IDENTIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E CONTROLE DA QUALIDADE DOS BLOCOS DE
CONCRETO PARA ALVENARIA PRODUZIDOS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
Identification, Characterization and Control of the Quality of Blocks of Concrete for masonry
produced in the Region Metropolitan of Recife
Rúbia Valéria Rodriguês de Sousa (1),
(1) Mestranda em Engº Civil, Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco.
Rua Luzia Alves 214 Timbi-Camaragibe, PE CEP 54765-460.
Carlos Welligton de Azevedo Pires Sobrinho (2),
(2) Msc Engº Civil, Prof. Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco.
Rua Min Nelson Hungria 159/1203 Boa Viagem-Recife, PE CEP 51020-100.
Resumo
A utilização de blocos de concreto como componente da vedação vertical em alvenaria de edifícios
de múltiplos pavimentos, na cidade do Recife, ainda não é disseminada. Visando incentivar a
utilização do sistema construtivo em alvenaria estrutural e vedações internas e externas utilizando
blocos de concreto, foi desenvolvida uma pesquisa buscando fazer um panorama das empresas
produtoras de blocos de concreto dentro da cidade do Recife. Este artigo apresenta as
características e qualidade dos blocos de concreto avaliada em 06 empresas produtoras. Para tanto,
foi desenvolvido e aplicado um questionário nas empresas através de uma visita técnica à fábrica
identificando através do preenchimento e do registro fotográfico. Amostras de blocos existentes
em estoque produzidos por essas empresas eram coletadas no sentido de permitir a caracterização
e avaliação da qualidade à luz das normas técnicas (6136:2006 e 12118:2006) através da realização
dos ensaios de laboratório, sendo determinadas às características dimensionais, peso, absorção e
resistência mecânica. A partir dos resultados obtidos, foi desenvolvido um relatório para cada
empresa avaliada e entregue ao responsável técnico da mesma. Este trabalho foi parceria da
Federação das indústrias de Pernambuco e Escola Politécnica de Pernambuco.
Palavra-Chave: Blocos de Concreto, caracterização, controle, qualidade
Abstract
The use of blocks of concrete as component of the brickworks in masonry of
buildings of multiple floors, in the city of Recife, not still is spread. Aiming
at to stimulate the prohibitions internal and external use of the constructive
system in structural masonry used concrete blocks, a research was developed
having searched to inside make a panorama of the producing companies of blocks
of concrete of the city of Recife. This article presents the characteristics and
quality of the blocks of concrete evaluated in 06 producing companies. For in
such a way, it was developed and applied a questionnaire in the companies
through a visit technique to the plant identifying through the fulfilling and of
the photographic register. Samples of existing blocks in supply produced by
these companies were collected in the direction to allow to the characterization
and evaluation of the quality to the light of the norms techniques (6136: 2006
and 12118:2006) through the accomplishment of the assays of laboratory, being
determined to the dimensional characteristics, weight, absorption and resistance
mechanics. From the gotten results, a report for each evaluated company was
developed and delivers to the responsible technician of the same one. This paper
was partnership of the Federacy of the industries of Pernambuco and
Polytechnical School of Pernambuco.
Keywords: Blocks of Concrete, characterization, control, quality
1
1
INTRODUÇÃO
A utilização de blocos de concreto como componente da vedação vertical em alvenaria no
Brasil não é algo recente. Por volta do ano de 1940, foram construídas cerca de 2400 casas
no conjunto habitacional de Realengo na cidade do Rio de Janeiro (ABCP, 1978).
Outro fato importante, ocorrido também na mesma época, que foi a utilização de blocos de
concreto na construção de núcleos habitacionais próximos às grandes hidrelétricas, sendo
utilizados como matéria prima, o resíduo originado na britagem dos agregados que eram
utilizados nas construções das barragens (MEDEIROS, 1993).
Atribui-se o surgimento destes elementos, nos Estados Unidos, por volta de 1882. Desde a
época, o mercado consumidor de blocos de concreto já se mostrou extremamente
promissor. Em todo o país, o processo de produção dos blocos de concreto foi ligeiramente
disseminado, principalmente por apresentarem, enormes vantagens construtivas
(MEDEIROS, 1993).
Hoje é possível encontrar, em quase todas as grandes cidades brasileiras, fábricas de
blocos de concreto produzindo em sua maioria, componentes destinados ao emprego em
alvenaria de vedação. Apesar desse avanço, é de certa forma notória o baixo grau de
disseminação da utilização dos blocos de concreto em várias regiões do país. Pode-se dizer
que dentre os fatores atribuídos a esse aspecto, destaca-se a falta de conhecimento técnico
sobre o assunto, desde a fabricação dos blocos nas centrais de produção, até o
desenvolvimento das potencialidades atribuídas à utilização dos blocos, não só como
elemento de vedação (TANGO, 1984).
Este fato se agrava com o grande número de fabricantes de blocos de concreto, os quais na
sua maioria possuem pouca ou nenhuma informação e infra-estrutura adequada à
produção de componentes, com características de acordo com as especificações de norma.
2
OBJETIVOS DA PESQUISA
Tem o objetivo de caracterizar a qualidade dos blocos de concreto produzidos nas
principais empresas de fabricação de blocos pré-moldados em concreto na Região
Metropolitana do Recife.
Como objetivos específicos, as empresas serão identificadas em função do componente
produzido, seja blocos estruturais para processo construtivo em alvenaria estrutural ou
blocos de vedação para método construtivo em alvenaria de vedação, através das normas
NBR 6136:2006 e NBR 12118:2006.
2
3
CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DOS BLOCOS PRÉ-MOLDADOS EM
CONCRETO NA RMR
3.1 Conceitos iniciais
RABELO [2004] conceitua bloco como sendo um componente básico da alvenaria de
vedação, podendo ser de concreto, cerâmica, pedra natural ou concreto celular.
De acordo com Franco (1994) o bloco de concreto "utiliza materiais industrializados e
equipamentos de boa precisão, que permitem a fabricação de um produto de boa
qualidade, desde que os procedimentos de dosagem e cura sejam controlados”.
Como definição a NBR 6136:2006 conceitua bloco como um elemento de alvenaria cuja
área líquida é igual ou inferior a 75% da área bruta, sendo estes em concreto simples,
composto por cimento Portland, agregados, água e aditivos.
Quanto a sua aplicação do bloco em concreto, dividi-se em:
-estrutural: aplicação em alvenaria estrutural armada e parcialmente armada.
Permite que as instalações elétricas e hidráulicas fiquem embutidas já na fase de
levantamento da alvenaria.
-vedação: para fechamento de vãos em prédios estruturados. Devem ser observados
os vãos entre vigas e pilares, de modo a propor vãos modulados em função das dimensões
dos blocos.
Quanto a sua utilização, o bloco de concreto como elemento de vedação vertical em
alvenaria, resulta em algumas vantagens para a execução, como:
• redução de mão-de-obra;
• obter uma diminuição no tempo da construção;
• facilidades para instalações hidráulicas, elétrica e telefônica, sem a quebra de
bloco;
• menos desperdício em função da modulação;
• dimensões uniformes e grande variedade das dimensões dos blocos;
• menor gasto com revestimento.
3.2 Recomendações normativas
3.2.1 Verificação Superficial
Dentro da NBR 6136:2006 é recomendado neste ensaio que verifica, através de inspeção
visual, se as amostras de blocos de concreto analisadas atendem às seguintes
características físicas estabelecidas:
-
Devem ser homogêneos e compactos;
Devem ter arestas vivas;
Não devem apresentar trincas, fraturas, imperfeições ou outros defeitos;
3
-
Devem ter superfície suficientemente áspera para garantir uma boa aderência, não
sendo permitida qualquer pintura que oculte defeitos eventualmente existentes no
bloco.
O não atendimento aos requisitos normativos indica que os blocos possam ter o seu
assentamento prejudicado, ou afetar a resistência ou a durabilidade da construção.
3.2.2 Análise dimensional
O ensaio verifica as três dimensões principais do produto, largura (L), altura (H) e
comprimento (C), além da espessura das paredes, e sua conformidade com os parâmetros
definidos pela norma técnica NBR 6136:2006, especificando que as dimensões reais dos
blocos vazados de concreto, modulares e submodulares, devem corresponder às
dimensões constantes na tabela 1.
Tabela 1 – Dimensões reais
Famílias de blocos
Designação
Nominal
20
15
12,5
10
7,5
Módulo
M - 20
M - 15
M - 12,5
M - 10
M - 7,5
Amarração
1/2
1/2
Linha
20 x 40 15 x 40 15 x 30 12,5 x 40 12,5 x 25
1/2
1/2
1/2
1/3
12,5
37,5
1/2
x
1/2
1/3
1/2
10 x 40 10 x 30 10 x 30 7,5 x 40
Largura (mm)
190
140
140
115
115
115
90
90
90
65
Altura (mm)
190
190
190
190
190
190
190
190
190
190
Inteiro
390
390
290
390
240
365
390
190
290
390
Meio
190
190
140
190
115
-
190
90
-
190
2/3
-
-
-
-
-
240
-
-
190
-
1/3
-
-
-
-
-
115
-
-
90
-
Amarração L
-
340
-
-
-
-
-
-
-
-
Amarração T
-
540
440
-
365
365
-
290
290
-
90
90
-
90
-
-
90
-
-
90
40
40
-
40
-
-
40
-
-
40
Comprimento
(mm)
Compensador
A
Compensador
B
NOTA: As tolerâncias permitidas nas dimensões dos blocos indicados na tabela 1 são de ± 2,0 mm para a largura e ±. 3,0 mm para a altura e
para o comprimento
1.1.1 A espessura mínima de qualquer parede de bloco deve atender à tabela 2. A tolerância permitida nas dimensões das paredes é de
– 1,0 mm para cada valor individual.
4
3.2.3 Absorção líquida
Esse ensaio verifica o percentual de água absorvido pela amostra, ou seja, se o bloco
de concreto é impermeável ou não à penetração de água. Essa característica está
diretamente relacionada à segurança das construções que, devido ao acréscimo imprevisto
de peso dos blocos sobre as estruturas, podem vir a desabar, colocando em risco a vida dos
usuários dessas habitações.
Além disso, paredes de blocos de concreto que não possuem impermeabilidade
revelam problemas na aderência da argamassa, pois a água existente na composição do
produto é absorvida, resultando em uma massa seca sem poder de fixação.
De acordo com a norma, os blocos devem atender aos limites de absorção e retração linear
por secagem estabelecida na tabela 2.
Tabela 2 – Requisitos para resistência característica à compressão, absorção e retração
Classe
Resistência
Característica (1)
fbk
MPa
A
≥ 6,0
B
≥ 4,0
C
≥ 3,0
D
≥ 2,0
Absorção média em %
Agregado
normal
Agregado
leve
Retração
%
≤ 13,0%
(média)
≤ 10,0%
≤ 0,065%
≤ 16,0%
(individua)
3.2.4 Determinação da Resistência à Compressão
A verificação dessa característica é fundamental para determinar a segurança estrutural da
edificação, pois verifica a capacidade de carga que os blocos de concreto para vedação
suportam quando submetidos a forças exercidas perpendicularmente sobre suas faces e
determina se as amostras oferecem resistência mecânica adequada, simulando a pressão
exercida pelo peso da construção.
Quanto ao seu uso, a NBR 6136:2006 especifica que os blocos de concreto devem às classes
descritas abaixo:
a) classe A – Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima ou
abaixo do nível do solo;
b) classe B – Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível
do solo;
5
c) classe C - Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível
do solo;
d) classe D – Sem função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível
do solo.
Quanto aos requisitos solicitados na NBR 6136:2006 podemos ver na tabela 2 apresentada
no item 3.2.3
4
METODOLOGIA DA PESQUISA
Foram estudadas 06 empresas produtoras de blocos de concreto na RMR, na ocasião de
uma pesquisa científica fruto de parceria da Federação das Indústrias do Estado de
Pernambuco (FIEPE) e a Escola Politécnica de Pernambuco (POLI-UPE).
Desenvolvemos este trabalho nas seguintes etapas:
4.1
Elaboração do questionário
O questionário foi elaborado pelos autores. Está dividido em 5 etapas, e busca coletar
dados referentes à caracterização do bloco de concreto, são elas:
- Dados da empresa;
- Matérias-prima utilizadas;
- Etapas de produção;
- Controle de qualidade;
- Atuação no mercado.
4.2
Aplicação do questionário
O questionário foi aplicado em canteiros de fábricas das 06 empresas produtoras dos
blocos de concreto. Somando a este, realizou-se um registro fotográfico dos aspectos
observados e por fim elaborado uma avaliação e entregue ao responsável técnico da
empresa.
4.3
Ensaios laboratoriais
Para realização dos ensaios no laboratório foram coletadas algumas amostras, conforme
gráfico 01 abaixo:
6
Gráfico 01: Quantidade de amostras utilizadas nos ensaios
12
10
8
6
4
2
0
Ensaio de
Absorção
Ensaio de
Resistência
Compressão
Verificação
Dimensional
Verificação
Superficial
Quantidade utilizada no ensaio
12
12
3
6
Quantidade coletada por
empresa
12
12
12
12
Os equipamentos utilizados foram: paquímetro digital com precisão em mm, estufa (150
ºC), balança com precisão de 5 kg e uma prensa hidráulica de capacidade 120 Kgf.
4.4
Apresentação dos resultados
Os resultados da pesquisa são apresentados em forma de tabela e são decorrentes das
informações obtidos nos ensaios laboratoriais e no questionário aplicado.
4.5
Análise e apresentação dos dados
4.5.1 Análise Dimensional
A seguir temos na tabela 3, o resumo dos resultados das não conformidades encontradas
nas empresas produtoras de blocos de concreto:
Tabela 03: Resultados do ensaio de verificação dimensional
Verificação
Comprimento
Largura (+-2 mm)
Altura (+- 3 mm)
Empresas produtoras de blocos de concreto
Nº Não conformidades
(+- 3 mm)
A
3
B
2
C
0
D
0
E
0
F
4
5
12
2
1
8
1
2
12
0
0
4
3
Pela análise das dimensões, verificou-se que 05 (cinco) fabricantes analisados apresentam
dimensões equivalentes a: 140 mm para largura; 190 mm para altura e 390 mm para
comprimento e 01 (uma) empresa com as dimensões 190 mm para largura; 190 mm para
altura e 390 mm para comprimento.
Dos 5 (cinco) fabricantes que indicavam as dimensões de acordo com a norma, ou seja,
140x190x390 mm, 04 (quatro) foram classificados como não conformes, pois apresentavam,
pelo menos, uma das dimensões medidas fora da tolerância normativa. São eles: A, B,C,
D. Apenas a empresa E apresentou as dimensões dentro da tolerância normativa.
7
A empresa F, fabricante dos blocos com as dimensões de acordo com a norma, ou seja,
190x190x390 mm, foi classificada como não conforme, pois apresentou pelo menos, uma
das dimensões medidas fora da tolerância normativa.
4.5.2 Verificação das Superfícies
A tabela 04 traz resultado do ensaio de verificação superficial das 06 (seis) empresas
analisadas:
Tabela 04: Resultados do ensaio de verificação superficial
Empresas produtoras de blocos de concreto
Nº Não conformidades
A
B
C
D
E
0
0
0
0
0
Trincas
0
0
1
0
0
Paralelismo entre as faces
1
0
1
2
2
Arestas vivas
Verificação
F
0
3
0
Das 06 (seis) marcas analisadas, apenas a empresa “B” apresentou nenhuma não
conformidades, principalmente no que se refere ao paralelismo entre as faces.
4.5.3 Absorção de Água
Nesse ensaio, todas as amostras de todas as marcas foram consideradas conformes, pois
apresentaram percentuais médios de absorção de água inferior a 10% (dez por cento),
indicando que as paredes construídas com esses tijolos não terão aumento de carga
quando exposta à chuva. Abaixo, na tabela 05 apresentamos os resultados encontrados:
Tabela 05: Resultados do ensaio de absorção de água
Empresas produtoras de blocos de concreto
A
B
C
D
Ensaios
9,8
8,6
8,9
8,8
Absorção líquida (%)
Ascensão capilar (cm)
5,5
1,5
1,5
5,5
E
9,9
F
8,5
1,0
1,0
4.5.4 Resistência à Compressão
Das 06 (seis) empresas analisadas, apenas 01 foi considerada como classe “A”, 03 foram
consideradas como classe “B” e 02 foram consideradas como classe “C”, de acordo com os
resultados apresentados dos valores de resistência à compressão quando comparados aos
parâmetros normativos para os valores médios. A tabela 06 apresenta os resultados
encontrados :
8
Tabela 06: Resultados do ensaio de resitência à compressão
Resultados encontrados nas empresas produtoras
A
B
C
D
E
Resistência à
4,39
7,81
3,02
3,25
4,24
compressão (Mpa)
X
Classe A
X
X
Classe B
Classe C
X
F
5,12
X
X
Classe D
Das 06 Empresas visitadas apenas 01 (uma) que é a empresa “B”, verdadeiramente possui
condições e opera a produção com normalidade, conseguindo obter produtos que
atendem a todas as exigências normativas.
Outra empresa 01 (uma) possue capacidade instalada, mas não está produzindo blocos
com demanda que sugiram investimentos e atenção maiores, parecendo desanimada em
produzir blocos, direcionando sua produção para outros produtos.
Outras 02 (duas) possuem certa infra-estrutura, como montagem de laboratório e melhoria
no processo produtivo necessitando de investimento para adequar a produção. Destaque
maior para a empresa “C” que está investindo na aquisição de novas máquinas e mudança
de layout.
Outras 02 (duas) exigem investimento alto, com aquisição e revisão de maquinário,
construção de galpão específico para produção e montagem de laboratório de controle.
O desânimo e a falta de perspectiva das empresas construtoras em adotar o sistema de
alvenaria estrutural ou mesmo na aquisição de blocos de qualidade se constituem em um
entrave para que estas empresas desenvolvam projeto de melhoria e modernização;
excetuamos deste uma empresa, que está investindo na aquisição de equipamentos e infraestrutura.
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observamos que ainda existem algumas empresas que não se encontram devidamente
preparadas para desenvolverem blocos de concreto adequados perfeitamente às Normas
Brasileiras, impedindo assim implantação de inovações tecnológicas, como a execução do
sistema construtivo em alvenaria estrutural.
Existem muito poucos empreendimentos utilizando bloco estrutural de concreto na RMR,
possivelmente devido às falhas ocorridas em prédios construídos em alvenaria resistente
(prédios tipo caixão), a baixa qualidade dos blocos produzidos na Região, o baixo nível de
investimento das empresas do setor de produção de blocos e o baixo nível de informação
das empresas de construção quanto às qualidades e vantagens da alvenaria estrutural.
9
Enfim, através desta pesquisa, vimos que as empresas precisam investir mais na estrutura
física e nos seus equipamentos. Bem como terem a preocupação de produzirem materiais
adequados a normatização brasileira desde equipamentos, processo construtivo, controle
de qualidade, treinamentos e qualificação profissional.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Blocos vazados de concreto
simples para alvenaria estrutural – Especificação. NBR 6136. Rio de Janeiro, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1991) NBR 12118: Blocos
vazados de concreto simples para alvenaria – Determinação da absorção de água, do teor
de umidade e da área líquida. Rio de Janeiro.
MEDEIROS, J.S. Alvenaria estrutural não armada de blocos de concreto: produção de
componentes e parâmetros de projeto. São Paulo, 1993. 449p. Dissertação (Mestrado) –
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
TANGO, C.E.S. Blocos de concreto: dosagem, produção e controle de qualidade. 1 ed. São
Paulo, Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, 1984, v.1.
10
Download

Identification, Characterization and Control of the Quality of