ID: 62285863
15-12-2015
Tiragem: 13063
Pág: 36
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 26,00 x 15,99 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Nova Expressão integra grupo que vai
concorrer com ‘networks’ internacionais
Meios Columbus Media International torna-se empresa internacional que terá mais de 40 agências como accionistas.
Catarina Madeira
[email protected]
A agência de meios Nova Expressão (NE) vai ser accionista
de um novo grupo internacional que nasce da transformação
da Columbus Media numa empresa internacional. O objectivo
é que, em conjunto, as agências
associadas nos diversos países
possam concorrer com as
‘networks’ internacionais a
concursos de contas alinhadas
em vários mercados.
Na prática, trata-se da transformação de uma associação
composta por agências independentes, numa empresa internacional em que os membros
actuais e alguns futuros serão
accionistas numa proporção
que estará relacionada com as
dimensões dos respectivos
mercados. “Passa a haver uma
gestão comum e centralizada no
que toca às ferramentas das
agências e, sobretudo, a estrutura passa de informal a formal,
com as obrigações que os accionistas de uma empresa têm em
relação a ela”, explica Manuel
Falcão, director-geral da NE.
“O objectivo é que a Columbus
passe a ter uma presença maior
em cada mercado e maior a nível internacional”, acrescenta.
Esta reorganização vai permitir à NE “desenvolver a capacidade de trabalhar clientes
portugueses no exterior, mas
também de poder proporcionar
uma oferta global para clientes
estrangeiros, nomeadamente
no digital”, diz. À agência portuguesa caberão responsabilidades especiais na área do digital no seio da nova Columbus, o
que já levou mesmo a agência a
reforçar a equipa alocada a esta
área (ver caixa). O resultado
poderá ser uma maior projecção
‘online’ de empresas portuguesas apostadas na exportação.
Com a criação de um ‘hub’ digital, o objectivo da NE é também
atrair empresas estrangeiras
que decidam centralizar a sua
estratégia digital a partir de
Portugal. Na base deste trabalho
estará sempre a experiência adquirida com a conta do Turismo
de Portugal, que termina no
próximo ano.
A grande diferença entre a
empresa que resulta desta nova
estrutura e as ‘networks’ concorrentes é o facto das agências
manterem a sua autonomia e a
totalidade do seu capital.
BALANÇO 2015
Agência fecha o ano com facturação
acima dos 20 milhões
Este ano será o segundo melhor
da história da Nova Expressão
(NE) em termos de facturação.
A agência prevê fechar o exercício acima dos 20 milhões de euros, tal como o seu presidente,
Pedro Baltazar, já tinha avançado ao Diário Económico. Manuel
Falcão sublinha a importância de
algumas conquistas feitas em
2015: “O ano termina com a NE
no top 5 da compra digital em
Portugal e a liderar a compra
digital em mercados exteriores,
planeada e feita a partir de Portugal”, feito para o qual contri-
buiu sobretudo a conta do Turismo de Portugal. Fruto deste contrato e para responder ao desafios do mercado interno e externo, a agência reforçou a equipa
alocada ao digital. O saldo é ainda positivo no que toca à conquista de novos clientes – 35 ao
todo – em resultado do “esforço
continuado de New Business”,
refere o director-geral da NE. A
compra de espaço em televisão
(englobando FTA e Cabo) foi
uma das áreas de negócio que
mais cresceu, com um aumento
superior a 50% face a 2014.
Sobre a participação que caberá à agência portuguesa e o investimento que esta envolverá, Manuel Falcão diz que esse valor está
a ser “ajustado”, já que depende
das conversações com agências
asiáticas que poderão ainda integrar este grupo. O processo deverá estar finalizado no fim do primeiro trimestre de 2016. Será esse
o ano em que a nova empresa entrará em concursos internacionais com a nova estrutura. O processo de reorganização foi iniciado na Cimeira de Lisboa, em Novembro de 2013, mas só em Novembro deste ano é que o novo
modelo foi acordado e decidido
na cimeira de Nova Iorque. Pelo
meio, houve um trabalho intensivo para decidir a estrutura de
capital e auditar as competências
de cada uma das agências.
A Columbos agrega cerca de
2.500 colaboradores em 40
agências, que neste momento
cobrem 68 países, com uma facturação global de 8,7 mil milhões
de dólares em 2014. ■
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`networks` internacionais