ANDERSON FLOR DE GODOI ESQUADRIAS EM PVC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi no âmbito do Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental. SÃO PAULO 2005 ANDERSON FLOR DE GODOI ESQUADRIAS EM PVC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi no âmbito do Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental. Orientador: Profª. Mestre Jane Luchtenberg Vieira SÃO PAULO 2005 i Dedico este trabalho de conclusão do curso de engenharia civil primeiramente a Deus por ter me capacitado, e aos meus pais, esposa, irmão e amigos, pelo apoio, confiança e orgulho demonstrado, mesmo sendo privados de um convívio mais intenso durante sua elaboração, que com certeza será totalmente recompensado. ii AGRADECIMENTOS Meus agradecimentos à Universidade Anhembi Morumbi, cujo apoio foi fundamental para que pudesse elaborar este trabalho. A toda equipe do curso de Engenharia Civil, pelo incentivo e companheirismo, demonstrado durante esta jornada, com carinho especial à Professora Mestra Jane Luchtenberg Vieira, minha orientadora, pelos ensinamentos e confiança demonstrados. A empresa Eurosystem Arredo & Design que por intermédio de seus diretores, Arquiteto Sidney Quáglia Figueira, Sra Elisabete Aparecida Cassetari e Sr. Wanderley Quáglia Figueira, contribuíram para o êxito desta pesquisa. iii RESUMO O PVC tem ampliado suas aplicações na construção civil, função direta da sua versatilidade de moldagem e de suas propriedades físicas. A inovação das esquadrias utilizando o PVC como matéria prima apresenta diversificação de uso de linhas de produção, de forma a atingir o mercado nas mais diversas classes. A empresa Eurosystem objeto do presente estudo de caso, atua no mercado de esquadrias de PVC desde 2002, disponibilizando 3 linhas de esquadrias, atendendo aos seus clientes com tecnologia avançada proporcionando valorização dos empreendimentos e leveza aos ambientes e fachadas. O mercado de esquadrias de PVC tem um futuro promissor, pois surge como alternativa de produto em substituição à madeira, ferro e alumínio, trazendo consigo diversas vantagens, porém há a necessidade de desenvolvimento de perfis coloridos para diversificar a utilização destas esquadrias. Palavras Chave: PVC, Esquadrias e Esquadrias em PVC. iv ABSTRACT The PVC has been growing on building market applications, due its modeling versatility and physical properties as well. Casements innovation using PVC as raw material presents a wide range of products, achieving several market classes. Eurosystem company, used here as a case study, is on PVC casements market since 2002. With 3 casement models available, provides state-of-the-art technology to its customers, raising buildings value and providing smoothness to inner and outer environments. The PVC casements market has a promising future as it rises as a wood, iron and aluminum replacement product, offering several performance advantages, although it is still under development regarding a wider color range options to diversify even more its applications. Key Worlds: PVC, Casements and PVC casements v LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 5.1: Molécula Gigante Policloreto de Vinila. ...................................................16 Figura 5.2: Processo de Produção do Composto de PVC. (Eurosystem..., 2005). ...16 Figura 5.3: Corte ilustrativo do Perfil de Esquadrias PVC. (Eurosystem..., 2005). ....18 Figura 6.1: Sistemas Construtivos em PVC. (Vipal..., 2005a). ..................................26 Figura 6.2: Perfil Versatile Maxim-ar. (Eurosystem..., 2005). ....................................28 Figura 6.3: Modelos oferecidos na linha Versatile. (Eurosystem..., 2005).................29 Figura 6.4: Perfil Splendore Maxim-ar. (Eurosystem..., 2005)...................................30 Figura 6.5: Modelos oferecidos na linha Splendore. (Eurosystem..., 2005) ..............31 Figura 6.6: Perfil Splendore Maxim-ar. (Manual Eurosystem, 2005). ........................32 Figura 6.7: Modelos oferecidos na linha Mondiale. (Eurosystem..., 2005). ...............33 Figura 6.8: Fluxograma da Empresa Eurosystem. (Eurosystem..., 2005). ................34 Figura 6.9: Modelo para medição de vãos. ...............................................................36 Figura 6.10: Amostra de perfis para execução de detalhes na obra. Eurosystem...,2005. ...........................................................................................37 Figura 6.11: Rebaixo para acomodação do perfil inferior porta de correr. Eurosystem..., 2005 ...........................................................................................39 Figura 6.12 Documento de Vãos para Instalação .....................................................40 Figura 6.13 Máquina para corte de perfis de PVC (Eurosystem..., 2005). ................43 Figura 6.14 Consumo de PVC no momento da solda (Eurosystem, 2005). ..............44 Figura 6.15 Fixação do reforço metálico internamente ao perfil de PVC. Utilização de parafuso na parte posterior do perfil (Eurosystem..., 2005). ..............................45 Figura 6.16 Limitação do reforço metálico dentro do perfil de PVC ..........................46 Figura 6.17 Máquina com barra termoaquecedora para fabricação de esquadrias de PVC (Eurosystem..., 2005).................................................................................47 Figura 6.18 Máquina de acabamento das soldas dos perfis de esquadrias de PVC Eurosystem, 2005. .............................................................................................47 Figura 6.19 Aplicação de espuma de Poliuretano expandido junto aos parafusos de fixação (Eurosystem..., 2005b)...........................................................................51 Figura 6.20 Aplicação de espuma de poliuretano expandido em todo o perímetro da peça (Eurosystem..., 2005b). .............................................................................52 vi Figura 6.21 Preenchimento dos furos de fixação com silicone para colocação dos tapa-furos (Eurosystem..., 2005a)......................................................................53 Figura 6.22 Acabamentos utilizados nas Esquadrias de PVC (Eurosystem..., 2005). ...........................................................................................................................54 Figura 6.23 Remoção das Películas Adesivas (Eurosystem..., 2005). ......................55 Figura 6.24 Grandes vãos laterais (Eurosystem..., 2005). ........................................57 Figura 6.25 Grandes Vãos Frontais (Eurosystem..., 2005). ......................................57 Figura 6.26 Harmonia com estilo arquitetônico (Eurosystem..., 2005). .....................58 Figura 6.27 Fachada Frontal. Vencendo grandes vãos em harmonia com o estilo arquitetônico (Eurosystem..., 2005). ..................................................................58 Figura 6.28 Portas e Janelas de correr na área de lazer ..........................................60 Figura 6.29 Quadro fixo e janelas maxim-ar no salão de jogos.................................60 Figura 6.30 Portas e janelas de correr em conjunto com o projeto arquitetônico Eurosystem..., 2005. ..........................................................................................61 Figura 6.31 Janelas de correr com persianas recolhíveis nos dormitórios Eurosystem..., 2005. ..........................................................................................61 Figura 6.32 Estacionamento no pavimento térreo. Esquadrias acústicas. ...............62 Figura 6.33 Detalhe da janela maxim-ar Linha Mondiale. .........................................63 Figura 6.34 Esquadrias em PVC - Uniformidade à fachada ......................................63 Figura 6.35 Esquadrias de PVC atendendo o alto padrão. (Eurosystem..., 2005). ...64 Figura 6.36 Janelas maxim-ar Linha Mondiale em conformidade com a sofisticação do ambiente (Eurosystem..., 2005). ...................................................................65 vii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AFAP-PVC Associação dos Fabricantes de Perfis de PVC EPDM Poli Etileno Propileno Dieno HCl Acido Clorídrico MVC Monômero de Cloreto de Vinila PVC Policloreto de Vinila THF Tetrahidrofurânicos UV Ultravioleta viii SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................10 2 OBJETIVOS.......................................................................................................12 2.1 Objetivo Geral........................................................................................................... 12 2.2 Objetivo Específico ................................................................................................. 12 3 METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................13 4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................14 5 ESQUADRIAS EM PVC.....................................................................................15 5.1 Conhecendo o PVC ................................................................................................. 15 5.2 Propriedades do Perfil de PVC ............................................................................ 17 5.2.1 O Perfil de PVC e o Calor................................................................................. 18 5.2.2 O Perfil de PVC e o Fogo ................................................................................. 19 5.2.3 O Perfil de PVC e o Meio Ambiente ............................................................... 20 5.2.4 O Perfil de PVC e a Durabilidade.................................................................... 21 5.2.5 O Perfil de PVC e a Fotodegradação ............................................................. 21 5.2.6 O Perfil de PVC, a Água e o Vapor de Água................................................. 22 5.2.7 O Perfil de PVC e os Agentes Químicos ....................................................... 22 5.2.8 O Perfil de PVC e a Coloração........................................................................ 22 5.3 Esquadrias em PVC ................................................................................................ 23 5.3.1 Origem das esquadrias em PVC..................................................................... 23 5.3.2 A razão da escolha das esquadrias em PVC................................................ 24 6 6.1 EUROSYSTEM ARREDO & DESIGN ...............................................................25 A Empresa ................................................................................................................. 25 ix 6.2 6.2.1 Linha Versatile.................................................................................................... 27 6.2.2 Linha Splendore ................................................................................................. 29 6.2.3 Linha Mondiale ................................................................................................... 32 6.3 Estrutura Organizacional da Eurosystem......................................................... 34 6.3.1 Área Administrativa ........................................................................................... 35 6.3.2 Área Operacional ............................................................................................... 36 6.3.3 Área Técnica....................................................................................................... 38 6.3.4 Produção das Esquadrias de PVC ................................................................. 41 6.3.5 Montagem final das esquadrias....................................................................... 48 6.3.6 Embalagem pra transporte............................................................................... 48 6.3.7 Última Vistoria Pré-instalação.......................................................................... 49 6.3.8 Instalação ............................................................................................................ 50 6.3.9 Entrega da Obra................................................................................................. 55 6.4 7 Produtos e Serviços ............................................................................................... 27 Obras Executadas ................................................................................................... 56 6.4.1 Obra Residencial 1 ............................................................................................ 56 6.4.2 Obra Residencial 2 ............................................................................................ 59 6.4.3 Obra Comercial – Hotel .................................................................................... 62 6.4.4 Obra Comercial – Spa....................................................................................... 64 CONCLUSÃO ....................................................................................................66 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................68 10 1 INTRODUÇÃO A evolução dos materiais de construção civil aliado às novas tecnologias viabiliza a inovação, como por exemplo, a utilização do PVC - Policloreto de Vinila. Segundo a Gerência Setorial do Complexo Químico (Sá, 2005), o PVC teve início de produção industrial em 1931 e a partir de meados dos anos 70, começou a sofrer grandes pressões de ordem ambiental por envolver, na sua produção, o uso de cloro e derivados organoclorados. Estas pressões não impediram que a demanda de PVC continuasse a crescer a taxas médias superiores às do PIB mundial no período de 1980 a 1995, mas trouxeram como conseqüência principal uma elevação dos custos de investimento e produção pelas medidas de controle ambiental. Apesar de ser um produto já desenvolvido, o PVC continua evoluindo tecnologicamente, tanto em produto na busca de novas aplicações, como em processos, com a constante redução de custos operacionais, continua Sá (2005). O PVC foi muito utilizado para fabricação de tubos e conexões, chegando até a utilização em esquadrias. A partir da década de 80, novas utilizações vêm sendo pesquisadas para o PVC, como o exemplo da caixa de gordura, tanque para lavar roupa, caixa d´agua, telhas, divisórias e forros. 11 A evolução da tecnologia do PVC, continua Sá (2005), chegou às esquadrias na Alemanha, em meados dos anos 50, aumentando o volume de produção na década de 80, em função de diversos fatores, tais como: • A preocupação com a preservação da natureza, diminuindo a utilização de madeira, tanto na fabricação de esquadrias, como para outros fins na construção civil; • As esquadrias em ferro, até então muito utilizadas, apresentam necessidades de manutenção constantes, gerando custos ao seu consumidor; e • As esquadrias em alumínio, que assim como as de ferro apresentam necessidade de manutenção e igualmente às demais, deixa a desejar no que se refere à acústica e ao isolamento térmico. Estes três aspectos, preservação, manutenção e isolamento, contribuíram para o aumento na demanda do PVC na construção de esquadrias, caracterizando inovação e tecnologia na busca de produtos práticos e duráveis. As esquadrias em PVC surgem como alternativa de produto em substituição à madeira, ferro e alumínio, trazendo consigo diversas vantagens: ser atóxica, auto extinguível, durável, inalterável, reciclável, isolante térmica e acústica e com baixos custos de instalação. Estas características técnicas são abordadas no presente trabalho. 12 2 OBJETIVOS A utilização do PVC em esquadrias tem por objetivos: 2.1 Objetivo Geral Demonstrar as características técnicas do PVC, quando utilizado em perfis para fabricação de esquadrias de PVC, enfatizando a evolução tecnológica deste material em comparação aos materiais tradicionais. 2.2 Objetivo Específico Demonstrar o processo de produção de esquadrias em PVC desde o recebimento dos perfis estrudados, passando pela linha de montagem até a instalação das mesmas. Citar as linhas das esquadrias produzidas pela empresa Eurosystem Arredo & Design e sua sistemática de comercialização, produção e instalação. 13 3 METODOLOGIA DA PESQUISA O presente estudo de esquadrias de PVC está estruturado nas pesquisas em: • Revisões bibliográficas; • Catálogos Técnicos de Fornecedores e Fabricantes; • Sites de Empresas fabricantes de esquadrias de PVC; • Visitas Técnicas na área de produção de esquadrias e em obras realizadas pela empresa Eurosystem Arredo & Design. • Entrevistas com profissionais atuantes no mercado de esquadrias; e • Visita Técnica em obras já concluídas, com a proposta de verificar a qualidade do produto. 14 4 JUSTIFICATIVA As esquadrias em PVC apontam para um futuro promissor no mercado brasileiro da construção civil, pois detêm atributos técnicos e estéticos, que vêm proporcionando novas alternativas em esquadrias para engenheiros, arquitetos, decoradores e especificadores. Este produto vem sendo utilizado em obras novas, reformas e até mesmo na reposição de peças em edifícios históricos, o que garante um universo de aplicações, viabilizando novos estudos, pesquisas e desenvolvimento de novos produtos. A variedade de projetos de esquadrias atende às diversas áreas da construção civil; residenciais, comerciais e industriais, com opções de acabamento que atende às exigências dos padrões econômicos até obras requintadas. 15 5 ESQUADRIAS EM PVC As esquadrias de PVC são utilizadas em construções residenciais, comerciais e industriais. A diversidade de aplicação é proporcionada pelas características técnicas do produto, que se adaptam em diversas situações, regiões e padrões. A seguir são apresentadas as características técnicas das esquadrias de PVC, iniciando pelo produto base, que é o PVC. 5.1 Conhecendo o PVC O sal e o petróleo na forma de gás natural são a base para a fabricação do PVC, apresenta o Manual Técnico da empresa Eurosystem Esquadrias de PVC (Eurosystem..., 2005). Do petróleo obtém-se o etileno. Por eletrólise de uma mistura de água e sal obtém-se o cloro e a soda cáustica. Por meio de uma reação química entre o cloro (57%) e o etileno (43%), obtém-se o Monômero de Cloreto de Vinila MVC, que submetido à outra reação química, chamada polimerização, produz a molécula gigante - o polímero – que é denominado policloreto de vinila, conhecido como PVC, como mostra a Figura 5.1. 16 ’ Figura 5.1: Molécula Gigante Policloreto de Vinila. Instituto do PVC 2005. A esta resina de PVC são acrescentados aditivos que garantem: • Estabilidade térmica, proporcionando maior resistência ao intemperismo; • Aditivos modificadores de impacto, proporcionando maior resistência aos impactos; e; • Alta concentração de pigmentos brancos, cuja função é acentuar a resistência às radiações ultravioleta - UV evitando o amarelamento do PVC. Estes aditivos fazem com que o PVC utilizado na execução de esquadrias seja diferente daquele utilizados em tubos e conexões ou outros produtos, continua o Manual Técnico da empresa Eurosystem (Eurosystem...,2005). A Figura 5.2 apresenta o Processo de Produção do Composto de PVC. Figura 5.2: Processo de Produção do Composto de PVC. (Eurosystem..., 2005). 17 5.2 Propriedades do Perfil de PVC Segundo o Manual Técnico Neo Forma da empresa Vipal Medabil (Vipal..., 2005a), os perfis de PVC são projetados e dimensionados de forma a serem utilizados na fabricação de esquadrias, e atendam aos requisitos das normas brasileiras conforme Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT referentes a caixilhos e vidros. As normas da ABNT associadas são: • NBR 10.820/2000 – Caixilhos para edificação – Janelas – terminologia (ABNT 10.820/2000). • NBR 10.821/2000 – Caixilho para edificação – Janelas – especificação (ABNT 10.821/2000) • Normativo 02:111.04-011 – Perfis de PVC Rígidos - cor branca (ABNT, 2002) • NBR 7210 – Vidro na construção civil - terminologia (ABNT,1989) • NBR 7199 – Projetos, execução e aplicações do vidro na construção civil (ABNT,1988) O atendimento aos requisitos de desempenho preconizado por tais normas é função do tipo de esquadria, do tipo de edifício e da região de utilização, salienta o Manual Técnico Neo Forma (Vipal..., 2005a). Os perfis de PVC para esquadrias possuem de uma a três câmaras de ar destinadas a deságue, isolamento termoacústico e colocação de reforços metálicos. 18 A largura dos perfis foi concebida de maneira a conservar um máximo de luminosidade, sem comprometer a resistência mecânica, e são confeccionados em sua maioria nos comprimentos de 5,80 e 6,00 m, continua o Manual Técnico Neo Forma (Vipal..., 2005a). A Figura 5.3 demonstra ilustrativamente o corte de um perfil de esquadria de PVC. Figura 5.3: Corte ilustrativo do Perfil de Esquadrias PVC. (Eurosystem..., 2005). O perfil de PVC possui propriedades que devem ser amplamente conhecidas, buscando obter o melhor aproveitamento do produto final, conforme segue: 5.2.1 O Perfil de PVC e o Calor A degradação térmica do PVC puro se inicia em temperaturas entre 100 e 120ºC. 19 Como no processo de transformação (extrusão) atingem-se temperaturas superiores a 120ºC, são acrescidos ao PVC alguns estabilizantes térmicos que evitam a degradação térmica, segundo o Manual Técnico da empresa Eurosystem Esquadrias em PVC (Eurosystem..., 2005). Somente a partir de 70ºC, poderá se iniciar o processo de alteração de cor do PVC (amarelamento), temperatura esta que não é atingida no clima de nenhum país do mundo. Após o processo de extrusão, onde o PVC é transformado em perfil, não haverá alteração na coloração nem apresentação de amarelamento em temperaturas entre -10 e 70ºC. 5.2.2 O Perfil de PVC e o Fogo O Manual Técnico da empresa Eurosystem (Eurosystem..., 2005) relata que os produtos de PVC rígido caracterizam-se pelo seguinte comportamento em relação ao fogo: • Auto extingüiveis: Se houver a inflamação de um produto de PVC, o fogo se extinguirá sem que haja a necessidade de combate por meio de extintores, não propagando chamas; • Baixa combustibilidade: Combustível é qualquer elemento que alimente o fogo. O PVC, além de não ser um bom alimentador do fogo, possui a característica de 20 somente queimar quando colocado em contato direto com a chama. Não há queima do PVC por efeito do calor ou de faíscas; e • Atóxico: O gás resultante da combustão, o qual contém ácido clorídrico (HCI), possui um odor característico que serve apenas de alerta aos ocupantes, não possuindo nenhum componente tóxico. 5.2.3 O Perfil de PVC e o Meio Ambiente O PVC é o único material plástico tradicional que não é 100% originário do petróleo, contém 57% de cloro (derivado do cloreto de sódio – “sal de cozinha”) e 43% de petróleo. A principal ameaça ecológica para a humanidade é o efeito estufa, que está diretamente ligado à formação de gás carbônico, proveniente da queima de combustível fóssil, segundo o Manual Técnico da empresa Eurosystem (Eurosystem..., 2005). O PVC é o material que menos contribui para esta ameaça. Anos após anos, as estatísticas mostram que a utilização do PVC está aumentando em todo o mundo, graças não só ao fato de ser um material multiuso, mas também por ser conhecido e profundamente estudado, sem restrições, continua Eurosystem (2005). As esquadrias em PVC são ecologicamente corretas, podendo ser recicladas, e os aditivos, utilizados na composição são insolúveis, não poluidores. 21 5.2.4 O Perfil de PVC e a Durabilidade A vida útil dos produtos de PVC utilizados na construção civil acompanha a vida útil das edificações, ou seja, mais de 50 anos. Na Alemanha, é possível encontrar construções datadas do pós-guerra onde o PVC continua inalterado. Evidentemente, para a obtenção de uma durabilidade adequada, a formulação do PVC deve ser considerada levando-se em conta a degradação à qual o produto estará exposto, é o que afirma Eurosystem (2005). 5.2.5 O Perfil de PVC e a Fotodegradação O Manual Técnico Eurosystem (Eurosystem..., 2005), relata que o PVC utilizado na fabricação de esquadrias apresenta em sua composição aditivos absorvedores de radiação ultravioleta, impedindo alteração de cor (amarelamento) em temperaturas entre 10 e 70ºC. 22 5.2.6 O Perfil de PVC, a Água e o Vapor de Água A água e o vapor de água, bem como a atmosfera marítima não são agentes agressivos ao PVC, segundo Eurosystem (2005). É importante notar que a resistência do PVC à água implica, em muitos casos, em uma maior durabilidade dos perfis em PVC, quando comparado com outros produtos fabricados com outros materiais. 5.2.7 O Perfil de PVC e os Agentes Químicos O PVC caracteriza-se por uma notável resistência química, sendo um dos melhores materiais para aplicação em ambientes sujeitos à poluição atmosférica e gases industriais. Os únicos agentes químicos que merecem atenção em relação ao PVC são os solventes clorados, cetônicos e tetrahidrofurânicos - THF, encontrados em algumas tintas e vernizes, colas e mastiques, continua Eurosystem (2005). 5.2.8 O Perfil de PVC e a Coloração. Os perfis de PVC para a fabricação de esquadrias são utilizados na cor branca, ou laminados madeira, pois segundo Eurosystem (2005), os testes efetuados 23 demonstram que os efeitos dos raios U.V. não alteram a estas colorações. Já nas demais cores em que os perfis poderiam ser oferecidos, a coloração é alterada quando expostos a estes raios. Segundo Madeira (2005), da empresa espanhola Veka Ibérica S.A., os perfis coloridos de PVC são menos utilizados devido ao seu preço ser superior em torno de 60%, se comparados com o branco. A pigmentação dos perfis da empresa Veka é dada no momento da extrusão dos perfis e os laudos dos órgãos oficiais demonstram que os perfis coloridos são tão eficazes quanto aos brancos com relação aos raios U.V., salienta Madeira. 5.3 Esquadrias em PVC Os perfis em PVC são utilizados para fabricação de esquadrias, buscando proporcionar maior conforto aos usuários dos ambientes onde as mesmas são instaladas. 5.3.1 Origem das esquadrias em PVC De acordo com o Instituto do PVC (2005), as indústrias nacionais, com interesse tanto nas casas populares, como nas de médio e alto padrão, procuraram o 24 aperfeiçoamento apostando em novos nichos de mercado. Segundo Rosa (2005), presidente da Associação dos Fabricantes de Perfis de PVC para a Construção Civil – Afap-PVC, as esquadrias de PVC surgiram em 1955, na Alemanha, e no Brasil, apenas em 1983 começaram a ser comercializadas. Rosa (2005) acredita que a entrada da Tubos e Conexões Tigre no mercado criará maior aceitação do produto, pois as versões brasileiras já possuem o padrão que satisfaz europeus e norte-americanos. 5.3.2 A razão da escolha das esquadrias em PVC Ainda segundo o Instituto do PVC (2005), em 1983, a Irmãos Petroll inaugurou a era das esquadrias de PVC no Brasil. O diretor da empresa, Roberto Petroll, lembra que a idéia inicial, isolar a moradias do frio no inverno sulista, deu lugar a um mal dos centros urbanos, os ruídos intensos. Tais ruídos exigem isolamento acústico seja em escritórios ou em residências. Em 1998, a estimativa era de que anualmente, 500 toneladas de PVC eram transformadas em 33.500 janelas. Na ocasião, fabricado em oito modelos, o produto era comercializado principalmente no Rio Grande do Sul e em São Paulo, além de Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso. O litoral também está no roteiro de conquistas do produto de PVC, pois além de ser imune à ferrugem e ao cupim, afirma o Instituto do PVC (2005), ainda dispensa manutenção. 25 6 EUROSYSTEM ARREDO & DESIGN A Empresa Eurosystem Arredo & Design, responsável pela fabricação das esquadrias de PVC é analisada no presente estudo de caso por apresentar qualidade técnica, diversificação de produtos e aceitação do público em geral, sendo detalhada a seguir. 6.1 A Empresa A Eurosystem Arredo & Design, atua no mercado desde 2002 com sede na cidade de São Paulo, onde também possui show room para melhor demonstração do seu produto. Atende toda a região metropolitana, o interior e o Litoral do Estado de São Paulo com maior freqüência, podendo atender outras localidades que venham a contratar seus serviços. Os perfis de PVC utilizados pela Eurosystem são desenvolvidos e confeccionados pela empresa Vipal Medabil, utilizando resina de PVC da empresa Braskem S.A. A Braskem é a maior produtora de resinas de PVC da América Latina, segundo Guidolin (2005), diretor de marketing e desenvolvimento da unidade vinílicos desta 26 empresa. O Grupo Vipal Iniciou suas atividades em 1973 na cidade de Nova Prata, na Serra Gaúcha. A partir da operação da Borrachas Vipal, que atua no segmento de beneficiamento de borrachas, no qual é líder, o Grupo Vipal estendeu suas operações para outras áreas no Brasil e no exterior, culminando com a aquisição de importantes marcas e empresas. A Vipal Medabil – Plásticos Vipal S.A., foi incorporada em 2004 pelo Grupo Vipal e atua no segmento de termoplásticos, no qual também é líder, e oferece inúmeras soluções para a construção civil, como portas, revestimentos, forros, divisórias, persianas, esquadrias e sistemas construtivos conforme ilustrado na Figura 6.1. Figura 6.1: Sistemas Construtivos em PVC. (Vipal..., 2005a). A partir de 1998, a Vipal Medabil passou a oferecer ao mercado esquadrias em PVC de alta qualidade e desempenho, contando, em 2005, com uma rede de licenciados, 27 que sempre atua com alta capacidade de produção e especificação para um mercado crescente de luxo e sofisticação, segundo o Catálogo Técnico da Vipal Medabil (Vipal..., 2005b). Com certificação ISO 9001 versão 2000, investindo em alta tecnologia e pesquisas, a Vipal Medabil está sempre na busca de novos produtos, novas soluções e novos conceitos em PVC, continua o Catálogo Técnico da Vipal Medabil (Vipal..., 2005b). 6.2 Produtos e Serviços As esquadrias Eurosystem são comercializadas, segundo Cassetari (2005), diretora da empresa, por meio de seus vendedores, que são profissionais da área de arquitetura capacitados para acompanhar e auxiliar tanto o arquiteto ou engenheiro responsável pela obra, como o proprietário na escolha mais adequada de linhas e modelos a serem utilizados na obra em questão. 6.2.1 Linha Versatile Desenvolvidos especialmente para o padrão brasileiro de construção, os perfis da linha Versatile, são esbeltos e econômicos, apresentando assim a melhor relação custo-benefício do mercado. 28 A Figura 6.2 ilustra o perfil da linha Versatile. Figura 6.2: Perfil Versatile Maxim-ar. (Eurosystem..., 2005). Os perfis de aproximadamente 3cm de espessura permitem vidros simples, laminados, temperados ou duplos com espessuras de até 14mm. Os diversos modelos são combináveis apresentando versatilidade, sendo possível a utilização de venezianas ou persianas de subir e descer com acionamento manual ou motorizado em todos os modelos, além de possibilitar a instalação de telas mosquiteiras recolhíveis. Os acessórios da linha Versatile podem ser das marcas nacionais Udinese ou Fermax. Os Modelos oferecidos na linha Versatile estão ilustrados na Figura 6.3. 29 Figura 6.3: Modelos oferecidos na linha Versatile. (Eurosystem..., 2005). As esquadrias da linha Versatile são normalmente utilizados em obras que não exigem grau muito elevado de acabamento ou em áreas de serviço das obras de alto padrão. 6.2.2 Linha Splendore A linha Splendore é intermediária entre as linhas Versatile e Mondiale ilustrada na Figura 6.4. 30 Figura 6.4: Perfil Splendore Maxim-ar. (Eurosystem..., 2005). Disponível em vários modelos, com perfis de aproximadamente 4cm de espessura, a linha Splendore proporciona maior flexibilidade nos vãos e permite a utilização de vidros duplos de até 22mm de espessura. Os modelos oferecidos na linha Splendore são ilustrados na Figura 6.5. 31 Figura 6.5: Modelos oferecidos na linha Splendore. (Eurosystem..., 2005) Os acessórios são importados da empresa francesa GU, para os modelos correr e abrir. Os acessórios são nacionais das empresas Udinese ou Fermax nos modelos maxim-ar. 32 Assim como na linha Versatile nos diversos modelos da linha Splendore é possível a utilização de persianas de acionamento manual ou motorizado, além de ser possível também a instalação de telas mosquiteiras recolhíveis. 6.2.3 Linha Mondiale A linha Mondiale é produzida a partir de perfis mais robustos e acessórios importados, seguindo o padrão europeu de esquadrias em PVC, ilustrada na Figura 6.6. Figura 6.6: Perfil Splendore Maxim-ar. (Manual Eurosystem, 2005). A linha Mondiale utiliza acessórios franceses, importados da empresa GU, conferindo maior sofisticação e diversidade de modelos. Os modelos oferecidos na linha Mondiale estão ilustrados na Figura 6.7. 33 Figura 6.7: Modelos oferecidos na linha Mondiale. (Eurosystem..., 2005). A espessura dos perfis de aproximadamente 6cm permite maior desempenho termo-acústico, atendendo com segurança e robustez grandes vãos. A linha Mondiale disponibiliza o uso de micro persianas internas, nos modelos oscilobatente, possibilitando a utilização de vidros duplos, de até 33mm de espessura, valorizando ainda mais seu design. Nos demais modelos, podem ser utilizados vidros simples, laminados, temperados ou duplos de até 22mm. 34 As persianas, assim como nas demais linhas, podem ser de acionamento manual ou motorizado, além de ser possível a instalação de telas mosquiteiras recolhíveis. 6.3 Estrutura Organizacional da Eurosystem A empresa Eurosystem Arredo & Design (Eurosystem..., 2005) apresenta desde 2004 o fluxograma ilustrado na Figura 6.8. DIRETORIA Orçamento Documentos de Vãos Fechamento Vendas Projeto Contrato Medição Operacional Equipe Produção De Instalação INSTALAÇÃO Administrativo Técnico Operacional Figura 6.8: Fluxograma da Empresa Eurosystem. (Eurosystem..., 2005). 35 6.3.1 Área Administrativa A equipe de vendas, mediante padrão da empresa, apresenta ao cliente todas as linhas e modelos disponíveis. Aos vãos que precisam de atenção especial, são apresentadas soluções tecnicamente viáveis que atendam a necessidade do projeto, sem modificar as características do mesmo. Com o objetivo de constatação, o cliente poderá efetuar uma ou mais visitas a obras já concluídas pela empresa Eurosystem, onde poderá ter uma visão mais ampla da situação real de esquadrias já instaladas, verificando o funcionamento, acabamento, versatilidade e praticidade das mesmas, certificando-se até mesmo do grau de satisfação do cliente que adquire as esquadrias em PVC Eurosystem, salienta Cassetari (2005). Buscando atingir o mais alto nível de qualidade, em situações críticas tais como vãos com dimensões muito grandes que saiam das condições padrões e que exijam um maior planejamento, são apresentadas soluções alternativas para atender as necessidades do cliente. Com a aprovação do contrato pelo cliente, o departamento operacional é acionado para dar continuidade ao processo. 36 6.3.2 Área Operacional Após a comunicação do departamento comercial que o contrato da obra foi aprovado e assinado, o departamento operacional agenda com o cliente uma visita mediante cronograma da obra. Nesta visita, o responsável pela área operacional executa a medição, efetuando três medidas; horizontais, inferior, mediana e superior, e três medidas verticais; esquerda, mediana e direita, conforme Figura 6.9, avaliando as condições de prumo e esquadro dos vãos pelo menos nas partes superiores e laterais, pois a partir das dimensões levantadas “in loco” é que será dado encaminhamento ao departamento de projetos que fará a elaboração do sistema de fabricação das esquadrias, considerando uma folga de apenas dez milímetros para menor com relação a estas dimensões. Figura 6.9: Modelo para medição de vãos. 37 Nos casos onde a diferença das dimensões é superior ao valor pré-determinado, é informado ao engenheiro ou responsável pela obra a necessidade de se corrigir os mesmos, evitando problemas no momento da instalação das esquadrias. Com relação aos vãos que tenham sido relacionados como especiais, uma explicação da solução técnica adotada é dada ao engenheiro ou responsável pela obra em conjunto com o mestre, frisando as dimensões e formas que deverão se apresentar os mesmos no momento da instalação das esquadrias, principalmente na parte inferior do vão, onde serão colocadas as soleiras, peitoris e pingadeiras. São fornecidas ao engenheiro amostras dos diversos tipos de perfis que deverão ser utilizados nestes vãos, conforme ilustra a Figura 6.10, com o objetivo de auxiliar o executor do detalhe em questão. Figura 6.10: Amostra de perfis para execução de detalhes na obra. Eurosystem...,2005. 38 Após a medição e análise de todos os vãos das esquadrias contratadas, o responsável pela área operacional envia todas as informações obtidas na obra ao departamento de projetos de detalhes técnicos que passará então a dar continuidade ao processo. 6.3.3 Área Técnica Uma vez listados todos os vãos com suas dimensões e características peculiares das esquadrias, segundo Firmino (2005), responsável pelo Departamento de Detalhes Técnicos, a equipe de projetos se encarrega de executar os detalhes necessários que serão enviados num prazo máximo de uma semana ao engenheiro ou responsável pela obra. Todos estes detalhes são estudados e analisados, com o estreito relacionamento entre o projetista e o responsável pelo Departamento de Produção, que em conjunto participam desta elaboração. A discussão sobre qual o melhor perfil, qual o melhor acessório ou qual o melhor acabamento para atender a necessidade do cliente se dá neste momento, pois os detalhes devem chegar concluídos e com a certeza do perfeito funcionamento nas mãos do engenheiro ou responsável pela obra. 39 O detalhe mais freqüente nas obras está relacionado à necessidade nos modelos de porta de correr, ou giro com soleira, das linhas Versatile, Splendore e Mondiale, de se executar os rebaixos de 50, 60 e 70mm respectivamente, conforme ilustrado na Figura 6.11, entre o piso acabado interno e a face superior da soleira ou piso acabado externo, para que proporcione a perfeita acomodação da esquadria, evitando que o seu perfil inferior fique saliente, criando o que é chamado de tropeço, trazendo um grande desconforto ao usuário. Figura 6.11: Rebaixo para acomodação do perfil inferior porta de correr. Eurosystem..., 2005 O perfil “Z” ilustrado na Figura 6.11 tem a função de fixar o afastamento necessário para que a folha da porta corra livremente. Além dos detalhes técnicos é elaborado também um documento intitulado Documento de Vãos para Instalação, no qual estão relacionados todos os vãos com as dimensões levantadas in loco para que o responsável pela obra possa checar e 40 acompanhar o que foi acordado na visita de medição dos vãos, conforme ilustra a Figura 6.12. VÃOS PARA FABRICAÇÃO DAS ESQUADRIAS DE PVC Conforme Contrato P-05-438-A2, fica acordado entre as partes as medidas dos vãos acabados a serem instalados os caixilhos, bem como o esquadro e o prumo dos mesmos. Como segue, Vãos das esquadrias Item Un Largura Altura Altura mm interna externa mm mm Localização Modelo Instalação Jan. correr J1 01 1716 1212 Mesma Hóspedes Faceando Linha interno Splendore J2 01 1333 1038 Mesma Banho Hóspedes Maxim-ar Linha Obs. Faceando Versatile interno Porta correr J3 01 1400 2130 2190 Sala TV Linha Projeto Splendore Porta corer J4 02 1680 2130 2200 Sala Estar Linha Projeto Mondiale OBSERVAÇÃOES: - Este documento é composto de 3 páginas - As medidas apresentadas deverão ser respeitadas, não sendo necessárias folgas adicionais. - Anexos os detalhes para a elaboração dos vãos para a instalação de portas com o trilho inferior em rebaixo, ou embutido ( casos J7, J13 , J13 A1/A2/A3, J14, J14A e J20) De acordo em ___/___/ 2005 _____________________________ Responsável: Engenheiro ou Arquiteto __________________________ Contratante: Proprietário Figura 6.12 Documento de Vãos para Instalação 41 Nos casos dos vãos que não estavam requadrados e acabados na ocasião da visita de medição, estes deverão respeitar as dimensões relacionadas no Documento de Vãos para Instalação e nos detalhes elaborados pelo Departamento de Detalhes Técnicos. Após revisão minuciosa por parte do responsável por este departamento, o Documento de Vãos para Instalação é enviado ao engenheiro ou responsável pela obra que deverá devolvê-lo assinado declarando a aceitação do mesmo. Qualquer dúvida que ainda persista ou qualquer modificação que deva ser feita deverá ser comunicada até a aceitação deste documento, pois tão logo o mesmo retorne ao departamento responsável será encaminhado ao Departamento de Produção de Esquadrias que dará início ao processo de fabricação das mesmas. A fabricação das esquadrias não se inicia enquanto o Documento de Vãos para Instalação não retorna com a aceitação da obra, evitando assim quaisquer eventuais surpresas no momento da instalação das mesmas. 6.3.4 Produção das Esquadrias de PVC Assim que o contrato é efetivamente fechado com o cliente, é elaborada por meio de um software desenvolvido especialmente para se trabalhar com esquadrias de PVC, uma listagem de compra de matéria prima, que são os perfis da empresa Vipal 42 Medabil que desde 2002 fornece os perfis de alta tecnologia e qualidade certificada pela ISO 9001 versão 2000, segundo Figueira (2005), sócio da empresa e responsável pelo departamento de compras. A parceria Vipal Medabil X Eurosystem tem alcançado as metas de bom atendimento, personalização de projetos e expansão de mercado, pois busca a evolução da equipe de profissionais que lhes prestam serviços oferecendo treinamentos atualizados da área de atuação, além de programas de acidente zero e perda zero incorporados ao cotidiano destes profissionais. Com a aquisição da matéria prima, ao chegar na fábrica de esquadrias Eurosystem, os perfis são estocados horizontalmente, de preferência, em cavaletes ou prateleiras para que fiquem em pilhas separadas. Segundo Figueira (2005), isso permite uma otimização do espaço físico e facilita o acesso, assim como a colocação e retirada no estoque. Os perfis devem ser estocados em um ambiente seco e protegido da luz solar. Se estocados ao ar livre, é imperativo protegê-los da água e dos raios solares. Antes de serem usados na fabricação de janelas, devem ser climatizados à temperatura da área de montagem, que deverá ser de no mínimo 15°C. Caso esse procedimento não seja adotado, corre-se o risco de obter uma má qualidade de junta na solda. Uma má homogeneização quando se está fundindo o material, causada por perfis abaixo da temperatura estipulada, pode ocasionar bolhas de ar, causadas pela 43 umidade na solda. Isso provoca uma probabilidade alta de quebra da mesma, salienta Mendes (2005), responsável pela linha de produção da fábrica. O primeiro passo para a fabricação de uma esquadria se dá com o corte. A serra utilizada para o corte de perfis de PVC, com lâmina especial, não deve ser utilizada para corte de outros materiais, como alumínio e aço. Para esses materiais pode-se usar uma serra policorte. A lâmina da serra deve estar bem limpa, e livre de gordura ou graxa. A presença de sujeira irá reduzir, significativamente, a qualidade da solda. A dimensão da lâmina, o número de dentes e a velocidade de giro devem ser adequados para cortar perfis de PVC, conforme instruções do fabricante da máquina, ilustrada na Figura 6.13. Figura 6.13 Máquina para corte de perfis de PVC (Eurosystem..., 2005). 44 Os perfis cortados devem ser soldados no período de 24 horas, para evitar que as superfícies sujem ou molhem. O plano de corte deve apresentar, exatamente, a inclinação prevista, que normalmente é de 45°. Deve ser perpendicular à linha visual dos perfis. Se essas condições não forem cumpridas corretamente, será impossível realizar uma solda homogenia e perfeita, continua Mendes (2005). O comprimento do corte, normalmente, deve ser dimensionado de 2,5 a 3mm maior para cada canto soldado, para compensar a perda de material no momento da solda, conforme ilustra a Figura 6.14. Figura 6.14 Consumo de PVC no momento da solda (Eurosystem, 2005). Executado o corte dos perfis de PVC, estes vão para a seção de colocação do reforço estrutural. Este reforço é de aço galvanizado com espessuras que variam de 1 a 2mm conforme a linha e necessidade da peça. 45 Na câmara do perfil projetada para esta finalidade são inseridos os reforços metálicos, conforme Figura 6.15, que darão a estabilidade e inércia necessárias para as esquadrias produzidas. Figura 6.15 Fixação do reforço metálico internamente ao perfil de PVC. Utilização de parafuso na parte posterior do perfil (Eurosystem..., 2005). É importante salientar que os reforços metálicos inseridos nas esquadrias de PVC, não alcançam as bordas dos perfis, ficando afastados destas aproximadamente 20mm, conforme demonstra a Figura 6.16, pois caso contrário não seria possível efetuar a solda termoplástica dos perfis, uma vez que os reforços metálicos se encontrariam dificultando a junção dos perfis de PVC, comenta Mendes (2005). 46 Reforço Recuo com Metálico em Aproximadamente Aço 20mm Galvanizado Figura 6.16 Limitação do reforço metálico dentro do perfil de PVC Eurosystem..., 2005. Segundo Mendes (2005), é nesta etapa que são confeccionadas nas esquadrias as usinagens para colocação de fechaduras, maçanetas e acessórios em geral. Após a inserção do reforço metálico na câmara do perfil de PVC, e executadas todas as usinagens necessárias, este é encaminhado à máquina de solda termoplástica. Esta máquina possui uma resistência interna que eleva a temperatura da barra termoaquecedora a uma temperatura que varia de 230 a 250 °C, ilustrado na Figura 6.17. Ao atingir esta temperatura a barra é elevada e atrai automaticamente as duas extremidades dos perfis que serão soldados. 47 Figura 6.17 Máquina com barra termoaquecedora para fabricação de esquadrias de PVC (Eurosystem..., 2005). Após a execução da solda termoplástica, as peças são levadas à outra máquina que tem a finalidade de fazer a limpeza do excesso de PVC decorrente da soldagem. Esta máquina comenta Mendes (2005), além de fazer a limpeza dá o acabamento final sobre a solda dos perfis conforme Figura 6.18. Figura 6.18 Máquina de acabamento das soldas dos perfis de esquadrias de PVC Eurosystem, 2005. 48 6.3.5 Montagem final das esquadrias Já com os perfis soldados e com os acabamentos das soldas executados, as esquadrias vão para a seção de finalização. Segundo Mendes (2005), é nesta etapa que são colocados os vidros e telas mosquiteiras encaixilhadas. Com as esquadrias totalmente montadas, as peças que necessitam de uma atenção especial, tais como arcos e peças projetadas exclusivamente para atender situações diferenciadas na obra, são testadas em condições reais de funcionamento, em vãos reguláveis metálicos construídos exclusivamente para esta finalidade. Após a avaliação e aprovação de perfeito funcionamento as peças são enviadas para a seção de embalagem para posterior transporte, continua Mendes (2005). 6.3.6 Embalagem pra transporte Após a montagem final das esquadrias, as mesmas são embaladas com plástico bolha e folhas de papelão para serem transportadas. Na parte externa das embalagens, as peças são identificadas com seus respectivos códigos para que seja possível a conferência tanto no momento de carregá-las como no momento de recebê-las no local da obra, continua Mendes (2005). 49 É elaborado um romaneio relacionando todas as peças, acessórios, acabamentos e vidros que por ventura venham a ser transportados soltos das peças por questões específicas de instalação. Mendes (2005) comenta que este romaneio é conferido no momento do recebimento das esquadrias na obra tanto pela Eurosystem quanto pelo responsável da obra, que deverá assinar este romaneio de recebimento, ficando ciente das condições e quantidade das peças, evitando transtornos posteriores. 6.3.7 Última Vistoria Pré-instalação Está mencionado no contrato da Eurosystem, que quinze dias antes da data prevista para a instalação das esquadrias de PVC na obra, o engenheiro da empresa estará realizando uma última vistoria pré-instalação. Esta vistoria tem por objetivo verificar se os vão estão em condições de receber as esquadrias, esclarecendo as últimas dúvidas que possam ter restado, para que não ocorram surpresas no momento da instalação. Caso seja encontrada alguma irregularidade, é solicitada imediatamente a correção da mesma, frisando qual a data prevista para a instalação. 50 6.3.8 Instalação A instalação das esquadrias de PVC pela empresa Eurosystem, segundo Silva (2005), encarregado de instalações, é executada da seguinte forma: • Primeiramente as esquadrias são identificadas pelos códigos existentes nas embalagens e são levadas para os cômodos onde serão instaladas. Em seguida é efetuada a conferência do prumo e nível do vão, bem como a checagem das dimensões do mesmo. Estando o vão em perfeito estado, o marco da esquadria é posicionado com os calços que auxiliam na instalação, conferindo-se o prumo e o nível desta vez do marco e não mais do vão. • Com o marco já posicionado, são efetuadas as perfurações nas paredes através de furos pré-existentes nas esquadrias por onde são inseridos as buchas e os parafusos de fixação. Neste momento é executado o pré-aperto destes parafusos de fixação e junto a eles são aplicados pontos de espuma de poliuretano expandido que em conjunto farão a efetiva fixação da esquadria no vão, conforme Figura 6.19. 51 Figura 6.19 Aplicação de espuma de Poliuretano expandido junto aos parafusos de fixação (Eurosystem..., 2005b). As folhas das janelas e portas são colocadas no marco com a finalidade de verificar se as mesmas estão funcionando perfeitamente, pois caso seja encontrado algum problema ainda é possível a correção sem muita perda de tempo, pois o marco não está totalmente fixado. • Feita a verificação e com estes pontos de espuma já secos, tampam-se temporariamente as câmaras dos deságües com fita crepe não permitindo a entrada de espuma de poliuretano expandido evitando o fechamento desta câmara, e a espuma é aplicada em todo o perímetro da esquadria, conforme Figura 6.20, tomando-se o cuidado de na parte externa deixar uma reentrância com aproximadamente 10mm interna ao marco, para que o silicone de vedação seja aplicado neste local posteriormente. 52 Figura 6.20 Aplicação de espuma de poliuretano expandido em todo o perímetro da peça (Eurosystem..., 2005b). É importante que seja aplicada a quantidade certa desta espuma, sem exageros, evitando que a força desta espuma sobre a esquadria venha a deformá-la nos pontos entre os parafusos de fixação. Assim que os serviços de fixação da esquadria estiverem completos, deve-se efetuar o fechamento dos furos onde os parafusos foram inseridos, preenchendo-os com silicone e utilizando os tapa-furos, conforme Figura 6.21, evitando assim que a água de chuva venha a atingir os reforços que neste ponto estão aparentes até este momento. 53 Figura 6.21 Preenchimento dos furos de fixação com silicone para colocação dos tapa-furos (Eurosystem..., 2005a). Após a completa secagem da espuma de poliuretano expandido, a quantidade que expandiu para fora do marco é removida com estilete e em seguida são iniciados os serviços de vedação e acabamento das peças. • A vedação das peças é executada com a aplicação de silicone em todo o perímetro externo da peça, preenchendo a reentrância de aproximadamente 10mm deixada na aplicação da espuma de poliuretano expandido. Deve ser dada total atenção a este trabalho, pois qualquer falha poderá levar ao aparecimento de umidade junto à esquadria. Imediatamente após a aplicação do silicone de vedação, sobre este são colocados os acabamentos das esquadrias, sendo utilizada com maior freqüência a Meia Cana externamente e o Pinázio ou a Guarnição internamente, ilustrados na Figura 6.22. 54 PINÁZIO MEIA-CANA GUARNIÇÃO Figura 6.22 Acabamentos utilizados nas Esquadrias de PVC (Eurosystem..., 2005). Com os acabamentos já instalados é aplicada uma fina camada superficial de silicone nas interfaces acabamento parede e acabamento marco, com a finalidade de aperfeiçoar esteticamente estas áreas. Todo excesso de silicone deve ser removido com a utilização de álcool isopropílico, produto que não agride o PVC, salienta Silva (2005). As esquadrias de PVC possuem películas adesivas que vem na superfície dos perfis fornecidos pela Vipal Medabil. Estas películas deverão ser removidas assim que os serviços de instalação estejam concluídos, conforme Figura 6.23, pois as mesmas 55 não possuem características de proteção e após pouco período de tempo expostas ao sol ressecam tornando sua remoção muito mais trabalhosa. Figura 6.23 Remoção das Películas Adesivas (Eurosystem..., 2005). 6.3.9 Entrega da Obra A obra é considerada concluída quando todas as peças estão instaladas e em perfeito estado de funcionamento. Para a entrega da obra é marcada uma reunião com o proprietário ou com o engenheiro ou arquiteto responsável, e é executada uma última vistoria em todas as peças demonstrando a função e características das esquadrias de PVC. 56 Com a obra aceita pelo proprietário ou responsável, o documento Termo de Entrega de Obra é assinado e é dada a garantia de 5 anos pelas esquadrias instaladas. 6.4 Obras Executadas A seguir serão demonstradas algumas obras executadas com esquadrias em PVC, desde condições mais usuais até aquelas que necessitaram de projetos e instalações especiais. 6.4.1 Obra Residencial 1 Obra situada na cidade de Bertioga no Estado de São Paulo que atendeu a proposta de vencer grandes vãos e conter um produto que não seja agredido pela maresia, mantendo a harmonia com o estilo arquitetônico projetado. A solução encontrada foi a utilização de esquadrias em PVC que superaram as expectativas alcançando ótimos resultados, como segue: • Os grandes vãos foram vencidos conforme demonstrado nas Figuras 6.24 e 6.25. 57 Figura 6.24 Grandes vãos laterais (Eurosystem..., 2005). Figura 6.25 Grandes Vãos Frontais (Eurosystem..., 2005). 58 • As esquadrias mantiveram a harmonia com o estilo arquitetônico projetado conforme Figuras 6.26 e 6.27. Figura 6.26 Harmonia com estilo arquitetônico (Eurosystem..., 2005). Figura 6.27 Fachada Frontal. Vencendo grandes vãos em harmonia com o estilo arquitetônico (Eurosystem..., 2005). 59 Esta obra utilizou a Linha Splendore nas áreas de lazer, inclusive nos grandes vãos por possuírem perfis robustos o suficiente para utilizar vidros verdes laminados com 12mm de espessura. A Linha Versatile foi utilizada nos demais ambientes da residência por atender as características solicitadas tais como leveza aos ambientes com perfis mais estreitos e vidros incolores de 4mm. 6.4.2 Obra Residencial 2 Obra situada na cidade de Barueri, Estado de São Paulo cuja proposta foi atender a vãos de tamanho padrão, sem a necessidade de projetos e instalações especiais. Esta obra utilizou a Linha Versatile na cozinha, lavanderia, quarto de empregada e banheiro de empregada, por serem áreas de serviço. Nas áreas de lazer utilizou portas e janelas de correr, quadros fixos e maxim-ar da Linha Mondiale. Já nos dormitórios utilizou portas de correr com persianas recolhíveis da Linha Mondiale por gerar maior conforto impedindo a entrada de luminosidade, e agregar maior valor estético ao imóvel em conjunto com a solicitação do projeto arquitetônico. A solução encontrada foi a utilização de esquadrias em PVC gerando os seguintes resultados: • A Linha Mondiale utilizada nas áreas de lazer conforme demonstrado nas Figuras 6.28 e 6.29. 60 Figura 6.28 Portas e Janelas de correr na área de lazer Eurosystem..., 2005. Figura 6.29 Quadro fixo e janelas maxim-ar no salão de jogos Eurosystem..., 2005. 61 • As esquadrias de PVC em conjunto com a solicitação do projeto arquitetônico conforme demonstrado nas Figuras 6.30 e 6.31. Figura 6.30 Portas e janelas de correr em conjunto com o projeto arquitetônico Eurosystem..., 2005. • As persianas recolhíveis de PVC que impedem a entrada de luminosidade gerando maior conforto são demonstradas na Figura 6.27. Figura 6.31 Janelas de correr com persianas recolhíveis nos dormitórios Eurosystem..., 2005. 62 6.4.3 Obra Comercial – Hotel Obra situada na cidade de Porto Alegre no Estado do Rio Grande do Sul, cujo objetivo foi atender a necessidade do cliente com relação à acústica e uniformidade da fachada. Por estar em uma grande avenida e possuir área de estacionamento no pavimento térreo, o barulho gerado pelos automóveis poderia incomodar os hospedes, sendo assim foram utilizadas as esquadrias em PVC que atenderam as expectativas do cliente e proporcionaram conforto aos hospedes do hotel. As esquadrias utilizadas nesta obra foram da Linha Mondiale por possuírem maior capacidade acústica e são demonstradas nas Figuras 6.32, 6.33 e 6.34. Figura 6.32 Estacionamento no pavimento térreo. Esquadrias acústicas. Eurosystem..., 2005. 63 Figura 6.33 Detalhe da janela maxim-ar Linha Mondiale. Eurosystem..., 2005. Figura 6.34 Esquadrias em PVC - Uniformidade à fachada Eurosystem..., 2005. 64 6.4.4 Obra Comercial – Spa Obra situada na cidade de São Sebastião no Estado de São Paulo que buscou seguir o alto padrão do empreendimento com sofisticação, sem necessidade de manutenção periódica, que geraria um grande transtorno devido ao local de sua instalação. A opção adotada foi a utilização das esquadrias em PVC que atenderam e superaram as expectativas do cliente proporcionando um requinte a mais ao ambiente. As esquadrias utilizadas foram da Linha Mondiale por serem a melhor linha oferecida pela Eurosystem e atenderem as exigências do cliente. As Figuras 6.35 e 6.36 demonstram estas esquadrias instaladas. Figura 6.35 Esquadrias de PVC atendendo o alto padrão. (Eurosystem..., 2005). 65 Figura 6.36 Janelas maxim-ar Linha Mondiale em conformidade com a sofisticação do ambiente (Eurosystem..., 2005). 66 7 CONCLUSÃO O presente estudo caracterizou os sistemas construtivos utilizados na produção de esquadrias de PVC retratando a evolução tecnológica da matéria prima, dos equipamentos e da comercialização do produto, desde o atendimento ao cliente até a entrega da obra com a garantia dos serviços prestados. As linhas de esquadrias produzidas pela empresa focada neste estudo, a Eurosystem Arredo & Design, atendem a atual necessidade de mercado sendo empregadas da seguinte forma: • Linha Mondiale: Utilizada em obras de alto padrão, possui perfis mais robustos e de maior desempenho, com preço relativo de 150, se comparado com a linha Splendore adotada como média. • Linha Splendore: É uma linha intermediária entre a linha Mondiale e a linha Versatilie, sendo utilizada em obras de alto padrão solucionando as dificuldades encontradas em projetos especiais, com preço relativo de 100. • Linha Versatile: Utilizada em obras de padrão mais simples ou em áreas de serviços das obras de alto padrão, possui perfis mais estreitos, com preço relativo de 70 se comparada com a linha Splendore adotada como média. O diferencial da marca Eurosystem Arredo & Design encontra-se no sistema de atendimento ao cliente, buscando soluções técnicas que atendam as necessidades da obra, inovando e em perfeita sintonia com o projeto arquitetônico. 67 Em função da crescente demanda, o mercado apresenta-se em expansão. Com 0,5% do mercado de esquadrias no Brasil atualmente, pretende atingir 10% em 5 anos e 15% nos 10 próximos anos, segundo a empresa Braskem S.A., maior produtora de resinas de PVC da América Latina. Um dos aspectos de relevante importância é a fabricação de esquadrias de PVC em cores. As esquadrias de PVC são fornecidas atualmente na cor branca ou laminado madeira, e nos estudos já realizados a pigmentação ainda apresenta dificuldades de efetiva utilização devido às suas características químicas. Ensaios com estes materiais deverão continuar sendo executados, com o objetivo de viabilização dos perfis coloridos. A empresa Veka Ibérica S.A. disponibiliza os perfis coloridos e afirma que, conforme ensaios realizados em seus perfis, não existem evidências que desabonem seu produto com relação à perda de coloração e proteção contra os raios UV. Com a implantação das esquadrias de PVC desde 1983, o que caracteriza uso recente se comparado aos materiais tradicionais tais como madeira, ferro e alumínio, espera-se que com o passar do tempo, o controle de qualidade, bem como soluções técnicas de execução e instalação devam ser aprimoradas, visando maior colocação no mercado de esquadrias. 68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 2000. NBR 10.820/2000: Caixilhos para edificação – janelas terminologia. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 2000. NBR 10.821/2000: Caixilhos para edificação – janelas especificação. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 2002. NORMATIVO 02:111.04-011 – Perfis de PVC Rígidos – cor branca. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7210. 1989: Vidros na construção civil terminologia. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7199. 1988 – Projetos, execução e aplicações do vidro na construção civil. CASSETARI, E.; Elisabete A. Cassetari. Entrevistador: A. F. Godoi. São Paulo, 2005. EUROSYSTEM ARREDO & DESIGN; Manual Técnico – Portas e Janelas em PVC - Neoforma. São Paulo, 2005. FIGUEIRA, W. Q.; Wanderley Quaglia Figueira. Entrevistador: A. F. Godoi. São Paulo, 2005. FIRMINO, R. A.; Rogério Alves Firmino. Entrevistador: A. F. Godoi. São Paulo, 2005. GUIDOLIN, L.N. Braskem S.A. – Diretoria de marketing e desenvolvimento da unidade de vinílicos. Disponível em: http://www.plastico.com.br/revista/pm349/pvc1.htm Instituto do PVC; Íntegra da edição n°4 Mai/Jun 1998 – Janelas de PVC abrem nicho de mercado. Disponível em: http://www.institutodopvc.org/atualidades4.htm#jan.doc. Acesso em 18.jul.2005. 69 MADEIRA, C.; Carla Madeira. Entrevistador: A. F. Godoi. São Paulo, 2005. MENDES, B.S.; Bruno da Silva Mendes. Entrevistador: A. F. Godoi. São Paulo, 2005. ROSA, J.C. Associação dos Fabricantes de Perfis de PVC para a Construção Civil – Afap – PVC. Disponível em: http://www.institutodopvc.org/atualidades4.htm. Acesso em 10.jul.2005. SÁ,R.P.M. Área de Operações Industriais 1-A01 – Gerência Setorial do Complexo Químico – Informe Setorial n°07 – Policloreto de Vinila. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/pvcinf4.pdf. Acesso em 05.jun.2005. SILVA, M.; Moacir da Silva. Entrevistador: A. F. Godoi. São Paulo, 2005. Vipal Medabil; Manual Técnico Neoforma – São Paulo 2005a. Vipal Medabil; Catálogo Técnico – São Paulo 2005b. Yonezawa, J.; Longa Vida às Esquadrias de PVC. Diário do Grande ABC, São Paulo, 30 mai, 2004. Disponível em: http://www.institutodopvc.org/esquadr.htm. Acesso em 05 jun, 2005.