Terça-feira
17 de março de 2015
Jornal do Comércio - Porto Alegre
D
efinição mineira para avaliar desempenho de homens públicos: político que não
consegue administrar uma ideia fechada — início, meio e fim — em no máximo
um minuto e meio, não é do ramo. Qualquer semelhança com a entrevista de
domingo dos ministros da casa não é simples coincidência.
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Maluf em Bento
JUREMIR VERSETTI/REVISTA ASSIM/DIVULGAÇÃO/JC
Cada vez mais, se acentua o que esta página chamou há mais
tempo de falência dos governos nesta parte do mundo. Com as
honrosas exceções que confirmam a regra, o Estado falha miseravelmente naquilo que dele mais se esperava, administrar com
equilíbrio e eficiência uma máquina que, hoje, se autodevora e
consome quase tudo do que arrecada dos cidadãos. Nada funciona a contento.
Um dos visitantes ilustres
da Fimma, feira do setor moveleiro em Bento Gonçalves,
foi o deputado federal Paulo
Maluf (PP-SP), que lá esteve
na condição de empresário do
setor moveleiro (Eucatex). O
deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) mostrou algo que
Maluf lê mais de perto. Mesmo
aos 83 anos, seu cabelo sobrevivente é preto quase como as
asas da graúna. Botou “alguma coisinha” neles, como se
diz. Maluf, hoje, é ficha limpa.
Água fria na magia I
Esqueçam precisões astronômicas e portais extraterrestres dos monolitos de Stonehenge. O jornal
inglês The Guardian publicou ontem matéria sobre
uma nova teoria, a de que o conjunto não era usado
para cerimônias e sim para sustentar uma plataforma de madeira circular, capaz de sustentar centenas de pessoas e sobre a qual haveria um altar.
A falência dos governos II
Água fria na magia II
Julian Spalding, um crítico de arte e ex-diretor
de alguns dos mais importantes museus do Reino
Unido, disse ao The Guardian que até agora sempre
olhamos para as ruínas a partir da terra, um ponto de vista dos tempos atuais. “Nós não estivemos
pensando sobre o que eles estavam pensando.” A
ser verdade, é agua fria na magia de Stonehenge.
BETO RODRIGUES/DIVULGAÇÃO/JC
Não tá morto
quem peleia
Este solitário vendedor (a) de
cangas e outras peças enfrentou
a praia de Capão da Canoa sem
nenhuma concorrência visível. É
bem verdade que os veranistas
também eram pouco visíveis, mesmo com os fiéis frequentadores do
Litoral em março. O lema ou o slogan do ambulante bem que poderia ser “não tá morto quem peleia”.
Desnível na ciclovia
A falência dos governos I
Usuários da ciclovia na avenida Diário de Notícias reclamam que na calçada oposta ao BarraShop-ping a pavimentação é totalmente irregular além de tampos de bueiros em desnível. Isso desde que a
prefeitura colocou ou reformou esgotos sob a ciclovia. Velho problema, a falta de capricho no arremate.
De nada adianta culpar o passado. Foram eleitos exatamente para resolver ou pelo menos encaminhar soluções. Ninguém
foi eleito para se queixar. E quando os governos tropeçam nas
próprias pernas, a culpa sempre é de outrem, e de preferência
do Grande Irmão do Norte. Enquanto isso, aumentam impostos
para consertar suas mancadas, sempre à custa do chapéu alheio,
aquele que fica na cabeça do contribuinte.
Sem resposta
A presidente Dilma Rousseff (PT) disse que vai procurar diálogo
com humildade. O ministro da Justiça saberia disso? Bem na hora
da entrevista coletiva da presidente, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal emitiu nota dizendo que, desde fevereiro,
pediu, “por diversas vezes”, uma audiência formal com José Eduardo
Cardozo (PT) para apresentar propostas para o fortalecimento da Polícia Federal. Sem resposta até agora.
Miúdas
» POBREZA na F-1. Em anos
anteriores, eram 30 disputando 24 vagas na largada;
domingo, seriam apenas
18 mais dois para fazer
número. Só 15 largaram.
» FICHA deveria ter caído
muito antes, quando a apu-
ração mostrou que Dilma
venceu por uma diferença
de apenas 500 mil votos.
» IMPOSTO sobre grandes
fortunas: os paraísos
fiscais aplaudirão de pé
a medida do governo
brasileiro.
Finais
INSTITUTO dos Arquitetos do Brasil RS comemora 67 anos amanhã lançando/19h30min o livro Cinquenta por Cinco, do historiador
Carlos José Penna Rey. CARVALHO, Machado, Timm & Deffenti Advogados é especialista em COMPLIANCE (adequações de práticas à Lei
Anticorrupção brasileira).
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