Ministério da Educação - MEC
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
TÉCNICO EM REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO
TECNOLOGIA MECÂNICA (AJUSTAGEM MECÂNICA)
EVALDO CORREIA MOTA
CRÉDITOS
Presidente
Dilma Vana Rousseff
Coordenador Adjunto - Campus
Fortaleza
Fabio Alencar Mendonça
Ministro da Educação
Aloizio Mercadante Oliva
Secretaria de Educação Profissional e
Tecnológica
Marco Antonio de Oliveira
Reitor do IFCE
Cláudio Ricardo Gomes de Lima
Pró-Reitor de Extensão
Gutenberg Albuquerque Filho
Pró-Reitor de Ensino
Gilmar Lopes Ribeiro
Pró-Reitor de Administração
Virgilio Augusto Sales Araripe
Diretor Geral Campus Fortaleza
Antonio Moises Filho de Oliveira Mota
Diretor de Ensino Campus Fortaleza
José Eduardo Souza Bastos
Coordenador Geral - Reitoria
Jose Wally Mendonça Menezes
Coordenador Adjunto - Reitoria
Armênia Chaves Fernandes Vieira
Supervisão - Reitoria
Daniel Ferreira de Castro
André Monteiro de Castro
Elaboração do conteúdo
Evaldo Correia Mota
Equipe Técnica
Manuela Pinheiro dos Santos
Kaio Lucas Ribeiro de Queiroz
Vanessa Barbosa da Silva Dias
Edmilson Moreira Lima Filho
Vitor de Carvalho Melo Lopes
Rogers Guedes Feitosa Teixeira
O QUE É O PRONATEC?
Criado no dia 26 de Outubro de 2011 com a sanção da Lei nº 12.513/2011 pela
Presidenta Dilma Rousseff, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec) tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de
cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira. Para tanto,
prevê uma série de subprogramas, projetos e ações de assistência técnica e financeira que
juntos oferecerão oito milhões de vagas a brasileiros de diferentes perfis nos próximos
quatro anos. Os destaques do Pronatec são:
• Criação da Bolsa-Formação;
• Criação do FIES Técnico;
• Consolidação da Rede e-Tec Brasil;
• Fomento às redes estaduais de EPT por intermédio do Brasil Profissionalizado;
• Expansão da Rede Federal de Educação Profissional Tecnológica (EPT).
A principal novidade do Pronatec é a criação da Bolsa-Formação, que permitirá a
oferta de vagas em cursos técnicos e de Formação Inicial e Continuada (FIC), também
conhecidos como cursos de qualificação. Oferecidos gratuitamente a trabalhadores,
estudantes e pessoas em vulnerabilidade social, esses cursos presenciais serão realizados
pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, por escolas estaduais
de EPT e por unidades de serviços nacionais de aprendizagem como o SENAC e o SENAI.
Objetivos
• Expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação
Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e
continuada de trabalhadores;
• Fomentar e apoiar a expansão da rede física de atendimento da Educação
Profissional e Tecnológica;
• Contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da
Educação Profissional;
• Ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores por meio do
incremento da formação profissional.
Ações
• Ampliação de vagas e expansão da Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica;
• Fomento à ampliação de vagas e à expansão das redes estaduais de Educação
Profissional;
• Incentivo à ampliação de vagas e à expansão da rede física de atendimento dos
Serviços Nacionais de Aprendizagem;
• Oferta de Bolsa-Formação, nas modalidades:
• Bolsa-Formação Estudante;
• Bolsa-Formação Trabalhador.
• Atendimento a beneficiários do Seguro-Desemprego;
2
Sumário
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ........................................................................................... 4
FERRAMENTAS MANUAIS .................................................................................................... 5
Ferramentas de corte .................................................................................................................... 5
Ferramentas com aparas............................................................................................................... 5
Limas ............................................................................................................................................. 5
Serras ........................................................................................................................................... 10
Machos ........................................................................................................................................ 12
Cossinetes.................................................................................................................................... 13
Alargadores ................................................................................................................................. 14
Ferramentas de corte sem aparas:.............................................................................................. 15
Alicates de corte .......................................................................................................................... 15
Bedame e talhadeira ................................................................................................................... 15
Tesoura ........................................................................................................................................ 16
Vazador ....................................................................................................................................... 16
Ferramentas de Traçagem ........................................................................................................... 17
Régua ou escala ........................................................................................................................... 17
Esquadro...................................................................................................................................... 17
Compasso .................................................................................................................................... 18
Transferidor ou Goniômetro ....................................................................................................... 19
Riscador ou Graminho ................................................................................................................. 19
Cintel ........................................................................................................................................... 21
Suta.............................................................................................................................................. 21
Ferramentas Auxiliares ................................................................................................................ 22
Morsa de Bancada ....................................................................................................................... 22
Morsa de Mão ou Grampo .......................................................................................................... 23
3
Martelo ........................................................................................................................................ 23
Punção ......................................................................................................................................... 24
Arco de Serra ............................................................................................................................... 25
Desandador ................................................................................................................................. 26
Escantilhão, Verificador de Roscas, Verificador De Raios, Gabaritos. ........................................ 26
Alicates ........................................................................................................................................ 27
Chaves de Aperto ........................................................................................................................ 28
Torquímetro ................................................................................................................................ 29
Desempeno ................................................................................................................................. 30
Rebites ......................................................................................................................................... 30
ROSCA............................................................................................................................... 36
Tipo e aplicações das roscas quanto ao perfil ............................................................................. 36
Número de entradas ................................................................................................................... 38
Sentido e direção do filete .......................................................................................................... 38
Localização................................................................................................................................... 39
Nomeclatura de uma rosca ......................................................................................................... 40
Sistemas de rosca ........................................................................................................................ 41
Calculo técnico............................................................................................................................. 42
Produção de roscas ..................................................................................................................... 43
ESMERILHADEIRA/LIXADEIRA ............................................................................................ 44
Disco ............................................................................................................................................ 45
FURADEIRA ....................................................................................................................... 47
Classificação................................................................................................................................. 47
BROCAS ........................................................................................................................................ 49
Tipos de brocas ............................................................................................................................ 49
Calculo técnico para furadeira..................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 54
4
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Conforme a Classificação Brasileira de Ocupação – CBO, resumidamente o Ajustador
Mecânico tem como atividades: Planejar e organizar o local de trabalho para execução de
atividades de ajustagem mecânica. Fabricar, reparar, realizar manutenção e instalar peças
e equipamentos, segundo normas de qualidade e segurança do trabalho. Calibrar
instrumentos de medição e traçagem.
A disciplina de Tecnologia Mecânica na unidade didática de Ajustagem Mecânica tem o
objetivo propiciar aos alunos o conhecimento técnico necessário para aplicar corretamente
o uso das ferramentas para trabalhos de fabricação de peças executadas em bancada de
ajustagem, além de utilizar a furadeira de bancada e semi-automática e suas ferramentas
aplicando os cálculos relacionados, observando normas de segurança nas operações
fundamentais focando o desenvolvimento de habilidades manipulativas e proporcionar a
aquisição de métodos e técnicas que permitam o domínio das operações inerentes à
prática de trabalhos de bancada em geral e demais atividades recionadas as suas atividades
com a sinergia das disciplinas pré-requisitos definidas pelo curso.
A disciplina de Ajustagem Mecânica possui um total de 80 horas aula programada para ser
ministrada obedecendo a distribuíção da carga horária em 20 horas aula teóricas,
complementando-se a carga horária com aulas práticas, através de atividades no setor de
ajustagem, do Laboratório de Máquinas Operatrizes (LMO) no bloco do curso de Mecânica
Industrial.
As avaliações dos alunos serão realizadas em duas formas, verificações escrita relativa aos
conteúdos teóricos ministrados ao longo do desenvolvimento da disciplina e outra relativa
às atividades práticas individuais desenvolvidas no LMO.
Sobre as avaliaçães das atividades práticas, as mesmas consistirão em avaliar as peças
executadas individualmente pelo aluno, tendo-se como referência as medidas e
acabamento das mesmas conforme desenho e suas tolerâncias, sendo que nota incidirá
ainda um conceito relativo: ao uso adequado das ferramentas, conhecimento técnico,
iniciativa, organização, raciocínio lógico, criatividade, qualidade de serviço, disciplina,
higiene e segurança.
Os alunos terão orientação sobre os procedimentos adequados a serem observados e
cumpridos nas dependências onde serão ministradas as aulas e as atividades práticas além
das informações técnicas e de segurança necessárias para desenvolvimento de todas as
atividades a serem realizadas durante sua permanência no curso.
5
FERRAMENTAS MANUAIS
Nos trabalhos de ajustagem deparamos com um campo bastante vasto de
ferramentas diversas para confecção de peças, reparos, acabamentos, etc. É
necessário para facilitar o estudo, classificar as ferramentas manuais em:

Ferramentas de corte (com ou sem aparas);

Ferramentas de traçagem;

Ferramentas auxiliares;
Ferramentas de corte
Ferramentas de corte são aquelas que pelo uso manual, apartam uma parte do
material de outra, e esse corte pode arrancar ou não arrancar pedacinhos deste
material, estes pedacinhos são chamados de cavacos ou aparas. As ferramentas com
aparas são as seguintes: limas, serras, machos, cossinetes, bedame e alargadores. Sem
aparas: alicate de corte, talhadeira, tesoura, vazador.
Ferramentas com aparas
Limas
São ferramentas, feitas de aço carbono temperado, que realizam a operação de
limar através de seus dentes cortantes das faces.
Classificação: As limas são classificadas e especificadas de acordo com as seguintes
características:
I.
Comprimento: É especificado em milímetro ou polegada, excluindo o cabo
da mesma. Apresentam-se geralmente nos comprimentos de 2” a 24”, e a
largura é proporcional ao comprimento.
II.
Disposição do picado: Refere-se à disposição e forma dos dentes, podendo
ser:

Simples: é empregado para materiais macios. (ex.: não ferrosos)

Cruzado: é empregado para materiais mais duros. (ex.: aços em geral)
Quanto ao número de dentes podem ser:
6

Bastarda: para desbaste grosso.

Bastardinha: para desbaste médio.

Murça: para operação de acabamento de peças.
Figura 1: Tipos de picado
III.
Forma geométrica (secção transversal): As formas das limas são escolhidas
de acordo com sua aplicação.

Lima chata: para limar superfícies planas em geral.

Lima paralela: para limar superfícies planas internas em ângulo reto ou
obtuso.

Lima quadrada: para limar superfícies planas em ângulos retos, rasgos
extemos ou internos.

Lima triangular: para limar superfícies em ângulo maior que 60°.

Lima meia-cana e lima redonda: para limar superfícies côncavas.

Lima faca: para limar superfícies em ângulos menores que 60°.
7
Segue abaixo as formas de limas normalmente usadas em serviços de ajustagem
Figura 2: Tipos de limas
V.
Aplicações da lima.
Tabela 1: Aplicações da lima
8
VOCÊ SABIA?
A lima tipo grosa tem o picado potiagudo e de forma triangular. Ela é utilizada para
trabalho com madeiras.
VOCÊ SABIA?
As limas rotativas em metal duro são fixadas em retificadora manual. Elas podem
ser usadas para usinar qualquer tipo de material e estas são utilizadas em operações
como: desbaste de cordões de solda, reparação em geral, abertura de juntas e
chanfros para soldagem e as demais operações que demandem remoção de material.
Figura 3: Tipo de limas rotativas de metal duro
VOCÊ SABIA?
A Lima agulha é utilizada em processos que necessita de uma melhor precisão.
Excelentes para trabalhos especiais como limagem de furos de pequenos diâmetros,
ranhuras, superfícies com cantos vivos de pequenas dimensões. Possuem aspecto mais
delgado em relação às limas mecânicas.
9
Figura 4: Lima tipo agulha
ATENÇÃO!
a)
Observe a posição correta do trabalho.
b)
A lima deve ser utilizada em todo o seu comprimento.
c)
O ritmo ao limar deve ser no máximo de 40golpes/min aproximadamente.
d)
No retorno a lima deve correr livremente.
e)
O movimento da lima deve ser dado apenas com o braço.
f)
Evite choques e pancadas na lima, e a conserve após a operação sempre
limpa, longe de umidade e bem encabada.
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Figura 5: Utilização correta das limas
Serras
A lâmina de serra manual é ferramenta de corte, fabricada geralmente de aço
carbono ou aço rápido temperado, montada e fixada adequadamente em um arco de
serra. A serra geralmente é utilizada para cortar materiais, abrir fendas e iniciar ou
abrir rasgos.
Classificação: São especificadas pelos seguintes itens.
I.
Comprimento: distância entre os furos indicados em polegadas
II.
Largura;
III.
Espessura;
IV.
Tipos de trava: se os dentes tivessem uma forma absolutamente paralela,
esta ficaria presa no rasgo serrado, os dentes são travados para que se tiver uma
largura de corte maior que a espessura da lâmina permitindo um movimento livre
da serra.
Os tipos de travas são:

Trava regular: formado por um dente travado para a direita e um dente
travado para a esquerda, seguidos de um dente reto que tira o cavaco e
permite a penetração da lâmina com mais facilidade no material. Eficiente
para cortar aços de alto carbono e alta liga.

Trava ondulada: formado por um grupo de dentes travados em uma direção,
seguido de outro grupo de dentes na direção oposta. Utilizada para serra
materiais como chapas, canos e conduites.

Trava alternada: esta trava é formada por um dente travado para a esquerda
e um dente travado para direita Quando há tendências de acúmulos de
aparas no corte do material.
11
Figura 6: Tipos de trava
V.
Tratamento térmico:

Temperada em toda largura; para ferro fundido e latão.

Temperada só nos dentes (flexível): perfil em ligas leve U, L, T, tubos etc.

Número de dentes por polegada: a escolha depende da espessura e do
material a serem serradas (recomendação do fabricante STARRET), as serras tem
geralmente 14, 18, 24,32 dentes por polegada.

14-18 dentes: Metais não ferrosos e aços de baixo carbono de grandes
secções.

18 dentes: Aços de alto carbono e altas ligas em grandes secções.

18-24 dentes: perfis e outros materiais de formato irregular.

24-32 dentes: Canos, tubos, condutores e chapas de parede fina. A escolha
com maior número de dentes para ter dois ou mais dentes em contatos com a
parede do material;
ATENÇÃO!
Selecionar a lâmina de acordo com o material e a espessura.
a)
Observar a colocação da lâmina de seria no arco (os dentes são voltados
para frente) e a tensão no aperto da mesma.
b)
A pressão da serra não deve ser excessiva sobre o material e é feita durante
o avanço da serra sobre o material, no retorno a serra deve correr livremente.
c)
Para evitar a quebra da serra deve-se escolher uma serra que tenha pelo
menos dois dentes em contato com a peça.
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d)
Utilizar todo o comprimento da serra, usando apenas o movimento dos
braços, observando a velocidade de corte que deverá ser de aproximadamente de
40 à 60 golpes por minuto.
Figura 6: Serra de fita
Figura 8: Lâmina de Serra para arco
Figura 9: Serra de copo e suporte
Machos
São ferramentas de aço rápido ou aço carbono -temperado, tem o formato de um
parafuso com vários canais longitudinais para permitir as saídas de aparas no ato do
corte, sua ponta é cônica para facilitar a penetração no furo a ser aberta a rosca.
Utiliza-se o macho para abrir roscas internas. Os machos são em número de três, ao
conjunto dos três machos chamamos de termo de macho. Na abertura de roscas
iniciamos com o macho N.° 1 que tem a extremidade da ponta a conicidade mais
acentuada, em seguida passamos o N.° 2 que é o intermediário e para o acabamento
final da operação o macho de N.° 3 que praticamente não tem conicidade na ponta.
13
Figura 10: Machos
Cossinetes
São ferramentas de aço rápido ou aço carbono - temperado, tem a forma de uma
porca redonda com vários canais para dar saídas das aparas. Serve para abrir roscas e
tem um parafuso para pequenas regulagens de profundidade objetivando dar a
medida final e o acabamento na rosca.
Figura 11 : Cossinetes .
VOCÊ SABIA?
As tarraxas são ferramentas utilizadas na produção de roscas em tubos PVC e de
aço galvanizado. Os equipamentos utilizados para cada material são diferentes( Figuras
11 e 12), tendo em vista que para tubos em PVC constitui-se uma tarraxa presa em
uma ou duas hastes ajustáveis, enquanto para tubos em aço galvanizados são
conjuntos constituidos com catraca exposta, cabeçotes e hastes de fácil remoção.
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Figura 12: Tarraxas para tubos PVC
Figura 13: tarraxa para tubos em aço
Alargadores
São ferramentas de aço rápido ou aço carbono temperado, provido de vários fios de
corte ao longo de seu corpo, estes fios podem ser retos ou helicoidais, o corpo do
alargador pode ser cilíndrico ou cônico. Serve para alargar furos de um diâmetro para
outro ligeiramente superior, garantindo a circularidade e a medida final com precisão
relativa dentro de tolerância exigida em determinadas aplicações e no caso de
alargadores cônicos para pinos de fixação.
Figura 14: Alargadores
15
Ferramentas de corte sem aparas:
Alicates de corte
É uma ferramenta manual, especialmente preparada para cortar fios e arame,
existindo em variados modelos conforme a sua aplicação.
Figura 15: Tipos de alicate
Bedame e talhadeira
É uma ferramenta de aço forjado, temperado usado para o corte de materiais a frio.
A ação cortante do bedame e da talhadeira deve-se a ação da cunha formada por suas
superfícies. O ângulo da ponta dessas ferramentas varia de 35° a 70° conforme o
material a ser cortado e o ângulo formado pelo eixo da ferramenta com a superfície
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biselada, dá maior ou menor profundidade de corte. O bedame é usado para abrir
canais ou bisselar superfícies grandes, por ser mais estreito que a talhadeira ou ainda
como operações preparatórias para a talhadeira. Como por exemplo, um rasgo de
chaveta.
Figura 16: Bedame
Figura 17: talhadeira.
Tesoura
É uma ferramenta de aço forjado com a finalidade de cortar chapas com espessuras
variadas de acordo com o porte da tesoura, tesourão ou guilhotina.
Figura 18: Tesoura para corte de chapa
Figura 19: Tesoura de bancada
Vazador
É uma ferramenta de aço-forjado, temperado, utilizada para fazer furos em chapas
(finas e maleáveis), couro, borracha, papelão, etc. Ocorrem casos em que o vazador
possa ser classificado entre os punções.
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Figura 20: Vazadores
Ferramentas de Traçagem
São instrumentos utilizados para traçar ou marcar as peças antes de serem
submetidas a certos trabalhos de usinagem.
Régua ou escala
Fabricada em aço carbono ou inoxidável, às vezes tem um dos bordos biselados.
Serve para auxiliar o riscador quando se traçam retas. Podem ser ou não graduada.
Figura 21 : Régua
Esquadro
Instrumento utilizado para traçar, geralmente, e por esta razão possui um ângulo de
90° em suas arestas. Constituído de aço às vezes inoxidável, apresentam fios retifica
dos para permitirem precisão no 'traçador Existem vários tipos: esquadro preto,
esquadro de centrar e o esquadro combinado que substitui os dois.
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Figura 22: esquadro comum
Figura 23: Esquadro combinado
Compasso
São instrumentos de aço carbono, constituídos de duas pernas que abrem e fecham
através de uma articulação. Existem vários tipos de compasso, os dois mais utilizados
na ajustagem são:

Compasso de pernas retas (ou de pontas seca): Utilizados para traçar
circunferências, arcos e transportar medidas.

Compasso de centrar (ou hermafrodita): E constituída de uma perna reta e
outra curva, utiliza-se para determinar centros ou traçar paralelas. O
tamanho dos compassos variam de 4” a 10” aproximadamente acordo sua
ampliação.
Figura 24: compasso de pernas retas.
Figura 25: compasso para medidas externas.
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Figura 26: compasso para medida interna.
Transferidor ou Goniômetro
Instrumento que se utiliza para tomar medida de um ângulo ou construí-lo. Em caso
de medidas angulares que não exigem rigor usam-se o goniômetro simples. Existem
goniômetros com vernier para medir ângulos com maior precisão. Em geral são
fabricados em aço inoxidável.
Figura27: Transferidores
Riscador ou Graminho
Os graminhos são utilizados para traçar peças onde os traços são retos e paralelos,
possuem um parafuso de ajuste (parafuso de chamada) e uma escala graduada, com
sensibilidade de 0.05mm e varia muito seu tamanho de acordo coma aplicação.
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Figura 28 : Graminhos
Os riscadores são fabricados de aço temperado, com ponta fina e ângulo de
aproximadamente 10°, podendo ser retos, curvos ou mistos possibilitando maior
variedade na sua utilização.
Figura29: Tipos de riscadores.
VOCÊ SABIA!
As condições para um bom traçado são:

Use riscador de aço com ponta bem afiada.

De traço fino e nítido.

Não repasse o riscador em traço já dado.

Na maioria dos casos, pinte antes, a superfície a traçar com uma fina camada
de verniz ou tinta para traçagem, dessa forma os traços feitos pelo riscador se
destacarão com nitidez.
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Cintel
Ferramenta de composta por barras de aço com suporte com pontas ajustaveis. Os
cinteis são utilizados para traçar circunferências de grandes diâmetros (ex.:  910 mm
quando utilizado sem o prolongador, com o prolongador chega a traçar até  1.800
mm).
Os cinteis possuem vários acessórios, como por exemplo: pontas para traçar, pontas
para edição interna e externa, prolongador, pontas com suporte para grafite, pontas
esféricas e tira linhas.
Figura 30: Cintel
Suta
A suta é um instrumento de medição utilizada para comparação e verificação de
ângulos, ela também pode ser utilizada como uma espécie de verificador e ou gabarito
de ângulos em serviços que não exijam muita precisão. Ela é composta por três
lâminas, (suta combinada, no caso da suta universal possui apenas duas lâminas)
sendo uma chamada de lâmina principal que possui um rasgo longitudinal aberto, e as
outras duas são chamadas de lâminas auxiliares sendo umas com extremidade angular
de 45° e a outra com extremidades angulares de 30° e 60° e dois dispositivos para
trava.
22
Figura 31: Suta
Ferramentas Auxiliares
São instrumentos que por sua característica física não efetuam diretamente o
trabalho, mas quando utilizadas com outras ferramentas quer seja de corte quer seja
de traçagem proporcionam a execução do trabalho manual de ajustagem.
Os instrumentos de medida podem ser classificados como auxiliares na ajustagem,
pois com eles podemos executar o trabalho, mas não o teremos em termos de
dimensões, a precisão requerida para a ajustagem. Algumas das ferramentas de
ajustagem podem ao mesmo tempo pertencerem a duas categorias, como por
exemplo, um punção pode ser ferramenta tanto de traçagem como auxiliar.
AS FERRAMENTAS AUXILIARES MAIS USADAS.
Morsa de Bancada
Acessório para fixar peças fabricadas. Geralmente são feitas de ferro fundido, é
composta de duas mandíbulas, urna fixa e outra móvel que se deslocam guia por meio
de um parafuso e urna porca acionada por um manípulo. As mordentes são de aço
carbono temperado, extraído e fixado nas mandíbulas. E montada sobre uma bancada
de madeira dai provem o seu nome.
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Figura 32: Morsa de bancada
Morsa de Mão ou Grampo
É utilizado para prender peças em geral, ou seja, para fazê-las ficarem unidas
possibilitando ao ajustador a execução do seu trabalho.
Figura 33: Morsa manual
Figura 34: Grampo em perfil C
Martelo
Ferramenta de impacto, constituída de aço carbono ou aço forjado temperado e
revenido preso por um cabo de madeira. Os martelos se caracterizam pela forma e
peso.
Quanto à forma podem ser:

Martelo de bola: é usado para rebitar, para cravar extremidade de pinos e
para formar pequenas peças.
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
Martelo de pena: é usado para peças que possuem cantos vivos e podem ser
de pena reta ou pena cruzada
Quanto ao peso, este é dado em gramas (varia de 200 a 1000 gramas) ou em onça
de acordo com a aplicação:
a)
Existe o macete que é uma ferramenta de impacto, constituído de urna
cabeça que pode ser de madeira, borracha, cobre, chumbo, alumínio, plástico ou
couro e um cabo de madeira e utilizado para bater peças ou materiais cuja
superfície não podem sofrer deformações por efeito de pancadas.
Os macetes se caracterizam pelo peso e pelo material que constitui a cabeça.
Quando se utiliza o macete deve-se observar a superfície a ser lisa e o mesmo não
deverá ter rebarbas na cabeça.
Macete borracha
Martelo bola
Macete tecnil
Martelo pena simples
Figura 35: Tipos de martelo
Punção
Ferramenta auxiliar em aço tratado termicamente normalmente possui um corpo
cilíndrico recartilhado ou de forma prismática com uma ponta numa das extremidades,
possuindo um ângulo variável conforme sua aplicação, como por exemplo, o punção
de marcar tem o ângulo da ponta de aproximadamente 60° e o punção de centrar tem
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ângulo de 90° a 120° para deixar uma calota cônica que permita a centragem da broca
por ocasião de furacão de peças e apoio de compassos.
Outros tipos de punção com pontas cilíndricas e compridas são utilizados para sacar
ou tirar pinos de alguns elementos de máquinas, como por exemplo, de polias ou
volantes. Tais punções são chamados de toca-pinos ou saca-pinos, e punção
deslocador para inicio da operação da saca-pinos.
Punção
Saca pino paralelo
Saca pino ponta cônica
Figura 36: Punção e Saca pino
Arco de Serra
Ferramenta auxiliar utilizada para fixar e permitir a serragem sem o risco de quebrar
a lâmina de serra manual. Geralmente é regulável podendo receber os diferentes tipos
de lâmina conforme sua aplicação.
Figura 37: Tipos de arco
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Desandador
Instrumento utilizador para imprimir aos machos e cossinetes o movimento de
rotação para permitir ao mesmo desempenhar suas funções, ou seja, abrir roscas. Os
desandadores variam de formato, pois difere conforme a ferramenta, macho,
cossinete ou alargador manual. Os desandadores para machos podem ser fixos (com
bitolas definidas) ou ajustáveis segundo o bitolado do macho. Os desandadores para
cossinete variam de acordo com o seu diâmetro externo possuem um ou três
parafusos para ajustar o diâmetro final da rosca. Normalmente os modelos de
desandadores são providos de cabos recartilhados, para facilitar a sua manipulação.
Figura 38: Desandador
Figura 39: Desandador para cossinete
Figura 40: Aplicação do desandador
Escantilhão, Verificador de Roscas, Verificador De Raios, Gabaritos.
Todos estes instrumentos servem para conferir o trabalho de ajustagem, os
escantilhões são utilizados na verificação dos ângulos, pois já os trazem definitivos.
Verificador de rosca, o próprio nome já o define onde é variável com o sistema de
rosca. O verificador de raio serve para conferir as peças côncavas e convexas, e são
27
fabricados dentro de uma faixa de medida, como por exemplo, verificador de raio de
15 mm a 25 mm variando de 0,5mm de uma medida para outra. Os gabaritos são
fabricados à medida que se precisa deles e tem formato de dimensões bastante
variadas. Existe outro tipo de calibradores, como os de rosca, de eixo ou de furo do
tipo passa não passa cujas medidas vêm no sistema de tolerância internacional, etc.
Figura 41: Gabaritos
Figura 42: Escantilhão
Figura 43: Verificador de rosca
Figura 44: Verificador de raio
Alicates
São ferramentas manuais fabricadas normalmente de aço forjado tratado
termicamente. São constituídos de dois braços e um pino de articulação e sua forma
na extremidade depende de suas inúmeras utilidades. Os alicates são utilizados para
segurar, curvar, apertar, afrouxar etc. Como exemplos dos tipos mais comuns têm:
alicate universal, alicate de bico (redondo, fino ou curvo), alicate de pressão, alicate de
eixo móvel e alicate de presilhas.
Alicate plano
Alicate universal
Figura 45: Tipos de alicate
Alicate para anel externo
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Alicate pressão
Alicate bico redondo
Alicate bomba d’água
Figura 46: Tipos de alicate
Chaves de Aperto
São ferramentas geralmente de aço para atarraxar ou desatarraxar parafusos e
porcas. O aço utilizado na fabricação das mesmas são geralmente o vanádio ou o
cromo-vanádio. As chaves de aperto classificam-se em: chave de boca simples, chave
de boca, chave de encaixe, chave de boca reguláveis (inglesa e de grifo), chave allen
(ou encaixe hexagonal), chave de fendas. Para parafusos de cruzadas usa-se uma chave
com cunha em forma de cruz, chamada de chave “Philips”, chave tipo canhão.
Chave de Fenda e Philips
Chave Allen
Chave Inglesa
Chave De Grifo
29
Chave Soquete
Chaves de Boca e de Anel
Chave Combinada
Figura 47: Tipos de chave
Torquímetro
É um aparelho utilizado para medir o aperto dado em parafusos de certo elementos
de máquinas, como por exemplo, em tampões de motores a combustão interna. É
composta de um cabo, uma haste onde fica um ponteiro que desliza sobre uma escala
e espiga quadrada que se acopla a chave de dimensão da cabeça do parafuso.
Figura 48: Torquímetro de vareta
Figura 49: Torquímetro tipo T
30
Figura 50: Torquímetro de relógio
Desempeno
É um bloco de ferro fundido robusta ou granito, plana e retificada para garantir a
sua planicidade. Utilizado para medição, traçagem, controle e inspeção de peças.
Figura 51: Desempeno
Rebites
São peças de aço, alumínio, cobre ou latão utilizadas para unir duas ou mais peças
ou chapas. São usados principalmente em estruturas metálicas de reservatórios,
caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos de transporte e treliças. O comprimento
útil do rebite deve ser igual à espessura total a rebitar mais a sobre para formar a
outra cabeça.
31
Tipos de rebites
Tabela 2
Processo de rebitagem
O processo de rebitagem pode ser de forma manual ou mecânico:

Forma manual: o rebite é martelado até encorpar totalmente ao furo.
Figura 52: Forma manual
32

Forma mecânica: Usa o rebitador para dar pressão ao rebite e com isso
conforma-lo perante ao furo.
Figura 53: Rebitagem
Figura 54: Rebitador
Viradeira Manual
Máquina acionada manualmente e utilizada em operações de dobramento de
chapas de diferentes espessuras e tamanho como, por exemplo, na fabricação de
gabaritos, perfis, armários e gabinetes de máquinas, confecção de perfilados, dobras.
Temos também as viradeiras com acionamento mecânico de diversos tamnho e
fmodelos para serviços de mecânica em geral)
(
Figura 55: Viradeira
Calandra
Máquina constituída por um conjunto de cilindros que apresentam movimentos
giratórios e pressão regulável. A calandra é utilizada na obtenção de raios em peças de
formas cilíndricas, chapas e perfis. O material é colocado entre os cilindros, que podem
33
ser fixos ou móveis, depois de relugada a pressão, deforma-se a peça até o raio
desejado.
Figura 56: Calandra
Tipos de calandra
 Calandras para chapa: Têm geralmente três ou quatro cilindros. As mais usadas são
as de três cilindros onde nelas os cilindros estão dispostos em formação de
pirâmide.
Figura 57: calandra para chapa.
34
 Calandras para tubos e perfis: Apresentam conjuntos de cilindros sobrepostos,
feitos de aço temperado, com aproximadamente 200 mm de diâmetro. Podem
curvar qualquer tipo de perfil: barras, quadrados, cantoneiras, em T etc.
Figura 58: Calandra para perfis.
VOCÊ SABIA!
As Calandras podem ter acionamento manual ou mecânico.

Manual: o giro dos cilindros é exercido por um volante ou uma manivela.

Mecânico: Usa-se o motor elétrico ou redutor para fazer os giros dos
cilindros, além disso, pode apresentar um sistema hidráulico capaz de
exerce uma maior ou menor pressão na chapa a ser curvada.
Régua de Precisão
São réguas fabricadas de aço especial, tratadas termicamente e retificada o fio de
contato é utilizada para verificação de superfícies planas, para seu manuseio exige-se
atenção e procedimentos técnicos, devido a sua precisão.
35
Figura 59: Régua de precisão
VOCÊ SABIA?
Existem ainda outros tipos de ferramentas manuais e acessórios utilizados na
ajustagem e manutenção para ser pesquisado pelo aluno, como por exemplo: extrator
(saca-polia), rasqueteador, rebarbadores, chave radial e axial, chave tipo canhão,
calibrador de chapas, compassos especiais, alicates para aplicação diversa, machos e
cossinetes especiais, mesa de controle, acessórios para chave soquete (encaixe) entre
outras.
Figura 60: Extrator com garras
Figura 61: Rasqueteador
Figura 62: Chave tipo canhão
36
ROSCA
Rosca é um conjunto de filetes que se distribui de forma helicoidal e constante.
Desenvolve-se de forma uniforme, externa ou internamente ao redor de uma
superfície cilíndrica ou cônica. Ela possibilita a união parcial de peças diferentes
permitindo-a fácil desmonte e também utilizado no movimento de avanço de
equipamentos máquina quando existe um movimento de rotação de uma das partes
do conjunto como, por exemplo: fuso de máquinas operatrizes e morsas.
Figura 63: Parafuso e Morsa.
Tipo e aplicações das roscas quanto ao perfil

Triangulares: Usada para uniões e fixações em geral de parafusos, porcas e
tubos.
Figura 64 : Perfil de rosca triangular

Trapezoidais: Para transmissão de movimento suave e uniforme de fusos de
máquinas operatrizes. Ex.: fusos de tornos, fresadoras, etc.
37
Figura 65 :Perfil rosca trapeizodal

Dente de Serra: Quando o parafuso exerce grande esforço num só sentido.
Ex. macaco mecânico, morsas, etc.
Figura 66 : Perfil de rosca dente de serra

Quadrada: Tipo de perfil de rosca pouco usado, mas ainda aplicada em
parafusos de peças sujeitas a choque e grande esforço. Ex.: morsas.
Figura 67: Perfil rosca quadrada.

Redonda: Parafusos de grande diâmetro e que devem suportar grande
esforço. Ex.: eixo para navio, peças plásticas, equipamentos ferroviários etc.
Figura 68: Perfil de rosca redonda
38
Número de entradas

Rosca Simples (uma entrada): formada por uma só helicoidal, usada
geralmente para fixações e uniões.
Figura 69 : Rosca Simples

Rosca Múltipla (várias entradas): formada por mais de uma helicoidal,
aplicada quando se necessita de um maior avanço. O avanço é a distancia
axial percorrida em uma volta completa. Na rosca múltipla, o avanço é
encontrado multiplicando o passo pelo número de entradas.
Figura 70: Rosca Múltipla
Sentido e direção do filete

Rosca à Direita: as maiorias das roscas são à direita, ou seja, o filete é
ascendente da direita para a esquerda. O sentido de aperto é horário.
39
Figura 71 : Rosca à direita

Rosca à Esquerda: é usada quando a confecção assim exige, geralmente para
se evitar desatarraxamento da peça. O filete é ascendente da esquerda para
a direita. O sentido de aperto é anti-horário.
Ex.: Eixo de esmerilhadores com par de rebolos, eixo central de bicicletas, rosca de
eixo principal de certas máquinas operatrizes.
Figura 72: Rosca à esquerda
Localização
Externa: é executada roscas sobre superfícies cilíndricas e cônicas. O diâmetro e
desbastado previamente na medida da rosca; podendo ser ligeiramente menor devido
à tendência de aumento do diâmetro (depende de precisão da rosca).
Figura 73: Parafuso
40

Interna: na abertura de roscas internas é necessário calcular o diâmetro
adequado a ser furado ou verificar em tabelas. A ferramenta assemelha-se
com a ferramenta de tornear interno.
Figura74 : Porca
Nomeclatura de uma rosca
41
Sistemas de rosca
Os sistemas de rosca que são normalmente utilizados são o métrico, Whitworth e
americano, ou seja, as dimensões de diâmetro, passo, ângulo do filete, forma da crista
e da raiz já são predefinidos conforme o tipo de sistema adotado.
As características dos sistemas em que as roscas estão padronizadas são:
a)
O sistema métrico ou internacional (ISO)

As dimensões da rosca são determinadas em milímetros.

Nesse sistema ângulo de perfil de uma rosca triangular igual a 60°.

A rosca métrica é identificada pelo seu diâmetro externo.
o Ex.: Uma rosca métrica grossa com diâmetro 8 mm é identificada como
sendo rosca tipo M8, caso a rosca seja métrica com filetes finos, deve-se
informar o passo da respectiva rosca, logo usando o mesmo exemplo, a
identificação ficaria (caso o passo fosse igual a 0,75) rosca M8 x 0,75.
b)
O sistema Whitworth (sistema inglês)

As dimensões são dadas em polegadas.

Nesse sistema ângulo de perfil de uma rosca triangular igual a 55°.

Nesse sistema a rosca é relacionada o diametro e seu número de filetes (NF),
Ex: roca 7/8” , encontramos na tabela o NF= 9 filetes por polegada.

O passo em milímetro é determinado dividindo-se uma polegada pelo
número de filetes contidos na peça, por exemplo.
o Na rosca 3/4 ‘’ triangular normal verificou-se na tabela que o
número de filetes (NF) é igual a 10, então:
Sabendo-se que 1’’ = 25,4 mm e NF = 10, então:

A rosca normal é caracterizada pela sigla BSW (British standard Whitworth)
consiste no padrão britânico para roscas normais e a rosca fina pela sigla BSF
(British standard fine) para o padrão britânico de rosca fina, por exemplo:
42
o Rosca BSW 1/4’’ – rosca com diâmetro externo de 1/4’’ e 20 filetes
por polegada (Ver tabela BSW).
o Rosca BSF 1/4’’ – rosca com diâmetro externo de 1/4’’ e 26 filetes por
polegada (Ver tabela BSF).
c)
No sistema americano

As medidas são expressas em polegadas.

O ângulo de perfil de uma rosca, triangular, é igual a 60°.

Como no sistema inglês (Whitworth), o passo também é determinado
dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos.

A rosca normal é caracterizada pela sigla NC (national coarse) e a rosca fina
pela sigla NF (national fine).
Calculo técnico
Cálculo usado para determinação do diâmetro da broca adequada para
confeccionar rosca com macho.
Exemplo 1:
Calcule o diâmetro e uma broca para confecção de uma porca sextavada de 3/ 8’’.
Solução:
Dados:
Fórmulas:
P = 1’’/ Ne = 1’’ / 16
Dm = 3/8’’= 9,525 mm
P = 1’’/ Ne
P = 1,58
P =? Db = ?
Db = Dm - P
Ne = 16 (ver tabela UNC)
Db = Dm - P = 9,525 – 1,875
Db = 7,9 mm
Exemplo 2:
Calcule o diâmetro de uma broca para confecção de uma porca sextavada M10 x
1,5.
Dados:
Dm = 10
P =1,5
Db = ?
Fórmulas:
Db = Dm - Pnb
Soluções:
Db = Dm – P = 10 – 1,5
Db = 8,5 mm
43
Produção de roscas
A rosca pode ser confeccionada através do auxílio de máquinas operatrizes diversas
tais como tornos mecânicos, furadeiras, máquinas rosqueadeiras, por laminação entre
outros processos de fabricação. Teremos na prática a usinagem de rosca manual com
machos e cossinetes.
ATENÇÃO
Alguns cuidados devem ser tomados ao começar o rosqueamento com machos:
a.
Selecionar a geometria correta do macho para o material componente e o
tipo do furo.
b.
Verificar que o componente esteja firmemente fixado.
c.
Selecionar a dimensão correta da broca nas tabelas para rosqueamento (Ver
tabela). As dimensões corretas da broca também são mostradas nas páginas de
catálogo de fornecedores de machos.
d.
Utilizar o fluido de corte adequado conforme tabela referente ao material
utilizado.
e.
Quando possível, fixar o macho num dispositivo de rosqueamento de boa
qualidade.
f.
Controlar a entrada suave do macho no furo, pois caso seja desigual poderá
causar um alargamento da rosca.
Alguns cuidados devem ser tomados ao começar o rosqueamento com cossinetes:
a.
Antes de aplicar o cossinete, chanfrar a extremidade da barra.
b.
Verificar se o cossinete seja apresentado perpendicularmente à barra.
c.
Verificar que uma boa quantidade de lubrificante correto seja dirigida à área
de corte.
d.
Os cossinetes com rasgo podem ser fechados em aproximadamente 0.15
mm, girando os parafusos de regulagem por igual. A pressão num só lado do
cossinete poderá provocar ruptura.
e.
Cálculo para determinar o diâmetro da barra adequado para o cossinete que
vai ser utilizado.
44
DB = Df - (0,1 x P)
ESMERILHADEIRA/LIXADEIRA
Utilizada com frequência na indústria em serviços de corte, desbaste, acabamento,
rebarbação em peças usinadas e soldas, entre outras aplicações.
A lixadeira possui rotações mais baixas, cerca de 5000 RPM, é indicada para
trabalhos de acabamento de acabamento e preparação de superfícies como madeira,
metal, plástico, fibras, resinas, etc.
A esmerilhadeira é utilizada com rotação mais elevada, chegando a 8000 RPM. É
indicada para serviços de desbastes e cortes de materiais metálicos.
Moto esmeril de bancada é uma ferramenta fixa composta basicamente de motor
eixo de rotação onde utiliza o rebolo como ferramenta rotativa , bastante utilizada em
indústrias e oficinas para serviços em desbaste, rebarbação,acabamento, afiação de
ferramentas em geral Alé do rebolos podem ser fixadas de discos diversos, escovas de
aço .
Figuras 75: Moto esmerial
Figura 76 : Esmerilhadeira
45
Figura 77: lixadeira
Disco
Esmerilhadeira
•
Disco de corte (existem ao menos três espessuras).
•
Disco de desbaste (espessura única, a bem dizer padronizada 1/4).
•
Disco Flap (usado para lixar metais, discos de alta tecnologia para suportar
alta rotação).
O disco é fabricado de diversos tipos de matérias abrasivos, tendo uma grande
variação de diâmetros.
Tipos de disco variam de acordo com operação a ser executada.
a.
Disco de corte
i. Utilizado em máquinas fixas "cut-off" e em portáteis como a
esmerilhadora.
ii. Trabalha em um ângulo de 90°.
iii. Grande velocidade na execução de corte de tubos, barras, chapas
metálicas, concreto, materiais ferrosos e não ferrosos.
iv. Não devem ser utilizados para corte de madeira.
b.
Disco de desbaste
i. Trabalha apenas em máquinas portáteis.
ii. Trabalhar em um ângulo de 30°.
iii. Desbasta grandes quantidades de material em pouco tempo
iv. Usado em desbaste de cordões de solda, rebarbação de peças e
remoção de imperfeiçoes superficiais.
46
ATENÇÃO!
No moto esmeril é utilizado o rebolo, que são ferramentas cortantes constituídas
de partículas abrasivas ligadas entre si por material aglutinante, são selecionados
conforme a aplicação e tipo de material.
Uso adequado para esmerilhadoras e moto esmeril.

Não usar roupas folgadas e soltas, bijoterias (cordões, brincos, pulseiras e
etc.), cabelos soltos, manipular peça com estopas ou trapo, uso de luvas
inadquadas.

O uso de EPI é obrigatório inclusive para as pessoas que estiverem
auxiliando no trabalho com o esmeril.

Antes de iniciar a atividade inspecionar o rebolo ou o disco que vai ser
usado seguindo normas de segurança do fabricante

Cuidado na troca dos rebolos. Certifique-se de que o equipamento esteja
desligado.

Deixe o rebolo girar livremente por um tempo de no mínimo por 1 minuto
antes de iniciar o trabalho, para certificar-se que não haverá o perigo de
quebra da ferramenta durante a execução da atividade.
ATENÇÃO!
No mercado algumas marcas estão disponibilizando esmerilhadeira para uso de
discos de corte mármore, esse procedimento é inaquado e perigoso.
47
FURADEIRA
Na indústria existe vários processos de obtenção de furos em peças, dentre os
estes, destacam-se: processos de conformação e o uso de máquinas operatrizes .
As principais máquinas utilizadas são tornos, fresadoras e furadeiras.
As furadeiras são máquinas de funcionamento relativamente simples, onde consiste
em um eixo arvore que rotaciona com velocidades determinadas pelo operador, nesta
é fixada o mandril que serve de suporte para fixar a ferramenta.O movimento de corte
é rotativo e com avanço linear de apenas uma direção. Para alguns tipos de furadeiras
pode-se ter uma mesa onde fixa-se a peça.
Figura 78: Mandril e chave
Figura 79: Mandril ajuste rápido
Classificação
As furadeiras classificam-se:

Quanto ao sistema de avanço: manual ou automatico ( elétrico ou hidráulico).
Figura 80: Furadeira Manual
Figura 81: Furadeira automática
48

Quanto ao tipo: portátil, de coluna, de bancada, radial e horizontal.
Figura 82: Furadeira de coluna

Figura 83: Furadeira de bancada
Quanto ao número de árvore: simples, gêmea e múltipla.
Figura 84 : Furadeira arvore simples
Figura 85 : Furadeira arvore gemea
49
BROCAS
São ferramenta utilizadas para abertura de furos em geral. São utilizado para diversos
tipos de operação de furação, a figura abaixo mostra um tipo de broca bastante
utilizadas nas indústria
Figura 86: Brocas helicoidais
Tipos de brocas
Os tipos de brocas mais comuns são:

Broca cilíndrica helicoidal :. Possuem 2 até 4 arestas de corte, com canais
helicoidais por onde corre o cavaco e facilita e a refrigeração, fabricadas
geralmente de aço carbono ou aço rápido tratada termicamente .O angulo
da ponta varia normalmente de 60° a 150° conforme a operação e tipo de
material .O ângulo de aproximadamente 120° é o mais utilizado para maioria
das operações.
Figura 87: Broca cilíndrica helicoidal.

Broca de centro: Utilizada para pré furação,com objetivo de garantir a
centragem e dar início a operação de furação para posterior utilização de
50
brocas de diâmetro maiores, utiliza-se também para furo de centro de peças
que teraõ apoio da cntra ponta em operações de torneamento e fresagem

Figura 88: Broca de centro

Broca com ponta de metal duro: Utilizada em furação de materiais com
dureza elevada ou para ter um rendimento maior no processo. Existem tipos
de broca com partilhas intercambiáveis, onde possibilita a troca da pastila
quando necessário e também interissas de metal duro, estas por sua vez
utilizadas em máquinas com recursos técnicos modernos.
Existem as brocas bastante utilizadas com pontas soldadas encontradas no
comércio chamadas indevidamente de WINDIA ,
Figura 89: Broca com ponta soldada

Broca escalonada: São especialmente afiadas para excecutar furos complexo
em apenas uma operação, normalmente utilizadas em grandes produções.
51
Figura 90: Broca múltipla
VOCE SABIA!
Os escariadores, que são ferramentas utilizadas para rebaixar furos (escariar),
dentro os tipos mais comuns de escariação são: Encaixe cilindrico de maior diâmetro
que o furo, encaixe cônico e furo esférico.
Figura 90 : Escariadores
Os alargadores são utilizados nas furadeiras para aumentar o diâmetro de furos
previamente abertos. O objetivo desse processo é garantir ao furo circularidade, um
diâmetro com alguns décimos ou centésimos acima do furo inicial e uma melhor
rugosidade e tolerâcia que não se consegue com o uso de brocas comuns.
52
91: Alargadores
Calculo técnico para furadeira
O cálculo necessário para determinar a rotação (rpm) adequada para a furação é
dado pela formula:
Onde,
n = rotação (rpm)
Vc = Velocidade de corte
d = diâmetro do furo
Exercício
Qual é a rpm adequada para furar uma peça de aço 1045 com uma broca de aço
rápido de 14 mm de diâmetro, se a velocidade indicada na tabela é de 18 m/min?
53
Dados:
ferramenta: de aço rápido
material: aço 1045
vc = 18 m/min
Solução:
n = (18 x 1000) /( 14 x 3)
n = 310,34 rpm
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bitencourt, D. (s.d.). Rebites. Cefet-SC.
Carméio, A. V. (s.d.). Elementos de Máquinas.
Esmerilhadeira, S. n. (s.d.). Professor Luís Francisco Casteletti.
Ferramentas, H. -C. (s.d.). Catálogo de Ferramentas.
Gerling, H. (1977 ). À Volta da Máquina Ferramenta. Reverté .
J.M.FREIRE. (1983). Fundamentos de Tecnologia Mecânica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A.
J.M.FREIRE. (1978). Tecnologia Mecânica (Vol. 1). Rio de Janeiro: Livros Tecnicos e
Cientifícos Editora S.A.
SENAI-SP. (1999). Curso Técnico de Mecânica.
Tools, K. (29 de julho de 2008). Catálogo de ferrramentos.
Download

Ajustagem Mecânica