CONGRESO
LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA
BOTÁNICA
XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
Latinoamericano de
Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão
O CERRADO REGENERANDO EM MEIO A GRAMÍNEAS
EXÓTICAS NA BACIA HIDROGRÁFICA GUARIROBA, MATO
GROSSO DO SUL, BRASIL
AUTOR(ES):Bruno Ferreira dos Santos;Thomaz Ricardo Favreto
Sinani;César Claudio Caceres Encina;Andressa Pirolla de Souza;Thiago da
Costa Kohagura;Alexandra Penedo Pinho;
INSTITUIÇÃO:
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Aproximadamente 26,5% do Cerrado brasileiro é ocupado por pastagens
exóticas, principalmente do gênero Urochloa e Panicum, que apresentam
competição agressiva com alta eficiência quanto ao crescimento,
reprodução, dispersão, além da capacidade alelopática que é alvo de vários
estudos. O controle destas espécies é um dos grandes desafios para a
restauração ecológica, inclusive na recondução da regeneração natural. Para
isso, o conhecimento das espécies encontradas em processos de
regeneração natural de pastagem é de fundamental importância para a
restauração, gerando subsídios para a compreensão da estrutura e
dinâmica das formações vegetacionais originais. Poucos estudos abordam o
restabelecimento de espécies do Domínio do Cerrado. Na capital do estado
de Mato Grosso do Sul, o abastecimento de água da maior parte do
município provém da Bacia Hidrográfica Guariroba (APA do Guariroba), onde
a pecuária é dominante e diversas Áreas de Proteção Permanente foram
degradadas. Atualmente estas áreas foram isoladas e estão em processos
de restauração. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar a abundância
de indivíduos e riqueza de espécies nativas regenerando naturalmente em
uma área de pastagem na APA do Guariroba. O levantamento foi realizado
em uma área de dois hectares, onde foram encontradas apenas espécies
regenerantes de hábito lenhoso, totalizando 302 indivíduos, distribuídos em
31 espécies e 17 famílias. As famílias mais representativas foram
Leguminosae com 6 espécies, Annonaceae com 4 espécies e Myrtaceae com
3 espécies. Quanto ao hábito, encontramos 64,5% arbóreas e 35,5%
arbustivas. As espécies mais abundantes na área foram, respectivamente,
Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk., Ocotea minarum (Nees &
Mart.) Mez e Casearia sylvestris Sw. O levantamento das espécies indicou a
classificação da fitofisionomia do local como Cerradão Distrófico com
transição para Mata Ripária. No entanto a distribuição dos indivíduos na
área foi bastante esparsa, com 0,051 indivíduos por m², devido à
predominância de gramíneas na área de estudo, resultado da alta
competitividade que apresentam diante das espécies do cerrado e
constituem uma barreira para a sucessão vegetal no local. (CAPES)
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Resumo