CESAR BOTTARO FABIO FAZANI DO PRADO GABRIEL NUNES PELIKIAN GUILHERME PEREIRA SANCHEZ LUCAS DE CAMARGO GRANADO MÉTODO CONSTRUTIVO PARA RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES SÃO PAULO 2015 2 CESAR BOTTARO FABIO FAZANI DO PRADO GABRIEL NUNES PELIKIAN GUILHERME PEREIRA SANCHEZ LUCAS DE CAMARGO GRANADO MÉTODO CONSTRUTIVO PARA RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil Universidade Anhembi Morumbi Orientador: Profª. MSc. Jane Luchtenberg Vieira SÃO PAULO 2015 da 3 CESAR BOTTARO FABIO FAZANI DO PRADO GABRIEL NUNES PELIKIAN GUILHERME PEREIRA SANCHEZ LUCAS DE CAMARGO GRANADO MÉTODO CONSTRUTIVO PARA RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi Trabalho____________ em: ____ de_______________de 2015. ______________________________________________ Profª. MSc. Jane Luchtenberg Vieira ______________________________________________ Nome do professor da banca Comentários:_________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4 AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus por ter dado saúde e protegido nossos caminhos, proporcionando a chegada nesta reta final do curso de Engenharia Civil e aos Professores que contribuíram com seus conhecimentos e experiência de vida. Não poderíamos deixar de agradecer os momentos que estivemos com nosso companheiro e eterno amigo Rafael Barbieri Delbone, que já não está mais neste plano de vida. 5 RESUMO O trabalho propõe um caminho prático para lidar com as exigências e atividades construtivas necessárias para combater um grande problema relacionado ao déficit habitacional do Brasil: uma grande disparidade entre o crescimento da população e a capacidade do mercado de ofertar oportunidades de moradia. Em busca de sanar este problema, destacam-se os procedimentos necessários para elaboração de um projeto visando qualidade, conforto e segurança, e a adoção de critérios não comprometedores às obrigatoriedades descritas em normas. Com os diversos programas governamentais para habitação popular, foi possível identificar soluções e métodos, preservando interesses como rentabilidade, viabilidade no curto prazo, segurança dos trabalhadores e qualidade da obra. O estudo foi elaborado com base em situações reais, nas quais foram abordados aspectos como local de implantação; documentação necessária para aprovações; projetos e suas premissas; histórico das construções populares; etapas construtivas; novas tecnologias e detalhamento para os acabamentos finais. Foram avaliadas informações sobre assertividade de projeto; procedimentos descritos nas normas; resistências de materiais aos diversos agentes agressores e desempenho dos componentes instalados na residência. A pesquisa foi elaborada a partir de revisão bibliográfica em livros, publicações científicas e exemplificação com casos reais do Brasil e de outros países. A escolha do melhor método para um determinado local de instalação é necessária para o aperfeiçoamento e desenvolvimento das construções de engenharia civil no Brasil. O uso eficiente e eficaz de tais métodos deve aumentar os níveis de satisfação tanto por parte dos clientes como dos responsáveis pela construção. Palavras Chave: déficit habitacional, qualidade, conforto e segurança. 6 ABSTRACT This research aims to identify practical paths for leading with requirements and necessary constructive activities to deal with a huge problem related to the Brazilian housing deficit: the great disparity between population increase and the market capacity to offer good houses and living opportunities. In order to solve this problem some procedures are highlighted to promote a good project that focus on quality, security and comfort, and also the adoption of criteria with no commitment of the obligations described in rules and requirements determined by the regulators allowed to authorize, finalize and follow up requests. Several government programs are in place for popular housing, and based on that experience, it was possible to identify solutions, practices and methods that preserve interests such as earnings, short term viability, workers safety and the building quality. The study was made based on real cases, in which there were analyses of aspects such as implementation location, necessary allowing documentation, projects and their premises, historic popular housing, building steps, new technologies and finishing details. Information of project assertiveness, procedures described in rules of foundation, and elements of house protection were evaluated, such as painting, roof, and resistance of several materials for aggressive agents and the performance of the different components of a house. This research counts on a bibliographic review of books, scientific articles and case studies in Brazil and others countries. Buildings developed in Brazil were set as the base of this study, providing analysis on: projects, material types, elaboration methods, schedule and finishing details. The choice of a better method for a specific location is necessary in order to improve and develop civil engineering works in Brazil. The efficient and effective use of these methods must enhance satisfaction levels of buyers and also of those responsible for building. Keywords: housing shortage , quality, comfort and safety. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 4.1 - Entorno do local, vias e serviços 25 Figura 4.2 - Áreas de risco enchentes 26 Figura 4.3 - Solo fraco e encostas 26 Figura 4.4 - Transporte de bicicleta 27 Figura 4.5 - Planta baixa 34 Figura 4.6 - Casa geminada 34 Figura 4.7 - Casa isolada 35 Figura 4.8 - Planta baixa, ambiente conjugado 36 Figura 4.9 - Licenciamento para limpeza 40 Figura 4.10 - Amostra de material coletado após SPT 41 Figura 4.11 - Escala classificação tipo granulométrica 42 Figura 4.12 - Triângulo de classificação 42 Figura 4.13 - Alicerce em alvenaria 45 Figura 4.14 - Fundação profunda 45 Figura 4.15 - Sapata corrida 46 Figura 4.16 - Sapata simples 46 Figura 4.17 - Medição de nível com estação total 48 Figura 4.18 - Após concretagem 48 Figura 4.19 - Alvenaria convencional 49 Figura 4.20 - Fôrmas metálicas 51 Figura 4.21- Forma PVC pronta para concretagem 51 Figura 4.22 - Light steel framing 52 Figura 4.23 - Estrutura wood frame 53 Figura 4.24 - Montagem wood frame 54 Figura 4.25 - Wood frame dois pavimentos 55 Figura 4.26 - Residencial concreto-PVC 56 Figura 4.27 - Módulos concreto-PVC 56 Figura 4.28 - Acabamento concreto-PVC 57 Figura 4.29 - Construção solo cimento 58 Figura 4.30 - Casa cerâmica feicon 58 8 Figura 4.31 - Altura telhado 59 Figura 4.32 - Programação de parede para apoio 60 Figura 4.33 - Estrutura madeira 61 Figura 4.34 - Estrutura metálica 61 Figura 4.35 - Esquema de esquadria 62 Figura 4.36 - Esquema caixilho alumínio 63 Figura 4.37 - Esquema instalação hidráulica 64 Figura 4.38 - Esquema instalação elétrico 65 Figura 4.39 - Reboco gesso liso 65 Figura 4.40 - Reboco de massa 66 Figura 4.41 - Piso cerâmico 69 Figura 4.42 - Piso laminado 70 Figura 4.43 - Piso taco 70 Figura 4.44 - Concreto estampado 71 Figura 4.45 - Piso drenante 72 Figura 4.46 - Montagem de pisos intertravados 73 Figura 4.47 - Azulejos cerâmico 76 Figura 5.48 - Mapa Região 79 Figura 5.49 - Maquete eletrônica 79 Figura 5.50 - Endereço 80 Figura 5.51 - Situação antes regularização 81 Figura 5.52 - Situação após regularização 82 Figura 5.53 - Procedimento de Sondagem SPT 84 Figura 5.54 - Área fundação Radier 84 Figura 5.55 - Alvenaria de bloco cerâmico estrutural 85 Figura 5.56 - Isolamento acústico 87 Figura 5.57 - Ensaio de resistência 88 Figura 5.58 - Distribuição de conduites pelo Radier 88 Figura 5.59 - Distribuição de condutores para rede elétrica 89 Figura 5.60 - Poste para quatro medidores 89 Figura 5.61 - Poste individual 90 Figura 5.62 - Programação da rede de esgoto 91 Figura 5.63 - Cobertura em aço galvanizado 93 Figura 5.64 - Caixilho veneziana 94 9 Figura 5.65 - Caixilho vidro liso 94 Figura 5.66 - Impermeabilização de vãos 95 Figura 5.67 - Reboco de Gesso 96 Figura 5.68 - Revestimento cerâmico 96 Figura 5.69 - Revestimento de banheiros 97 Figura 5.70 - Chapisco, emboço e reboco 97 Figura 5.71 - Preparo grafiato em muros 98 Figura 5.72 - Preparo textura nas casas 98 Figura 5.73 - Pintura externa casas 99 Figura 5.74 - Pedra para área externa 99 10 LISTA DE TABELAS Tabela 4.1 - Caracterização do empreendimento para instalação de água .............. 30 Tabela 4.2 - Caracterização de construção padrão baixo ......................................... 32 Tabela 4.3 - Distribuição da população Brasileira 1940-1991 ................................... 38 Tabela 4.4 - Resistência à penetração ...................................................................... 43 Tabela 4.5 - Capacidade de cargas em estacas mais comuns ................................. 47 Tabela 4.6 - Traços para massa................................................................................ 67 Tabela 5.7 - Dados da cidade de Itapetininga ........................................................... 80 Tabela 5.8 - Valores dB(A) e NC................................................................................86 Tabela 5.9 – Escolha final dos materiais e métodos construtivos ........................... 101 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland BNH Banco Nacional de Habitação CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção CBR California Bearing Ratio CEO Centro de Especialidades Odontológicas CEPROM Centro Educacional e Profissionalizante Municipal CPFL Companhia Paulista de Força e Luz ETE Estação de Tratamento de Esgoto ETE Escola Técnica Estadual FATEC Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo GEE Gases Efeito Estufa HIS Habitação de Interesse Social IAPS Institutos de Aposentadorias e Pensões IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Ipea Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada INSS Instituto Nacional da Seguridade Social IPTU Imposto Predial Territorial Urbano MCMV Minha Casa Minha Vida NBR Norma Brasileira OSB Oriented Strand Board PAIH Plano de Ação Imediata para Habitação PIB Produto Interno Bruto Pnad Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 12 PVA Acetato de Polivinila PVC Policloreto de Vinil REVIT REVISE INSTANTLY SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SAMI Serviço de Atendimento à Mulher Itapetiningana SC Sistema de Cobertura SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SFH Sistema Financeiro de Habitação SIAB Sistema de Informações da Atenção Básica SPT Standard Penetration Test SVVIE Sistemas de vedações verticais internas e externas 13 LISTA DE SÍMBOLOS A Amperes V Volts W Watts 14 SUMÁRIO p. 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 17 1.1 Objetivos .................................................................................................................... 18 1.2 Justificativas ............................................................................................................. 19 1.3 Abrangência .............................................................................................................. 19 2 MÉTODO DE TRABALHO ................................................................................ 21 3 MATERIAIS E FERRAMENTAS ........................................................................ 22 4 MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES .......... 23 4.1 Aspectos legais e práticos .................................................................................... 23 4.1.1 Conhecendo melhor o local de implantação ..................................................... 23 4.1.2 Preparo de documentação ................................................................................... 24 4.1.3 Análise do entorno ................................................................................................. 25 4.1.4 Estrutura de transporte ......................................................................................... 27 4.1.5 Água, esgoto e luz ................................................................................................. 28 4.1.6 Concessionárias..................................................................................................... 29 4.2 Definição do projeto padrão ................................................................................. 32 4.2.1 Memorial descritivo ................................................................................................ 33 4.2.2 Planta baixa ............................................................................................................ 33 4.2.2.1 Geminadas ........................................................................................................ 34 4.2.2.2 Isoladas .............................................................................................................. 35 4.2.2.3 Conjugadas ....................................................................................................... 35 4.2.3 Histórico de programas habitacionais ................................................................ 36 4.2.4 Acessibilidade......................................................................................................... 39 4.3 Etapas construtivas ................................................................................................ 39 4.3.1 Limpeza do terreno ................................................................................................ 40 4.3.2 Sondagem ............................................................................................................... 41 4.3.3 Fundação ................................................................................................................ 44 15 4.3.4 Vedação Vertical .................................................................................................... 49 4.3.5 Cobertura ................................................................................................................ 59 4.3.5.1 Estrutura Madeira ............................................................................................. 60 4.3.6 Esquadrias .............................................................................................................. 62 4.3.6.1 Madeira .............................................................................................................. 62 4.3.6.2 Metálica .............................................................................................................. 63 4.3.7 Instalações hidráulicas .......................................................................................... 63 4.3.8 Instalações elétricas .............................................................................................. 64 4.3.9 Reboco de Gesso .................................................................................................. 65 4.3.10 Reboco de Massa .............................................................................................. 66 4.3.11 Pisos .................................................................................................................... 68 4.3.11.1 Área Interna..................................................................................................... 68 4.3.11.2 Áreas externas impermeáveis ...................................................................... 71 4.3.11.3 Área externa permeáveis .............................................................................. 71 4.3.11.3.1 Contenção lateral .................................................................................... 73 4.3.11.3.2 Rejunte ..................................................................................................... 73 4.3.11.3.3 Blocos ....................................................................................................... 74 4.3.11.3.4 Intertravamento ....................................................................................... 74 4.3.11.3.5 Assentamento .......................................................................................... 74 4.3.11.3.6 Base .......................................................................................................... 74 4.3.11.3.7 Sub-base .................................................................................................. 74 4.3.11.3.8 Subleito ..................................................................................................... 75 4.3.11.3.9 Conservação ............................................................................................ 75 4.3.11.3.10 Drenagem .............................................................................................. 75 4.3.11.3.11 Formatos mais comuns ....................................................................... 75 4.3.11.3.12 Tipos de assentamento ....................................................................... 75 4.3.12 Cerâmica ............................................................................................................. 76 4.3.13 Pintura ................................................................................................................. 76 5 CONJUNTO RESIDENCIAL VILLAGIO BELO HORIZONTE 1 ........................ 79 5.1 Dados do Município de Itapetininga ................................................................... 80 5.2 Escolha do terreno .................................................................................................. 81 16 5.3 Estruturas de serviço das concessionárias ..................................................... 82 5.4 Definição do projeto ............................................................................................... 83 5.5 Análise do solo......................................................................................................... 83 5.6 Fundações e Impermeabilização ......................................................................... 84 5.7 Alvenaria de vedação ............................................................................................. 85 5.8 Instalações elétrica, hidráulica e esgoto........................................................... 88 5.9 Sistema de cobertura ............................................................................................. 91 5.10 Instalações de esquadrias .................................................................................... 93 5.11 Detalhamento dos revestimentos de paredes e pisos .................................. 94 5.12 Pavimentação da área externa ............................................................................. 99 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................................................... 100 7 CONCLUSÕES .............................................................................................. 1033 8 RECOMENDAÇÕES...................................................................................... 1044 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 1055 ANEXOS ................................................................................................................. 109 17 1 INTRODUÇÃO Segundo Gonçalves (2012), déficit habitacional é o resultado de uma equação que contempla a quantidade de cidadãos sem moradia adequada em uma determinada região. De acordo com o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existem três critérios para a definição de moradia inadequada, são eles: a rusticidade das estruturas físicas das habitações; a moradia não ser originalmente construída para habitação; e a existência de mais de uma família por residência, chamado de coabitação. Segundo Conceição (2013), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Brasil, o déficit habitacional entre os anos de 2007 e 2012 caiu de 10% do total de domicílios para 8,53%, sendo que o resultado é ainda mais impactante quando analisados os números totais, com uma redução do indicador que passou de 5,59 milhões de domicílios em 2007 para 5,24 milhões de domicílios em 2012. Segundo Gonçalves (2012), diversos programas habitacionais já foram implantados com intuito de atender essa demanda, como por exemplo, Plano de Ação Imediata para Habitação (PAIH); a criação da Carta de Crédito Individual; Carta de Crédito Associativa; Pró Moradia e o Programa de Arrendamento Residencial. Após a criação do Ministério das Cidades em 2003 foi concebido a Política Nacional de Habitação e o Sistema Nacional de Habitação resultando no programa hoje em vigência, conhecido como Minha Casa Minha Vida (MCMV). Com a intenção de formar um conceito padrão para a construção de residências unifamiliares e proporcionar, assim, um produto final de melhor qualidade, é apresentado neste trabalho um modelo prático para que os profissionais da área de engenharia civil possam ter uma referência na construção desses modelos. Todo estudo e aplicação são voltados para melhores práticas visando rentabilidade, viabilidade e diminuição do prazo da construção. 18 O estudo de caso foi baseado em uma obra da cidade de Itapetininga, localizada no interior de São Paulo, com uma população de 149.027 habitantes, tendo seu Índice de Desenvolvimento Humano IDH-M registrado na faixa de desenvolvimento humano considerada alta, com um déficit habitacional estimado em 9 mil moradias. 1.1 Objetivos O tema deste estudo tem relação com o curso de Engenharia Civil e tem como diretriz a busca de soluções práticas e de novas tecnologias para um problema social relacionado à falta de habitação popular. Objetivos Gerais Detalhar etapas construtivas para residências unifamiliares, buscando soluções que apresentam qualidade, conforto e segurança. Objetivos Específicos O estudo de caso apresenta 1 tipo de solução para cada etapa da construção de um conjunto habitacional localizado em Itapetininga-SP. Propor a criação de uma cartilha técnica, para auxiliar na elaboração e construção de projetos de residências unifamiliares, fornecendo informações para que os profissionais do ramo consigam construir residências com melhor desempenho, em um espaço de tempo menor. 19 1.2 Justificativas Segundo (Ipea, 2012), uma das principais bases do atual governo, a política habitacional voltada para a camada da população de baixa renda não conseguiu apresentar índices significativos proporcionalmente nos últimos 10 anos. Com base nos dados de pesquisa do IBGE, de 2007 a 2012 o déficit habitacional caiu 10% no geral, porém cresceu 4% para a população de baixa renda. Observando o desenvolvimento da construção civil e o alto índice do déficit habitacional para população de baixa renda, notou-se a oportunidade para qualificação e especialização neste segmento, principalmente em empreendimentos que competem ao desenvolvimento de habitação popular. Com base nos dados do IBGE e no CENSO demográfico, há um déficit de construções populares, e, a cidade de Itapetininga – SP enquadra-se nessas características, possibilitando, assim, o desenvolvimento do presente trabalho, que busca abordar as condições iniciais para a concepção de um projeto habitacional tendo como referência o programa Minha Casa Minha Vida, visando melhorias nos programas já existentes. 1.3 Abrangência O presente estudo aborda conceitos de viabilidade, apresentando projetos mais racionais, com indicação da infraestrutura mínima necessária. Foram verificados a escolha do terreno, o sistema construtivo e os tipos de acabamentos, para que se encaixe como modelo, quando levado em consideração equivalência de produtividade aos custos e prazos. Serão apresentadas também, a sugestão de uma planta arquitetônica modelo para construções populares e a apresentação de um modelo para melhor distribuição interna dos ambientes, possibilitando a valorização dos ambientes dispostas em pequenas áreas de implantação. Não são apresentadas questões orçamentárias detalhadas, bem como análise financeira do investimento. 20 Não são abordadas questões técnicas específicas de sondagens, fundações, telhado, revestimentos e detalhamento de Normas Brasileiras Registrada (NBR), que possivelmente serão citados no desenvolvimento do estudo. 21 2 MÉTODO DE TRABALHO O embasamento teórico deste trabalho é obtido por meio de pesquisas a órgãos governamentais, como por exemplo: IBGE, Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S. (SABESP), livros, Código de Obras e Edificações, Código Sanitário, pesquisas de mercado, entrevistas aos profissionais da área da Construção Civil, leis e normas. Este embasamento será complementado com visitas técnicas periódicas ao local da obra em que se baseia o presente estudo. Serão considerados no estudo: definição de itens essenciais para escolha do terreno, levando em consideração sua topografia e tipologia; definição de procedimentos das concessionárias prestadoras de serviços, apresentando o caminho necessário para execução de instalações; levantamento das informações físicas do solo a ser implantado o empreendimento, mostrando as técnicas necessárias para boa execução das fundações; apresentação dos tipos de alvenaria para construção residencial, detalhando o sistema construtivo e informações que facilitarão a obra; apresentação de possibilidades para cobertura das residências, abordando questões de boa durabilidade e praticidade nas execuções; aplicação de métodos rápidos e econômicos para revestimentos externos e internos, tanto para áreas úmidas como secas. Por fim, será apresentado o modelo de uma planta que atenda as condições de habitação, que seja enquadrado em um plano viável e rentável, com curto prazo. 22 3 MATERIAIS E FERRAMENTAS Serão utilizados como materiais e ferramentas para o desenvolvimento do trabalho, livros acadêmicos, órgãos governamentais, leis e normas, softwares para desenvolvimento de planta “AutoCad e REVIT”, ferramentas de pacote Office “Excel e Word”, revistas relacionadas as etapas de construção “Manual do Construtor”, guia prático de projetos para casas pequenas “Arquitetura e Construção”, site de pesquisa para busca de informações em canais de comunicação em rede virtual “Google”, e ensaios laboratoriais. O estudo de caso, num conjunto habitacional em Itapetininga – SP, é a base para detalhamento das etapas, com visitas técnicas e relatórios fotográficos. 23 4 MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES Segundo Xavier (2014), a necessidade de desenvolver projetos habitacionais para população de baixa renda é um segmento da construção civil que tem enorme potencial de crescimento. A análise do cenário, bem dos como aspectos construtivos devem ser analisados profundamente. 4.1 Aspectos legais e práticos Ao iniciar um projeto, o planejamento deve ser a etapa inicial, com definição de características do local, da proposta e dos recursos. A seguir são apresentados os aspectos legais e práticos para um bom projeto. 4.1.1 Conhecendo melhor o local de implantação Segundo O’ Sullivan (2000)¹ apud Oliveira (2012), lugares centrais caracterizam-se por observar o tamanho que as cidades ocupam em determinada região, uma vez que a possibilidade de desenvolvimento fundamenta-se na teoria dos Lugares Centrais, que preconiza que a localização de cada setor é conjugada com a região, o espaço que a mesma ocupa e a consonância das variáveis que agregam o espaço demarcado pelo setor. De acordo com Corrêa (1995)² apud Oliveira (2012), “constitui no foco principal da cidade e suas interferências, ou seja, as atividades comerciais, de serviço, gestão pública e privada, dos terminais de transporte inter-regionais e intra-urbanos e a paisagem inserida nas cidades”. Corrêa (2000)³ apud Faria (2013), discorre sobre o espaço urbano como um conjunto de diferentes usos da terra justapostos entre si. Tais usos definem as áreas: como o centro da cidade sendo um local de concentração de atividades 24 comerciais, de serviço e de gestão; áreas industriais e áreas residenciais distintas em termos de forma e conteúdo social. 4.1.2 Preparo de documentação Segundo Borges (2009), antes de qualquer procedimento, procure a prefeitura do município para orientação, pois cada município tem leis e normas de construção próprias. Consulte o Cartório de Registro de Imóveis da região para solicitar a certidão atualizada de propriedade do imóvel, para comprovar se a documentação do terreno está regular. Solicite a certidão negativa de débitos no INSS e a certidão negativa de tributos imobiliários na prefeitura municipal. Para dar início, será abordado quanto às documentações que provam a posse do terreno. Caso não as tenha, procure se informar como e onde obtê-las. O processo desenvolve-se a partir da obtenção do documento que comprove poder do bem. O mesmo é registrado em Cartório de Registro de Imóveis e nele constam as informações do primeiro proprietário, localização do lote e a disposição das metragens. Importante também que os valores venais estejam de acordo, para que não haja excesso de tributos na etapa de declaração dos rendimentos. Para aprovação do projeto na prefeitura será utilizado o número da matrícula existente no topo do Registro Geral. Para início de uma construção têm-se como exigências legais dar entrada na prefeitura para liberação de alvará, cujo será necessária a apresentação do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) do terreno e sua escritura de compra e venda. O próximo registro a ser feito é junto ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), onde por lei, todo proprietário de uma construção civil particular é obrigado a efetuar a matrícula da Obra junto ao INSS em até 30 dias a contar do início da mesma. Para contratações de funcionários, será necessária apresentação dos comprovantes de recolhimento do INSS, os mesmos devem ser apresentados para requisição do “Habite-se”, (Borges, 2009). 25 4.1.3 Análise do entorno Segundo cartilha “Mãos à Obra” (ABCP, 2014), imprescindíveis fazer as seguintes verificações quanto ao entorno do seu terreno: A figura 4.1 mostra que deve ser feita a análise das ruas de acesso; verificação quanto à disponibilidade das redes de água e luz; conhecer a posição em relação ao sol e aos ventos dominantes, para garantir iluminação e temperaturas adequadas. Figura 4.1 - Entorno do local, vias e serviços Fonte: ABCP, 2014. Importante também as verificações em relação ao caimento do terreno, caso seja declive ou aclive, saber a exata medida para que não tenha imprevistos futuros para regularização do caimento, evitando transtornos ao sistema de coleta de esgoto e caminho das águas de chuvas. Deve-se verificar se está sujeito a inundações (Figura 4.2). 26 Figura 4.2 - Áreas de risco enchentes Fonte: ABCP, 2014. Em relação a topografia do terreno e a sua segurança, você também deve verificar se está sujeito a afundamentos e desabamentos (Figura 4.3). Figura 4.3 - Solo fraco e encostas Fonte: ABCP, 2014. Embora não muito utilizado essa técnica para casas populares, em algumas situações onde o terreno apresenta irregularidades é possível fazer um planejamento, sem que haja remoção de terra, podendo criar soluções para topografia em aclive e declive, (ANEAS; MORATO; ORTENBLAD, 2010). 27 4.1.4 Estrutura de transporte “Os meios de transporte são o reflexo da sociedade. Conforme o homem evoluía, a maneira de se transportar se transformava. Primeiro, a necessidade o fez pensar em meios básicos para ajudá-lo, como construir botes para atravessar rios e usar animais como força de tração. Depois, a ciência o auxiliou: foram construídos meios de transportes mais rápidos, mais seguros e que chegavam cada vez mais longe, a ponto do homem conseguir chegar ao espaço”, (BARBOSA e PEREIRA, 2014, p. 1). Segundo Barbosa e Pereira (2014), apesar da evolução, o transporte se transformou em um problema para a sociedade. O tráfego por terra tem ficado cada vez mais lento. Com o aumento do número de carros o transporte público coletivo não tem suportado a demanda, ficando lotados e circulando em quantidade insuficiente. Para as pessoas, o principal meio de transporte ainda são os automóveis, mas devido os problemas gerados pela falta de infra-estrutura do segmento no País, o transporte alternativo tem se apresentado como um meio eficiente. A bicicleta é um exemplo disso, como um meio de transporte barato, é muito utilizada no interior do Brasil, em países da China e Índia (Figura 4.4). Figura 4.4 - Transporte de bicicleta Fonte: http://meios-de-transporte.info/mos/view/Transporte_Alternativo/ (2014) Segundo Barbosa e Pereira (2014), os meios de transporte estão divididos em: Terrestre sendo carro; caminhão; ônibus; motocicleta; metrô; trem; etc. Aquático ou 28 Hidroviário em navio; barco; caravelas; barcas; balsas; etc. Aéreo em avião; helicóptero; balões; dirigíveis; etc. 4.1.5 Água, esgoto e luz Segundo Ching e Adans (2001), a água deve ser fornecida na quantidade correta, pressão e temperatura adequada, deve ser potável e isenta de bactérias para atender as necessidades humana. Se a água é fornecida por um sistema público, pode não haver controle direto sobre a quantidade ou qualidade da água até ela chegar ao local da edificação. Caso não exista um sistema público de fornecimento de água, são necessários tanques de armazenamento para captar água de chuva ou de poços. A água do poço, quando a fonte é suficientemente profunda, é geralmente pura, fria e isenta de problemas de descoloração e paladar ou odor. Para captação em poço, é necessária a verificação da qualidade da água junto ao departamento local de saúde; quantidade de água que poderá ser fornecida pela fonte; profundidade do poço e seu custo e proximidade de áreas poluentes. Segundo Ching e Adans (2001), após o consumo da água, deve-se retornar com este volume o mais rapidamente para as redes de drenagem, para que ela seja tratada removendo sua matéria orgânica, uma vez que a drenagem depende da gravidade para sua descarga, essas tubulações são muito maiores que as de fornecimento da água. Essas tubulações de retorno são projetadas de acordo com a sua localização no sistema, o número total e o tipo de aplicações servidas. Segundo Ching e Adans (2001), o sistema elétrico é fornecido para geração de iluminação, aquecimento e funcionamento de equipamentos e eletrodomésticos. Este sistema de instalação deve seguir os procedimentos da campainha fornecedora da região. Ter conhecimento se o loteamento a ser implantada a obra, apresenta condições básicas de saneamento. 29 Obter junto ao órgão concessionário qual a capacidade da rede implantada no local desejado, e, é importante ressaltar que para empreendimentos de grande porte será necessária a criação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Mapeando o local através de busca de informações pelo portal de saneamento do município é possível entender melhor as condições de fornecimento. Coletados com base em um cálculo de taxa ou percentual de domicílios com ou sem sistema de esgoto, o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) do Ministério da Saúde, conta com 32,3 milhões de famílias brasileiras cadastradas em 2013, abrangendo 111,6 milhões de pessoas ou aproximadamente 57,6% da população brasileira. 4.1.6 Concessionárias Em todo Brasil existe diversas empresas fornecedoras de serviços públicos, no caso vamos citar as conhecidas como concessionárias de saneamento e energia. Segundo Pena (2014), para pedir a instalação da rede de água e esgoto, o proprietário do empreendimento deve enviar uma carta de solicitação das diretrizes para a SABESP e junto com a carta, deve enviar os seguintes documentos: Memorial descritivo; Planta de situação do empreendimento que permita a sua fácil localização (2 cópias); Planta do empreendimento (2 cópias); Cópia atualizada do registro da gleba, obtida no Cartório de Registro de Imóveis e Cópia da certidão de diretrizes emitida pela prefeitura. Se no projeto do empreendimento houver alguma alteração que afete o sistema de água e esgoto, as diretrizes serão invalidadas e o processo deverá começar de novo. A SABESP fará um estudo para determinação das características das ligações de água e/ou esgotos bem como a determinação de cavaletes, abrigos, hidrômetros, caixas etc., de acordo com as suas Normas Técnicas, conforme (Tabela 4.1). 30 Tabela 4.1 - Caracterização do empreendimento para instalação de água Quadro 1 – Caracterização do empreendimento Unidades residenciais unifamiliares. Ligação Simples Imóveis comerciais que não se enquadram nas características abaixo (Dimensionamento de Ligação e Diretrizes para Empreendimento). Ligação de água com diâmetro de 20 mm para hidrômetros de 1,5 a 3,0 m³/h e/ou ligação de esgotos com diâmetro de 100 mm. Ligação Dimensionada Com Dimensionamento Técnico Qualquer empreendimento cuja previsão de consumo seja até 500 m³/mês ou vazão de projeto de rede de água (dia e hora de maior consumo) de até 0,35 l/s. Conjunto de unidades edificadas e isoladas entre si, que se caracterizam como: Inferior a 40 apartamentos ou de apenas um bloco; Inferior a 50 dormitórios (hotel, motel ou flats); Inferior a 10 casas (condomínio horizontal); Empreendimento com até 60 empregados ou área do terreno de até 750 m²; Restaurantes (necessidade de caixa de gordura) *; Postos de abastecimento de combustíveis (necessidade de caixa de areia e caixa de retenção de óleo) *. Qualquer empreendimento cuja previsão de consumo seja igual ou inferior a 500 m³/mês ou vazão de projeto de rede de água (dia e hora de maior consumo) igual ou superior a 0,35 l/s. Todo loteamento habitacional, comercial ou industrial. Conjunto de unidades edificadas e isoladas entre si, que se caracterizam como: Igual ou superior a 40 apartamentos ou mais de um bloco; Igual ou superior a 50 dormitórios (hotel, motel ou flats); Com Diretrizes Igual ou superior a 10 casas (condomínio horizontal); Empreendimento com mais de 60 empregados ou área do terreno maior que 750 m²; Supermercado ou hipermercado (necessidade de caixa de areia e caixa de retenção de óleo) *; Shopping center (necessidade de caixa de areia e caixa de retenção de óleo) *; Escolas; Hospitais (necessidade de caixa gradeada) *; Indústrias (necessidade de análise de efluentes industriais); Núcleos habitacionais que se apresentam como: Cooperativas; Assentamento de famílias (Interesse social); Projetos de urbanização de favelas. (*) Conforme Norma Técnica Sabesp – NTS 217 Fonte: Site sabesp.com (2014) - Modificado 31 Após esse estudo, se a SABESP detectar alguma alteração necessária no projeto será por conta do proprietário do empreendimento. Após a aprovação do projeto, o proprietário deve encaminhar à Sabesp uma cópia digital dos projetos, junto com cinco vias completas dos projetos finalizados, devidamente assinados e encadernados, que receberão a etiqueta de APROVADO da Sabesp. Segundo Bombassaro (2013), para a instalação da rede elétrica na obra, o proprietário deve seguir um procedimento parecido com o da rede de água/esgoto. Tem de ser enviado para o site do grupo CPFL o projeto do empreendimento e a documentação da instalação da rede. Essa solicitação deve ser realizada por um profissional registrado no órgão competente, como o CREA. O solicitante deverá enviar: ART do projeto e o comprovante de pagamento; carteira do CREA do responsável técnico pela obra; projeto detalhado de iluminação; Memorial descritivo; carta da Prefeitura Municipal ou do condomínio assumindo a manutenção do sistema de Iluminação e faturamento do consumo de energia elétrica e os documentos do condomínio, do representante e da testemunha. A Distribuidora tem o prazo de 30 dias para responder ao responsável técnico sobre a análise feita do projeto, informando as modificações necessárias para viabilizar a instalação da rede. As alterações solicitadas são de responsabilidade do proprietário. Após as alterações terem sido concluídas, o responsável técnico deve pedir uma nova análise do projeto. Depois do projeto aprovado, se necessitar de alguma alteração na rede de distribuição de energia elétrica, o proprietário precisa entrar em contato com a distribuidora e solicitar um orçamento para as modificações. As despesas do projeto serão apuradas conforme Resolução nº 414/ANEEL e/ou legislação vigente. Após a liberação do orçamento, o proprietário deve aguardar a autorização da distribuidora para a execução dos serviços, cuja programação para início dos serviços será estabelecida de acordo com os prazos da Distribuidora e/ou da Legislação Vigente. 32 4.2 Definição do projeto padrão Segundo Borges (2009), projeto definitivo surge a partir de diversos estudos preliminares e anteprojetos. Após conclusão destas etapas, seguir com procedimentos junto aos órgãos municipais, devendo obedecer a regras vigentes ao local de implantação. Atualmente as prefeituras estão dispostas a atender as necessidades dos construtores, indicando informações e instruções, como por exemplo: zona de uso do enquadramento; frente mínima; recuos; taxa de ocupação; coeficiente de aproveitamento e quais serviços disponíveis das concessionárias. Este desenvolvimento terá como base a NBR12721: 2006, que em seu item 3.3, define projetos padrão como aqueles selecionados para representar os diferentes tipos de edificações, define-se como suas características principais: número de pavimentos; número de dependências por unidade; áreas equivalentes à área de custo padrão privativas das unidades autônomas; padrão de acabamento da construção e número total de unidades. “O planejamento deve ser realizado com base na concepção do desenvolvimento sustentável, assim entendido como: aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades, conforme relatado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento” (VIEIRA, 2005, p.44). Segundo Câmara Brasileira da Indústria da Construção (2014), de acordo com a Norma citada no parágrafo anterior, temos a seguinte definição para Residencial de Padrão Baixo, conforme (Tabela 4.2). Tabela 4.2 - Caracterização de construção padrão baixo 2.1.1 – Caracterização dos projetos-padrão conforme ABNT NBR 12721:2006 Sigla Nome e Descrição Dormitórios Área Real (m²) Área Equivalente (m²) 2 58,64 51,94 Residência unifamiliar padrão baixo: 1 pavimento, com 2 R1-B dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para tanque. Fonte: CUB (2006) - Modificado 33 4.2.1 Memorial descritivo Segundo Portal Memorial Descritivo.com (2014), o memorial descritivo é um documento autobiográfico capaz de apresentar detalhadamente todo o projeto de engenharia e arquitetura a ser realizado. Descreve, quantifica e qualificam desde a conceituação do projeto; normas adotadas para a realização de cálculos; premissas básicas adotadas durante o projeto; objetivos do projeto; detalhamento de materiais empregados na obra ou no produto e demais detalhes que podem ser importantes para o entendimento completo do projeto. A elaboração de um memorial descritivo requer que o projeto esteja concluído e e que a execução já tenha sido iniciada. Para se caracterizar um memorial descritivo são levadas em consideração algumas etapas tendo como ponto de partida o pré-dimensionamento, considerando como objetivo principal o projeto a executar e o desenvolvimento do projeto, fase em que deve ser determinado o tipo de produto e o projeto detalhado. Em obras de construção civil deve conter como memorial descritivo a localização da obra, dados do proprietário, detalhamento de todas as etapas da construção, como por exemplo: fundação, estrutura, alvenaria e acabamentos finais. 4.2.2 Planta baixa “Planta baixa é, genericamente, uma vista ortográfica seccional do tipo corte, feita em cada pavimento através de um plano projetante secante horizontal imaginário, posicionado de maneira a seccionar o maior número possível de elementos, normalmente em uma altura entre as vergas das portas e os peitoris das janelas (média 1,50m), (XAVIER, 2012, p. 2). (Figura 4.5). 34 Figura 4.5 - Planta baixa Fonte: http://www.pelotas.com.br/sinval/DA_Unidade_3.pdf (2012) 4.2.2.1 Geminadas Segundo JRRIO (2014), o grande objetivo dessas propostas de planta é o aproveitamento de espaços e combinação de divisas, assim como, melhor distribuição da hidráulica e esgoto. Embora seja uma casa econômica, pode-se notar que, a planta ou arranjo de disposição dos cômodos e situação no terreno propicia conforto para uma pequena família que possui necessidades básicas, e certamente podem satisfazer a quem procura uma opção econômica (Figura 4.6). Figura 4.6 - Casa geminada Fonte: JRRIO.com.br (2014) 35 4.2.2.2 Isoladas Segundo Manual do Construtor (2014), quando se tem condições de manter corredores nas duas laterais da casa, se ganha mais entrada de iluminação natural e melhor aproveitamento para instalação de janelas (Figura 4.7). Figura 4.7 - Casa isolada Fonte: ABCP, 2014. 4.2.2.3 Conjugadas Para construções menores, onde se faz ambientes com dupla função. Nos dias de hoje, os espaços de sala e cozinha sem divisões, são muito utilizados, (Figura 4.8), (Manual do Construtor, 2014). 36 Figura 4.8 - Planta baixa, ambiente conjugado Fonte: ABCP, 2014. 4.2.3 Histórico de programas habitacionais Segundo Bolaffi (1977), denota que habitação é uma necessidade básica e uma aspiração do ser humano. A casa própria, assim como a alimentação e o vestuário sãos os principais investimentos para a constituição de um patrimônio, além de ligarse, subjetivamente, ao sucesso econômico e uma posição social mais elevada. A habitação é um bem de consumo de características únicas, sendo um produto potencialmente muito durável onde muito frequentemente são observados tempos de vida útil superior a 50 anos, (ORNSTEIN, 1992; WORLD BANK, 2002;). Pelo simples fato de ser um produto caro, as classes menos privilegiadas constituem a maior demanda imediata por habitação. No Brasil (Fundação João Pinheiro, 2001). 37 Segundo França (2014), Habitação social precisa ser tratada como política pública, não partidária, ou seja, que não mude sempre quando houver uma troca no poder. O termo Habitação de Interesse Social HIS, preconiza uma série de soluções de moradia voltadas à população de baixa renda e vem sendo utilizado por várias instituições e agências, ao lado de outros equivalentes, como apresentado abaixo (ABIKO, 1995): Habitação de Baixo Custo (low-cost housing): termo utilizado para designar habitação barata sem que isto signifique necessariamente habitação para população de baixa renda; Habitação para população de Baixa Renda (housing for low-income people): este sendo um termo mais adequado que o anterior, tendo a mesma conotação que habitação de interesse social; estes termos trazem, no entanto, a necessidade de se definir a renda máxima das famílias e indivíduos situados nesta faixa de atendimento; Habitação Popular: é um termo genérico envolvendo todas as soluções destinadas ao atendimento de necessidades habitacionais. Segundo Bolaffi (1977), para poder entender a alta demanda por habitação advinda das camadas menos abastadas da sociedade, deve-se analisar o processo de urbanização que teve seu início após a passagem do modelo econômico brasileiro de agrário-exportador para o modelo urbano-industrial de desenvolvimento. Esta passagem ocorre sem ruptura de modelos, ou seja, o modelo urbano-industrial se constitui como modelo hegemônico sem alterar as estruturas originárias do modelo anterior, mantendo uma estrutura baseada no latifúndio e na concentração de renda, fator que será determinante no fenômeno do êxodo rural que irá acompanhar a urbanização brasileira. Segundo Bolaffi (1982), este será o processo em que a população urbana do Brasil saltará de 31,3%, em 1940, para 74,8%, em 1991, sendo sua grande maioria ligada às classes populares. Tendo como exemplo claro deste êxodo temos a cidade do Rio de Janeiro onde como resultado deste processo, podemos ver, também, o principal recurso que historicamente as classes populares têm buscado para suprir a 38 crise de habitação, a ocupação de terrenos vazios, que no caso do Rio de Janeiro, eram os subúrbios e as encostas dos morros. A partir do período Getulista 1930 o Brasil viveria seu grande surto de crescimento urbano (Tabela 4.3). Tabela 4.3 - Distribuição da população Brasileira 1940-1991 Anos População Urbana População Rural 1940 31,2% 68,8% 1950 36,2% 63,8% 1960 45,4% 54,6% 1970 55,9% 44,1% 1980 67,7% 32,4% 1991 74,8% 24,5% Fonte: http://www.estudantes.com.br/simulado/sim_1_2.asp?mat=GEOGRAFIA (2014) - modificado Entre as décadas de 1940 e 1960, a política de habitação, mais especificamente da aquisição da casa própria consistia na oferta de crédito imobiliário pelas Caixas Econômicas e pelas Institutos de Aposentadorias e Pensões IAPS. A organização de um órgão que centralizasse a política habitacional ocorreu em 1946, no governo do General Eurico Gaspar Dutra, quando é criada a Fundação da Casa Popular. Após o golpe militar o novo governo que se estabelece cria o Sistema Financeiro de Habitação SFH, juntamente com o Banco Nacional de Habitação BNH, com a missão de estimular a construção de habitações de interesse social e o financiamento da aquisição da casa própria, especialmente pelas classes da população de menor renda. Segundo Bolaffi (1982), o SFH e BNH, não resistiram a grave crise inflacionaria vivenciada pelo Brasil principalmente nos primeiros anos da década de 1980. 39 Segundo Santos (1999), como consequência desta confusão, tivemos o fortalecimento de programas alternativos do SFH, destacando-se o Programa Nacional de Mutirões Comunitários voltados a famílias com renda inferior a três salários mínimos. Com um bom aporte de recursos a fundo perdido este programa propunha financiar cerca de 550 mil unidades habitacionais, mas a ausência de uma política clara também acabou levando este programa ao fracasso. Em 1990, assumiu a presidência Fernando Collor de Mello, após a primeira eleição para presidente pós-ditadura militar, e as políticas brasileiras passam a ter uma forte orientação rumo ao neoliberalismo, o que acabou aprofundando o quadro de crise da área habitacional. Os principais programas de habitação passaram para o controle do Ministério de Ação Social. Entre eles podemos destacar o PAIH, que previa a construção, em caráter emergencial, de aproximadamente 245 mil casas em 180 dias através da contratação de empreiteiras privadas. Novamente um programa habitacional estava direcionado ao capital imobiliário privado o que acabou sucumbindo também com este programa. 4.2.4 Acessibilidade Segundo Leitão (2014), os conceitos de acessibilidade e inclusão social estão intrinsicamente ligados para o senso comum acessibilidade refere-se ao uso do espaço físico, todavia numa acepção mais ampla, a acessibilidade é a possibilidade de transposição de barreiras, portanto condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer projeto. 4.3 Etapas construtivas Segundo Borges (2009), são as atividades que serão desenvolvidas na obra, desde o pedido de alimentação para uso de água, esgoto e energia, até o término dos acabamentos das edificações. Para um bom desempenho e cumprimento das metas de tempo, requer gestão e controle. 40 4.3.1 Limpeza do terreno Segundo Yazigi (2006), serviços de roçado deverão ser programados para que nas etapas de construção não seja encontrado raízes ou troncos de árvores, evitando que ocorra perda de tempo no momento da execução das atividades. Todo esse material a ser retirado deve seguir os procedimentos de transporte conforme as exigências do município. Caso exista árvores com diâmetro de caule maior ou igual à 5 cm, medindo a altura superior à 1,30 m, o pedido de licença poderá ser suprido por comunicação prévia, que procederá a indispensável verificação e fornecerá comprovante (Figura 4.9). Figura 4.9 - Licenciamento para limpeza Fonte: http://www.contraprivatizacao.com.br/2012/12/licenciamento-silencioso.html (2014) 41 4.3.2 Sondagem Antes de iniciar qualquer atividade que envolva construção de edificações, seja ela com apenas um pavimento ou mais, é importante que se faça a investigação do subsolo. Para investigação do subsolo, é importante a utilização de algumas técnicas. Inicialmente pode-se utilizar o ensaio de percussão (PINTO, 2012). “O conhecimento das características físicas do solo é muito importante, não só para a escolha do tipo de fundação e seu dimensionamento, o que é bastante óbvio, como também para a determinação dos “acidentes”, tais como a existência de água, de matacões e de vazios que possam influenciar o próprio processo construtivo. A sondagem é um procedimento que objetiva conhecer as condições naturais do solo, visando reconhecer seu tipo, características físicas e principalmente sua resistência. A sondagem possibilita ainda a determinação da profundidade do lençol freático (água no subsolo) ”, (REBELLO, 2008, p. 27). Segundo Rebello (2008), Ensaio de Penetração Normal – ou SPT, é o mais comumente utilizado no Brasil como no mundo todo, conhecido como sondagem à percussão. Trata-se de um processo padronizado, regulamentado pela NBR 6484. Nesta sondagem são obtidas as informações do: nível d’água, tipo de solo e resistência (Figura 4.10). Figura 4.10 - Amostra de material coletado após SPT Fonte: http://www.hotfrog.com.br/Empresas/UNIQUIP-Materiais-para-Sondagem-eGeotecnia/Caixa-Plastica-completa-para-testemunho-de-sondagem-350195 (2014) 42 Segundo PINTO (2012), o solo é formado por tamanhos diversos de partículas (Figura 4.11 e 4.12). Para identificação são classificados pela análise granulométrica. Após esta classificação pode-se chegar a um resultado de resistência, possibilitando a escolha do melhor método construtivo da estrutura, responsável em distribuir as tensões para o solo (Tabela 4.4). Figura 4.11 - Escala classificação tipo granulométrica Fonte: http://sites.amarillasinternet.com/buhrerengenharia/inicial.htm (2014) Figura 4.12 - Triângulo de classificação Fonte: http://sites.amarillasinternet.com/buhrerengenharia/inicial.htm (2014) 43 Tabela 4.4 - Resistência à penetração Compacidades e Consistências Segundo a Resistência à Penetração – S.P.T. Solo Denominação Nº de Golpes Compacidade de areias e Fofa ≤4 siltes arenosos Pouco compacta 5–8 Med. compacta 9 – 18 Compacta 19 – 41 Muito compacta >41 Consistência de argilas e Muito mole <2 siltes argilosos Mole 2–5 Média 6 – 10 Rija 11 – 19 Dura >19 Fonte: http://sites.amarillasinternet.com/buhrerengenharia/inicial.htm (2014) Modificado Segundo “Clube do Concreto” (2014), quando existe regularização de topografia por terra depositada, deve-se seguir com os procedimentos de compactação. Ao término, fazer as devidas verificações quanto ao resultado obtido do índice de compactação e do teor de umidade, e seguir com procedimentos de Proctor CBR (California Bearing Ratio). “A compactação de um solo é a sua densificação por meio de equipamento mecânico, geralmente um rolo compactador, embora, em alguns casos, como em pequenas valetas, até soquetes manuais possam ser empregados. Um solo, quando transportado e depositado para a construção de um aterro, fica num estado relativamente fofo e heterogêneo e, portanto, além de pouco resistente e muito deformável, apresenta comportamento diferente de local para local. A compactação tem em vista esses dois aspectos: aumentar o contato ente os grãos e tornar o aterro mais homogêneo. O aumento da densidade ou redução do 44 índice de vazios é desejável não por si, mas porque diversas propriedades do solo melhoram com isto. A compactação é empregada em diversas obras de engenharia, como os aterros para diversas utilidades, as camadas constituídas dos pavimentos, a construção de barragens de terra, preenchimento com terra do espaço atrás de muros de arrimo e reenchimento das inúmeras valetas que se abrem diariamente nas ruas das cidades. O tipo de obra e de solo disponível vai ditar o processo de compactação a ser empregada, a umidade em que o solo deve se encontrar na ocasião e a densidade a ser atingido, com o objetivo de reduzir futuros recalques, aumentar a rigidez e a resistência do solo, reduzir a permeabilidade”, (PINTO, 2012, p. 77 e 78). 4.3.3 Fundação Segundo Watanabe (2014), a fundação é a estrutura fixa que sustenta as construções e as mantêm firmes no chão. O tipo de fundação que será usado, depende do tipo de edificação e da resistência do solo. As fundações devem ser separadas em dois grupos: diretas ou indiretas. Fundações diretas são realizadas quando o solo apresenta resistência suficiente para suportar uma determinada carga. Esse suporte se dá pelo contato do solo e a base da estrutura, elas são divididas em rasas: quando a camada de suporte está próxima à superfície do solo e profundas: quando ultrapassam a camada de superfície do solo. Fundações indiretas são aquelas que atuam pelo efeito de atrito nas laterais e nas pontas, transmitindo suas cargas por meio de estacas. Para sobrados ou casa térrea, utilizam-se os seguintes tipos de fundações: bloco e alicerces; sapatas corrida; sapata isolada; sapata alavancada e Radier. O baldrame é o tipo mais comum de fundação, pode ser de alvenaria, de concreto simples ou armado construído diretamente no solo, dentro de uma pequena vala. 45 Muito utilizado em construções de pequena solicitação, em solo firme. Alicerces de Alvenaria só podem ser construídos em solo firme (Figura 4.13). Figura 4.13 - Alicerce em alvenaria Fonte: www.ebanataw.com.br/roberto/fundacoes/fund2.htm (2014) Segundo Watanabe (2014), terreno firme com declividade de até 10%, pode-se pensar em fundação direta. Para terrenos com inclinação superior a 10%, a fundação deverá ser profunda e sobre estacas. Algumas estacas inclinadas para segurar a casa contra o escorregamento. As profundidades devem ser até encontro do solo firme. Para inclinação maior que 20% há risco de escorregamento, e não poderá ser construído neste local (Figura 4.14). Figura 4.14 - Fundação profunda Fonte: www.ebanataw.com.br/roberto/fundacoes/fund2.htm (2014) 46 A sapata é preferida onde o baldrame não suporta o peso da estrutura ou pela baixa resistência do solo, formada como um bloco de concreto armado construído diretamente sobre o solo em uma vala, (Watanabe, 2014). Sapata corrida, é uma estrutura que percorre toda extensão da parede. Apresenta a vantagem de não necessidade de vigas e pilares para sustentação das paredes e telhado (Figura 4.15). Figura 4.15 - Sapata corrida Fonte: www.ebanataw.com.br/roberto/fundacoes/fund2.htm (2014) Sapata simples é pontual, deverá estar disposta conforme posição dos pilares e vigas. Sua desvantagem é quanto à necessidade de vigas e pilares para apoio das paredes e telhado (Figura 4.16). Figura 4.16 - Sapata simples Fonte: www.ebanataw.com.br/roberto/fundacoes/fund2.htm (2014) 47 Segundo Watanabe (2014), para solos fracos ou em prédios de média altura é empregado o uso de estacas, podendo ser moldados no local ou ser pré-fabricado. As estacas podem ser de concreto simples, concreto armado, de madeira ou metálicas. Sua dificuldade é que necessita de equipamentos ou bate estaca (Tabela 4.5). Tabela 4.5 - Capacidade de cargas em estacas mais comuns Carga de Trabalho Comprimento (Toneladas) Máximo Ø = 15 cm 10 5 Ø = 20 cm 15 10 Ø = 30 cm 30 15 Ø = 15 cm 7 4 Ø = 25 cm 10 6 Ø = 20 cm 10 12 Argila ou Areia 7 Ø = 30 cm 25 15 sem Água 8 Ø = 20 cm 20 10 Ø = 25 cm 30 12 Qualquer Tipo de 10 Ø = 30 cm 40 16 Solo 11 Ø = 35 cm 60 20 SEQ Tipo de Estaca 1 2 Madeira 3 4 Broca 5 6 Strauss 9 Pré-Moldada 12 Aço Diâmetro Tipo de solo Permanentemente submerso Solo Coesivo Calcular conforme carga e característica do solo local Solo Rochoso Fonte: www.ebanataw.com.br/roberto/fundacoes/fund2.htm (2014) - Modificado A definição do tipo de fundação é função do tipo de solo e a capacidade de carga que este suporta, definido pela sondagem. Segundo Gerolla (2013), como método rápido e econômico, muito utilizado para edificações de pequeno porte, o Radier se enquadra perfeitamente para o modelo. Fundação do tipo rasa, o Radier é uma fundação direta que engloba todas as cargas que chegam à fundação sob uma única placa de concreto armado, com a função de distribuir as cargas projetadas sobre sua estrutura para o solo existente. Geralmente 48 utilizado para construções em método estrutural, Steel Frame ou outros sistemas estruturais leves. O local de sua implantação deve ser rigorosamente nivelado e verificado por equipamentos que garantam uma alta precisão, equipamentos dispostos de tecnologia a lazer ou até mesmo a contratação de um topógrafo, que dispõe de utilização dos equipamentos “estação total e teodolito”, para verificação durante a evolução do trabalho (Figura 4.17), para este caso, avaliar o custo em função do tamanho do empreendimento (GEROLLA, 2013). Figura 4.17 - Medição de nível com estação total Fonte: Gerolla (2013) Determinado ponto de implantação e nivelamento da base, é montado uma estrutura de forma na borda para delimitação da área de concretagem e marcação dos pontos das intalações. Após concretagem na área pré-determinada de forma, forma-se uma base de concreto capaz de receber paredes para criação dos cômodos da casa (Figura 4.18). Figura 4.18 - Após concretagem Fonte: Differ Construção (2014) 49 De acordo com Gerolla (2013), “Para o bom desempenho da fundação - e também por exigência de norma técnica -, o solo sobre o qual se assenta o Radier deve ter compactação mínima de 95%, com comprovação em laboratório”. 4.3.4 Vedação Vertical Segundo Dueñas Peña (2003), vedação vertical é um subsistema construtivo, constituído por elementos que definem, limitam e compartimentam o edifício, controlam a passagem de alguns agentes atuantes, se portando também como isoladora acústica e térmica. 4.3.4.1 Alvenarias Segundo Ching e Adans (2001), alvenaria é o plano vertical de uma edificação, serve para fechar seu perímetro e dividir os ambientes internos, podendo ser construída por diversas técnicas. Elas serão definidas para um melhor desempenho após o conhecimento das estruturas de fundação e de cobertura. Devem ser capazes de suportar o peso dos materiais de acabamento e ter condições de receber os módulos para fechamento dos vãos “portas e janelas” (Figura 4.19). Figura 4.19 - Alvenaria convencional Fonte: https://antonioesonia.wordpress.com/2010/04/ (2014) 50 4.3.4.2 Formas Segundo Nakamura (2013), paredes rápidas estão ganhando visibilidade no Brasil. Por limitações tecnológicas nos anos de 1980 as experiências não foram tão positivas, entretanto, novamente ganham força entre construtoras que querem imprimir velocidade às obras. O crescimento se explica, em parte, pelo número de repetições de projetos padronizados que o programa MCMV possibilita. Conta a favor do alumínio também a facilidade de movimentação das peças, que podem pesar cerca de 50 kg e dispensam equipamentos. Outro fator a ser analisado nos estudos de viabilidade são custos com reforma, reposição e limpeza. Além disso, é interessante que a própria construtora se organize para readaptar formas a outros projetos, já que faltam empresas que prestem esse serviço no mercado, (Nakamura, 2013). No canteiro, é essencial que os serviços posteriores à execução das paredes consigam acompanhar o ciclo de concretagem das formas, pois se o projeto executivo não estiver equacionado com a velocidade de execução da estrutura, todos os ganhos conseguidos com o sistema podem se perder. Sendo assim, a industrialização da obra como um todo, principalmente do projeto de instalações, se faz necessária, (Nakamura, 2013). Outo ponto importante é quanto a limpeza das formas depois da utilização. Segundo Nakamura (2013), leves, recicláveis e de fácil montagem, as formas metálicas, sobretudo as de alumínio, vem permitindo a construção de paredes de concreto de forma industrializada, em substituição à alvenaria de blocos cerâmicos ou de concreto. Recomendado para uso em empreendimentos com auto grau de repetição, sobretudo para conjuntos habitacionais, esse tipo de forma é composto por painéis de chapas planas estruturados por perfis metálicos e montados com ajuda de conectores (Figura 4.20). 51 Figura 4.20 - Fôrmas metálicas Fonte: Revista PINI (2013) Em estágio de evolução, encontramos para estruturas de menor porte formas desenvolvidas em material PVC (Figura 4.21). Figura 4.21- Forma PVC pronta para concretagem Fonte: Cajamar.sp.gov.br (2013) 52 4.3.4.3 Light Steel Framing Segundo Ferreira Junior (2012), por ser uma construção seca e estar em avanços tecnológicos com as placas cimentícia (Figura 4.22), o modelo tem servido de método para atender a demanda das construções populares. A Caixa Econômica Federal, através do programa MCMV, certificou em vários estados as construções que utilizam placas cimentícia com sistema de vedação. Segundo Ferreira Junior (2012), em construções do Paraná onde foi utilizado placas cimentícia, foi constatado que após 10 anos não apresentou sinais de patologia e o produto passou a ter mais credibilidade quanto sua função. Alguns estados do Brasil estão em procedimento para utilização no programa MCMV. Suas vantagens na obra são a redução de tempo, redução de mão de obra, limpeza, boa resistência, não descasca e não sofre ataques por químicas, bactérias ou fungos, já as desvantagens, requer mão de obra detalhada, deixa de utilizar unidade de medida em centímetros e passa a utilizar milímetros. A placa cimentícia tem durabilidade aos ambientes úmidos, não se deteriora, não se desintegra ou apodrece. Figura 4.22 - Light steel framing Fonte: www.cimentoitambe.com.br/versateis-placas-cimenticias-ganham-mercado (2014) 53 4.3.4.4 Wood Frame Segundo Ferreira (2013), o programa MCMV tem sido um grande motivador para construções em Wood Frame na região sul do País. Na ocasião o modelo atingiu em produção o índice e uma unidade e meia por dia, casas dispostas com cinco cômodos distribuídos em 45 m². A iniciativa rendeu a Roberto Ferreira e à Rede iVerde o segundo lugar do 19º Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade, da Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC), na categoria sistemas construtivos. A premiação destacou, além da velocidade de execução, a redução do custo com a mão de obra e do desperdício de material, além da emissão de CO₂ na natureza, sendo cerca de 80% menos em comparação ao sistema construtivo tradicional (Figura 4.23). Figura 4.23 - Estrutura wood frame Fonte: Revista PINI (2013) Segundo Ferreira (2013), utilizado como método construtivo de casas de alto padrão em 2010, foi adaptado para construções populares. Com o propósito de proporcionar uma moradia melhor ou igual à alvenaria para os moradores, só que com menor custo. É possível, por exemplo, lavar e pendurar coisas pesadas na parede, não é uma tecnologia frágil, e sim robusta (Figura 4.24). 54 Figura 4.24 - Montagem wood frame Fonte: Revista PINI (2013) Pesando 150 kg/m², as paredes são compostas da seguinte forma: parede externa formada por placa cimentícia, membrana hidrófuga, placa estrutural de OSB (Oriented Strand Board), montantes de pinos autoclavados de alta densidade (estrutura) e, no meio dos montantes, isolamento térmico e acústico. No caso do painel interno, em vez da placa cimentícia, há gesso acartonado e de ambos os lados existem placas de OSB. As paredes externas têm 14 cm de espessura e as internas 12 cm. Os painéis podem receber qualquer tipo de acabamento, assim como de alvenaria (Ferreira, 2013). A estrutura dos telhados também é feita com madeira autoclavada e telhas cerâmicas, não há laje. O telhado é feito ao lado da casa, enquanto ela está sendo montada. No caso de sobrados, a laje usa o mesmo conceito da parede, mas com vigas mais reforçadas. Sobre as vigas de madeira há um painel de OSB mais espesso, de 18 mm, e sobre ele são colocados uma manta e piso laminado (Ferreira, 2013). A montagem da casa é relativamente simples, e exige uma base em concreto sobre fundação simples Radier, podendo ser construído em dois pavimentos (Figura 4.25). 55 Figura 4.25 - Wood frame dois pavimentos Fonte: Revista PINI (2013) 4.3.4.5 Concreto PVC Segundo Valentim (2011), a construção do Concreto PVC é uma alternativa aos métodos tradicionais (Figura 4.26). Os perfis são leves e modulares (Figura 4.27), feito de encaixe macho e fêmea, concretado seu interior após sua montagem, podendo ser utilizado para construções de até cinco pavimentos. Valentim destaca sua elevada durabilidade; facilidade de limpeza; baixa manutenção; elevada resistência químicas e às intempéreas; proteção do aço e do concreto em ambientes agressivos; excelente isolamento térmico e acústico; redução de desperdícios e obra limpa; possibilidade de ampliação com o sistema convencional; resistência mecânica; possibilidade de diferentes acabamentos (Figura 4.28) e a capacidade de diminuir tempo de produção da obra. 56 Figura 4.26 - Residencial concreto-PVC Fonte: www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/29/ConcretoPVC-e-alternativaaos-metodos-tradicionais.aspx (2014) Figura 4.27 - Módulos concreto-PVC Fonte: www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/29/ConcretoPVC-e-alternativaaos-metodos-tradicionais.aspx (2014) 57 Figura 4.28 - Acabamento concreto-PVC Fonte: www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/29/ConcretoPVC-e-alternativaaos-metodos-tradicionais.aspx (2014) 4.3.4.6 Solo Cimento Segundo Portela (2013), para construção de residências requer algumas atenções. É necessário que seja previsto duas cintas de amarração que percorrem a casa toda, em 1,10 m e em 2,20 m. Essas cintas (comumente chamadas de verga e contra-verga) são nada mais do que um tijolo tipo canaleta, neles percorrem duas barras de ferro e após fixação são preenchidos de concreto. Tendo a mesma função das vigas de alvenaria estrutural, só não em grandes vãos livres, portas e janelas. Importantes para a sustentação das paredes e recebimento das cargas das estruturas superiores e do telhado. Deve-se preocupar com as programações elétricas, hidráulica e dos vãos que receberão futuramente as janelas e portas. Para ganho de resistência da estrutura, utiliza-se o procedimento de grauteamento com barra de ferro no interior do bloco. Procedimento muito parecido com a construção de bloco estrutural (Figura 4.29). 58 Figura 4.29 - Construção solo cimento Fonte: www.tijolosolocimento.com.br/2013/06/cintas-e-percintas.html (2014) 4.3.4.7 Tijolo Estrutural Cerâmico Segundo Dornelles (2012), o sistema tem alta eficiência, é rápido, apresenta qualidade, pode ser aplicado em grande escala de produção e atinge a classe popular. Esse sistema construtivo de alvenaria Tecno Logys, ou método de fazer paredes, consagrou-se no mercado. Casa cerâmica da Feicon (Figura 4.30), foi utilizado o sistema construtivo da Tecno Logys, método de trabalho e edificação. Figura 4.30 - Casa cerâmica feicon Fonte: www.brasilengenharia.com/portal/construcao/544-casa-ceramica-econstruida-na-feicon-batimat-2012-com-sistema-alvenaria-integrada-da-tecno-logys (2012) 59 Segundo Tauil e Nesse: “A cada dia, em escala cada vez maior, a alvenaria estrutural tem representado a solução construtiva com características de durabilidade, sem desperdícios, econômica e totalmente com os princípios da sustentabilidade que a sociedade procura para construção de seu habitat” (TAUIL; NESE, 2010, p.13). 4.3.5 Cobertura Segundo Ching e Adans (2001), o sistema de cobertura funciona como elemento primário de abrigo para as áreas internas de uma edificação. Em sua construção deve-se pensar nos fluxos e volumes de água, bem como passagens de água, ar, calor e frio. Deve ser estruturada para proteger o entorno da construção, vencer vãos e suportar o tipo das telhas que farão a função de cobertura. Conforme o tipo de edificação, pode ser exigido pelo código de obras um elemento específico. Segundo Construção (2014), ao programar a cobertura deve-se levar em conta a altura, para que seja possível atender a pressão de água necessária no ponto mais alto “chuveiro”, essa altura é medida do fundo da caixa d’água 1,50 m até o ponto do chuveiro (Figura 4.31). Figura 4.31 - Altura telhado Fonte: ABCP, 2014. 60 Segundo Construção (2014), a programação das paredes para apoio do telhado depende do tipo de telha a ser utilizada, para cada tipo existe uma inclinação apropriada. Em telhas de menor peso, o uso de estrutura para apoio não requer de tanto material (Figura 4.32). Figura 4.32 - Programação de parede para apoio Fonte: ABCP, 2014. 4.3.5.1 Estrutura Madeira Segundo Borges (2009), são divididas em armação e trama. A armação é a parte estrutural do telhado, utiliza-se a peroba por ser mais resistente ao apodrecimento, ser menos dura que o ipê e ser mais econômica, é mais comum de encontrar nas construções. A trama é a parte quadriculada, composta por terças, caibros e ripas, que tem a finalidade de apoiar as telhas. Terças são peças horizontais montadas perpendicularmente às tesouras. Caibros são peças montadas perpendicularmente às terças e paralelamente às tesouras, de forma inclinada, determinante ao caimento do telhado. Ripas são peças pregadas transversalmente aos caibros, ou seja, paralela às terças (Figura 4.33). 61 Figura 4.33 - Estrutura madeira Fonte: http://www.gravia.net.br/lojas/p/estrutura-metalica-para-telhados (2014) 4.3.5.2 Estrutura Metálica Segundo Moterani (2012), as estruturas metálicas para telhado apresentam maior economia, maior agilidade, maior rigidez na execução, proteção contra os cupins e consciência ecológica. O aço galvanizado é resistente por receber tratamento de zinco, evitando a corrosão. As coberturas dessas estruturas podem ser feitas por diversos tipos de telha, importante que no momento da escolha seja definido o tipo de telha, para que possa ser feito um cálculo estrutural do mesmo, em função do peso da telha. O fato de ter menos material e ser mais leve, não significa que sua resistência não seja boa, em média um telhado de 500 m² representa 12 toneladas no peso da madeira, já o mesmo telhado em estrutura metálica, representa 3 toneladas, aspecto também muito relevante para escolha do método (Figura 4.34). Figura 4.34 - Estrutura metálica Fonte: http://www.gravia.net.br/lojas/p/estrutura-metalica-para-telhados (2014) 62 4.3.6 Esquadrias Segundo Borges (2009), é um conjunto de componentes com a finalidade de fechar vãos, controlando entrada de ar, água, poeira e isolação de ruídos. 4.3.6.1 Madeira Segundo Borges (2009), as esquadrias de madeira são compostas por portas, janelas, portões, gradis e tudo que se produz em trabalho de marcenaria destinado ao fechamento de vãos e restrição de ambientes (Figura 4.35). Figura 4.35 - Esquema de esquadria Fonte: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/chumbamento-esquadrias/ (2014) Segundo Borges (2009), as portas são compostas basicamente por batentes comumente de peroba, com a finalidade de sustentar a folha. A folha é a peça que se dependura aos batentes por dobradiças, com instalação de fechaduras, tem a função de isolar ambientes e melhoras as condições de termo e acústico. Guarnições dão o acabamento final do conjunto porta, sobrepondo de fresta entre batente e alvenaria. Janelas foram relegados a planos secundários e seu uso foi quase restrito aos dormitórios. 63 4.3.6.2 Metálica Segundo Borges (2009), as esquadrias metálicas são divididas em: ferro, aço galvanizado, alumínio e pvc. Os tipos de caixilhos mais usados de acordo com modo de abrir são: de correr, guilhotina, maximar, abrir, pivotante e basculante (Figura 4.36). Figura 4.36 - Esquema caixilho alumínio Fonte: http://serralherianaveia.blogspot.com.br/2014/08/como-fazer-seu-proprioportao-de.html (2014) 4.3.7 Instalações hidráulicas Segundo Ching e Adans (2001), o sistema de fornecimento de água pode ser acoplado nos espaços das paredes e nos espaços da construção de pisos. De preferência, as instalações dos registros devem ser de fácil acesso, para que em necessidade de manutenção tudo possa ocorrer mais tranquilamente. Essas linhas de fornecimento podem ser de cobre, aço galvanizado e plástico (Figura 4.37). 64 Segundo Construção (2014), nesta etapa ideal contatar a ajuda de um especialista para seguir com os procedimentos de acordo as exigências, para montagem do cavalete de entrada, os depósitos fornecem um modelo padrão. Figura 4.37 - Esquema instalação hidráulica Fonte: ABCP, 2014. 4.3.8 Instalações elétricas Segundo Ching e Adans (2001), o sistema elétrico de uma edificação é para geração de iluminação, aquecimento e operação de equipamentos e eletrodomésticos. Essa energia flui através de um condutor pela diferença de carga entre dois pontos em um circuito, sendo medida em “volts”. A quantidade de energia que flui pelo sistema é medida em “amperes”. A potência é o quanto necessita cada equipamento ou ponto de alimentação para funcionamento, ela é chamada de “watts”, sendo: (W= A x V), (Figura 4.38). 65 Figura 4.38 - Esquema instalação elétrico Fonte: ABCP, 2014. 4.3.9 Reboco de Gesso Segundo Ching e Adans (2001), reboco é um material que se assenta e endurece para formar uma superfície em parede ou teto, sendo de gesso, pode ser usado em ambientes internos desde que não exista umidade intensa. O reboco de gesso consiste em um material calcinado, água e um agregado fino (Figura 4.39). Figura 4.39 - Reboco gesso liso Fonte: http://www.acec.com.br/conteudo.asp?lnk=noticias&ver_todas=true&id=154 (2014) 66 4.3.10 Reboco de Massa Segunda Ching e Adans (2001), massa podem ser aplicadas em superfícies construídas em alvenaria ou concreto, essas superfícies devem apresentar características ásperas e porosas, não contendo óleo e outros materiais particulados. Quando há possibilidades de infiltração ou de condensação dentro da parede, deve-se preparar o local destinado a receber a aplicação com reforço de impermeabilizantes (Figura 4.40). Figura 4.40 - Reboco de massa Fonte: http://www.argafacil.com.br/argamassa_monocamada.php (2014) Segundo cartilha “Mãos à Obra” (ABCP, 2014), o revestimento mais usado é feito com argamassa, em três camadas: chapisco, emboço e reboco. Os traços devem seguir as seguintes medidas (Tabela 4.6): 67 Tabela 4.6 - Traços para massa Argamassa para revestimento Rendimento Aplicação por saco de Traço Dica cimento de 50 kg O chapisco é a base do revestimento. Sem 1 lata de Chapisco cimento 3 latas de ele, as outras camadas de acabamento podem descolar da parede 30 m² ou do teto. Em alguns casos, como em muros, pode ser o único revestimento. A areia camada de chapisco deve ser a mais fina possível 1 lata de Emboço (Grossa) cimento 2 latas de cal O emboço serve para (massa regularizar 17 m² 8 latas de superfície da parede ou do teto). Sua espessura deve ser de 1 cm a 2,5 cm. areia 1 lata de Reboco cimento (Massa fina, 2 latas de cal peneirada) 9 latas de Esta camada de acabamento final da 35 m² parede ou do teto deve ser a mais fina possível. areia 1 lata de Os azulejos são assentados sobre o cimento Assentamento 1 e ½ lata de de azulejos cal 4 latas de areia emboço (massa grossa). Eles devem ficar 7 m² mergulhado na água, no mínimo de um dia para o outro, antes de serem assentados. Atenção: - a lata de medida deve ter 18 litros. Evite latas amassadas. - as lojas de material de construção têm argamassas prontas para revestimentos, assentamento e rejuntamentos. Neste caso, siga as instruções do fabricante. Fonte: ABCP, 2014 - Modificado 68 4.3.11 Pisos “Segundo NBR 7207/82 diz: O pavimento é uma estrutura constituída após a terraplenagem e destinada ao uso econômico e simultaneamente em seu conjunto. Resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego; melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade segurança; resistir ainda aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de rolamento. ” 4.3.11.1 Área Interna Segundo Borges (2009), com o avanço ocorrido na oferta de tipos de materiais para revestimentos de pisos, está cada vez mais difícil a escolha de um determinado de produto. Essa escolha deve ser feita de acordo com a sua capacidade de resistência à abrasão, conforme classificado abaixo: Tráfego leve: banheiros e dormitórios residenciais; Tráfego médio: interiores residenciais de menor tráfego; Tráfego médio/intenso: lojas internar e corredores; Tráfego intenso: lojas, lanchonetes, bancos, restaurantes, escolas, hospitais, hotéis, escritórios e caminhos preferenciais; Tráfego super intenso: piso para unidade industriais e comerciais, supermercados, aeroportos e rodovias; Para ambientes internos, os tipos de revestimentos mais utilizados são: Porcelanato: alta resistência à abrasão, durabilidade, grande variedade de tons e texturas. A porosidade quase nula do porcelanato o torna bastante impermeável. Sua instalação é relativamente rápida, mas como a maioria dos pisos, requer a regularização do contrapiso antes da aplicação. Os três tipos de porcelanato mais comuns no mercado são: técnico, polido (Figura 4.41) ou natural. 69 Figura 4.41 - Piso cerâmico Fonte: http://colocacaocolocadordeporcelanato.blogspot.com.br (2014) Azulejo: Os azulejos recebem a mesma orientação do porcelanato. Recomendase a utilização de peças retificadas, com as medidas mais alinhadas, necessitando de menos rejunte, pois passam por um processo de qualidade mais rígido. Piso laminado: A maior vantagem desse tipo de revestimento é o preço. O piso laminado tem este nome pois ele é fabricado em camadas. É revestido de uma lâmina decorativa, e o miolo, normalmente, é feito de HDF ou HPP (elementos obtidos das fibras da madeira). A proteção final se dá por uma camada de overlay, um filme cristalino de celulose que impermeabiliza e dá brilho ao material. Normalmente, é um piso que não favorece a acústica. Porém, a aplicação de uma manta sob o piso reduz o barulho (Figura 4.42). 70 Figura 4.42 - Piso laminado Fonte: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/3133/3/2007_RobertoLdeMello_3.pdf (2014) Taco: Feito de placas de madeira nativa em tamanhos variados. Podem ser colocados sobre outros pisos, como cerâmica ou pedra. Os formatos mais comuns desse revestimento são espinha-de-peixe, escama-de-peixe, dama, paralelo e convencional. A perda do material varia de acordo com o desenho, podendo variar de 8 a 15% (Figura 4.43). Figura 4.43 - Piso taco Fonte: http://imoveis.culturamix.com/dicas/como-limpar-pisos-de-taco-de-madeira (2014) 71 4.3.11.2 Áreas externas impermeáveis Segundo Arvelos (2006), em áreas externas quando se quer ganhar tempo e padrões variados de acabamento, utiliza-se da técnica de estamparia em concreto usinado. Para um melhor acabamento e resistência, utiliza-se concreto com resistência mínima fck de 18 Mpa, misturado a pedrisco e brita 0. Essa técnica pode ser utilizada em qualquer tipo de pavimento, desde que respeite as espessuras mínimas. Em áreas onde ocorrerá trânsito de veículos, as espessuras deverão ser previamente calculadas, para que não ocorram deformações (Figura 4.44). Figura 4.44 - Concreto estampado Fonte: http://www.classiwebgratis.com.br/70/83246/concreto-estampado--df-ecopisos-brasalia--62.html (2014) 4.3.11.3 Área externa permeáveis O piso drenante é a melhor opção de acabamento do solo para a área externa. As peças são fabricadas com materiais específicos, como areia, pedregulho, argila expandida, fibra de coco, cimento e pó de pedra. Todos os compostos são misturados e submetidos a prensa para formar as peças denominadas pisos drenantes. 72 O piso funciona como um sistema de drenagem para áreas externas, pois absorve 94% de água, evitando poças e enchentes. Além do sistema de drenagem, esse tipo de piso é muito resistente, de fácil aplicação e com sistema antiderrapante, tornando-o uma opção muito viável para calçadas, garagens, jardins e caminhos externos (Figura 4.45). Figura 4.45 - Piso drenante Fonte: http://www.czmoi.com/2014/10/piso-drenante.html (2014) Existem vários tipos de pisos drenantes no mercado, conhecidos como piso intertravado, bloquete, concregrama, mosaico português, piso elevado e etc. Na maioria deles o sistema de instalação é muito prático e rápido, pois são justapostos e se mantêm fixos por conta do atrito da área lateral das peças em relação às outras. Explicação de como é feita a instalação e algumas propriedades desses pisos drenantes (Figura 4.46). 73 Figura 4.46 - Montagem de pisos intertravados Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/58/piso-intertravado-paracalcadas-para-resistir-as-cargas-e-279793-1.aspx (2014) 4.3.11.3.1 Contenção lateral São guias de concreto que servem para confinar o piso intertravado e funcionam como marcadores de cotas de níveis e alinhamentos. 4.3.11.3.2 Rejunte O rejuntamento é feito com areia ou pó de pedra peneirada para garantir, após a compactação final, o intertravamento correto das peças. 74 4.3.11.3.3 Blocos As peças pré-moldadas se comportam como uma camada flexível e única por causa do intertravamento. 4.3.11.3.4 Intertravamento Com o travamento, a transferência de carga entre os blocos distribui a pressão sobre o subleito e a base, reduzindo o risco de deformações. 4.3.11.3.5 Assentamento A camada de areia de assentamento – ou pé de pedra – deve ser regular para servir como base para o assentamento das peças. Ela funciona como barreira para evitar propagação de possíveis fissuras da base, além de preencher as partes mais baixas das juntas. 4.3.11.3.6 Base Pode ter material granular, sem aderência, ou receber cimento para melhorar sua capacidade de carga. A espessura mínima é de 10 cm e é necessário prever inclinação de no mínimo 2% para drenagem de águas pluviais. 4.3.11.3.7 Sub-base É a primeira camada do pavimento e, dependendo do caso, pode não ser necessária. É comumente feita de material granular, solo escolhido, solo brita ou solo tratado – como o melhorado com cimento. A compactação correta da base e da sub-base – que absorvem as cargas – é primordial para o bom desempenho do pavimento. 75 4.3.11.3.8 Subleito Camada mais profunda, pode ser composta pelo solo original – se tiver resistência adequada – ou oriunda de outro local. Não pode ser um solo expansivo e deve estar livre de plantas e raízes. Devidamente compactado, tem que ficar 1,5 m acima do lençol freático, com caimento mínimo de 2%. 4.3.11.3.9 Conservação Esses blocos podem ser retirados e recolocados, o que permite reparos em tubulações e de eventuais recalques do subleito. 4.3.11.3.10 Drenagem O desempenho da drenagem depende da inclinação longitudinal e dos caimentos transversais. Para calçada, o caimento transversal recomendado é de 2%, com caimento transversal máximo de 4%. 4.3.11.3.11 Formatos mais comuns Os formatos mais comuns de blocos intertravados são: retangular, “raquete”, 16 faces e sextavado. Para calçadas, usam-se, em geral, blocos com espessura de 6 cm, conforme projeto. A resistência do piso intertravado costuma variar entre 35 MPa e 50 MPa. 4.3.11.3.12 Tipos de assentamento Os arranjos podem ser do tipo espinha de peixe, que em condições de tráfego intenso é considerado o mais adequado devido à sua boa resposta frente ao fenômeno de “escorregamento”, analisado em relação ao travamento horizontal; espinha de peixe a 45º; tipo fileira; e trama. 76 4.3.12 Cerâmica Segundo Ching e Adans (2001), revestimentos cerâmicos são feitos de argila ou material cerâmico, em processo de produção são queimados a uma temperatura muito alta em forno, no qual se resulta em uma peça durável, densa, que é resistente à água, difícil de manchar e fácil de limpar. O material é disponível vitrificado ou não-vitrificado. O vitrificado pode ter acabamento brilhante, fosco ou cristalino, com grande variedade de cores. Os não-vitrificados são duros e densos, e derivam sua cor do corpo do material. Essas cores tendem ser mais sóbrias (Figura 4.47). Figura 4.47 - Azulejos cerâmico Fonte: http://www.blogdomenorpreco.com.br/assentando-azulejos-em-paredes (2014) 4.3.13 Pintura Segundo Borges (2009), a pintura é responsável pelo acabamento final da maioria dos elementos e peças de uma construção, como as portas, janelas, paredes, forros, portões, grades e etc. Devido à essa responsabilidade, a pintura deve ser bem planejada e executada, para não comprometer o acabamento da construção. 77 A pintura além de ser um elemento de decoração, ela também representa um papel decisivo na conservação do cobre. Uma esquadria de ferro depende de uma boa pintura para que não oxide, assim como também exerce um sistema de vedação para as paredes de uma construção. Para um melhor acabamento e desempenho, o processo de pintura, deve seguir um procedimento de preparação da superfície, onde a superfície a ser pintada deve estar com um fundo preparatório aplicado, massa corrida bem executada, seca e isenta de gordura, graxa ou mofo. Existem muitos tipos de tintas no mercado e as opções mais usadas são: a. À cal: tinta mais barata e de fácil aplicação, mas não é lavável, muito utilizada em paredes externas e muros; b. Látex ou PVA: tinta feita à base de água, geralmente utilizadas para pintura de paredes internas e principalmente para tetos e áreas secas que não necessitam de muita manutenção, pois não resiste a muitas lavagens. Não é utilizada em áreas externas, pois oferece baixa resistência à ação do sol; c. Acrílica: tinta feita a base de água e é indicada para pinturas internas e externas. A tinta acrílica é encontrada no acabamento fosco, semi-brilho e acetinado; d. Emborrachadas: tinta indicada para pintura externa, mais especificamente para muros e fachadas, pois possui uma película flexível que acompanha a dilatação e a retração da argamassa sob mudança de temperatura, protegendo a parede da umidade, ação do sol e da chuva; e. Laváveis: tinta indicada tanto para ambientes internos como para ambiente externos, é considerada ideal para ambientes com grande tráfego de pessoas, pois tem acabamento acetinado e oferece grande resistência à limpeza; f. Sem Cheiro: utilizada em ambientes internos e externos, perdem o odor em até 3 dias após a aplicação e encontra-se em acabamento fosco e acetinado; 78 g. Epóxi: tinta à base de água ou solventes, ideal para pintura de banheiros, pisos e azulejos, pois é um material muito resistente à ação dos produtos químicos de limpeza. 79 5 CONJUNTO RESIDENCIAL VILLAGIO BELO HORIZONTE 1 Este trabalho traz como referência uma pesquisa realizada em um conjunto habitacional localizado no Estado de São Paulo, na cidade de Itapetininga (Figura 5.48), no bairro Vila Belo Horizonte, sendo este um empreendimento com 6 unidades autônomas (Figura 5.49). Figura 5.48 - Mapa Região Fonte: CIESP Sorocaba (2015) Figura 5.49 – Maquete eletrônica Fonte: REVIT 2015 (2014) 80 A localização do conjunto residencial é Rua João Nunes da Costa (Figura 5.50). Figura 5.50 - Endereço Fonte: Google Maps (2015) Após procedimento efetuado junto ao Departamento de Engenharia da Prefeitura de Itapetininga, taxas obrigatórias foram recolhidas e visita para conferência em local por fiscal da prefeitura foi realizada, para assim então, autorizar a emissão da numeração predial. 5.1 Dados do Município de Itapetininga Em 2010, o Município de Itapetininga tinha uma população de 149.027 habitantes, com uma estimativa de crescimento até 2015 para 155.436 numa área de 1.790.208 km² (Tabela 5.7). Tabela 5.7 - Dados da cidade de Itapetininga População estimada 2014 155.436 População 2010 144.377 Área da unidade territorial (km²) 1.790,208 Densidade demográfica (hab/km²) 80,65 Código do Município 3522307 Gentílico Itapetingano Prefeito LUIZ ANTÔNIO DI FIORES COSTA Fonte: http://www.itapetininga.sp.gov.br (2015) 81 De acordo com o censo de 2010, 27% da população local vive com renda per capita inferior a meio salário mínimo. 5.2 Escolha do terreno A escolha do terreno foi baseada na topografia do mesmo aliada à sua localização, os limites desta superfície, bem como todas as suas particularidades naturais, estavam dentro do considerável (Figura 5.51). De acordo com o proprietário, foram determinantes para a implantação deste projeto. A situação real do lote apresentava uma pequena declividade. Figura 5.51 - Situação antes regularização Fonte: Própria (2014) Todas as obras de engenharia são executadas sobre a parte da superfície terrestre. Cabe a topografia dar a base para que estes projetos sejam executados com maior precisão e locados corretamente na área onde serão executados. É preciso conhecer as potencialidades, características e risco do relevo. (Listo, 2015). Após realização de aterro com compactação, o terreno apresentou aclive de 1,5% (Figura 5.52) e não houve dificuldade para realização dos trabalhos por se tratar de uma pequena área. 82 Figura 5.52 – Situação após regularização Fonte: Própria (2014) 5.3 Estruturas de serviço das concessionárias Na cidade de Itapetininga – SP, as empresas fornecedoras de serviços públicos, mais conhecidas como concessionárias, são a SABESP para saneamento e a CPFL para energia elétrica da cidade. Para a 1ª ligação de água, deve-se utilizar a Unidade de Medição de Água UMA, adotada no novo padrão da SABESP. A UMA é composta por uma caixa metálica ou de plástico e um dispositivo de medição, fornecidos exclusivamente pela SABESP. Após a instalação da UMA é necessária vistoria da instalação. Para a ligação da água, a SABESP exige algumas condições: O terreno deve estar delimitado, cercado e devidamente identificado com o seu respectivo número; deve existir uma rede pública em frente ao local da ligação; acesso livre ao local da instalação e orçamento aprovado. 83 Os documentos necessários para o requerimento da instalação são: RG, CPF, documento que comprove vínculo de propriedade ou posse do imóvel e os orçamentos aprovados com a opção de pagamento do Dispositivo de Medição. 5.4 Definição do projeto O projeto foi elaborado com 6 casas geminadas dois a dois, buscando um melhor aproveitamento do terreno, otimizando o lote de forma a possibilitar o acesso de veículos. O anexo A – apresenta Planta Projeto Prefeitura liberada para execução da obra em 08 de agosto de 2014, emitido por Prefeitura do Município de Itapetininga. Para liberação e andamento das atividades planejadas, foi expedido Alvará de Edificação pela Prefeitura de Itapetininga. 5.5 Análise do solo O método utilizado para a avaliação do solo foi o SPT-Standard Penetration Test, seguindo os critérios e procedimentos descritos na NBR 6484. No local da obra os procedimentos foram: - Execução de um furo de sondagem de reconhecimento, atingindo a cota de 11,45 m. - As sondagens foram executadas por percussão, sendo que, para esse serviço foi utilizado um tubo de revestimento de diâmetro 2.1/2”. As amostras foram colhidas por meio de um amostrador de diâmetro interno de 1,3/8” (35 mm) e externo de 2” (51 mm), conforme representado em (Figura 5.53). 84 Figura 5.53 - Procedimento de Sondagem SPT Fonte: Própria (2014) O anexo B – apresenta a sondagem de reconhecimento do solo, elaborado por SONDASOLO PAULINO VDG LTDA em 21 de agosto de 2014. 5.6 Fundações e Impermeabilização Conforme descrito na NBR 6122- Projeto e execução de fundações, o tipo de fundação escolhida foi o Radier (Figura 5.54), cuja característica é execução de uma laje maciça direta no solo, elemento estrutural que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos distribuídos. No estudo de caso, este perímetro foi disposto para absorver e envolver 2 unidades ao mesmo tempo. Figura 5.54 - Área fundação Radier Fonte: Própria (2014) 85 Após marcação do perímetro, foi colocado uma camada de saco plástico, para evitar o escoamento dos aditivos e água do concreto para o solo, foi programado os pontos dos condutores elétricos, tubulações hidráulicas e arranques de vergalhão dos pontos de grauteamento que farão a sustentação da alvenaria. 5.7 Alvenaria de vedação Conforme apresentado na NBR 15575 – 4 - Sistemas de vedações verticais internas e externas (SVVIE), fundamentada na NBR 15270 – 2 - Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural. Foi utilizado para limitar verticalmente a edificação e seus ambientes, como as fachadas e as paredes ou divisórias internas (Figura 5.55), por se tratar de um método rápido, comum em construções de único pavimento, dispensando a utilização de pilares e vigas. Figura 5.55 - Alvenaria de bloco cerâmico estrutural Fonte: Própria (2014) Para execução de alvenaria estrutural é necessária planta de primeira fiada, assim, possibilitará o encontro perfeito dos vãos de janelas e portas. 86 Com objetivo de proporcionar um melhor desempenho acústico, após conclusão de todas as etapas da obra foi realizado ensaio para níveis de ruídos conforme especificado na NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico (Tabela 5.8). Tabela 5.8 – Valores dB(A) e NC Locais dB(A) NC Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centros cirúrgicos 35 – 45 30 – 40 Laboratórios, Áreas para uso do público 40 – 50 35 – 45 Serviços 45 – 55 40 – 50 Bibliotecas, Salas de música, Salas de desenho 35 – 45 30 – 40 Salas de aula, Laboratórios 40 – 50 35 – 45 Circulação 45 – 55 40 – 50 Apartamentos 35 – 45 30 – 40 Restaurantes, Sala de Estar 40 – 50 35 – 45 Portaria, Recepção, Circulação 45 – 55 40 – 50 Dormitórios 35 – 45 30 – 40 Sala de estar 45 – 50 35 – 45 Salas de concertos, Teatros 30 – 40 25 – 30 Salas de conferências, Cinemas, Salas de uso múltiplo 35 – 45 30 – 35 40 – 50 35 – 45 Salas de reunião 30 – 40 25 – 35 Salas de gerência, Salas de projetos e de administração 35 – 45 30 – 40 Salas de computadores 45 – 65 40 – 60 Salas de mecanografia 50 – 60 45 – 55 40 – 50 35 – 45 45 – 60 40 - 55 Hospitais Escolas Hotéis Residências Auditórios Restaurantes Escritórios Igrejas e Templos (Cultos meditativos) Locais para esporte Pavilhões fechados para espetáculos e atividades esportivas Fonte: NBR 10152/1987 - Modificado 87 O projeto para as paredes que separam as casas geminadas, foi elaborado considerando um muro para cada casa, utilizando entre as mesmas, lã de rocha, para trazer conforto acústico para os futuros moradores da residência (Figura 5.56). Figura 5.56 - Isolamento acústico Fonte: Própria (2014) Como camada impermeabilizadora, foi utilizado aditivo polimérico em massa de assentamento nas duas primeiras fiadas de blocos. Todos os vãos de portas e janelas receberam verga e contra-verga, necessárias para combater fissuras que ocorrem normalmente no ângulo de 45º. Foi elaborado para fins de conhecimento da resistência mecânica, ensaio de compressão em bloco estrutural cerâmico, conforme especificado nas normas NBR 15.271, NBR 15.272 e NBR 15.273 (Figura 5.57). Os blocos atenderam os critérios exigidos pela norma, sua resistência atingiu uma média de 7,5 MPA à compressão. 88 Figura 5.57 - Ensaio de resistência Fonte: Própria 2014 5.8 Instalações elétrica, hidráulica e esgoto A instalações elétricas seguiram os procedimentos descritos na NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. A distribuição percorreu pela parte inferior, evitando corte horizontais da alvenaria estrutural. As entradas primárias também percorreram pelo caminho subterrâneo (Figura 5.58). Figura 5.58 - Distribuição de conduites pelo Radier Fonte: Própria (2014) 89 Para alimentação de iluminação, foi programado as passagens pela laje de cobertura das residências (Figura 5.59). Figura 5.59 - Distribuição de condutores para rede elétrica Fonte: Própria (2014) Ao efetuar pedido de instalação elétrica de entrada, foi necessário de projeto sob responsabilidade técnica para as casas 3, 4, 5 e 6 (Figura 5.60), por serem 4 residências em uma única matrícula, conforme critério apresentado em portal concessionária CPFL. Figura 5.60 - Poste para quatro medidores Fonte: Própria (2015) 90 Já para as casas 1 e 2 (Figura 5.61), em virtude da individualização da matrícula, a solicitação transcorrerá via procedimento simples, com apenas a entrega das documentações necessárias para instalação individual. Figura 5.61 - Poste individual Fonte: Própria (2015) O anexo C – Carta de Apresentação do Projeto à CPFL, elaborado por Eduardo José da Silva Costa, CREA – SP 5060677220 em 20 de fevereiro de 2015. O anexo D – Compromisso de Pagamento de Diferença de Custo de Medidores à CPFL, elaborado por Eduardo José da Silva Costa, CREA – SP 5060677220 em 20 de fevereiro de 2015. O anexo E – Memorial de Cálculo e Dimensionamento da Medição Agrupada à CPFL, elaborado por Eduardo José da Silva Costa, CREA – SP 5060677220 em 20 de fevereiro de 2015. O anexo F – Instalação Nova de Medição Agrupada – 4 Medidores Poste Compacto Concreto à CPFL, elaborado por Eduardo José da Silva Costa, CREA – SP 5060677220 em 20 de fevereiro de 2015. 91 Para sistema hidráulico e esgoto, foi acompanhado os procedimentos descritos na NBR 15575 – 6 – Sistemas hidrossanitários, onde o fundamento é quanto as condições de saúde e higiene requeridas para a habitação, além de apoiarem todas as funções humanas nelas desenvolvidas (cocção de alimentos, higiene pessoal, condução de esgoto e água servidas, etc.). De forma incorporada à construção, garantindo a segurança dos usuários, harmonizando-se com a deformabilidade da estrutura e interagindo com o solo, foi realizado a programação das tubulações subterrâneas. A conferência foi realizada por arames flexíveis, posicionados no gabarito de locação para verificação das excentricidades das tubulações (Figura 5.62). Figura 5.62 - Programação da rede de esgoto Fonte: Própria (2014) O anexo G – Planta para marcar excentricidades das instalações elétricas, hidráulica e esgoto elaborado por Cesar Bottaro, proprietário estudante em 2014. 5.9 Sistema de cobertura Seguindo os critérios da NBR 15575 – 5 – Sistemas de cobertura, cujo o objetivo era alcançar a qualidade requerida e a oferta de moradias. O sistema de cobertura SC 92 foi desenvolvido para exercer a função importante na edificação habitacional, desde a contribuição para preservação da saúde dos usuários até a própria proteção do corpo da construção, interferindo diretamente na durabilidade dos demais elementos que a compõem. O SC impede a infiltração de umidade oriunda das intempéries para os ambientes habitáveis e previnem a proliferação de micro-organismos patogênicos e de diversificados processos de degradação dos materiais de construção, incluindo apodrecimento, corrosão, fissuras de origem higrotérmica e outros. Também combatendo a radiação solar, o SC exerce predominante influência na carga térmica transmitida aos ambientes, casa térrea, influenciando diretamente no conforto térmico. No intuito de proporcionar melhorias com novas técnicas construtivas, foi elaborado projeto para utilização de Aço Galvanizado Zincado como elemento de estrutura para cobertura das residências (Figura 5.63). Como elemento de cobertura, foi utilizado telhas cerâmicas. Todo material foi fornecido pela empresa MULTIPERFIL GRASSER, seguindo os critérios da NBR 6355/03 e NBR 14762/01 contendo: guia 90 mm, com espessura 0,95 mm e revestimento em Zinco Z 275 g/m²; montante 90 mm, com espessura 0,95 mm e revestimento em Zinco Z 275 g/m²; montante 70 mm, com espessura 0,95 mm e revestimento em Zinco Z 275 g/m² O anexo H – Planta para efetuar quantitativo para pedido e orientação para execução, elaborado por Cesar Bottaro, proprietário estudante elaborado em 06 de janeiro de 2015. 93 Figura 5.63 - Cobertura em aço galvanizado Fonte: Própria (2015) Houve planejamento da laje para depositar os apoios da estrutura do telhado e seu devido carregamento. O anexo I – Montagem de Laje, sentido das vigotas e afastamento dos negativos, elaborado por Lajes Delta em 18 de novembro de 2014. 5.10 Instalações de esquadrias De forma que atendesse os quesitos descritos na NBR 15575 – 1 – Requisitos Gerais, foi levado em conta: a. Segurança: segurança estrutural; segurança contra o fogo e segurança no uso e na operação. b. Habitabilidade: estanqueidade; desempenho térmico; desempenho acústico; desempenho lumínico; saúde, higiene e qualidade do ar; funcionalidade e acessibilidade; conforto tátil e antropodinâmico. c. Sustentabilidade: durabilidade; manutenibilidade e impacto ambiental 94 Para os ambientes internos, foram utilizados caixilhos de alumínio de correr tipo veneziana (Figura 5.64) e do tipo vidro liso onde o desempenho luminosidade faz presente (Figura 5.65). Figura 5.64 - Caixilho veneziana Fonte: Própria (2015) Figura 5.65 - Caixilho vidro liso Fonte: Própria (2015) 5.11 Detalhamento dos revestimentos de paredes e pisos Esta é a fase de acabamento da obra, onde os procedimentos para aplicação devem seguir minuciosamente as orientações pré-estabelecidas pelos fornecedores, de 95 seus respectivos materiais. Com a atuação conjunta dos órgãos fiscalizadores e evolução do processo tecnológico, cada vez mais, as informações orientadas são para atender os critérios exigidos pela NBR 15575-1 - Requisitos gerais e também requisitos de outras normas específicas. Para escolha dos revestimentos de paredes e pisos, deve levar em consideração alguns procedimentos, que são comumente utilizados, ocorrendo variações apenas no modelo, devido à influência de outros fatores não abordados neste trabalho. Nas paredes internas onde há vão de janela, antes da aplicação do revestimento reboco de gesso, foi feita impermeabilização com massa polimérica, procedimento que atua em favor da estanqueidade (Figura 5.66), aplicação realizada internamente e externamente. Figura 5.66 - Impermeabilização de vãos Fonte: Própria (2015) O revestimento escolhido em todas as paredes internas onde não há atuação direta de umidade, foi o reboco de gesso (Figura 5.67), aplicado diretamente no bloco estrutural, devido sua característica favorável de planeza. 96 Figura 5.67 – Reboco de Gesso Fonte: Própria (2015) Na cozinha (Figura 5.68) e banheiros (Figura 5.69), locais de intensa utilização de água, foram revestidos com material cerâmico, pela sua característica de boa impermeabilidade. Figura 5.68 - Revestimento cerâmico Fonte: Própria (2015) 97 Figura 5.69 - Revestimento de banheiros Fonte: Própria (2015) Para as paredes externas da casa, algumas camadas devem ser sobrepostas sobre os blocos, para que haja melhor eficiência e o acabamento dure mais tempo. Por esse motivo, foi executado chapisco, emboço e reboco (Figura 5.70) respectivamente. Após a cura total dessa massa, pôde ser aplicada a textura e a pintura acrílica para acabamento final. Figura 5.70 - Chapisco, emboço e reboco Fonte: Própria (2014) 98 Para boa aderência do grafiato, foi aplicado uma demão de seladora sobre a alvenaria dos muros externos. Após secagem por completo do grafiato, foi aplicado camada de tinta lavável com base acrílica (Figura 5.71). Figura 5.71 - Preparo grafiato em muros Fonte: Própria (2015) Para melhor desempenho de proteção contra os raios ultravioletas e estanqueidade das paredes externas, foi utilizado base seladora para melhor aderência da camada de substrato textura, massa polimérica que além de proteger, faz característica de design (Figura 5.72). Figura 5.72 - Preparo textura nas casas Fonte: Própria (2015) 99 Após preparo substrato textura, foi aplicado camada de tinta apropriado para exteriores, sendo tinta lavável com base acrílica (Figura 5.73). Figura 5.73 - Pintura externa casas Fonte: Própria (2015) 5.12 Pavimentação da área externa Todas as partes destinadas para calçadas receberam uma camada de concreto magro desempenado. Como acabamento das áreas de manobra para veículos, foi utilizado placas de pedra Miracema bruta (Figura 5.74) nas dimensões 0,50 cm x 0,50 cm com 8 cm de espessura, assentadas sobre uma camada de 2 cm de areia, para uma melhor acomodação e apoio das placas. Dispostas de tal forma, onde os espaços receberam cobertura vegetal (grama), totalizando em 370 m² de área permeável. Figura 5.74 - Pedra para área externa Fonte: Própria (2015) 100 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS Após acompanhamento do estudo de caso, pode-se sistematizar o processo construtivo em duas partes, sendo a primeira em etapas de planejamento conhecido como anteprojeto, fase inicial onde deve-se definir e recolher todos os documentos necessários para aprovação junto aos órgãos responsáveis em autorizar, desde que assegurado a viabilidade técnica. Nesta etapa de projeto, a identificação dos tipos de serviços a executar e de equipamentos a incorporar à obra, deverão assegurar os melhores resultados para a mesma. Já na segunda parte, etapa executiva de obra, considera-se a contratação de mão de obra para elaboração fiel do que foi planejado, uma vez que para métodos construtivos existem combinações de atividades. Devido as características climáticas, geográfica, econômica e entre outros de nosso País, uma série de variedades poderão ocorrer quanto à escolha do método construtivo de cada etapa da obra. Recomenda-se efetuar um levantamento prévio técnico para que se possa enquadrar o melhor método construtivo, fazendo jus à legalidade, viabilidade e rentabilidade. De uma forma geral, nota-se que novas tecnologias construtivas vêm cada vez mais suprindo os grandes desafios, tomando frente aos limites da construção civil. Embora o cenário seja favorável para essas técnicas é importante ressaltar que a maioria delas são pautadas em normas técnicas de outros países, uma vez que ainda não há estudos suficientes para defini-las e enquadra-las na ABNT. Como auxílio, foi criada a NBR 15575 – Requisitos de Desempenho, cabendo ao profissional envolvido fazer sua verificação e exigir os laudos das empresas fornecedoras dos materiais. Após um estudo sobra as vantagens e desvantagens de cada tipo de material e de cada etapa da obra, foi elaborada a tabela 5.9 abaixo: 101 Tabela 5.9 – Vantagens e Desvantagens das Etapas Construtivas Etapas construtivas Escolha da região Escolha do terreno Fundação Direta tipo Radier Alvenaria de vedação utilizando blocos estruturais Isolamento acústico com lã de rocha Sistema de cobertura em aço galvanizado zincado Esquadrias de alumínio Revestimento de parede interna em gesso Revestimento de parede externa com argamassa e textura Vantagens Desvantagens Escolha final Escolhida em função da localização Foi necessário Escolhido em Terreno com perímetro um acerto de função das demarcado e sem muita declive para características movimentação de terra aclive favoráveis Escolhido Tempo de execução Baixa após a reduzido; redução da mão flexibilidade sondagem por de obra; indicado para em alterações ser o método terrenos argilosos de projeto mais prático Necessidade Tempo de execução Escolhida de um projeto reduzido; dispensa utilização após a de modulação, de pilares e vigas; baixa fundação pela hidráulica e produção de entulho praticidade elétrica Escolhido Baixa pelo bom Conforto acústico resistência atendimento mecânica ao conforto acústico Necessidade de mão de Escolhido Material leve; substitui obra pela madeira; baixo índice de especifica; durabilidade corrosão projeto de do material montagem Material leve; substitui Escolhido madeira; baixo índice de pela Alto custo corrosão; fácil durabilidade manuseamento do material Redução da Escolhido Tempo reduzido de resistência em pelo tempo execução; baixo custo contato com reduzido de água execução Bom desempenho acústico e Necessidade Escolhido térmico; tempo de na pelas durabilidade e resistência; manutenção características Estanqueidade das paredes periódica estéticas externas Proximidade à um polo industrial Disponibilidade de material 102 Revestimento cerâmico Pavimentação da área externa Escolhido pela Estanqueidade das paredes funcionalidade internas; melhor acabamento e melhor interno acabamento interno Escolhida para atender Periodicidade Permeabilidade do terreno; as normas da de melhor acabamento externo prefeitura e manutenção melhor acabamento Fonte: Própria (2015) Geração de entulho; grande porcentagem perda 103 7 CONCLUSÕES Ao iniciar um projeto, deve-se considerar diversos aspectos do local de implantação, para então identificar viabilidade nos métodos construtivos de cada etapa, para que se possa dar início as atividades da obra. Após conclusão desta primeira etapa, adota-se procedimentos para escolha do melhor método construtivo. Na construção civil, onde as empresas buscam a eficiência total, cada vez mais deverão ser utilizadas novas técnicas e métodos que auxiliam no atingimento de seus objetivos, abordados na fase de planejamento. Na fase de execução da obra, verifica-se que o fator tempo e qualidade estão vinculados ao resultado final da construção. O estudo de caso proporcionou entendimento das diversas etapas da construção, bem como as suas interferências. A utilização de aço galvanizado zincado em substituição à estrutura de madeira do telhado, proporcionam mais rapidez, menos peso, e evitam manutenções futuras. A cartilha é o resultado dessas etapas, proporcionando suporte para o construtor. 104 8 RECOMENDAÇÕES Uma vez que não houve aprofundamento nos cálculos, dimensionamentos e elaboração de planilhas orçamentárias junto ao trabalho, recomenda-se que estes itens sejam considerados para obtenção de resultados que possibilitem uma melhor solução construtiva, modulando métodos por combinações, envolvendo pesos orçamentários. 105 REFERÊNCIAS ANEAS, Augusto; MORATO, Fernão; ORTENBLAD, Guilherme Gambier. Casas Escalonadas. 2010. Disponível em: <http://concursosdeprojeto.org/2010/10/11/habitacao-para-todos-casas-escalonadas01/>. Acesso em: 15 out. 2014. ARVELOS, Alvaro. Concreto estampado techne. 2006. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAqj4AA/concreto-estampado>. Acesso em: 01 out. 2014. BARBOSA, Ludmyla; PEREIRA, Lorena Rodrigues dos Santos. Meios de Transporte: Meios de Transporte. 2014. Revisado por: Cristiana Chieffi. 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PPP para a construção de casas populares não é certeza de moradia para quem precisa. 2014. Por: Bruno Pavan. Disponível em: <http://www.brasildefato.com.br/node/29948>. Acesso em: 05 nov. 2014. XAVIER, Sinval. Desenho Arquitetônico: Planta Baixa. 2012. Disponível em: <www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF8#q=planta baixa pdf>. Acesso em: 06 nov. 2014. ANEXOS MÉTODO CONSTRUTIVO PARA RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES TCC 2015 ORK AFE APRESENTAÇÃO ASPECTOS LEGAIS E PRÁTICOS Ao iniciar um projeto, verifique as condições da documentação; local de implantação e as normas de construção do município. Olá pessoal da construção civil! Faça um levantamento do entorno e não se esqueça que vias de acesso, serviços das concessionárias e meios de transporte, podem agregar valor ao seu empreendimento. Nesta etapa do curso, discutiremos algumas práticas e tecnologias para proporcionar moradias com qualidade. WORK SAFE Lembre-se! Os procedimentos devem visar qualidade, conforto e segurança, a partir da adoção de critérios não comprometedores às obrigatoriedades descritas em normas. Este material foi planejado para auxiliá-lo na construção de residências unifamiliares. 2 Analise o caimento do terreno, evitando transtornos nos sistemas de esgoto e caminho de águas das chuvas. Verifique também se o terreno está sujeito à inundações, afundamentos e desabamentos. Ah, já estava me esquecendo! Não deixe de providenciar as instalações provisórias das concessionárias. Para início das atividades será necessário a instalação de energia, água e esgoto. 3 ASPECTOS LEGAIS E PRÁTICOS Para um bom projeto, liste as principais características. ETAPAS CONSTRUTIVAS Para início das atividades de campo, efetue corretamente a limpeza do terreno. Não esqueça de seguir os procedimentos para obtenção das licenças obrigatórias. Elas não merecem ser maltratadas. Todo projeto deve ter a concepção sustentável: “atender as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”. WORK SAFE O conhecimento das características físicas do solo é muito importante, não só para a escolha do tipo de fundação e seu dimensionamento, o que é bastante óbvio, como também para a determinação dos “acidentes”, tais como a existência de água, de matacões e de vazios que possam influenciar o próprio processo construtivo. Planta baixa é, genericamente, uma vista ortográfica seccional do tipo corte, feita de um plano projetante secante horizontal. Geminadas, Isoladas e com ambiente conjugado. WORK SAFE Como método rápido e econômico, muito utilizado para edificações de pequeno porte, o Radier se enquadra perfeitamente para o modelo! A fundação é a estrutura fixa que sustenta as construções e as mantêm firmes no chão. O tipo de fundação que será usado, depende do tipo de edificação e da resistência do solo. Não deixe de considerar questões de acessibilidade. 4 5 ALVENARIAS Tipos de fundações comuns: Tipos de técnicas para plano vertical de uma edificação: CONVENCIONAL FÔRMAS METÁLICAS FÔRMAS PVC Para melhor locação, utilize técnicas de precisão! STEEL FRAMING WORK SAFE WOOD FRAME 6 SOLO CIMENTO 7 COBERTURA Sistema de cobertura funciona como elemento primário de abrigo para as áreas internas de uma edificação. Em sua construção deve-se pensar nos fluxos e volumes de água, bem como passagens de água, ar, calor e frio. Deve ser estruturada para proteger o entorno da construção, vencer vãos e suportar o tipo das telhas que farão a função de cobertura. Conforme o tipo de edificação pode ser exigido pelo código de obras um elemento específico. CONCRETO PVC ALVENARIA ESTRUTURAL ATENÇÃO! Vedação vertical deve ser um subsistema construtivo, constituído por elementos que definem, limitam e compartimentam o edifício. Controlam a passagem de alguns agentes atuantes, se portando também como isoladora acústica e térmica. 8 Lembre-se: ao programar a cobertura deve-se levar em conta a altura, para que seja possível atender a pressão de água necessária no ponto mais alto (chuveiro). Essa altura é medida da caixa d’água 1,5 m até o ponto do chuveiro. 9 Hoje muito comum em diversos tipos de materiais. ACESSÓRIOS E ACABAMENTOS Esquadrias: é um conjunto de componentes com a finalidade de fechar vãos, controlando entrada de ar, água, poeira e isolação de ruídos. MADEIRA Também podemos encontrar no mercado em madeira; alumínio (bruto ou revestido); ferro (bruto ou revestido) e até em PVC! METÁLICO 10 11 Revestimentos: esta é a fase de acabamento da obra, onde os procedimentos para aplicação devem seguir minuciosamente as orientações pré-estabelecidas pelos fornecedores, de seus respectivos materiais. Com a atuação conjunta dos órgãos fiscalizadores e evolução do processo tecnológico, cada vez mais, as informações orientadas são para atender os critérios exigidos pela NBR 15575-1 – Requisitos Gerais. Locais com intensa utilização de água, devem ser revestidos com material cerâmica, pela sua característica de boa impermeabilidade. Faça as devidas impermeabilizações antes da aplicação dos materiais, assim poderá contar com ambientes livres de umidade, mofo e cristalizações, evitando desagregações. Massa pode ser aplicada em superfícies construídas em alvenaria ou concreto, essas superfícies devem apresentar características ásperas e porosas, não contendo óleo e outros materiais particulados. Quando há possibilidades, deve-se preparar o local destinado a receber a aplicação de reforço com impermeabilizantes. O revestimento mais usado é feito com argamassa, em três camadas: chapisco, emboço e reboco. Ah, também para ganho de tempo e maior economia da obra, reboco de gesso é um material que se assenta e endurece para formar uma superfície em parede ou teto, pode ser usado em ambientes internos desde que não exista umidade intensa. 12 13 ÁREAS EXTERNAS: Para as paredes da casa, algumas camadas devem ser sobrepostas sobre os blocos, para que haja melhor eficiência e o acabamento dure mais tempo. Por esse motivo utiliza-se chapisco, emboço e reboco. Após a secagem desse procedimento, permite a aplicação de textura e a pintura acrílica como elemento para acabamento. Áreas permeáveis, piso drenante é a melhor opção de acabamento. As peças são fabricadas com materiais específicos, possibilitando uma boa drenagem. Para pisos externos, quando se quer ganhar tempo e padrões variados de acabamento, utiliza-se da técnica de estamparia em concreto usinado. Essa técnica pode ser utilizada em qualquer tipo de pavimento, desde que respeite as espessuras mínimas. Em áreas onde ocorrerá trânsito de veículos, as espessuras deverão ser previamente calculadas, para que não ocorram deformações. 14 Existem vários tipos de pisos drenantes no mercado, conhecidos como piso intertravado; bloquete; concregrama; mosaico português; piso elevado e etc. Importante: para todos os tipos deve prever contenção nas laterais! 15 CONCLUSÕES PINTURA: É responsável pelo acabamento final da maioria dos elementos e peças de uma construção, como as portas, janelas, paredes, forros, portões, grades e etc. Devido à essa responsabilidade, a pintura deve ser bem planejada e executada, para não comprometer o acabamento da construção. Alguns tipos: • À cal • Látex ou PVA • Acrílica • Emborrachadas • Laváveis • Sem Cheiro • Epóxi A pintura além de ser um elemento de decoração, ela também representa um papel decisivo na conservação do cobre. Uma esquadria de ferro depende de uma boa pintura para que não oxide, assim como também exerce um sistema de vedação para as paredes de uma construção. Para um melhor acabamento e desempenho, o processo de pintura, deve seguir um procedimento de preparação da superfície, onde a superfície a ser pintada deve estar com um fundo preparatório aplicado; massa corrida bem executada; seca e isenta de graxa ou mofo. 16 Ao iniciar um projeto, deve-se considerar diversos aspectos do local de implantação, para então identificar viabilidade quanto inicialização das atividades que farão instrumento para objeto da obra. Após conclusão desta primeira etapa, adota-se procedimentos para escolha do melhor método construtivo. Na construção civil, onde as empresas buscam a eficiência total, cada vez mais deverão ser utilizadas novas técnicas e métodos que auxiliam no atingimento de seus objetivos, abordados na fase de planejamento. Na fase de execução da obra, verifica-se que o fator tempo e qualidade estão vinculados ao resultado final da construção. Este material proporciona o entendimento das diversas etapas da construção, bem como as suas interferências. A cartilha é o resultado dessas etapas, proporcionando suporte para o construtor. 17 AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus por ter dado saúde e protegido nossos caminhos, proporcionando a chegada nesta reta final do curso de Engenharia Civil e aos Professores que contribuíram com seus conhecimentos e experiência de vida. Não poderíamos deixar de agradecer os momentos que estivemos com nosso companheiro e eterno amigo Rafael Barbieri Delbone, que já não está mais neste plano de vida. Este material é de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi. Orientação: Profª. MSc. Jane Luchtenberg Vieira. CESAR BOTTARO • FABIO FAZANI DO PRADO GABRIEL NUNES PELIKIAN • GUILHERME PEREIRA SANCHEZ LUCAS DE CAMARGO GRANADO MATERIAL DE APOIO NBR 12721: 2006 – Custos e Orçamentos - Incorporação. NBR 7207/82 – Piso e Pavimentação. NBR 6484 – Solo – Sondagens de simples reconhecimento. NBR 6122 - Projeto e execução de fundações. NBR 15575 – 4 - Sistemas de vedações verticais internas e externas (SVVIE). NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico. NBR 15270 – 1 – Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos. NBR 15270 – 2 – Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural – Terminologia e requisitos. NBR 15270 – 3 – Blocos cerâmico para alvenaria estrutural e de vedação – Método de ensaio. NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. NBR 15575 – 5 – Sistemas de cobertura. NBR 15575 – 1 – Requisitos Gerais. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARVELOS, Alvaro. Concreto estampado techne. 2006. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAqj4AA/concreto-estampado. Acesso em: 01 out. 2014. BORGES, Alberto de Campos. Prática das Pequenas Construções. 9. ed. São Paulo: Blucher, 2009. 385 p. (1). Revisores: José Simão Neto e Walter Costa Filho. CHING, Francis D. K.; ADANS, Cassandra. Técnicas de construção ilustradas. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 539 p. Tradução: Luiz Augusto M. Salgado. DORNELLES, Valério. Casa Cerâmica é construída na Feicon Batimat 2012 com sistema Alvenaria Integrada. 2012. Valério Dornelles presidente da Tecno Logys. Disponível em: http://www.brasilengenharia.com/portal/ construcao/544-casa-ceramica-e-construida-na-feicon-batimat-2012-comsistema-alvenaria-integrada-da-tecno-logys. Acesso em: 02 nov. 2014. FERREIRA JUNIOR, Eliel Lopes. 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Anuário Pini 2013. Juliana Nakamura. 19 PINTO, Carlos Sousa. Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. 367 p. PORTELA, Wagner. Construindo e Ampliando com Tijolo Solo Cimento Ecológico. 2013. Disponível em: http://www.tijolosolocimento.com.br/2013/06/ cintas-e-percintas.html>. Acesso em: 31 out. 2014. REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Fundações: Guia Prático de Projeto, Execução e Dimensionamento. 4. ed. São Paulo: Zigurate Editora, 2008. 240 p. VALENTIM, Niltom. Concreto PVC é alternativa aos métodos tradicionais. 2011. Disponível em: http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/29/ ConcretoPVC-e-alternativa-aos-metodos-tradicionais.aspx. Acesso em: 02 nov. 2014. VIEIRA, Jane Luchtenberg. Pincipais requisitos ambientais em loteamentos fechados na RMSP, estudo de caso: Loteamento Jardim Haras Bela Vista. 2005. 206 f. 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São Paulo 2015 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 5 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 4 0.80 X2.10 0.80 X2.10 3 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 B B 6 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 A RECUO ENTRADA B muro de divisa ( declividade 2% ) leito 1 2 0.80 X2.10 0.80 X2.10 1,39 0.80 X2.10 A A C C 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 0.80 X2.10 A C C 2,1 B PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT Projeto: Resp.:Cesar Bottaro Jerson Natal Bottaro Local: Itapetininga - SP Escala: 1:50 Data: 06/01/2015