SÃO PAULO MODEL UNITED NATIONS
Comitê de Imprensa
(CI)
Presidência
Flávia Giraldes
Isabela Faggiani
Marcus Ronn Leite
SÃO PAULO
V EDIÇÃO - 2014
SUMÁRIO
1 Carta de Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2
2 Direitos e deveres do jornalista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3
3 Conceitos jornalı́sticos básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4
4 Jornais do SPMUN 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6
4.1
4.2
Folha de São Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6
4.1.1
Como começou . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6
4.1.2
Era Vargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7
4.1.3
Revolução de 1932 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7
4.1.4
Problema econômico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8
4.1.5
Contribuição para a Ditadura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8
4.1.6
Diretas-Já . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9
4.1.7
Hoje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9
4.1.8
Posição polı́tica e linha editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9
The Guardian . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.2.1
Século XIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.2.2
Inı́cio do século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.2.3
Meados do século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.2.4
Final do século XX e começo do século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.2.5
Linha editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5 Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
6 Contatos do Comitê de Imprensa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1
1
CARTA DE APRESENTAÇÃO
Olá delegados-jornalistas,
Sejam muito bem-vindos ao SPMUN 2014. Meu nome é Flávia Giraldes, sou a Diretora
do Comitê de Imprensa. Eu e meus colegas Diretores-Assistentes estamos muito animados
com a participação de todos no evento. Antes de explicar como funcionará o nosso comitê
esse ano, gostaria de me apresentar e apresentar minha equipe.
Atualmente curso o 3o semestre de Relações Internacionais na EPPEN – UNIFESP. No
ano passado, cursei simultaneamente com RI um ano de Jornalismo na Faculdade Cásper
Lı́bero. Meus colegas Marcus Ronn Leite e Isabela Faggiani cursam Jornalismo na PUC-SP
– ele, no terceiro semestre, e ela, no primeiro.
Este ano, o Comitê de Imprensa está dividido em dois jornais, cada um com sua linha
editorial e posicionamento crı́tico especı́ficos. São eles: a Folha de São Paulo e o The Guardian. Eles foram escolhidos por representarem posições antagônicas na imprensa escrita
diária. Os dois cobrirão todos os comitês (ACNUR, CIDH, CSNU, DSI, SOCHUM, SPECPOL, UNESCAP e UNSC – este, em inglês) e todos os eventos relacionados ao SPMUN
(cerimônia de abertura, coquetel, gincana, festa, etc.). Cada um terá seu próprio blog, no
qual serão postados integralmente os textos e fotos que saı́rem na versão impressa. O Marcus cuidará da FSP e a Isabella tomará conta do Guardian. Eu serei responsável por toda e
qualquer atualização do comitê na internet.
No final deste Guia de Estudos, vocês encontrarão o Twitter do Comitê de Imprensa, o
Facebook oficial do SPMUN e nossos emails. Sugiro que nos sigam e curtam a página para
atualizações. Além disso, não hesitem em nos contatar a respeito de qualquer dúvida que
possa surgir. Estamos à disposição para esclarecimentos posteriores.
Um abraço,
Flávia Giraldes
2
2
DIREITOS E DEVERES DO JORNALISTA
O jornalista é um profissional da área de comunicação que trabalha com a divulgação de
conhecimentos e fatos para a sociedade. Como em qualquer outra área profissional socialmente atuante, o repórter deve se basear em deveres e normas de conduta, para assegurar a
transmissão livre de informações, eventos e conhecimentos à sociedade.
O “Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros”, atualizado pela FENAJ (Federação
Nacional dos Jornalistas) em 2007, é um ponto de partida analı́tico essencial para a compreensão da área profissional do jornalista e de todas as responsabilidades dentro de seu campo
de trabalho. Este Código é dividido em cinco capı́tulos, cada um deles com seus respectivos incisos. Recomendamos a leitura dos três primeiros capı́tulos a todos os delegadosjornalistas, visto que tratam de aspectos mais teóricos e amplos da comunicação social.1
O primeiro capı́tulo aborda o direito de todo cidadão à informação, que envolve o ato de
elaborar uma informação, de ser informado por outrem e de ter a liberdade de buscar uma
informação; o segundo traz à tona a questão da conduta profissional do jornalista, explicitando fundamentalmente quais são seus limites de atuação; e o terceiro, por fim, identifica
algumas das responsabilidades do profissional que se enquadra nessa área social tão necessária e importante. Uma sı́ntese do inı́cio deste Código demonstraria que uma sociedade
não pode contar com um jornalismo plural e diverso se não existir a livre circulação de
ideias.
No sexto artigo do segundo capı́tulo deste Código, aparece o dever do jornalista de promover a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela resolução
217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948. Os
princı́pios deste documento da ONU devem ser defendidos e adotados na atividade profissional jornalı́stica, demovendo a incitação à violência, à opressão e ao cerceamento às
liberdades humanas. Seus artigos mais pertinentes à presente discussão são reproduzidos a
seguir:
“Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e
iguais em dignidade e direitos. São
dotadas de razão e consciência e
devem agir em relação umas às outras com espı́rito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para
gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração,
sem distinção de qualquer espécie,
seja de raça, cor, sexo, lı́ngua, religião, opinião polı́tica ou de outra
natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
1
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à
liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e
o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo V
Ninguém será submetido à tortura,
nem a tratamento ou castigo cruel,
desumano ou degradante.
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser,
em todos os lugares, reconhecida
como pessoa perante a lei.
O texto integral está disponı́vel em:
<http://www.fenaj.org.br/federacao/cometica/codigo de etica dos jornalistas brasileiros.pdf>. (FEDERAÇÃO
NACIONAL DOS JORNALISTAS, 2007)
3
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei
e tem direito, sem qualquer
distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção
contra qualquer discriminação que
viole a presente Declaração e
contra qualquer incitamento a tal
discriminação.
(...)
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente
preso, detido ou exilado.
Artigo X
Toda pessoa tem direito, em plena
igualdade, a uma audiência justa
e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para
decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer
acusação criminal contra ele.
Artigo XI
internacional.
Tampouco
será imposta pena mais forte
do que aquela que, no
momento da prática, era
aplicável ao ato delituoso.
Artigo XII
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na
sua famı́lia, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataques à
sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei
contra tais interferências ou ataques.
(...)
Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência
e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou
crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo
1. Toda pessoa acusada de um ensino, pela prática, pelo culto e
ato delituoso tem o direito pela observância, isolada ou colede ser presumida inocente tivamente, em público ou em paraté que a sua culpabili- ticular.
dade tenha sido provada de Artigo XIX
acordo com a lei, em julga- Toda pessoa tem direito à limento público no qual lhe berdade de opinião e expressão;
tenham sido asseguradas to- este direito inclui a liberdade de,
das as garantias necessárias sem interferência, ter opiniões e
à sua defesa.
de procurar, receber e transmitir
2. Ninguém poderá ser cul- informações e idéias por quaispado por qualquer ação ou quer meios e independentemente
omissão que, no momento, de fronteiras.
não constituı́am delito pe- (FEDERAÇÃO
NACIONAL
rante o direito nacional ou DOS JORNALISTAS, 2007)
3
CONCEITOS JORNALÍSTICOS BÁSICOS
Os jornais do SPMUN devem trazer reportagens e análises sobre os debates nos comitês e
os posicionamentos dos delegados, além de matérias a respeito dos eventos relacionados ao
SPMUN. Para familiarizá-los com alguns termos que podemos usar no decorrer de nossos
trabalhos, elaboramos algumas orientações.
1. Pauta
É a receita que o jornalista precisa para começar sua matéria. Pode ser fria (a respeito
de acontecimentos esperados ou recorrentes) ou quente (notı́cias inéditas e repentinas). A pauta deve especificar várias caracterı́sticas do texto aguardado, entre elas o
4
tema escolhido, uma explicação do porquê de a matéria estar sendo feita, o tipo de
abordagem pretendida, o número de laudas necessário, a presença ou não de fotos,
o prazo estipulado, entre outras, além de indicar fontes para a realização da matéria,
sejam elas primárias, secundárias ou terciárias.
(a) Fontes primárias: consulta direta do jornalista a entrevistados ou documentos;
(b) Fontes secundárias: utilização de material apurado por outros profissionais (seja
por assessorias de imprensa, seja por agências de notı́cias);
(c) Fontes terciárias: repercussão de notı́cias publicadas por outros meios.
A pauta é apenas uma orientação, e o jornalista não pode esperar que ela mostre todos os elementos para a realização da matéria. O profissional precisa e
deve procurar além das indicações passadas para reunir material suficiente para
começar a escrever.
(d) Apuração: buscar e checar o máximo de informações para o cumprimento da
pauta.
Com todos os dados disponı́veis em mãos, o trabalho do jornalista é facilitado ao
escrever um roteiro que trace um caminho a ser seguido e elenque os tópicos a serem
discutidos e suas respectivas importâncias para o texto.
2. Chapéu
Uma frase curta que fica acima do tı́tulo e introduz a matéria. Traz um detalhe do
tema a ser tratado.
3. Tı́tulo
Com algum destaque que o diferencie do resto da matéria (negrito, sublinhado, fonte
maior, etc.), deve informar o conteúdo do texto e ser impactante e convidativo ao
leitor. Nunca se termina um tı́tulo com pontos finais.
4. Subtı́tulo
Abaixo do tı́tulo, com mais algumas informações da matéria.
(a) O chapéu, o tı́tulo e o subtı́tulo não devem conter palavras ou elementos repetidos entre si.
5. Corpo da matéria
Uma reportagem pode ser descritiva, narrativa ou dissertativa, o que influenciará a
escrita do jornalista.
(a) Descritiva: um escrito enfático nos adjetivos, com enorme detalhamento de personagens, ações, lugares e objetos envolvidos. Trata de um momento, não de
um encadeamento de situações.
(b) Narrativa: uma reportagem que conta um fato sequencial e objetivamente. A
história é organizada com inı́cio, meio e fim e segue a ordem dos acontecimentos que ocorreram. Há uma ampla utilização de verbos para caracterizar os
ocorridos.
(c) Dissertativa: uma modalidade textual opinativa que argumenta para defender
uma tese. O raciocı́nio lógico deve estar aliado a dados e provas que corroborem o pensamento explicitado. A proposta é informar e persuadir o leitor sobre
determinado prisma.
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Os jornais do SPMUN deverão conter textos narrativos e dissertativos. Ambos devem
utilizar o recurso da pirâmide invertida. Este conceito serve para poupar tempo ao leitor e prender sua atenção ao texto noticioso, concentrando as informações essenciais
da matéria (quem?, quando?, onde?, como?, por quê?) no primeiro parágrafo, que é
chamado de lead.
6. Intertı́tulo
Uma ou duas palavras em destaque no inı́cio de um parágrafo que orientem uma
mudança de assunto na matéria.
7. Legenda e texto-legenda
Ficam abaixo de uma foto, em fonte menor que a utilizada no texto. A primeira, com
algum destaque, informa rapidamente. Já a segunda corrobora e desenvolve com mais
profundidade.
4
JORNAIS DO SPMUN 2014
4.1
Folha de São Paulo
A Folha, como é popularmente conhecida, é um jornal impresso e digital da cidade de
São Paulo, que se coloca a favor da informação e afirma promover um jornalismo crı́tico,
pluralista, independente e, acima de tudo, apartidário. Atualmente, o jornal é o maior representante da comunicação impressa no Brasil, sendo considerado, com aproximadamente
300.000 exemplares por dia, o periódico diário com maior número de tiragens e circulação
do paı́s.
O pressuposto do jornal é que o jornalismo deve ser exercido de forma descritiva e
precisa, mas que admita, essencialmente, todos os tipos de ângulo a respeito dos temas
discutidos. De acordo com o veı́culo, o impresso é um meio neutro de opinião, que tem
como propósito principal promover a multipluralidade de visões. Sendo assim, ele é bastante
conhecido pela diversidade presente no elenco de jornalistas e colunistas, que publicam
diariamente artigos de caráter e ideologias antagônicas.
Hoje em dia, a Folha é o centro da comunicação impressa brasileira. O jornal busca
promover o ganho de conhecimento do leitor, e, para isso, publica reportagens de cunho
social que tangem temas diários, como a polı́tica e o futebol, mas que também incentivam
a reflexão histórica e cultural de quem lê suas linhas. O sucesso do jornal é claro. Porém,
demorou bastante tempo para que o impresso ganhasse a notoriedade que possui nos dias de
hoje; muita história teve de ser escrita.
4.1.1
Como começou
A Folha foi fundada no dia 19 de Fevereiro de 1921 por um grupo de jornalistas organizado por Olival Costa e seu sócio Pedro Cunha, com o nome de Folha da Noite. O jornal
6
era um impresso vespertino que, além de conter textos mais curtos, claros e de cunho noticioso, abordava questões referentes ao dia a dia da população paulistana e denunciava,
principalmente, as deficiências dos serviços públicos e a situação dos trabalhadores urbanos
da época.
O periódico foi criado em oposição ao principal jornal da cidade, O Estado de São Paulo,
de caráter conservador e antidemocrático, que representava as camadas mais ricas da sociedade e, sobretudo, os oligopólios das elites rurais paulistanas. Durante esse perı́odo, a Folha
lançou campanhas a favor do voto secreto e apoiou, principalmente, o tenentismo e o Partido
Democrático no paı́s. Em 1925, percebendo o sucesso claro e rápido do empreendimento,
os sócios decidiram comprar uma sede própria para o jornal, localizada no segundo andar de
um prédio na Rua São Bento, na cidade de São Paulo. Além disso, adquiriram uma rotativa
e, em julho do mesmo ano, criaram a Folha da Manhã, versão matutina do impresso.
4.1.2
Era Vargas
Naquela época, a Folha, ainda composta pelos dois jornais pertencentes ao grupo de sócios,
criticava os partidos republicanos que monopolizavam o governo. Depois de ter apoiado o
Partido Democrático, Olival Costa, único dono do empreendimento à época, aproximou-se
dos republicanos paulistas e se colocou contra aqueles que apoiavam Getúlio Vargas. Em
outubro de 1930, depois da vitória varguista na Revolução de 30, a exemplo de todos os
outros jornais que haviam se contraposto a Getúlio, as instalações da Folha também foram
depredadas e destruı́das por partidários da Aliança Liberal. O jornal deixou de circular até
janeiro de 1931, quando Costa vendeu a empresa a Octaviano Alves de Lima, empresário
ligado ao comércio de café em São Paulo.
Alves de Lima estabeleceu seu enfoque na defesa dos interesses da agricultura e do liberalismo, ou seja, das elites rurais paulistanas. Entretanto, em virtude de eventos importantes
que ocorreram durante esse perı́odo, como, por exemplo, a Revolução de 32, a Segunda
Guerra Mundial e o estabelecimento do Estado Novo, o foco noticioso do jornal acabou
migrando para outros temas. Logo, sua linha editorial e sua posição polı́tica também se
transformaram.
4.1.3
Revolução de 1932
O governo ditatorial desse perı́odo exercia pressão polı́tica e econômica sobre a imprensa,
na maioria das vezes banindo, censurando e perseguindo aqueles que haviam patrocinado a
Revolução de 32. Em São Paulo, o Estadão, periódico que rivalizava com a Folha, sofreu
duras penas; seu diretor, Júlio de Mesquita Filho, foi preso inúmeras vezes e, eventualmente,
forçado a se exilar no exterior. Enquanto isso, seu jornal permanecia nas mãos do governo
liderado por Vargas. Consequentemente, restou à Folha, único periódico de massa restante
à época, ser o porta-voz de oposição à ditadura varguista.
Em meio a um cenário crı́tico, oriundo, principalmente, da relação conturbada que se
estabelecia entre Governo e mı́dia, a parte coorporativa da Folha sofreu algumas mudanças,
abrindo espaço para novas estruturas e sócios como, por exemplo, Nabantino Ramos. Ramos era um advogado prático, técnico e metódico, porém muito inovador: ele estabeleceu
concursos públicos para contratação de jornalistas, cursos e premiações.
7
4.1.4
Problema econômico
O jornal, embora crescesse e atingisse cada vez mais leitores, ainda carecia de capital e
flexibilidade econômica. No começo dos anos 1960, a empresa sofria com os altos custos
de papel-jornal da época. Como solução, Nabantino decidiu fundir, no mesmo ano, os três
jornais em um só periódico, formando assim a Folha de São Paulo que conhecemos hoje em
dia. Porém, com os altos benefı́cios trabalhistas cedidos aos jornalistas da época, Ramos não
conseguiu sustentar mais o periódico e o vendeu aos empresários Octavio Frias de Oliveira
e Carlos Caldeira Filho, que tiveram a dura tarefa de reerguer o equilı́brio financeiro da
empresa.
4.1.5
Contribuição para a Ditadura
Em 1964, a Folha, liderada por Frias, Caldeira e Cláudio Abramo, jornalista responsável
pelas eventuais mudanças estruturais do impresso, apoiou a queda do então presidente João
Goulart, eleito democraticamente, e sustentou, sobretudo, a instalação e o funcionamento
de um regime militar no paı́s. O jornal foi acusado de financiar a Ditadura Civil-Militar
brasileira, emprestando, muitas vezes, suas camionetes de entrega de jornais para transporte
de presos polı́ticos.
No começo da década de 1970, em virtude de sua ampla contribuição para o sucesso
da Ditadura, a Folha virou alvo de protestos. Guerrilheiros interceptaram e queimaram três
camionetes da empresa, além de jurarem de morte o dono do jornal. Como resposta, Octavio
Frias respondeu ao atentado, publicando um editorial na primeira página do impresso, sob
o tı́tulo de “Banditismo”, repudiando as agressões e as ameaças sofridas pela Folha:
Os ataques do terrorismo não alterarão a nossa linha de conduta. Como
o pior cego é o que não quer ver, o pior do terrorismo é não compreender
que no Brasil não há lugar para ele. Nunca houve. E de maneira especial
não há hoje, quando um governo sério, responsável, respeitável e com
indiscutı́vel apoio popular está levando o Brasil pelos seguros caminhos
do desenvolvimento com justiça social - realidade que nenhum brasileiro
lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama. [...] Um
paı́s, enfim, de onde a subversão - que se alimenta do ódio e cultiva a
violência – está sendo definitivamente erradicada, com o decidido apoio
do povo e da imprensa, que reflete os sentimentos deste. Essa mesma
imprensa que os remanescentes do terror querem golpear.
(Editorial: Banditismo – publicado em 22 de setembro de 1971; Octavio
Frias de Oliveira)
Não obstante, o periódico utilizou, no dia 17 de Fevereiro de 2009, quase 50 anos depois
do golpe, em um de seus editoriais criticando o Governo de Hugo Chávez na Venezuela, a
expressão “ditabranda” para se referir à Ditadura Civil-Militar que governou o Brasil durante
os “anos de chumbo”. De acordo com o impresso, a ditadura brasileira foi “mais branda”
e “menos repressiva” que outros regimes similares na América Latina. Tal postura adotada
pelo jornal em relação a esse tema, usando um termo injusto e irrealista que diminui a
gravidade da ditadura contra aqueles que ela reprimiu, denuncia a posição, o caráter e a
postura polı́tica e ideológica da Folha.
8
4.1.6
Diretas-Já
A década de 1990 foi bastante turbulenta no Brasil. A população se dirigia às ruas, reivindicando eleições presidenciais diretas no paı́s. A Folha, diferindo da postura conservadora
adotada durante a Ditadura Civil-Militar Brasileira, assumiu um papel crucial em defesa de
eleições populares para a Presidência da República. Nesse perı́odo, a redação passou para
as mãos de Otavio Frias Filho, o Otavinho, que estruturou e deu seguimento, embora com
muitas mudanças, à ideologia e ao funcionamento do periódico mais conhecido do Brasil.
Em 1984, procurando estabelecer sua linha de pensamento, o jornal lançou o Projeto
Folha, que consistia, essencialmente, na divulgação de textos que evidenciavam a sua linha
editorial. Baseando-se nos próprios ideais, o impresso idealizou o Manual de Redação, conjunto de normas escritas e gramaticais assumido pelo jornal, e que todo aspirante a jornalista
deveria conhecer.
Otavinho repaginou o jornalismo da Folha. Ele acreditava em uma filosofia comunicativa isenta e pluralista, capaz de oferecer os mais diferentes olhares sobre os fatos. Desde
o regime militar, a Folha sempre se manteve crı́tica a respeito dos Governos de Geisel, Figueiredo, Sarney, Collor e Itamar. Se, de um lado, ela apoiou a proposta de liberalização
econômica idealizada na gestão de Fernando Collor de Mello, do outro ela lutava pelo impeachment do presidente.
Em 2009, a Folha de S. Paulo soltou, ao lado de uma reportagem referente ao suposto
plano da VAR-Palmares de sequestrar Delfim Netto, então Ministro da Economia, uma ficha criminal de Dilma Rousseff, Ministra da Casa Civil à época, gerando suspeitas sobre
sua participação em ações armadas durante o regime militar. Entretanto, evidenciando a superficialidade da abordagem do jornal, a autenticidade da ficha acabou sendo contestada e,
mais tarde, desmascarada: o documento publicado pela Folha era forjado. Depois do ocorrido, o veı́culo de comunicação publicou um artigo pedindo desculpas a seus leitores pelo
deslize, colocando, porém, logo ao lado do texto, uma reportagem sobre a volta de Delúbio
Soares ao PT, relacionando indiretamente os dois casos e identificando, dessa maneira, seu
lado polı́tico de repúdio ao Partido dos Trabalhadores.
4.1.7
Hoje
Atualmente, a Folha constitui um jornal matinal pluralista e apartidário, que adota, entretanto, uma postura predominantemente conservadora e de direita. A lógica editorial propagada por ela é a mesma posição adotada por vários outros meios de comunicação espalhados
Brasil afora, ponderando e discursando na base de pensamentos e interpretações fechadas e
reacionárias, isto é, de claro conservadorismo.
4.1.8
Posição polı́tica e linha editorial
De acordo com a própria Folha, o jornal tem como objetivo oferecer, acima de tudo, três
coisas ao seu público leitor: informação correta, interpretação competente e pluralidade de
opiniões.
Informação correta é a descrição verı́dica de tudo aquilo que é capaz de permear a
9
vida e os interesses de seus leitores. Essa descrição é realizada pela Folha de forma despojada, prática e imparcial. Embora seja quase sempre impossı́vel de se estabelecer uma
cobertura absolutamente neutra, a Folha tende a manter um certo grau de distanciamento
ideológico, estabelecendo-se não apenas entre os dois lados da questão, mas ponderando,
principalmente, pontos consideráveis de cada um deles. Entretanto, identificando seu viés
discursivo presente nas mais variadas áreas de abordagem do jornal, sua guinada para ideais
de direita se torna cada vez mais visı́vel e a propagação de apurações tendenciosas e ideais
conservadores só reafirmaram essa sua caracterı́stica.
Interpretações competentes dos fatos é um ponto crucial da cobertura exercida pela Folha. Os jornalistas escrevem conforme os critérios adotados pela empresa, aliando assim seu
domı́nio pela escrita com o estilo de repercussão estabelecido pelo jornal. O periódico promove, essencialmente, uma tomada de consciência do leitor e uma pluralidade de opiniões
que represente de forma fidedigna o cenário atual pelo qual as visões existem e se distribuem
na sociedade.
O jornalismo exercido pelo jornal deve ser, em sua estrutura, crı́tico, pluralista, apartidário e moderno. Naquilo que diz respeito a uma escrita crı́tica, não basta apenas relatar
os fatos e acontecimentos, mas sim tecer uma linha de pensamento questionadora diante das
situações. Para a Folha, qualquer fato jornalı́stico é objeto de discussão. Ela se torna crı́tica
quando o repórter faz comparações, estabelecendo analogias e veiculando diferentes pontos
de vista sobre um mesmo fato. Afinal, o errado não é publicar lados contrários, mas sim
tomar e propagar um deles como verdade absoluta.
Pluralista significa, em sua essência jornalı́stica, abordar os assuntos discutidos através
de diferentes ângulos e visões. Escrever de forma plural evidencia uma escrita que abre
espaço para qualquer tipo de opinião, e que representa de forma fiel como cada uma dessas
interpretações se distribui no interior da opinião pública. Ser pluralista não significa, essencialmente, abster-se de uma posição. Ao contrário, a Folha procura determinar o seu lado
de forma crı́tica perante um tema, embora não se coloque na função de impor certos lados
a seus leitores. O jornal, independentemente da guinada conservadora, não busca publicar
suas informações de forma única e absoluta.
A Folha promove um jornalismo apartidário e “sem amarras”. Para exemplificar esse
seu projeto de jornalismo “independente“ e “apartidário“, é importante ressaltar o espaço
que o jornal vem dando durante o perı́odo eleitoral desse ano. Em vez de expor apenas uma
opinião a favor do PT ou do PSDB, forças que comandam quase todo o cenário polı́tico
brasileiro atual, a Folha mescla sua visão com entrevistas a favor de Aécio Neves, representante tucano, e Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores. Em tese, se de um lado ela
enaltece o projeto da Bolsa Famı́lia, defendido fortemente pelo PT, do outro ela ressalta a
importância de um governo liderado pelos ideais de Aécio.
Por fim, a Folha procura estabelecer em seu jornal um jeito moderno de abordagem. Jornalismo moderno é a capacidade de trazer temas, exemplos e, especialmente, pontos de vista
que até o momento da publicação ainda não foram debatidos ou colocados em discussão.
Em suma, o jornal trabalha para construir uma população conscientizada e independente,
que saiba dissertar sobre temas relativos à vida polı́tica, econômica e social do indivı́duo.
10
4.2
The Guardian
Fundado por John Edward Taylor em 1821, o jornal foi publicado pela primeira vez em
cinco de maio daquele ano com o nome The Manchester Guardian. Atualmente, é o terceiro
jornal britânico mais lido em todo o Reino Unido. É conhecido por opor-se a quaisquer
particularidades conservadoras e defender a liberdade individual nos campos polı́ticos e
econômicos, sendo geralmente considerado o tı́tulo de referência da centro-esquerda. O
veı́culo é visto como próximo do partido trabalhista britânico, o New Labour, ainda que isso
não o impeça de escrever crı́ticas ao governo.
O Guardian é conhecido por sua longa tradição de independência editorial. Seu site
é um dos portais de notı́cia mais visitados do mundo, sendo um dos mais completos em
lı́ngua inglesa para informações sobre polı́tica, economia, esportes, entretenimento e comportamento.
4.2.1
Século XIX
Publicado inicialmente uma vez por semana, o jornal passou a sair todas as quartas-feiras
e sábados em 1836, tornando-se uma publicação diária em 1855. A intenção original do
periódico era promover os ideais liberais e pró-democráticos após o Massacre de Peterloo,
que ocorreu em agosto de 1819, na cidade de Manchester.
4.2.2
Inı́cio do século XXI
O Guardian atingiu reconhecimento nacional e internacional sob a edição de C. P. Scott,
que comprou o jornal em 1907 e garantiu sua independência até sua morte, em 1932. Pouco
antes de falecer, Scott se afastou das atividades relacionadas ao jornal e passou o controle de
edição e direção para seus filhos, Ted e John Russel Scott. Em junho de 1936, J. R. tomou
a decisão de passar formalmente a propriedade do jornal para os administradores do Fundo
Scott para garantir a liberdade de imprensa da publicação.
4.2.3
Meados do século XXI
Em 1944, quando A. P. Wasdworth assumiu a direção do Guardian, o jornal sofria por
sua quantidade de circulação insatisfatória, devido ao número limitado de páginas, à má
qualidade da impressão e a pautas de notı́cias consideradas peculiares, caracterı́sticas que
antes eram tidas como seu “charme”.
O Guardian não tinha recursos, e um enfoque para a atividade comercial não ajudou sua
economia. A ameaça do futuro do jornal cresceu gravemente, com problemas financeiros
à tona, e discutia-se uma fusão entre o Guardian e o Times, que também sofria prejuı́zos.
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Alastair Hetherington, o editor a partir de 1956, permaneceu um firme defensor da independência do Guardian, e o jornal moderno deve muito à sua liderança e visão durante este
perı́odo.
Com investimento na impressão e uma mudança para escritórios melhores em Londres,
o The Guardian começou a crescer de novo, alcançando uma posição privilegiada entre
um dos melhores jornais do Reino Unido. No clima polı́tico cada vez mais polarizado do
final dos anos 70 e inı́cio dos anos 80, a posição do Guardian como a voz da esquerda foi
incontestável. A cobertura de conflitos industriais, incluindo a greve dos mineiros de 1984
a 1985, definiu a posição liberal do jornal.
O lançamento do Independent, em 1986, porém, alterou o status quo da imprensa britânica.
O jornal centrista atraiu escritores e leitores de grande nome com um design moderno e rede
de distribuição que aproveitou ao máximo o mercado de pós-união. Em poucos anos, a
circulação do Independent subiu para curta distância do Times, jornal de direita, e do Guardian, representante da esquerda polı́tica.
4.2.4
Final do século XX e começo do século XXI
No começo da década de 90, o Times e o Daily Telegraph, ambos conservadores, atraı́am
cada vez mais leitores, enquanto o Independent lutava para sobreviver. Havia, entre esses
três jornais, uma guerra de preços através de marketing. O The Guardian se distanciou
disso e permaneceu pelo preço integral, investindo recursos em jornalismo de qualidade.
Durante esses anos, o jornal teve sua circulação aumentada, permanecendo comercialmente
bem sucedido e atingindo consagração crı́tica. Entre 1994 e 1995, o Guardian iniciou o
desenvolvimento de publicações online.
Em 10 de setembro de 2005, foi lançado o novo Berliner Guardian, com um design
inovador em um formato de meio porte. O Guardian se tornou o primeiro jornal nacional do
Reino Unido a adotar esse tamanho e ser impresso em cores.
O mês de dezembro de 2008 marcou um ponto significativo na história do The Guardian,
quando o jornal se mudou para um prédio novo na King’s Cross, após 32 anos em sua sede
em Farringdon. Entre 2009 e 2010, o Guardian adiantou-se às novas tecnologias e lançou
uma gama de novos produtos e serviços digitais, incluindo aplicativos para iPhone e iPod
Touch, Open Platform e DataBlog, o primeiro site jornalı́stico nacional de dados.
4.2.5
Linha editorial
No inı́cio, o Guardian tinha uma reputação de ser um veı́culo da classe média. Nas palavras
do filho de C.P. Scott, o jornal “permanecerá burguês até o fim”. Nos dias atuais, porém,
a maior parte dos leitores do jornal se caracteriza como sendo de esquerda em relação ao
cenário polı́tico britânico.
O Guardian é visto como uma plataforma de notı́cias para aqueles de opiniões liberais
e esquerdistas. O editor Ian Katz afirmou, em 2004, que a posição centro-esquerdista do
jornal não é segredo para ninguém e, em 2008, a colunista Jackie Ashley afirmou que o
jornal se posiciona claramente à esquerda do centro e é vagamente progressista.
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Os comentários e páginas de opinião do Guardian são geralmente escritos por contribuintes de centro-esquerda. Entretanto, o jornal tem permitido um pequeno espaço para vozes de centro-direita em suas páginas. Nas eleições de 2010, o Guardian declarou seu apoio
ao partido Liberal Democrata e afirmou o desejo de prevenir uma vitória conservadora. O
jornal se mostra contra a famı́lia real desde um editorial de 2000, no qual se posicionou a
favor da abolição da monarquia britânica.
Pois bem: agora é a sua vez! Tome como base todas as caracterı́sticas adotadas
pela Folha de São Paulo e pelo Guardian e redija suas matérias de acordo com os
ideais e as normas de cada jornal. Boa sorte!
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5
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