MIRE E VEJA: UM VEM-VEM DE AMOR – A PRESENÇA LÍRICA
DE REINALDO/DIADORIM
Joseane Camargo1
O universo criado por Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas possibilita
diversos recortes quando o tema de um ensaio é a sua obra-prima literária. Afinal,
quando “adentramos” no romance, somos avisados que o “sertão está em toda parte” e
ao fecharmos o livro na última página, após uma longa travessia, é impossível não
sentirmos que o sertão permanece dentro da gente. Da mesma forma que Riobaldo
rememora sua narrativa para um interlocutor implícito na figura do Doutor, o desejo de
desenvolver um trabalho que remeta a essa mesma sensação de gozo (conforme nos
afirma Barthes) proporcionada por aquele que escuta e lê as estórias do narrador é
extremamente “dificultoso”.
O caráter indicial do romance, ao mesmo tempo que permite diferentes olhares
e leituras, torna a delimitação de um tema problemática, porque é difícil ficarmos
imunes à disseminação de sentidos presente em Grande Sertão: Veredas. No entanto, é
possível nos deparamos com algumas veredas ao longo da travessia e neste ensaio ela
será contornada pelo lirismo presente no sertão. Dessa forma, tomarei a personagem
que, ao meu ver, possui uma intensa relação com o lirismo2 no seu processo de
apresentação, constituição e descrição para quem acompanha o relato do ex-jagunço
Riobaldo:
seu
companheiro
Reinaldo/Diadorim.
A
rememoração
do
tempo
compartilhado pelos dois jagunços remete uma imagem de um Diadorim capaz de
mexer com as percepções de Riobaldo, motivá-lo a notar a beleza inerente a seu
companheiro: o encantamento lírico capaz de se manifestar, também, nas paisagens do
sertão.
1.
1
O narrador-poeta
Mestranda em Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
De acordo com o conceito proposto por Jean-Michel Maulpoix, “Le lyrisme met en question, plus
directement que <la lyrique>, la notion même de sujet, puisqu’il signifie une manière d’être, de parler ou
d’écrire, et ne designe pas expressément um genre. Il nome, pour l’essentiel, cet état dit <poétique> dans
lequel le sujet est victime ou bénéficiaire d’um accès de language qui ne deviendra pas nécessairement
poème (MAULPOIX, 2000, p. 22) .
2
O encontro de Riobaldo com a vereda do lirismo dá-se pela primeira vez em
sua tenra infância: ao ouvir a canção de Siruiz, cantada por um grupo de jagunços que
esteve em sua companhia na fazenda de seu padrinho Selorico Mendes.
Aires, me adoçou tanto, que dei para inventar, de espírito, versos
naquela qualidade. Fiz muitos, montão. [...] Pois foi – que eu escrevi
os outros versos, que eu achava, dos verdadeiros assuntos, meus e
meus, todos sentidos por mim, de minha saudade e tristezas. Então?
Mas esses, que na ocasião prezei, estão goros, remidos, em mim bem
morreram, não deram cinza. Não me lembro de nenhum deles,
nenhum. (ROSA, 1968, p. 95)
O encantamento do jovem Riobaldo não se limitou aos versos ouvidos, mas a
vontade de também fazer seus próprios, de ser como aqueles bravos homens, até então
presentes apenas na sua imaginação, pelas estórias contadas pelo seu padrinho. Ao
longo de sua narrativa, Riobaldo relata em diversas passagens que durante seus anos de
jagunçagem perguntava aos jagunços pela canção de Siruiz. No entanto, os versos
ouvidos na infância pareciam estar mortos na memória de uma nova geração de
companheiros do sertão.
Riobaldo vê-se único representante daqueles jagunços que pensavam e
inventavam versos e tenta resgatar tal “tradição”. Assim que ele se tornou o chefe
Urutú-Branco, e possuia os seus riobaldos, iniciou uma tentativa de retomada dos
antigos versos durante sua busca pelos hermógenes.
Entretanto, esse Riobaldo-poeta é apresentado quando já estamos inseridos no
universo da narrativa criada pelo Riobaldo-narrador. Entre seus questionamentos da
existência do diabo, do mal e do bem, da guerra dos jagunços, a angústia que o narrador
sofre por temer as consequências de um hipotético pacto com o “o O”; Riobaldo nos
leva para uma atmosfera amena, de brisa na caatinga do sertão: a presença lírica de
Diadorim. Conforme nos afirma Arrigucci Jr., “mediante sucessivas evocações, e
tomando conta da fala do Narrador, como se este não pudesse escapar ao relato de sua
própria vida e à necessidade de se recordar de Diadorim.” (1994, p. 22) Ao longo da
contação de Riobaldo, a presença de Diadorim provoca uma vontadede quase que
incontrolável de relembrá-lo e, por conseguinte trazer de volta as sensações
proporcionadas daqueles saudosos momentos. Assim, motivado pela lembrança, o
mundo misturado que havia sido criado apresentara mais um elemento: o narrador-poeta
do sertão.
De acordo com Jean-Michel Maulpoix: “Le lyrisme traduit notre incessante
besoin de language: signe de mouvement éperdu que nous faison vers nous-mêmes à
travers la parole qui est notre bien le plus prope.” (2000, p. 16.)
Dessa forma, Riobaldo, por conta de uma necessidade de rememoração do
tempo passado, produz através da sua linguagem (fala) uma diferente maneira de contar
quando se lembra de algum episódio em que Diadorim estivesse presente. Riobaldo se
embriaga de uma disposição afetiva3, como quem lesse um velho diário guardado,
escondido na mente, se contagia pelas lembranças remexidas e as sensações que
retornam e formula sua prosa, imerso numa espécie de “pâtir4” para falar em Diadorim.
Logo, é preciso enfatizar que a figura de Diadorim é apresentada na narrativa pelo olhar
de Riobaldo. É por meio de sua efusiva palavra tomada pelo lirismo que, nós leitores,
construímos a imagem do filho jagunço de Joca Ramiro.
Nesse momento, o narrador, além de ser aquele que está diante do doutor para
contar algumas estórias, passa a ter uma voz lírica que irá narrar sobre seu amor de
ouro, sua saudade daquele sertão com Diadorim e a seu olhar diante de pequenos
detalhes de um mundo com o Reinaldo. Afinal, o sertão tornara-se perceptível para
Riobaldo, se diante dele estivessem os olhos verdes de Diadorim.
2. Pelos olhos verdes de Diadorim
O encontro com o companheiro amigo desconhecido é uma das poucas
lembranças que o narrador-personagem Riobaldo guarda de sua infância. Entretanto,
essa empatia anônima e efêmera com o Menino nas margens do rio de-Janeiro havia
permanecido em sua memória:
Aí pois, de repente, vi um menino, encostado numa árvore, pitando
cigarro. Menino mocinho, pouco menos do que eu, ou devia de regular
minha idade. Ali estava, com um chapéu-de-couro, de sujigola
baixada e ria para mim. Não se mexeu. Antes fui eu que vim para
perto dele. [...] Aquilo ia dizendo, e era um menino bonito, claro, com
a testa alta e os olhos aos-grandes, verdes. (ROSA, 1968, p. 80)
Os dois meninos tiveram uma afeição instantânea um pelo outro e, em seguida
se puseram na primeira aventura no sertão: um arriscado passeio de barco. Riobaldo
havia se encantado com o destemido Menino que enfrentara o mulato que iria tentar
3
Segundo Émil Staiger quem se encontra em disposição afetiva lírica não toma posição. Desliza com a
corrente da existência (STAIGER, 1975, p. 59).
4
Pela definição de Antonio Rodriguez, le Pâtir vient du grec <pathos> et regroupe tout ce qui relève des
sensations, des émotions. Il est du ressort d’une subjectivité sensible, d’un corps qui forme une chair entre
le monde et soi (RODRIGUEZ, 2006, p. 21).
abusar daquelas duas crianças. Riobaldo demonstrou, naquele momento, que não seria
capaz de se proteger, nem mesmo ajudar o Menino que estava se arriscando por ambos.
No entanto, não foi apenas a bravura que impressionara o jovem. Por meio do olhar
daquele Menino desconhecido, Riobaldo fizera sua primeira travessia, encantado por
ver pela primeira vez os detalhes da beleza natural presente nas margens do de-Janeiro:
Saiba o senhor, o de-Janeiro é de águas claras. E é rio cheio de bichos
cágados. Se olhava a lado, se via um vivente desses – em cima de
pedra, quentando sol, ou nadando descoberto, exato. Foi o menino
quem me mostrou. E chamou minha atenção para o mato da beira, em
pé, paredão, feito à régua regulado. – “As flores ...” – ele prezou.
(ROSA, 1968, p. 82.)
Com uma percepção “dessemelhante”, o Menino era capaz de apontar cada
elemento vivo do sertão: a água cristalina, as flores “subitamente vermelhas”, as plantas
verdes, os cágados descansando no sol. Para Riobaldo, ver através daqueles “olhos aosgrandes, verdes” havia sido uma experiência única até aquele momento. A afeição pelo
Menino também já era perceptível. Riobaldo notara que não se tratava de um menino
qualquer, pelos detalhes nas vestimentas, no jeito de falar. Desde cedo, o narradorpersonagem sentia que precisava fazer com que o Menino gostasse dele.
Portanto, o medo de Riobaldo devia ser sublimado e através d’ “aqueles
esmerados esmartes olhos, botados verdes, de folhudas pestanas, luziam um efeito de
calma.” (1968, p. 81) Essa denominação de olhos de “folhuda pestana” do Menino está
associada à beleza natural daqueles cílios selvagens, cheios, vistosos, folhudos. Vista
pelo olhar do narrador como as folhas verdes encontradas naqueles olhos, também
verdes que transmitiam a esperança de uma travessia tranquila, cuja descrição remete a
um elemento da natureza potencializado pelos olhos do Menino. Devido a esse olhar
que o indizível ganha formas poéticas. Afinal, conforme nos afirma Michel Collot:
[...] Avant de définir une poétique ou une esthétique, l’adjectif
paysage a désigné une sensibilité; son évolution est um bel exemple
de ce va et vient complexe entre une expérience, sa representation et
as traduction linguistique qui rythme l’histoire du paysage. Il apparaît
d’abord dans des passages descriptifs, ce qui a des quoi nous
surprendre, nous qui lui lions plutôt la description littéraire au
réalisme et au naturalisme, et avons oublié que le genre descriptf a
d’abord été um genre poétique [...] (COLLOT, 2005, p. 21)
Logo, as descrições feitas pelo ex-jagunço estão inseridas no lirismo do sertão,
afinal, quando se trata de paisagens o gênero descritivo relaciona-se com o gênero
poético, proporcionando imagens singulares. Riobaldo encontra nas formas da paisagem
da natureza um meio de descrição perfeita para o encantamento de alguns momentos
vividos no sertão.
Com o progresso da narrativa, descobrimos que aquele misterioso Menino,
tratava-se de Reinaldo: jagunço do bando de Joca Ramiro que andava pelas caatingas do
sertão. A alegria de Riobaldo pelo reencontro é explosiva, no entanto, o ainda professor
precisa se conter para não passar por qualquer tipo de acanhamento. Riobaldo o
reconhece pelos “olhos verdes, semelhantes grandes” e “o lembrável das compridas
pestanas”.
Após tal reconhecimento de ambos, Riobaldo inicia uma longa reflexão sobre o
amor:
[...] sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor
pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai,
na ideia, querendo e ajudando; mas quando é destino dado, maior que
o miúdo, a gente ama inteiraço fatal, carecendo de querer, e é um só
facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois.
(ROSA, 1968, p.108.)
Dessa maneira, o narrador nos assevera que Reinaldo era amor intenso,
primeiro, predestinado. Fugir daquele amor não era uma forma de resolvê-lo.
Novamente, percebemos uma relação entre o sentimento expresso pelo poeta-narrador
com elementos presentes na paisagem do sertão. Logo, ao se referir aquilo que sente
pelo jagunço-Menino. Conforme se percebe na passagem anterior, Riobaldo conhece
profundamente o sertão, logo, associar um sentimento abstrato aos elementos da
natureza, além de torna-lo ilustrativo para seu interlocutor, faz com que a sua
rememoração seja constante. O vem-vem de amor permanece intrínseco à paisagem do
sertão.
Outro aspecto importante é a descrição que Riobaldo faz de Reinaldo: “[...] a
boca melhor bonita, o nariz fino, afilhadinho. Arvoramento desses, a gente estatela e
não entende; que dirá o senhor, eu contando só assim? Eu queria ir para ele, para abraço
[...].” (ROSA, 1968, p. 107.)
Apesar do constrangimento demonstrado pelo narrador ao final de sua fala, o
encantamento pelo Menino que se tornara Reinaldo consegue ser mais intenso. Assim
como o arvoramento de Reinaldo, a vontade de ir de encontro com o velho amigo
desconhecido havia despertado e crescido na mesma proporção. Novamente,
encontramos essa relação da imagem de Reinaldo com a natureza, que também irá se
“arvorar”, conforme a convivência dos dois aumenta.
Nós, leitores, que somos apresentados a Reinaldo, que em determinado
momento pede para que Riobaldo o chame de Diadorim, percebemos que o narrador
tem uma necessidade da presença constante do companheiro jagunço.
[...] Diga o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita. Era ele
estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar
tristonho e eu perdia meu sossego. Era ele estar por longe, e eu só nele
pensava. (ROSA, 1968, p.114)
O lirismo presente na delicadeza com que a natureza é descrita nos momentos
em que Riobaldo e Diadorim estão sozinhos, podem ser, também, ligadas à delicadeza e
à beleza com que Diadorim vê o sertão
[...] Até aquela ocasião, eu nunca tinha ouvido dizer de se parar
apreciando, por prazer de enfeite, a vida mera deles pássaros, em seu
começar e descomeçar dos voos e pousação. Aquilo era para se pegar
a espingarda e caçar. Mas o Reinaldo gostava: - “É formoso próprio ...
“ – ele me ensinou. Do outro lado tinha vargem e lagoas.(ROSA,
1968, p. 111)
Mesmo achando estranha aquela atitude do jagunço, Riobaldo sente que o jeito
com que Diadorim olha para o casal de pássaros não se trata de um cabra que “empulha
e não culha”. Diadorim tornava-se ainda mais neblina, o enigma indecifrável. Deter o
seu olhar vislumbrando o namoro de um casal de pássaros trazia uma característica
oposta do guerreiro bravo e destemido. No entanto, Riobaldo alimentava em sua
memória a lembrança daquele Menino que havia mostrado para ele as belezas do sertão.
Portanto, Diadorim ainda era o mesmo. O arvoramento dele não havia extinguido sua
essência. Diadorim e a natureza estão ligados, pelo olhar que tudo procura captar.
A fixação do olhar de Riobaldo diante da relação de Diadorim com a natureza
torna-se uma espécie de fotografia em sua memória, um microfilme que procura
reproduzir todas as cenas filmadas num tempo passado. Por meio do minuscioso, do
narrar miúdo, Riobaldo constitui Diadorim para os olhos de todos como uma poesia do
sertão, como sendo ele, a presença lírica no sertão. O ser único, em meio a guerra e o
ódio, capaz de chamar a atenção dos elementos poéticos num ambiente árido.
[...] Ao por tanto, que se ia, conjuntamente, Diadorim e eu, nós dois,
como já disse. Homem com homem, de mãos dadas, só se a valentia
deles for enorme. Aparecia que nós dois já estávamos cavalhando lado
a lado, par a par, a vai-a-vida inteira. Que: coragem – é o que o
coração bate; se não, bate falso. Travessia – do sertão – a toda
travessia. Só aquele sol, a assaz claridade – o mundo limpava que nem
um tremer d’água. Sertão foi feito é para ser sempre assim: alegrias!
(ROSA, 1968, p.379-380.)
Conforme nos afirma Arrigucci,
[...] A sua presença (do sertão) se efetiva verdadeiramente enquanto
paisagem, pelo toque de Diadorim: “Quem me ensinou a apreciar
essas belezas sem dono foi Diadorim ...” , transformando-se em objeto
de evocação lírica, ligado por um momento à necessidade,
aparentemente incontrolável, que sente o Narrador de ter presente
aquele mundo, distante sobretudo no tempo, mas quem sabe
apresentável ainda no interlocutor [...] (ARRIGUCCI, 1994, p. 22)
O amor de ouro de Riobaldo é presença constante ao longo do romance, em
diferentes momentos de sua vida. Das poucas lembranças que o narrador-personagem
Riobaldo guarda de sua infância, uma permaneceu na sua mente: o encontro com o
Menino. É claro que pode-se pensar que essa recordação acabou ganhando uma ênfase
maior na narrativa por se tratar de uma figura que esteve presente grande parte da
história de Riobaldo. Desde o primeiro encontro marcante, em que o narrador havia
levado para si apenas a aventura e a estranha sensação de segurança ao lado daquele
Menino que ele sequer sabia o nome. No entanto, as perguntas que se perguntam
também começaram :
Agora que o senhor ouviu, perguntas faço. Por que eu precisei de
encontrar aquele Menino? Toleima, eu sei. Dou, de. O senhor não me
responda. Mais, que coragem inteirada em peça era aquela, a dele? De
Deus, do demo? (ROSA, 1968, p. 86)
Ao longo de sua história conhecemos o Reinaldo, o sentimento que (re)surge
de Riobaldo para o companheiro jagunço. Com o aumento da convivência de ambos,
vê-se uma relação de co-dependência de Riobaldo com o, agora, amigo Diadorim. O
narrador Riobaldo tomado pelo encanto, quiçá feitiço, de quem desde pequeno que
contar aquilo que conhece, que sente. Sua alma de “versador” cria um universo onde
Diadorim se tornara a musa que sopra no ouvido do poeta para que o mesmo possa
cantar seus versos.
Versos, esses, que cantaram de forma misturada (e já discutida por Arrigucci
Jr.) uma história épica, uma história dramática e um lirismo que perpassa todo o
romance em veredas com águas transbordantes: “que você em sua vida toda toda por
diante, tem de ficar para mim, Riobaldo, pegado em mim, sempre!” (ROSA, 1968, p.
136)
Referências
ARRIGUCCI JR., Davi. O mundo misturado: romance e experiência em Guimarães
Rosa. Cadernos de Pesquisa CEBRAP, n. 3, novembro 1994.
COLLOT, Michel. Paysage et poésie: Du romantisme à nos jours. Paris: José Corti,
2005.
MAULPOIX, Jean-Michel. Du lyrisme. Paris: José Corti, 2000.
RODRIGUEZ, Antonio. Modernité et paradoxe lyrique. Max Jacob. Francis Ponge.
Paris: Jean-Michel Place, 2006.
ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968.
STAIGER, Emil. Conceitos fundamentais da poética. Tradução de Celeste Galeão. Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro,1975.
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MIRE E VEJA: UM VEM-VEM DE AMOR – A PRESENÇA LÍRICA DE