Aniversário da
Jornada Mundial
da Juventude Rio!
pág. 9
JESUÍTAS BRASIL
Em
edição 6 | ANO 1 | juLho 2014 | jesuitasbrasil.com
INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL
Dois períodos de uma
mesma história, num
mesmo espírito
Companhia de Jesus celebra o 200º
aniversário de sua restauração
Especial • 12
Jesuítas
ampliam
trabalhos na
Amazônia
pág. 21
Projetos de
alunos da ETE
participam de
mostra
pág. 25
Dilma Rousseff
inaugura HT
Micron na
Unisinos
pág. 29
Alunos da UNICAP
desenvolvem
app “Ônibus
Para Todos”
pág. 33
Companhia de
Jesus celebra
um ano do
MAGIS no Brasil
pág. 37
4
editorial
Recomeçar, sempre
bicentenário de restauração da Companhia de Jesus, disponível no portal
w w w.jesuitasbrasil.com ,
nos oferece algumas pistas sobre esses elementos
essenciais:
Pe. Miguel de Oliveira
Martins Filho, sj
Provincial do Brasil Nordeste
No próximo mês, dia 7,
celebraremos o 200º aniversário da restauração da
Companhia de Jesus. Em
tempo de jubileu, somos
chamados, sem dúvida, a
fazer memória deste momento tão importante da
história de nossa “mínima
Companhia”. Porém, para
nós, jesuítas, celebrar este
momento não significa
simplesmente olhar para
trás e revisitar um evento
histórico, fixado no passado, mas é um convite para
a redescoberta e a revitalização de elementos essenciais de nossa própria
identidade e carisma.
A novena em preparação para a celebração do
A ação de graças pela
fundação da Companhia,
que nos convida continuamente a uma “volta às fontes” e ao reconhecimento
do dom que Deus oferece
à Igreja por meio da experiência de Inácio e dos primeiros companheiros;
A liberdade espiritual ,
que nos leva continuamente a distinguir as mediações
(inclusive a própria Companhia) do único Absoluto de
nossas vidas: o Senhor que
salva, porque ama.
A união de mentes e de
corações, que faz deste
grupo de homens um verdadeiro Corpo apostólico,
unido a serviço da missão
de Cristo, na Igreja;
A humildade, que nos
conduz a aprender com
nossa história, vendo nela
a ação da graça de Deus e a
nossa contínua necessida-
de de conversão, para nos
assemelharmos ao Cristo
manso, pobre e humilde;
A generosidade, que
brota do reconhecimento
agradecido de que “tudo é
dom e graça de Deus” e nos
leva a partilhar gratuitamente tudo o que também
recebemos de graça.
Ler os sinais dos tempos,
que nos faz estar atentos aos
movimentos do Espírito e às
necessidades de respostas
criativas aos novos desafios
que temos diante de nós;
Sentir com a Igreja, que
revigora nossa pertença
eclesial e nos relembra que
somos parte de um Corpo
maior, o Corpo de Cristo,
enviado em missão.
A contemplação para
alcançar amor, que reconhece nossa vocação como
resposta ao imenso amor de
Deus, que continuamente se
entrega por nós e nos pede
para transformarmos nossa
vida em dom para os outros.
A ação de graças pela
restauração da Companhia,
que nos leva a agradecer ao
NOVENA
1814
2014
Pai por continuar nos associando à missão de seu Filho.
Essa “ação de graças” no
começo e “ação de graças”
no final educam nosso olhar
para ver Deus em todas as
coisas e todas as coisas em
Deus. O Senhor – que fundou
a Companhia, sustentou-a
em seus variados ministérios,
acompanhou-a durante sua
supressão, chamou-a de volta à existência em sua restauração – continua, ainda hoje,
convidando-nos a recomeçar.
A proclamação do Evangelho
conduz a essa redescoberta
da novidade de Deus em nossa vida, para transmiti-la aos
outros, com alegria.
Assim como a Companhia de Jesus experimentou
a alegria de um recomeço e
da possibilidade de um novo
futuro, que nós saibamos nos
alegrar com as pequenas e
grandes “ressurreições” que
Deus realiza continuamente
em nossas vidas. Com Ele,
sempre podemos recomeçar.
Boa leitura!
Faça o download da
Novena em PDF no link
http://bit.ly/1n9IztJ
5
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
CALENDÁRIO LITÚRGICO – JULHO | AGOSTO
Próprio da Companhia de Jesus
Fundador da
Companhia de Jesus
31 de julho
02 de agosto
18 de agosto
Santo Inácio de Loyola
São Pedro Fabro
Santo Alberto Hurtado Cruchaga
Expediente
Pe. Francys Silvestrini Adão, SJ
Diretor editorial
Pe. Geraldo Lacerdine, SJ
Diretor do NCI
EM COMPANHIA é uma publicação
mensal dos Jesuítas do Brasil, produzida pelo Núcleo de Comunicação
Integrada (NCI)
Contato NCI
[email protected]
www.jesuitasbrasil.com
Silvia Lenzi (MTB: 16.021)
Editora e jornalista responsável
Colaboradores da 6ª Edição
Colaboradores: Pe. Bruno Schizzerotto
(BAM), Pe. Carlos James dos Santos (BRC),
Pe. Creômenes Tenório Maciel (BNE) e Pe.
Matias Martinho Lenz (BRM). Pe. Alfredo
Ferro, Pe. Hugo Bersch, Belisa Lemes da
Veiga, Francilma Grana, João Elton de Jesus,
SJ, Renato Geraldo Evangelista Salles, Pe.
Valério P. Sartor e Ana Ziccardi (revisão).
Juliana Dias
Redação
Fotos
Banco de imagens / Divulgação
Victor Pisani
Diagramação e edição de imagens
Tradução das notícias da Cúria Geral
Pe. José Luis Fuentes Rodriguez
Errata
Na 5ª Edição do Em Companhia, na
seção Calendário Litúrgico, houve
um equívoco na identificação de
Santa Maria Zhu Wu (apresentada
como São Maria Zhu). O novo calendário litúrgico próprio da Companhia, valorizando a colaboração com
leigos e leigas, celebra, juntamente,
com o martírio dos 4 jesuítas (entre
eles, São Leão Mangin), o martírio de
52 leigos e leigas (entre eles, Santa
Maria Zhu Wu).
6
entrevista PEREGRINOS EM MISSÃO
Os desafios da Educação
Padre Mário assumiu o cargo de delegado Nacional para a Educação Básica da Companhia de Jesus em 2013
O delegado Nacional
para a Educação Básica, Pe.
Mário Sündermann, está à
frente do cargo há menos
de um ano, mais precisamente desde 19 de novembro de 2013. Em entrevista
ao informativo Em Companhia, ele conta um pouco
dos desafios enfrentados
diante da nova missão e
quais os projetos que vêm
sendo desenvolvidos para
a área educacional da Companhia de Jesus.
Em entrevista publicada
em dezembro de 2013,
logo após a sua nomeação
como delegado Nacional
para a Educação Básica,
você disse que iniciaria
essa missão fazendo a
visita canônica aos colégios. Como tem sido esse
trabalho?
Neste primeiro semestre,
já pude visitar as 14 unidades educativas. As visitas
foram uma oportunidade
ímpar de conhecer mais a
realidade de cada colégio,
assim como de contato
mais próximo com os jesuítas e profissionais leigos que aí atuam. Tenho
presenciado uma riqueza
de experiências que nos
coloca em uma posição
bastante favorável para
darmos os primeiros passos na construção da rede
nacional. Em um país de
proporções continentais
como o Brasil, visitar unidades presentes desde o
Rio Grande do Sul ao Piauí
tem possibilitado uma primeira aproximação ao que
pode significar um projeto educativo comum para
todo o país.
Vejo que os colégios enfrentam desafios importantes que perpassam as
três principais dimensões
do trabalho educativo: pedagógica, administrativa e
de formação cristã. Transversalmente,
estamos
vivendo um momento de
resgate da nossa matriz de
identidade e de atualização
dessa matriz. Temos alunos e famílias diferentes
de outros tempos e que se
aproximam da escola com
demandas distintas de
outrora. Essa nova realidade requer que escolas e
educadores inacianos sejam criativos e eficientes
o bastante para trazer, ao
momento atual, aquilo que
nos identifica e diferencia
como obras educativas da
Companhia de Jesus.
Quais os principais desafios encontrados?
Há diferentes desafios. Alguns advêm da tecnologia,
outros provêm das questões ambientais, outros do
novo perfil de alunos e educadores etc. Observando o
modo como cada unidade
tem enfrentado os desafios inerentes ao trabalho
escolar no contexto atual,
vejo que temos um repertório diverso e muito rico
de possibilidades de contribuir eficazmente com a
Igreja do Brasil por meio da
educação básica. Se formos
capazes de colocar nossas
experiências e nossos conhecimentos em comum e
nos articularmos de modo
Líderes de turma do Colégio Catarinense se encontram com o padre Mário
a gerar maior sinergia nos
diferentes processos, sem
dúvida, avançaremos muito.
O que está em jogo atualmente é a nossa competência para criar ambiente favorável para compor a Rede
Inaciana de Educação Básica no Brasil. Estruturalmente, estamos organizados,
falta-nos o segundo passo,
que seria a elaboração do
estatuto da Rede. Nossa
tarefa agora é mapear os
diferentes processos e
avançar na qualificação do
funcionamento dessa nova
estrutura. Nesse sentido,
três eixos de atuação têm
sido o fio condutor do trabalho atual: Construção do
PEC (Projeto Educativo Comum), Aplicação do Programa de Gestão de Qualidade
e Implantação da Plataforma Moodle nas unidades.
Em que medida já há avanços na construção do Projeto Educativo Comum (PEC)?
A construção do PEC foi iniciada há algum tempo. Nos
encontros dos Diretores
7
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
entrevista PEREGRINOS EM MISSÃO
Gerais, em 2013, ficou definido o processo de construção do projeto. Foi feito
um primeiro esboço dos
desafios que permeiam a
educação básica em nossos
dias e traçado um cronograma de trabalho. As visitas canônicas fazem parte
desse processo. Em 2014,
o foco maior é a fundamentação teórica. Contribuem,
para isso, os preparativos
do Seminário Internacional
de Pedagogia e Espiritualidade Inacianas (SIPEI),
que já está acontecendo
virtualmente. De 2 a 8 de
novembro, teremos a parte presencial em Manresa,
Espanha. Está previsto, a
partir desse evento, a publicação de novo documento
de educação para a Companhia de Jesus em nível uni-
Qualidade em três unidades: Catarinense (SC),
São Luís (SP) e Diocesano
(PI). Esse programa nos
dará condição de, alinhados com os indicadores
definidos para todas as
escolas da América Latina, mapear as unidades
brasileiras e identificar
as áreas que demandam
investimento,
melhoria
e/ou inovação. Já estamos finalizando, nessas
três unidades, a etapa de
avaliação e, no segundo
semestre, daremos início
à elaboração dos planos
de melhoria. Para 2015,
temos planejado iniciar o
processo em mais quatro
unidades: Antonio Vieira (BA), Medianeira (PR),
Santo Inácio (RJ) e São
Francisco Xavier (SP).
“Penso que é possível socializar saídas
criativas para os desafios comuns:
problemas ambientais, uso dos recursos
tecnológicos, projetos de valorização da
vida e de espiritualidade, intercâmbios
culturais e esportivos, etc. ”
versal. Em 2015, trabalharemos mais intensamente na
construção de um projeto
educativo estruturado para
toda a Rede. Contaremos
com a contribuição de educadores das diferentes
unidades e especialistas de
dentro e de fora da Companhia de Jesus na construção
do PEC. Em 2016, promulga-se o documento e dá-se
início à sua implantação nas
unidades educativas.
E o Programa de Gestão da
Qualidade?
Em 2014, começamos o
Programa de Gestão da
Em que medida já está
implantado a Plataforma
Moodle nas escolas?
A plataforma Moodle veio
como uma ferramenta facilitadora das mediações
pedagógicas no cotidiano
escolar. Nossas escolas
atendem alunos nativos
digitais que transitam naturalmente no universo
tecnológico. Espera-se que
o uso da plataforma traga
benefícios aos educadores
e aos alunos. Para isso, é
importante a capacitação
do corpo docente, processo que já vem acontecendo
nos últimos anos e que tem
Jesuíta participa do dia de integração
e ação social do Colégio Catarinense
qualificado as mediações
utilizadas dentro e fora da
sala de aula. A Plataforma
oferece um conjunto significativo de oportunidades
de mediação e construção
do conhecimento utilizando
ferramentas tecnológicas.
Além disso, é um importante espaço para formação de
professores, presencial ou à
distância, e ainda possibilita
maior intercâmbio e diálogo
entre as unidades educativas espalhadas pelo Brasil.
No momento, a plataforma
já está sendo utilizada cotidianamente em dez escolas
e outras três devem começar com projetos-piloto no
segundo semestre de 2014.
Quais são os principais canais de diálogo e aproximação entre as unidades?
Além do já dito acima (PEC,
Gestão de Qualidade e
Moodle), penso que há outras possibilidades de diálogo e aproximação das escolas entre si, seja regional
ou nacionalmente. A riqueza e a diversidade de projetos, bastante robustos
e transversais de nossas
escolas, permitem sonhar
com diferentes aproximações. Penso que é possível
socializar saídas criativas
para os desafios comuns:
problemas ambientais, uso
dos recursos tecnológicos,
projetos de valorização da
vida e de espiritualidade,
intercâmbios culturais e esportivos, etc.
Sem dúvida, a Rede é rica
em possibilidades e os desafios visualizados são acolhidos como possibilidade
de contribuir na construção
de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária por
meio de uma educação de
excelência.
Leia também a entrevista do Pe. Mário Sündermann,
publicada em 23 de dezembro de 2013, no Portal
Jesuítas Brasil: http://bit.ly/1nhNA34
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
9
o ministério de unidade na
IGREJA
SANTA SÉ
Aniversário da JMJ Rio!
As comemorações de um ano da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no
Rio acontecerão até 27 de julho. A programação transcorre dentro do projeto Memória e Missão da Arquidiocese
do Rio de Janeiro, que visa a celebrar o
primeiro aniversário da JMJ Rio2013, recordando o encontro do papa Francisco
com os jovens do mundo inteiro, e discernir as ações dos católicos diante dos
desafios apresentados atualmente.
Durante as comemorações, serão
realizadas catequeses, missões, exposição cultural e peregrinação das réplicas
dos símbolos da JMJ – a cruz e o ícone
de Nossa Senhora. No dia 26 (sábado), a
partir das 13h, acontecerá a grande celebração na Quinta da Boa Vista. A missa
será presidida pelo Cardeal Arcebispo
do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, às 18h. E, no dia 27 (domingo), às
17h30, haverá o lançamento do livro de
fotos da JMJ, no auditório do Ed. João
Paulo II (Rua Benjamin Constant, 23, 2º
andar, bairro da Glória, Rio de Janeiro).
A JMJ Rio 2013 foi realizada
entre os dias 23 e 28 de julho
de 2013, no Rio de Janeiro (RJ).
Naquela semana, mais de três
milhões de peregrinos, vindos
dos mais diferentes países,
testemunharam a fé em Jesus
Cristo para o mundo todo.
Fotos: Flickrs da Jornada Mundial da Juventude e George Martell/Pilot New Media
Fonte: site da Rádio Vaticano
10
o ministério de unidade na igreja SANTA SÉ
The Pope App em nova edição
Em 7 de julho, o presidente do Pontifício Conselho
das Comunicações Sociais,
dom Claudio Maria Celli,
acompanhado por seu colaborador Thaddeus Jones,
apresentou o aplicativo The
Pope App, para smartphone
e tablete, que reúne toda a
mídia do Vaticano.
Em entrevista à Rádio
Vaticano, dom Celli disse:
“Era nosso desejo apresentar ao papa essa iniciativa.
Como se sabe, já existia o
‘The Pope App’ e nós estamos contentes porque, no
passado, mais de 400 mil
pessoas baixaram o aplicativo. Essa ferramenta permite
ao papa aproximar-se de
homens e mulheres de hoje,
de estar próximo a eles com
suas mensagens, com seus
pronunciamentos, com as
suas meditações. Com essa
iniciativa, aperfeiçoamos a
primeira edição do The Pope
App, que está mais acessível, mais claro e melhor administrado”.
Segundo Thaddeus Jones,
o aplicativo agrupa os conteúdos, as mídias e as notícias
produzidas pelos meios de
comunicação do Vaticano,
como: Rádio Vaticano, Centro
Televisivo Vaticano, Agência
Fides, L’Osservatore Romano,
em parte a Sala de Imprensa da Santa Sé e os últimos
textos publicados no site va-
tican.va. Além disso, é multimídia, oferecendo vídeo, streaming e fotografias, também
do Serviço Fotográfico. “A
ideia é colocar tudo junto em
um único App e isso também
para satisfazer uma exigência
sempre mais presente hoje,
porque as pessoas querem
ter notícias no próprio smarthphone, no próprio tablet”,
comentou Jones.
Fonte: site da Rádio Vaticano
Inaugurada primeira universidade
dos jesuítas na Índia
No início de julho, foi
inaugurada a primeira universidade dos jesuítas na
Índia, em Bhubaneswar, capital do estado de Odisha. Em
seu discurso de inauguração,
o governador do estado indiano, Naveen Patnaik, disse
que a nova instituição quer
ser um centro no qual se entrelaçam excelências acadêmicas e bons valores éticos.
O governante agradeceu à
Odisha Jesuit Society, que
oferece instrução de qualidade no país e no mundo, por
ter tomado a iniciativa de
instituir a universidade.
A Jesuit Xavier University
é a primeira universidade “digital” do país, a primeira universidade católica do estado
e a quarta na Índia. Inspirando-se em São Francisco Xavier,
estudioso e jesuíta, do qual
tem o privilégio de herdar
o nome, a nova instituição
propõe-se a tornar-se um
centro de aprendizagem e de
serviço, reconhecido em nível
mundial por seu compromisso de excelência em todos os
campos da vida humana.
Em seu discurso de boas-vindas, o vice-chanceler, Pe.
Paul Fernandes, SJ, definiu
a Jesuit Xavier University
como um “dom de Deus para
nós. Nós o recebemos com
gratidão e nos empenhamos
por sua constituição e crescimento. Nós a abençoamos
hoje”, disse. Sua missão é imitar Cristo como modelo de
sabedoria para os jovens a
serviço da justiça, da paz, da
verdade, e pela construção
da civilização do amor.
Por sua vez, o arcebispo
de Cuttack-Bhubaneswar,
dom John Barwa, disse que
“esta universidade será uma
mãe amorosa para dar à luz
futuros filósofos, grandes
cientistas, eminentes pensadores e estadistas excepcionais para o nosso país e
para o mundo”.
Fonte: site da Rádio Vaticano
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I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
o ministério de unidade na igreja SANTA SÉ
Novo reitor do Pio Brasileiro
toma posse em setembro
Da esquerda para a direita: Pe. Geraldo Maia, Pe. Martinho Lenz, SJ, dom Jaime
Spengler, Denis Fontes de Souza Pinto, embaixador do Brasil junto à Santa Sé,
Pe. João Roque Rhor, SJ, atual reitor do Pio Brasileiro, e dom José Luiz Magella
O padre Geraldo dos Reis
Maia, do clero diocesano de
Uberaba (MG), tomará posse
como novo reitor do Colégio
Pio Brasileiro, no dia 30 de
setembro. Com a posse do
padre Geraldo e sua equipe,
concretiza-se a passagem
da direção do Colégio, administrado pela Companhia
de Jesus por 80 anos, para a
CNBB (Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil).
O Colégio Pio Brasileiro foi criado em 1934, em
Roma, com o objetivo de
oferecer uma formação
para seminaristas brasileiros. Nos anos 90, esse
perfil mudou. Atualmente,
em vez de seminaristas, o
colégio abriga sacerdotes
que são enviados para cursos de mestrado e doutorado em Teologia e outras
ciências religiosas, em
diversas universidades e
academias pontifícias.
O colégio pode abrigar
mais de 100 estudantes,
proporcionando residência
e formação espiritual para
jovens sacerdotes do clero
diocesano, que, ao retor-
nar ao Brasil, trabalham na
formação do clero e dos
leigos, bem como prestam
assessoria qualificada a diversas pastorais.
Em junho, o padre Geraldo visitou o Colégio
para conhecer melhor a
casa, onde se formou em
anos anteriores. Na ocasião, ele presidiu a missa
na Festa do Sagrado Coração de Jesus, patrono do
Pio Brasileiro. O atual reitor, Pe. João Roque Rohr,
SJ, e o sócio do Provincial
da BRM, Pe. Martinho
Lenz, SJ, que dirigiu o Colégio de 1992 a 2000, participaram da celebração.
No dia 29 de junho, padre Geraldo participou
da entrega da solenidade
dos Santos Pedro e Paulo
Apostólos, no qual o papa
Francisco impôs o pálio arquiepiscopal a 24 novos arcebispos metropolitanos no
mundo inteiro. Dentre eles,
os brasileiros dom Jaime
Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS), e dom José
Luiz Majella Delgado, arcebispo de Pouso Alegre (MG).
A Companhia Jesus dirigiu o Colégio Pio Brasileiro por 80 anos. Na foto, da esquerda
para a direita, os padres Martinho Lenz, SJ, Geraldo Maia e João Roque Rhor, SJ
12
especial
A retomada da missão
O papa Pio VII, em 7 de agosto de 1814, publica o documento que restaura a Companhia de Jesus ao redor do mundo
Na manhã de 7 de agosto de 1814, cerca de 100 jesuítas se preparavam para a
celebração do papa Pio VII, no Altar de
Santo Inácio, em Roma, Itália. A ocasião,
muito esperada por todos, oficializaria o
retorno da Companhia de Jesus à sua missão no mundo. Após a Eucaristia, e a pedido do pontífice, o Monsenhor Cristaldi leu
a Bula Sollicitudo Omnium Ecclesiarum,
documento que declarou a restauração da
Ordem religiosa, após 41 anos de supressão. O decreto foi entregue ao provincial
Panizzoni, que representou o então padre
geral Tadeusz Brzozowski.
No artigo Os primeiros passos para
a Restauração (Anuário da Companhia
de Jesus - 2014), o jesuíta Paul Oberholzer
afirma que, antes da supressão, em 1773,
havia mais de 23 mil jesuítas em missão. Na
ocasião da restauração da Ordem, restavam cerca de 600 religiosos, que viviam na
Rússia, no Reino de Nápoles, na Sicília, nos
Estados Unidos, na Inglaterra e na França.
Aos poucos e com muita alegria, os
jesuítas foram recebendo a notícia do
decreto do papa Pio VII. “Foram eles
que, com grande entusiasmo e auxiliados pelos novos candidatos, rapidamente aderiram à Ordem, empreenderam
a árdua tarefa de, gradualmente, recuperar a Companhia de Jesus”, explica
o jesuíta Arturo Reynoso, no artigo Os
jesuítas exilados nos Estados Papais
(Anuário da Companhia de Jesus - 2014).
A volta ao brasil
No Brasil, a Companhia de Jesus retomaria sua missão somente em 1842,
por meio de um grupo de padres espanhóis, vindos da Argentina. Esses jesuítas fundaram uma residência em Porto
Alegre (RS), local que serviria de base
para a organização das primeiras missões populares. “Durante a realização
dessas missões junto às comunidades
rurais, os padres de origem espanhola
solicitaram, às Províncias da Áustria
e da Alemanha, a presença de jesuítas
de língua alemã, devido à grande quantidade de imigrantes estabelecidos em
colônias no Estado do Rio Grande do
Sul”, ressalta o padre Carlos Alberto
Contieri, diretor do Pateo do Collegio e
do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas,
em Embu das Artes (SP).
O recomeço da missão da Ordem no
país enfrentou grandes desafios, entre
eles, as dificuldades de comunicação
com a população. Para o padre Idinei
Zen, mestre em História pela Unisinos,
“esse reinício foi muito difícil, pois a situação religiosa encontrada na região
era de total abandono. As condições
de deslocamento também eram muito
precárias. A dificuldade da língua entre
os colonizadores e os padres também
contribuiu para prejudicar a atividade
de reconstruir uma identidade cristã”.
13
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
especial
deste do país. Em 1911, fundam o Colégio
Antônio Vieira, que se tornou referência
em qualidade de ensino em Salvador (BA).
Os desafios e as dificuldades encontradas no Brasil foram sendo superadas com o passar dos anos. O vigor
apostólico da Companhia de Jesus e a
coragem dos jesuítas foram essenciais
para a retomada das atividades da Ordem no país, após sua restauração.
A supressão
Alegoria francesa, sem autor conhecido, publicada na Revista Broteria,
em 2009, na edição especial sobre a Expulsão da Companhia de Jesus
O reestabelecimento da Companhia de Jesus no Brasil não fez parte
de um plano articulado. Conforme as
necessidades de cada região, a Ordem
foi ampliando sua atuação, segundo
padre Contieri. “As missões realizadas
no país, em meados do século XIX, não
faziam parte de um plano preestabelecido e, sim, de uma sucessão de
respostas às oportunidades e solicitações que lhe eram apresentadas”,
ele afirma. As ações tornaram-se mais
delineadas a partir da atuação do padre Jaques Razzini, nomeado visitador
da Ordem no Brasil em 1863.
Responsável por articular a fundação
do Colégio São Luís, em Itu (SP), em 1867,
o padre Razzini deu novo impulso à atuação da Ordem no país, tanto no âmbito
educacional, como no seu papel político.
Segundo o padre Geraldo de Almeida,
diretor da Comissão de História Inaciana
da Bahia, o papel diplomático do padre
Razzini merece destaque. Para ele, o jesuíta “preparou os caminhos para seus
companheiros atuarem no Brasil”.
Dessa forma, a Companhia de Jesus
foi ampliando sua atuação no país gradativamente. Logo, o primeiro grupo
que chegou a Porto Alegre avançou também para Desterro, atual Florianópolis
(SC). Na região, os religiosos fundaram
um colégio a pedido das autoridades
locais, que sentiram a necessidade de
oferecer melhor educação aos jovens.
Após um surto de febre amarela, a instituição teve que ser fechada e os jesuítas
que lá atuavam foram transferidos para
o Uruguai. Foram os religiosos de nacionalidade alemã que deram continuidade
aos outros trabalhos na cidade.
Em 1862, os jesuítas começaram a
atuar nos estados de São Paulo, de Minas
Gerais e do Rio de Janeiro, região Sudeste
do Brasil. No começo do século XX, os religiosos chegaram também ao Norte e Nor-
Os jesuítas desembarcaram em
Salvador (BA) em 1549, com o primeiro
governador-geral da colônia, Tomé de
Souza. Liderados pelo padre Manoel da
Nóbrega, destacaram-se pela coragem,
pela ousadia e pela doação à missão de
Deus. Segundo o padre Carlos Alberto
Contieri, “a ação apostólica era discernida e cuidadosamente planejada”.
A catequese e o ensino escolar foram
as atividades que mais se destacaram durante a atuação dos jesuítas no período do
Brasil Colônia. “Onde se abria uma casa de
jesuíta, quase sempre, também surgia uma
escola de ler, escrever, contar e, às vezes,
cantar. Algumas dessas escolas, nas povoações maiores, assumiram, com o tempo,
a forma de colégios. Neles, se ensinavam
Latim, Humanidades, Matemática e outras
matérias. Em alguns, Filosofia e Teologia,
chegando o Colégio da Bahia até a conferir
graus nessas disciplinas”, afirma o padre
Geraldo de Almeida, diretor da Comissão
de História Inaciana da Bahia.
No século XVIII, a vitalidade
da Ordem religiosa dentro
da Igreja Católica ganhou
destaque e visibilidade.
A presença dos jesuítas
na educação e sua forte
influência entre o povo
e os reis suscitaram
especulações a respeito de
seu papel na sociedade.
A capacidade de adaptação dos
jesuítas ao contexto em que estavam
inseridos era uma das características
da Ordem. “Para a Companhia de Jesus,
14
especial
a missão se realiza levando em conta as
circunstâncias de tempo e lugar. É um
período de muita criatividade apostólica”, explica padre Contieri.
No século XVIII, a vitalidade da Ordem religiosa dentro da Igreja Católica
ganhou destaque e visibilidade. A presença dos jesuítas na educação e sua
forte influência entre o povo e os reis
suscitaram especulações a respeito de
seu papel na sociedade. Nesse contexto, um personagem em particular foi o
responsável por incitar a perseguição
aos jesuítas, Sebastião José de Carvalho e Mello, mais conhecido como Marquês de Pombal, nomeado por D. José
I como primeiro-ministro de Portugal.
Em um contexto marcado por interesses políticos, Pombal enxergou a Companhia de Jesus como um entrave para a ascensão de seu poder. “Tudo aquilo que não
se adequasse a seus planos constituía-se
em motivo para suprimir a presença religiosa nos territórios que pertenciam a
Portugal”, afirma padre Idinei Zen.
Em 1759, os jesuítas foram expulsos dos domínios de Portugal em todo
o mundo, incluindo o Brasil, totalizando mais de 1.700 religiosos. Essa ação
foi o início de um processo que culminou com a supressão da Companhia de
Jesus. Após o decreto de expulsão de
D. José I, outros países também expulsaram os jesuítas de seus territórios
e domínios: em 1764, o rei Luís XIV
da França; em 1767, o rei Carlos III, da
Espanha; e também nas Filipinas, nas
Duas Sicílias e no ducado de Parma.
Após a pressão das cortes da Dinastia
Bourbon, no dia 21 de julho de 1773, o papa
Clemente XIV publica o breve Dominus ac
Redemptor, documento que decreta a supressão da Companhia de Jesus em todo
o mundo. Segundo o artigo A Companhia
de Jesus durante a tormenta (Anuário da
Companhia de Jesus - 2014), de Sabina Pavone, da Universidade de Macerata (Itália), o breve foi dividido em 45 capítulos.
O documento não acusava, nem julgava os
méritos dos jesuítas, mas discorria sobre
a possibilidade de suprimir a Ordem em
função das perturbações por ela causadas no seio da Igreja, ao longo dos anos.
Apesar da supressão, dois monarcas não promulgaram a bula Dominus
ac Redemptor e mantiveram os jesuítas em seus reinos. Rei Frederico da
Prússia, luterano, e czarina Catarina II
da Rússia, ortodoxa. Os historiadores
acreditam que Frederico e Catarina
consideravam essencial conservar os
colégios da Companhia em seus reinos
para manter a qualidade da educação.
Colégios e bens
confiscados
A expulsão dos jesuítas em diferentes reinos e o prestígio do Marquês de
Pombal, um dos maiores articuladores
da supressão, ajudaram na tomada de
decisão do papa Clemente XIV. Segundo o padre Geraldo Coelho, Pombal arquitetou uma série de medidas contras
os jesuítas.
Além disso, uma vasta literatura
difamatória era espalhada pela Europa, mediante as Embaixadas do
Reino. “Dessa forma, simples quei-
xas dos colonos insatisfeitos, sem
verificação posterior, passaram a ser
motivo, e fatos menores, razões suficientes para ele prosseguir nos seus
propósitos”, completa padre Geraldo.
Com a supressão da Companhia
de Jesus, os jesuítas foram declarados rebeldes e traidores, seus colégios e bens confiscados em diversas
partes do mundo. Segundo padre
Contieri, nenhuma pessoa, exceto as
que o fizessem por imediata ordem
régia, poderia ter contato com os religiosos, nem por correspondência, sob
pena de morte e confisco de bens.
No Brasil, os primeiros deportados
foram os jesuítas estrangeiros, e, pouco
tempo depois, a ordem de deportação
chegou aos demais. “Os jesuítas foram
deportados para diversas partes do
mundo, muitos foram encarcerados em
Portugal e na África. As tropas cercavam as casas e confiscavam todos os
bens. Os jesuítas foram condenados
Auto-de-fé de Malagrida
Gabriel Malagrida
O padre Gabriel Malagrida foi
preso em 1759, após a Companhia
de Jesus ser expulsa de Portugal e de
suas colônias. Segundo o padre Ilário
Govoni, Malagrida foi perseguido pelo
Marquês de Pombal. Em 1761, o jesuíta foi julgado e condenado à fogueira
pela Inquisição em Lisboa, Portugal.
Personagem importante para a Companhia de Jesus no Brasil, já no século
XVIII, o jesuíta foi o primeiro a visualizar a necessidade de um lugar para
recolhimento e formação de mulheres
para a vida religiosa no país. “Malagrida imaginou a fundação de um colégio, um recolhimento, para acolher as
moças que eram rejeitadas pela família ou que tinham o sonho de tornar-se freira. Foi a primeira instituição
nesses moldes na Bahia e está de pé
ainda hoje! São as Ursulinas do Campo Grande”, conta padre Ilário.
15
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
especial
sem serem ouvidos. Eles ficavam presos e incomunicáveis, privados de todo
o direito de defesa. Suas missões e
obras foram destruídas e o ensino ficou estagnado”, conta padre Contieri.
O trabalho que os jesuítas realizavam
no país sofreu importantes perdas. Para
o padre Geraldo de Almeida, as aldeias, o
ensino e o trabalho de evangelização foram
os principais prejudicados. Segundo ele, as
aldeias, foram transformadas compulsoriamente em vilas e povoados, e a condução administrativa foi entregue, em grande
parte, a pessoas despreparadas ou não vocacionadas para esse tipo de missão. O ensino, principalmente nas regiões mais afastadas dos centros, sofreu com a falta de
professores que pudessem substituir os
educadores jesuítas. A evangelização também perdeu muito do trabalho que já havia
começado. “Em minha opinião, a evangelização foi uma das que mais sofreu, pois,
além da ausência da atuação direta dos
missionários, pregadores e confessores,
nas aldeias e nas cidades, a formação do
clero nos Seminários, que já começavam a
surgir em várias partes, voltou praticamente à estaca zero”, afirma padre Geraldo.
O processo de
restauração
Apesar do documento de supressão
da Companhia de Jesus ter sido assinado pelo papa Clemente XIV, os jesuítas
mantiveram-se leais à Igreja e muitos deles
foram chamados como consultores por
importantes dignitários eclesiásticos, afirma o jesuíta Arturo Reynoso, no artigo Os
jesuítas exilados nos Estados Papais (Anuário da Companhia de Jesus – 2014). Nesse
período, a força moral e a criatividade dos
jesuítas se fortaleceram. Vários foram responsáveis por produzir importantes textos
nas áreas de História, Ciência, Estética, Filologia, Literatura e Teologia.
É importante ressaltar que, na época,
o pontífice foi muito pressionado pelas
cortes europeias. Tanto que, por muitas
vezes, adiou a decisão da supressão. Para
o jesuíta Paul Oberholzer, no artigo Primeiros passos para a Restauração (Anuário
da Companhia de Jesus – 2014), a medida
foi tomada porque, na Europa daquele
tempo, a posição do papa como autorida-
Imagem da Revista Artes de Mexico , nº 85, edição especial Missões Jesuítas, da Faculdade
ITESO (Universidad Jesuita de Guadalajara) e Universidad Tecnológica del Valle de Chalco
de máxima em todos os assuntos relacionados à Igreja católica estava sob questionamentos. Os governantes e reis da época
desejavam estender sua autoridade a
todos os assuntos da sociedade que controlavam, inclusive os eclesiásticos.
Muitas áreas da Igreja não concordaram com a decisão do papa e manifestavam com frequência sua dor pela expulsão
dos jesuítas, afirma o jesuíta Pedro Miguel
Lamet, no artigo O Calvário dos jesuítas
espanhóis em 1767 (Anuário da Companhia de Jesus - 2014). Ele ressalta que,
durante esse período, apenas 20% dos
jesuítas exilados abandonaram a Companhia, o que demonstrava a esperança dos
religiosos na restauração da Ordem.
Os jesuítas da Rússia informavam
constantemente o papa sobre sua existência e atividades. Segundo o jesuíta
Paul Oberholzer, esta forma de colaboração silenciosa entre os jesuítas e a Santa
Sé seguia uma estratégia com dois obje-
tivos: “em primeiro lugar, não atacar a legitimidade da supressão, como expressa na bula; em segundo, procurar saídas
que pudessem permitir a continuidade
da existência legal da Companhia”.
Com a proteção oficial da czarina Catarina II e a gradual aproximação dos jesuítas com o papa Pio VII, as expectativas em
relação à restauração da Ordem cresceram. No dia 7 de março de 1801, o pontífice
reconheceu, por meio do breve Catholicae
fidei, a Companhia de Jesus na Rússia.
“Nesse contexto, diversas outras monarquias começaram a solicitar ao papa a
legitimação dos jesuítas em suas respectivas nações”, afirma padre Contieri.
Progressivamente, esses movimentos fortaleceram o sentimento de que a
restauração oficial da Companhia de Jesus em todo o mundo era necessária. Assim, em 1814, os jesuítas se reuniram em
Roma para a oficialização do retorno da
Ordem religiosa à sua missão no mundo.
16
especial
200 anos de
restauração: é tempo
de celebrar!
Em janeiro de 2012, o superior
geral da Companhia de Jesus, padre
Adolfo Nicolás, enviou uma carta solicitando que os jesuítas organizassem
em suas províncias as comemorações
do bicentenário de restauração. A
partir disso, o padre Carlos Alberto
Contieri e a equipe do Pateo do Collegio foram nomeados para coordenar
as comemorações dessa importante
data no Brasil.
Depois de muitas reuniões, encontros e trocas de ideias, a equipe
elaborou um pré-projeto para a realização de um simpósio nacional
sobre o tema. Após a aprovação dos
provinciais, foi definido que, em 2014,
seria realizado o evento que traria
historiadores e especialistas sobre
a supressão e a restauração da Companhia de Jesus. Entre os dias 8 e 10
de maio deste ano, o Simpósio Nacional Bicentenário da Restauração
da Companhia de Jesus foi realizado
as comemorações
continuam
Em maio, o Simpósio Nacional
de Restauração da Companhia de
Jesus promoveu um próspero diálogo sobre a supressão e a restauração
da Ordem. Mais de 20 especialistas
brasileiros e estrangeiros participaram do evento como palestrantes.
Nos próximos meses, os temas apresentados pelos historiadores e especialistas durante o encontro serão
publicados em um livro.
Para dar continuidade ao diálogo, representantes das províncias
da Companhia de Jesus na América
Latina reúnem-se entre os dias 21 e
25 de julho, em São Paulo, no Centro
Pastoral Santa Fé. O encontro visa
partilhar experiências, construir um
trabalho comum na linha da pesquisa histórica sobre a Companhia de
Jesus e viabilizar um ou mais centros
com sucesso e reuniu mais de 350
pessoas em São Paulo (SP).
No início do ano, o padre Adolfo
Nicolás enviou uma nova carta aos jesuítas de todo o mundo. Na mensagem,
agradecia a Deus por esse momento e
falava sobre a importância de relembrar esse período da história. “Peço a
Deus que a comemoração agradecida
deste 200º aniversário da restauração
da Companhia seja abençoada por uma
assimilação mais profunda de nosso
modo de vida e pelo compromisso cada
vez mais criativo, generoso e alegre de
entregar nossas vidas ao serviço da
maior glória de Deus”, o padre geral escreve em sua carta.
Para cada jesuíta, para cada inaciano, esse é um momento de alegria.
Após tantos desafios e adversidades,
a Ordem comemora seu 200º aniversário de restauração. A esperança, a fé
e o serviço para a maior glória de Deus
foram os guias daqueles que sempre
acreditaram na missão da Companhia
de Jesus, que nunca desistiram e que
estavam reunidos num mesmo espírito, no dia 7 de agosto de 1814.
de memória da Ordem na região. Segundo o padre Carlos Alberto Contieri, na primeira parte do encontro,
haverá uma troca de experiências
sobre as celebrações do bicentenário nas diversas províncias.
Entre 10 e 13 de novembro
deste ano, a Unisinos, por meio
do IHU (Instituto Humanitas Unisinos), promoverá o XVI Simpósio
Internacional IHU, com o tema
Companhia de Jesus: Da Supressão à Restauração. A proposta do
evento é discutir as questões que
levaram à supressão da Ordem e
as condições e consequências de
sua restauração, assim como a
inserção da Companhia de Jesus
na sociedade contemporânea e
seus desafios. As inscrições para
o XVI Simpósio Internacional IHU
podem ser realizada no site www.
unisinos.br, através do link http://
bit.ly/1yoqmvV.
17
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
a companhia de jesus no
MUNDO
CÚRIA GERAL
Heythrop celebra 400 anos
O segundo dia das celebrações do
400º aniversário de Heythrop começou
com uma missa na Farm Street Church
(igreja jesuíta no bairro de Mayfair, em
Londres, Inglaterra), presidida pelo
superior geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolás, que veio de
Roma para a ocasião. Em uma igreja
lotada, ele pregou uma homilia impactante sobre Mt 6,21, “porque onde está
o teu tesouro, aí está teu coração”, observando que a chave da espiritualidade inaciana é aprender continuamente
da experiência escutando o coração.
O padre geral abriu a conferência,
no Senate House, fazendo memória
da significativa contribuição feita por
Heythrop College nos últimos séculos,
atribuindo sua longevidade à sua capacidade como instituição de se adaptar às
circunstâncias e mudanças radicais com
Vozes das
margens
Hashiye Ki Awaz (Vozes das margens) é
uma revista mensal do Social Action Trust
(Instituto Social da Índia, Delhi), sendo dirigida à população de língua Hindi, especialmente do norte da Índia. A publicação surgiu de Hum Dalit, fundada pelo padre José
Kananaikil, e que, desde 1990, era publicada como parte de um programa de atenção
às castas mais pobres e que falava de tudo
o que tem a ver com as comunidades excluídas. O nome atual foi adotado em 2006.
A revista traz artigos muito diversos, alguns sobre temáticas específicas, mas também pequenas histórias e obras de teatro,
poesias, entrevistas, resenhas, notícias de
programas a favor de comunidades margi-
Padre Adolfo Nicolás celebrou missa na Farm Street Church
a única finalidade de servir a maior glória
de Deus e a seu povo. Ele elogiou duas
características particulares da educação
jesuíta: o espírito de colaboração e a ên-
nais e consultas sobre problemas legais ou
educativos. Em 12 edições, entre 2013 e 2014,
foram publicados 158 artigos que abordaram uma variedade de assunto sobre os
dalits, os chamados “tribais”, as minorias étnicas, a mulher e outros grupos marginais da
sociedade. Como indica seu próprio nome,
a revista tornou-se uma plataforma aberta
aos autores provenientes dos grupos mais
pobres do país, que nela podem expressar
suas ideias e partilhar suas experiências
com a sociedade. Trata-se de uma tentativa de promover a leitura nas comunidades
marginalizadas e de animar escritores em
potencial dos estratos mais frágeis a se converterem em voz dos que não têm voz.
Para mais informação, consultar o
site Indian Social Institute (www.
isidelhi.org.in) e clicar em “journals”.
fase na “cura personalis” – atenção integral à pessoa, que permite aos estudantes desenvolverem-se plenamente como
membros ativos da sociedade.
18
A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CÚRIA GERAL
Visita à
Argélia
De 26 a 29 de junho, o
superior geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo
Nicolás, visitou os jesuítas
da Argélia, acompanhado
do padre Antoine Kerhuel,
assistente Regional. Durante a visita, o padre geral
permaneceu na casa de Ben
Smen, em Argel, e encontrou-se com os jesuítas da
capital argelina e de Constantina. O padre Esteban
Velázquez, que trabalha em
Nador (Marrocos), não pôde
participar do encontro. O
padre Nicolás também visitou o arcebispo de Argel e o
Núncio Apostólico. Reuniu-se, ainda, com colaboradores leigos, cristãos e muçulmanos. No dia 27, presidiu
a celebração eucarística
aberta a todas as comunidades cristãs na residência
da Diocese de Argel.
O padre geral participou
também da consulta dos jesuítas no Magreb, região no
Norte do Continente Africano, e visitou as principais
obras da Companhia de Jesus em Argel: a CCI (Centro
Cultural Universitário), o
centro de formação profissional do CIARA, e a casa
de Exercícios Espirituais
de Ben Smen. A viagem foi
uma oportunidade para o
padre Nicolás inteirar-se de
vários temas, como: a participação dos jesuítas na formação do país, o diálogo inter-religioso, o surgimento
de uma igreja autóctone na
Argélia, a presença entre os
estudantes subsaarianos e
imigrantes, e os jesuítas no
Marrocos e a necessidade
de pessoal para o Magreb.
Conferência de
Espiritualidade Inaciana
nos Estados Unidos
Os jesuítas e a Saint Louis
University estão organizando a
6ª Conferência de Espiritualidade Inaciana, intitulada O silêncio
inaciano, o coração da missão,
que acontecerá de 16 a 19 de
julho de 2015. O evento destina-se a executivos e líderes emergentes das obras da Companhia
de Jesus e a todos aqueles que
promovem a espiritualidade
inaciana. O tema da conferência
tem sua origem nas recentes
chamadas do padre geral, Adolfo Nicolás, à Companhia para
recuperar o espírito do silêncio.
Ao final dos anos 90, a
oficina da Missão e Ministério
da Saint Louis University e os
jesuítas da Província de Missouri organizaram uma conferência sobre a espiritualidade
inaciana, que dedicou especial
atenção ao significado dos
Exercícios Espirituais. A conferência teve grande êxito e
a partir daí tem-se repetido a
cada três anos, transformando-se em uma das poucas
reuniões em grande escala
dos profissionais da espiritualidade inaciana em todas as
áreas das faculdades universitárias. O programa inclui
Compensação do
carbono no Camboja
Os jesuítas do Camboja
iniciaram um programa de
compensação do carbono,
para neutralizar a emissão
de dióxido de carbono (CO2),
um dos causadores do efeito
estufa. A iniciativa está ligada
ao viveiro plantado em Banteay Prieb, escola profissional
para alunos com deficiência
dirigida pelos jesuítas.
O programa destinado,
em primeiro lugar aos jesuítas,
voluntários e hóspedes amigos, oferece aos que viajam
de avião do ou até Camboja a
possibilidade de compensar as
emissões de carbono que tais
deslocamentos causam. Aquele que aceita colaborar com
o projeto tem que preencher
um formulário no qual indica a
rota aérea realizada, incluindo
os aeroportos de trânsito em
viagem de ou até Camboja. A
emissão aproximada de car-
conferências, oficinas, liturgias e serviços de oração que
enriquecerão o conhecimento
e a prática da espiritualidade
inaciana. Também servirão
para outros temas, como a
formação de líderes nas obras
inacianas e o estabelecimento
de relações entre os diferentes setores apostólicos para o
bem da missão partilhada.
Para mais informação,
acesse o site www.slu.
edu/ignatian-spirituality-conference-vi
bono, portanto, é calculada
segundo os critérios adotados
pela International Civil Aviation
Organization (ICAO), que leva
em conta diversos fatores –
como tipo da aeronave, número de passageiros e consumo
de combustível. Com a quantidade de carbono emitida,
calcula-se o número de árvores
que seria necessário plantar
e o tempo necessário até que
cresçam e possam devolver
à atmosfera a quantidade de
carbono consumido na viagem.
O custo para plantar as
árvores é calculado, os viajantes indicam a sua aceitação e
recebem um código que indica
a árvore ou árvores plantadas
no Camboja.
Para mais informações,
acesse o site Jesuit Asia
Pacific Conference:
www.sjapc.net
19
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
a companhia de jesus na
AMÉRICA LATINA
CPAL
Para além das fronteiras
Jorge Cela, SJ
Presidente da CPAL
Lima, Peru.
Estamos todos vivendo, com
intensidade, a experiência do
Campeonato Mundial de Futebol.
E, quando dizemos todos, fica
aqui incluída, também, DonaTrina,
cuja ideia do mundial foi mudando
com os anos. Lembro-me bem da
história contada por um companheiro. Muito cedo saiu para comprar leite para o café da manhã.
Pelo caminho, encontrou-se com
DonaTrina, que lhe perguntou:
– Padre, se vai comprar leite, esqueça. Eu já tentei a loja
do Pedro, e na outra esquina, e
até na da avenida. Não tem em
nenhuma. Isto é o mundial!
Nestes anos, as dimensões
do mundial foram se ampliando
para Dona Trina, dos confins de
seu bairro até incluir a coleção de
países de todos os continentes
participantes na Copa do Mundo
no Brasil. O mundial inclui, agora,
o arco-íris de etnias, idiomas e
culturas que ela viu desfilar estes
dias pela tela de seu televisor.
A expansão das distâncias
é um dos sintomas da modernidade. Está relacionada com
o desenvolvimento da tecnologia que permitiu atravessá-las
em maior velocidade, facilitando a comunicação entre as
culturas, e que desenvolveu a
capacidade de produção, tornando necessária a expansão
das fronteiras comerciais.
As culturas entraram, assim,
em diálogo. Os centros urbanos
destacaram-se pela pluralidade
de estilos de vida e a imaginação criativa transbordou frente
ao estímulo da diversidade.
A Companhia de Jesus,
nascida no início da modernidade, não esteve alheia a essas
mudanças. Inácio de Loyola
autodenominou-se ‘o peregrino’
e a ordem que fundou logo se
expandiu aos últimos confins da
Terra. Em seu encontro com as
outras culturas, os jesuítas levaram o princípio de sempre tentar
salvar a proposição do próximo.
Hoje as distâncias têm ousado romper novas barreiras.
Enquanto se expandem pelo universo nas navegações espaciais,
encolhem-se, fazendo do mundo
um lenço, graças à tecnologia. O
espaço virtual transforma nossa
maneira de pensar as distâncias.
Conhecemos melhor o ator de
novelas estrangeiras, que diariamente nos visita em nosso lar,
do que o nosso vizinho do andar
de baixo, cuja porta está permanentemente fechada!
De repente, nosso ambiente
tem se tornado mundial com a
carga da interculturalidade que
isso nos impõem. Não somente
pela telefonia, pela televisão ou
pela internet. Também pela crescente frequência de viagens, de
turistas ou de migrantes, e pela
expansão da economia transnacional e do comércio internacional. A interculturalidade deixou de
ser privilégio de classes ilustradas e das metrópoles elegantes.
Inácio deu grande importância aos espaços em seu caminho
espiritual. Ele convida-nos a contemplar os espaços como se nos
encontrássemos presentes nele.
A encarnação começa com Deus
olhando o mundo, como uma câmera, por satélite, que pudesse
fazer um zoom até as pessoas
concretas do céu, as três divinas
pessoas, ou a terra, Maria e o anjo.
Na meditação das duas
bandeiras, nos faz cair na conta da importância do campo
no qual me situo para ver o
mundo e tomar partido.
Esse olhar capaz de aproximar o horizonte, de integrar
distâncias, deu o ímpeto missionário à Companhia, aberto a
entender as culturas desde seu
contexto e fazer propostas de
incorporação dos ritos chineses e malabares, ou de vestir o
barroco com os aspectos das
culturas indígenas da América.
Um mundo cada vez mais
globalizado exige-nos um olhar
mais universal. Que não perca a
proximidade com o pobre, para
o qual ainda as distâncias se percorrem a pé, mas que alcance a
transpassar fronteiras geográficas e culturais e situar-se nos
pontos de encontro das novas
culturas com as culturas ancestrais. Um olhar que nos permita
ver o mundo para além dos muros
que a intolerância e o preconceito
levantam nas fronteiras geográ-
ficas ou culturais, abrindo-nos
à acolhida e à hospitalidade ao
outro. Um olhar que nos permita
construir respostas que superem
fronteiras desde o diálogo intercultural; que nos permita construir redes para conhecer e agir
com perspectiva de integração.
Por isso, outro aspecto da
metodologia do Projeto Apostólico Comum da CPAL (PAC) é
sua internacionalidade. Cada vez
mais nossa ação apostólica se
tece entre essas redes que ultrapassam as fronteiras provinciais
e nacionais e vão armando a
fraternidade universal em novas
formas de colaboração e diálogo. Não se incorporar nessas
redes é ficar fora da dinâmica do
mundo contemporâneo, condenar-se à exclusão, não entrar no
agora em que se forja o futuro.
Assim, nossa própria estrutura tem de romper os moldes
estreitos das províncias e das nações. As redes internacionais oferecem-nos estruturas inovadoras, flexíveis, que nos permitem
ver a realidade desde um olhar
global, para agir localmente com
a força de uma rede internacional.
Por isso, o PAC está convidando-nos ao fortalecimento das redes
internacionais de colaboração,
solidariedade e incidência.
Como parte de nossa responsabilidade apostólica e missionária, toca-nos avaliar quanto
minha província, minha obra, minha ação situam-se nesse tecido
de redes que nos convida a globalizar o serviço da fé e a promoção
da justiça em diálogo, cada vez
mais profundo, com as culturas e
religiões de nosso mundo.
20
A COMPANHIA DE JESUS Na américa latina CPAL
Fórum Social Pan-Amazônico
Entre os dias 28 e 31 de maio, foi realizado o Fórum Social Pan-Amazônico,
em Macapá (AP), com a participação do
Pe. Alfredo Ferro, coordenador do projeto Pan-Amazônico da CPAL (Conferência dos Provinciais da América Latina). Durante o encontro, foram tratados
os seguintes eixos temáticos:
•
As múltiplas identidades
pan-amazônicas.
•
Terra, águas, cuidado e
desenvolvimento.
•
Colonialismo, libertação e paz.
•
Educação popular e movimentos sociais na Pan-Amazônia.
•
As lutas das mulheres na
Pan-Amazônia.
•
Juventude pan-amazônica.
A abordagem dos temas foi realizada por meio de diálogos autogestionados e mesas temáticas em cada um dos
eixos. Os assuntos, realidades ou temas
que se destacaram e que foram tratados
no Fórum, nos dão ideia de quais são as
grandes problemáticas da Amazônia e
quais são seus desafios. Entre os quais,
estão: a integração latino-americana na
perspectiva pan-amazônica; as reivindicações dos povos indígenas e suas culturas – em especial, a luta pela autonomia e a defesa de seus direitos e de seu
território, incluindo seu planejamento;
a perpetuação do modelo colonialista e
imperialista; as características do modelo civilizatório dominante na proposta
extrativista; a proposta alternativa ao
desenvolvimento que se expressa em
“bem viver”; a consulta prévia e seu desenvolvimento nos países amazônicos,
analisando o que ela implica e como será
Acompanhamento à Fundação Fé e Alegria
Como parte das atividades do
Projeto Pan-Amazônico, o Pe. Valério Sartor está acompanhando a
Fundação Fé e Alegria de Manaus
(AM) e auxiliando no processo de
renovação da Coordenação Geral, conforme pedido do Pe. Adelson Araújo
dos Santos, superior da Região Brasil
Amazônia (BAM). Atualmente, a FyA
AM vem trabalhando com Educação
aplicada nos diversos contextos e realidades locais e nacionais; a emissão de
carbono, acompanhada do incentivo aos
serviços ambientais por parte das comunidades, um assunto em disputa; as lutas
e resistências das mulheres, dos negros
e dos jovens, desde suas identidades, no
contexto pan-amazônico; a comunicação
como direito humano; a criminalização
dos movimentos sociais; e o papel da
academia, nesses processos, que vem
sendo muito questionado e que é problemático, já que as Ciências Sociais estão
relegadas e a investigação é cooptada
por grandes empresas e consórcios.
não formal, atendendo 120 jovens e 150
crianças no contra turno escolar. A Instituição tem atuado ainda com o projeto Geração de Renda, beneficiando
40 adultos. Em 7 de junho passado, os
jesuítas Pe. Valério, Esc. Mario Cabal e
o Ir. Arquelino dos Santos colaboraram
com a equipe pedagógica no Retiro
da FyA AM, realizado na Chácara dos
Jesuítas D. Luciano Mendes. Foi um
momento proveitoso de reflexão, de
oração, de partilha e de retomada da
trajetória da Instituição. Na parte da
tarde, também houve espaço para convivência e lazer, desfrutando da natureza do lugar. Participaram cerca de 90
jovens, alguns pais e a equipe de educadores e colaboradores da FyA AM.
Fonte: PAN-AMAZÔNIA SJ CARTA MENSAL Nº. 4 - Julho 2014
21
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
a companhia de jesus no
BRASIL
AMAZÔNIA
Jesuítas ampliam trabalhos de
educação popular na Amazônia
O CAC (Centro Alternativo de Cultura) promove diversas
ações em comunidades de Belém, no Pará,
atendendo a mais de
500 crianças da periferia da região metropolitana. Atualmente, o
CAC atua em 14 comunidades locais.
Em maio, uma romaria fluvial, de Belém até
a comunidade Cafezal,
no município de Barcarena (PA), foi promovida pelo CAC. O objetivo
foi inaugurar a cobertura do galpão onde
cerca de 80 crianças
participam do projeto
PEC (Projeto Educação
e Cidadania).
Este ano, o CAC
também foi implantado
na comunidade Bahia
do Sol, na Ilha do Mosqueiro (PA), onde tem
atendido mais de 70
crianças. O PEC atua
em parceria com as comunidades e oferece
reforço escolar, acompanhamento pedagógico e psicológico, merenda de qualidade e
atividades recreativas
e culturais. São oferecidos também: acompanhamento às escolas
e atendimento psicossocial às famílias das
crianças.
Atividades do CAC: Feira do Livro e Ação Saúde
No dia 4 de junho,
o CAC realizou o seminário Círculos de
cultura em processos
inclusivos na metrópole, durante a XXVIII
Feira Pan Amazônica
do Livro, em Belém,
maior evento cultural
da Região Amazônica.
O seminário teve como
objetivo
discutir
a
educação popular nos
dias de hoje a partir
da realidade dos povos
da Amazônia e tendo
como referência a pedagogia de Paulo Freire.
Estudantes e professores da área de Educação,
além de lideranças comunitárias, participaram do
evento, coordenado pela
Prof.ª Dra. Maria Olinda
Pimentel,
responsável
pela equipe pedagógica
do CAC.
Ainda no mês de junho,
o CAC lançou sua nova linha de atuação, o CAC
Ação Saúde, cujo objetivo
é trabalhar a questão da
saúde preventiva e sua
interação com a educação
popular.
No dia 7, a primeira
ação da iniciativa aconteceu em Belém. Um grupo
de 30 profissionais e acadêmicos das áreas de Medicina, Fisioterapia, Nutrição,
Psicologia e Enfermagem
proporcionou atendimento
multidisciplinar a cerca de
80 crianças. Para o segundo semestre, estão programadas mais ações do CAC
Ação Saúde.
22
A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA
Padre Guillermo
Cardona se despede
de Manaus
O Pe. Guillermo Antônio
Cardona Grisales, que durante 18 anos desenvolveu
trabalhos em Manaus (AM),
despediu-se da região no
dia 23 de junho, durante
uma celebração eucarística
realizada no Centro Pastoral Loyola. A missa foi presidida pelo Pe. Guillermo, na
qual se fizeram presentes
os jesuítas de Manaus, colaboradores do CDH e SARES
(Serviço de Ação, Reflexão
e Educação Social), além
de representantes da comunidade de São Pedro do
Tarumã Açú.
Pe. Guillermo, em sua homilia, relembrou a luta pelos
direitos socioambientais e
do trabalho de formação em
ética e política empreendida
no SARES, nos últimos tempos. Segundo o jesuíta, é um
desafio muito grande lutar
contra os interesses corporativos e governamentais,
mas já aparecem sinais do
Reino na organização comunitária, como, por exemplo,
na comunidade de São Pedro
do Tarumã Açú, que impediu
a invasão e ocupação dos
madeireiros e dos exploradores dos recursos minerais.
Ao final, Pe. Guillermo
agradeceu a todos que, de
alguma forma, contribuíram
para que ele pudesse realizar
a sua missão. O superior da
BAM, Pe. Adelson Araújo dos
Santos, agradeceu ao jesuíta
por sua postura, pois, mesmo
não tendo pedido, veio trabalhar em Manaus. Segundo
Pe. Adelson, padre Guillermo
“desenvolveu várias atividades na região, desde a defesa
dos direitos humanos à for-
mação de lideranças, além
de colaborar com a formação
dos estudantes jesuítas”.
No dia 30 de junho,
Pe. Guillermo viajou
para Santarém (PA),
sua nova missão, onde
será o superior da comunidade jesuíta e colaborará na diocese na
Pastoral Social.
Casa Anchieta é inaugurada em Manaus
do a mais antiga tradição de
cantoria popular da cidade.
Atualmente, cincos leigos
voluntários estão na Casa: a
chilena Mila Zuñiga Acevedo;
Casa Anchieta: um lugar de acolhida dos voluntários
A Casa Anchieta, que acolherá voluntários da BAM, foi
inaugurada no dia 28 de junho,
em Manaus (AM). O objetivo
da Casa é acolher pessoas
que farão uma experiência
de convivência fraterna e que
trabalharão na animação missionária com os Jesuítas, de
acordo com o seu carisma.
Na inauguração, o padre
Anselmo Dias fez uma reflexão
sobre o evangelho de São João
1 (35-39)., lembrando que a casa
de acolhida dos voluntários é
casa de acolhida da partilha, da
alegria e da missão. Após esse
momento, houve uma partilha
em que todos colocaram suas
preces e, no final, a Casa foi
abençoada com água benta.
Segundo Francilma Grana,
a inauguração foi marcada por
muita animação, alegria, músicas, sorrisos e aplausos. Com
direito à serenata, rebatizan-
Missão em Marabá
No dia 1º de julho, os colombianos Jairo Alberto Forero
Ardila e Carmen Alicia Amaya
Rodríguez viajaram para Marabá (PA), onde irão contribuir,
como voluntários, na comunidade Nossa Senhora da Paz.
Além do voluntariado, o casal
conhecerá também as iniciativas sociais realizadas na paróquia Sagrada Família.
O padre Anselmo Dias,
diretor do ECOAR (Escritório
um casal da Espanha, Isabella
Alfonso e Fede Gerona Plá;e
um casal da Colômbia, Jairo
Alberto Forero Ardila e Carmem Alice Amaya Rodriguez.
de Comunicação e Arrecadação de Recursos) e coordenador do programa VOJAM (Voluntariado Jesuíta
na Amazônia) acompanhou
o casal na viagem. O jesuíta
apresentou Jairo e Carmen
aos coordenadores da comunidade Nossa Senhora
da Paz. Os voluntários também participaram de visitas
às dependências do Centro
Cultural e Biblioteca Padre
Gabriel Malagrida, na comunidade de Aparecida.
23
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA
Padre Ronaldo Colavecchio e sua
atuação na Amazônia
O padre Ronaldo Colavecchio, que completou
80 anos no dia 31 de maio,
conta-nos sobre a alegria
de fazer o que mais gosta: lecionar. Após mais um
curso sobre o Evangelho
de Mateus, oferecido pelo
SIES (Serviço Inaciano de
Espiritualidade), ele concedeu uma entrevista, na
qual falou sobre sua vida
de jesuíta missionário na
Amazônia.
O jesuíta nasceu em 1934,
na cidade de Providence, no
estado Rhode Island, nos
Estados Unidos. Entre os
anos de 1969 a 1981, esteve
envolvido com o trabalho de
evangelização nos colégios
da rede pública da cidade de
Salvador (BA). Depois, atuou
em Marabá (PA), realizando
trabalhos pastorais. Atualmente, é diretor espiritual do
Seminário Arquidiocesano
São José, em Manaus (AM).
Além disso, ensina o Novo
Testamento no ITEPES (Instituto de Teologia Pastoral e
Ensino Superior da Amazônia
Como nasceu sua vocação para o sacerdócio?
Por que o senhor escolheu
a Companhia de Jesus?
Como foi o início de seus
estudos?
Eu sentia certa atração
pelo sacerdócio ainda bem
jovem, mas não sabia o que
era isso. Tinha um intuito
de que era uma vocação,
mas não falei nada durante
anos. Finalmente, conheci
um grupo na universidade onde estudava. Mas a
questão dos jesuítas e dominicanos ficava para ser
resolvida. Certo dia, um dos
dominicanos me deu um livro de Santo Inácio sobre
os Exercícios Espirituais.
Ele sabia que eu estava
pensando nos jesuítas. Li o
livro e disse para mim mesmo: “é isso que eu quero”.
Então, decidi entrar no noviciado dos jesuítas em 1956.
Naquele ano, houve um incêndio e nosso noviciado
foi totalmente destruído.
Nos enviaram para outros
noviciados e foi lá que conheci o padre jesuíta Braid,
mestre dos noviços. Ele era
um homem muito sábio e,
assim, eu realmente senti
que estava no lugar certo.
Depois de ordenado padre,
o senhor veio para o Brasil. Como foi sua chegada à
Bahia?
Cheguei a Salvador, 15 dias
depois da minha ordenação para trabalhar na pastoral. Em 1967, voltei para
os EUA para cursar a especialização em Teologia. Fiquei em Salvador durante
12 anos: de 1969 a 1981.
O senhor trabalhou em
muitos lugares em Manaus (paróquias, comunidades, área missionária)
e num tempo em que não
havia muitas condições
materiais. A Igreja era jovem, com muitos missionários estrangeiros, como
foi esse trabalho?
Eu morava no bairro da
Compensa com os padres
Albano Ternus e Luciano
Fozzer. O trabalho era muito difícil. O padre Albano era o pároco e fundou
13 comunidades. Então,
a gente prestava muita
atenção. Além disso, desde que cheguei, comecei
a ensinar. Em 1986, comecei a ensinar o Novo
Testamento no CENESCH
(Centro de Estudos do
Comportamento Humano),
atual ITEPES. Na época,
era um tipo de evangelização popular, do nível
das comunidades, onde
aprendi, especialmente,
observando outros padres
a estudar, a fazer parte
da vida da comunidade.
Aos poucos, você vai conhecendo e evangelizando
daquela maneira mais ligada na liturgia. Depois, na
parte do estudo, você vai
aprofundando os temas.
Comecei com os Atos dos
Apóstolos e, depois, com
os Evangelhos. Foi muito
proveitoso aquele período
da minha vida. De fato, durou até hoje, porque ainda
estou dando aulas do Novo
Testamento, no contexto
acadêmico.
24
A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA
O que é ser missionário hoje?
Como nasceu o desejo e a
dedicação para escrever
livros que ajudam na compreensão dos Evangelhos?
Quando entrei na Companhia de Jesus, não tinha
muito conhecimento de
Cristo, eu queria conhecê-lo mais. Mas acho que a
experiência dos retiros,
especialmente da segunda semana, me colocou
no caminho, que nunca
terminou, de maior conhecimento de Jesus. Então,
sim, vi que, na explicação,
eu tinha que ser sequencial, isto é, seguindo o
Evangelho passo a passo.
E fiz isso muitas vezes. Eu
tinha na minha frente tan-
tas anotações: ninguém
podia ler, somente eu, pois
eram rabiscos terríveis,
mas eu estava ensinando
no CENESCH, atual ITEPES, nos anos 1980. Eventualmente, quando vi, tinha uma pilha de papel. Eu
lembro que comecei a tentar colocar isso tudo no
computador no início de
1991. Aí, surgiu o primeiro
Livro: O Caminho do filho
de Deus. E, depois, mais
três Evangelhos. Cada vez
mais eu me envolvia e ensinava. Eu considerava o
curso um êxito, quando
terminava, a turma tinha
uma experiência muito
viva de testemunhar a misericórdia de Deus.
Para ser missionário, é preciso ter muita fé. Tem que ter
uma fé que apresenta a pessoa de Jesus Cristo a você,
mas que você nunca vai conhecer exaustivamente. Você
vai conhecendo-o sempre
mais. E, nesse conhecimento,
vai descobrindo essa amizade. Voltando para nós, essa
oferta da amizade é realizar a
vocação de cristão primordial.
Essa vocação consiste em
entrar na comunhão de Jesus
com o Pai. É exatamente isso
que o Senhor possibilita para
nós, e então, nesse sentido,
o missionário evangelizador
tem que experimentar o que
ele está falando. A melhor
maneira de experimentar o
que eu tento passar para os
alunos é ver a pessoa de Jesus
do início até o fim de um evangelho. Segue todo o desenvolvimento, toda a revelação
da pessoa de Jesus para o Pai,
toda dinâmica do ciclo fechado ao redor de Jesus, porque
nem o povo, nem os discípulos, e muito menos os líderes,
o entendem e o aceitam. Jesus
vai até a prioridade da pessoa,
que o mundo não entende, e o
desfecho é o mistério pascal,
mas sempre é Jesus, é a presença imediata a nós do reino
de Deus, na sua misericórdia
e na oferta da participação
também para nós.
Como o senhor se sente ao
completar 80 anos de vida?
Eu me sinto agradecido a Deus.
Eu vivi, em Manaus, a maior
parte da minha vida, inclusive
mais que em minha cidade natal. Vivi aqui porque o trabalho
estava aqui, com estes grupos
de jovens de que gosto muito,
dos futuros padres e religiosos, e de alguns leigos e grupos
que são muito bonitos e que
procuram também conhecer
mais profundamente a Deus e
aos Evangelhos.
Calendário
BAM
Agenda do
Superior Regional
8 a 28 de julho
Trabalho na
cúria regional
Manaus (AM)
28 a 30 de julho
Viagem a
Santarém (PA)
30 de julho a
09 de agosto
Posse do Pe. João
Pedro Cornado como
novo pároco em
Marabá – Marabá (PA)
10 a 16 de agosto
Vários eventos
da BRA, em
Indaiatuba (SP)
25
I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
a companhia de jesus no
BRASIL
CENTRO-LESTE
Projetos de alunos da ETE
participam de mostra
Três projetos de alunos da ETE FMC marcaram
presença na 13ª edição da
Mostra Algar Inovação, em
Uberlândia (MG), nos dias
10 e 11 de junho. Aberto ao
público e com entrada franca, o evento expôs, aproximadamente, 50 projetos
das empresas do Grupo
Algar, além de palestras e
oficinas, para incentivar investimentos em inovação.
Este foi o primeiro ano em
que a instituição jesuíta
participou da mostra.
“Profissionais do Grupo Algar, em visita a ProJETE (Feira de Projetos
Futuristas da ETE FMC),
no ano passado, ficaram
empolgados com as soluções desenvolvidas pelos
alunos e com todo o trabalho que a instituição faz
para estimular a inovação
e o empreendedorismo. Os
objetivos da visita foram
apresentar nossos talentos e estreitar relações entre as instituições”, explica
o professor Fábio Teixeira,
coordenador da ProjETE.
A ETE teve um espaço
dedicado para apresentação de seus projetos
e de sua história. Para a
instituição e seus alunos,
a importância dessa participação foi a integração
empresa-escola. “Os alunos tiveram a oportunidade de conversar e ex-
13ª edição da Mostra Algar Inovação reuniu cerca de 50 projetos em Uberlândia (MG)
Projetos da ETE FMC na 13ª Mostra Algar Inovação
Druggist Dispenser
Avaliador Postural
Aplicativo que controla a liberação de medicamentos
em hospitais, para tablet (por
meio de touch-screen) com
sistema operacional Android.
Equipamento que monitora a postura do paciente durante sessões de fisioterapia.
Robô que interage com
crianças hospitalizadas, por
meio de jogos educativos.
Alunos: Adriene Zilda
Corrêa Magalhães, Ana
Beatriz Simoes Fontana,
Luís Guilherme de
Freitas Sousa e Pedro
Paulo de Sousa Lima
Alunos: Alessandra
Carolina Domiciano,
Ingrid Alves de Paiva
Barbosa, Jaíne Cássia
Fonseca Amaral e Pedro
Manoel César Moreira.
Alunos: Elen Cristina
de Oliveira Salustiano,
Francine Cássia Machado
Fonseca, Giovana Floriano
da Costa, Guilherme da
Silva Vilela de Almeida.
plicar seus projetos para
profissionais e executivos
de diversos setores, além
disso, trouxeram novos
conhecimentos e ideias
para si e para a escola”, finaliza Teixeira.
A escola também esteve representada institucionalmente. “A ETE mostrou
o pioneirismo e a inovação
que marcam sua história,
bem como toda a inovação
desenvolvida no Vale da
Robô de Educação
Hospitalar
Eletrônica”, complementa
Wanderson Saldanha, coordenador do Centro de
Desenvolvimento e Negócios da ETE (CEDEN), que
acompanhou os alunos na
mostra.
26
A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE
Giovane participa
de encontro no
Colégio dos Jesuítas
Ex-jogador de vôlei e ex-aluno da instituição
em palestra no Colégio dos Jesuítas
O ex-jogador de vôlei e ex-aluno do
Colégio dos Jesuítas (MG), Giovane Farinazzo Gávio, proferiu uma palestra motivacional para os alunos da 2ª e 3ª séries
do Ensino Médio, em 18 de junho, com o
título A Glória é Fruto do Trabalho.
No encontro, o atleta relembrou diversos momentos de sua trajetória pessoal
e profissional, entre eles, os primeiros
contatos com o esporte. No Colégio, ele
praticou judô, atletismo e vôlei, esporte no qual ganhou destaque. O ex-aluno
ressaltou a importância dos professores
de Educação Física e de treinadores com
quem trabalhou ao longo de sua carreira.
Giovane partilhou com os estudantes
alguns acontecimentos de sua vida, mar-
cada por grande esforço, trabalho intenso e superação. “As dificuldades serviram
para eu crescer e reconhecer que muitas
das coisas de que precisamos estão dentro de nós!”, comentou o atleta, que venceu muitos desafios antes de se tornar
bicampeão olímpico, campeão mundial
e tricampeão da Liga Mundial, entre outros títulos e prêmios conquistados nas
mais de 400 partidas oficiais disputadas
pela Seleção Brasileira de Vôlei.
Diante de uma plateia atenta a suas
histórias, o ex-jogador reforçou a ideia
de que “o importante não é o que temos,
mas o que fazemos com o que temos” e,
assim, cada um deve tentar alcançar o
seu máximo sempre, não deixando espaço para acomodação. Desse modo, com
suas palavras, o ex-aluno do Colégio dos
Jesuítas evidenciou o magis inaciano.
No final do encontro, Giovane surpreendeu todos ao anunciar a doação ao
Colégio dos Jesuítas de sua primeira medalha olímpica, conquistada em 1992, na
cidade de Barcelona, Espanha.
Ex-alunos do Santo Inácio são
selecionados por instituições dos EUA
Os ex-alunos do Colégio Santo Inácio (RJ), Arthur Melo Cruz e Ingrid Glitz,
foram aprovados por duas das mais reconhecidas instituições americanas. A
Penn State, Universidade Estadual da
Pensilvânia, e a Universidade de Georgetown, em Washington. Os jovens já começaram a providenciar a mudança para
os Estados Unidos. Arthur cursará Engenharia Aeroespacial e Ingrid pretende
estudar Relações Internacionais.
Aluno ‘nota dez’ durante toda a trajetória escolar, Arthur conta que 1 em cada
50 engenheiros nos Estados Unidos fez
graduação na Penn State. Embora tenha
passado em 1º lugar em Engenharia para
a PUC-Rio e esteja, no momento, acompanhando as aulas do primeiro período
de Engenharia Mecânica na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o
estudante optou pela instituição norte-
-americana. “É muito difícil conseguir
uma vaga na Penn, que só destina 15% de
suas vagas aos alunos estrangeiros. Quero ir para lá por uma questão de mercado.
Aqui, só temos a Embraer”, conta o jovem.
Ao Colégio Santo Inácio, Arthur credita a solidez na formação pessoal e na
bagagem de conhecimentos adquiridos:
“O que mais me marcou, ao longo desses
anos, foi a ênfase dada igualmente a todas as matérias. Além da excelência dos
professores, existe uma comunicação interdisciplinar que dá ao aluno uma visão
global do conhecimento, o que é muito diferente dos cursos pré-vestibulares que
só preparam para determinadas áreas”.
Ingrid Glitz, que esteve envolvida em
diferentes projetos no Colégio, tendo
sido secretária-geral da ONU Colegial e
presidente do Grêmio, viveu a experiência de estudar, por breves períodos, no
exterior, quando ganhou bolsas do Instituto Goethe para a Alemanha, e do jornal O Globo para uma semana de inglês
intensivo em Nova Iorque. Em 2013, ela
ainda participou da Semana de Estudos
da ONU em Genebra, na Suíça. Este ano,
teve a notícia de que fora selecionada
para a Universidade de Georgetown, em
Washington, mas ainda não sabe se poderá fazer o curso, já que não conseguiu
bolsa de estudos.
“Os custos de uma universidade no
exterior são muito altos. Para completar
o que necessito, estou recebendo contribuições de amigos até por depósito em
site da internet. Meu desejo é trabalhar
para organizações internacionais e sei
que em Georgetown está o melhor dos
cursos”, diz Ingrid, também aprovada
para Direito na UERJ (Universidade do
Estado do Rio de Janeiro) e na PUC-Rio.
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I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE
FEI organiza Copa do Mundo de
Futebol de Robôs no Brasil
A Copa do Mundo de
Futebol terminou. Então,
saem os jogadores e entram em campo os robôs:
a RoboCup, maior evento
internacional de robótica,
será realizada pela primeira vez no Brasil. Organizada pela FEI (SP), em
parceria com a Sociedade
Brasileira de Computação,
a UNESP (Universidade
Estadual Paulista) e o Governo do Estado da Paraíba, a competição reunirá
400 equipes de 45 países,
de 19 a 25 de julho, em João
Pessoa (PB).
A expectativa é que o
evento receba mais de 3 mil
participantes e, aproximadamente, 60 mil visitantes.
A competição divide-se em
quatro áreas: RoboCup Soccer, RoboCup Rescue, RoboCup Home e RoboCup Junior.
Entre as equipes brasileiras, a FEI se destaca
Pela primeira vez, Brasil sediará a RoboCup, maior evento internacional de robótica
pela participação na RoboCup Soccer com dois times, nas categorias Small
Size e Humanoide. A equipe Small Size é tetracampeã nacional e bicampeã
latino-americana. Na categoria Humanoide, o Brasil
será representado pela
primeira vez pela equipe
da instituição.
Fomento à robótica
O Centro Universitário
da FEI é referência nacional na área de robótica.
Além de desenvolver pesquisas e projetos importantes na área, organiza
e sedia competições estudantis, como a Olimpíada
de Robótica – OBR. Voltada a estudantes de Ensino
Médio e Fundamental, a
edição de 2014 bateu recorde de inscrições para
as etapas Regionais.
Conheça mais sobre a competição em www.robocup2014.org
5ª edição do Fórum Inaciano
de Jovens em Belo horizonte
Entre os dias 15 e 17 de
agosto de 2014, jovens inacianos estarão reunidos no
5º Fórum Inaciano de Jovens, no Colégio Loyola, em
Belo Horizonte (MG). Com
o objetivo de reunir a juventude que vive a espiritualidade inaciana e debater
sobre a cultura juvenil nas
redes sociais, o tema do
evento é Ver, Curtir e Compartilhar nas Redes Sociais
Reais – Por uma mística de
olhos abertos.
Realizado a cada dois
anos e de forma itinerante, o Fórum Inaciano de
Jovens é promovido pela
Rede Inaciana da regional
Belo Horizonte, Montes
Claros e Santa Luzia. O
encontro tem como intuito
reunir a juventude que vive
a espiritualidade inaciana.
Para participar, é preciso ter entre 15 e 29 anos.
Os interessados podem
entrar em contato com a
Rede Inaciana pelo e-mail:
[email protected]
28
A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE
Caju promove
Caminhada Inaciana
A peregrinação celebrou o Dia de São José de Anchieta
A Casa da Juventude Padre Burnier, em
parceria com o Centro Loyola de Goiânia,
promoveu a Caminhada Inaciana – Caminhando com Anchieta, em 8 de junho. O grupo saiu da Paróquia Santa Genoveva e caminhou 15 quilômetros até a Chácara Santiago,
na Vila Matinha, em direção ao município
Bonfinópolis (GO). A peregrinação teve por
objetivo comemorar o Dia de São José de
Anchieta, celebrado em 9 de junho.
A Caminhada Inaciana transpassa o
objetivo da prática esportiva. É, principalmente, um momento de exercitar e alimentar a alma com oração. Assim, com duas
paradas, os participantes puderam vivenciar um tema relacionado à espiritualidade
Inaciana. As reflexões que foram feitas serviram de guia para a meditação silenciosa.
ROLEZINHO DO BEM em BH
Na manhã de 15 de junho, dia da Festa
da Santíssima Trindade, em comunhão e em
união de corações, mais de 50 jovens das diversas comunidades da Paróquia São Francisco Xavier, em Belo Horizonte (MG), participaram do Rolezinho do Bem. Após receber a
benção e o envio do padre Roberto Donizeti,
os jovens, com muita alegria e bom humor, visitaram dezenas de casas e recolheram mais
de 200kg de alimentos que serão distribuídos às famílias atendidas pelos Vicentinos.
Para Sâmyra de Oliveira, 18 anos, o Rolezinho do Bem foi uma experiência muito
boa e proveitosa. “Tivemos a interação dos
jovens da Paróquia e também com os moradores. Com esse contato, a gente pode
ver que, mesmo aquelas famílias que têm
pouco, ainda assim ajudaram. Percebemos
que não são todas as pessoas que apenas
falam que temos que ajudar o próximo, mas
que também ajudam da forma que podem,
sem serem obrigadas a nada, mas pela
vontade e bondade em seus corações. Ajudar ao próximo é acima de tudo um ato de
amor e um gesto de solidariedade. Se cada
pessoa tivesse esse propósito, mesmo que
a ajuda fosse pequena, talvez até com um
Bom Dia, acredito que o mundo seria bem
melhor e mais harmonioso. Para mim, os
gestos e detalhes mais simples são os que
têm mais impacto e os que fazem maior
diferença na vida das pessoas”, diz Sâmyra.
O Rolezinho do Bem é uma ação que
tem como objetivo possibilitar a criação de
redes sociais reais, de modo que os jovens,
olhando para a sua realidade de forma crítica, possam colocar seus dons a serviço e
ajudar a construir um mundo melhor. Nos
próximos meses, acontecerão outras atividades promovidas pelos estudantes jesuítas em colaboração com a rede inaciana e
com as paróquias da Companhia de Jesus,
proporcionando aos jovens maior aprofundamento na fé e na vivência cristã.
Durante o percurso, esteve presente ainda
a Relíquia de São José de Anchieta.
Para a Irmã Maria Eunice, a peregrinação foi especial, pois aconteceu no Dia
de Pentecostes. “Senti um impulso de
participar da caminhada. Fez muito bem
para mim”, diz a religiosa. Ela ainda reforça que a experiência alimenta o lado físico e o espiritual, pois, além de refletir e
rezar, ainda é possível exercitar o corpo.
O casal Mara Carriel e José Carriel
também gostou da peregrinação. Para
eles, o momento foi ideal para meditar
sobre as dificuldades, sentir paz interior
e um encontro individual com a oração.
“Tive a oportunidade de refletir sobre
como superar e enfrentar as situações
adversas que a vida apresenta”, conta
Mara. José destaca que “foi gratificante
estar com pessoas que, assim como ele,
sentem a presença de Deus”.
Ao final da caminhada, na chegada
à Chácara Santiago, houve um tempo
para partilhar a experiência durante a
missa. Em seguida, foi servido um almoço para o grupo.
Calendário BRc
10 de agosto
Consulta da Província
Indaiatuba (SP)
11 de agosto
Reunião com o Conselho
Nacional para a Missão
Indaiatuba (SP)
12 a 13 de agosto
1ª Assembleia da BRA
Indaiatuba (SP)
14 e 15 de agosto
Consulta Ampliada da
BRA Indaiatuba (SP)
16 de agosto
Consulta extraordinária
da BRA – Indaiatuba (SP)
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I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
a companhia de jesus no
BRASIL
MERIDIONAL
Dilma Rousseff inaugura empresa
HT Micron na Unisinos
Em 7 de junho, a presidente da República, Dilma
Rousseff, esteve na Unisinos para conhecer a HT Micron, empresa instalada no
campus de São Leopoldo
(RS) e considerada a maior
produtora de encapsulamento e testes de semicondutores da América Latina.
Quando estiver no auge de
sua produção, a fábrica,
que faz parte do Tecnosinos – Parque Tecnológico
da Universidade, terá capacidade para produzir até
360 milhões de chips por
ano e poderá gerar cerca de
800 empregos diretos.
Na cerimônia, além da
presidente da República,
estavam presentes o reitor
da Unisinos, padre Marcelo Fernandes de Aquino, o
presidente da HT Micron,
Ricardo Felizzola, o presidente do Conselho de
Administração da Hana Micron, Chang Ho Choi, o governador do Rio Grande do
Sul, Tarso Genro, o ex-governador do Estado, Olívio
Dutra, além de autoridades
municipais e ministros.
Logo após a execução
do Hino Nacional, sob a
regência do maestro da Orquestra Unisinos, Evandro
Matté, o prefeito de São
Leopoldo, Anibal Moacir,
foi o primeiro a discursar.
“Trabalhar em parceria é
a melhor coisa do mundo,
parceria com universida-
des, indústria e governo.
Estamos tornando São
Leopoldo uma cidade tecnológica, mas também queremos ser referência em
saúde, por isso, peço que
a presidente olhe com carinho para o pedido de um
curso de Medicina para o
município”, destacou.
O reitor da Unisinos, padre Marcelo Fernandes de
Aquino, abordou a relação
entre iniciativa privada,
poder público e universidade na geração de conhecimento e inovação para o
mercado. “A inauguração da
HT Micron celebra um caso
bem sucedido de parceria
e colaboração, com grande
variedade de atores e pro-
tagonistas, do Brasil e da
Coreia do Sul. Essa arquitetura de relações institucionais entre os poderes
públicos, o setor empresarial e a Unisinos é uma das
características mais importantes do Parque Tecnológico de São Leopoldo,
Tecnosinos”, ressaltou.
Depois, foi a vez de
Chang Ho Choi, que iniciou
sua exposição pronunciando algumas palavras em
português. Em seguida,
continuou, em coreano,
enfatizando a importância dada pela presidente à
área tecnológica. “Nesses
quatro anos, pude sentir
seu interesse e paixão pela
indústria de semicondu-
30
A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL
tores, através de diversos
programas de apoio a esses
projetos”, lembrou o representante da Hana Micron.
“O Brasil é hoje o terceiro maior produtor de semicondutores, o que garante
uma posição importante do
mercado. Vamos crescer,
alavancados por essa oportunidade, com o objetivo de
nos tornarmos líderes na
área”, enfatizou Felizzola,
ao expor dados da produ-
ção da empresa. O empresário apresentou questões
sobre inovação e afirmou
que, para que o fenômeno
ocorra, é necessário um
ambiente propício, em que
haja capital humano, conhecimento acumulado, mecanismos de financiamento,
espírito empreendedor e
infraestrutura tecnológica.
“Estar aqui nos irmana com
a Unisinos. No Tecnosinos, o
conhecimento vai ser culti-
Destaque ao Ciência Sem Fronteiras
Durante a visita à Unisinos, Dilma Rousseff destacou a representatividade
da instituição no Programa
Ciência Sem Fronteiras. “A
Unisinos é uma das universidades que mais manda alunos para estudar no
exterior por meio dessa iniciativa. São 217 bolsas concedidas, tendo 17 países
como destino. As universidades mais procuradas são
da Coreia do Sul, do Reino
Unido e dos Estados Unidos”, ressaltou.
vado e vai gerar ainda mais
inovação”, finalizou.
O governador Tarso
Genro destacou a importância da sinergia envolvida durante todo o projeto.
“Quero fazer um agradecimento a três pessoas, sem
as quais não seria possível
esse enlace tecnológico, capaz de colocar o nosso estado num patamar superior.
Ao Felizzola, ao senhor Choi
e ao reitor, padre Marcelo,
parabéns a todos”, finalizou.
Após descerrar a placa
de inauguração da fábrica,
a presidente fez seu discurso. “Fico muito feliz de estar
aqui no Rio Grande do Sul,
diante deste projeto que
hoje é uma realidade. Aqui,
nós temos a boa parceria
entre uma empresa brasileira e uma empresa coreana,
a HT Micron reflete isso. E
a parceria entre distintos
níveis de governo, como o
estado e o município. Esse
empreendimento é bastante significativo, 10 mil metros quadrados aqui dentro
da Unisinos, refletindo outra
parceria, entre a universidade e a empresa”, observou.
“Teremos aqui, certamente, um processo rico e
diversificado e continuaremos apoiando a relação
entre o Brasil e a Coreia do
Sul e entre empresas e instituições de pesquisa. A experiência entre a Unisinos
e a HT Micron é o caminho
para dar o salto tecnológico
necessário para a inovação”,
concluiu a presidente. Ao
final da cerimônia de inauguração, Dilma posou para
fotos junto aos estudantes
que participaram do Programa Ciências Sem Fronteiras.
31
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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL
Associação Antônio Vieira
é premiada na 1ª COMIGRAR
A Associação Antônio Vieira (ASAV),
por meio da Agência Implementadora do
Programa Brasileiro de Reassentamento
Solidário de Refugiados, participou da 1ª
COMIGRAR (Conferência Nacional sobre
Migrações e Refúgio), em São Paulo (SP),
de 30 de maio a 1º de junho.
O evento, promovido pela Secretaria
Nacional de Justiça e pelo Departamento
de Estrangeiros do Ministério da Justiça,
começou a ser preparado no final de 2013,
com o apoio estratégico da sociedade
civil, mobilizada pelo Comitê de Acompanhamento da Sociedade Civil (CASC).
Formado por meio de uma resolução
normativa específica, o CASC é composto
por 16 instituições que atuam no serviço de
atenção a Migrantes e Refugiados no Brasil.
Entre elas, está a Agência ASAV, presente
desde o início da organização da Conferência. Coube à ASAV a tarefa de fazer a
articulação local para a realização das pré-conferências livres, municipais e estadual.
A Conferência Municipal de Caxias
do Sul destacou-se pelo maior número
de participantes, somando 372 pessoas.
Da mesma forma, no Rio Grande do Sul,
ocorreu a Conferência Estadual que registrou o maior número de propostas:
foram 91 inscrições na plataforma digital
da conferência. A coordenadora da Agência, Karin Wapechowski, aponta como
momento importante a premiação do
Programa de Reassentamento Solidário,
na Feira de Boas Práticas, realizada em
paralelo à Conferência, reunindo 15 projetos voltados aos temas. “Durante a Feira,
foi possível realizar, entre os expositores,
trocas de experiências e também acordos
de cooperação. Lá, firmamos acordo com
uma instituição psicanalítica de Florianópolis (SC), já visualizando a ampliação do
Programa de Reassentamento de Refugiados naquele Estado”, explica Karin.
O trabalho realizado pela ASAV recebeu importante destaque ao final do pronunciamento do Ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, que premiava três projetos expostos na Feira de Boas Práticas:
o Programa de Reassentamento Solidário
recebeu o Prêmio Simone Borges Felipe,
um reconhecimento à luta pelos direitos
e pela proteção dos refugiados no Rio
Grande do Sul, assim como pelo trabalho
de sensibilização e incidência que a ASAV
realiza nos diversos segmentos em que
atua. “Trouxemos na mala duas lindas placas contendo o nome da ASAV e a alegria
pelo reconhecimento do nosso trabalho.
Incluídas na bagagem, vieram também um
tanto a mais de responsabilidade e compromisso pela causa do refúgio e pelo que
ainda temos que realizar. A 1ª COMIGRAR
é só o começo”, comemora Karin.
O evento teve a marca da mobilização,
da participação da sociedade civil e, principalmente, da representação de migrantes
oriundos de 32 países. “Voltamos para casa
de baterias carregadas de esperança, acreditando que contribuímos com o objetivo
Karin Wapechowski, coordenadora do Programa de
Reassentamento Solidário de Refugiados da ASAV
maior desse encontro, fornecendo insumos para que o Estado Brasileiro desenvolva uma política e um plano de ação que
respeite os direitos e a diversidade das
várias populações em deslocamento que
chegam ao Brasil”, declara Karin.
Com a visibilidade dos prêmios do
Programa e da ASAV, as demandas tendem a aumentar. A expansão do Programa
de Reassentamento já é uma realidade.
Segundo Karin, “o Estado Brasileiro e o
ACNUR já contam com a ASAV para o acolhimento de refugiados extrarregionais
e com o aumento do número de núcleos
familiares de nacionalidade colombiana.
Temos muito trabalho pela frente e estamos bem motivados para isso”.
8ª Romaria do Padre Reus
Com o intuito de renovar a fé no padre
João Batista Reus, fiéis participaram da 8ª Romaria do sacerdote no domingo, 13 de julho, em
São Leopoldo. Natural da Alemanha, o jesuíta
e professor atuou na cidade até 1947, ano de
sua morte. Desde então, é considerado santo
milagroso. A peregrinação é realizada todos
os anos até o Santuário Sagrado Coração de
Jesus, onde está localizado o túmulo de Reus.
A caminhada teve concentração a
partir das 9h, na Igreja Nossa Senhora da
Conceição, na Praça Tiradentes, no centro
da cidade. Os devotos percorreram as
ruas 1º de Março, Frederico Wonfenbuttel
e Theodomiro Porto da Fonseca, entoando orações e hinos. O encontro final aconteceu diante do túmulo do padre, onde foi
realizada missa.
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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL
Catarinense celebra São Luiz
Gonzaga e reflete trabalho social
Em 13 de junho, foi realizado o 3º Fórum de Jovens Inacianos e a celebração do
dia de São Luiz Gonzaga, no Colégio Catarinense (SC). As iniciativas visam destacar e promover o protagonismo juvenil,
despertando os alunos para a importância
da espiritualidade, da solidariedade e do
voluntariado.
As festividades de São Luiz Gonzaga, padroeiro da juventude, são realizadas pela Pastoral do Colégio Catarinense, desde 2011, com objetivo de
propagar o exemplo de vida do santo e
estimular a juventude na promoção de
um mundo novo. Já o Fórum de Jovens
Inacianos teve como tema Jovens construindo um mundo novo, além do lema
São Luiz Gonzaga, ontem e hoje, inspirando a juventude.
Igreja São José:
missas em
alemão ao
longo da Copa
Durante a Copa do Mundo, as paróquias de Porto Alegre (RS) prepararam-se para receber fiéis de diversas partes
do mundo. A Igreja São José, localizada
na região central e histórica da capital,
foi uma das que recepcionou os estrangeiros nesse período. Por isso, entre 1º
de junho e 13 de julho, foram rezadas missas em alemão todos os domingos, às 9h.
“A preocupação do Colégio Catarinense não é só transmitir conhecimento
e trabalhar à dimensão intelectual do aluno. Buscamos a formação na sua plenitude, o aluno e a aluna como ser integral.
Trabalhamos o seu afeto, a sua espiritualidade, o seu compromisso, a sua cidadania e a sua relação com os demais. Isso é
ser estudante inaciano, isso é pertencer
a uma escola jesuíta da Companhia de
Jesus”, destaca o professor Afonso Luiz
Silva, diretor-geral do colégio.
Entre as várias atividades, o Fórum contou com a presença do músico e pai de aluno,
Gazú, da banda Dazaranha, que realizou um
pocket show nos intervalos do evento. Ele
destaca a orientação do Colégio Catarinense
aos alunos sobre o trabalho voluntário: “Fico
muito feliz de ver essa galerinha consciente,
trabalhando com sinceridade, com vontade
e com o coração. A iniciativa do Catarinense,
além de outras atividades que acontecem
aqui e do ensino de qualidade, sempre é manter essa essência em fazer o bem”.
Por meio do exemplo de São Luiz Gonzaga, patrono dos jovens cristãos e dos
estudantes, o Fórum possibilita reflexões
sobre valores evangélicos e inacianos,
promovendo também a participação e o
envolvimento dos alunos em projetos sociais e voluntários. “Nós temos um grupo
que trabalha com idosos, fazendo visitas
ao asilo, entre outras atividades. Creio
que essas iniciativas façam com que, de
fato, vá se moldando um coração compassivo nos alunos, diferente do mundo
em que vivemos atualmente. O trabalho
com juventude hoje se dá quando o jovem
é desafiado. O desafio é o melhor meio de
desenvolver um trabalho efetivo com o jovem”, reflete o jesuíta Luiz Carlos Campos.
Além de propor o aprofundamento
da vivência da solidariedade cristã, a
atividade do voluntariado permite a reflexão sobre as causas e os modelos de
superação dos desafios urbanos, assim
como sobre a realidade do campo.
Calendário BRM
1º a 9 de agosto | Visita à Residência Nossa Senhora Medianeira – Curitiba (PR)
10 a 16 de agosto | Compromissos referentes à BRA
Indaiatuba (SP)
18 de agosto | Reunião ASAV
Porto Alegre (RS)
19 a 22 de agosto | 2ª Assembleia das Mantenedoras
da BRA – Rio de Janeiro (RJ)
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a companhia de jesus no
BRASIL
NORDESTE
Alunos da UNICAP desenvolvem
aplicativo “Ônibus Para Todos”
Supervisionados pelo
professor Sérgio Murilo,
alunos do 5º período de
Ciência da Computação da
Universidade Católica de
Pernambuco (Unicap) desenvolveram um aplicativo
para facilitar a vida das pessoas que utilizam o transporte público e sofrem com
algum tipo de deficiência
visual. “Essa é uma atividade prática. É uma forma de
estimular os alunos, instigando a criatividade deles”,
afirma o professor.
A plataforma serve
tanto para pessoas que
têm deficiência visual total como para aqueles indivíduos que apresentam
problemas de vista parcial.
Os alunos já simularam,
em maquete, o funcionamento da plataforma. O
protótipo interage com o
indivíduo, informando o
número ou nome do ônibus
desejado. Além disso, ele
está sempre orientando
Filme de assessor cultural da Unicap
selecionado para festivais nos EUA e Canadá
O documentário Tubarão, produzido pelo assessor cultural da Universidade Católica de Pernambuco
(Unicap), Léo Tabosa, foi
selecionado para participar de mais três festivais:
7º Festival de Cinema de
Triunfo(PE), 12º Vancouver
Latin American Film Festival (Canadá) e 12º Brazilian
Film Festival of New York
(Estados Unidos). O filme
foi um dos mais premiados do Festival Audiovisual
Cine PE, conquistando as
categorias de Melhor Filme,
Direção, Direção de Fotografia e Melhor Filme pelo
Júri da Crítica (Abranccine).
Outra produção de Leo
Tabosa, Retratos, feito em
co-autoria com Rafael Negrão, será destaque no oitavo
onde o veículo está e quando está se aproximando do
passageiro. O diferencial
desse software é que tudo
pode ser feito através de
episódio do programa Cinema em Outras Cores, apresentado pelo deputado Jean
Wyllys no Canal Brasil. O
documentário é fruto do trabalho de conclusão do curso
de Jornalismo da Unicap, que
teve como orientador o professor Alexandre Figueirôa.
“Foi com muita alegria
que recebemos o convite
do Canal Brasil. Retratos é
um trabalho que legitima
a excelente qualidade acadêmica do curso de Jorna-
um único toque e toda interação é feita por voz. Em
outros aplicativos existentes, é necessário verificar
uma lista.
lismo da Unicap”, comenta
Leo Tabosa.
Retratos conta a história
de seis travestis que desempenham atividades profissionais desvinculadas da
prostituição no estado de
Pernambuco. O vídeo mostra como a vida de cada um
deles pode ser tão comum
quanto a de qualquer outra
pessoa. O filme nasceu de
uma pesquisa realizada pelos diretores quando cursavam Jornalismo na Unicap.
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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE
Festa de Santo Antônio
pardoeiro em Salvador
Renato Geraldo Evangelista Salles
Membro do Conselho da Igreja de Santo Antônio da Barra
A Igreja de Santo Antônio da
Barra, em Salvador (BA), proporcionou ao povo baiano, mais uma vez,
momentos de extrema emoção celebrando a memória do seu padroeiro. Refletimos nas noites da Trezena como podemos viver a Alegria
do Evangelho de Jesus por meio da
figura de Santo Antônio.
Desde o primeiro dia de nossa
Trezena até o último, a presença do
Espírito Santo nos guiava. As pessoas que acorreram à nossa Igreja,
neste período, eram acolhidas com
alegria e simplicidade. Durante as
treze noites de festa, nós vivenciamos momentos de arte, oração,
beleza, devoção e festa. Grupos
culturais, corais, padres de diversas
paróquias de Salvador, movimentos
e pastorais de inspiração inaciana embelezaram e enriqueceram
nossa Trezena. O Arcebispo metropolitano, Dom Murilo Krierger, se
fez presente durante os festejos,
oportunidade em que crismou uma
de nossas fiéis. A procissão de San-
to Antônio da Barra e o grande dia
da Festa, 13 de Junho, foram os momentos mais fortes e expressivos,
manifestando toda nossa devoção
e carinho a nosso Santo Padroeiro.
Nesses treze dias de oração e
congraçamento, após as celebrações de cada noite, uma pequena
quermesse era oferecida aos presentes com barracas de Santos,
de comidas típicas, brechó, entre
outras atividades. E não faltaram
as brincadeiras juninas que alegravam o coração de crianças, jovens
e adultos. A Igreja sempre lotada
de fiéis era um sinal claro da alegria compartida entre os devotos
de Santo Antônio, que buscam conhecer a Jesus através da figura do
Santo lisboeta.
Todos os ministros de Eucaristia da Igreja estiveram presentes
para atender o grande público e não
mediram esforços para fazer uma
grande festa religiosa, que culminou no dia 13 de junho, quando oito
missas foram celebradas.
Aluno do
Diocesano é
premiado em
concurso
Com a redação Unidos pela bola
em nome da Paz, Lucas Felipe Batista Rêgo, aluno do 4º ano do Ensino
Fundamental do Colégio Diocesano,
ganhou o 2º lugar na categoria Redação, modalidade escola privada, nível
II (do 3º ao 5º ano/EF) do IX Concurso
Jovens Escritores, promovido pelo
sistema O Dia de Comunicação.
Nesta edição do concurso, tema
abordado pelos estudantes foi A
Copa do Mundo no Brasil. A premiação dos 13 ganhadores aconteceu no
dia 8 de junho. Para Lucas Felipe, a
sua participação foi incentivada pela
família e por sua professora de Português, Lana Christina. “Ela me falou
que eu deveria me inscrever porque
tinha muita chance. Sinto-me feliz de
ter seguido esse conselho e feito um
texto premiado logo no meu primeiro
concurso”, comemora.
Lucas Felipe Batista Rêgo é aluno
do 4º ano do Ensino Fundamental
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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE
Colégio Antônio Vieira inaugura
novo laboratório de Química
No dia 9 de julho, foi
inaugurado o novo laboratório de Química do Colégio Antônio Vieira, em
Salvador (BA). O espaço
foi reformado e apresentado aos líderes e vice-líderes das turmas do
Ensino Médio (EM), com
novos equipamentos e
com infraestrutura mais
ampla, para favorecer o
aprendizado e a interatividade entre os alunos.
O diretor do Antônio
Vieira, padre Domingos
Mianulli, falou aos alunos da importância dessa
conquista para o Colégio,
que busca sempre avançar
sem perder a fidelidade
aos princípios da Pedagogia Inaciana. “Esse foi um
passo a mais para melhorarmos a nossa caminhada”, afirmou.
A ex-professora de
Química do Antônio Vieira, Nilzete Amorim, contou que ajudou na elaboração do novo laboratório
e mostrou-se bastante
satisfeita com o resultado. “Trabalhei aqui mais
de 30 anos e conheço bastante o local, dei muitas
ideias para este projeto”,
explica.
Os alunos ficaram encantados com a estrutura
moderna do laboratório e
com os benefícios que eles
terão durante as aulas de
Química. “Essas mudanças
ajudam a gente a estar em
um meio mais moderno
e dinâmico, estimulando
nosso aprendizado. É bom
ver o Colégio se modernizando cada vez mais”, disse
o aluno Danton Filho, líder
da 2ª série do EM.
Calendário BNE
Compromissos do Provincial
25 a 27 de julho | Reencontro MAGIS Nordeste
Teresina (PI)
28 a 31 de julho | Expediente na Cúria BNE / Festa de
Santo Inácio – Salvador (BA)
30 de julho | Consulta da BNE – Salvador (BA)
1º a 3 de agosto | Programação pessoal – Recife (PE)
4 a 9 de agosto | Expediente na Cúria BNE – Salvador (BA)
10 a 13 de agosto | 1ª Assembleia da BRA – Indaiatuba (SP)
14 e 15 de agosto | Consulta Ampliada da BRA
Indaiatuba (SP)
16 de agosto | Consulta extraordinária da BRA
Indaiatuba (SP)
17 a 21 de agosto | Assembleia das mantenedoras
São Paulo (SP)
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37
a companhia de jesus no
BRASIL
PROVINCIALADO
Companhia de Jesus celebra
um ano do MAGIS no Brasil
Há um ano, mais de 2 mil
jovens de diversos países do
mundo vivenciavam experiências espirituais e de inserção
sociocultural. Esse encontro
especial entre nações aconteceu durante o MAGIS 2013,
realizado no Brasil. Um momento único na vida de cada
peregrino que pôde celebrar
e demostrar o magis inaciano
em cada ação que realizou.
Entre os dias 12 e 21 de
julho do ano passado, os peregrinos puderam conhecer
o Brasil enquanto se preparavam para a JMJ Rio (Jornada
Mundial da Juventude), o 1º
encontro do papa Francisco
com os jovens católicos.
Com o lema Esperam por
nós “nações”, inspirado no
texto da 35ª Congregação
Geral da Companhia de Jesus, o MAGIS 2013 proporcionou aos jovens a vivência
comunitária, a inserção em
diferentes realidades e a
disposição para o serviço
aos demais.
O MAGIS é um encontro de jovens inacianos,
que se preparam para a
JMJ. O primeiro aconteceu em 1997, na França.
Depois disso, foi realizado na Itália, em 2000, no
Canadá, em 2002, e na
Alemanha, em 2005. Após
esse período, o evento se
consolidou e ganhou o
nome de MAGIS, termo
em latim que quer dizer
o mais, o maior, o melhor.
Uma palavra muito utilizada por Santo Inácio
de Loyola, que nos faz
um convite para a experimentação, um convite
para avançarmos em relação àquilo que já fazemos ou vivemos. Em
2008, o MAGIS foi realizado na Austrália e, em
2011, na Espanha. O último foi no Brasil, em 2013,
e o próximo acontecerá
na Polônia, em 2016.
Fotos: Flickr do Magis Brasil 2013
Encontro da juventude inaciana
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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO
Concerto musical celebrará o
bicentenário de restauração
Evento promovido pela FAJE e pelas comunidades
jesuítas de BH será realizado no dia 7 de agosto
Jesuítas participam de
Assembleia em agosto
Entre os dias 12 e 13 de
agosto, os jesuítas do Brasil
realizarão sua 1ª Assembleia
Nacional. Além de promover
As comunidades jesuítas de Belo Horizonte e a
FAJE (Faculdade Jesuíta
de Filosofia e Teologia)
vão promover um concerto musical para encerrar
as celebrações do bicentenário de restauração da
Companhia de Jesus.
O concerto Música
nas missões jesuítas na
América será apresentado pela Orquestra de
Câmara Musica Figurata,
que contará com a participação de violista russa,
Elena Kraineva. A entrada
é franca.
O evento será realizado no dia 7 de agosto,
às 20h, no Auditório Dom
Luciano Mendes de Almeida, no campus da FAJE. A
Companhia de Jesus convida a todos para participar
desta bela apresentação.
um encontro fraterno entre
os jesuítas que vivem e trabalham nas várias regiões do
Brasil, esta Assembleia será
um passo importante para a
definição das preferências
apostólicas que nortearão
a missão da Companhia de
Jesus nos próximos anos. O
encontro será realizado na
Casa de Retiros Vila Kostka,
em Itaici, Indaiatuba (SP), e
contará com a participação
de cerca de 300 jesuítas.
Calendário BRA
4 a 9 de agosto | Visita do Pe. Carlos Palácio ao CIF-BH
Belo Horizonte (MG)
11 de agosto | Reunião com o Conselho Nacional para
a Missão – Indaiatuba (SP)
12 e 13 de agosto | 1ª Assembleia da BRA – Indaiatuba (SP)
14 e 15 de agosto | Consulta Ampliada da BRA
Indaiatuba (SP)
16 de agosto | Consulta extraordinária BRA
Indaiatuba (SP)
17 a 19 de agosto | Visita do Pe. Adelson Araújo, assistente de formação, ao Filosofado – Belo Horizonte (MG)
20 e 21 de agosto | 2ª Assembleia das Mantenedoras
da BRA – Rio de Janeiro (RJ)
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I n f o r m at i v o d o s j e s u í ta s d o b r a s i l
ANIVERSÁRIOS
Julho
21 |
07 |
Pe. Adilson Aparecido da Silva – BRC
Pe. Adilson Felício Feiler – BRM
Pe. Paul Alexander Schweitzer – NEN/BRC
09 |
22 |
Ir. Lauro Eidt – BRM
10 |
23 |
Pe. João Pedro Cornado – BAM
Pe. José Jomêr Oliveira Jr. – BRC
11 |
24 |
Ir. Eugênio P. Loewenstein – BRM
Pe. Mário de França Miranda – BRC
Pe. Paulo Tadeu Barausse – BRM
25 |
Pe. Arthur Lupurine Sampaio – BRC
Pe. José de Souza Mendes – BRC
Pe. Leonardo Amaro – ARU
Pe. Otmar Jacob Schwengber – BRM
Ir. Walter Wiest – BRM
26 |
Pe. Amarilho Checon – BRC
27 |
Pe. Guido A. J. Kuhn – BRM
Pe. Levino Antônio Camilo – BRM
Pe. Urbano Rodolfo Mueller – BRM
29 |
Esc. Andrei Sparremberger – BRM
30 |
Ir. Oscar Jorge Knorst – BRM
AGOSTO
01 |
Pe. José Ramón F. de la Cigoña – BRC
02 |
Pe. Inácio Spohr – BRM
03 |
Pe. Dorvalino Alieve – BRM
04 |
Pe. Francys Silvestrini Adão – BNE
Pe. Nilo Ribeiro Júnior – BRC
Ne. Jobson Ramos Teixeira – BAM
05 |
Pe. Eduardo Teixeira Henriques – BRC
Esc. MarcosVinicius Sacramento de Souza – BNE
06 |
Ir. Adolfo Nunes de Oliveira – BRM
Pe. Juan Antonio Ruiz de Gopegui – BRC
Pe. Manuel Eduardo Iglesias Rivas – BRC
Pe. Octavio J. Bittencourt Fontoura – BRM
13 |
14 |
15 |
Pe. Charles da Silva Dias – BNE
Esc. Neilton Abadio Veloso – BRC
Pe. Pedro Canísio Melchert – BRC
Pe. Pedro Magalhães Guimarães Ferreira – BRC
Pe. Donizetti Tadeu Venâncio – BRC
Ir. Aoestelino de Jesus Portela – BRM
Ir. José Alves Fernandes – BRC
Ir. Kazuo Kimura – BRC
Pe. João Roque Rohr – BRM
Pe. Jorge Álvaro Knapp – BRM
Ne. Carlos Rafael Pinto – BRC
Pe. José Garcia Netto – BRC
Pe. José dos Passos da Silva – BRC
Pe. Pius Therileio Sidegum – BRM
17 |
Pe. Isidro Sallet – BRM
18 |
Ir. Luis Carballo Vidal – BRC
20 |
Pe. Pedro Rubens Ferreira de Oliveira – BNE
21 |
Pe. Maurício E. Bozzo Costa – BNE
22 |
Pe. Paulo André Hébert – GLC/BNE
Pe. Paulo Pedreira de Freitas – BRC
jubileuS
14 de agosto
Pe. Francisco Ivern Simó – BRC
70 anos de Companhia
14 de agosto
Pe. Jacques Trudel – GLC
60 anos de Companhia
21 de agosto
Pe. Álvaro Barreiro Luaña – BRC
60 anos de Companhia
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Dois períodos de uma mesma história, num