UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO DYESSICA THAIS ALVARENGA DOS REIS DA SILVA DESENVOLVIMENTO DE DIRETRIZES E AÇÕES PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA UNIOESTE, CAMPUS DE TOLEDO, PARANÁ TOLEDO 2013 DYESSICA THAIS ALVARENGA DOS REIS DA SILVA DESENVOLVIMENTO DE DIRETRIZES E AÇÕES PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA UNIOESTE, CAMPUS DE TOLEDO, PARANÁ Relatório Final de Estágio apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado em Secretariado Executivo Bilíngue II, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus de Toledo, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Secretariado Executivo. Orientadora: Profª Keila Raquel Wenningkamp Coorientador: Profº Dr. Camilo Freddy Mendoza Morejon TOLEDO 2013 Aos meus avós Abílio e Regina pela confiança depositada em minhas capacidades e pelo apoio dado em todos os momentos difíceis de minha vida. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que esteve comigo nos momentos de dificuldade e de fraqueza, sempre me vigiando, guardando e dando-me forças para seguir em frente e não desistir em meio às dificuldades. Agradeço de coração a todos os professores do curso de Secretariado Executivo, pois de certa forma todos contribuíram para a formação do meu ser profissional, lapidando e transformando meu modo de pensar e agir com a propagação de seus conhecimentos e conselhos. Tenho o imenso prazer de agradecer a minha orientadora, a professora Keila Raquel Wenningkamp, que realmente me surpreendeu com seus conhecimentos, dedicação, e mais ainda pela imensa paciência, compreensão para com a minha pessoa. Juntas enfrentamos o desafio de falarmos sobre um assunto novo, algo inovador e que de certa forma nos ensinou muito. Agradeço por sempre ter me incentivado, “pegado no meu pé” e não ter me deixado desistir, hoje vejo o quanto valeu a pena as noites passadas sem dormir. Agradeço ainda ao professor Camilo Freddy Mendoza Morejon, por ter me dado a oportunidade de trabalhar com ele, nessa área maravilhosa, a qual me surpreendi e aprendi muito. Agradeço pelos ensinamentos, a paciência em esclarecer as minhas dúvidas, que foram muitas, e também pela colaboração no desenvolvimento deste trabalho. Orgulho-me muito em dizer que trabalho com o senhor, que em minha opinião, é um ótimo profissional. Agradeço também a minha família, em especial aos meus avós, Abílio e Regina, e a minha tia Silvana, por sempre estarem ao meu lado, me incentivando e ajudando como podiam. Espero tê-los orgulhados. Agradeço ainda o meu marido, Junior Mello, por cooperar com a minha dedicação para com este trabalho, por aguentar as noites em que eu passava em claro, estudando, e por sempre me incentivar a correr atrás dos meus objetivos e sonhos. Não posso deixar de agradecer também as minhas guerreiras, minhas amigas e companheiras, Cristiane Bastos, Aline Mezzari, Andressa Figueiredo Abreu, Andressa Guez, Tatiana Uliana Caun, que sempre me acompanharam e me apoiaram durante esses anos de estudo. Por fim, agradeço a todos os colegas de sala, e a todas as pessoas que de certa forma me ajudaram e me apoiaram na realização deste trabalho, e ainda as que me ajudaram a compreender o caminho para o sucesso profissional. A todos um muito obrigada!!! “Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!” Clarice Lispector RESUMO Com o agravamento dos problemas relacionados à geração e ao mau gerenciamento dos resíduos sólidos nos últimos anos, o Brasil passou a ser permeado por discussões referentes à criação de medidas que visam diminuir ou ainda eliminar tais dificuldades. Entre essas medidas, encontra-se o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, que foi estabelecido pela Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. De acordo com essa Lei, fica constatado que o cumprimento da mesma é dever de todas as pessoas (órgãos) físicas ou jurídicas de direito público ou privado do país, tais como prefeituras, escolas, universidades e empresas em geral. Diante disso, este estudo teve por finalidade desenvolver diretrizes para serem incluídas na gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Toledo. Em termos metodológicos, a pesquisa apresentou abordagem qualitativa Essas diretrizes visam cooperar para com a diminuição da geração dos resíduos sólidos no Campus da Unioeste de Toledo e ainda a conscientizar e informar a toda população acadêmica, colaboradores e até mesmo da sociedade local e quem sabe até da região, a importância da separação seletiva, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos por eles gerados. Palavras – Chave: Diretrizes. Planos de gestão de resíduos sólidos. Universidade. ABSTRACT With the worsening of the problems related to the generation and meager solid waste management in recent years, Brazil became permeated by discussions regarding the creation of measures that aim to reduce or eliminate such difficulties. Among these measures is the Plan of Solid Waste Management, which was established by Law 12.305, of August 2, 2010, instituting the National Policy on Solid Waste. According to this Law, it is found that compliance with it is the duty of all people or entities of public or private law of the country, such as town halls, schools, universities and companies in general. Thus, this study aimed to develop guidelines to be included in the solid waste management from the State University of West Paraná (Unioeste), Campus of Toledo. In terms of methodology, the research presented qualitative approach. These guidelines direct to cooperate with the decrease in generation of solid waste on the campus of Unioeste Toledo and still educate and inform the entire academic population, employees and even the local society and the region of the importance of selective separation, packaging, storage, collection, transportation, treatment and disposal of waste generated by them. Key-Words: Guidelines. Plans for solid waste management. University. RESUMEN Con el agravamiento de los problemas relacionados con la generación y la escasa gestión de residuos sólidos en los últimos años, Brasil se encontró permeado por los debates sobre la creación de medidas que tienen como objetivo reducir o eliminar tales dificultades. Entre estas medidas está el Plan de Manejo de Residuos Sólidos, que fue establecido por la Ley 12.305, del 2 de agosto de 2010, que instituye la Política Nacional de Residuos Sólidos. De acuerdo con esta Ley, está dispuesto que el cumplimiento de ella es deber de todas las personas o entidades de derecho público o privado del país, tales como ayuntamientos, escuelas, universidades y empresas en general. Así, este estudio tuvo como objetivo elaborar directrices que se incluirán en el manejo de residuos sólidos de la Universidad Estadual del Oeste del Paraná (Unioeste), Campus de Toledo. En cuanto a la metodología, la investigación presenta enfoque cualitativo. Estas directrices objetivan cooperar con la disminución de la generación de residuos sólidos en el campus de la Unioeste de Toledo y todavía educar e informar a toda la población escolar, los empleados e incluso la sociedad local y regional de la importancia de la separación selectiva, envase, almacenamiento, recolección, transporte, tratamiento y disposición final de los residuos generados por ellos. Palabras clave: Directrices. Planes de gestión de residuos sólidos. Universidad. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Organograma da Unioeste – Campus de Toledo ..................................... 44 Figura 2 – Composição média dos resíduos sólidos coletados no Brasil em 2008 ... 59 Figura 3 – Tabela da gravimetria da disposição dos resíduos sólidos e preço médio (R$/Kg) ...................................................................................................................... 60 Figura 4 – Lixeiras de coleta seletivas ...................................................................... 62 Figura 5 – Sacos de lixo colorido para coleta seletiva ............................................... 63 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 13 2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 13 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 13 3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 14 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 17 4.1 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO EM RELAÇÃO AO MEIO AMBIENTE ..... 17 4.2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .............................................................. 19 4.3 GESTÃO AMBIENTAL ........................................................................................ 22 4.4 O PAPEL DAS UNIVERSIDADES PERANTE O MEIO AMBIENTE ................... 26 4.5 LEIS, DECRETOS E RESOLUÇÕES SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS ......... 28 4.5.1 Gestão de resíduos sólidos .............................................................................. 31 4.5.1.1 Destinação final dos resíduos sólidos ........................................................... 35 4.5.1.2 OS 5 R’s DA RECICLAGEM ......................................................................... 37 4.6 A NECESSIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS NAS UNIVERSIDADES ......... 38 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 40 6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS .................................................................................................................................. 43 6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL .................................................................. 43 6.1.1 Caracterização da Organização ....................................................................... 43 6.1.2 Histórico da organização .................................................................................. 46 6.1.3 Ambiente organizacional .................................................................................. 47 6.1.4 Operacionalização da organização .................................................................. 49 6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO .............................................................. 52 6.2.1 Análise de alguns modelos de gestão de resíduos sólidos já existentes ......... 52 6.2.2 Avaliação de vantagens e pontos críticos existentes nos modelos selecionados .................................................................................................................................. 55 6.2.3 O potencial econômico dos resíduos sólidos ................................................... 58 6.2.4.1 Adequação da Unioeste, Campus de Toledo ................................................ 62 6.2.4.2 Ações para os atores envolvidos na geração e gestão de resíduos sólidos . 64 6.2.4.2.1 Ações desenvolvidas para os acadêmicos ................................................. 65 6.2.4.2.1.1 Primeiro “R”: reduzir os resíduos sólidos ................................................. 65 6.2.4.2.1.2 Segundo “R” reutilizar os resíduos sólidos .............................................. 66 6.2.4.2.1.3 Terceiro “R” Reciclar os resíduos sólidos ................................................ 67 6.2.4.2.1.5 Quinto “R” recusar resíduos não biodegradáveis e não recicláveis ........ 68 6.2.4.2.2 Ações para os docentes ............................................................................. 68 6.2.4.2.2.1 Primeiro “R” Reduzir os resíduos sólidos ................................................ 69 6.2.4.2.2.2 Segundo “R” reutilizar os resíduos sólidos .............................................. 70 6.2.4.2.2.3 Terceiro “R” reciclar os resíduos sólidos ................................................. 70 6.2.4.2.2.4 Quarto “R” repensar sobre as questões dos resíduos sólidos ................. 71 6.2.4.2.2.5 Quinto “R” recusar produtos não biodegradáveis e não recicláveis ........ 72 6.2.4.2.3 Ações para os laboratórios ......................................................................... 72 6.2.4.2.3.1 Primeiro “R” reduzir a geração de resíduos sólidos................................. 72 6.2.4.2.3.2 Segundo “R” Reutilizar os resíduos sólidos............................................. 73 6.2.4.2.3.3 Terceiro “R” reciclar os resíduos sólidos ................................................. 73 6.2.4.2.3.4 Quarto “R” repensar sobre a questão dos resíduos sólidos .................... 74 6.2.4.2.3.5 Quinto “R” recusar produtos não biodegradáveis e não recicláveis ........ 74 6.2.4.2.4 Ações para o setor administrativo .............................................................. 75 6.2.4.2.4.1 Primeiro “R” reduzir a geração de resíduos sólidos................................. 75 6.2.4.2.4.2 Segundo “R” reutilizar os resíduos sólidos .............................................. 77 6.2.4.2.4.3 Terceiro “R” reciclar os resíduos sólidos gerados ................................... 77 6.2.4.2.4.4 Quarto “R” repensar sobre a questão dos resíduos sólidos .................... 78 6.2.4.2.4.5 Quinto “R” recusar produtos não biodegradáveis e não recicláveis ........ 78 6.2.5 Cartilha educativa com as diretrizes da gestão de resíduos sólidos ................ 79 6.2.6 Apresentação ao responsável .......................................................................... 80 6.2.7 Sugestões e Recomendações.......................................................................... 81 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 83 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 85 APÊNDICES ............................................................................................................. 90 1 INTRODUÇÃO A evolução econômica dos países e estados, através de construções de indústrias, escolas, universidades, entre outros fatores que geram oportunidades de emprego e de educação para a sociedade, juntamente com o aumento desordenado da população nesses locais, tem colaborado para o aumento na geração de resíduos sólidos causando danos muitas vezes irreparáveis à natureza e à saúde pública (VALERIO; SILVA; COHEN, 2008). De acordo com Gonçalves et al. (2010, p. 80), “nos últimos anos, esses resíduos apresentam-se como um dos principais problemas nas áreas urbanas, pois sua geração, descarte e disposição inadequados provocam diversos impactos ambientais, sociais, econômicos e de saúde pública”. O governo brasileiro, visando diminuir ou até mesmo acabar com esse problema, sancionou a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, na qual consta que é dever de todas as pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado o cumprimento da mesma (BRASIL, 2010). Diante disso, algumas empresas particulares, bem como órgãos e entidades da administração pública estadual e municipal, passaram a implantar e executar o Programa de Gestão de Resíduos Sólido (PGRS), com o intuito de reduzir a geração dos resíduos em seus recintos e de conscientizar os colaboradores, bem como a população da cidade e região, informando-lhes e orientando-os sobre a forma correta de acondicionar, armazenar, coletar, transportar, tratar e para onde destinar os resíduos sólidos gerados. Ressalta-se que esse programa consiste em um conjunto de procedimentos e métodos que tem como objetivo minimizar a geração de resíduos sólidos, visando eliminar os impactos ambientais negativos que vem aumentando cotidianamente e com isso prejudicando a saúde pública e a qualidade do meio ambiente (BRASIL, 2010). Tendo em vista esse cenário, torna-se relevante estudar a realidade particular da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Toledo, uma vez que esta ainda não possui um plano de gerenciamento de resíduos sólidos formalmente criado. Diante disso, este estudo tem por objetivo desenvolver diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus Toledo. Ressalta-se que o intuito não é a elaboração e implantação de um plano completo de gestão de resíduos sólidos, mas sim criar e fomentar algumas diretrizes que possam ser incluídas num futuro plano, por meio de ações pensadas e elaboradas especificamente para a Unioeste, Campus de Toledo. De acordo com Mesquita et al. (2010), um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) no meio universitário tem a finalidade de fornecer orientações referentes a coleta, tratamento adequado e disposição final dos resíduos sólidos gerados em seu âmbito organizacional, além de promover iniciativas para sensibilizar a comunidade acadêmica quanto às ações individuais e coletivas que de certa forma ajude a melhorar a qualidade de vida e a saúde da população. Diante do citado, percebe-se que a elaboração de diretrizes para a gestão de resíduos sólidos para a universidade é um importante passo para diminuir os impactos ambientais causados pelo mau gerenciamento dos resíduos sólidos. Lembrando que essas diretrizes beneficiam não somente o meio ambiente, mas também a universidade, que se torna uma instituição ecologicamente correta perante as leis ambientais, e à sociedade, pois se seguir as orientações corretas, passará a viver em um ambiente mais saudável. Portanto, para atingir o objetivo aqui proposto, este trabalho segue com outras seis seções além desta introdução. Na segunda seção encontram-se os objetivos, geral e específicos, que nortearam este estudo; a terceira seção considera a sua justificativa; a quarta apresenta a fundamentação teórica utilizada; a próxima seção aborda os procedimentos metodológicos que se seguiram no trabalho; a sexta seção apresenta a análise e interpretação dos dados coletados para o estudo, bem como as ações desenvolvidas para o cumprimento dos objetivos específicos; e, a sétima e última seção, contempla as considerações finais do estudo. 2 OBJETIVOS Neste tópico são abordados os objetivos que orientam este estudo, sendo esses subdivididos em objetivo geral e específicos. 2.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus Toledo. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) levantar e analisar alguns modelos de gestão de resíduos sólidos já existentes; b) avaliar e sistematizar possíveis vantagens e desvantagens, fatores críticos e/ou gargalos existentes nos modelos de gestão de resíduos sólidos analisados; c) identificar o potencial econômico dos resíduos sólidos; d) sugerir diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 3 JUSTIFICATIVA Devido à evolução econômica e a modernização dos países, estados e pequenas cidades através de construções de empresas e indústrias de grande, médio e pequeno porte, de universidades e escolas, entre muitos outros fatores que contribuem para a geração de novos empregos, educação e estabilidade financeira para a sociedade, houve também o aumento da geração de resíduos sólidos, situação esta causadora de danos quase irreparáveis ao meio ambiente e a saúde pública (VALERIO; SILVA; COHEN, 2008). Diante disso, torna-se importante ressaltar que a elevação da geração dos resíduos está relacionada ao aumento populacional e também por aspectos da vida moderna da sociedade, como, por exemplo, o fato de estar sempre com a agenda repleta de compromissos, e assim não tendo tempo para realizar suas refeições adequadamente, preferindo assim consumir produtos práticos e descartáveis que lhes poupem o máximo de tempo, como confirmam Nori e Madeira (2012, p. 29): (...) em decorrência da rápida evolução da tecnologia e da manipulação dos produtos visando aumentar as vendas, os produtos passam a ter a característica de menor durabilidade, menor vida útil e um aumento em seu descarte. Isso reflete o modo de vida moderno das pessoas nas grandes cidades, que consomem cada vez mais produtos práticos e descartáveis, culminando em uma maior produção de resíduos. Visando diminuir e até mesmo eliminar este problema com os resíduos sólidos, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sancionou a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O Artigo 1º, parágrafo 1º dessa Lei cita que todas as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, devem cumprir a Lei, sendo estes responsáveis de forma direta e indireta pela geração de resíduos sólidos e também pelas ações que devem ser desenvolvidas para a gestão integrada ou ao gerenciamento destes resíduos (BRASIL, 2010). Nessa Lei consta também que, dentre outros instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estão os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos nacional, estaduais, microrregionais, intermunicipais e municipais. O objetivo desses planos é reduzir e gerenciar de forma correta os resíduos sólidos gerados, bem como preservar o meio ambiente e a qualidade de vida da população, e ainda contribuir com soluções para problemas de aspectos sociais, econômicos e ambientais envolvidos na questão (BRASIL, 2010). Diante desse fato, o Governo Estadual do Paraná atribuiu através do Artigo 1º do Decreto Nº 4167 – 20 de janeiro de 2009 publicado no Diário Oficial Nº 7897 de 26 de janeiro de 2009, que todos os órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta têm a obrigatoriedade de realizar a separação seletiva dos resíduos sólidos recicláveis gerados por eles (PARANÁ, 2009). Sendo assim, todas as empresas públicas passaram a implantar Planos de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS), com a finalidade de adequá-las perante as legislações ambientais, além de cooperar para preservação do meio ambiente através de métodos, ações e diretrizes, que visam reduzir a produção dos resíduos sólidos, e também de orientar os funcionários sobre a importância do correto acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos mesmos. Além disso, pode-se somar o fato de serem vistos perante a sociedade como uma empresa ecologicamente correta, servindo de exemplo para as demais. Nesse contexto, cabe destacar também a situação particular das Instituições de Ensino Superior, uma vez que dentro de campi universitários há produção de diversos tipos de resíduos sólidos, isso devido as mais variadas atividades realizadas no recinto. Ou seja, as faculdades e universidades podem ser até consideradas como um pequeno núcleo urbano, isso por comportarem atividades diversificadas, como atividades de ensino, pesquisa e extensão, até aquelas que envolvem mais interação, como restaurantes e locais de convivência, e que através dessas atividades há um resultante de geração de efluentes líquidos e de resíduos sólidos (TAUCHEN; BRANDLI 2006 apud GONÇALVES et al. 2010, p. 80) Em virtude disso, acredita-se na necessidade de desenvolvimento de diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus Toledo, pois esta se trata de uma Instituição de Ensino Superior e que é pública. Desse modo, ela se insere no Decreto Nº 4167, que fala sobre a obrigatoriedade de todas as instituições, sejam elas privadas ou públicas, de possuir um modelo de gestão de resíduos sólidos. Além disso, ressalta-se que a Instituição ainda não possui um plano de gestão de resíduos sólidos formalmente desenvolvido. Dessa forma, tem-se que diretrizes elaboradas especificamente à Unioeste possam auxiliar para a criação de plano de gerenciamento de resíduos sólidos e, que assim, a Instituição passa a ficar de acordo com as leis ambientais e ainda contribuir para e com a preservação do meio ambiente, pois essas diretrizes têm como objetivo reduzir a geração de resíduos sólidos no campus através de métodos fáceis e práticos. Por conseguinte, ajuda na conscientização da população acadêmica, colaboradores e até mesmo a população da cidade e da região sobre os devidos cuidados com o gerenciamento dos resíduos sólidos ficando reconhecida perante a sociedade como uma instituição ecologicamente correta. 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste tópico abordam-se assuntos relativos à Gestão de Resíduos Sólidos, tais como o desenvolvimento econômico em relação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável, gestão ambiental e a questão da universidade com o meio ambiente. 4.1 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO EM RELAÇÃO AO MEIO AMBIENTE Antigamente, isto em séculos e anos atrás quando a humanidade ainda era constituída em números menores e sobrevivia com base na caça e pesca, o desfalque dos bens naturais ocorria, porém era menor e pouco afetava o meio ambiente. Atualmente, as circunstancias são outras, pois houve e ainda há o desenvolvimento econômico e este vem contribuindo gradativamente para a degradação das reservas naturais. No início da Revolução Industrial, os recursos naturais ainda eram abundantes e a qualidade ambiental havia sido ainda pouco comprometida. A partir daí, o homem torna-se o algoz e ao mesmo tempo uma vitima de sua própria ignorância, pois na medida em que os recursos naturais vão se tornando paulatinamente mais escassos, em virtude de sua apropriação pelos processos produtivos, em paralelo a qualidade ambiental passa a se deteriorar muito rapidamente (SEIFFERT, 2009, p. 47). O homem por ser um ser racional, busca sempre adaptar o meio natural em que vive para que este traga-lhe o atendimento de suas necessidades, e até mesmo, o que pode com o derrubamento de matas para construir casas e outros artifícios que os beneficiam e os agradem. Porém, tudo isso faz com que aumente a degradação das reservas naturais ainda existentes no mundo. Entende-se então que o homem acreditava que as áreas de reservas naturais eram finitas, porém é válido lembrar que os recursos naturais encontram-se cada vez mais escassos devido a sua grande exploração para a criação de novos produtos. Para que estes bens sejam preservados, faz-se necessário que as necessidades básicas sejam supridas através de reciclagem, ou seja, utilizar de produtos já existentes para elaboração de outro. Kraemer (2004), afirma que as necessidades básicas do homem devem ser supridas através da reciclagem de produtos já utilizados, viabilizando assim a diminuição do uso de matérias primas naturais. Seiffert (2009) complementa dizendo que o tratamento do capital material e o capital natural são diferenciados, enquanto o capital material pode ser reproduzido para crescimento do produto, o capital natural tende a decrescer e encontrar dificuldades para crescimentos porvindouros, arriscando a geração futura a não usufruírem o bem - estar gerado pela natureza. Com base no que foi comentado anteriormente, entende-se que ao refletir sobre os danos que suas ações vêm causando à natureza, a população passou então a buscar por instrumentos, técnicas e métodos que resolvesse essa questão, ou seja, passarem a desenvolver tecnologias busca atingir o equilíbrio da natureza com a habilidade de inovação das empresas e indústrias dos países em desenvolvimento. Porém, para que esse objetivo possa ser atingido, organizações devem contribuir com a inclusão da variável ambiental em seu meio organizacional, sustentando uma postura responsável e de respeito perante a questão ambiental. Contudo, quando se analisa a questão ambiental do ponto de vista empresarial a primeira dúvida que surge é sobre o enfoque econômico, pois a ideia é que qualquer atitude que venha ser feita em relação a variável ambiental dentro da organização vai gerar um grande aumento de despesas e o consequente acréscimo dos custos do processo produtivo. No entanto, Donaire (1999, p. 51) corrobora que: algumas empresas, porém, têm demonstrado que é possível ganhar dinheiro e proteger o meio ambiente mesmo não sendo uma organização que atua no chamado 'mercado verde', desde que as empresas possuam certa dose de criatividade e condições internas que possam transformar as restrições e ameaças ambientais em oportunidades de negócios. Alguns cuidados devem ser levados em consideração, para que se possa obter sucesso na questão ambiental empresarial, segundo Elkington e Burke (1989 apud DONAIRE, 1999) existem dez passos necessários para atingir esta excelência: a) criar e divulgar uma política ambiental; b) estabelecer metas e avaliar os ganhos continuamente; c) estabelecer de forma objetiva as responsabilidades ambientais de cada uma das áreas e do pessoal administrativo (linha de assessoria); d) divulgar interna e externamente as politica, objetivos e metas e as responsabilidades estabelecidas; e) obter os recursos adequados; f) educar e treinar o pessoal interno, informar seus consumidores e a comunidade sobre o assunto; g) realizar auditorias e relatórios de modo a sempre acompanhar a situação ambiental da empresa; h) acompanhar o desenvolver da discussão sobre a questão ambiental; i) investir nas pesquisas e desenvolvimentos voltados a área ambiental e contribua para os programas estabelecidos na comunidade; j) ajudar a harmonizar os diferentes interesses existentes entre todos os envolvidos, no caso a empresa, consumidores, comunidade entre outros. Diante do que foi dito, fica evidente que atualmente é possível, conciliar desenvolvimento econômico e meio ambiente sem que um deles saia prejudicado, e um dos passos é a empresa adote as dez etapas anteriormente comentadas. Um dos conceitos que se enquadra nessa situação e que será abordado no tópico a seguir é o de desenvolvimento sustentável, este expõe finalidades básicas que devem ser consideradas de maneira coerente, com o desenvolvimento econômico e o equilíbrio ecológico na utilização dos recursos naturais. 4.2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O desenvolvimento sustentável possui vários conceitos, podendo ser visto e analisado de varias e diversas formas, este fato faz com que sua definição seja discutida até hoje em todo o mundo. Todavia, uma das definições mais utilizadas é a de que o desenvolvimento sustentável supre as necessidades das pessoas na atualidade sem comprometer a geração futura (CASSILHA; CASSILHA, 2009). Dentre as várias definições existentes sobre a sustentabilidade, podemos estabelecer o tremo que implica na manutenção quantitativa e qualitativa do estoque dos recursos ambientais, utilizando tais recursos sem danificar suas fontes ou limitar a capacidade de suprimento futuro, para que tanto as necessidades atuais quanto aquelas do futuro possam ser igualmente satisfeita (AFONSO, 2006 p. 11). Neves (2003) por sua vez complementa dizendo que o objetivo do desenvolvimento sustentável é criar um modelo econômico que consiga gerar riqueza, conforto, concordância social e a preservação do meio ambiente, de modo a preocupar-se com os problemas em longo prazo, ou seja, estabelecer o desenvolvimento econômico e social juntamente com os cuidados ambientais, colocando em xeque o modelo de produção atual. Para Louette (2008 apud OLIVEIRA, 2011) o desenvolvimento sustentável é discutido atualmente como fator da responsabilidade social, alcançando a preocupação universal das Nações Unidas desde a Conferência sobre o Meio Ambiente, denominada Rio 92, intensificando a discussão internacional e o aumento de convenções e outros acordos sobre o Meio Ambiente. Também é de suma importância citar que um dos principais resultados dessa Conferência, em que reuniram-se 178 chefes de Estado, foi a Agenda 21, um dos principais documentos e também o mais importante sobre os princípios da educação ambiental. A Agenda 21 prevê ações concretas que devem ser empreendidas pelos governos e pela sociedade civil, nas esferas internacional, nacional e local. Além de especificar metas, o documento descreve como essas devem ser atingidas, ressaltando princípios básicos como: participação de todos os grupos, informação e transparência (AGENDA 21, p.1). Outro documento importante que foi estabelecido em prol do meio ambiente é o Protocolo de Kyoto, que é um tratado internacional constituído de compromissos rígidos com relação à diminuição da emissão dos gases que causam o efeito estufa na atmosfera, rotulado como uma das causas do aquecimento global. Este documento foi assinado em 1997 na 6º Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP6 (SEIFFERT, 2009). Os países mais desenvolvidos são os maiores contribuintes da emissão destes gases, isto por causa do grande fluxo de indústrias neles instituídos e também os que mais cooperam para a degradação do meio ambiente devido ao alto índice de exploração dos recursos naturais. As empresas e indústrias por serem consideradas as maiores poluidoras do meio ambiente, tornam-se então as maiores interessadas pela obtenção de um sistema de desenvolvimento sustentável, isto porque a sociedade passou a ser mais exigentes em questão de adquirir produtos sustentáveis que não agridem a natureza. Além da imagem responsável, as organizações procuram também a sua própria sustentação de forma duradoura e ética perante a sociedade de um modo geral. Dessa forma, acredita-se que as empresas e regiões sustentáveis são as que possuem capacidades de promover, de forma equilibrada e harmônica, crescimento econômico e qualidade de vida sem esquecerem-se das responsabilidades para com o meio ambiente e a sociedade (RUTHES, 2007). Outra questão que também influenciou as empresas a adotar o método sustentável foi o marketing positivo que isso iria causar, beneficiando assim os lucros da mesma. Para Kraemer (2004) as empresas adotam as estratégias de marketing ecológico visando melhorar a sua imagem e a de seus produtos, através de ações que protejam o meio ambiente e com a criação de produtos biodegradáveis. Dessa forma, salienta-se que a alta administração deve analisar e visualizar a gestão ambiental como um fator estratégico que ajuda a empresa e também o meio ambiente. Desse modo, empresas passaram então a adotar métodos, programas e ferramentas que as ajudassem a ser tornar ecologicamente corretas, de forma que a sociedade pudesse visualizar que seus produtos e suas ações estariam cooperando para a redução da poluição e da degradação ambiental. De acordo Kraemer (2004) uma das principais ferramentas voltada para a responsabilidade social e ambiental escolhida e utilizada pelas empresas é o Índice Dow Jones de Sustentabilidade, que em inglês é Dow Jones Sustainability Group Index (DJSI). O autor ainda ressalta que as empresas que utilizarem esta ferramenta terão vários benefícios, entre eles se encontram: a) ser reconhecida publicamente devido a preocupação com a área ambiental e social; b) ser reconhecida pelos stakeholders importantes como, legisladores, clientes e empregados; c) obter um crescente benefício financeiro devidos os investimentos baseados no índice; Além disso, é importante destacar que o desenvolvimento sustentável insere uma dimensão ética e política que atende o desenvolvimento como um processo de mudança social, com uma coerente democratização do acesso aos recursos naturais e distribuição equitativa dos custos e benefícios do desenvolvimento. Diante disso os empresários neste novo meio tornam-se cada vez mais aptos a entender e a participar das alterações estruturais na relação de forças nas áreas ambiental, econômica e social. Também, já resolveram que não querem ter mais indiferença ambiental. Dessa forma, e mediante as leis e políticas ambientais, fica claro perceber o quão é importante melhorar a qualidade social, econômica e ambiental de um país ou de uma pequena região; a preservação do meio ambiente deve sim ocorrer para garantir o desenvolvimento sustentável não só para a sociedade atual, mas também para a geração futura. Além do que, atualmente existem várias técnicas e programas ambientais para serem aplicados nas organizações e na comunidade que facilitam este processo. Lembrando ainda que para as empresas, este marketing ecológico pode trazer lucros e benefícios tanto a ela mesma quanto ao meio ambiente, uma vez que se as empresas adote um programa sustentável, elas acabam contribuindo, e muito para a preservação do meio ambiente e, além disso, passam a ser vistas com outros olhos pelos seus consumidores que acabam de se tornar mais exigentes ao que se diz a respeito à questão ambiental. Uma das técnicas que contribui para a administração das atividades voltadas ao meio ambiente é a gestão ambiental, assunto esse que será abordado e definido na sequencia. 4.3 GESTÃO AMBIENTAL Diante dos vários problemas ambientais enfrentados buscou-se um método para que a relação entre os seres humanos e o meio ambiente pudesse ser melhorada, dando surgimento ao processo de gestão ambiental. Tal processo possui o objetivo da a administração da prática de atividades econômicas e sociais para que estas utilizem de maneira racional os recursos naturais, visando sempre o uso de métodos que garanta a conservação e a preservação da biodiversidade, a reciclagem de matéria-prima e também que reduzam o impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais (VITERBO JUNIOR, 1998). De acordo com Viterbo Junior (1998, p. 51) a “gestão ambiental, nada mais é do que a forma como uma organização administra as relações entre suas atividades e o meio ambiente que as abriga, observadas as expectativas das partes interessadas”. Ou seja, é a parte da gestão pela qualidade total. Já para Bursztyn et. al. (2006, p. 85): a gestão ambiental pode ser definida como um conjunto de ações que envolvem políticas públicas, o setor produtivo e a comunidade, com vistas ao uso sustentável e racional dos recursos ambientais. Essas ações podem ser de caráter político, executivo, econômico, de ciência, tecnologia e inovação, de formação de recursos humanos, de informação e de articulação entre diferentes atores e níveis de atuação. Seiffert (2009) complementa dizendo que a gestão ambiental não é algo novo, mas sim algo que foi amadurecendo e se desenvolvendo ao longo dos anos, isso com o apoio de algumas áreas de conhecimento entre elas se encontram a administração e a engenharia de produção. Dessa forma, pode-se concluir que a gestão ambiental é um processo contínuo e adaptativo, qual visa selecionar estratégias para chegar aos objetivos e propósitos estabelecidos para a proteção do meio ambiente. Antigamente a gestão ambiental era utilizada somente no meio público, porém atualmente passou a ser inserida também no meio privado, procurando assim a proteção ambiental devido às exigências externas quanto ao desempenho ambiental exercido por essas organizações. Sendo assim, foram estabelecidos alguns princípios sobre a gestão ambiental que, segundo Valle (2002), são: a) a empresa deve adotar a gestão ambiental como fator influente do desenvolvimento sustentável; b) a gestão integrada deve agregar suas diretrizes, programas e processos em todo o âmbito organizacional. c) deve-se aperfeiçoar continuamente os processos e o desempenho ambiental da organização, considerando o desenvolvimento técnico, conhecimento científico, condição dos consumidores e perspectivas da sociedade; d) sempre orientar, treinar e motivar os colaboradores para exercer suas atividades de maneira ambientalmente responsável; e) realize uma avaliação prévia dos impactos ambientais antes de iniciar e quando for encerrar o programa; f) observe se está a oferecer produtos ou serviços não provoquem impacto negativo ao ambiente; g) aconselhe e propicie informação aos consumidores, distribuidores e ao público, quanto aos aspectos de segurança de utilização, transporte, armazenagem e disposição dos produtos fornecidos; h) desenvolva, projete e opere instalações tendo em vista a utilização dos recursos renováveis e a minimização dos impactos ambientais, i) apoie, realize ou patrocine pesquisas impactos ambientais e meios de minimizá-los; j) tome medidas preventivas perante alguma atividades desenvolvidas para evitar a deterioração grave ou irreversível do ambiente; k) empreiteiros e fornecedores devem adotar estes princípios para melhorarem seus processos; l) desenvolva planos de emergência nos casos de risco, planos de ação, de acordo com cada empreendimento; m) mude sua tecnologia para aquelas que respeitem o ambiente em todos os setores; n) confira e avalie o cumprimento das exigências internas da empresa; e forneça as informações às autoridades e ao público. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), 85% das empresas pesquisadas adotou algum tipo de procedimento voltado à gestão ambiental, não apenas por causa das leis estabelecidas, mas também por questões que poderiam ser associadas à gestão ambiental (SEIFFERT, 2009). Ainda segundo o autor algumas das questões são: a) aumento da qualidade dos produtos; b) aumento da competitividade das exportações; c) atender aos consumidores que possui preocupações ambientais; d) atender as reivindicações feitas pela sociedade; e) atender as pressões feitas pelas organizações não governamentais ambientalistas; f) estar em dia com as políticas social da empresa; g) passar uma boa imagem perante a sociedade. Percebe-se então que as organizações e empresas estão cada dia mais preocupadas em alcançar e evidenciar um bom desempenho nos quesitos relacionados ao meio ambiente. Nesse trajeto, a gestão ambiental tem se mostrado como uma das mais importantes atividades relacionadas com qualquer iniciativa ambiental. Além dessa ferramenta, o problema ambiental submerge também o gerenciamento de temas pertinentes ao meio ambiente, por meio de sistemas de gestão ambiental, da procura pelo desenvolvimento sustentável, do estudo do ciclo de vida dos produtos e da questão das perdas ambientais. Para Barbieri (2007, p.113), “a solução de problemas ambientais, ou sua minimização, exige uma nova atitude dos empresários e administradores, que devem considerar o meio ambiente em suas decisões e adotar concepções que contribuam para o planeta”. Nesse contexto, a aceitação da gestão ambiental por parte das organizações é fundamental, pois fomenta a responsabilidade e o comprometimento ambiental com todas as partes envolvidas. Contudo, para que uma organização passe a trabalhar com gestão ambiental ela deve realizar mudanças em sua cultura empresarial e ainda rever alguns conceitos e paradigmas. A empresa deve considerar os benefícios que a gestão ambiental proporciona no gerenciamento da organização. Segundo North (apud CAGNIN, 2000) os benefícios proporcionados pela gestão ambiental estão divididos em econômicos e estratégicos; no primeiro caso podem ser citados: economia de custos, redução de multas e penalidades por poluição, aumento da participação no mercado devido à inovação dos produtos e a menor concorrência; já no segundo, citam-se: melhoria na imagem institucional, aumento da produtividade, melhoria nas relações de trabalho entre muitos outros. Para que as organizações simplifiquem seu envolvimento com a temática ambiental, é preciso que esta incorpore em seu planejamento estratégico e operacional um programa de gestão ambiental adequado, harmonizando os objetivos ambientais com os demais objetivos da organização. Um sistema de gestão ambiental bem disseminado gera melhorias nos custos das empresas e organizações, consegue ainda racionalizar a aquisição e utilização de insumos e matérias-primas, contratação de serviços e o uso de recursos naturais, diminuindo assim, o impacto ambiental, além de gerar bons resultados para o empreendimento (OLIVEIRA; PINHEIRO, 2010). Lembrando ainda que é de fundamental importância que as instituições de ensino como as universidades se preocupem com os problemas relacionados à natureza e o meio ambiente, e que estas adotem o sistema de gestão ambiental dentro do recinto de ensino, transmitindo aos futuros cidadãos que nelas se formam, o quão é importante preservar e se atentar quanto aos danos causados pelos resíduos sólidos por eles gerados. 4.4 O PAPEL DAS UNIVERSIDADES PERANTE O MEIO AMBIENTE A crise ambiental é um dos principais problemas que a humanidade vem enfrentando nos últimos anos, e mais que soluções técnicas buscam-se também soluções educacionais que se configura em mudanças de hábitos, valores e atitudes. Diante disso, cabe às universidades, bem como outras instituições de ensino, a responsabilidade de desencadear ensinos e os valores voltados à questão ambiental. Kraemer (2005) corrobora que as universidades, assim como as demais instituições de ensino superior, são as responsáveis por formarem os futuros cidadãos e por possuírem os conhecimentos de especialidades em todos os campos de investigação, torna-se seu dever propagar a literatura ambiental e ainda promover a pratica de uma ética ambiental a sociedade. Por se tratar de uma instituição de ensino superior, as universidades devem sempre dar o primeiro passo no que condiz com o meio ambiente, de modo que possam ser vistas pela sociedade como exemplo. As questões ambientais devem estar não somente nos seus métodos educacionais, mas também em sua administração, neste caso com a adoção de programas de gestão ambiental que visam diminuir os impactos negativos que eles mesmos causam a natureza. A universidade deve atuar como agente de primeira linha na pesquisa, no desenvolvimento e na inovação, criando e disseminado novas tecnologias que proporcionem mecanismo de produção mais limpa, redução de emissões, reciclagem de resíduos, aumento da eficiência energética e outros processos que reduzam o dano ambiental decorrentes das atividades do homem sobre o planeta (AUDY; MORISINI, 2009, p. 252). A cada dia que se passa as universidades estão cada vez mais sendo cobradas a desenvolver um papel significante no que se diz respeito ao desenvolvimento ambiental. Elas devem encontrar respostas paras os problemas voltados ao desenvolvimento sustentável, além de criar um método educacional e eticamente orientado a respeito do assunto. De acordo com Kraemer (2005), as universidades deve se comprometer com um processo contínuo de informação, educação e mobilização de todas as partes complacentes da sociedade em relação aos efeitos da degradação das reservas ecológica, inserindo também o seu impacto sobre o ambiente global e as condições que garantem um mundo sustentável e justo. Kraemer (2005), ainda complementa dizendo que existem dez princípios básicos para a universidade alcançar o sucesso referente à questão ambiental, quais estão representados no Quadro 1. Quadro 1 - Dez princípios básicos para alcançar o sucesso na questão ambiental. PRINCIPIOS BÁSICOS DESCRIÇÃO Compromisso Institucional Demonstrar compromisso e interesse na prática da proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável no seio da comunidade acadêmica. Ética Ambiental Promover, entre os docentes, alunos e o público em geral, padrões de consumo sustentáveis e um estilo de vida ecológico, incentivando programas que desenvolvam as capacidades do corpo docente para ensinar literatura ambiental. Educação dos Funcionários Universitários Proporcionar educação, formação e treinamento aos seus funcionários em matérias ambientais. Programas de Educação Ambiental Promover e incorporar programas de educação ambiental envolvendo docentes, investigadores e estudantes, expondo-os a todos os desafios globais do ambiente e desenvolvimento, seja qual for o seu campo de trabalho ou estudo. Interdisciplinaridade Encorajar a educação interdisciplinar e colaborativa e programas de investigação relativos ao desenvolvimento sustentável enquanto parte da missão central da instituição. Disseminação do Conhecimento Apoiar esforços para suprir as falhas na atual literatura ambiental disponível aos estudantes, profissionais e público em geral. Redes de Trabalho Promover redes interdisciplinares de peritos ambientais ao nível local, nacional, regional e internacional. Parcerias Tomar a iniciativa de forjar parcerias com outros setores preocupados da sociedade, de modo a desenhar e implementar abordagens, estratégias e planos de ação coordenados. Programas de Educação Contínua Criar programas de educação ambiental sobre estes assuntos e para diferentes grupos-alvo. Transferência Tecnológica Contribuir para programas educacionais concebidos para a transferência de tecnologias de educação e inovação e métodos de gestão avançados. Fonte: Adaptado de Kraemer (2005). Dessa forma, evidencia-se o grau de importância que se tem pela inclusão de métodos educacionais e também de projetos ligados a questão ambiental dentro dos campi das universidades, este ato beneficiará tanto a natureza que será menos degrada, como também a instituição que ao adotar os métodos terá diminuição nos custos de alguns materiais, além de ser vista pela sociedade que a cerca como uma instituição ecologicamente correta e ainda servir de exemplo para as demais instituições e empresas em geral. No entanto, é importante atentar-se as legislações antes de aderir um método, projeto, entre outros fatores voltados a questão ambienta. Pois não basta somente aderir a um desses métodos, é importante evidenciar quais são as técnicas mais adequadas para o local e o tipo de problema enfrentado pela instituição. No caso dos resíduos sólidos, uma das ações que vem contribuindo para a diminuição desse problema é a inclusão de uma Gestão de Resíduos Sólidos. Para um melhor entendimento dessa problemática, são abordados na sequencia suas leis, conceitos e demais temas referentes. 4.5 LEIS, DECRETOS E RESOLUÇÕES SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS Com a grande proliferação de resíduos sólidos e consequentemente o aumento da poluição ambiental e dos danos irreparáveis causado a natureza, a sociedade começou a perceber que algo deveria ser feito para reparar este problema em questão. Diante disso o Governo passou a desenvolver leis ambientais em prol do meio ambiente, em que todos têm a obrigação de cooperar para que seja melhorada a situação de caos quem vem progredindo gradativamente não só em nosso país mais também no mundo (BRASIL, 2010). A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, cita no Capítulo VI, Artigo 225, que todas as pessoas têm o direito de desfrutar de um ambiente ecologicamente equilibrado que possibilite uma qualidade de vida sadia, ficando a dever do Poder Público e da coletividade a responsabilidade de defender e preservar este meio para que a presente e também as futuras gerações possam usufruir deste ambiente (BRASIL, 1988). Compreende-se então, que o primeiro passo para que haja um certo controle dos resíduos gerados no planeta deve partir das indústrias que os fabricam. Elas devem analisar o tipo de material que será utilizado na fabricação, se este é biodegradável, e qual o grau de problemas que o mesmo trará ao meio ambiente. Consequentemente o próximo passo deverá parti dos consumidores. Eles devem também analisar os produtos que compram, procurando sempre aqueles que cooperam para com o equilíbrio ambiental, e após usufruírem os mesmos, não os descartar de qualquer forma, mas sim separá-los pelos tipos de materiais que são feitos, por exemplo, papel, plástico, vidro entre outros. Visando esse problema, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), através da Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001, Publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº 117-E, de 19 de junho de 2001, Seção 1, página 80, estabeleceu o código das cores para os diferentes tipos de resíduos, facilitando assim a coleta seletiva e o transporte dos mesmos (CONAMA, 2001). A classificação das cores de distinção da tipologia dos resíduos sólidos está designada de acordo com a demonstração da Quadro 2: Quadro 2 – Padrão de Cores dos Resíduos Sólidos. PADRÃO DE CORES DA COLETA SELETIVA AZUL PAPEL/PAPELÃO VERMELHO PLÁSTICO VERDE VIDRO AMARELO METAL PRETO MADEIRA LARANJA RESÍDUOS PERIGOSOS BRANCO RESÍDUOS AMBULATORIAIS E DE SERVIÇOS DE SAÚDE ROXO RESÍDUOS RADIOATIVOS MARROM RESÍDUOS ORGÂNICOS RESÍDUO GERAL NÃO RECICLÁVEL OU MISTURADO, OU CONTAMINADO NÃO PASSÍVEL DE SEPARAÇÃO FONTE: Adaptado de CONAMA (2001) CINZA Ainda segundo a Resolução todos os programas de coleta seletiva existentes no âmbito de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades paraestatais, devem adotar esse padrão das cores e recomenda-se o mesmo para programas estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, organizações não-governamentais e demais entidades interessadas (CONAMA, 2001). Porém, nem todas as organizações e entidades possuem um programa de coleta seletiva ou algo do gênero e ainda descartam os resíduos de qualquer forma sem analisar o mal que está causando a natureza. Visando diminuir ou até mesmo acabar com esse problema o Governo Federal sancionou a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei que menciona entre outros que: estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos (BRASIL, 2010, Art. 1º). Alguns dos princípios e objetivos dessa Lei são a prevenção e a precaução, o desenvolvimento sustentável, o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e fonte geradora de trabalho e renda e promotor de cidadania, proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, entre outros (BRASIL, 2010). Os planos de resíduos sólidos sejam eles de âmbito nacional, regional, estadual, municipal são alguns dos instrumentos da Política dos Resíduos Sólidos e alguns de seus objetivos são: estabelecer metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada, criar programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas e medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos sólidos (BRASIL, 2010). Nos parágrafos 1º e 2º do artigo 17 da sessão III da Lei 12.305 consta que os Estados brasileiros tem o direito de elaborar não só um plano de resíduos sólidos estadual, mas também planos microrregionais onde será obrigatória a participação dos municípios envolvidos (BRASIL, 2010). Diante disso, o Governo Estadual do Paraná estabeleceu o Decreto nº 4167 20/01/2009, publicado no Diário Oficial Nº 7897 de 26/01/2009, onde é mencionado que todos os órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta têm a obrigatoriedade de realizar a separação seletiva dos resíduos sólidos recicláveis gerados por eles (PARANÁ, 2009, Art. 1º). Sendo assim, todas as empresas públicas passaram a inserir a Gestão de Resíduos Sólidos, com a finalidade de adequá-las perante as legislações ambientais, além de cooperar para preservação do meio ambiente através de métodos de redução da produção dos resíduos sólidos, e também da orientação dos funcionários sobre a importância do correto manuseio dos mesmos, além de serem vistos perante a sociedade como uma empresa ecologicamente correta e ainda ser vista como bom exemplo as demais organizações. 4.5.1 Gestão de resíduos sólidos Com o processo de desenvolvimento econômico veio também o aumento das construções industriais que visam produzir os mais diversos tipos de produtos para o conforto da sociedade. Além desse houve também o aumento populacional devido à oferta de mão de obra. Todo esse processo tem contribuindo para poluição do meio ambiente, de forma que, onde se encontram muitas indústrias e um fluxo grande pessoas há maior geração de resíduos sólidos (VALERIO; SILVA; COHEN, 2008). Resíduos sólidos são todos aqueles materiais descartados por não oferecem mais nenhum valor ou serventia, sendo eles provenientes dos resultados de atividades industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição (ABNT, 2004). Ainda de acordo com as Normas da ABNT (2004), os resíduos são classificados como: a) classe I – Perigosos; aqueles que oferecem periculosidade, ou algumas destas características: Inflamabilidade, Corrosividade, Reatividade, Toxicidade e Patogenicidade. b) classe II – Não Perigosos; não apresentam nenhuma das características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos: I. resíduos Classe II A – Não-Inertes; estes podem ter algumas propriedades como: combustibilidade, biodegradabilidade e solubilidade em água. II. resíduos Classe II B – Inertes; aqueles que quando amostrados de forma representativa e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, por exemplo, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente. Já Calderoni (1998 apud ALBUQUERQUE et al., 2010) corrobora que o conceito sobre o resíduo é variante dependendo da época e do lugar, além, dos fatores ambientais, sociais, tecnológicos jurídicos e econômicos, pois a idealização de reaproveitamento ou de reinserção do resíduo na cadeia produtiva deve sempre ser estudada com suas características, pois a destinação final dos resíduos se incorreta, é extremamente danosa para o meio ambiente. É valido ressaltar que a quantidade e os tipos de resíduos gerados dependem de outros fatores, como o padrão econômico da pessoa que gera ou da cidade, a quantidade populacional, fatores culturais, políticos, entre outros. Visado diminuir ou até mesmo suprimir esse problema, os Governos Federais, Estaduais e Municipais brasileiros deram início à elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), que consiste em um conjunto de procedimentos e métodos que tem como objetivo minimizar a geração de resíduos sólidos, visando eliminar os impactos ambientais negativos que vem o correndo a cada dia mais no mundo e com isso prejudicando a saúde pública e a qualidade do meio ambiente (BRASIL, 2010). Por gerenciamento integrado entende-se um conjunto interligado de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamentos para coletar, segregar, e dispor adequadamente o lixo. O objetivo central do sistema de gestão de resíduos sólidos é a diminuição da quantidade final de resíduos depositados e a minimização dos impactos ambientais causados pela sua disposição inadequada (FONSECA; BRAGA, 2010, p. 143). Entende-se que o PGRS tem como finalidade conscientizar e ensinar as pessoas sobre o quão é importante e necessário para o meio ambiente e também a saúde populacional o correto acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos por eles gerados. Segundo Valle (2004, p. 96) “o critério básico para a escolha da solução a ser adotada para eliminar um resíduo ou resolver um problema ambiental, devera ser sempre à proteção da saúde do homem e do meio ambiente”. Segundo o Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT) (1995 apud ALBUQUERQUE et al., 2010), o sistema de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos implica uma fase interna e outra externa. A primeira, sob o encargo do gerador, compreendendo a coleta interna, acondicionamento e o armazenamento. A fase externa, de responsabilidade das administrações públicas, através dos serviços de limpeza pública. Entende-se cabe à sociedade analisar e compreender os métodos corretos utilizados na administração dos resíduos, e aplicá-los nos resíduos gerados por eles, pois de nada adianta o poder público exercitar o processo de forma correta sendo que a sociedade não coopera. O primeiro passo é do governo, em que este deve estipular o uso dos processos de gerenciamento dos resíduos sólidos, porém a missão mais importante é do cidadão, que tem como obrigação separar de forma correta os materiais para que estes sejam coletados e transportados e obter uma destinação final correta. Para Baasch (1995), a fase inicial dos termos constituídos no processo de gerenciamento de resíduos sólidos é a geração dos mesmos, pois é nesta fase que o gerador vai estabelecer se o material tem utilidade ou não premeditando assim descartá-lo. No entanto, Canassa (1992 apud ALBUQUERQUE et al., 2010) diz que o primeiro passo do processo é o acondicionamento. Para efetivar este processo fazse o uso de diversos tipos de recipientes tais como: vasilhas domiciliares, tambores, sacos plásticos, sacos de papel, containers entre outros. Para a escolha do acondicionamento, devem ser consideradas informações básicas sobre o resíduo, tais como características, quantidades geradas, periodicidade, tipo de transporte utilizado e forma de tratamento ou disposição final. Normalmente são utilizados dois tipos de recipientes: o de pequena capacidade e o de grande capacidade (MAROUN, 2006 apud MESQUITA; SARTORI; FIUZA, 2010, p. 5). Independente da ordem dos fatores, o importante mesmo é que eles sejam realmente realizados, para que haja uma diminuição da degradação do meio ambiente. É de suma importância que ocorra a separação seletiva dos resíduos sólidos, para que estes sejam destinados nos lugares corretos. Mesquita Junior (2007 apud MESQUITA; SARTORI; FIUZA, 2010), corroboram que a etapa fundamental no gerenciamento dos resíduos sólidos é a separação correta e criteriosa dos mesmos, este processo permite o tratamento diferenciado, a racionalização de recursos despendidos e facilita a reciclagem. A separação é importante também porque evita a mistura de resíduos incompatíveis e reduz o volume de resíduos perigosos a serem tratados. A coleta seletiva é o processo em que são recolhidos todos os resíduos gerados pela população, esta etapa é realizada de forma organizada, segura e econômica, em seguida eles são depositados em locais de tratamento, em estações de transferência, ou encaminhados para a disposição final (ANDRADE; MARINHO; REIS, 2009). De acordo com Mucelin, Cunha e Pereira (2000), é recomendável a utilização da coleta seletiva, pois este procedimento garante boas condições para o devido tratamento dos resíduos gerados e também para a disposição final dos mesmos, no qual a sociedades pode contribuir fazendo a separação seletiva dos materiais por eles produzidos. Ainda segundo os autores a coleta seletiva implica em separar os materiais na fonte geradora, dos componentes que podem ser restaurados mediante um acondicionamento em invólucros distintos para cada tipo de material ou grupo de materiais. Albuquerque et al. (2010) comenta que o processo da coleta seletiva envolve desde a saída do veiculo, o caminho onde é realizada a coleta até a destinação final, o autor ainda cita que de acordo com a Norma Brasileira (NBR) 12.980, existe mais de um tipo de coleta: a seletiva já abordada acima, a convencional e a especial. Outro fator importante de se mencionar é que coleta seletiva pode ser realizada de duas maneiras, primeiro pela coleta porta a porta onde os resíduos são retirados diretamente dos domicílios pelo poder público, sucateiros ou empresa responsável pelo serviço de recolha dos mesmos; E também por entrega voluntária, situação e que a sociedade procura locais previamente definidos e devidamente preparados para receber os resíduos recicláveis, geralmente em recipientes apropriados (ALBUQUERQUE et al. 2010). A coleta convencional por sua vez, está voltada a coleta dos resíduos domiciliares, comerciais, industriais e de limpeza de vias públicas. A coleta especial refere-se aos resíduos contaminados, como os resíduos dos serviços de saúde, radioativos entre outros, neste caso, os resíduos são acondicionados em recipientes específicos, conforme preconizado pela legislação e coletados de forma separada em viaturas especiais (ALBUQUERQUE et al. 2010). É importante ressaltar que os veículos usados para realizar a coleta são do tipo Coletor de Caçamba Aberta, Coletor Tipo Baú (convencional) e Coletor Compactador (em locais de alta concentração de lixo) (ABNT, 2004). Porém, é preciso lembrar que a maioria dos resíduos sólidos podem ser reutilizados, isso através reciclagem. Reutilizar um produto significa reaproveitá-lo sem qualquer modificação física, mudando ou não o seu uso original, por exemplo, os recipientes para acondicionar objetos diversos ou o mesmo produto, após a lavagem e esterilização da embalagem (ALBUQUERQUE et al., 2010). Sob a ótica da ciência econômica, reprocessar materiais recicláveis, que seriam misturados ao material orgânico depositado em lixões ou aterros, e reutilizá-los como matéria-prima ou bens de consumo representa não apenas uma economia de recursos naturais escassos mas, sobretudo, uma forma de reduzir os custos econômicos, sociais e ambientais que decorrem de sua oferta limitada e que se impõem a toda sociedade (RISSATO; SANTOS; NAZZARI, 2010). Sendo assim, a reciclagem nada mais é que um reprocessamento do material, onde o mesmo será transformado em um novo produto que voltará ao mercado, provavelmente com funções e características diferenciadas do produto anterior. Porém, para que isso seja possível, é necessária a efetivação dos processos de gerenciamento de resíduos sólidos. Segundo Bidone (1999 apud ALBUQUERQUE et al., 2010) a reciclagem de um material depende de alguns fatores como: proximidade da instalação de reprocessamento, custos de transportes, volume de resíduos gerados, custos de estocagem no ponto de geração ou fora do local de origem, criação de tecnologias economicamente viáveis que possibilitem o reprocessamento de uma quantidade maior de resíduos e ainda estudar e verificar quais são as empresas interessadas em adquirir e reprocessar o resíduo. Isso sem contar os fatores físicos, econômicos e sociológicos. Porém, não são apenas gastos que o processo de reciclagem gera; existem também benefícios como redução do consumo de energia, possibilita a geração de recursos que podem ser empregados na área social, contribui para a melhoria da qualidade de vida e da saúde publica, além de gerar empregos a sociedade. O próximo passo do PGRS é a destinação final que será abordada no tópico a seguir. 4.5.1.1 Destinação final dos resíduos sólidos Existem vários tipos de destinação final para os resíduos sólidos, entre eles se encontra a compostagem. Segundo Jardim (1995) a compostagem é considerada um processo biológico de decomposição de matéria orgânica. O composto constituído por estes restos, ou seja, é o produto final de todo este processo podendo ser utilizado como fertilizante, melhorando as características do solo, sem prejudicar o ambiente. O tratamento térmico é mais um dos métodos utilizados para o descarte de resíduos sólidos. Um deles que é bastante conhecido é a incineração. Consiste, em um processo de combustão com temperaturas acima de 900ºC, para transformar resíduos sólidos e outros materiais em dióxido de carbono, outros gases e água, reduzindo seu volume e peso iniciais, produzindo assim um resíduo inerte com cerca de 10% do volume inicial (JARDIM, 1995). Outra opção usual é queimar os resíduos sólidos em usinas de incineração, transformando-os em material inerte. Este é um processo bastante eficaz porque reduz, significativamente, o volume do lixo a ser encaminhado aos aterros e elimina os agentes patogênicos e parasitas e, por isso, é recomendável para o tratamento do lixo hospitalar. Contudo, vale destacar que as usinas de incineração precisam respeitar critérios técnicos e sanitários adequados a fim de evitar a poluição do ar atmosférico (SIRVINSKAS, 2009 apud RISSATO; SANTOS; NAZZARI, 2010, p. 28). Além da incineração como forma de tratamento térmico dos resíduos, há também a autoclavagem que consiste num tratamento à baixa temperatura (120º. C) e alta pressão, usada para descontaminar resíduos do serviço da saúde antes de serem eliminados (IPT/CEMPRE, 2000, apud ALBUQUERQUE et al. 2010). Fiorillo (2009) por sua vez destaca outras quatro formas de processos de descarte dos resíduos: a) lixão ou depósito a céu aberto: local de descarga de todos os tipos de resíduos, onde não há medida de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. b) aterro controlado: local de descarga de resíduos que não dispõe de um sistema de impermeabilização de solo, de tratamento de percolado ou de gás, porém, reduz alguns impactos ambientais em decorrência do emprego de material inerte na cobertura dos resíduos ao final de cada dia. c) aterro sanitário: local no qual se empregam técnicas de disposição final de resíduos sólidos que possui o solo é impermeabilizado, permitindo assim o controle da poluição e a proteção da saúde publica, neste o lixo é compactado e coberto diariamente, além dos sistemas de tratamento do chorume, de drenagem das águas superficiais, bem como, de coleta e queima do biogás, sendo considerada a forma mais econômica e adequada de disposição dos resíduos. d) aterro industrial: local parecido com o aterro sanitário, devidamente preparado para receber resíduos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, radioativos, infectados por material patogênico) e resíduos que embora não sejam perigosos, alteram a qualidade da água quando em contato com ela. Diante disso, pode ser entendido que a gestão de resíduos sólidos é extremamente importante para o meio ambiente e para a sociedade, pois com ele diminuem-se os impactos negativos causados a natureza por causa da produção dos resíduos e também melhorar a saúde populacional devido ao correto descarte dos mesmos. Outro fator que coopera para com a gestão dos resíduos sólidos é a metodologia das ações dos 5 R’s, assunto esse que será comentado a seguir. 4.5.1.2 OS 5 R’s DA RECICLAGEM Os 5 R’s são cinco ações que podem ser facilmente aplicadas no dia – a – dia, e que “fazem parte de um processo educativo que tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano dos cidadãos. A questão-chave é levar o cidadão a repensar seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o desperdício” (MMA, 2013, p.1). Segundo Borba e Otero (2009) cada um dos 5 R’s representa uma ação diferente, sendo elas: a) repensar os hábitos de consumo e descarte; b) recusar produtos que agridem a saúde e o meio ambiente e também colaborar com o processo de conservação; c) reduzir o consumo desnecessário; d) reutilizar o máximo dos produtos antes do descarte; e) reciclar todos os materiais possíveis. Se utilizados adequadamente, os 5 R’s contribuem e muito para a redução da geração e o descarte incorreto dos resíduos sólidos no planeta, e ainda faz com que a sociedade reflita sobre suas atitudes referentes a esta situação que se agrava com o decorrer dos dias e também com o desenvolver das cidades, estados e países (CORTEZ; ORTIGOZA, 2007). Outras vantagens de se aplicar esse método são: a diminuição da extração de recursos naturais, redução de resíduos nos aterros e consequentemente o aumento da sua vida útil, redução dos gastos do poder público com o tratamento dos resíduos descartados (MMA, 2013). No entanto, para que se atinjam essas melhorias, é importante que as empresas e as instituições de ensino incluam em seu meio organizacional a gestão de resíduos sólidos, para poderem contribuir com a preservação do meio ambiente. Buscando compreender melhor sobre essa questão, na sequência encontra-se uma contextualização que explica a necessidade de se incluir uma gestão de resíduos nas universidades. 4.6 A NECESSIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS NAS UNIVERSIDADES As universidades e faculdades são instituições responsáveis pela formação profissional das pessoas e, devido a isso a sociedade também espera que as instituições se prontifiquem a conscientizar estes novos cidadãos sobre os problemas ambientais que vem sendo discutidos atualmente, pois é esta nova geração que arcará com as consequências futuras dos problemas que ocorrem atualmente (KRAEMER, 2005). Um dos meios dessas instituições compensar a sociedade e evidenciar o seu total empenho para com o meio ambiente é estar sempre revendo, estudando, avaliando e controlando os danos ambientais causados por atividades exercidas em seu meio. De acordo com Silva e Mendes (2009), uma dessas estratégias é a adoção de uma política institucional voltada para o meio ambiente; um exemplo disso seria a criação de um sistema de gestão ambiental, onde este abordaria o gerenciamento integrado de resíduos. Os autores ainda ressaltam que é indispensável à colaboração e o envolvimento dos diversos setores e em especial a da alta administração. Tauchen e Brandli (2006 apud GONÇALVES et al., 2010), por sua vez, corroboram que as instituições de ensino superior como universidades e faculdades podem ser comparadas como uma pequena sociedade urbana, pois elas desenvolvem vários tipos de atividades de ensino, pesquisa, extensão e atividades referentes a sua operação, como restaurantes e locais de convivência, e como consequência destas atividades a geração de resíduos sólidos, que muitas vezes são mal administrados causando danos quase irreparáveis a natureza. Em muitos casos, constata-se o manejo incorreto de resíduos e riscos potenciais de acidentes e/ou contaminação. Nos laboratórios é frequente o descarte de rejeitos químicos na rede de esgotos; o manejo inadequado dos resíduos biológicos; a não segregação de lixo para a reciclagem; o desperdício de água e de energia; a não utilização ou inexistência de equipamentos de segurança individual e coletivos, etc. Esta situação decorre em função de diversos fatores, como ausência de políticas e programas voltados para o controle da poluição e de um setor que seja responsável pelo gerenciamento dos resíduos (SILVA; MENDES, 2009, p. 81). Foi buscando solucionar este problema que o Presidente da República sancionou a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, na qual menciona entre outros, que é obrigatoriedade de todas empresas e instituições, sejam elas de direito público ou privado, adotarem um método que colabore para com a gestão de resíduos sólidos. Sendo assim, todas as empresas públicas e privadas, faculdades e universidades passaram a aderir e criar diretrizes para a gestão de resíduos sólidos, com a finalidade de se adequarem perante as legislações ambientais, e também de cooperarem para com a preservação do meio ambiente, pois, o objetivo dessas diretrizes são criar métodos para reduzir os resíduos sólidos gerados e ainda contribuir com soluções para problemas de aspectos sociais, econômicos e ambientais envolvidos nessa questão. Essas diretrizes elaboradas para a gestão dos resíduos sólidos são validas não só para ajudar a diminuir a geração dos resíduos, mas também para conscientizar as pessoas e orientá-las sobre a importância do correto manuseio dos mesmos. No ambiente universitário, a implantação de um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS – orienta os processos relacionados à coleta, tratamento adequado e disposição final dos resíduos, bom como, as iniciativas para sensibilizar a comunidade acadêmica quanto às ações individuais e coletivas, que contribuam para melhoria da qualidade de vida da população e para a saúde publica (MESQUITA et al.,2010, p.2) Dessa forma, percebe-se o quão é importante a adequação de um modelo de um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) voltado para os meios universitários, considerando que o referido programa contribui para a redução de geração de resíduos sólidos através de ações fáceis e práticas, tornando assim a universidade adequada perante a legislação ambiental e também mantê-la perante a comunidade interna e externa como um exemplo de instituição de ensino ecologicamente correta. 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia científica está relacionada ao processo de elaboração das etapas fundamentais de um trabalho científico, na qual a pretensão é alcançar os objetivos nele proposto e obter resultados finais satisfatórios. Lakatos e Marconi (1991) corroboram que a metodologia cientifica é um conjunto de atividades sistemáticas e racionais que permite que o pesquisador chegue aos objetivos da pesquisa com mais segurança e economia. O objetivo do trabalho em questão foi o desenvolvimento de diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Toledo. Para tanto, utilizou-se de uma série de procedimentos. Primeiramente, quanto à natureza, tratou-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que segundo Roesch (1996) é apropriada para selecionar metas de um programa e construir uma intervenção. Enquanto ao propósito do projeto que é o desenvolvimento de diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos da Unioeste, Campus de Toledo, utilizou-se então o método de proposição de planos ou programa, que de acordo com Roesch (1996, p. 64) consiste em “apresentar soluções para problemas já diagnosticados pela organização”. Esse método requer que o pesquisador estude o problema e viabilize planos e procedimentos alternativos apresentando sugestões para resolução do problema ou para a implementação de um projeto. Com isso definido, efetuou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto em questão, com o propósito de obter informações, conceitos e possíveis soluções para a problemática deste trabalho. De acordo com Lakatos e Marconi (1991) a pesquisa bibliográfica coloca o pesquisador em contato com tudo que já foi escrito, dito ou filmado sobre um determinado assunto, de forma que o leva a realizar uma observação do tema sob pontos de vista diferentes, obtendo assim conclusões inovadoras. Em relação ao delineamento do trabalho, este se baseou em um estudo de caso, que de acordo com Yin (1981 apud ROESCH, 1996) é uma estratégia de pesquisa que procura estudar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto. No que se refere à coleta de dados, este estudo foi baseado na pesquisa documental, pesquisa essa em que o pesquisador recolhe informações de materiais já publicados. De acordo com Lopes (2006) essas pesquisas são feitas através de documentação direta como, por exemplo, questionário e entrevistas, e também da forma indireta, através de materiais já publicados. No caso desse estudo, optou-se por levantar e analisar alguns planos de resíduos sólidos já existentes, sendo então, de forma indireta. Ressalta-se que o levantamento e análise desses planos tiveram o objetivo de embasar ou trazer informações importantes a serem inseridas nas diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Unioeste. Além disso, acreditou-se que a consulta em planos já elaborados e estabelecidos em outros órgãos, pudessem trazer maior clareza e confiabilidade às diretrizes desenvolvidas para a gestão de resíduos sólidos da instituição foco deste estudo. Esse levantamento se deu unicamente através de pesquisas via internet no mês de julho de 2013. Investigaram-se diversos planos de gestão de resíduos sólidos existentes, em vários estados brasileiros, e que foram originados de órgãos públicos e privados diversificados, tais como: prefeituras, universidades, escolas, hospitais e empresas construtoras. Contudo, devido à extensão desses planos, optou-se por selecionar apenas quatro e analisá-los de forma mais detalhada. Os planos selecionados foram: os Planos de Resíduos Sólidos Urbanos do município de Toledo – Paraná, o Plano de Resíduos Sólidos Urbanos da cidade Campinas – São Paulo e também os planos da Universidade de Campinas, (UNICAMP) – São Paulo e o da Universidade Estadual de Londrina (UEL) – Paraná. Justifica-se essa seleção pelos seguintes motivos: i) a comparação de, pelo menos, dois planos de universidades, pode mostrar “o que” e “como” foi abordado o gerenciamento dos resíduos sólidos em instituições semelhantes à deste estudo; ii) acreditou-se que a análise de planos de resíduos sólidos urbanos pudessem apresentar ações diferentes das encontradas nos planos de universidades e que fossem igualmente importantes para a Unioeste. Após esse levantamento e seleção dos planos de resíduos sólidos, deu-se inicio às suas análises através de uma leitura detalhada. Nessa análise, foi possível constatar pontos em comum entre os quatro planos, bem como vantagens e pontos críticos, cumprindo-se assim os dois primeiros objetivos específicos deste estudo. Para realizar o terceiro objetivo específico, qual foi analisar o potencial econômico dos resíduos sólidos, utilizou-se unicamente de pesquisas via internet, no qual foram investigados diversos trabalhos e artigos científicos que abordavam o tema em questão, além dos dados encontrados no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Através dos resultados obtidos pela coleta de dados, pode-se então desenvolver as diretrizes que se avaliaram mais apropriadas à gestão dos resíduos sólidos da Unioeste, Campus de Toledo. 6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS Neste capítulo são abordados o diagnóstico organizacional da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus de Toledo, bem como a interpretação dos dados utilizados para o estudo e o desenvolvimento das diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos na Unioeste. Por fim, ainda deixam-se as sugestões e recomendações finais. 6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL Neste capítulo, encontra-se o diagnóstico organizacional referente à Unioeste, Campus Toledo, apresentando a sua caracterização, organograma, descrição das funções, o histórico da organização, seu ambiente organizacional e a sua operacionalização. 6.1.1 Caracterização da Organização A Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus de Toledo é uma instituição de Ensino Superior Público, atua nas áreas de graduação e pós – graduação, mestrado, doutorado, especialização e extensão. Está localizada na cidade de Toledo, na região Oeste do Paraná, e tem como corpo discente acadêmicos da região e de outras localidades do Estado, além de acadêmicos vindo de estados vizinhos como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, entre outros. Por se tratar de uma instituição de Ensino Superior a Unioeste tem como mercado concorrente direto as Universidades como a Faculdade Sul Brasil (FASUL), a Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) e a Universidade Paranaense (UNIPAR), situadas também em Toledo, bem como toda e qualquer Universidade e Faculdade do Estado do Paraná. Além das concorrências diretas há também as indiretas como cursos técnicos ofertados por algumas instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e até mesmos algumas escolas do município e da região entre muitos outros. Para compreensão das atividades desenvolvidas no Campus da universidade, necessitou-se a apresentação do organograma da Unioeste, Campus de Toledo, na qual demonstra a ordem hierárquica da instituição, conforme demonstra a Figura 2. Figura 1 – Organograma da Unioeste – Campus de Toledo FONTE: Unioeste (2013) Com base na apresentação da ordem hierárquica da instituição, cabem então descrever as funções desses órgãos, isso conforme o Regimento Geral da Unioeste (2003). Segundo o Regimento Geral da Unioeste (2003), o conselho de campus é o órgão máximo de cada campus, de caráter consultivo e deliberativo em matéria de ensino, pesquisa, extensão e administração, com a seguinte composição: o DiretorGeral do Campus, na qualidade de Presidente; os diretores de centro do Campus; os titulares de órgãos suplementares do Campus. A direção-geral de campus é o órgão executivo da administração intermediária que planeja, coordena e implementa todas as atividades universitárias do campus. O Diretor–Geral é escolhido por uma votação realizada na comunidade acadêmica do campus com mandato de quatro anos, permitida uma recondução. Cabe a ele, representar e fazer representar o campus na área de sua abrangência; responsabilizar-se por todas as atividades desenvolvidas no campus; obedecer às políticas e diretrizes emanadas dos Conselhos Superiores e às orientações da Reitoria; propor convênios e contratos de interesse do campus, entre outras. O conselho de centro é o órgão que promove, coordena e desenvolve o ensino, a pesquisa e a extensão em uma ou mais áreas do conhecimento e compõem-se de departamentos. Composto pelo diretor do seu respectivo centro, na qualidade de presidente; pelos coordenadores dos cursos que integram o centro; por um representante discente por curso; dois representantes docentes por curso. Cabe ao conselho prever as receitas e despesas do Centro; aprovar os programas e projetos de ensino; acompanhar e avaliar as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no Centro. A direção de centro é o órgão executivo da administração básica que planeja, coordena e implementa os fins indissociáveis do ensino, pesquisa e extensão. O Diretor de Centro é escolhido nos termos regimentais, através de consulta aos docentes e discentes vinculados ao respectivo centro e designado pelo Reitor para mandato de quatro anos, permitida uma recondução. Cabe ao Diretor de Centro representar e fazer representar o centro na sua área de abrangência; executar e fazer cumprir as normas e decisões do Conselho de Centro; bem como das demais instâncias a que estiver subordinado, entre outras. Já os colegiados de curso são órgãos consultivos e deliberativos da administração básica setorial, em matéria de ensino, compostos por todos os docentes que ministram disciplinas e desenvolvem atividades no respectivo curso, por representantes do corpo discentes regularmente matriculados no curso. Lembrando que a composição, a estrutura dos colegiados e a forma de escolha dos coordenadores de curso ou de programa regulares são regulamentados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). Cabe ao colegiado: elaborar o projeto pedagógico do respectivo curso ou programa para ser submetido ao CEPE; aprovar os planos de ensino das disciplinas, mediante requerimento dos interessados; indicar docentes do colegiado para orientação de matrículas, dentre outras. A coordenação de curso é o órgão executivo da administração básica setorial responsável pelo acompanhamento de todas as atividades pertinentes ao ensino do respectivo curso ou programa. Composto por um Coordenador de Curso e um suplente, estes são escolhidos pelos docentes que ministram aulas no curso e pelos discentes, regularmente matriculados e nomeados pelo Reitor, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Cabe ao representar e fazer representar o curso; subsidiar a organização do calendário acadêmico; coordenar atividades do colegiado do curso, entre outros. 6.1.2 Histórico da organização A Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste surgiu com a união de quatro faculdades municipais isoladas de ensino não gratuito, localizadas nas cidades de Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon, Toledo e Cascavel. De acordo com Rambo (2009) primeiro passo para o processo de criação da Universidade do Oeste foi dado pela Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), no ano de 1984 em Guaraniaçu, onde ocorreu um encontro histórico com a presença dos Secretários de Estado e da Presidência do Conselho Estadual de Educação. Em abril de 1985 o Departamento de Assuntos Universitários e a Secretaria de Estado da Educação do governo José Richa aderiram à proposta. O Senhor Governador José Richa concordou em apoiar a luta para aprovação de uma Universidade Federal, mas caso não houvesse esta aprovação, o mesmo garantiu que o Estado se responsabilizaria pela Universidade. Como não houve a federalização, no dia 8 de maio de 1986 foi então celebrado convênio entre o Governo do Estado e os municípios sedes das instituições superiores Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Marechal Cândido Rondon, estabelecendo os mecanismos e compromissos mútuos para viabilizar a estadualização. No dia 4 de agosto de 1986, já no governo de Álvaro Dias, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de resolução que viabilizava a estadualização da Universidade do Oeste, sendo que decreto de criação foi assinado apenas em 25 de abril de 1987 pelo governador Álvaro Dias, mas a criação da Fundação Universidade Estadual do Oeste do Paraná (FUNIOESTE) só foi consolidada em 30 de dezembro de 1987 pela Lei nº 8.680 e pelo decreto estadual nº 2.352 de 27 de janeiro de 1988, sendo que seu reconhecimento como Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste se deu pela Portaria Ministerial 1784-A, de 23 de dezembro de 1994. Neste ano de 2012 a Universidade oferece 34 cursos de graduação distribuídos nos cinco campi, com aproximadamente 1.057 docentes efetivos e também temporários e uma comunidade acadêmica com cerca de, 11.603 sendo eles acadêmicos em cursos de graduação e de cursos de pós-graduação lato e stricto sensu (especialização, mestrado e doutorado), (Unioeste, 2012). No entanto, a Unioeste, campus de Toledo, ofereceu em (2012), nove cursos de graduação, três cursos de especialização, oito mestrados e um doutorado, com um total aproximado de 735 discentes, sendo estes de cursos de graduação e de pós-graduação lato e stricto sensu (especialização, mestrado e doutorado), (UNIOESTE, 2012). 6.1.3 Ambiente organizacional No Oeste do Estado do Paraná se encontra a cidade de Toledo, a mesma abrange 1.198 km² de área territorial do estado e possui uma população de aproximadamente 119.313 habitantes, porém apenas 70.248 são economicamente ativos (IBGE, 2010). É importante citar que Toledo é conhecida como a capital do agronegócio e como a maior produtora de grãos do estado com ênfase na soja, milho e o trigo, isto devido ao seu solo fértil e plano. Além das atividades agrícolas a cidade também trabalha com a criação de gado, aves, suínos e com a produção animal como mel, leite e ovos. Por exercer estas atividades a cidade de Toledo ocasionou uma grande aglomeração de cooperativas e empresas do ramo agroindustrial. Segundo dados da Prefeitura Municipal de Toledo (2012), a cidade se encontra em terceiro lugar em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as dez maiores cidades do Paraná e em décimo lugar em Produto Interno Bruto (PIB) total do Paraná. E por possuir um grande índice de produção agrícola a cidade se encontra em primeiro lugar em PIB agropecuário do Paraná e da região sul e décimo primeiro lugar no país. Perante as estatísticas do município e as informações cedidas pela Unioeste, ficou entendido que a Universidade tende oferecer suporte tecnológico e cientifico às agroindústrias, por meio de busca por inovações nos seus cursos de graduação. Toledo é uma cidade em fase de desenvolvimento e como muitas outras cidades nesse contexto, possui alguns problemas, tais como analfabetismo, pobreza, violência, etc. No entanto, a Unioeste juntamente com o apoio da Prefeitura Municipal oferece projetos tendo como objetivo a melhoria dessa situação, como é o caso do Projeto Casulo Sócio Tecnológico, que prevê apoio às famílias para o desenvolvimento de pequenos empreendimentos visando à geração de renda, além do programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), o projeto SABER, Oficina da Cidadania, entre outros que buscam a melhoria da inclusão social da população de Toledo e da região (Unioeste, 2012). A pesar dos problemas, o município conta com várias belezas naturais como o horto florestal, saltos, cachoeiras, trilhas ecológicas no Rio São Francisco, o Parque Ecológico Diva Paim Barth juntamente com o lago na região central da cidade, estes são apenas alguns dos atrativos, pois há vários pontos encantadores em todo o município. Diante disso, a Prefeitura implantou o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil. Ambos os projetos tem a mesma finalidade, que é reduzir a geração de resíduos sólidos, orientando o correto acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos mesmos, preservando assim o meio ambiente. Segundo informações extraídas da Prefeitura o município é detentor do Prêmio Paraná Ambiental na modalidade de Gerenciamento de Resíduos Sólidos através do Programa Lixo Útil/Câmbio Verde. A Unioeste, por sua vez, também se preocupa com a preservação do meio ambiente, e para servir de exemplo à comunidade acadêmica, aos funcionários e à população do município e da região, e mesma elaborou vários projetos envolvendo a questão da preservação. Dentre os programas, encontram-se o Projeto 21, que desenvolve ações preventivas e educativas em saúde ambiental, proporcionando informações sanitárias, visando à qualidade de vida das famílias e a diminuição dos impactos ambientais. Há ainda o Projeto Unioeste Recicla, abordando o tema da reciclagem. Dessa forma fica evidente que a Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus de Toledo encontra-se em harmonia com o ambiente onde situa. Além de estar sempre na busca de melhorias para o município e para sociedade que abrange, através da propagação eficaz dos e ensino. 6.1.4 Operacionalização da organização A Unioeste é uma Instituição de Ensino superior público, que oferece 34 cursos de graduação distribuídos em cinco campi, lembrando que cada campi está situado em um município diferente. Ela conta também com aproximadamente 1.057 docentes sendo eles efetivos e temporários além de uma comunidade acadêmica com cerca de 11.603 acadêmicos, sendo estes de cursos de graduação e de pósgraduação lato e stricto sensu (especialização, mestrado e doutorado) (UNIOESTE, 2012). Por apresentar uma estrutura multicampi, torna-se um desafio administra-la e ainda conseguir, de forma justa e imparcial, atender as demandas de cada campus. Desse modo, fica evidente que a Unioeste é uma instituição burocrática, que considera de máxima importância à aplicação das políticas e das normas Institucionais, além de as mesmas serem essenciais para seu adequado funcionamento. Por este fato foi que em 17 de setembro de 1999, foi aprovado pela resolução 017/99-COU, o novo estatuto da Unioeste, o qual regulamenta seus princípios, finalidades, autonomia didático - cientifica, as hierarquias, cargos, bem como suas respectivas competências. É de suma importância citar que sua administração faz-se em nível superior, intermediário, básico e básico setorial, através de órgãos deliberativos, executivos, de apoio e suplementares. A administração superior tem como órgão máximo normativo e deliberativo, o Conselho Universitário; o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é o órgão superior consultivo, normativo e deliberativo em matéria referente ao ensino, à pesquisa e à extensão e a Reitoria é o órgão executivo. Administração intermediária tem como órgão consultivo e deliberativo em matéria de ensino, pesquisa, extensão e administração o Conselho de Campus e como órgão executivo a direção geral do campus. A administração básica tem como órgão consultivo e deliberativo, em matéria de ensino, pesquisa e extensão o Conselho de Centro e como órgão executivo a Direção de Centro, já a básica setorial tem como órgão consultivo e deliberativo em matéria de ensino o Colegiado de Curso e como órgão executivo a Coordenação de Curso. Em consulta ao Regimento Geral da Unioeste, foi identificado que o estilo gerencial da Universidade é o consultivo, pois as decisões são tomadas em reuniões com a presença da maioria absoluta dos membros dos órgãos deliberativos superiores, onde as decisões são aprovadas por meio simples de votação, exceto nos casos previstos no Estatuto e neste Regimento (UNIOESTE, 2003). É por considerar de máxima importância à aplicação das políticas e das normas Institucionais, que o sistema de seleção e desenvolvimento de pessoas é regido pelas Leis Estaduais: Lei nº. 15050, de 12 de abril de 2006 e Lei nº. 15944 de 09 de setembro de 2008, as quais apresentam que só poderá correr contratação de um agente universitário caso haja uma vaga, além de o processo de seleção ser feito por base de concurso público de provas ou provas e títulos. Após a aprovação o agente entrará em estágio probatório com duração de 3 anos, este estágio serve para a avaliação especial do desempenho do agente, após esse tempo caso o funcionário seja aprovado ele será considerado estável. Já desenvolvimento profissional da carreira se dará pelos institutos da progressão, promoção e mudança de função. Vale lembrar que o processo de seleção de docentes ocorre da mesma maneira, apenas é diferenciado no desenvolvimento de carreira, pois para os docentes a elevação de nível ocorre através de titulação. Outras possíveis formas de se ingressar na Unioeste são através de testes seletivos ou de estágio remunerado, porém ambos têm período pré-determinado, contrato de um ano sendo prorrogável por mais um ano. Já o sistema de remuneração da Unioeste se dá de acordo com o Estatuto dos Funcionários Civis do Estado do Paraná e do plano de carreira que prevê, conforme a carga horária, o salário de enquadramento. O Plano de Carreira prevê também a elevação de nível ou classe através do desempenho, tempo de serviço ou titulação. Como vantagens no salário os servidores contam com o adicional noturno, adicional de tempo de serviço, adicional de insalubridade e periculosidade e adicional Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (TIDE). O Plano de Carreira prevê, ainda, gratificação de incentivo à titulação, quanto ás férias, os servidores têm o direito de usufruí-las após 12 meses de efetivo exercício, e seu período de fruição deverá ser preferencialmente no mês de janeiro. Além de se importar com a aplicação das políticas e das normas Institucionais a Unioeste também se preocupa com o bem estar de seus funcionários, ressaltando que ela está devidamente adequada no quesito qualidade de vida no trabalho, pois de acordo com a Política de Recursos Humanos, a Universidade estimula o servidor para que atinja o desenvolvimento pleno como cidadão, resgatando no contexto atual a consciência cidadã necessária para renovação no serviço público, podendo dessa forma, acompanhar as mudanças no mundo do trabalho. Desse modo torna-se relevante citar que Resolução 011/95 – CADE que regulamenta aos técnico-administrativos a dispensa de 8 horas semanais para o cumprimento de estágio curricular; e que a Resolução 035/00 – COU regulamenta a Política de Qualificação dos servidores técnico-administrativos prevendo a dispensa de horas semanais para estudo, sendo 8 horas para graduação, 16 horas para especialização e 20 horas semanais para servidores mestrandos. Lembrando que Política de Qualificação Docente é regulamentada pela Resolução 065/2000 – CEPE, no entanto o plano de qualificação é aprovado pelo colegiado ao qual o docente pertence, podendo afastar-se total ou parcialmente para cursar mestrado ou doutorado. É interessante mencionar que a gestão de qualidade também tem sido estimulada pelos líderes da instituição que visam o aperfeiçoamento dos agentes universitários e dos docentes, através de programas e projetos de qualificação, propiciando a qualidade do ensino e do atendimento aos clientes internos e externos da Universidade, colaborando então para que o nome da instituição seja reconhecido, em âmbito nacional, como sinônimo de excelência no ensino e no trabalho. Após a apresentação das informações da Instituição na qual foi realizada a pesquisa, torna-se importante então apresentar a operacionalização, ou seja, apresentar o intuito desse estudo, assunto esse abordado na sequência. 6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO Este estudo foi realizado com o intuito de desenvolver diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Toledo. Para tanto, foram delineados alguns objetivos específicos, quais sejam: i) levantar e analisar alguns modelos de gestão de resíduos sólidos já existentes; ii) avaliar e sistematizar possíveis vantagens e desvantagens, fatores críticos e/ou gargalos existentes nos modelos de gestão de resíduos sólidos analisados; iii) identificar o potencial econômico dos resíduos sólidos; iv) sugerir diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Este tópico tem a principal finalidade de apresentar as ações desenvolvidas para o cumprimento desses objetivos específicos. Por isso, para facilitar a compreensão, é subdividido em tópicos que representam os objetivos secundários citados. 6.2.1 Análise de alguns modelos de gestão de resíduos sólidos já existentes Como a gestão de resíduos sólidos passou a ser obrigatória no Brasil devido a Lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, o país começou então a desenvolver diversos tipos de Planos de Gestão de Resíduos Sólidos, dentre eles, podem ser citados: os Planos de Gestão de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS), Plano de Gestão de Resíduos Sólidos Industriais (PGRSI), Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de Construção Civil (PGRSCC) e Planos de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (PGRSU), além dos domiciliares e de escolas e universidades. Sendo assim, para cumprir o primeiro objetivo especifico deste estudo, foram levantados alguns Planos de Gestão de Resíduos Sólidos, visando posteriormente a seleção de alguns mais adequados para a execução desta pesquisa. Dentro da gama de planos visualizados, foram encontrados os de órgãos públicos e privados e de diversos segmentos, tais como: hospitais, prefeitura, empresas construtoras e universidades. Todavia, especialmente devido a extensão da maioria dos planos, selecionaram-se apenas quatro modelos, sendo que dois desses planos eram relacionados aos resíduos sólidos urbanos e os outros dois sobre resíduos gerados em campi universitários. Dentre os planos de gestão de resíduos sólidos urbanos analisados, os selecionados foram: o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos do município de Toledo – Paraná1 e o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos da cidade Campinas – São Paulo2. Já referente aos planos de gestão de resíduos sólidos aplicados em universidades, foram selecionados os planos existentes na Universidade de Campinas, (UNICAMP) – São Paulo3 e o da Universidade Estadual de Londrina (UEL)– Paraná4. Considerando o que foi citado acima, salienta-se que a seleção dos planos de gestão de resíduos sólidos universitários foi necessária para se ter base ou conhecimento de como conduzir e estruturar algumas diretrizes ou até mesmo um futuro plano específico para o caso da Unioeste. No caso dos planos de resíduos sólidos urbanos, estes foram selecionados com intuito de encontrar ações diferenciadas das contidas nos planos das universidades, anteriormente comentadas, que pudessem também contribuir com o desenvolvimento de diretrizes à Unioeste. Após a seleção dos planos de resíduos sólidos ter sido completada, foi então inicializada a análise de cada um deles, buscando compreender e identificar ações que pudessem ser extraídas e convertidas em diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Unioeste – Campus de Toledo. Nessa análise foram constatados alguns pontos em comum entre os planos selecionados, os quais são apresentados na sequência. 6.2.1.1 Pontos em comum existentes nos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos selecionados Como já comentado anteriormente, com uma leitura e uma análise aprofundada dos quatro planos de gestão de resíduos sólidos selecionados, foram constatados alguns pontos em comum, tais como: a estrutura, metas, objetivos, diagnóstico atual da gestão de resíduos sólidos de cada localidade, entre outros. 1 www.toledo.pr.gov.br/portal/meio-ambiente/plano-municipal-de-gestao-integrada-de-residuos-solidos www.campinas.sp.gov.br/arquivos/dlu/audiencias/plano_municipal_residuos_solidos.pdf 3 www.fef.unicamp.br/fef/pdf/infraestrutura/Plano_Gerenc_Res.pdf 4 www.uel.br/proplan/?content=residuos.html 2 Lembrando que, dado o objetivo deste trabalho, alguns desses pontos serão mais detalhados que outros. Ou seja, não se pretende findar os pontos em comuns, mas sim comentar os que mais podem favorecer a formulação de diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Unioeste, ou ainda que possam gerar ideias para propor num futuro plano de gerenciamento desses resíduos para a Instituição foco deste estudo. Primeiramente, observou-se que os planos de gestão de resíduos sólidos das universidades de Londrina e de Campinas juntamente com o plano do município de Toledo, Paraná, possuem em sua estrutura a descrição dos objetivos a serem atingidos com a implementação do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) nas localidades onde esses serão realizados. Esses objetivos se resumem em alguns princípios, tais como: identificar o grau de geração de resíduos sólidos nestas localidades estudadas, no caso, as universidades, de modo a identificar quais são os tipos de resíduos mais gerados (papel, plástico, vidro, etc.); com base nas informações anteriores, buscar promover ações que reduzam o fluxo de geração e ainda procurar alertar a sociedade a respeito da gravidade que o problema da geração e do mau gerenciamento dos resíduos sólidos causam à natureza e também a própria saúde; e, assim conscientizá-los e também a incentivá-los a adotarem a coleta seletiva e a gestão dos resíduos sólidos por eles gerados. Além da questão dos objetivos, observou-se que os quatro planos selecionados possuem a apresentação da instituição ou, no caso dos planos dos resíduos sólidos urbanos a apresentação dos municípios. Nessa apresentação está contida a descrição da instituição ou município, o histórico, números de habitantes, atividades exercidas no local, entre outras características relevantes para o conhecimento do tipo de PGRS aplicado nessas localidades. Outro fator interessante de se comentar a respeito desses planos, é que os quatro descrevem a situação atual da gestão de resíduos de seus estabelecimentos de estudo. Citam fatos como: se há ou não a coleta seletiva e também lixeiras para este tipo de procedimento (lixeiras específicas para cada tipo de resíduos, assim como determina o CONAMA), quais são os procedimentos atualmente utilizados, frequência da coleta, entre outros fatores relacionados ao gerenciamento dos resíduos sólidos. Esses planos ainda abordam os tipos, a classificação, as características e a origem dos resíduos sólidos por eles gerenciados, de maneira a identificar e diagnosticar os problemas que cada um dos tipos de resíduos causa ao meio ambiente e a saúde da sociedade. Além da situação atual, os planos ainda apresentam as metas que pretendem atingir, especificando-as como metas de curto, médio e longo prazo. Nessas metas, contém os resultados obtidos ou que se esperam obter com a aplicação das ações da gestão de resíduos sólidos propostos. Dentre essas metas se encontram os resultados dos treinamentos do pessoal responsável pela execução das ações e quais foram os impactos causados ao ambiente após a aplicação desse plano, entre muitos outros. Outros pontos interessantes encontrados foram que os quatros planos de gestão de resíduos sólidos apresentam ações de educação ambiental e mobilização social, isso com o desenvolvimento de palestras, montagem de Kits de reciclagem, com folhetos, cartilhas, entre outros fatores que incentivem a gestão de resíduos sólidos. Já os planos das universidades, apresentavam como foram realizadas as melhorias nos campi onde esses planos foram aplicados, demonstrando assim como é de fundamental importância a melhoria estrutural ante da aplicação das ações. Ressalta-se ainda que o plano da Universidade Estadual de Londrina (UEL), utilizaram os 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) como alicerce de sua pesquisa, e assim buscando promover ações que fizesse com que se reduzisse a geração dos resíduos sólidos e também o seu correto gerenciamento. Ressalta-se então que nos planos selecionados há muitos pontos em comum, mas os que mais chamaram a atenção da pesquisadora e os que mais se assemelham foram esses. Uma vez identificado os pontos em comum desses planos, torna-se interessante também avaliar as possíveis vantagens e desvantagens, bem como os fatores críticos e/ou gargalos existentes nos mesmos, assunto esse que será desenvolvido na sequência. 6.2.2 Avaliação de vantagens e pontos críticos existentes nos modelos selecionados A inclusão de um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos é importante para a empresa/instituição e para o meio ambiente, porém, é importante também conhecer sobre essa metodologia antes de aplicá-la definitivamente na instituição, e uma das formas mais fáceis de identificar se esses procedimentos são realmente eficazes, é analisando as suas possíveis vantagens ou pontos críticos. Por isso, na sequência encontram-se breves descrições, primeiramente, de algumas vantagens, consecutivamente de algumas desvantagens, lembrando que alguns não são necessariamente desvantagens, mas sim pontos críticos encontradas nos quatro planos analisados. Um dos principais objetivos desses planos é registrar e evidenciar a situação atual da gestão dos resíduos sólidos dos locais onde esses foram aplicados, de forma a visualizar se realmente está acontecendo o correto gerenciamento e destinação final dos resíduos, além de apontar falhas a serem corrigidas e também as melhorias que a aplicação desse plano obteve em relação a gestão e a geração dos resíduos sólidos. Através da exposição da situação da gestão atual, os planos ainda permitem visualizar possibilidades de criação de novos instrumentos que busquem melhorar essa gestão dos resíduos sólidos, sejam esses instrumentos institucionais, jurídicos ou físicos. Isto é, instrumentos que estejam de acordo com as características e condições sociais e econômicas de cada indivíduo colaborador, para que os mesmos possam exercer suas responsabilidades a respeito da gestão de resíduos sólidos dando aos mesmos a destinação adequada como, por exemplo, adotar a coleta seletiva e criar um manual de gestão de resíduos sólidos. Além disso, os planos também citam ações que podem e devem ser seguidas por todos os envolvidos na gestão dos resíduos, desde as empresas que criam os produtos até aos consumidores que adquirem estes produtos. Essas propostas também criam condições para que as empresas envolvidas na cadeia produtiva possam exercer suas atividades sem produzir impactos socialmente negativos, ou seja, incentivar as mesmas a analisarem os tipos de materiais que são utilizados nas suas atividades, contestando se estes são biodegradáveis, e qual o grau de problemas que os mesmos trarão ao meio ambiente, e até mesmo a reaproveitarem os produtos já utilizados para a fabricação de novos, evitando assim a degradação de bens naturais. Finalizando as principais vantagens e pontos positivos desses planos, podese citar o fato de que os mesmos proporcionam a criação de um ambiente mais limpo, organizado e racional, onde todos fazem a sua parte e colaboram para manter o meio ambiente limpo e agradável. Porém, é válido ressaltar que para a aplicação desses planos há alguns dificultadores, dentre eles destacam-se os gastos envolvidos na execução desse procedimento, e a lentidão na execução do processo, pois, dependendo da localidade onde esses planos forem incluídos, como nos casos municipais, por exemplo, por se tratarem de localidades mais extensas, há necessidade de processos mais complexos e especificados para cada localidade que os planos irão atingir. Ressalta-se ainda que esses planos não agem como uma ação corretiva, mas sim uma ação educativa e informativa, ou seja, propiciam a população informações a respeito do grau de geração dos resíduos sólidos e as corretas ações que devem ser tomadas a respeito do gerenciamento e destinação final dos mesmos. Outro fator que pode ser considerado crítico é a necessidade da realização de treinamentos, oficinas, minicursos, etc., propriamente especializados para a gestão de resíduos sólidos, além da possível necessidade de contratação de um pessoal já especializado para a aplicação destes treinamentos. Ou seja, para a conscientização dos atores envolvidos no plano, talvez haja a necessidade da contratação de palestrantes ou outros profissionais que tenham conhecimento do assunto, para repassar e instigar os envolvidos a cooperarem. É importante salientar também que se trata de uma mudança da cultura da sociedade, o que pode ser considerado um passo muito difícil, pois há todo um processo delicado, o qual envolve os costumes antigos dos atores envolvidos, sendo esse o mais difícil dos desafios (LEME, 2009). Outro fator importante para a execução desse trabalho é a divulgação dos mesmos, isso poderia ocorrer com distribuição de folders, panfletos, assim como cartilhas informativas, que também tem a função de disciplinar e sensibilizar toda a sociedade, entre muitos outros meios de se divulgar e chamar a atenção para esse trabalho. Isso tudo, de certa forma, pode gerar alguns custos. Além desses gastos com divulgação, que podem ser vistos como um dificultador há ainda possíveis gastos com a implantação desses planos, pois há a necessidade de: i) se adquirir ou disponibilizar um local específico para a execução desse projeto; ii) aquisição ou disposição de equipamentos, tais como, computadores, balanças, instalações de lixeiras e containers coletores, sacos de lixo; iii) disponibilidade de meio de transporte para esses resíduos; iv) possíveis gastos com a mão de obra, entre muitos outros quesitos necessários para efetuação desse trabalho, e que podem não ser vistos como investimentos e benefícios, mas sim unicamente como despesas. Ressalta-se que a implementação não deve ser vista como um gasto, mas sim com algo estratégico, que beneficiará a empresa, com a redução de multas devido a poluição de meio ambiente, diminuição de custo, melhoria na imagem institucional, aumento da produtividade, melhorias nas relações de trabalho, entre muitos outros. Porém é importante ressaltar que para a implantação dessas ações e para se alcançar os objetivos esperados, é necessária toda uma mudança na cultura empresarial que é considerado um passo difícil, pois é um processo delicado, qual envolve modificar costumes antigos dos atores envolvidos nessa gestão. Com base no que foi citado, conclui-se que as vantagens/pontos positivos e as desvantagens/pontos críticos encontrados nesses quatros planos selecionados, cooperam com o melhor entendimento dos resultados que podem ser atingidos com a inclusão de uma gestão ambiental nas empresas e instituições, ou seja, antes de se implantar uma gestão no meio organizacional, o empresário pode premeditar suas ações e ainda os resultados que podem ser atingidos com essa gestão, antes mesmo de aplicá-la. Por fim, pode se observar que os planos de gestão de resíduos sólidos, bem como a sua aplicação é de uma importância relevante ao meio ambiente, pois como já comentado anteriormente, os mesmos tem a objetividade de diminuir o fluxo de geração, o descarte incorreto dos resíduos sólidos, além de buscar conscientizar a sociedade em geral sobre os danos causados pelos atos inconvenientes por eles cometidos e de informar que muitos desses resíduos podem ser reciclados e convertidos em lucros, pois os mesmos apesar de aparentar inutilidade possuem grande potencial econômico, como é destacado a seguir. 6.2.3 O potencial econômico dos resíduos sólidos Antes de iniciar o assunto referente ao potencial econômico dos resíduos sólidos, ressalta-se que essa questão não é baseada nos planos de resíduos sólidos selecionados, mas sim em dados estatísticos que mostram que no Brasil há uma demanda considera grande de descarte indevido de resíduos sólidos que poderiam ser reutilizados e reciclados, e assim gerar lucros. Nesse contexto, buscando obter-se uma melhor compreensão da questão relacionada ao descarte indevido de resíduos sólidos que poderiam ser reutilizados e reciclados, optou-se então pela amostra realizada pela Figura 3 a seguir, que apresenta a composição média dos resíduos sólidos domésticos brasileiros coletados e descartados no ano de 2008. Figura 2 – Composição média dos resíduos sólidos coletados no Brasil em 2008 FONTE: Ministério do Meio Ambiente (2012) Com a visualização dessa figura pode-se perceber que a coleta dos resíduos sólidos naquele ano era composta na sua maioria por resíduos orgânicos, com 51,4%. Já na questão dos materiais recicláveis os que possuem o maior índice de descarte são os resíduos de plástico, com 13,5%, e os de papel, com 13,1%. Nesse caso, observou-se que há descarte desnecessário e também uma destinação final incorreta de alguns resíduos sólidos que poderiam ser reciclados e reaproveitados, tais como o papel e o plástico, por exemplo. Segundo informações obtidas pela Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 85% do total geral de resíduos sólidos gerado no país são coletados, porém apenas 10% dos mesmos recebem a destinação final correta (IBGE, 2008). Esse descaso com os resíduos sólidos gera um grande desperdício e muitos podem deixar de lucrar com os mesmos. De Acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o potencial econômico estipulado para o total de resíduos sólidos recicláveis encaminhados aos aterros e lixões pode alcançar o total de R$ 8 bilhões de reais. Ainda segundo o IPEA e o MMA, esses dados foram estimados a partir da realização da análise gravimétrica dos resíduos sólidos gerados e também da média dos preços obtidos pelo quilograma de cada um (IPEA; MMA, 2010). De acordo com eles, os resíduos compostos de plásticos, papel e de papelão são os mais destinados aos aterros e lixões, chegando a mais de 20% do total de resíduos representando 80% dos materiais que podem ser reciclados. Já o vidro tem uma destinação percentual menor nesses locais, atingindo cerca de 2%, e representando assim 8% dos materiais recicláveis. Foi observado ainda que nesses locais pouco se encontra resíduos metálicos, como o alumínio, por exemplo, isso acontece porque a maioria desses são recolhidos antes da destinação aos aterros e lixões (IPEA; MMA, 2010). No entanto, o lucro obtido com ele é superior aos demais materiais citados, assim como ilustra a Figura 4. Figura 3 – Tabela da gravimetria da disposição dos resíduos sólidos e preço médio (R$/Kg) FONTE: IPEA e MMA (2010) Com base no exposto, entende-se que os resíduos sólidos não são mais vistos como “lixo” ou algo que não tem utilidade e que pode ser descartado sem arrependimento, hoje em dia eles passaram a ser vistos como uma oportunidade de negócio com enorme potencial econômico e de inserção social. Ficou claro que o processo de reciclar certos resíduos gera lucros e que, além disso, esse processo também beneficia o meio ambiente, pois com a reutilização desses materiais, há uma diminuição na exploração de recursos naturais. Não obstante, o processo de coleta e reciclagem dos resíduos sólidos gerados leva menos tempo para a execução do que uma atividade de produção tradicional, como o trabalho agrícola, por exemplo. De acordo com IPEA e MMA (2010), essas atividades solicitam menos especialização por parte de seus administradores, esse mercado é segmentado e os produtos da atividade (os resíduos sólidos) não são homogêneos, ou seja, características como cor, condição de limpeza, entre outras, irão influenciar na sua venda quanto no seu preço. Conclui-se então, que a maioria da população descarta os resíduos sólidos por eles gerados, crendo que os mesmos são inutilizáveis e sem valor. Porém, comprovou-se que muitos desses materiais descartados podem render um lucro elevado, considerando que os resíduos sólidos recicláveis descartados e encaminhados aos aterros e lixões pode alcançar o total de R$ 8 bilhões de reais. Cabe então à sociedade, empresas e instituições rever e analisar seus resíduos antes de descartá-los. Com base nisso, compreende-se então a necessidade de se criar diretrizes que ajudem a identificar o que deve ser descartado e o que ainda pode ser reaproveitado, visando assim diminuir a demanda de descarte de resíduos sólidos que podem ser reciclados. Neste contexto, ressalta-se que foi com base nessa e nas outras informações citadas anteriormente que se estabeleceu a criação de diretrizes que colaborasse com a gestão de resíduos sólidos da Unioeste, Campus de Toledo, assunto esse que será abordado na sequência. 6.2.4 Diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus de Toledo Com base nas questões anteriores, ou seja, o potencial econômico dos resíduos sólidos, também das vantagens e desvantagens da gestão dos resíduos sólidos, e da necessidade da universidade incluir em seu meio uma gestão de resíduos sólidos, desenvolveu-se diretrizes para a gestão de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Toledo. Ressalta-se que o desenvolvimento dessas diretrizes têm dois principais objetivos: i) instigar ou servir como base para um plano de gerenciamento de resíduos sólidos para a Unioeste; ii) minimizar a geração de resíduos sólidos no campus da Unioeste, conscientizando e informando os atores envolvidos a como agir face a geração e gestão de resíduos sólidos. O desenvolvimento dessas diretrizes foi dividido em duas etapas, sendo a primeira a adequação do campus universitário para a correta efetivação da gestão de resíduos sólidos, e a segunda, se constitui no desenvolvimento de ações específicas para os atores e cenários envolvidos na geração e gestão de resíduos sólidos, tais como: acadêmicos, docentes, laboratórios e setores administrativos. 6.2.4.1 Adequação da Unioeste, Campus de Toledo A primeira etapa, adequação do Campus, refere-se a ações básicas e simples, mas que são primordiais para o início de toda e qualquer gestão de resíduos sólidos. Dá-se com a alocação de lixeiras e contentores seletivos no pátio da universidade, bem como em seus blocos, assim como ilustra a Figura 5: Figura 4 – Lixeiras de coleta seletivas 5 FONTE: Sulmacro (2013) Além disso, propõe-se também a adoção da utilização de sacos de lixo colorido, como demonstra a Figura 4, para que esses possam ser utilizados nas lixeiras que são alocadas no interior das salas de aulas, gabinetes, secretarias, laboratórios, entre outros setores existentes no Campus da Unioeste. 5 http://www.sulmacro.com.br/?link=produtos Figura 5 – Sacos de lixo colorido para coleta seletiva 6 FONTE: Comali (2013) Ressalta-se que essas ações são necessárias para que se possa ocorrer da forma simplificada a coleta seletiva dentro da universidade, ou seja, com o uso desses materiais a identificação dos resíduos sólidos gerados no interior do Campus será facilitada. Enfim, a adequação do campus se dá por meio de apenas duas ações, mas que são suficientes para iniciar e embasar o gerenciamento de resíduos sólidos, uma vez que com isso facilita a coleta seletiva dos resíduos sólidos, a pesagem, a divisão, entre outros fatores relacionados à gestão desses resíduos gerados. Antes de iniciar a próxima etapa, destaca-se que por se tratar de uma instituição de ensino, há no decorrer do dia-a-dia da Unioeste, a propagação de várias atividades, tais como, aulas sendo ministradas, uso dos laboratórios, área de alimentação dos acadêmicos e docentes, banheiros, setores administrativos, entre outros. Devido a isto, cogitou-se então a necessidade da criação de diretrizes específicas a quatro grandes grupos, que seriam os principais atores envolvidos na geração e gestão dos resíduos sólidos, a saber: acadêmicos, docentes, administrativos e laboratórios. Essa divisão visa facilitar o processo de aplicação das ações propostas, uma vez que, com a criação desses grupos foram também determinadas ações específicas para cada atividade exercida por cada grupo e seus respectivos locais de acesso. 6 http://www.comali.com.br/sacos-para-lixo-coloridos-p-coleta-seletiva-60lts-mc06-6086xx-mundifardo-100un.html No entanto, destaca-se que todas as ações estão vinculadas ao mesmo objetivo, que é reduzir a geração e o descarte incorreto dos resíduos sólidos dentro do campus universitário e ainda conscientizar e informar a comunidade acadêmica, funcionários e todos que de algum modo interagem com a universidade, o quão é importante o correto gerenciamento dos resíduos sólidos por eles gerados. Dito isso, deu-se sequência na elaboração das diretrizes para os atores envolvidos na gestão de resíduos sólidos da Unioeste. 6.2.4.2 Ações para os atores envolvidos na geração e gestão de resíduos sólidos Por se tratar de uma Instituição de Ensino Superior, a Unioeste, Campus de Toledo comporta um grande fluxo de pessoas durante o seu horário de funcionamento. Desse modo constatou-se a necessidade da criação de diretrizes para quatro grupos: acadêmicos, docentes, laboratórios e administrativo. Ressalta-se que, observando que as ações dos 5R’s enquadram – se com a problemática da geração dos resíduos sólidos dentro do Campus da Unioeste de Toledo, todas as diretrizes desenvolvidas para os grupos de atores são embasadas nelas. Lembra-se que os 5R’s (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar) são cinco ações que podem ser facilmente aplicadas no dia a dia, e se utilizadas adequadamente contribuem e muito para a redução da geração e o descarte incorreto dos resíduos sólidos no planeta, e ainda faz com que a sociedade reflita sobre suas atitudes referentes a esta situação que se agrava com o decorrer dos dias e também com o desenvolver das cidades, estados e países. Desse modo, encontra-se a seguir descrição de cada uma das ações propostas para os referidos grupos. Ressalta-se ainda que, algumas das ações constituídas são idênticas, porém outras são distintas, isso tudo estabelecidos para os diferentes grupos criados. Essa igualdade de ações deu-se devido a separação em grupos, pois com essa atitude, de se citar os grupos separadamente, dá a entender que é realmente importante a participação de todos, e assim deixar os atores envolvidos interessados ou comprometidos com a realização do trabalho 6.2.4.2.1 Ações desenvolvidas para os acadêmicos No caso do grupo dos acadêmicos, a elaboração e adequação de suas ações se deram de acordo com as atividades que este grupo desenvolve dentro do campus universitário, atividades estas que envolvem desde a chegada dos mesmos ao campus, as aulas frequentadas, lanches, entre outros. 6.2.4.2.1.1 Primeiro “R”: reduzir os resíduos sólidos Das ações propostas aos acadêmicos ressalta-se a redução de consumo desnecessário dos produtos em geral ou ter preferência aos que possuem menos embalagens, priorizando principalmente aqueles que possuam embalagens retornáveis ou recicláveis. Para isso, este grupo deverá contribuir com ações como, a redução do consumo de papel, efetuando seus trabalhos e textos digitados em um computador, visando evitar a impressão dos mesmos. Quando for necessária a correção do professor, busque enviar os mesmos via e-mail. Porém, quando a cópia ou impressão for inevitável faça-as frente e verso na folha de papel e se possível imprima duas páginas por folhas, assim serão impressas quatro páginas do trabalho ou texto em apenas uma folha de papel. Destaca-se também que, caso a impressão saiu errada ou com qualquer outro problema, evite rasgá-las e jogá-los fora, procure guardar estes papéis, pois em algum momento poderão servir para algo. Da mesma forma, quando haver a necessidade de gravar os trabalhos em outros dispositivos, busque utilizar os que são regraváveis tais como o CD-RW regravável, pois quando estes trabalhos não forem mais de utilidade, estes podem ser facilmente apagados e o CD-RW pode ser utilizados para gravar novos documentos, evitando assim a compra excessiva de dispositivos deste porte. Outro meio de gravar os documentos, é utilizando um pen drive, que atualmente é um dos dispositivos removíveis mais utilizados, pois além de comportar uma grande quantidade de arquivos, e serem de fácil utilização estes ainda são pequenos e práticos de se transportar. Além disso, os acadêmicos devem também evitar o uso excessivo de papel higiênico e toalhas, buscando utilizar apenas o necessário, no caso das lanchonetes ou restaurantes inseridos na universidade, evitar também o consumo desnecessário dos guardanapos de papel. Este grupo deve evitar também o consumo de comidas e bebidas nas salas de aulas e nos laboratórios, principalmente alimentos naturais, como frutas, pois estas com certo tempo exposta, atraem insetos como moscas, formigas e baratas e ainda deixam um mau cheiro no ambiente. Porém, no caso de querer consumir alimentos e bebidas nestes recintos, busque levá-los em potinhos ou garrafas que podem ser reutilizados para evitar então o descarte dos mesmos nestes locais, e no caso de comida busque descartá-los em lixeiras apropriadas para estes tipos de resíduos, evitando assim a criação de problemas como já citados anteriormente. Compete a eles também, não jogar papéis de balas, chicletes e entre outros tipos de papeis no pátio do campus, bem como latinhas, bitucas de cigarro entre outros materiais. Deve-se levar em consideração esta ação, pois este ato de jogar os resíduos no chão ao invés de jogá-los nas lixeiras é muito ruim ao meio ambiente e também a própria universidade, que passará uma imagem negativa para a sociedade, além de se tornar um ambiente desagradável de se frequentar devido a essas condições apontadas. Observa-se então que ao adotarem estas ações o grupo dos acadêmicos estará não apenas contribuindo para a preservação do meio ambiente que os cercam, mas também para e com a universidade que eles mesmos frequentam. 6.2.4.2.1.2 Segundo “R” reutilizar os resíduos sólidos Reutilizar, ou seja, utilizar novamente algo que muitas vezes passa a ser considerado inútil, porém pode ter outra serventia além da que tinha antes de ser utilizado ou consumido. Este ato é outro método que coopera para a diminuição da geração dos resíduos sólidos e também do desperdício de materiais. Um bom exemplo dessa situação são aqueles papeis que saíram errado na hora da impressão, ao invés de rasgar e jogá-los fora, busque reutilizá-los como rascunho, sendo esta uma boa forma de economizar papel e diminuir o descarte do mesmo no meio ambiente. Outras ações beneficentes deste método é reutilizar garrafas pets de refrigerantes para beber água, adotar um copinho descartável para o seu consumo diário, evitando usar um diferente a cada vez que for beber algo, buscando evitar o consumo excessivo deste material. Buscar também revisar aqueles materiais de estudos do ano que passou e que já não são necessários e que não tem mais nenhuma utilidade, os livros que já foram lidos e relidos, revistas antigas, jornais, junte-os e faça uma doação dos mesmos para alguém que necessite, ou até mesmo leve-os a uma livraria de compra, venda e trocas destes tipos de materiais. Pois lembre-se o que hoje não serve para você, pode ser de muita utilidade para outras pessoas. 6.2.4.2.1.3 Terceiro “R” Reciclar os resíduos sólidos A próxima ação do grupo dos acadêmicos é ato de cooperar para e com reciclagem dos resíduos gerados no campus, para isso eles devem cooperar e acatar a coleta seletiva, de modo a depositar os resíduos separados, ou seja, cada tipo de resíduos em cada lixeira especificada para ele. Não descartar aparelhos eletrônicos quebrados, tais como computadores, em qualquer local, sendo que os mesmos podem ser vendidos ao ferro velho, ou até mesmo desmontados para se reaproveitarem as peças neles ainda em boas condições de uso. Levar pilhas, baterias de celulares e aparelhos afins, nos pontos de coleta para reciclagem dos mesmos, e assim evitar descarta-los de forma inadequada, lembrando que estes materiais contem algumas substâncias perigosas e que prejudicam muito o solo e até mesmo os lençóis freáticos. Cabe ainda aos acadêmicos participarem e incentivarem as pessoas a tomar parte das campanhas de coleta seletiva ou projetos voltados a assuntos de gestão de resíduos sólidos, não apenas na universidade, mas também nos bairros onde moram, municípios entre outras localidades, visando assim constituir um ambiente melhor e mais saudável. 6.2.4.2.1.4 Quarto “R” repensar sobre a questão dos resíduos sólidos Estes devem também repensar sobre hábitos de consumo e descarte dos resíduos sólidos, analisando se é realmente necessário adquirir certos tipos de produtos e ainda se não estão consumindo excessivamente esses tipos de produtos, Além disso, é importante também atentar-se com a compra de alguns produtos, procure sempre verificar se os mesmos são recicláveis, retornáveis ou reutilizáveis, como é o caso das garrafas pets e as garrafas de vidro que são retornáveis e as pilhas e baterias recarregáveis, ou ainda se são produzidos com matéria-prima já reciclada, tais como folha de papel reciclado, chinelos/sandálias produzidas de pneu, entre outros, pois com a adoção destas atitudes estão ajudando a diminuir a destruição de mais um bem natural para a fabricação de novos produtos. Após o consumo/utilização destes produtos, observe se o mesmo não é reciclável, para evitar assim o descarte desnecessário, elimine apenas o que não for reutilizável, verificando sempre quais são os locais adequados de descarta-los, buscando sempre evitar a poluição do meio ambiente com estas ações indevidas de descartar os resíduos sólidos gerados em qualquer local. 6.2.4.2.1.5 Quinto “R” recusar resíduos não biodegradáveis e não recicláveis Com base nesse “R”, os acadêmicos devem buscar recusar sacolas plásticas, produtos e embalagens não recicláveis, produtos que além de prejudicar o meio ambiente também não é bom para a saúde, além de ficarem atentos a data de validade dos mesmos. Lembrando que com estas atitudes sendo praticadas estarão não apenas colaborando com o meio ambiente, mas também preservando a imagem da universidade na qual passam boa parte do seu tempo diário. Com o desenvolvimento das ações voltadas aos acadêmicos e suas atividades concluídas, deu-se início então ao desenvolvimento das ações a serem seguidas pelos docentes da Unioeste, Campus de Toledo, tema esse que será apresentado a seguir. 6.2.4.2.2 Ações para os docentes Para que os docentes contribuam para com a gestão de resíduos sólidos da Unioeste – Campus de Toledo, foram elaboradas ações especificamente para eles e para as atividades e locais que os mesmos frequentam dentro do Campus. 6.2.4.2.2.1 Primeiro “R” Reduzir os resíduos sólidos Para esse primeiro “R”, sugere-se que os docentes devem reduzir o consumo de papel. Uma forma de realizar essa ação é efetuar seus trabalhos, documentos, textos e materiais de aula digitados em um computador, visando não imprimi-los, mas sim enviar por e-mail a pessoa destinada, entretanto, quando a impressão for indispensável, busque imprimir o documento frente e verso na folha e se possível duas páginas por folha, assim serão impressas quatro páginas em apenas uma folha. Ainda neste quesito de trabalhos, documentos e materiais, caso tenham que graválos em algum dispositivo removível, procure utilizar aqueles que são regraváveis, tais como CD-RW regravável, pois quando estes documentos não forem mais de utilidade estes podem ser facilmente apagados e o dispositivo pode ser reutilizado. Outro dispositivo removível de se gravar arquivos e que atualmente tem sido o muito utilizado é o pen drive, ele tem se tornado popular, pois, além de comportar uma grande quantidade de arquivos, e serem de fácil utilização estes ainda são pequenos e práticos de se transportar. Não é apenas com os papeis utilizados para elaboração de documentos e impressões que os docentes têm que se preocupar em consumir com consciência, eles devem também evitar o uso excessivo de papel higiênico e papel toalhas, buscando utilizar apenas o necessário. No caso das lanchonetes ou restaurantes inseridos na universidade, evitar também o consumo desnecessário dos guardanapos de papel. Na questão dos alimentos e bebidas, este grupo deve evitar consumi-los nas salas de aula, laboratórios e em seus gabinetes, principalmente alimentos naturais, como frutas, pois estas com certo tempo exposta, atrai insetos como moscas, formigas e baratas e ainda deixam um mau cheiro no ambiente. No entanto, caso forem consumi-los nesses recintos, procure levá-los em potinhos ou garrafas que possam ser reutilizados, para que se evite descartar estes resíduos nestes ambientes, ou se for necessário o descarte busque o fazê-lo nos lugares corretos evitando danos maiores ao meio ambiente. Cabe a este grupo também, não descartar papéis de balas, chicletes e entre outros tipos de papeis no pátio do campus, bem como latinhas, bitucas de cigarro entre outros materiais. Com adoção destas ações este grupo estará contribuindo para a diminuição da geração de resíduos sólidos no Campus da Unioeste. 6.2.4.2.2.2 Segundo “R” reutilizar os resíduos sólidos Outras ações que cooperam com a gestão de resíduos sólidos da universidade é a conscientização dos docentes em reutilizar certos tipos de materiais, tais como aquelas impressões que saíram erradas em um lado da folha, ao invés de descartá-las, busque reutilizá-las como rascunhos, ou até mesmo para a impressão de atividades a serem aplicadas em sala de aula no lado em que não foi utilizado. Assim como o grupo dos acadêmicos, os docentes também podem e devem rever a situação de alguns materiais, revistas livros já lidos e que estão parados nas estantes e procurar fazer doações dos mesmos para pessoas que necessite deles ou até para livrarias que se responsabilizam por comprar trocar e vender estes tipos de materiais usados, ou até mesmo trocá-los com amigos por materiais que lhe é de necessidade, pois além de ajudar alguém com a doação destes, esta ação ainda aumenta a vida útil destes materiais. Outra contribuição é a adoção de garrafas pets para beber água. Quando for comprar produtos que venham em garrafinhas pets, evite descartá-las após o seu consumo, adote-as para reutilizá-las em outras funções, como beber água, por exemplo. Porém, é válido destacar que não é aconselhável utilizá-las em todos os lugares, e nestes casos serão utilizados copinhos descartáveis, que também podem ser reutilizados, ou seja, quando for utilizar um copo descartável para consumo de água, por exemplo, procure adotá-lo. Assim quando tiver a necessidade de beber algo, já terás o seu próprio copo, e assim cooperará para redução do consumo excessivo do mesmo dentro do Campus. 6.2.4.2.2.3 Terceiro “R” reciclar os resíduos sólidos Adotar a coleta seletiva também é uma ação importante de ser seguida pelos docentes. Descartar os resíduos sólidos por eles gerados em lixeiras de coleta seletiva é um meio de facilitar e de cooperar para com a execução da gestão de resíduos sólidos na Unioeste, além de também evitar a contaminação e obstrução dos materiais que podem ser reciclados. Destaca-se ainda que este grupo deve atentar-se também com o descarte de alguns aparelhos quebrados, celulares, baterias, pilhas, pois alguns destes podem ser revendidos ao ferro velho, ou ainda ser desmontado para o reaproveitamento de peças, já as pilhas e baterias possuem pontos de coletas dos mesmos, para que possam ser recicladas, e além do que, alguns destes aparelhos contêm substâncias tóxicas que se descartados incorretamente podem poluir o meio ambiente, bem como agravar a saúde da sociedade. As latinhas, sejam de refrigerante ou qualquer outro produto, até mesmo as garrafas e potes de vidro podem ser reutilizados como materiais de decoração. As latinhas, por exemplo, podem tornar-se um porta-caneta, basta apenas cortar o topo e forrá-las com papel decorativo. Potes e garrafas de vidro podem ser pintados e reutilizados como vaso de flores e até para guardar coisas, ou até bolachinhas para o lanche. Uma cooperação interessante a ser realizada por parte dos docentes da instituição mediante a gestão dos resíduos sólidos da mesma é criação de campanhas, programas, palestras, projetos voltados à gestão de resíduos sólidos, além de coordenar, participar e incentivar colegas de trabalho, alunos e até mesmo a comunidade a participarem mesmas. Através dessas ações propostas, cabe ao grupo então refletir sobre seus costumes e atos em referência a geração de resíduos sólidos na Unioeste – Campus de Toledo. Em virtude disso, compete aos mesmos repensar sobre os seus hábitos de consumo e descarte de resíduos sólidos por eles gerados, ou seja, analisar se o consumo/compra de certos produtos é realmente necessário, ou se apenas é um ato superfulo por parte deles. 6.2.4.2.2.4 Quarto “R” repensar sobre as questões dos resíduos sólidos Outro fator importante de se repensar é no ato da compra desses produtos, visualizando sempre se os mesmos são fabricados com materiais que podem ser reciclados, reutilizados, ou que já sejam feitas de materiais reciclados. Para exemplificar o que foi dito, busque sempre utilizar produtos como garrafas pets que podem ser reutilizadas, ou garrafas de vidro que são retornáveis e pilhas e baterias recarregáveis e papeis reciclados, além de muitos outros artefatos que podem ser e muitas vezes são recicláveis. No entanto, não basta somente repensar no consumo correto dos produtos, é importante também atentar-se na hora do descarte dos mesmos. Analise-o antes do descarta-lo, verifique se esse produto não pode ser reaproveitado, evitando assim o descarte do mesmo. Caso não seja possível à reutilização desse produto, busquem descarta-lo nos locais adequados para o tipo de material do qual ele e composto, e assim estará evitando a poluição do meio ambiente. 6.2.4.2.2.5 Quinto “R” recusar produtos não biodegradáveis e não recicláveis Com o conhecimento dessas ações cabe então aos docentes recusar o consumo de sacolas plásticas, de produtos e embalagens não recicláveis, produtos que além de prejudicar o meio ambiente também é prejudicial à saúde e ainda é viável aos mesmos sempre consultarem as datas de validade dos produtos antes de compra-los. Lembrando que com a prática dessas atitudes, o grupo está colaborando com a preservação e os cuidados com o meio ambiente e também para com a imagem da universidade. Pensando então na imagem da Unioeste, Campus de Toledo, foram também elaboradas ações para serem aplicadas em seus laboratórios. Assunto que será abordado na sequência 6.2.4.2.3 Ações para os laboratórios O desenvolvimento das ações voltadas para os laboratórios da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo (Unioeste), foram realizadas com base apenas na gestão dos resíduos sólidos e não nos resíduos químicos que os mesmos produzem. 6.2.4.2.3.1 Primeiro “R” reduzir a geração de resíduos sólidos Referente à redução, cabe a este grupo ações como reduzir o consumo excessivo e desnecessário de papel nos experimentos realizados nesses recintos, bem como evitar o consumo de alimentos e bebidas nesses locais. Evitar também a impressão desnecessária, procurando enviar documentos, trabalho, textos, entre outros, via e-mail, e, caso a impressão seja de fato indispensável, imprima-a frente e verso na folha de papel, e de preferência imprima duas paginas do documento em cada um dos lados da folha utilizada na impressão, pois deste modo irá imprimir quatro paginas de um mesmo documento em apenas uma folha de papel. Busque também arquivar estes documentos em dispositivos removíveis que sejam reutilizáveis, como CD-RW regravável, ou até mesmo pen drive, que além de comportar uma grande quantidade de arquivos, e serem de fácil utilização estes ainda são pequenos e práticos de se transportar. 6.2.4.2.3.2 Segundo “R” Reutilizar os resíduos sólidos Deste modo observa-se que é necessário também reutilizar materiais, evitando assim o descarte desnecessário e incorreto dos mesmos. Sendo assim, procurem reutilizar aqueles papéis que foram impressos de forma errada para rascunhos ou para qualquer outra função, desde que não agrida o meio ambiente. Reutilize ainda, se possível, materiais que foram utilizados em outros trabalhos ou experiências. Reveja também a situação de alguns materiais, revistas livros já lidos e que não tem mais utilidade, e procure doá-los para pessoas que necessite desses materiais ou até mesmo para livrarias que se responsabilizam por comprar trocar e vender estes tipos de materiais usados, ou quem sabe pode até troca-los com amigos por materiais que lhe é de necessidade, pois além de ajudar alguém com a doação desses, essa ação ainda aumenta a vida útil desses materiais. Cabe ainda a esse grupo, reaproveitar garrafas pets para beber água, ou até para realização de experiências e atividades exercidas dentro dos laboratórios. 6.2.4.2.3.3 Terceiro “R” reciclar os resíduos sólidos Assim como os demais grupos, esse deve também adotar a coleta seletiva, descartando os resíduos sólidos em suas respectivas lixeiras coletoras, buscando separar os materiais que são recicláveis dos demais, visando a não contaminação dos que ainda tem utilidade de reaproveitamento. É necessário também evitar o descarte inadequado de aparelhos quebrados, sendo que os mesmos podem ser levados até o ferro velho, ou ainda, desmontados para que se possam reaproveitar as peças internas que ainda se encontram em boas condições. Deve-se ainda evitar o descarte incorreto dos materiais e matérias provenientes das atividades e experiências exercidas nos laboratórios da universidade, busque informações de como e onde devem ser descartados esses tipos de resíduos, para que assim não ocorra a contaminação dos demais resíduos sólidos gerados no Campus da Unioeste e também o meio ambiente. Além da adoção dessas ações esse grupo deve também criar, participar e incentivar a comunidade acadêmica, bem como da região a participarem de campanhas, programas e projetos sobre a coleta seletiva, e demais assuntos referentes à gestão de resíduos sólidos. 6.2.4.2.3.4 Quarto “R” repensar sobre a questão dos resíduos sólidos Referente a esse “R”, deve-se repensar sobre alguns atos realizados no cotidiano dentro dos laboratórios existentes na Unioeste – Campus de Toledo. Dentre esses atos encontram-se, rever certos hábitos de consumo de descarte desnecessário e incorreto de certos produtos, ou seja, repensar se é realmente importante o consumo desses, e se não estão sendo consumidos em excesso. Repensar também se após o consumo, os mesmos podem ou não serem reaproveitados, e se no caso de não haver de fato mais nenhuma utilidade, observar se estão sendo descartados corretamente. Cabe também a eles a observar se os produtos consumidos são provenientes de materiais que pedem ser reciclados após o consumo, ou se esses já são fabricados de matérias-primas já recicladas. Sendo assim, procure adquirir produtos, reutilizáveis e econômicos, tais como: pilhas e baterias recarregáveis, lâmpadas econômicas, entre outros. 6.2.4.2.3.5 Quinto “R” recusar produtos não biodegradáveis e não recicláveis É papel também desse grupo a recusa de produtos que agridam a natureza e também a saúde da população. Produtos como, sacolas plásticas, produtos e embalagens não recicláveis e descartáveis, produtos com datas de validade vencidas, produtos tóxicos, entre outros. Ressalta-se que essas ações propostas tem a finalidade de contribuir para a preservação do meio ambiente e também a tornar a universidade uma instituição ecologicamente correta. Deste modo cabe a esse grupo aderir essas ações e cooperar para com o desenvolvimento da gestão de resíduos sólidos nesse Campus, de modo a ajudar a preservar o meio ambiente e a universidade. Sendo assim, na sequência encontram-se as ações desenvolvidas para o setor administrativo da Unioeste, Campus de Toledo, que também visa ajudar a preservar o meio ambiente e a universidade. 6.2.4.2.4 Ações para o setor administrativo Sabe-se que as universidades não são apenas movidas por acadêmicos e docentes, há também as equipes administrativas, que são aquelas pessoas responsáveis pelos assuntos burocráticos que envolvem a instituição. Sendo assim foram também desenvolvidas ações para esse grupo, lembrando que isso se embasou de acordo com as atividades por eles exercidas. 6.2.4.2.4.1 Primeiro “R” reduzir a geração de resíduos sólidos Nesse caso, foram propostas ações como a redução do consumo de papel, uma vez que as atividades corriqueiras deste grupo envolve muito a utilização de papel. Ou seja, foi proposto para os mesmos que façam a digitalização dos documentos em um computador, e para evitar a impressão busquem enviar esses documentos via e-mail a seus destinatários. No entanto, quando a impressão for inevitável, que os mesmos, se aceitável, imprima-os frente e verso da folha utilizada na impressão, e ainda se possível imprima duas paginas em cada lado da mesma folha, assim irá ter a impressão de quatro paginas em apenas uma folha. Observa-se também quando houver a necessidade gravar esses documentos digitalizados em outros dispositivos, busque utilizar os que são regraváveis tais como o CD-RW regravável, pois quando estes trabalhos não forem mais de utilidade estes podem ser facilmente apagados e o CD-RW pode ser utilizados para gravar novos documentos, evitando assim a compra excessiva de dispositivos deste porte. Outro meio de gravar os documentos é utilizando um pen drive, que atualmente é um dos dispositivos removíveis mais utilizados, pois além de comportar uma grande quantidade de arquivos, e serem de fácil utilização estes ainda são pequenos e práticos de se transportar. Compete salientar ainda que não é somente na hora da impressão que deve se ter atenção no consumo de papel, o pessoal do setor administrativo deve também controlar o uso excessivo de papel higiênico e tolhas de papel nos banheiros da instituição, procurando utilizar somente o necessário. Há também o caso da lanchonete, onde necessita também ser observada a utilização dos guardanapos de papel, visualizando se este não é consumido em excesso ou desnecessariamente. Este grupo deve evitar também, consumo de comidas e bebidas em seus escritórios, principalmente alimentos naturais como as frutas, por exemplo, pois essas com certo tempo exposta, atrai insetos como moscas, formigas e baratas e ainda deixam um mau cheiro no ambiente. Porém, no caso de querer consumir alimentos e bebidas nestes recintos, busque leva-los em potinhos ou garrafas que podem ser reutilizados para evitar o descarte dos mesmos nestes locais. No caso de alimento busque descarta-los em lixeiras apropriadas para estes tipos de resíduos, evitando assim a criação de problemas como já citados anteriormente. Para esse grupo cabe também a proposta de não jogar papéis de balas, chicletes e entre outros tipos de papeis no pátio do campus, bem como latinhas, bítucas de cigarro entre outros materiais. Esta ação deve ser levada em consideração pelo fato de que, alguns resíduos sólidos demoram anos e até mesmo séculos para se decompor, e além do que alguns possuem substâncias toxicas que agridem e muito o solo e a saúde da sociedade. Observa-se também que este ato de descartar resíduos pelo pátio do Campus deixa a universidade com um aspecto de descuido e um ambiente desagradável, ficando com uma imagem negativa perante a sociedade. Então ao adotarem esta ação o grupo estará não apenas contribuindo com a preservação do meio ambiente, mas também para e com a universidade quais trabalham. Outra forma de contribuir com a gestão de resíduos sólidos da Unioeste – Campus de Toledo é se conscientizar em reutilizar alguns materiais e deste modo evitar o descarte indevido e desnecessário desses no meio ambiente. 6.2.4.2.4.2 Segundo “R” reutilizar os resíduos sólidos Com base no “R” de reutilizar, propõe-se aos setores administrativos reutilizar papéis que foram utilizados em impressões erradas para rascunho ou como bloco de anotações; reutilizar também envelopes, colando etiquetas nos endereços antigos. Ressaltando que essa ação colabora não só para a redução da geração de resíduos sólidos na universidade, mas também diminui custos a mesma, pois assim evita-se também a compra excessiva desses materiais. Além disso, reutilizar também as latinhas sejam de refrigerante ou qualquer outro produto que já foram consumidos ou até mesmo as garrafas e potes de vidro, esse podem ser reutilizados como materiais de decoração. As latinhas, por exemplo, podem tornar-se um porta-caneta, basta apenas cortar o topo e forrá-las com papel decorativo. Potes e garrafas de vidro podem ser pintados e reutilizados como vaso de flores e até para guardar coisas, ou até bolachinhas para o lanche. Outro fator interessante de ser mencionado é que, no meio administrativo é comum o uso de copinhos descartáveis para se beber água, café e outras bebidas, visualizando essa ação, propôs-se então para esse grupo que os mesmos adotem um copinho para o consumo diário, durante o expediente, ou busque comprar ou trazer de casa um copo ou xícara ou até mesmo adotar uma garrafinha pet para ser utilizado durante o horário de trabalho, evitando assim o consumo excessivo de copinhos descartáveis. 6.2.4.2.4.3 Terceiro “R” reciclar os resíduos sólidos gerados Não basta apenas reduzir e reutilizar, é importante também que o pessoal dos setores administrativos coopere para e com a reciclagem dos resíduos sólidos gerados na Unioeste. Para isso, basta que os mesmos adotem ações como descartar os resíduos sólidos nas lixeiras coletoras corretas, ou seja, de acordo com o material qual esse resíduo é composto, esse procedimento irá cooperar com a coleta seletiva dos resíduos sólidos gerados. Cabe a esse grupo também não descartar aparelhos eletrônicos quebrados, tais como computadores, em qualquer local sendo que os mesmos podem ser vendidos ao ferro velho, ou até mesmo desmontados para se reaproveitarem as peças neles ainda em boas condições de uso. Ressalta-se também que lâmpadas, pilhas, baterias de celulares e aparelhos afins, devem ser levados até os pontos de coleta para reciclagem dos mesmos, para que não ocorra o descarte inadequado dos mesmo, lembrando que estes materiais podem conter substâncias perigosas e que prejudicam e muito o solo, os lençóis freáticos e até mesmo a saúde da sociedade. Além disso, é importante também ressaltar que esse grupo pode e deve participar e incentivar as demais pessoas a tomarem parte das campanhas de coleta seletiva ou projetos voltados a assuntos de gestão de resíduos sólidos, não apenas na universidade, mas também nos bairros onde moram, municípios entre outras localidades, visando assim constituir um ambiente melhor e mais saudável. 6.2.4.2.4.4 Quarto “R” repensar sobre a questão dos resíduos sólidos Com o conhecimento de algumas ações que podem contribuir com a gestão de resíduos sólidos da Unioeste e também com a preservação do meio ambiente, cabe esse grupo rever alguns hábitos de consumo e descarte dos resíduos sólidos por eles gerados, visando compreender se os mesmos estão consumindo de forma correta, ou comparam excessivamente determinados produtos. Rever se estão adquirindo produtos biodegradáveis, econômicos e também reutilizáveis, observar também se estão descartando somente os materiais que não podem ser reutilizados, e ainda se estão descartando de forma correta e em locais corretos, de modo a evitar a poluição do meio ambiente com estas ações indevidas de descartar os resíduos sólidos gerados em qualquer local. 6.2.4.2.4.5 Quinto “R” recusar produtos não biodegradáveis e não recicláveis Com base no último “R” - recusar, que o grupo administrativo busque então recusar produtos que agridam o meio ambiente, tais como sacolas plásticas, produtos e embalagens não recicláveis, produtos que além de prejudicar o meio ambiente também não são bons para a saúde, além de ficar atentos a data de validade dos mesmos. Lembrando que com estas atitudes sendo praticadas estarão não apenas colaborando com o meio ambiente, mas também preservando a imagem da universidade na qual passam boa parte do seu tempo diário. Com a conclusão do desenvolvimento de ações voltadas aos atores envolvidos na gestão de resíduos sólidos da Unioeste, Campus de Toledo. Observou-se a necessidade da elaboração de um documento na qual pudesse ser apresentadas essas diretrizes. Sendo assim optou-se pela criação de uma cartilha educativa, qual será apresentada a seguir. 6.2.5 Cartilha educativa com as diretrizes da gestão de resíduos sólidos Com base nas leituras e análises dos quatro planos de gestão de resíduos selecionados para a execução deste trabalho, e também após a elaboração das diretrizes desenvolvidas para a gestão dos resíduos sólidos da Unioeste, Campus de Toledo, constatou-se também a necessidade da criação de uma cartilha informativa (Apêndice A), com informações referentes à gestão dos resíduos sólidos, e com as diretrizes elaboradas para cada grupo (acadêmico, docentes, laboratórios e administrativo). Nessa cartilha estão contidas uma breve introdução sobre a descrição da gestão de resíduos sólidos, bem como seus objetivos para com o meio ambiente, além da conceituação e da classificação destes resíduos, assim como de alguns de seus processos, como a reciclagem e a coleta seletiva. Isso tudo foi embasado especialmente nos planos de gestão de resíduos sólidos anteriormente analisados. A exposição dessas informações tem como objetivo informar para os atores envolvidos nessa gestão a diferença existente em cada tipologia dos resíduos sólidos por eles gerados e de onde esses são provenientes, e ainda apontar sobre o que se consiste a coleta seletiva e reciclagem desses resíduos. Além dessas informações, a cartilha expõe também argumentos que contestam e afirmam o porquê é importante à execução da gestão dos resíduos sólidos dentro dos Campi universitários. O intuito desses argumentos é fazer com que os atores envolvidos na geração de resíduos sólidos no âmbito universitário, compreendam que, de fato, é importante que os mesmos cooperem para com o desenvolvimento desse trabalho. Nesse ponto, a cartilha também aponta qual a finalidade do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) nas universidades, a qual observa que a intenção dos mesmos é orientar a execução dos processos pertinentes à coleta seletiva, o tratamento adequado e disposição final correta dos resíduos sólidos ali gerados, bem como, as iniciativas tomadas para a sensibilização da comunidade acadêmica, funcionários, entre outros, quanto às ações individuais e coletivas estabelecidas, visando assim contribuir para melhoria da qualidade de vida da população e da saúde pública. Estão contidas também nessa cartilha as propostas de ações de mudanças estrutural do Campus da Unioeste, em que é citada a inserção de lixeiras coletoras, containers, entre outros materiais necessários para a execução da gestão de resíduos sólidos nesse âmbito, bem como as ações propostas aos atores envolvidos na geração de resíduos no local, visando assim a colaboração e compreensão de todos. Por fim, há a colocação de algumas curiosidades a respeito do assunto resíduos sólidos, curiosidades essas que, também fazem com que os atores envolvidos reflitam sobre tal situação. Com a cartilha elaborada e analisada buscou-se então a apresentação da mesma para o responsável do projeto de gestão ambiental, a qual será comentada a seguir. 6.2.6 Apresentação ao responsável Após o desenvolvimento das diretrizes, bem como da cartilha, apresentou-se, em slides (APÊNDICE B), os mesmos ao responsável do projeto de gestão ambiental existente na Unioeste, Campus de Toledo, o Professor Doutor Camilo Freddy Mendoza Morejon7. Essa apresentação teve o intuito de mostrar para o responsável do projeto, no caso o Professor Camilo, as diretrizes desenvolvidas para a gestão de resíduos sólidos da Unioeste. Além disso, objetivou-se também propor que essas diretrizes sejam incluídas num futuro plano de gerenciamento de resíduos sólidos, bem como apresentar uma forma mais prática ou descontraída (no caso da cartilha) de se passar as informações importantes condizentes a gestão dos resíduos sólidos da Unioeste, Campus de Toledo. 7 Chefe da Divisão de Propriedade Intelectual-DPI/NIT-UNIOESTE, Docente da Graduação e do Mestrado em Engenharia Química EQ/PEQ-UNIOESTE, Docente do Mestrado em Ciências Ambientais PCA-UNIOESTE, Pesquisador Produtividade DT-FA. Lembrando que essas diretrizes foram bem aceitas pelo professor, o qual mencionou que estas ficaram interessantes e bem dinâmicas. Desse modo, e com a pesquisa concluída, menciona-se que há ainda a necessidade de progredir e melhorar ainda mais o desenvolvimento dessas diretrizes. Sendo assim, na sequência encontram-se algumas sugestões para a melhoria dessas ações. 6.2.7 Sugestões e Recomendações A partir deste estudo pode-se identificar o quão é importante à criação de diretrizes para a gestão de resíduos sólidos nas Instituições de Ensino, neste caso a Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus de Toledo. Visando dar continuidade neste trabalho sugere-se a criação de projetos voltados à gestão de resíduos sólidos, tais como: uma oficina de arte reciclável, a qual ensinará a sociedade como lucrar com os resíduos sólidos por eles gerados. A realização de palestras voltadas à educação ambiental e a correta gestão dos resíduos sólidos, para que a população em geral e não apenas a acadêmica conheça seus procedimentos corretos e assim compreender quais são os tipos de destinação final específico para cada tipologia de resíduo sólido gerado. Recomenda-se ainda realizar uma análise e uma atualização anualmente das ações propostas para serem seguidas pelos atores envolvidos nessa gestão, uma vez que conforme o decorrer dos anos há a inserção de novas atividades no recinto, e essas vão necessitar de procedimentos específicos e adequados para o tipo de trabalho ali desenvolvido. Outro aspecto que se sugere é criar uma página na web, onde possa ser divulgada virtualmente essa preocupação que a Unioeste, Campus de Toledo, tem para com o meio ambiente, além de se obter uma maior divulgação do projeto em questão. Para que as diretrizes desenvolvidas sejam seguidas e aplicadas, cita-se a necessidade de um pessoal responsável somente para a execução desse trabalho. Então, recomenda-se que a Unioeste, Campus de Toledo, contrate mão de obra para tal função, e ainda que os mesmos sejam treinados de acordo com as especificações sugeridas nas legislações já citadas no trabalho, ou seja, na Lei 12.305, que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos e no Decreto Nº 4.167 estabelecido pelo Governo Estadual do Paraná. Desse modo, haverá maior controle e eficiência nas atividades a serem exercidas, facilitando assim atingir rapidamente os objetivos determinados. Além da criação de um Plano de Gestão de resíduos sólidos próprio para a problemática da Unioeste, Campus de Toledo. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS As universidades podem ser vistas como pequenos núcleos urbanos que exercem as mais variadas atividades as quais, consequentemente, resultam na geração de resíduos sólidos e, juntamente com isso, outros problemas, como: o incorreto acondicionamento, coleta irregular, ou seja, não realizam a coleta seletiva, além da destinação final incorreta desses resíduos. Nesse sentido, este estudo teve por objetivo desenvolver diretrizes para com a gestão de resíduos sólidos na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, Campus de Toledo. Para tanto, embasou-se no referencial teórico da área de gestão ambiental, bem como na análise de quatro planos de gestão de resíduos sólidos já elaborados e em funcionamento, quais sejam: os Planos de Gestão de Resíduos Urbanos da cidade de Toledo, Paraná, e da cidade de Campinas, São Paulo; e, os planos de resíduos sólidos da Universidade Estadual de Londrina (UEL), do Paraná, e da Universidade de Campinas (UNICAMP), de São Paulo. Com base nisso, buscou-se então elaborar diretrizes visando à diminuição e quem sabe, até mesmo, a eliminação dos problemas relacionados à gestão de resíduos sólidos dentro do Campus da Unioeste, de Toledo. Essas diretrizes foram baseadas na metodologia dos 5 R’s da reciclagem, que estabelece que os atores envolvidos devem adotar métodos de reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos sólidos por eles gerados, além de repensar sobre seus hábitos e costumes, que muitas vezes passam despercebidos, e ainda começar a recusar produtos que prejudicam o meio ambiente, tais como aqueles que não são biodegradáveis e não recicláveis. Por meio das ações dos 5 R’s, criaram-se ações específicas para quatro grandes grupos da Unioeste, a saber: acadêmicos, docentes, laboratórios e setor administrativo. Essas ações foram também dispostas em uma cartilha, com o objetivo de conscientizar e informar esses atores envolvidos sobre a correta gestão de resíduos sólidos. Após o desenvolvimento dessas ações, concluiu-se que a adoção das mesmas permitirão benefícios ao meio ambiente e também à Unioeste, uma vez que esta poderá ter nessas diretrizes de gestão de resíduos sólidos um diferencial e ainda irá se adequar perante a legislação do meio ambiente, deixando sua imagem externa muito positiva. Por fim, a execução deste trabalho trouxe novos conhecimentos, pois se trata de um assunto diferenciado dos abordados no curso de Secretariado Executivo. Sendo assim, trata-se uma oportunidade de conhecer novos horizontes da ciência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT - Associação Brasileira de Normas técnicas. NBR 10.004 resíduos sólidos – classificação. Rio de Janeiro de, 2004. AGENDA 21. Projeto agenda 21. Disponível em: <http://www.agenda21comperj.com.br/o-projeto>. Acesso em: 30 set. 2012. ALBUQUERQUE, B. L. et al.; Gestão de resíduos sólidos na universidade federal de Santa Catarina: os programas desenvolvidos pela coordenadoria de gestão ambiental. 2010. 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