, LT Maçambará – Santo Ângelo e LT Dona Francisca – Itaúba. A concessão destas obras está em licitação pela ANEEL, devendo entrar em operação até dezembro de 2003. Em curto prazo deverão ser implementados esquemas de alívio de geração na UTE Uruguaiana, Dona Francisca e Presidente Médici, além da adequação da estabilização suplementar da UTE Uruguaiana. Após a implantação das novas linhas de transmissão embora a questão de limitação de despacho das unidades geradoras seja resolvida, observa-se que o sistema pode se mostrar descarregado em situações de geração reduzida na fronteira, requerendo a implantação de compensação indutiva na SE Maçambará para controle de tensão. Até a entrada em operação, no primeiro semestre de 2004, da LT 230 kV Presidente Médici - Pelotas 3, ora em processo de licitação ANEEL, o sistema de transmissão do Sul do Estado assegura condições de desempenho adequadas em condição normal, mas não suporta contingências na rede de 230 kV. Há carência de suporte de tensão na SE Quinta, que persiste residualmente após a entrada da nova linha, contribuindo para tanto o baixo fator de potência observado no sistema de distribuição. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as principais ampliações e os reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Rio Grande do Sul. ONS PAR 2003-2005 143 / 478 Tabela 3.1 – Obras na Rede Básica no Estado do Rio Grande do Sul DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Camaquã – Cidade Industrial, 230 kV, circuito simples, 8km (seccionamento para SE Porto Alegre 9) Autorizada à CEEE Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUN/2002 LT Gravataí 2 – Porto Alegre 6 C3, 230 kV, 30 km, circuito duplo, lançamento do primeiro circuito Autorizada à CEEE. Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUN/2002 LT Gravataí 2 – Porto Alegre 8, 230 kV, circuito simples, 17,2 km Autorizada à CEEE Prazo contratual: OUT/2002 Previsão para operação: DEZ/2002 LT Pelotas 3 – Presidente Médici, 230 kV, circuito simples, 130 km Em licitação pela ANEEL Data de necessidade: 2002 LT Santo Ângelo – Santa Rosa C2, 230 kV, circuito simples, 54 km Em licitação pela ANEEL Data de necessidade: 2002 LT UTE Uruguaiana – Maçambará, 230 kV, circuito simples, 130 km reator manobrável na SE Maçambará, 230 kV, 30 Mvar Em licitação pela ANEEL Data de necessidade: 2002 LT Maçambará – Santo Ângelo, 230 kV, circuito simples, 205 km Em licitação pela ANEEL Data de necessidade: 2002 LT Dona Francisca – Itaúba C2, 230 kV, circuito simples, 23 km Concessão em análise pela ANEEL Data de necessidade: 2002 LT Alegrete 2 – Santa Maria 3, 230 kV, ajuste ou troca de TC em Alegrete 2 e Santa Maria 3 Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: 2002 LT Alegrete 2 – Livramento – Bagé 2, 230 kV, ajuste ou troca de TC em Alegrete 2, Livramento e Bagé 2 Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: 2002 LT Alegrete 2 – Maçambará, 230 kV, ajuste ou troca de TC em Alegrete 2 e Maçambará Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: 2002 LT Alegrete 2 – Uruguaiana 5, 230 kV, ajuste ou troca de TC em Alegrete 2 Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: 2002 LT Gravataí 2 – Porto Alegre 6 C4, 230 kV, circuito duplo, 30 km, lançamento do segundo circuito Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: JUN/ 2003 LT Campos Novos – Lagoa Vermelha, 230 kV, circuito simples, 84 km Em licitação pela ANEEL Data de necessidade: DEZ/2003 ONS PAR 2003-2005 144 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Lagoa Vermelha – Santa Marta, 230 kV, circuito simples, 96 km SE Lagoa Vermelha (setor de 230 kV) Em licitação pela ANEEL Data de necessidade: DEZ/2003 SE Porto Alegre 10 1ª transformador 230/69 kV, 83 MVA Autorizada à CEEE. Prazo contratual: NOV/2001 Previsão para operação: JUN/2002 SE Campo Bom adequação de arranjo 230 kV Autorizada à CEEE. Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUL/2002 SE Livramento 2 adequação de arranjo 230 kV Autorizada à CEEE. Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUN/2002 SE Santo Ângelo 2° banco de autotransformadores, 525/230 kV, 672 MVA Autorizada à Eletrosul Prazo contratual: JUN/2002 Previsão para operação: JUN/2002 SE Gravataí Conexão para reator de barra, 525 kV, 150 Mvar Autorizada à Eletrosul. Prazo contratual: JUN/2002 Previsão para operação: NOV/2002 SE Itá relocação do terminal da linha para Salto Santiago e conversão do atual reator dessa linha para reator de barra, 525 kV, 150 Mvar Concessão em análise pela ANEEL Data de necessidade: 2002 SE Caxias reator manobrável de barra, 525 kV, 150 Mvar Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: 2002 SE Cidade Industrial substituição de 20 disjuntores e troca dos relés de proteção dos módulos de 230 kV (associado à 2ª etapa da UTE Canoas) Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: DEZ/2003 ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Sistema de 525 kV Depois da entrada em operação da LT 525 kV Itá - Caxias e da SE Caxias 525/230 kV, que se conecta também por seccionamento à LT 525 kV Campos Novos – Gravataí, o sistema de 525 kV que atende ao Rio Grande do Sul apresenta desempenho satisfatório em condição normal, até o final de 2005. Para evitar a abertura da LT Itá – Caxias como medida operativa para controle de tensão em carga leve e mínima, é necessária a instalação de um reator manobrável de ONS PAR 2003-2005 145 / 478 150 Mvar na SE Caxias. Facilitará também o controle de tensão para este sistema a implantação da conexão de reator de barra na SE Gravataí, já autorizada à Eletrosul. Melhorará ainda o controle de tensão em 525 kV a conversão do atual reator da LT Itá – Salto Santiago em reator de barra, que resultará da relocação do terminal da LT Itá Salto Santiago na SE Itá. Nesta nova configuração as linhas que saem da SE Itá para Gravataí e para Salto Santiago, que atualmente são conectadas no mesmo módulo, passarão a operar em terminais independentes, reduzindo o risco de perda dupla das linhas Itá - Gravataí e Itá - Salto Santiago. A segunda etapa da Conversora de Garabi (1.100 MW, no primeiro semestre de 2002) será conectada à Rede Básica na SE Itá, através de uma linha de 525 kV com 359 km de extensão. Nas simulações foi considerada a operação segregada dos dois módulos da conversora. Esta configuração influencia tanto a repartição do fluxo entre as duas linhas de conexão, como seu perfil de tensão, devido ao porte diferenciado dos reatores nos dois terminais de 525 kV da conversora, resultando em tensão mais elevada na barra de 525 kV da SE Itá. Devido ao porte diferenciado da compensação reativa nas duas linhas de conexão, resultará mais elevada a tensão na barra de 525 kV da segunda etapa da conversora, que ficará ligada diretamente à SE Itá. Entretanto podem ocorrer situações operativas na Rede Básica em que a tensão na SE Itá atinja valores próximos ao limite superior da faixa aceitável (105%). Neste caso será necessária a atuação do controle dos conversores, notadamente em Garabi II, de modo a manter as tensões nesta conversora dentro da faixa admissível. Na perda de uma das linhas de 525 kV que atendem as subestações de Gravataí ou de Caxias, principalmente na perda da LT Itá – Caxias, aumenta o carregamento na LT Itá Machadinho - Campos Novos, sobretudo para intercâmbio Sul - Sudeste, havendo inclusive ultrapassagem da capacidade operativa no trecho entre Machadinho e Campos Novos. Daí resulta o abaixamento da tensão no sistema de 525 kV, em Campos Novos e Blumenau e, por conseqüência, em Caxias e Gravataí. Contribui para melhorar as condições de desempenho nestas contingências a entrada em operação da UTE Canoas, usina relacionada no Programa Prioritário de Termelétricas do MME, que será conectada à Rede Básica mediante o seccionamento de dois circuitos de 230 kV existentes entre as subestações de Cidade Industrial e Gravataí 2. A primeira etapa (160 MW) desta térmica entra em operação no primeiro semestre de 2002 e a previsão de sua segunda etapa (340 MW) foi recentemente antecipada, de julho de 2004 para dezembro de 2003. Com esta antecipação as condições operativas mantêm-se adequadas nas contingências citadas, até o final do período analisado, mesmo com despacho mínimo na UTE Presidente Médici. Simulando o atraso do cronograma desta etapa da térmica, na carga intermediária do verão de 2004 há um requisito capacitivo de 50 Mvar na SE Caxias, complementar aos capacitores da SE Gravataí, para suportar a perda da LT Itá – Gravataí sem redespacho das usinas térmicas do Estado. Tal resultado é confirmado no verão de 2005, quando simulada a indisponibilidade citada em coincidência com despacho reduzido na UTE Canoas, apontando a futura necessidade de compensação reativa para evitar excessiva dependência das térmicas a gás no ONS PAR 2003-2005 146 / 478 controle de tensão. Este aspecto deverá ser posteriormente detalhado em análise específica. A redução de despacho na UTE Uruguaiana tem pouca influência nas indisponibilidades das linhas de 525 kV que atendem a área de Porto Alegre e Caxias. Mesmo a parada total desta usina, nos casos de carga pesada de inverno de 2004 e 2005, não chega a impor restrições relevantes ao desempenho da rede de 525 kV. Na condição de intercâmbio do Sul para o Sudeste, na qual o sistema tronco está muito carregado, há elevação do perfil de tensão na rede de 525 kV quando diminui a geração nesta térmica, ou em outras fontes do Rio Grande do Sul, à exceção da UTE Canoas. Área Leste (a) Com a expansão da transformação 525/230 kV propiciada pela SE Caxias e pela instalação do segundo transformador da SE Santo Ângelo, não se verificam problemas de carregamento em condição normal de operação nas três subestações de EAT do Rio Grande do Sul, em todo o período analisado, mesmo considerando a indisponibilidade total de uma das térmicas a gás, seja Canoas ou Uruguaiana. Entretanto na indisponibilidade de um dos transformadores da SE Caxias, constatam-se carregamentos superiores a 90% da capacidade da unidade remanescente desde 2003. Nos casos de carga média de verão verificase carregamento pouco acima (102%) da capacidade nominal em 2004, que chega a 108% no ano seguinte. O carregamento atinge 107% em 2004, ao ser simulado o eventual atraso na entrada da segunda etapa da UTE Canoas. (b) A nova repartição de carga entre as transformações de 525/230 kV do Rio Grande do Sul causa redistribuição de fluxos na rede de 230 kV, principalmente na área de influência da SE Caxias 525/230 kV. Aumenta o carregamento nas linhas que saem da SE Farroupilha, havendo inversão de fluxo na LT Farroupilha - Caxias 5 – Siderópolis, que passa a atender ao sul de Santa Catarina na condição de despacho mínimo na UTE Jorge Lacerda. Estes carregamentos se acentuam para despacho elevado nas usinas do Rio Grande do Sul e para contingências no sistema de 525 kV que aumentem o carregamento na transformação da SE Caxias, como a perda da LT Caxias – Gravataí e a perda da LT Itá – Machadinho. Nesta contingência as linhas de 230 kV Farroupilha – Caxias e Farroupilha – Caxias 5 apresentam sobrecarga de 20% em 2004 e 2005 na carga pesada de inverno, para intercâmbio Sul – Sudeste de 3.000 MW. Para intercâmbio de 3.500 MW no mesmo sentido há ultrapassagem da capacidade operativa da LT Farroupilha – Caxias 5 em condição normal, com 12% de sobrecarga no caso de carga média do verão de 2005. (c) A entrada em operação das novas subestações de Porto Alegre 8 e Porto Alegre 7, em dezembro de 2003, atendidas pelas linhas de 230 kV Gravataí - Porto Alegre 8 e Porto Alegre 9 - Porto Alegre 7, possibilitarão a relocação de carga ao nível de distribuição na área urbana de Porto Alegre. A SE Porto Alegre 8 também assumirá parte da carga atendida em 69 kV pela SE Gravataí 2, cuja capacidade apresenta-se praticamente esgotada em junho de 2003. Mesmo com ONS PAR 2003-2005 147 / 478 essa redução de carga a SE Gravataí 2 mantém-se bastante solicitada em condições normais de operação, e na perda de um transformador apresenta sobrecargas crescentes na unidade remanescente, que ficam entre 56% a 65% nos casos de carga pesada de inverno de 2004 e 2005. Situação semelhante ocorre no caso da SE Cidade Industrial, na qual a perda de um transformador poderá levar a sobrecargas acima de 60% na unidade restante, na carga intermediária de verão. (d) Em condição normal de operação o carregamento na linha de circuito duplo existente entre a SE Gravataí 2 e a SE Porto Alegre 6 não passa de 160 MVA por circuito, até 2005. Na perda de um destes circuitos ocorre ultrapassagem da capacidade operativa do remanescente, que cresce de 10% em 2003 a 23% em 2005. Este problema é sanado com a antecipação do lançamento do segundo circuito da nova linha de circuito duplo entre estas subestações, que anteriormente só se mostrava necessário depois de 2004, conforme o parecer técnico do ONS que recomendou a implantação desta nova linha. Área Norte (a) Está prevista para o início de 2003 a instalação do segundo transformador de 84 MVA, 230/138 kV, na subestação da UHE Passo Fundo, cuja unidade atual tem apresentado sobrecarga na ponta anual por dois anos consecutivos, sendo necessário recorrer ao remanejamento de carga na distribuição para atenuar o problema. (b) A carga atualmente atendida em 69 kV pela SE Santa Marta será transferida progressivamente para SE Tapera 2, 230/69 kV, que será conectada à Rede Básica pelo seccionamento da LT 230 kV Passo Real - Santa Marta. A entrada em operação desta nova subestação, inicialmente prevista para 2000, deverá ocorrer em junho de 2003, de acordo com a última previsão da distribuidora. (c) É constatado baixo perfil de tensão em condição normal de operação na SE Santa Marta e na SE Tapera 2, na carga pesada de inverno de 2003, bem como carregamentos elevados nas linhas de 230 kV que atendem estas subestações. Na perda da LT Passo Real - Tapera 2 ou da LT Passo Fundo - Santa Marta verifica-se tensão abaixo de 85% na SE Santa Marta e na SE Tapera 2. Para manter a tensão acima de 90% nesta contingência é requisitado suporte capacitivo de 25 Mvar no secundário (138 kV) da SE Santa Marta. A perda da linha entre Passo Real e Tapera 2 força o atendimento a toda a carga da subestação de Santa Marta a partir da SE Passo Fundo, aumentando o fluxo no eixo Santo Ângelo - Santa Rosa - Guarita - Passo Fundo. Em junho de 2003 o carregamento da LT 230 kV Passo Fundo - Santa Marta nesta contingência atinge 213 MVA, havendo superação da capacidade operativa. (d) Na LT 230 kV Santo Ângelo - Santa Rosa o carregamento ultrapassa o limite do CPST em junho de 2003, em condições normais de operação. Na perda da LT 230 kV Santo Ângelo – Santa Rosa há superação da capacidade da LT 230 kV Passo Fundo – Guarita, constatando-se um déficit capacitivo de 20 Mvar, ONS PAR 2003-2005 148 / 478 distribuído entre a SE Santa Rosa e a SE Guarita, para manter a tensão em níveis mínimos de operação. As condições de desempenho melhoram com a duplicação da LT Santo Ângelo - Santa Rosa, que está em processo de licitação pela ANEEL, com entrada em operação prevista para dezembro de 2003, tornando esta compensação dispensável. Considerando a duplicação da LT 230 kV Santo Ângelo - Santa Rosa, a perda de um circuito entre Santo Ângelo e Santa Rosa não apresenta problemas de tensão ou de carregamento no horizonte de simulação. O fluxo em cada circuito entre Santo Ângelo e Santa Rosa, em condição normal de operação, fica em torno de 110 MW na carga média de verão e em 140 MW na carga pesada de inverno, em 2005. Na indisponibilidade de um dos circuitos o remanescente é submetido a carregamentos que variam entre 200 a 260 MW. (e) A duplicação da LT 230 kV Santo Ângelo - Santa Rosa melhora a tensão em Santa Rosa e Guarita em condições normais de operação, mas não garante tensão mínima nesta subestação na indisponibilidade da LT 230 kV Santa Rosa Guarita. Isto se mostra possível com o fechamento de um anel de 138 kV entre as subestações de Guarita, Sarandi e Passo Fundo, conforme previsto pela concessionária RGE. Com essa mudança de configuração em 138 kV há redistribuição de fluxos na contingência citada, o que alivia o carregamento na LT 230 kV Passo Fundo - Guarita, mantendo o perfil de tensão. Já a perda da LT 230 kV Guarita - Passo Fundo não resulta em problemas de tensão ou de carregamento no horizonte considerado na simulação. (f) A RGE solicitou acesso à Rede Básica para conexão de uma nova subestação distribuidora, em dezembro de 2003, a ser construída no município de Lagoa Vermelha, com capacidade inicial de 150 MVA. Esta subestação será implantada num local do sistema elétrico onde não há atualmente nenhuma instalação em tensão igual ou superior a 230 kV. Para viabilizar esta conexão será necessário construir duas linha de 230 kV, interligando a nova subestação com a SE Santa Marta e com a SE Campos Novos (SC). A programação de novas licitações da ANEEL sinaliza a entrada em operação desta linha para agosto de 2004, havendo, portanto uma diferença de meio ano entre seu cronograma e a data que a RGE informou para conexão de Lagoa Vermelha, em sua solicitação de acesso ao ONS. (g) As condições operativas degradam-se progressivamente, na medida em que se alonga o período que antecede a entrada da nova linha de 230 kV, da SE Lagoa Vermelha e obras vinculadas na distribuição, principalmente em contingências nas linhas da Rede Básica que atendem as subestações de Santa Marta e Tapera 2. Considerando que as novas instalações não estejam disponíveis até o segundo semestre de 2004, na perda da LT Passo Real - Tapera 2 ou da LT Passo Fundo - Santa Marta aumenta o déficit capacitivo para manter a tensão em 90% no 230 kV. Mesmo que a compensação na rede de distribuição seja suficiente para manter fator de potência de 0,95 no secundário destas ONS PAR 2003-2005 149 / 478 subestações, o requisito capacitivo chega a 60 Mvar em 2004, dos quais 40 Mvar na Santa Marta e 20Mvar na SE Tapera 2, descendo a 50 Mvar, quando se considera a possibilidade de remanejamento de carga na distribuição durante a indisponibilidade na rede de 230 kV, que é limitada a 11 MW. Sem apoio capacitivo em 230 kV, o corte de carga resultante desta contingência poderá atingir 27 MW em 2004, já levando em conta o remanejamento de carga na distribuição. O ponto mais adequado para instalação de um banco de capacitores seria a SE Santa Marta, considerando-se que a maior parcela de compensação é requisitada nesta subestação e que ainda não há certeza quanto à data de efetiva implantação da SE Tapera. Entretanto uma avaliação preliminar mostra que o baixo nível de curto-circuito na barra de 230 kV de Santa Marta limita em 30 Mvar o porte deste banco de capacitores, devido à variação de tensão provocada pelo seu chaveamento. Adicionalmente a avaliação da viabilidade física da instalação deste banco, realizada pela CEEE, apontou a necessidade de extensão do barramento de 230 kV da SE Santa Marta, com tempo de execução estimado próximo ao necessário para construção da LT 230 kV Campos Novos – Lagoa Vermelha – Santa Marta, o que restringiria bastante o período em que poderá ser requerida a efetiva utilização deste equipamento. Assim sendo, deverá se conviver com o risco de corte de carga em contingência até a entrada em operação da linha de transmissão Campos Novos – Lagoa Vermelha – Santa Marta, 230 kV, em licitação pela ANEEL. Nesse período deverão ser adotadas medidas operativas para minimizar o problema. Caso o cronograma de entrada em operação da linha venha a sofrer atraso, este assunto deverá ser reavaliado. (h) A implantação das duas novas linhas de 230 kV, da SE Lagoa Vermelha e das obras associadas na rede de 138 kV propiciará divisão de carga mais equilibrada entre as transformações de 230/138 kV da área norte do Rio Grande do Sul, melhorando tanto o controle de tensão na Rede Básica como a confiabilidade na distribuição. O transformador de Lagoa Vermelha carrega entre 70 a 90 MW na carga pesada em condição normal, de 2004 a 2005, aliviando consideravelmente o carregamento da SE Santa Marta. O atendimento da SE Lagoa Vermelha em condição normal depende quase inteiramente da LT 230 kV Campos Novos Lagoa Vermelha. A LT 230 kV Santa Marta - Lagoa Vermelha tem como principal função o suporte de tensão em contingência, ficando praticamente descarregada em condição normal até o horizonte do PAR. Foi possível manter um perfil de tensão adequado na carga leve e mínima de 2004 e 2005, considerando que já estariam disponíveis para operação um novo reator de 150 Mvar na SE Caxias e um reator de 30 Mvar na SE Maçambará. Área Oeste (a) ONS Atualmente a capacidade da Rede Básica do oeste do Rio Grande do Sul mostrase inadequada para o escoamento pleno da potência disponibilizada pelas fontes locais, entre as quais prepondera a UTE Uruguaiana (600 MW). As condições de PAR 2003-2005 150 / 478 desempenho operativo dependem diretamente do excedente de potência em relação à carga local, e indiretamente da geração despachada na UHE Dona Francisca (125MW) e na UTE Presidente Médici (446 MW). Há problemas de estabilidade transitória em contingências na transmissão e baixo amortecimento de oscilações locais, tanto em contingências como em condição normal. Para contornar estes problemas é requerido um esquema de alívio automático de geração na UTE Uruguaiana, bem como a adequação do sistema de estabilização suplementar desta térmica. Também estão sendo implementados esquemas de corte de geração na UTE Presidente Médici e na UHE Dona Francisca. Com a concretização destas medidas, será possível despachar a UTE Uruguaiana em 580 MW na ponta e 550 MW fora da ponta. Caso não se mostre viável manter o esquema de alívio de geração nesta usina, devido às características do seu ciclo térmico, o despacho ficará restrito a 500 MW. (b) As limitações mencionadas restringem a possibilidade de importação de energia pelas conversoras de freqüência de Rivera e de Uruguaiana. Esta conversora compartilha diretamente com a UTE Uruguaiana a mesma rede de integração, de modo que a transferência de potência da Argentina para o Brasil só se torna possível quando for reduzido de igual montante o despacho máximo permissível na térmica. Já no caso de exportação de energia as restrições são atenuadas, porque diminui o excedente de potência que sai da fronteira oeste. (c) Com despacho de 580 MW na UTE Uruguaiana, há superação dos limites operativos da LT Alegrete 2 - Livramento e no transformador 138/69 kV de Alegrete na perda da LT Alegrete 2 - Santa Maria 3, na carga pesada de junho de 2003. O mesmo ocorre nesta contingência com despacho de 550 MW em carga média e leve, havendo também na carga leve a superação do limite operativo da LT Alegrete 2 - Maçambará. Na perda da LT Alegrete 2 - Livramento, há superação do limite operativo da LT Alegrete 2 - Santa Maria 3, para as mesmas condições de despacho e patamares de carga. Já na perda da linha de Alegrete 2 para a UTE Uruguaiana, verifica-se superação do limite operativo da LT Alegrete 2 - Uruguaiana 5 em todos os patamares de carga, mesmo considerando a geração da usina reduzida para 350 MW. Em todos os casos relatados a limitação é dos equipamentos terminais (transformadores de corrente), sem que haja violação da capacidade de condutores das linhas de transmissão. Portanto será necessária a adequação destes equipamentos, conforme já recomendado nos pareceres técnicos do ONS. (d) ONS Embora as providências de curto prazo já descritas sejam indispensáveis, as mesmas não bastam para garantir o escoamento pleno das fontes da área oeste do Rio Grande do Sul sem restrições operativas, o que só se tornará possível com a construção de três novas linhas de transmissão em 230 kV: LT UTE Uruguaiana – Maçambará e LT Maçambará – Santo Ângelo, em licitação pela ANEEL, além da LT UHE Dona Francisca – UHE Itaúba, cuja concessão está em análise por aquela Agência, devendo entrar em operação até dezembro de 2003. PAR 2003-2005 151 / 478 Além destas ampliações, é necessária a adequação do arranjo da SE São Vicente, que atualmente é atendida em derivação simples (tape) da LT 230 kV Alegrete 2 – Santa Maria 3, o que implica na interrupção do atendimento da carga desta subestação em caso de indisponibilidade de qualquer trecho da LT Alegrete 2 - Santa Maria 3. (e) Considerando a implantação das novas linhas de transmissão e das adequações, não haverá restrições de capacidade na Rede Básica da fronteira oeste. Além disso, observa-se que estas linhas podem se mostrar descarregadas em situações de geração reduzida, resultando em dificuldades no controle de tensão fora da ponta. Com despacho de 350 MW na UTE Uruguaiana, a térmica de Alegrete parada e intercâmbio nulo em Rivera e Uruguaiana verificam-se carregamentos abaixo do SIL nas linhas de 230 kV de Santo Ângelo para Maçambará e São Borja, e elevado perfil de tensão em São Borja, Maçambará e Alegrete. Para manter a tensão em nível adequado em condição normal de operação é necessário o acionamento de dois dos três reatores de 25 Mvar existentes na SE Alegrete, na carga leve de junho de 2004. Entretanto esta situação pode se agravar com a exportação de energia pelas conversoras de Uruguaiana e Rivera. Contribuirá para melhorar as condições de controle de tensão a instalação de um reator manobrável de 30 Mvar na SE Maçambará. Este reator mostra-se indispensável para possibilitar a energização das novas linhas de transmissão entre UTE Uruguaiana e Maçambará e entre esta subestação e a SE Santo Ângelo, 525/230 kV. Área Sul (a) A implantação de dois transformadores de 83 MVA, 230/138 kV, na SE Pelotas 3, em janeiro de 2002, acrescentou um segundo ponto de conexão do sistema de 138 kV à Rede Básica na área sul do Estado, até então inteiramente dependente da transformação 230/138 kV da UTE Presidente Médici. A nova subestação permitirá melhorar o controle de tensão na rede de 138 kV em condições normais de operação e a confiabilidade no atendimento em caso de indisponibilidade do transformador 230/138 kV da SE Presidente Médici. (b) Até a entrada da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3, em licitação pela ANEEL, com operação prevista para o primeiro semestre de 2004, o desempenho operativo da Rede Básica e do próprio sistema da distribuição continuará vulnerável à perda da linha de 230 kV entre Presidente Médici e Quinta, ou de qualquer das duas linhas de 230 kV que interligam esta área com a SE Cidade Industrial. Simulando a perda da LT Presidente Médici - Quinta, na carga pesada e na carga média de junho de 2003, verifica-se carência de suporte capacitivo de 40 a 45 Mvar, para que se obtenha tensão de 90% em Quinta. Os requisitos sobem a 70 Mvar, nesta mesma contingência, com despacho pleno da UTE Presidente Médici. Nesta condição de despacho registra-se carregamento de 190 MVA na LT Presidente Médici - Quinta em condição normal, valor que ultrapassa a capacidade operativa declarada no CPST. ONS PAR 2003-2005 152 / 478 Persiste déficit capacitivo residual em Quinta, na perda uma das duas linhas de 230 kV que atendem esta subestação, mesmo depois da entrada em operação, em dezembro de 2003, da LT 230 kV Presidente Médici - Pelotas 3, ora em processo de licitação ANEEL. O requisito fica em torno de 15 Mvar, entre 2004 e 2005, para o que contribui o baixo fator de potência observado na distribuição. Este problema já foi detectado no ciclo anterior do PAR, indicando a carência de compensação capacitiva distribuída na rede de 138 kV daquela área do sistema. ! AÇÕES COMPLEMENTARES 1. Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira com a Rede Básica, no sul e no oeste do Rio Grande do Sul (CEEE, AES-Sul). Realizar detalhamento da necessidade de compensação reativa na SE Caxias em caso de deslocamento do cronograma da segunda etapa da UTE Canoas (ONS/CEEE/RGE/AES-Sul). Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar sobrecargas observadas nas LT 230 kV Farroupilha – Caxias 5 e Farroupilha – Caxias (CCPE). 2. 3. ONS PAR 2003-2005 153 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA ONS PAR 2003-2005 154 / 478 3.2.2 Santa Catarina ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O mercado de Santa Catarina é atendido por geração local de pequeno porte conectada ao sistema de distribuição, pela UTE Jorge Lacerda, térmica a carvão com capacidade instalada de 857 MW, e por instalações da Rede Básica nas tensões de 525 kV e 230 kV. O Estado conta com duas subestações de 525/230 kV: a SE Blumenau, 3x672 MVA, atendida por duas linhas de 525 kV, provenientes de Campos Novos e Curitiba, e a SE Campos Novos, 336 MVA. Nesta subestação, que é ponto de confluência das usinas do Rio Uruguai e da importação de energia da Argentina, incidem quatro linhas de 525 kV. A SE Blumenau serve ao atendimento da área leste de Santa Catarina, na qual se concentra a maior parte do consumo industrial, representativo de 60% do mercado de energia elétrica estadual. Esta área é atendida por cinco subestações de 230 kV: Canoinhas, Joinville, Blumenau, Itajaí e Palhoça, interligadas por duas linhas de 230 kV que correm próximas ao litoral do Estado em quase toda sua extensão. A SE Palhoça é um dos principais pontos de atendimento à área leste de Santa Catarina, responsável pelo atendimento da região metropolitana de Florianópolis, e está interligada à malha de distribuição em 138 kV e em 230 kV à subestação de Blumenau e à UTE Jorge Lacerda. A área sul do Estado é atendida por duas linhas de 230 kV que partem da UTE Jorge Lacerda e pela linha Caxias 5 – Siderópolis também em 230 kV. Das subestações de 230 kV de Siderópolis e Jorge Lacerda derivam linhas de 138 kV e 69 kV para atendimento das subestações distribuidoras da CELESC. O oeste do Estado é atendido pela rede de 525 kV por meio da SE Campos Novos 525/230/138 kV, pela SE Xanxerê 230/138 kV e parte pela UTE Jorge Lacerda, através de uma linha de circuito duplo de 138 kV, que interliga esta térmica com Campos Novos e Xanxerê. A SE Xanxerê está conectada às usinas hidrelétricas de Salto Osório e Passo Fundo, por meio de quatro linhas de transmissão em 230 kV. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO A expansão da oferta de energia na Região Sul em 2002, seguida da implantação da nova interligação com o Sudeste em 2003, determinam a concentração de fluxos nas linhas de 525 kV que interligam as usinas do Rio Uruguai e do Rio Iguaçu à área leste do sistema regional. Agravam esta tendência o pronunciado crescimento do mercado na área leste de Santa Catarina e o consumo de potência reativa no sistema de distribuição, que determinam a degradação das condições de desempenho em contingência. Este problema é bastante dependente da condição de intercâmbio praticado, podendo implicar em elevados cortes de carga na área leste do Estado, conforme o ponto de operação. Intercâmbios até 3.500 MW para o Sudeste só poderão ser praticados com ampliações da rede de 525 kV nas áreas do Rio Iguaçu e do Rio Uruguai, entre as quais a duplicação da LT Machadinho – Campos Novos, associados à implantação de ONS PAR 2003-2005 155 / 478 equipamento de compensação reativa na Rede Básica, além daquela necessária para correção do fator de potência nas subestações de fronteira com a distribuição. O local que se mostra mais eficaz para instalação deste equipamento é a subestação de Blumenau, cujo porte estimado de 400 Mvar possibilita a exportação para o Sudeste de 3.000 MW sem restrições operativas em contingência, no período que antecede a entrada das novas linhas de transmissão. Para a prática de intercâmbios superiores a 3.500 MW são necessários novos reforços estruturais no sistema de 525 kV, como a duplicação da LT Campos Novos – Blumenau. No horizonte do estudo esta obra dispensaria a compensação capacitiva em condição normal ou em contingência para cenários de exportação de até 4.000 MW. Portanto o ganho efetivo a ser proporcionado pela expansão da interligação Sul – Sudeste, com a LT Bateias – Ibiúna, fica condicionado à implantação dos reforços de transmissão e da compensação reativa em Blumenau e Curitiba. Este assunto deve ser objeto de estudo específicos envolvendo o CCPE. Além das obras recomendadas para o sistema da rede de 525 kV, são indicados mais dois reforços na Rede Básica em Santa Catarina: o seccionamento da LT Blumenau – Jorge Lacerda na SE Palhoça, para melhorar as condições de atendimento à capital do Estado, e o reencabeçamento da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A para Jorge Lacerda B, para evitar restrições ao despacho máximo da UTE Jorge Lacerda. É necessária a implementação de um programa de compensação reativa para correção do fator de potência no sistema de distribuição. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as principais ampliações e os reforços na Rede Básica previstas para o Estado de Santa Catarina. Tabela 3.2 – Obras na Rede Básica no Estado de Santa Catarina DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT 525 kV Machadinho – Campos Novos C2, circuito simples, 50,6 km Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: JUN/2003 LT 230 kV Blumenau – Jorge Lacerda B, seccionamento para a SE Palhoça, circuito duplo, 2x30 km Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: JUN/2003 LT 525 kV Machadinho – Campos Novos C1 substituição de TC em Campos Novos Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: 2002 LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A ajuste ou substituição de TC em Jorge Lacerda A Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: 2002 ONS PAR 2003-2005 156 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL SE Campos Novos conexão para reator de barra de 100 Mvar, 525 kV Autorizada à Eletrosul. Prazo contratual: MAR/2003 Previsão para operação: MAR/2003 SE Campos Novos 2° banco de autotransformadores e unidade reserva, 525/230 kV, 672 MVA Autorizada à Eletrosul. Prazo contratual: MAI/2003 Previsão para operação:JUN/2003 SE Campos Novos instalação de disjuntores para o autotransformador TR5, 525/230 kV (esquema disjuntor e meio) Autorizada à Eletrosul. Prazo contratual: MAI/2003 Previsão para operação: JUN/2003 SE Blumenau instalação de disjuntores para os autotransformadores TR5 e TR6, 525/230 kV (esquema disjuntor e meio) Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: 2002 SE Jorge Lacerda B relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha de 230 kV, circuito simples, 0,8 km Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: FEV/2003 SE Blumenau 2 bancos de capacitores, 230 kV, 2x125 Mvar Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: MAI/2003 SE Palhoça Banco de capacitores, 230 kV, 50 Mvar Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: MAI/2003 ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Sistema de 525 kV (a) ONS Quase toda a expansão da oferta de energia na Região Sul nos próximos quatro anos concentra-se em 2002, com a conexão da UHE Machadinho (1.040 MW), do segundo módulo da conversora de Garabi (1.100 MW), e das térmicas de Canoas (160 MW) e Araucária (480 MW). Quando a este acréscimo da disponibilidade de geração é associada a ampliação da capacidade da interligação Sul – Sudeste, agregada pela LT 500 kV Bateias - Ibiúna, circuito duplo, no primeiro semestre de 2003, modifica - se consideravelmente a distribuição de fluxos da malha de 525 kV, principalmente nos cenários de geração em que o Sul exporta energia para o Sudeste. Há o direcionamento da geração das usinas do Rio Uruguai e da energia importada da Argentina para o Rio Grande do Sul e para Santa Catarina, ao passo que a geração das usinas do Rio Iguaçu fica dedicada aos centros de carga do Paraná e o excedente às transferências para o Sudeste. Daí resultam carregamentos elevados nas linhas de 525 kV entre Itá, Campos Novos e PAR 2003-2005 157 / 478 Blumenau, e entre Salto Santiago, Areia e Curitiba, ficando praticamente descarregadas as linhas entre o Rio Iguaçu e o Rio Uruguai (Salto Santiago - Itá, Areia - Campos Novos), e entre Curitiba e Blumenau, em condição normal de operação. Para intercâmbio de 3.000 MW do Sul para o Sudeste, o fluxo na LT Bateias - Ibiúna fica em torno de 1.500 MW. O escoamento das usinas do Iguaçu e do Uruguai em direção ao leste da Região Sul resulta em carregamentos acima de 1.100 MW nas duas linhas de 525 kV que saem da SE Areia para Curitiba e Bateias, sendo ainda mais acentuados na LT 525 kV Campos Novos – Blumenau. Para o mesmo nível de intercâmbio a LT 525 kV Itá – Machadinho apresenta carregamentos em condição normal em torno de 1.000 MW. Já o carregamento da LT 525 kV Machadinho - Campos Novos é de 1.900 MVA em 2003 e 2.040 MVA em 2004, atingindo 2.170 MVA em 2005, no limiar da capacidade operativa declarada no CPST. (b) Além dos carregamentos elevados em condição normal, a LT Machadinho – Campos Novos é bastante solicitada em contingências em outras linhas do sistema de 525 kV. Para intercâmbio Sul – Sudeste de 3.000 MW, é ultrapassada a capacidade operativa (2.182 MVA) desta linha na perda da LT Itá - Caxias na carga intermediária de verão de 2004, com despacho de 900 MW na UHE Machadinho. O mesmo ocorre na perda da LT Itá - Gravataí para despacho de 1.000 MW em Machadinho. Para este nível de geração na hidrelétrica, o carregamento da LT Machadinho - Campos Novos é de 2.360 MVA na perda da LT Itá – Caxias, na carga pesada de junho de 2004. Na carga intermediária do verão de 2005 o carregamento atinge 2.270 MVA na mesma contingência. Resultados semelhantes aos de junho de 2004 são obtidos na carga pesada de inverno de 2005 nesta contingência. O fluxo na LT Machadinho – Campos Novos também supera sua capacidade operativa na perda da LT Salto Segredo – Areia, em todos os casos de carga pesada de inverno e carga intermediária de verão, desde junho de 2003, com carregamento de 2.370 MVA na carga pesada, que cresce a 2.620 MVA em junho de 2005 no mesmo patamar de carga. Também ocorre sobrecarga nesta linha na perda da LT Salto Santiago – Ivaiporã, na carga pesada de inverno de 2004 e na carga média e pesada de 2005. Por sua vez, a perda da própria LT Machadinho – Campos Novos leva à superação da capacidade operativa da LT 525 kV Segredo – Areia nos patamares de carga pesada e média em todo o período analisado. A sobrecarga vai de 13% em 2003 a 15% em 2005, na carga pesada do inverno. Esta contingência também provoca sobrecarga no transformador 525/230 kV de Cascavel, com ultrapassagem de 5% em 2003, 7% em 2004 e 9% em 2005. Já a indisponibilidade da LT 525 kV Itá – Machadinho implica em sobrecarga residual na LT 525 kV Segredo – Areia (inferior a 3%), a partir de 2004. Considerando a duplicação da LT 525 kV Machadinho – Campos Novos são eliminadas as sobrecargas provocadas pela indisponibilidade da linha atual, bem como as sobrecargas na linha atual frente a contingências na LT Caxias – Itá, na ONS PAR 2003-2005 158 / 478 LT Salto Segredo – Areia e na LT Salto Santiago – Ivaiporã. Se esta ampliação for associada à duplicação da LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã, também são solucionadas as sobrecargas provocadas na LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã e na transformação 525/230 kV de Cascavel pela perda da LT 525 kV Segredo – Areia. (c) Intercâmbios até 3.500 MW para o Sudeste só poderão ser praticados com ampliações da rede de 525 kV nas áreas do Rio Iguaçu e do Rio Uruguai, entre as quais a duplicação da LT Machadinho – Campos Novos, associados à implantação de equipamento de compensação reativa na Rede Básica, além daquela necessária para correção do fator de potência nas subestações de fronteira com a distribuição. O local que se mostra mais eficaz para instalação deste equipamento é a área leste de Santa Catarina. A instalação de dois bancos de capacitores de 125 Mvar no barramento de 230 kV da SE Blumenau e um banco de 50 Mvar na SE Palhoça representa o requisito mínimo para possibilitar a exportação para o Sudeste de 3.000 MW sem restrições operativas em contingência, no período que antecede a entrada das novas linhas de transmissão. Os carregamentos elevados nas linhas que chegam a Curitiba e a Blumenau, depois da implantação da interligação Bateias - Ibiúna, resultam em degradação do perfil de tensão na região leste do Paraná e de Santa Catarina. Ainda assim as tensões nas barras de 525 kV ficam acima de 95% em condição normal de operação, nos anos de 2003 e 2004, não demandando compensação adicional àquela necessária para correção do fator de potência no secundário das subestações de fronteira da Rede Básica para 0,95. Esta correção requer até 2005 um total de 125 Mvar nas subestações do leste de Santa Catarina e 220 Mvar nas subestações da área metropolitana de Curitiba, dos quais 150 Mvar já constam do programa de compensação informado pela Copel. Em 2005 é necessário acrescentar 40 Mvar de capacitores na barra de 230 kV da SE Blumenau, para manter o valor mínimo de tensão em 525 kV na carga média de verão, para intercâmbio Sul-Sudeste de 3.000 MW. Nas simulações de contingências nas linhas de 525 kV que chegam a Curitiba e a Blumenau, a tensão se reduz a níveis abaixo de 90%, evidenciando a carência de suporte de tensão na Rede Básica. Na condição de intercâmbio Sul – Sudeste, a perda da LT 525 Campos Novos – Blumenau representa a contingência mais severa. Para transferência de 3.000 MW do Sul para o Sudeste, o déficit capacitivo na Rede Básica é de 300 Mvar na carga pesada de 2003 e 390 Mvar em 2004, chegando a 580 Mvar em 2005, já admitida à correção do fator de potência nas subestações de fronteira da Rede Básica. Considerando o despacho máximo da UTE Jorge Lacerda, estes requisitos diminuem cerca de 30%. A LT 525 kV Curitiba - Blumenau apresenta redução de carregamento na hipótese de intercâmbio do Sul para o Sudeste, e sua indisponibilidade traduz-se em um déficit capacitivo de cerca de um terço daquele quantificado para a perda de ONS PAR 2003-2005 159 / 478 Campos Novos – Blumenau. Já contingências nas linhas que atendem Curitiba revelam-se mais críticas. Na perda da LT 525 kV Areia – Curitiba a compensação adicional requerida é de 310 Mvar, na carga pesada de inverno de 2005. Para a indisponibilidade da LT 525 kV Bateias - Curitiba não se mostra necessário nenhum suporte reativo adicional. Salienta-se que mesmo nestas contingências mostra-se mais eficaz a alocação do suporte capacitivo em Blumenau. No cenário de importação de 3.000 MW pelo Sul, a repartição de fluxos entre as linhas de Curitiba - Blumenau e Campos Novos – Blumenau é bem equilibrada, resultando que até 2005 não há carência capacitiva na Rede Básica para condição normal de operação. Nesta condição de intercâmbio também não há problemas de tensão para a perda da LT 525 kV Curitiba – Blumenau. Já na perda de Campos Novos – Blumenau o suporte total requisitado é de 130 Mvar em 2003, 150 Mvar em 2004 e 250 Mvar em 2005. As simulações mostram que os requisitos de compensação aumentam expressivamente na medida em que se eleva a transferência de energia do Sul para o Sudeste. Para um nível de exportação de 3.500 MW, o fluxo na LT Bateias - Ibiúna fica entre 1.820 MW em 2003 a 1.700 MW em 2005. Nesta situação o déficit capacitivo na perda da LT Campos Novos – Blumenau é de 410 Mvar em 2003 e 450 Mvar em 2004, subindo bruscamente a 800 Mvar em 2005, dos quais 250 Mvar são necessários em Bateias. Estes requisitos decrescem quando consideradas a partir de 2004 as ampliações indicadas neste PAR para o sistema de 525 kV. Com a duplicação da LT Salto Santiago - Ivaiporã e da LT Machadinho - Campos Novos, para condição normal de operação é suficiente a compensação de 40 Mvar na Rede Básica, admitida a correção do fator de potência nas subestações de fronteira. Na perda da LT Campos Novos – Blumenau o déficit capacitivo fica em 340 Mvar em 2004, subindo a 480 Mvar no ano seguinte. Para despacho pleno da UTE Jorge Lacerda há uma redução de 130 Mvar nestes montantes. Considerando o tempo necessário para implantação de uma linha de 525 kV, deverá ser instalada compensação da ordem de 400 Mvar em Blumenau para possibilitar intercâmbios de 3.000 MW sem restrições operativas em contingência, no período que antecederá a entrada das novas linhas de transmissão, sendo também indispensável a correção do fator de potência nos transformadores de conexão com a Rede Básica, conforme preconizado nos Procedimentos de Rede. Foram realizadas simulações adicionais para exportação Sul - Sudeste de 4.000 MW, com geração em Itaipu de 5.500 MW, para os casos de carga pesada de inverno. Os elevados requisitos de compensação capacitiva em contingência indicam um ponto inaceitável de operação para este nível de intercâmbio, que não poderá ser praticado sem novos reforços estruturais no sistema receptor da Região Sul, para possibilitar o aproveitamento pleno da capacidade da interligação. Avaliações iniciais, simulando a duplicação da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, indicam que esta obra dispensaria a compensação capacitiva ONS PAR 2003-2005 160 / 478 em condição normal e na contingência analisada, para cenários de exportação de até 4.000 MW, no horizonte do PAR. Portanto o ganho efetivo a ser proporcionado pela expansão da interligação Sul – Sudeste, com a LT Bateias – Ibiúna, fica condicionado à implantação dos reforços de transmissão e da compensação reativa em Blumenau e Curitiba. Considerando a iminente entrada em operação da LT Bateias – Ibiúna, há urgência de uma solução que permita pelo menos minorar as restrições identificadas no curto prazo. Neste sentido a instalação de dois bancos de capacitores de 125 Mvar no barramento de 230 kV da SE Blumenau e um banco de 50 Mvar na SE Palhoça representa o requisito mínimo indispensável para atender o período anterior à implantação dos novos reforços na rede de 525 kV, recomendados neste PAR. Mostra-se também indispensável uma análise de longo prazo, visando uma solução estrutural para o problema, que contemple a expansão da geração da Região Sul posterior a 2005. Este assunto deverá ser objeto de estudo específico do CCPE. Área Leste (a) O carregamento na transformação 525/230 kV de Blumenau, 3x672 MVA, passa de 1.100 MVA em 2003 para 1.300 MVA em 2005, na carga pesada de inverno. A indisponibilidade de um transformador 525/230 kV de Blumenau não acarreta problemas até 2005. No verão do último ano ocorre o carregamento mais elevado nesta contingência, para o cenário de exportação de 3.000 MW, chegando a 660 MVA (98%) em uma das unidades remanescentes. A perda de um dos quatro transformadores 230/138 kV da subestação de Blumenau provoca sobrecarga nas unidades remanescentes. Esta sobrecarga é da ordem de 17% em 2003 e 2004, atingindo 24% na carga pesada de inverno de 2005. (b) O atendimento da SE Itajaí, 230/138 kV, não apresenta problemas em condições normais de operação até 2005. Entretanto a perda de um dos circuitos da LT 230 kV Blumenau - Itajaí, submete o circuito restante a carregamentos elevados, que na carga média de 2005 chegam a 333 MVA, ultrapassando em 2% o limite de curta duração, de acordo com os limites praticados pela operação do sistema. Na perda de um dos transformadores desta subestação na carga pesada de junho de 2003, a sobrecarga na unidade remanescente é de 37%. A CELESC prevê a instalação do terceiro transformador de 150 MVA para dezembro de 2003. (c) ONS Tomando como referência o verão de 2004, a atual previsão de mercado mostra um acréscimo de 34%, em relação ao ciclo anterior do PAR, no carregamento da SE Palhoça, 230/138 kV, que tem hoje instalados três transformadores de 75 MVA. Por este motivo está sendo prevista pela CELESC a implantação de um quarto transformador, com capacidade de 150 MVA, em fevereiro de 2004, e para dezembro do mesmo ano a substituição do terceiro transformador de 75 MVA por uma unidade PAR 2003-2005 161 / 478 de 150 MVA. Esta subestação é atendida por duas linhas de 230 kV, provenientes da UTE Jorge Lacerda e da SE Blumenau. Para condição de despacho mínimo na UTE Jorge Lacerda, cerca de um terço do carregamento total da subestação, que atinge 280 MW em 2005, é proveniente de Blumenau. O expressivo crescimento na carga atendida por esta subestação, associado ao baixo fator de potência da transformação, resulta em degradação progressiva da tensão na barra de 230 kV, para garantir tensão de 100% no secundário. Observa-se tensão inferior a 93%, em condição normal de operação na carga pesada do inverno de 2003, que decresce para 89% em 2004 e 85% em 2005, respectivamente. O déficit capacitivo para se atender aos critérios de desempenho em condição normal e na emergência da LT 230 kV Palhoça Blumenau cresce de 70 Mvar em 2003, a 90 Mvar em 2004 e 220 Mvar em 2005. O seccionamento da LT 230 kV Blumenau - Jorge Lacerda na SE Palhoça resulta num ganho na tensão em torno de 6%, com atendimento pleno dos critérios para condição normal e emergência em 2003 e 2004, e reduzindo a 85 Mvar o déficit capacitivo em 2005. Este requisito é coberto pela compensação requerida neste ano para correção do fator de potência no secundário da SE Palhoça para de 0,95. Desta compensação 40 Mvar são necessários já em 2003, e o restante em 2004. Área Sul (a) As linhas da Rede Básica que atendem à área sul de Santa Catarina não apresentam problemas de carregamento em condição normal ou em contingência até 2005. Verifica-se que cresce a participação da LT Farroupilha – Siderópolis no atendimento a esta área, depois da entrada da SE Caxias, 525/230 kV. Para a condição de despacho mínimo da UTE Jorge Lacerda esta linha apresenta carregamento em torno de 120 MW no horizonte de análise. (b) Na condição de despacho pleno em Jorge Lacerda (857 MW), constata-se sobrecarga na LT 230 kV Jorge Lacerda A - Jorge Lacerda B. Esta sobrecarga é da ordem de 30% em 2003, admitindo-se que até esta data ainda não tenha se efetivado o seccionamento da LT 230 kV Blumenau - Jorge Lacerda em Palhoça, e de 12% em 2004 e 2005, já considerando este seccionamento. A solução proposta pela Eletrosul é a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça - Jorge Lacerda A para a subestação de Jorge Lacerda B, em substituição à recapacitação da LT 230 kV Jorge Lacerda – Jorge Lacerda B, já indicada no PAR/PDET 2002-2004. Uma vez confirmada sua viabilidade técnica, este reforço possibilitará reduzir o carregamento na LT Jorge Lacerda A - Jorge Lacerda B para cerca de 100 MVA, ou 45% da capacidade operativa do CPST, até o horizonte da análise. (c) ONS Para melhor aproveitamento do limite do condutor da LT 230 kV Palhoça - Jorge Lacerda (223 MVA), também é recomendado que seja ajustado ou substituído o transformador de corrente que limita em 191 MVA a capacidade operativa desta linha que, nas simulações, é ultrapassada na carga pesada de inverno de 2003. PAR 2003-2005 162 / 478 Área Oeste (a) O banco de autotransformadores 525/230 kV, 336 MVA, da SE Campos Novos vem operando com carregamentos elevados em condição normal de operação, devendo atingir 300 MVA na carga pesada do inverno de 2003. A perda deste transformador provocaria subtensão generalizada no sistema de 138 kV da área oeste de Santa Catarina, acarretando também sobrecarga acima de 50% na transformação 230/138 kV da SE Xanxerê. Para restabelecer o perfil de tensão no mínimo aceitável e manter o carregamento no transformador de Xanxerê no limite de 20% de sobrecarga em contingência, seria necessário proceder a um corte de carga de 190 MW em junho de 2003, mesmo contando com a entrada em operação da primeira unidade da UHE Quebra Queixo, com 40 MW. (b) A expansão da SE Campos Novos está autorizada pela ANEEL para junho de 2003, com a implantação de um banco de autotransformadores 525/230 kV, 672 MVA, juntamente com uma unidade reserva de 224 MVA, e a adequação do setor de 230 kV desta subestação. Com este reforço não haverá superação da capacidade da subestação em condição normal até 2005. Já na perda da maior unidade há sobrecarga de 7% no atual transformador, que passa a 9% no ano seguinte, até a operação comercial da UHE Barra Grande, que será conectada na barra de 230 kV da SE Campos Novos. Esta situação temporária foi prevista no parecer técnico que recomendou a expansão, devendo ser amenizada com a utilização da fase reserva do novo banco, cuja instalação deve contar com facilidades para a rápida substituição da unidade defeituosa. Para a perda do transformador de menor capacidade, não há problemas de carregamento no horizonte de estudo. (c) Para possibilitar melhor aproveitamento da expansão da transformação 525/230 kV da SE Campos Novos no atendimento ao oeste de Santa Catarina, é recomendável a adequação do arranjo no setor 230/138 kV desta subestação, com a individualização da proteção e disjuntores dos transformadores no barramento de 138 kV, conforme indicado no item 7. Na configuração atual a perda de dois transformadores que estão em paralelo no mesmo disjuntor de 138 kV, resultará em sobrecarga de 55% na unidade remanescente, na carga pesada de inverno de 2003, chegando a 66% em 2005 na mesma condição. Também é importante a complementação das saídas de linha de 138 kV e do esquema de conexão das linhas de 138 kV de circuito que chegam na subestação, hoje em derivação simples (tape). (d) Em setembro de 2003 entrará em operação a terceira unidade da UHE Quebra Queixo, totalizando a capacidade instalada de 120 MW. Por sua localização esta hidrelétrica contribuirá na melhoria das condições operativas do oeste de Santa Catarina, tanto no controle de tensão no nível de 138 kV, como no alívio do carregamento da transformação 230/138 kV da SE Xanxerê, que será expandida com a substituição de um transformador de 84 MVA por uma unidade de 150 MVA. Para melhorar a confiabilidade, é recomendado que esta expansão seja ONS PAR 2003-2005 163 / 478 acompanhada da individualização do comando e proteção das unidades 3 e 4, que atualmente estão em paralelo no mesmo disjuntor. Na perda da unidade de 150 MVA em 2005 volta a ocorrer sobrecarga de 14% no transformador de menor capacidade. ! AÇÕES COMPLEMENTARES 1. Desenvolver estudos para detalhamento da compensação reativa a ser instalada na Rede Básica área da área leste de Santa Catarina e do Paraná (ONS/ Copel/Celesc/Eletrosul). Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira com a Rede Básica, no leste e no oeste de Santa Catarina (CELESC). 2. ONS PAR 2003-2005 164 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO PARANÁ ONS PAR 2003-2005 165 / 478 3.2.3 Paraná ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O sistema de 525 kV que atende ao Estado do Paraná interliga-se ao tronco de 750 kV de Itaipu na subestação de Ivaiporã. Desta subestação partem três linhas de 525 kV, para as hidrelétricas de Salto Santiago e Gov. Bento Munhoz, no Rio Iguaçu, e para a subestação de Londrina (Eletrosul), 525/230 kV,que constitui o principal ponto de atendimento ao norte do Paraná. Da SE Londrina (Eletrosul) 525/230 kV saem linhas em 230 kV para as subestações de Ibiporã, Figueira, Apucarana e Maringá, por meio de uma extensa malha de distribuição de 138 kV. Uma parcela menor do intercâmbio de energia com a Região Sudeste é realizada por meio de linhas de 230 kV que interligam três subestações da área norte do Estado (Maringá, Londrina (Copel) e Figueira) às subestações de Assis e Chavantes, na fronteira de São Paulo. A LT 230 kV Salto Osório – Campo Mourão, interliga a área norte do Paraná com a UHE Salto Osório. Desta usina saem mais quatro linhas de 230 kV, para as subestações de Areia, Pato Branco e Cascavel. Esta subestação conecta-se à SE Cascavel Oeste, 525/230 kV – 600 MVA, que é ponto de recepção da geração da UHE Salto Caxias e principal pólo de atendimento à área oeste do Paraná, juntamente com a UHE Salto Osório. Da UHE Gov. Bento Munhoz saem duas linhas de 525 kV para as subestações de Bateias (672 MVA) e Curitiba (2x 672 MVA), que atendem a área metropolitana de Curitiba, onde se concentra a maior parte do consumo industrial do Paraná.O principal centro de carga do Estado é atendido em 230 kV pela UHE Gov. Parigot de Souza e por seis subestações de 230/69 kV, que se interligam, formando um anel de 230 kV em torno da área metropolitana. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Depois da expansão da interligação com o Sudeste, a partir do primeiro semestre de 2003, há risco de se impor restrições ao intercâmbio de energia com o Sudeste por deficiências no próprio sistema de transmissão da região Sul, face à severidade das condições operativas em contingências nas linhas de 525 kV e as limitações dos recursos operativos disponíveis para contorná-las. Os elementos mais solicitados em condição normal de operação e em contingências nas linhas que integram as usinas do Rio Iguaçu, são a LT Segredo – Areia, a LT Salto Santiago – Ivaiporã, o transformador da SE Cascavel Oeste e a LT Machadinho – Campos Novos. Estes problemas são suprimidos quando a duplicação da LT Salto Santiago - Ivaiporã é implantada juntamente com a duplicação da LT Machadinho – Campos Novos. O reforço isolado de um dos elementos afetados não é suficiente para proporcionar o atendimento ao critério de primeira contingência em toda a malha de 525 kV. A duplicação do transformador da SE Cascavel Oeste suprimirá sobrecargas no atual transformador em face de contingências na rede de 525 kV, bem como sobrecargas na rede de 230 kV do oeste do Paraná decorrentes da perda da unidade existente. Com o ONS PAR 2003-2005 166 / 478 mesmo objetivo é necessário o lançamento do segundo circuito do circuito duplo da LT230 kV Cascavel Oeste – Cascavel, bem como o reforço da LT 230 kV Salto Osório – Campo Mourão, cuja viabilidade técnica ainda depende de confirmação. A implantação destas obras não elimina a necessidade de alívio de geração na UHE Caxias para a perda da LT 525 kV Salto Santiago – Salto Caxias, mas permite atenuar a restrição de despacho. A perda da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina (Eletrosul) resulta em degradação da tensão e sobrecargas na rede de 230 kV do norte do Paraná, para qualquer condição de intercâmbio com o Sudeste, ratificando-se a necessidade de uma solução estrutural para o atendimento ao norte do Paraná, em face desta contingência, já apontada no PAR 2002 -2004. Este assunto deverá ser objeto de estudo específico em conjunto com o CCPE. O seccionamento da LT 230 kV Maringá – Assis na SE Londrina (Eletrosul) 525/230 kV, melhora o controle de tensão em condição normal e contingências na Rede Básica do norte do Paraná, principalmente na área de influência da SE Maringá. Este reforço possibilita ainda eliminar sobrecargas em contingências nas linhas de 230 kV desta área, juntamente com o lançamento do segundo circuito da LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Ibiporã, circuito duplo. Entretanto, a implantação dos reforços no sistema de 230 kV não suprime a necessidade de um programa de compensação reativa na área norte do Paraná, visando melhorar as condições de desempenho na rede de distribuição. RELAÇÃO DAS OBRAS ! A tabela a seguir resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Paraná. Tabela 3.3 – Obras na Rede Básica no Estado do Paraná DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Campo Comprido – Umbará seccionamento para SE Cidade Industrial de Curitiba – circuito duplo, 230 kV Autorizada à COPEL Prazo contratual: NOV/2001 Previsão para operação: DEZ/2003 LT 230 kV Jaguariaíva-Bateias, circuito simples, 137 km Obra licitada, em construção pela COPEL Prazo contratual: FEV/2003 Previsão para operação: ABR/2003 LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã substituição de seccionadora em Salto Santiago e Ivaiporã Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: 2002 LT 525 kV Salto Segredo - Areia substituição de seccionadora em Areia Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: 2002 LT 230 kV Apucarana – Londrina (Eletrosul) ajuste ou troca de TC em Apucarana Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: 2002 ONS PAR 2003-2005 167 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã C2, circuito simples, 167 km Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: JUN/2003 LT 230 kV Maringá – Assis, seccionamento em Londrina (Eletrosul), circuito duplo, 2x23 km Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: JUN/2003 LT 230 kV Londrina (Eletrosul)– Ibiporã C2, circuito duplo, lançamento do 2º circuito, 20,3 km Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: JUN/2003 LT 230 kV Cascavel – Cascavel Oeste C3, circuito duplo, lançamento do 2º circuito, 11,3 km Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: JUN/2003 LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, circuito simples, 400 km, com compensação série de 50% em Araraquara Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: DEZ/2004 LT 525 kV Ivaiporã – Londrina C2, circuito simples, 120 km Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: DEZ/2004 SE Areia reencabeçamento da linha 525 kV para Salto Segredo Autorizado à ELETROSUL Prazo contratual: OUT/2002 Previsão para operação: OUT/2002 SE Gralha Azul nova subestação 230 kV e conexões às SEs Campo Comprido e Umbará Autorizada à COPEL Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUN/2002 SE Cidade Industrial de Curitiba nova SE, 230 kV Autorizada à COPEL Prazo contratual: JAN/2002 Previsão para operação: DEZ/2003 SE Areia unidade reserva do banco de autotransformadores existente, 525/230 kV, 224 MVA Concessão em análise pela ANEEL Data de necessidade: 2002 SE Curitiba conexão para reator 1-150 Mvar, 525 kV Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: 2002 SE Londrina (Eletrosul) instalação de disjuntores para o TR 525/230 kV (esquema disjuntor e meio) Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: 2002 SE Ivaiporã instalação de sistema de transferência para substituição de fase reserva dos bancos de autotransformadores AT01 e AT02 – 750/500/69 kV - 1.650 MVA Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: 2002 ONS PAR 2003-2005 168 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL SE Ivaiporã 3º banco de autotransformadores 750/500/69 kV, 1.650 MVA Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: JUN/2003 SE Cascavel Oeste 2º banco de autotransformadores 525/230 kV, 600 MVA Concessão em análise pela ANEEL Data de necessidade: JUN/2003 SE Bateias 2º banco de autotransformadores 525/230 kV, 600 MVA Obra nova, proposta neste PAR. Data de necessidade: JUN/2003 CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Sistema de 525 kV ! (a) As condições operativas da malha de 525 kV da Região Sul mostram influência direta dos níveis de intercâmbio praticados com a Região Sudeste. Os atuais níveis de fornecimento do Sul para o Sudeste, de 2.600 MW em carga pesada e média, somente são factíveis devido aos esquemas de corte de geração implantados nas usinas do Rio Iguaçu, para fazer frente a contingências nas linhas de 525 kV. Há programação para corte de quatro máquinas na UHE Salto Santiago no caso da perda da LT Ivaiporã – Salto Santiago, quatro máquinas na UHE Salto Segredo na perda da LT Areia – Segredo, e corte de duas ou quatro máquinas na UHE Gov. Bento Munhoz na perda da LT Ivaiporã – Areia. Considerando a evolução das condições operativas visualizadas para o horizonte deste PAR, torna-se difícil antecipar a efetividade destes esquemas de corte de geração face à severidade das emergências na rede de 525 kV, havendo risco de se impor uma limitação do intercâmbio com o Sudeste por deficiências no sistema da região Sul. Depois da expansão da interligação com o Sudeste, a partir do primeiro semestre de 2003, as linhas que se mostram mais carregadas em condição normal de operação são a LT Segredo – Areia (capacidade operativa de 2.400 A, no CPST) e a LT Salto Santiago – Ivaiporã (capacidade operativa de 2.182 A). Para intercâmbio Sul – Sudeste de 3.000 MW, a perda da LT Salto Santiago - Ivaiporã provoca sobrecarga na LT Segredo – Areia, na carga pesada e média, em todo os casos analisados. Esta sobrecarga fica entre 28% em junho de 2003 e 34% em junho de 2005. Nesta contingência o transformador da SE Cascavel Oeste, 600 MVA, 525/230 kV, também apresenta sobrecarga, que é mais pronunciada na carga pesada de inverno, passando de 24% em 2003, a 34% em 2004 e 33% em 2005, ocorrendo ainda superação da capacidade operativa da LT Machadinho Campos Novos nos dois anos finais do período. Os estudos em andamento no planejamento setorial apontam Londrina como o ponto a partir do qual se dará a expansão da interligação com a Região Sudeste, ONS PAR 2003-2005 169 / 478 bem como a duplicação da LT Salto Santiago – Ivaiporã, para reforço do sistema de 525 kV que integra as usinas do Rio Iguaçu. Ao simular a duplicação desta linha observa-se que persistem situações de sobrecarga na LT Machadinho Campos Novos, quando da indisponibilidade da LT Segredo - Areia. Estes problemas são suprimidos quando esta ampliação é implantada juntamente com a duplicação da LT Machadinho – Campos Novos. A duplicação isolada de um dos elementos afetados não é suficiente para proporcionar o atendimento ao critério de primeira contingência em toda a malha de 525 kV. (b) Em situações de intercâmbio Sul-Sudeste em torno de 3.000 MW, a indisponibilidade da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina resulta em tensões da ordem de 85% na rede de 230 kV do norte do Paraná, notadamente em Londrina, Apucarana, Maringá e Campo Mourão, e causa sobrecargas na LT 230 kV Salto Osório – Campo Mourão (limite do CPST de 218 MVA), na carga pesada e média, crescendo de 32% na carga pesada de junho de 2003 a 48% em junho de 2004 e 55% em 2005. Esta contingência também provoca sobrecarga na LT 230 kV Areia – Ponta Grossa Norte, depois do seccionamento desta linha para conexão da SE Irati, 230/138 kV, subestação que a Copel tenciona implantar para resolver problemas de suporte de tensão na rede de 138 kV local. Na carga pesada de junho de 2004 há superação da capacidade da LT Areia – Irati em 32% nesta contingência, chegando a 42% em 2005. (c) Com intercâmbio Sudeste-Sul de 3.000 MW, a perda da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina também afeta as tensões da malha de 230 kV do norte do Paraná e causa elevadas sobrecargas no transformador 440/230 kV – 336 MVA da SE Assis. Cabe ressaltar que neste cenário de intercâmbio ocorre ultrapassagem da capacidade nominal do transformador de Assis em condição normal de operação, ao longo do período analisado, ficando em alguns casos próximo a 120%. Já na indisponibilidade da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina o carregamento neste transformador chega a ultrapassar em 60% a sua capacidade nominal na carga pesada de junho de 2003, atingindo 66% de sobrecarga em junho de 2004 e 80% em 2005. As interligações em 138 kV com o Sudeste, em Andirá e Loanda, também ficam sobrecarregadas nesta contingência. Os valores expressam a gravidade desta contingência. Ainda que, como medida corretiva, seja recomendada a redução do recebimento pelo Sul, no pós-falta haverá risco de atuação indevida da proteção devido à degradação do perfil de tensões na rede de 230 kV. Persiste, portanto, a necessidade de uma solução estrutural para o atendimento ao norte do Paraná, considerando a contingência da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina, já apontada no PAR 2002 –2004. A instalação da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina C2, além da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com transformação 500/440 kV na SE Assis, eliminam os problemas citados. Observa-se, no entanto, que para o transformador 440/230 kV ONS PAR 2003-2005 170 / 478 de Assis persistem sobrecargas quando da contingência do trecho em 500 kV entre Londrina – Assis na condição de fluxo elevado do Sudeste para o Sul. Cabe ressaltar que a instalação do segundo circuito entre Ivaiporã e Londrina ainda está sendo analisada pelo CCPE, sob uma perspectiva de longo prazo. Área Norte (a) Com o crescimento da carga atendida pela SE Maringá, 230/138 kV, que atinge 370 MW em 2005, a tensão na barra de 230 kV desta subestação decresce de 96% em 2003, para 93% em 2004 e 2005, em condição normal de operação. Na perda da LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Apucarana, a tensão nas subestações de Maringá, Apucarana e Campo Mourão fica abaixo de 89% em 2003 e 2004. Ao se considerar nas simulações o seccionamento da LT 230 kV Maringá – Assis na SE Londrina (Eletrosul) 525/230 kV, em circuito duplo, 23 km, verifica-se um ganho em torno de 2% na tensão em condição normal de operação e de 5% na perda da Londrina (Eletrosul) – Apucarana, possibilitando atender ao critério de tensão mínima de 2003 a 2005, em condição normal e contingência. Adicionalmente, este seccionamento elimina a sobrecarga residual em condição normal de operação na LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Ibiporã (limite CPST de 227MVA) em 2004 e 2005 na carga pesada de inverno. Na perda da LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Apucarana, o seccionamento reduz em cerca de 60 MVA o carregamento da LT 230 kV Londrina (Copel) – Londrina (Eletrosul), cuja capacidade operativa é 319 MVA. Esta redução é suficiente para suprimir a sobrecarga constatada nesta linha em 2003, para o cenário de exportação de 3.000 MW. (b) A condição esperada para as linhas de 230 kV que interligam as duas subestações da área de Londrina e estas às subestações de Ibiporã, Apucarana e Assis é de carregamento elevado para cenários que explorem os limites de exportação ou de importação de energia. A LT 230 kV Londrina – Ibiporã atinge carregamento em torno de 95% de sua capacidade operativa (227 MVA), na condição normal de operação, em 2005. Há superação da capacidade operativa desta linha na perda da LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Londrina (Copel), que cresce de 25% em 2003 a 27% em 2004 e 31% em 2005. Esta linha também apresenta sobrecarga de 20% na perda da LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Apucarana em 2005. Já a perda da própria LT Londrina (Eletrosul) – Ibiporã provoca sobrecarga da ordem de 15%, de 2003 a 2005, na LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Londrina (Copel). Cabe observar que estas emergências também implicam em sobrecargas na rede de 138 kV. Estes resultados referem-se à simulação do patamar de carga pesada de inverno, considerando o cenário de exportação de 3.000 MW para a região Sudeste. Também foi feita análise de sensibilidade para importação de 3.000 MW, em 2005 em que se confirma a validade destas constatações. Em todas as simulações foi considerado o seccionamento da LT 230 kV Assis – Maringá na SE Londrina (Eletrosul), conforme já citado. ONS PAR 2003-2005 171 / 478 A solução indicada pelo planejamento da expansão é o lançamento do segundo circuito da LT 230 kV Londrina (Eletrosul) - Ibiporã, que foi construída em torre de circuito duplo. Esta obra elimina todas as sobrecargas nas linhas de 230 kV nas contingências anteriormente simuladas. Entretanto com a duplicação aumenta o carregamento nos transformadores 230/138 kV da SE Ibiporã (2x150 MVA), chegando a sobrecarga até 37% na perda da LT 230 kV Londrina (Eletrosul) – Londrina (Copel), na carga pesada de inverno de 2004 e 2005. Nesta contingência também são observados carregamentos elevados na rede de 138 kV que interliga Ibiporã a Londrina (Eletrosul) e a Apucarana, formando um caminho paralelo com as linhas de 230 kV. (c) A implantação dos reforços no sistema de 230 kV não suprime a necessidade de um programa de compensação reativa na área norte do Paraná, visando melhorar as condições de desempenho na rede de distribuição, cujas deficiências se refletem nos pontos de conexão com a Rede Básica. Observa-se que o fator de potência no secundário da SE Maringá mantém-se abaixo de 90%, na carga pesada de inverno, em todo o período de análise. Para correção do fator de potência para 95%, estima-se compensação de 25 Mvar em 2003, acrescidos de 20 Mvar em 2004. Ressalte-se que devido à topologia em anel da rede de 138 kV, o fator de potência é bastante dependente do intercâmbio praticado, cabendo um estudo detalhado para a adequada localização e dimensionamento da compensação na distribuição. Área Oeste (a) As duas fontes que influenciam mais diretamente a área oeste do Paraná, Salto Caxias e Salto Osório, são despachadas em 95% de sua capacidade instalada, no cenário de exportação de 3.000 MW do Sul para o Sudeste. Nesta condição a LT 525 kV Salto Santiago – Salto Caxias apresenta, em média, carregamento de 600 MVA, em condição normal de operação no horizonte de estudo. A mesma linha apresenta carregamento reduzido, em torno de 150 MVA, para importação pela região Sul de 3.000 MW. Na perda da LT 525 kV Salto Santiago – Salto Caxias, a UHE Salto Caxias ficará conectada radialmente à SE Cascavel Oeste, 525/230 kV, e toda a geração da hidrelétrica é direcionada pelo transformador de 600 MVA da subestação, para a rede de 230 kV da área oeste do Paraná. Para eliminar as sobrecargas no transformador da SE Cascavel Oeste, nesta indisponibilidade, é preciso reduzir o despacho da UHE Salto Caxias de cerca de 620 MW entre 2003 e 2005. Também há superação da capacidade operativa do transformador da SE Cascavel Oeste na perda da LT 525 kV Segredo – Areia, que é de 5% em junho de 2003 a 6% em junho de 2004. Em 2005 a sobrecarga é de 9% nesta contingência, já considerando a duplicação das linhas Ivaiporã – Salto Santiago e Machadinho – Campos Novos. Já a perda do próprio transformador causa sobrecarga nas linhas de 230 kV entre Salto Osório e Cascavel, que na carga pesada de junho de 2003 atinge 16%, chegando a 22% em 2004 e 24% em 2005. ONS PAR 2003-2005 172 / 478 Considerando a duplicação do transformador da SE Cascavel Oeste, persiste a necessidade de reduzir Salto Caxias de 450 MW em 2003 e de 600 MW em 2004 e 2005, para suprimir as sobrecargas nos circuitos de 230 kV, resultantes da perda da LT Salto Santiago – Salto Caxias. O trecho de 230 kV que fica mais carregado são as duas linhas de 230 kV entre Cascavel Oeste e Cascavel, que nesta contingência apresentam sobrecarga de 71%, 72% e 66% sobre o limite de CPST (245 MVA e 286 MVA, para cada um dos dois circuitos). Na situação de exportação de 3.000 MW do Sul para o Sudeste, na carga pesada de inverno, a perda de uma destas linhas provoca no circuito restante sobrecargas de 39% em 2003, 56% em 2004, e 42% em 2005. Para intercâmbios Sudeste-Sul a mesma contingência provoca na linha remanescente sobrecargas de 48% em 2003, 62% em 2004 e 50% em 2005. Uma destas linhas é de circuito simples e a outra de circuito duplo, na qual foi implantado inicialmente apenas um dos circuitos. Com o lançamento do segundo circuito desta linha são eliminadas as sobrecargas. (b) Com três circuitos entre a SE Cascavel Oeste e a SE Cascavel, o corte de geração na UHE Salto Caxias na perda da LT Salto Caxias – Salto Santiago reduz-se para 300 MW em 2003, e 500 MW em 2004 e 2005. O novo ponto de estrangulamento passa para as duas linhas de 230 kV entre Salto Osório e Campo Mourão, que apresentam sobrecarga de 20% (capacidade operativa de 218 MVA em cada circuito). A LT Salto Osório – Campo Mourão mostra-se bastante solicitada também em outras situações operativas. Na mesma condição de intercâmbio, os dois circuitos apresentam em condição normal de operação carregamentos próximos à sua capacidade operativa (218 MVA, limite do condutor para a condição verão/dia). O carregamento por circuito na carga pesada de junho é de 193 MVA em 2003, 215 MVA em 2004 e 218 MVA em 2005. Quando da saída de um dos circuitos desta linha o restante é submetido a carregamentos crescentes: 260 MVA em 2003, 285 MVA em 2004 e 288 MVA em 2005. A solução para este problema não está consolidada, dependendo ainda da confirmação da viabilidade técnica de recapacitação desta linha. (c) Mesmo admitindo resolvido este problema, observa-se que o gargalo voltaria aos três circuitos entre Cascavel Oeste e Cascavel, mas neste caso o corte de geração em Caxias poderia ser reduzido para 200 MW em 2003, 300 MW em 2004 e 250 MW em 2005. Portanto a duplicação do transformador da SE Cascavel Oeste e os reforços na rede de 230 kV não eliminam a necessidade de alívio de geração na UHE Caxias para a perda da LT 525 kV Salto Santiago – Salto Caxias, mas permitem atenuar a restrição de despacho. Área Metropolitana de Curitiba (a) ONS Depois da entrada em operação da LT 500 kV Ibiúna - Bateias, no primeiro semestre de 2003, acentua-se o carregamento nas linhas de 525 kV entre as PAR 2003-2005 173 / 478 usinas do Rio Iguaçu e a área de Curitiba, com tendência de abaixamento do perfil de tensão na Rede Básica, para cenários de geração que impliquem em exportação de 3.000 MW pela Região Sul. Compromete ainda mais esta condição a presença de dois reatores fixos de 150 Mvar no terminal da nova interligação na SE Bateias, bem como o elevado consumo de potência reativa no sistema de distribuição da área metropolitana de Curitiba, que se reflete no baixo fator de potência nas subestações de 230/69 kV. A Copel tem prevista para 2005 a instalação de 150 Mvar de capacitores, distribuídos em bancos de 30 Mvar no secundário das subestações de Umbará, Pilarzinho, Uberaba, Cidade Industrial de Curitiba e Santa Mônica. Entretanto as simulações indicam a necessidade de 50 Mvar em 2003, 60 Mvar em 2004 e 110 Mvar em 2005. Isto representa uma antecipação parcial do programado pela Copel, bem como a complementação de 70 Mvar ao montante previsto para o final do período. Estes requisitos de compensação foram dimensionados de maneira a corrigir o fator de potência no secundário das subestações de fronteira com a Rede Básica para 0,95, mantendo a tensão nestes barramentos em 100%. (b) ONS O carregamento do autotransformador de 600 MVA, 525/230 kV da SE Bateias apresenta-se dentro da capacidade nominal em condição normal de operação, em todo o período analisado, tanto para fornecimento de 3.000 MW do Sul para o Sudeste, como para recebimentos da mesma ordem, pelo Sul. Nesta última condição de intercâmbio, a indisponibilidade total da UTE Araucária ou até mesmo baixos despachos nesta usina provocam sobrecarga acima de 15% no autotransformador de Bateias e ultrapassagem residual da capacidade operativa do circuito de menor impedância das três linhas de 230 kV entre Bateias e Campo Comprido, em todo o período. Além disso, se o reduzido despacho na UTE Araucária estiver combinado com situações hidrológicas desfavoráveis na UHE Governador Parigot de Souza, essa sobrecarga poderá ser observada para intercâmbios inferiores a 3.000 MW. A perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba, também na condição de intercâmbio Sudeste – Sul de 3.000 MW, resulta em carregamento superior a 150% no autotransformador de 600 MVA da SE Bateias. Esta sobrecarga provocaria abertura instantânea do transformador, resultando em afundamento de tensão na região metropolitana de Curitiba, com tensões abaixo de 70% na rede de 230 kV, e subseqüente corte de carga na distribuição. Quando simulada a duplicação do autotransformador, verifica-se que a mesma contingência causa carregamentos elevados nos dois circuitos de maior capacidade que interligam as subestações de Bateias e Campo Comprido, chegando acima de 53% da capacidade operativa do terceiro circuito, de menor capacidade, durante todo o período analisado. Portanto a duplicação do transformador de Bateias deve ser acompanhada de uma solução para as restrições constatadas na rede de 230 kV, para o que a Copel propõe a recapacitação dos três circuitos entre Bateias e Campo Comprido. PAR 2003-2005 174 / 478 (c) A operação comercial da UTE Araucária (480 MW) está prevista para o segundo semestre de 2002. De acordo com o parecer de acesso, esta usina será conectada à Rede Básica na SE Gralha Azul, na qual também é prevista a conexão do consumidor CISA. A SE Gralha Azul ficará ligada diretamente à SE Campo Comprido e à SE Campo Assobio por meio de um novo trecho de linha de 230 kV em circuito duplo, entre a SE Gralha Azul e a SE Umbará. Desta linha um dos circuitos será ligado à LT Umbará - Campo Comprido e o outro à SE Campo do Assobio, que será desconectada da SE Umbará. Com a entrada em operação da SE Cidade Industrial de Curitiba, reprogramada pela COPEL de dezembro de 2001 para julho de 2003, a LT Campo Comprido – Gralha Azul será seccionada para entrada da nova subestação. Com a UTE Araucária despachando 470 MW e o consumidor CISA com 21 MW, o fluxo entre Gralha Azul e Campo do Assobio fica entre 200 e 220 MW em condição normal de operação, na carga média e pesada de junho de 2003. Depois da entrada da SE Cidade Industrial e do aumento da carga do consumidor CISA para 32 MW, o carregamento entre Gralha Azul e Campo do Assobio fica entre 180 e 210 MW em junho de 2004, nos mesmos patamares de carga. Estes níveis de carregamento são compatíveis com a capacidade da LT 230 kV Umbará – Uberaba, circuito duplo, cuja recapacitação está sendo concluída, conforme informado pela COPEL. Todavia a indisponibilidade da LT 230 kV Gralha Azul – Campo Comprido resulta em carregamento de 452 MVA no trecho Gralha Azul – Campo do Assobio, na carga pesada de junho de 2003. Nesta situação a sobrecarga nesta linha só poderá ser evitada reduzindo a geração na UTE Araucária. A solução proposta originalmente pela COPEL, que previa um esquema de chaveamento do circuito Gralha Azul - Campo do Assobio na SE Umbará, mostrou-se ineficaz nas avaliações recentes pois, além dos esforços sobre os eixos das unidades geradoras provocados pela manobra, depois do chaveamento ocorre elevada concentração de fluxo no circuito Umbará-Uberaba. A iminente entrada da térmica torna urgente o equacionamento deste problema. A revisão do parecer de acesso, já está em andamento, juntamente com os estudos pré-operacionais. Os resultados das análises já disponíveis mostram que seria adequada a substituição do esquema de chaveamento pela implantação de uma nova entrada de linha na SE Umbará, para conexão permanente da linha proveniente da SE Gralha Azul nesta subestação, bem como o aumento da capacidade da LT 230 kV Umbará – Uberaba. Com estas medidas haverá um ganho importante na redução de eventuais restrições de despacho da UTE Araucária em contingência, até que seja concretizada a expansão da Rede Básica na área de Curitiba, ainda a ser definida pelo CCPE. (d) ONS Efetivada a recapacitação da LT 230 kV Pilarzinho – Campo Comprido, no primeiro semestre de 2002, sua capacidade operativa passa para 276 MVA. Nas simulações para o período 2003-2004 o carregamento nesta linha em condição normal de operação mantém – se elevado na carga pesada e intermediária, aumentando com o despacho reduzido da UHE Gov. Parigot de Souza, do qual PAR 2003-2005 175 / 478 depende diretamente. Esta tendência se agrava na perda da LT Pilarzinho – Gov. Parigot de Souza, com sobrecargas residuais (1% a 3%) na carga pesada de junho de 2003, na condição de intercâmbio Sul – Sudeste de 3.000 MW. Em 2004 acentua-se o carregamento em condição normal na LT Pilarzinho – Campo Comprido, devido a mudanças de configuração e redistribuição de cargas na área de Curitiba, entre as quais a entrada da SE Santa Mônica, que se conectará à Rede Básica seccionando a LT Pilarzinho - Parigot de Souza, conforme previsão da Copel. O problema persiste mesmo quando se considera uma nova linha de 230 kV entre esta subestação e a SE Distrito São José dos Pinhais, conforme proposto pela Copel, indicando a necessidade de reavaliação da expansão do anel de 230 kV da área metropolitana de Curitiba sob uma ótica de longo prazo. ! AÇÕES COMPLEMENTARES 1. Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira com a Rede Básica, na área metropolitana de Curitiba, norte e oeste do Paraná (COPEL). Realizar estudo específico para verificar a solução para atendimento ao norte do Paraná (CCPE/ONS). Analisar a viabilidade de recapacitação da linha de transmissão Salto Osório – Campo Mourão 230 kV (ELETROSUL). Analisar a viabilidade de recapacitação das linhas de transmissão de 230 kV entre Bateias e Campo Comprido (COPEL). Realizar estudo específico para verificar a solução para atendimento à área metropolitana de Curitiba, incluindo a revisão das condições de acesso da UTE Araucária (COPEL/ONS). 2. 3. 4. 5. ONS PAR 2003-2005 176 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL ONS PAR 2003-2005 177 / 478 3.2.4 Mato Grosso do Sul ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA A Rede Básica que atende ao Mato Grosso do Sul é constituída por duas linhas de 230 kV. A primeira conecta a SE Guaíra, na fronteira do Paraná, com a SE Dourados 230/138 kV, 2x75 MVA, no sul do Estado. A segunda interliga esta subestação com a SE Anastácio, 230/138 kV, 75 MVA, que se conecta à rede de 138 kV na SE Aquidauana, no oeste do Mato Grosso do Sul. O restante do sistema é constituído por linhas de 138 kV e subestações distribuidoras nesta tensão. Duas linhas de circuito duplo de 138 kV chegam a Campo Grande provenientes da UHE Jupiá, na fronteira com São Paulo, e uma linha nesta tensão provém da UHE Rosana, em São Paulo, chegando até a subestação de Dourados. A SE Imbirussu, em Campo Grande, interliga-se em 138 kV com a subestação de Aquidauana. O oeste do Mato Grosso é atendido por uma linha radial em circuito duplo de 138 kV que, partindo da SE Aquidauana se conecta a Miranda e daí a Corumbá. Os principais centros de carga do Estado estão localizados na capital do Estado, Campo Grande, em Dourados, na área sul e Corumbá, no oeste. Pequena parte do mercado é atendida por geração local, em que se destacam a UHE Mimoso (30 MW) e a UTE William Arjona (3 X 35 MW), que é integrada em 138 kV à SE Imbirussu, junto à cidade de Campo Grande. O restante da demanda é atendido por geração externa ao Estado. Como a transmissão do Mato Grosso do Sul fecha um elo fraco de interligação entre o oeste do Paraná e São Paulo, o carregamento nas linhas 230 kV, nos transformadores de 230/138 kV das subestações de Dourados e Anastácio e nas linhas de 138 kV entre Dourados, Campo Grande e Jupiá depende não apenas das solicitações do mercado local, mas também das condições de intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste e do nível de geração local, conectada à rede de 138 kV. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Com a geração agregada pelas duas novas unidades da UTE William Arjona, adicionando 72 MW em 2002, a entrada de 176 MW de geração em Corumbá em 2002 e a operação da UTE Campo Grande, 240 MW, no início de 2004, as condições de atendimento ao Mato Grosso do Sul ficam equacionadas até 2005. Como todas as novas fontes serão conectadas à rede de 138 kV da Enersul, as expansões necessárias para sua integração ocorrerão em instalações de responsabilidade da distribuidora. Destas mostra-se mais urgente a implantação do segundo transformador de 75 MVA da SE Anastácio 230/138 kV, por não existirem alternativas de curto prazo que permitam contornar sobrecargas na unidade existente, a não ser a restrição de despacho nas térmicas que serão integradas ao sistema de 138 kV. ONS PAR 2003-2005 178 / 478 ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as ampliações e os reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Mato Grosso do Sul. Tabela 3.4 – Obras na Rede Básica no Estado do Mato Grosso do Sul DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Dourados Conexão para reator da LT 230 kV para Guaíra SITUAÇÃO ATUAL Concessão em análise pela ANEEL Data de necessidade: 2002 ! CONDIÇÕES DE DESEMPENHO (a) A quarta e quinta unidade da UTE William Arjona entram em operação no primeiro semestre de 2002, acrescendo 72 MW aos 108 MW já instalados nesta térmica. No segundo semestre está prevista a conexão da UTE Termocorumbá, de 88 MW e a importação de 88 MW da Bolívia, proveniente da UTE San Marcos. As duas novas térmicas serão conectadas em 138 kV à SE Corumbá. Para a entrada das duas máquinas adicionais da UTE William Arjona não há necessidade de expansão do sistema de 138 kV. Mas quando esta geração se soma à entrada da UTE Termocorumbá, é necessário o fechamento de uma linha de 138 kV entre a SE José Abrão e a SE Centro, no norte da área urbana da cidade de Campo Grande. (b) O atual sistema de transmissão de 138 kV da área de Corumbá comporta o escoamento de 176 MW de geração em condição normal de operação, sendo necessária a atuação de um esquema de corte automático de geração para reduzir o carregamento a 120 MW, no caso de perda de um dos circuitos de 138 kV da LT Corumbá – Aquidauana. Para transportar o mesmo montante de geração sem restrições operativas em contingência, de acordo com o estudo das térmicas do PPT seria necessária a construção de uma nova linha entre Corumbá e Aquidauana. Devido às dificuldades físicas e ambientais associadas à execução desta obra, a Enersul estima que levará três anos para entrar em operação, dos quais um ano para obtenção do licenciamento ambiental. Portanto até 2005 será preciso manter o esquema de corte de geração das térmicas conectadas à SE Corumbá, em contingência. (c) Com a geração agregada ao sistema de 138 kV pelas duas novas unidades da UTE William Arjona o carregamento no transformador 230/138 kV da SE Anastácio mantém-se abaixo da capacidade nominal, 75 MVA, tanto para intercâmbio Sul-Sudeste (de 2.000 MW) como para intercâmbio do Sudeste para o Sul (3.000 MW). Considerando a redução do despacho da UTE Arjona, este transformador poderá ficar submetido a carregamentos da ordem de 90 MVA em carga pesada e média, na condição de intercâmbio do Sul para o Sudeste. Depois ONS PAR 2003-2005 179 / 478 da entrada das novas térmicas na área de Corumbá ocorre inversão de fluxo neste transformador, chegando à sobrecarga em condição normal de operação a partir da entrada da UTE San Marcos. Para evitar sobrecarga de 25% em dezembro de 2002, na carga média, para intercâmbio Sudeste - Sul de 3.000 MW, será necessário limitar a geração em Corumbá a 140 MW, ou a 80 MW na UTE William Arjona. Os resultados acima são muito dependentes do cronograma de entrada das novas térmicas previstas para o Mato Grosso do Sul e das condições de intercâmbio. Qualquer reprogramação destas usinas tende a descarregar o transformador da SE Anastácio quando o intercâmbio for do Sudeste para o Sul e a carregá-lo quando for no sentido oposto, situação em que aumenta a participação da transformação 230/138 kV no atendimento da carga mercado local. Fica bem caracterizada a necessidade sistêmica de reforço desta transformação, para prevenir incertezas futuras quanto ao despacho das térmicas a gás existentes ou que venham a ser efetivamente implantadas e à variabilidade das condições de intercâmbio, bem como as restrições operativas que seriam impostas por uma indisponibilidade de longa duração da única unidade existente na SE Anastácio, que não tem reserva local. (d) ONS A instalação de um segundo transformador na SE Anastácio não estava prevista no programa de investimentos de 2002 da Enersul, até a recente confirmação da solicitação de acesso das novas térmicas. Para viabilizar a implantação deste equipamento no início de 2003, foi avaliada a hipótese de sua implantação no lugar do terceiro transformador da SE Dourados, que seria reprogramado para 2004, já que sua necessidade é determinada pelo atendimento da eventual indisponibilidade de um dos dois transformadores existentes nesta subestação. Com dois transformadores em cada subestação, nos casos de junho e agosto de 2003, verifica-se desempenho adequado em condições normais para qualquer condição de intercâmbio. Entretanto na indisponibilidade de um dos transformadores de Dourados, na condição de intercâmbio Sul-Sudeste, há sobrecarga na unidade remanescente na carga pesada, que fica entre 30% e 60% para transferências do Sul entre 1.000 e 3.800 MW. Isto implica numa restrição de atendimento à carga na área de influência de Dourados de 50 a 100 MW em contingência, dependendo do nível de intercâmbio. Na indisponibilidade de um dos transformadores da SE Anastácio, para a condição de intercâmbio Sudeste Sul, será necessário limitar a geração de Corumbá em 80 MW. Com a entrada do terceiro transformador de Dourados, em 2004, não se verificam mais sobrecargas nesta subestação na perda de uma das unidades. O mesmo não ocorre na SE Anastácio, na qual a indisponibilidade de um dos transformadores leva a 37% de sobrecarga no remanescente, limitando em 95 MW o despacho das usinas da área de Corumbá. Como a partir da entrada da nova linha entre Corumbá e Aquidauana, em 2005, não será mais requerido corte de geração nestas térmicas em contingência, para possibilitar confiabilidade compatível na SE Anastácio é indicada a instalação do terceiro transformador desta subestação. PAR 2003-2005 180 / 478 (e) Para a entrada em operação da UTE Campo Grande, 240 MW, em dezembro de 2003, que será conectada em 138 kV diretamente na SE Imbirussú, serão necessárias obras complementares no sistema de 138 kV da cidade de Campo Grande. Deverá ser construída uma linha de 138 kV em circuito duplo entre a SE José Abrão e a SE Campo Grande (Eletrosul). Serão recapacitados os dois circuitos do elo central em toda sua extensão, entre a SE Imbirussú e a SE Campo Grande (Eletrosul), e será lançada uma nova linha de 138 kV em circuito duplo, entre a SE Imbirussú e o seccionamento da LT Campo Grande (Eletrosul) Sidrolândia. (f) Mesmo com estas expansões, há sobrecarga na LT 138 kV Imbirussú Sidrolândia - Maracajú, que chegará a 16% em condição normal, para intercâmbio Sudeste - Sul de 4.300 MW na carga pesada, com despacho pleno das usinas do Mato Grosso do Sul. Para eliminar esta sobrecarga é necessário reduzir a geração das usinas de Campo Grande em 96 MW. A mesma linha mostra-se sobrecarregada para intercâmbio Sul - Sudeste, em carga pesada e leve, na perda da LT 230 kV Dourados - Anastácio. Este problema é resolvido com a implantação de uma linha de 138 kV entre as subestações de Imbirussú e Rio Brilhante, que estava programada pela Enersul para 2006, devendo ser antecipada para 2004. (g) Na situação atual a perda da LT 230 kV Guaíra - Dourados reduz a capacidade de atendimento ao Estado, levando a sobrecargas na linha de 138 kV entre Rosana e Dourados e tensões abaixo de 90% na rede de 138 kV, ainda que se considere a atuação de todos os recursos disponíveis de compensação. Já a saída de operação da LT 230 kV Dourados - Anastácio ou do transformador da SE Anastácio 230/138 kV reduzem a capacidade de atendimento ao oeste do Mato Grosso do Sul. Estes problemas não se verificam depois da entrada em operação das unidades 4 e 5 da UTE William Arjona e das térmicas da área de Corumbá. Este resultado é confirmado mesmo quando considerada simultaneamente a redução da geração em Corumbá a 88 MW em 2003 e a indisponibilidade total da UTE Campo Grande em 2004 e 2005. ! AÇÕES COMPLEMENTARES Avaliar a implantação da LT Corumbá – Aquidauana em 230 kV operando inicialmente em 138 kV (ENERSUL). ONS PAR 2003-2005 181 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ONS PAR 2003-2005 182 / 478 3.3 Região Sudeste 3.3.1 Rio de Janeiro ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O sistema de transmissão que atende ao Estado do Rio de Janeiro é constituído por dois troncos principais, um formado por dois circuitos de 345 kV e outro com tensão nominal de 500 kV com quatro circuitos. Essas linhas de transmissão cortam ou têm sua origem nos Estados vizinhos de Minas Gerais e São Paulo. O sistema de 345 kV chega à subestação de Adrianópolis por onde segue para Jacarepaguá e Campos. O sistema de 500 kV passa pela subestação de Cachoeira Paulista, próxima à divisa do Estado, sendo que um dos três circuitos parte para Angra dos Reis no litoral sul. Do complexo nuclear saem dois circuitos de 500 kV que se dirigem às subestações terminais de Grajaú e São José. A partir de Cachoeira Paulista seguem dois circuitos de 500 kV para a subestação de Adrianópolis localizada na baixada fluminense, que se interliga por outros dois circuitos à São José e Grajaú. A partir dessas subestações se realiza a distribuição de energia aos centros de carga do Estado. O sistema de 345 kV interliga esta área com as usinas do rio Grande, enquanto o de 500 kV, por onde transita cerca de 75% da potência transmitida à área, interliga-se com o sistema de escoamento da usina de Itaipu 60 Hz e com o sistema em 500 kV oriundo das usinas do rio Grande. Existe ainda uma linha de transmissão de 230 kV, circuito simples, que interliga os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que atravessa o vale do Paraíba do Sul e se conecta à subestação de Nilo Peçanha. A importação de energia elétrica pelo Estado do Rio de Janeiro por meio dos troncos de transmissão mencionados atinge cerca de 35% do mercado desse Estado. A maior parcela do mercado, cerca de 65%, é atendida pela geração localizada no próprio Estado que é constituída por usinas hidrelétricas com cerca de 1.135 MW de capacidade e por usinas térmicas a óleo, gás e nuclear da ordem de 3.356 MW instalados. Em termos de desempenho elétrico, o Estado pode ser dividido em seis áreas: metropolitana, zona oeste, baixada fluminense, Niterói, norte fluminense e sul do Estado. A área metropolitana da cidade do Rio de Janeiro é atendida por dois circuitos de 500 kV que partem das subestações de Adrianópolis e Angra e que chegam à SE Grajaú. A zona oeste é atendida principalmente por duas linhas de 345 kV que chegam à Jacarepaguá derivadas da subestação Adrianópolis, onde é transformada para 138 kV e distribuída para suprimento às cargas industriais ali localizadas. Essa área conta também com duas usinas termelétricas: Santa Cruz e Eletrobolt. Por sua vez, a baixada fluminense é atendida por duas linhas de transmissão de 500 kV que partem das subestações Adrianópolis e Angra e chegam à subestação São José, onde existe transformação para 138 kV, sendo a energia distribuída para suprimento às cargas. Essa área interliga-se também à usina Ilha dos Pombos localizada no norte do Estado. As cargas da área Niterói são atendidas basicamente pelas subestações de ONS PAR 2003-2005 183 / 478 Adrianópolis e S.José em 345 kV e 500 kV respectivamente, onde existe transformação para 138 kV, sendo a energia distribuída para essa e outras áreas do Estado. No norte fluminense localiza-se a cidade de Campos, principal centro de carga dessa área que é atendida por duas linhas de 345 kV que derivam da subestação Adrianópolis e chegam à subestação Campos. A área sul compreende o litoral e as cidades do sul do Estado. O litoral é atendido por uma linha de 500 kV que parte de Cachoeira Paulista e chega à subestação Angra onde existe transformação para 138 kV e cujo sistema de distribuição interliga-se à área da zona oeste. As cidades são atendidas em 500 kV pela transformação de Cachoeira Paulista, onde é rebaixada para 138 kV e se interliga ao sistema da usina de Funil, e principalmente, pelos sistemas de distribuição e complexo das usinas de Lages. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O atendimento à carga do Estado do Rio de Janeiro era crítico devido ao carregamento elevado no sistema de transmissão de 500 kV e esgotamento dos recursos de controle de tensão dessa área, principalmente no verão. Essas condições se alteraram a partir da instalação da usina de Angra II e mais recentemente com a implantação das usinas térmicas Eletrobolt e Macaé Merchant, além dos reforços, já em operação, nas transformações de Adrianópolis 500/345 kV e 345/138 kV e São José 500/138 kV. Contribuirão também para melhorar significativamente as condições de atendimento os futuros reforços de transmissão o 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis (2002) e o 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista (2004), obras já propostas no PAR 2002-2004. Com essas obras em operação, o atendimento do sistema é satisfatório em condições normais de operação e em contingência simples. Quanto às condições de atendimento a cada área, ressalta-se que a área metropolitana passa a ter um desempenho satisfatório em contingência simples de circuitos de 500 kV com a implantação dos reforços já citados. A área Oeste tem desempenho satisfatório na perda simples de circuitos de 345 kV que chegam à SE Jacarepaguá oriundos da SE Adrianópolis, podendo, entretanto, apresentar carregamento superior a 766 MVA no circuito remanescente da LT 345 kV Adrianópolis-Jacarepaguá, superior ao limite de condição normal de 717 MVA, após a entrada da usina térmica Norte Fluminense e para uma combinação de despachos de geração de usinas. O desempenho do sistema que atende a Niterói melhora consideravelmente com a implantação do 4º banco de transformadores 345/138 kV de Adrianópolis, já em operação provisória, e com a integração da usina térmica Termorio, que irá se conectar ao barramento de 138 kV da SE São José. No Norte Fluminense, o desempenho do sistema em contingência não é satisfatório devido a problemas de carregamento elevado na linha remanescente, superiores aos valores de CPST, que são agravados pela operação simultânea das usinas térmicas Macaé Merchant e Norte Fluminense conectadas ao sistema de 345 kV. Se por um lado a implantação das usinas térmicas melhora consideravelmente o atendimento à carga, por outro acarreta problemas quanto ao aumento do nível de curto–circuito em alguns barramentos, principalmente de 138 kV e 345 kV. Para ONS PAR 2003-2005 184 / 478 contornar este problema, alterações em linhas de transmissão e em barramentos do sistema estão previstas, além da troca de alguns disjuntores/bays por outros de maior capacidade. Em algumas linhas do sistema de transmissão em 500 kV observam-se carregamentos reduzidos bem abaixo do SIL e elevado perfil de tensão em diferentes condições de carga. Na carga leve acentua-se a elevação de tensão, indicando a necessidade de aporte de compensação reativa no sistema de 500 kV de atendimento à área Rio de Janeiro, sem o qual não será possível evitar a utilização do recurso de desligamento de linhas de transmissão. Essa situação se agrava ainda mais após a entrada em operação da LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo que será licitada proximamente, com previsão de entrada em operação para 2004. Com essa linha em operação, verifica-se uma elevada absorção de potência reativa pela usina de Marimbondo que passa a depender de um número grande de máquinas em operação para propiciar o controle de tensão desejado. Portanto, verifica-se que os atuais recursos disponíveis de controle de tensão no sistema de 500 kV são insuficientes para a operação normal do sistema, devendo-se adicionar reatores que permitam o efetivo controle, evitando-se o desligamento de linhas de transmissão. Adicionalmente, observa-se, para qualquer condição de carga, elevadas tensões que podem superar os limites máximos também no barramento de Itutinga 345 kV, devido aos baixos fluxos na LT 345 kV Itutinga – Adrianópolis. Neste contexto, está sendo proposta neste PAR a instalação de reatores nos troncos em 345 kV e 500 kV que atendem à área Rio de Janeiro, num total de 940 Mvar, dos quais 136 Mvar na SE Adrianópolis e 136 Mvar na SE Angra. Esta proposta de implantação de reatores também contempla as análises realizadas para a revisão dos procedimentos de recomposição da área Rio, conduzidas pelo ONS em conjunto com os Agentes. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as ampliações e os reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Rio de Janeiro. Tabela 3.5 – Obras no Estado do Rio de Janeiro DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis C3, circuito simples, 148 km (trecho existente entre a torre 214 e a SE Adrianópolis) Autorizada à FURNAS LT 345 kV Adrianópolis – Campos Obra nova, proposta neste PAR substituição de TC, filtro de ondas e chaves seccionadoras na SE Adrianópolis e de filtro de onda na SE Campos Data de necessidade: 2002 ONS PAR 2003-2005 Prazo contratual: JAN/2003 Previsão para operação:JAN/2003 185 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL SE Adrianópolis Autorizada à FURNAS 3º banco de autotransformadores 500/345 kV, 560 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 SE Adrianópolis Obra nova, proposta neste PAR substituição de três bays 345 kV – 40 kA Data de necessidade: DEZ/2003 Previsão para operação:JUN/2002 (associada à implantação da usina térmica Norte Fluminense com todas as máquinas) SE Adrianópolis Obra nova, proposta neste PAR Obra para desconexão (“bypass”) de um dos Data de necessidade: 2002 circuitos da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT 500 kV Adrianópolis – Grajaú, formando a nova LT 500 kV Cachoeira Paulista – Grajaú. (associada à implantação do 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis ou à instalação de UTE no tronco de 500 kV para o Rio; associada ainda aos reatores de Adrianópolis, na linha que se forma com o by-pass, e de Cachoeira Paulista) SE Adrianópolis Obra nova, proposta neste PAR instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV, para aumentar a confiabilidade do arranjo em anel Data de necessidade: 2002 SE Adrianópolis Obra nova, proposta neste PAR reator manobrável na LT Cachoeira Paulista – Grajaú – 136 Mvar (obra associada ao bypass na SE Adrianópolis) Data de necessidade: 2002 SE Angra Obra nova, proposta neste PAR instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV, para aumentar a confiabilidade do arranjo em anel Data de necessidade: 2002 SE Angra Obra nova, proposta neste PAR reator manobrável de barra de 136 Mvar – 500 kV Data de necessidade: 2002 ONS PAR 2003-2005 186 / 478 ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) O sistema de transmissão de atendimento ao Estado do Rio de Janeiro vem sendo alterado de forma significativa nos últimos anos a partir da instalação da usina Angra II e sistema associado, e, mais recentemente, após a implantação das usinas térmicas a gás Eletrobolt (350 MW) e Macaé Merchant (862 MW), em fase de motorização. Estas usinas contribuem para a redução do carregamento das linhas de transmissão de 500 kV e 345 kV de atendimento às cargas desse Estado, as quais apresentavam condições críticas de operação principalmente nos períodos de verão. No período anterior à entrada dessas usinas houve necessidade de medidas operativas de forma a evitar sobrecarga em regime normal de operação nos equipamentos do sistema de transmissão. Essa situação determinou a ampliação e os reforços propostos no PAR 2001-2003 e 2002-2004, que em parte já entraram em operação, restando entre essas obras o 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista que será licitado ainda em 2002 e o 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis que se encontra em construção. Entre as que entraram em operação destacam-se os reforços que tinham por finalidade o aumento da capacidade transformadora de subestações, tais como o 3º banco de Adrianópolis 500/345 kV, o 4º banco de São José 500/138 kV e o 4º banco de Adrianópolis 345/138 kV. Concomitantemente, a instalação de novas usinas termelétricas localizadas no Estado e integrantes do Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT) do Ministério de Minas e Energia vem sendo concretizada, dentre elas Termorio – 1.022,8 MW, Norte Fluminense – 861 MW e Paracambi – 500 MW que acrescentam cerca de 2.383 MW ao parque gerador do Estado. Este panorama de obras realizadas e previstas bem como de novas usinas térmicas localizadas no Estado do Rio de Janeiro, altera de forma substancial o desempenho do sistema de transmissão, possibilitando atender à totalidade das cargas em condições normais de operação e em contingência simples de linhas de transmissão, observando-se, todavia, restrições quanto à superação de limites. Um dos problemas identificados com a entrada de novas usinas térmicas foi o aumento do nível de curto–circuito em barramentos de 138 kV e 345 kV. Para contornar este problema, estão previstas alterações em linhas de transmissão e em barramentos do sistema, além da troca de disjuntores por outros de maior capacidade. Como solução para reduzir e/ou restringir os efeitos da elevação dos níveis de curto-circuito na rede de 138 kV e particularmente na subestação Grajaú, verificou-se que alterações na topologia da rede e a substituição de equipamentos são necessárias para resolver esse problema. Dentre as principais medidas destaca-se o “by-pass” em um dos circuitos da LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT 500 kV Adrianópolis – Grajaú em Adrianópolis, formando a nova LT 500 kV Cachoeira Paulista – Grajaú, evento associado à implantação do 3º circuito da LT Cachoeira Paulista – Adrianópolis, previsto para dezembro de 2002, com data limite de entrada em operação vinculada à entrada da 1ª UTE no 500 kV entre Cachoeira Paulista e Adrianópolis ONS PAR 2003-2005 187 / 478 (UTE Paracambi, prevista para outubro de 2003). Associada a essa obra faz-se necessária à instalação de dois bancos de reatores shunt manobráveis de LT, sendo um na SE Adrianópolis e outro na se Cachoeira Paulista. Deverão ser seccionados, além do barramento de Cascadura (já seccionado com a entrada da usina Eletrobolt), os barramentos de 138 kV das subestações de São José (a partir da 7ª máquina da Termorio) e posteriormente, com a expansão da usina térmica de Santa Cruz, o barramento de Jacarepaguá, além da troca de alguns disjuntores de 138 kV devido à superação de equipamentos em Jacarepaguá e Santa Cruz. Com a entrada em operação de todas as máquinas da usina térmica Norte Fluminense, prevista para início de 2004, poderá ser necessária a troca de pelo menos três bays de 345 kV da SE Adrianópolis de 24 kA para 40 kA, uma vez que atingem cerca de 96% de sua capacidade, bem como de equipamentos associados, além de outros reforços na estrutura de barramento, malha de terra etc. A lista completa dessas obras encontra-se no relatório PPT – Área Rio de Janeiro de 2002 [33], que identificou essas necessidades por superação de corrente de curto-circuito, bem como nos pareceres de acesso das termelétricas. (b) ONS A análise de atendimento ao Estado do Rio de Janeiro considerou a presença das usinas previstas no PPT que possuem Pareceres de Acesso à Rede Básica expedido pelo ONS (exceto a 2ª fase da usina Termorio). Outras usinas térmicas foram cogitadas para entrar nessa área, mas como ainda não formalizaram a solicitação de acesso ou estão com pendências ainda por resolver, foram tratadas em análise de sensibilidade quanto a seus impactos. A listagem das usinas e o correspondente tratamento no PAR acha-se indicado na Tabela 3.6, bem como a Figura 3.1mostra a localização no sistema das principais usinas. PAR 2003-2005 188 / 478 Tabela 3.6 – Usinas Térmicas previstas e cogitadas no PAR 2003-2005 PAR 2003-2005 Sim Sim Sim Sim Sim 138 kV R. Básica 138 kV R. Básica R. Básica Não Não Não Não Não 138 kV 138 kV R. Básica R. Básica R. Básica 350 860 1.022 861 500 3.593 320 190 1067 624 624 Campos Não 345 kV 80 El Paso Paracambi Sub-Total 2 Não 138 kV 225 3.130 Usina Eletrobolt Macaé Merchant Termorio Norte Fluminense Paracambi Sub-Total 1 Santa Cruz São Gonçalo Santa Branca Sepetiba A Sepetiba B Potência (MW) Local Total Observações em operação em operação parcial em construção em construção em construção análise de sensibilidade análise de sensibilidade análise de sensibilidade análise de sensibilidade análise de sensibilidade foi solicitada acesso ao ONS em maio/2002 análise de sensibilidade 6.723 Figura 3.1 - Localização das principais usinas térmicas na área RJ Adrianópolis 500 Taubaté 500 Adrianópolis 345 Campos 345 Vitória 345 C.Paulista 500 T (02) T Eletrobolt (01) Cabiúnas (03) T M.Merchant (01) N.Fluminense (03) Termorio (02) T (04) T Eletrobolt 138 Sepetiba G 1 (04) T T S.José 500 G rajau 500 S.B ranca (04) T.Preto 500 Angra 500 T Sepetiba G 2 (04) T T G eradores considerados no PAR G eradores considerados como sensibilidade no PAR N Angra 1 e 2 ONS PAR 2003-2005 189 / 478 (c) Um dado importante nesta análise é a previsão de carga pelos Agentes para o período 2003-2005. A demanda esperada apresenta um crescimento médio de 2,5% ao ano, mas em relação às previsões anteriores elaboradas para o PAR 2002-2004, observa-se uma redução média de 10%, devido ao reflexo do racionamento de energia de 2001, conforme detalhado no item 6 deste relatório. (d) Até o ano 2004, quando esses empreendimentos de geração estarão concluídos, está previsto o acréscimo ao sistema de cerca de 5.843 MW (além das usinas em operação) dos quais 3.631 MW (Termorio, Norte Fluminense, Paracambi e Sepetiba) já possuem Pareceres de Acesso. O desempenho do sistema de transmissão é influenciado diretamente pelo despacho de geração dessas usinas que poderão variar consideravelmente e com isso proporcionar diferentes condições de operação dos sistemas de transmissão. Como exemplo do efeito da geração sobre o desempenho da transmissão, podese citar o carregamento na LT 500 kV Taubaté – Tijuco Preto. Mesmo com despacho nas usinas térmicas, verifica-se que a contingência da LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista poderá acarretar carregamentos de até 1.850 MVA na linha de 500 kV Tijuco Preto – Taubaté, valor acima do limite de 1.732 MVA do CPST, até a entrada do 2º circuito Tijuco Preto –Cachoeira Paulista, obra ainda não licitada e com previsão de entrada em operação estimada para o 3° trimestre de 2004. O limite de 1.732 MVA é motivado por equipamentos terminais na SE Taubaté que deverão ser adequados e com isso elevar esse limite para o patamar das demais LTs de 500 kV, que é de 2.165 MVA. Com esse novo limite seria possível suportar contingência na LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista para várias situações de despacho e carregamento dessa área. Entretanto, em 2005, no caso de despacho mínimo nas usinas térmicas da área Rio de Janeiro, inclusive na usina de Angra II, pode-se atingir carregamento na faixa de 2.260 a 2.330 MVA nas LTs 500 kV Taubaté - Cachoeira Paulista e Tijuco Preto Taubaté. Portanto, é importante reiterar a necessidade de efetuar a troca dos equipamentos terminais limitantes instalados em Taubaté 500 kV, o que possibilitaria suportar contingência simples da atual LT 500 kV Tijuco Preto Cachoeira Paulista sem corte de carga até um determinado nível de carregamento (FRJ=5.700 MW) na rede de 500 kV de atendimento à essa área. Note-se também que no caso de implantação da usina térmica de Santa Branca, o atraso do 2º circuito 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista acarretaria impacto significativo nessa usina, causando restrição de geração. (e) O aumento da capacidade instalada de geração no Estado do Rio de Janeiro tem reflexo em algumas transformações de atendimento ao Estado de São Paulo, como Tijuco Preto 750/345 kV, Taubaté 500/440 kV e Campinas 500/345 kV, Vitória 345/138 kV no espírito Santo e ainda Itutinga 345/138 kV, esta no Estado de Minas Gerais. Este impacto é detalhado na análise das respectivas áreas. (f) As usinas térmicas de Macaé Merchant e Norte Fluminense poderão gerar um total de até 1.721 MW. Essas usinas seccionam, no mesmo ponto, os dois ONS PAR 2003-2005 190 / 478 circuitos da LT 345 kV Adrianópolis - Campos, no município de Macaé. Para despachos de geração elevados nessas usinas e com a LT 345 kV Ouro Preto 2 Vitória em operação, verificam-se elevados carregamentos quando de contingência em um dos circuitos da LT 345 kV entre Macaé e Campos, que podem atingir até 1.270 MVA no ano de 2005. Esse carregamento é bem superior ao limite informado no CPST de 639 MVA, limite este de longa duração. O limite de curta duração utilizado para essa linha de transmissão (cabo 2x954 MCM) é de 1.132 MVA. Para contornar essa situação verifica-se que a redução do despacho global de geração térmica para o patamar de 800 MW permite o efetivo controle do carregamento dessa LT, reduzindo-o para 1.100 MVA. Portanto, esse problema operativo pode ser resolvido com o corte de geração na UTE Macaé Merchant, evitando a ampliação ou reforço do sistema, tendo em conta a modalidade operativa dessa usina. Para tanto, o limite de curta duração mencionado deve passar a vigorar, removendo-se eventuais limitações de equipamentos terminais e restrições nessa linha de transmissão. No caso de impedimento dessa proposta quanto ao limite a ser praticado, estão sendo estudadas, na esfera de planejamento de longo prazo, soluções para esse problema que, dessa forma, acarretaria cortes elevados de carga. Nessa hipótese, até a concretização de reforços ou ampliação do sistema, será necessário implantar esquema local de corte de geração. A operação dessas usinas com despacho elevado também pode acarretar problemas na transformação 345/138 kV da SE Jacarepaguá, como pode ser visto no item 7.3.2. (g) ONS A instalação da UTE Norte Fluminense assegura melhores condições de controle de tensão no sistema de 345 kV, em face de contingências simples no sistema de atendimento a Campos e Vitória. A condição crítica de tensão durante contingência nesse sistema de 345 kV, anterior à instalação da usina de Macaé Merchant, determinou a instalação do compensador estático de Campos (+100 60 Mvar). Com a entrada em operação dessas usinas, o desempenho em contingência é satisfatório mesmo na ausência desse equipamento de controle de tensão. Por outro lado, o inverso ocorre para contingência no trecho de CamposVitória, com níveis de tensão próximos ao mínimo na subestação de Vitória. O deslocamento deste CE para Vitória não traria problemas de controle de tensão na SE Campos, devendo, no entanto ser mantidos nessa subestação os bancos de capacitores de 120 Mvar que foram instalados juntamente com o CE. A transferência do compensador estático de Campos para Vitória poderá ser realizada a partir de 2004, após o início de operação da usina térmica Norte Fluminense com todas as suas unidades. Ressalta-se que os estudos que determinaram a necessidade desse equipamento já previam a possibilidade dessa transferência. PAR 2003-2005 191 / 478 ! CONTROLE DE TENSÃO (a) Com a implantação de novas usinas térmicas no Estado do Rio de Janeiro, o sistema de transmissão em 500 kV e 345 kV tende a operar com carregamentos mais baixos, acarretando aumento do perfil de tensão nesses sistemas, inclusive na condição de carga pesada, podendo levar à superação dos valores máximos admissíveis e ao esgotamento da capacidade de absorção de potência reativa das usinas da área. O impacto das usinas térmicas na área Rio de Janeiro é mais acentuado que nas demais áreas do sistema em razão de sua localização, havendo, contudo, reflexos nas áreas Minas Gerais e São Paulo. Contribui também para essa condição a implantação das obras – 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista - Adrianópolis, 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto Cachoeira Paulista e LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo. Essas duas últimas obras serão licitadas em breve e deverão entrar em operação por volta do 3º trimestre de 2004. Outros fatores que influenciam o controle de tensão é a redução de carga prevista para o horizonte 2003-2005 e os intercâmbios entre as regiões Sul e Sudeste e na interligação Norte-Sul. A análise do controle de tensão do sistema de transmissão de 500 kV e 345 kV que passa por Minas Gerais e São Paulo e chega à área Rio de Janeiro encontra-se detalhada naquelas áreas. Neste contexto, está sendo proposta neste PAR a instalação de reatores nos troncos em 345 kV e 500 kV que atendem à área Rio de Janeiro, num total de 940 Mvar, dos quais 136 Mvar na SE Adrianópolis e 136 Mvar na SE Angra. Esta proposta de implantação de reatores também contempla as análises realizadas para a revisão dos procedimentos de recomposição da área Rio, conduzidas pelo ONS em conjunto com os Agentes. (b) Tendo em vista o objetivo de controle de tensão, é importante ressaltar a necessidade de avaliação por parte das concessionárias distribuidoras LIGHT (337 Mvar), CERJ (378 Mvar) e ESCELSA (318 Mvar), quanto à permanência de capacitores de subtransmissão ligados nos patamares de carga leve e mínima, pois a diminuição dos montantes em operação contribuiria para a solução desse problema. (c) Com a presença das usinas térmicas, parte da compensação reativa capacitiva existente na área Rio de janeiro torna-se pouco utilizada em condições de carga pesada e média, como é o caso do banco de capacitor de 200 Mvar/345 kV da SE Itutinga. ! CONEXÃO REDE BÁSICA - DISTRIBUIÇÃO As transformações de conexão à rede básica e linhas de transmissão não integrantes da rede básica que apresentam problemas de superação de carregamento estão mencionadas nas tabelas do item 7. Uma delas é a transformação de Grajaú 500/138 kV – 4x600 MVA, a partir da entrada em operação da UTE Sepetiba, se cogita a possibilidade de abertura da ligação para o 138 kV de um dos transformadores, em cujo terciário está conectado um dos compensadores síncronos desta subestação, com o intuito de diminuir a contribuição desses equipamentos para a potência de curto-circuito ONS PAR 2003-2005 192 / 478 no caso de integração de outras usinas térmicas ao sistema. Nesta hipótese de configuração, com três transformadores na subestação de Grajaú poderá ocorrer carregamento de até 106% nos demais transformadores quando de contingência em um de seus transformadores, a partir do ano de 2005. Este carregamento se agravaria na indisponibilidade da UTE Eletrobolt atingindo valores de 116%. Para mitigar as condições adversas citadas acima, uma alternativa importante seria garantir uma quantidade mínima de geração no sistema 138 kV através das UTEs Santa Cruz e Eletrobolt, o que reduziria o fluxo na transformação de Grajaú. Entretanto, considerando a disponibilidade de grande montante de geração térmica na área Rio, deve-se considerar a possibilidade de desligamento de um dos compensadores síncronos, mantendo-se em condição operação normal os 4 transformadores da subestação Grajaú. Observa-se que a operação simultânea das usinas térmicas Macaé Merchant e Norte Fluminense podem acarretar problemas na transformação de Jacarepaguá 345/138 kV, conforme item 7.3.2. A integração da UHE Itaocara - 3 x 65 MW ao sistema de 138 kV prevista para 2005 requer a realização de estudos complementares para definição do elenco de obras necessário, tendo em conta as sobrecargas verificadas, em regime normal de operação, nos circuitos de 138 kV Ilha dos Pombos – Alvorada – Macabu já quando da entrada em operação de 1ª unidade geradora (novembro de 2005). ! AÇÕES COMPLEMENTARES 1. Os Agentes de possibilidade de transmissão nos necessidade de reativos. 2. Realização de estudos de planejamento de longo prazo visando estabelecer a integração da UHE Itaocara, eliminando as sobrecargas observadas em condições normais na rede de 138 kV (CCPE). 3. Realização de estudos de planejamento de longo prazo visando estabelecer a alternativa de referência para a expansão do tronco em 345 kV Adrianópolis – Macaé – Campos, de modo a eliminar as sobrecargas observadas em caso de contingências simples (CCPE) 4. Implantar Esquema de Alívio de Geração na UTE Macaé Merchant para reduzir carregamento na LT 345 kV Macaé – Campos em caso de contingências simples (ONS/UTE Macaé Merchant) ONS PAR 2003-2005 distribuição do Estado do Rio de Janeiro devem avaliar a desligar uma parcela dos capacitores instalados na sub períodos de carga leve e mínima de forma a minimizar a desligamentos de linhas de transmissão para controle de 193 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO ONS PAR 2003-2005 194 / 478 3.3.2 Espírito Santo ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O sistema de transmissão que atende ao Estado do Espírito Santo é constituído por um tronco principal em 345 kV, com dois circuitos paralelos, e por outro em 230 kV formado por uma linha de transmissão, circuito simples. O sistema de 345 kV, por onde transita cerca de 65% da potência destinada à área, tem origem na subestação de Adrianópolis no Estado do Rio de Janeiro, passa pela subestação de Campos e, mais recentemente, também na UTE Macaé Merchant, que secciona os dois circuitos (provisoriamente apenas um está seccionado), chegando à capital Vitória na subestação de mesmo nome, onde há transformação para 138 kV. Os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais são interligados por uma linha de transmissão de 230 kV entre as subestações de Mascarenhas (no centro-norte do Estado do Espírito Santo) e Governador Valadares, passando por Conselheiro Pena, localizadas no leste de Minas Gerais. A importação de energia elétrica pelos sistemas de transmissão de 345 kV e 230 kV atinge cerca de 70% do mercado desse Estado. O mercado restante de 30% é atendido por usinas hidrelétricas locais com cerca de 244 MW instalados e por um sistema de distribuição em 138 kV, que passa por Campos e chega à Cachoeiro de Itapemirim no sul do Estado. Em termos de desempenho elétrico, o Estado pode ser dividido em 3 áreas: metropolitana de Vitória, centro-norte e sul. A área metropolitana de Vitória concentra grande parte da demanda do Estado e é atendida por dois circuitos do sistema de transmissão de 345 kV Adrianópolis – UTE Macaé - Campos que chegam à subestação Vitória. A área centro-norte do Estado é atendida principalmente pelas usinas locais e pela LT 230 kV Mascarenhas – Gov. Valadares que interliga as áreas Minas Gerais e Espírito Santo. Em fins de 2003 essa interligação servirá para escoamento da usina hidrelétrica de Aimorés, que contribuirá para a melhora de desempenho do sistema. A área sul é atendida principalmente por um sistema de distribuição de 138 kV, circuito duplo, que parte da subestação Campos e chega à Cachoeiro de Itapemirim. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O atendimento ao Estado do Espírito Santo no horizonte 2003-2005 será beneficiado com a instalação de duas obras: a UHE Aimorés, com previsão de entrada em operação da 1ª unidade geradora em novembro de 2003, e principalmente a LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória em julho de 2003. Essas obras propiciam um desempenho satisfatório do sistema de transmissão, havendo, contudo, já em 2003 problemas na transformação de Vitória 345/138 kV – 4x225 MVA, que a partir da entrada em operação desta linha de transmissão esgota a capacidade nominal do transformador de menor impedância, acarretando sobrecarga em regime normal da ordem de 3%. A obra planejada que elimina esse problema é a nova SE Areinha 345/138 kV – 300 MVA, prevista anteriormente para a mesma data de 2003. Entretanto, a ESCELSA não confirmou a ONS PAR 2003-2005 195 / 478 construção dessa obra, optando por adiá-la para 2005. Em substituição, a ESCELSA propôs alterar a defasagem da transformação 230/138 kV da SE Mascarenhas dos atuais –30º elétricos para 0º, com o intuito de minimizar o problema no período de 10 meses entre a entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, prevista para Jul/2003, e a implantação total da UHE Aimorés (3x110 MW), prevista para abril de 2004. A alteração na defasagem da transformação de Mascarenhas eleva o fluxo no sentido MG->ES, através da interligação em 230 kV, acarretando diminuição significativa do fluxo na transformação de Vitória. Para tanto, a ESCELSA se compromete a substituir o atual transformador 230/138 kV de Mascarenhas por outro que permita a operação com defasagem 0º, além das ligações –30º e +30º elétricos. Por outro lado, a mudança da defasagem na transformação de Mascarenhas tem como conseqüência o agravamento do desempenho da área leste do Estado de Minas Gerais quando da ocorrência da perda das LT 500 kV Neves - Vespasiano e Vespasiano Mesquita. Atualmente, esta contingência implica em cortes de carga por problemas de subtensão e de carregamento na transformação 345/230 kV da SE Taquaril e nas linhas de 230 kV que interligam as SEs Taquaril e Itabira por problemas de vão crítico. Este corte de carga tem um acréscimo em torno de 120 MW com a mudança da defasagem na transformação de Mascarenhas, reduzindo-se o corte total para valores da ordem de 30 a 110 MW com a implantação da UHE Aimorés, mesmo com a defasagem de zero graus elétricos. Finalmente, é importante ressaltar que a sobrecarga, em regime normal de operação, na transformação de Vitória é eliminada após a instalação da UHE Aimorés, restando o risco de carregamentos elevados em contingência de unidades transformadoras nessa subestação. Neste sentido, é essencial implantar a SE Areinha 345/138 kV no menor prazo possível. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as ampliações e os reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Espírito Santo. Tabela 3.7 – Obras na Rede Básica no Estado do Espírito Santo DESCRIÇÃO DAS OBRAS LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, circuito simples, 370 km SITUAÇÃO ATUAL Autorizado a FURNAS Prazo contratual: MAI/2003 Previsão para operação:JUL/2003 SE Vitória reator manobrável de 60 Mvar na LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória ONS PAR 2003-2005 Obra nova, proposta neste PAR Data de necessidade: MAI/2003 196 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Mascarenhas SITUAÇÃO ATUAL construção do pátio de 230 kV Concessão em análise pela ANEEL (associada à UHE Aimorés) Data de necessidade: NOV/2003 SE Vitória Obra nova, proposta neste PAR Transferência do compensador estático de Campos para a SE Vitória Data de necessidade: JUN/2004 (condicionada à operação plena da UTE Norte Fluminense e a LT 345 kV Ouro Preto 2 –Vitória) ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) A carga prevista para o Estado do Espírito Santo no período 2003-2005 não apresenta crescimento de 2003 para 2004 e de 2004 para 2005 o crescimento previsto é da ordem de 4,7%. Em relação às previsões anteriores – PAR 20022004, a redução média esperada é de 5%, reflexo do racionamento de energia ocorrido no ano de 2001 bem como de eventuais previsões otimistas, conforme indicado no item 6 deste relatório. (b) A partir de julho de 2003 está prevista a implantação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, que interligará os sistemas de transmissão de Minas Gerais e Espírito Santo. Essa linha de transmissão elevará a confiabilidade do sistema de atendimento ao Espírito Santo, tendo em conta que contingências simples no tronco de 345 kV derivado das subestações Adrianópolis e Campos passam a ser suportadas sem perda ou cortes de carga. Entretanto, a elevação dos fluxos pelo sistema de 345 kV acarreta baixos níveis de tensão, da ordem de 94% em Vitória 345 kV, quando de contingências em um das LTs Campos - Vitória. Esse problema pode ser solucionado com a transferência do compensador estático da subestação de Campos para Vitória após a implantação da usina termelétrica Norte Fluminense, que tem previsão de conclusão para 2004. Essa proposta de solução está de acordo com a concepção original desse equipamento que previa sua relocação. (c) A usina hidrelétrica de Aimorés (3x110 MW) irá proporcionar aos sistemas de atendimento aos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais significativos benefícios no tocante à redução de carregamentos de linhas e transformadores, com conseqüente redução ou eliminação de cortes de carga durante contingências. O cronograma da usina prevê a operação da 1ª unidade geradora para novembro de 2003 e a 3ª unidade para abril de 2004. Essa usina injetará de 20 a 50% de sua potência no sistema ESCELSA, por meio da transformação de Mascarenhas 230/138 kV - 2x150 MVA. Este fato contribuirá para diminuir o elevado carregamento da transformação de Vitória 345/138 kV – 4x225 MVA, que ONS PAR 2003-2005 197 / 478 até a entrada dessa usina, deverá apresentar sobrecargas em condições normais de operação da ordem de 3%, podendo atingir 43% na contingência de um de seus transformadores. Essa situação deve-se ao adiamento para 2005, da solução de referência planejada para a área e já apontada no PAR 2002-2004, que é a construção da SE Areinha 345/138 kV – 300 MVA que caso estivesse em operação em 2003, eliminaria o problema de sobrecarga da SE Vitória. ! CONTROLE DE TENSÃO (a) Atualmente no sistema tronco de 345 kV de atendimento à ESCELSA, não há necessidade de utilizar recurso de desligamento de linhas para controle de tensão em carga leve e mínima. Esse sistema é dotado de reatores de linha manobráveis nas subestações de Campos e Vitória suficientes para o controle de tensão. A entrada em operação das usinas térmicas Macaé Merchant e Norte Fluminense reforça o controle de tensão na rede de 345 kV, principalmente na área de Campos, onde foi instalado em junho de 2001 um compensador estático e capacitores shunt (2 x 60 Mvar), para permitir que fosse suportada a contingência de um dos circuitos de 345 kV Adrianópolis – Campos. A instalação dessas usinas térmicas já era cogitada à época de definição desse equipamento de controle, e dada a incerteza dessas obras, optou-se por especificar como relocável o compensador estático de Campos, restando a definição do local para onde seria removido. Um dos locais cogitados era a SE Vitória, tendo em vista que com a conclusão da LT 345 kV Ouro Preto 2 - Vitória e das usinas mencionadas, haveria uma elevação de carregamento nessa rede, o que reduziria os níveis de tensão em Vitória quando de contingência em uma das linhas de 345 kV Campos - Vitória. Neste PAR verifica-se de fato a ocorrência de problemas de subtensão em Vitória 345 kV quando de contingência em uma das LTs 345 kV Campos - Vitória, que pode chegar em 2005 a níveis de 94%, para a carga prevista e com todos os recursos de compensação disponíveis utilizados. A transferência do compensador estático de Campos para a subestação de Vitória poderá ser realizada a partir de 2004, após o início de operação da usina térmica Norte Fluminense com todas as suas unidades e já estando em operação a LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória. (b) ONS Com relação à futura LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, com previsão de entrada em operação para julho de 2003, é importante ressaltar as condições verificadas quando de energização em vazio ou abertura/rejeição de um de seus terminais. Os estudos efetuados para essa linha de transmissão (370 km) não determinaram a instalação de reatores quando de energização ou rejeição nesta linha de transmissão. Entretanto, simulações efetuadas no PAR 2003-2005 em regime permanente mostram tensões sustentadas no terminal em vazio superiores aos limites estabelecidos de 110% (379,5 kV) da tensão nominal quando de abertura dessa linha de transmissão em um de seus terminais. O sistema existente do lado de Ouro Preto possui recursos limitados para reduzir essas tensões ao patamar satisfatório que permita o fechamento do terminal aberto em Vitória dentro das PAR 2003-2005 198 / 478 condições estabelecidas para os equipamentos de manobra. Essas simulações mostram que para rejeição no terminal de Vitória, as tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até 115% (396,75 kV). Por outro lado, para rejeição no terminal de Ouro Preto 2 observam-se tensões sustentadas no terminal em vazio que podem atingir 120,9% (417,1 kV) da nominal. Desse modo, conclui-se que é importante a inserção de reatores manobráveis nessa linha de transmissão na faixa de 50 a 60 Mvar, sendo 60 Mvar o ideal tendo em vista as condições observadas em ambos os terminais em qualquer condição de carga e sendo este o módulo existente na subestação de Vitória. Tabela 3.8 – Energização em vazio da LT 345 kV Ouro Preto - Vitória pelo terminal de Ouro Preto 2 – Tensões sustentadas em Vitória Condição de carga Tensão em Ouro Preto (%) Tensão no Terminal Aberto Vitória (%) Observações Linha em vazio no terminal de Vitória, 103,4 115,0 ligado reator de 500 kV em O Preto e estático no limite de absorção. – Pesada Leve 108,8 – 109,8 104,0 107,9 102,6 114,1 – 107,9 – 108,8 – 109,5 Reator em Vitória - 40 Mvar e idem acima Reatores em Vitória e Ouro Preto 2 – 2x 35 Mvar Reatores em Vitória e Ouro Preto 2 - 2x 60 Mvar sem medidas em Ouro Preto 2 Ligado reator de 500 kV em Ouro Preto 2 e estático no limite de absorção Reator em Vitória - 40 Mvar Reatores em Vitória e Ouro Preto 2 – 2 x 30 Mvar - estático no limite de absorção Reatores em Vitória e Ouro Preto 2 – 2 x 30 Mvar sem reduzir estático de O Preto Fluxos carga pesada: Trafo de Ouro Preto 500/345 kV 3x75 MW, Ouro Preto ← S.Gonçalo = 506 MW, N → S=1.300 MW – ano 2003 ONS PAR 2003-2005 199 / 478 Tabela 3.9 – Energização em vazio da LT 345 kV Ouro Preto - Vitória pelo terminal de Vitória – Tensões sustentadas em Ouro Preto Condição de carga Tensão Vitória (%) Tensão no Terminal Aberto O. Preto (%) 108,7 120,9 Obs Linha em vazio no terminal de Ouro Preto, sem medidas em Vitória Linha em vazio no terminal de Ouro Preto 102,0 113,3 2, com medidas em Vitória (2X60 Mvar) e Campos Pesada Leve 105,2 109,1 Reator em Ouro Preto 2 - 60 Mvar sem medidas em Vitória Reator em Ouro Preto 2 - 30 Mvar, ligado 100,0 108,0 102,9 106,8 – 112,9 Sem medidas em Vitória – 110,3 Ligado 1 reator existente em Vitória 2 reatores existentes em Vitória Reatores em Ouro Preto 2 e Vitória – 2 x 60 Mvar sem medidas em Vitória Fluxos carga pesada: Trafo de Ouro Preto 500/345 kV 3x75 MW, Ouro Preto ← S.Gonçalo = 506 MW, N → S=1.300 MW - ano 2003 ! CONEXÃO REDE BÁSICA - DISTRIBUIÇÃO Os sistemas de transmissão de atendimento da área leste do Estado de Minas Gerais e do Espírito Santo são interligados pela LT 230 kV Gov. Valadares – C. Pena Mascarenhas. O fluxo nesta linha é limitado pela defasagem angular de -30º (ligação Υ-∆ referido ao 230 kV) dos transformadores 230/138 kV – 1x150 MVA da subestação de Mascarenhas, que propicia fluxos adequados nessa interligação. A partir da entrada em operação de usinas térmicas a gás no Estado do Rio de Janeiro, o fluxo nessa interligação tende a diminuir e até inverter, passando a ter o sentido ES>MG, podendo atingir 100 MW, quando de despacho elevado nas usinas Macaé Merchant e Norte Fluminense. Essa condição, aliada à entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, propicia um aumento significativo no carregamento da transformação de Vitória 345/138 kV - 4x225 MW, acarretando durante o ano de 2003, sobrecargas na unidade de menor impedância em regime normal de operação e conseqüentemente carregamentos elevados nessa transformação quando da contingência de um dos transformadores. Esse panorama previsto para o ano de 2003 é decorrente do adiamento da solução já apontada para esse problema no PAR 2002-2004, e que consiste na construção da ONS PAR 2003-2005 200 / 478 subestação de Areinha 345/138 kV – 300 MVA. Essa nova subestação atenderá cargas da área sul da capital, eliminando as sobrecargas da transformação de Vitória. A partir de 2004, com a operação plena da UHE Aimorés, não são esperados problemas de carregamento em condições normais de operação na transformação da SE Vitória. Na contingência de um de seus transformadores, entretanto, ainda poderão ocorrer carregamentos elevados nos equipamentos remanescentes, o que será solucionado com a entrada em operação da SE Areinha. Para evitar que antes da entrada da UHE Aimorés a transformação da SE Vitória opere em sobrecarga em regime normal, a ESCELSA propôs alterar para 0º a defasagem angular da transformação 230/138 kV da SE Mascarenhas. A alteração na defasagem se daria no período que compreende a entrada da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória até a entrada da usina de Aimorés. Esta alteração elevaria o fluxo no sentido MG->ES acarretando diminuição significativa do fluxo na transformação da SE Vitória. Para tal, seria necessária a substituição do transformador atual por outros dois com a defasagem nula proposta. Por outro lado a mudança da defasagem de Mascarenhas degrada o desempenho da área leste de Minas quando da perda da LT 500 kV Neves - Vespasiano - Mesquita. A figura a seguir ilustra a configuração do sistema dessas áreas: Figura 3.2: Sistema Oeste da Cemig e Escelsa B .Despacho 50 0 S.G.Pará 50 0 Neves 5 00 /34 5 T aqua ril 3 45 /23 0 O. Preto 5 00 /34 5 Vespasiano 50 0 Itabira 23 0 G G Mesquita 50 0/23 0 G G Ipating a 23 0 Vitó ria 34 5 Campo s 3 45 Adr 34 5 G Aimorés 2 30 G Macaé 34 5 Areinha 34 5/13 8 G NF G Vitó ria 34 5/13 8 Macarenhas 2 30 /13 8 C. Pena 2 30 Vala da res 2 30 MM Sistema de 138 kV da E scelsa ONS PAR 2003-2005 201 / 478 A área leste de Minas Gerais é atendida principalmente pelas transformações de Mesquita 500/230 kV e Taquaril 345/230 kV, além de geração local da ordem de 400 MW de potência instalada nas usinas de G.Amorim, Salto Grande e Porto Estrela. Na perda das LT 500 kV Neves - Vespasiano ou Vespasiano – Mesquita o atendimento a essa área passa a ser feito pela transformação de Taquaril 345/230 kV e pela interligação MG-ES, LT 230 kV Gov. Valadares - Mascarenhas. A conseqüência desta contingência é um afundamento de tensão e carregamentos elevados na malha de 230 kV e na transformação de Taquaril. Atualmente nessa condição é necessário efetuar cortes de carga para atendimento satisfatório do sistema. Em 2003, antes da entrada da usina de Aimorés, a operação com defasagem nula em Mascarenhas teria como efeito uma redução aproximada de 14% no carregamento da transformação de Vitória, suficiente para evitar a operação com sobrecarga em regime normal na mais severa configuração analisada, ou seja, com as térmicas Macaé Merchant e Norte Fluminense com geração máxima e o fluxo na interligação Norte-Sul elevado no sentido do Sudeste para o Norte. Nesta condição o carregamento reduziria de 110 para 96%. Esta redução somente não seria suficiente para evitar carregamentos elevados da ordem de 125% na transformação de Vitória no caso de perda de um dos seus transformadores. Por outro lado, a operação com defasagem nula em Mascarenhas agravaria a situação da área leste de Minas na perda das LT 500 kV Neves - Vespasiano ou Vespasiano Mesquita acarretando um acréscimo em torno de 120 MW no corte de carga em relação a situação atual. É importante ressaltar que os dois circuitos 230 kV entre Taquaril e Itabira operam atualmente com restrição. O primeiro limitado a 175 MVA e o segundo a 209 MVA, por problemas de vão crítico no atendimento à extensa área de mineração. A partir da entrada em operação da 3ª unidade da usina de Aimorés prevista para abril de 2004, o risco da transformação de Vitória operar com sobrecarga em regime normal fica muito reduzido, mesmo com a defasagem atual em Mascarenhas, mantidas as previsões de carga para o Estado do Espírito Santo. O carregamento chegaria no máximo a 100% na mais severa configuração, mencionada anteriormente, e a 86% considerando a operação com defasagem nula. O risco de operação com carregamentos elevados na transformação de Vitória, na perda de um dos seus transformadores, permaneceria com carregamentos da ordem de 131% e 112% com a defasagem atual e nula respectivamente. Com relação à área leste de Minas Gerais, o risco de corte carga na perda das LT 500 kV Neves - Vespasiano ou Vespasiano - Mesquita com a presença da usina de Aimorés é muito reduzido, considerando a defasagem atual. Com a defasagem nula este corte poderia chegar a 30 MW obedecendo aos critérios de tensão e carregamentos da rede básica. Este corte aumentaria para 110 MW no caso de uma geração reduzida na área leste de Minas Gerais (da ordem de 50% da capacidade instalada) e com uma máquina de Aimorés em manutenção. É importante ressaltar que com a defasagem nula a usina de Aimorés fica com 70% da sua geração voltada para o Estado do Espírito ONS PAR 2003-2005 202 / 478 Santo, o que significa dizer que com a defasagem atual ela contribuiria muito mais com o sistema leste de Minas Gerais na contingência mencionada anteriormente. Resumidamente, a transformação de Vitória estaria correndo o risco de operar com sobrecarga em regime normal entre a entrada da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória em junho de 2003 até a entrada total da usina de Aimorés em abril de 2004, num total de 10 meses. Daí em diante a sobrecarga em regime normal não é mais esperada independentemente da defasagem usada em Mascarenhas assim como carregamentos elevados acima de 100% poderão ocorrer na transformação de Vitória na perda de um dos seus transformadores até a entrada de Areinhas. Desta forma, a proposta da ESCELSA consistiria na substituição do atual transformador de Mascarenhas por outro de igual potência (150 MVA) que operasse com defasagem nula no período crítico mencionado anteriormente. Este novo transformador estaria apto a operar também com –30º ou +30º graus quando necessário fosse. O 2º transformador previsto para entrar em operação com a usina de Aimorés teria as mesmas características do anterior. Verifica-se que a troca de defasagem de Mascarenhas é possível, devendo, entretanto restringir-se ao período crítico mencionado, ou seja, retornar com a defasagem de –30º com a implantação da UHE Aimorés em abril de 2004, tendo em vista que essa usina com a defasagem atual é a solução planejada para resolver os problemas da área leste de Minas Gerais. O ONS através dos estudos de curto prazo irá avaliar o momento propício para alteração da defasagem da transformação de Mascarenhas. Neste contexto, cabe ressaltar a importância da implantação da SE Areinha 345/138 kV com a maior brevidade possível para se assegurar condições adequadas de atendimento ao Estado. Um trecho em 138 kV que merece atenção são os dois circuitos que ligam a SE Campos no Estado do Rio de Janeiro à Cachoeiro do Itapemirim no Estado do Espírito Santo. Estas linhas se encontram bem carregadas no horizonte do estudo, podendo apresentar carregamento acima do limite normal (150 MVA) em duas situações: na emergência de um dos circuitos deste trecho e na emergência de um dos circuitos de 345 kV entre Campos e Vitória. ! AÇÕES COMPLEMENTARES 1. A ESCELSA deve avaliar a possibilidade de desligar uma parcela dos capacitores instalados na sub transmissão nos períodos de carga leve e mínima de forma a minimizar a necessidade de desligamentos de linhas de transmissão no sistema de 500 kV para controle de reativos. 2. Assegurar a entrada em operação nas datas indicadas das seguintes obras não integrantes da Rede Básica: - ONS SE Mascarenhas - transformador 230/138 kV – 150 MVA, com tapes para defasagem angular de –30º, 0º e 30º, operando inicialmente com defasagem nula, em substituição ao trafo existente (Data: JUL/2003, ESCELSA); PAR 2003-2005 203 / 478 3. ONS - SE Mascarenhas - 2º transformador 230/138 kV – 150 MVA, com tapes para defasagem angular de –30º, 0º e 30º, operando inicialmente com defasagem nula (Data: NOV/2003, ESCELSA); - UHE Aimorés – 3x110 MW (Data: NOV/2003 a ABR/2004); - SE Mascarenhas – alteração da defasagem angular dos transformadores 230/138 kV – 2x150 MVA para –30º (Data: ABR/2004, ESCELSA); implantar a nova SE Areinha – SE 345/138 kV com a maior brevidade possível (ESCELSA); PAR 2003-2005 204 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS ONS PAR 2003-2005 205 / 478 3.3.3 Minas Gerais ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O sistema de transmissão que atende ao Estado de Minas Gerais é constituído por um eixo principal de 500 kV composto por três circuitos, uma malha de 345 kV e também por um sistema de 230 kV. Essas linhas de transmissão têm sua origem no próprio Estado e chegam às áreas central, sul, norte, leste, triângulo mineiro e oeste do Estado. O sistema de 500 kV responde por cerca de 40% da potência destinada à área e interliga-se com o sistema de escoamento das usinas do rio Paranaíba, enquanto o sistema de 345 kV, por onde transita cerca de 25% da potência dirigida ao Estado, interliga a área Minas Gerais com as usinas do rio Grande. A área leste do Estado é atendida por um circuito em 500 kV derivado da subestação Neves até a subestação Mesquita e desta até Gov.Valadares em 230 kV, onde chega a linha de transmissão de 230 kV que parte do Estado do Espírito Santo e interliga esses Estados. O Vale do Aço é atendido por três circuitos de 230 kV que partem da subestação Taquaril e se interligam à subestação Mesquita. O atendimento à maior parcela do mercado de energia elétrica de Minas Gerais é proveniente das usinas das bacias dos rios Grande e Paranaíba localizadas no próprio Estado ou na divisa com São Paulo e Goiás. A área central concentra cerca de 80% da demanda, e tem problemas de atendimento durante contingências simples de circuitos de 500 kV, 345 kV e 230 kV, que podem levar ao corte de cargas na região metropolitana de Belo Horizonte, na área leste do Estado e norte do Estado em Várzea da Palma e Montes Claros. O atendimento à área sul de Minas conta com o reforço recente da nova subestação em 500 kV localizada em Itajubá, além da existente em Poços de Caldas, proporcionando um desempenho satisfatório desse sistema. As demais áreas do Estado, triângulo mineiro e oeste, são atendidas principalmente por sistemas de distribuição de 138 kV interligados às usinas do rio Grande e Paranaíba. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O desempenho da área Minas Gerais no período 2003-2005, terá uma melhora significativa em condições normais de operação e em contingências simples de linhas de transmissão em razão de três aspectos principais: − instalação próxima aos centros de carga de novas usinas hidro e termelétricas. Esse sistema disporá de um montante adicional da ordem de 1.025 MW até o ano 2003, de 685 MW em 2004 e de mais 260 MW para o ano de 2005, perfazendo um total de 1.970 MW. A potência instalada dessas novas usinas equivale a cerca de 28% da demanda máxima prevista para 2005, da ordem de 7.020 MW; − implantação de obras como a subestação seccionadora de Bom Despacho 500 kV, a SE Vespasiano 2 500/138 kV e o sistema receptor da Norte/Sul II. Outras obras relevantes, que ainda não foram autorizadas, são as conexões para tornar manobráveis os reatores de linha de 500 kV de Jaguara, Neves e Ouro Preto, fundamentais para a obtenção de melhor desempenho do sistema. ONS PAR 2003-2005 206 / 478 Também irão contribuir para um melhor desempenho as obras na rede de distribuição, que compreendem os bancos de capacitores das subestações de Neves e da futura Vespasiano de 123 Mvar/ 138 kV cada, e ainda de Ouro Preto de 147 Mvar/ 138 kV; e − a redução da demanda da ordem de 10% ao ano em relação às previsões anteriores, reflexo dos efeitos do racionamento de energia de 2001 e eventualmente de previsões otimistas anteriormente elaboradas. Considerando esses aspectos, não se espera corte de carga para contingências simples no sistema de 500 kV que atende ao Estado. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado de Minas Gerais. Tabela 3.10 – Obras na Rede Básica no Estado de Minas Gerais DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT 230 KV Aimorés – Mascarenhas C2, circuito simples (associada à conexão da UHE Aimorés) Concessão em análise pela ANEEL Data de necessidade: NOV/2003 LT 230 KV Aimorés – Governador Valadares, recapacitação – circuito simples, 131 km Em análise pela ANEEL Data de necessidade: NOV/2003 LT 500 KV Itumbiara – Marimbondo, circuito Em licitação pela ANEEL simples, 212 km (associado à interligação Data de necessidade: DEZ/2003 Norte/Sul II) SE Vespasiano 2 Implantação do setor de 500 kV seccionamento da LT Neves - Mesquita Autorizado à CEMIG Prazo contratual: MAR/2003 com Previsão para operação:JUN/2003 Autorizado à CEMIG Prazo contratual: MAI/2003 Implantação de SE para seccionamento das LTs Previsão para operação:MAI/2003 500 kV Jaguara – Neves, Jaguara – São Gonçalo do Pará e São Gotardo 2 - Neves SE Bom Despacho 3 reator manobrável de barra de 91 Mvar - 500 kV SE Ouro Preto 2 3º banco de autotransformadores 500/345 kV, 400 MVA (associado à LT 345 KV Ouro Preto 2 – Vitória) SE São Gotardo 2 reator manobrável de barra de 91 Mvar - 500 kV ONS PAR 2003-2005 Autorizado à FURNAS Prazo contratual: MAI/2003 Previsão para operação:JUL/2003 Concessão em análise pela ANEEL Data de necessidade: 2002 207 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL SE Neves Concessão em análise pela Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT São ANEEL Data de necessidade: 2002 Gotardo 2 – Neves Concessão em análise pela ANEEL Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT Ouro Data de necessidade: 2002 Preto 2 – São Gonçalo do Pará SE Ouro Preto 2 SE Ouro Preto 2 Obra nova, proposta neste PAR Reator de 60 Mvar - 345 kV manobrável, na LT Data de necessidade: MAI/2003 Ouro Preto 2 – Vitória Concessão em análise pela ANEEL Conexão para reatores nas LTs Jaguara – Neves Data de necessidade: 2002 e Jaguara – São Gonçalo do Pará (2x91 Mvar 500 kV) SE Jaguara SE Jaguara Obra nova, proposta neste PAR Instalação de três disjuntores para conexão dos Data de necessidade: 2002 trafos T11 e T12 – 500/345 kV às barras 1 e 2 (instalação de uma seção – configuração disjuntor e meio) SE Jaguara Obra nova, proposta neste PAR substituição de TCs e filtros de onda 345 kV nas Data de necessidade: 2002 saídas para Volta Grande, Luiz Carlos Barreto e Pimenta SE Pimenta Obra nova, proposta neste PAR substituição de TCs e filtros de onda 345 kV nas Data de necessidade: 2002 saídas para Barreiro, Furnas e Barbacena SE Volta Grande Obra nova, proposta neste PAR substituição de equipamentos terminais (TCs, Data de necessidade: 2002 filtros de onda, chaves seccionadoras e disjuntores) na saída para Volta Grande e vão de interligação SE Barbacena Obra nova, proposta neste PAR substituição de TCs e filtros de onda 345 kV na Data de necessidade: 2002 saída para Pimenta ONS PAR 2003-2005 208 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Porto Colômbia substituição de (TCs, filtros de disjuntores) nas Grande e vão de SITUAÇÃO ATUAL Obra nova, proposta neste PAR equipamentos terminais 345 kV Data de necessidade: 2002 onda, chaves seccionadoras e saídas para Itumbiara e Volta interligação SE Luiz Carlos Barreto Obra nova, proposta neste PAR substituição de TCs e filtros de onda 345 kV na Data de necessidade: 2002 saída para Volta Grande Concessão em análise pela ANEEL Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV na LT São Data de necessidade: 2002 Gotardo 2 SE Emborcação SE Poços de Caldas Obra nova, proposta neste PAR Instalação de transformador de potencial capacitivo – 500 kV Data de necessidade: 2002 SE Itumbiara Obra nova, proposta neste PAR Reator de 136 Mvar - 500 kV manobrável, na LT Data de necessidade: ABR/2003 Itumbiara – Samambaia SE Itutinga Obra nova, proposta neste PAR Reator manobrável de barra de 60 Mvar - 345 kV Data de necessidade: JUN/2003 SE Marimbondo Em licitação pela ANEEL Reator de 100 Mvar - 500 kV manobrável, na LT Itumbiara – Marimbondo Data de necessidade: DEZ/2003 SE Marimbondo Obra nova, proposta neste PAR Reator manobrável de barra de 100 Mvar - 500 kV Data de necessidade: DEZ/2003 ! (a) ONS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO As condições de atendimento ao Estado de Minas Gerais são bastante influenciadas pela instalação de diversas usinas no período 2002 a 2005, relacionadas na Tabela 3.11. PAR 2003-2005 209 / 478 Tabela 3.11 – Usinas hidrelétricas previstas para o Estado de Minas Gerais até 2005 Usina Potência Instalada [MW] 2002 e 2003 UHE Candonga 2004 120 UHE Picada 50 UTE Ouro Preto 23 UTE Barreiro 12 UHE Santa Clara 60 PCH Pipoca PCH Areia Branca 12,5 12,5 20 PCH Cachoeirão UHE Queimados 27 105 UHE Capim Branco 1 306 UHE Capim Branco 2 210 UHE Aimorés 110 UTE Ibiritermo 460 PCH Pai Joaquim 23 UHE Funil Grande 180 TOTAL 2005 1.005,5 220 685,5 260 (b) Para o horizonte 2003 – 2005, verificam-se fluxos para área central de Minas Gerais (FMG) da ordem de 3.902 MW em 2003, 3.777 MW em 2004 e 4.034 MW em 2005, não sendo esperados cortes de carga para contingências simples no sistema de 500 kV. Ressalta-se que as contingências nas LTs 500 kV São Gotardo 2 – Emborcação e Nova Ponte – Jaguara são muito influenciadas pelo fluxo na interligação Norte – Sul. Em cenários com importação elevada pelo Sudeste, superior a 1.500 MW, faz-se necessária a abertura de reatores e ajustes em tensões terminais de algumas usinas, para permitir condições mínimas de tensão. (c) A implantação da subestação seccionadora de Bom Despacho já autorizada pela ANEEL com prazo até maio de 2003, permitirá elevação no limite de transmissão (FMG) para a área central em contingências simples em cerca de 250 MW. (d) Outras obras importantes estão previstas para entrar em operação a partir de 2003 e que influenciam significativamente o sistema da área Minas Gerais, destacando-se o sistema receptor da Norte - Sul II composto das LTs 500 kV Samambaia - Emborcação, Samambaia – Itumbiara e Itumbiara – Marimbondo, que está em licitação pela ANEEL e deverá entrar em operação somente em ONS PAR 2003-2005 210 / 478 2004. A LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória e o terceiro autotransformador 500/345 kV, da SE Ouro Preto 2, previstos para julho de 2003, que interligarão os sistemas de transmissão de atendimento aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, aumentam principalmente a confiabilidade ao Espírito Santo. O fluxo nessa interligação será normalmente no sentido MG#ES, mas pode se reduzir consideravelmente no caso de elevados despachos nas usinas térmicas na área Rio de Janeiro. (e) Encontra-se em construção a SE Vespasiano 2, 500/138 kV, com previsão de conclusão para junho de 2003. Essa subestação irá seccionar a LT 500 kV Neves – Mesquita e sua principal finalidade é ampliar a capacidade de atendimento às cargas da área metropolitana de Belo Horizonte, reduzindo o carregamento da SE Barreiro 345/138 kV em cerca de 7% e eliminando as sobrecargas anteriormente previstas dos transformadores da SE Neves 500/138 kV (redução de carregamento em cerca de 30%) em condições normais de operação. Entretanto, na perda da LT 500 kV Neves – Vespasiano 2 em carga pesada, poderá ser necessário adotar medidas para eliminar pequena sobrecarga nos transformadores de Neves 500/138 kV em 2003. Essa sobrecarga é eliminada com a implantação da UHE Aimorés, sem a qual chegaria a 9% em 2005. A perda da LT 500 kV Neves – Vespasiano 2, ainda acarreta sobrecarga nas LTs 138 kV Neves - Santa Luzia 1, Neves – Neves 1 e Santa Luzia 1 – Vespasiano 2. Para o ano de 2005, além da sobrecarga nas linhas citadas, verifica-se sobrecarga de 5% na LT 138 kV Betim 2 – Betim 3. A utilização de ECE que desligue transformadores da SE Vespasiano 2, 500/138 kV contribui para um alívio deste sistema de 138 kV. Entretanto, ainda persistem problemas de sobrecarga nas LTs 138 kV Neves – Neves 1 e Neves – Santa Luzia 1. A perda da LT 500 kV Vespasiano 2 – Mesquita leva o sistema de 230 kV em Governador Valadares e Ipatinga a acentuada queda de tensão, além de causar sobrecarga de cerca de 16% na LT 230 kV Taquaril – Itabira e 4% na transformação de Taquaril 345/230 kV. Esta situação permanece até a entrada em operação da UHE Aimorés, prevista para o final de 2003. A necessidade de corte de carga para eliminar as sobrecargas observadas no caso dessa contingência é influenciada pela defasagem do transformador 230/138 kV da SE Mascarenhas, conforme descrito no item 3.3.2 referente ao Espírito Santo. (f) ONS A implantação da UHE Aimorés exigirá as seguintes obras ainda não autorizadas: LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas, circuito simples de 20 km de extensão; 2º banco de transformadores na SE Mascarenhas 230/138 kV - 150 MVA, a recapacitação da LT 230 kV Aimorés – Conselheiro Pena – Gov. Valadares e a construção do pátio de 230 kV na SE Mascarenhas. Essas obras permitirão o escoamento da geração dessa usina em condições normais e durante contingências de linhas e de transformadores. PAR 2003-2005 211 / 478 Caso a UHE Aimorés entre em operação antes dos reforços de transmissão relacionados, a contingência de qualquer trecho na LT 230 kV Mascarenhas – Aimorés – Conselheiro Pena – Governador Valadares resultará em sobrecarga nos circuitos remanescentes, sendo necessário implantar esquema de alívio de geração em Aimorés. Ainda na condição da operação da usina sem os reforços propostos e considerando ainda despachos elevados nas termelétricas do Rio de Janeiro, poderá haver restrição ao despacho em condições normais de operação para evitar sobrecarga no circuito entre Aimorés e Governador Valadares. (g) A usina térmica de Ibiritermo, em operação a partir de 2002 (1ª etapa – 230 MW), irá se conectar ao sistema de 138 kV junto ao centro de carga da área metropolitana de Belo Horizonte, acarretando importantes benefícios ao sistema como redução de perdas, alívio das fontes de compensação reativa e redução significativa do carregamento das subestações de Neves (23%) e Barreiro (30%), ocasionando alívio do sistema de transmissão de 500 kV com conseqüente melhora do desempenho desse sistema. A implantação da segunda etapa (230 MW) está prevista para fins de 2003, acarretando uma redução ainda maior nos carregamentos das subestações já citadas, da ordem de 30% e 45%, respectivamente. (h) Verifica-se que a contingência da LT 345 kV Barbacena – Juiz de Fora, circuito radial e simples, é suportada sem corte de cargas no horizonte 2003 - 2005. Contribuem para esse desempenho satisfatório as usinas localizadas no sistema de 138 kV como a usina hidrelétrica de Sobragi (3 x 20 MW) e a usina termelétrica de Juiz de Fora (62 MW), assim como a redução de carga na área de Juiz de Fora em cerca de 60 MW em relação ao PAR 2002 – 2004. A implantação da UHE Picada (2 x 25 MW) prevista para o ano de 2005, irá beneficiar ainda mais essa área e seu desempenho em face de contingência na linha de transmissão de 345 kV. (i) A área norte de Minas Gerais é submetida ao corte total de cargas quando da perda da LT 345 kV Três Marias – Montes Claros, circuito simples. Essa situação será amenizada com a entrada em operação da futura usina hidrelétrica de Irapé prevista para 2006, que irá contribuir para atenuar os problemas de atendimento. Outro aspecto relevante no que tange a essa área, observado durante os períodos de carga pesada e média em todo o horizonte analisado, é a ampla variação de tensão na rede de 345 kV decorrente de modulação de carga. Durante a carga pesada podem acontecer sobretensões na rede de 345 kV e na carga média, ao contrário, subtensões. (j) Em condições de despacho de geração elevado nas usinas térmicas da área Rio de Janeiro e nas usinas de Luis Carlos Barreto e Furnas, fluxos na interligação Norte-Sul no sentido norte, superiores a 1.000 MW e despacho inferior a 50% nas usinas do rio Paranaíba, podem ocorrer sobrecargas, em regime normal de operação, na LT 345 kV Furnas – Pimenta, cujo limite de longa duração é de 728 MVA. Nas condições mencionadas, a perda da LT 345 kV Jaguara – Luis ONS PAR 2003-2005 212 / 478 Carlos Barreto pode causar sobrecarga superior a 34% na LT 345 kV Furnas – Pimenta, assim como a perda da LT 345 kV Furnas – Pimenta acarreta sobrecarga superior a 2% na LT 345 kV Jaguara – Luis Carlos Barreto. Para contornar esse problema está sendo proposta neste PAR a substituição de equipamentos terminais nas linhas em 345 kV que interligam as usinas do rio Grande à área central do Estado. (k) A entrada em operação das usinas hidrelétricas Capim Branco I, interligada ao barramento de 138 kV de Emborcação a partir de outubro de 2004, e Capim Branco II ligada ao sistema de 138 kV de Uberlândia, Uberaba, Araguari e Emborcação, a partir de janeiro de 2005, melhora sensivelmente o desempenho do sistema da região do triângulo mineiro e causa redução no carregamento da transformação de Emborcação 500/138 kV. Para o ano de 2005, ocorre inversão no sentido do fluxo da transformação citada, fluindo do 138 kV para o 500 kV. Ressalta-se que a presença destas usinas eleva o carregamento da rede que interliga as usinas dos rios Paranaíba, Paraná e Grande, principalmente do eixo de transmissão em 345 kV Itumbiara – Porto Colômbia – Volta Grande. (l) Até a entrada em operação da usina hidrelétrica Queimados, o subsistema de João Pinheiro, principalmente na área de Paracatu, apresenta-se com perfil de tensão muito baixo, na faixa de 0.90 pu. A implantação dessa usina melhora o controle de tensão nesta área e provoca redução de fluxo da região do Triângulo Mineiro para a malha regional norte, pela da LT 138 kV Coromandel – Vazante. Esta redução irá proporcionar menores carregamentos no ramal entre Jaguara e Pato de Minas e melhores níveis de tensão no ramal entre Jaguara e Vazante. ! CONTROLE DE TENSÃO (a) Desligamentos de linhas para controle de tensão têm ocorrido no sistema de 500 kV e quando necessário desliga-se a LT 500 kV S. Gotardo 2 – Neves, o que é indesejável para a confiabilidade do sistema. As máquinas geradoras das usinas operam sub-excitadas e as unidades da usina de Emborcação têm apresentado dificuldades para operar como síncrono, por restrições impostas por órgãos ambientais. No período 2003-2005, com demanda da ordem de 4.685 MW e fluxo FMG de 2.818 MW para o ano de 2005, patamar de carga leve, o controle de tensão desse sistema poderá ser efetuado, sem o desligamento de linhas de 500 kV, com os recursos disponíveis e propostos. (b) A implantação de um reator de 50 Mvar na SE Várzea da Palma 1, possivelmente oriundo da transferência de um dos dois reatores de mesma potência, existentes na SE São Gotardo, que não vem sendo utilizados devido a problemas operacionais nesta SE, eliminaria a possibilidade de sobretensões inadmissíveis na malha regional norte da CEMIG, no horário de carga pesada, além de propiciar maior flexibilidade no controle de tensão. (c) No PAR 2002-2004 recomendou-se a instalação de dois novos reatores manobráveis de 91 Mvar/500 kV, um na futura subestação Bom Despacho já ONS PAR 2003-2005 213 / 478 autorizado, e outro em S. Gotardo 2 cuja concessão ainda não foi equacionada pela ANEEL. Além destes, devem ser manobrados os reatores de linha 500 kV de Neves, Emborcação, Ouro Preto e Jaguara conforme proposto, mas ainda não autorizados. (d) Com relação à futura LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, que será licitada proximamente e tem previsão de entrada em operação para 2004, é importante ressaltar as condições verificadas quando de energização a vazio ou abertura de um dos terminais de Itumbiara e Marimbondo. Os estudos efetuados para essa linha de transmissão (212 km) não indicaram a necessidade de instalação de reatores quando de energização ou rejeição. Entretanto, simulações efetuadas neste PAR 2003-2005, em regime permanente e transitório mostram tensões sustentadas no terminal em vazio superiores aos limites estabelecidos de 110% (550 kV) da tensão nominal quando de rejeição ou abertura dessa linha de transmissão sem atuação da proteção no terminal remoto. (e) O sistema existente do lado de Marimbondo, em muitas condições operativas, não possui recursos suficientes para reduzir essas tensões ao patamar satisfatório que permita o fechamento do terminal aberto dentro das condições estabelecidas para os equipamentos de manobra. As simulações mostram que para abertura no terminal de Itumbiara, as tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até 115%(575 kV) estando três máquinas em operação na usina de Marimbondo. Por outro lado, para abertura no terminal de Marimbondo, observam-se tensões também elevadas no terminal em vazio de Marimbondo que podem atingir 113%(565 kV) da nominal, estando três máquinas sincronizadas na usina de Itumbiara. Ressalta-se que o número mínimo de máquinas determinado para a operação na usina de Marimbondo é de três unidades e de uma unidade na usina de Itumbiara, que são as usinas mais influentes para o controle de tensão dessa linha de transmissão. Entretanto, considerando a capacidade plena das unidades geradoras da usina de Itumbiara, verifica-se que é possível a utilização dessas máquinas para a obtenção de tensões satisfatórias no terminal aberto de Marimbondo, não sendo o mesmo possível para a usina de Marimbondo com três máquinas, tendo em vista as solicitações impostas pelo sistema para essa usina. Desse modo, conclui-se que é indispensável a inserção de reator no sistema que abrange essa linha de transmissão. As simulações efetuadas [26] indicam que um reator no terminal de Marimbondo de cerca de 200 Mvar/500 kV é satisfatório no caso de abertura em Marimbondo e que, para abertura em Itumbiara não há necessidade de reator tendo em vista a presença de reator no terminal oposto de Marimbondo. Tendo em conta às condições de operação previstas para essa linha de transmissão com possibilidade de elevados fluxos, o reator da LT 500 kV Marimbondo Itumbiara deve ser manobrável, devendo ser inserido no terminal desta LT em Marimbondo cerca de 100 Mvar (o montante total de 200 Mvar é elevado para instalação apenas na linha), com os restantes 100 Mvar sendo instalados no ONS PAR 2003-2005 214 / 478 barramento de 500 kV da subestação de Marimbondo, propiciando maior flexibilidade operativa para diversas condições de operação. (f) Outro aspecto importante que deve ser observado é quanto à operação da usina hidrelétrica de Marimbondo (8 x 186 MW). Observa-se que esta usina deverá operar no limite de absorção de reativo, em carga leve, estando em operação a LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo sem os reatores propostos. Nas condições estudadas no horizonte 2005, para o efetivo controle de tensão, torna-se necessário um número maior de unidades geradoras que o mínimo de três máquinas estabelecido para essa usina. Tendo em vista a manutenção de condições que favoreçam a operação quando necessária da usina de Marimbondo com 3 unidades sincronizadas, a instalação de um montante de 2x100 Mvar em Marimbondo 500 kV (conforme item anterior) amenizaria este problema, com menor solicitação das máquinas e, no caso de abertura no terminal de Itumbiara, a tensão na ponta da linha de 1.11 p.u pode ser reduzida com a atuação na tensão das máquinas dessa usina, sem causar restrições no restante do sistema. A condição estudada de operação do sistema na carga leve de junho de 2005 resumidamente é a seguinte: FRJ= 2.380 MW, fluxo na LT 500 kV Marimbondo – Araraquara de 324 MW, despacho na usina de Marimbondo de 550 MW e tabela a seguir. Tabela 3.12 – Condição de carga leve para junho de 2005 Área Carga (MW) Geração (MW) RJ e ES MG SP 4.564 6.685 8.934 6.830 (*) 2.700 4.065 (*) com as usinas térmicas instaladas na área (g) O elevado perfil de tensão observado em alguns cenários de geração a partir do ano de 2003, acarretou problemas de controle de tensão com os recursos existentes, não permitindo condições satisfatórias sem o desligamento de linhas de transmissão, mesmo já com a inserção dos reatores em Marimbondo. Portanto, devem ser adicionados reatores manobráveis no sistema de 500 kV que deriva da usina de Marimbondo até à área Rio de Janeiro e na SE Itutinga, tendo como base evitar/minimizar, ao menos em carga leve, o desligamento de LTs para controle de tensão e tornar a operação do sistema mais flexível. Dificuldades no controle de tensão também são observadas no barramento de 345 kV da subestação de Itutinga, em todas as condições de carga, onde essa tensão é função dos fluxos nas linhas de 345 kV Itutinga - Adrianópolis e Itutinga – Furnas. Fluxos baixos nestas linhas, que são decorrentes da entrada das usinas térmicas na área Rio de Janeiro e de despachos reduzidos nas usinas do rio Grande, principalmente Furnas e L. C. Barreto, podem acarretar tensões ONS PAR 2003-2005 215 / 478 acima do limite máximo admissível de 105%, vindo a dificultar o controle desejável nessas usinas e na SE Adrianópolis 345 kV, que seriam os pontos de auxilio para o controle de tensão. Desse modo, recomenda-se a instalação de reatores manobráveis na SE Itutinga – 2x 50 Mvar/13.8 kV. Simultaneamente, estão sendo realizados no ONS estudos de recomposição de sistema, que estão por concluir pela necessidade de reatores nesses sistemas de 500 kV e 345 kV de forma a eliminar restrições hoje existentes nas instalações e permitir rotas alternativas de recomposição. Essas instalações estão sendo identificadas e irão auxiliar esse problema de controle de tensão, uma vez que as necessidades identificadas no estudo de recomposição são compatíveis quanto a alocação e montantes e resolvem os problemas mencionados. Observa-se que os reatores recomendados para a SE Itutinga podem aproveitar os terciários dos transformadores dessa subestação. Entretanto, a recomposição mais ágil por esse sistema não deve depender da energização desses transformadores e, nesse sentido, esses reatores podem ser substituídos por outro reator manobrável de 60 Mvar de 345 kV, sendo também satisfatório para o controle de tensão dessa área. (h) Adicionalmente, deve ser considerada pela CEMIG a possibilidade de desligamento de capacitores da subtransmissão em 138 kV durante as cargas leve e mínima. ! CONEXÃO REDE BÁSICA - DISTRIBUIÇÃO (a) A transformação de Mascarenhas de Moraes 345/138 kV – 1 x 150 MVA apresenta-se com elevado carregamento em condições normais de operação, já no ano de 2003. No restante do período, esta situação se agrava, vindo a ocorrer sobrecarga de cerca de 7% e 10%, respectivamente para os anos de 2004 e 2005. A presença de um transformador em Porto Colômbia, religando os sistemas de 345 kV e 138 kV, aliviaria o carregamento da transformação de Mascarenhas de Moraes em cerca de 20%, além de contribuir para redução no fluxo das LTs 345 kV Porto Colômbia – Volta Grande e M. de Moraes – Luís C. Barreto. Observa-se que as LTs 345 kV Porto Colômbia - Marimbondo e Porto ColômbiaItumbiara ficam mais solicitadas quando da presença da transformação de Porto Colômbia. (b) O transformador de Itutinga 345/138 kV é fortemente influenciado pela presença das usinas térmicas no Rio de Janeiro e pelas condições de fluxo na Interligação Norte – Sul, de tal forma que, dependendo do valor de intercâmbio num cenário tendo o Sudeste exportador e das condições de despacho nas usinas térmicas, a perda de um transformador pode acarretar sobrecarga de até 15% no remanescente, para o ano de 2003. Nas condições citadas, esta perda se agrava ao longo do horizonte, chegando a atingir cerca de 50% no ano de 2005. Uma possível solução para este problema seria a radialização do sistema de 138 kV ligado a SE Itutinga pela separação do barramento de São João Del Rey. Verifica-se que esta solução resolve a situação de carregamento do ONS PAR 2003-2005 216 / 478 transformador de Itutinga, elevando, no entanto, o carregamento da LT 345 kV Furnas – Pimenta entre 80 e 100 MW, que pode apresentar sobrecargas em algumas situações de despacho de usinas na área Rio de Janeiro, no Paranaíba e na interligação Norte-Sul. (c) A entrada em operação das usinas hidrelétricas de Pipoca (25 MW) e Areia Branca (20 MW) irá contribuir, em pequena escala devido a sua baixa capacidade de geração, para um menor risco de sobrecarga do AT 230/138 kV-150 MVA de Ipatinga, quando de geração reduzida na UHE Salto Grande. Estas usinas proporcionarão também atendimento a um maior montante de carga na área de Ipatinga, e em geral na malha Regional Leste da CEMIG, quando da perda da LT Mesquita - Vespasiano 500 kV ou da LT Neves – Vespasiano 500 kV. (d) A presença da usina hidrelétrica de Candonga (120 MW) proporciona melhoria no controle de tensão para a área de Ouro Preto e Ponte Nova e maior confiabilidade no atendimento à carga, principalmente em contingências na rede de 138 kV. ! AÇÕES COMPLEMENTARES 1. A CEMIG deve avaliar a possibilidade de desligar uma parcela dos capacitores instalados na subtransmissão nos períodos de carga leve e mínima, de forma a minimizar a necessidade de desligamentos de linhas de transmissão no sistema de 500 kV para controle de reativos. ONS PAR 2003-2005 217 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO ONS PAR 2003-2005 218 / 478 3.3.4 São Paulo ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O sistema de transmissão que atende ao Estado de São Paulo é constituído principalmente, por três circuitos em 750 kV, circuitos em 500 kV, uma malha em 440 kV, circuitos em 345 kV e pelo sistema em corrente contínua de 600 kV de uso exclusivo da UHE Itaipu 50 Hz. Algumas regiões do Estado são atendidas em tensão de 230 kV. Os três circuitos de 750 kV provenientes da UHE Itaipu 60 Hz atendem à grande São Paulo pela transformação 750/345 kV de Tijuco Preto e se ligam ao sistema em 500 kV que atende ao Estado do Rio de Janeiro pela transformação 750/500 kV de Tijuco Preto. Esses três circuitos em 750 kV são também ligados ao sistema Sul pela transformação 750/500 kV de Ivaiporã. Uma parte do sistema em 500 kV provém das usinas da bacia do Paranaíba e da UHE Marimbondo no rio Grande, atravessando o Estado de São Paulo até a subestação de Cachoeira Paulista. Nesse ponto interliga-se às linhas em 500 kV provenientes da subestação de Tijuco Preto. O sistema em 500 kV está ligado à malha de 440 kV pelas transformações de Água Vermelha e de Taubaté e ao sistema em 345 kV na subestação de Campinas. A malha de 440 kV, que atravessa todo o Estado de São Paulo, tem origem nas usinas dos rios Paraná e Paranapanema, e atende aos centros de carga no interior do Estado, chegando até as subestações terminais de 440 kV de Embu Guaçu, Cabreúva e Santo Ângelo, próximas à capital do Estado. O sistema em 345 kV provém das usinas do rio Grande, atende às cargas no interior do Estado nas regiões de Franca e Campinas e conecta-se ao sistema em 345 kV na grande São Paulo nas subestações de Guarulhos e Mogi. O sistema em corrente contínua de 600 kV, de uso exclusivo da usina de Itaipu 50 Hz tem seu terminal receptor na subestação de Ibiúna, por onde a potência dessa usina se interliga à malha em 345 kV. Os pontos de suprimento à distribuição na região metropolitana de São Paulo são interligados por um sistema em 345 kV receptor do sistema em 440 kV (subestações de Santo Ângelo e Embu Guaçu), do sistema em 345 kV nas subestações de Guarulhos e Mogi, do sistema em 750 kV na subestação de Tijuco Preto e do sistema em corrente contínua de Itaipu na subestação de Ibiúna. Um sistema em 230 kV que tem origem na subestação de Assis 440/230 kV interliga usinas do rio Paranapanema aos centros de carga no interior do Estado, chegando até à SE Cabreúva 440/230 kV de onde partem linhas em 230 kV que, supridas também pela transformação 345/230 kV de Anhangüera, atendem aos centros de carga na capital do Estado. Esse sistema em 230 kV interliga-se com o sistema da região Sul nas subestações de Assis e Chavantes. O vale do Paraíba do Sul é atendido principalmente por um sistema em 230 kV que tem origem na subestação de Mogi 345/230 kV conecta-se ao sistema em 440 kV na subestação de Taubaté e segue em direção ao Rio de Janeiro até a subestação de Nilo Peçanha. ONS PAR 2003-2005 219 / 478 Um sistema em 230 kV interligando as subestações 345/230 kV de Interlagos e Baixada, contando também com as usinas UHE Henry Borden (parte) e UTE Piratininga, atende cargas da capital e Baixada Santista. O mercado de energia elétrica do Estado de São Paulo é atendido em grande parte pelas usinas dos rios Paraná, Paranapanema e Tietê com potência instalada da ordem de 10.100 MW, pela usina de Itaipu com 12.600 MW instalados bem como por outras usinas do rio Grande e Paranaíba. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) A carga global do Estado de São Paulo, de acordo com as previsões de mercado fornecidas pelas empresas, é da ordem de 17.500 MW em 2003, 18.100 MW em 2004 e 18.800 MW em 2005 na condição de carga pesada. Esses valores são cerca de 14% inferiores (menos 3.000 MW) às previsões de mercado utilizadas na elaboração do PAR 2002 – 2004, da ordem de 20.400 MW em 2003 e 21.100 MW em 2004. (b) O desempenho do sistema de transmissão é adequado em condição normal de operação apresentando, entretanto, algumas condições insatisfatórias em contingência de linhas de transmissão e de unidades transformadoras da Rede Básica. As transformações de conexão entre a Rede Básica e a Rede de Distribuição apresentam restrições em condição normal de operação e durante emergências. Ressalta-se que essas instalações de conexão, apesar da redução da carga, permanecem com restrições em função da indefinição das obras de reforço apontadas no PAR 2002-2004, para serem implantadas pelas concessionárias de distribuição. (c) Em condição normal de operação, durante a carga pesada, verifica-se elevada queda de tensão no sistema em 440 kV, cerca de 6,5%, entre os barramentos de 440 kV das usinas e os barramentos de 440 kV de Santa Bárbara, Sumaré e Bom Jardim. Esses níveis de tensão são verificados considerando-se desligados os reatores do sistema em 440 kV. (d) Na condição de carga leve é necessário ligar todos os reatores existentes do sistema para evitar o desligamento de linhas de transmissão para controle de tensão e para reduzir a absorção de reativos pelas unidades geradoras. Entretanto, mesmo nestas condições, podem ocorrer tensões próximas ao limite máximo do sistema de 440 kV estando as máquinas sincronizadas bastante sub excitadas. Esta condição caracteriza a necessidade de se implantar compensação reativa indutiva adicional. (e) Em condições de carga mínima (carga mais baixa que ocorre na madrugada de segunda-feira, Natal e Ano Novo) é impraticável com os reatores disponíveis nesse sistema evitar o desligamento de linhas de transmissão de 440 kV. Para operar o sistema de forma adequada é necessária a abertura de pelo menos dois circuitos em 440 kV, condição na qual o sistema opera satisfatoriamente. ONS PAR 2003-2005 220 / 478 (f) A análise efetuada caso considerando a ampliação da interligação Sul – Sudeste, mediante a construção da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara e a instalação de dois autotransformadores 500/440 kV de 750 MVA em Assis, mostra benefícios para o sistema: − Reduz o carregamento do banco de transformadores da SE Assis 440/230 kV – 336 MVA. Considerando também a instalação da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina C2, são eliminadas praticamente todas as situações em que o transformador 440/230 kV da SE Assis ficaria submetido a carregamentos superiores à sua capacidade nominal. Persistem, no entanto, sobrecargas quando da contingência do trecho entre Londrina – Assis na condição de fluxo elevado do Sudeste para o Sul. Note-se que, em função do maior prazo previsto para a instalação da nova interligação em 500 kV em relação à instalação do segundo transformador 440/230 kV de Assis poderá haver sobrecargas nessa transformação por um maior período de tempo; e − reduz os carregamentos elevados, inclusive em regime normal de operação em certas condições do sistema, na transformação de Tijuco Preto 750/345 kV – 3 x 1500 MVA. (g) Por outro lado, essa ampliação da interligação Sul – Sudeste provoca aumento no carregamento das linhas de transmissão em 440 kV entre Taquaruçu, Capivara e Assis. Em situações de despachos elevados nas usinas do Pontal do Paranapanema, poderão ocorrer sobrecargas nas LTs 440 kV Taquaruçu – Capivara e Capivara – Assis quando da perda da LT 440 kV Taquaruçu – Assis. (h) Há, também, aumento no carregamento do sistema em 500 kV a partir de Araraquara em direção a Cachoeira Paulista, podendo acarretar fluxos elevados no transformador 500/345 kV - 1x560 MVA de Campinas e até mesmo em sobrecargas, em condição normal de operação, para recebimentos elevados pelo Sudeste combinados com elevados despachos de geração térmica na área Rio de Janeiro. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as ampliações e os reforços na Rede Básica previstas para o Estado de São Paulo. Tabela 3.13 – Obras na Rede Básica no Estado de São Paulo DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Tijuco Preto – Baixada C3, 345 kV, circuito Autorizada à CTEEP duplo, lançamento do 2º circuito, 26 km Prazo contratual: OUT/2002 Previsão para operação:OUT/2002 ONS PAR 2003-2005 221 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Bateias – Ibiúna, 500 kV, circuito duplo, Licitadas a FURNAS 328 km, com compensação série Prazo contratual: MAR/2003 SE Ibiúna Previsão para operação:MAR/2003 2 bancos de autotransformadores 500/345 kV – 2 X 750 MVA LT Chavantes – Botucatu C2, 230 kV, circuito Licitada à CTEEP simples, 137 km Prazo contratual: JUN/2003 Previsão para operação:JUN/2003 LT Guarulhos – Anhangüera, 345 kV, circuito Autorizada à CTEEP duplo, 25 km (associada à SE Anhanguera) Prazo contratual: DEZ/2003 Previsão para operação:DEZ/2003 Seccionamento da LT Embu Guaçu – Bauru para Obra nova, proposta neste PAR a SE OESTE Data de necessidade: 2002 Construção de dois bays completos de 440 kV e dois circuitos aéreos de 1,6 km entre o ponto de seccionamento da linha e a SE Oeste LT Tijuco Preto – Cachoeira Paulista C2, 500 kV, Em licitação pela ANEEL circuito simples, 180 km Data de necessidade: DEZ/2003 LT Campinas – Ibiúna 500 kV, circuito simples, Concessão em análise pela ANEEL reconversão para 500 KV - construção de 2 vãos Data de necessidade: MAR/2003 (obra associada a LT 500 kV Bateias –Ibiúna) LT Taubaté – Aparecida C2, 230 kV, circuito Concessão em análise pela ANEEL simples, 39 km Data de necessidade: JUN/2005 Autorizada à CTEEP SE Interlagos 2º banco de autotransformadores 345/230 kV- Prazo contratual: JUL/2001 500 MVA (remanejado da SE Itapeti) Previsão para operação:NOV/2002 SE Tijuco Preto 7º,8º e 9º banco 200 Mvar/345 kV Autorizados à FURNAS de capacitores 3 x Prazo contratual: JUN/2002 (7º BC) e JUL/2002 (8º e 9º BC) Previsão para operação:JUN/2002 (7º BC) e JUL/2002 (8º e 9º BC) SE Tijuco Preto Autorizados à FURNAS 3º banco de autotransformadores 750/500 kV – Prazo contratual: OUT/2002 1.650 MVA Previsão para operação:OUT/2002 ONS PAR 2003-2005 222 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Tijuco Preto SITUAÇÃO ATUAL Obra nova, proposta neste PAR 4º banco de autotransformadores 750/345 kV – Data de necessidade: JUN/2003 1.500 MVA SE Tijuco Preto Obra nova, proposta neste PAR Instalação de sistema de transferência para Data de necessidade: 2002 substituição da fase reserva dos bancos de transformadores AT4, AT5 e AT6 – 750/345/20 kV –1.500 MVA, incluindo enrolamento terciário (compensador síncrono) SE Tijuco Preto Obra nova, proposta neste PAR Inclusão de alimentação para o compensador Data de necessidade: 2002 síncrono da SE Tijuco Preto através do terciário dos autotransformadores AT5 e/ou AT6 750/345/20 kV – 1.500 MVA SE Tijuco Preto Obra nova, proposta neste PAR Instalação de sistema de transferência para Data de necessidade: 2002 substituição da fase reserva dos bancos de transformadores AT2 e AT3 – 750/500/69 kV – 1.650 MVA, incluindo enrolamento terciário (banco de reatores shunt) SE Tijuco Preto Obra nova, proposta neste PAR Inclusão de alimentação para os bancos de Data de necessidade: 2002 reatores shunt de terciário 2x180 Mvar – 69 kV através do terciário do autotransformador AT2 750/500/69 kV – 1.650 MVA SE Itaberá Autorizada à FURNAS Banco de compensação série na LT Tijuco Preto Previsão para operação:JUL/2002 C3, 750 kV, 1.242 Mvar SE Cabreúva Autorizada à CTEEP Conexão para o reator RE-3 – 90 Mvar, 440 kV Prazo contratual: JAN/2003 Previsão para operação:JAN/2003 SE Anhangüera Autorizada à CTEEP Implantação do setor de 345 kV (obra associada Prazo contratual: DEZ/2003 à LT 345 kV Guarulhos – Anhanguera) Previsão para operação:DEZ/2003 ONS PAR 2003-2005 223 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL SE Avaré Nova Autorizada à CTEEP Implantação de SE Nova (setor de 230 kV) Prazo contratual: DEZ/2003 (associada à nova conexão da CFL Santa Cruz) Previsão para operação: DEZ/2003 SE Bauru Concessão em análise pela ANEEL Conexão para o reator RE-2 – 90 Mvar, 440 kV Data de necessidade: 2002 Conexão para o reator RE-3 – 180 Mvar, 440 kV SE Araraquara Concessão em análise pela ANEEL Conexão para o reator RE-2 – 180 Mvar, 440 kV Data de necessidade: 2002 SE Araraquara Obra nova, proposta neste PAR Instalação de um reator manobrável de barra Data de necessidade: 2002 440 kV – 180 Mvar LT São José – Mogi C1 Obra nova, proposta neste PAR substituição de bobinas de bloqueio - 230 kV Data de necessidade: 2002 LT Mogi - Nordeste Obra nova, proposta neste PAR adequação de equipamento terminal (bobina de Data de necessidade: 2002 bloqueio, TC e chaves seccionadoras) da LT e vão de interligação – 345 kV LT Nordeste – Guarulhos Obra nova, proposta neste PAR adequação de equipamento terminal (bobina de Data de necessidade: 2002 bloqueio e TC) – 345 kV SE Campinas Obra nova, proposta neste PAR substituição de filtro de onda 345 kV na saída Data de necessidade: 2002 para Guarulhos SE Taubaté Obra nova, proposta neste PAR substituição de TCs e filtros de onda 500 kV nas Data de necessidade: 2002 saídas para Tijuco Preto e Cachoeira Paulista SE Jupiá Obra nova, proposta neste PAR instalação de disjuntor de interligação de barras Data de necessidade: 2002 de 440 kV SE Jupiá Obra nova, proposta neste PAR Troca de disjuntores 440 kV nos bays para Data de necessidade: 2002 Taquaruçu, Três Irmãos e paralelo SE Baixada Santista Obra nova, proposta neste PAR Instalação de disjuntor e 2 seccionadoras 345 kV Data de necessidade: 2002 ONS PAR 2003-2005 224 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Cabreúva SITUAÇÃO ATUAL Obra nova, proposta neste PAR Instalação de bay de interligação de barras Data de necessidade: 2002 440 kV (associada ao 2º banco de autotransformadores 440/138 kV) SE Ibiúna Obra nova, proposta neste PAR instalação de dois filtros (3º e 5º harmônicos) Data de necessidade: 2002 para o elo de corrente contínua e instalação de disjuntor e seccionadora 345 kV nos vãos dos transformadores ZA900, ZA901 e ZA902 SE Ilha Solteira Obra nova, proposta neste PAR Implantação de sistema de comunicação óptica Data de necessidade: 2002 para permitir “transfer trip” direto para alívio de carga no transformador 500/440 kV na SE Água Vermelha SE Ilha Solteira Obra nova, proposta neste PAR Substituição de disjuntores nos circuitos 440 kV Data de necessidade: 2002 para Araraquara SE Sumaré Obra nova, proposta neste PAR reator manobrável de barra de 90 Mvar – 440 kV Data de necessidade: 2002 SE Cachoeira Paulista Obra nova, proposta neste PAR reator manobrável 136 Mvar – 500 kV na LT Data de necessidade: JUN/2003 Adrianópolis – Cachoeira Paulista e chaveável para a LT Angra – Cachoeira Paulista (associada ao by-pass em Adrianópolis para formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú) SE Campinas Obra nova, proposta neste PAR reator manobrável de 136 Mvar - 500 kV na LT Data de necessidade: JUN/2003 Campinas – Cachoeira Paulista (em substituição ao reator de 73 Mvar existente) SE Assis Obra nova, proposta neste PAR 2º banco de autotransformadores 440/230 kV – Data de necessidade: JUN/2003 336 MVA ONS PAR 2003-2005 225 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Cabreúva SITUAÇÃO ATUAL Obra nova, proposta neste PAR 3º banco de autotransformadores 440/230 kV – Data de necessidade: 2002 750 MVA (associada à ampliação da CBA) SE Cabreúva Obra nova, proposta neste PAR Substituição de disjuntores e equipamentos de 9 Data de necessidade: 2002 bays (associada ao 3º banco de autotransformadores 440/230 kV) SE Edgard de Souza Obra nova, proposta neste PAR Substituição de disjuntores e equipamentos de Data de necessidade: 2002 14 bays - 230 kV (associada ao 3º banco de autotransformadores 440/230 kV de Cabreúva) SE Interlagos Obra nova, proposta neste PAR Substituição de disjuntores e equipamentos de 2 Data de necessidade: DEZ/2003 bays (associada à 2ª fase da UTE Nova Piratininga) SE Baixada Santista Obra nova, proposta neste PAR Substituição de disjuntores e equipamentos de 1 Data de necessidade: DEZ/2003 bay – 230 kV (associada à 2ª fase da UTE Nova Piratininga) SE Assis Obra nova, proposta neste PAR 2 bancos de autotransformadores 500/440 kV – Data de necessidade: DEZ/2004 2x750 MVA (associada à LT Londrina – Assis – Araraquara) SE Campinas Obra nova, proposta neste PAR 2º banco de autotransformadores 500/345 kV – Data de necessidade: DEZ/2004 560 MVA (associada à LT Londrina – Assis – Araraquara) ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) A análise das condições de desempenho do sistema de transmissão responsável pelo atendimento ao Estado de São Paulo levou em conta as usinas termelétricas, previstas no PPT, que possuem pareceres de acesso à Rede Básica expedido pelo ONS. Assim, foram consideradas as usinas termelétricas Nova Piratininga (400 MW), CCBS (430 MW) e Três Lagoas (360 MW). ONS PAR 2003-2005 226 / 478 Considerou-se, também, a instalação de novas máquinas na UHE Porto Primavera (13ª e 14ª unidades - 2 x 110 MW). (b) Em situações de despachos de geração elevados nas usinas ligadas ao sistema em 440 kV de São Paulo, em 2003, ocorrem fluxos da ordem de 77% nos dois autotransformadores 440/500 kV de Água Vermelha em condição normal de operação. Em 2003, no caso de perda de uma dessas unidades observa-se carregamento de 140% na unidade restante. (c) A partir de 2003, na condição de carga pesada, para a perda da LT 440 kV Taquaruçu – Assis, a LT 440 kV Taquaruçu – Capivara opera no limite (1.103 MVA / 97%) havendo ainda pequena sobrecarga na LT 440 kV Capivara – Assis (1.600 MVA / 105%). Sobrecargas na LT 440 Taquaruçu – Capivara poderão ocorrer para despachos superiores ao considerado de 90% nas usinas dessa área, ou quando da motorização da UHE Porto Primavera acima de 14 máquinas. Esse problema seria solucionado com a adequação dos equipamentos terminais, no caso de instalação de outras unidades geradoras na usina de Porto Primavera. (d) O transformador 440/230 kV de 336 MVA da subestação de Assis opera próximo ao seu limite em condição normal para despachos de geração de 90% nas usinas principalmente do Paranapanema e para fluxos em torno de 1.300 MW do Sudeste para o Sul. Na contingência da LT 440 kV Assis – Bauru, esse transformador fica submetido a sobrecargas inadmissíveis da ordem de 50%, estando a usina Porto Primavera com 14 máquinas despachadas. Considerandose, adicionalmente, a medida operativa de abertura do barramento 230 kV isolando – se a transformação 440/230 kV de Assis e a LT 230 kV Maringá – Assis das demais linhas, o fluxo pelo transformador é reduzido a valores aceitáveis. Mas, nessa nova condição, o fluxo pela LT 230 kV Maringá – Assis é superior ao máximo admissível. A perda da LT 440 kV Assis – Bauru é a emergência mais severa para o transformador 440/230 kV de Assis, mas, no entanto, há outras que levam esse equipamento a sobrecargas, como a perda da LT 440 kV Assis – Sumaré ou a emergência da LT 500 kV Ivaiporã – Londrina, mencionada no item 3.2.3 sobre o Paraná, mesmo para intercâmbios menores entre o Sul e o Sudeste. Essa situação deverá ser agravada quando da motorização da UHE Porto Primavera além da décima quarta máquina. Essas condições verificadas apontam para a instalação do segundo transformador 440/230 kV de 336 MVA em Assis que eliminaria esse problema. A ampliação da interligação Sul – Sudeste mediante a construção da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com dois transformadores 500/440 kV de 750 MVA em Assis, reduz o carregamento no trafo 440/230 kV de Assis, eliminando os problemas indicados, persistindo, porém, sobrecarga no caso de contingências da LT 500 kV Londrina – Assis, em situações de intercâmbios elevados do Sudeste para o Sul. (e) Os transformadores 750/345 kV – 3 x 1.500 MVA de Tijuco Preto operam no limite em condição normal, no ano 2003, para FSE (fluxo nas três LTs 750 kV Ivaiporã – ONS PAR 2003-2005 227 / 478 Itaberá) da ordem de 7.100 MW em carga pesada e de 6.900 MW em carga média. Nessas condições estão despachadas as usinas Angra 1 e 2, termelétricas em São Paulo (Piratininga, Nova Piratininga e CCBS) e no Rio de Janeiro (Santa Cruz, Termorio e Norte Fluminense). As usinas Eletrobolt e Macaé estão desligadas. Esses valores de FSE são obtidos com despachos de geração elevados no sistema Sul: 90% em carga pesada e 80% em carga média nas usinas dos rios Iguaçu e Uruguai, injeção em Garabi de 1.512 MW em carga pesada e 1.259 MW na carga média e com as UTEs Uruguaiana e Araucária em operação. O despacho na UHE Itaipu 60 Hz é de 6.300 MW em ambas as condições de carga. Os limites de intercâmbio do Sul para o Sudeste implicam em um FSE máximo estimado em 7.150 MW em 2003, 7.400 MW em 2004 e 7.150 MW em 2005. Dessa forma, o carregamento dos transformadores 750/345 kV de Tijuco Preto em condição normal de operação impõe alguma restrição ao intercâmbio do sistema Sul para o Sudeste. Nessas mesmas condições, quando da perda de uma unidade 750/345 kV de Tijuco Preto, as restantes apresentam sobrecargas de 41% em carga pesada e 42% em carga média. É importante observar que: − − − (f) ONS com o reforço na interligação Sul – Sudeste pela construção da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara com dois autotransformadores 500/440 kV de 750 MVA em Assis, nas mesmas condições descritas acima, os carregamentos nos transformadores 750/345 kV de Tijuco Preto em carga pesada, em 2003, são reduzidos a 92% em condição normal de operação e 130% quando da perda de uma unidade. Nessas condições o fluxo pelas três LTs 750 kV Ivaiporã – Itaberá (FSE) é de 6.500 MW; a sobrecarga na transformação 750/345 kV de Tijuco Preto em emergência pode ser reduzida com redespacho de geração no sistema Sudeste para permitir a diminuição da geração na UHE Itaipu 60 Hz. Para geração em Itaipu de 60 Hz respectivamente de 5.600 MW, 4.900 MW e 4.200 MW, as sobrecargas são de 28%, 16% e 4%, no ano 2003 em carga pesada; e geração térmica adicional já referida na área Rio de Janeiro, acarreta a diminuição do fluxo pelos transformadores 750/500 kV de Tijuco Preto e o conseqüente aumento no carregamento da transformação 750/345 kV que, dependendo dos novos montantes de geração e do FSE, podem apresentar sobrecarga em condição normal de operação. A perda da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista provoca sobrecarga na LT 500 kV Cachoeira Paulista – Taubaté da ordem de 14% para diversos cenários de despacho de geração nas usinas térmicas do Estado do Rio de Janeiro. O desempenho do sistema é adequado após a entrada em operação da segunda LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista, em licitação pela ANEEL e prevista para entrar em operação no 3° trimestre de 2004 (vide item 3.3.1, sobre o Rio de Janeiro). PAR 2003-2005 228 / 478 (g) A perda de um dos dois circuitos da LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti (2x1.076 MVA) provoca sobrecarga no circuito remanescente em situações com Angra 1 e 2 em operação e com recebimentos pelo Sudeste a partir de 6.300 MW em carga pesada e 6.900 MW em carga média no ano 2003. Em 2004, nessas mesmas condições, há sobrecargas no circuito restante para recebimentos pelo Sudeste a partir de 5.500 MW em carga pesada e 6.000 MW em carga média. Para maiores valores do recebimento pelo Sudeste essas sobrecargas em emergências atingem valores mais elevados (32% em carga pesada em 2003 para recebimentos pelo Sudeste da ordem de 8.200 MW e 41% em 2004 para recebimentos da ordem de 8.000 MW). Dessa forma, esse problema poderá restringir a operação e a otimização do sistema, considerando que as condições de fluxo e despacho de geração mencionados podem ocorrer com freqüência. Desse modo recomenda-se o reforço desse trecho de linha. A alternativa de solução (referência) é o recondutoramento desse circuito duplo. Entretanto, considerando a intervenção necessária na rede, essa solução poderá ser inviável e a construção de nova linha pode ser a solução conforme estudo de planejamento em andamento. Note-se ainda que o eventual reforço da transformação de Tijuco Preto 750/345 kV com a instalação do 4º banco agrava o problema de carregamento na LT 345 kV Tijuco Preto - Itapeti. Esse assunto deve ser objeto de discussão com o CCPE. (h) A subestação Sul 345/88 kV – 4x400 MVA é atendida pelas SEs Baixada e Embu Guaçu, cujas LTs têm 1.075 MVA de capacidade. As linhas derivadas de Embu Guaçu até Alto da Serra (torre da linha) apresentam capacidade de 896 MVA e ficam submetidas a sobrecarga da ordem de 10% quando de contingência na LT 345 kV Baixada -Sul em 2003, chegando a 1.020 MVA (14%) em 2005, próxima aos limites das demais linhas. No momento, alternativas de solução de planejamento estão em estudo. No horizonte 2005 pode-se observar que o seccionamento adicional do circuito Alto da Serra II – Baixada na SE Sul, passando essa subestação a ser atendida por duas linhas entre Embu Guaçu e Baixada, resolve satisfatoriamente esse problema levando a carregamentos da ordem de 830 MVA, 77% da capacidade do circuito remanescente na perda de um dos circuitos Baixada-Sul e a melhores e satisfatórias condições de tensão. Entretanto, essa possível solução pode não ser viável pela dificuldade de entrada das linhas na subestação Sul, podendo ser adotada outra solução ainda em estudo (subestação seccionadora e recondutoramento do trecho de linha de entrada na SE Sul). (i) A perda da LT 345 kV Mogi – Nordeste causa sobrecarga da ordem de 12% em 2003 e 6% em 2005 (limite de 717 MVA) na LT 345 kV Guarulhos – Nordeste e vice-versa. A transferência de cargas da SE Nordeste 345/88 kV para a SE Norte 345/88 kV pelo sistema em 88 kV, anteriormente proposta como solução para esse problema, não é mais viável. No prazo possível para a construção da LT 88 kV Norte – Nordeste (2004) os carregamentos previstos para a SE Norte esgotam essa subestação. Isso se torna mais grave com os atuais limites de ONS PAR 2003-2005 229 / 478 emergência informados por Furnas. A solução de referência é a troca dos equipamentos auxiliares (bobina de bloqueio e TCs) que limitam o carregamento dessas linhas em 717 MVA e adequação das LTs Guarulhos – derivação Nordeste e Mogi - derivação Nordeste, ambas pertencentes a Furnas, tornandoas compatíveis com a capacidade da SE Nordeste. Observam-se ainda diferenças quanto ao fator de potência da carga atendida por essa subestação entre o estudo de curto prazo e o PAR, que resultam em condições degradas de tensão, não observadas nessa contingência assinalada. (j) Em 2003, o desempenho do sistema em 230 kV de atendimento à grande São Paulo apresenta restrições na contingência de um dos transformadores 440/230 kV de 2x750 MVA de Cabreúva que causa sobrecarga de 35% na unidade remanescente e na contingência de um dos dois circuitos 230 kV Edgard de Souza – Pirituba que acarreta sobrecarga de 18% no circuito restante. Essas restrições são eliminadas a partir da entrada em operação da nova SE Anhangüera 345/88 kV - 2 x 400 MVA, autorizada para dezembro de 2003. Essa subestação irá atender cerca de 400 MW da carga das subestações Edgard de Souza 230/88 kV e Pirituba 230/88 kV, reduzindo com isso o fluxo para o sistema em 230 kV a partir dos transformadores 440/230 kV de Cabreúva e da atual Anhangüera 345/230 kV. Mesmo após a instalação dessa nova subestação, persistem sobrecargas de 12% em 2004 e de 14% em 2005 na unidade restante de Cabreúva 440/230 kV. Entretanto, essa condição se agrava tendo em vista a solicitação de acesso recentemente formulada (março/2002) pela CBA para ampliação de sua carga. O ponto de conexão é o barramento de 230 kV da SE Cabreúva. O aumento de carga solicitado é de 181 MW até 2004, sendo 140 MW já a partir de 2002. As restrições ao desempenho do sistema em 2003, apontadas anteriormente, são agravadas tendo em vista que: − − − o transformador 345/230 kV de 500 MVA de Anhangüera opera no limite em condição normal; a perda de um dos dois circuitos Xavantes – Milton Fornasaro 345 kV causa sobrecarga no circuito restante (1.249 MVA/105%); e a contingência de um transformador em Cabreúva acarreta sobrecarga de até 49% na unidade remanescente e de até 13% no transformador de Anhangüera 345/230 kV, dependendo do despacho de geração do sistema. Com a entrada em operação da SE Anhangüera 345/88 kV - 2 x 400 MVA há redução das sobrecargas em emergência, mas, dependendo do despacho de geração do sistema, permanecem valores superiores a 20% quando da perda de uma unidade de 750 MVA de Cabreúva nas condições de carga pesada e média, podendo atingir até 32% em 2004. Tendo em vista as condições previstas para essa área, conclui-se que é fundamental a manutenção do cronograma da SE Anhangüera 345/88 kV - 2 x 400 MVA para dezembro de 2003 e considerando a ONS PAR 2003-2005 230 / 478 ampliação de carga da CBA, recomenda-se a instalação do terceiro transformador 440/230 kV de 750 MVA na SE Cabreúva com a mesma brevidade. (k) Considerando a remoção do transformador 345/230 kV da SE Itapeti, o sistema em 230 kV responsável pelo atendimento ao Vale do Paraíba apresenta desempenho adequado em condição normal de operação, em todo o período 2003 - 2005. No entanto, apresenta os carregamentos abaixo, em regime de contingência: − − − − a perda de um dos dois transformadores 345/230 kV da SE Mogi (Furnas) causa carregamentos da ordem de 117% na unidade restante, no ano 2003, na condição de carga pesada; a perda da LT 230 kV Mogi (Furnas) – Mogi (CTEEP) provoca carregamento de cerca de 105% na LT 230 kV Mogi (CTEEP) – Mogi Q, na carga pesada, e vice-versa; a indisponibilidade da LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José, acarreta sobrecarga elevada na LT 230 kV Mogi Q – São José, cerca de 22% em 2003; e a perda da LT 230 kV Mogi Q – São José, acarreta carregamento da ordem de 108% na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José. Há algumas manobras operativas que, dependendo dos despacho de geração nas UHEs Santa Branca, Paraibuna e Jaguari e da condição de carga na região, permitem reduzir essas sobrecargas até o ano de 2004, mas não resolvem o problema definitivamente. Os resultados apresentados são obtidos considerandose a UTE Eletrobolt fora de operação e despacho de cerca de 70% na UTE Termorio. As sobrecargas apontadas e a necessidade de medidas operativas são reduzidas quando são considerados despachos de geração térmica no Rio de Janeiro mais elevados, da ordem de 90%, o que diminui o fluxo de potência na LT 230 kV Santa Cabeça – Nilo Peçanha de São Paulo para o Rio de Janeiro. Notase, no entanto, mesmo após a realização de manobras operativas, fluxos elevados em emergências, principalmente no transformador 345/230 kV de 500 MVA de Mogi (95%) e na LT 230 kV Mogi Q – São José (94%). A consideração de um transformador defasador de –30 graus em Nilo Peçanha 230/138 kV variando o fluxo Nilo Peçanha – Santa Cabeça em cerca de 150 MW, no sentido do Rio de Janeiro para São Paulo, diminui as sobrecargas acima apontadas, mas não as elimina em todas as situações de despachos. Em 2003, mesmo com o defasador, na perda de um dos transformadores 345/230 kV de Mogi, a unidade restante apresenta carregamento de 106% e, durante a contingência na LT 230 kV Mogi – São José ocorre sobrecarga na LT 230 kV Mogi Q – São José (106%). Constata-se, dessa forma, que os fluxos através da subestação Nilo Peçanha no sentido do Rio de Janeiro para São Paulo têm basicamente influência sobre essa rede até a SE Taubaté 230 kV, tendo menor relevância na área de Mogi e São José. ONS PAR 2003-2005 231 / 478 Pode-se concluir que o sistema em 230 kV do Vale do Paraíba opera em condições limites durante contingências já no ano 2003. No curto prazo, manobras operativas deverão ser adotadas para contornar as sobrecargas verificadas em emergência. A solução para os problemas dessa rede está sendo objeto de estudo de planejamento recentemente iniciado no âmbito do CCPE, através do GVAP2. Ressalta-se que, em função do prazo necessário para a reforma do transformador 345/230 kV antes da sua instalação na SE Interlagos (10 a 11 meses, de acordo com informações da CTEEP), deve ser avaliada a alternativa de instalar um transformador novo na SE Interlagos, permanecendo o equipamento existente na SE Itapeti. A implantação do 2º transformador 345/230 kV na SE Interlagos é necessária para garantir adequadas condições de operação, em contingência, a partir da entrada da segunda etapa da UTE Nova Piratininga. (l) No PAR 2002 – 2004 a construção da segunda LT 230 kV Taubaté – Aparecida foi proposta para garantir o desempenho adequado do sistema para o atendimento às cargas de Aparecida e Santa Cabeça quando da indisponibilidade da LT 230 kV Taubaté – Aparecida existente. Tendo em conta as previsões de carga de Aparecida e S. Cabeça no total de 171 MVA para o período 2003 – 2005, verifica-se um desempenho adequado tanto em condição normal de operação quanto na perda da LT 230 kV Taubaté – Aparecida com apenas uma LT 230 kV Taubaté – Aparecida. Nessa contingência o atendimento a essas cargas pela subestação de Nilo Peçanha é adequado até o ano 2005, mesmo considerando-se a UTE Eletrobolt desligada, assim como uma máquina na UHE Nilo Peçanha e uma máquina na UHE Pereira Passos fora de operação e contando-se com três máquinas na UHE Fontes. De acordo com as condições previstas, ressalta-se que é possível adiar para 2005 a instalação da segunda LT Aparecida – Taubaté, cuja concessão encontra-se em análise pela ANEEL. (m) A instalação da segunda LT 230 kV Chavantes – Botucatu foi licitada à CTEEP com data para 2003 para aliviar as sobrecargas verificadas no circuito existente quando da perda de uma das LTs 230 kV Chavantes – Piraju ou Piraju – Jurumirim. Tendo em conta a presença desse segundo circuito ChavantesBotucatu, recomenda-se que sejam adequados os limites de curta duração desses circuitos às condições dessa área, uma vez que os atuais limites não asseguram desempenho adequado quando de contingência nesse sistema. A LT 230 kV Piraju – Jurumirim apresenta carregamentos próximos ao seu limite de 319 MVA quando da perda de uma das duas LT 230 kV Chavantes – Botucatu. Ampliações futuras da SE Jurumirim 230/138 kV ou a implantação da SE Avaré Nova 230/138 kV poderão agravar essa situação. (n) ONS A perda de um dos dois circuitos Itapeti – Mogi 345 kV, na carga pesada, pode levar a pequena sobrecarga no circuito restante a partir de 2003 (963 MVA / 103%) em situações com as usinas Angra 1 e 2 despachadas, para recebimento PAR 2003-2005 232 / 478 pelo Sudeste da ordem de 8.200 MW, estando ainda o sistema Sudeste no cenário exportador para a região norte em cerca de 2.100 MW. (o) A análise de sensibilidade considerando em operação outras usinas térmicas na área Rio de Janeiro integradas ao sistema de 500 kV, como proposto para as usinas de Sepetiba (1.248 MW) e Santa Branca (1.050 MW), mostra alguns impactos adicionais em instalações de atendimento à área São Paulo. O principal deles é a superação da capacidade nominal em regime normal de operação do transformador da SE Taubaté 500/440 kV – 900 MVA para situações com recebimento pelo Sudeste da ordem de 8.000 MW, com Angra 2 em operação e despacho elevado nas demais usinas termelétricas do Rio de Janeiro. Outro problema verificado é quando da perda de um dos dois transformadores 440/ 345 kV de 750 MVA de Santo Ângelo, que causa elevados carregamentos na unidade restante, evoluindo de 100% em 2003 a 119% em 2005. Esses aspectos deverão ser detalhados em estudo complementar a se realizar a partir da formalização de acesso das novas usinas da área Rio de Janeiro. ! CONTROLE DE TENSÃO (a) Desligamentos de linhas de 440 kV para controle de tensão são mais freqüentes em situações como as de baixa geração nas usinas do Paraná e de acordo com um certo número de unidades geradoras sincronizadas para absorção de potência reativa. Quando necessário são desligados um dos circuitos duplos das linhas de transmissão que derivam das usinas Ilha Solteira e Jupiá e/ou o desligamento de linhas que chegam às estações terminais de Cabreúva, Embu Guaçu e Santo Ângelo para controle do perfil de tensão no 440 kV. Verifica-se no período 2003-2005 que o controle de tensão em carga leve requer a disponibilidade de todos os recursos existentes do sistema, inclusive de unidades geradoras para absorção de potência reativa pelas usinas de Ilha Solteira, Jupiá, Três Irmãos e Água Vermelha principalmente, para propiciar condições satisfatórias de operação que possam evitar o desligamento de circuitos. Entretanto, podem ocorrer tensões próximas ao limite máximo de tensão do sistema de 440 kV mesmo com as máquinas sincronizadas bastante subexcitadas. Desse modo, para dotar o sistema de maior flexibilidade operativa com o objetivo de reduzir os desligamentos de circuitos na rede de 440 kV, pelo menos um reator manobrável de 180 Mvar/440 kV deve ser adicionado ao sistema, preferencialmente na subestação de Araraquara, o que propiciaria reflexos no perfil de tensão e na absorção de potência reativa das usinas dessa área. Nesse sentido deve ser considerada adicionalmente, pelas concessionárias dessa área do sistema, a possibilidade de desligamento de capacitores da sub transmissão em 138 kV durante as cargas leve e principalmente mínima que permanecem normalmente ligados. Em condições de carga mínima (carga mais baixa que ocorre nas madrugadas de segunda-feira, Natal e Ano Novo) do sistema, é impraticável com os reatores ONS PAR 2003-2005 233 / 478 disponíveis nesse sistema evitar o desligamento de linhas de transmissão de 440 kV devido a redução expressiva de carga. Para operar o sistema de forma adequada é necessária a abertura de pelo menos dois circuitos em 440 kV, e nessas condições e também para um número maior de desligamentos, esse sistema opera satisfatoriamente. Observa-se que a recomposição das cargas de Bom Jardim e Taubaté pelo sistema de transmissão de 440 kV é feita pelo corredor que parte da usina de Ilha Solteira e chega à Santo Ângelo. A tomada de carga nessas subestações poderia ser realizada em menos tempo caso fosse possível efetuá-la através de um novo corredor (Porto Primavera – Taquaruçu – Assis – Sumaré) que, nas condições atuais, apresenta tensões elevadas em Sumaré para energização até Bom Jardim. (b) Em condição normal de operação, durante a carga pesada, verifica-se elevada queda de tensão no sistema em 440 kV. Partindo-se da máxima tensão admissível (460 kV) nos barramentos de 440 kV de Água Vermelha, Ilha Solteira, Jupiá, Três Irmãos, e Porto Primavera, os menores valores de tensão, cerca de 0,98 pu são verificados nos barramentos de 440 kV de Santa Bárbara, Sumaré e Bom Jardim. Em contingência de linhas de transmissão de 440 kV são verificadas tensões na faixa de 0,90 a 0,95 pu nos barramentos de 440 kV de Santa Bárbara, Sumaré e Bom Jardim. Esses níveis de tensão são verificados considerando-se desligados os reatores do sistema em 440 kV. (c) Quando da perda da LT 440 kV Água Vermelha – Ribeirão Preto, na condição de carga pesada, são verificadas tensões inferiores a 0,90 pu no barramento de 440 kV de Ribeirão Preto já a partir de 2003. Entretanto, a tensão no barramento de 138 kV dessa subestação é controlável dentro da faixa desejável. Tendo em vista os fatores de potência nessa área do sistema, é recomendável a instalação de compensação reativa capacitiva em derivação no sistema em 138 kV suprido a partir da SE Ribeirão Preto 440/138 kV. (d) Com relação ao sistema em 500 kV que atende ao Estado de São Paulo, o elevado perfil de tensão observado em alguns cenários de geração a partir do ano de 2003 acarretou problemas de controle de tensão com os recursos existentes, não permitindo condições satisfatórias sem o desligamento de linhas de transmissão, mesmo já com a inserção dos reatores em Marimbondo. Portanto, devem ser adicionados reatores manobráveis no sistema de 500 kV que deriva da usina de Marimbondo até à área Rio de Janeiro e na SE Itutinga, tendo como base evitar/minimizar, ao menos em carga leve, o desligamento de LTs para controle de tensão e tornar a operação do sistema mais flexível. Desse modo, os pontos do sistema de 500 kV identificados para reforço, além de Marimbondo, foram: Campinas 500 kV - 1x136 Mvar e Cachoeira Paulista 500 kV - 1x136 Mvar. ONS PAR 2003-2005 234 / 478 ! CONEXÃO REDE BÁSICA - DISTRIBUIÇÃO A área de Campinas é atendida principalmente pelas transformações 440/138 kV das subestações de Santa Bárbara (3 x 300 MVA) e Sumaré (2 x 300 MVA) e de 345/138 kV (4 x 150 MVA) de Campinas. A análise de desempenho dessa área mostra duas situações com comportamentos diferentes do sistema: − − despachos elevados de geração hidráulica nas usinas do Sudeste, despachos mais baixos no sistema Sul, com recebimento pelo Sudeste relativamente baixo (5.000 MW) e baixos despachos térmico e nuclear no Rio de Janeiro: Nessas condições verifica-se carregamento mais elevado nas transformações 440/138 kV que suprem Campinas em relação a transformação de 345/138 kV de Campinas. Os carregamentos em todas essas três transformações são adequados em condição normal de operação e são inferiores a 120% em emergências em todo o período 2003 – 2005. despachos de geração hidráulica baixos nas usinas do Sudeste, recebimentos elevados do Sul e de Itaipu pelo sistema Sudeste e gerações térmica e nuclear elevada no Rio de Janeiro: Nessas condições verifica-se carregamento mais elevado na transformação 345/138 kV de Campinas em relação às transformações 440/138 kV de Santa Bárbara e Sumaré. Nessas condições há sobrecarga em condição normal de operação nos transformadores 345/138 kV de Campinas a partir de 2003. Carregamentos elevados na transformação 345/138 kV de Campinas aumentam a solicitação na transformação 500/345 kV dessa subestação, sendo os limites atingidos em primeiro lugar na transformação 345/138 kV. Uma medida operativa que poderia ser adotada para evitar os problemas verificados é operar o sistema em 138 kV da área de forma radial. Outra, prover o sistema de capacidade de transformação tal que permita tornar o sistema suficientemente flexível para acomodar os diferentes despachos de geração. ! AÇÕES COMPLEMENTARES 1. Os Agentes de distribuição do Estado de São Paulo devem avaliar a possibilidade de desligar uma parcela dos capacitores instalados na sub transmissão nos períodos de carga leve e mínima, de forma a minimizar a necessidade de desligamentos de linhas de transmissão para controle de reativos. Definir a solução estrutural para os problemas de sobrecarga em condições de contingência na LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti (CCPE/ONS). Concluir a análise referente à implantação de um transformador 345/230 kV novo na SE Interlagos, permanecendo o transformador existente na SE Itapeti (ONS/empresas de São Paulo) Concluir os estudos de planejamento da expansão da transmissão do Vale do Paraíba do Sul (CCPE). Definir a solução estrutural para os problemas de sobrecarga em condições de contingência na LT 345 kV Baixada - Sul (CCPE/ONS). 2. 3. 4. 5. ONS PAR 2003-2005 235 / 478 6. 7. ONS Definir a solução estrutural para a rede de 440 kV que interliga as usinas do Pontal do Paranapanema (CCPE/ONS). Definir o programa de compensação reativa para correção do fator de potência na área de Ribeirão Preto (ONS/empresas de São Paulo). PAR 2003-2005 236 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DE GOIÁS E DO DISTRITO FEDERAL ONS PAR 2003-2005 237 / 478 3.4 Região Centro-Oeste 3.4.1 Goiás e Distrito Federal ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O sistema tronco para atendimento às cargas do Distrito Federal e de grande parte do Estado de Goiás é constituído por três circuitos de 345 kV provenientes da UHE Itumbiara, por dois circuitos de 500 kV provenientes da UHE Serra da Mesa, e também por dois circuitos de 230 kV, que escoam parte da potência gerada pela UHE Cachoeira Dourada. Além de atender às cargas desta área, este sistema tronco é parte integrante da rede que interliga as Regiões Norte/Nordeste à Região Sudeste/Centro-Oeste e, por isso, tem o seu desempenho fortemente influenciado pelo intercâmbio – valor e sentido – praticado na interligação Norte/Sul. O sul do Estado de Goiás é atendido a partir de três circuitos de 230 kV que derivam da UHE Itumbiara e se estendem até o Estado do Mato Grosso e por um sistema de 138 kV proveniente da UHE Cachoeira Dourada que se interliga com o sistema da CEMIG, na área do triângulo mineiro, pelas duas linhas de 138 kV, Cachoeira Dourada – Avatingüara. A área norte do Estado é atendida por uma LT 230 kV proveniente da SE Brasília Sul até a SE Serra da Mesa e por uma transformação 500/230 kV – 400 MVA em Serra da Mesa. Derivado ainda da SE Serra da Mesa, está em operação um sistema em 138 kV, que se estende até a SE Gurupi, que atende também uma pequena parcela das cargas da CELTINS em situações de contingência no sistema da mesma. A capacidade de geração hidráulica instalada nessa área atinge 2.822 MW distribuída pelas usinas de Serra da Mesa (1.293 MW), Corumbá (381 MW), Cachoeira Dourada (652 MW), Paranoá (25 MW) e Cana Brava (471MW), além da geração térmica de 10 MW na UTE Brasília. A primeira unidade geradora da UHE Cana Brava entrou em operação em maio de 2002. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO A área GO/DF opera em condições menos restritas em função de alguns fatores que determinaram um melhor atendimento às cargas dessa área para o período 2003-2005, havendo, contudo problemas durante contingências de linhas de transmissão de 230 kV de atendimento à Goiânia e ao interior do Estado. Esse panorama pode ser atribuído a: implantação de obras referentes à interligação Norte – Sul II até a SE Samambaia 500 kV, as linhas de transmissão para escoamento dessa interligação – LT 500 kV Samambaia – Itumbiara e Samambaia – Emborcação todas já licitadas, bem como a LT 500 Itumbiara - Marimbondo que será re-licitada proximamente. Essas obras irão beneficiar o atendimento a essa área, uma vez que o intercâmbio entre as regiões Norte e Sudeste passa a acontecer majoritariamente pelo sistema de 500 kV, aliviando o sistema de 345 kV derivados das usinas de Itumbiara e Corumbá; e a redução da demanda em torno de 12% na CELG e 15% na CEB ao ano em relação às previsões anteriores, reflexo dos efeitos do racionamento de energia de 2001 e eventuais previsões otimistas anteriormente elaboradas. ONS PAR 2003-2005 238 / 478 ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado de Goiás e para o Distrito Federal. Tabela 3.14 – Obras na Rede Básica no Estado de Goiás e no Distrito Federal DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Samambaia – Itumbiara, 500 kV, circuito Licitada à Expansion simples, 295 km Prazo contratual:ABR/2003 Previsão para operação:DEZ/2002 LT Samambaia – Emborcação, 500 kV, circuito Licitada à Expansion simples, 280 km Prazo contratual:ABR/2003 Previsão para operação:DEZ/2002 LT Serra da Mesa – Rio das Éguas – Bom Jesus Licitada à TSN da Lapa II – Ibicoara - Sapeaçu, 500 kV, circuito Prazo contratual:ABR/2003 simples, 1.054 km (interligação Previsão para operação: ABR/2003 Sudeste/Nordeste) SE Bandeirantes Autorizado à FURNAS 4º banco de autotransformadores 345/230 kV – Prazo contratual: OUT/2002 225 MVA Previsão para operação: OUT/2002 SE Samambaia Autorizado à FURNAS Bancos de capacitores série 500 kV nas LTs para Prazo contratual: DEZ/2002 Serra da Mesa: (circuitos existentes) e ABR/2003 (circuito novo) 270 Mvar – circuito convencional existente 252 Mvar – circuito compacto existente 252 Mvar – circuito compacto em construção SE Serra da Mesa Previsão para operação: DEZ/2002 (circuitos existentes) e ABR/2003 (circuito novo) Obra nova, proposta neste PAR 2º banco de autotransformadores 500/230 kV – Data de necessidade: 2002 400 MVA ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Devido a redução nas previsões de carga para o período 2003-2005, em torno de 12 a 15%, algumas superações de equipamentos apontadas no PAR 2002-2004 não foram mais observadas. Entretanto, apesar dessa retração deve-se observar que a demanda prevista tem um crescimento anual estimado em cerca de 7%. ONS PAR 2003-2005 239 / 478 Não são esperadas sobrecargas na transformação de Bandeirantes 345/230 kV – 2 x 225 MVA e 1 x 276 MVA com a entrada em operação do 4º banco de autotransformadores de 225 MVA em outubro de 2002. Na hipótese de atraso dessa instalação poderão ocorrer sobrecargas superiores a 40%, em contingência de uma de suas unidades. A interligação Norte-Sul conecta-se a essa área pela SE Samambaia 500/345 kV – 2 x 1.050 MVA. A perda de um de seus bancos de autotransformadores, a partir da implantação da interligação Norte-Sul II, pode resultar em sobrecarga acima de 20% na unidade restante somente quando de fluxos na subestação de Serra da Mesa 500 kV superiores a 1.800 MW e no sentido Norte–Sudeste. Desse modo, observa-se que essa contingência não acarreta sobrecarga para fluxos abaixo de 1.100 MW no sentido Norte– Sudeste e também para qualquer fluxo quando o cenário é Sudeste exportador, ou seja, fluxos no sentido Sudeste–Norte. Adicionalmente, a antecipação do cronograma de entrada em operação das usinas hidrelétricas de Corumbá IV prevista para 2004 e de Corumbá III para 2005, que irão se conectar ao sistema de 138 kV da CEB, contribui para reduzir ainda mais as sobrecargas mencionadas em cerca de 6%.Tendo em vista a redução dos níveis de sobrecarga nessa instalação, restrita a faixa mais elevada de fluxos na subestação Serra da Mesa que podem ser contornados com redespacho de geração, é possível o adiamento da instalação do 3º banco nessa subestação anteriormente prevista para 2003. Na área norte de Goiás está iniciando a operação a usina hidrelétrica de Cana Brava (3x157 MW), cuja primeira unidade geradora foi sincronizada em maio de 2002. Essa usina se interliga ao barramento da SE Serra da Mesa por uma linha de transmissão em 230 kV circuito duplo. A integração dessa usina acarreta a necessidade de reforços no sistema devido a problemas verificados na contingência do único autotransformador da subestação Serra da Mesa 500/230 kV – 400 MVA. Na análise das condições de desempenho do sistema nessa região é importante considerar os limites de curta duração das LTs 230 kV que partem de Serra da Mesa e chegam à subestação de Brasília Sul, retificados recentemente por Furnas conforme tabela a seguir. A perda dessa transformação acarreta sobrecargas superiores a 10% e 40% nos circuitos de 230 kV Serra da Mesa - Niquelândia e Niquelândia – Barro Alto, respectivamente, considerando os limites do CPST (161 MVA). Para aliviar estas sobrecargas seria necessário uma redução no despacho de geração de Cana Brava para cerca de 210 MW. De acordo com os valores da Tabela 3.15 ainda podem ocorrer sobrecargas no sistema de 230 kV principalmente na carga leve para despachos elevados nessa usina. Além de sobrecarga no sistema de 230 kV observa-se também que esta contingência causa a perda de sincronismo da usina de Cana Brava para despachos superiores a 220 MW (mínimo de duas máquinas). O parecer de acesso dessa usina (ONS RE 2.1/017/2002) concluiu pela necessidade de reforço na transformação de Serra da Mesa como solução para evitar esses problemas. ONS PAR 2003-2005 240 / 478 Até a entrada do 2º autotransformador 500/230 kV – 400 MVA de Serra da Mesa, o sistema deverá operar com um esquema automático de core de geração na UHE Cana Brava. Tabela 3.15 – Limites de Carregamento em Linhas de Transmissão Linha de Transmissão 230 kV Condutor (MCM) Serra da Mesa – Niquelândia 2 x 954 Niquelândia – Barro Alto 1 x 954 Barro Alto – Brasília Sul 1 x 954 Limite de transmissão Capacidade Capacidade Fatores limitantes do condutor operativa TC e filtro de onda na 1282 A 1200 A SE Niquelândia e TC 510,71 MVA 478,05 na SE Serra da Mesa 641 A 641 A Condutor 255,36 MVA 255,36 MVA 641 A 600 A TC nas SEs Barro 255,36 MVA 239,02 MVA Alto e Brasília Sul Com respeito a contingência simples em linhas de transmissão do anel de atendimento à Goiânia, observam-se sobrecargas que podem ultrapassar 30% nos circuitos da LT 230 kV Anhangüera – Goiânia Leste e na LT 230 kV Bandeirantes – Xavantes quando da saída de um dos dois circuitos desta última. Na contingência da LT 230 kV Anhangüera – Goiânia Leste verificam-se sobrecargas que podem atingir 30% nos dois circuitos da LT 230 kV Bandeirantes – Xavantes. Essas sobrecargas são observadas tomando-se como capacidades operativas destes circuitos 219 MVA, que é o valor constante do CPST. Informações da CELG indicam que essas linhas podem atingir um carregamento de 298 MVA, o que eliminaria esses problemas. Da mesma forma verificam-se sobrecargas que atingem 30% na LT 230 kV Anhangüera – Goiânia Leste para contingência na LT 230 kV Brasília Sul–Brasília Geral. Contingências na LT 230 kV Brasília Geral – Brasília Sul (319 MVA) podem acarretar sobrecargas da ordem de 14% na transformação de Bandeirantes 345/230 kV – 3 x 225 MVA e 1x276MVA e de 20% na LT 230 kV Xavantes – Pirineus (204 MVA). Contingências simples no anel de 230 kV Bandeirantes – Anhanguera – Cachoeira Dourada – Planalto podem acarretar sobrecarga em alguns circuitos desse eixo de até 20%. Ressalta-se que os circuitos 230 kV Bandeirantes – Anhangüera passaram a ter uma capacidade de 382 MVA após as obras recomendadas no PAR 2002-2004, eliminando sobrecargas nesses circuitos. Esta capacidade pode ainda ser aumentada para 438 MVA com a troca do TC ligado ao terminal de Furnas. Cenários com fluxos no sentido Norte da interligação Norte-Sul superiores a 1.800 MW acarretam altos carregamentos nos sistemas de 500 kV e 345 kV dessa área. Emergência na LT 500 kV Samambaia – Emborcação ou na LT 345 kV Itumbiara – Bandeirantes elevam ainda mais os carregamentos e podem acarretar sobrecarga de até 20% nos circuitos de 230 kV que derivam de Cachoeira Dourada para Anhangüera e Planalto que, entretanto, podem ser eliminados através de redespacho na usina de Cachoeira Dourada. ONS PAR 2003-2005 241 / 478 ! CONTROLE DE TENSÃO Normalmente, na área Goiás e Distrito Federal não são necessários desligamentos de linhas de transmissão para controle de tensão. Com a implantação da interligação Norte-Sul II em 2003, nota-se um elevado perfil de tensão nas linhas de transmissão entre as subestações Serra da Mesa e Samambaia em diversas condições de fluxo nessa interligação, principalmente em Samambaia cujas tensões alcançam o limite máximo admissível, o que deverá acarretar em maior controle pela UHE Serra da Mesa. Com relação a futura LT 500 kV Samambaia - Itumbiara prevista para 2003, é importante ressaltar as condições verificadas quando de rejeição ou abertura em um dos terminais de Itumbiara e de Samambaia. Os estudos efetuados de energização e rejeição para essa linha de transmissão (295 km) determinaram apenas a colocação de reator de 73,5 Mvar/500 kV em Samambaia. As simulações efetuadas no PAR 2003-2005 em regime permanente e transitório mostram elevadas tensões sustentadas no terminal em vazio superiores aos limites estabelecidos de 110% (550 kV) da tensão nominal quando de rejeição ou abertura no terminal de Itumbiara. Os sistemas existentes nos dois lados dessa linha de transmissão, em muitas condições operativas, não possuem recursos suficientes para reduzir essas tensões ao patamar satisfatório que permita o fechamento do terminal aberto dentro das condições estabelecidas para os equipamentos de manobra. Essas simulações mostram que para abertura somente do terminal de Itumbiara, as tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até ou superiores a 120% (600 kV) estando duas máquinas em operação na usina de Serra da Mesa. É determinante, para isso, os níveis de tensão em Samambaia, sempre muito elevados, principalmente quando de baixos fluxos nessa interligação. Da mesma forma, para abertura no terminal de Samambaia, observam-se tensões elevadas no terminal em vazio de Samambaia que podem atingir 115% (575 kV) da nominal, estando três máquinas sincronizadas na usina de Itumbiara. Ressalta-se que o número mínimo de máquinas determinado para a operação nessa usina é de uma unidade e na usina de Serra da Mesa de duas unidades, que são as usinas mais influentes para o controle de tensão dessa linha de transmissão. Desse modo, a inserção de reatores nessa linha de transmissão é necessária. Nesse sentido, as simulações efetuadas indicam que um reator no terminal de Itumbiara de cerca de 136 Mvar é satisfatório no caso de abertura em Itumbiara e que para abertura em Samambaia o reator atual de 73,5 Mvar é insuficiente, já considerando inserido o reator de Itumbiara, e caso fosse modificado para cerca de 90 Mvar seria satisfatório. Devido às condições de operação previstas para esse sistema com possibilidade de elevados fluxos em ambos os sentidos, o reator de Itumbiara deve ser manobrável, devendo ser inserido nessa LT, tendo em vista a natureza desse problema, o sistema de transmissão ligado a essa usina, bem como a configuração em anel do barramento da SE Itumbiara tornar mais dispendiosa sua instalação. ! AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 242 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO MATO GROSSO ONS PAR 2003-2005 243 / 478 3.4.2 Mato Grosso ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O sistema de transmissão de energia elétrica que atende ao Estado do Mato Grosso é constituído por um sistema radial de 230 kV que parte da subestação de Rio Verde no Estado de Goiás, com três circuitos até Rondonópolis. Um deles tem seu traçado via Couto Magalhães e outros dois via Barra do Peixe, havendo seccionamento e transformação 230/138/13,8 kV de um circuito em Barra do Peixe 230 kV. Os trechos Barra do Peixe – Rondonópolis e Couto Magalhães – Rondonópolis têm 217 km e 178 km de comprimento, respectivamente. De Rondonópolis, com extensão de 188 km, partem dois circuitos em 230 kV para a subestação Coxipó localizada na capital Cuiabá, onde se concentra cerca de 45% da demanda do Estado e de onde se realiza a distribuição de energia aos centros de carga regionais. A área norte do Estado é atendida por um único circuito a partir da subestação Coxipó, com um comprimento de 105 km até a SE Nobres, ponto de seccionamento e entroncamento com o sistema de transmissão (70 km) associado à UHE Manso, e mais 335 km até a subestação terminal de Sinop. Nesse último trecho, são atendidas por derivação as subestações de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso. Até a entrada em operação da usina térmica de Cuiabá I (480 MW), o sistema de transmissão de 230 kV que chega à subestação Coxipó, era responsável pelo atendimento à quase totalidade do mercado do Estado do Mato Grosso, devido à ausência de usinas de porte no Estado. Com a implantação dessa usina e de outras, como Manso (210 MW), o Estado de Mato Grosso tornou-se auto-suficiente em termos de energia elétrica e a rede em 230 kV passou a ser utilizada como um sistema de transmissão exportador da energia excedente para a Região Sudeste. A capacidade instalada das usinas localizadas no estado totalizava 830 MW em 2001. Até janeiro/2003, considerando um montante da ordem de 450 MW que estão em processo de implantação, o total instalado se elevará para 1.280 MW. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Com a adição das fontes geradoras previstas para 2002 e 2003, a capacidade instalada no estado de Mato Grosso atinge um montante da ordem de 1.300 MW em 2003. Desse total, 1.076 MW (83%) se concentram em seis usinas (UTE Cuiabá e UHEs Manso, Jauru, Guaporé, Itiquira I e II). A demanda máxima prevista para junho/2003 é de 552 MW. Nessas condições, o Estado do Mato Grosso que, a partir da entrada da UTE Cuiabá I (480 MW) e da UHE Manso (210 MW) passou a ter excedentes de geração para exportação ao SIN, tem essa característica exportadora ampliada. Dada a topologia de conexão dessas novas fontes, os fluxos dos excedentes de geração se concentram na SE Coxipó e são direcionados para Rondonópolis. Em Rondonópolis há a adição da geração proveniente das usinas hidrelétricas Itiquira I e II (e, a partir de ONS PAR 2003-2005 244 / 478 dezembro/2004, também da UHE Ponte de Pedra), aumentando o fluxo exportador, o qual se direciona para Rio Verde (GO). Os estudos mostram que, a partir de 2003, o escoamento da totalidade da geração disponível no Estado do Mato Grosso não será possível sem a ampliação do sistema de transmissão. Ou, por outro lado, caso seja mantida a estrutura da rede atual, haverá necessidade de restringir o despacho das usinas, para valores na faixa 70-75% da capacidade instalada em condições normais de operação e na faixa 60-65% em situações de contingência na rede de 230 kV. As limitações da rede se manifestam basicamente por sobrecargas no trecho Coxipó Rondonópolis 230 kV no caso de contingência em um dos circuitos, indicativas da necessidade de ampliação do número de circuitos em 230 kV nesse trecho, e por queda acentuada de tensão no trecho Rondonópolis - Barra do Peixe, indicativa da necessidade de reforço de compensação reativa capacitiva nessa área do sistema. Além desses aspectos, observa-se que, com a configuração de transmissão atual, a operação do conjunto de usinas localizadas no Estado apresenta problemas de estabilidade, verificando-se perda de sincronismo no caso de contingências simples na Rede Básica no Estado ou mesmo fora dele. Esta característica se traduz em limites dinâmicos para exportação inferiores aos obtidos por meio de análises estáticas. A solução proposta neste PAR, derivada de estudo de planejamento de longo prazo conduzido pelo CCPE e recém concluído, contempla a necessidade de instalação já em 2003 dos seguintes ampliações e reforços: i) ii) iii) 3o circuito 230 kV Coxipó - Rondonópolis; seccionamento da LT Rondonópolis - Rio Verde - Itumbiara C1 em Barra do Peixe, ficando ambos os circuitos dessa linha conectados na subestação transformadora 230/138 kV de Barra do Peixe; e compensação série no 3o circuito Coxipó-Rondonópolis e em todos os trechos da LT 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde -Itumbiara C2. Os estudos efetuados indicam ainda que no ano 2005, a menos que não se concretizem as obras de geração visualizadas até esse ano, mesmo com os reforços da rede 230 kV descritos acima, haveria restrições de transmissão para exportar o potencial disponível no estado do Mato Grosso (inclusive da usina térmica) para a região Sudeste. Nesse estágio seria necessária a instalação da próxima expansão prevista no estudo de planejamento de longo prazo composta por um circuito em 500 kV entre Cuiabá e Itumbiara (831 km), com dois seccionamentos, constituindo-se os trechos Cuiabá – Barra do Peixe (383 km), Barra do Peixe-Intermediária (224 km) e Intermediária-Itumbiara (224 km). Em Cuiabá seria implantada uma nova subestação, com transformação 500/230 kV (2x450 MVA), que se interligaria à SE Coxipó pelos dois circuitos em 230 kV. Em Barra do Peixe também haveria transformação 500/230 kV (1x450 MVA). A área centro-norte do Estado é atendida pela LT 230 kV Nobres – Sinop, circuito simples. Considerando a geração instalada nessa área, que passa de 55 MW em junho/2003 para 105 MW a partir de junho/2004, a perda dessa LT provocaria um corte de cargas da ordem de 40 MW na condição de carga máxima do sistema. ONS PAR 2003-2005 245 / 478 Para possibilitar o adequado controle de tensão nessa área do Estado, há necessidade de equipamento de compensação reativa variável em Sinop, já recomendado no PAR 2002-2004 e cuja instalação está em processo de análise pela ANEEL. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir resume as ampliações e os reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Mato Grosso. Tabela 3.16 – Obras na Rede Básica no Estado do Mato Grosso DESCRIÇÃO DAS OBRAS LT 230 kV Coxipó - Jauru, circuito duplo, 360 km SITUAÇÃO ATUAL Autorizadas à Eletronorte Prazo contratual:OUT/2002 SE Jauru (nova) Previsão para operação:JAN/2003 banco de trafos 230/138 kV, 300 MVA e unidade de reserva de 100 MVA; dois reatores de 30 Mvar/230 kV, associados à LT acima SE Coxipó dois reatores de 30 Mvar/230 kV, associados à LT acima LT 230 kV Coxipó - Rondonópolis C3, 188 km, Obras novas, proposta neste PAR circ. simples, 2x795 MCM, com reator de linha, Data de necessidade: JUN/2003 30 Mvar - 230 kV, em Coxipó; Compensação série nos trechos em 230 kV Coxipó - Rondonópolis C3, Rondonópolis – Barra do Peixe C2, Barra do Peixe – Rio Verde C2 e Rio Verde-Itumbiara C2 SE Barra do Peixe: ampliação de 2 vãos de linha adicionais para a conexão da LT Rondonópolis – Rio Verde C1 a ser seccionada em Barra do Peixe ONS PAR 2003-2005 246 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara (831 km) e reatores Obras novas, proposta neste PAR shunt associados, com trechos Cuiabá – Barra do Data de necessidade: JAN/2005 Peixe (383 km), Barra do Peixe - Intermediária (224 km) e Intermediária - Itumbiara (224 km). Transformações 500/230 kV em Cuiabá (2x450 MVA) e em Barra do Peixe (1x450 MVA), associadas à LT 500 kV Cuiabá-Itumbiara SE Sinop compensador estático (-30,70) Mvar, 230 kV Concessão ANEEL em análise pela Data de necessidade: 2002 ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) O Estado do Mato Grosso que, a partir da entrada da UTE Cuiabá (480 MW) e da UHE Manso (210 MW), passou a ter excedentes de geração para exportação ao SIN, tem essa característica exportadora ampliada a partir de 2002 com a entrada de novas fontes geradoras. Em 2002 estão previstas as UHEs Itiquira I (60,8 MW) e Itiquira II (95,2 MW) acrescentando 156 MW à capacidade de geração do MT. Tais usinas irão se conectar à SE Rondonópolis por uma LT em 230 kV, circuito simples, com cerca de 70 km de extensão. Adicionalmente, no período outubro/2002 a janeiro/2003 está prevista a entrada de duas novas usinas hidrelétricas, Jauru (3x36,7 MW) e Guaporé (3x40 MW), localizadas no sudoeste do Estado, acrescentando 230 MW à capacidade instalada. A potência dessas usinas será escoada pela LT Coxipó - Jauru 230 kV, circuito duplo, com 360 km de comprimento e entrada em operação prevista para janeiro de 2003. Com a adição dessas fontes, a capacidade instalada no Estado de Mato Grosso atinge um montante da ordem de 1.280 MW. Desse total, 1.076 MW (84%) se concentram nas seis usinas anteriormente citadas (UTE Cuiabá, Manso, Jauru, Guaporé, Itiquira I e II), sendo 920 MW (72%) nas quatro primeiras. (b) Dada a topologia da conexão dessas novas fontes, os fluxos dos excedentes de geração se concentram na SE Coxipó e são direcionados para Rondonópolis, através dos dois circuitos Coxipó - Rondonópolis 230 kV e da LT Coxipó - JaciaraRondonópolis 138 kV que opera em paralelo à rede 230 kV. Em Rondonópolis há a adição da geração proveniente de Itiquira I e II (e, a partir de dezembro/2004, também da UHE Ponte de Pedra), aumentando o fluxo exportador, o qual se direciona para Rio Verde através dos três circuitos 230 kV ONS PAR 2003-2005 247 / 478 (dois deles via Barra do Peixe e um via Couto Magalhães) e da LT 138 kV Rondonópolis - Couto Magalhães - Rio Verde que opera em paralelo à rede 230 kV. Dada essa distribuição de fluxos, as emergências mais críticas para a determinação do despacho máximo das usinas e do limite de potência exportável são as seguintes: − − (c) saída de um dos dois circuitos Coxipó - Rondonópolis 230 kV, a qual tende a provocar sobrecargas no circuito remanescente (limites de 240/ 286 MVA, para condição normal/emergência) e na LT Coxipó - Jaciara-Rondonópolis 138 kV (limites de 74/86 MVA para condição normal/emergência); saída do trecho Rondonópolis - Barra do Peixe da LT Rondonópolis - Rio Verde 230 kV C2, a qual tende a causar queda acentuada de tensão no sistema 230 kV e ao longo da LT 138 kV Rondonópolis - Couto Magalhães. No ano 2003 há previsão de um acréscimo de 131 MW na capacidade de geração, correspondente a pequenas centrais geradoras (PCH) a serem instaladas nas áreas centro-norte (77 MW) e sudoeste (54 MW), elevando a potência total instalada para aproximadamente 1.300 MW em junho/2003 e 1.410 MW no final desse ano. A carga máxima considerada para junho de 2003 atinge 552 MW. Análises em regime permanente indicam que, em condição normal de operação, verifica-se a necessidade de restringir o despacho de geração a valores na faixa de 69% a 77% da potência instalada, dependendo do patamar de carga do sistema, sendo a maior redução para a situação de carga leve. Considerando como referência um despacho máximo de 90% da capacidade instalada, tal restrição corresponde a valores de potência não despachada na faixa de 240 a 150 MW. Note-se que essa restrição é em parte influenciada pelo carregamento da LT 138 kV Coxipó – Jaciara - Rondonópolis que opera em paralelo com a rede 230 kV nesse trecho e que tende a entrar em sobrecarga para níveis altos de geração nas usinas do sudoeste do Estado, da UTE Cuiabá e da UHE Manso. Com essa redução de geração o sistema opera com níveis de tensão adequados e o fluxo de exportação a partir de Rondonópolis atinge valores da ordem de 430 MW, sendo 370 MW pelas linhas em 230 kV e 60 MW pela LT 138 kV Rondonópolis - Couto Magalhães. As perdas totais de transmissão em carga pesada resultam da ordem de 13%. Na contingência de um dos dois circuitos Coxipó - Rondonópolis 230 kV, há necessidade de restringir o despacho de geração a valores na faixa de 59% a 67%, correspondendo a potências não despachadas na faixa de 350 a 270 MW, sendo os valores mais restritivos referentes à condição de carga leve. Tal redução de geração é necessária para evitar sobrecarga no circuito 230 kV remanescente ou na LT 138 kV Coxipó - Jaciara – Rondonópolis. Na perda do trecho Rondonópolis - Barra do Peixe da LT Rondonópolis - Rio Verde 230 kV C2, as necessidades de restrição de despacho resultam na faixa ONS PAR 2003-2005 248 / 478 310 a 165 MW, para se manter níveis mínimos de tensão adequados na rede 230 kV. A tensão ao longo da LT 138 kV Rondonópolis - Couto Magalhães, contudo, cai a valores da ordem 88% em Couto Magalhães, evidenciando a necessidade de instalação de compensação reativa capacitiva para a devida elevação da tensão. (d) Ainda no ano 2003, considerando os resultados da análise dinâmica efetuada, verificou-se um limite máximo de exportação a partir de Rondonópolis 230 kV da ordem de 350 MW, sendo 300 MW pelas linhas 230 kV e 50 MW pela linha 138 kV Rondonópolis - Couto Magalhães. Tal situação corresponde a uma operação com 70% da capacidade instalada em condições de carga pesada de Junho/2003. Na condição de carga leve, o nível de máxima exportação seria atingido com despachos da ordem de 63% da capacidade instalada do Estado. (e) A área centro-norte do Estado é atendida pela LT 230 kV Nobres – Sinop, circuito simples, com capacidade operativa de 240 MVA. Essa linha atende em derivação às subestações de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso bem como a subestação terminal de Sinop. Destaca-se que essa área terá um aumento de capacidade geradora instalada, que passa de 55 MW em junho/2003 para 105 MW a partir de junho/2004, reduzindo em cerca de 25% o fluxo nessa linha de transmissão, a partir da SE Nobres, de 53 MW em 2003 para 40 MW em 2004 e 2005. A subestação de Sinop, localizada a cerca de 260 km da SE Nobres, apresenta problemas de controle de tensão em condições normais de operação, havendo inclusive dificuldades de operação do banco de capacitores existente nessa subestação. Em decorrência, cortes parciais de carga no sistema de distribuição podem provocar a abertura, por sobretensão, da LT 230 kV Nobres - Sinop, e, nesse caso, a rejeição total de cargas atingiria valores da ordem de 40 MW. A instalação de equipamento de compensação reativa variável é importante para esse sistema para o ano de 2002, conforme recomendado no PAR 2002-2004 e que se encontra em fase de análise na ANEEL. (f) Nos anos 2004 e 2005 a característica exportadora do Estado do Mato Grosso se mantém e, caso não haja alterações significativas na rede de transmissão, o panorama geral das condições de atendimento de 2003 se repete. A potencialidade de exportação aumenta a partir de dezembro/2004 com a entrada da primeira máquina da UHE Ponte de Pedra (3x58,7 MW), cuja potência plena é prevista para março/2005. O processo de solicitação de acesso dessa usina, o qual acha-se interrompido por iniciativa do acessante, indica que a conexão da mesma se dará por uma LT 230 kV de uso exclusivo, interligada à SE 230 kV de Rondonópolis. A potência total instalada no Estado atinge aproximadamente 1.440 MW em junho/2004 e passa a 1.620 MW em junho/2005. As demandas previstas em carga pesada nos mesmos meses atingem, respectivamente, 626 MW e 669 MW. ONS PAR 2003-2005 249 / 478 (g) As simulações mostram que, a partir de 2003, o escoamento da totalidade da geração disponível no Estado do Mato Grosso, em todas as condições de carga, não será possível sem a ampliação do sistema de transmissão, conforme demonstrado no item c anterior. As limitações da rede se manifestam basicamente por dois aspectos: sobrecargas no trecho Coxipó - Rondonópolis 230 kV no caso de contingência em um dos circuitos, indicativas da necessidade de ampliação do número de circuitos em 230 kV nesse trecho, e por queda acentuada de tensão no trecho Rondonópolis - Barra do Peixe, indicativa da necessidade de reforço de compensação reativa capacitiva nessa área do sistema. (h) Por outro lado, verifica-se que conclusões similares têm sido obtidas no estudo que está em andamento no âmbito do CCPE relativo à expansão do sistema de transmissão do Mato Grosso. Nesse estudo, cujo relatório está sendo finalizado pelo CCPE, são considerados dois estágios de evolução da rede. O primeiro deles refere-se ao período de curto prazo, com horizonte 2004/05, e com um cenário de geração/carga similar ao que está sendo adotado neste relatório. Para esse estágio, o estudo do CCPE recomenda a instalação do seguinte conjunto de ampliações ou reforços: i) ii) iii) 3o circuito 230 kV Coxipó - Rondonópolis, o que solucionaria o primeiro dos dois aspectos de limitações da rede acima mencionados; seccionamento da LT Rondonópolis – Rio Verde - Itumbiara C1 em Barra do Peixe, ficando ambos os circuitos dessa linha conectados na subestação transformadora 230/138 kV de Barra do Peixe; e compensação série no 3o circuito Coxipó-Rondonópolis e em todos os trechos da LT 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde-Itumbiara C2. Esse reforço solucionaria, em parte, o segundo dos aspectos de limitações da rede anteriormente citados. Para a contingência de saída do trecho Rondonópolis – Barra do Peixe C2, contudo, ainda haveria necessidade de restrição de despacho de geração para evitar o colapso de tensão no tronco Rondonópolis – Barra do Peixe –Rio Verde. No estudo do CCPE, o segundo estágio está atrelado a um cenário de maior expansão da geração, com a entrada de novas fontes previstas ou cogitadas para o Mato Grosso, tais como: UHE Couto Magalhães (prevista para 2007) extensão da interligação Acre - Rondônia ao Mato Grosso (200 MW), conjunto de usinas do rio Sangue (da ordem de 200 MW) e UTE Cuiabá II (480 MW). Nesse estágio haveria a instalação de um circuito em 500 kV entre Cuiabá e Itumbiara (831 km), com dois seccionamentos, constituindo-se os trechos Cuiabá – Barra do Peixe (383 km), Barra do Peixe - Intermediária (224 km) e Intermediária - Itumbiara (224 km). Em Cuiabá seria implantada uma nova subestação, com transformação 500/230 kV (2x450 MVA), que se interligaria com a SE Coxipó através de dois ONS PAR 2003-2005 250 / 478 circuitos em 230 kV. Em Barra do Peixe também haveria transformação 500/230 kV (1x450 MVA). (i) Nas análises realizadas neste PAR considerando as ampliações/reforços i), ii) e iii) acima citadas, verificou-se através de estudos dinâmicos, para a condição de carga pesada de Junho/2004, um limite máximo de exportação a partir de Rondonópolis 230 kV da ordem de 460 MW, sendo 405 MW pelas linhas 230 kV e 55 MW pela linha 138 kV Rondonópolis - Couto Magalhães. Tal situação corresponde a uma operação com 77% da capacidade instalada. Em outras condições de carga, para manter o mesmo nível máximo de exportação, haveria necessidade de maior redução da geração, a qual poderia atingir valores da ordem de 73% na situação de carga leve de Junho/2004. (j) Ainda para o ano de 2004, procurou-se verificar o limite de utilização da rede 230 kV considerando a adição de compensação série adicional à prevista no subitem iii) anterior. Consideraram-se as ampliações descritas nos sub-itens i) e ii) do item h), compensação série de 40% nas linhas 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde C1 e Rondonópolis – Couto Magalhães – Rio Verde, e, para manter a distribuição de fluxos com maior carregamento das linhas de menores perdas, aumentou-se para 65% a compensação série da linha Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde C2. Nessas condições, a análise mostrou que, sob o aspecto de estabilidade dinâmica, seria possível uma exportação a partir de Rondonópolis 230 kV da ordem de 605 MW, sendo 555 MW pelas linhas 230 kV e 50 MW pela linha 138 kV Rondonópolis - Couto Magalhães. Tal situação corresponde a uma operação com 88% da capacidade instalada na condição de carga pesada de junho/2004. Observou-se, contudo, que, nas condições acima, o limite de carregamento das linhas em regime permanente passa a ser o elemento restritivo. Na contingência de saída do trecho Rondonópolis – Barra do Peixe C2, o trecho Rondonópolis – Barra do Peixe C1 atinge um carregamento de 323 MVA, ou seja, 13% acima do limite 286 MVA indicado no CPST. Para manter um fluxo limitado a 286 MVA, haveria necessidade de redução da geração para um nível da ordem de 83% da capacidade instalada. (k) Para o ano 2005, caso se concretize a entrada da UHE Ponte de Pedra (176 MW), a solicitação do sistema 230 kV tenderá a aumentar, uma vez que o acréscimo de geração superaria o aumento da carga, causando um aumento do potencial de exportação a partir de Rondonópolis. Em contrapartida, caso haja uma postergação da implantação desse aproveitamento, as condições de carregamento da rede ficarão atenuadas em relação ao ano 2004, devido à redução da potência exportável em razão do aumento de carga local. Nessas condições, a menos que não se concretizem as obras de geração visualizadas para esse ano, verifica-se que, mesmo com os reforços da rede 230 kV descritos no item h), sub-itens i), ii) e iii), e, ainda com os eventuais ONS PAR 2003-2005 251 / 478 reforços adicionais de compensação série mencionados no item j), haveria restrições de transmissão para exportar o potencial disponível no estado do Mato Grosso para a região Sudeste. Para eliminar tais restrições de transmissão haveria necessidade, a partir de 2005, de um novo reforço estrutural da rede, o qual, pelos estudos de planejamento em elaboração no âmbito do CCPE, seria a instalação de um circuito em 500 kV entre Cuiabá e Itumbiara (831 km), conforme descrito no item h). De acordo com análise dinâmica preliminar, o sistema é estável dinamicamente para a perda do trecho de 500 kV Cuiabá – Barra do Peixe considerando a geração prevista até o ano 2005 nessa área, contribuindo para isso o reforço no sistema de 230 kV recomendado (3º circuito CoxipóRondonópolis e compensação série no C2 de Rondonópolis - Barra do Peixe - Rio Verde - Itumbiara) e ainda a ligação proporcionada pelo abaixamento 500/230 kV em Barra do Peixe Não obstante a instalação dessa solução estrutural é importante analisar o custo x benefício dos reforços adicionais de compensação série da rede 230 kV mencionados no item j), uma vez que os mesmos possibilitam melhorar o desempenho dinâmico do sistema, particularmente nas contingências de perda do novo elo em 500 kV, atenuando os requisitos de eventuais cortes de geração. (l) Com a instalação de compensação série na rede 230 kV, haverá uma maior utilização das linhas 230 kV que partem de Rondonópolis em direção a Rio Verde, cujos limites de carregamento passariam a ser o elemento restritivo. Sob esse aspecto, torna-se importante caracterizar os fatores que afetam tais limites, visando eliminar eventuais restrições causadas por equipamentos terminais e/ou vãos críticos. Os valores limites de carregamento considerados nos três trechos de Furnas (Rio Verde - Barra do Peixe C1 e C2, e Rio Verde - Couto Magalhães) foram iguais a 240 MVA, de acordo com o CPST. Nos trechos da Eletronorte os valores considerados foram: 286 MVA, para Barra do Peixe - Rondonópolis C1 e Couto Magalhães - Rondonópolis, e 240 MVA para Barra do Peixe - Rondonópolis C2. ! CONTROLE DE TENSÃO Para se obter níveis de tensão adequados na área norte do Estado, há necessidade de equipamento de compensação reativa variável em Sinop, recomendado no PAR 20022004 e em fase de processo de análise pela ANEEL. Observa-se que deve ser revista a potência adequada dessa instalação tendo em conta a construção de novas usinas (PCHs) e previsão de mercado na área de influência de Sinop. Há necessidade de reforço no tronco 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde para suportar contingências de linhas nesta área do sistema. ! CONEXÃO REDE BÁSICA - DISTRIBUIÇÃO É importante a caracterização dos fatores que afetam os limites de carregamento da linha 138 kV Coxipó - Rondonópolis (74/86 MVA em condição normal/emergência), pois tal linha, operando em paralelo com a rede 230 kV tende a se sobrecarregar, tornando- ONS PAR 2003-2005 252 / 478 se um elo restritivo para os despachos de geração. Verifica-se uma relação aproximada de 5:1 entre a variação do despacho de geração na área de Cuiabá e a variação de fluxo na citada LT 138 kV, ou seja, a elevação dos limites de carregamento em 20 MVA, por exemplo, evitaria reduções de geração da ordem de 100 MW. Verifica-se, por outro lado, que a abertura permanente dessa linha, desfazendo o paralelo, aumentará os requisitos de corte de geração na contingência de saída de um dos dois circuitos 230 kV Coxipó - Rondonópolis. Tal abertura poderá também impor restrições de geração na área de Cuiabá durante contingências em um dos autotransformadores 230/138 kV de Rondonópolis (2x100 MVA) de modo a não provocar sobrecarga no remanescente, o que poderia acontecer durante o patamar de carga leve. Há excessiva queda de tensão ao longo da LT 138 kV Rondonópolis - Couto Magalhães, para contingências simples nos circuitos em 230 kV que saem de Rondonópolis em direção a Rio Verde, evidenciando a necessidade de instalação de compensação reativa capacitiva na SE Couto Magalhães 138 kV. Para esse trecho, é também importante a caracterização dos fatores que afetam seus limites de carregamento (74/86 MVA, de acordo com a base de dados dos estudos de planejamento). ! AÇÕES COMPLEMENTARES 1. Analisar os limites de carregamento da rede 230 kV considerando a instalação do 3o circuito Coxipó-Rondonópolis, bem como diferentes hipóteses de compensação série nas linhas 230 kV entre Coxipó e Itumbiara (ONS/CCPE). 2. Avaliar os fatores limitantes das três LTs 230 kV entre as subestações Rio Verde e Rondonópolis e também na LT 138 kV Coxipó - Rondonópolis, visando eliminar eventuais restrições causadas por equipamentos terminais, vãos críticos etc.(ONS/Empresas envolvidas da área). ONS PAR 2003-2005 253 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO PARÁ Suriname Guiana Amapá Roraima Belém Utinga Sta. Maria Guamá (03) Vila do Conde (02) Altamira Amazonas Tucuruí (I e II) Rurópolis Transamazônica (04) Maranhão (03) Açailândia Marabá Pará Imperatriz LEGENDA: Usina Hidrelétrica Usina Termelétrica Subestação LT 500 kV LT 230 kV Tocantins LT 138 kV LT 69 kV Mato Grosso ONS PAR 2003-2005 254 / 478 3.5 Região Norte 3.5.1 Pará ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado do Pará pode ser dividido geo-eletricamente nas áreas nordeste e oeste. Na área nordeste localiza-se a região metropolitana de Belém e a na área oeste a rede de transmissão em 230 kV denominada Tramoeste. A área nordeste do Estado do Pará é atendida atualmente por um único circuito em 500 kV entre a UHE Tucuruí e a SE Vila do Conde. Na SE Vila do Conde 500/230/69 kV, estão instalados três autotransformadores de 750 MVA. É importante ressaltar que esse tronco da Rede Básica é responsável pelo atendimento a aproximadamente 78% de todo o mercado do Estado do Pará, incluindo o complexo Albrás/Alunorte, com uma demanda atual da ordem de 650 MW. A duplicação da LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde foi objeto de licitação conduzida pela ANEEL, devendo estar em operação até agosto/2002. A partir da subestação de Vila do Conde, derivam dois circuitos em 230 kV que passam pela SE Guamá e chegam a SE Utinga que se liga à SE Santa Maria através de um elo singelo em 230 kV. O restante do mercado do Estado do Pará (22%) é atendido a partir de sistemas radiais derivados da UHE Tucuruí onde destacam-se o sistema Tramoeste, com 662 km de extensão, formado por um circuito em 230 kV, partindo da UHE Tucuruí e passando por Altamira, Transamazônica, chegando até Rurópolis, no extremo oeste do Estado. A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica, com o sistema de distribuição da Celpa é feita nas subestações 500/230/69 kV de Tucuruí, Marabá e Vila do Conde, nas subestações 230/69 kV de Guamá, Utinga e Altamira, na subestação 230/138 kV de Rurópolis, na subestação 230/138/69 kV de Santa Maria e na subestação 230/34,5 kV de Transamazônica. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Com relação ao atendimento às cargas localizadas no nordeste do Estado do Pará, onde destaca-se o atendimento à região metropolitana de Belém, considerando a implantação da LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde C2, licitada e sob a responsabilidade da Empresa Paraense de Transmissão de Energia – (ETEP), com data para entrada em operação até agosto/2002, não se visualizam problemas de atendimento a essa região visto que, com essa obra, o sistema elétrico da Rede Básica que atende à essa região encontra-se dimensionado para atender ao critério N-1. Como o atendimento a SE Santa Maria é efetuado por um único circuito, verifica-se corte de carga quando da perda deste circuito. Verificam-se também problemas de regulação de tensão, que implicam em cortes de carga na região, quando de contingências em linhas de transmissão em 230 kV no eixo Vila do Conde – Guamá – Utinga. Estudos de planejamento desenvolvidos pelo CCPE apresentam como solução para esse problema a construção de um circuito 230 kV Vila do Conde – Santa Maria. A entrada em ONS PAR 2003-2005 255 / 478 operação dessa obra garante o atendimento ao critério de contingência simples nessa região. No atendimento ao Tramoeste, localizado ao oeste do Estado do Pará, que também é efetuado por um único circuito em 230 kV, verificam-se cortes de carga permanente, quando da perda de linhas de transmissão no eixo Tucuruí – Altamira – Transamazônica – Rurópolis, além de dificuldades de regulação de tensão devido a sua extensão e ao porte da carga atendida. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Pará. Tabela 3.17 – Obras na Rede Básica no Estado do Pará DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Tucuruí – Vila do Conde C2, 500 kV, circuito Licitada à ETEP 2001 simples, 323 km Prazo contratual: AGO/2002 Previsão para operação: AGO/2002 LT Vila do Conde – Santa Maria, 230 kV, circuito Em licitação pela ANEEL simples, 179 km Data de necessidade: 2002 SE Vila do Conde Autorizado à ELETRONORTE 3º transformador 230/69 kV, 33 MVA (remanejado Prazo contratual: OUT/2001 da SE Marabá) Previsão para operação:OUT/2002 SE Altamira 2º transformador 230/69/13,8 kV, (remanejado da SE Marabá) SE Transamazônica 2º transformador 230/34,5 kV, (remanejado da SE Marabá) SE Tucuruí Autorizado à ELETRONORTE 60 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação:AGO/2002 Autorizado à ELETRONORTE 30 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: AGO/2002 Concessão em análise pela ANEEL interligação de barra 500 kV (reatores limitadores Data de necessidade: 2002 de corrente 20 Ω/fase. Obra associada à operação da UHE Tucuruí II) SE Marabá Concessão em análise pela ANEEL 2º banco de autotransformadores 500/230 kV - Data de necessidade: 2002 450 MVA ONS PAR 2003-2005 256 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Marabá SITUAÇÃO ATUAL Obra nova, proposta neste PAR substituição do banco de autotransformadores de Data de necessidade: DEZ/2004 300 MVA (existente) na SE Marabá 500/230 kV por outro de 450 MVA ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) Atualmente, em condições normais de operação, o atendimento ao Estado do Pará é adequado, isto é, nenhum critério é violado. O atendimento à área nordeste do Pará depende integralmente da disponibilidade da LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde – C1. A contingência deste circuito provoca corte de carga da ordem de 1.200 MW em 2002. A solução para este problema é a instalação da LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde C2, cuja concessão foi objeto de leilão conduzido pela ANEEL, em 2001, estimandose a entrada em operação deste circuito para agosto de 2002. A entrada em operação dessa linha de transmissão, melhora significativamente o desempenho do sistema, possibilitando o atendimento ao critério de contingência simples no eixo Tucuruí – Vila do Conde, bem como a perda de um dos autotransformadores de Vila do Conde, sem que haja perda temporária de carga, em todo o horizonte do estudo (2005). Com relação ao atendimento ao eixo 230 kV Vila do Conde – Guamá – Utinga – Santa Maria, também no nordeste do Estado do Pará, verifica-se a necessidade de ampliações na Rede Básica. Atualmente, consta do Programa de Licitação de Concessão de Linhas de Transmissão da ANEEL a LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria (via Castanhal), com 179 km de extensão, obra proposta no estudo de planejamento de longo prazo, desenvolvido pelo CCPE, como a melhor alternativa para atendimento à essa área. Considerando a implantação dessa linha de transmissão, o critério de contingência simples é atendido em todo o horizonte do estudo (2005). Sem considerar essa ampliação na Rede Básica, na perda de um dos circuitos 230 kV Vila do Conde – Guamá, verifica-se sobrecarga no circuito remanescente que só será eliminada efetuando-se corte de carga na região. Por outro lado, o atendimento a SE Santa Maria que atualmente é efetuado radialmente, por um único circuito, fica equacionado considerando a implantação da LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria. Quanto ao atendimento às cargas da Celpa e da Eletronorte, derivadas da SE Marabá, verifica-se que a perda do único autotransformador 500/230 kV provoca um corte de carga da ordem de 168 MW, em 2003, além de deixar indisponível o compensador síncrono desta subestação, que é de grande importância para a operação da interligação Norte/Nordeste. A solução para este problema é a implantação do segundo banco de autotransformadores, conforme indicado no PAR 2002-2004, ainda em análise pela ANEEL. Ressalta-se que devido a perspectiva de (b) (c) (d) ONS PAR 2003-2005 257 / 478 (e) ! crescimento de mercado na região, 219 MW em 2004, e 325 MW em 2005, é conveniente que o segundo autotransformador seja de 450 MVA. Dessa forma, para atender ao critério N-1 em todo o horizonte do estudo, é necessário que o autotransformador de 300 MVA, existente na subestação, seja substituído por outro de 450 MVA, a partir de 2004. Com relação ao sistema radial que atende à área do Tramoeste, verifica-se que não é possível atender ao critério de contingência de linhas de transmissão. Destaca-se que o atendimento a essa área, em condição normal de operação, é satisfatório em todo o horizonte estudado (2005). AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 258 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO TOCANTINS São Miguel Rio Ara gua ia Imperatriz Tocantinópolis (03) Araguaiana Pará Porto Franco Maranhão Nova Olinda Colinas Ara gua ia Colinas (03) Guaraí 2 Lajeado Miranorte Rio Miracema Tocantins Palmas Paraíso 2 Palmas 2 Mato Grosso Nova Rosalândia (03) Isamu Ikeda LEGENDA: Usina Hidrelétrica Gurupi Bahia Gurupi Rio LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV (03) ONS PAR 2003-2005 tins Tocan Porangatu Subestação LT 500 kV Figueirópolis Alvorada Usina Termelétrica Serra da Mesa Goiás 259 / 478 3.5.2 Tocantins ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Em função das conexões com a Rede Básica, o Estado do Tocantins pode ser dividido geo-eletricamente nas áreas norte, centro e sul. O atendimento à área norte, é efetuado em 69 kV a partir da SE Imperatriz 500/230/69 kV, localizada no Estado do Maranhão, e em 138 kV a partir da SE Porto Franco 230/138/69 kV, também localizada no Estado do Maranhão. Dessas subestações derivam duas linhas de transmissão, respectivamente em 69 kV e 138 kV, que convergem para as SEs São Miguel e Tocantinópolis da CELTINS. A área centro, principalmente a capital Palmas, é suprida pela SE Miracema 500/138 kV que secciona a interligação Norte/Sul I. Existe também uma interligação em 138 kV entre a SE Alvorada da CELTINS, localizada no extremo sul do Estado, e a SE Porangatu da CELG. A operação desta interligação só se faz necessária quando em situação de contingências no sistema de distribuição da CELTINS. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado do Tocantins, como pode ser visto em sua descrição, é basicamente composto pela rede de distribuição da CELTINS. Observa-se que o sistema de transmissão da Rede Básica que atende às cargas norte e centro do Estado não está adequado para atender ao critério de contingência simples. No trecho entre Imperatriz e Porto Franco, existe apenas um circuito em 230 kV, e a perda desse circuito provoca corte de carga temporário nessas regiões. ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Em condições normais de operação e ao longo de todo o período analisado, o sistema de transmissão da Rede Básica que atende ao Estado do Tocantins apresenta desempenho satisfatório. Entretanto, não é possível evitar cortes temporários de carga no caso de contingência em transformadores nas subestações de Porto Franco (MA) e Miracema. Outro problema visualizado, é que o atendimento à subestação de Porto Franco (MA) é efetuado por um único circuito em 230 kV, o que não permite atender ao critério de contingência da LT 230 kV Imperatriz - Porto Franco. Ressalta-se que, na ocorrência dessa contingência, toda a carga pode ser atendida pelo sistema de distribuição da CELTINS, evitando dessa forma corte de carga permanente no Estado. ! AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 260 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO MARANHÃO São Luís São Luís I São Luís II Pará Miranda Peritoró Coelho Neto Maranhão (04) (03) Marabá Açailândia (04) (03) (02) Teresina II (03) (02) Presidente Dutra Teresina Imperatriz Piauí (03) Tocantinópolis Colinas P. Franco Boa Esperança São João do Piauí Tocantins LEGENDA: Usina Hidrelétrica Usina Termelétrica Subestação LT 500 kV LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV ONS PAR 2003-2005 261 / 478 3.5.3 Maranhão ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA O atendimento ao Estado do Maranhão é basicamente realizado através de três subestações em 500 kV, Imperatriz, Presidente Dutra e São Luís II e de duas linhas de transmissão em 500 kV que saem de Tucuruí e passam por Imperatriz e Presidente Dutra. Da subestação de Presidente Dutra partem dois circuitos também em 500 kV até a subestação São Luís II, com 301 km de extensão. A subestação São Luís II 500/230 kV, com três autotransformadores de 600 MVA, é responsável pelo atendimento a aproximadamente 77% de todo o mercado do Estado, incluindo o consumidor Alumar, com uma demanda atual de 735 MW. Na SE São Luís II chega um circuito em 230 kV vindo da SE Teresina, no Estado do Piauí, com 390 km de extensão, e que passa pelas SEs Peritoró e Miranda. Ainda da SE São Luís II derivam duas linhas de transmissão em 230 kV, com 19 km de extensão, para atender à área metropolitana de São Luís. Além disso, existe um circuito radial em 230 kV, com 111 km, que vai da subestação Imperatriz até Porto Franco, e que atende também parte das cargas do Estado do Tocantins. O atendimento à SE Coelho Neto é efetuado por meio de uma derivação da LT 230 kV Teresina – Peritoró, com 78 km de extensão. A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição da concessionária CEMAR é efetuado nas SEs 500/230/69 kV Imperatriz e Presidente Dutra, na SE 500/230 kV São Luís II e nas SEs 230/69 kV de São Luís I, Peritoró e Coelho Neto e das subestações 230/138/69 kV de Miranda II e Porto Franco. Além dessas subestações localizadas no Estado do Maranhão, as SEs Teresina II e Boa Esperança, também da Rede Básica e localizadas no Estado do Piauí, atendem cargas da CEMAR em Timon, Caxias e Paraibano. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado do Maranhão, considerando a LT 230 kV Presidente Dutra – Peritoró, autorizada à Eletronorte pela resolução ANEEL nº 335/01, para entrar em operação a partir de outubro/2002, e o compensador estático na SE São Luís II (-70, +150) Mvar - 230 kV, não apresenta problemas de atendimento no horizonte estudado, a não ser quanto ao suprimento as SEs Coelho Neto e Porto Franco, que são atendidas radialmente através de circuitos singelos, em 230 kV, cuja perda desses elementos causam corte permanente de carga. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Maranhão. ONS PAR 2003-2005 262 / 478 Tabela 3.18 – Obras na Rede Básica no Estado do Maranhão DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Presidente Dutra - Peritoró, 230 kV, circuito Autorizada à ELETRONORTE simples, 120 km Prazo contratual: OUT/2002 Previsão para operação: OUT/2002 LT Tucuruí – Marabá C3 e LT Marabá – Açailândia Licitadas à EATE – Presidente Dutra C1, circuito simples, 500 kV, Prazo contratual: ABR/2003 867 km, com compensação série Previsão para operação:ABR/2003 LT Açailândia – Imperatriz, circuito simples, 500 kV, 57 km SE Açailândia seccionadora, 500 kV LT Imperatriz – Colinas – Gurupi – Serra da Mesa C2 e LT Serra da Mesa – Samambaia C3, circuito simples, 500 kV, 1.278 km, com compensação série (Interligação Norte/Sul II) Licitada à NOVATRANS Prazo contratual: ABR/2003 (trecho Serra da Mesa – Samambaia), AGO/2003 (trecho Serra da Mesa – Miracema) e DEZ/2003 (trecho Miracema – Imperatriz) Previsão para operação: ABR/2003 (trecho Serra da Mesa – Samambaia), AGO/2003 (trecho Serra da Mesa – Miracema) e DEZ/2003 (trecho Miracema – Imperatriz) Construção de 78 km de LT 230 kV, circuito Concessão em análise pela ANEEL simples, complementando o seccionamento da LT Data de necessidade: 2002 Teresina – Peritoró e formando as LTs Teresina – Coelho Neto e Coelho Neto - Peritoró LT Tucuruí – Marabá C4 e LT Marabá – Açailândia Em licitação pela ANEEL C2, circuito simples, 500 kV, 464 km, com Data de necessidade: DEZ/2004 compensação série SE Presidente Dutra Autorizada à ELETRONORTE Reator de linha – 150 Mvar – 500 kV (obra Prazo contratual: OUT/2002 associada à LT 500 kV Pres. Dutra – Teresina OO Previsão para operação: DEZ/2002 C2) ONS PAR 2003-2005 263 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL SE São Luís II Concessão em análise pela ANEEL. Compensador estático (-70, +150) Mvar - 230 kV Data de necessidade: MAR/2003 ! (a) (b) (c) (d) CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Em condições normais de operação, considerando a configuração atual, o atendimento ao Estado do Maranhão é adequado, ou seja, nenhum critério é violado. Ainda considerando a configuração atual, no caso de contingência simples, apenas na perda das LTs 230 kV São Luís II - São Luís I e Miranda II – Peritoró não são observadas violações de critérios. Considerando a implantação da LT 230 kV Presidente Dutra – Peritoró, autorizada pela ANEEL à Eletronorte para entrar em operação até outubro/2002, o sistema de transmissão da Rede Básica atende plenamente ao critério de contingência simples no eixo 230 kV São Luís II – Teresina. A contingência de uma das LTs 500 kV Presidente Dutra – São Luís II, a partir de 2003, provoca afundamento de tensão na região de São Luís. A solução para este problema é a instalação de um compensador estático 230 kV (-70, +150) Mvar na SE São Luís II. Ressalta-se que o referido compensador estático foi recomendado em [27], como solução para os problemas de afundamentos de tensão quando da perda da Interligação Sudeste/Nordeste. Na perda da LT 230 kV Teresina – Peritoró verifica-se também perda de toda a carga da SE Coelho Neto, devido ao fato dessa subestação ser alimentada radialmente, por uma derivação nessa linha. Em 2005 a carga da SE Coelho Neto atinge o patamar de 23 MW. Ressalta-se que o atendimento a essa área, em condição normal de operação, é satisfatório em todo o horizonte estudado (2005). A solução estrutural, proposta pelo CCPE, para atender plenamente o critério N1 no eixo Teresina – São Luís corresponde à complementação do seccionamento para Coelho Neto, pela implantação de 78 km de LT em 230 kV da derivação até a SE Coelho Neto, formando os circuitos 230 kV Teresina – Coelho Neto e Coelho Neto – Peritoró. (e) ! ONS O suprimento de energia elétrica à área de Porto Franco é efetuado radialmente por um circuito em 230 kV vindo de Imperatriz. A perda deste circuito compromete o atendimento às cargas dessa área e parte das cargas do Estado do Tocantins. Ressalta-se que o atendimento a essa área, em condição normal de operação, é satisfatório em todo o horizonte estudado. AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. PAR 2003-2005 264 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO PIAUÍ Sobral II Sobral III Piripiri Peritoró Teresina Teresina (02) Teresina II Presidente Dutra Ceará (02) Maranhão Presidente Dutra Piauí Boa Esperança Picos Eliseu Martins (*) (OP. Pernambuco 69 kV ) São João do Piauí LEGENDA: Usina Hidrelétrica Sobradinho Usina Termelétrica Subestação LT 500 kV LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV (*) SE 69/13,8 kV da Cepisa Bahia ONS PAR 2003-2005 265 / 478 3.6 Região Nordeste 3.6.1 Piauí ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado do Piauí pode ser dividido geoeletricamente nas áreas metropolitana de Teresina, norte, baixões agrícolas piauienses e o sul. A área metropolitana de Teresina é atendida por duas linhas de transmissão em 230 kV vindas da UHE Boa Esperança até a SE Teresina, com 199 km de extensão. Da subestação de Teresina segue uma linha de transmissão, também em 230 kV, com 155 km de extensão, até a SE Piripiri, ao norte do Estado, interligando-se com a SE Sobral II, a 166 km, localizada no Estado do Ceará. A região dos baixões agrícolas piauienses, onde se localiza a SE Picos, é atendida por um único circuito em 230 kV, com 167 km de extensão, vindo da SE São João do Piauí. As áreas do Vale do Gurguéia e dos Cerrados Piauienses, localizadas ao sul do Estado, são atendidas pela LT em 230 kV São João do Piauí - Canto do Buriti - Eliseu Martins, com 170 km de extensão, que opera atualmente na tensão de 69 kV. A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição da CEPISA é efetuada nas subestações 230/69 kV de Boa Esperança, Teresina, Picos, São João do Piauí e na subestação 230/138/69 kV de Piripiri. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado do Piauí, considerando as LTs 230 kV Teresina II – Teresina I, o primeiro autotransformador 500/230 kV – 300 MVA em Teresina II (obras autorizadas à Chesf pela através da resolução da ANEEL n° 166/00), a LT 500 kV Presidente Dutra – Teresina II C2 e o segundo autotransformador 500/230 kV – 300 MVA em Teresina II (obras também autorizadas à Chesf pela resolução ANEEL nº 335/01, para entrar em operação em outubro/2002), não apresenta problemas de atendimento no horizonte estudado, em condição normal e em contingência. Entretanto é importante destacar que o desempenho do sistema da Rede Básica que atende ao Estado do Piauí é bastante influenciado pelo comportamento da Interligação Norte/Nordeste. Como o atendimento à SE 230/69 kV Picos é feito por um único circuito em 230 kV, na perda dessa linha verifica-se corte de carga permanente na área dos baixões agrícolas piauienses. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela 3.19 a seguir resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Piauí. ONS PAR 2003-2005 266 / 478 Tabela 3.19 – Obras na Rede Básica no Estado do Piauí DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT 230 kV Teresina II – Teresina, circuito duplo, Autorizada à CHESF 2x25 km Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: JUL/2002 LT Presidente Dutra – Teresina II C2, 500 kV, Autorizada à CHESF circuito simples, 200 km Prazo contratual: OUT/2002 Previsão para operação: DEZ/2002 SE Boa Esperança Autorizada à CHESF 3º transformador 230/69 kV, 39 MVA Prazo contratual: DEZ/2000 (trafo) Previsão para operação: dependendo de autorização da ANEEL para as conexões SE Teresina II Autorizada à CHESF 2º banco de autotransformadores 500/230 kV – Prazo contratual: OUT/2002 300 MVA Previsão para operação: DEZ/2002 SE Boa Esperança Obra nova, proposta neste PAR Instalação de uma interligação de barra 500 kV Data de necessidade: 2002 SE Teresina Obra nova, proposta neste PAR Substituição de 2 chaves seccionadoras por Data de necessidade: 2002 disjuntores – 230 kV SE São João do Piauí Concessão em análise pela ANEEL compensação série na saída para Boa Esperança Data de necessidade: ABR/2003 (480 Mvar) e na saída para Sobradinho (435 Mvar) ! (a) ONS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Atualmente, em condições normais de operação, o atendimento ao Estado do Piauí é adequado, isto é, nenhum critério é violado. Entretanto, devido à sua localização, o desempenho do sistema da Rede Básica que atende ao Estado do Piauí é bastante influenciado pelo comportamento da Interligação Norte/Nordeste. PAR 2003-2005 267 / 478 (b) (c) (d) ! Considerando a implantação do segundo circuito em 500 kV Presidente Dutra Teresina II e o segundo autotransformador 500/230 kV em Teresina II, o sistema de transmissão da Rede Básica que chega à área metropolitana de Teresina atende ao critério de contingência simples proposto nos Procedimentos de Rede em todo o horizonte estudado (2005). Com relação às cargas atendidas pela SE Picos, verifica-se que a perda do único circuito em 230 kV provoca colapso no atendimento local. Ressalta-se que o atendimento em condição normal de operação a essa área é satisfatório em todo o horizonte estudado (2005). Considerando-se a solução proposta no estudo de planejamento de longo prazo desenvolvido pelo CCPE para o eixo de 230 kV Teresina – Fortaleza (instalação de um autotransformador 500/230 kV – 600 MVA na subestação de Sobral III, além de 15 km de linha em 230 kV entre as SEs Sobral II e Sobral III) e a entrada em operação das UTEs Termoceará e Fortaleza, não se verificam problemas de atendimento no eixo 230 kV Teresina – Piripiri – Sobral II – Cauípe – Fortaleza, mesmo em condição de contingência, em todo o horizonte analisado (2005). AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 268 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO CEARÁ Sobral II(01) (Recap. 03) Piripiri Teresina II Cauípe (03) (03) Fortaleza Sobral III * Ceará Russas II Quixadá (02) Piauí (02) Mossoró II Banabuiú * Conversão de duas LTS 230 kV para uma LT 500KV Fortaleza Pici (02) Rio Grande do Norte (02)* Tauá (03) Delmiro Gouveia Icó LEGENDA: * (02) 2) (0 Usina Hidrelétrica (03) (03) Sobral III Usina Termelétrica Fortaleza II Subestação (02)* Cauípe Paraíba * Coremas LT 500 kV LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV Milagres Quixadá Banabuiú Pernambuco ONS PAR 2003-2005 Luiz Gonzaga Bom Nome 269 / 478 3.6.2 Ceará ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado do Ceará pode ser dividido geoeletricamente nas áreas norte (região metropolitana de Fortaleza), leste (regionais de Cauípe e Sobral), centro (regionais de Banabuiú e Russas) e sul (regional de Milagres). A região metropolitana de Fortaleza é atendida a partir do complexo hidrelétrico de Paulo Afonso por meio de três circuitos em 230 kV do eixo Paulo Afonso – Bom Nome – Milagres – Banabuiú – Fortaleza, com 655 km de extensão e de um circuito em 500 kV entre Luiz Gonzaga e Milagres. Existem também dois circuitos em 230 kV, transformáveis em um circuito simples de 500 kV, no eixo Milagres – Banabuiú – Fortaleza. Essa transformação está prevista para ser concluída ainda neste ano de 2002. Outro tronco de transmissão liga Fortaleza à rede de 500 kV da interligação Norte/Nordeste, pela LT 500 kV Presidente Dutra – Teresina II – Sobral III – Fortaleza II, com 745 km de extensão, contando a SE Fortaleza II 500/230 kV com uma potência instalada de 1.200 MVA. É importante ressaltar que a área metropolitana de Fortaleza atualmente concentra cerca de 70% da carga do Estado. Da subestação de Fortaleza parte um circuito duplo em 230 kV, com 7 km de extensão, até a SE Delmiro Gouveia. Atualmente um desses circuitos está conectado a LT 230 kV Banabuiú – Fortaleza, formando a LT Banabuiú – Delmiro Gouveia. Ainda da subestação de Fortaleza segue uma linha de transmissão, também em 230 kV e com 219 km de extensão, que passando pela SE Cauípe chega a SE Sobral II, a oeste do Estado, interligando-se com a SE Piripiri, a 166 km, localizada no Estado do Piauí. O atendimento à subestação de Icó é feito pela derivação de uma das linhas de circuito duplo em 230 kV, existentes entre as subestações de Milagres e Banabuiú, aproximadamente a 123 km da SE Milagres. Da subestação de Banabuiú segue uma linha de transmissão, também em 230 kV, com 110 km de extensão, até a SE Russas II, ao nordeste do Estado, interligando-se com a SE Mossoró II, a 75 km, localizada no Estado do Rio Grande do Norte. A integração dessa malha de transmissão ao sistema de distribuição da COELCE é efetuada nas subestações 230/69 kV de Fortaleza e Delmiro Gouveia que atendem a área metropolitana de Fortaleza, Cauípe, Sobral II, Milagres, Icó, Banabuiú e Russas II. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado do Ceará, em especial o sistema tronco que atende à área metropolitana de Fortaleza, apresenta dificuldades de controle de tensão na condição de carga leve, devido à característica radial desse sistema e às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano de 2001. Outro aspecto relevante é a influência do intercâmbio na interligação Norte/Nordeste ONS PAR 2003-2005 270 / 478 quando em contingências de linhas de transmissão em 500 kV no eixo Presidente Dutra – Fortaleza e Luiz Gonzaga – Fortaleza. O atendimento ao critério de contingência simples no eixo Teresina (PI) – Piripiri (PI) – Sobral – Fortaleza só será verificado quando da implantação do seccionamento 500/230 kV na SE Sobral III, da interligação em 230 kV entre as SEs Sobral III e Sobral II por meio de um circuito duplo com 15 km de extensão, proposta no PAR anterior. Ressalta-se a importância da entrada em operação das UTEs indicadas no PPT, quais sejam, TERMOCEARÁ, em 2002, e FORTALEZA, em 2003, no atendimento ao critério de contingência simples nos eixos de 500 kV que chegam à Fortaleza. Considerando a presença dessa geração térmica e, dependendo do intercâmbio na Interligação N/NE, nas contingências mais severas, é possível atender ao critério N-1 sem que haja necessidade de corte de carga, principalmente, na área metropolitana de Fortaleza. Para garantir o pleno escoamento da potência gerada por essa usinas, é imperativo a implantação do circuito duplo em 230 kV Cauípe – Fortaleza II, já autorizado pela ANEEL, com prazo para entrar em operação de dezembro de 2003. O atendimento à região de Russas fica garantido, em condições de contingência simples, considerando o comissionamento da LT 230 kV Banabuiú – Mossoró II, autorizada à Chesf pela da Resolução ANEEL nº 166/00, que deverá entrar em operação neste ano de 2002. Com relação ao atendimento às cargas localizadas no oeste do Estado, ressalta-se que a futura SE Tauá, definida em estudos de planejamento CCPE/COELCE, será atendida por um único circuito em 230 kV Milagres – Tauá. Na perda dessa alimentação haverá corte de carga nessa área. Entretanto, a condição normal de operação é atendida em todo o horizonte analisado (2005) sem que haja violação de critérios. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Ceará. Tabela 3.20 – Obras na Rede Básica no Estado do Ceará DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Fortaleza II – Pici, 230 kV, circuito duplo, Autorizada à CHESF 25 km e SE Pici 230/69 kV, 2x100 MVA. Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: embargada judicialmente obra Complementação da conversão para 500 kV, das Autorizada à CHESF LTs 230 kV transformáveis no eixo Milagres – Prazo contratual: MAR/2002 Fortaleza II Previsão para operação: DEZ/2002 ONS PAR 2003-2005 271 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT 230 kV Cauípe – Fortaleza II, circuito duplo, Autorizada à CHESF C1/C2, 2x56 km Prazo contratual: AGO/2003 (associada às UTEs TERMOCEARÁ e Previsão para operação: AGO/2003 FORTALEZA) LT 230 kV Sobral III – Sobral II, circuito duplo Concessão em análise pela ANEEL com 15 km (associada ao 1º banco de Data de necessidade: 2002 autotransformadores 500/230 kV da SE Sobral III) LT 230 kV Milagres – Tauá, circuito simples, Obra nova, proposta neste PAR 200 km Data de necessidade: DEZ/2003 SE Tauá 230 kV (associadas ao novo ponto de conexão da COELCE) LT Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2, Obra nova, proposta neste PAR 500 kV, circuito simples, 581 km Data de necessidade: JUN/2005 SE Sobral II Autorizada à CHESF 3º transformador 230/69 kV – 100 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUN/2002 SE Quixadá Autorizada à CHESF Implantação de SE seccionadora 500 kV Prazo contratual: MAR/2002 Previsão para operação: DEZ/2002 SE Cauípe Autorizada à CHESF Recapacitação do barramento de 230 kV Prazo contratual: AGO/2003 (associada às UTEs Termoceará e Fortaleza) Previsão para operação: AGO/2003 SE Banabuiú Obra nova, proposta neste PAR Substituição de bobina de bloqueio 230 kV nas Data de necessidade: 2002 linhas para Fortaleza e Delmiro Gouveia SE Fortaleza Obra nova, proposta neste PAR Substituição de bobina de bloqueio 230 kV na Data de necessidade: 2002 linha para Banabuiú (C2) SE Sobral III Concessão em análise pela ANEEL 1ºbanco de autotransformadores 500/230 kV – Data de necessidade: 2002 600 MVA (associada à LT Sobral II – Sobral III) ONS PAR 2003-2005 272 / 478 ! (a) (b) CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Em condições normais de operação, atualmente o atendimento ao Estado do Ceará é adequado, isto é, nenhum critério é violado. Destaca-se que, em função da topologia da Rede Básica, o desempenho do sistema que atende ao Estado do Ceará, em especial à área de Fortaleza, é determinado pelo comportamento da interligação Norte/Nordeste, conforme detalhado no item 4. O atendimento de energia elétrica ao Estado do Ceará melhora significativamente, em todo o horizonte analisado (2005), na condição normal de operação, considerando a conversão para 500 kV das LTs transformáveis 230 kV Milagres – Banabuiú – Fortaleza e a implantação da subestação seccionadora Quixadá 500 kV, prevista atualmente para dezembro/2002. A entrada em operação dessas obras, aliada a implantação das UTEs do PPT, TERMOCEARÁ, em 2002, e FORTALEZA, em 2003, proporcionam, dependendo do intercâmbio na Interligação N/NE, condições adequadas de atendimento ao critério de contingência simples (N-1) nos eixos de 500 kV que chegam a Fortaleza sem que haja necessidade de corte de carga. (c) (d) (e) (f) ONS Com o atraso da entrada em operação da SE Pici 230/69 kV observam-se elevados carregamentos nos transformadores da SE Fortaleza em condições normais de operação. Caso a SE Pici não entre em operação em 2003, prevêem-se carregamentos da ordem de 115% na SE Fortaleza, em condições normais de operação, na carga máxima anual, que ocorre no período de setembro a dezembro. Assim sendo, é fundamental que seja viabilizada, no menor prazo possível, a implementação da LT 230 kV Fortaleza II – Pici e da SE Pici 230/69 kV. Com relação ao atendimento às cargas da área de Russas, verifica-se que a perda do circuito 230 kV Banabuiú – Russas II, pior contingência no eixo, provoca corte de carga em 2002. A solução para esse problema é a implantação da LT 230 kV Banabuiú – Mossoró II, com 175 km de extensão, que está autorizada pela ANEEL através da Resolução 166/2000, para ser incorporada à Rede Básica ainda em 2002. Considerando-se a solução proposta no estudo de planejamento de longo prazo desenvolvido pelo CCPE para o eixo de 230 kV Teresina – Fortaleza (instalação de um autotransformador 500/230 kV – 600 MVA na subestação de Sobral III, além de 15 km de linha em 230 kV entre as SEs Sobral II e Sobral III) e a entrada em operação das UTEs TERMOCEARÁ e FORTALEZA, não se verificam problemas de atendimento no eixo 230 kV Teresina – Piripiri – Sobral II – Cauípe – Fortaleza, em condição de. contingência, em todo o horizonte analisado (2005). Estudos recentes desenvolvidos pelo CCPE/COELCE indicaram a necessidade de um novo ponto de suprimento em 230 kV na região oeste do Estado, que deverá ser atendido com a implantação de uma única linha de transmissão em 230 kV partindo da SE Milagres, com 200 km de extensão e com a nova SE Tauá 230/69 kV. Esse novo ponto de suprimento foi considerado nas análises PAR 2003-2005 273 / 478 efetuadas. Como a SE Tauá é suprida radialmente, na perda dessa alimentação haverá corte de carga nessa área. Por outro lado, o atendimento em condição normal de operação é garantido, sem que haja violação de critérios, em todo o horizonte analisado (2005). ! AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 274 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Russas II Banabuiú (02) Mossoro II Termo Açu (03) (0 3) Ceará Rio Grande do Norte Açú II Natal Santana dos Matos II Natal II (0 3) Paraíso (02 ) Currais Novos II LEGENDA: Usina Hidrelétrica Usina Termelétrica Subestação Campina Grande II LT 500 kV LT 230 kV Paraíba ONS PAR 2003-2005 LT 138 kV LT 69 kV 275 / 478 3.6.3 Rio Grande do Norte ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado do Rio Grande do Norte pode ser caracterizado geo-eletricamente em três áreas: metropolitana de Natal, oeste e centro. O atendimento à área metropolitana de Natal é efetuado por três circuitos em 230 kV, sendo dois com 215 km e o outro com 187 km de extensão, todos provenientes da SE Campina Grande II, no Estado da Paraíba. A área centro, polarizada pela subestação Açu II, é atendida por uma linha de transmissão em 230 kV, com 75 km de extensão, vinda da SE Mossoró II, localizada ao oeste do Estado, a qual interliga-se por uma linha de transmissão, em 230 kV, com 75 km de extensão, com a SE Russas II, localizada no Estado do Ceará. A integração dessa malha de transmissão com o sistema de distribuição da COSERN é feita nas subestações 230/69 kV de Natal II, que atende à área metropolitana de Natal, na SE 230/69 kV de Mossoró II, que atende à área oeste, e na SE Açu II 230/138/69 kV, que atende às áreas centro e norte do Estado. É importante ressaltar a existência de uma interligação em 138 kV, com 261 km de extensão, entre as SEs 230/138/69 kV Açu II no Rio Grande do Norte e Campina Grande II, no Estado da Paraíba, ambas da Rede Básica. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado do Rio Grande do Norte, basicamente o sistema tronco que atende à área metropolitana de Natal, apresenta dificuldades de controle de tensão na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano de 2001. Considerando os aspectos do racionamento e a implantação da LT 230 kV Angelim – Campina Grande II, licitada pela ANEEL e com previsão de entrada em operação em julho/2003, verifica-se que o sistema necessita de uma compensação indutiva adicional, da ordem de 200 Mvar, distribuída nas SEs Natal II (30 Mvar – 230 kV), Campina Grande II (30 Mvar – 230 kV) e Angelim II (150 Mvar – 500 kV), para contornar os problemas de sobretensões na condição de carga leve. O atendimento à região metropolitana de Natal fica garantido, inclusive considerando contingência dupla no eixo 230 kV Campina Grande II – Natal II, a partir da energização do quarto circuito em 230 kV Campina Grande II – Natal II, autorizada à Chesf pela Resolução ANEEL nº 166/00, e que deverá entrar em operação ainda nesse ano de 2002. Um outro aspecto importante para o atendimento às cargas no Estado do Rio Grande do Norte é a implantação da UTE TERMOAÇU, com 311 MW, a partir de outubro/2003, que será conectada ao sistema de transmissão da Rede Básica na SE Açu II. Portanto, para garantir o escoamento pleno da potência gerada pela UTE, é imperativo a implantação da LT 230 kV Paraíso – Açu II e a recapacitação da LT 230 kV Açu II – Mossoró II, de 235 MVA para 300 MVA, até agosto/2003, data ONS PAR 2003-2005 276 / 478 prevista para os testes de sincronização da usina. Ressalta-se que a LT 230 kV Paraíso – Açu II, além de garantir o escoamento da potência gerada pela UTE TERMOAÇU, possibilitará também o atendimento ao critério de contingência simples no sistema. Esta obra acha-se incluída no Programa de Licitação da Concessão de Linhas de Transmissão da ANEEL. Atualmente, na indisponibilidade das LTs entre Banabuiú e Açu II verificam-se elevados cortes de carga nas áreas centro e oeste do Estado. A implantação da LT 230 kV Banabuiú – Mossoró II, autorizada à Chesf pela Resolução ANEEL nº 166/00, que deverá entrar em operação neste ano de 2002, melhora significativamente a confiabilidade no atendimento às cargas das áreas oeste e centro do Estado do Rio Grande do Norte, evitando corte de carga na contingência mais crítica que é a perda da LT 230 kV Banabuiú – Russas. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado do Rio Grande do Norte. Tabela 3.21 – Obras na Rede Básica no Estado do Rio Grande do Norte DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Campina Grande II – Natal II C4, 230 kV, Autorizada à CHESF 187 km Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: JUL/2002 LT Banabuiú – Mossoró II, 230 kV, circuito Autorizada à CHESF simples, 175 km Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: JUN/2002 LT Paraíso – Açu II, 230 kV, circuito simples, Em licitação pela ANEEL 135 km Data de necessidade: AGO/2003 (antiga LT Santa Cruz – Açu II, associada à UTE Termoaçu) Recapacitação da LT 230 kV Açu II – Mossoró II Obra nova, proposta neste PAR (de 235 MVA para 300 MVA), 75 km Data de necessidade: AGO/2003 (associada à UTE Termoaçu) SE Açu II Autorizada à CHESF 3º transformador 230/69 kV, 50 MVA Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: JUL/2002 SE Natal II Obra nova, proposta neste PAR relocação do reator de barra para uma das linhas Data de necessidade: 2002 para Campina Grande (C1 ou C2) ONS PAR 2003-2005 277 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Paraíso 230 kV (nova) SITUAÇÃO ATUAL Em licitação pela ANEEL (associada ao novo ponto de conexão da Data de necessidade: MAR/2003 COSERN) SE Natal II Obra nova, proposta neste PAR Reator manobrável de barra 30 Mvar – 230 kV Data de necessidade: JUN/2003 ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) Em condições normais de operação, o atendimento ao Estado do Rio Grande do Norte é adequado em todo o horizonte do estudo (2005), isto é, nenhum critério é violado. Para possibilitar o escoamento pleno da potência gerada pela UTE TERMOAÇU e garantir o atendimento ao critério N-1 no eixo em 230 kV Banabuiú – Russas II Mossoró II – Açu II, é necessário implantar a LT Paraíso – Açu II, 230 kV, circuito simples, com 126 km de extensão, a SE Paraíso 230 kV, ainda sem definição da sua concessão por parte da ANEEL, a recapacitação da LT 230 kV Açu II – Mossoró II (de 235 MVA para 300 MVA), além da implantação da LT 230 kV Banabuiú – Mossoró II, com 175 km de extensão, já autorizada à Chesf com previsão para entrada em operação em 2002. É importante ressaltar que o sistema elétrico que atende à área metropolitana de Natal apresenta dificuldades de controle de tensão, na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado e pela implantação da LT 230 kV Angelim – Campina Grande II, licitada pela ANEEL e com previsão de entrar em operação em julho/2003. As análises realizadas para o PAR anterior (2002-2004) não visualizavam a necessidade desse circuito no horizonte estudado. (b) (c) Aliada às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano de 2001, a implantação dessa linha de transmissão no sistema de transmissão da Rede Básica, agrava ainda mais o controle de tensão no eixo Angelim - Campina Grande – Natal, sendo necessário, portanto, para solucionar esse problema a implantação de uma compensação reativa indutiva adicional, da ordem de 200 Mvar, distribuida nas SEs Natal II (30 Mvar – 230 kV), Campina Grande II (30 Mvar – 230 kV) e Angelim II (150 Mvar – 500 kV). Ressalta-se ainda que, sem considerar a LT 230 kV Angelim – Campina Grande II, o sistema de transmissão da Rede Básica que atende à área metropolitana de Natal é robusto o suficiente para atender ao critério de contingência dupla no eixo Campina Grande/Natal. ! AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 278 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DA PARAÍBA Rio Grande do Norte Paraíso Natal II Stª Cruz II Natal II 2) (0 Ceará Coremas Campina Grande II Paraíba Milagres João Pessoa Mussuré II ) (02 (03) (03) Goianinha LEGENDA: Pau Ferro Usina Hidrelétrica Usina Termelétrica Subestação Angelim LT 500 kV Tacaimbó LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV Pernambuco ONS PAR 2003-2005 279 / 478 3.6.4 Paraíba ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado da Paraíba pode ser dividido geoeletricamente nas seguintes áreas: metropolitana de João Pessoa, agreste e alto sertão. O sistema de transmissão da Rede Básica que atende ao Estado é composto de sete circuitos em 230 kV. Destes, quatro destinam-se a atender à área agreste, onde se localiza a cidade de Campina Grande, sendo dois provenientes de Tacaimbó, com 121 km de extensão, um vindo da subestação Mirueira (Pau Ferro), este um circuito duplo, com 127 km extensão, lançado apenas de um lado, e o último vindo da subestação Goianinha, com 99 km de extensão, todos provenientes do Estado de Pernambuco. Da subestação de Campina Grande II partem, atualmente, três circuitos em 230 kV para o Estado do Rio Grande do Norte. A capital do Estado, João Pessoa, é atendida por um circuito duplo em 230 kV vindo da subestação Goianinha, com 51 km de extensão, também no Estado de Pernambuco. A área do alto sertão paraibano, onde se localiza a SE Coremas, é atendida radialmente, por um único circuito em 230 kV, com 120 km de extensão, vindo da subestação Milagres, no Estado do Ceará. A integração dessa malha de transmissão com os sistemas de distribuição da SAELPA e da CELB é feita nas subestações 230/69 kV de Coremas, que atende ao sertão paraibano, e Mussuré II, que atende à área metropolitana de João Pessoa e todo o litoral do Estado, além da subestação 230/138/69 kV de Campina Grande II, que atende à área agreste do Estado. É importante ressaltar a existência de uma LT 138 kV ligando as SEs de Campina Grande II e Açu II, no Estado do Rio Grande do Norte, com 261 km de extensão, que opera atualmente interligando a Rede Básica. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado da Paraíba, basicamente o sistema tronco que atende ao agreste do Estado, polarizado pela subestação Campina Grande II, apresenta dificuldades de controle de tensão na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano de 2001. Adicionalmente, considerando os aspectos do racionamento e a implantação da LT 230 kV Angelim – Campina Grande II, licitada pela ANEEL e com previsão de entrada em operação em julho/2003, verifica-se que o sistema necessita de uma compensação indutiva adicional, da ordem de 200 Mvar, distribuída nas SEs Natal II (30 Mvar – 230 kV), Campina Grande II (30 Mvar – 230 kV) e Angelim II (150 Mvar – 500 kV), para contornar os problemas de sobretensões na condição de carga leve. O atendimento à área agreste do Estado da Paraíba fica garantido, inclusive considerando contingência dupla no eixo 230 kV Tacaimbó - Campina Grande II a partir da energização do segundo circuito em 230 kV Recife II – Pau Ferro - Campina ONS PAR 2003-2005 280 / 478 Grande II, autorizada à Chesf pela Resolução ANEEL nº 166/00, e que deverá entrar em operação ainda neste ano de 2002. O atendimento à área metropolitana de João Pessoa fica garantido, atendendo ao critério N-1 no eixo 230 kV Goianinha – Mussuré II a partir da energização do terceiro circuito 230 kV Goianinha – Mussuré II, licitado pela ANEEL e que deverá entrar em operação em julho/2003. Considerando a energização do segundo circuito 230 kV Pau Ferro – Campina Grande II ainda no ano de 2002, o sistema de transmissão da Rede Básica que atende à região agreste do Estado passa a atender contingência dupla no eixo Tacaimbó – Campina Grande. Com relação ao atendimento às cargas do sertão da Paraíba, verifica-se que em condição normal de operação não há violação de critérios em todo o horizonte estudado (2005). Entretanto, na perda do único circuito que atende essa área, LT 230 kV Milagres – Coremas, verifica-se corte permanente de carga. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado da Paraíba. Tabela 3.22 – Obras na Rede Básica no Estado da Paraíba DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Pau Ferro - Campina Grande II, 230 kV, Autorizada à CHESF circuito duplo, 127 km, lançamento do segundo Prazo contratual: DEZ/2000 circuito Previsão para operação: OUT/2002 LT Angelim – Campina Grande II, 230 kV, circuito Licitada à Instalaciones INABENSA simples, 186 km Prazo contratual: JUL/2003 Previsão para operação: JUL/2003 LT Goianinha – Mussuré II - C3, 230 kV, circuito Licitada à GTESA simples, 51 km Prazo contratual: JUL/2003 Previsão para operação: JUL/2003 SE Mussuré II Autorizada à CHESF 4º transformador 230/69 kV, 100 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUL/2002 SE Campina Grande II Autorizada à CHESF 3º transformador 230/69 kV, 100 MVA Prazo contratual: MAI/2001 Previsão para operação: JUN/2002 ONS PAR 2003-2005 281 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Campina Grande II SITUAÇÃO ATUAL Obra nova, proposta neste PAR Substituição de 1 disjuntor de transferência Data de necessidade: 2002 (posição 14 D1) SE Campina Grande II Obra nova, proposta neste PAR reator manobrável de barra de 30 Mvar – 230 kV Data de necessidade: JUN/2003 ! (a) (b) (c) (d) CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Em condições normais de operação, o atendimento em todo o horizonte do estudo (2005) ao Estado da Paraíba é adequado, isto é, nenhum critério é violado. O atendimento à área metropolitana de João Pessoa fica comprometido na condição de contingência simples. Na perda de uma das LTs Goianinha – Mussuré II, verifica-se sobrecarga no circuito remanescente que só será eliminada promovendo um corte de carga da ordem de 25 MW em 2003, que pode chegar a 60 MW em 2005. Para solucionar esse problema torna-se necessária a ampliação da Rede Básica, com a implantação do terceiro circuito 230 kV Goianinha – Mussuré II, com 51 km de extensão, obra licitada pela ANEEL, estando prevista para ser energizada em julho/2003. Com relação ao atendimento às cargas da área de Coremas, verifica-se que, na perda do único circuito em 230 kV existente, fica interrompido o atendimento à carga dessa área. Ressalta-se que o atendimento em condição normal de operação é satisfatório em todo o horizonte do estudo (2005). É importante ressaltar que, o sistema elétrico que atende às cargas do agreste paraibano, polarizadas pela SE Campina Grande II, apresenta dificuldades de controle de tensão, na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano de 2001, e pela implantação da LT 230 kV Angelim – Campina Grande II, licitada pela ANEEL. Considerando essa linha de transmissão o sistema necessita de uma compensação indutiva adicional distribuida entre as SEs Natal II, Campina Grande II e Angelim II da ordem de 200 Mvar para contornar os problemas de tensões elevadas na condição de carga leve. As análises realizadas para o PAR anterior (2002-2004), não visualizavam a necessidade desse circuito no horizonte estudado. Ressalta-se que, mesmo com a LT 230 kV Angelim – Campina Grande II indisponível, o sistema de transmissão da Rede Básica que atende à área de Campina Grande é robusto o suficiente para atender ao critério de contingência dupla no eixo Tacaimbó - Campina Grande. ! AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 282 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Ceará Milagres Paraíba Campina Grande II Mussuré II (03) (0 2) Piauí Goianinha Bom Nome Recife Tacaimbó (03) Pernambuco Bahia Ribeirão Angelim (0 4) Luiz Gonzaga Paulo Afonso Campina Grande II Messias Messias Goianinha Xingó (02 ) Alagoas Pau Ferro (02) Mirueira (02) LEGENDA: Usina Hidrelétrica Usina Termelétrica Subestação Bongi Recife II LT 500 kV LT 230 kV Várzea (03) LT 138 kV LT 69 kV Angelim Pirapama II Ribeirão TermoPE (03) Messias ONS PAR 2003-2005 283 / 478 3.6.5 Pernambuco ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado de Pernambuco pode ser dividido geoeletricamente nas seguintes áreas: metropolitana de Recife, mata norte, mata sul, agreste e sertão. O atendimento ao Estado de Pernambuco é constituído por três eixos de transmissão que partem das UHEs Paulo Afonso, Luís Gonzaga e Xingó. O primeiro eixo chega a Pernambuco pela SE Angelim II, com dois circuitos de 500 kV, e quatro circuitos de 230 kV. Da SE Angelim II partem dois circuitos em 500 kV e três em 230 kV para a SE Recife II. O segundo eixo sai da UHE Xingó e chega a SE Recife II na área metropolitana da capital, passando pela SE Messias no Estado de Alagoas, e é constituído por uma linha de transmissão em 500 kV com 400 km de extensão. Por fim, um terceiro eixo de transmissão em 230 kV, que atende às áreas central e do sertão do Estado, é constituído por três circuitos em 230 kV partindo do complexo hidrelétrico de Paulo Afonso até a SE Bom Nome, com 170 km de extensão. De Bom Nome, esses circuitos seguem para a subestação de Milagres, no Estado do Ceará, a 84 km de distância. Da subestação de Recife II, o atendimento à área metropolitana da capital Recife é realizado por meio de circuitos em 230 kV que alimentam as subestações 230/69 kV, Pirapama II (dois circuitos com 29 km de extensão), Mirueira (três circuitos com 32 km de extensão) e Bongi (três circuitos com 14 km de extensão), que são responsáveis pelo atendimento ao sistema de distribuição de energia elétrica à essa área. Também da subestação de Recife II, partem dois circuitos em 230 kV para Goianinha, com 71 km de extensão. Da subestação de Mirueira parte um circuito em 230 kV também para Goianinha, com 66 km de extensão. Esses três circuitos são responsáveis pelo atendimento às cargas da zona da mata norte do Estado. A área agreste do Estado é atendida por três circuitos em 230 kV vindos de Angelim II até SE Tacaimbó, com 65 km de extensão, interligando-se com Campina Grande II, a 121 km, no Estado da Paraíba. A integração dessa malha de transmissão com o sistema de distribuição da CELPE é feita nas subestações 230/69 kV de Bongi, Mirueira e Pirapama II, que atendem à área metropolitana de Recife, Angelim II, Tacaimbó, Goianinha e Ribeirão, que atendem às áreas do agreste e das matas norte e sul, além da subestação 230/138/69 kV de Bom Nome que atende ao sertão do Estado. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado de Pernambuco, basicamente o sistema tronco que atende ao agreste do Estado, polarizado pela subestação Angelim II, e a área metropolitana de Recife, polarizada pelas SEs Recife II, Bongi, Pirapama II, Mirueira e Goianinha, apresenta dificuldades de controle de tensão, na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano ONS PAR 2003-2005 284 / 478 de 2001. Aliado a esse fato, a implantação da LT 230 kV Angelim – Campina Grande II, prevista para julho/2003, aumenta ainda mais as tensões no sistema, o que suscita a necessidade de uma compensação indutiva adicional distribuída entre as SEs Natal II, Campina Grande II e Angelim II, da ordem de 200 Mvar, para contornar os problemas de tensões elevadas na condição de carga leve. Um aspecto importante para o atendimento às cargas do Estado é a implantação da UTE TERMOPERNAMBUCO, com previsão de início de operação para dezembro/2003. Considerando essa usina, é possível atender contingências no sistema, na condição de carga pesada, sem que haja necessidade de corte de carga no Estado de Pernambuco. Por outro lado, como o sistema já se encontra com dificuldades de controle de tensão, a presença da UTE TERMOPERNAMBUCO contribui para o sistema ficar mais descarregado e, conseqüentemente, aumentar os problemas de tensão na condição de carga leve. Também é importante ressaltar que, como a carga do sistema apresenta valores muito baixos na condição de carga leve, verificam-se problemas quando da contingência em um dos circuitos 230 kV Recife II – Pirapama II. Por outro lado, na condição de carga pesada, verifica-se que o sistema de transmissão da Rede Básica que atende ao Estado de Pernambuco está planejado para atender contingência simples, em qualquer elemento, sem que haja violação de critérios em todo o horizonte analisado (2005). ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado de Pernambuco. Tabela 3.23 – Obras na Rede Básica no Estado de Pernambuco DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Recife II - Pau Ferro, 230 kV, circuito duplo, Autorizada à CHESF 32 km Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: JAN/2003 LT Xingó - Angelim II, 500 kV, circuito simples, Licitada à Instalaciones INABENSA 200 km Prazo contratual: JUL/2003 (SE) e JAN/2004 (LT) SE Angelim II 1º e 2º bancos de 500/230 kV – 2x600 MVA Previsão para operação: JUL/2003 autotransformadores (SE) e JAN/2004 (LT) LT Recife II – Pirapama II C1 e C2, 230 kV, Autorizada à CHESF circuito duplo, 2x28,5 km, recapacitação de Prazo contratual: DEZ/2003 232 MVA para 360 MVA Previsão para operação: DEZ/2003 (associada a UTE Termopernambuco) ONS PAR 2003-2005 285 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL SE Recife II 1º e 2º 2x50 Mvar Autorizada à CHESF bancos de capacitores, 230 kV, Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: DEZ/2002 SE Ribeirão Autorizada à CHESF 2º transformador 230/69 kV, 100 MVA Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: JUL/2002 SE Pau Ferro Autorizada à CHESF transformadores 230/69 kV, 2x100 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 (SE nova associada à LT Recife II – Pau Ferro) Previsão AGO/2002 SE Angelim II Obra nova, proposta neste PAR para operação: reator manobrável de barra de 150 Mvar – Data de necessidade: JUN/2003 500 kV SE Pirapama II Autorizada à CHESF troca de dois disjuntores 230 kV das conexões Prazo contratual: DEZ/2003 dos transformadores (associada à UTE Previsão para operação: DEZ/2003 Termopernambuco) SE Angelim II Concessão em análise pela ANEEL Conexão para um dos reatores de linha 500 kV – Data de necessidade: 2002 150 Mvar SE Bom Nome Obra nova, proposta neste PAR Substituição de bobina de bloqueio nas linhas Data de necessidade: 2002 para Paulo Afonso (C1, C2 e C3) e Milagres (C3) SE Mirueira Obra nova, proposta neste PAR Instalação de uma entrada de linha 230 kV na Data de necessidade: 2002 saída para Goianinha ! (a) ONS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Em condições normais de operação, o atendimento ao Estado de Pernambuco é adequado em todo o horizonte do estudo (2005), isto é, nenhum critério é violado. Em 2003, considerando a configuração atual, mesmo na pior contingência, perda da LT 500 kV Xingó – Messias, não se verificam problemas no atendimento às cargas do subsistema leste da região Nordeste. PAR 2003-2005 286 / 478 (b) (c) A qualidade no atendimento às cargas da área metropolitana do Recife melhora significativamente, considerando a implantação da LT 500 kV Xingó – Angelim II e da SE Angelim II 500/230 kV, com dois bancos de autotransformadores de 600 MVA. Essas obras, propostas no PAR anterior (2002-2004), foram licitadas pela ANEEL e estão previstas para entrar em operação a partir de janeiro/2004. O atraso na implantação das LTs 230 kV Recife II – Pau Ferro provoca altos carregamentos nos circuitos 230 kV Recife II – Goianinha e Recife II – Mirueira em condição normal de operação. Na condição de contingência de linhas de transmissão em 230 kV no eixo Recife II - Mirueira verificam-se sobrecargas nos circuitos remanescentes. Na perda dos circuitos C2 ou C3 230 kV Recife II – Mirueira, o circuito C1 fica submetido a sobrecarga que pode atingir o valor de 21% em 2003. A implantação da UTE TERMOPERNAMBUCO, importante reforço na garantia do atendimento às cargas do Estado, com previsão de início de operação para dezembro/2003, permite atender ao critério de contingência simples de qualquer elemento do sistema de transmissão da Rede Básica, na condição de carga pesada, sem que haja necessidade de corte de carga no Estado de Pernambuco, em todo o horizonte analisado (2005). Por outro lado, como o sistema já se encontra com dificuldades de controle de tensão, devido principalmente às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano de 2001, a presença da UTE TERMOPERNAMBUCO contribui para tornar o sistema tronco ainda mais descarregado e, conseqüentemente, aumentar os problemas de tensão na condição de carga leve. Para solucionar esse problema de controle de tensão torna-se necessário a implantação de uma compensação reativa indutiva da ordem de 200 Mvar distribuídos nas SEs Natal II (30 Mvar – 230 kV), Campina Grande II (30 Mvar – 230 kV) e Angelim II (150 Mvar – 500 kV). Ainda considerando os efeitos do racionamento ocorrido em 2001, traduzido pelas baixas previsões de mercado, verifica-se em 2003, na condição de carga leve, que na perda de um dos circuitos 230 kV Recife II – Pirapama II, com a presença da UTE TERMOPERNAMBUCO, o circuito remanescente fica submetido uma sobrecarga de 10%, mesmo considerando a recapacitação dos mesmos para 360 MVA, proposta no Parecer de Acesso da referida UTE. Como não existe solução de planejamento para essa situação, alerta-se para a necessidade de adoção de esquema de alívio de geração nessa situação, o que deverá ser posteriormente estudado com mais detalhes. Entretanto, como a sobrecarga é muito pequena, e é observada em uma condição específica de operação, é possível que a retomada do crescimento do mercado pós-racionamento elimine-a naturalmente e não seja necessário a adoção de esquema de alívio de geração. ! AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 287 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DE ALAGOAS Recife II Pernambuco Luiz Gonzaga Angelim II Angelim Angelim Angelim II Paulo Afonso Messias (04) Bahia (02) Xingó R. Largo II Macéio Alagoas Macéio LEGENDA Usina Hidrelétrica Sergipe Usina Termelétrica Subestação Penedo LT 500 kV LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV ONS PAR 2003-2005 288 / 478 3.6.6 Alagoas ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado de Alagoas pode ser dividido geoeletricamente nas áreas metropolitana de Maceió e litoral sul. O atendimento ao Estado de Alagoas é efetuado por um circuito em 500 kV partindo da UHE Xingó até Messias, com 220 km de extensão, que segue para Recife, a 180 km, e três circuitos em 230 kV vindos de Angelim II para Messias, com 74 km de extensão. Da subestação de Messias derivam três circuitos em 230 kV para a SE Rio Largo II, com 15 km de extensão, que atendem às cargas da área metropolitana de Maceió. A área do litoral sul do Estado é atendida radialmente por um único circuito em 230 kV, com 127 km de extensão, conectando às subestações de Rio Largo II e Penedo. A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição da CEAL é efetuada nas subestações 230/69 kV de Rio Largo II, que atende à área metropolitana de Maceió, e Penedo que é responsável pelo atendimento ao litoral sul do Estado e parte das cargas do norte de Sergipe. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado de Alagoas apresenta dificuldades de controle de tensão, na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano de 2001. A não ser o problema de regulação de tensão, o sistema de transmissão da Rede Básica no Estado de Alagoas atende ao critério de contingência simples (N-1), exceto no tocante ao atendimento às cargas localizadas no sul do Estado, onde existe apenas um circuito radial em 230 kV, acarretando a perda deste circuito o corte de carga permanente na região. Está prevista ainda para este ano de 2002 a implantação da SE Maceió, o que implicará numa significativa melhora nas condições de atendimento à área metropolitana. A implantação da LT 500 kV Xingó – Angelim II e da SE Angelim II 500/230 kV, com dois autotransformadores de 600 MVA, melhora significativamente a capacidade de escoamento de energia elétrica para o Estado de Alagoas e garante o atendimento adequado mesmo na pior contingência para essa região, que é a perda da LT 500 kV Xingó – Messias. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado de Alagoas. ONS PAR 2003-2005 289 / 478 Tabela 3.24 – Obras na Rede Básica no Estado de Alagoas DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Messias – Maceió, 230 kV, circuito duplo, Autorizada à CHESF 15 km Prazo contratual: DEZ/2000 (o trecho de linha entre as SEs Rio Largo e Previsão para operação: JUL/2002 Maceió já existe e opera em 69 kV) SE Maceió 1º e 2º transformadores 230/69 kV, 2x100 MVA SE Maceió 3º transformador 230/69 kV, (remanejado do sistema) Autorizada à CHESF 100 MVA Prazo contratual: OUT/2001 Previsão NOV/2002 para operação: SE Penedo Autorizada à CHESF 2º transformador 230/69 kV, 100 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão AGO/2002 SE Messias Fechamento do “delta” do banco autotransformadores 500/230 kV – 05T3 ! (a) (b) (c) ONS para operação: Obra nova, proposta neste PAR de Data de necessidade: 2002 CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO Em condições normais de operação, o atendimento ao Estado de Alagoas é adequado em todo o horizonte do estudo (2005), isto é, nenhum critério é violado. Considerando as atuais previsões de mercado, na contingência mais severa para o Estado de Alagoas, a perda da LT 500 kV Xingó – Messias, o sistema de transmissão da Rede Básica existente é suficiente para atender aos critérios de tensão e carregamento no horizonte analisado. A implantação da LT 500 kV Xingó – Angelim II e da SE Angelim II 500/230 kV, com dois autotransformadores de 600 MVA, melhora significativamente a capacidade de escoamento de energia elétrica para Estado de Alagoas e garante o atendimento adequado mesmo na pior contingência para essa região. Na contingência de um dos circuitos 230 kV entre Messias - Maceió, a partir da entrada da SE Maceió, prevista para esse ano de 2002, verifica-se que o desempenho do sistema é satisfatório. PAR 2003-2005 290 / 478 (d) Com relação ao atendimento às cargas do litoral sul do Estado de Alagoas, verifica-se que, na perda do único circuito em 230 kV existente, LT 230 kV Rio Largo II – Penedo, o atendimento às cargas dessa área é interrompido. Em regime normal de operação, as condições de operação são satisfatórias em todo o horizonte estudado (2005). ! AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 291 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DE SERGIPE Paulo Afonso Angelim II ) (04 Messias Xingó Alagoas Sergipe Bahia Itabaiana Jardim II Aracaju LEGENDA: Itabaianinha Usina Hidrelétrica Usina Termelétrica Subestação LT 500 kV LT 230 kV LT 138 kV LT 69 kV Catu Camaçari II ONS PAR 2003-2005 292 / 478 3.6.7 Sergipe ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado de Sergipe pode ser dividido geoeletricamente nas áreas da grande Aracaju, norte e sul. O atendimento ao Estado de Sergipe é efetuado por um circuito em 500 kV partindo da UHE Xingó até Jardim, com 159 km de extensão, que prossegue para a SE Camaçari II, a 251 km, no Estado da Bahia, e dois circuitos em 230 kV provenientes do complexo de Paulo Afonso para a SE Itabaiana, com 163 km de extensão. Da SE Itabaiana derivam dois circuitos em 230 kV para a SE Jardim, com 44 km de extensão que atendem à área da grande Aracaju. Além disso, existe uma linha em 230 kV entre as SEs Itabaiana e Catu (BA) na qual há uma derivação para a SE Itabaianinha, a 77 km da SE Itabaiana, que atende às cargas do litoral sul do Estado. As cargas do litoral norte do Estado são atendidas pela SE Penedo que fica localizada no Estado de Alagoas. A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com os sistemas de distribuição da ENERGIPE e da SULGIPE, responsáveis pelo atendimento ao Estado de Sergipe, é efetuada na subestação 500/230/69/13,8 kV de Jardim, que atende às cargas da área da grande Aracaju e consumidores especiais 69 kV e 230 kV alem, de parte das cargas da área sul do Estado, a subestação 230/69/13,8 kV de Itabaiana que atende parte das cargas das áreas norte e sul do Estado e da subestação 230/69 kV Itabaianinha, que atende parte das cargas da área norte do Estado de Sergipe. Ressalta-se que a SE 230/69 kV Penedo, localizada no Estado de Alagoas, atende parte das cargas localizadas na área norte do Estado. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado de Sergipe apresenta desempenho satisfatório tanto em condições normais de operação quanto em contingência, em todo o horizonte analisado (2005). ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado de Sergipe. Tabela 3.25 – Obras na Rede Básica no Estado de Sergipe DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Jardim SITUAÇÃO ATUAL Autorizada à CHESF 1º banco de autotransformadores 500/230 kV – Prazo contratual: DEZ/2000 600 MVA, com unidade reserva Previsão para operação: JUN/2002 ONS PAR 2003-2005 293 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL SE Itabaianinha 2º transformador 230/69 kV, (remanejado do sistema) ! Autorizada à CHESF 33 MVA Prazo contratual: SET/2001 Previsão para operação: JUL/2002 AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. . ONS PAR 2003-2005 294 / 478 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO ESTADO DA BAHIA Pernambuco Milagres São João do Piauí Piauí Bom Nome Alagoas Angelim Luiz Gonzaga Juazeiro Sobradinho Paulo Afonso Xingó Jaguarari S. Bonfim Itabaiana Cícero Dantas Sergipe Irecê Tocantins Itabaianinha Olindina Jardim II Bahia Barreiras Tomba Catu Governador Mangabeira Ibicoara (03) (03) (03) Correntina (03) Santo Antônio de Jesus Bom Jesus da Lapa (03) Serra da Mesa Goiás Salvador Brumado II (03) (03 ) Funil 8 kV (OP. 13 ) Minas Gerais Governador Mangabeira Tomba LEGENDA: Olindina Catu Jardim II Usina Hidrelétrica Usina Termelétrica Itapebi (02/03) (03 ) TermoBA (02/03) Subestação Camaçari II Eunápolis LT 500 kV LT 230 kV Jacaracanga LT 138 kV LT 69 kV Cotegipe Pituaçu Matatu ONS PAR 2003-2005 Espírito Santo 295 / 478 3.6.8 Bahia ! DESCRIÇÃO DO SISTEMA Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado da Bahia pode ser dividido geoeletricamente nas áreas metropolitana de Salvador, sul e sudoeste. O atendimento de energia elétrica à área onde se encontra a capital do Estado e que concentra quase 90% do consumo de energia, é realizado pelas linhas de transmissão em 500 kV e 230 kV ligadas ao complexo de geração de Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Xingó. Dessas usinas partem três circuitos em 500 kV que convergem para a SE Camaçari II 500/230 kV, respectivamente com 352 km, 396 km e 410 km de extensão. A subestação de Camaçari II é responsável pelo atendimento das cargas de toda a área metropolitana de Salvador, além das cargas do Pólo Petroquímico e do Complexo Industrial de Aratu. Chegam à subestação de Catu três circuitos de 230 kV oriundos de Paulo Afonso, tendo como pontos intermediários as SEs 230/69 kV de Cícero Dantas e Itabaianinha, esta última no Estado de Sergipe, que distam, respectivamente, 335 km e 307 km. Da subestação de Catu partem dois circuitos em 230 kV para Camaçari II, com 25 km de extensão, e um terceiro circuito para a SE Governador Mangabeira, com 77 km de extensão. A área sul do Estado da Bahia é atendida a partir das subestações de Camaçari II e Catu por meio três circuitos em 230 kV, sendo dois de Camaçari II para Governador Mangabeira, com 85 km de extensão, e um partindo de Catu para Governador Mangabeira, com 77 km de extensão. Da subestação Governador Mangabeira partem três circuitos em 230 kV para Funil, com 216 km de extensão, e daí, seguem dois circuitos, também em 230 kV, para Eunápolis, com 235 km de extensão. A parte relativa ao sudoeste da Bahia é atendida atualmente por um longo sistema em 230 kV, com aproximadamente 926 km, saindo da UHE Sobradinho e passando por Juazeiro, Senhor do Bonfim, Irecê, Bom Jesus da Lapa e chegando a Barreiras. Duas pequenas usinas hidráulicas, as UHE Alto Fêmeas e Correntina, que juntas fornecem uma geração máxima de 18 MW, complementam o suprimento de energia nessa área. Recentemente foi energizada a compensação série nas LTs 230 kV Senhor do Bonfim – Irecê, do lado de Irecê, e Irecê – Bom Jesus da Lapa, do lado de Bom Jesus da Lapa. A integração da Rede Básica ao sistema de distribuição da Coelba é efetuado na SE 500/230/69 kV Camaçari II, nas SEs 230/69 kV Cícero Dantas, Abaixadora, Catu, Governador Mangabeira, Santo Antônio de Jesus, Tomba, Juazeiro, Jacaracanga, Senhor do Bonfim, Bom Jesus da Lapa, Barreiras, Cotegipe, Pituaçu e Matatu, estas três últimas na área metropolitana de Salvador, além das SEs 230/138/69 kV Funil e Irecê e da SE 230/138 kV Eunápolis. ! SUMÁRIO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO O sistema elétrico existente no Estado da Bahia, basicamente o sistema tronco de transmissão da Rede Básica que atende, principalmente, às cargas do Pólo ONS PAR 2003-2005 296 / 478 Petroquimico de Camaçari e à área metropolitana de Salvador, polarizadas pelas SEs Camaçari II, Cotegipe, Pituaçu, Matatu e Jacaracanga, é suficiente para garantir um atendimento satisfatório tanto em condições normais quanto em contingências simples, em todo o horizonte analisado (2005). Ressalta-se que, a partir de agosto de 2002 entrará em operação a unidade da UTE TERMOBAHIA, com uma potência instalada de 187 MW, obra de grande importância para a garantia no atendimento às cargas dessas áreas. Por outro lado, o sistema de transmissão da Rede Básica que atende às cargas localizadas no extremo sul, apresenta dificuldades de controle de tensão na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas pelo racionamento ocorrido no ano de 2001, mesmo considerando o compensador estático de Funil e a presença da UHE Itapebi. Aliado às baixas previsões de mercado, a implantação da LT 230 kV Funil – Brumado II, prevista para dezembro de 2002, aumenta ainda mais as tensões no sistema, suscitando a necessidade de uma compensação indutiva adicional. A solução visualizada para o problema de regulação de tensão nessa área foi a implantação de um reator manobrável de 10 Mvar na LT 230 kV Funil – Brumado II, do lado de Brumado II. O atendimento ao sudoeste do Estado apresenta desempenho satisfatório na condição normal de operação, considerando a compensação série instalada nas SEs Irecê e Bom Jesus da Lapa, a partir de 2002, e, com a entrada em operação da interligação Sudeste/Nordeste, prevista atualmente para abril/2003. ! RELAÇÃO DAS OBRAS A tabela a seguir, resume as principais ampliações e reforços na Rede Básica previstas para o Estado da Bahia. Tabela 3.26 – Obras na Rede Básica no Estado da Bahia DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Funil – Brumado II, 230 kV, circuito simples, Autorizada à COELBA 145 km Prazo contratual: JUN/2002 SE Brumado II 230 kV (nova) Previsão para operação: DEZ/2002 LT Sapeaçu - Camaçari II, 500 kV, circuito Obra nova, proposta neste PAR simples, 85 km Data de necessidade: ABR/2003 (em substituição à LT 230 kV Camaçari II – Governador Mangabeira C3, proposta no PAR anterior) LT Governador Mangabeira – Funil C1, 230 kV, Obra nova, proposta neste PAR circuito simples Data de necessidade: 2002 Recapacitação (aumento do limite térmico para 60º) ONS PAR 2003-2005 297 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SITUAÇÃO ATUAL LT Juazeiro – Jaguarari – Senhor do Bonfim, Obra nova, proposta neste PAR 230 kV, circuito simples Data de necessidade: 2002 Substituição de bobina de bloqueio nos terminais de Juazeiro, Jaguarari e Senhor do Bonfim e de TC em Jaguarari (associada à UTE Jaguarari) Autorizada à CHESF SE Cícero Dantas 2º transformador 230/69 kV, (remanejado do sistema) 16,7 MVA Prazo contratual: DEZ/2000 Previsão para operação: JUL/2002 SE Bom Jesus da Lapa 3º transformador 230/69 kV, (remanejado do sistema) Autorizada à CHESF 39,9 MVA Prazo contratual: NOV/2001 Previsão para operação: JUL/2002 SE Eunápolis Autorizada à CHESF 3º transformador 230/138 kV, 100 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUL/2002 Autorizada à CHESF SE Irecê 3º transformador 230/69 kV, (remanejado do sistema) 39,9 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUL/2002 SE Senhor do Bonfim II Autorizada à CHESF 3º transformador 230/69 kV, 50 MVA Prazo contratual: DEZ/2001 Previsão para operação: JUN/2002 SEs seccionadoras 500 kV Rio das Éguas e Licitada à TSN Ibicoara (associadas à LT Serra da Mesa – Prazo contratual: ABR/2003 Sapeaçu) Previsão para operação: ABR/2003 SE Bom Jesus da Lapa II Licitada à TSN SE nova Prazo contratual: ABR/2003 Bancos de autotransformadores 500/230 kV – Previsão para operação: ABR/2003 2x300 MVA Compensador estático (-250,250) Mvar – 500 kV SE Sapeaçu Licitada à TSN Bancos de autotransformadores 500/230 kV – Prazo contratual: ABR/2003 2x600 MVA Previsão para operação: ABR/2003 SE Paulo Afonso Obra nova, proposta neste PAR Instalação de disjuntor de transferência nas Data de necessidade: 2002 barras de 230 kV ONS PAR 2003-2005 298 / 478 DESCRIÇÃO DAS OBRAS SE Olindina SITUAÇÃO ATUAL Obra nova, proposta neste PAR conexões para os reatores das LT 500 kV Luiz Data de necessidade: 2002 Gonzaga – Olindina e Paulo Afonso – Olindina – 2x150 Mvar SE Brumado II Obra nova, proposta neste PAR reator manobrável de 10 Mvar – 230 kV na LT Data de necessidade: 2002 Funil – Brumado II SE Santo Antônio de Jesus Obra nova, proposta neste PAR Complemento de dois vãos para seccionamento Data de necessidade: ABR/2003 do circuito Funil – Governador Mangabeira, formando as LT 230 kV Funil – Santo Antônio de Jesus e Santo Antônio de Jesus – Governador Mangabeira ! CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) Área metropolitana de Salvador Com relação ao sistema de transmissão da Rede Básica que atende à essa área e ao Pólo Petroquímico de Camaçari, verifica-se, em todo o horizonte analisado (2005), que o critério de contingência simples é atendido isto é, nenhum critério é violado. (b) Área Sul O atual sistema de transmissão que atende à rede de distribuição do sul do Estado da Bahia, mesmo com a presença do compensador estático de (100,+200) Mvar – 230 kV na SE Funil, mostra-se uma rede de difícil controle de tensão. Considerando que as previsões de mercado encaminhadas pela Coelba para os estudos deste PAR 2003-2005 apresentam-se menores do que aquelas informadas para os ciclos anteriores, principalmente devido ao efeito do racionamento ao longo de 2001, verificou-se que o sistema de transmissão que atende às cargas localizadas no extremo sul da Bahia opera, na condição de carga leve, com dificuldade de controle de tensão e bem próximo dos limites admissíveis, mesmo contando com os recursos proporcionados pelo compensador estático de Funil, pela UHE Itapebi, pela UTE termobahia (usinas previstas para 2002) e pelos compensadores síncronos de Camaçari II. Ressalta-se que essa é uma condição operativa indesejável visto que no caso de perda de apenas a metade do compensador estático de Funil, as tensões do sistema superariam os limites aceitáveis, apresentado valores bastante elevados, especialmente na SE Brumado II. ONS PAR 2003-2005 299 / 478 Estudos desenvolvidos pela Coelba para definição da necessidade de compensação reativa na LT 230 kV Funil – Brumado II, indicavam que, considerando a presença do compensador estático em Funil, seria dispensável compensação reativa na referida linha. Análises sistêmicas desenvolvidas pelo ONS, considerando a energização da LT 230 kV Funil – Brumado II, sem a presença do compensador estático de Funil, verificaram pequenas sobretensões que, devido às incertezas, não foram consideradas preocupantes. Por outro lado, verificou-se ainda que no procedimento de recomposição fluente do sistema da rede Básica no extremo sul da Bahia, a SE Brumado apresenta valores de tensão acima dos critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede, indicando a necessidade de uma compensação reativa adicional nessa região. Para solucionar esses problemas, propõe-se a implantação de um reator manobrável de 10 Mvar – 230 kV na LT Funil – Brumado II, do lado de Brumado II. A implantação desse reator, além de melhorar significativamente o controle de tensão na condição de carga leve, agiliza o processo de recomposição. Outro aspecto relevante para o sistema sul é a ocorrência simultânea de carregamentos elevados na interligação Sudeste/Nordeste (da ordem de 800 MW) e de despachos altos na UHE Itapebi (aproximadamente 450 MW), na condição de carga leve. Nessa situação, a perda de um dos circuitos 230 kV Camaçari II – Governador Mangabeira, provoca sobrecarga da ordem de 110% no circuito 230 kV Catu - Governador Mangabeira. Para solucionar esse problema seria necessária a antecipação, para 2003, da LT 230 kV Camaçari II - Governador Mangabeira – C3. Ressalta-se ainda que, estudos recentes desenvolvidos pelo CCPE indicaram a necessidade de complementação da interligação Sudeste/Nordeste, com a construção da LT 500 kV Sapeaçu - Camaçari II. A implantação desse circuito resolve o problema da sobrecarga citada anteriormente e dispensa a implantação do terceiro circuito 230 kV Camaçari II - Governador Mangabeira – C3. Ressaltase também que a data de necessidade da LT 500 kV Sapeaçu - Camaçari II deverá estar vinculada à interligação Sudeste/Nordeste, prevista atualmente para abril de 2003, para evitar a sobrecarga no eixo Catu - Camaçari – Governador Mangabeira, na contingência do circuito 230 kV Catu - Governador Mangabeira. Associada à interligação Sudeste/Nordeste, LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das Éguas – Bom Jesus da Lapa II – Ibicoara – Sapeaçu, com 1054 km de extensão, em construção pela TSN – Transportadora Sudeste-Nordeste e com operação prevista para abril de 2003, está a implantação da nova SE Sapeaçu 500/230 kV com dois autotransformadores de 600 MVA, que por estar mais próximo do sul do Estado, deverá contribuir para melhorar o desempenho ONS PAR 2003-2005 300 / 478 dessa área. No item 4 deste relatório é apresentada, em maiores detalhes, a análise do desempenho dessa interligação. Considerando a entrada em operação dessas obras, a área sul do Estado da Bahia atende contingências simples em todo o horizonte estudado (2005), a menos da perda da LT 230 kV Funil – Brumado II que constituirá um sistema radial com um único circuito. (c) Área sudoeste do Estado Uma característica importante deste sistema é a forte presença de cargas de irrigação. Além disso, a micro região que vem experimentando o maior crescimento de carga no Estado da Bahia é justamente aquela situada na extremidade do tronco em 230 kV, em torno da cidade de Barreiras. Mesmo considerando a presença dos bancos de capacitores série em 2003, no caso de atraso da interligação Sudeste/Nordeste para após junho/2003, não será possível garantir as tensões mínimas necessárias nas SEs Barreiras, Bom Jesus da Lapa e Irecê para atender aos requisitos da rede de distribuição, na condição normal de operação, sem que haja corte de carga na região. A carga prevista para a SE Barreiras é, em 2003, de 86 MW. Observa-se que, com a operação da SE Bom Jesus da Lapa II 500/230 kV, integrante da interligação Sudeste/Nordeste, o fluxo no eixo em 230 kV entre as SEs Bom Jesus da Lapa e Sobradinho será bastante influenciado pelo comportamento dessa interligação, sendo necessário a partir de então, operar com esse eixo aberto entre as SEs Bom Jesus da Lapa e Irecê. Dessa forma, o atendimento de energia elétrica ao sudoeste da Bahia fica equacionado no que diz respeito à condição normal de operação. Na contingência do único circuito 230 kV Bom Jesus da Lapa – Barreiras haverá corte permanente de parte da carga atendida pela SE Barreiras e na perda da LT 230 kV Senhor do Bonfim – Irecê haverá corte de carga temporário visto que foi recomendado operar com o elo 230 kV Bom Jesus da Lapa – Irecê aberto, após a entrada em operação da interligação Sudeste/Nordeste. ! AÇÕES COMPLEMENTARES Não há ação complementar recomendada. ONS PAR 2003-2005 301 / 478 CONFIGURAÇÃO DAS INTERLIGAÇÕES E PRINCIPAIS PONTOS DE MEDIÇÃO DE INTERCÂMBIO N P. Dutra P. Imperatriz Teresina Boa Esperança NE Correntina SE/CO S.Mesa Araraquara SUL Itaber Itaberá Londrina Ibiúna Ivaiporã Garab Bateias AR Uruguaian Livramento UR Interligações entre Subsistemas Interligações Internacionais FUTURAS ONS PAR 2003-2005 302 / 478 4 SÍNTESE DAS CONDIÇÕES INTERLIGAÇÕES REGIONAIS DE DESEMPENHO DAS A experiência brasileira tem demonstrado que a operação de forma coordenada do sistema interligado, aproveitando-se as diversidades observadas entre regiões, no que tange à hidrologia e ao comportamento da carga, proporciona maior disponibilidade de energia do que a operação de cada subsistema isoladamente. Para tal, existem instalações de transmissão pelas quais é realizada a troca de energia entre bacias hidrográficas. Estas instalações constituem as interligações interregionais. Como parte das análises desenvolvidas visando a identificação da necessidade de ampliações e reforços na Rede Básica, o ONS tem realizado estudos sobre o desempenho das interligações entre os diversos subsistemas. Neste PAR 2003-2005, foram efetuadas análises em regime permanente e dinâmico sobre o desempenho das interligações, buscando-se avaliar também os impactos sobre os sistemas receptores. Ressalta-se, porém, que o principal produto deste trabalho é a determinação dos limites de intercâmbio entre subsistemas. Nos estudos de limites de intercâmbio entre os subsistemas, procura-se maximizar as trocas de energia entre os subsistemas envolvidos, levando em conta a manutenção dos níveis de segurança e as restrições de equipamentos. No cálculo dos limites são considerados cenários energéticos, caracterizados a partir da diversidade hidrológica entre as bacias hidrográficas. Para cada cenário energético, os intercâmbios entre os subsistemas são aumentados até que seja encontrada alguma violação no sistema, podendo esta violação ser de regime permanente ou dinâmico. Os limites de intercâmbio são utilizados no planejamento da operação energética, além de fornecerem subsídios para a indicação da necessidade de ampliações e reforços nos próprios subsistemas. No desenvolvimento dos estudos envolvendo as interligações inter-regionais foram adotados os critérios descritos no item 6.4 deste documento. Em função das necessidades do planejamento da operação energética, a determinação dos limites máximos de intercâmbio contempla o horizonte de 2006. Para efeito de apresentação, este item do documento foi dividido em três partes. No item 4.1 é apresentada uma descrição sucinta das interligações inter-regionais, onde se busca caracterizar, para cada uma delas, a configuração atual e sua evolução. No item 4.2 é mostrado um resumo dos limites de intercâmbio obtidos, enquanto que o item 4.3 contém uma descrição dos principais aspectos que caracterizam o desempenho das interligações no período estudado. 4.2 Descrição das Interligações Tradicionalmente, o Sistema Interligado Nacional (SIN) tem sido dividido em quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Todos estes subsistemas estão operando de forma interligada, tornando bastante complexas as análises de avaliação do desempenho da rede elétrica nacional. ONS PAR 2003-2005 303 / 478 4.2.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste Atualmente, a interligação entre as regiões Sul e Sudeste é feita, principalmente, pelo sistema de transmissão em 750 kV que escoa a energia da usina de Itaipu 60 Hz. Os pontos desse sistema onde são efetuadas as conexões são as subestações de Ivaiporã 750/500 kV, localizada no Estado do Paraná e Tijuco Preto 750/500-345 kV, localizada no Estado de São Paulo. Além dessa rede de transmissão em 750 kV, existem outras redes de menor capacidade que conectam o sistema de transmissão do Estado de São Paulo à área norte do Estado do Paraná (em 230 kV e 88 kV) e ao Estado do Mato Grosso do Sul (em 138 kV). A partir de 2003, a operação da LT 500 kV Bateias - Ibiúna, circuito duplo, com 50% de compensação série em cada um deles, proporcionará um aumento na capacidade de intercâmbio entre estas regiões. A expansão da interligação Sul/Sudeste, após a entrada em operação da LT 500 kV Bateias – Ibiúna, tem sido objeto de diversos estudos. Análises conduzidas pelo ONS, ao longo de 2001, sinalizaram que a ampliação da interligação em 2004 proporcionaria benefícios energéticos à operação do SIN [14][15][16][17][18][19]. Nesses trabalhos desenvolvidos pelo ONS, foi adotada como referência para a expansão da interligação Sul/Sudeste a implantação da LT 500 kV Londrina – Campinas. Posteriormente, estudos de planejamento de longo prazo, sob responsabilidade do CCPE, indicaram a LT 500 kV Londrina – Araraquara, passando por Assis para futura transformação 500/440 kV, como a melhor alternativa para a expansão da interligação Sul/Sudeste. Estudos recentes, realizados pelo ONS, concluíram que, além do aspecto de integração energética das regiões Sul e Sudeste, a implantação da LT 500 kV Londrina – Araraquara, agregando a transformação 500/440 kV na SE Assis, se mostrou bastante efetiva para melhorar as condições de segurança do SIN quando da ocorrência de contingências múltiplas na rede de 440 kV [20], tendo a sua antecipação sido proposta à Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica que recomendou à ANEEL a sua licitação, a partir dos estudos de dimensionamento a serem realizados pelo CCPE. [32] Neste contexto, nas simulações realizadas para a elaboração deste PAR 2003-2005, foi considerada a expansão da interligação pela LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, também com 50% de compensação de sua reatância série e com transformação em Assis 500/440 kV, em 2005. A Figura 4.1 e a Tabela 4.1 apresentam as principais linhas de transmissão que compõem a interligação Sul/Sudeste, bem como os pontos de medição dos fluxos que melhor caracterizam o desempenho dessa interligação. ONS PAR 2003-2005 304 / 478 Figura 4.1 - Configuração da interligação Sul/SE no Horizonte do ano 2006 e os principais pontos de medição de intercâmbio Araraquara50 0 SUDESTE FSE Assis 440 IBIÚNA 500 IVAIPORÃ750 ITAPU60 Hz Assis 500 ITABERÁ T PRETO750 ~ FLUXO SULSE (FSUL/RSUL) IVAIPORÃ525 Londrina SUL SALTO SANTIAGO 525 ONS PAR 2003-2005 BATEIAS525 FLUXO NORTE PARANÁ – SÃO PAULO 305 / 478 Tabela 4.1 – Descrição dos Intercâmbios Considerados INTERCÂMBIOS DESCRIÇÃO FSE Somatório do fluxo de potência ativa nas LTs 750 kV Ivaiporã - Itaberá C1, C2 e C3 Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações: LT 230 kV: Fluxo - Guaíra - Dourados; Norte Paraná - Londrina - Assis; $ São Paulo - Maringá - Assis; e - Figueira – Chavantes LT 138 kV Loanda - Rosana. LT 88kV Andirá - Salto Grande. RSE FSE + (Fluxo Norte Paraná⇒São Paulo)+ Fluxo na LT 500 kV Bateias (Recebimento do Ibiúna C1 e C2 + Fluxo na LT 500 kV Londrina - Assis Sudeste) Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações: transformadores de Ivaiporã 750/500 kV 1 e 2; SUL#SE (FSUL: Exportação do Sul) e SE#SUL (RSUL: Recebimento do Sul) LT 500 kV: - Bateias - Ibiúna C1 e C2; e - Londrina - Assis. LT 230 kV: - Guairá - Dourados; - Londrina - Assis; - Maringá - Assis; e - Figueira – Chavantes. LT 138 kV Loanda - Rosana. LT 88kV Andirá - Salto Grande. 4.2.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste Atualmente, a interligação entre as regiões Norte e Nordeste é feita, principalmente, pelo sistema de transmissão em 500 kV, que conecta a subestação de Presidente Dutra, localizada no Estado do Maranhão às subestações de Teresina II e Boa Esperança, localizadas no Estado do Piauí. Além dessa rede de transmissão em 500 kV, existe uma outra de pequena capacidade em 230 kV, que interliga a subestação de Peritoró, no Maranhão às ONS PAR 2003-2005 306 / 478 subestações de Teresina, no Piauí. Atualmente esse circuito de interligação opera aberto, devendo operar fechado após a implantação da LT 230 kV Presidente Dutra – Peritoró. A expansão da interligação Norte/Nordeste será feita por meio da LT 500 kV Tucuruí – Marabá – Açailândia – Presidente Dutra C3 e C4, da LT 500 kV Presidente Dutra – Teresina II C2 e da LT 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2, sendo a última linha resultante de estudos de planejamento de longo prazo, conduzidos pelo CCPE e recém concluídos. A interligação entre as regiões Norte e Sudeste é feita, na configuração atual, pela linha de transmissão em 500 kV que conecta a subestação de Imperatriz, no Estado do Maranhão, à subestação de Serra da Mesa, no Estado de Goiás. Esta linha possui três subestações intermediárias: Colinas, Miracema e Gurupi, todas localizadas no Estado do Tocantins. Este sistema de transmissão, que interliga as subestações de Imperatriz e Serra da Mesa, em 500 kV, é denominado de Interligação Norte – Sul. Em 2003 prevê-se a duplicação da LT 500 kV Serra da Mesa - Imperatriz (Norte/Sul II) e a implantação de um conjunto de reforços no sistema receptor Sudeste. Destacamse neste grupo o 3º circuito 500 kV Serra da Mesa - Samambaia e a compensação série, não só nesse 3º circuito como nos dois circuitos existentes. Além disto, a área do rio Paranaíba será interligada à subestação de Samambaia via as LT 500 kV Samambaia - Itumbiara e Samambaia - Emborcação, e à área do rio Grande pela LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo. Também a partir de 2003, os subsistemas Sudeste e Nordeste passarão a ser interligados diretamente pela LT 500 kV Serra da Mesa - Rio das Éguas – Bom Jesus da Lapa II - Ibicoara – Sapeaçu. A Figura 4.2 e a Tabela 4.2 apresentam as interligações da região Sudeste com as regiões Norte e Nordeste, além da interligação entre o Norte e o Nordeste, no horizonte considerado. Nessa figura são destacados os principais pontos de medição das grandezas que melhor caracterizam o desempenho das interligações. Tabela 4.2 – Descrição dos Intercâmbios Considerados INTERCÂMBIOS DESCRIÇÃO SE#N e N#SE (Fluxo N/SE) Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Miracema Colinas C1 e C2. Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV: N#NE e NE#N (Fluxo N/NE) - Presidente Dutra - Boa Esperança; e - Presidente Dutra - Teresina C1 e C2. SE#NE e NE#SE Fluxo de potência ativa na LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das (Fluxo SE/NE) Éguas. ONS PAR 2003-2005 307 / 478 INTERCÂMBIOS EXPORTAÇÃO DO NORTE e RECEBIMENTO DO NORTE DESCRIÇÃO Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV: - Presidente Dutra - Boa Esperança; - Presidente Dutra - Teresina C1 e C2; e - Miracema - Colinas C1 e C2. Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV: RECEBIMENTO DO NORDESTE FLUXO SERRA DA MESA (FSM) ONS PAR 2003-2005 - Serra da Mesa – Rio das Éguas; - Presidente Dutra - Boa Esperança; e - Presidente Dutra - Teresina C1 e C2. Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações: - LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia C1/C2/C3; - transformador 500/230 kV da SE Serra da Mesa 308 / 478 Figura 4.2 - Configuração da interligação N/NE/SE no Horizonte 2006 e os principais pontos de medição de intercâmbio FLUXO N-NE AÇAILÂNDIA 500 FORTALEZA 500 TUCURUÍ 500 TERESINA 500 NORTE BOA ESPERANÇA 500 P. DUTRA IMPERATRIZ 500 S. J. PIAUÍ SOBRADINHO COLINAS FLUXO N-SE NORDESTE MIRACEMA 500 UHE LAJEADO GURUPI UHE PEIXE 350MW UHE SERRA DA MESA FLUXO SE-NE IBICOARA CORRENTINA CAMAÇARI X 500 S. DA MESA B J LAPA UHE CANA BRAVA SAPEAÇU FSM S. DA MESA 230 SAMAMBAIA 500 SAMAMBAIA 345 ITUMBIARA 500 EMBORCAÇÃO 500 USINAS DO RIO PARANAÍBA MARIMBONDO 500 USINAS DO RIO GRANDE ONS PAR 2003-2005 309 / 478 4.3 Resumo dos Limites de Intercâmbio entre Subsistemas As tabelas a seguir apresentam um resumo dos limites de intercâmbio entre subsistemas. Nesta síntese, são apresentados os valores obtidos para cada interligação, considerando diversos cenários energéticos. Dada a influência do programa de obras de transmissão e de geração nos limites de intercâmbio, bem como das premissas adotadas, foram feitas análises de sensibilidade para diversas alternativas de expansão da rede elétrica. Basicamente são exploradas configurações que contemplam empreendimentos de transmissão cuja concessão ainda não foi equacionada pela ANEEL. 4.3.1 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste CENÁRIOS ENERGÉTICOS ! Os limites de intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste foram estabelecidos para os seguintes cenários energéticos: (a) Sudeste Importador N NE SE Sul (b) Sul Importador e Norte Exportador; e N NE SE Sul ONS PAR 2003-2005 310 / 478 (c) Sul e Sudeste Exportadores. N NE SE Sul PREMISSAS BÁSICAS ! Na determinação desses valores foram consideradas as seguintes premissas básicas, além daquelas descritas no item 6.4: - geração da Usina de Itaipu (60 Hz) Foram considerados dois cenários para a geração de Itaipu, conforme Tabela 4.3 abaixo. Tabela 4.3 – Despachos da UHE Itaipu Patamares de carga Despacho Elevado Despacho Reduzido Pesada 2 x 6.300 2 x 5.600 Média 2 x 6.300 2 x 4.900 Leve 2 x 4.900 2 x 4.900 MWmédios 2 x 5.890 2 x 4.987 - ONS Despacho de Itaipu 60 Hz/50 Hz (MW) o parque gerador mínimo considerado na região Sul teve como base as piores situações verificadas nesta região, conforme Tabela 4.4 a seguir: PAR 2003-2005 311 / 478 Tabela 4.4 – Parque Gerador Mínimo na região Sul Parque Gerador Mínimo Usina / Importação Alternativa A Alternativa B (Iguaçu no Mínimo) Garabi I e II Fora de operação Fora de operação UTE Uruguaiana Com despacho de 500 MW Com despacho de 320 MW Usinas Térmicas do 230 kV Com despacho mínimo, porém todas as unidades sincronizadas Com despacho mínimo, porém todas as unidades sincronizadas UHE Ita - 1 Maq. UHE Ita - 1 Maq. UHE Salto Santiago - 1 Maq. UHE Salto Santiago - 2 Maq. UHE Salto Osório - 1 Maq. UHE Salto Osório - 0 Maq. UHE Salto Segredo - 1 Maq. UHE Salto Segredo - 0 Maq. UHE Salto Caxias - 1 Maq. UHE Salto Caxias - 1 Maq. UHE G.B.Munhoz - 0 Maq. UHE G.B.Munhoz - 0 Maq. UHE P.Fundo - 0 Maq UHE P.Fundo - 0 Maq Todas as unidades da CEEE sincronizadas com despacho mínimo. Todas as unidades da CEEE sincronizadas com despacho mínimo Usinas Hidráulicas (as hidráulicas que não estão despachadas foram simuladas operando como compensador síncrono) UTE J. Lacerda - 2 máquinas desligadas Total ! ~2.800MW ~2.000MW ALTERNATIVAS ANALISADAS Para a interligação Sul/Sudeste, são apresentados os limites de intercâmbio para três condições: - - ONS considerando como Rede Básica de referência o sistema elétrico resultante da implantação dos empreendimentos propostos no item 2, excluindo a LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara. Para esta configuração de referência foram simuladas apenas contingências simples; para a configuração de referência foram feitas análises de sensibilidade para a perda dos dois circuitos da LT 500 kV Bateias – Ibiúna; e os limites de intercâmbio foram reavaliados para a configuração de referência considerando a implantação da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com transformação 500/440 kV na SE Assis, a partir de 2005. PAR 2003-2005 312 / 478 4.3.1.1 Limites Considerando Perda Simples e sem LT 500 kV Londrina – Assis Araraquara A seguir são apresentados os limites de intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste obtidos considerando apenas contingências que resultam na perda de apenas um elemento no sistema. CENÁRIO SUDESTE IMPORTADOR ! A Tabela 4.5 apresenta uma evolução do recebimento do Sudeste (RSE) para o Cenário ”Sudeste Importador”, para as condições de carga Pesada (P), Média (M) e Leve (L). Tabela 4.5 – Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no cenário Sudeste Importador, considerando Contingências Simples RSE (MW) Itaipú 60 Hz Despacho Alto 2003 2003 1ºSem. 2ºSem. P 8.700 M 8.000 2004 2005 2006 8.700 8.800 9.050 9.050 8.000 8.950 9.300 9.300 L Itaipú 60 Hz Despacho Baixo Inércia mínima no SE P 9.400 9.400 9.500 9.550 9.550 M 8.300 8.200 9.600 9.650 9.650 L Inércia mínima no SE Obs.: estes limites de intercâmbio consideram as restrições de transmissão no subsistema Sul solucionadas Cumpre destacar que para o patamar de carga leve não é possível atingir a condição de máximo intercâmbio nos sentidos Norte#Sudeste e Sul#Sudeste de forma coincidente, devido à restrição de vazão mínima admissível para as usinas hidrelétricas da Região Sudeste. ! CENÁRIO SUL E SUDESTE EXPORTADORES A Tabela 4.6 apresenta uma evolução do Recebimento do Sudeste (RSE) para o Cenário ”Sul e Sudeste Exportadores”. Os valores em negrito estão limitados pela máxima exportação do subsistema Sul; isto é, toda a capacidade instalada desta Região foi utilizada. Caso não houvesse esta restrição, o máximo recebimento pelo Sudeste poderia chegar a 10.000MW. ONS PAR 2003-2005 313 / 478 Tabela 4.6 – Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no cenário Sul e Sudeste Exportadores, considerando Contingências Simples RSE (MW) 2003 2003 1ºSem. 2ºSem. 2004 2005 2006 Itaipú 60 Hz P 8.850 8.850 9.000 9.300 9.300 Despacho Alto M 8.100 8.100 8.950 9.300 9.300 L Inércia Mínima no Sudeste Itaipú 60 Hz P 9.450 9.450 9.500 9.550 (*) 9.550 (*) Despacho Baixo M 8.850 8.750 9.600 9.650 (*) 9.650 (*) L 8.700 8.600 9.450 9.650 9.650 (*) Atingido o limite da capacidade instalada do Sul Obs.: estes limites de intercâmbio consideram as restrições de transmissão no subsistema Sul solucionadas ! CENÁRIO SUL IMPORTADOR A Tabela 4.7 apresenta uma evolução do Recebimento do Sul (RSUL) para o Cenário ”Sul Importador”. Os valores em “negrito” têm como fator limitador do intercâmbio a Inércia Mínima no subsistema Sul. Tabela 4.7 – Máximo Recebimento do Sul (RSUL) para o cenário Sul Importador, considerando contingências simples RSUL (MW) 2003 2004 2005 2006 Itaipú 60 Hz P 5.000 5.000 5.500 (*) 5.500 (*) Despacho Alto M 4.800 4.800 5.000 (*) 5.000 (*) L 3.300 (*) 3.300 (*) 3.300 (*) 3.300 (*) Itaipú 60 Hz P 5500 5500 5.500 (*) 5.500 (*) Despacho Baixo M 5250 5250 5.000 (*) 5.000 (*) L 3.300 (*) 3.300 (*) 3.300 (*) 3.300 (*) (*) Atingido a inércia mínima da Região Sul ONS PAR 2003-2005 314 / 478 4.3.1.2 Considerando a Perda Dupla da LT Bateias – Ibiúna a partir do Ano 2004 Considerando que os dois circuitos em 500 kV entre as subestações de Bateias e Ibiúna estão sendo construídos em uma mesma estrutura, os limites de recebimento do Sul (RSUL) e do Sudeste (RSE) foram também calculados considerando a perda simultânea desses circuitos. Devido à redução observada no valor do máximo RSE, em relação àquele obtido considerando apenas contingências simples, foi avaliada ainda a utilização de um ECE, que desliga máquinas de Itaipu e reduz o despacho na conversora de Garabi, como forma de reduzir o impacto sobre o limite de intercâmbio. Ressalta-se que as simulações com o ECE, para o qual ainda não foi feita nenhuma avaliação da viabilidade técnica da sua aplicação, devem ser encaradas como considerações preliminares, cujo objetivo foi a de caracterizar a necessidade de sua implantação quando da entrada em operação da LT 500 kV Bateias – Ibiúna. O trabalho de especificação do ECE será detalhado e desenvolvido pelo ONS no âmbito da Programação e Planejamento da Operação Elétrica e Energética. A Tabela 4.8 apresenta a evolução dos limites obtidos, destacando a aplicação do ECE. Tabela 4.8 – Síntese dos Intercâmbios RSE e RSUL nos Cenários analisados, a partir do ano 2004, considerando perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna Geração Cenário Patamar Fluxo Carga N⇒ SE FSE RSUL RSE ECE -2.000 7.000 - 9.000 Com -2.000 6.300 - 7.900 Sem ANO Itaipu SE Alto/ 2004/05/ Importador Baixo 06 Alto 2004/05/ 06 PES/MED Com PES/MED Não há restrição 2004/05/ 06 Sul e SE Exportadores Baixo Com PES MED -2.300 6.700 - 9.200 Com LEV -1.850 6.300 - 8.800 Com 2005/06 MED/LEV -2.300 6700 - 9.500 Com 2004 LEV -1.850 5.700 - 7.400 Sem 2004 Alto 2004 Baixo 2004 Sul Importador PES/MED/ Não há restrição (*) LEV PES/MED LEV 2.000 2.700 4.600 Não há restrição 2400 (*) (*) (*) Não se aplica a este cenário ONS PAR 2003-2005 315 / 478 4.3.1.3 Considerando a Expansão da interligação Sul/SE no Ano 2005 Em função da conclusão dos estudos já citados sobre a expansão da interligação Sul/Sudeste [15][16][17][18][19] e, especialmente, das recentes análises sobre a segurança do SIN quando da ocorrência de contingências múltiplas na rede de 440 kV [20], foi também avaliada a influência nos limites de intercâmbio da entrada em operação da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com transformação 500/440 kV na SE Assis e compensação série na SE Araraquara. A Tabela 4.9 apresenta os limites calculados, considerando os diversos cenários energéticos e os diferentes despachos da UHE Itaipu. Tabela 4.9 – Limites de intercâmbio para o ano 2005 considerando LT 500 kV Londrina Araraquara com trafo 500/440 kV em Assis e contingências simples. Cenário Geração Itaipu Patamar Carga Fluxo N⇒SE Fluxo Lond.- RSUL FSE Assis / RSE Fator Limitador FSUL Tensão Mínima em 6300 PES 2.000 1.190 7.050 4.050 10.200 Samambaia345 kV/ (*) Máxima Geração do Sul Tensão Mínima em SE Importador 6300 MED 2.000 1.390 6.800 4.050 10.200 Tijuco Preto 750 kV (*) e Samambaia 345 kV 5600 PES 2.000 4900 MED 2.000 6300 PES -2.300 6300 MED -2.300 5600 PES 4900 4900 970 6.700 4.050 9.550 6.300 4.850 9.650 7.150 4.050 1.380 6.850 4.050 -2.300 920 6.750 4.050 9.550 MED -2.300 1.140 6.350 4.850 9.650 LEV -1.850 1.370 6.050 4.850 9.650 1.150 1.120 Máxima Geração do Sul Máxima Geração do Sul 10.200 Máxima Geração do (*) Sul 10.200 Tensão Mínima em (*) Tijuco Preto 750 kV Sul e SE Exportadores ONS PAR 2003-2005 Máxima Geração do Sul Máxima Geração do Sul Inércia Mínima no Sudeste 316 / 478 Cenário Sul Importador Geração Itaipu Pata- Fluxo Fluxo mar Lond.- N⇒SE Carga 6300 PES 2.000 5600 PES 2.000 RSUL FSE Assis 950 1.250 / RSE Fator Limitador FSUL 3.250 6.000 - 2.900 6.000 - Inércia Mínima no Sul Inércia Mínima no Sul (*) Para estes cenários houve um aumento nos valores máximos do RSE, em relação à condição de não implantação da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com transformação em Assis. Obs.: estes limites de intercâmbio consideram as restrições no subsistema Sul solucionadas. 4.3.2 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste CENÁRIOS ENERGÉTICOS ! Os limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste foram estabelecidos para os seguintes cenários energéticos: − Norte exportador; N NE SE Sul − Nordeste exportador; e N NE SE Sul ONS PAR 2003-2005 317 / 478 − Sudeste exportador. N NE SE Sul ! PREMISSAS BÁSICAS Na determinação dos limites de intercâmbio foram consideradas as seguintes premissas básicas, além daquelas descritas no item 6.4: − − − − foram considerados como limites os valores de intercâmbio que, para a condição de contingência simples de qualquer elemento da rede, acarretam a perda de estabilidade entre os sistemas quando esse valor de fluxo é elevado em cerca de 100 MW; foram considerados como limites os intercâmbios que, na contingência mais severa, acarretam oscilações de baixo amortecimento, admitindo-se como aceitáveis oscilações de até 20 Mvar ao fim de 20 segundos no Compensador Estático de Bom Jesus da Lapa II, escolhido como ponto de avaliação, devido a sua elevada sensibilidade a este fenômeno; foram admitidos fluxos que provocam perda de sincronismo entre os sistemas, desde que não acarrete perda de carga; e para limites na interligação Norte/Sul por defeitos internos, admitiu-se intercâmbios que não acarretassem “bypass” dos capacitores série, utilizando-se uma margem de cerca de 200 A. Observa-se que em todas as análises efetuadas foi considerado o cronograma de implantação da interligação Norte/Sul II estabelecido na Resolução ANEEL 719/01, a qual prevê as seguintes etapas: − − − ! LT 500 kV Samambaia – Serra da Mesa C3: abril/2003; LT 500 kV Serra da Mesa – Gurupi - Miracema C2: agosto/2003; e LT 500 kV Miracema – Colinas – Imperatriz C2: dezembro/2003 ALTERNATIVAS ANALISADAS Para as interligações entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste, são apresentados os limites de intercâmbio para as seguintes condições: − ONS considerando como Rede Básica de referência o sistema elétrico resultante da implantação dos empreendimentos de transmissão propostos no item 2, considerando as usinas termelétricas em construção no Ceará fora de operação. Para esta configuração foram simuladas apenas contingências simples; e PAR 2003-2005 318 / 478 − para a configuração de referência descrita anteriormente, foi feita uma análise de sensibilidade considerando a operação das UTE Termo Ceará e Termo Fortaleza. 4.3.2.1 Limites Considerando Perda Simples sem as UTEs no Ceará CENÁRIO NORTE EXPORTADOR ! A Tabela 4.10 apresenta os limites de transmissão, para o ano de 2003, considerando a interligação Norte/Sul apenas no trecho entre Samambaia e Miracema. Tabela 4.10 – Ano 2003 - Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Norte Exportador Condição de Carga Leve Fluxo Limites sem Interligação N/S II (MW) N#SE 700 N#NE 900 SE#NE 320 N#SE 610 N#NE 990 SE#NE 260 N#SE 510 N#NE 980 SE#NE 340 Média Pesada Fator Limitante Evitar perda de sincronismo entre N/NE sem sensibilização das PPS, na perda do circuito Pres. Dutra –Boa Esperança Abertura da Interligação N/S quando da perda do circuito Pres. Dutra – Boa Esperança, de modo a evitar problemas no Sudeste. Abertura da Interligação N/S quando da perda do circuito Pres. Dutra – Boa Esperança, de modo a evitar problemas no Sudeste. Limites com LT S. da Mesa – Miracema C2 (MW) 1.000 980 350 1.000 1180 300 1.000 1.090 330 Fator Limitante Evitar sobrecarga na compensação série da interligação N/S na perda da LT Imperatriz Colinas Evitar sobrecarga na compensação série da interligação N/S na perda da LT Imperatriz Colinas Evitar sobrecarga na compensação série da interligação N/S na perda da LT Imperatriz Colinas Obs. Para estes fluxos, considerou-se desativado o esquema que abre a interligação Norte/Nordeste quando ocorrer a perda da LT Presidente Dutra –Boas Esperança. Na Tabela 4.11 estão resumidos os limites obtidos para o período 2004 a 2006, quando a interligação Norte/Sul contará com dois circuitos. São apresentados os valores calculados para duas condições: maximizando o recebimento do Nordeste e maximizando o fluxo para o Sudeste. ONS PAR 2003-2005 319 / 478 Tabela 4.11 – Período 2004 a 2006: Limites de intercâmbio entre as regiões Norte,Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Norte Exportador Patamar Ano Carga Intercâmbio (MW) N→SE SE→NE N→NE 650 1.900 1.960 220 1.140 LT Gurupi – Serra da Mesa (sobrecorrente no circuito remanescente) 1.300 550 1.800 LT Sobradinho - São João do Piauí 2.115 250 1.260 LT Gurupi – Serra da Mesa (sobrecorrente no circuito remanescente) 2.045 420 1.500 LT Sobradinho – São João do Piauí 1.280 590 1.970 LT Sobradinho – São João do Piauí 2.190 285 1.420 LT Gurupi – Serra da Mesa (sobrecorrente no circuito remanescente) 1.230 560 1.930 LT Sobradinho – São João do Piauí 2.160 260 1.405 LT Gurupi – Serra da Mesa (sobrecorrente no circuito remanescente) 2.000 465 1.715 LT Sobradinho – São João do Piauí Média Leve Pesada 2005 Média Leve do Piauí ONS PAR 2003-2005 Oscilações não amortecidas Alívio de carga em Fortaleza e Sobral 1.295 605 1.970 2.175 400 1.730 LT Sobradinho – São João Sistema Instável do Piauí 1.230 560 1.920 LT Sobradinho – São João Sistema Instável do Piauí Média Leve Oscilações não amortecidas LT Sobradinho – São João do Piauí Pesada 2006 Conseqüência LT Sobradinho - São João 960 Pesada 2004 Fator Limitante Sobrecorrente no circuito remanescente 2.160 370 1.750 LT Gurupi – Serra da Mesa 2.000 470 1.700 LT Sobradinho – São João Sistema Instável do Piauí 320 / 478 CENÁRIO SUDESTE EXPORTADOR ! A Tabela 4.12 apresenta os limites de transmissão, para o ano de 2003, considerando a interligação Norte/Sul apenas no trecho entre Samambaia e Serra da Mesa. Tabela 4.12 – Ano 2003: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Sudeste Exportador Condição de Carga Leve Média Pesada Fluxo Limites sem Interligação N/S II (MW) SE#N 550 N#NE 1.070 SE#NE 690 SE#N 730 N#NE 1.015 SE#NE 610 SE#N 590 N#NE 980 SE#NE 620 Fator Limitante Evitar Atuação ERAC Norte/Nordeste quando perda N/S e SE/NE Evitar Atuação ERAC Norte/Nordeste quando perda N/S e SE/NE Evitar Atuação ERAC Norte/Nordeste quando perda N/S e SE/NE Limites com LT S. da Mesa – Miracema C2 (MW) 680 1.070 590 750 1.070 590 690 1.070 630 Fator Limitante Evitar Atuação ERAC Norte/Nordeste quando perda N/S e SE/NE Evitar Atuação ERAC Norte/Nordeste quando perda N/S e SE/NE Evitar Atuação ERAC Norte/Nordeste quando perda N/S e SE/NE Na Tabela 4.13 são resumidos os limites obtidos para o cenário Sudeste Exportador. ONS PAR 2003-2005 321 / 478 Tabela 4.13 – Período 2004 a 2006: Limites de intercâmbio entre as regiões Norte,Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Sudeste Exportador Ano 2004 2005 2006 ! Intercâmbio (MW) Patamar Carga SE→N SE→NE N→NE Pesada 2.290 895 1.450 Média 1.940 850 1.260 Leve 2.010 800 900 Pesada 2.275 940 1.650 Média 2.060 850 1.620 Leve 1.840 800 1.005 Pesada 2.110 960 1.740 Média 2.200 900 1.745 Leve 1.990 770 810 Fator Limitante Conseqüência LT Serra da Mesa –Rio das Éguas Oscilações não amortecidas LT Serra da Mesa -Rio das Éguas Oscilações não amortecidas LT Serra da Mesa -Rio das Éguas Oscilações não amortecidas CENÁRIO NORDESTE EXPORTADOR A Tabela 4.14 apresenta os limites de transmissão, para o ano de 2003, considerando a interligação Norte/Sul apenas no trecho entre Samambaia e Serra da Mesa. ONS PAR 2003-2005 322 / 478 Tabela 4.14 – Ano 2003: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Nordeste Exportador Condição de Carga Leve Média Pesada Fluxo Limites sem Interligação N/S II (MW) N#SE 940 NE#N 1.150 SE#NE -440 N#S 990 NE#N 680 SE#NE -365 N#S 720 N#NE 680 SE#NE -280 Fator Limitante Oscilações com baixo amortecimento entre Norte e Nordeste quando da abertura da interligação N/S e SE/NE Oscilações com baixo amortecimento quando da perda da LT SobradinhoS. J. Piauí Oscilações com baixo amortecimento entre Norte e Nordeste quando da abertura da interligação N/S e SE/NE Limites com LT S. da Mesa – Miracema C2 (MW) 870 985 -300 990 690 -315 990 905 -370 Fator Limitante Oscilações com baixo amortecimento quando da perda da LT SobradinhoS. J. Piauí Oscilações com baixo amortecimento quando da perda da LT SobradinhoS. J. Piauí Oscilações com baixo amortecimento entre Norte e Sul e perda de carga na Área Norte e Oeste da CHESF por subtensão As simulações realizadas para este cenário, no período 2004 a 2006, quando a interligação Norte/Sul II está completa, indicam que, para evitar a perda de sincronismo entre Norte e Nordeste, no caso de contingências que resultem na perda de circuitos em 500 kV no trecho Presidente Dutra - Sobradinho é necessário reduzir o intercâmbio do Nordeste para o Norte para valores da ordem de 200 MW. Considerando este cenário, só foi possível obter intercâmbios entre o Nordeste e o Norte mais elevados admitindo a separação dos subsistemas Norte e Nordeste através de ECE. De fato, a ativação do esquema que desliga as LT Presidente Dutra – Teresina II, quando da abertura do circuito Presidente Dutra - Boa Esperança, evita a atuação do esquema de perda de sincronismo no eixo Teresina II – Fortaleza II com os conseqüentes afundamentos de tensão, permitindo, deste modo, elevar o intercâmbio entre as áreas. A Tabela 4.15 resume os limites obtidos com e sem a ativação do referido esquema. ONS PAR 2003-2005 323 / 478 Tabela 4.15 – Período 2004 a 2006 - Limites de intercâmbio entre as regiões Norte,Nordeste e Sudeste para o cenário Nordeste Exportador Ano Patamar Carga Intercâmbio (MW) N→SE NE→SE NE→N 2.170 130 230 1.980 310 960 2.105 110 110 S/ Pesada ESQ ESQ Esperança LT Sobradinho - São João S/ 2004 do Piauí LT Pres. Dutra - Boa Esperança Média C/ ESQ LT Sobradinho - São João 2.090 320 920 2.025 175 690 1.980 280 1105 2.280 140 240 2.165 250 700 2.250 140 240 S/ ESQ Conseqüência LT Pres. Dutra - Boa C/ ESQ Fator Limitante Oscilações não amortecidas do Piauí LT Pres. Dutra - Boa Esperança Leve C/ ESQ S/ ESQ Pesada LT Pres. Dutra – Boa C/ ESQ ESQ Esperança LT Sobradinho - São João S/ 2005 LT Fortaleza – Quixadá do Piauí LT Pres. Dutra - Boa Esperança Média C/ ESQ LT Sobradinho - São João 2.080 300 880 1.950 165 715 2.100 330 1.250 S/ ESQ Oscilações não amortecidas do Piauí LT Pres. Dutra - Boa Esperança Leve C/ ESQ ONS PAR 2003-2005 LT Fortaleza - Quixadá 324 / 478 Intercâmbio (MW) Patamar Carga Ano N→SE NE→SE NE→N 2.110 80 130 S/ Pesada ESQ C/ Fator Limitante Conseqüência LT Pres. Dutra - Boa Oscilações não Esperança amortecidas LT Sobradinho - São João ESQ 2.025 160 490 do Piauí Desligamento de carga em Cauípe 2006 Média S/ LT Pres. Dutra - Boa ESQ 2.050 105 235 1.905 240 770 Esperança C/ LT Sobradinho - São João ESQ Leve do Piauí S/ Oscilações não amortecidas LT Sobradinho - São João ESQ 1.860 295 1.270 2.020 150 680 C/ do Piauí LT Pres. Dutra - Boa ESQ Esperança 4.3.2.2 Influência da Operação das Usinas Termelétricas Previstas para o Ceará As tabelas 4.16 a 4.18 apresentam, para o ano de 2004, os intercâmbios limites calculados para esta situação, considerando os diversos cenários energéticos. Tabela 4.16 – Ano 2004: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando as usinas termelétricas no Ceará, para o cenário Nordeste Exportador Patamar Carga Pesada Média Leve ONS Intercâmbio (MW) Fator Limitante N→SE NE→N NE→SE S/ ESQ 2.150 150 560 LT Pres. Dutra - Boa Esperança C/ ESQ 2.070 280 1.100 LT Sobradinho - São João do Piauí S/ ESQ 2.200 160 550 LT Pres. Dutra - Boa Esperança C/ ESQ 2.110 245 915 LT Sobradinho – São João do Piauí S/ ESQ 2.230 210 940 LT Pres. Dutra - Boa Esperança C/ ESQ 2.140 340 1.470 LT Fortaleza - Quixadá PAR 2003-2005 Conseqüência Oscilações não amortecidas 325 / 478 Tabela 4.17 – Ano 2004: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando as usinas termelétricas no Ceará, para o cenário Norte Exportador Patamar Carga Intercâmbio (MW) N→SE N→NE SE→NE 1.080 660 1.800 Pesada Fator Limitante Conseqüência LT Sobradinho - São João do Piauí LT Gurupi – Serra da Mesa 2.050 325 1.180 (sobrecorrente no circuito remanescente) 1.270 610 1.710 Média LT Sobradinho - São João do Piauí Oscilações não amortecidas LT Gurupi – Serra da Mesa 2.010 330 1.240 (sobrecorrente no circuito remanescente) Leve 2.120 450 1.400 LT Sobradinho – São João do Piauí Tabela 4.18 – Ano 2004: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando as usinas termelétricas no Ceará, para o cenário Sudeste Exportador Patamar Carga Intercâmbio (MW) SE→N N→NE SE→NE 2.080 875 1.255 Pesada Fator Limitante Conseqüência LT Serra da Mesa -Rio das Éguas LT Imperatriz - Colinas 2.400 960 1.400 (sobrecorrente no circuito remanescente) 1.810 860 1.140 Média LT Serra da Mesa –Rio das Éguas Oscilações não amortecidas LT Imperatriz - Colinas 2.215 975 1.415 (sobrecorrente no circuito remanescente) Leve ONS 1.830 PAR 2003-2005 870 920 LT Serra da Mesa - Rio das Éguas 326 / 478 4.3.3 Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais A figura 4.3 apresenta a síntese da evolução da capacidade de transmissão nas interligações inter-regionais, considerando os principais eventos previstos no horizonte analisado. Observa-se que por simplicidade de representação, não foram destacados diversos empreendimentos necessários para garantir os intercâmbio s indicados na figura. Os valores indicados representam a média dos limites de transmissão para os patamares de carga pesada, média e leve, ponderada pela duração de cada patamar. Figura 4.3 – Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais EXPORTAÇÃO DO NORTE 1400 MWmed - Atual 1600 MWmed – Abr/2003 Tucuruí – P.Dutra II 3800 MWmed - Nov/2004 Tucuruí - Açailandia FLUXO NS – NORTE IMPORTADOR N NE Lajead 1000 MWmed- Atual 2200 MWmed - Fev/2004 Imperatriz – Miracema 500kV 1000 MWmed- Atual 1700 MWmed - Out/2003 Miracema – S. Mesa-Samambaia 500 kV 2200 MWmed - Fev/2004 Imperatriz – Miracema 500kV FLUXO NS - SUDESTE IMPORTADOR RECEBIMENTO DO SUL SE IT 3000 MWmed- Atual 4600 MWmed - Mar/2003 Ibiuna – Bateias 500kV 4800 MWmed - Dez/2004 Londrina – Araraquara 500kV S 1000 MWmed - Atual 1600 MWmed – Abr/2003 Sudeste – Nordeste 500kV 2700 MWmed - Jun/2005 Teresina – Fortaleza 500kV RECEBIMENTO DO NORDESTE RECEBIMENTO DO SUDESTE 6500 MWmed- Atual 8500 MWmed- Mar/2003 Ibiuna – Bateias 500kV 9900 MWmed- Dez/2004 Londrina– Araraquara 500kV 3200 MWmed- Atual 4000 MWmed- Mar/2003 Ibiuna – Bateias 500kV 4700 MWmed- Dez/2004 Londrina– Araraquara 500kV EXPORTAÇÃO DO SUL 1 4.3.4 Avaliação Preliminar de Restrições ao Despacho da UHE Tucuruí Com o objetivo de identificar situações onde possa haver restrição ao despacho pleno das UHEs Tucuruí e Tucuruí II, em função de limitação da capacidade de transmissão nas interligações, foi feita uma análise de balanço de carga x geração. A avaliação, basicamente elétrica, buscou quantificar a geração na Região Norte que, atendidos os mercado desse subsistema, leva ao esgotamento da respectiva capacidade de exportação através de interligações inter-regionais, ou seja, procurou-se avaliar o montante de excedente, em termos de percentual da geração local, que poderia ser despachado, atendendo o mercado local e exportando o excedente, sem que fossem atingidos os limites de transmissão. ONS PAR 2003-2005 327 / 478 Nesta análise simplificada, os valores de geração no Norte que poderiam ser exportados, foram obtidos como se segue: Geração Tucuruí = Mercado Norte + Capacidade Excedente Excedente de Tucuruí do Sul Norte-Nordeste Capacidade N + Capacidade Norte-Sul Norte-Nordeste NE 850 MW UHE Lajeado Capacidade Norte-Sul SE A capacidade Norte-Sul é determinada pelo fluxo que chega em Serra da Mesa que é resultante da composição da potência oriunda da Região Norte com a geração na UHE Lajeado. O que pode ser exportado de Tucuruí através da interligação Norte/Sul depende, portanto, do despacho da UHE Lajeado. No sentido de fixar um dos parâmetros, nesta análise foi considerada a UHE Lajeado gerando 850 MW em todos os anos analisados e a UHE Peixe Angical com 450 MW a partir de 2006. Nesta análise, ao mercado do Norte foi acrescentado 5% para representar as perdas. Os valores de geração obtidos foram comparados com a capacidade instalada nas UHEs Tucuruí e Tucuruí II. Ressalta-se que para fins desta análise, não foram considerados fatores limitantes ao despacho das usinas e interligações internacionais, seja por questões hidrológicas, seja por questão de indisponibilidade de unidades geradoras. A figura 4.4 resume os resultados obtidos. ONS PAR 2003-2005 328 / 478 Figura 4.4 – Avaliação preliminar de restrições ao despacho da UHE Tucuruí Despacho em Tucuruí para atingir limite de exportação do Norte (Considerando UHE Lajeado com 850 MW e a UHE Peixe com 450 MW) Cap. Instalada: UHE Tucurí I (12 x 350 MW) e UHE Tucuruí II (11 x 375 MW) 100% 90% 84% 86% 88% 86% 83% 82% 80% 80% 78% 73% 76% 74% 70% 67% 60% % da capacidade instalada 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2003 2004 2005 Pesada Média 2006 Leve Observa-se que no cálculo da capacidade instalada a UHE Tucuruí foi considerada com 12 x 350 MW e a UHE Tucuruí II com 11 x 375 MW (sendo a primeira unidade instalada em dezembro de 2002 e, a partir de 2003, três novos geradores por ano). Os seguintes aspectos podem ser destacados da análise da figura: (a) os valores de despacho na UHE Tucuruí, que levam ao aproveitamento integral da capacidade de transmissão para as Regiões Nordeste e Sudeste, situam-se em torno de 80% da capacidade instalada na usina, ao longo de todo o horizonte analisado, sendo os montantes de geração mais baixos observados no patamar de carga leve; (b) a conclusão da interligação Norte/Sul II, em 2004, permite escoar praticamente toda a capacidade instalada da UHE Tucuruí, inclusive contando com as ONS PAR 2003-2005 329 / 478 primeiras unidades da UHE Tucuruí 2, sendo necessário despacho superior a 86% para provocar o esgotamento da capacidade de exportação do Norte; (c) a continuação da motorização da UHE Tucuruí 2 leva ao aproveitamento maior da capacidade de transmissão nas interligações com indicação de que pode haver restrição significativa ao despacho daquela usina a partir de 2005, que deve ser acentuada já em 2006 com a entrada em operação das usinas hidrelétricas previstas para o Tocantins; e (d) ressalta-se que esses valores foram obtidos considerando geração de 850 MW na UHE Lajeado e 450 MW na UHE Peixe Angical, esta em 2006. Despachos menores nessa usina proporcionam maior capacidade de escoamento da energia gerada na UHE Tucuruí. 4.4 Desempenho das Interligações Inter-Regionais Para cada interligação Inter-regional, a análise do desempenho é apresentada em três partes: primeiramente são identificados os fatores que acarretam restrições para os intercâmbios, a seguir é apresentada uma síntese do comportamento da interligação para cada cenário analisado e, por fim, são descritas análises adicionais realizadas nas avaliações efetuadas sobre as interligações. 4.4.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 4.4.1.1 Fatores que Influenciam os Intercâmbios ! DESPACHO DE ITAIPU 60 Hz NO RSE (RECEBIMENTO DO SUDESTE) O despacho da usina de Itaipu 60 Hz tem grande influência no valor do Recebimento pelo Sudeste (RSE), principalmente a partir da entrada da LT 500 kV Bateias - Ibiúna, onde se verificou que os casos estudados com despacho reduzido de Itaipu são os que apresentam valores de RSE mais elevados. ! DESPACHO DE ITAIPU 60 Hz NO FSUL (EXPORTAÇÃO PELO SUL) A exportação pelo Sul compete com a geração de Itaipu através do tronco de 750 kV. Sendo assim, o montante de energia transferida do Sul para o Sudeste é maior para os casos com despacho de Itaipu reduzido. Como conseqüência, estes casos possuem fluxo na LT 500 kV Bateias - Ibiúna mais elevado. ! RESTRIÇÕES NO SUBSISTEMA SUL Nos Cenários analisados em que o subsistema Sul exporta energia para o subsistema Sudeste, “Sul e SE Exportadores” e “SE Importador”, nos patamares de carga pesada e média, os limites de intercâmbio apresentados nas tabelas não consideraram as restrições no subsistema Sul. Entretanto, ressalta-se que, para que estes limites possam ser praticados é necessário: − − ONS compensação reativa shunt nas regiões de Curitiba e de Blumenau (aspecto a ser detalhado através de estudo complementar, conforme item 3.1.2); reforços na transmissão de 525 kV que interliga as usinas do Iguaçu (idem para item 3.1.3); PAR 2003-2005 330 / 478 − − esquema de corte de geração na perda da LT de 525 kV que interliga a UHE de Machadinho a Campos Novos; reforços para o oeste do Rio Grande do Sul, previstos para o ano 2004 (LTs 230 kV UTE Uruguaiana – Maçambará, Maçambará – Santo Ângelo, Dona Francisca – Itaúba e Santo Ângelo 2 – Santa Rosa). Caso nenhum reforço ocorra o carregamento da LT 500 kV Bateias/Ibiúna C1 e C2 deverá ser limitado para o máximo de 1.600MW, o que poderá representar uma redução do Recebimento do Sudeste (RSE) de cerca de 1.500MW. Principalmente no patamar de carga leve, na ausência dos reforços previstos para o oeste do Rio Grande do Sul, observa-se perda de sincronismo da UTE Uruguaiana para defeitos que acarretem perda de geração, como por exemplo, defeitos no tronco de 750 kV com desligamentos de máquinas da UHE Itaipu 60 Hz. Esta situação ocorre principalmente quando a UTE Uruguaiana opera com despacho elevado (vide item 3.2.1). ! RESTRIÇÕES NO SUBSISTEMA SUDESTE a) Sistema receptor da área São Paulo Estas restrições foram verificadas para casos a partir do ano 2004 quando o FSE pode alcançar valores elevados. Nas configurações referentes ao ano 2003 este fluxo no tronco de 750 kV (FSE) fica mais reduzido, até 7.000 MW, logo as violações são menos graves. A partir do ano 2005 quando está previsto a expansão da interligação Sul/SE, através da LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara, o máximo FSE ocorrido é de 7.150 MW, eliminando a sobrecarga em regime permanente da transformação de Tijuco Preto sem que haja necessidade de limitar o intercâmbio. Assim, a limitação no tronco passa a ser em função do desempenho dinâmico. O sistema receptor Sudeste, na região de Tijuco Preto, pode apresentar sobrecarga para valores de FSE a partir de 7.400MW, em certas condições de despacho das usinas da região Sudeste. Nestas condições, o carregamento admissível em regime permanente para as transformações 750/345 kV (3x1.500MW) de Tijuco Preto é violado e a perda de um dos transformadores acarreta sobrecarga de 35% nos transformadores remanescentes. A emergência da linha de transmissão 345 kV Tijuco sobrecarga da ordem de 40% (máximo de acordo com circuito remanescente, em todos patamares de carga. Esta principal fator de influencia o intercâmbio, pois ocorre até mais reduzidos (vide item 3.3.4). Preto - Itapeti acarreta o CPST: 1.076 MVA) no sobrecarga não tem como mesmo para intercâmbios b) Sistema da área de Brasília Verificou-se que, a partir do ano 2004, quando a expansão da interligação Norte/Sul está completa e sendo utilizada plenamente, i.é., intercâmbios entre os Subsistemas Norte/Nordeste # Sudeste da ordem de 2.200 MW (limitado pela perda de um dos circuitos da interligação Norte/Sul) e FSM da ordem de 3.200 MW, o perfil de tensão ONS PAR 2003-2005 331 / 478 na região de Samambaia fica deteriorado. As análises indicam que um valor razoável para o FSM é de 3.000MW. Para o cenário que o Sudeste exporta energia para as regiões Norte/Nordeste, a partir do ano 2004, e para uma exportação da ordem de 2.600MW, a perda da transformação de Itumbiara 500/345 kV (3x560MVA) acarreta sobrecarga da ordem de 10% nas outras unidades. Caso a UHE de Serra da Mesa e Cana Brava estejam com somente 1 máquina operando a situação se agrava, conforme citado a seguir: − − − a emergência da LT 345 kV Itumbiara - Bandeirantes (2x766MVA) acarreta sobrecarga de 5% na linha paralela; a emergência da transformação de Itumbiara 500/345 kV (3x560MVA) acarreta sobrecarga nas outra unidades da ordem de 15%; a emergência da LT 500 kV Samambaia - Itumbiara (1x1076 MVA) acarreta sobrecarga de 15% nos transformadores de Itumbiara 500/345 kV, na LT 345 kV Itumbiara - Bandeirantes e na LT 500 kV Samambaia - Emborcação. Para que estas sobrecargas não ocorram, o despacho da UHE Serra da Mesa deverá ser no mínimo de 800MW, considerando exportação do Sudeste de 2.600 MW. ! ENTRADA DA INTERLIGAÇÃO NORTE/SUL II E REFORÇOS NO SISTEMA RECEPTOR SUDESTE Conforme citado no item 4.2.2, a Interligação Norte/Sul II possui o seguinte cronograma de entrada em operação: − − − primeira etapa: LT 500 kV Samambaia - Serra da Mesa C3 – Abril/2003 (incluída na configuração correspondente ao 1º semestre 2003); segunda etapa: LT 500 kV Serra da Mesa - Miracema C2 – Agosto/2003 (incluída na configuração correspondente ao 2º semestre 2003) e terceira etapa: LT 500 kV Miracema - Imperatriz C2 – Dezembro/2003 (incluída na configuração correspondente ao 1º semestre 2004). a) Influência nos Fluxos Máximos da Interligação No 10 semestre do ano 2003 não ocorre expansão desta interligação, porém, estão previstos reforços no sistema receptor Sudeste e a interligação entre os subsistemas Sudeste e Nordeste. Entretanto, com a entrada em operação da UHE Cana Brava o fator limitante do fluxo na interligação Norte/Sul continua sendo o sistema receptor Sudeste. Para intercâmbio no sentido Norte # Sudeste, a primeira etapa possibilita fluxos da ordem de 1.850 MW, entre as subestações de 500 kV Miracema e Gurupi. O fator limitador é a existência de apenas um circuito na LT 500 kV Imperatriz - Miracema, que restringe o fluxo através desta linha a 1.000 MW. A segunda etapa permite que os valores transferidos cheguem a 2.000 MW. A limitação ocorre em função da degradação dos valores de tensão no subsistema receptor, em decorrência de contingências críticas. Para intercâmbios no sentido Sudeste # Norte, o circuito único da LT 500 kV Imperatriz/Miracema limita em 1.000 MW a transferência de energia para a primeira ONS PAR 2003-2005 332 / 478 etapa de entrada da Norte/Sul II. Este cenário caracteriza-se pela dificuldade de controle de tensão na interligação, principalmente quando as gerações das usinas de Serra da Mesa e Cana Brava estão reduzidas. Após a entrada da segunda etapa, o limite de interligação chega a 2.200 MW. Em decorrência da entrada em operação da Norte/Sul II e da Interligação Sudeste/Nordeste, os ajustes da Proteção de Perda de Sincronismo (PPS) da Interligação Norte/Sul deverão ser revistos. Como estes novos ajustes ainda não estão estabelecidos, desconsiderou-se a atuação desta proteção e mantiveram-se níveis de intercâmbio que não acarretassem em valores críticos de tensão na região, em decorrência de abalos no sistema. b) Perda da Interligação Norte/Sul Para as configurações referentes ao ano 2003, 1º e 2º semestre, a interligação Norte/Sul tem trechos com somente um circuito logo, foi considerado o impacto da perda desta nos limites de intercâmbio Sul/SE e Norte/Sul. Verificou-se que a perda desta interligação leva à abertura da Interligação SE/NE devido à perda de sincronismo entre as máquinas dos subsistemas SE e N/NE e que, o retardo da abertura dessa pode acarretar colapso de tensão em São Paulo, mais precisamente na região de Tijuco Preto. Logo, a PPS da interligação SE/NE deve ser ajustada de forma a atuar imediatamente após a abertura da interligação Norte/Sul ou implementado um ECE que abra esta interligação junto com a perda da interligação Norte/Sul, para as duas configurações estudadas no ano 2003. A expansão da interligação Sul/SE através da linha de transmissão de 500 kV Bateias – Ibiúna, conjuntamente com os reforços no Sudeste na região de Serra da Mesa e Tijuco Preto, permite um aumento bastante expressivo do recebimento pelo Sudeste (RSE) em todos os patamares de carga e, principalmente, nos casos de Itaipu com despacho reduzido. Porém, a perda da interligação Norte/Sul, principalmente no cenário “SE Importador” e nos casos com despacho de Itaipu 60 Hz reduzido e nos patamares de carga média e Leve, acarreta oscilações nos subsistemas Sul/Sudeste da ordem de 0,6 Hz, que embora seja de pequena amplitude (da ordem de 200 MW no FSE) são pouco amortecidas. Verificou-se que o intercâmbio Norte/Sul tem pouca influencia no amortecimento destas oscilações, e que o RSE embora tenha influência no amortecimento em alguns casos houve necessidade de reduzir até 1.000 MW o recebimento pelo Sudeste. Para as configurações a partir do ano 2004 a interligação Norte/Sul está duplicada; não foram estudadas as conseqüências da abertura dupla desta interligação, pois, não fez parte do critério adotado para as análises. Porém, ressalta-se que este defeito, que é bastante grave e pode acarretar colapso de tensão em São Paulo, está sendo objeto da análise do trabalho de Diagnóstico das deficiências do SIN, referido na introdução deste relatório. ONS PAR 2003-2005 333 / 478 c) Perda da Interligação Sudeste/Nordeste Os intercâmbios máximos adotados para as interligações entre o subsistema Sudeste e Norte/Nordeste foi tal que, para todos os cenários analisados, a abertura da interligação Sudeste/Nordeste não acarrete a abertura da interligação Norte/Sul. Ressalta-se, entretanto que, este defeito também causa oscilações de 0,6 Hz com pouco amortecimento, porém dentro dos critérios adotados. d) Influencia no Desempenho Dinâmico das Usinas ao Longo da Interligação Norte/Sul Alguns reforços, com previsão de entrada no horizonte 2003-2005, impactam em mudanças no comportamento dinâmico das usinas conectadas ao longo da Interligação Norte/Sul. São estas: UHE Serra da Mesa, UHE Cana Brava e UHE Lajeado. Para o ano de 2002, onde apenas um circuito de 500 kV interliga os subsistemas Norte e Sul, há uma tendência destas máquinas em permanecerem sincronizadas com o subsistema Norte, em função de abalos que acarretem em colapsos de tensão na região de Brasília. Com a entrada em operação das LTs 500 kV Samambaia - Itumbiara (Dez/2002), Samambaia - Emborcação (Dez/2002), terceiro circuito da LT 500 kV Serra da Mesa Samambaia (Abr/2003), e compensação série nos três circuitos Serra da Mesa Samambaia (Abr/2003), a distância elétrica entre as usinas e o Sudeste diminui. Conseqüentemente, as UHE Serra da Mesa e Cana Brava estão mais propícias a se manterem sincronizadas a este subsistema, enquanto a UHE Lajeado continua com o Norte. O segundo circuito da LT 500 kV Serra da Mesa - Miracema (Set/2003), aproxima mais ainda o Sudeste das usinas, sem trazer mudanças significativas quanto aos aspectos em questão. Já o segundo circuito da LT 500 kV Miracema - Imperatriz (Dez/2003), reaproxima as UHE do Subsistema Norte. Assim, mais uma vez, as usinas tendem a ficar sincronizadas com este subsistema. ! SENSIBILIDADE AO DESLIGAMENTO DE MÁQUINAS DA UHE ITAIPU 60 Hz X LIMITE DE INTERCAMBIO SUL⇒SUDESTE (RSE) X FSM Uma das faltas mais críticas com relação ao desempenho das interligações e que balizou a maior parte dos intercâmbios foi o curto em Foz do Iguaçu 750 kV, seguido da abertura de um circuito entre Foz e Ivaiporã e desligamento de uma ou duas máquinas de Itaipu 60 Hz, dependendo da configuração da Interligação Norte/Sul analisada. Para as configurações da interligação “Norte/Sul” incompleta, i.é, no ano 2003 foi adotado o desligamento de somente uma máquina de Itaipu como uma postura conservadora com relação ao colapso de tensão na região de Samambaia. Para as configurações dos anos 2004,2005 e 2006, onde a interligação Norte/Sul já se encontra completa, foi adotado o desligamento de duas máquinas de Itaipu. ONS PAR 2003-2005 334 / 478 Assim, o intercâmbio máximo foi determinado em função do desempenho do tronco de 750 kV e da interligação Norte/Sul. Para isto utilizou-se os critérios de tensão mínima transitória admissível na região de Tijuco Preto e Samambaia e a margem considerada para atuação do limitador de corrente de campo da máquina de Itaipu 60 Hz. O desligamento (“Trip”) de máquinas de Itaipu 60 Hz, associado a defeitos no tronco de 750 kV, ao mesmo tempo em que viabiliza um maior intercâmbio Sul # Sudeste aumenta o fluxo na interligação Norte/Sul. Isto acarreta maior injeção de potência no Sudeste, via os circuitos entre as subestações de Serra da Mesa e Samambaia (FSM), que poderá resultar em colapso de tensão nesta região. Logo, o aumento do numero de máquinas de Itaipu a serem desligadas, que proporcionará um maior RSE, depende da potência injetada na região de Serra da Mesa (FSM) e dos reforços de transmissão na região. Como já foi dito, os limites de intercâmbios foram determinados neste trabalho considerando o desligamento de uma ou duas máquinas e FSM próximo ao máximo, levando em consideração as configurações da rede no horizonte do estudo. Porém, a relação RSE x FSM x Configuração da Rede pode ser otimizada, para os casos em que o defeito no tronco de 750 kV seguido do desligamento de máquinas de Itaipu 60 Hz foi balizador, através do aumento do numero de maquinas a serem desligadas. É o que mostra a Tabela 4.19 a seguir. Tabela 4.19 – Sensibilidade com relacão ao Trip de máquinas de Itaipu 60 Hz (aumento do RSE) versus FSM (aumento da injecão de potencia na região de Serra da Mesa). ITAIPU 60 HZ CENÁRIO CARGA DESPACHO (MW) 2003 10 SEM. SUDESTE PES ALTO PES ALTO TENSÃO TENSÃO T.PRETO SMB 750 KV 345 KV (PU) (PU) 2 0,73 0,88 300 3 0,72 0,81 500 2 0,72 0,96 200 TRIP GANHO* NO RSE (MW) IMPORTADOR 2003 10 SEM. SUL E SUDESTEE EXPORTADORES (*) em relação aos valores utilizando-se trip de 1 máquina de Itaipu. Verificou-se que, para as configurações do ano 2003, nos patamares de carga pesada, principalmente para a condição de despacho de Itaipu “alto” existe indicação de ganho no Recebimento pelo Sudeste (RSE) de até 500 MW, em função do aumento do número de máquinas a serem desligadas de Itaipu. Ressalta-se que, ONS PAR 2003-2005 335 / 478 para viabilizar estes ganhos é necessário ajustes da Proteção de Perda de Sincronismo da Interligação Norte/Sul de forma a não atuar nestas situações, i.é, sem que haja abertura das interligações entre o Sudeste e o Norte/Nordeste. Para a configuração a partir do ano 2004, em que a interligação Norte/Sul II se encontra completa e que já se considera “trip” de duas máquinas de Itaipu 60 Hz, não se verificou benefício no aumento do número de máquinas a serem desligadas, pois, a tensão em Samambaia já se encontra próximo ao valor mínimo admissível (0.80 p.u.). ! PERDA DUPLA DA LT 500 kV BATEIAS - IBIÚNA A entrada em operação da LT 500 kV Bateias - Ibiúna, prevista para março de 2003, reforça a interligação entre os subsistemas Sudeste e Sul, aumentando consideravelmente os montantes de energia transferidos. Para casos de elevado intercâmbio Sul/Sudeste, o carregamento desta linha pode ultrapassar os 2.100 MW, no ano 2004, sem que haja perda de sincronismo ou colapso de tensão, em função de contingências simples no sistema. Porém, se a análise considerar perda dos dois circuitos da LT Bateias - Ibiúna, verifica-se que intercâmbios desta magnitude não são permitidos. Ressalta-se que, o estudo de limites na interligação Sul/Sudeste, levando em conta a perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna, foi realizado de forma expedita e tem caráter indicativo. Com o objetivo de diminuir o impacto desta contingência, chegou-se a um esquema que corta até duas máquinas de Itaipu 60 Hz conjuntamente com 1.000 MW de Garabi. Porém, devido a incertezas quanto a viabilidade de implementação de tal esquema, realizou-se estudos adicionais sem considerar o ECE. Para os casos em que o Sul importa energia, nenhum esquema foi considerado. Os casos com geração reduzida da usina de Itaipu apresentam exportações do Sul mais elevadas. Conseqüentemente, o carregamento da LT Bateias - Ibiúna é maior, assim como o impacto da contingência dupla nesta linha. Para estes casos, a redução no RSE pode chegar a 550 MW, considerando-se o ECE e 1.600 MW, sem a utilização de esquemas. Porém, para Itaipu com despacho máximo, o ECE se mostra eficaz em grande parte das simulações, i.é, na maioria dos casos não foi necessário redução dos intercâmbios. Nos casos em que houve necessidade de redução do RSE, esta não ultrapassou 200 MW. Entretanto, se o esquema não for considerado, o RSE sofrerá decréscimo de até 1.350 MW. Para o cenário Sul Importador e geração “Baixa” de Itaipu, a LT Bateias - Ibiúna também se encontra bastante carregada, conseqüentemente a emergência desta linha é crítica chegando a acarretar redução do recebimento pelo Sul (RSUL) para que o padrão de desempenho dinâmico seja atendido, de até 950 MW. Já para os casos de Itaipu “Alto”, a perda dupla não se mostra como contingência limitadora, sendo esta a perda do trafo 750/500 kV da SE Ivaiporã. Verificou-se também que, esta falta poderá provocar sobrecarga na transformação 750/500 kV de Ivaiporã, em todos os cenários, i.é, quando coincide de ambas, a LT ONS PAR 2003-2005 336 / 478 Bateias - Ibiúna e a transformação de Ivaiporã, estarem muito carregados. Esta situação ocorre para os casos em que foi considerado o ECE, caso contrário o intercâmbio máximo é bastante inferior não acarretando sobrecarga na transformação de Ivaiporã devido à perda dupla da LT 500 kV Bateias – Ibiúna. SUMÁRIO DOS FATORES RESTRITIVOS AOS INTERCÂMBIOS ENTRE SUBSISTEMAS ! A seguir são sumarizados os fatores restritivos descritos anteriormente, referentes à interligação Sul/Sudeste: − indicação de sobrecarga, nos patamares de carga Pesada e média, para todos os cenários, em Regime Permanente, conforme relação da Tabela 4.20. Tabela 4.20 – Sobrecargas identificadas nos circuitos de 230 kV do Sul quando da operação próximo aos limites de intercãmbio LOCAL EQUIPAMENTO FATORES DE INFLUENCIA Circuitos do Norte do Paraná de atendimento a Londrina LT 230 kV Apucarana Londrina Despacho das usinas conectadas no 230 kV da região. LT 230 kV Londrina - Assis Carga de Londrina Circuito de interligação entre o Norte do Paraná e Enersul LT 230 kV Cascavel – Guairá – Dourado Geração na Enersul Circuitos do Norte do Paraná de atendimento a Maringá LT 230 kV Salto Osório Campo Mourão Despacho de Salto Osório − − − − − ONS ERAC da Região Sul, para o cenário Sul Importador; inércia mínima na região Sudeste, no patamar de carga leve, para o cenário SE Importador; falta de suporte de tensão (Compensação reativa adicional) na região Sul, no leste de Santa Catarina e Paraná, nos patamares de carga pesada e média, no cenário Sul exportador; geração disponível na região Sul, nos patamares de carga pesada e média, no cenário Sul exportador; transformação de 750/345 kV de Tijuco Preto, em regime permanente, nos Cenários “SE Importador” e “ Sul e SE Exportadores” até a entrada da LT 500 kV Londrina/Assis/Araraquara; PAR 2003-2005 337 / 478 − − LT 345 kV Tijuco Preto - Itapeti, nos Cenários “SE Importador” e “ Sul e SE Exportadores”; e perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna com ou sem a presença do ECE. 4.4.1.2 Caracterização do Desempenho para cada Cenário Analisado ! CENÁRIO SUDESTE IMPORTADOR No cenário Sudeste Importador, os subsistemas Sul e Norte exportam energia para o Sudeste. Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do Sudeste, levando este subsistema a operar com baixa inércia. No patamar de carga leve, o limite de inércia mínima é rapidamente atingido, impossibilitando uma definição precisa dos limites de interligação. O máximo recebimento pelo Sudeste (RSE) é limitado pela perda da LT 750 kV Foz Ivaiporã seguido do desligamento de 1 ou 2 máquinas de Itaipu 60 Hz, no patamar de carga pesada, pela perda da interligação Norte/Sul no patamar de carga média, pela perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna nos patamares de carga pesada e média e, no patamar de carga leve pela Inércia mínima necessária na região Sudeste. Este cenário em que o Subsistema Sul e Norte exportam para o Sudeste não pode ser praticado no patamar de carga Leve, devido à Inércia Mínima necessária na região Sudeste. Pode-se dizer que, a máxima importação do Sudeste, pelo Norte/Nordeste e Sul, para o patamar de carga leve é da ordem de 7.000 MW. a) Ano 2003 - 1º Semestre Com a entrada da LT 500 kV Bateias - Ibiúna, este cenário apresenta elevado carregamento das LT 525 kV que transmitem energia do oeste para o leste do Paraná e Santa Catarina. Daí a necessidade de compensação reativa na área leste de Santa Catarina, Curitiba e Bateias, principalmente nos casos de carga pesada e média. Por outro lado, as linhas que interligam as bacias do Iguaçu e Uruguai apresentam-se descarregadas. Na contingência da linha de transmissão 525 kV, para uma exportação do Sul para o Sudeste (RSUL) da ordem de 3.900 MW, no patamar de carga pesada, a corrente na linha de 525 kV Segredo - Areia chega a 2.520 A. Para a saída desta linha não está previsto corte de geração, porém para que este montante de exportação do Sul seja possível deve ser estudado algum esquema de controle de emergência, como, por exemplo, o desligamento de máquinas da UHE Machadinho. As contingências de LTs de 525 kV que interligam as usinas do rio Iguaçu, embora estejam bastante carregadas, não acarretam problemas de estabilidade e/ou sobrecarga nas linhas remanescentes, caso se continue adotando os Esquemas de Corte de Geração (ECG) associados a saída destas linhas (vide itens 3.2.2 e 3.2.3). Em decorrência da entrada da interligação entre os subsistemas Sudeste e Nordeste, adotou-se como premissa que os intercâmbios seriam tais que, defeitos no tronco de 750 kV seguido do desligamento de máquinas de Itaipu 60 Hz, não acarretassem colapso de tensão na região de Samambaia e conseqüente necessidade da abertura da interligação Norte/Sul. Para tal, foi considerado o desligamento de somente 1 ONS PAR 2003-2005 338 / 478 máquina da UHE de Itaipú 60 Hz, devido a defeitos no tronco de 750 kV seguido da abertura de um circuito de 750 kV. Neste caso, a interligação Norte/Sul abriria somente para defeitos na mesma, que foi a contingência que balizou o máximo recebimento pelo Sudeste no patamar de carga média. b) Ano 2003 - 2º Semestre Neste período do ano 2003, as contingências no subsistema Sul continuam com desempenho similar ao 1º semestre, pois não está previsto nenhum reforço adicional. Com relação ao desempenho da interligação, os defeitos que balizaram foram também o curto na SE Foz 750 kV e a perda da interligação Norte/Sul. O curto na SE Foz 750 kV acarretou o mesmo impacto na região de Samambaia, embora tenha sido considerado um reforço adicional na região (primeiro trecho da interligação N/S II). Isto se explica pelo aumento do fluxo nos circuitos entre Serra da Mesa e Samambaia (FSM), proveniente das regiões Norte e Nordeste. c) Ano 2004 Neste ano 2004 o defeito que balizou os limites de intercâmbio foi o curto na SE Foz 750 kV seguido da abertura da LT 750 kV Foz - Ivaiporã e desligamento de 2 máquinas de Itaipu 60 Hz. Ressalta-se, porém que, o desligamento de 2 máquinas de Itaipu, mesmo para esta configuração de rede, pode causar colapso de tensão na região de Brasília, em função do aumento de intercâmbio no sentido Norte # Sudeste. d) Anos 2005 e 2006 A partir do ano 2005 foi considerado reforço no subsistema Sul, mais precisamente, a linha de transmissão 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã C2, que proporcionou um aumento em torno de 200 MW no Recebimento pelo Sudeste (RSE) para despachos de Itaipu alto (6.300MW). Para a condição de despacho “ baixo” a geração do Sul já se encontrava esgotada, logo não houve aumento de intercâmbio. ! CENÁRIO SUL E SUDESTE EXPORTADORES Neste cenário temos a transferência de energia do Sul para o Sudeste, através da Interligação Sul/Sudeste e do Sudeste para o Norte/Nordeste, via as interligações Norte/Sul e Sudeste/Nordeste. Este cenário apresenta os limites de intercâmbio da mesma ordem de grandeza que o cenário anterior, para as configurações de rede de transmissão futuras estudadas, mostrando que o recebimento pelo Sudeste (RSE) independe do sentido do fluxo na interligação Norte/Sul, i.é, os cenários “SE importador” e “Sul e SE exportadores”. Além disso, foi possível viabilizar este cenário também no patamar de carga leve. A inércia do Sudeste apresenta-se maior que no cenário anterior e o problema de colapso de tensão na região de Brasília, em função do desligamento de máquinas de Itaipu, deixa de existir. ONS PAR 2003-2005 339 / 478 ! CENÁRIO SUL IMPORTADOR Neste cenário temos a transferência de energia do Sudeste para o Sul através da interligação Sul/Sudeste e do Sudeste para o Norte/Nordeste via as interligações Norte/Sul e Sudeste/Nordeste a) Faltas Balizadoras e Restrições de Intercâmbios O máximo recebimento pelo Sul (RSUL) é limitado pela transformação 750/500 kV de Ivaiporã e pela perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna nos patamares de carga pesada e média. Na condição de carga leve o recebimento pelo Sul (RSUL) é estabelecido pela Inércia mínima necessária na região Sul. b) Perda de uma unidade da Transformação 750/500 kV de Ivaiporã Para a obtenção deste limites, utilizou-se o recurso de controle existente para evitar a abertura da interligação Sul/Sudeste, no trecho da transformação de Ivaiporã 750/500 kV, por sobrecarga nos transformadores desta subestação. A atuação do relé de sobrecarga (>50%) de pelo menos um transformador por três segundos, envia sinal para desligamento de uma unidade de Itaipu. Caso o relé permaneça atuado por mais 7 segundos, é enviado sinal para desligamento da segunda unidade. O fluxo no transformador deverá ser reduzido para um valor de 137,5% de sua capacidade nominal 20 segundos após a sensibilização do relé. Caso contrário, a transformação será aberta. No cenário com despacho de Itaipu “alto”, a energia transferida do Sudeste para o Sul tende a ser menor através da LT 500 kV Bateias - Ibiúna e, assim sendo, a perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna não se apresenta como contingência limitadora de intercâmbio neste cenário. O máximo recebimento pelo Sul (RSUL) é limitado pela transformação 750/500 kV de Ivaiporã, que é contornada através do recurso de controle existente, conforme explicitado anteriormente. Para dotar o sistema de maior confiabilidade prescindindo da ativação do ECE acima descrito, seria necessário instalar o 3ª banco de autotransformadores 750/500 kV – 1.650 MVA na SE Ivaiporã. c) Contingência dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna Ressalta-se que o esquema previsto para este defeito aplica-se somente aos Cenários “Sudeste Exportador” e “Sul e Sudeste Exportadores”. Neste cenário e com despacho de Itaipu Baixo, a contingência dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna se mostra mais grave que a perda de um transformador 750/500 kV de Ivaiporã para os patamares de carga pesada e média, pois restringe o intercâmbio entre o Sul e Sudeste. Porém, para o despacho de Itaipu “alto” este defeito não limita o intercâmbio. Alem disso, a perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna acarreta sobrecarga de até 30% nas transformações de 750/500 kV em Ivaiporã, nos patamares de carga pesada e média, em todos os despachos analisados para Itaipu. ONS PAR 2003-2005 340 / 478 Após a entrada em operação, prevista neste estudo para o ano 2005, da LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara com transformação 500/440 kV em Assis, a sobrecarga acima citada é apenas reduzida, porém, não é eliminada. d) Inércia Mínima na Região Sul Para o patamar de carga leve, as contingências acima citadas não se mostram restritivas. O limite foi estabelecido levando-se em conta o despacho mínimo das máquinas do Sul e a dificuldade de controle de tensão neste subsistema (sendo necessário desligamento de linhas). A partir do ano 2005, com a expansão da interligação Sul/SE através da LT de 500 kV entre Londrina – Assis - Araraquara, o fator limitador do intercâmbio em todos os cenários e patamares de carga é a inércia mínima necessária na região Sul. 4.4.1.3 Análises Complementares ! EXPANSÃO DA INTERLIGAÇÃO SUL/SE – ANO 2005 A linha de transmissão de 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com transformação 500/440 kV em Assis, representa a expansão da Interligação Sul/Sudeste e foi considerada nesta avaliação no ano 2005, juntamente com o reforço referencial no subsistema Sul, a LT 525 kV Londrina – Ivaiporã - Salto Santiago. A expansão desta interligação nos cenários com despacho baixo da UHE Itaipu, não agrega em termos de aumento dos limites de intercâmbios, pois nos patamares de carga pesada e média a geração do Sul já estava esgotada e no patamar de carga leve o Sudeste não pode receber mais devido a sua inércia mínima requerida. Entretanto, nos cenários com despacho da UHE Itaipu alto, nos quais ainda existe folga na geração do Sul, esta proporciona um aumento do recebimento pelo Sudeste de 1.000 MW no patamar de carga pesada e de 900 MW no patamar de carga média. ! TRANSFORMAÇÃO DE IVAIPORÃ 750/500 kV Em todos os cenários analisados, para os intercâmbios limites, a perda dupla da LT Bateias - Ibiúna poderá provocar sobrecarga na transformação 750/500 kV de Ivaiporã (2x1.650MVA) de até 30%. O carregamento na transformação de Ivaiporã é mais elevado para a condição de Sul exportando e despacho “baixo “ de Itaipu 60 Hz, conforme tabela abaixo. Tabela 4.21 – Maiores carregamentos do Trafo 750/500 kV de Ivaiporã (Sul Exportador) Ano 2003 ONS PAR 2003-2005 Trafo Ivaiporã LT 500 525/750 kV Bateias – Ibiúna (MW) C1 + C2 (MW) 5.600 1.650 1.950 MED 4.900 1.950 2.200 LEV 4.900 1.600 2.250 Patamar Geração Carga Itaipu (MW) PES 341 / 478 Trafo Ivaiporã LT 500 525/750 kV Bateias – Ibiúna (MW) C1 + C2 (MW) 5.600 2.000 1.950 MED 4.900 2.100 2.150 LEV 4.900 1.850 2.200 PES 5.600 1.850 1.900 MED 4.900 2.250 2.000 LEV 4.900 2.100 2.200 2005 PES 5.600 1.250 1.650 C/ Londrina/ MED 4.900 1.550 1.800 Araraquara LEV 4.900 1.250 1.850 Ano 2004 2005 Patamar Geração Carga Itaipu (MW) PES A partir do ano 2005, com a presença da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, o carregamento da transformação 750/500 kV de Ivaiporã não ultrapassa a 1.600 MW, no cenário Sul Exportador. 4.4.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste 4.4.2.1 Fatores que Influenciam os Intercâmbios e Caracterização do Desempenho para cada Cenário Analisado ! LIMITES DE FLUXO NA INTERLIGAÇÃO NORTE/SUL A determinação do limite de fluxo na interligação Norte/Sul teve como principal balizador as limitações dos equipamentos de compensação série. Desta forma, estabeleceu-se como limite o fluxo que não acarreta “bypass” dos capacitores série, estimado para corrente de 3.000 A. Assim, foi pesquisado o fluxo que acarreta “bypass” dos capacitores série, reduzindo a partir daí cerca de 100 MW. As contingências balizadoras foram defeitos internos com perda de um dos circuitos. As análises feitas com fluxos que acarretam “bypass” de capacitores série indicaram a tendência à perda de estabilidade entre os sistemas Norte e Sudeste, acarretando a necessidade de separação destes subsistemas. Este tipo de desdobramento não foi objeto do presente estudo, por necessidade de investigações mais detalhadas, onde se vislumbra a necessidade de implementação de esquemas de controle de emergência, bem como novos ajustes de PPS ou outras providências. ! CENÁRIO NORTE EXPORTADOR: BALIZADORAS DOS INTERCÂMBIOS ANÁLISE DAS CONTINGÊNCIAS Este cenário se caracteriza pela maximização da geração da usina de Tucuruí, o que acarreta fluxos elevados nos eixos Tucuruí – Marabá - Imperatriz. Alternativamente, esse cenário se desdobra em duas situações: ONS PAR 2003-2005 342 / 478 − − maximizar o recebimento do Nordeste; e maximizar o fluxo no sentido Norte→Sudeste. a) Perda do Circuito Marabá-Imperatriz Esta contingência apresenta um elevado grau de severidade até a entrada dos circuitos em 500 kV Tucuruí – Marabá C4 e Marabá – Açailândia C2. De modo a resolver esta situação, foi adotada, nesta análise, a possibilidade da ativação de um telecomando que desligará duas máquinas de Tucuruí na perda destes circuitos. b) Perda do Circuito Presidente Dutra - Boa Esperança A segunda contingência balizadora, a perda do circuito Presidente Dutra - Boa Esperança acarreta necessidade de redução de intercâmbio entre o Norte e Nordeste de modo a evitar perda de sincronismo entre os sistemas. Nesta situação, o isolamento do Nordeste acarreta elevados cortes de carga pela atuação do ERAC. Deste modo, os limites foram estabelecidos pela necessidade de evitar esta operação, bem como permitir que o sistema apresente condições adequadas de amortecimento das oscilações de potência. c) Perda do Circuito do Eixo Serra da Mesa - Bom Jesus da Lapa II Observou-se que em algumas situações neste cenário, esta contingência foi balizadora, uma vez que se observou a tendência de perda de sincronismo entre os sistemas das Regiões Norte e Nordeste. Neste caso, buscou-se um intercâmbio cuja elevação de 100 MW acarretaria perda de estabilidade entre os sistemas. d) Perda do Circuito da Interligação Norte/Sul no Trecho Miracema – Serra da Mesa. Esta contingência foi balizada pela necessidade de evitar a atuação da proteção de “bypass” dos capacitores série, a qual acarreta perda de sincronismo entre o Norte e Sudeste, conforme comentado anteriormente. ! CENÁRIO SUDESTE EXPORTADOR: ANÁLISE DAS CONTINGÊNCIAS BALIZADORAS DOS INTERCÂMBIOS Esse cenário caracteriza-se por fluxos elevados na interligação Norte/Sul (Sentido Serra da Mesa - Imperatriz) e na interligação Sudeste/Nordeste (sentido Serra da Mesa - Sapeaçu). a) Perda da Interligação Sudeste/Nordeste Neste cenário se observa o máximo intercâmbio na interligação Sudeste/Nordeste, de tal modo que a perda desta interligação acarreta o escoamento instantâneo do fluxo para as regiões Norte e Nordeste, tendo como conseqüência um aumento do intercâmbio entre as áreas Norte e Nordeste, levando ao risco de perda de sincronismo entres estas áreas. Esta contingência é, portanto, balizadora para este cenário. ONS PAR 2003-2005 343 / 478 b) Perda de circuito no trecho Miracema - Imperatriz Esta contingência, à semelhança da perda no trecho Miracema - Serra da Mesa, é balizada pelos fluxos que acarretam “bypass” dos capacitores série, conforme já comentado. Destaca-se, neste cenário, que a exploração do intercâmbio Sudeste exportador para o Norte, acarreta possibilidade de operação de um número reduzido de máquinas em Tucuruí, agravando o problema de controle de tensão no eixo Tucuruí - Presidente Dutra. Desta forma, será necessário o desligamento de circuitos, principalmente no trecho Tucuruí - Imperatriz, para controle de tensão. ! CENÁRIO NORDESTE EXPORTADOR: ANÁLISE DAS CONTINGÊNCIAS BALIZADORAS DOS INTERCÂMBIOS Esse cenário caracterizou-se pela seguinte distribuição de fluxo: - eixo Sobradinho - Boa Esperança - Presidente Dutra com fluxo elevado; - eixo Luiz Gonzaga – Milagres - Fortaleza com fluxo elevado; - interligação Sudeste/Nordeste com fluxo no sentido Sapeaçu → Serra da Mesa; e - eixo Presidente Dutra – Teresina II – Fortaleza II com fluxo reduzido. a) Perda do Circuito Presidente Dutra - Boa Esperança A emergência deste circuito acarreta, neste cenário, a perda de sincronismo entre o sistema Nordeste e os demais sistemas. A característica da perda de sincronismo entre as áreas Norte e Nordeste se dará pelo circuito que interliga Teresina II e Fortaleza II, provocando afundamento de tensão generalizado nas áreas Norte e Oeste, com conseqüente atuação do esquema de alívio de carga destas áreas durante esse processo de perda de sincronismo. A perda de sincronismo entre os sistemas das Regiões Nordeste e Sudeste se dará no circuito Bom Jesus da Lapa II – Sapeaçu. Neste último caso, com a abertura desta interligação, o sistema Nordeste ficará interligado ao Sudeste/Norte pelos circuitos Sobradinho - Bom Jesus da Lapa 230 kV, razão pela qual propõe-se mantê-lo aberto entre Irecê e Bom Jesus da Lapa, de modo a evitar a necessidade de concepção de um esquema que abra esse eixo de 230 kV. De modo a evitar a perda de sincronismo entre os sistemas das Regiões Norte e Nordeste, necessita-se reduzir o intercâmbio do Nordeste para o Norte para valores da ordem de 200 MW. A ativação do esquema que desliga as LTs Presidente Dutra – Teresina II, quando da abertura do circuito Presidente Dutra - Boa Esperança, evita a atuação do esquema de perda de sincronismo no eixo Teresina II – Fortaleza II com os conseqüentes afundamentos, permitindo, deste modo, elevar o intercâmbio entre as áreas. b) Perda do Circuito Sobradinho - São João do Piauí ONS PAR 2003-2005 344 / 478 Após a redução do nível de impacto da perda da LT 500 kV Presidente Dutra - Boa Esperança, o intercâmbio passou a ser balizado por essa contingência. Neste caso, não se permitiu a atuação das proteções de perda de sincronismo entre os sistemas pelo motivo anteriormente exposto. Entretanto, observou-se o aparecimento de elevadas oscilações não amortecidas entre os sistemas, onde destacamos as oscilações de potência reativa do CE de Bom Jesus da Lapa II, utilizada como balizador para a definição dos intercâmbios limites. 4.4.2.2 Análises Complementares ATRASO NA ENTRADA EM OPERAÇÃO DA INTERLIGAÇÃO NORTE/SUL II ! Foi analisado o efeito do atraso na entrada em operação da interligação Norte/Sul II, em relação à data original estabelecida quando da licitação da concessão, abril de 2003. Para tal, a avaliação dos limites de intercâmbio foi refeita considerando que ao longo de 2003 prevê-se apenas a entrada em operação da LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia C3, em abril, e da LT 500 kV Serra da Mesa – Miracema C2, em agosto. De acordo com esse cronograma, a interligação Norte/Sul II só estará completa em dezembro de 2003 com a energização da LT 500 kV Miracema – Imperatriz C2. Ressalta-se que em todos os casos simulados foram consideradas as presenças da interligação Sudeste/Nordeste e do terceiro circuito entre Tucuruí e Presidente Dutra. Tendo em vista que, antes da interligação Norte/Sul estar completa, um grande número de contingências acarreta a abertura da interligação Nordeste/Sudeste pela atuação de PPS no trecho Bom Jesus da Lapa II - Ibicoara, fez-se necessário abrir o circuito Bom Jesus da Lapa - Irecê 230 kV, uma vez que não há definição de esquema de proteção de perda de sincronismo neste eixo. Admitiu-se, também, o eixo Piripiri -Teresina 230 kV aberto em condição normal de operação, uma vez que o autotransformador 500/230 kV de Sobral está presente nesta análise. ENTRADA EM OPERAÇÃO DAS USINAS TÉRMICAS NO NORTE DO CEARÁ ! Foram realizadas simulações de modo a avaliar a influência da integração de usinas térmicas principalmente na área Norte. Desta forma, utilizou-se o horizonte 2004, considerando a operação das seguintes UTEs a serem ligadas à subestação de Cauípe: - Termoceará: 4x50 MW (Turbinas a Gás) + 1x72 MW (Turbina a Vapor) - Usina Termoelétrica de Fortaleza: 2x105 MW (Turbinas a Gás) + 1x105 MW (Turbina a Vapor) De modo a garantir o mesmo desempenho sem a presença da UTEs, foram pesquisados intercâmbios que não permitissem desacoplamento dos sistemas. Desta forma, verificou-se que será necessário redução do intercâmbio, no cenário Norte e Sudeste exportador, de modo a manter o mesmo desempenho. ONS PAR 2003-2005 345 / 478 Conforme visto anteriormente, há um ganho de cerca de 500 MW em relação ao cenário Nordeste exportador, considerando a inexistência de esquema de desligamento de linhas adicionais de 500 kV para a perda do circuito Presidente Dutra - Boa Esperança. Considerando que o esquema esteja em operação não haverá ganho nem perda. Para os cenários Norte e Sudeste exportadores haverá uma redução de cerca de 100 MW no limite de exportação para o Nordeste. ! DUPLICAÇÃO DOS CIRCUITOS 500 kV TERESINA II – SOBRAL III – FORTALEZA II – ANO 2005 Foram feitas análises de sensibilidade para avaliar o impacto da implantação do segundo circuito em 500 kV entre Teresina II, Sobral III e Fortaleza II. De acordo com a expansão de referência resultante de estudo de planejamento de longo prazo recentemente concluído pelo CCPE [31], este circuito constitui a próxima adição a ser implementada para ampliação da capacidade de transmissão entre o Norte e o Nordeste. A duplicação desses circuitos tem como principal impacto o aumento da confiabilidade no suprimento às cargas da região metropolitana de Fortaleza que, a partir da incorporação dessa obra, será suprida em 500 kV através de três circuitos. Observase também um ganho nos limites de transmissão no cenário Norte exportador para a região Nordeste. Estima-se um ganho de 300 MW para todas as condições de carga. ONS PAR 2003-2005 346 / 478 5 CONFIABILIDADE DO SISTEMA 5.2 Introdução O objetivo básico das avaliações de confiabilidade consiste em avaliar, em bases quantitativas, os níveis de risco compatíveis com um padrão aceitável de atendimento aos consumidores e que permita, simultaneamente, uma redução responsável e controlada nos investimentos de expansão em relação àqueles que seriam estabelecidos quando do emprego de metodologias puramente determinísticas. Em conseqüência, a avaliação da confiabilidade do sistema sob enfoque probabilístico, tende a se constituir, paulatinamente, como alternativa atrativa em relação aos métodos denominados determinísticos, nos quais a noção de confiabilidade está também implícita. As simulações realizadas permitem avaliar a evolução da confiabilidade do sistema ao longo do ciclo 2002-2004 do PAR. Assim sendo tais estudos podem ser considerados inéditos no sistema brasileiro, uma vez que até então avaliações de confiabilidade eram realizadas apenas de forma pontual, sem preocupação com a evolução temporal da confiabilidade. 5.3 Descrição das Análises As avaliações de confiabilidade para os casos do ciclo 2002-2004 do Plano de Ampliações e Reforços foram realizadas utilizando-se o programa computacional NH2, sendo considerados apenas aspectos de regime permanente, não sendo modelados efeitos dinâmicos ou transitórios. Por ser bastante complexa e envolver um conjunto muito extenso de informações, as avaliações de confiabilidade requerem a definição clara das premissas adotadas. Os resultados da monitoração e diagnose dependem destes fatores, o que também pode influenciar possíveis decisões gerenciais. Assim, é importante a definição coerente dos dados utilizados, métodos e técnicas de avaliação de confiabilidade adotados, abrangência da análise para cálculo dos índices, dentre outros. 5.3.1 Definição do Escopo do Estudo Os estudos foram realizados segundo as seguintes considerações: QUANTO AO TIPO E OBJETIVO DO ESTUDO: ! – os estudos visam identificar os impactos da Rede Básica na evolução dos níveis de riscos associados ao ciclo 2002-2004 do Plano de Ampliações e Reforços. QUANTO À ABRANGÊNCIA ESPACIAL: ! – – nível hierárquico: trata-se de uma avaliação de confiabilidade composta (NH-2), na qual são representados geradores, circuitos da Rede Básica e sistemas de distribuição, conforme casos de estudo do PAR; espaço de Estados probabilístico: são representadas as incertezas associadas a toda a Rede Básica (linhas e transformadores) e aos chamados transformadores de fronteira, entendidos como os que conectam as tensões da Rede Básica àquelas de ONS PAR 2003-2005 347 / 478 nível inferior (menor que 230 kV). Não são modeladas incertezas nos sistemas de distribuição, de geração e nas fontes primárias de energia. QUANTO À ABRANGÊNCIA TEMPORAL: ! – trata-se de avaliações preditivas, restritas a uma seqüência de avaliações pontuais no tempo, cada uma delas associada a um único patamar de carga. Cada avaliação reflete uma nova topologia consoante o PAR. QUANTO A NATUREZA DOS MODOS DE FALHA: ! – são tratados exclusivamente os modos de falha de continuidade, refletindo aspectos relacionados cortes parciais ou totais de carga devido a ilhamentos, e de adequação, associado a sobrecargas nos elementos de transmissão e/ou de violações de tensão. 5.3.2 Caracterização de Modelos e Dados Do ponto de vista determinístico, foram adotados os mesmos modelos elétricos utilizados nos casos do PAR para geradores, linhas de transmissão, transformadores e carga. Para representação das incertezas são utilizados modelos markovianos de dois Estados para elementos da rede. Não foram consideradas incertezas na carga, sendo esta considerada constante e de valor fixo. A maior parte dos dados determinísticos consta nos casos originais provenientes do PAR, como topologia da rede, parâmetros dos circuitos e cargas nos barramentos. Para os circuitos da Rede Básica foram adotados os limites de carregamento declarados nos anexos dos Contratos de Prestação de Serviço de Transmissão (CPST), não sendo considerados os limites de capacidade dos circuitos de distribuição. Os dados estocásticos utilizados na representação das incertezas das linhas de transmissão são apresentados na Tabela 5.1 e foram obtidos do histórico do sistema brasileiro, em função do nível de tensão. Tabela 5.1: Dados Estocásticos para Circuitos de Transmissão da Rede Básica Tensão Taxa de Falha Tempo Médio de Reparo (kV) (falhas/km.ano) (horas) LINHAS DE TRANSMISSÃO 230 345 440 500 525 0,01981 0,01804 0,01057 0,01382 0,01382 2,286 3,142 3,411 1,521 1,521 TRANSFORMADORES todas ONS PAR 2003-2005 0,11 40,0 348 / 478 5.3.3 Descrição dos Casos de Confiabilidade Para as simulações de confiabilidade foram utilizados apenas os casos de carga pesada de fevereiro, junho e dezembro, em um total de 9 casos para o ciclo completo. O sistema de transmissão foi segmentado em (i) linhas de transmissão da Rede Básica; (ii) transformadores internos à Rede Básica, ou seja, cujas tensões dos lados de alta e de baixa são superiores ou iguais a 230 kV; e (iii) transformadores da fronteira da Rede Básica, ou seja, cuja tensão do lado de alta é superior ou igual a 230 kV e a tensão do lado de baixa é inferior a 230 kV. Assim, de cada caso original do PAR foram criados três novos casos, em função dos equipamentos com representação de limite de carregamento. Para o primeiro, referenciado doravante como casos Tipo A, foram considerados os limites de carregamento das linhas de transmissão, transformadores internos e transformadores de fronteira. Para o segundo caso, referenciado como Tipo B, foram considerados apenas os limites de carregamento das linhas de transmissão e transformadores internos. Os transformadores de fronteiras foram considerados de capacidade infinita, não estando assim sujeitos a sobrecargas. Finalmente, para o terceiro casos, Tipo C, foram considerados apenas os limites de carregamento das linhas de transmissão, sendo os transformadores internos e os de fronteira considerados como de capacidade infinita. 5.4 Monitoração e Diagnose da Confiabilidade da Rede Básica Uma avaliação de confiabilidade composta de um sistema elétrico é capaz de fornecer um conjunto bastante extenso de informações quanto ao desempenho do mesmo. Devido ao grande número de análises realizadas o registro completo de todas tornase inviável. Assim sendo, optou-se pelo registro de alguns aspectos da confiabilidade global do sistema, sem o detalhamento de regiões ou comportamentos específicos do sistema, que podem ser estudados com avaliações apropriadas. Para registro da monitoração preditiva da confiabilidade foram selecionados apenas três índices. A probabilidade de perda de carga (PPC) visa enfatizar o modo de falha de continuidade de atendimento à demanda em sua forma mais simples, enquanto a energia não suprida (ENS) privilegia a faceta do risco inerente ao sistema, considerando a profundidade dos impactos. A normalização da ENS é ilustrada pela Severidade, expressa em sistema-minuto, e sua apresentação permite o posterior enquadramento do sistema nos paradigmas internacionais. A Severidade é dada pela divisão do valor estimado da energia interrompida (em MWh) por uma base de potência em MW, tomada em geral como a ponta de carga do sistema. Este índice exprime um tempo equivalente que duraria uma interrupção fictícia do sistema quando a ponta de carga estivesse ocorrendo. 5.4.1 Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004 Do ponto de vista teórico e ideal, o sistema é planejado para atender ao critério N-1. Contudo, os resultados da avaliação de contingências simples mostram que tal critério não é observado na prática. Caso contrário todos os índices seriam nulos. São apresentados os principais índices globais, obtidos para os casos que consideram apenas os limites de carregamento das linhas e dos transformadores ONS PAR 2003-2005 349 / 478 internos à Rede Básica (Tipo B), como probabilidade de perda de carga (Tabela 5.2), energia não suprida (Tabela 5.3) e severidade (Tabela 5.4). É interessante observar que os índices monitorados apresentam um comportamento aproximadamente estacionário e monotônico a partir de 2003, com redução nos níveis dos índices se comparados a 2002, mas com pequena redução da confiabilidade em 2004. Isso sugere que com o elenco de ampliações e reforços propostos é possível manter aos níveis de confiabilidade dentro de faixas estreitas de variação. Comparando-se os resultados das análises de contingências simples e de contingências múltiplas, observa-se que estas têm grande influência na confiabilidade do sistema. De modo qualitativo, o comportamento é similar aos resultados das contingências simples, com redução nos níveis dos índices em 2003 e ligeiro aumento dos mesmos em 2004. Todavia, os valores dos índices considerando-se contingências de diversas ordens são cerca de 2 a 3 vezes superiores aos índices das contingências simples. O índice Severidade constitui um sistema de classificação (Tabela 5.5) que possibilita uma comparação entre sistemas distintos. De acordo com esta classificação e os resultados da Tabela 5.4 o sistema tende a uma classificação Grau 1, i.e., não grave, quando considerando contingências simples. Se consideradas também as contingências múltiplas o sistema é então classificado como Grau 2 (grave). Tabela 5.2: Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004- PPC (%) 2002 2003 Fevereiro Junho 2,581436 2,352287 2,289252 1,481006 1,335323 1,171966 Simples e Múltiplas 6,621219 5,402208 5,455232 4,233463 4,196883 3,879523 Simples Dezembro Fevereiro Junho 2004 Dezembro Fevereiro Junho Dezembro 1,277077 1,602605 1,448956 3,726409 4,786127 4,399506 Tabela 5.3: Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004- ENS (MWh/ano) 2002 2003 Fevereiro Junho Simples 23333 11787 10357 7072 6400 6020 Simples e Múltiplas 47071 25822 24507 20041 17927 17477 ONS PAR 2003-2005 Dezembro Fevereiro Junho 2004 Dezembro Fevereiro Junho Dezembro 6485 7722 7389 17836 21199 20726 350 / 478 Tabela 5.4: Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004- Severidade (sistema-minuto) 2002 2003 Dezembro Fevereiro Junho 2004 Fevereiro Junho Dezembro Fevereiro Simples 25,6182 12,3917 11,2341 7,5190 6,4476 6,2536 Simples e Múltiplas 51,6804 27,1495 26,5811 21,3078 18,0491 18,1514 Junho Dezembro 6,6400 7,4500 7,3718 18,2500 20,4700 20,6700 Tabela 5.5: Mensuração do Risco por Severidade Grau 0 Grau 1 Grau 2 Severidade (sistema-minuto) <1 1 a 10 10 a 100 Grau 3 100 a 1000 muito grave Grau 4 > 1000 catastrófica Classificação Interpretação Comentário aceitável não grave grave condição normal significativa p/ poucos agentes / consumidores sério impacto p/ todos os agentes / consumidores muito sério impacto p/ todos os agentes / consumidores extremo impacto p/ todos: colapso do sistema, blecaute Figura 5.1: Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004- Severidade (sistema-minuto) 60 Severidade (sistema-minuto) 50 40 Simples 30 Simples e Múltiplas 20 10 0 Fev/02 Jun/02 Dez/02 Fev/03 Jun/03 Dez/03 Fev/04 Jun/04 Dez/04 Mês/Ano ONS PAR 2003-2005 351 / 478 Os resultados apresentados anteriormente foram obtidos para carga pesada e podem ser considerados conservativos, uma vez que os níveis de carga pesada duram apenas algumas poucas horas por dia. A Tabela 5.6 e a Tabela 5.2mostram os resultados do índice de Severidade obtidos considerando-se os patamares de carga pesada, média e leve. Nota-se uma redução significativa da severidade quando da redução da carga pesada para a média. Admitindo-se uma curva de carga tal que os patamares de pesada, média e leve representem 20%, 50% e 30% do tempo, respectivamente, obtém-se o índice de severidade global apresentado. Observa-se que este índice global aproxima-se dos resultados obtidos para carga média, em parte por serem estes também próximos aos resultados obtidos para a carga leve. Tabela 5.6: Severidade Global para o mês de Junho do Ciclo 2002-2004 (sistema-minuto) 2002 2003 2004 Pesada 12,3917 6,4476 7,4500 Média 8,5952 4,4601 5,6976 Leve 7,5848 4,2266 4,4060 Global 9,0514 4,7876 5,5669 Figura 5.2: Severidade Global para o mês de Junho do Ciclo 2002-2004 (sistema-minuto) 14 Severidade (sistema-minuto) 12 10 Pesada 8 Média Leve 6 Global 4 2 0 Jun/02 Jun/03 Jun/04 Mês/Ano ONS PAR 2003-2005 352 / 478 5.4.2 Influência dos Níveis de Tensão O sistema de transmissão não é homogêneo, possuindo elementos diferentes, como linhas e transformadores, em diversos níveis de tensão, e em configurações distintas, como sistemas singelos, múltiplos ou malhados. Portanto é importante identificar a contribuição destes aspetos na confiabilidade global. A avaliação da contribuição de cada nível de tensão do sistema de transmissão da Rede Básica na confiabilidade global foi realizada considerando-se apenas contingências simples, nos casos com representação dos limites de carregamento de linhas e transformadores internos (Tipo B). São apresentados os resultados obtidos para os principais índices: probabilidade de perda de carga (Tabela 5.7), energia não suprida (Tabela 5.8) e severidade (Tabela 5.9). Com base na observação dos resultados obtidos é importante notar: – – – – – – os sistemas de 500 kV e 440 kV da região S/SE/CO, destacam-se pelos baixos níveis relativos de risco, atendendo ao clássico critério N-1 na maior parte das simulações. Em algumas simulações estes sistemas não parecem atender ao critério clássico. Contudo os cortes de carga observados são bastante reduzidos, como se pode observar pelos valores de energia não suprida, e estão associados a apenas1 ou 2 contingências; a reduzida confiabilidade relativa do sistema de 230 kV da região N/NE, refletindo-se em todos os índices monitorados (PPC, ENS e severidade). Os índices apresentam uma redução significativa a partir de 2003, mantendo-se então estacionários; o sistema de 230 kV da região S/SE/CO também se apresenta fragilizado especialmente no que se refere ao índice de probabilidade de perda de carga, porém de forma menos acentuada que os da região N/NE. Todavia, apresenta comportamento similar ao sistema de 345 kV para os índices de energia não suprida e severidade; uma explicação plausível para o desempenho degradado da malha de 230 kV da Rede Básica brasileira poderia invocar a característica essencialmente radial desse nível de tensão; destaca-se um acentuado gradiente de risco, no sentido de sua redução, para o sistema de 500 kV do N/NE, no período entre fevereiro de 2002 e junho de 2002. A partir de 2003 este sistema apresenta níveis similares ao sistema de 345 kV; a Tabela 5.3 registra um importante resultado indicando que, salvo o nível de tensão de 230 kV da região N/NE, todo o restante da malha apresenta uma severidade inferior a 2 minutos, a partir de Dezembro/2002 (um único ponto da malha de 500 kV do N/NE viola essa afirmação), sendo assim classificado como Grau 1 (não grave). Esse resultado é relevante porque o indicador severidade é normalizado e se presta para comparações entre sistemas distintos. Além disso, o comportamento quase estacionário e reduzido do indicador sugere uma boa prática de planejamento e fornece um excelente subsídio para a fixação de um critério probabilístico de ampliações e reforços. Não obstante, cumpre aqui lembrar que as condições de simulação adotadas foram extremamente severas para a avaliação de risco (carga pesada). ONS PAR 2003-2005 353 / 478 Tabela 5.7: Confiabilidade por Nível de Tensão - PPC (%) N/N E S/SE/CO 500 kV 440 kV 345 kV 230 kV 500 kV 230 kV 500 a 230 kV Fevereiro 0,079229 0,000000 0,291706 0,273424 0,649362 1,287714 2,581436 2002 Junho 0,027386 0,056686 0,325088 0,507440 0,248793 1,186894 2,352287 Dezembro 0,000000 0,000000 0,223708 0,449981 0,486405 1,129158 2,289252 Fevereiro 0,000000 0,000000 0,213289 0,461611 0,115082 0,691024 1,481006 2003 Junho 0,021634 0,054598 0,158258 0,345818 0,136494 0,618522 1,335323 Dezembro 0,000000 0,000000 0,156058 0,271392 0,134596 0,609921 1,171966 Fevereiro 0,000000 0,000000 0,182471 0,298459 0,187913 0,608234 1,277077 2004 Junho 0,048891 0,000000 0,181609 0,517313 0,240462 0,614331 1,602605 Dezembro 0,027717 0,000000 0,133713 0,432733 0,240462 0,614331 1,448956 Tabela 5.8: Confiabilidade por Nível de Tensão – ENS (MWh/ano) N/N E S/SE/CO 500 kV 440 kV 345 kV 230 kV 500 kV 230 kV 500 a 230 kV Tabela 5.9: Fevereiro 148 0 2604 1506 11544 7531 23333 2002 Junho Dezembro Fevereiro 189 0 0 440 0 0 2662 1448 1336 1356 1395 1492 2385 2528 800 4755 4986 3444 11787 10357 7072 2003 Junho Dezembro Fevereiro 80 0 0 338 0 0 1055 633 758 1024 1008 1016 765 876 1203 3138 3503 3508 6400 6020 6485 2004 Junho Dezembro 73 47 0 0 1297 696 1799 1522 1309 1402 3244 3722 7722 7389 Confiabilidade por Nível de Tensão – Severidade (sistema-minuto) 2002 2004 Junho Dezembro Fevereiro Junho Dezembro Fevereiro Junho Dezembro 0,16200 0,1982 0,0 0,0845 0,0700 440 kV 0,0 0,4623 0,0 0,0 0,3401 0,0 0,0 0,0 0,0 345 kV 2,8593 2,7987 1,5709 1,4204 1,0619 0,6581 0,7800 1,2500 0,6936 230 kV 1,6531 1,4258 1,5133 1,5861 1,0315 1,0468 1,0400 1,7400 1,5200 500 kV 12,6746 2,5071 2,7421 0,8509 0,7706 0,9101 1,2300 1,2600 1,4000 230 kV 8,2692 4,9996 5,4078 3,6616 3,1590 3,6386 3,5900 3,1300 3,7114 500 a 230 kV 25,6182 12,3917 11,2341 7,5190 6,4476 6,2536 6,6400 7,4500 7,3718 N/N E S/SE/CO Fevereiro 2003 ONS 500 kV PAR 2003-2005 0,0 0,0 0,0 0,0468 354 / 478 Figura 5.3: Evolução da Confiabilidade por Nível de Tensão – Severidade (sistemaminuto) 14,0 Severidade (sistema-minuto) 12,0 10,0 500 kV (S/SE) 440 kV 8,0 345 kV 230 kV (S/SE) 6,0 500 kV (N/NE) 230 kV (N/NE) 4,0 2,0 0,0 Fev/02 Jun/02 Dez/02 Fev/03 Jun/03 Dez/03 Fev/04 Jun/04 Dez/04 Mês/Ano 5.4.3 Segmentação do Sistema de Transmissão O sistema de transmissão foi segmentado em linhas de transmissão, transformadores internos e transformadores de fronteira da Rede Básica. Este procedimento permite avaliar a contribuição de cada segmento nos índices de confiabilidade, fornecendo informações importantes para a gerência da confiabilidade da Rede Básica. Outro motivador desta segmentação é a Resolução ANEEL 433/2000, que estabelece a nova fronteira da Rede Básica, a partir das revisões tarifárias após 2003. A exemplo das demais análises, são apresentados os resultados para os índices: probabilidade de perda de carga (Tabela 5.10), energia não suprida (Tabela 5.11) e severidade (Tabela 5.12). Observa-se que os casos Tipo C e Tipo B possuem níveis de confiabilidade bastante próximos, mostrando que contingências nos transformadores internos à Rede Básica têm impacto reduzido na confiabilidade. Os níveis de risco sofrem boa redução a partir de 2003, mantendo-se estacionários a partir de então. Por outro lado, os níveis de confiabilidade mostram-se bastante sensíveis a contingências nos transformadores de fronteira, representando aumentos nos índices que podem chegar a 200%, quando considerados nas análises. Nota-se também que a evolução da confiabilidade destes casos é diferente daquela observada para os casos Tipo C e Tipo B, não sendo possível identificar uma tendência de redução ou estabilização dos níveis de confiabilidade. ONS PAR 2003-2005 355 / 478 Tabela 5.10: Segmentação do Sistema de Transmissão – PPC (%) Tipo A Tipo B Tipo B Fevereiro 2002 Junho 5,982629 2,581435 2,141552 4,888319 2,352288 1,925840 Dezembro Fevereiro 4,369093 2,289253 1,910151 3,992369 1,481006 1,341611 2003 Junho 3,965845 1,335323 1,089634 Dezembro Fevereiro 3,155890 1,171966 0,983532 3,242145 1,277077 1,004857 2004 Junho Dezembro 4,305007 1,602605 1,281989 3,661164 1,448656 1,128040 2004 Junho Dezembro 18245 7721 6105 14853 7388 5666 (*) Tipo A: linhas, transformadores internos e transformadores de fronteira Tipo B: linhas e transformadores internos Tipo C: apenas linhas Tabela 5.11: Segmentação do Sistema de Transmissão – ENS (MWh/ano) Tipo A Tipo B Tipo B Fevereiro 2002 Junho 35451 23333 20910 25265 11786 9798 Dezembro Fevereiro 16628 10358 9105 16382 7072 5893 2003 Junho 20106 6400 5120 Dezembro Fevereiro 12054 6021 5070 12757 6485 5084 Tabela 5.12: Segmentação do Sistema de Transmissão – Severidade (sistema-minuto) Tipo A Tipo B Tipo B ONS Fevereiro 2002 Junho 38,9225 25,6181 22,9576 26,5641 12,3918 10,3014 PAR 2003-2005 Dezembro Fevereiro 18,0354 11,2340 9,8757 17,4171 7,5191 6,2653 2003 Junho 20,2423 6,4436 5,1550 Dezembro Fevereiro 12,5193 6,2536 5,2658 13,0800 6,6400 5,2000 2004 Junho Dezembro 17,6400 6,9816 5,9458 14,8400 7,3700 5,6500 356 / 478 Figura 5.4: Segmentação do Sistema de Transmissão – Severidade (sistema-minuto) 45 Severidade (sistema-minuto) 40 35 30 25 LT+Tr.M+Tr.F 20 LT LT+Tr.M 15 10 5 0 Fev/02 Jun/02 Dez/02 Fev/03 Jun/03 Dez/03 Fev/04 Jun/04 Dez/04 Mês/Ano 5.5 Considerações Finais Teoricamente, os sistemas elétricos são planejados para atender ao critério N-1. Contudo, alguns fatores conjunturais, como escassez de recursos financeiros, impossibilitam a aplicação irrestrita deste critério. De qualquer modo, atendendo ou não ao critério N-1, o sistema está sujeito a riscos que não podem ser mensurados por análises determinísticas tradicionais. Isto pode ser alcançado apenas com estudos capazes de modelar as incertezas do sistema, como as avaliações de confiabilidade. Os resultados apresentados compreendem apenas algumas possibilidades de investigações, cujo objetivo é avaliar a evolução da confiabilidade global do sistema no que se refere a impactos de contingências de transmissão. Este tipo de avaliação é capaz de mensurar o risco do sistema e sua evolução, oculto em avaliações determinísticas tradicionais, possibilitando o estabelecimento de paradigmas ou mesmo a alteração de critérios de estudo. 5.5.1 Conclusões Os resultados apresentados na seção anterior mostram que o sistema brasileiro não atende ao critério N-1. Apenas os sistemas de transmissão de 500 kV e 440 kV das regiões Sudeste e Sul mostram-se compatíveis com tal critério. Apesar de não consideradas como critério de planejamento do sistema brasileiro, foram avaliadas também contingências múltiplas de transmissão, observando-se que as mesmas têm forte influência nos níveis de risco do sistema. ONS PAR 2003-2005 357 / 478 Nota-se também que a região Norte / Nordeste apresenta um desempenho bastante inferior ao observado para a região Sul / Sudeste / Centro-oeste, especialmente o sistema de 230 kV, demonstrando a grande diferença entre este dois subsistemas. O sistema das regiões S/SE/CO apresenta malhas robustas de 500 kV e 440 kV, em oposição dos subsistemas N/NE que possui longos troncos de 500 kV de configuração mais radializada. O mesmo também é observado nos níveis mais baixos de tensão da Rede Básica (230 kV). 5.5.2 Recomendações Os resultados mostrados ressaltam a riqueza das informações resultantes de estudos de confiabilidade. Visando incentivar o melhor aproveitamento destas análises recomenda-se o uso rotineiro e regular das avaliações de confiabilidade, com a consolidação de critérios probabilísticos de planejamento validados pela experiência. Por tratarem de simulações preliminares, os estudos realizados representam apenas uma pequena amostra das possibilidades, podendo ser expandidos com a alteração de premissas, aprimoramento de modelos e dados e tratamento dos índices. Assim recomendam-se os seguintes aperfeiçoamentos: – – – – – – – análises isoladas de subsistemas, além das análises globais; representação das incertezas do parque gerador; tratamento aperfeiçoado das incertezas da transformação; tratamento simultâneo de três patamares de carga considerando as incertezas; cálculo de indicadores econômicos, como custos de perdas e custos de energia não suprida; análise da influência da malha de transmissão da rede não básica; exploração de indicadores sensibilidade. ONS PAR 2003-2005 358 / 478 6 CONDICIONANTES DOS ESTUDOS Este item trata das premissas utilizadas para a elaboração dos estudos que resultaram no Plano de Ampliações e Reforços proposto. Basicamente são enfocados o mercado, através das previsões de demanda, a previsão de geração e os critérios considerados. 6.2 Mercado 6.2.1 Contexto O processo de consolidação foi calcado nos Procedimentos de Rede do ONS - Submódulo 5.2. É de responsabilidade do Agente fornecer ao ONS previsões de carga ativa global, e de carga ativa e reativa por barramento da Rede de Simulação. Assim, a formulação de hipóteses para o mercado considerando a influência do racionamento a partir de dezembro de 2001 ficou a cargo do Agente. Na solicitação de dados para elaboração do presente estudo, foi respeitado o prazo de 01 de setembro de 2001estabelecido para o fornecimento das informações, dentro de formato especificado para encaminhamento dos dados verificados e previstos, bem como para as curvas de carga diária. Foi delimitado até 30 de setembro o prazo para que fossem informados quaisquer ajustes, correções ou alterações nos dados enviados anteriormente, acompanhados de justificativas, sendo também sinalizado que as informações enviadas após esta data não seriam consideradas na fase inicial dos estudos elétricos para a elaboração do PAR. 6.2.2 Dados As projeções de carga referem-se ao período de janeiro de 2002 a dezembro de 2005. Dado o contexto em que se realizou o estudo, a solicitação contemplou também os dados verificados por barramento para os anos de 2000 e 2001, necessários para análises comparativas. Desta forma, para o ano 2001, as Empresas apresentaram a estimativa de como sua carga evoluiria no último quadrimestre, contemplando o racionamento neste ano, para as condições de carga pesada, média, leve e mínima. Para os Subsistemas Norte e Nordeste, a solicitação de dados previstos por barramento e curva de carga global (dias úteis e sábado) abrangeu os doze meses de 2002 e 2003, para todas as condições de carga. Para os anos de 2004 e 2005, foram solicitados apenas os meses de junho (condição de carga pesada dia útil e sábado, carga média e leve) e setembro ou dezembro (condição de carga pesada dias úteis e sábado e carga média), a depender do horário de verão. Também foram solicitados a demanda máxima anual (ativa e reativa) por barramento, e seu mês de ocorrência, ou seja, a demanda não coincidente. A planilha enviada para encaminhamento dos dados contempla os barramentos da Rede de Simulação, por Empresa, com respectiva numeração adotada nos estudos elétricos. Para os sistemas de distribuição com geração maior que 2% da carga equivalente do barramento da rede de simulação, a planilha de solicitação de dados prevê uma linha para informar a carga equivalente com geração zero e outra linha para informar a geração despachada. ONS PAR 2003-2005 359 / 478 Para os Subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, a solicitação de dados para compor a curva de carga ativa para dias úteis e sábado abrangeu os doze meses de cada ano, de 2002 a 2005. Os dados por barramento contemplam para a condição de carga pesada dos dias úteis para todos os meses de janeiro de 2002 a abril de 2003; junho e dezembro de 2004; fevereiro, junho e dezembro de 2005. Para as condições de carga pesada do sábado, média diurna e leve, contempla-se os meses de fevereiro, junho e dezembro, de 2002 a 2005. Para a carga média das 23:00 horas, mês de junho dos anos 2002 a 2005. Para a mínima, meses de janeiro e junho de 2002 a 2005. 6.2.3 Processo O processo em foco consiste basicamente de três etapas: − − − consolidar as previsões de carga ativa e reativa nos barramentos da Rede de Simulação, a partir dos dados informados pelos Agentes; solicitar aos Agentes revisões nas previsões enviadas; e disponibilizar para os Agentes as informações utilizadas e geradas no processo de consolidação da previsão de carga. Vale destacar que a etapa de consolidação, além da análise dos dados propriamente dita, inclui a definição do padrão para envio dos dados, a solicitação dos dados, a articulação com os Agentes para esclarecer dúvidas sobre o processo e o controle dos prazos e da conformidade das informações. O processo de consolidação traz basicamente a comparação das previsões para o período 2003/2005 em relação ao valor previsto para o Estudo de Ampliações e Reforços do ciclo 2002/2004, bem como o confronto com o valor estimado para 2001 (no período do racionamento) e o verificado em 2000, abrangendo as seguintes informações e indicadores: − − − − − − demanda ativa e reativa por barramento da Rede de Simulação, para as condições de carga pesada de dia útil e sábado, média e leve, considerando para cada concessionária o mês em que se apresenta a maior solicitação em função da sazonalidade local; desvio absoluto e percentual da demanda ativa e reativa entre os dois ciclos; fator de potência dos dois ciclos; taxas de crescimento dos dois ciclos; participação da demanda ativa e reativa em relação ao somatório da demanda da barra por empresa, dos dois ciclos; e somatório da demanda ativa e reativa por barra compondo o total por: % Agrupamento de barramentos; % Empresas; % Áreas; e % Subsistemas. A análise individualizada das previsões por Agente enfatiza: − − − − ONS agrupamentos de barramentos; análise gráfica; síntese da análise e questões para esclarecimentos ou posicionamento dos Agentes; e síntese do posicionamento dos Agentes. PAR 2003-2005 360 / 478 Concluída a fase de análise, a partir dos dados recebidos para o período 2003/2005 do PAR, o ONS enviou texto abordando uma análise da carga por Empresa, a respeito das variações mais significativas observadas nas previsões de carga, em relação às previsões do ciclo anterior, focalizando o efeito para a carga global devido ao racionamento ao longo do ano de 2001, e a retomada do crescimento no período pós-racionamento. Foram solicitadas eventuais revisões e/ou confirmações das projeções elaboradas pelos Agentes, acompanhadas de justificativas, bem como quaisquer outras informações que o Agente julgasse necessárias ao processo de consolidação de carga. 6.2.4 Resultados: Aspectos Gerais Os dados formatados para utilização no ANAREDE foram disponibilizados ao final de novembro. A análise comparativa entre os ciclos foi concluída na segunda quinzena de novembro. Nesta ocasião, foi incorporada a análise com os dados verificados em 2000 e estimados para 2001 (período com racionamento). Os primeiros resultados foram apresentados nas reuniões dos Grupos Especiais de Elaboração do PAR para o Norte/Nordeste, Sudeste e Sul, realizadas em Recife, Rio de Janeiro e Florianópolis nos dias 20, 21 e 22 de novembro, respectivamente. Os resultados são mostrados a seguir através de comparação do somatório das cargas da rede de simulação que compõem a carga de cada empresa, subsistemas e SIN. Também é disponibilizado detalhamento por área e agrupamentos para os subsistemas. A síntese dos resultados destaca: − − − − visualização gráfica da comparação entre o PAR 2002-2004 e PAR 2003-2005; indicação de quando a carga prevista para 2002 no PAR 2002-2004 voltaria a ocorrer no PAR 2003-2005, traduzindo a defasagem entre os ciclos; visualização gráfica de quando ocorrerá, neste ciclo, o valor máximo verificado em 2000, traduzindo a retomada da carga após o racionamento. A carga indicada para 2001, já corresponde a maior carga verificada durante o racionamento. Para o SIN e subsistemas Sudeste/Centro Oeste e Sul, pelo fato de não estarem ainda disponíveis no ONS os valores verificados por barramento (foram solicitados pelo ONS, mas não enviados pelos Agentes envolvidos), os valores apresentados baseiam-se na comparação com valores verificados aproximados para o somatório da carga, calculados a partir do requisito, com base nas simulações de fluxo de carga do presente estudo; e crescimento anual para o ciclo 2003-2005. A carga consolidada adotada para a elaboração do ciclo atual do Plano de Ampliações e Reforços apresenta uma defasagem em relação ao ciclo 2002-2004 para o SIN de dois anos, com desvios da ordem de 8%. A maior carga verificada para antes do racionamento, em 2000, retoma seu valor em 2003. A composição da carga é apresentada a seguir, tomando-se como referência o ano de 2004. ONS PAR 2003-2005 361 / 478 Figura 6.1 – Sistema Interligado Nacional – Comparação entre ciclos 80.000 SIN - CARGA PESADA (MW) Evolução e diferenças entre Ciclos 70.000 60.000 50.000 -8% -9% -8% 40.000 30.000 20.000 10.000 0 jun-2000 jun-2001 PAR 2002-2004 jun-2002 jun-2003 PAR 2003-2005 jun-2004 jun-2005 Verificado Figura 6.2 – Sistema Interligado Nacional – Composição por Subsistema (2004) Sul+MS 19% Sudeste/C-O 61% Norte 5% Nordeste 15% ONS PAR 2003-2005 362 / 478 Tabela 6.1 – Previsão de Carga para o Sistema Interligado Nacional (MW) PAR 2002-2004 2002 2003 PAR 2003-2005 Subsistemas Mês 2004 2002 2003 2004 2005 Norte Norte Dist. Nordeste Nordeste Dist. Sudeste/C-O Sul+MS dez dez dez dez jun jun 3.039 3.131 3.221 1.535 1.622 1.712 7.973 8.420 8.942 7.323 7.730 8.117 36.405 37.700 39.152 10.298 10.848 11.379 2.910 3.067 3.160 3.368 1.366 1.437 1.466 1.521 7.187 7.803 8.557 9.035 6.560 7.131 7.677 8.099 32.490 34.265 35.670 37.096 9.720 10.106 10.780 11.321 SIN jun 57.175 59.432 62.121 51.774 54.672 57.557 60.255 Tabela 6.2 – Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Interligado Nacional (%) PAR 2002-2004 Subsistemas 03/02 04/03 04/02 PAR 03-05 / PAR 0204 PAR 2003-2005 03/02 04/03 05/04 05/02 2002 2003 2004 Norte Norte Dist. Nordeste Nordeste Dist. Sudeste/C-O Sul+MS 3,0 5,6 5,6 5,6 2,9 5,6 6,2 5,0 2,9 5,6 5,9 5,3 5,4 5,2 8,6 8,7 3,0 2,0 9,7 7,6 6,6 3,7 5,6 5,5 5,0 3,6 7,9 7,3 -4,2 -11,0 -9,9 -10,4 -2,0 -11,4 -7,3 -7,7 -1,9 -14,4 -4,3 -5,4 3,6 5,3 3,9 4,9 3,7 5,1 5,5 4,0 4,1 6,7 4,0 5,0 4,5 5,2 -10,8 -5,6 -9,1 -6,8 -8,9 -5,3 SIN 3,9 4,5 4,2 5,6 5,3 4,7 5,2 -9,4 -8,0 -7,3 6.2.5 Resultados para as Regiões Norte e Nordeste Após revisão efetuada por algumas Empresas, a maior carga do Subsistema Norte ocorrida em 2000 é superada em 2002 e a defasagem entre os ciclos é de um ano. Para o conjunto de distribuidoras Celpa, Cemar e Celtins, a defasagem é de mais de 3 anos, ou seja, a carga prevista para 2002 no PAR 2002-2004 não ocorre até dezembro de 2005 no atual estudo. Já para as cargas atendidas pela Eletronorte, basicamente eletro-intensivos, observa-se um acentuado crescimento, a partir de 2004. Os gráficos a seguir ilustram os comentários. Os percentuais indicam a variação de carga entre os dois ciclos. ONS PAR 2003-2005 363 / 478 Figura 6.3 – Subsistema Norte – Comparação entre ciclos 4 .2 0 0 N O R T E - C A R G A P E S A D A (M W ) E v o lu ç ã o e d ife re n ç a s e n tre C ic lo s 3 .5 0 0 -2 % -2 % 2 .8 0 0 -4 % 2 .1 0 0 1 .4 0 0 700 0 d e z -2 0 0 0 d e z -2 0 0 1 P AR 2 0 0 2 -2 0 0 4 d e z -2 0 0 2 d e z -2 0 0 3 d e z -2 0 0 4 P AR 2 0 0 3 -2 0 0 5 d e z -2 0 0 5 V e rific a d o Figura 6.4 – Subsistema Norte – Distribuidoras 2 .1 0 0 N O R T E - D is trib u id o ra s - C A R G A P E S A D A (M W ) E v o lu ç ã o e d ife re n ç a s e n tre C ic lo s 1 .8 0 0 1 .5 0 0 -1 1 % -1 1 % 1 .2 0 0 -1 4 % 900 600 300 0 d e z -2 0 0 0 d e z -2 0 0 1 P AR 2 0 0 2 -2 0 0 4 d e z -2 0 0 2 d e z -2 0 0 3 P AR 2 0 0 3 -2 0 0 5 d e z -2 0 0 4 d e z -2 0 0 5 V e rific a d o Para o Subsistema Nordeste os resultados finais indicam uma defasagem inferior a dois anos entre estes ciclos. Observa-se, por exemplo, que a carga prevista para o ciclo 2003-2005 é 7% inferior ao ciclo 2002-2004, em dezembro de 2003. De modo geral, as previsões apresentadas para o ciclo 2003-2005 indicam que a maior carga ocorrida em 2000 só viria a ocorrer em 2003. A condição de carga média do ciclo anterior é da mesma ordem de grandeza que a de pesada do ciclo atual. Para o conjunto das distribuidoras, a defasagem é pouco maior que um ano. A maior diferença entre as previsões para os dois ciclos é verificada em 2002, denotando uma expectativa de maior efeito decorrente do racionamento no início do período, reduzindo-se em seguida. ONS PAR 2003-2005 364 / 478 Figura 6.5 – Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos 11.000 NORDESTE - CARGA PESADA (MW) Evolução e diferenças entre Ciclos 8.800 -4% -7% -10% 6.600 4.400 2.200 0 dez-2000 dez-2001 PAR 2002-2004 dez-2002 dez-2003 dez-2004 PAR 2003-2005 dez-2005 Verificado Figura 6.6 – Subsistema Nordeste Distribuidoras – Comparação entre ciclos 11.000 NORDESTE - Distribuidoras - CARGA PESADA (MW) Evolução e diferenças entre Ciclos 8.800 -8% 6.600 -5% -10% 4.400 2.200 0 dez-2000 dez-2001 PAR 2002-2004 dez-2002 dez-2003 PAR 2003-2005 dez-2004 dez-2005 Verificado A seguir são apresentadas as composições do Subsistema Norte/Nordeste por Agente e por Área para o ano de 2004 bem como a evolução e a defasagem entre ciclos destacando a retomada da carga após o racionamento. ONS PAR 2003-2005 365 / 478 Figura 6.7 – Subsistema Norte/Nordeste – Composição por Agente e por Áreas (2004) Celpa 26% Cosern 7% Eletronorte 53% Celb 1% Saelpa 7% Coelce 15% Celpe 20% Ceal 5% Cepisa 5% Cemar 17% Energipe 5% Chesf 10% Celtins 4% Sulgipe 0,3% Coelba 25% Área Sudoeste Área P. Afonso 3% 1% Área Maranhão 11% Área Sul 24% Área Pará 16% Área Oeste 5% Área Leste 26% Área Norte 14% Figura 6.8 – Subsistema Norte/Nordeste – Áreas – Comparação entre ciclos 3 .5 0 0 C A R G A P E S A D A (M W ) E v o lu çã o e d iferen ç as e n tre C iclo s 3 .0 0 0 -8 % 2 .5 0 0 -7% -1 0% 2% 3% -1% 2 .0 0 0 1 .5 0 0 1 .0 0 0 500 0 Áre a L e ste - d e z V e rific a d o 2 0 0 0 e 2 0 0 1 ONS PAR 2003-2005 2 0 0 2 a 2 0 0 4 d o P AR 0 2 -0 4 Áre a S u l - d e z 2 0 0 2 a 2 0 0 5 d o P AR 0 3 -0 5 366 / 478 2.100 C AR G A P E S AD A (M W ) Evolução e diferenças entre Ciclos 1.800 4% 2% 1.500 -3% -10% 1.200 -17% -6% -7% -8% -20% 900 600 300 0 Área P ará - dez V erificado 2000 e 2001 Área Norte - dez 2002 a 2004 do P AR 02-04 Área Maranhão - dez 2002 a 2005 do P AR 03-05 700 C AR G A P E S AD A (M W ) Evolu ção e diferenças entre Ciclos 600 -5% -11% 500 -16% 400 -9% 300 -9% -8% 200 100 -18% -17% -17% 0 Área O este - dez V erificado 2000 e 2001 ONS PAR 2003-2005 Área S udoeste - set 2002 a 2004 do P AR 02-04 Área P . Afonso - dez 2002 a 2005 do P AR 03-05 367 / 478 Tabela 6.3 – Previsão de Carga para o Sistema Norte/Nordeste – Áreas (MW) PAR 2002-2004 PAR 2003-2005 Áreas Mês 2002 2003 2004 2002 2003 2004 2005 Maranhão Pará Oeste Norte Leste Sul Sudoeste P. Afonso dez dez dez dez dez dez set dez 1.403 1.635 601 1.455 3.023 2.432 376 87 1.436 1.695 627 1.562 3.166 2.575 402 90 1.468 1.753 648 1.785 3.304 2.681 430 94 1.323 1.587 503 1.162 2.727 2.406 343 71 1.333 1.734 561 1.299 2.910 2.618 367 74 1.344 1.816 617 1.616 3.085 2.765 396 78 1.405 1.962 644 1.732 3.262 2.887 429 81 Tabela 6.4 – Taxas de Crescimento e desvios entre ciclos – Sistema Norte/Nordeste – Áreas (%) Áreas PAR 2003-2005 03/02 04/03 04/02 03/02 04/03 05/04 05/02 Maranhão Pará Oeste Norte Leste Sul Sudoeste P. Afonso ONS PAR 03-05/PAR 0204 PAR 2002-2004 PAR 2003-2005 2,3 3,6 4,3 7,3 4,7 5,9 6,9 3,5 2,2 3,4 3,5 14,3 4,4 4,1 7,0 4,4 2,3 3,5 3,9 10,8 4,5 5,0 7,0 3,9 0,8 9,2 11,4 11,7 6,7 8,8 7,1 4,8 0,8 4,8 10,0 24,4 6,0 5,6 8,0 5,0 4,5 8,0 4,4 7,2 5,7 4,4 8,1 4,4 2,0 7,3 8,6 14,2 6,1 6,3 7,7 4,7 2002 2003 2004 -5,8 -3,0 -16,3 -20,1 -9,8 -1,1 -8,7 -18,0 -7,1 2,3 -10,5 -16,8 -8,1 1,7 -8,6 -17,0 -8,4 3,6 -4,9 -9,5 -6,6 3,1 -7,7 -16,5 368 / 478 Figura 6.9 – Subsistema Norte/Nordeste – Agentes – Comparação entre ciclos 2.500 C AR G A P E S AD A (M W ) Evolução e diferenças entre Ciclos 2% 2.000 -1% -1% 1.500 -5% -10% -8% 3% 8% 12% 1.000 500 0 Coelba - dez V erificado 2000 e 2001 C elpe - dez E letronorte - dez 2002 a 2004 do PAR 02-04 2002 a 2005 do P AR 03-05 1.600 C AR G A P E S AD A (M W ) Evolução e diferenças entre Ciclos 1.400 1.200 -16% -19% 1.000 -22% 800 -12% 7% -9% -11% 600 -4% -3% 400 200 0 C oelce - dez Verificado 2000 e 2001 ONS PAR 2003-2005 C hesf - dez 2002 a 2004 do PAR 02-04 C elpa - dez 2002 a 2005 do P AR 03-05 369 / 478 800 C AR G A P E S AD A (M W ) Evo lu ção e diferenças entre Ciclo s 700 600 500 -14% -10% -17% -17% -10% -11% -10% -11% -14% 400 300 200 100 0 Cem ar - dez V erificado 2000 e 2001 Cosern - dez 2002 a 2004 do P AR 02-04 S aelpa - dez 2002 a 2005 do P AR 03-05 500 C AR G A P E S AD A (M W ) 450 Evolução e diferenças entre Ciclos 400 -8% -9% 350 4% -8% 1% -1% 300 -13% -8% -16% 250 200 150 100 50 0 Ceal - dez Verificado 2000 e 2001 ONS PAR 2003-2005 E nergipe - dez 2002 a 2004 do PAR 02-04 C episa - dez 2002 a 2005 do P AR 03-05 370 / 478 160 C AR G A P E S AD A (M W ) Evo lução e d iferenças en tre Ciclo s 140 120 -17% -14% -16% 8% 100 -1% 9% 80 60 40 20 0% 0% 0% 0 C eltins - set Verificado 2000 e 2001 C elb - dez S ulgipe - dez 2002 a 2004 do P AR 02-04 2002 a 2005 do P AR 03-05 Tabela 6.5 – Previsão de Carga do Subsistema Norte/Nordeste – Agentes (MW) PAR 2002-2004 PAR 2003-2005 Agentes Mês 2002 2003 2004 2002 2003 2004 2005 Celpa Cemar Celtins Eletronorte Cepisa Coelce Cosern Celb Saelpa Celpe Ceal Energipe Sulgipe Coelba Chesf dez dez set dez dez dez dez dez dez dez dez dez dez dez dez 854 616 135 1.504 370 1.283 567 103 555 1.607 421 362 23 1.962 650 910 642 143 1.509 392 1.384 598 106 586 1.676 436 394 24 2.060 690 969 668 152 1.509 399 1.483 631 111 616 1.751 450 406 26 2.169 825 763 531 116 1.544 311 999 502 102 477 1.451 385 315 23 1.936 627 826 535 121 1.630 363 1.121 537 116 520 1.550 403 390 24 2.047 671 850 551 126 1.694 401 1.243 567 120 553 1.663 415 420 26 2.207 880 889 564 131 1.847 412 1.355 596 124 581 1.762 432 435 27 2.313 936 ONS PAR 2003-2005 371 / 478 Tabela 6.6 – Taxas de Crescimento e desvios entre ciclos – Subsistema Norte/Nordeste – Agentes (%) Agentes PAR 03-05 / PAR 0204 PAR 2002-2004 PAR 2003-2005 03/02 04/03 04/02 03/02 04/03 05/04 05/02 Celpa Cemar Celtins Eletronorte Cepisa Coelce Cosern Celb Saelpa Celpe Ceal Energipe Sulgipe Coelba Chesf 6,6 4,1 5,9 0,3 6,0 7,9 5,5 3,6 5,6 4,3 3,6 8,8 5,0 5,0 6,2 6,4 4,1 5,9 0,0 1,7 7,1 5,6 4,4 5,1 4,5 3,0 3,0 5,0 5,3 19,6 6,5 4,1 5,9 0,2 3,8 7,5 5,6 4,0 5,4 4,4 3,3 5,8 5,0 5,2 12,7 8,2 0,7 4,1 5,6 16,7 12,2 7,0 14,4 8,9 6,8 4,7 23,8 5,0 5,8 7,1 3,0 3,1 4,2 3,9 10,7 10,9 5,6 3,4 6,3 7,3 2,8 7,7 5,0 7,8 31,1 4,5 2,3 3,8 9,0 2,7 9,0 5,0 2,9 5,0 5,9 4,3 3,5 5,0 4,8 6,4 5,2 2,0 4,0 6,2 9,9 10,7 5,9 6,8 6,7 6,7 3,9 11,3 5,0 6,1 14,3 2002 2003 2004 -10,7 -13,8 -14,4 2,7 -16,0 -22,2 -11,3 -1,0 -14,0 -9,7 -8,6 -13,0 0,0 -1,3 -3,6 -9,3 -16,6 -15,8 8,0 -7,5 -19,0 -10,1 9,3 -11,3 -7,5 -7,5 -1,0 0,0 -0,6 -2,7 -12,2 -17,5 -17,2 12,3 0,7 -16,2 -10,1 8,2 -10,3 -5,0 -7,8 3,5 0,0 1,8 6,7 6.2.6 Resultados para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste De forma análoga ao que se verifica nas previsões de carga para o Brasil, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresenta uma defasagem importante neste novo ciclo quando comparado com o anterior. Para o mês de junho de 2002, se espera um crescimento razoável com relação ao mesmo mês de 2001, início do racionamento. Está sendo prevista uma retomada da carga mais acentuada a partir de 2003, sendo que se atinge valores anteriormente previstos para 2002 somente em 2005. Este atraso de quase três anos denota que o racionamento impactou sensivelmente as expectativas de crescimento de carga por parte das concessionárias ao longo de todo o período do estudo. A análise individualizada por Empresa praticamente ratifica os comentários no âmbito do subsistema, embora haja uma considerável variação na composição da estrutura de mercado das diversas concessionárias, o que leva a diferentes conseqüências do constrangimento imposto à carga. Desta forma, o nível das taxas de crescimento varia dentro de uma margem mais ampla, que é verificada nas diferenças entre ciclos. Podem ser destacados os seguintes atrasos: − − − ONS maior que três anos: CPFL, Bandeirante e Rede/SP; três anos: Cemig, Light, Eletropaulo, Piratininga, Elektro e CEB; e dois anos: Cataguazes, Cerj, Celg, Cemat. PAR 2003-2005 372 / 478 Figura 6.10 – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste – Comparação entre ciclos 50.000 SE/C-O - CARGA PESADA (MW) Evolução e diferenças entre Ciclos 40.000 -9% -9% -11% 30.000 20.000 10.000 0 jun-2000 jun-2001 PAR 2002-2004 jun-2002 jun-2003 jun-2004 PAR 2003-2005 jun-2005 Verificado Figura 6.11 – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste – Comparação entre ciclos – Áreas ÁR EA R J/E S - C AR G A P E S AD A (M W ) 10.000 E volução e diferenças entre Ciclos 8.000 -5% -5% -10% 6.000 4.000 2.000 0 dez-2000 P AR 2002-2004 ONS PAR 2003-2005 dez-2001 dez-2002 dez-2003 P AR 2003-2005 dez-2004 dez-2005 V erificado 373 / 478 25.000 ÁR E A S ÃO P AU LO - C AR G A P E S AD A (M W ) E volução e diferenças entre Ciclos 20.000 15.000 -10% -11% -11% 10.000 5.000 0 jun-2000 jun-2001 P AR 2002-2004 jun-2002 jun-2003 jun-2004 P AR 2003-2005 jun-2005 V erificado 9.000 ÁRE A M IN AS - C AR G A P E S AD A (M W ) 8.000 Evolução e diferenças entre Ciclos 7.000 6.000 -10% -12% -9% 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 jun-2000 jun-2001 P AR 2002-2004 ONS PAR 2003-2005 jun-2002 jun-2003 P AR 2003-2005 jun-2004 jun-2005 Verificado 374 / 478 3.200 ÁR E A G O /D F - C AR G A P E S AD A (M W ) E volução e diferenças entre Ciclos 2.800 2.400 -12% -13% 2.000 -18% 1.600 1.200 800 400 0 jun-2000 jun-2001 jun-2002 P AR 2002-2004 jun-2003 P AR 2003-2005 jun-2004 jun-2005 V erificado Figura 6.12 – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste – Composição por Agente (2004) SantaCruz 0,5% CMS Energy 1% Cemat 2% Celg 4% Cemig 18% Ceb 2% Cataguazes 0,3% Escelsa 4% Rede/SP 1% Cesp 1% Light 13% Elektro 5% Piratininga 6% Bandeirante 6% Cerj 5% CPFL 10% ONS PAR 2003-2005 Eletropaulo 21% 375 / 478 Tabela 6.7 – Previsão de Carga para o Subistema Sudeste/Centro-Oeste (MW) PAR 2002-2004 Agentes/Áreas Mês Cemig Cataguazes Escelsa Light Cerj Eletropaulo CPFL Bandeirante Piratininga Elektro Cesp Rede/SP CMS Energy SantaCruz Celg Ceb Cemat Área RJ/ES Área SP Área GO/DF jun jun jun fev dez jun jun jun jun jun dez jun jun jun jun jun jun dez jun jun ONS PAR 2003-2005 2002 2003 PAR 2003-2005 2004 6.623 6.741 7.019 31 34 0 1.213 1.263 1.308 4.828 5.011 5.154 1.712 1.835 1.901 7.418 7.642 7.845 4.000 4.231 4.461 2.383 2.419 2.476 2.141 2.185 2.230 2.030 2.132 2.238 210 210 210 552 571 600 217 229 229 135 146 146 1.521 1.605 1.717 797 831 867 628 654 726 7.857 8.217 8.475 19.085 19.765 20.435 2.317 2.436 2.584 2002 2003 2004 2005 5.838 6.058 6.358 6.688 99 90 97 90 1.053 1.240 1.256 1.307 4.419 4.650 4.645 4.795 1.532 1.664 1.747 1.815 6.790 7.002 7.243 7.536 3.355 3.517 3.661 3.841 1.916 1.973 2.012 2.052 2.037 2.070 2.114 2.156 1.765 1.845 1.936 2.037 292 360 405 405 432 446 465 485 244 278 281 302 147 155 163 172 1.226 1.419 1.545 1.682 667 707 736 765 513 552 626 669 7.049 7.842 8.061 8.272 16.930 17.633 18.289 19.008 1.893 2.125 2.281 2.447 376 / 478 Tabela 6.8 – Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste (%) Agentes PAR 2003-2005 03/02 04/03 04/02 03/02 04/03 05/04 05/02 Cemig Cataguazes Escelsa Light Cerj Eletropaulo CPFL Bandeirante Piratininga Elektro Cesp Rede/SP CMS Energy Santacruz Celg Ceb Cemat Área RJ/ES Área SP Área GO/DF ONS PAR 03-05 / PAR 0204 PAR 2002-2004 PAR 2003-2005 1,8 4,1 10,1 -100,3 4,1 3,6 3,8 2,8 7,2 3,6 3,0 2,7 5,8 5,4 1,5 2,4 2,1 2,1 5,0 5,0 0,0 0,0 3,6 5,0 5,6 0,0 7,7 0,0 5,5 7,0 4,3 4,3 4,0 11,0 4,6 3,1 3,6 3,4 5,1 6,1 2,9 3,9 3,3 5,4 2,8 5,6 1,9 2,1 5,0 0,0 4,3 2,8 3,8 6,2 4,3 7,5 3,9 3,5 5,6 3,8 -8,8 17,8 5,2 8,6 3,1 4,8 2,9 1,6 4,5 23,2 3,1 13,7 5,5 15,7 6,0 7,5 11,3 4,1 12,3 4,9 7,1 1,2 -0,1 5,0 3,4 4,1 2,0 2,1 4,9 12,6 4,3 0,9 5,6 8,9 4,2 13,5 2,8 3,7 7,3 5,2 -7,2 4,1 3,2 3,9 4,1 4,9 2,0 2,0 5,2 0,0 4,3 7,6 5,5 8,9 3,9 6,9 2,6 3,9 7,3 4,6 -3,2 7,5 2,8 5,8 3,5 4,6 2,3 1,9 4,9 11,5 3,9 7,3 5,5 11,1 4,7 9,2 5,5 3,9 8,9 2002 2003 2004 -11,8 -10,1 221,7 166,6 -13,2 -1,8 -8,5 -7,2 -10,5 -9,3 -8,5 -8,4 -16,1 -16,9 -19,6 -18,4 -4,8 -5,2 -13,0 -13,5 38,8 71,1 -21,6 -21,9 12,6 21,3 8,3 6,0 -19,4 -11,6 -16,3 -15,0 -18,3 -15,6 -10,3 -4,6 -11,3 -10,8 -18,3 -12,8 -9,4 -4,0 -9,9 -8,1 -7,7 -17,9 -18,7 -5,2 -13,5 92,6 -22,5 22,4 12,0 -10,0 -15,0 -13,7 -4,9 -10,5 -11,7 377 / 478 Figura 6.13 – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste – Agentes – Comparação entre ciclos 9.0 0 0 C A R G A P E S A D A (M W ) E vo lu ção e d iferen ças en tre C iclo s 8.0 0 0 7.0 0 0 -8% -8% -8% 6.0 0 0 -9% -12% 5.0 0 0 -10% 4.0 0 0 3.0 0 0 2.0 0 0 1.0 0 0 0 E letrop a u lo - ju n V e rific a do 2 0 0 0 e 2 0 0 1 C e m ig - ju n 20 0 2 a 2 00 4 d o P AR 02 -0 4 20 0 2 a 2 0 05 d o P AR 0 3-0 5 5.500 C AR G A PE S AD A (M W ) Evolução e diferenças entre Ciclos 4.400 -8% -10% -7% -18% 3.300 -17% -16% 2.200 -20% -18% -19% 1.100 0 Light - fev V erificado 2000 e 2001 ONS PAR 2003-2005 C P FL - jun 2002 a 2004 do P AR 02-04 B andeirante - jun 2002 a 2005 do P AR 03-05 378 / 478 2.500 C AR G A P E S AD A (M W ) Evo lução e d iferenças en tre Ciclos 2.000 -5% -5% -5% -13% -13% -13% 1.500 -8% -9% -11% 1.000 500 0 P iratininga - jun V erificado 2000 e 2001 E lektro - jun 2002 a 2004 do P AR 02-04 C erj - dez 2002 a 2005 do P AR 03-05 2.000 C AR G A P E S AD A (M W ) 1.800 E vo lu ção e d iferen ças en tre C iclo s 1.600 -10% 1.400 -12% 1.200 -19% 1.000 -2% -4% -13% 800 -15% 600 -15% -16% 400 200 0 C elg - jun V erificado 2000 e 2001 ONS PAR 2003-2005 E scelsa - jun 2002 a 2004 do P AR 02-04 C eb - jun 2002 a 2005 do P AR 03-05 379 / 478 800 C AR G A P E S AD A (M W ) Evolução e diferenças entre Ciclos 700 600 -14% 500 -16% -18% 400 -22% -22% 93% -22% 300 71% 39% 200 100 0 Cem at - jun V erificado 2000 e 2001 Rede/S P - jun 2002 a 2004 do P AR 02-04 C esp - dez 2002 a 2005 do P AR 03-05 320 C AR G A P E S AD A (M W ) 280 Evo lução e d iferenças entre Ciclos 240 21% 22% -6% 200 -7% 13% -13% 160 12% 6% 120 8% 80 40 0 Cataguazes(*) - jun V erificado 2000 e 2001 CMS E nergy - jun 2002 a 2004 do P AR 02-04 S anta Cruz - jun 2002 a 2005 do P AR 03-05 (*) Para uma melhor representação gráfica da Cataguazes optou-se por apresentar a evolução das previsões feitas para a sua carga total nos Ciclos 2000-2009 e 2001-2010 do CTEM/CCPE (SIMPLES). ONS PAR 2003-2005 380 / 478 6.2.7 Resultados para a Região Sul A análise das previsões constatou um considerável atraso de mercado quando comparado com o previsto no ciclo anterior. A defasagem oscila, dependendo da concessionária, de 2 a 3 anos. Salienta-se que este atraso assume importância maior pelo fato de não ter sido imposto à Região Sul um esquema de racionamento por quotas de redução de consumo associado à aplicação de penalidades aos consumidores que o descumprissem. Ou seja, a retração no crescimento está sendo esperada em função de um processo de conscientização do consumidor quanto à racionalização no uso de eletricidade, de modo a se inserir no contexto nacional de economia de energia. Isto significa dizer que, mesmo com o término do esquema de racionamento, a perspectiva é de manutenção no nível de redução do consumo. Além disto, pode-se constatar também que as previsões elaboradas por ocasião do ciclo anterior do PAR estavam um tanto otimistas, então sinalizadas por um crescimento acentuado verificado no biênio 1999/2000. A superposição destes dois fatores - consumidor consciente e cenário anterior otimista - pode ser considerada como a explicação de tais atrasos. O processo de análise contemplou, ainda, alguns valores inconsistentes em função da topologia da rede considerada na representação da carga por barramentos. O processo de consolidação foi efetivo, resultando na revisão da carga por parte de cinco entre as seis empresas pertencentes à Região Sul. Figura 14 – Subsistema Sul + MS – Comparação entre ciclos 14.000 SUL/MS - CARGA PESADA (MW) Evolução e diferenças entre Ciclos 12.000 -5% 10.000 -7% -6% 8.000 6.000 4.000 2.000 0 jun-2000 jun-2001 PAR 2002-2004 ONS PAR 2003-2005 jun-2002 jun-2003 PAR 2003-2005 jun-2004 jun-2005 Verificado 381 / 478 Figura 15 – Área Rio Grande do Sul – Comparação entre ciclos 6.000 ÁR E A R S - C AR G A PES AD A (M W ) Evolução e diferenças entre Ciclos 5.000 4.000 -17% -17% -18% 3.000 2.000 1.000 0 dez-2000 dez-2001 P AR 2002-2004 dez-2002 dez-2003 dez-2004 P AR 2003-2005 dez-2005 V erificado Figura 16 – Subsistema Sul + MS – Composição por Agente (2004) CEEE 13% Celesc 23% AES Sul 12% RGE 12% Enersul 5% Copel 35% ONS PAR 2003-2005 382 / 478 Tabela 6.1 – Previsão de Carga para o Subistema Sul + MS (MW) PAR 2002-2004 PAR 2003-2005 Agentes/Áreas Mês 2002 2003 2004 2002 2003 2004 2005 Enersul Copel Celesc CEEE AES – Sul RGE Área RS jun jun jun dez dez jun dez 576 3.403 2.404 1.387 1.445 1.369 4.197 615 3.544 2.565 1.457 1.499 1.438 4.389 644 3.683 2.727 1.530 1.557 1.507 4.584 519 3.418 2.282 1.268 1.162 1.178 3.457 542 3.471 2.421 1.338 1.211 1.236 3.627 584 3.798 2.558 1.411 1.264 1.298 3.807 584 4.009 2.716 1.475 1.318 1.363 3.982 Tabela 6.2 – Taxas de Crescimento e desvios entre ciclos – Subsistema Sul + MS (%) Agentes PAR 2003-2005 03/02 04/03 04/02 03/02 04/03 05/04 05/02 Enersul Copel Celesc CEEE AES - Sul RGE Área RS ONS PAR 03-05 / PAR 0204 PAR 2002-2004 PAR 2003-2005 6,7 4,1 6,7 5,0 3,8 5,0 4,6 4,7 3,9 6,3 5,0 3,8 4,8 4,4 5,7 4,0 6,5 5,0 3,8 4,9 4,5 4,5 5,6 6,1 5,5 4,2 5,0 4,9 7,8 9,4 5,7 5,5 4,4 5,0 4,9 -0,1 5,6 6,1 4,5 4,3 5,0 4,6 4,0 5,5 6,0 5,2 4,3 5,0 4,8 2002 2003 2004 -10,0 0,4 -5,1 -8,6 -19,6 -14,0 -17,6 -11,9 -2,1 -5,6 -8,1 -19,2 -14,0 -17,4 -9,3 3,1 -6,2 -7,8 -18,8 -13,9 -17,0 383 / 478 Figura 17 – Subsistema Sul + MS – Agentes – Comparação entre ciclos 4.200 C AR G A P E S AD A (M W ) Evolução e diferenças en tre Ciclos 3.600 3% 0,4% -2% 3.000 2.400 -6% -6% 1.800 -5% 1.200 -19% -19% -20% 600 0 Copel - jun V erificado 2000 e 2001 Celesc - jun 2002 a 2004 do PAR 02-04 AE S S ul - dez 2002 a 2005 do P AR 03-05 1.800 C AR G A PESAD A (M W ) Evolução e diferenças entre Ciclos 1.600 1.400 -8% 1.200 -14% -8% -9% 1.000 -14% -14% 800 600 400 -10% -12% -9% 200 0 CE E E - dez V erificado 2000 e 2001 ONS PAR 2003-2005 RG E - jun 2002 a 2004 do P AR 02-04 E nersul - jun 2002 a 2005 do P AR 03-05 384 / 478 6.3 GERAÇÃO Conforme estabelecido no termo de referência [6], no desenvolvimento dos estudos que resultaram na proposta de ampliações e reforços contida neste documento, foi adotado o programa de geração contemplado na elaboração do Plano Anual da Operação Energética, considerando: − − − − − usinas existentes; usinas novas com contratos de concessão ou com solicitações de novos acessos já formalizados junto ao ONS/Agentes; transferências contratadas em interligações internacionais; as datas de entrada em operação das máquinas das usinas hidrelétricas são aquelas constantes no Acompanhamento das Usinas Hidrelétricas em Construção, versão de 10/10/2001, elaborado pela ANEEL; e as datas de entrada em operação das máquinas das usinas térmicas são aquelas constantes do processo de solicitação de acesso ao ONS/Agentes. No Volume 2, é apresentado o programa de geração considerado na elaboração deste Plano de Ampliações e Reforços. 6.4 CRITÉRIOS Os estudos foram desenvolvidos com base nos procedimentos, diretrizes e critérios descritos nos seguintes Submódulos dos Procedimentos de Rede: 4.2 (Elaboração do Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica), 4.5 (Procedimentos para a Determinação das Ampliações e Reforços da Rede Básica), 4.6 (Critérios para Determinação das Ampliações e Reforços na Rede Básica), 23.2 (Critérios para a Definição das Redes do Sistema Elétrico Interligado) e 23.3 (Diretrizes e Critérios para Estudos Elétricos). Como determinado no módulo 4 dos Procedimentos de Rede, os condicionantes e o escopo dos estudos para elaboração deste PAR 2003-2005 foram estabelecidos no início do ciclo e consolidados no documento “Estudo para Identificação das Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período 2003-2005 – Termo de Referência” [6], preparado no âmbito dos Grupos Especiais de Ampliações e Reforços. Alguns dos critérios descritos nos Procedimentos de Rede, devido à sua relevância para a realização dos estudos elétricos, são destacados a seguir. 6.4.1 Critérios com Relação aos Níveis de Tensão As simulações foram realizadas buscando-se ajustar as tensões nos barramentos Rede Básica dentro dos limites operativos apresentados na Tabela 1 – Níveis Tensão (fase-fase) em Corrente Alternada, do item 5.3.1 (Níveis de Tensão) Submódulo 23.3 (Diretrizes e Critérios para Estudos Elétricos) e reproduzida Tabela 6.3 a seguir. ONS PAR 2003-2005 da de do na 385 / 478 Tabela 6.3 – Níveis de Tensão da Rede Básica (fase-fase) em Corrente Alternada Nominal Máxima Mínima (kV) (p.u.) (p.u.) 230 1,05 0,95 345 1,05 0,95 440 1,045 0,95 500 1,10 1,00 525 1,05 0,95 750 1,046 0,94 Ainda neste ciclo de estudos do PAR e tendo em vista as características regionais, os critérios utilizados para a avaliação do desempenho do sistema com relação aos níveis operativos de tensão para as condições normais e emergência foram os seguintes: − − − as tensões nos barramentos do secundário dos transformadores das subestações de fronteira com a Rede Básica, em condições normais de operação, poderão ser ajustadas para atender às necessidades dos acessantes, desde que isso não afete o desempenho do sistema. Se o acessante solicitar tensão acima de 1,0 p.u. e isso implicar em reforços ou ampliações na Rede Básica, este valor de tensão não será atendido; caso a tensão na barra secundária dos transformadores das subestações de fronteira com a Rede Básica, em condições normais de operação, fique abaixo de 1,0 p.u., serão propostas ampliações/reforços na Rede Básica para atender ao limite mínimo de 1,0 p.u., desde que atendida a condição de fator de potência mínimo de 0,95 nesse ponto; nas simulações de emergências, poderão ser aceitas tensões mínimas de 0,95 p.u. nas barras do secundário dos transformadores das subestações de fronteira com a Rede Básica e 0,90 p.u. nas demais barras da rede de simulação. Nos casos em que não houver tempo hábil para implantação de obras, são explicitadas as conseqüências sobre o desempenho do sistema. 6.4.2 Critérios para Fator de Potência Foram considerados os valores de carga reativa resultantes do processo de consolidação de previsão de carga, descrito no Submódulo 5.2 (Consolidação da Previsão de Carga para Estudos de Ampliações e Reforços na Rede Básica), dos Procedimentos de Rede. Nos pontos de conexão à Rede Básica devem ser assegurados os valores de fator de potência descritos no item 7.3 (Fator de Potência das Instalações) do Submódulo 3.8 e reproduzidos na Tabela 6.4. Conforme estabelecido no CUST – Contrato de Uso do Sistema de Transmissão, ponto de conexão é o equipamento ou conjunto de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão elétrica na fronteira entre os sistemas das partes. ONS PAR 2003-2005 386 / 478 Tabela 6.4 – Fator de Potência nos Pontos de Conexão Tensão nominal do ponto de conexão Vn ≥ 230 kV 69 kV ≤ Vn < 230 kV Vn < 69 kV Faixa de fator de potência 0,98 indutivo a 0,98 capacitivo 0,95 indutivo a 0,95 capacitivo 0,92 indutivo a 0,92 capacitivo Nos casos em que não houver tempo hábil para implantação de obras, bem como nos casos de demandas com fator de potência fora do valor indicado, serão explicitadas as conseqüências sobre o desempenho do sistema. 6.4.3 Critérios de Carregamento de Linhas de Transmissão Os critérios para definição dos limites de carregamento das linhas de transmissão existentes e futuras, para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos, estão descritos no item 5.3.3 (Carregamento de Linha de Transmissão) do Submódulo 23.3. Deverão ser relacionados no PAR todos os elementos terminais que limitarem o carregamento de linhas, para recomendação de futuro ajuste ou substituição. 6.4.4 Critérios de Carregamento de Transformadores Os critérios para definição dos limites de carregamento dos transformadores existentes e futuros, para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos, estão descritos no item 5.3.4 (Carregamento de Transformadores) do Submódulo 23.3. 6.4.5 Critérios para os Estudos das Interligações Regionais As diretrizes e os critérios para a realização dos estudos de estabilidade estão descritos no item 8 (Diretrizes e Critérios para Estudos de Transitórios Eletromecânicos) do Submódulo 23.3. (a) Critérios adicionais para os estudos de fluxo de potência e estabilidade das interligações entre as regiões Sul e Sudeste. CRITÉRIOS PARA O ESTABELECIMENTO DO MERCADO ! Nas análises de regime permanente e estabilidade foram utilizados os casos provenientes do PAR 2002-2004. Com o objetivo de tornar as previsões de carga equivalentes àquelas utilizadas nas simulações energéticas, foi aplicado um fator de redução de 7% nos valores da carga da região Sudeste, de modo a representar o efeito do racionamento de energia. CRITÉRIOS PARA DESPACHO DE GERAÇÃO ! Os principais critérios adicionais são: − − − ONS para as usinas de Itaipu 60 Hz e Itaipu 50 Hz será adotado despacho igual; serão considerados dois cenários para efeito de geração de Itaipu; e como geração mínima das usinas hidráulicas do Sul/Sudeste será adotado o resultado obtido no estudo consolidado no documento “Reavaliação do Despacho PAR 2003-2005 387 / 478 Ótimo por Usina e por Unidade Geradora e determinação do Montante de Carga no Período de Carga Leve”, elaborado pelo ONS. CRITÉRIOS COM RELAÇÃO À DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE INTERCÂMBIO OPERACIONAIS (REGIME DINÂMICO) ! Os principais critérios adicionais são: − − − − − − − − − − − ! será simulada a aplicação de curto 1∅t, 80ms, seguido de abertura de um circuito e/ou dois circuitos, respectivamente, para o caso de linhas de circuito simples e duplo; as Interligações devem permanecer em sincronismo e com oscilações bem amortecidas, para os defeitos simulados; a partir da entrada em operação do segundo circuito da interligação Norte/Sul, a Proteção de Perda de sincronismo (PPS) dessa interligação será considerada bloqueada, i.é, os limites de intercâmbio devem ser tal que não sensibilizem esta PPS para os defeitos simulados; na barra do capacitor série entre as subestações de Foz do Iguaçu e Ivaiporã, 750 kV será permitido um valor de tensão máximo de 1,02 p.u.; no barramento de 345 kV da subestação de Samambaia será permitida uma tensão mínima de 0,8 p.u. no transitório, após a retirada do defeito. no barramento de 750 kV da SE Tijuco Preto será admitida uma tensão mínima de 0,73 pu no transitório, após a retirada do defeito; será permitida a atuação do limitador de corrente de campo de Itaipu 60 Hz transitoriamente após o defeito até 700ms; será considerado o desligamento de 1 ou 2 máquinas da usina de Itaipu 60 Hz, em 200ms, na abertura de uma linha do tronco de 750 kV, comandado por CLP; será considerada a atuação da Lógica 6, que desliga até duas máquinas da UHE Itaipu 60 Hz, com objetivo de evitar a abertura da interligação Sul-Sudeste, no trecho da transformação de Ivaiporã 750/500 kV, por sobrecarga nos transformadores desta subestação; será considerado o desligamento de máquinas da UHE Serra da Mesa ou da UHE Lajeado, na perda de um dos circuitos de 500 kV entre Serra da Mesa e Samambaia, comandado por CLP; e será considerado o desligamento de 1 ou 2 maquinas da região do Iguaçu, em 200ms, na perda de linhas de 525 kV que saem desta região, conforme ECG hoje implantado. CRITÉRIOS COM RELAÇÃO À OPERAÇÃO DAS MÁQUINAS Não foi permitida a atuação do limitador de corrente de campo das máquinas de Itaipu 60 Hz, mesmo que transitoriamente após o defeito. (b) Critérios adicionais para os estudos de fluxo de potência e estabilidade das interligações entre as regiões Norte e Nordeste. ! CRITÉRIOS PARA O ESTABELECIMENTO DO MERCADO Nas análises de regime permanente e estabilidade foram utilizados os casos provenientes do PAR 2002-2004. Entretanto, em função do racionamento de energia, ONS PAR 2003-2005 388 / 478 foi aplicado um fator de redução de 13% nos valores da carga da região Norte e 7% da região Nordeste, para que se tenha mercado equivalente àquele utilizado nas simulações energéticas. CRITÉRIOS PARA DESPACHO DE GERAÇÃO ! Como geração mínima das usinas hidráulicas da região Nordeste será adotado o resultado apresentado no relatório “Inércia Mínima no Nordeste”, elaborado pelo ONS. CRITÉRIOS COM RELAÇÃO À DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE INTERCÂMBIO DE REGIME PERMANENTE ! Os principais critérios adicionais são: − − carregamento dos equipamentos de compensação de potência reativa variáveis: foi adotado como limite o valor de 60% da potência nominal do primeiro equipamento que atingir este valor, depois de esgotado os recursos da regulação; e níveis de tensão: na rede que interliga as regiões Norte e Nordeste foi considerada a tensão mínima de 1.04 p.u. na subestação de Presidente Dutra. CRITÉRIOS COM RELAÇÃO À DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE INTERCÂMBIO OPERACIONAIS (REGIME DINÂMICO) ! Os principais critérios adicionais são: − − − − − no barramento de 345 kV da subestação de Samambaia foi admitida tensão mínima de 0,8 p.u. no transitório, após a retirada do defeito; não foi admitida a atuação do ERAC com perda de carga generalizada; não foi admitida a atuação dos equipamentos de proteção de sobretensão que acarretem perda de carga; não foi admitido o desligamento dos compensadores síncronos da interligação na área do subsistema Norte e área oeste do subsistema Nordeste; e não foi admitido o desligamento dos autotransformadores por sobrecarga, com conseqüente perda de carga. 6.4.6 Critérios para os Estudos de Confiabilidade Os critérios para os estudos de confiabilidade que permitem a avaliação dos riscos probabilísticos inerentes ao sistema elétrico estão descritos no item 11.3 (Critérios para Estudos de Confiabilidade) do Submódulo 23.3. Em complementação às informações disponíveis nos Procedimentos de Rede, temos: − − ONS as topologias do sistema elétrico a serem tratadas são as mesmas submetidas à análise de regime permanente em condições de rede completa (ausência de contingências) e com todas as restrições operacionais representadas, a saber: limites de carregamento em condições normais e de emergência em linhas e transformadores, limites superiores e inferiores de tapes, limites superiores e inferiores de geração permissível de potência ativa e reativa, limites inferiores e superiores das tensões em barramentos; os casos-base para a análise de confiabilidade foram preparados a partir dos casos-base dos estudos de fluxo de potência, preferencialmente fornecidos sem a presença de violações operativas (e.g. ausência de sobrecargas, violações de PAR 2003-2005 389 / 478 − − − − − − ONS limites de tensão, violações de limites de derivações, violações de limites superiores e inferiores de gerações de potências ativas e reativas); violações operativas de quaisquer naturezas nos casos-base de fluxo de potência, as mesmas foram eliminadas de modo adequado. Os recursos utilizados para a obtenção do caso-base de confiabilidade são: redespacho de potência ativa e reativa, controle remoto de tensão, controle de tapes, relaxamento dos limites de tensão; o espaço de Estados probabilísticos definido considerará essencialmente a malha de transmissão da rede com os dados reais da malha brasileira levantados na referência ONS 2.1-033/2001, para o caso de linhas de transmissão. Para transformadores, foram usados dados estocásticos típicos. Os níveis de transmissão contemplados englobarão as tensões de 525, 500, 440, 345 e 230 kV. Para fins de identificação de influências por níveis de tensão, cada transformador do sistema foi associado ao nível de tensão do seu lado de mais alta tensão. Todos os demais elementos da rede serão tratados de forma determinística; a modelagem das usinas foi realizada de forma individualizada por unidade geradora, com um despacho compatível com aquele especificado no caso-base de fluxo de potência; para fins de definição do espaço de estados, monitoração de grandezas, cálculo de índices e recursos de controle foram consideradas todas as áreas elétricas originalmente definidas nos casos de fluxo de potência; as grandezas monitoradas foram as seguintes: fluxos de potência nos circuitos da Rede Básica, tensões em barras com cargas, limites de geração; e no processamento do cálculo de confiabilidade foram avaliadas apenas contingências em circuitos pertencentes à Rede Básica. PAR 2003-2005 390 / 478 7 ASPECTOS RELACIONADOS À FRONTEIRA DA REDE BÁSICA COM A REDE DE DISTRIBUIÇÃO A Resolução 433/00, emitida pela ANEEL em novembro de 2000, revisou o conceito da Rede Básica estabelecendo que o ponto de conexão à Rede Básica se dá no barramento de alta tensão das subestações. Neste contexto, os novos transformadores com tensão secundária inferior a 230 kV não mais integram a Rede Básica, sendo a sua implantação de responsabilidade dos distribuidores, dos consumidores livres ou dos geradores. Para os transformadores existentes, a reclassificação se dará a partir de 2003, nas datas fixadas para a revisão tarifária das distribuidoras. O ONS, com o apoio da ANEEL, tem procurado estimular discussões envolvendo os transmissores e distribuidores visando disseminar os novos conceitos estabelecidos pela resolução 433/00, bem como buscar soluções para assegurar a viabilização dos reforços em transformação na fronteira entre a Rede Básica e a rede de distribuição. Por outro lado, no desenvolvimento dos estudos para a elaboração deste Plano de Ampliações e Reforços, o ONS em conjunto com os Agentes através dos Grupos Especiais, identificaram situações nas quais os critérios adotados não são atendidos, sendo abordados em particular, os casos de violação para os transformadores com tensão secundária inferior a 230 kV, que não mais integrarão a Rede Básica. Neste sentido, as tabelas apresentadas neste item resumem as situações encontradas onde os critérios adotados nos estudos não são atendidos. Quando disponíveis, são registradas as soluções indicadas pelo Agente responsável. Os problemas estão organizados por região elétrica / concessionária de distribuição, sendo indicadas as violações de critério encontradas tanto em condições normais de operação como em contingências. No caso do Estado de São Paulo, em função do grande número de Agentes envolvidos, os problemas identificados foram agrupados em seis áreas de conexão, segundo critério utilizado pela ANEEL para o estabelecimento dos correspondentes encargos de conexão, em seis áreas de conexão. Observa-se que a solução a ser implementada, para que possa levar a melhores resultados do ponto de vista técnico-econômico, deve considerar que: − − − − ONS o conjunto de empreendimentos indica a pior situação, ou seja, não foi considerada a possibilidade de operação dos transformadores com carregamento 20% acima de sua capacidade nominal, nem o remanejamento de carga através da rede de distribuição; a entrada em operação das usinas termelétricas, notadamente na rede de distribuição, pode acarretar em modificação na natureza e na cronologia dos problemas identificados; no caso de instalações compartilhadas, o critério de rateio dos encargos de conexão tem influência as análises técnico-econômicas; a indicação de sobrecarga em instalações muito próximas sinaliza a possibilidade de que determinadas soluções eliminam simultaneamente mais de um problema; PAR 2003-2005 391 / 478 Neste item são sinalizados também os locais nos quais foram identificados baixos valores de fator de potência, calculados do lado de alta dos transformadores, que devem merecer atenção especial por parte das concessionárias de distribuição. Finalmente são relacionados problemas detectados pelas próprias distribuidoras na sua área de atuação, que demandam expansões a partir da Rede Básica. Estes casos foram informados pelos respectivos Agentes envolvidos, no âmbito dos Grupos Especiais, antecipando a intenção de uma futura solicitação de acesso. Salienta-se que deverão ser adotadas medidas urgentes para a solução dos casos onde já ocorre, ou está prevista para ocorrer, sobrecarga em condições normais de operação: Tabela 7.1 – Locais onde foi observada sobrecarga em condições normais de operação SUBESTAÇÃO UF SE CAMPO COMPRIDO – 230/69 kV – 1x100 MVA + 1x120 MVA PR SE ANASTÁCIO – 230/138 kV – 75 MVA MS SE VITÓRIA – 345/138 kV – 4x225 MVA ES SE MASCARENHAS DE MORAES - 345/138 kV – 150 MVA MG SE BOTUCATU – 230/138 kV – 3x75 MVA SP SE JURUMIRIM – 230/138 kV – 2x75 MVA SP SE BOM JARDIM – 440/138 kV – 2x300 MVA SP SE CAMPINAS – 345/138 kV – 4x150 MVA SP SE JUPIÁ – 440/138 kV – 150 MVA SP SE CATU – 230/69 kV – 2x40 MVA + 1x30 MVA BA SE BOM NOME – 230/138 kV – 100 MVA PE SE BONGI – 230/69 kV – 4x100 MVA PE Para os casos em que foram identificadas sobrecargas em condições de contingência, deverá ser estudada a implantação de esquema especiais de alívio de carga para preservar os equipamentos remanescentes. ONS PAR 2003-2005 392 / 478 7.2 Região Sul 7.2.1 CEEE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE PRESIDENTE MÉDICI 230/138 kV – 1 x 115 MVA SE QUINTA 230/69 kV – 1 x 165 MVA SE QUINTA 230/138 kV – 1 x 50 MVA SE GRAVATAÍ 2 230/69 kV – 2 x 165 MVA SE PELOTAS 3 230/138 kV – 2 x 88 MVA SE PORTO ALEGRE 8 230/69 kV – 2 x 83 MVA SE GUAÍBA 2 230/69 kV – 1 x 50 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA o Corte temporário de carga de 52 MVA (2003) a 50 MVA 2 TR 230/138 kV – 115 MVA (2005) na perda do único transformador da subestação. Corte temporário de carga de 93 MVA (2003) a 101 MVA 2o TR 230/69 kV – 165 MVA (2005) na perda do único transformador da subestação. Corte temporário de carga de 15 MVA (2003) a 33 MVA 2o TR 230/138 kV – 50 MVA (2005) na perda do único transformador da subestação. Carregamento de 196% (2003) a 166% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 165 MVA da subestação. Carregamento de 111% (2004) a 116% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 88 MVA da subestação. Carregamento de 114% (2004) a 147% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 83 MVA da subestação. Corte temporário de carga de 40 MVA (2005) na perda 2o TR 230/69 kV – 50 MVA do único transformador da subestação (conforme informado pela CEEE) 393 / 478 7.2.1 CEEE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BAGÉ 2 230/69 kV – 50 MVA SE CAMAQUÃ 230/69 kV – 1 x 83 MVA SE PORTO ALEGRE 10 230/69 kV – 83 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA o Corte temporário de carga de 38 MVA (2005) na perda 2 TR 230/69 kV – 50 MVA do único transformador da subestação (conforme informado pela CEEE). Corte temporário de carga de 60 MVA (2005) na perda 2o TR 230/69 kV – 83 MVA do único transformador da subestação (conforme informado pela CEEE). Corte temporário de carga de 60 MVA (2005) na perda 2o TR 230/69 kV – 83 MVA do único transformador da subestação (conforme informado pela CEEE). Sobrecarga nos transformadores 69/13,8 kV- 31,25 MVA TR 230/13,8kV – 50 MVA 230/69 kV 2 x 83MVA e 69/13,8kV – e 230/69kV – 2 x 83 MVA. Na perda de qualquer um destes haveria corte de carga na área atendida por esta 31,25MVA SE PORTO ALEGRE 6 (conforme informado pela CEEE). SE PORTO ALEGRE 6 SE PORTO ALEGRE 4 230/13,8 kV – 5 x 50MVA ONS PAR 2003-2005 Não há condição, no verão, de atender à totalidade da SE PORTO ALEGRE 7 – 230/13,8 kV – carga da SE PORTO ALEGRE 4 na perda de um dos TR 2 x 50MVA. 230/13,8KV – 50MVA, havendo necessidade de corte de igual carga do centro de Porto Alegre. A melhoria da confiabilidade do atendimento ao Centro de Porto Alegre depende da solução deste problema (conforme informado pela CEEE). 394 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA GUAÍBA 2 – 230/69 kV 0,89 a 0,90 2003 a 2005 QUINTA – 230/69 kV 0,86 a 0,93 2003 a 2005 QUINTA - 230/138 kV 0,81 a 0,94 2003 a 2005 GRAVATAÍ 2 – 230/69 kV 0,88 a 0,93 2003 a 2005 0,91 2004 a 2005 PORTO ALEGRE 10 – 230/69 kV Obs.: Fator de potência calculado no secundário do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE. ONS PAR 2003-2005 395 / 478 7.2.2 AES-SUL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE MAÇAMBARÁ 230/69 kV – 1 x 83 MVA SE SÃO BORJA 2 230/69 kV – 1 x 50 MVA SE CIDADE INDUSTRIAL 230/138 kV – 2 X 150 MVA SE SÃO VICENTE 230/69 kV – 2 x 50 MVA SE URUGUAIANA 5 230/69 kV – 2 x 83 MVA SE VENÂNCIO AIRES 230/69 kV – 2 x 75 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA o Corte temporário de carga de 11 MVA (2003) a 59 MVA 2 TR 230/69 kV – 83 MVA (2005) na perda do único transformador da subestação. Corte temporário de carga de 14 MVA (2003) a 45 MVA Remanejamento de carga para SE Maçambará (2005) na perda do único transformador da subestação. Carregamento de 132% (2003) a 164% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 150 MVA da subestação. Carregamento de 102% (2003) a 112% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 50 MVA da subestação. Carregamento de 104% (2003) a 108% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 83 MVA da subestação. Carregamento de 102% (2003) a 110% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 75 MVA da subestação. 396 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA ALEGRETE 2 - 230/69 kV 0,81 a 0,90 2003 a 2005 MAÇAMBARÁ - 230/69 kV 0,91 a 0,94 2003 a 2005 URUGUAIANA 5 – 230/69 kV 0,92 a 0,93 2004 a 2005 Obs.: Fator de potência calculado no secundário do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE. ONS PAR 2003-2005 397 / 478 7.2.3 RGE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE GARIBALDI 230/69 kV – 1 x 83 MVA SE MISSÕES 230/69 kV – 1 x 50 MVA SE TAQUARA 230/138 kV – 1 x 165 MVA SE SANTA MARTA 230/69 kV – 1 x 83 MVA SE TAPERA 2 230/69 kV – 1 x 50 MVA SE CAXIAS 2 230/69 kV – 2 x 165 MVA SE FARROUPILHA 230/69 kV – 2 x 83 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA o Corte temporário de carga de 48 MVA (2003) a 81 MVA 2 TR 230/69 kV – 83 MVA (2005) na perda do único transformador da subestação. Corte temporário de carga de 15 MVA (2003) a 17 MVA Há possibilidade de transferência de (2005) na perda do único transformador da subestação. carga para a subestação Santo Ângelo 2 230/69 kV Corte temporário de carga de 69 MVA (2003) a 124 MVA Há possibilidade de operação em anel (2005) na perda do único transformador da subestação. de 138 kV com a linha Cachoeirinha 1 – Taquara eliminando o corte temporário dessa carga. Corte temporário de carga de 51 MVA (2003) a 56 MVA Há possibilidade de transferência de (2005) na perda do único transformador da subestação. carga para subestações Tapera 2 e Passo Fundo 1 Corte temporário de carga de 27 MVA (2003) a 30 MVA 2o TR 230/69 kV – 50 MVA (2005) na perda do único transformador da subestação. Carregamento de 104% (2005) na unidade Há possibilidade de transferência de remanescente na perda de um transformador de carga para a subestação Santo Ângelo 165 MVA da subestação. 2 230/69 kV Carregamento de 160% (2003) a 184% (2005) na Há possibilidade de operação em anel unidade remanescente na perda de um transformador de de 138 kV com a linha Cachoeirinha 1 83 MVA da subestação. – Taquara eliminando o corte temporário dessa carga. 398 / 478 7.2.3 RGE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE GUARITA 230/69 kV – 2 x 83 MVA SE SANTA ROSA 230/69 kV – 2 x 83 MVA SE NOVA PRATA 2 230/69 kV – 2 x 50 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Carregamento de 118% (2003) a 111% (2005) na Há possibilidade de transferência de unidade remanescente na perda de um transformador de carga para subestações Tapera 2 e 83 MVA da subestação. Passo Fundo 1 Carregamento de 104% (2004) a 109% (2005) na Há possibilidade de transferência de unidade remanescente na perda de um transformador de carga para a subestação Santo Ângelo 83 MVA da subestação. 2 230/69 kV Carregamento de 110% (2003) a 116% (2005) na Há possibilidade de operação em anel unidade remanescente na perda de um transformador de de 138 kV com a linha Cachoeirinha 1 50 MVA da subestação. – Taquara eliminando o corte temporário dessa carga. 399 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA TAQUARA – 230/138 kV 0,93 e 0,83 2003 e 2005 TAPERA 2– 230/69 kV 0,91 a 0,95 2003 a 2005 Obs.: Fator de potência calculado no secundário do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE. ONS PAR 2003-2005 400 / 478 7.2.4 CELESC SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE XANXERÊ 230/138 kV – 2 x 84 MVA + 1 x 75 MVA + 1 x 150 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Carregamento de 112% (2003) a 114% (2005) na Substituição dos atuais unidade remanescente de menor capacidade na perda transformadores por unidades de maior de um transformador de 150 MVA da subestação. porte. Instalação de disjuntores individuais nos transformadores 3 e 4. SE CAMPOS NOVOS 230/138 kV – 3 x 150 MVA SE PALHOÇA 230/138 kV – 1 x 75 MVA + 1 x 84 MVA + 2 x 150 MVA SE ITAJAÍ 230/138 kV – 3 x 150 MVA SE BLUMENAU 230/138 kV – 4 x 150 MVA ONS PAR 2003-2005 Carregamento de 155% (2003) a 166% (2005) no Complementação das conexões de transformador remanescente, na perda das duas 138 kV dos transformadores. unidades que estão em paralelo no mesmo disjuntor de Complementação das saídas de linha 138 kV. de 138 kV e do esquema de conexão das linhas de 138 kV que chegam na subestação. Carregamento de 139% (2004) a 106% (2005) na unidade remanescente de menor capacidade na perda de um transformador de 150 MVA da subestação. Carregamento de 137% (2003) a 116% (2005) nas 4o TR 230/138 kV – 150 MVA unidades remanescentes na perda de um transformador de 150 MVA da subestação. Carregamento de 117% (2003) a 124% (2005) no transformador de menor impedância, na perda de um transformador de 150 MVA da subestação. 401 / 478 7.2.4 CELESC SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE JOINVILLE 230/138/69 kV – 3 x 75 MVA + 1 x 150 MVA + 1 x 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Carregamento de 129% (2003) a 118% (2005) no transformador 230/69 kV na perda de um transformador 230/138 kV, 150 MVA, da subestação. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA PALHOÇA - 230/138 kV 0,87 a 0,95 2003 a 2005 JOINVILLE - 230/138 kV 0,87 a 0,94 2004 a 2005 XANXERÊ - 230/138 kV 0,92 e 0,93 2004 e 2005 Obs.: Fator de potência calculado no secundário do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE. ONS PAR 2003-2005 402 / 478 7.2.5 COPEL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE CAMPO COMPRIDO PROBLEMA IDENTIFICADO Carregamento de 150% no transformador de 100 MVA, 230/69 kV – 1 x 100 MVA + 1 x 120 MVA em condição normal de operação em junho de 2003. Carregamento de 224% (2003) na unidade remanescente de menor capacidade na perda de um transformador de 120 MVA da subestação. SOLUÇÃO INDICADA SE CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA 230 kV (NOVA) 2 TR 230/69 – 150 MVA seccionamento da LT 230 kV Campo Comprido – Umbará através de circuito Carregamento de 109% (2004) a 119% (2005) na duplo – 0,8 km unidade remanescente de menor capacidade na perda de um transformador de 120 MVA da subestação. SE PILARZINHO 230/69 kV – 2 x 150 MVA Carregamento de 139% (2003) na unidade SE CIDADE INDUSTRIAL DE remanescente de menor capacidade na perda de um CURITIBA 230 kV (NOVA) transformador de 150 MVA da subestação. 2 TR 230/69 – 150 MVA seccionamento da LT 230 kV Campo Comprido – Umbará através de circuito duplo – 0,8 km SE UBERABA 230/69 kV – 2 x 150 MVA Carregamento de 139% (2003) na unidade SE SANTA MÔNICA 230 kV (NOVA) remanescente na perda de um transformador de TR 230/69 kV – 2 x 150 MVA 150 MVA da subestação. LT 230 kV Pilarzinho – G. Parigot seccionamento, através de circuito duplo - 9 km ONS PAR 2003-2005 403 / 478 7.2.5 COPEL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE GOV. PARIGOT DE SOUZA 230/138 kV – 2 x 103 MVA SE PONTA GROSSA NORTE 230/138 kV – 1 x 50 MVA + 1 x 75 MVA SE PONTA GROSSA SUL 230/138 kV – 1 x 50 MVA + 1 x 75 MVA SE MARINGÁ 230/138 kV – 3 X 150 MVA SE IBIPORA 230/138 kV – 2 x 150 MVA SE LONDRINA 230/138 kV – 2 x 150 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Carregamento de 109% (2003) a 122% (2004) na SE POSTO FISCAL 230 kV (NOVA) unidade remanescente na perda de um transformador de TR 230/138 kV – 150 MVA 103 MVA da subestação. seccionamento da LT 230 kV Uberaba G. Parigot através de circuito duplo 30 km Carregamento de 156% (2003) a 171% (2005) na unidade remanescente de menor capacidade na perda de um transformador de 75 MVA da subestação. Carregamento de 106% (2004) a 117% (2005) na unidade remanescente de menor capacidade na perda de um transformador de 75 MVA da subestação. Carregamento de 127% (2003) a 130% (2004) nas SE SARANDI 230 kV (NOVA) unidades remanescentes na perda de um transformador 2 TR 230/138 – 150 MVA de 150 MVA da subestação. seccionamento da LT 230 kV Apucarana – Maringá através de circuito duplo – 0,8 km Carregamento de 102% (2003) a 108% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 150 MVA da subestação. Carregamento de 108% (2004) a 113% (2005) na unidade remanescente na perda de um transformador de 150 MVA da subestação. 404 / 478 7.2.5 COPEL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SISTEMA DE 138 kV DA ÁREA DO MÉDIO IGUAÇU PROBLEMA IDENTIFICADO A perda da LT 230 kV Areia – Ponta Grossa Norte provoca tensões abaixo de 95% nas subestações distribuidoras de Guarapuava, União da Vitória e Irati 138 kV durante o período 2003 a 2005. A emergência na LT 138 kV Areia – União da Vitória provoca sobrecarga de 24% no transformador 230/138 kV de Ponta Grossa Norte, e tensões inferiores a 80% na rede de 138 kV. SOLUÇÃO INDICADA SE IRATI OESTE 230 kV (NOVA) TR 230/138 - 150 MVA seccionamento da LT 230 kV Areia Ponta Grossa Norte através de circuito duplo - 3 km SISTEMA DE 138 kV DE FOZ DO IGUAÇU Tensões de 90% nas subestações de 138 kV da região SE FOZ DO IGUAÇU 230 kV (NOVA) de Foz do Iguaçu em condição normal de operação em TR 230/138 – 150 MVA fevereiro e junho de 2004. LT 230 kV Cascavel - Foz do Iguaçu Tensões abaixo de 80% na perda da linha 138 kV Foz circuito simples - 120 km do Iguaçu – Medianeira em fevereiro e junho de 2004. SISTEMA DE 69 kV DE CURITIBA Carregamentos elevados nas linhas de 69 kV da área norte de Curitiba. (informado pela COPEL) SE SANTA MÔNICA 230 kV (NOVA) TR 230/69 kV – 2 X 150 MVA seccionamento da LT 230 kV Pilarzinho – G. Parigot através de circuito duplo 9 km ONS PAR 2003-2005 405 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA UMBARÁ 2 - 230/69 kV 0,87 2004 SANTA MÔNICA - 230/69 kV 0,90 2004 APUCARANA - 230/138 kV 0,91 2004 CASCAVEL – 230/138 kV 0,93 2004 FOZ DO IGUAÇU - 230/138 kV 0,68 2005 PONTA GROSSA SUL - 230/138 kV 0,82 2005 LONDRINA - 230/138 kV 0,88 2005 GOV. PARIGOT DE SOUZA – 230/138 kV 0,90 2005 PILARZINHO - 230/69 kV 0,93 2005 JAGUARIAIVA - 230/138 kV 0,87 a 0,89 2003 a 2004 PONTA GROSSA NORTE - 230/138 kV 0,47 a 0,81 2003 a 2005 PATO BRANCO - 230/138 kV 0,80 a 0,94 2003 a 2005 UBERABA - 230/69 kV 0,80 a 0,94 2003 a 2005 MARINGÁ - 230/138 kV 0,83 a 0,95 2003 a 2005 CAMPO COMPRIDO - 230/69 kV 0,90 a 0,94 2003 a 2005 CIDADE INDUSTRIAL - 230/69 kV 0,90 e 0,94 2004 e 2005 Obs.: Fator de potência calculado no secundário do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE. ONS PAR 2003-2005 406 / 478 7.2.6 ENERSUL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE DOURADOS 230/138 kV – 2 X 75 MVA SE ANASTÁCIO 230/138 kV – 75 MVA SE ANASTÁCIO 230/138 kV – 75 MVA (considerando a entrada do 2ª transformador) ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na indisponibilidade de um dos transformadores de 3o TR 230/138 kV – 75 MVA Dourados, na condição de intercâmbio Sul-Sudeste, o carregamento na unidade remanescente na carga pesada, que fica entre 130% a 160% para transferências do Sul entre 1.000 a 3.800 MW Depois da entrada das novas térmicas na área de 2o TR 230/138 kV – 75 MVA Corumbá ocorre inversão de fluxo neste transformador, chegando a ultrapassar a capacidade nominal em condição normal de operação a partir da entrada da UTE San Marcos. Para evitar carregamento de 125% em dezembro de 2002, na carga média, para intercâmbio Sudeste - Sul de 3.000 MW, será necessário limitar a geração em Corumbá a 140 MW. A indisponibilidade de um dos transformadores leva a 3o TR 230/138 kV – 75 MVA 137% o carregamento no remanescente, limitando em 95 MW o despacho das usinas da área de Corumbá. Como a partir da entrada da nova linha de 138 kV entre Corumbá e Aquidauana, em 2005, não será mais requerido corte de geração nestas térmicas em contingência, para possibilitar confiabilidade compatível na SE Anastácio é indicada a instalação do terceiro transformador desta subestação. 407 / 478 7.3 Região Sudeste 7.3.1 ESCELSA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE VITÓRIA 345/138 kV – 4 X 225 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Em 2003 poderá ocorrer carregamento de até 110% em SE AREINHA (Nova) - TR 345/138 kV – regime normal e, em emergência, de até 143% no 300 MVA transformador remanescente de menor impedância. Seccionamento de um circuito da LT 345 kV Campos - Vitória 2 X 1 km (obra da Rede Básica) Obra prevista para 2003 no PAR 2002/2004 e adiada para o ano de 2005 pela ESCELSA. SE MASCARENHAS 230/138 kV – 1 X 150 MVA A transformação de Mascarenhas deverá ser reforçada 2º TR 230/138 kV - 150 MVA com a entrada em operação da UHE Aimorés prevista para novembro de 2003. Com a usina de Aimorés em operação, a transformação de Mascarenhas, com apenas um transformador, não suportaria a contingência da LT 230 kV Aimorés – Conselheiro Pena. ONS PAR 2003-2005 408 / 478 7.3.2 LIGHT SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE JACAREPAGUÁ 345/138 kV – 4 X 225 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A partir de 2004 esta transformação poderá apresentar, carregamentos de 100% em regime normal de operação no caso de uma combinação de despachos de geração nas usinas da área, ou seja, quando estiver reduzida ou paralisada a UTE Eletrobolt e despachadas as usinas térmicas do Norte Fluminense, poderá ocorrer elevados carregamentos. Observa-se que para despachos da ordem de 1200 MW nas usinas Macaé Merchant e N. Fluminense e com a Eletrobolt paralisada, o carregamento nessa transformação atinge cerca de 100%, estando o transformador defasador de Angra com 280 MW, a usina de S.Cruz no mínimo e a usina Angra II fora de operação. Nessas condições, a eventual contingência da LT 500 kV C. Paulista – Grajaú acarreta carregamentos da ordem de 130% nessa transformação. No caso de contingência de unidade transformadora, o carregamento nas unidades restantes atinge cerca de 131% para a carga média de verão. A redução do despacho da usina de Macaé Merchant reduz esses valores de carregamento a cerca de 116%. A solução para os problemas dessa transformação está sendo objeto de estudo entre FURNAS e LIGHT. Como medida operativa até o ano de 2004, pode-se forçar a elevação do fluxo pelo transformador defasador de Angra. Porém, é importante destacar que o carregamento do transformador defasador atualmente está limitado em 300 MVA, em função de limitações impostas as LTs do tronco AngraItaorna-S.Cruz 138 kV pelos TCs da linha de 600 A localizados na SE Angra 138 kV (Itaorna) de Furnas. Estão em andamento negociações entre FURNAS, LIGHT,CERJ e ONS para a troca destes equipamentos terminais, que permitirá a utilização plena do transformador defasador de Angra como recurso operativo para alívio do carregamento da transformação de Jacarepaguá em condição de emergência. 409 / 478 7.3.3 CEMIG SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE IPATINGA 230/161 kV – 150 MVA e 161/138 kV – 120 MVA SE NEVES 500/138 kV – 3 X 300 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A indisponibilidade de qualquer dos trafos da SE implica 1º TR 230/138 kV - 150 MVA em corte de carga, com risco de colapso total de tensão nas áreas de Caratinga e Guanhães. A SE Neves apresenta esgotamento da capacidade SE VESPASIANO 2 (NOVA) transformadora em condições normais de operação,. AT 500/138 kV – 2 X 300 MVA – A presença da usina térmica de Ibiritermo (1ª fase – (seccionamento da LT 500 kV Neves 230 MW) poderá reduzir este carregamento em cerca de Mesquita – 2 X 3km) 23%, evoluindo para 30% quando da implantação da BC 3 X 41 Mvar - 138 kV segunda etapa (230 MW). SE BARREIRO 345/138 kV – 4 X 150 MVA A SE Barreiro apresenta carregamentos próximos à capacidade nominal dos transformadores, que poderá ser reduzida em cerca de 30% com a presença da primeira etapa da UTE Ibiritermo. SE VESPASIANO 2 (NOVA) AT 500/138 kV – 2 X 300 MVA – (seccionamento da LT 500 kV Neves Mesquita – 2 X 3km) BC 3 X 41 Mvar - 138 kV SE MASCARENHAS DE MORAES 345/138 kV – 1 X 150 MVA ONS PAR 2003-2005 A SE Mascarenhas de Moraes apresenta carregamentos próximos à capacidade nominal dos transformadores, em regime normal de operação. Esta situação tende a se agravar durante os anos de 2004 e 2005, vindo a atingir carregamentos da ordem de 107% e 110%, respectivamente. 1º e 2º TR Porto Colômbia 345/138 kV 2 X 150 MVA 1º TR 345/138 kV - 300 MVA Mascarenhas (2006) 410 / 478 de 7.3.3 CEMIG SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ITUTINGA 345/138 kV – 2 X 225 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA O carregamento na transformação da SE Itutinga é fortemente influenciado pela presença das usinas térmicas da Área Rio de Janeiro e pelas condições de fluxo na Interligação Norte – Sul, de tal forma que, dependendo do valor de intercâmbio num cenário tendo o Sudeste exportador e das condições de despacho nas usinas térmicas, a perda de um transformador pode acarretar carregamento de até 115% no remanescente, para o ano de 2003. Nas condições citadas, esta perda se agrava ao longo do horizonte, chegando a atingir cerca de 150% no ano de 2005. 411 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA JAGUARA - 345/138 kV 0,60 a 0,70 2003 a 2005 JUIZ DE FORA - 345/138 kV 0,10 a 0,40 2003a 2005 IPATINGA - 230/161 kV 0,30 a 0,50 2003 a 2005 TAQUARIL - 345/138 kV 0,80 2003 a 2005 OBSERVAÇÃO Em cada envolvidos 100 Mvar ano os montantes são da ordem de Em cada envolvidos 230 Mvar ano os montantes são da ordem de Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 412 / 478 7.3.4 SP- ÁREA DE CONEXÃO 1 (BANDEIRANTE, CLFSC, ELETROPAULO, CSPE e ELEKTRO) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BAIXADA SANTISTA 345/88 kV – 2 X 400 MVA SE BAIXADA SANTISTA 230/138 kV – 2 X 147 MVA SE CAPÃO BONITO 230/138 kV – 2 X 75 MVA SE BOTUCATU 230/138 kV – 3 X 75 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Essa subestação não suporta contingência em um de 3º banco de transformadores 345/138 seus bancos de transformadores em condições de carga 88 kV - 400 MVA e fase reserva de média quando se verifica carregamento da ordem de 133 MVA 195%. Há sobrecargas em todos os patamares de carga em emergências. O despacho de geração da UHE Henry Borden pode minimizar esta situação de sobrecarga. Na perda de uma unidade há carregamentos de 110% em 2003 a 120% em 2005 nas unidades restantes. Em 2003 o carregamento na SE Capão Bonito será da ordem de 127% quando da indisponibilidade de um dos transformadores. Em 2003 há sobrecarga em condição normal de operação (20%) e durante a perda de uma unidade, com carregamentos de 160% nas unidades restantes. As sobrecargas poderão ser reduzidas em função da possibilidade de remanejamento de carga através da rede de distribuição. Instalação de dois autotransformadores 230/138 kV – 2 X 150 MVA em substituição a 2 autotransformadores existentes de 75 MVA 413 / 478 7.3.4 SP- ÁREA DE CONEXÃO 1 (BANDEIRANTE, CLFSC, ELETROPAULO, CSPE e ELEKTRO) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE JURUMIRIM 230/138 kV – 2 X 75 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Em 2003 poderá ocorrer carregamento de até 112% nos A distribuidora responsável deverá períodos de carga pesada em regime normal de confirmar a substituição dos dois operação. transformadores de 75 MVA. Na indisponibilidade de um banco, observa-se carregamento no transformador remanescente de até 131% em carga pesada. Há também sobrecargas nesses transformadores durante a perda das LTs 230 kV Jurumirim – Avaré Nova (140%) e Botucatu – Capão Bonito (145%). Atualmente são necessárias medidas operativas para reduzir o carregamento dos transformadores existentes. SE EMBU GUAÇU 440/138 kV – 2 X 300 MVA ONS PAR 2003-2005 O banco de transformadores remanescente apresenta 3º banco de transformadores carregamentos de 127% a partir de 2003 no patamar de 440/138/13,8 kV - 300 MVA carga pesada. 414 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA BOTUCATU – 230/88 kV 0,92 – 0,98 2003 - 2005 CAPÃO BONITO – 230/138 kV 0,93 – 0,99 2003 - 2005 JURUMIRIM – 230/138 kV 0,90 – 1,00 2003 - 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 415 / 478 7.3.5 SP-ÁREA DE CONEXÃO 2 (EEB, BANDEIRANTE, ELEKTRO e CESP) SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SE CABREÚVA Na carga pesada de junho ocorrerão carregamentos de 2° transformador 440/138 kV – 150 MVA 117% em 2003 e 128% em 2004% nesta transformação, (remanejado da SE Santo Ângelo quando da perda do transformador 440/138 kV da SE 440/138 kV) Bom Jardim. O carregamento máximo permitido é inferior a 110% (163 MVA). 440/138 kV - 150 MVA SE BOM JARDIM 440/138 kV - 150 MVA SE BOM JARDIM 440/88 kV – 2 x 300 MVA SE SANTO ÂNGELO 440/138 kV – 1 X 300 + 2 X 150 MVA ONS PAR 2003-2005 SOLUÇÃO INDICADA do transformador Esta transformação atingirá em condição normal um Susbtituição 440/138 kV – 150 MVA por outro de carregamento de 107% em 2005. 300 MVA. Na emergência de um transformador o carregamento no Instalação do terceiro transformador remanescente é cerca de 190% em 2003. 440/138 kV – 300 MVA. Na indisponibilidade do banco de 300 MVA, observamse carregamentos nos transformadores remanescentes desde 107% em 2003 a 123% em 2005 em carga pesada. Substituição de 2 bancos de transformadores 440/138 kV de 150 MVA por um banco de 300 MVA e fase reserva de 100 MVA 416 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA APARECIDA - 230/88 kV 0,94 – 0,98 2003 - 2005 BOM JARDIM - 440/138 kV 0,72 – 0,81 2003 - 2005 BOM JARDIM - 440/88 kV 0,94 – 0,98 2003 - 2005 CABREÚVA – 440/138 kV 0,91 – 0,98 2003 - 2005 MOGI – 230/88 kV 0,93 – 0,96 2003 - 2005 SANTO ÂNGELO – 440/138 kV 0,94 – 0,98 2003 - 2005 SÃO JOSÉ – 230/88 kV 0,96 – 0,98 2003 - 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 417 / 478 7.3.6 SP- ÁREA DE CONEXÃO 3 (CPEE, CJE, EEB, CLFM, CPFL, ELEKTRO e CGEET) SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SE MOGI MIRIM III Na contingência de um dos bancos de transformadores 3º banco de transformadores desta SE, durante a carga pesada de 2003, o banco 440/138 kV – 300 MVA remanescente apresentará carregamento próximo de 120%. 440/138 kV – 2 X 300 MVA SE RIBEIRÃO PRETO 440/138 kV- 2 X 300 MVA SE SANTA BÁRBARA 440/138 kV- 3 X 300 MVA SE SUMARÉ 440/138 kV- 2 X 300 MVA ONS PAR 2003-2005 SOLUÇÃO INDICADA Durante a perda de um transformador, a unidade 3º banco de transformadores restante apresenta carregamento que evolui de 113% 440/138 kV – 300 MVA em 2003 a 122% em 2005. Durante a perda de um transformador, a unidade restante apresenta carregamento que evolui de 109% em 2003 a 114% em 2005. Durante a perda de um transformador, a unidade restante apresenta carregamento que evolui de 104% em 2004 a 110% em 2005. 418 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA ARARAQUARA – 440/138 kV 0,95 – 0,99 2003 – 2005 CAMPINAS – 345/138 kV 0,92 – 1,00 2003 - 2005 MASCARENHAS DE MORAES – 345/138 kV 0,80 – 0,90 2003 - 2005 MOGI MIRIM 3 – 440/138 kV 0,86 – 0,96 2003 – 2005 RIBEIRÃO PRETO - 440/138 kV 0,88 – 0,99 2003 - 2005 SANTA BÁRBARA - 440/138 kV 0,93 – 0,99 2003 – 2005 SUMARÉ - 440/138 kV 0,89 – 0,96 2003 – 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 419 / 478 7.3.7 SP-ÁREA DE CONEXÃO 4 (EEVP, CLFSC, CAIUÁ, DUKE, C. CANOAS-DUKE e C. CANOAS-CBA) SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SE CHAVANTES Essa transformação opera com carregamentos elevados em condição normal (90% em 2003 na carga pesada), notando-se elevado fluxo de reativos do sistema em 230 kV para o sistema em 88 kV. Na indisponibilidade de um banco, observa-se sobrecarga no transformador remanescente de até 25% em carga pesada em 2003. 230/88 kV – 2 X 40 MVA ONS PAR 2003-2005 SOLUÇÃO INDICADA 420 / 478 7.3.8 SP-ÁREA DE CONEXÃO 5 (EEVP, ELEKTRO, CAIUÁ, CPFL, ENERSUL E DUKE) SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SE CAPIVARA A perda do transformador de Taquaruçu causará Troca do transformador 440/138 kV – carregamentos de 111% em Capivara e tensões 150 MVA por outro de 300 MVA. inferiores a 0,90 p.u. em diversas barras do sistema 138 kV da região a partir de 2003. A perda da transformação em Capivara causará tensões inferiores a 0,90 p.u. em subestações da rede 138 kV da região a partir de 2005. A contingência da LT 440 kV Capivara – Assis causará carregamentos da ordem de 127% em Capivara no ano de 2003, estando o despacho elevado nas usinas do Estado de São Paulo. 440/138 kV - 150 MVA SE TAQUARUÇU 440/138 kV – 300 MVA ONS PAR 2003-2005 SOLUÇÃO INDICADA Na indisponibilidade do banco, são verificadas tensões abaixo de 90% na região, além de sobrecarga de 11% em 2003 no transformador 440/138 kV de Capivara. 421 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO CAPIVARA - 440/138 kV FATOR DE POTÊNCIA 0,82 – 0,93 DATA 2003 -2004 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 422 / 478 7.3.9 SP-ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL, ELEKTRO, ENERSUL, CESP E CGEET) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE JUPIÁ 440/138 kV – 150 MVA SE ÁGUA VERMELHA 440/138 kV – 300 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A integração da UTE Três Lagoas provoca a inversão de Substituição do transformador fluxo nesta transformação na condição de carga leve, 440/138 kV de 150 MVA por outro com ocorrendo a superação de capacidade nominal deste potência de 300 MVA. banco no ano 2003. A ELEKTRO, responsável pela substituição desta transformação conforme definido pela ANEEL, necessitará de no mínimo 18 meses para a efetivação dos serviços, contados a partir da data de assinatura do Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD). No ano 2003 está prevista a operação em configuração provisória do sistema 138 kV nas imediações da SE Jupiá, durante a troca dos disjuntores do barramento 138 kV desta SE. Nesta configuração provisória podem ocorrer carregamentos acima do nominal na transformação de Jupiá e os estudos pré-operacionais da UTE Três Lagoas devem avaliar a necessidade de implantação de esquema de emergência que atue no corte de geração da UTE para evitar tais condições de carregamento. Em 2005, a indisponibilidade desse transformador acarreta tensões próximas a 90% em várias barras da rede de 138 kV que atende à região norte do Estado de São Paulo, na condição de carga pesada. 423 / 478 7.3.9 SP-ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL, ELEKTRO, ENERSUL, CESP E CGEET) SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE TRÊS IRMÃOS 440/138 kV – 300 MVA SE BAURU 440/138 kV – 2 X 150 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A indisponibilidade desse banco de transformadores poderá provocar sobrecargas no transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá em situações com a UTE Três Lagoas fora de operação e em função do despacho de geração das unidades da UHE Jupiá conectadas ao sistema em 138 kV e das usinas térmicas na região de Corumbá(MS). Substituição do transformador 440/138 kV de 150 MVA de Jupiá por outro com potência de 300 MVA, necessário com a entrada em operação da UTE Três Lagoas. Em 2003 quando da indisponibilidade de um 3º banco de TR 440/138 kV - 150 MVA transformador acontece carregamento de 134% na unidade restante. As condições de carregamento na transformação 440/138 kV são influenciadas pelo despacho de geração nas usinas do rio Tietê conectadas ao sistema em 138 kV. 424 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA ÁGUA VERMELHA - 440/138 kV 0,92 – 0,99 2003 - 2005 BAURU – 440/138 kV 0,92 – 1,00 2003 - 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 425 / 478 7.3.10 ELETROPAULO SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE PIRITUBA 230/88 kV – 4 X 150 MVA SE ANHANGÜERA (nova) 345/88 kV – 2 x 400 MVA SE BANDEIRANTES 345/88 kV – 3 X 400 MVA SE LESTE 345/88 kV – 3 X 400 MVA SE NORTE 345/88 kV – 3 X 400 MVA SE SUL 1 345/88 kV – 2 X 400 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Até o ano de 2003 esta transformação estará operando SE ANHANGUERA - 345/88 kV - 2 x com elevados carregamentos em regime normal (92%) e 400 MVA – prevista para dezembro de com 24% de sobrecarga nos remanescentes na perda de 2003 um dos transformadores. Na perda de uma unidade há carregamentos de 110% em 2004 a 120% em 2005 nas unidades restantes. Na perda de uma unidade há carregamentos de 109% em 2003 a 111% em 2005 nas unidades restantes. Na perda de uma unidade há carregamentos de 101% Remanejamento de carga da ordem de em 2004 a 108% em 2005 nas unidades restantes. 105 MVA dessa SE para a SE Ramon Reberte 345/88 kV pela Eletropaulo Na perda de uma unidade há carregamentos de 105% em 2004 a 115% em 2005 nas unidades restantes. Na indisponibilidade de um banco, observa-se carregamento na carga pesada da ordem de 121% em 2003, chegando a 126% em 2005 no transformador remanescente. Fechamento do disjuntor de interligação das barras de 88 kV das SEs Sul 1 e Sul 2 colocando em paralelo os 3 bancos de transformadores remanescentes. 426 / 478 7.3.10 ELETROPAULO SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE SUL 2 345/88 kV – 2 X 400 MVA SE PIRATININGA 230/88 kV – 4 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na indisponibilidade de um banco, observa-se carregamento na carga média da ordem de 130% em 2003, chegando a 151% em 2005 no transformador remanescente. Fechamento do disjuntor de interligação das barras de 88 kV das SEs Sul 1 e Sul 2 colocando em paralelo os 3 bancos de transformadores remanescentes. Esta obra permitirá aliviar carregamentos elevados na SE Piratininga 2 bancos de SE Bandeirantes 345-138/88 kV, transferindo-se cargas transformadores 230/88 kV – 3 X para a SE Piratininga 2 150 MVA (instalação) e BC - 28,8 Mvar - 88 kV Considerando a superação do nível de curto circuito será necessária a substituição de 7 bays de 88 kV ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE SÃO A partir de 2004 carregamento elevado na SE Centro SE MIGUEL REALE (NOVA) bancos PAULO aliado ao esgotamento do sistema de distribuição da de transformadores de 345/88-138 kV região central de São Paulo. 2 X 400 MVA e fase reserva de 133 MVA (obra em andamento pela CTEEP com previsão de energização em 12/2002 [1º banco]– e 06/2003 [2ºbanco]) ONS PAR 2003-2005 427 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA BANDEIRANTES – 345/88 kV 0,97 – 0,99 2003 - 2005 CENTRO – 230/20 kV 0,94 – 0,97 2003 - 2005 MIGUEL REALE – 345/20 kV 0,91 – 0,93 2003 - 2005 MIGUEL REALE – 345/88 kV 0,94 – 0,96 2004 - 2005 SUL 2 – 345/88 kV 0,97 – 0,99 2003 - 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE. ONS PAR 2003-2005 428 / 478 7.3.11 BANDEIRANTE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE SANTA CABEÇA 230/88 kV – 2 x 60 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na SE Santa Cabeça, a indisponibilidade de um dos dois bancos de transformadores 230/88 kV – 2 X 60 MVA leva a carregamento no remanescente da ordem de 136% em 2003 a 143% em 2005, em carga pesada. Instalação do terceiro banco de 60 MVA na SE Aparecida. Será remanejada parte da carga de Santa Cabeça quando houver emergência. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO SANTA CABEÇA – 230/88 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,95 – 1,00 2003 - 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 429 / 478 7.3.12 CPFL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE CAMPINAS 345/138 kV – 4 X 150 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A partir de 2003 esta transformação estará operando no limite de sua capacidade em regime normal em situações com despachos de geração hidráulica baixos nas usinas do Sudeste, recebimentos elevados do Sul e de Itaipu pelo sistema Sudeste e gerações térmica e nuclear elevadas no Rio de Janeiro. Com a entrada em operação da interligação Sul Sudeste em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara e conseqüente duplicação da transformação 500/345 kV de Campinas, é verificada sobrecarga em condição normal de operação nos transformadores 345/138 kV 4 x 150 MVA de Campinas para fluxos do sistema Sul para o Sudeste correspondentes a recebimentos pelo Sudeste a partir aproximadamente 6.500 MW. ONS PAR 2003-2005 430 / 478 7.4 Região Centro-Oeste 7.4.1 CELG SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE XAVANTES 230/138 kV – 3 X 150 MVA SE ANHANGUERA 230/138 kV – 2 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores, em qualquer SE PIRINEUS (NOVA) destas SEs, os remanescentes serão desligados pela AT 230/138 kV – 225 MVA proteção de sobrecarga Seccionamento da LT 230 kV Xavantes -B. Geral. (Obra da Rede Básica) SE RIO VERDE 230/138 kV – 100 MVA Corte temporário de toda a carga na perda do único 2º AT 230/138 kV – 100 MVA transformador da subestação (essa instalação deverá entrar em 2001 como Rede Básica, conforme Resolução da ANEEL) SE PLANALTO 230/69 kV – 2 X 42 MVA Dificuldades de atendimento às cargas da região de Alternativa em estudo pela CELG. Serra de Caldas em alguns períodos do ano. Remanejamento de carga para as novas SEs Serra de Caldas, em fevereiro de 2004, e Acreuna, em junho de 2005. SE CACHOEIRA DOURADA 230/138 kV – 120 MVA Contingências nos seguintes equipamentos causam carregamentos de até 120% em 2005: LT 500 kV Itumbiara-Emborcação – 1 x 1732 MVA LT 345 kV Itumbiara-Porto Colômbia – 1 x 717 MVA LT 230 kV Itumbiara-Cachoeira Dourada – 1 x 243 MVA ONS PAR 2003-2005 431 / 478 7.4.1 CELG SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ÁGUAS LINDAS 230/69 kV – 50 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA SE atendida através de derivação e portanto fora do 2º TR 230/69 kV - 50 MVA padrão exigido pelos Procedimentos de Rede. (essa instalação deverá entrar em 2001 Corte temporário de toda a carga na perda do único como Rede Básica, conforme transformador da subestação Resolução da ANEEL) 432 / 478 7.4.2 CEMAT SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE SINOP 230/138 kV – 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO Transformador existente em estado precário, com AT 230/138 kV – 100 MVA para possibilidade de causar corte total de cargas na região substituição do existente (instalação prevista para junho/2002) norte do Estado quando de sua indisponibilidade. Dificuldades de controle de tensão nessa subestação. SE SORRISO 230/69/13,8 kV – 30 MVA ONS PAR 2003-2005 SOLUÇÃO INDICADA Compensador estático, recomendado pelo PAR 2002-2004. Concessão em análise pela ANEEL. A faixa de potência desse equipamento deve ser reavaliada, tendo em vista as usinas previstas no norte do Estado e a atualização do mercado. Corte temporário de toda a carga na perda do único 2º transformador 230/69/13,8 kV transformador da subestação (obra fora da rede básica, em andamento, com previsão para operação em Julho de 2002) 433 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA NOVA MUTUM - 230/69 kV 0.85 a 0.88 2003 LUCAS DO RIO VERDE - 230/69 kV 0.88 a 0.89 2003 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 434 / 478 7.5 Região Norte 7.5.1 CELPA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE GUAMÁ 230/69 kV – 2 X 150 MVA SE UTINGA 230/69 kV – 3 X 150 MVA. SE SANTA MARIA 230/69 kV – 1 X 150 MVA. 230/138 kV – 1 X 100 MVA. ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 105% em 2003, 120% em 2004 e 124% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 111% em 2003, 113% em 2004 e 120% em 2005 Corte temporário de toda a carga na perda do único Atendimento provisório pela SE Utinga transformador 230/69 kV da subestação. (parcial cargas máxima e média e total cargas leve e mínima), até energização da unidade monofásica defeituosa pela reserva regional localizada na SE Guamá Corte de toda a carga na perda do único transformador Energização do transformador de 230/138 kV da subestação. características semelhantes que atualmente se encontra na SE Santa Maria 435 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA UTINGA - 230/69 kV 0,93 2003 a 2005 TRANSAMAZÔNICA - 230/34,5 kV 0,89 2003 a 2005 0,89 a 0,91 2003 a 2005 RURÓPOLIS - 230/138 kV Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 436 / 478 7.5.2 CELTINS SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE MIRACEMA 500/138 kV – 180 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Corte temporário de toda a carga, no caso de perda do Na indisponibilidade deste único transformador existente. Após a energização do transformador, toda a carga será pólo reserva o corte de carga é eliminado. transferida para o regional de Porto Franco. 437 / 478 7.5.3 CEMAR SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE SÃO LUÍS 230/69 kV – 3 x 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o A solução a ser adotada pela CEMAR é remanescente fica submetido a carregamentos da ordem interagir junto à ELETRONORTE para de 117% em 2003, 120% em 2004 e 123% em 2005 que esta viabilize a aquisição dos seguintes equipamentos para reserva regional: 01 trafo de 230/69 kV - 100 MVA 01 trafo de 230/69 kV - 50 MVA 01 trafo de 230/138 kV - 100 MVA SE IMPERATRIZ 230/69 kV – 2 x 100 MVA ONS PAR 2003-2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o A CELTINS informou que em remanescente fica submetido a carregamentos da ordem contingência pode transferir toda a de 106% em 2003, 107% em 2004 e 114% em 2005 carga para o regional de Porto Franco. Mesmo perdendo a alimentação de Imperatriz e Porto Franco existe a possibilidade de transferência de toda a carga para o regional de Miracema. 438 / 478 7.5.3 CEMAR SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE COELHO NETO 230/69 kV – 65 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Corte de toda a carga na perda do único transformador 230/69 kV da subestação. Não há possibilidade de remanejamento de cargas através da rede de distribuição. A solução a ser adotada pela CEMAR é interagir junto à ELETRONORTE para que esta viabilize a aquisição dos seguintes equipamentos para reserva regional: 01 trafo de 230/69 kV - 100 MVA 01 trafo de 230/69 kV - 50 MVA 01 trafo de 230/138 kV - 100 MVA SE PERITORÓ 230/69 kV – 100 MVA Corte temporário de toda a carga na perda do único A solução a ser adotada pela CEMAR é transformador 230/69 kV da subestação. interagir junto à ELETRONORTE para que esta viabilize a aquisição dos seguintes equipamentos para reserva regional: 01 trafo de 230/69 kV - 100 MVA 01 trafo de 230/69 kV - 50 MVA 01 trafo de 230/138 kV - 100 MVA ONS PAR 2003-2005 439 / 478 7.5.3 CEMAR SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE MIRANDA 230/138 kV – 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Corte temporário de toda a carga na perda do único A solução a ser adotada pela CEMAR é transformador 230/138 kV da subestação. interagir junto à ELETRONORTE para que esta viabilize a aquisição dos seguintes equipamentos para reserva regional: 01 trafo de 230/69 kV - 100 MVA 01 trafo de 230/69 kV - 50 MVA 01 trafo de 230/138 kV - 100 MVA SE PORTO FRANCO 230/138 kV – 100 MVA ONS PAR 2003-2005 Corte temporário de toda a carga na perda do único A CELTINS informou que na transformador 230/138 kV da subestação. indisponibilidade deste transformador poderá transferir toda a carga para o regional de Miracema. Mesmo perdendo a alimentação de Miracema e Porto Franco existe a possibilidade de transferência de parte da carga para o regional de Imperatriz 440 / 478 7.5.3 CEMAR SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE PRESIDENTE DUTRA 230/69 kV – 50 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Corte temporário de toda a carga na perda do único A solução a ser adotada pela CEMAR é transformador 230/69 kV da subestação. interagir junto à ELETRONORTE para que esta viabilize a aquisição dos seguintes equipamentos para reserva regional: 01 trafo de 230/69 kV - 100 MVA 01 trafo de 230/69 kV - 50 MVA 01 trafo de 230/138 kV - 100 MVA LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA COELHO NETO – 230/138 kV 0,92 2003 a 2005 PERITORÓ – 230/69 kV 0,92 2003 MIRANDA – 230/69 kV 0,89 2003 a 2005 SÃO LUÍS – 230/69 kV 0,88 2003 a 2005 IMPERATRIZ – 230/69 kV 0,93 2003 a 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 441 / 478 7.6 Região Nordeste 7.6.1 CEPISA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE TERESINA 230/69 kV – 3 x 100 MVA SE SÃO JOÃO DO PIAUÍ 230/69 kV – 1 x 33 MVA e 1 X 30 MVA SE PIRIPIRI 230/69/13,8 kV – 2 x 33 MVA SE PIRIPIRI 230/138 kV – 1 x 55 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 110% em 2003, 124% em 2004 e 135% em 2005 Na perda do transformador 230/69 kV – 33 MVA, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 115% em 2003, 120% em 2004 e 151% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 110% em 2004 e 118% em 2005 Corte de toda a carga, na perda do único transformador 230/138 kV da subestação. Não há possibilidade de remanejamento de carga através da distribuição. 69/13,8 kV – 3 x 5 MVA Na perda de um dos transformadores 69/13,8 kV, os remanescentes ficam submetidos a carregamentos da ordem de 116% em 2005 SE BOA ESPERANÇA Corte permanente de toda a carga, na perda do único transformador 69/13,8 kV da subestação. 69/13,8 kV – 1 x 5 MVA ONS PAR 2003-2005 SOLUÇÃO INDICADA 442 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO SÃO JOÃO DO PIAUÍ - 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,93 2003 a 2004 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 443 / 478 7.6.2 COELCE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE BANABUIÚ 230/69 kV – 2 x 33 MVA SE CAUÍPE 230/69 kV – 100 MVA SE FORTALEZA 230/69 kV – 4 x 100 MVA SE ICÓ 230/69 kV – 100 MVA SE MILAGRES 230/69 kV – 2 x 100 MVA SE PICI 230/69 kV – 2 x 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o SE Tauá 230/69 kV – 100 MVA resolve o problema apenas em 2003. remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 156% em 2003, 129% em 2004 e 144% em 2005 Corte temporário de toda a carga na perda do único transformador 230/69 kV da subestação. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 107% em 2005 (mesmo com a SE Pici) Corte de toda a carga na perda do único transformador 230/69 kV da subestação. Não há possibilidade de remanejamento de carga através da rede de distribuição. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 106% em 2005 Em 2003, os transformadores 230/69 kV ficam submetidos a um carregamento da ordem de 101% em condição normal de operação. Considerando a configuração com três transformadores, a partir de 2003, a perda de um desses transformadores provoca carregamentos nos remanescentes da ordem de 101% em 2003, 118% em 2004 e 131% em 2005. ONS PAR 2003-2005 444 / 478 7.6.2 COELCE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE RUSSAS II 230/69 kV – 2 x 16,7 MVA + 1 x 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA A perda do transformador de 100 MVA neste 2º TR 230/69 kV - 100 MVA subestação, provoca carregamentos da ordem de 177%, em 2003, nos transformadores remanescentes. LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO FORTALEZA – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA 0,91 DATA 2003 a 2004 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 445 / 478 7.6.3 COSERN SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE AÇU II 230/138 kV – 1 x 55 MVA SE NATAL II 230/69 kV – 4 x 100 MVA SE MOSSORÓ II 230/69 kV – 4 x 100 MVA SE PARAÍSO (Nova) 230/138 kV – 1 x 100 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Considerando a operação do eixo de 139 kV aberto, haverá corte temporário de toda a carga alimentada em 138 kV na SE Açu e da carga da SE Santana dos Matos Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Está previsto a instalação, em 2002, de remanescente fica submetido a carregamentos da ordem geração Eólica no sistema de 69 kV de 112% em 2003, 120% em 2004 e 124% em 2005 deste regional Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Está previsto a instalação, em 2002, de remanescente fica submetido a carregamentos da ordem geração Eólica no sistema de 69 kV de 102% em 2005 deste regional Corte temporário de toda a carga na perda do único Carga totalmente atendida pelos transformador 230/138 kV da subestação. transformadores 230/138 kV da SE Campina Grande II 446 / 478 7.6.4 SAELPA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE COREMAS 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE MUSSURÉ 230/69 kV – 4 X 100 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga pela distribuição remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 108% em 2003, 108% em 2004 e 116% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga pela distribuição para o regional de Goianinha remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 101% em 2004 e 108% em 2005 447 / 478 7.6.5 CELB e SAELPA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE CAMPINA GRANDE 230/69 kV – 3 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 103% em 2003, 114% em 2004 e 114% em 2005 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO CAMPINA GRANDE – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA 0,94 DATA 2003 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 448 / 478 7.6.6 CELPE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ANGELIM 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE BOM NOME 230/138 kV – 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalação do 3º transformador. Data a definir remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 135% em 2003, 145% 2004 e 155% em 2005 Corte de carga atendida pelo 138 kV na perda do único Energização do transformador existente na SE. ONS já emitiu parecer à ANEEL transformadores 230/138 kV da subestação. Não há possibilidade de remanejamento de carga través da rede de distribuição. Na condição normal de operação apresenta carregamentos de 101% em 2004 e 107% em 2005 SE BONGI 230/69 kV – 4 X 100 MVA Em 2003, os transformadores 230/69 kV ficam SE Várzea 230/69 kV (Nova) submetidos a um carregamento da ordem de 102% em condição normal de operação e de cerca de 139% no caso de contingência de um deles. 230/13,8 kV – 2 X 40 MVA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o SE Afogados 69/13,8 kV (Nova) remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 179% em 2003, 189% em 2004 e 200% em 2005 SE GOIANINHA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalação do 3º transformador. Data a definir remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 138% em 2003, 146% em 2004 e 155% em 2005 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE MIRUEIRA 230/69 kV – 4 X 100 MVA ONS PAR 2003-2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 106% em 2003, 113% em 2004 e 119% em 2005 449 / 478 7.6.6 CELPE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE PAU FERRO (Nova) 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE PIRAPAMA 230/69 kV – 3 X 100 MVA SE RIBEIRÃO 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE TACAIMBÓ 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE VÁRZEA (Nova) 230/69 kV – 2 X 150 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Em 2003, remanejamento pela distribuição. Em 2004, implantação da SE remanescente fica submetido a carregamentos da ordem Limoeiro 230/69 kV de 157% em 2003, 167% em 2004 e 179% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga pela distribuição para o regional de Ribeirão remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 119% em 2003, 126% em 2004 e 134% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga pela distribuição para o regional de Pirapama remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 105% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga pela distribuição para o regional de Angelim remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 127% em 2003, 140% em 2004 e 150% em 2005 Considerando a SE Várzea em operação a partir de Transferência de carga pela distribuição para o regional de Bongi 2003, a perda de um dos transformadores 230/69 kV nesta subestação, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 112% em 2003, 122% 2004 e 130% em 2005 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO BONGI - 230/13,8 kV TACAIMBÓ - 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,61 a 0,92 2003 a 2005 0,90 2003 a 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 450 / 478 7.6.7 CEAL SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE RIO LARGO II 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE MACEIÓ 230/69 kV – 3 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Transferência de carga pela Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o distribuição para o regional de Maceió remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 102% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, os Transferência de carga pela distribuição para o regional de Rio remanescentes ficam submetidos a carregamentos da Largo ordem de 111% em 2004 e 116% em 2005 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO RIO LARGO II - 230/69 kV MACEIÓ - 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,75 a 0,76 2003 a 2004 0,93 2003 a 2004 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 451 / 478 7.6.8 ENERGIPE SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ITABAIANA 230/69 kV - 2 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga para o regional de Jardim remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 138% em 2003, 155% 2004 e 170% em 2005 69/13,8 kV - 3 X 5 MVA Na perda de um dos transformadores 69/13,8 kV, o Instalar o 4º transformador em 2003 remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 134% em 2003, 134% em 2004 e 134% em 2005 SE JARDIM Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Transferência de carga para o regional de Itabaiana remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 124% em 2003, 130% em 2004 e 134% em 2005 230/69 kV - 3 X 100 MVA LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO ITABAIANA – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,92 2003 a 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 452 / 478 7.6.9 SULGIPE SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA SEM PROBLEMAS DE TRANSFORMAÇÃO LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO ITABAIANINHA – 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA DATA 0,86 a 0,85 2003 a 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 453 / 478 7.6.10 COELBA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE ABAIXADORA 230/69 kV – 100 MVA SE BARREIRAS 230/69 kV – 100 MVA SE BOM JESUS DA LAPA 230/69 kV – 2 X 40 MVA e 1 X 33 MVA SE CATU 230/69 kV – 2 X 40 MVA + 1 X 33 MVA SE CÍCERO DANTAS 230/69 kV – 2 X 16,7 MVA ONS PAR 2003-2005 PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Corte de carga temporário quando da perda do único Instalação do segundo transformador de força 100 MVA com LTC transformador 230/69/13,8 kV desta SE A perda do único transformador da subestação, provoca Instalação de um transformador de força 230-138 kV, 100 MVA, em 2003. corte temporário de toda a carga da subestação. Após a instalação deste transformador, o transformador 23069 kV, 100 MVA, poderá ser substituído por outro de menor capacidade Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 121% em 2003, 131% em 2004 e 129% em 2005 Na condição normal de operação os transformadores Troca do transformador de força de 33 MVA por outro de 100 MVA com 230/69 kV ficam submetidos a carregamentos da ordem LTC de 128% em 2003, 135% em 2004 e 138% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalação do terceiro transformador de força de 16,7 MVA remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 114% em 2003, 127% em 2004 e 134% em 2005 454 / 478 7.6.10 COELBA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE COTEGIPE 230/69 kV – 2 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o SE Narandiba 230/69 kV – 2 x remanescente fica submetido a carregamentos da ordem 100 MVA, LT 230 kV Pituaçu – de 120% em 2003, 122% 2004 e 130% em 2005 Narandiba, lançamento do circuito C2 (obra Rede Básica). Em 2005 instalar o terceiro transformador de força de 100 MVA SE FUNIL 230/138 kV – 3 X 100 MVA e 1 X 66 MVA Na perda de um dos transformadores 230/138 kV – Troca do transformador de força de 66 MVA por outro de 100 MVA com 100 MVA, os remanescentes ficam submetidos a LTC carregamentos da ordem de 106% em 2005 SE GOVERNADOR MANGABEIRA 230/69 kV –100 MVA Corte temporário de toda a carga na perda do único Transferência de cargas através do sistema GVM 69 kV para a SE transformador 230/69 kV da subestação. SE IRECÊ 230/69 kV – 1 X 33 MVA + 2 X 40 MVA 230/138 kV – 1 X 55 MVA SE JACARACANGA 230/69 kV – 2 X 100 MVA SE JUAZEIRO II 230/69 kV – 2 X 100 MVA ONS PAR 2003-2005 Tomba, sem cortes de carga em todas as condições de carga Na perda de um dos transformadores 230/69 kV – Troca do transformador de força de 33 MVA por outro de 100 MVA com 40 MVA, os remanescentes ficam submetidos a LTC carregamentos da ordem de 108% em 2005 A perda do único transformador da subestação provoca Instalação do segundo transformador de força 230/138 kV, 55 MVA corte temporário de toda a carga e permanente. Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalação do terceiro transformador de força de 100 MVA com LTC remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 103% em 2003, 121% em 2004 e 123% em 2005 Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Instalação do terceiro transformador de força de 100 MVA com LTC remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 142% em 2003, 150% em 2004 e 170% em 2005 455 / 478 7.6.10 COELBA SUBESTAÇÃO/SISTEMA SE MATATU 230/69 kV – 3 X 100 MVA PROBLEMA IDENTIFICADO Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 119% em 2003. 230/11,9 kV – 2 X 40 MVA Na perda de um dos transformadores 230/11,9 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 137% em 2003, 145% 2004 e 154% em 2005 SE OLINDINA 230/13,8 kV – 1 X 40 MVA A perda do único transformador da subestação provoca corte permanente de toda a carga SE PITUAÇU 230/69 kV – 4 X 100 MVA Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de 107% em 2003. SE SANTO ANTÔNIO DE JESUS 230/69 kV – 100 MVA SE SENHOR DO BONFIM II 230/69 kV – 2 X 33 MVA e 1 X 100 MVA ONS PAR 2003-2005 SOLUÇÃO INDICADA SE Narandiba 230/69 kV – 2 x 100 MVA, LT 230 kV Pituaçu – Narandiba, lançamento do circuito C2 (obra Rede Básica) A carga excedente, aproximadamente 30 MVA, poderá ser remanejada para as SE’s adjacentes através da rede de distribuição de 11,9 kV SE Narandiba 230/69 kV – 2 x 100 MVA, LT 230 kV Pituaçu – Narandiba, lançamento do circuito C2 (obra Rede Básica) Corte temporário de toda a carga na perda do único A COELBA está analisando uma alternativa de transferência de cargas transformador 230/69 kV da subestação. pelo sistema de 69 kV Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o Troca de um dos transformadores de força de 33 MVA por outro de remanescente fica submetido a carregamentos da ordem 100 MVA com LTC de 102% 2004 e 106% em 2005 456 / 478 LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA SUBESTAÇÃO OLINDINA - 230/13,8 kV BOM JESUS DA LAPA 230/13,8/69 kV CAMAÇARI II - 230/69 kV FATOR DE POTÊNCIA 0,86 a 0,89 0,91 a 0,93 DATA 2003 a 2005 2003 a 2005 0,91 2003 a 2005 Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do transformador da SE ONS PAR 2003-2005 457 / 478 8 INTEGRAÇÃO DE NOVOS AGENTES Desde a criação do ONS, foram desenvolvidos 97 processos abrangendo consulta e solicitação de acesso à Rede Básica, envolvendo Agentes geradores, consumidores livres, distribuidores e interligações internacionais, conforme resumo apresentado na Tabela 8.1. Desse total, 63 casos correspondem a processos de integração de novas fontes à Rede Básica, tanto usinas hidráulicas, como usinas térmicas e interligações internacionais. Tabela 8.1 – Resumo dos processos de consulta e solicitação de acesso Posição em 28/12/2001 Em processo Em processo de Consulta de Solicitação de Acesso de Acesso Solicitações de Acesso Concluídas Total Usinas Hidráulicas 5 1 11 17 Usinas Térmicas 19 6 13 38 Consumidores 2 3 6 11 Concessionárias de Distribuição 1 3 2 6 Interligação Internacional 3 2 3 8 Fora da Rede Básica (1) 7 4 6 17 Total 37 19 41 97 Observações: (1) Processos envolvendo diretamente o ONS A Tabela 8.2 sintetiza o impacto sobre o sistema de transmissão das conexões cujos processos de solicitação de acesso já foram concluídos, ou se acham em andamento para aqueles. Estão relacionados tanto as ampliações e os reforços na Rede Básica, como as obras necessárias nos níveis de tensão inferiores a 230 kV. São empreendimentos que devem integrar a Rede Básica, instalações de uso restrito do acessante e instalações da rede de distribuição. É essencial o equacionamento de todos as obras destacadas para que a integração desses novos agentes se dê de acordo com os padrões de desempenho estabelecidos nos Procedimentos de Rede. ONS PAR 2003-2005 458 / 478 Tabela 8.2 – Resumo dos Pareceres de Solicitação de Acesso - Impacto sobre a Transmissão AGENTE UTE ARAUCÁRIA E CONSUMIDOR CISA UHE PIRAJU 2 X 45 MW UTE TERMOPERNAMBUCO 2 x 160,75 + 1 x 188,35 MW UHE LAJEADO 5 x 190 MVA ONS PAR 2003-2005 PARECER CTA DAT-313/00 (20.12.00) 004/2001 CTA DAT-063/01 (14.03.01) CTA DAT-101/01 (21.05.01) – Rev. 1 010/2001 CTA DAT-095/01 (09.05.01) 07/2001 CTA DAT-124/01 (06.06.01) CTA DAT-288/01 (28.09.01) – Rev. 1 DATA ENTRADA EM OPERAÇÃO UTE ARAUCÁRIA Outubro/2002 CONSUMIDOR CISA (A definir) Outubro/02 Dezembro/03 2 x 190 MVA em operação OBRAS NECESSÁRIAS Linha de transmissão, circuito duplo, Gralha Azul-Umbará 230 kV Recapacitação da linha Umbará/Cidade Industrial Subestação Gralha Azul Adequação das proteções nos terminais Chavantes e Jurumirim 230 kV (a cargo do acessante) OBSERVAÇÃO Obras previstas no PAR 2002/2004 e já autorizadas pela ANEEL através das Res 550/00, de 14.12.00 e Res 086/01, de 22.03.01 Recapacitação dos circuitos Recife II – Pirapama 230 kV (obra já prevista no PAR 2002/2004) Substituição dos disjuntores 230 kV dos trafos da SE Pirapama II (obra já prevista no PAR 2002/2004) Até a entrada em operação da expansão da interligação Norte/Sul haverá limitação no despacho simultâneo pleno das UHE’s Lajeado, Serra da Mesa, Cana Brava e Tucuruí 459 / 478 AGENTE CONVERSORA RIVERA 70 MW UHE ITAPEBI 3 x 150 MW ONS PAR 2003-2005 PARECER 011/2001 CTA DAT-126/01 (01.06.01) 16/2001 CTA DAT-177/01 (18.07.01) CTA DAT-007/02 (08.01.02) – Rev. 1 DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Disponível para Troca dos TC’s da linha Alegrete 2–Santa operação Maria 3 230 kV, Alegrete 2-Maçambará, Alegrete 2- Livramento e LivramentoBagé Arranjo definitivo da SE Livramento, 230 kV, autorizado pela Resolução Aneel nº 016/2001 Novembro/02 LT 500 kV Sapeaçu – Camaçari II para abril/2003 (substitui LT 230 kV Camaçari II – Gov. Mangabeira indicada no PAR anterior e em análise pela ANEEL) OBSERVAÇÃO Até a entrada em operação das linhas UTE Uruguaiana – Maçambará haverá limitação no despacho pleno simultâneo da UTE Uruguaiana e da Conversora Rivera A entrada em operação da linha foi definida por estudos recentes do CCPE que indicaram a necessidade da complementação em 500 kV da interligação Nordeste – Sudeste. 460 / 478 AGENTE UHE PORTO ESTRELA 2 x 56 MW UTE CANOAS 2 x 160 + 1 x 180 MW ONS PAR 2003-2005 PARECER 13/2001 CTA DAT-247/01 (14.09.01) – Rev.1 20/2001 CTA DAT-304/01 (10.10.01) CTA DAT-073/02 (12.03.02) – Rev. 1 DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Em operação Adequação das proteções nos terminais Itabira 2-Ipatinga 1 230 kV Maio/02 OBSERVAÇÃO Até a entrada da 1ª unidade (2002) Adequação das proteções nos terminais de C. Industrial e Gravataí 2 Substituição dos disjuntores 138 kV dos trafos 2 e 3 da SE Cachoeirinha e o disjuntor 138 kV do trafo 2 da SE Scharlau (fora da Rede Básica) Até a entrada da 2ª unidade (2004) Substituição dos disjuntores dos terminais da linha Cidade Industrial Gravataí 230 kV C1/C2 em Cidade Industrial (obra a cargo do acessante) Substituição de 20 disjuntores da SE Cidade Industrial 230 kV e troca dos reles de proteção dos módulos de 230 kV 461 / 478 AGENTE PARECER DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Novembro/03 Recapacitação da linha Gov. Valadares – Aimorés 230 kV 2º Circuito da linha Aimorés – Mascarenhas 20 km Pátio 230 kV da SE Mascarenhas Duplicação da transformação 230/138 kV – 150 MVA da SE Mascarenhas (fora da Rede Básica) Abril/02 Linha de transmissão Cauipe-Fortaleza II C1 230 kV UHE AIMORÉS 3 x 116 MW 19/2001 CTA DAT-338/01 (07.11.01) UTE TERMOCEARÁ 4 x 50 + 1 x 70 MW 24/2001 CTA DAT-380/01 (21.12.01) UTE FORTALEZA 2 x 112 + 1 x 123 MW 23/2001 CTA DAT-006/02 (08.01.02) Dezembro/03 UTE TERMOAÇU 2 x 157,5 MW 01/2002 CTA DAT-024/02 (28.01.02) Outubro/03 ONS PAR 2003-2005 Linha de transmissão Cauipe-Fortaleza II C2 - 230 kV (além do C1 já citado acima) Recapacitação do barramento 230 kV da SE Cauípe Substituição de 6 disjuntores 69 kV da SE Fortaleza (fora da Rede Básica) Linha de transmissão Paraíso-Açu II 230 kV (obra já prevista no PAR 2002/2004) Recapacitação da linha Açu II – Mossoró II - 230 kV OBSERVAÇÃO (Obras já previstas no PAR 2002/2004) Até que seja concretizada a implantação da linha Cauípe – Fortaleza II C1, o acessante deverá implantar um esquema de alívio de geração para perda na linha CauipeFortaleza I 230 kV Caso não estejam presentes os dois circuitos Cauipe-Fortaleza II, a UTE Fortaleza não poderá ser despachada simultaneamente com a UTE Termoceará. Caso não estejam presentes o circuito Paraíso-Açu II e a recapacitação do circuito Açu II – Mossoró II, haverá restrição no despacho da UTE. 462 / 478 AGENTE PARECER DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Maio/02 2º autotransformador 500/230 kV da SE Serra da Mesa – 400 MVA UHE CANA BRAVA 3 x 157,2 MW 09/2002 CTA DAT-0877/02 (15.03.02) SE PARAÍSO 230/138 kV 03/2002 CTA DAT-019/02 (23.01.02) Março/03 SE TAUÁ 230/69 kV 02/2002 CTA DAT—012/02 (16.01.02) Dezembro/03 ONS PAR 2003-2005 OBSERVAÇÃO Até a entrada em operação da expansão da interligação Norte/Sul haverá limitação no despacho pleno simultâneo das UHE’s Lajeado, Serra da Mesa, Cana Brava e Tucuruí Até a implantação do 2º autotransformador 500/230 kV da SE Serra da Mesa, haverá necessidade de implantar esquema de corte de geração para o caso de perda do autotransformador existente Subestação Seccionadora Paraíso (Obra Obra a ser implantada através do incluída no PAR 2002/2004) seccionamento de uma das linhas Transformação 230/138 kV – 100 MVA Campina Grande II – Natal II 230 kV (fora da Rede Básica) Obra necessária para implantação da linha Paraíso-Açu II 230 kV a ser licitada pela ANEEL Linha de transmissão Milagres-Tauá 230 kV – 200 km Barramento de 230 kV da SE Tauá Transformação 230/69 kV – 2 x 100 MVA (fora da Rede Básica) 463 / 478 AGENTE SE LAGOA VERMELHA 230/138 kV UTE ELETROBOLT (360 MW) UTE MACAÉ MERCHANT 4 x 4 x 178 + 4 x 45 MW ONS PAR 2003-2005 PARECER 04/2002 CTA DAT-023/02 28.01.02 Parecer emitido pela LIGHT 005/2001 CTA DAT-076/01 (02.04.01) CTA DAT-298/01 (04.10.01) Rev. DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Dezembro/03 Linha de transmissão Campos Novos – Lagoa Vermelha – Santa Marta 230 kV – 180 km Barramento de 230 kV da SE Lagoa Vermelha Transformação 230/138 kV – 150 MVA (Fora da Rede Básica) Duplicação da linha 230 kV Santo Ângelo-Santa Rosa (Obra já prevista no PAR 2002/2004) Em operação Seccionamento do barramento 138 kV da SE Cascadura (fora da Rede Básica) Reconfiguração da rede de distribuição 138 kV (fora da Rede Básica) Trafo 230/138 kV da SE Nilo Peçanha Em operação Troca dos equipamentos terminais (TC’s, chaves, etc) nas SEs Adrianópolis e Campos, nos circuitos AdrianópolisCampos 345 kV Substituição de um bay em Campos 138 kV e na UTEC 138 kV quando da motorização da 1ª etapa completa da UTE (fora da Rede Básica) OBSERVAÇÃO Importante para solucionar sobrecargas na transformação da SE Santa Marta e da SE Passo Fundo e melhorar o desempenho na distribuição. (Obras já implantadas) Em andamento a reconfiguração em Cordovil, com instalação de 2 novos vãos. Demais obras ainda pendentes 464 / 478 AGENTE UTE TERMORIO 6 x 105,7 + 2 x 120 + 1 x 180 MW UTE SÃO GONÇALO 190 MW PARECER Parecer emitido pela CERJ para a etapa provisória (conexão 138 kV) Parecer emitido pelo ONS para a etapa definitiva em São José (Rede Básica até novembro de 2003) CTA DAT-005/01 de 10.01.01 Parecer em andamento Conexão no Sistema 138 kV da CERJ ONS PAR 2003-2005 DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Julho/02 Seccionamento do barramento 138 kV da SE São José quando da 7ª unidade – Fev/03 (fora da Rede Básica) Remanejamento dos circuitos 138 kV que saem da SE São José 138 kV (fora da Rede Básica) Obras de lançamento dos cabos do 2o circuito de 138 kV Reduc-Imbariê (fora da Rede Básica) na etapa provisória Substituição de bay em Imbariê na etapa provisória Julho/02 OBSERVAÇÃO A entrada em operação desta UTE agrava os problemas de carregamento na LT São José-Magé 138 kV, necessitando rever os limites de carregamento ou procurar uma solução de planejamento Oficialmente o Parecer emitido somente abrange a 1ª etapa (190 MW) Após a emissão do Parecer de Acesso e assinatura do CUST, o agente alterou completamente o seu projeto, motivo pelo qual o Parecer está sendo revisado pelo ONS Troca de equipamentos nas subestações Impactos no sistema em avaliação vizinhas em avaliação pela CERJ pela CERJ no que se refere à substituição de equipamentos O atraso na entrada em operação desta UTE agrava sobremaneira os problemas de carregamento na LT São José-Magé 138 kV acima citados 465 / 478 AGENTE UTE CAMPOS 80 MW ONS PAR 2003-2005 PARECER Parecer em andamento Solicitou acesso à Rede Básica recentemente em maio/02 DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Dezembro/02 Substituição de 9 disjuntores na SE Campos 138 kV, 3 disjuntores na SE UTEC 138 kV e 5 disjuntores na SE UTEC 69 kV (fora da Rede Básica) Recapacitação dos circuitos CamposUTEC 138 kV (2 km) (fora da Rede Básica), obra necessária independentemente da entrada da usina Ampliação da transformação 138/69 kV da SE UTEC (fora da Rede Básica), obra necessária independentemente da entrada da usina OBSERVAÇÃO Cronologicamente a troca de disjuntores será necessária quando da operação conjunta das UTEs Macaé, Norte Fluminense e Campos, em Julho de 2003. Do ponto de vista legal, Macaé e Norte Fluminense já possuem reserva de capacidade por terem assinado os contratos de uso. A UTE Campos poderá operar sem a troca dos equipamentos até a entrada da UTE Norte Fluminense, quando se tornará interruptível caso a troca de equipamentos não tenha sido concluída. 466 / 478 AGENTE UTE NORTE FLUMINENSE 3 x 223 + 1 x 342 MW ONS PAR 2003-2005 PARECER 08/2001 CTA DAT-113/01 (24.05.01) DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Julho/03 Ampliação do sistema 345 kV (em estudo pelo CCPE) Necessidade da linha de transmissão Ouro Preto-Vitória 345 kV (obra prevista no PAR 2002/2004) Troca dos equipamentos terminais (TC, Chaves, etc) nas SE’s Campos e Vitória, nos circuitos Campos-Vitória 345 kV Troca de 3 disjuntores na SE Adrianópolis 345 kV OBSERVAÇÃO Caso não haja ampliação da rede 345 kV, haverá necessidade de corte de carga/geração em caso de contingência no circuito 345 kV no trecho entre a UTE Macaé Merchant e a SE Campos A necessidade das obras em Adrianópolis 345 kV está associada ao efeito conjunto das UTE’s Macaé Merchant, Norte Fluminense, Campos, Paracambi e TermoRio 467 / 478 AGENTE UTE SANTA CRUZ 2 x 175 MW ONS PAR 2003-2005 PARECER Parecer em andamento – Conexão no sistema da LIGHT DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Julho/03 Seccionamento do barramento 138 kV da SE Jacarepaguá (fora da Rede Básica) Recapacitação e reconstrução da rede de conexão entre a UTE Santa Cruz e a SE Jacarepaguá 138 kV (fora da Rede Básica) Recapacitação da SE Santa Cruz 138 kV (fora da Rede Básica) OBSERVAÇÃO A SE Jacarepaguá 138 kV possui 6 bays de 37 kA que necessitam ser trocados em Dez de 2002 e não dependem da entrada em operação da UTE Sta Cruz Expansões adicionais em Sta Cruz levarão à necessidade da troca dos demais disjuntores da SE Jacarepaguá Light está analisando as informações fornecidas por Furnas sobre cronograma físico-financeiro das obras nas demais instalações e dados do Submódulo 3.5 referentes à usina Light aguardando posicionamento de Furnas sobre remanejamento de cargas para o ramal de Esperança para facilitar a reconstrução das linhas Necessidade de definição de medidas operativas na condição de disjuntores superados na SE Sta Cruz 468 / 478 AGENTE PARECER UTE PARACAMBI 2 x 187 + 1 x 184 MW 07/2002 CTA DAT-060/02 (01.03.02) UTE SEPETIBA 2 x 810 MW 06/2002 CTA DAT-059/02 (01.03.02) ONS PAR 2003-2005 DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Novembro/03 “bypass” na SE Adrianópolis 500 kV e implantação de banco de reator de 500 kV chaveável na SE Adrianópolis e Cachoeira Paulista A CEMIG propõe a reconfiguração de sua rede de 138 kV em S. João Del Rey. Esta opção sobrecarrega em algumas condições a LT Furnas - Pimenta 345 kV. O CCPE está estudando alternativas de expansão do sistema de 345 kV da bacia do Rio Grande Dezembro/04 Substituição de disjuntores na SE Itaorna 138 kV (fora da Rede Básica) Troca adicional de 2 bays em Adrianópolis 345 kV OBSERVAÇÃO O “bypass” na SE Adrianópolis 500 kV deve ser também associada à entrada em operação do 3º circuito Cachoeira Paulista – Adrianópolis. As obras acima citadas estão associadas não só a UTE Paracambi, mas ao conjunto de térmicas da área Rio e dependem do despacho de geração do Rio Grande Face problemas de curto-circuito haverá necessidade de operar com o síncrono da SE Grajaú desconectado ou apenas ligado ao barramento de 500 kV (138 kV aberto) As obras em Adrianópolis devem-se ao efeito conjunto das térmicas 469 / 478 AGENTE UHE ITAOCARA 3 x 65 MW UHE SIMPLÍCIO 80 + 150 + 96 MW PARECER Parecer em andamento. Conexão ao sistema 138 kV da LIGHT Parecer em andamento. DATA ENTRADA EM OBRAS NECESSÁRIAS OPERAÇÃO Dezembro/04 A entrada em operação desta UHE sobrecarrega o tronco Ilha dos PombosMacabu 138 kV. Também aumenta o fluxo na LT MacabuRocha Leão 138 kV e na transformação 138/69 kV-25MVA da SE Rio da Cidade. Há necessidade de uma solução de planejamento.” 2007 Necessita de ampliação / recapacitação no trecho Ilha dos Pombos – Alvorada – Macabu – 138 kV OBSERVAÇÃO A entrada em operação desta UHE agrava o problema de carregamento, já critico, da LT São José-Magé 138 kV Também aumenta o fluxo na LT Adrianópolis-Magé 138 kV e na transformação 138/69 kV-25 MVA da SE Rio da Cidade Há necessidade de rever os limites de carregamento da LT S.José-Magé ou procurar uma solução de planejamento (sistema fora da Rede Básica) Há necessidade de uma solução de planejamento Conexão ao sistema 138 kV da CERJ ONS PAR 2003-2005 470 / 478 9 REFERÊNCIAS [1] Procedimentos de Rede, Módulo 4 – Ampliações e Reforços na Rede Básica [2] ONS, "Planejamento da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional Período janeiro/2002 a abril/2003”; Dez/2001 [3] Procedimentos de Rede, Módulo 23 – Ampliações e Reforços na Rede Básica [4] ONS 2.1-011/2001;“Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período 2002/2004”; Jun/2001 [5] ONS 2.1-011/2001 e CCPE 032/2001, “Programa Determinativo de Expansão da Transmissão (PDET) – Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica (PAR) – Obras Consolidadas – Período 2002 a 2004”; ONS/CCPE; Set/2001 [6] ONS 2.1-040/2001, "Estudos para Identificação das Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período 2003/2005 - Termo de Referência"; Grupos Especiais N/NE, SE/CO, S/MS; Dez/2001 [7] CCPE, Plano Decenal de Expansão 2001-2009 [8] ONS, Parecer de Acesso Diversos [9] Solicitações e consultas de Acesso diversas [10] ONS, Pareceres sobre ampliações e reforços na Rede Básica; [11] ONS, "Plano de Melhorias na Rede Básica - Ano 2000"; Mai/2000 [12] ONS, "Plano de Melhorias na Rede Básica - Ano 2001”; [13] ONS/CCPE, “Impacto das Térmicas do PPT – Área Rio”, ONS-GAT-012/2000, CCPE/CTET-006/2000; novembro de 2000 [14] ONS/CCPE, ONS 2.1-019/2001, “Estudos para Reavaliação do Cronograma de Obras da Interligação Sul/Sudeste – Relatório Final”, Agosto/2001 [15] ONS NT-3/132/2001, “Plano de Ação – Projeto 3.7.1 – Avaliação Eletronergética para implantação de Interligações entre Subsistemas – Etapa 3”, Novembro/2001 [16] ONS/CCPE/MAE – NT 02/2001 – “Análise da Viabilidade de Implantação de Submercado Único no Sistema Interligado Nacional – SIN - 1ª Etapa: Interligação Sul / Sudeste-Centro-Oeste”, Dezembro/2001 [17] ONS-2.1-006/2001, “Plano de Ação - Projeto 3.7.1 – Avaliação Eletroenergética para implantação de Interligação Entre Subsistemas: Análise Elétrica – Determinação dos Intercâmbios entre Subsistemas considerando as Obras de Transmissão Antecipadas”, Maio/2001. [18] ONS-NT-057/2001, “Plano de Ação - Projeto 3.7.1 – Avaliação Eletroenergética para implantação de Interligação Entre Subsistemas: Análise Energética – Identificação dos Benefícios Energéticos Advindos de Antecipações nas Interligações Norte/Sul II e Ibiúna/Bateias”, Maio/2001. [19] ONS-NT-142/2001, “Avaliação da Expansão da Interligação Sul/Sudeste através da LT 500 kV Londrina - Campinas”, Dezembro/2001. [20] ONS-NT-030/2002, “Identificação de Reforços para maior acoplamento entre as redes de 500 kV e 440 kV da Região Sudeste - Estudos para Melhorias das Condições de Segurança do SIN – Configuração Ano 2004”; Março/2002 [21] ONS. Simulações Preliminares da Confiabilidade da Rede Básica, ONS-2.1002/2002, Projeto PD-1332 - Confiabilidade da Rede Básica. Rio de Janeiro. Janeiro/2002 ONS PAR 2003-2005 471 / 478 [22] ONS. Procedimentos Para Avaliação da Confiabilidade da Rede Básica, ONS-2.1042/2001, Projeto PD-1332 - Confiabilidade da Rede Básica. Rio de Janeiro. Dezembro/2001. [23] ONS. Desempenho Probabilístico de Linhas de Transmissão no Brasil, ONS-2.1033/2001, Projeto PD-1332 - Confiabilidade da Rede Básica. Rio de Janeiro. Outubro/2001. [24] ANDESA, “Estudos das Interligações Norte/Nordeste/Sudeste – Ciclo 2003-2006”, Janeiro/2002 [25] ANDESA, “Avaliação do Limite de Transmissão no Horizonte de 2003 considerando a entrada em Operação da Interligação SE/NE e o Trecho entre Serra da Mesa e Miracema da Interligação N/S II – Avaliação da Antecipação do 2o Circuito Teresina II – Fortaleza II 500 kV np Horizonte 2005”, Março/2002 [26] ENERGY CHOICE, “Avaliação da Necessidade de Compensação reativa Adicional em decorrência da entrada da LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo” [27] CCPE, Definição dos Reforços e da Compensação Reativa para Operação do Terceiro Circuito Tucuruí – P. Dutra e das Interligações Norte/Sul II e Sudeste – Nordeste – Fevereiro / 2001 [28] CCPE, Estudo das alternativas de atendimento às cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto no Estado do Maranhão. CCPE/CTET – 031/2001, junho/2001 [29] CCPE, Integração das Usinas de Santa Isabel, Serra Quebrada, Estreito, Tupiratins e Marabá. CCPE/CTET – 040/2001, novembro/2001 [30] CCPE, Análise de alternativas de rotas para o 4o circuito do sistema de transmissão associado a UHE Tucuruí 2a etapa. CCPE/CTET – 041/2001, dezembro/2001 [31] CCPE, Expansão da Interligação Norte/Nordeste 005/2002 – abril de 2002 [32] Atas de reunião do Núcleo Executivo da Câmara de Gestão da Crise de Energia — GCE de 12 e 26/03/02. [33] ONS. Relatório de Integração das Térmicas do Rio de Janeiro — Revisão I, ONS2.1-022/2001, Novembro/2001. ONS PAR 2003-2005 472 / 478 Lista de Figuras, Quadros e Tabelas Figuras Figura 3.1 - Localização das principais usinas térmicas na área RJ Figura 3.2: Sistema Oeste da Cemig e Escelsa Figura 4.1 - Configuração da interligação Sul/SE no Horizonte do ano 2006 e os principais pontos de medição de intercâmbio Figura 4.2 - Configuração da interligação N/NE/SE no Horizonte 2006 e os principais pontos de medição de intercâmbio Figura 4.3 – Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais Figura 4.4 – Avaliação preliminar de restrições ao despacho da UHE Tucuruí Figura 5.1: Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004- Severidade (sistema-minuto) Figura 5.2: Severidade Global para o mês de Junho do Ciclo 2002-2004 (sistema-minuto) Figura 5.3: Evolução da Confiabilidade por Nível de Tensão – Severidade (sistema-minuto) Figura 5.4: Segmentação do Sistema de Transmissão – Severidade (sistema-minuto) Figura 6.1 – Sistema Interligado Nacional – Comparação entre ciclos Figura 6.3 – Subsistema Norte – Comparação entre ciclos Figura 6.4 – Subsistema Norte – Distribuidoras Figura 6.5 – Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos Figura 6.6 – Subsistema Nordeste Distribuidoras – Comparação entre ciclos Figura 6.7 – Subsistema Norte/Nordeste – Composição por Agente e por Áreas (2004) Figura 6.8 – Subsistema Norte/Nordeste – Áreas – Comparação entre ciclos Figura 6.9 – Subsistema Norte/Nordeste – Agentes – Comparação entre ciclos Figura 6.10 – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste – Comparação entre ciclos Figura 6.11 – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste – Comparação entre ciclos – Áreas Figura 6.12 – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste – Composição por Agente (2004) Figura 6.13 – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste – Agentes – Comparação entre ciclos ONS PAR 2003-2005 189 201 305 309 327 329 351 352 355 357 362 364 364 365 365 366 366 369 373 373 375 378 473 / 478 Figura 14 – Subsistema Sul + MS – Comparação entre ciclos Figura 15 – Área Rio Grande do Sul – Comparação entre ciclos Figura 16 – Subsistema Sul + MS – Composição por Agente (2004) Figura 17 – Subsistema Sul + MS – Agentes – Comparação entre ciclos Tabelas Tabela 1.1 - Siglas usadas no Texto e nas Tabelas Tabela 1.2 - Regiões Geoelétricas Tabela 2.1 – Obras propostas neste PAR 2003-2005 que poderiam ser postergadas com alteração dos Limites de Carregamento Tabela 2.2 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 sem definição de concessão Tabela 2.3 – Ampliações e Reforços na Rede Básica necessários até 2005 (relação completa) Tabela 2.4 – Acréscimo de Linhas de Transmissão em km Tabela 2.5 – Acréscimo de Linhas de Transmissão em unidades Tabela 2.6 – Aumento da Capacidade de Transformação Tabela 2.7 – Acréscimo do Número de Transformadores Tabela 2.8 – Aumento da Capacidade de Transformação de Reserva Tabela 2.9 – Acréscimo do Número de Transformadores de Reserva Tabela 2.10 – Estimativa de investimentos associados ao PAR 2003-2005 Tabela 2.11 – Acréscimo em km de Linhas de Tabela 2.12 – Acréscimo do Número de Linhas de Transmissão Tabela 2.13 – Aumento da Capacidade de Transformação Tabela 2.14 – Acréscimo do Número de Transformadores Tabela 2.15 – Aumento da Capacidade de Transformação de Reserva Tabela 2.16 – Acréscimo do Número de Transformadores de Reserva Tabela 2.17 – Estimativa de Investimentos para Linhas de Transmissão e Transformadores ONS PAR 2003-2005 381 382 382 384 11 13 16 17 60 131 131 132 132 133 133 134 135 135 136 136 137 137 474 / 478 Previstos no PAR 2003-2005 – A ser outorgado pela ANEEL Tabela 3.1-1 – Subestações Atendidas por meio de Circuitos Radiais Singelos Tabela 3.1 – Obras na Rede Básica no Estado do Rio Grande do Sul Tabela 3.2 – Obras na Rede Básica no Estado de Santa Catarina Tabela 3.3 – Obras na Rede Básica no Estado do Paraná Tabela 3.4 – Obras na Rede Básica no Estado do Mato Grosso do Sul Tabela 3.5 – Obras no Estado do Rio de Janeiro Tabela 3.6 – Usinas Térmicas previstas e cogitadas no PAR 2003-2005 Tabela 3.7 – Obras na Rede Básica no Estado do Espírito Santo Tabela 3.8 – Energização em vazio da LT 345 kV Ouro Preto - Vitória pelo terminal de Ouro Preto 2 – Tensões sustentadas em Vitória Tabela 3.9 – Energização em vazio da LT 345 kV Ouro Preto - Vitória pelo terminal de Vitória – Tensões sustentadas em Ouro Preto Tabela 3.10 – Obras na Rede Básica no Estado de Minas Gerais Tabela 3.11 – Usinas hidrelétricas previstas para o Estado de Minas Gerais até 2005 Tabela 3.12 – Condição de carga leve para junho de 2005 Tabela 3.13 – Obras na Rede Básica no Estado de São Paulo Tabela 3.14 – Obras na Rede Básica no Estado de Goiás e no Distrito Federal Tabela 3.15 – Limites de Carregamento em Linhas de Transmissão Tabela 3.16 – Obras na Rede Básica no Estado do Mato Grosso Tabela 3.17 – Obras na Rede Básica no Estado do Pará Tabela 3.18 – Obras na Rede Básica no Estado do Maranhão Tabela 3.19 – Obras na Rede Básica no Estado do Piauí Tabela 3.20 – Obras na Rede Básica no Estado do Ceará Tabela 3.21 – Obras na Rede Básica no Estado do Rio Grande do Norte Tabela 3.22 – Obras na Rede Básica no Estado da Paraíba ONS PAR 2003-2005 138 140 144 156 167 179 185 189 196 199 200 207 210 215 221 239 241 246 256 263 267 271 277 281 475 / 478 Tabela 3.23 – Obras na Rede Básica no Estado de Pernambuco Tabela 3.24 – Obras na Rede Básica no Estado de Alagoas Tabela 3.25 – Obras na Rede Básica no Estado de Sergipe Tabela 3.26 – Obras na Rede Básica no Estado da Bahia Tabela 4.1 – Descrição dos Intercâmbios Considerados Tabela 4.2 – Descrição dos Intercâmbios Considerados Tabela 4.3 – Despachos da UHE Itaipu Tabela 4.4 – Parque Gerador Mínimo na região Sul Tabela 4.5 – Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no cenário Sudeste Importador, considerando Contingências Simples Tabela 4.6 – Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no cenário Sul e Sudeste Exportadores, considerando Contingências Simples Tabela 4.7 – Máximo Recebimento do Sul (RSUL) para o cenário Sul Importador, considerando contingências simples Tabela 4.8 – Síntese dos Intercâmbios RSE e RSUL nos Cenários analisados, a partir do ano 2004, considerando perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna Tabela 4.9 – Limites de intercâmbio para o ano 2005 considerando LT 500 kV Londrina Araraquara com trafo 500/440 kV em Assis e contingências simples. Tabela 4.10 – Ano 2003 - Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Norte Exportador Tabela 4.11 – Período 2004 a 2006: Limites de intercâmbio entre as regiões Norte,Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Norte Exportador Tabela 4.12 – Ano 2003: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Sudeste Exportador Tabela 4.13 – Período 2004 a 2006: Limites de intercâmbio entre as regiões Norte,Nordeste e Sudeste considerando o atraso na ONS PAR 2003-2005 285 290 293 297 306 307 311 312 313 314 314 315 316 319 320 321 476 / 478 operação da interligação Norte/Sul II, cenário Sudeste Exportador Tabela 4.14 – Ano 2003: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando o atraso na operação da interligação Norte/Sul II, cenário Nordeste Exportador Tabela 4.15 – Período 2004 a 2006 - Limites de intercâmbio entre as regiões Norte,Nordeste e Sudeste para o cenário Nordeste Exportador Tabela 4.16 – Ano 2004: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando as usinas termelétricas no Ceará, para o cenário Nordeste Exportador Tabela 4.17 – Ano 2004: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando as usinas termelétricas no Ceará, para o cenário Norte Exportador Tabela 4.18 – Ano 2004: Resumo dos limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste considerando as usinas termelétricas no Ceará, para o cenário Sudeste Exportador Tabela 4.19 – Sensibilidade com relacão ao Trip de máquinas de Itaipu 60 Hz (aumento do RSE) versus FSM (aumento da injecão de potencia na região de Serra da Mesa). Tabela 4.20 – Sobrecargas identificadas nos circuitos de 230 kV do Sul quando da operação próximo aos limites de intercãmbio Tabela 4.21 – Maiores carregamentos do Trafo 750/500 kV de Ivaiporã (Sul Exportador) Tabela 5.1: Dados Estocásticos para Circuitos de Transmissão da Rede Básica Tabela 5.2: Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004- PPC (%) Tabela 5.3: Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004- ENS (MWh/ano) Tabela 5.4: Evolução da Confiabilidade do Ciclo 2002-2004- Severidade (sistema-minuto) Tabela 5.5: Mensuração do Risco por Severidade Tabela 5.6: Severidade Global para o mês de Junho do Ciclo 2002-2004 (sistema-minuto) Tabela 5.7: Confiabilidade por Nível de Tensão PPC (%) ONS PAR 2003-2005 322 323 324 325 326 326 335 337 341 348 350 350 351 351 352 354 477 / 478 Tabela 5.8: Confiabilidade por Nível de Tensão – ENS (MWh/ano) Tabela 5.10: Segmentação do Sistema de Transmissão – PPC (%) Tabela 5.11: Segmentação do Sistema de Transmissão – ENS (MWh/ano) Tabela 5.12: Segmentação do Sistema de Transmissão – Severidade (sistema-minuto) Tabela 6.5 – Previsão de Carga do Subsistema Norte/Nordeste – Agentes (MW) Tabela 6.6 – Taxas de Crescimento e desvios entre ciclos – Subsistema Norte/Nordeste – Agentes (%) Tabela 6.7 – Previsão de Carga para o Subistema Sudeste/Centro-Oeste (MW) Tabela 6.8 – Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sudeste/Centro-Oeste (%) Tabela 6.1 – Previsão de Carga para o Subistema Sul + MS (MW) Tabela 6.2 – Taxas de Crescimento e desvios entre ciclos – Subsistema Sul + MS (%) Tabela 6.3 – Níveis de Tensão da Rede Básica (fasefase) em Corrente Alternada Tabela 6.4 – Fator de Potência nos Pontos de Conexão Tabela 7.1 – Locais onde foi observada sobrecarga em condições normais de operação Tabela 8.1 – Resumo dos processos de consulta e solicitação de acesso Tabela 8.2 – Resumo dos Pareceres de Solicitação de Acesso - Impacto sobre a Transmissão ONS PAR 2003-2005 354 356 356 356 371 372 376 377 383 383 386 387 392 458 459 478 / 478