• • Faculdade de Enfermagem – DEP EBA - Disciplina: Administração em Enfermagem I Docente: Bernadete Marinho Bara De Martin Gama Assunto: As dimensões do Cuidar e as Competências da Equipe de Enfermagem Leituras Recomendadas 1. BOFF, L. Saber cuidar: Ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999. (Comentários de Tânia Barros · Rio de Janeiro (RJ) · 28/2/2008 ) Leonardo Boff no livro Saber cuidar, discorre de forma simples e prazerosamente, acerca do Cuidado como essência humana, mais que a Razão e a Vontade. A partir de uma fábula antiga sobre o Cuidado, ele aprofunda as suas várias dimensões na vida pessoal, social e planetária. Boff tece uma crítica poderosa, de ângulo holístico, ao realismo materialista - a filosofia que sustenta o cienticifismo tecnicista atual. A humanidade estaria cega à dimensão divina que a guiou desde tempos imemoriais. Este realismo materialista teria encurtado realidade ao tamanho dos 5 (cinco) sentidos, organizados pela razão analítica.O teólogo e filósofo vai da mitologia à cosmologia e física quântica atuais, para ilustrar a necessidade e o surgimento de uma nova consciência alternativa ao realismo materialista: a filosofia holística. A perda de conexão com o Todo seria a falta de cuidado, falta da condição essencial humana. Um novo paradigma (seminal) e re-ligação, re-encantamento pela natureza e da com-paixão pelos que sofrem representa o surgimento de uma ética civilizacional que nos permitirá dar um salto de qualidade de convivência e de paz. 2. BOFF, L. A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana. 34ª ed. .Petrópolis: Vozes, 2000. A presente obra divide-se em sete capítulos, onde conta à história de uma águia criada como uma galinha. Essa história é compreendida como uma metáfora da condição humana. Cada um poderá lê-la e interpretá-la de acordo com suas vivências. Afinal...Todo ponto de vista é avista de um ponto “ Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita.Com estes pressupostos vamos contar a história de uma águia, criada como galinha. Essa história será lida e compreendida como uma metáfora da condição humana. Cada um lerá e relerá conforme forem seus olhos. Compreenderá e interpretará conforme for o chão que seus pés pisam. Os antigos bem diziam: habent sua fata libelli, os livros têm seu próprio destino. Tinham razão, porque o destino dos livros está ligado ao destino dos leitores. E aí entram em cena a águia e a galinha, carregadas de significação, como veremos ao longo da nossa história. Esperamos que para você a águia e a galinha se transformem também em símbolos e sacramentos da busca humana por integração e por equilíbrio dinâmico. Desejamos que a águia sepultada desperte e voe, ganhando altura e ampliando os horizontes de sua releitura e compreensão de você mesmo e do mundo. Convidamos você a fazer-se, junto com as forças diretivas do universo, co-criador/co-criadora do mundo criado e por criar. ( L.B.)