UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Curso de Engenharia Ambiental MODELAGEM DA PERCOLAÇÃO DE NECROCHORUME NO SOLO, UM ESTUDO DE CASO NO CEMITÉRIO DE SOBRADINHO II – DF. Autor: Dyego Randson G. de Medeiros, Eliel Henrique Nunes e Will Sandes de Melo Orientador: André Brasil BRASÍLIA 2010 MODELAGEM DA PERCOLAÇÃO DE NECROCHORUME NO SOLO, UM ESTUDO DE CASO NO CEMITÉRIO DE SOBRADINHO II - DF Dyego Randson Guerra de Medeiros Eliel Henrique Nunes Lima Will Sandes de Melo [email protected]; [email protected] [email protected] Prof. Dr. André Luís Brasil Cavalcante [email protected] Curso de Graduação em Engenharia Ambiental – Universidade Católica de Brasília RESUMO Acompanhando a crescente preocupação em relação aos impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente muitos estudos tem se voltado para as atividades cemiteriais como possíveis focos de poluição. O presente estudo avaliou as características do cemitério de Sobradinho II - DF visando identificar prováveis contaminantes provenientes da decomposição dos corpos humanos presentes no solo e nas águas sob influência do cemitério. Foram levantados dados de altimetria e declividade da área de estudo e também foi feita a caracterização do solo. Analises químicas do solo foram feitas em três pontos escolhidos de acordo com a declividade do terreno, sendo uma amostra em branco fora da área do cemitério. Os resultados demonstram uma constância na concentração da maioria dos elementos pesquisados ao longo do perímetro do cemitério. A diferença mais significativa foi a do elemento químico Bário (Ba). No ponto 1 sua concentração chega a ser mais de 5 vezes maior que no ponto 0. O que pode ser ocasionado pelo transporte desse elemento em função da declividade. Já que o ponto 01 é mais baixo. Apesar do aumento da concentração ela ainda se encontra abaixo dos níveis de referência estabelecidos pela resolução 420 do Conama (150 ppm para prevenção). Com base nos resultados foi feita a modelagem da percolação do elemento bário com auxilio do software LINER, os resultados indicaram concentrações Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Brasília, como requisito para obtenção ao título de Bacharel em Engenharia Ambiental. O artigo foi aprovado por: Prof. Dr. André Luís Brasil Cavalcante – Orientador e Prof. Dr. Murilo Gomes Torres – Examinador. Brasília, 14 de junho de 2010. abaixo dos níveis estabelecidos na legislação passados 100, 150 e 200 anos. Simulando o uso de geomembrana, o transporte de bário foi inexistente. Palavras-chave: Cemitério. Contaminação. Solo. Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Brasília, como requisito para obtenção ao título de Bacharel em Engenharia Ambiental. O artigo foi aprovado por: Prof. Dr. André Luís Brasil Cavalcante – Orientador e Prof. Dr. Murilo Gomes Torres – Examinador. Brasília, 14 de junho de 2010. ABSTRACT Following the growing concern about the impacts of human activities on the environment, many studies have turned to the activities cemeterial as possible sources of pollution. This study examined the characteristics of the cemetery Sobradinho II - DF to identify likely contaminants from the decomposition of human bodies in the soil and waters under the influence of the cemetery. Altimetry data were collected and slope of the study area and was also made to characterize the soil. Soil chemical analysis were made at three points chosen according to the terrain slope and a sample blank area outside the cemetery. The results show a constancy in the concentration of most elements studied along the perimeter of the cemetery. The most significant difference was the chemical element barium (Ba). At one point its concentration can be more than 5 times greater than at point 0. What can be caused by the transport of this element depending on the slope, since section 01 is lower. Despite the increase in concentration it is still below the reference levels established by resolution 420 of CONAMA, 150 ppm for prevention. With the results of soils analysis, a simulation with the software LINER was made to predict the concentration of the barium concentration along 100, 150 and 200 years. The results showed that the concentration remained below the legislation standards. The simulation using gemembrane showed that the transport of the barium element was not present. Keywords: Cemetery. Contamination. Soil. 1 1. INTRODUÇÄO A deposição de corpos humanos em cemitérios é uma solução milenar de saneamento, e mais que isso, um ato cultural. Porém, notadamente, a maioria dos cemitérios no Brasil se estabeleceu sem observar nenhum risco potencial de contaminação para o ambiente e para as comunidades adjacentes, ou seja, em seu processo de estabelecimento não foram levados em conta estudos geológicos, hidrogeologicos, entre outros que possam reduzir ou descartar possíveis riscos de contaminação. O risco de contaminação nesse caso está associado ao processo natural de decomposição do corpo humano. Durante esse processo ocorre a formação de diversos subprodutos que, associados à água das chuvas, penetra o solo podendo alcançar inclusive reservatórios de água subterrâneos. Esse líquido resultante da decomposição dos cadáveres é chamado de necrochorume e tem em sua composição patógenos diversos como bactérias e vírus, e substancias químicas orgânicas e inorgânicas. (UÇISIK e RUSHBROOK, 1998). O corpo de um homem adulto com 70 kg contém aproximadamente 16 000 g de carbono, 1800 g de nitrogênio, 1100 g de cálcio, 500 g de fósforo, 140 g enxofre, 140 g potássio, 100 g de sódio, 95 g cloro, 19 g magnésio, 4,2 g ferro, e 70–74% de água. (UÇISIK e RUSHBROOK, 1998). Das substâncias orgânicas formadas durante a decomposição duas são consideradas especialmente tóxicas, a cadaverina e a putrescina, pois essas substâncias têm o amônio como resultado final de sua decomposição. Outros fatores importantes para a composição química do necrochorume estão associados à fabricação dos caixões que podem conter materiais químicos tóxicos presentes em tintas, detalhes em metais, etc. e até mesmo em alguns casos à existência de próteses nos corpos que possuam metais em sua estrutura. Sendo assim, fica clara a possibilidade de contaminação do solo ou da água nas áreas de cemitérios, seja pela decomposição do corpo humano seja pela decomposição de outros materiais como caixões, roupas, próteses. Obviamente esse processo depende de condições geomorfológicas como permeabilidade do solo, declividade, etc. O objetivo desse estudo é investigar a ocorrência de poluentes derivados do processo de decomposição dos corpos humanos em decorrência das atividades do cemitério de Sobradinho II – DF. Por meio de análises de caracterização físico-química de amostras de solo e de água retiradas na área do cemitério e em suas adjacências espera-se: 1 1. Identificar possíveis poluentes 2. Quantificar a presença de poluentes em relação ao solo 3. Verificar a possibilidade do uso de geomembrana como solução preventiva. 2 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Estudos relacionados ao tema são encontrados em varias partes do mundo, segundo CAMPOS (2007) os primeiros datam da década de 1970 na França onde higienistas constataram a endemia de febre tifóide em comunidades que utilizavam águas provenientes de mananciais próximos a cemitérios, casos parecidos também foram registrados na Alemanha. Em 1998 a Organização mundial de saúde lançou um relatório (UÇISIK e RUSHBROOK, 1998) tratando do assunto. Os autores reuniram diversos estudos sobre o tema resultando na revisão de trabalhos de autores de varias nacionalidades. Na Alemanha o pesquisador Schraps encontrou altas concentrações de bactérias, amônio e íons nitrato numa pluma de contaminação. Van Haaren detectou a uma pluma bastante salina (2300 μS/cm) com íons de cloreto, sulfato e bicarbonato abaixo de túmulos na Holanda. Porem esses estudos não informaram sobre o tipo de solo estudado. (UÇISIK e RUSHBROOK, 1998) Dent (1995, apud UÇISIK e RUSHBROOK, 1998) realizou estudo no cemitério de Botany na Austrália avaliando a qualidade das águas subterrâneas próximas de locais com enterros recentes. Os resultados mostraram um aumento na condutividade elétrica (ou salinidade) próximo a sepulturas recentes. Elevados teores de íons cloreto, nitrato, nitrito, amônio, ortofosfato, ferro, sódio, potássio e magnésio foram encontrados abaixo do cemitério. MIGLIORINI (1994 apud CAMPOS, 2007) analisou o cemitério de Vila Formosa no estado de São Paulo por meio de 9 poços de monitoramento de profundidade variável visando avaliar a qualidade da água do lençol freático. Os resultados indicaram um aumento da concentração de sólidos suspensos e do cátion cálcio, além de concentração excessiva de nutrientes na forma de nitrogênio amoniacal, nitritos e nitratos. Metais como cromo, ferro, manganês e alumínio também tiveram concentrações determinadas maiores que a recomendada pela legislação. Estudo da Universidade Federal do Pará realizado em três cemitérios avaliando fatores químicos, físicos e biológicos apontou elevada contaminação por bactérias nas águas subterrâneas (ABES, 1996 apud CAMPOS, 2007). SILVA (1995, 1999 apud CAMPOS, 2007) considera que fatores geológicos e hidrogeológicos devem ser rigorosamente considerados na implantação, operação e expansão de cemitérios. O autor avaliou 600 análises realizadas em cemitérios de 1970 a 1995, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, 3 Minas Gerais, Mato Grosso e Pernambuco. A contaminação do solo pelos resíduos da decomposição foi observada em cerca de 15 a 20% dos cemitérios avaliados. Algumas observações de SILVA (1995, 1999 apud CAMPOS, 2007) são destacadas a seguir: E notado um aumento de sólidos totais dissolvidos e cálcio em áreas de cemitério decorrente do uso de cal queimada (oxido de cálcio) Águas subterrâneas apresentam concentrações elevadas de produtos nitrogenados, resultantes de processos de decomposição de matéria orgânica e pela presença de microorganismos. A presença de metais como zinco, cobre, cromo, ferro, manganês, prata e alumínio é resultado da decomposição de materiais usados nos caixões como tintas, vernizes e guarnições utilizadas. Corpos submetidos a tratamentos de radioterapia e marca-passo cardiológico, aumentam o nível de radioatividade e o risco de contaminação por metais traços do lençol freático próximo às sepulturas. Em estudo no cemitério de Corumbá – GO, (VIEIRA et al., 2006) investigou a presença de metais no solo comparando amostras retiradas de 6 pontos dentro do cemitério com amostras retiradas de 4 pontos fora da área do cemitério a profundidades de 1 e 2 metros, a concentração dos metais foi determinada por métodos de espectrofotometria de absorção e espectroscopia de emissão atômica por plasma de argônio acoplado indutivamente (ICP OES) no Laboratório de Espectroscopia Atômica (LEA) da Universidade Católica de Brasília. Foram analisados 17 metais (Te, Cd, Cu, Cr, Na, K, Ca, Pb, Ti, V, Y, Zr, Nb, Sb, Sc, Ba, Mg). Os dados passaram por tratamento estatístico com auxilio do software SPSS que demonstrou alta significância na diferença das concentrações determinadas dentro e fora do cemitério para alguns metais (K, Mg, Ba, Ca, Pb, Ti, Na e Nb). 2.1 Legislação Em termos de legislação ambiental, para a instalação de um cemitério no Brasil são exigidas as licenças ambientais como para qualquer outro empreendimento potencialmente poluidor, a resolução Conama 335 de 2003 dispõe sobre o licenciamento ambiental de 4 cemitérios. Entre outras coisas ela estabelece a distância mínima de 1,5 m entre o fundo das sepulturas e o nível máximo do lençol freático medido no fim da estação de cheias, recomenda o uso de matérias biodegradáveis no sepultamento e afirma a não recomendação de materiais como plásticos, tintas, vernizes, metais pesados ou outros materiais que possam ser nocivos ao meio ambiente. Em 2006 o Conama editou outra resolução, a resolução 368, alterando a resolução 335/03 (arts. 3ª e 5ª, revoga o inciso III, do § 3ª, do art. 3ª). O primeiro parágrafo do art. 3ª passou a ter a seguinte redação: É proibida a instalação de cemitérios em Áreas de Preservação Permanente ou em outras que exijam desmatamento de Mata Atlântica primária ou secundária, em estágio médio ou avançado de regeneração, em terrenos predominantemente cársticos, que apresentam cavernas, sumidouros ou rios subterrâneos, bem como naquelas que tenham seu uso restrito pela legislação vigente, ressalvadas as exceções legais previstas. (MMA, 2006) Outro ponto importante a ressaltar é a nova redação dada ao artigo 5. § 1o Para os cemitérios horizontais, em áreas de manancial para abastecimento humano, devido às características especiais dessas áreas, deverão ser atendidas, além das exigências dos incisos de I a VI, as seguintes: I - a área prevista para a implantação do cemitério deverá estar a uma distância segura de corpos de água, superficiais e subterrâneos, de forma a garantir sua qualidade, de acordo com estudos apresentados e a critério do órgão licenciador; II - o perímetro e o interior do cemitério deverão ser providos de um sistema de drenagem adequado e eficiente, destinado a captar, encaminhar e dispor de maneira segura o escoamento das águas pluviais e evitar erosões, alagamentos e movimentos de terra; III - o subsolo da área pretendida para o cemitério deverá ser constituído por materiais com coeficientes de permeabilidade entre 10 -5 e 10 -7 cm/s, na faixa compreendida entre o fundo das sepulturas e o nível do lençol freático, medido no fim da estação das cheias. Para permeabilidades maiores, é necessário que o nível inferior dos jazigos esteja dez m acima do nível do lençol freático. § 2o A critério do órgão ambiental competente, poderão ser solicitadas informações e documentos complementares em consonância com exigências legais específicas de caráter local. (MMA, 2006) Recentemente o Conama editou uma nova resolução relacionada à contaminação do solo, trata-se da resolução 420 de 2009. Essa resolução dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Assim é um importante mecanismo orientador de estudos que visam analisar as condições do solo em decorrência de qualquer atividade antrópica potencialmente poluidora. 5 2.2 Transporte de contaminantes no solo Os fenômenos de transporte em solos podem ser definidos como sendo o movimento de determinado composto em meio às camadas de solo. O movimento destes compostos não depende apenas do fluxo do fluido no qual essas substâncias se dissolvem, mas também de mecanismos que dependem de processos físicos, químicos e biológicos, aos quais estas substâncias são submetidas (THOMÉ, 2006). Assim a compreensão desses mecanismos é essencial para análises que visem prever o comportamento do fluxo de um determinado contaminante no solo. Basicamente os fatores que regem o transporte de contaminantes no solo podem ser divididos em processos físicos e processos bio-físico-químicos. 2.2.1 Processos físicos 2.2.1.1 Adveccão É transporte do contaminante devido ao fluxo de água no solo. Basicamente o soluto se desloca com a mesma velocidade média que a água e sem alterar sua concentração. Esse mecanismo pode ser representado pelas equações (1) e (2). 𝜕𝐶 𝜕𝑡 = −𝑣𝑥 𝜕𝐶 𝜕𝑥 𝑘 𝑣𝑥 = 𝑛 × 𝑖 Equação (1) Equação (2) Onde, C=concentração do soluto [g/cm³]; vx=velocidade de percolação [cm/s], k=coeficiente de permeabilidade[cm/s], n=porosidade e i=gradiente hidráulico. 6 2.2.1.2 Transporte por difusão molecular Ocorre devido ao gradiente de concentração, o soluto desloca-se de uma área de maior concentração para uma área de menor concentração. Esse fenômeno pode ser expresso pela primeira lei de Fick: 𝜕𝐶 𝐹 = −𝐷𝑜 𝜕𝑥 Equação (3) Onde, F=fluxo de massa de soluto por unidade de área por unidade de tempo; Do=coeficiente de Difusão [cm²/s]; ∂C/∂x=gradiente de concentração [g/cm³/cm]. Para sistemas em que ocorre variação da concentração em relação ao tempo aplica-se a segunda lei de Fick: C Do t 2C x 2 Equação (4) Nos solos também deve ser levando em conta a tortuosidade das trajetórias do fluxo e a retenção de íons e moléculas nas superfícies das partículas (THOMÉ, 2006). Assim deve-se usar um coeficiente de difusão efetiva, D*: 𝐷 ∗ = 𝜔 × 𝐷𝑜 Equação (5) Onde, ω=coeficiente de tortuosidade (BEAR, 1972 apud THOMÉ, 2006). 2.1.2.3 Transporte por dispersão A mistura mecânica ocorre devido à dispersão do fluxo em canais individuais em função da existência de variações no tamanho dos poros, tortuosidades, reentrâncias e ligações entre os canais o que implica em fluxos com velocidades diferentes em canais diferentes. O espalhamento do contaminante na direção do fluxo é denominado dispersão longitudinal, já o espalhamento na direção perpendicular é denominado dispersão transversal. Para esses dois tipos de dispersão são definidos dois coeficientes: 7 Coeficiente de Dispersão mecânica longitudinal – 𝛼𝐿 𝑥 𝑉𝑥 Coeficiente de Dispersão mecânica transversal – 𝛼𝑇 𝑥 𝑉𝑥 Dispersão Hidrodinâmica Tratando-se de fluxo em meio poroso, como o solo, o processo de difusão molecular não pode ser separado do processo de difusão mecânica. Desse modo, a interação entre os dois define o coeficiente de dispersão hidrodinâmica, Dh: DhL L .Vx D* Equação (6) DhT T .Vx D* 2.2.2 Processos Bio-físico-químicos São processos que envolvem complexas interações de ordem biológica e ou química com o meio físico. Essas interações podem acelerar ou retardar o movimento de uma substância em determinado meio. 2.2.2.1 Adsorcão/Dessorção Na adsorção o soluto adere às superfícies dos sólidos devido às forças de atração entre si oriundas das diferenças de cargas entre as estruturas cristalinas dos minerais. Esse processo resulta em um retardo do fluxo. A adsorção é o principal mecanismo de retenção de metais em solução, enquanto que é apenas um dos mecanismos de retenção de substâncias orgânicas (LaGrega et al.,1994 apud THOMÉ, 2006). Este processo pode ser reversível implicando na Dessorção. 2.2.2.2 Precipitação/dissolução Quando uma solução tem seu grau de solubilidade ultrapassado, o excesso de soluto deve precipitar. O processo inverso também ocorre, a dissolução é comum no caso da lixiviação por exemplo. 8 2.2.2.3 Co-Solvência É o nome dado para o processo de dissolução de uma substância em mais de um solvente. Ocorre geralmente com substâncias orgânicas, a mistura de solventes orgânicos com a água pode aumentar as interações entre soluto e solvente o que pode gerar um aumento da mobilidade da substância. 2.2.2.4 Complexação É a ligação entre um cátion metálico e um anion, ou molecular polar, denominado ligante. A complexação aumenta a mobilidade potencial do metal, pois o complexo formado é mais solúvel que o cátion metálico, além do complexo envolver o que seriam íons metálicos livres o que diminui a possibilidade de adsorção ou precipitação desses íons (LaGrega et al.,1994 apud THOMÉ, 2006). . 2.2.2.5 Ionização Ácidos orgânicos podem doar elétrons em soluções aquosas, tornando-se ânions, o que aumenta sua mobilidade na água (LaGrega et al.,1994 apud THOMÉ, 2006). 2.2.2.6 Sorção Genericamente o processo de retenção no solo de um determinado contaminante em um fluxo aquoso é denominado sorção. A habilidade do solo em reter substâncias é limitada, à medida que a concentração de uma determinada substância se aproxima do limite de retenção do solo sua concentração no meio aquoso percolador tende a aumentar. A grandeza que quantifica esse fenômeno é denominada fator de retardamento. Esse fator é uma característica do solo em relação a uma substância específica e depende de outros fatores como pH, temperatura, velocidade, entre outros. 9 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Caracterização da área de estudo O Cemitério de sobradinho localizado na Região Administrativa de Sobradinho II, RA-XXVI, tem clima característico das demais RA’s do Distrito Federal. Segundo a classificação de Koppen, internacionalmente adotada, os tipos de clima do Distrito Federal são o Tropical AW e o Tropical de altitude Cwa e Cwb. A altitude média aproximada de sobradinho II é de 1.060m. O ponto mais alto da cidade apresenta a cota de 1.072,40m. As variações altimétricas do relevo da Região Administrativa de Sobradinho II apresentam níveis correspondentes a: Superfícies planas, nas costas acima de 1200m, sendo 1301m, a altitude máxima aproximada, (Chapada do Contagem), cobertas predominantemente por reflorestamento; Superfície, nas cotas de 1000 a 1300m. Coberta por cerrado, cerradão, mata ciliar e reflorestamento; Superfície, nas cotas inferiores a 1030m até 1060m, coberta por cerrado, cerradão, cerrado ralo, mata subcaducifolia e algumas manchas de mata ciliar (GDF, 2010). 3.2. Geração dos Mapas O Sistema Cartográfico do Distrito Federal (SICAD) é o sistema local de mapeamento adotada pelo GDF, e consiste numa base cartográfica única para os projetos físico-territoriais, constituindo a referência oficial obrigatória para os trabalhos de topografia, cartografia, demarcação, estudos, projetos urbanísticos, controle e monitoramento do uso e da ocupação do solo do Distrito Federal. (MANDAI e MENEZES, 2007) A confecção dos mapas, foi feita em ambiente SIG realizada no software ArcGis 9.2® fabricado pela ESRI. Este software foi escolhido, pois atende as necessidades propostas de análise altimétrica e de declividade propostas no trabalho em questão. O ArcGis Desktop é constituído de três aplicativos, ArcCatalog, ArcMap, ArcToolBox, ArcScene. O trabalho se atentou apenas no aplicativo, ArcMap devido, as análises necessárias pra complementar o trabalho terem ampla cobertura por ele. 10 3.3. Análise química do solo Para análise dos solos foram coletadas duas amostras em diferentes pontos dentro do perímetro do cemitério. Os pontos foram previamente escolhidos levando em consideração a declividade do terreno figura 2, uma vez que, a concentração dos elementos em estudo no solo, poderá estar diretamente associada à lixiviação dos mesmos por água de chuva que tende a seguir as diferentes cotas altimétricas. Sendo o ponto 1 coletado na cota altimétrica (1055m), estando assim mais elevado que o 2 que, está na cota (1050m), conforme as figuras 1 e 3. Foi coletada uma amostra fora do perímetro no ponto 0 (zero) numa altitude superior as demais (1063m), afim de ser a amostra padrão, para apontar uma possível influência do cemitério nas outras amostras. Todas as amostras foram coletadas a 2 metros de profundidade com auxilio de um trado holandês como mostrado na figura 4. Figura 1– Mapa de localização de pontos para coleta de amostras 11 Figura 2 – Mapa de Declividade Figura 3 – Modelo digital de elevação do terreno 12 Figura 4 - Coleta do solo Os parâmetros a serem analisados foram escolhidos de acordo com revisão bibliográfica de trabalhos associados ao tema. Os elementos químicos como potássio (K), Magnésio (Mg), bário (ba), cádmio (cd), chumbo (pb), titânio (ti), sódio (Na), ferro (fe) e cromo (cr) foram encontrados com maior incidência nos trabalhos revisados. As amostras de solo foram analisadas pelo laboratório soloquímica por espectroscopia de absorção atômica. 3.4. Caracterização do solo Para avaliação do comportamento dos parâmetros escolhidos no solo é necessário o conhecimento de características especificas do solo da área de estudo. Tais como limite de plasticidade, limite de liquidez, compactação, massa específica, umidade higroscópica, análise granulométrica. As amostras necessárias para a realização dos ensaios foram retiradas no ponto de coleta 02 dentro da área do cemitério à profundidade de 2 m com auxilio de trado holandês em acordo com a norma NBR 9603/86. Os ensaios de caracterização foram realizados no laboratório de Geotécnica da Universidade Católica de Brasília segundo as normas NBR 6457/86 (umidade), NBR 7181/84 (análise granulométrica), NBR 6508/84 (massa específica), NBR 6459/84 (limite de liquidez), NBR 7180/84 (limite de plasticidade), NBR 7182/86 (ensaio de compactação). 13 3.5. Análise da água Para análise de água foram escolhidos três pontos de coleta abaixo do cemitério. O ponto 01 é o mais distante, dentro da lagoa. O ponto 02 encontra-se no canal de águas pluviais que desemboca dentro da lagoa Canela da Ema e o ponto 03 é o mais próximo do cemitério, uma nascente de água dentro do canal, logo abaixo dos muros do cemitério. A escolha dos pontos se deu em função da distância relativa dos mesmos em relação ao cemitério, fator que também está associado à declividade do terreno podendo comparar assim a possível influência da área do cemitério na concentração dos parâmetros observados. As análises foram realizadas pelo laboratório de águas da Universidade Católica de Brasília e foram procedidas de acordo com as técnicas recomendadas pelo "STANDARD METHODS FOR THE EXAMINATION OF WATER AND WASTEWATER" da AWWA (America Water Works Association). Os parâmetros foram escolhidos observando estudos publicados sobre o mesmo tema. São eles: Condutividade elétrica, ferro total, dureza, DBO, fósforo total, alcalinidade, nitrato. 14 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Caracterização do solo 1. Plasticidade e limite de liquidez O limite de liquidez (LL) corresponde ao teor de umidade limite antes do solo entrar no estado liquido. É igual ao teor de umidade correspondente a 25 golpes com o aparelho de Casagrande, nesse caso o valor encontrado foi de 45,8 % como é possível observar no gráfico abaixo. Gráfico - 1 Limite de Liquidez O limite de plasticidade (LP) é o teor de umidade que indica a passagem do estado semisólido para o estado plástico. O LP encontrado foi de 29,59 %. A partir dos resultados dos limites de liquidez e plasticidade é possível obter o índice de plasticidade (IP) que é igual LL – LP. O IP encontrado foi 16 % o que indica um solo com alta plasticidade (solos com IP > 15). Observando o gráfico de plasticidade de Casagrande (CAPUTO, 1998) é possível classificar solos com essas mesmas características como argilas inorgânicas de mediana plasticidade. 2. Compactação O ensaio de compactação visa determinar a massa especifica seca máxima, ou seja, a máxima densidade do solo ou menor número de vazios possíveis. Essa densidade pode ser 15 obtida em função de uma umidade ótima, já que a água atua como facilitador quando se aplica uma pressão sob o solo com o intuito de diminuir o numero de vazios para deixá-lo mais estável, por exemplo. O gráfico a seguir apresenta os resultados obtidos. Gráfico - 2 Ensaio de Compactação De acordo com (PINTO, 2002) de uma maneira geral, os solos argilosos apresentam densidades secas baixas e umidades ótimas elevadas. Solos siltosos também apresentam densidades secas baixas. Assim, para a densidade encontrada de 1,56 g/cm3 e umidade de 27,8 %, é possível posicionar o solo em estudo numa classificação entre argila siltosa e silte pouco argiloso. 3. Granulometria O gráfico granulométrico apresentou resultados compatíveis com a compactação e o limite de liquidez com mais 40% do material passante abaixo de 0,001 mm, o que caracteriza um material predominantemente argiloso. 16 Gráfico 3 - Granulometria 4.1.4 Umidade Higroscópica O teor de umidade de um solo é determinado pela razão entre o peso da água contida em uma determinada amostra de solo e o seu peso seco após passagem por estufa a 110 ºC (CAPUTO, 1998). A umidade obtida foi de 33,30%. 4.1.5 Massa especifica A massa especifica é a relação entre a massa e o volume ocupado pelo material. O valor encontrado foi de 2,59 g/cm3, típico de argilas. 4.2 Análise química do solo Os resultados demonstram uma constância na concentração da maioria dos elementos pesquisados ao longo do perímetro do cemitério. A diferença mais significativa é do elemento químico Bário (Ba). No ponto 1 sua concentração chega a ser mais de 5 vezes maior que no ponto 0. O que pode ser ocasionado pelo transporte desse elemento em função da declividade. Já que o ponto 01 é mais baixo. Apesar do aumento da concentração ela ainda se encontra abaixo dos níveis de referência estabelecidos pela resolução 420 do Conama (150 ppm para prevenção). Os dados obtidos estão na tabela a seguir. 17 Pontos Parâmetro 0 0,02 0,04 0,08 5,52 1,04 21 <8 <3 69 MAGNÉSIO - Mg (%) POTÁSSIO - K (%) SÓDIO - Na (%) FERRO - Fe (%) TITÂNIO - Ti (%) BÁRIO - Ba (ppm) CHUMBO - Pb (ppm) CÁDMIO - Cd (ppm) CROMO - Cr (ppm) 01 0,02 0,03 0,06 7,42 1,25 110 <8 <3 77 Conama 420 150 72 1,3 75 02 0,02 0,03 0,05 5,68 1,04 13 <8 <3 91 Tabela 1 - Análise Química do Solo É interessante salientar que as concentrações de Cromo apesar de se mostrarem estáveis (em comparação com as concentrações de bário) o que inviabiliza a hipótese de influência direta das atividades do cemitério, apresentaram valores acima dos valores de referência para prevenção, estabelecidos pela resolução Conama 420. A variação relativamente pequena das concentrações entre as amostras aponta para a necessidade de coleta de um número maior de amostras para análise preferencialmente com utilização de tratamentos estatístico. 4.3 Análise da Água As análises de fósforo e nitrogênio visavam verificar a possível influência de um aporte orgânico oriundo do cemitério, porém apenas o nitrato apresentou diferença significativa entre os pontos amostrados. O ponto 3, mais próximo do cemitério, apresentou uma concentração aproximadamente 2 vezes maior que a dos outros pontos. Os resultados encontram-se na tabela a seguir: Parâmetros Condutividade Sólidos Dissolvidos totais Ferro total Dureza DBO Fosforo total Alcalinidade Nitrato unidade 1 2 3 μs/cm mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/l mg/L NO3 - N 6,39 31,9 2,018 39,6 2 0,001 56 0,0853 163 81,5 0,185 86,63 1 0,001 100 0,0812 164,9 82,4 0,168 85,14 2 0,001 102 0,1705 Conama 357 500 0,3 3 0,020 10,0 Tabela 2 - Análise Química da Água 18 Condutividade elétrica e sólidos dissolvidos também apresentaram variações que podem ser associadas à distância em relação ao cemitério, os dois parâmetros que também podem ser co-relacionados, obtiveram valores altos nos pontos 2 e 3 bem diferentes dos valores da amostra 1. Os demais parâmetros apresentaram diferenças pequenas entre os pontos de amostragem e todos os parâmetros analisados tiveram valores abaixo das referências da resolução 357 do Conama Classe 1 – águas doces. 4.4 Modelagem Com auxilio do software LINER (CAVALCATE, 2006) programa elaborado em linguagem computacional “C” fundamentado no método das diferenças finitas, foi feita a simulação da variação da concentração do elemento químico bário ao longo do tempo. A partir dos dados inicias de 57 anos de operação do cemitério, concentração inicial 110 ppm no ponto 1 e de 13 ppm no ponto 2 e desnível de 5 metros entre os pontos de amostragem. Os gráficos 4, 5 e 6 apresentam as concentrações esperadas de Bário após períodos de 100 e 150 e 200 anos respectivamente. 1,0 C/C0 0,8 1 ano 10 anos 20 anos 57 anos 100 anos 0,6 0,4 0,2 0,0 0,0 2,0 4,0 6,0 Desnível (m) Gráfico 4 – Concentração de Bário após 100 anos 19 1,0 C/C0 0,8 1 ano 10 anos 20 anos 57 anos 150 anos 0,6 0,4 0,2 0,0 0,0 2,0 4,0 6,0 Desnível (m) Gráfico 5 – Concentração de Bário após 150 anos 1,0 C/C0 0,8 1 ano 10 anos 20 anos 57 anos 200 anos 0,6 0,4 0,2 0,0 0,0 2,0 4,0 6,0 Desnível (m) Gráfico 6– Concentração de Bário após 200 anos Os resultados da simulação apontam para uma forte lixiviação da cota mais alta no ponto 01 para a mais baixa no ponto 02. Passados 100 anos a concentração no ponto 02 chegaria a 23,5 % (25,85 ppm) da concentração inicial, 110 ppm no ponto 01. O resultado ainda se apresentaria abaixo do padrão de prevenção estabelecido pela resolução 420 do Conama que é de 150 ppm. Aumentando o tempo para 150 anos teríamos uma concentração de 33,1 % da concentração inicial, o que resulta em 36,41 ppm, ainda bem abaixo do limite de 150 ppm da resolução 420 do Conama. O gráfico 06 apresentou o resultado da simulação com tempo de 200 anos. Nesse caso a concentração final chegaria a 40 % da concentração inicial, ou 44 ppm. Assim, com as variáveis utilizadas, mesmo após 200 anos de operação do cemitério a concentração de Bário na conta mais baixa ficaria abaixo do nível de prevenção estabelecido pela legislação atual. 20 A fim de verificar a aplicabilidade de geomembrana nesse estudo de caso, também foi feita a simulação com material PAD de 1 mm de espessura. O resultado pode ser observado no gráfico 7. 1,0 C/C0 0,8 1 ano 10 anos 20 anos 57 anos 200 anos 0,6 0,4 0,2 0,0 0,0 2,0 4,0 6,0 Desnível (m) Gráfico 7 – Concentração de Bário após 200 anos com uso de geomembrana Nesse caso o resultado é extremamente satisfatório, com contração final igual a 0, o uso de geomembrana extinguiu o transporte do contaminante pelo solo mesmo passados 200 anos. Levando em conta as concentrações máximas estabelecidas pelas resoluções 357 (para águas superficiais) e 420 (para águas subterrâneas) do Conama, de 0,5 ppm e 0,7 ppm respectivamente, o uso de geomembrana se apresenta como alternativa preventiva eficaz contra contaminação das águas subterrâneas e superficiais. 21 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A alta concentração de Bário no ponto 01 aponta para a influência do cemitério, diretamente na qualidade do solo e indiretamente na qualidade da água. Apesar da concentração encontrada 110 ppm não infringir a lei, no caso a resolução 420 do Conama que dispões sobre valores orientadores para qualidade do solo, o processo de lixiviação do solo influi na concentração desse elemento nas águas subterrâneas e possivelmente na lagoa próxima ao cemitério. Considerando que na resolução Conama 357, os padrões para lançamentos de efluente determinam uma concentração máxima de 5 ppm de Bário, muito abaixo dos valores determinados para o solo (150 ppm), e que a mesma resolução 420 também define como passiveis de investigação concentrações acima de 0,7 ppm de Bário em águas subterrâneas. Desse mesmo modo, devemos levar em conta a relevante densidade populacional ao redor da lagoa Canela da Ema, logo abaixo do cemitério, com atividades de pesca e de agricultura, concluindo como oportunas investigações das concentrações de Bário no fluxo de água sob influência do cemitério. Também é importante ressaltar que o presente estudo, devido a limitações técnicas, buscou apenas indícios de contaminação da água, necessitando de mais dados para análises mais conclusivas. No entanto, os resultados dos sólidos suspensos e condutividade condizem com a literatura consultada que também registrou um aumento dos valores desses parâmetros. Em relação à análise química do solo, o limite de detecção do elemento Cádmio (<3 ppm) ficou acima do limite de prevenção estabelecido pela resolução 420 do Conama (1,3 ppm), mas devido o valor ser menor que três sendo assim um valor variável que pode até mesmo estar abaixo do padrão Conama, fica inviabilizada uma maior análise crítica. Da mesma forma outros elementos traços presentes em partes de caixões, próteses, medicamentos, etc., com potenciais poluidores não fizeram parte do escopo do estudo, mas devem ser levados em conta em estudos futuros. Por fim, recomenda-se uma atenção especial dos órgãos ambientais em relação ás atividades cemiteriais, seria conveniente a estipulação de valores de referência ou de parâmetros de monitoramento especificamente para esse tipo de atividade. O uso da geomembrana em novos empreendimentos desse seguimento é uma ótima alternativa para impermeabilização dos solos de cemitérios, pois como visto anteriormente a mesma apresentou ótimos resultados na contenção do contaminante bário. 22 6. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Amostras de Solo - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. NBR 6457/87, Rio de Janeiro, 1986. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Solo - determinação do limite de liquidez. NBR 6459/84, Rio de Janeiro, 1984c. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Solo - determinação da massa específica aparente. NBR 6508/84, Rio de Janeiro, 1984b. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Solo - determinação do limite de plasticidade. NBR 7180/84, Rio de Janeiro, 1984d. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Solo – Análise granulométrica. NBR 7181/84, Rio de Janeiro, 1984a. CAMPOS. Ana Paula Silva. Avaliação do potencial de contaminação no solo e nas águas subterrâneas decorrente da atividade cemiterial. São Paulo. 2007. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública). Universidade de São Paulo. CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. 5. ed Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1983. CAVALCANTE, A.; FARIAS, M. M. Efficiency of impermeabilization systems using the Finite Differences Method. In: International Conference on Infrastructure Development and the Environment (ICIDEN), 2006. 17 p. ENVIRONMENT AGENCY. Assessing the groundwater pollution potential of cemetery developments. National Groundwater & Contaminated Land Centre, Bristol BS32 4UD, United Kingdom, 20 p (2002). GDF – Governo do Distrito Federal. Administração regional de Sobradinho.[acesso em 28 mai. 2010] Disponível em: http://www.sobradinhoii.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=12524. 23 MANDAI, P.; MENEZES, P.H. Aplicação de Geoprocessamento na Identificação de Áreas Protegidas: estudo de caso no taquari – DF. Dissertação (Especialização em Geoprocessamento). UNB, Brasília 2007. MIGLIORINI, R.; LIMA, Z.; ZEILHOFER, L..Qualidade das águas subterrâneas em áreas de cemitérios. Águas Subterrâneas, América do Sul, 2007. MMA – Ministério do Meio Ambiente. Resolução 335 de 03.04.2003. Dispõe sobre o licenciamento de cemitérios. [resolução na internet]. [acesso em 09 abr. 2010]. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res03/res33503.xml. MMA – Ministério do Meio Ambiente. Resolução 368 de 28.03.2006. Altera dispositivos da Resolução 335, de 03 de abril de 2003, que dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios. [resolução na internet]. [acesso em 09 abr. 2010]. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=488 MMA – Ministério do Meio Ambiente. Resolução 402 de 17.11.2008. Altera os artigos 11 e 12 da Resolução nº 335, de 3 de abril de 2003. [resolução na internet]. [acesso em 09 abr. 2010]. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=590 NEIRA D. F; TERRA V. T; PRATE-SANTOS R; BARBIÉRI; R. S. Impactos do necrochorume nas águas subterrâneas do cemitério de Santa Inês, Espírito Santo, Brasil. 2008. Natureza on line 6 (1): 36-41. [on line] http://www.naturezaonline.com.br. PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de mecânica dos solos em 16 aulas. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. 355 p. THOMÉ, A.; KNOP, A. Migração de contaminantes no solo. In: II Simpósio Nacional de uso da água na agricultura, 2006, Passo Fundo. v.1. p.1-14. UCISIK, A.S.; RUSHBROOK, P. The impact of cemeteries on the environment and public helth. An introductory briefing, 11p. WHO Regional Office for Europe, Rept. EUR/ICP/EHNA. 0104 01 (A), 1998. VIEIRA H. D ; CONDE G. G ; SOARES J. A; ZARA L. F; ALVES T. B; CASTRO G. R. Quantificação de Elementos Poluidores em Ambientes de Cemitérios – Estudo de Caso em Corumbá-Go –. Publicação em Poços de Caldas SBQ – 2005. 24 Agradecimentos Gostaríamos de agradecer aos técnicos dos Laboratórios de águas e solos da Universidade Católica de Brasília, Rodrigo Zolini e Paulo Sérgio Pereira, pela disponibilidade e atendimento às nossas demandas. Aos professores do curso de Engenharia Ambiental, à administração do cemitério de Sobradinho-II e a todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente para a construção deste trabalho. 25