DISCURSO DO GOVERNADOR PAULO HARTUNG NA SOLENIDADE O país passa hoje por um enorme desafio. Desafio econômico, desafio político pesado e um desafio social crescente, que eu acho que tem como maior indicador o mercado de trabalho, o crescente desemprego país afora. Nós não temos o direito de esperar as próximas eleições, as lideranças brasileiras não têm esse direito. Esperar as próximas eleições significa um ato de desprezo em relação ao sofrimento do nosso povo e da nossa gente. Nós temos que arregaçar as mangas. Papel de líder é procurar caminhos e com caminho na sua visão mobilizar e motivar a sociedade, isso é papel de líder. Já foi dito e vou repetir: quem olha apenas para as próximas eleições não tem capacidade de olhar para as próximas gerações, para o futuro. E nós precisamos é olhar para as próximas gerações e para o futuro. Nós precisamos arregaçar as mangas, nós precisamos achar caminhos. Está claro para todo mundo que nós precisamos reorganizar as contas públicas de nosso país. Se a gente não reorganizar as contas públicas de nosso país, nós vamos flertar com o que está acontecendo na Grécia e o mundo inteiro está vendo. Mas nós não podemos simplesmente fazer a reorganização das contas públicas de nosso país. Nós precisamos procurar as áreas aonde o investimento pode voltar a crescer, gerar emprego e segurar os empregos que estão aí. Que nós temos algumas áreas, e uma delas é o orgulho nacional que é a agricultura. Além da agricultura, nós temos duas áreas que temos que ter atenção: setor exportador virou uma janela de oportunidades, mas isso não acontece por combustão espontânea. Por que virou uma janela de oportunidades? Porque a nossa moeda desvalorizou em relação às moedas internacionais e em relação ao dólar. Então, se a gente partir para uma diplomacia comercial ativa, militante, pragmática, sem visão bomba, atrasada, ideológica do século passado, se a gente sair com diplomacia ativa mundo afora, como acabamos de receber uma delegação chefiada pelo Luiz Paulo Vellozo Lucas, que foi à China, se a gente partir com a nossa malinha debaixo do braço, nós vamos vender os produtos brasileiros, inclusive reconquistar a faixa de mercado internacional que nós perdemos nos últimos anos. Mas tem que ralar. Tem um terceiro lugar que nós podemos fazer o emprego crescer no Brasil, segurar os empregos e fazer crescer, que é a área de infraestrutura. Atraindo o capital privado. Por isso estou aqui falando em meu nome e em nome do governador Pezão, como lá no Rio ele vai falar em nosso nome. Nós precisamos colocar esse projeto de pé. O Ricardo Ferraço [Senador] trouxe ideias. Nós precisamos mobilizar as grandes empresas do nosso Estado. Nós precisamos mobilizar as grandes empresas cariocas. Gente, agora em dezembro, janeiro, nós vivemos uma crise hídrica brutal. Está claro que ninguém vai carregar minério de ferro por muito tempo com água doce. Precisa é de ferrovia pra carregar esse minério de ferro. E junto com o transporte de minério de ferro, nós podemos transportar alimento. Nós podemos transportar commodities. Nós podemos viabilizar uma estrutura portuária que vai ser, se Deus quiser, o maior complexo portuário do país, da América Latina, e vai ter dois donos: os capixabas e os cariocas. É isso que nós estamos tentando estacar aqui. Por isso, ministro, eu estou muito feliz com a sua presença e muito agradecido pelo seu gesto. E aqui agora eu falo em meu nome; em nome da nossa bancada que tem andado muito ao meu lado, nossa bancada federal; em nome da Assembleia, que eu sei que o Theodorico [Ferraço] me permite; e em nome dos capixabas: muito obrigado. Pela sua presença, pelo seu trabalho, pelo seu acolhimento a mim e ao Pezão naquela reunião. Muito obrigado, Jorge, pelo acolhimento, e muito obrigado pelo seu gesto aqui. Você não precisa pedir desculpa de nada, mas é um gesto bonito, é um gesto de uma autoridade que sabe que está numa função, que não é dono da função. Parabéns, em fazer esse pedido de desculpa em relação à BR 262. O senhor não precisava pedir desculpa, o senhor já havia atendido ao desespero da nossa senadora Rose [de Freitas], que puxou o Lelo Coimbra junto, e foi ver porque uma coisa que já estava apalavrada com todos nós, com a bancada, com o Governo do Estado e com os capixabas não tinha entrado lá na apresentação. Muito obrigado! Gente, é levantar a cabeça. Esse país é um país grande, esse país é um país de potencialidades. Erros foram cometidos, não adianta ficar chorando em cima de leite derramado. Nós precisamos olhar para o futuro, e colocar de pé um plano sólido. E ai nós vamos olhar não para as próximas eleições, ela vai resolver, o povo resolve, nós vamos olhar é para o futuro, pros nossos filhos, pros nossos netos, pros nossos bisnetos, para as futuras gerações. É isso que nós estamos tentando fazer aqui. Eu agradeço a presença do ministro, eu agradeço a presença da ANTT e agradeço a presença de todos vocês.