A LUCRATIVIDADE DO CARBONO ZERO PARA AS EMPRESAS O planeta agradece MUDANÇAS CLIMÁTICAS Devido ao aumento dos seguintes gases: - Dióxido de Carbono (CO2) – 49% - Metano (CH4) – 18% - CFC’s – 14% - Óxido Nitroso (N2O) – 6% - Outros gases – 13% Dióxido de Carbono - CO2 Fontes Naturais: - Naturalmente através da respiração, - Decomposição de plantas e animais, - Queimadas naturais de florestas, Fontes Antropogênicas: - Queima de combustíveis fósseis - Desmatamento - Queima de biomassa Para estabilizar as concentrações que estão presentes no dias de hoje, será necessário uma redução de 60% das emissões globais de CO2 Metano – NH4 Fontes Naturais: - Decomposição de plantas e animais Fontes Antropogênicas: - Criação de gado - Produção de petróleo Oxido Nitroso – N2O Fontes Naturais: - Decomposição do nitrogênio Fontes Antropogênicas: - Indústrias de fertilizantes - Combustão de petróleo CFC’s (hidrofluorcarbono/hexfluoreto/polifluorcarbono) Fontes Naturais: - nenhuma Fontes Antropogênicas: - Aerossóis, refrigeradores e ar condicionado - Equipamentos eletrônicos - Produtos derivados da fundição de alumínio Mudanças climáticas A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento emitem grandes quantidades de gases, em especial o CO2 na atmosfera. Este gás absorve bem a radiação terrestre. Quando ocorre o aumento deste gás, ocorre o aumento da temperatura e da quantidade de vapor de água na atmosfera, ocorrendo aquecimento da superfície terrestre. As plantas verdes absorvem CO2 durante a fotossíntese, mas atualmente tem sido liberada uma quantidade de gás maior que a capacidade de absorção das plantas. O CO2 acumulado na atmosfera bloqueia a saída de radiação quente para o espaço e manda de volta esta radiação aquecida, causando o chamado Efeito Estufa. Quais as alterações esperadas? Vários cenários de emissão de gases de efeito estufa foram integrados a modelos climáticos para prever o clima futuro. Se não se tomarem as medidas adequadas, várias mudanças são esperadas para o século 21: A temperatura média global vai subir entre 1.4 e 5.8°C. • Enquanto as massas de gelo na Groenlândia se reduzirem, as calotas polares da Antártica deverão crescer. • O nível do mar deve subir de 9cm a 88cm. • Estima-se que após o ano de 2100 as alterações climáticas causadas pelo homem ainda devem continuar por vários séculos. • Mesmo depois de uma estabilização do clima, o nível do mar continuaria subindo durante vários milênios. Quais são as consequências prováveis da mudança do clima? Alterações regionais, principalmente a elevação da temperatura, já têm efeitos sobre sistemas físicos e biológicos. Tanto os sistemas naturais quanto os humanos são sensíveis às mudanças climáticas por causa de sua adaptabilidade limitada. Esta sensibilidade varia segundo a situação geográfica, o tempo, as condições sócio-econômicas e ambientais. Espera-se um aumento dos fenômenos climáticos extremos e dos prejuízos e casos de morte ocasionados por catástrofes naturais em função das mudanças climáticas. Os sistemas humanos terão que se adaptar às inevitáveis mudanças do clima. As esperadas perdas econômicas deverão atingir principalmente as regiões mais pobres. NÚMEROS 320 quilos de CO2 são emitidos na atmosfera na geração de 100 kW para alimentar uma casa em um mês, valor neutralizado com uma árvore 548 quilos de CO2 são emitidos em uma viagem aérea entre São Paulo e Brasília, ida e volta, sem contar o trajeto de carro até o aeroporto 3 toneladas de CO2 podem ser neutralizadas pelo plantio de 5 árvores em média, pois a quantidade de carbono absorvida varia segundo a espécie R$ 10 é quanto custa em média uma árvore usada no reflorestamento da Mata Atlântica, dentro de projetos florestais preexistentes 6 árvores são suficientes para compensar o que um carro a gasolina lança no ar em um ano Tem se formado um consenso internacional com relação ao fenômeno da mudança climática ou aquecimento global) e suas origens na elevação dos Gases do Efeito Estufa (GEE), ocorrida a partir da Revolução Industrial. A unanimidade em torno do assunto foi obtida com a realização da Convenção Quadro sobre Mudança Climática das Nações Unidas em 1992. A partir de então, iniciaram-se negociações para a redução das emissões de CO2 que culminaram com o estabelecimento do Protocolo de Quioto, ocorrida no Japão em 1997. O Protocolo de Quioto, adotado em 1997 e em vigor desde fevereiro de 2005, determinou que os países industrializados que o ratificassem deveriam reduzir, entre 2008 e 2012, a emissão global de gases de efeito estufa (GEE) em pelo menos 5% comparativamente aos níveis de 1990. Essa determinação foi resultado das conclusões atingidas na Convenção-Quadro, que reconheceu que os maiores responsáveis pelas emissões de GEE são os países desenvolvidos. Por esse motivo, os países signatários foram divididos em dois grandes grupos: Partes do Anexo I (países desenvolvidos) e Partes não incluídas no Anexo I (demais países, incluindo o Brasil). Forma de redução O comércio de emissões é um mecanismo baseado no mercado. Ele permite que reduções sejam obtidas pela utilização de diferenças no custo da diminuição de emissões em diferentes países, uma vez que gases responsáveis pelo efeito estufa se espalham uniformemente na atmosfera. Os prejuízos resultantes das emissões e os benefícios por suas reduções são independentes da sua origem. Reduções de emissões obtidas na Espanha, por exemplo, podem ser creditadas à Alemanha, onde elas teriam maiores custos ao serem realizadas. Essas trocas são autorizadas apenas entre países industrializados. Forma de redução A implementação conjunta é outro mecanismo por meio do qual um país pode implementar um projeto que leve a reduções de emissões em outro país, contabilizandoas em sua quota, desde que arque com os custos do projeto. Um exemplo de implementação conjunta foi o que ocorreu entre o México e a Noruega, que pagou pela troca de lâmpadas incandescentes por outras mais eficientes no México, o que levou a reduções de emissões contabilizadas na quota da Noruega. O Protocolo de Quioto restringiu esse mecanismo aos países industrializados e à troca realizada entre governos. Forma de redução O mecanismo criado pelo Protocolo de Quioto denominado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é um dos instrumentos de flexibilização estabelecidos com o objetivo de facilitar o atingimento das metas de redução de emissão de gases de efeito estufa definidas para os países que o ratificaram. Em síntese, a proposta do MDL (descrita no Artigo 12 do Protocolo) consiste em que cada tonelada de CO2 equivalente (tCO2e) que deixar de ser emitida ou for retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento poderá ser negociada no mercado mundial, criando novo atrativo para a redução das emissões globais. Projeto de reduções Para que um projeto resulte em reduções certificadas de emissões (RCEs), as atividades de projeto do MDL devem, necessariamente, passar pelas etapas do ciclo do projeto, que são sete: elaboração de documento de concepção de projeto (DCP), usando metodologia de linha de base e plano de monitoramento aprovados; validação (verifica se o projeto está em conformidade com a regulamentação do Protocolo de Quioto); aprovação pela Autoridade Nacional Designada (AND), que no caso do Brasil é a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima (CIMGC) que verifica a contribuição do projeto para o desenvolvimento sustentável; submissão ao Conselho Executivo para registro; monitoramento; verificação/certificação; e emissão de unidades segundo o acordo do projeto. Uma atividade de projeto entra no sistema do MDL quando o seu documento de concepção de projeto (DCP) correspondente é submetido para a validação a uma Entidade Operacional Designada (EOD). Ao completar o ciclo de validação, aprovação e registro, a atividade registrada torna-se efetivamente uma atividade de projeto no âmbito do MDL. Exemplo de projetos: Não existe um exemplo melhor de projeto do tipo contemplado pelo mecanismo de desenvolvimento limpo do que a substituição de gasolina por álcool, produzido a partir da cana de açúcar, como é feito no Brasil. Álcool é um combustível renovável porque, ao ser queimado nos veículos que o usam, emite CO2 que é recapturado pela cana de açúcar ao crescer na safra seguinte. Atualmente o Brasil estaria consumindo o dobro da gasolina que consome se o Programa do Álcool não existisse. Com a atual produção de cerca de 12 bilhões de litros de álcool por ano, o Brasil emite 10 milhões de toneladas de carbono a menos do que poderia estar emitindo; tal redução corresponde a 15% de todas as emissões de carbono do país. Acredita-se que essas reduções de emissões terão um valor monetário de pelo menos US$ 20 por tonelada de carbono, cuja emissão for evitada. Dessa forma, o Programa do Álcool deveria gerar US$ 200 milhões por ano, sem qualquer outro esforço adicional, além de uma boa negociação diplomática. Exemplo de lucratividade com carbono zero: A Atlas Copco fabrica compressores de ar, isentos de óleo e resfriados a água, com sistemas de recuperação de energia integrados. 100% da entrada de energia elétrica pode ser recuperada em forma de água quente. Assim, as indústrias que utilizam grandes volumes de água quente e vapor, como as de alimentos e bebidas, laticínios, papel e celulose, produtos farmacêuticos, químicos e petroquímicos, usinas elétricas, salas esterilizadas e têxteis, podem reduzir significativamente suas despesas com energia. Exemplo de lucratividade com carbono zero: A Bambu Carbono Zero nasceu como uma empresa ecologicamente pioneira, trabalha apoiada no tripé da sustentabilidade: economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta. Focada na viabilização comercial de plantações de bambu, desenvolve diversas vertentes de negócios primeiramente voltada para a construção civil, inspirados nas primeiras construções estruturais colombianas do arquiteto Simon Vélez no Brasil. Atualmente, a empresa consolidou diversas atividades ligadas ao setor, com saldo zero de emissões, transformando todas as partes do bambu em divisas. Exemplo de lucratividade com carbono zero: A Suzano tem sido constantemente desafiada pelas mudanças climáticas, que podem colocar em risco o próprio negócio com o aumento da temperatura e declínio da precipitação. Diariamente, a empresa planta 220 mil mudas de eucalipto que dentro de sete anos irão suprir a produção de celulose e papel em suas fábricas. Essa área florestal absorve 3,8 vezes mais toneladas de carbono do que a empresa emite em sua cadeia produtiva, de acordo com o Inventário de Emissões de 2007. As emissões diretas e indiretas da empresa (incluindo unidades industriais, atividades de manejo florestal, distribuidora e escritórios) chegam a 1,1 milhão de toneladas de carbono. Suas florestas plantadas de eucalipto nos estados da Bahia, Espírito Santo e São Paulo são responsáveis pelos seqüestro de mais de 3,3 milhões de toneladas de carbono. Hoje, os volumes mundiais do mercado de carbono são estimados em 1,5 bilhão de euros por ano As quantidades de toneladas de CO2, ou outros gases economizadas ou sequestradas da atmosfera, são calculadas por empresas especializadas de acordo com determinações de órgãos técnicos da ONU. Por exemplo, uma tonelada de óleo diesel trocado por biodiesel gera o direito a 3,5 toneladas de créditos. Um hectare de floresta de eucalipto absorve por hectare, por ano, 12 toneladas de gás carbônico. Um grande aterro sanitário, que capte o metano e o transforme em eletricidade, pode ter o direito a milhões de toneladas de créditos por ano. QUER COMEÇAR UM PROGRAMA CARBONO ZERO? Calcule a sua pegada ecológica (carbon footprint) em http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/pegada_ecologic a/calculadora/ Quer diminuir a sua pegada ecológica? http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/pegada_ecologic a/reduza_sua_pegada/ Para pequenas e médias empresas há um site para se calcular a carbon footprint. Crie uma conta em http://www.carbonfootprint.com/