1º Simulado / 2009
ENEM – Prova Unificada
PROVA III
1 – Confira se, além deste CADERNO DE QUESTÕES, que contém a proposta de redação e 45 (quarenta
e cinco) questões objetivas, você recebeu o seguinte material:
a) CARTÃO-RESPOSTA destinado à marcação das respostas da parte objetiva da prova;
b) FOLHA DE REDAÇÃO para elaboração da redação proposta.
2 – Verifique se o seu nome confere com o que aparece no CARTÃO-RESPOSTA e na FOLHA DE
REDAÇÃO.
3 – Após a conferência, assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA e da FOLHA
DE REDAÇÃO, utilizando caneta esferográfica, de preferência, de tinta preta.
4 – No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para
a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, a lápis preto nº 2 ou caneta esferográfica
de tinta preta. Preencha os campos de marcação completamente, sem deixar espaços em branco.
5 – Não dobre, não amasse nem manche o CARTÃO-RESPOSTA ou FOLHA DE REDAÇÃO. Eles
somente poderão ser substituídos caso estejam danificados na barra de reconhecimento para leitura óptica.
6 – Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras A, B, C,
D e E. Apenas uma responde adequadamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção
em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas
esteja correta.
7 – O tempo disponível para esta prova, incluído o de elaboração da redação, é de três horas e meia.
Recomenda-se que você não ultrapasse o período de uma hora e meia para elaborar sua redação.
8 – Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações
assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
9 – Quando terminar a prova, entregue ao fiscal este CADERNO DE QUESTÕES, o CARTÃORESPOSTA, a FOLHA DE REDAÇÃO e assine a LISTA DE PRESENÇA.
10 – Você somente poderá deixar o local de prova após decorridas 2 horas do início da aplicação da
prova. Caso permaneça na sala por, no mínimo 3 horas após o início da prova, você poderá levar este
CADERNO DE QUESTÕES.
11 – Você será excluído do exame caso:
a) utilize, durante a realização da prova, máquinas e(ou) relógios de calcular, bem como rádios,
gravadores, headphone, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie.
b) ausente-se da sala em que se realiza a prova levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES, antes do
prazo estabelecido, e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA e(ou) a FOLHA DE REDAÇÃO;
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PROVA III
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
Todo ponto de vista é a vista de um ponto
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E
interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber
como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o
lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências
tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que
esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999
1 - A expressão “com os olhos que tem” (l. 1), no texto, tem o sentido de
A enfatizar a leitura.
B incentivar a leitura.
C individualizar a leitura.
D priorizar a leitura.
E valorizar a leitura.
Canguru
Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma língua nativa australiana e quer
dizer “Eu Não Sei”. Segundo a lenda, o Capitão Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele
estranho animal dando saltos de mais de dois metros de altura, perguntou a um nativo como se
chamava o dito. O nativo respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu, “Eu não sei”.
Desconfiado que sou dessas divertidas origens, pesquisei em alguns dicionários etimológicos.
Em nenhum dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena Bíblia – numa outra versão.
Definição precisa encontrei, como quase sempre, em Partridge:
Kangarroo; wallaby
As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, são acompanhadas pelos sufixos
rôo e by, dois sons aborígines da Austrália, significando quadrúpedes.
Portanto quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores. Quando comuniquei a
descoberta a Paulo Rónai, notável linguista e grande amigo de Aurélio Buarque de Holanda,
Paulo gostou de saber da origem “real” do nome canguru. Mas acrescentou: “Que pena. A outra
versão é muito mais bonitinha”. Também acho.
Millôr Fernandes, 26/02/1999, In http://www.gravata.com/millor.
2- Pode-se inferir do texto que
A as descobertas científicas têm de ser comunicadas aos linguistas.
B os dicionários etimológicos guardam a origem das palavras.
C os cangurus são quadrúpedes de dois tipos: puladores e saltadores.
D o dicionário Aurélio apresenta tendência religiosa.
E os nativos desconheciam o significado de canguru.
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RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20.
3 - O tema do texto é
A a consciência súbita sobre o envelhecimento.
B a decepção por encontrar-se já fragilizada.
C a falta de alternativa em face do envelhecimento.
D a recordação de uma época de juventude.
E a revolta diante do espelho.
Aurélia passava agora as noites solitárias.
Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa qualquer para justificar sua
ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses fúteis
inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o tema desagradável.
Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a altivez de coração não lhe
consentia queixar-se. Além de que, ela tinha sobre o amor idéias singulares, talvez inspiradas
pela posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; e pois toda a afeição
que lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que esse amor
a poupara à degradação de um casamento de conveniência, nome com que se decora o mercado
matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.
Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica dedicação, que entretanto
assiste calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e
se deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que
foge.
Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos abstemos;
porque o coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral.
Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir nesses limbos.
ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8.
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4 - O narrador revela uma opinião no trecho
A “Aurélia passava agora as noites solitárias.”
B “...buscava afastar da conversa o tema desagradável.”
C “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...”
D “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume,...”
E “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,...”
Leia os textos abaixo para responder à questão 5.
Texto I
Carta
(Fragmento)
A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Disso temos certeza.
Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado
entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem que teceu a trama da
vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer à trama, a si próprio fará.
Carta do cacique Seattle ao presidente dos EUA em 1855. Texto de domínio público distribuído pela ONU.
Texto II
Dicionário de Geografia
(Fragmento)
Segundo o geógrafo Milton Santos: “o espaço geográfico é a natureza modificada pelo
homem através do seu trabalho”. E “o espaço se define como um conjunto de formas
representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma estrutura representada
por relações sociais que estão acontecendo diante dos nossos olhos e que se manifestam através
de processos e funções”.
GIOVANNETTI, G. Dicionário de Geografia. Melhoramentos, 1996.
5 - Os dois textos diferem, essencialmente, quanto
A à abordagem mais objetiva do texto I.
B ao público a que se destina cada texto.
C ao rigor científico presente no texto II.
D ao sentimentalismo presente no texto I.
E ao tema geral abordado diferentemente pelos autores.
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Quando a separação não é um trauma
A Socióloga Constance Ahrons, de Wisconsin, acompanhou por 20 anos um grupo de
173 filhos de divorciados. Ao atingir a idade adulta, o índice de problemas emocionais nesse
grupo era equivalente ao dos filhos de pais casados. Mas Ahrons observou que eles "emergiam
mais fortes e mais amadurecidos que a média, apesar ou talvez por causa dos divórcios e
recasamentos de seus pais". (...) Outros trabalhos apontaram para conclusões semelhantes. Dave
Riley, professor da universidade de Madison, dividiu os grupos de divorciados em dois: os que
se tratavam civilizadamente e os que viviam em conflito. Os filhos dos primeiros iam bem na
escola e eram tão saudáveis emocionalmente quanto os filhos de casais "estáveis". (...)
Uma família unida é o ideal para uma criança, mas é possível apontar pontos positivos
para os filhos de separados. "Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é bom, num
mundo que nos empurra para uma eterna dependência.”
REVISTA ÉPOCA, 24/1/2005, p. 61-62. Fragmento.
6 - No texto, três pessoas posicionam-se em relação aos efeitos da separação dos pais sobre os
filhos: uma socióloga, um professor e o próprio autor. Depreende-se do texto que
A a opinião da socióloga é discordante das outras duas.
B a opinião do professor é discordante das outras duas.
C as três opiniões são concordantes entre si.
D o autor discorda apenas da opinião da socióloga.
E o autor discorda apenas da opinião do professor.
A Ciência é Masculina?
Attico Chassot
Editora Unisinos, RS (51) 590-8239. 104 págs. R$ 12.
O autor procura mostrar que a ciência não é feminina. Um dos maiores exemplos que se
pode dar dessa situação é o prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências foram
laureadas em 202 anos de premiação. O livro apresenta duas hipóteses, uma histórica e outra
biológica, para a possível superação do machismo em frase como a de Hipócrates (460-400
a.C.) considerado o pai da medicina, que escreveu: “A língua é a última coisa que morre em
uma mulher”.
Revista GALILEU, Fevereiro de 2004
7- A expressão “dessa situação” (l. 1/2) refere-se ao fato de
A a ciência não ser feminina.
B a premiação possuir 202 anos.
C a língua ser a última coisa que morre em uma mulher.
D o pai da medicina ser Hipócrates.
E o Prêmio Nobel ter sido concedido a 11 mulheres.
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O teatro da etiqueta
No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na
Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca
para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara,
que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei
devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro.
Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só
para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como
simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou
assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para
diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os
nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já
existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa,
as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser
usada de forma desigual – só na hora de lidar com os poderosos.
Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2.
8 - Nesse texto, o autor defende a tese de que
A as regras de etiqueta mudaram, mas continuaram associadas aos interesses do poder.
B as regras de etiqueta sempre foram um teatro apresentado pela realeza.
C as regras de etiqueta tinham, antigamente, finalidade democrática.
D as classes sociais utilizam as regras de etiqueta desde o século XV.
E as pessoas modificaram as regras de etiqueta para descomplicá-la.
Haverá um mapa para este tesouro?
“Diversidade biológica” significa a variabilidade de organismos vivos de todas as
origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros
ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a
diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.” (Artigo 2 da Convenção sobre
Diversidade Biológica).
O Brasil, país de dimensões continentais, sabidamente possui uma enorme
biodiversidade, sendo definida como a maior do planeta. Possuir muito, e de diferentes fontes,
ecoa aos nossos sentidos como ter à disposição, ao alcance de todos, um grande tesouro. No
entanto, todos sabemos que um grande tesouro escondido em locais inacessíveis, ou mesmo
localizado sob os nossos olhos, sem que tenhamos possibilidade de enxergá-lo, significa um
grande sonho.... e sonhos não costumam tornar-se realidade... podem até evoluir para
pesadelos...
Assim, fica evidente que o conhecimento científico, embasado em fatos, é essencial
para dar suporte a hipóteses que gerem projetos que permitam expandir esses conhecimentos e
servir de partida para projetos que permitam a aplicação racional e sustentada dessa riqueza.
Todos sabem que a pior atitude é “...matar a galinha dos ovos de ouro...”. Portanto, precisamos
saber de onde vêm os ovos, e como cuidar da galinha e fazê-la reproduzir para que possamos
transmitir essa riqueza como herança.
Regina Pakelmann Markus e Miguel Trefault Rodrigues. Revista Ciência & Cultura.
Julho/agosto/setembro 2003. p. 20.
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9 - O trecho “evoluir para pesadelos...” é um argumento para sustentar a idéia de que
A
a biodiversidade do Brasil é imensa e incontrolável.
B
a má utilização das riquezas naturais causa graves problemas.
C
a reprodução ostensiva da galinha dos ovos de ouro é problemática.
D
o maior conhecimento da natureza causa-lhe mais riscos.
E
o sonho alto das pessoas faz com que sofram muito.
A fadiga da informação
(Fragmento)
Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação. Antes mesmo da Internet, o
problema já era sério, tantos e tão velozes eram os meios de informação existentes, trafegando
nas asas da eletrônica, da informação, dos satélites. A Internet levou o processo ao apogeu,
criando a espécie dos internautas e estourando os limites da capacidade humana de assimilar os
conhecimentos e os acontecimentos desse mundo. Pois os instrumentos de comunicação se
multiplicam, mas o potencial de captação humana – do ponto de vista físico, mental e
psicológico – continua restrito. Então, diante do bombardeio crescente de informações, a reação
de muitos tende a tornar-se doentia: ficam estressados, perturbam-se e perdem a eficiência no
trabalho.
Já não se trata de imaginar como esse fenômeno possa ocorrer. Na verdade, a síndrome
da fadiga da informação está em plena evidência, conforme pesquisa recente nos Estados
Unidos, na Inglaterra e em outros países, junto a 1300 executivos. Entre os sintomas da doença
apontam-se a paralisia da capacidade analítica, o aumento das ansiedades e das dúvidas, a
inclinação para decisões equivocadas e até levianas.
MARZAGÃO, Augusto. In: DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro:
cidadania hoje e amanhã. São Paulo: Editora Ática, 1999.
10 - A síndrome da fadiga da informação ocorre porque
A
a internet é muito rápida nas informações que veicula.
B
a captação humana de informações é restrita e a oferta é infinita.
C
os meios de informação geram ansiedade em seus usuários.
D
os instrumentos de comunicação conduzem a decisões erradas.
E
a capacidade humana se paralisa dado o volume de conhecimento.
Luz sob a porta
— E sabem que que o cara fez? Imaginem só: me deu a maior cantada! Lá, gente,
na porta de minha casa! Não é ousadia demais?
— E você?
— Eu? Dei telogo e bença pra ele; engraçadinho, quem ele pensou que eu era?
— Que eu fosse.
— Quem tá de copo vazio aí?
— Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a gente surdo?
(VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática, 1998. p. 62.)
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11- O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de um falante
A escrupuloso em ambiente de trabalho.
B ajustado às situações informais.
C rigoroso na precisão vocabular.
D exato quanto à pronúncia das palavras.
E contrário ao uso de expressões populares.
Como ocultar a sombra em mim suspensa
Pelo martírio da memória imensa
Que a distância criou – fria de vida?
Imagem tua que eu compus serena
Atenta ao meu apelo e à minha pena
E que quisera nunca mais perdida...
(Vinicius de Moraes, Soneto de Véspera)
12 - Os tercetos revelam:
A A expectativa pela felicidade do reencontro.
B A infelicidade do autor por ter esquecido a mulher amada.
C A certeza de que, ao reencontrá-la, poderá amá-la como antes.
D A presença viva da infelicidade que o afastou dela.
E A presença viva, em sua lembrança, da imagem serena da mulher distante.
A poesia fugiu do mundo.
O amor fugiu do mundo –
Restam somente os homens,
Pequeninos, apressados, egoístas e inúteis.
Resta a vida que é preciso viver.
Resta a volúpia que é preciso matar.
Resta a necessidade da poesia, que é preciso contentar.
(Augusto Frederico Schimidht, Vazio)
13 - Escolha a alternativa correta.
A O poeta acredita na poesia como forma de reabilitar o amor.
B O poeta culpa os homens por sua volúpia.
C O poeta considera-se a única possibilidade de salvação do amor e da poesia.
D O poeta descrê da função salvadora da poesia.
E O poeta sobrepõe a poesia e a vida aos homens e ao mundo.
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“Adolfo Perez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1980, denunciou o governo
militar por lhe criar dificuldades e assegurou que sofre uma perseguição sistemática e incrível”.
14 - Nesse texto são feitas duas afirmações cujos verbos principais são:
A
Denunciar e sofrer.
B
Denunciar e assegurar.
C
Criar e sofrer.
D
Denunciar e criar.
E
Assegurar e sofrer.
15- As aspas marcam o uso de uma palavra ou expressão de variedade linguística diversa da que
foi usada no restante da frase em:
A Essa visão desemboca na busca limitada do lucro, na apologia do empresário privado como o
"grande herói" contemporâneo.
B Pude ver a obra de Machado de Assis de vários ângulos, sem participar de nenhuma visão
"oficialesca".
C Nas recentes discussões sobre os "fundamentos" da economia brasileira, o governo deu
ênfase ao equilíbrio fiscal.
D O prêmio Darwin, que "homenageia" mortes estúpidas, foi instituído em 1993.
E Em fazendas de Minas e Santa Catarina, quem aprecia o campo onde pode curtir o frio,
ouvindo "causos" à beira da fogueira.
16- Na posição em que se encontram, as palavras assinaladas nas frases abaixo geram
ambiguidade, EXCETO em:
A Pagar o FGTS já custa R$ 13,3 bi, diz o consultor.
B Pais rejeitam menos criança de proveta.
C Consigo me divertir também aprendendo coisas antigas.
D É um equívoco imaginar que a universidade do futuro será aquela que melhor lidar com as
máquinas.
E Não se eliminará o crime com burocracias querendo satisfazer o apetite de sangue do público.
MACUMBA DE PAI ZUSÉ
Na macumba do Encantado
Nego véio pai de santo faz mandinga
No palacete de Botafogo
Sangue de branca virou água
Foram vê estava morta!
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17- É correto afirmar que, nesse poema de Manoel Bandeira,
A emprega-se a modalidade do poema-piada, típica da década de 20, com o fim de satirizar os
costumes populares.
B usam-se os recursos sonoros (ritmos e metro regulares, redondilha menor) para representar a
cultura branca, e os recursos visuais (imagens, cores), para caracterizar a região afro-brasileira.
C mesclam-se duas variedades linguísticas: uma que se aproxima da língua escrita culta e outra
que se mimetiza uma modalidade da língua oral-popular.
D manifesta-se a contradição entre dois tipos de práticas religiosas, representadas pelas
oposições negro x branco, macumba x pai de santo, nego véio x Encantado.
E expressa-se a tendência modernista de encarar a cultura popular como manifestação do atraso
nacional, a ser superado pela modernização.
Texto para as questões de 18 a 20.
- Mandaram ler este livro...
Se o tal livro for fraquinho, o desprazer pode significar um precipitado mas decisivo adeus à
literatura; se for estimulante, outros virão sem o peso da obrigação.
As experiências com que o leitor se identifica não são necessariamente as mais familiares, mas
as que mostram o quanto é vivo um repertório de novas questões. Uma leitura proveitosa leva à
convicção de que as palavras podem constituir um movimento profundamente revelador do
próximo, do mundo, de nós mesmos. Tal convicção faz caminhar para uma outra, mais ampla,
que um antigo pensador romano assim formulou: Nada do que é humano me é alheio.
(Cláudio Ferraretti, inédito)
18- De acordo com o texto, a identificação do leitor com o que lê ocorre, sobretudo, quando
A ele sabe reconhecer na obra o valor consagrado pela tradição da crítica literária.
B ele já conhece, com alguma intimidade, as experiências representadas numa obra.
C a obra expressa, em fórmulas sintéticas, a sabedoria dos antigos humanistas.
D a obra o introduz num campo de questões cuja vitalidade ele pode reconhecer.
E a obra expressa convicções tão verdadeiras que se furtam à discussão.
19 - O sentido da frase Nada do que é humano me é alheio é equivalente ao desta outra
construção:
A O que não me diz respeito ao Homem não deixa de me interessar.
B Tudo o que se refere ao Homem diz respeito a mim.
C Como sou humano, não me alheio a nada.
D Para ser humano, mantenho interesse por tudo.
E A nada me sinto alheio que não seja humano.
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20- De acordo com o texto, a convicção despertada por uma leitura proveitosa é, precisamente, a
de que
A sempre existe a possibilidade de as palavras serem profundamente reveladoras.
B as palavras constituem sempre um movimento de profunda revelação.
C é muito fácil encontrar palavras que sejam profundamente reveladoras.
D as palavras sempre caminham na direção do outro, do mundo, de cada um de nós.
E nenhuma palavra será viva se não provocar o imediato prazer do leitor.
Texto para as questões 21 e 22.
A característica da relação do adulto com o velho é a falta de reciprocidade que se pode
traduzir numa tolerância sem o calor da sinceridade. Não se discute com o velho, não se
confrontam opiniões com as dele, negando-lhe a oportunidade de desenvolver o que só se
permite aos amigos: a alteridade, a contradição, o afrontamento e mesmo o conflito. Quantas
relações humanas são pobres e banais porque deixamos que o outro de expresse de modo
repetitivo e porque nos desviamos das áreas de atrito, dos pontos vitais, de tudo o que em nosso
confronto pudesse causar o crescimento e a dor! Se a tolerância com os velhos é entendida
assim, como uma abdicação ao diálogo, melhor seria dar-lhe o nome de banimento ou
discriminação.
(Ecléa Bosi, Memória e Sociedade - Lembranças de Velhos)
21- Na avaliação da autora, o que habitualmente caracteriza a relação do adulto com o velho é
A o desinteresse do adulto pelo confronto de idéias, expressando uma tolerância que atua como
discriminação do velho.
B uma sucessão de conflitos, motivada pela baixa tolerância e pela insinceridade recíprocas.
C a inconseqüência dos diálogos, já que a um e a outro interessa apenas a reiteração de seus
pontos de vista.
D o equívoco do adulto, que trata o velho sem considerar as diferenças entre a condição deste e
a de um amigo mais próximo.
E a insinceridade das opiniões do adulto, nas quais manifestam sua divergência e sua
impaciência.
22- Considerando-se o sentido do conjunto do texto é correto afirmar que
A as palavras "crescimento" e "dor" são utilizadas de modo a constituírem um paradoxo.
B as palavras "alternativa", "contradição", "afrontamento" e "conflito" encadeiam-se numa
progressão semântica.
C a expressão "abdicação do diálogo" tem significação oposta à de expressão "tolerância sem o
calor da sinceridade".
D a expressão "o que só se permite" está empregada com o sentido de "o que nunca se faculta".
E a expressão "nos desviamos das áreas de atrito" está empregada com o sentido oposto ao da
expressão "aparamos todas as arestas".
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Só os roçados da morte
compensam aqui cultivar,
e cultivá-los é fácil;
simples questão de plantar;
não se precisa de limpar;
de adubar nem de regar;
as estiagens e as pragas
fazem-nos mais prosperar;
e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se
na hora mesma de semear.
(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)
23- Substituindo-se os dois-pontos por uma conjunção, em "(...) pela colheita: recebe-se (...)",
mantém-se o sentido do texto APENAS em "(...) pela colheita,
A embora se receba (...)".
B ou se recebe (...)".
C ainda que se receba (...)".
D já que se recebe (...)".
E portanto se recebe (...)".
Leia atentamente o fragmento do sermão do Padre Antônio Vieira: A primeira cousa
que me desedifica, peixes, de vós, é que comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a
circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes
comem os pequenos. Se fora pelo contrário era menos mal. Se os pequenos comeram os
grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos,
não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande […]. Os homens, com suas más e
perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é
não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo criados no mesmo elemento, todos
cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.
VIEIRA, Antônio. Obras completas do padre Antônio Vieira: sermões. Prefaciados e revistos pelo Pe.
Gonçalo Alves. Porto: Lello e Irmão — Editores, 1993. v. III, p. 264-265.
24- O texto de Vieira contém algumas características do Barroco. Dentre as alternativas abaixo,
assinale aquela em que NÃO se confirmam essas tendências estéticas:
A O culto do contraste, sugerindo a oposição bem / mal, em linguagem simples, concisa, direta
e expressiva da intenção barroca de resgatar os valores greco-latinos.
B A tentativa de convencer o homem do século XVII, imbuído de práticas e sentimentos
comuns ao semipaganismo renascentista, a retomar o caminho do espiritualismo medieval,
privilegiando os valores cristãos.
C A presença do discurso dramático, recorrendo ao princípio horaciano de “ensinar deleitando”
— tendência didática e moralizante, comum à Contra-Reforma.
D O tratamento do tema principal — a denúncia à cobiça humana — através do conceptismo,
ou jogo de idéias.
E A utilização da alegoria, da comparação, como recursos oratórios, visando à persuasão do
ouvinte.
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Oh! Que saudades
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Este luar cá de cidade
Tão escuro não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão!
25- Os versos acima ilustram características do Arcadismo:
A exaltação à natureza da terra natal.
B declarada contenção dos sentimentos.
C expressão de sentimentos universais.
D volta ao passado para escapar das agruras do presente.
E oposição entre o campo e a cidade.
O fragmento textual que segue, retirado da narrativa A terceira margem do rio, de João
Guimarães Rosa, servirá de base para esta questão.
Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai,
sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio — o rio — pondo perpétuo [grifo nosso]. Eu sofria já
o começo da velhice — esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá
de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais.
De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar o vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou
que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no
tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a
minha tranqüilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse —
se as coisas fossem outras. E fui tomando idéia.
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias.
Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976.
26 - No quadro do Modernismo literário no Brasil, a obra de Guimarães Rosa destaca-se pela
inventividade da criação estética.
Considerando-se o fragmento em análise, essa inventividade da narrativa roseana pode ser
constatada por meio do(a):
A recriação do mundo sertanejo pela linguagem, a partir da apropriação de recursos da
oralidade.
B aproveitamento de elementos pitorescos da cultura regional que tematizam a visão de mundo
simplista do homem sertanejo.
C resgate de histórias que procedem do universo popular, contadas de modo original, opondo
realidade e fantasia.
D sondagem da natureza universal da existência humana, através de referência a aspectos da
religiosidade popular.
E o olhar crítico para as relações de classe baseadas no poder.
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Parecido com o Brasil sempre fui. Meus espaços vazios. Minhas contradições
contundentes. Subdesenvolvidas. Subdesenvolvido. Também virado para o mar e a montanha,
fico indeciso entre a gaivota e o gavião. Mato a fome com um pastel descarnado à porta da
venda e às vezes me oferecem caviar no céu.
Vendi por uma tutaméia as riquezas minerais. Não consigo inventar a ordem.
Embandeirei- me de estrelas também.
Sou doce e irritado como o nordeste. Em nós o principal sempre perde para o supérfluo.
Tentamos ainda as comunicações nestas rondônias rudes.
Fui descoberto pela coragem dos portugueses. Minhas tribos alcoolizadas no
crepúsculo. Amo a liberdade com timidez e cobiça como se fosse um presente dispendioso
demais para a minha resignação. Mas um dia serei livre (com brio), ainda que pague o preço da
morte.
(Paulo Mendes Campos, Brasil Brasileiro, p.21-22)
27- Marque o item que representa uma dedução coerente em relação às ideias do texto.
A Meus espaços são vazios porque sou subdesenvolvido como o Brasil e fui descoberto pelos
portugueses.
B Embora minhas contradições sejam contundentes, tanto aprecio um pastel descarnado quanto
caviar.
C Se não consigo inventar a ordem, faço como Brasil: embandeiro-me com estrelas.
D Apesar de o nordeste ser irritado, ele também é doce desde quando se tornou comunicativo
com o norte.
E Embora seja tímido no meu amor pela liberdade, lutarei por ela e, um dia, ainda serei livre.
Texto para as questões 28 e 29.
E ele, Manuel? Mole como madeira no ferro? Às vezes querendo fingir dureza,
inventando nós que a ferramenta não respeita, passa por cima e iguala? As mãos do carpinteiro,
o corpo, a alma do carpinteiro não podem ser mais brutos do que a madeira. Em madeira não se
trabalha batendo com força, com raiva; só lenheiro faz isso, mas lenheiro é quase igual ao
machado que ele levanta e abaixa sem dó, sem consideração; basta olhar a cara de um lenheiro
para se ver que ele não tem delicadeza nem tato: não precisa.
Ferreiro também trabalha batendo, pondo força. Mas tem uma diferença: ele tem uma medida a
encher, um ponto a chegar, uma idéia a seguir; não bate para cortar, nem rachar, bate para
achatar, arredondar, conformar. Ferreiro trabalha fazendo, não desmanchando; e se desmancha é
para fazer de outro jeito. Na brutalidade do ferreiro tem uma delicadeza escondida.
(Veiga, J.J.A Hora dos Ruminantes)
28 - “Na brutalidade do ferreiro tem uma delicadeza escondida.”
A alternativa que contraria esta frase é:
A
Não bate para cortar, bate para arredondar.
B
Ferreiro trabalha fazendo não desmanchando.
C
E se desmancha é para fazer outra vez.
D
Ferreiro também só trabalha batendo, pondo força.
E
O ferreiro tem uma ideia a seguir.
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29 - Contraria o texto afirmar que o lenheiro:
A Não tem delicadeza no trabalho.
B Não tem consideração com o machado.
C É quase igual ao machado.
D Não precisa ter delicadeza no trabalho.
E Não tem tato para nada.
30- Em relação às ideias do texto, assinale a opção correta.
As reformas civilizatórias do capitalismo contemporâneo deixaram de acontecer no
Brasil. Assim, sem revoluções e sem reformas consideráveis, o padrão distributivo não seria
modificado. A ausência de democracia consolidada parece ser a grande razão do
conservadorismo e da concentração do poder. Dos mais de cinco séculos de existência, o Brasil
não tem 50 anos de regime democrático. É claro que não se pode chamar de democracia o que
ocorria durante a fase imperial do século XIX e a República Velha (1889 a 1930).
Tratava-se de um regime censitário, capaz de disponibilizar o voto tão-somente para a
população masculina que tinha posses e renda, que compreendia cerca de 5% da população.
Deve ser lembrado ainda que as eleições não eram secretas. Somente a partir da década de 30 é
que o Brasil avançou para consolidar o voto secreto e universal, mesmo que deixando de fora a
população analfabeta.
(Marcio Pochmann)
A A modificação do padrão distributivo poderia ocorrer sem revoluções ou reformas
consideráveis.
B Cinco décadas de democracia foram o bastante para vencer o conservadorismo e a
concentração do poder, pela via do voto censitário.
C Durante a fase imperial e a República Velha predominava o regime democrático, pois existia
o voto.
D Infere-se do texto que o voto secreto e universal é uma exigência para que um determinado
regime seja considerado democrático.
E Deixar de fora do direito de voto a população analfabeta foi uma vantagem da democracia do
Brasil na década de 30.
31- Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.
A concepção moderna de Estado tem raízes no pensamento ético de Kant e de Hegel e o
apresenta como uma realização da idéia moral, para o primeiro, ou como a substância ética
consciente de si mesma, para o segundo. Para esses pensadores, o Estado seria o apogeu do
desenvolvimento moral, substituiria a família, e com o direito produzido, racional, imparcial e
justo, substituiria a consciência ética dos indivíduos, que, embora retificadora da ação humana,
se revelaria, na prática, inviável, por ser incoercível.
(Oscar d’Alva e Souza Filho)
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A Em “e o apresenta” (l. 1), “o” se refere a “Estado”.
B A inserção de sendo após “como”(l. 1) mantém a correção gramatical do período.
C O emprego do futuro do pretérito em “seria”(l. 3), “substituiria”(l.3) e “se revelaria”(l.5)
indica que o primeiro fato estará concluído antes de outro que lhe é posterior.
D A vírgula antes de “que”(l. 4) se justifica por anteceder oração de natureza explicativa.
E O termo “embora”(l. 4) pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser
substituído por conquanto.
32- Observe a tirinha abaixo.
O humor da tirinha se constrói:
A porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.
B porque o vocábulo bombar foi dito equivocadamente no sentido de “bombear”.
C porque reflete o problema da educação no país, em que os alunos só se comunicam por gírias,
como é o caso de fessor.
D porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na norma culta o regionalismo fessô.
E porque a imagem resgata o valor original do radical que compõe a gíria bombar.
Canção do Ver (fragmento)
Por viver muitos anos
dentro do mato
Moda ave
O menino pegou
um olhar de pássaro –
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava
as coisas
Por igual
como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a
[palavra abelha e entrar dentro dela.
Como se fosse infância da língua.
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
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33- A respeito do vocabulário do texto, assinale a opção incorreta.
A “Moda” (v.3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas, assim como
modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por determinado grupo humano em um dado
momento histórico.
B O sentido do vocábulo “Contraiu” (v.6) restringe as possibilidades semânticas de “pegou”
(v.4).
C Na expressão “visão fontana” (v.6), o vocábulo sublinhado, adjetivo derivado de fonte, foi
metaforicamente empregado com sentido de originário, gerador, causal, seminal.
D Em “As palavras eram livres de gramáticas” (v.14), o vocábulo sublinhado alude a regras
gramaticais.
E O vocábulo “posição” (v.15) refere-se à sintaxe, entendida como disposição harmoniosa de
partes ou de elementos da frase.
A ética quixotesca está toda resumida naquele trecho da obra em que Dom Quixote
confessa a Sancho não saber o que realizava à custa de tantos trabalhos e de tantas penas. Não
se tratava, contudo, de decepção do utopista, pois é essencial não confundir quixotismo com
utopismo. Nosso herói não abandonou sua rotina acanhada de fidalgo manchego para fazer um
mundo melhor; muito menos inspirava- o um projeto para o homem ou para a sociedade. Ele
saiu em nome do ideal de emendar injustiças e punir delitos cometidos contra os mais fracos,
como mandava a ética cavalheiresca, não para impedir que, no futuro, eles voltassem a ser
praticados. O utopista, em comum com o racionalista, tem sempre um programa muito preciso,
e Dom Quixote tem um ideal, mas não tem projeto algum, o que é algo eminentemente saudável
numa época como a nossa, em que há demasiados projetos e poucos ideais.
(Evaldo Cabral de Mello)
34- Com base na leitura do texto, marque a opção incorreta.
A O adjetivo "manchego"(l.8) é depreciativo e está relacionado à situação de penúria do herói.
B Uma utopia pressupõe um projeto que possa trazer benefícios a alguém ou a algum grupo.
C A ética quixotesca visava à reparação de injustiças.
D A ética cavalheiresca hauria-se em um ideal difuso de defesa dos oprimidos.
E Dom Quixote não tinha projeto, só tinha ideal.
35- Assinale a opção que reproduz corretamente as idéias contidas no trecho abaixo.
Estudo feito por cientistas dinamarqueses revelou que pessoas que bebem moderadamente e são
fisicamente ativas têm menor risco de morte por doenças cardiovasculares que aquelas que não
bebem e são inativas. Esta é a primeira pesquisa a avaliar a influência combinada de atividades
físicas e de ingestão regular de álcool.
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A Indivíduos que não bebem nem se exercitam têm risco menor de apresentar doenças
cardiovasculares que os bebedores moderados fisicamente ativos.
B A ingestão moderada de álcool combinada com atividades físicas mostrou-se mais eficaz
para a saúde do coração que a abstenção alcoólica somada à inatividade.
C Manter-se fisicamente ativo e beber moderadamente causa mais riscos na redução de risco de
doenças do coração que abster-se de álcool mas freqüentar academias de ginástica.
D Estudo dinamarquês revelou que a combinação de álcool, independentemente da quantidade
ingerida, com exercitação física causa menos risco à saúde do que a não-ingestão somada à
inatividade.
E Combinar atividade física com álcool apresenta maior perigo para a saúde do coração que a
exercitação moderada somada à abstenção alcoólica.
Texto para as questões 36, 37 e 38.
1
O importante é escrever. Quem escreve é levado a isolar-se da agitação, a pensar, a
refletir. Aí está o mérito da redação. Quem escreve concentra-se, analisa, raciocina, critica,
apresenta soluções próprias. Quem escreve dá valor a si mesmo, aprende a ver em
profundidade, descobre o mérito relativo das coisas e põe às claras os enganos e os
5 sofismas dos que nos pretendem ludibriar.
Escrever é o mais adequado meio para a formação de nossa personalidade, como seres
livres, independentes, realizados intimamente. Escrever é lutar contra os que nos impingem
idéias prontas, frases feitas para substituir nossos pensamentos e nossa linguagem.
Pensemos nisso. Dediquemo-nos à redação, principalmente por esses motivos. A redação
10 faz-nos meditar sobre a vida, sobre os homens e sobre nós mesmos. Leva-nos a ser mais
humanos, a amar nosso semelhante, a respeitá-lo, a comunicarmo-nos com ele mais
frequentemente.
36 - No primeiro parágrafo, a ideia básica quanto à redação é:
A A importância do pensamento reflexivo.
B A necessidade da descoberta da verdade.
C A vantagem de isolar-se da agitação.
D A revelação de atitudes desonestas.
E A apresentação de soluções próprias para os problemas.
37 - Em todo o segundo parágrafo, é evidenciado que a redação contribui para:
A A formação integral da pessoa.
B A inserção da pessoa na sociedade.
C O desenvolvimento linguístico do indivíduo.
D O aprimoramento do espírito crítico do indivíduo.
E A manifestação livre das ideias pessoais.
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38 - Responda com base nas afirmativas a seguir referentes ao segundo parágrafo do texto.
I – No primeiro período há uma comparação entre os que escrevem e os seres livres.
II –
A afirmação do segundo período apresenta uma atitude que revela a liberdade e
independência de que fala o primeiro período.
III – A palavra “nisso” (linha 9) retoma o conteúdo dos dois primeiros períodos.
IV – As ideias dos dois últimos períodos não se relacionam com o conteúdo da frase inicial.
Estão de acordo com o conteúdo do segundo parágrafo do texto as afirmativas:
A
I e II
B
I e III
C
I e IV
D
II e III
E
III e IV
O retirante explica ao leitor quem é e a que vai
- O meu nome é Severino,
Não tenho outro de pia.
Como há muitos Severino,
Que é santo de romaria,
Deram então de me chamar
Severino de Maria;
Como há muitos Severinos
Com mães chamadas Maria,
Fiquei sendo o da Maria
Do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco?
Há muito na freguesia,
Por causa de um coronel
Que se chamou Zacarias
E que foi o mais antigo
Senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
Ora a Vossa Senhoria?
Vejamos: é o Severino
Da Maria do Zacarias,
Lá da serra da Costela,
Limites da Paraíba.
In: Morte e Vida Severina e outros poemas em voz alta, RJ. 1980. J. Olympio Editora. Pág. 70.
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39 - Morte e Vida Severina é a obra mais conhecida de João Cabral. É um auto de natal
pernambucano, escrito em 1954-55, no estilo dos autos medievais.
Tendo como referência o poema de João Cabral, assinale a alternativa correta:
A Apesar de apresentar temática regionalista – elementos do sertão brasileiro – o texto assume
dimensão universal por ampliar significativamente o drama dos desvalidos.
B A leitura do texto não permite inferir que o sertanejo é obrigado a abandonar sua terra em
razão da seca.
C No trecho do poema Morte e Vida Severina, em “Deram então de me chamar Severino de
Maria (...)”, a expressão “Severino da Maria” exerce a função sintática de objeto direto do verbo
chamar, transitivo direto e indireto.
D O autor não explora aspectos relativos à musicalidade dos versos.
E O autor ao dizer “não tenho outro de pia” utiliza-se de metáfora.
40 - A propósito do adjetivo severina, da expressão Morte e Vida Severina que intitula a peça
de João Cabral de Melo Neto, todas as afirmativas estão corretas, exceto:
A Refere-se aos migrantes nordestinos que, revoltados, lutam contra o sistema latifundiário que
oprime o camponês.
B Pode ser sinônimo de vida árida, estéril, carente de bens materiais e de afetividade.
C Designa a vida e a morte dos retirantes que a seca escorraça do sertão e o latifúndio
escorregaça da terra.
D Qualifica a existência negada, a vida daqueles seres marginalizados determinada pela morte.
E Dá nome à vida de homens anônimos, que se repetem física e espiritualmente, sem condições
concretas de mudança.
Pela natureza e pelo comportamento do público se conseguiria traçar o perfil de um teatro.
(...) Essa consideração nega de pronto a validade teórica da arte pela arte, em que o aplauso
ou o repúdio da platéia seriam indiferentes ao processo teatral.
Sábato Magaldi
41 - Baseado no texto, assinale a alternativa incorreta:
A O público é elemento imprescindível ao fazer teatral.
B Teatro é uma forma de linguagem utilizada pelo ser humano desde a época primitiva.
C A tríade teatral é formada por ator, texto e espaço vazio, dispensando o público como
elemento fundamental para a existência da arte teatral.
D “Arte pela arte” traduz a intenção artística que busca apenas o prazer pessoal do artista em
realizar a obra, desconsiderando a crítica da plateia ou a recompensa financeira, que, segundo o
texto é negada no Teatro.
E Apesar de toda a liberdade de expressão do mundo atual, o gosto da platéia ainda é um
delimitador para o espetáculo que visa sobreviver comercialmente.
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42 -
O francês Marcel Marceau, que faleceu aos 84 anos, era o artista mais representativo
do mundo da mímica. Em seis décadas de carreira ele fascinou o público dos cinco continentes
graças a uma arte sem palavras, terna e comovedora, que ultrapassa fronteiras.
Fonte: www.oglobo.globo.com
Sobre o trabalho do ator, assinale a alternativa incorreta:
A Para o artista deixar seu corpo mais expressivo em cena ele pode ampliar seus gestos por
meio da oposição aos próprios gestos.
B É comum o ator de comédia, para ampliar seus movimentos, deixar visíveis os impulsos de
cada movimento.
C O mímico é um artista cênico que prescinde da voz em sua manifestação artística.
D A fig. II mostra o mímico em uma posição que dispensa o deslocamento de seu eixo na
composição corporal.
E Apesar da interpretação para televisão ser mais sutil, o ator também necessita desenvolver a
percepção corporal.
Físicos criam armas que ameaçam varrer a vida do planeta; químicos contaminam o
meio ambiente; biólogos criam novos e desconhecidos microrganismos sem medir as
consequências; cientistas torturam animais em nome do progresso científico.
Com todas essas atividades em marcha, é claro como a luz do dia que introduzir padrões
éticos na ciência moderna é mais que urgente. Precisamos estar dispostos a questionar tudo e a
abandonar a busca cega de crescimento irrestrito. Uma sociedade sustentável é aquela que não
reduz as oportunidades das futuras gerações.
www.planetaorganico.com.br
Diante de um quadro como este. De que forma o artista do começo do século XX, vai
representar o mundo ao seu redor?
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O Grito – Edward Much
Cidade em Movimento – Umberto Boccioni
43 - Tendo como referência o texto e as imagens acima, pode-se afirmar que:
A Os expressionistas não assumem um olhar sensível às mudanças negativas ocorridas na
natureza, representando-as com pessimismo.
B A imagem “O Grito” mostra a visão do artista sobre a natureza de modo tranqüilo e
contemplativa.
C As vanguardas artísticas do começo do século XX, viram com otimismo, deslumbramento e
alegria todas as mudanças ocorridas nos centros urbanos da Europa.
D Os conflitos de guerra foram acontecimentos que não influenciaram a percepção dos artistas
sobre o meio ambiente em que vivem.
E A imagem do artista Umberto Boccioni mostra a cidade dinâmica e movimentada.
44 - Tendo como referência o texto e imagens da questão anterior, assinale o item falso:
A O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva,
“expressando” sentimentos humanos.
B Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais constitui características do
expressionismo.
C O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica,
a velocidade descrita por ele no espaço.
D Racionalidade como ponto de partida para uma nova linguagem artística, se configura como
objetivo da arte surrealista.
E Um ambiente conturbado e um ser humano degradado, constituem características do
movimento expressionista.
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Poluição sonora é um assunto muito
importante e que ganhou um defensor. O
educador e músico R. Murray Schafer vem
desenvolvendo estudos para descobrir alternativas
que possam ser aplicadas nas comunidades, para a
diminuição do barulho sonoro, ou seja, a proposta
é criar paisagens sonoras (ambientes acústicos).
Hoje, o conceito da chamada “Ecologia Sonora” é
conhecido e praticado em todo o mundo.
As pessoas possuem o hábito de ouvir,
sem escutar, ou seja, ouvem superficialmente. A
escuta verdadeira compreende interesse, motivação e atenção. Desta maneira, você consegue
captar as informações e entender realmente o que acabou de ouvir. E todos nós ouvimos sempre
de forma diferente às outras pessoas: um detalhe sonoro pode ser identificado claramente por
você, mas não o é por outro. Tudo depende da sensibilidade e grau de atenção que estamos
dispensando em relação ao som em questão.
É extremamente importante treinarmos a identificação e o reconhecimento sonoro de
onde vivemos. Tornando isso um exercício contínuo, as pessoas melhoram a percepção auditiva,
além de serem estimuladas nas habilidades expressivas. Além disso, desenvolvem um maior
senso crítico em relação às questões de seu meio ambiente.
http://www.tomdopantanal.org.br/
45 - Com base no texto assinale a alternativa falsa:
A O termo Música Concreta designa a produção de sons eletrônicos a partir de sons da
natureza.
B Desenvolver o senso crítico, desenvolver a sensibilidade, aumentar a atenção, entre outros, é
o grande desafio para se entender os novos conceitos de arte no século XX.
C O educador e músico canadense Murray Schafer e o compositor e músico experimentalista
norte-americano John Cage são dois entusiastas das músicas feitas a partir de sons da natureza.
D Um exemplo significante do texto, está na música de Lulu Santos quando escreve que
“somos feitos de silêncio e som”.
E Os compositores de música moderna buscavam aproximação com a natureza, evitando
qualquer interferência tecnológica em suas músicas.
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PROPOSTA DE REDAÇÃO
Cem dias entre o céu e o mar
Amir Klink
“...descobri a alegria de transformar distâncias em tempo.
Um tempo em que aprendi a entender as coisas do mar,
a conversar com as grandes ondas
e não discutir com o mau tempo.
A transformar o medo em respeito,
o respeito em confiança.
Descobri como é bom chegar
quando se tem paciência.
E para se chegar onde quer que seja,
aprendi que não é preciso dominar a força,
mas a razão.
É preciso antes de mais nada querer.”
“A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda a imaginação e
entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje.”
Dale Carnegie
Nunca desista de seus sonhos
Augusto Cury
“ Os sonhos diurnos trazem saúde para a emoção, equipam o
frágil para ser autor de sua história, renovam as forças do ansioso,
animam os deprimidos, transformam os deprimidos em seres de raro
valor e fazem os tímidos terem golpes de ousadia. Você não precisará
de sonhos para ser um trabalhador comum Mas precisará de muitos
sonhos para ser um profissional que procura a excelência, amplia os
horizontes de sua inteligência, fica atento às pequenas mudanças, tem
coragem de corrigir rotas, tem capacidade de corrigir de corrigir
erros, tem ousadia para fazer das suas falhas e dos seus desafios um
canteiro de oportunidades. Precisará de sonhos para enxergar soluções
que ninguém vê, para apostar no que você crê, para encantar seus
colegas,para surpreender sua equipe de trabalho. Quem sonha não
encontra estradas sem obstáculos, lucidez sem perturbações, alegrias
sem aflição. Mas quem sonha voa mais alto, caminha mais longe.
Toda pessoa, da infância ao último estágio da vida, precisa sonhar.....”
A partir da leitura cuidadosa dos textos acima transcritos, observe o ponto de vista dos
autores neles contidos e redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do tema: o grande
desafio para atingir nossos objetivos está em nós mesmos.
Ao desenvolver seu texto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao
longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para
defender seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos.
Observações:
- Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
- O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
- O texto com até 7(sete) linhas escritas será considerado texto em branco.
- O texto deve ter no máximo 30 linhas.
- O rascunho pode ser feito na última página deste Caderno.
- A redação deve ser passada a limpo na folha própria e escrita a tinta.
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Prova III