Prezados senhores, Estamos enviando-lhe a seguir as sugestões da CEMIG para AUDIÊNCIA PÚBLICA N.º 013/2001: • Propomos que o TA -Tempo de Atendimento da AUDIÊNCIA PÚBLICA N.º 013/2001, seja substiuído pelo TEQ (tempo Equivalente de Interrupção) e sendo calculado segundo a definição: <<...OLE_Obj...>> ou, mais simplesmente <<...OLE_Obj...>> Naturalmente que poderiam a ser calculados os Tempos Equivalentes de Interrupção Acidental, Programado e Total. A seguir,arquivo com o detalhamento da referida proposta da utilização do TEQ ao invés do TA -Tempo de Atendimento da AUDIÊNCIA PÚBLICA N.º 013/2001: <<TEMPO EQUIVALENTE DE INTERRUPÇÃO-TE-resolução013.doc>> Obs:Caso a proposta de substituição do TEQ - Tempo Equivalente de Interrupção pelo TA -Tempo de Atendimento seja indeferida, solicitamos uma avaliação sobre a possibilidade de inclusão do conceito do TEQ apresentado para uma avaliação global aos atendimento das ocorrências das Empresas Distribuidoras. Este ítem de verificação é de fácil aqusição, principalmente,porque utiliza valores de DEC e FEC já disponibilizados através da Resolução 024. Alexandre Francisco Maia Bueno Gerência de Engenharia de Operação e Manutenção da Distribuição da CEMIG EN/OM Av. Barbacena 1.200 - Bairro santo Agostinho 30.190-131 - Belo Horizonte - Minas gerais fone 0xx-31-3299-3024 - fax 0xx-31-3299-3742 [email protected] <mailto:[email protected]> www.cemig.com.br <http://www.cemig.com.br> TEMPO EQUIVALENTE DE INTERRUPÇÃO – TEQ O conceito do Tempo Equivalente de Interrupção das empresas deveria ser melhor utilizado na informação de interrupção em alimentadores,pois,entendemos ser a melhor forma de verificação da aplicação otimizada dos recursos desta empresa no atendimento das ocorrências dos seus consumidores . Na Cemig já há algum tempo temos discutido a formulação e a aplicação dos itens de controle de continuidade, nomeadamente, o DEC, o FEC e o TMR. Chegamos a desenvolver uma série de simulações baseadas na hipótese teoricamente demonstrável de que o DEC deveria ser, obrigatoriamente, o resultado do produto do FEC pelo TMR e, ao realizarmos o teste de consistência com os dados reais obtidos pelos Conjuntos, verificamos que nossa hipótese não se confirmava. Aliás, pudemos verificar que nem mesmo a ordem de classificação das Conjuntos se mantinha, ocorrendo inversões de posição então inexplicáveis. Com base neste resultados, desistimos, inclusive, de apresentar uma análise baseada no TMR em nossos relatórios de acompanhamento do desempenho do sistema. Analisando mais de perto o TMR (Tempo Médio de Restabelecimento - que é definido para todas as interrupções sustentadas, independentemente de sua natureza - Acidental ou Programada), verificamos que todas as interrupções, sejam elas de secundário ou primário, atinjam elas muitos ou pouco consumidores, têm um tratamento igual, decorrente da formulação do TMR: n TM R ou ∑ = i=1 n ti t 1 + t 2 + ....+ t n TM R = F − = F. tm F = tm onde: TMR tempo médio de interrupção sustentada ti duração da “i-ésima” interrupção sustentada F freqüência simples de interrupção sustentada, mede o número de interrupções sustentadas ocorridas tm duração média de cada interrupção sustentada Segundo a formulação do TMR, uma interrupção de um circuito secundário que atenda a 10 consumidores terá o mesmo peso, no seu cálculo, que uma interrupção de alimentador que atinja a 5000 consumidores. A análise dos tempos de interrupção nos permite também definir o TMA - Tempo Médio de Atendimento (apresentado no relatório CONINT DVIR91- Análise da Duração Média de Restabelecimento) apresentando os tempos de conhecimento, preparação, localização e correção, além do total, definido apenas para interrupções acidentais sustentadas, e cujo significado é o tempo que, em média, foi gasto desde que uma interrupção acidental chegou ao conhecimento da Empresa até a completa restauração do fornecimento. Matematicamente, temos: n ∑ = i=1 n TM A ti ou TM A = t 1 + t 2 + ....+ t n F = F. tm F = tm onde: TMA tempo médio de atendimento ti duração da “i-ésima” interrupção acidental sustentada F freqüência simples de interrupção acidental sustentada, mede o número de interrupções acidentais sustentadas ocorridas tm duração média de cada interrupção acidental sustentada Finalmente, uma outra análise possível dos tempos de interrupção nos permite ainda definir o TEQ - Tempo Equivalente de Interrupção, definido para quaisquer interrupções sustentadas, e cujo significado é o tempo que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou privado do fornecimento de energia em decorrência de uma interrupção. Matematicamente, temos: n TE Q ∑ C a i * ti i = = 1n ∑ C ai i=1 ou TEQ = C a1 * t 1 + C a 2 * t 2 + ....+ C an * t n C a1 + C a2+ ...+ C an onde: TEQ tempo equivalente de interrupção ti duração da “i-ésima” interrupção sustentada Cai número de consumidores interrompidos pela “i-ésima”interrupção Então, firmando-se os três conceitos: Tempo Médio de Atendimento: mede o tempo decorrido desde o momento que uma interrupção chega ao conhecimento da Empresa até a completa restauração de energia aos consumidores atingidos por esta interrupção, independentemente de quantos clientes tenham sido atingidos por esta ocorrência; é uma medida da eficiência das equipes de plantão e de todo o serviço de restauração de energia, isto é, é uma medida da rapidez com que a empresa intervem e recupera o sistema interrompido em decorrência de uma interrupção não programada; em decorrência da própria definição, o conceito se aplica exclusivamente às interrupções acidentais sustentadas. Tempo Equivalente de Interrupção: mede o tempo que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou privado do fornecimento de energia em decorrência de uma interrupção, independentemente de sua natureza (acidental ou programada); é uma medida da eficiência da empresa em atingir o menor número possível de consumidores, e pelo menor tempo possível, como conseqüência de uma interrupção; em decorrência da sua definição, o conceito se aplica a todas as interrupções sustentadas, sejam elas acidentais ou programadas. Tempo Médio de Restabelecimento: mede o tempo decorrido desde o momento que uma interrupção tem início até a completa restauração de energia aos consumidores atingidos, independentemente de sua natureza (acidental ou programada) e de quantos clientes tenham sido atingidos por esta ocorrência; é uma medida da eficiência da empresa em restaurar rapidamente a energia interrompida; em decorrência da própria definição, o conceito se aplica a qualquer interrupção sustentada, independentemente de sua natureza. No nosso entender, os dois primeiros conceitos, menos difundidos na CEMIG, são de grande utilidade para o planejamento e para a operação do sistema. O terceiro conceito, mais difundido na CEMIG, entretanto, nos parece ter menos utilidades que os dois primeiros, uma vez que mistura interrupções acidentais (que dependem de uma eficiente restauração de energia) com interrupções programadas (que dependem de um eficiente planejamento e gerência da interrupção); isto é, nos parece haver um erro, ou, no mínimo, uma confusão conceitual que prejudica a interpretação e aplicação do conceito. Para melhor avaliação e fixação do que foi exposto, analisemos um exemplo; sejam quatro interrupções a consumidores de um mesmo alimentador que atende a 5000 consumidores, com as seguintes características: R1 R2 S F1 $ $ $ F2 ∆ ∆ ∆ R1 R2 F1 F2 = = = = interrompe 5.000 consumidores interrompe 2.000 consumidores interrompe 200 consumidores interrompe 10 consumidores Imaginemos ainda que tenham havido, no período de tempo considerado, 4 interrupções, uma em cada um dos equipamentos de proteção, com as seguintes características: INTERRUPÇÃO EQUIPAMENTO NATUREZA N° CONS. AFETADOS DURAÇÃO CAI X TI 1 R1 5000 2 horas 10.000 2 3 4 Total R2 F1 F2 programa da acidental acidental acidental 2000 200 10 7210 5 horas 10 horas 50 horas 67 horas 10.000 2.000 500 22.500 ∑ ti = 67 = 16,75 horas TMR = F 4 ∑ Cai * ti = 22.500 = 7.210 ∑ Cai TEQ = 3,12 horas TMA = ∑ ti = 65 = DEC = ∑ Caiti = 22500 = 4,5 horas FEC = ∑ Cai = 7210 = F Cs Cs 3 21,67 horas 5000 5000 1,442 interrupções Voltemos agora a analisar o TEQ: TEQ = Ca1t 1 + Ca 2t 2 +.....+ Can. tn Ca1 + Ca 2 +.....+ Can ∑ Cai * ti ∑ Cai TEQ = para o nosso exemplo, o tempo equivalente será: TEQ = 22500 = 3,12 horas 7210 isto é, pode-se afirmar que, em média, cada consumidor do conjunto foi submetido a 3,12 horas de interrupção no período. Retornando-se à formulação do DEC e do FEC, temos: DEC = FEC = ∑ Cai * ti Cs ∑ Cai Cs e decorre diretamente da formulação que o tempo equivalente de interrupção, TEQ seja dado por: TEQ = DEC ∑ Cai * ti Cs ∑ Cai * ti = x = FEC Cs ∑ Cai ∑ Cai para o nosso exemplo, vem TEQ = DEC 4,5 = = 3,12 horas FEC 1,442 e, de novo, cada consumidor do conjunto foi submetido, em média, a 3,12 horas de interrupção no período. Naturalmente, decorre da própria definição do tempo equivalente, que DEC = TEQ * FEC. Assim, propomos que o TA-Tempo de Atendimento da AUDIÊNCIA PÚBLICA N.º 013/2001, seja redefinido, passando a se chamar TEQ (tempo Equivalente de Interrupção) e sendo calculado segundo a definição: n ∑ Cai * ti TEQ = i = 1 n ∑ Cai i =1 ou, mais simplesmente TEQ = DEC FEC Naturalmente que deveriam ser calculados os Tempos Equivalentes de Interrupção Acidental, Programado e Total.