O Encontro Bhagavan Sri Ramana Maharshi A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Editorial Quando entrei em Sua Casa Por Marcos Garcia Nasci um ano depois que o Bhagavan deixou o corpo, mas só vim a conhecê-lo muitos anos atrás. Certa vez, ia ser atendido e, para isso, tinha que subir as escadas até onde fica o salão. Lá fiquei esperando, orando e olhando aquele velhinho de barba branca e olhar sereno. Ele tempo, dente, haviam inglesa, havia desencarnado há muito mas diversas pessoas do ociprincipalmente da Inglaterra, ido àquela, na época, colônia para conhecer o Guru. E assim foram trazendo experiências vividas e escritas sobre o Maharshi e espalhando-as pelo Ocidente. E foi assim que, a princípio curiosos e depois devotos, foram abrindo Ashrams pelo mundo afora. E então, entrei e fiquei neste Ashram para sempre. A princípio pelo magnetismo do olhar, depois pelo reconhecimento da importância de seus ensinamentos e finalmente porque Ele passou a fazer parte da minha vida e da vida de minha esposa. Neste mês de abril, mais exatamente no dia 14 de abril, lembramos mais ainda Dele, pelo que Ele mudou a vida de tantas pessoas e mostrou que a morte é uma passagem. E quando eu percebo o que faço nesta vida terrena, como a conduzo, como trato as pessoas, como sigo a Espiritualidade, mais seguro estou de que: Mahasamadhi aos olhos meus, não é adeus. Distribuição gratuita Abril de 2013 Agenda A poderosa influência da Sua Presença Naquela noite, momentos antes do fim chegar, inesperadamente, alguns devotos sentados fora do saguão começaram a cantar Arunachala Shiva, Ele abriu os olhos, dirigiu a eles um breve sorriso de ternura indescritível e do canto de Seus olhos lágrimas abençoadas rolaram, um último suspiro e nada mais. Eram exatamente vinte horas e quarenta e sete minutos do dia 14 de abril, de 1950. No dia seguinte o corpo foi enterrado com todas as honras devidas ao Divino Ser e um lingan de pedra preta polida, o símbolo de Shiva, foi colocado em cima de Seu túmulo. Após o primeiro choque da “perda” Daquele a quem chamavam Ramana, e que esteve tão amorosamente disponível à todos por tantos anos, os devotos, foram percebendo que, mais do que nunca, Ele havia se tornado o Guru interior, guiando os buscadores ainda mais ativa e diretamente. Os devotos, onde quer que estejam, encontram Sua graça e o apoio e Sua abençoada presença. Desde o desaparecimento de Seu corpo físico, Seu nome e fama têm crescido diariamente. Agora, cada vez em maior número, as pessoas sentem a poderosa influência de Sua Presença. Hare Ramana Hare! Do documentário O Sábio de Arunachala 02 Círculo de Estudos O monte Arunachala e o sábio de Arunachala Quando estudamos a vida de Bhagavan, fica claro que Ele nunca se considerou como separado do monte, já que ele considerava o monte como a manifestação do Ser. E nós podemos dizer que o monte tomou a humana forma – a forma de Bhagavan Sri Ramana Maharshi, para espargir a Mensagem Divina entre as pessoas do mundo. Bhagavan estava sempre em um estado de unidade com o Ser (Sahajatma Nishta). Para ele, era a coisa mais natural do mundo levar adiante as atividades diárias sem se afastar do mais alto estado de absorção no Ser. Inúmeros acontecimentos na vida de Bhagavan deram-nos testemunho deste fato. Para as mentes e olhos humanos, imperfeitos, o Monte Arunachala parece ser feito apenas de rochas e pedras. Mas, para Bhagavan era a manifestação do Divino Conhecimento, a corporificação do SER. O amor e reverência (respeito) por Arunachala eram tão grandes que Suas canções em louvor ao monte tem uma doçura especial. Ramana jamais se cansou de exaltar (louvar, elogiar) a grandeza da montanha. Em vária ocasiões Ele declarou que Arunachala era a mais potente manifestação do Senhor Shiva. Palestra por Shanti, a partir do livro “Adoráveis Memórias” de T. R.Kanakammal. Algumas vezes Bhagavan era surpreendido olhando para algo pela janela do salão. Certa vez, um devoto perguntou a Ele: “Para onde o senhor está olhando? É a luz? Ou é Arunachaleswara?” A esta pergunta Bhagavan respondeu: “O que você quer saber? Estou olhando para mim mesmo. Afinal nada existe além de mim mesmo”. Assim Bhagavan afirmou (expôs) a essência da teoria da não-dualidade. Próxima palestra Tema: Ramana em Cristo, Jesus em Ramana Palestrante: Celeiro Data: 27 de abril, às 19h Mahasamadhi Filosofia Em fevereiro de 1949, um pequeno tumor foi notado abaixo do cotovelo esquerdo de Bhagavan. Naquele tempo, Bhagavan dormia no sofá colocado do lado de fora do Antigo Salão, perto da cerca. Os atendentes especularam que Ele devia ter batido Seu cotovelo na cerca, causando assim o aparecimento do caroço. O Dr. Shankar Rao e o Dr. Srinivasa Rao foram chamados e decidiram que deveria ser feita uma cirurgia. Sem muito alarde, e sem o uso de anestésico, o tumor foi retirado. O Encontro abril, 2013 Em março de 1949, a ferida parecia estar sarando, quando apareceu outra excrescência mais acima no braço. Um cirurgião eminente de Madras veio então ao ashram, e removeu o tumor em 27 de março. Um anestésico local foi usado. Cerca de um mês depois, os doutores perceberam que o tumor era, na verdade, um câncer de sarcoma e começaram um tratamento radioterápico. Ervas prescritas por um médico ayurvêdico, também foram aplicadas na ferida. Bhagavan havia sido então mu- dado para o Quarto do Nirvana, próximo ao Novo Salão, e com o passar do tempo estava se tornando cada vez mais fraco. As vezes, depois de levantar do sofá Ele tremia violentamente e todos temíamos que fosse cair. Em tais momentos, Bhagavan fazia um comentário leve como “Oh, parece que estou dançando”. Desta maneira Ele acalmava a angústia dos Seus devotos. Também nunca podíamos perguntar a Ele sobre Sua saúde. Se o fizéssemos Ele gritava conosco, dizendo, “E daí?”. Porém, as vezes acontecia que algum devoto, 03 vendo a extrema fraqueza de Bhagavan, aproximava-se em prantos, lamentando sua condição. Em tais ocasiões o Maharshi consolava ternamente o devoto e declarava que Sua enfermidade era irrelevante. Uma vez, os médicos precisaram cortar alguns tecidos do tumor para exames. Quando estavam prestes a injetar o anestésico, Bhagavan recusou-o e disse que simplesmente cortassem. Os doutores protestaram, mas Bhagavan recusou novamente o anestésico. O Maharshi estremeceu de dor e quando questionado sobre o fato, replicou “Sim o corpo experimentou dor, mas, e sou Eu o corpo?”. Em 7 de agosto de 1949, uma terceira cirurgia foi realizada e a radioterapia foi iniciada. Bhagavan aceitava todos os tratamentos, mas quando os médicos concluíram que só amputando o braço existiria esperança de cura, Ele de modo categórico rejeitou a opção. No dia 19 de dezembro, a quarta e última operação foi executada, mais uma vez no ambulatório do ashram. Um dia, quando Ele estava ainda convalescendo no ambulatório, um dos atendentes nos perguntou se queríamos entrar e ver Bhagavan. Nós entramos rapidamente, nos colocamos ao lado de Sua cama e simplesmente fitamos aqueles olhos serenos e compassivos que abriram e nos deram um banho de paz e amor. Por este olhar pleno de graça nós sentimos uma completa segurança de que Sua bênção sempre estaria conosco. Em outra oportunidade, fui chamado a acompanhar os doutores que fariam a limpeza da ferida no braço do Mestre. Quando entrei no quarto, Bhagavan pousou seu olhar benevolente sobre mim e não disse nada. Então, esticou lentamente o braço e os médicos começaram o trabalho. Eu estava pasmo, pareciame que Ele assistia a esses afazeres dolorosos dos doutores como se estivessem acontecendo em outro corpo. Bhagavan sempre nos dis- se que não era o corpo. Durante esses últimos dias ele demosntrou isto. Nos dias finais, obtive a permissão para levar minha irmã e seu bebê a presença do Maharshi. Bhagavan estava em um terrível estado de debilidade. Minha irmã sentou o bebê no chão e prostrouse. O bebê começou a chorar e Bhagavan, com muita dificuldade, inclinou Sua cabeça e olhou para ele fazendo sons amorosos com os lábios, da mesma maneira que uma mãe o faria. Quanta ternura e quanta graça. Em fevereiro de 1950, um novo tumor apareceu. Muitos devotos começaram a perder as esperanças. Outros, porém, declaravam resolutamente que Bhagavan não morreria desta doença, como se o Sábio não pudesse sucumbir a uma doença mortal comum. Durante Seus últimos dias, milhares de pessoas juntavam-se em Ramanashram para receber o darshan de Bhagavan. Em 14 de abril, a administração do ashram tentou impedir que a multidão tivesse acesso ao Maharshi. Ele porém reagiu, mesmo naquele último dia no corpo, os devotos não deviam ser impedidos de receber Seu darshan. Logo depois das 7 horas da noite, um meteoro lentamente cruzou o céu e tudo terminou. A luz que iluminou a terra como Bhagavn Sri Ramana Maharshi agora fundia-se com a Fonte de toda a criação. A vida de Bhagavan foi uma oferenda ao mundo. O Maharshi nasceu para nos libertar da convicção errônea de que somos este corpo, mente e ego. Para fazer isto, Bhagavan nos deu o método da Autoinvestigação, nos mostrou como praticá-la e nos ajuda com Sua Presença e Graça poderosas. Uma vez quando questionado Ele respondeu a um devoto, “se pensar em Bhagavan, Bhagavan pensará em você!” Em outra ocasião, quando era eminente a morte daquele corpo físico a que os devotos acostumaram-se a chamar de Bhagavan, afirmou “Aonde mais poderia ir? Estou aqui!” Do livro As Recordações de N. Balaram Reddy. abril, 2013 O Encontro 04 Casa de Ramana Na Sua Casa tem tudo Por Lêda Maria Fraga Desde que nossa querida Lea seguiu seu caminho ao encontro do Mestre, procurávamos por uma idosa que se adequasse às exigências de nossa Casa, que acolhe idosas em risco social. Procurávamos por aquela que viria a se juntar às outras 8 “vovós” que residem na Casa de Ramana. Pois foi com muita alegria, que no dia 1º de abril, Ines Maciel Toste Vieira, portuguesa, 80 anos, foi recebida em nossa Casa. Sua chegada coincidiu com o aniversário da Elza, e a comemoração ficou completa, com direito a bolo, e muita alegria. Mas não pensem que este foi o primeiro contato de Inês com o nosso Mestre. Bhagavan já havia lhe aparecido em “sonho” há quase 40 Ines, Beth e Marly anos atrás, para auxiliá-la em uma grande dificuldade! Ines se emocionou ao finalmente “ser apresentada“ aquele senhor de barbas brancas que a ajudara a tantos anos atrás. Bazar de Pechinchas Sempre na primeira segunda-feira de cada mês, à tarde. Venha conferir! Como posso ajudar agora? Por Guilherme Lemos Na Casa de Ramana sempre há um setor disponível para sua participação, para atuação em grupo. Há um lugar esperando você, desde ler estórias para as vovós, até ajudar com lançamento de dados no sistema, até dedicar-se à organização dos eventos ou auxiliar o funcionamento da distribuição de mantimentos às “vovós” não residentes. Se você pretende dirigir seus olhos para um ponto futuro da Casa de Ramana, saiba que há, também, um planejamento sendo desenvolvido para a sustentabilidade e expansão dessa Casa de Amor. e comerciantes da zona norte da cidade. Atualmente, duas ajudas são muito importantes, e podem ser obtidas dentro de seus próprios relacionamentos pessoais: síndicos Entre em contato conosco para, juntos, iniciarmos um planejamento nesse sentido ([email protected]). Pretendemos levar a Casa de Ramana a esses seus relacionamentos e colher frutos de manutenção e expansão da obra social. Associação Espiritualista A Luz no Caminho | Rua Maxwell, 145 - Vila Isabel - Rio de Janeiro, RJ - CEP 20541-100 | (21) 2208 5196 | Horário de funcionamento (inclusive dias santos e feriados): segundas e quartas, das 14h30 às 20h30 - terças e quintas, das 14h30 às 21h00 - sábados, das 14h00 às 20h00 | Mais informações no site: www.aluznocaminho.org.br | Site da Casa de Ramana: www.casaderamana.org.br | Notícias da Casa: www.casaderamana.blogspot.com O Encontro abril, 2013