anos SERVIÇO DE PEDIATRIA (1987-2007) Elaborado por Eduarda Neves Sousa António Lucas Maria dos Anjos Bispo Fátima Figueira Editor Associação Pediátrica de São Francisco Xavier Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E Hospital de São Francisco Xavier Estrada do Forte do Alto do Duque 1449-005 Lisboa Capa e Arranjo Gráfico Isabel Marcus Impressão e Acabamento Grafivedras – Artes Gráficas, Lda. ÍNDICE PREÂMBULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 ERA UMA VEZ… . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 OS PRIMEIROS ANOS (ABRIL DE 1987 A FEVEREIRO DE 1990) . . . . . . . . . . . . . 8 PERÍODO DE MARÇO DE 1990 A MARÇO DE 1994 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 PERÍODO DE ABRIL DE 1994 A ABRIL DE 2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 ÚLTIMOS ANOS (MAIO DE 2003 ATÉ AO PRESENTE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 PREÂMBULO Comemora-se este ano 20 anos sobre a abertura do Serviço de Pediatria do Hospital de São Francisco Xavier. Diariamente quando vimos trabalhar, temos a noção de que tudo sempre funcionou como agora. O Serviço que temos sempre foi assim e continuará a ser. Contudo existe um passado, uma história, com acontecimentos que foram marcantes e que hoje são memórias. Estas memórias influenciam o presente e moldarão o futuro. Daí a importância de conhecermos essa história, os factos que foram traçando o percurso e foram determinantes do que somos hoje. Essa é a cultura do Serviço, que é diferente dos outros nos valores, na forma como nos organizamos, na maneira como nos adaptamos às novas exigências da sociedade, na nossa vivência do dia a dia. Foi um percurso feito por muitos médicos. Uns nasceram aqui para a Pediatria, outros cresceram no Serviço prosseguindo as suas carreiras noutras instituições, muitos continuando a dar o seu melhor todos os dias. Muitas enfermeiras aqui trabalharam contribuindo para o bem estar das crianças e prestigio do Serviço. Assistentes Sociais, Psicólogas, Educadoras de Infância, Professoras, Auxiliares de Acção Médica, Administrativos, todos têm contribuido com a sua dedicação e profissionalismo para aquilo que hoje somos. Todos estes profissionais construiram a história do Serviço. Vim para o HSFX há 4 anos e por isso não vivi muitos dos acontecimentos mais marcantes destes 20 anos. Porém considero muito importante que se registem esses factos que nos ajudam a compreender o Serviço. Quando lancei esta ideia, a Dra. Eduarda Sousa abraçou-a. Em colaboração com o Dr. António Lucas, a Dra. Maria dos Anjos Bispo e a Enfª Fátima Figueira, e com os testemunhos de muitos dos que aqui trabalham, escreveram a hitória dos 20 anos do Serviço. A todos, o meu sentido agradecimento. 5 Era uma vez ... ...lá para os lados de Lisboa Ocidental... e segundo reza a história que... Nos anos 80 foi preocupação do Governo e em particular da ministra da Saúde, Dra. Leonor Beleza, melhorar as condições em que era prestada a assistência hospitalar na área metropolitana de Lisboa. Além da carência de camas hospitalares, as existentes eram de má qualidade e os edifícios hospitalares estavam degradados. O panorama em relação às urgências era igualmente grave, nomeadamente na zona ocidental da cidade. Na Pediatria, era sentida a necessidade de diminuir o número de crianças que acorria às urgências do Hospital D. Estefânia (HDE) e do Hospital Santa Maria (HSM). Além disso havia grande concentração de partos, em particular na Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC), sendo necessário criar alternativas. Para minorar estes problemas, o Governo decidiu adquirir o edifício da “Clínica do Restelo”, instituição privada que tinha sido construída em 1972 mas que nunca tinha funcionado (1972-1987). Este novo hospital situava-se numa zona bem localizada em relação aos eixos viários, distante dos grandes hospitais e podendo proporcionar às populações da área ocidental de Lisboa um centro com as valências de medicina interna, cirurgia, pediatria, ginecologia e obstetrícia, com serviço de urgência geral, obstétrica e pediátrica. Este hospital era complementado pelos Hospitais de Egas Moniz (HEM), Dr. José de Almeida, Sant’Ana e Santa Cruz (HSC), quer em valências médico-cirúrgicas quer em camas de internamento. Decidiram atribuir a esta nova unidade o nome de Hospital de São Francisco Xavier (HSFX) por ser o santo patrono de uma das freguesias por ele servidas. Além disso situa-se na zona ocidental de Lisboa que evoca de algum modo o património cultural português no Oriente. A clínica foi transformada numa moderna unidade hospitalar e foi-lhe atribuída a classificação de hospital geral central de nível 4, sendo inaugurado a 24 de Abril de 1987. A área de influência do HSFX compreendia o concelho de Cascais, de Oeiras e 6 freguesias do concelho de Lisboa: S. Francisco Xavier, Santa Maria de Belém, Ajuda, Alcântara, Prazeres e Sto Condestável, dando apoio aos respectivos Centros de Saúde (CS). O Serviço de Pediatria iniciou as suas funções com a abertura da enfermaria a 20 de Maio de 1987, o arranque da consulta externa a 21 de Maio e a abertura da urgência pediátrica, obstétrica e a unidade de neonatologia a 22 de Junho. Esta, juntamente com a enfermaria e o bloco de partos ocupava o piso 3. O “berçário” localizava-se no piso 2 e a urgência assim como a unidade de cuidados especiais (UCEP) ocupavam parte do piso -1. 7 anos A consulta efectuava-se em duas salas do anexo onde funcionava toda a consulta externa do hospital. OS PRIMEIROS ANOS (Abril 1987-Março 1990) A primeira Directora do Serviço (1987-1989) foi a Professora Dra. Maria Elisa Sacramento Monteiro, até então Chefe de Serviço de Pediatria no HDE. Foi indicada para este cargo pelo Professor Doutor Nuno Cordeiro Ferreira atendendo às suas extraordinárias qualidades humanas e profissionais e pela dedicação de mais de 40 anos à criança. Extremamente disponível e competente, transmitiu a sua experiência a várias gerações de pediatras. Esta sua grande capacidade de ensino foi-lhe reconhecida, sendo contratada como Professora Auxiliar Convidada quando da criação da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa. Coube-lhe a difícil e exigente tarefa de organizar de raiz um Serviço de Pediatria com elementos provenientes de escolas diferentes. Conseguiu formar uma equipa dinâmica e coesa, que muito a admirava e respeitava. 8 Esta equipa era constituída por um grupo que se dedicou à instalação da Unidade de Neonatologia e “Berçário” (Drs. Odília Nascimento, José Martins Palminha, Maria dos Anjos Bispo, Nuno Lynce, António Lucas, Ana Nunes, Fernanda Melo e Luís Pinheiro) e outro que ficou responsável pela instalação da Enfermaria, Unidade de Cuidados Especiais (UCEP) e Urgência (Drs. Fernando Teive de Noronha, Fernando Durães, Isabel Barbosa e Maria Manuel Vilhena). A este último grupo juntaram-se os médicos pediatras que trabalhavam no Serviço de Pediatria do HEM que foi extinto nesta altura. A ele pertenciam os Drs. António Limpo Serra, Carolina Lacerda, Edmundo Guimarães, Georgina do Vale, Marília Mira e Carlos Moniz, bem como alguns internos que estavam a completar o Internato Complementar de Pediatria: as Dras. Conceição Freitas, Dulce Serrano e Eugénia Carrilho. Esta foi uma época de instalação com toda a actividade inerente à situação desde a escolha do material necessário ao funcionamento, à contratação do pessoal efectivo, ou mesmo o recurso a tarefeiros para apoio ao Serviço de Urgência. A Unidade de Neonatologia estava organizada em 3 sectores: Cuidados Intensivos com 5 postos de ventilação e 9 camas de cuidados intermédios, “Berçário” com lotação de 33 camas e a consulta de Desenvolvimento. A equipa médica, coordenada pela Dra. Odília Nascimento e Dr. J. Martins Palminha, tinha grande experiência resultante da maioria dos seus elementos ser originário da Mac onde se dedicava à neonatologia. A equipa de serviço de pediatria (1987-2007) enfermagem era coordenada pela enfª Zulmira Manteigas vinda do HSM onde há anos chefiava um dos sectores da Neonatologia . Com o seu espírito criativo e inovador, formou uma equipa muito jovem que foi fundamental para a evolução da Unidade. Na organização da Unidade, foi dada grande atenção à articulação com o Serviço de Obstetrícia na discussão das gravidezes de risco e na elaboração conjunta de protocolos e trabalhos de investigação, o mesmo sucedendo com a programação de reuniões conjuntas com a equipa de enfermagem criando normas de conduta no trabalho diário na Unidade. Deu-se especial ênfase à integração dos pais na prestação de cuidados, disponibilizando-lhes a consulta do processo dos filhos em termos de terapêuticas e notas de enfermagem, e promoveu-se o “rooming in”, prática ainda pouco comum na altura. Foi organizada uma equipa para acompanhamento das crianças em consulta de Desenvolvimento e criada uma rede de articulação com diversas especialidades de apoio, nomeadamente Cardiologia, Cirurgia, Neurologia, Neurocirurgia, Genética e Ortopedia entre outras. Estabeleceu-se uma política de utilização criteriosa de antibióticos a par da criação de um conjunto de normas visando a luta contra a infecção hospitalar. Além disso, iniciou-se a realização de ecografia transfontanelar a cargo da Dra. Maria dos Anjos Bispo. Organizou-se a formação contínua e programou-se a investigação em áreas prioritárias como: Asfixia, Toxicodependência, SIDA e Monitorização de Fármacos. Desde o início abriu-se a Unidade ao exterior através da realização de estágios para médicos de Hospitais Centrais e Distritais, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas. A Enfermaria tinha 27 camas de internamento distribuídas por seis quartos e foi organizada por grupos etários. Os quartos tinham denominação por cores: laranja (RN), rosa (lactentes), amarelo (primeira infância), azul (primeira ou segunda infância), verde e vermelho (para as crianças mais velhas). Esta organização dos quartos por cores bem como a existência de uma sala de actividades apoiada por uma educadora de infância, tornavam o ambiente hospitalar mais adequado às necessidades emocionais e educativas da criança internada. Era uma enfermaria de Pediatria Geral e polivalente, cuja equipa médica foi coordenada pelos Drs. Fernando Durães e Isabel Barbosa que organizavam a assistência neste sector. O grupo de enfermagem foi coordenado pelo Enfº Fernando Sá que distribuiu as funções e responsabilidades dos enfermeiros e criou uma forma personalizada de passagem de turno à cabeceira dos doentes. O primeiro doente da enfermaria foi transferido do Serviço de Pediatria do HEM. Era o Max, uma criança oriunda de S. Tomé e Príncipe. A Consulta tinha apenas dois gabinetes onde eram realizadas as consultas de pediatria geral efectuadas pelos médicos que transitaram do HEM, tendo como responsável o Dr. Limpo Serra. 9 anos A consulta de cirurgia pediátrica era efectuada pelo Professor Doutor Mena Martins (consultor) e as consultas de neonatologia e desenvolvimento, eram coordenadas pela Dra. Odília Nascimento com a colaboração dos Drs. Fernanda Melo e Luís Pinheiro. A Urgência Pediátrica ficou localizada numa das entradas do hospital. Tinha um espaço aberto onde as crianças se despiam e dois gabinetes de observação. Associada à urgência estava a UCEP com capacidade de 5 camas distribuídas por 2 salas. Foi responsável pela organização deste sector e pela Urgência o Dr. Fernando Teive de Noronha, onde manteve durante cinco anos um posto de ventilação pediátrico que também recebia crianças de outros hospitais até à abertura de Unidades de Cuidados Intensivos no HDE e HSM. O grande movimento da urgência pediátrica e a escassez do quadro médico inicial, levaram à necessidade de pedir a colaboração de internos de vários hospitais. O Dr. Fernando Durães, como responsável pela elaboração de escalas de urgência, tinha que contactar os médicos de outras instituições “angariando” tarefeiros. Quando surgia no HDE com a pasta debaixo do braço dizia-se “lá vem o banqueiro”. 10 A ARS de Lisboa estabeleceu igualmente um acordo com alguns pediatras dos CS que passaram a integrar as equipas de urgência de acordo com as suas disponibilidades. Foi o caso dos Drs. João Nobre Bispo, Cremilde Fonseca, Isabel Lamy, Lucília Ferro, Lurdes Barros, Maria das Dores Sousa, Maria Margarida Quaresma, Maria de S. José, Rui Bento Lopes, Teresa Kulberg, Susana Belém Ferreira, entre outros. Cedo foi sentida a necessidade de criação duma triagem na Urgência, bem como a abertura de vagas para o internato de especialidade. Os primeiros que iniciaram o internato no Serviço, foram os Drs. Mª João Leiria e José Carlos Ferreira em 1989. A humanização foi uma preocupação dos Directores desde o início. Todos os grupos profissionais que encetaram a tarefa de abrir o Serviço, estavam animados por ideias inovadoras de defesa dos Direitos da Criança. Foi precisamente nesta altura que a Convenção dos Direitos da Criança foi aprovada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas tendo sido oficializada como documento jurídico internacional em 1990. Os pais/substitutos das crianças internadas passaram a ter gratuitamente as principais refeições no Hospital. Na admissão era-lhes entregue na Unidade de Neonatologia, na Enfermaria e na UCEP, um Guia de Acolhimento com explicações simples sobre o funcionamento do Serviço e o nome dos profissionais que estavam ligados à criança. A exiguidade das instalações dificultava a permanência dos pais durante a noite junto dos filhos. Em 1987 foi constituído um núcleo de apoio à criança maltratada e família. Este núcleo teve aprovação ministerial em 1992. serviço de pediatria (1987-2007) Em Outubro de 1989 a Professora Doutora Maria Elisa jubilou-se ficando o Professor Doutor J. Martins Palminha a dirigir interinamente o Serviço até Fevereiro de 1990. PERÍODO DE MARÇO 1990 A MARÇO 1994 Neste período dirigiu o Serviço o Professor Dr. João Pascoal Duarte, Chefe de Serviço de Pediatria do HDE onde trabalhou durante 27 anos. Apesar de se assumir como pediatra generalista, dedicou-se especialmente à nefrologia pediátrica tendo criado a Unidade de Nefrologia no HDE. Tinha igualmente grande interesse e dedicação pelos adolescentes e suas patologias. Foi sempre um estudioso com grande dinamismo e profundo desejo de aprender e ensinar. Foi Professor Auxiliar da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, tendo também colaborado com o Instituto de Apoio à Criança, a Sociedade Portuguesa de Pediatria e a Comissão Nacional de Saúde Infantil. O mais relevante na sua personalidade era a profunda sensibilidade e humanismo. Era um poeta, convicto nas suas ideias e objectivos, com uma aptidão especial tanto para a apresentação oral como para a escrita. Dotado de grande capacidade afectiva fazia amigos com facilidade o que lhe permitiu um óptimo relacionamento com todos os colaboradores. Porque estabelecia uma empatia especial com os doentes, era muito estimado pelos pais que depositavam nele uma total confiança. Por todas estas características não lhe foi difícil adaptar-se ao Serviço e continuar a tarefa da anterior Directora. Esta foi uma época de consolidação da actividade e de desenvolvimento nas competências de especialização. A actividade científica foi intensa programando-se com regularidade as sessões clínicas e a representação do Serviço no exterior. Manteve-se a formação pós-graduada, bem como o ensino da Pediatria ligada à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa com aulas do 4ºano. A neonatologia continuou empenhada na melhoria dos cuidados ao RN não perdendo de vista a qualidade da sua vida futura. Os efeitos secundários da administração de fármacos ao recém-nascido eram uma área de investigação importante na Unidade, nomeadamente o programa de monitorização sérica da gentamicina. A relevância dos resultados obtidos nos primeiros 100 casos estudados, levou ao convite da Comissão Científica do Congresso Mundial de Pediatria para integrar uma mesa redonda sobre o tema “Progress and Advances”, no Rio de Janeiro em 1992. Este trabalho veio a ser galardoado com o Prémio Farmacologia instituído pela Ordem dos Farmacêuticos em 1993. A investigação nesta área estendeu-se posteriormente à monitorização sérica da vancomicina. 11 anos Na Enfermaria promoveram-se as altas precoces articulando com a consulta externa o seguimento dos doentes. Os problemas sociais com as crianças internadas, particularmente com os doentes oriundos dos PALOP, eram muito frequentes. O apoio empenhado da assistente social assumiu papel importantíssimo na resolução destas questões que aumentavam muito a duração dos internamentos. Manteve-se em funcionamento o Núcleo da Criança Maltratada sob a coordenação do Director do Serviço e com acção directa da Dra. Maria Manuel Vilhena. O grande objectivo era a protecção da criança e a recuperação da família envolvida. A grande afluência à urgência tornou necessária a triagem prévia dos doentes feita pelos enfermeiros, prática pouco comum nessa altura no nosso País. Na UCEP/SO passaram a ser internados casos de doença infecciosa grave numa sala de isolamento. 12 A consulta externa foi sempre uma preocupação do Dr. Pascoal Duarte que considerava importante fomentar a sua expansão. Por isso incrementou a abertura de especialidades pediátricas como pneumologia, nefrologia, neurologia e cardiologia. Para além disso criou 10 vagas diárias na consulta de pediatria geral para orientação de doentes saídos com alta do internamento. O Serviço continuou a ter apoio em Cirurgia Pediátrica graças à dedicação e disponibilidade do Prof. Doutor Mena Martins. Sob a coordenação do Dr. António Lucas, foi criada em Junho de 1990 a Unidade Coordenadora Funcional (UCF) do HSFX, constituída por representantes do Hospital (Neonatologia e Obstetrícia) e dos 5 CS da área de influência do HSFX (Ajuda, Alcântara, Oeiras, Carnaxide e Sto Condestável). O seu objectivo era a melhoria da articulação em saúde materna e em saúde infantil. Foram organizados cursos de formação na área de saúde infantil, materna, pedopsiquiatria, adolescência, dermatologia, estomatologia, entre outros. Fizeram-se programas de promoção do aleitamento materno e acompanhamento de famílias de risco (SIDA, toxicodependência). Estas actividades têm sido divulgadas em reuniões regionais e nacionais das UCF´s promovidas pela Comissão Nacional de Saúde Materno-Infantil, Sociedade Portuguesa de Pediatria e por alguns Hospitais. Em 1993 programou-se a I Reunião Pediátrica do HSFX que foi realizada em Abril de 1994. Esta Reunião com periodicidade bienal, tem permitido não só a actualização de conhecimentos e apresentação de resultados do Serviço, mas também o estreitamento das relações com os clínicos gerais e a formação pós-graduada dos Internos. Além disso possibilitou a aquisição de livros, assinatura de revistas e constituição de uma “slideteca” com os registos de casos com interesse para a formação, ficando responsável pela sua organização e coordenação o Dr. Edmundo Guimarães. serviço de pediatria (1987-2007) PERÍODO DE ABRIL 1994 A ABRIL 2003 O Prof. Doutor José Manuel Martins Palminha foi o terceiro Director do Serviço. Era Chefe de Serviço de Pediatria do HSFX e responsável pela Unidade de Neonatologia desde 1987. Com uma invulgar inteligência, grande capacidade de trabalho e de liderança, tinha uma enorme curiosidade científica. Era um lutador intransigente pelas causas em que acreditava. Foi um dos pilares das Comissões Nacionais da Mulher e da Criança que elaboraram a carta organizativa dos cuidados perinatais no País. Com a sua execução, em poucos anos a saúde perinatal ficou ao nível europeu. O seu entusiasmo pela transmissão de conhecimentos e pela investigação levaram-no ao doutoramento em 1997 com a dissertação “Contribuição para o Estudo de Alguns Marcadores Bioquimicos da Asfixia Perinatal no RN de Termo”. Em 2001 editou com os Drs. Fernando Durães, Conceição Lemos e Alexandra Costa o livro “Terapêutica Pediátrica em Ambulatório”, um manual de tratamento pediátrico destinado a pediatras do ambulatório, clínicos gerais e alunos de medicina. Mais tarde coordenou uma vasta equipa onde contou com a colaboração de vários médicos do serviço e de pediatras notáveis do País, editando com a Dra. Eugénia Carrilho a obra “Orientação Diagnóstica em Pediatria”. 13 A Unidade de Neonatologia passou a ter como coordenadora a Dra. Maria dos Anjos Bispo, referência da neonatologia do Serviço desde o primeiro dia. Em Outubro de 1995 foi introduzida uma técnica pioneira em Portugal que foi a ventilação de alta frequência, com excelentes resultados para a sobrevivência do RN de extremo baixo peso. Implementou-se a utilização sistemática da farmacocinética da vancomicina e em Outubro de 2001, empregou-se pela primeira vez o óxido nítrico nos RN com hipertensão pulmonar. A partir de 1997, o internamento na enfermaria de Pediatria passou a ser até aos 11 anos de idade, mas continuava a sentir-se falta de espaço para aumentar a idade de internamento, a ausência de condições de privacidade para os adolescentes e a inexistência de salas de isolamento para a patologia infecciosa. O Serviço de Urgência continuou a ser um problema não só pelo número de doentes, mas também pela dificuldade na constituição das equipas. A irregularidade na abertura de vagas para o internato de especialidade no Serviço agravou este problema. Com a abertura do Hospital Dr. Fernando Fonseca em 1996, houve uma diminuição da afluência na urgência. Mais tarde, no ano 2000, a ARSLVT reestruturou as urgências pediátricas da área metropolitana de Lisboa com o objectivo de encaminhar as situações não urgentes para os CS, o que diminuiu adicionalmente o movimento na urgência. anos Durante este período a consulta passou por várias instalações com melhoria progressiva, o que permitiu um aumento do número de consultas de outras subespecialidades a partir de 1998: adolescência, imunoalergologia, endocrinologia e transmissão vertical. Além disso passou a ter apoio de psicólogas e de uma professora de ensino especial. Em Fevereiro de 2001 foi implementada a técnica da Broncofibroscopia (responsável: Dra. Eduarda Neves Sousa), cujo equipamento foi obtido através de um donativo graças à persistência do Dr. Fernando Noronha e ao empenhamento do Prof. Doutor J. Martins Palminha. Com profissionalismo e competência, o Prof. Doutor Maymone Martins e o Dr. Rui Anjos mantiveram o apoio ao Serviço em Cardiologia Pediátrica. O Serviço passou a ter idoneidade formativa para internos de especialidade em Desenvolvimento e Pneumologia desde 1999. A Neuropediatria, coordenada pelo Dr. Pedro Cabral, também passou a ter idoneidade formativa. 14 O Núcleo de Apoio à Criança Maltratada, dada a complexidade dos problemas que tinha que resolver, passou a ter uma equipa multidisciplinar envolvendo, além do pediatra e assistente social, psicólogas, enfermeiras e jurista. Se numa primeira fase o Núcleo abrangia apenas as crianças vítimas de maus-tratos, sentiu-se rapidamente a necessidade de alargar o seu âmbito de acção englobando as crianças de alto risco de virem a ser negligenciadas. Apoiar de forma continuada estes bébés e suas famílias foi o objectivo da primeira Associação de Pais e Amigos das Crianças do HSFX (de Elevado Risco Perinatal) “Os Francisquinhos” criada em 1994, e que em 1996 se transformou numa Instituição Particular de Solidariedade Social. Uma equipa multidisciplinar coordenada pela Enfª Bernard Guedes, presidente e grande impulsionadora desta Associação, pôs em acção em 1997 o programa “SOS BEBE”, programa de intervenção precoce no domícilio para crianças com sequelas devido a um elevado risco perinatal. Ainda na área da humanização, em 1997 começou a parceria com a operação “Nariz Vermelho”, projecto de animação de crianças internadas. Em 1996 o Prof. Doutor J. Martins Palminha e os Drs. Ana Serrão Neto e Edmundo Guimarães decidiram formar a “Associação Pediátrica de S. Francisco Xavier”, com o objectivo de apoiar a formação em Pediatria organizando cursos, reuniões científicas e ajudando financeiramente na apresentação de trabalhos científicos em congressos nacionais e internacionais. Além disso apoia a biblioteca de pediatria adquirindo livros e assinando revistas, assim como a investigação em Pediatria. As Reuniões Pediátricas bienais iniciadas em 1994 mantiveram sua regularidade abordando não só problemas da pediatria hospitalar, mas também temáticas de interesse no ambulatório. serviço de pediatria (1987-2007) A UCF continuou as suas actividades, tendo passado a fazer-se em 1996, o envio por fax aos CS, da notícia de nascimento com o consentimento escrito da mãe e, nas crianças de alto risco biopsicossocial, é enviada informação escrita confidencial ao médico de família e enfermeira responsáveis do CS. Desenvolveu-se também um programa de acção comunitária na área da promoção do aleitamento materno em colaboração com os CS. Na sequência desta acção surgiu a linha telefónica “SOS Amamentação” a funcionar desde 1999 e foi publicado o Guia de Ensino “Ajudar a mãe a amamentar”, distribuído em todos os CS no ano de 2002. Durante os anos de 1995/1996 o Dr. António Lucas criou um grupo de trabalho para acompanhamento das crianças filhas de mães seropositivas. Os seus objectivos iam desde o diagnóstico precoce do VIH na grávida, ao seu tratamento, programação do parto e acompanhamento da criança nos primeiros 2 anos de vida, assegurando a terapêutica à mãe e à criança. Estas medidas contribuíram para a franca diminuição das taxas de transmissão vertical do VIH e para a diminuição da taxa de abandono da respectiva consulta. Em 1998 pelo Despacho n.º 12917 de 27 de Julho foram redefinidas as áreas de intervenção das UCF alargando as suas competências à Saúde dos Adolescentes. Já em Março de 2001, estabeleceu-se um protocolo de articulação com o Departamento de Psiquiatria do HSFX na área de Saúde Mental da Infância e Adolescência. Para além disso o Serviço de Obstetrícia passou a reservar diariamente uma vaga de ecografia fetal para cada CS. Ao longo destes anos, a actividade do Serviço tem sido reconhecida com a obtenção de vários prémios: 1º Prémio BIAL de Medicina Clínica com o trabalho “Os Filhos dos Toxicodependentes, Novo Grupo de Risco Biopsicossocial”, em 1993. 1º Prémio Nacional de Humanização instituído pela Comissão Nacional de Humanização em Cuidados de Saúde do Ministério da Saúde relativo ao trabalho desenvolvido pelo Serviço no apoio aos filhos de mães com SIDA e aplicação do programa SOS-BEBE em parceria com a associação “Os Francisquinhos”, em 1994. 1º Prémio Nacional de Humanização instituído pelos Laboratórios Azevedos relativo à actividade do núcleo SIDA/Transmissão Vertical do VIH, em 1998. Prémio Dr. José Luis Champalimaud - Área das Ciências Sociais e Humanas, instituído pela Comissão Nacional de Luta contra a SIDA, relativo ao trabalho “Acerca do Cuidar e da Humanização na Área da Transmissão Vertical do VIH”, em 2002. No campo da investigação entre 1997 e 2000 foi realizado um estudo clínico e microbiológico sobre a colonização da nasofaringe em crianças não hospitalizadas, que foi tema da dissertação do doutoramento da Dra. Ana Serrão Neto. Em 2001 foi efectuado pelo Dr. Pedro Flores um projecto de investigação sobre “o estudo epidemiológico do vírus sincicial respiratório” em colaboração com o INSA. 15 anos O Serviço continuou a sua actividade de ensino pré-graduado a receber os alunos do 4º ano da disciplina de Propedêutica Pediátrica da qual era Regente o Prof. Doutor J. Martins Palminha e os alunos do 6º ano (estágio clínico). Os últimos tempos da Direcção do Prof. Dr. J. Martins Palminha foram marcados pela sua doença. Neste período, foi inestimável o apoio do Dr. Fernando Noronha na Direcção do Serviço. ÚLTIMOS ANOS (PERÍODO DE MAIO 2003 ATÉ AO PRESENTE) 16 O quarto Director do Serviço de Pediatria é o Prof. Dr. José Carlos Ferreira Guimarães. Foi assistente graduado de pediatria no HSM até Dezembro de 2002, dedicando-se à pneumologia pediátrica onde foi responsável pela consulta de pneumologia e pelo início da técnica da Broncofibroscopia em 1990. A partir de 1999 foi coordenador da Unidade de Técnicas e da UICD do Serviço. Durante 16 anos colaborou no ensino pré-graduado como assistente convidado da Faculdade de Medicina de Lisboa. Desde 1989 tem assumido vários cargos na direcção da Sociedade Portuguesa de Pediatria. Após concurso para chefe de serviço do HSFX, tomou posse em Janeiro de 2003 tendo sido nomeado Director em Maio do mesmo ano. O seu extraordinário espírito de iniciativa, associado às excepcionais qualidades humanas e organizativas, fazem dele não só um elemento dinamizador dos grupos de trabalho, como um agregador das diversas sensibilidades do Serviço. Os últimos anos foram marcados por importantes modificações quer a nível de gestão e organização dos serviços, quer pela mudança de instalações. Em Dezembro de 2002, por decisão ministerial, vários hospitais públicos entre os quais o HSFX, mudaram o seu estatuto no Serviço Nacional de Saúde passando a sociedades anónimas (SA) e posteriormente, em 2005, a empresas públicas do estado (EPE). Em 2006 formou-se o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) unindo o HSFX ao HEM e ao HSC. O novo modelo de gestão tem como objectivo aumentar a eficiência e privilegiar a flexibilidade organizacional, responsabilizando os Directores pela produção, qualidade, investigação e racionalização na actividade económica do Serviço. Esta alteração na gestão hospitalar teve importantes repercussões no dia a dia mas sem afectar o papel assistencial nem a ligação à comunidade, pilares fundamentais da acção do Serviço. Em Janeiro de 2006 fez-se passagem para as novas instalações anunciadas desde a abertura do hospital e projectadas pelo Prof. Doutor J. Martins Palminha. Este novo edifício serviço de pediatria (1987-2007) mudou radicalmente as condições de assistência no Serviço. Os equipamentos foram renovados e o espaço aumentou consideravelmente, mantendo-se a capacidade de internamento. Esta mudança teve um efeito positivo na motivação dos profissionais que se reflectiu no aumento global da produção e na satisfação generalizada das crianças e famílias. O ambiente na enfermaria, consulta e neonatologia foi alvo de intervenção humanizadora com pinturas realizadas pelo projecto “Dar Côr à Vida” com verbas de donativos privados. Ainda no campo da humanização, para melhorar a comunicação com o doente e família promoveu-se uma acção de formação sobre “Comunicação em Saúde” para todo o pessoal do Serviço e realizada em 2007. Têm sido feitos inquéritos de opinião para monitorização da satisfação dos doentes e familiares e reformularam-se os Guias de Acolhimento do Serviço. Recentemente um grupo de enfermeiras da neonatologia e da enfermaria produziram DVD´s esclarecendo o funcionamento do Serviço. Na enfermaria no piso 2 (Coordenador: Dr. Fernando Durães) passou a haver boas condições para acolhimento dos pais, possibilidade de internamento de adolescentes e três quartos individuais para isolamento. Além disso dispõe de um quarto onde é feita a vigilância e registo por vídeo EEG das crianças com doença neurológica, duas salas de actividades para as crianças internadas e várias salas de trabalho para médicos e enfermeiras. O Hospital de Dia com duas camas, ficou localizado num quarto à entrada da enfermaria, tendo como responsável a Dra. Gorete Vale. Iniciou a sua actividade em Outubro de 2006 permitindo ao Serviço beneficiar desta modalidade de internamento. A Neonatologia (Coordenadora: Dra. Maria dos Anjos Bispo) ficou localizada no Piso 1 e passou a dispor de equipamentos renovados: ventiladores, incubadoras, material de monitorização, entre outros. As instalações são excelentes e espaçosas, mantendo 5 postos de cuidados intensivos e 9 de intermédios, mas dispondo de um quarto para isolamento e tendo espaço para eventual alargamento da capacidade em mais três postos de cuidados intensivos. Continua a colaborar com a Secção de Neonatologia da SPP em todos os estudos multicêntricos que mantêm e, com algumas unidades de neonatologia do país, participa no estudo sobre aplicação da vacina contra a infecção por Rotavirus em RN prétermo. Recentemente, em colaboração com o Serviço de Otorrinolaringologia do HEM, implementou o Rastreio auditivo neonatal universal no HSFX. A Consulta no piso 0 (Coordenadora: Dra. Eduarda Neves Sousa) tem agora 6 gabinetes pelo que foi possível aumentar o número de valências. Foram abertas em 2006/2007 as consultas de neurocirurgia, cirurgia maxilofacial, ortopedia, audiologia e neurofisiologia, todas efectuadas por médicos do HEM que também se dedicam ao grupo pediátrico. 17 anos A consulta de Endocrinologia passou a ter mais tempos de consulta e foi iniciada a vertente da obesidade com o apoio de dietista em consulta própria. A Pediatria Geral passou a dispor de mais tempos de consulta realizados pelos pediatras que não efectuavam nenhuma consulta de subespecialidade e que assim passaram a poder seguir os doentes que tinham a seu cargo na enfermaria. 18 A UCEP no piso -1 (Coordenadora: Dra. Eduarda Neves Sousa) mantém as 5 camas de internamento com dois quartos individuais com condições de isolamento. Continua a ser o local onde a vigilância das situações agudas é mais adequada, não só pelo ratio enfermeiros/ doentes e equipamento de monitorização, mas também pela proximidade da equipa médica de urgência. A Urgência tem 4 gabinetes de observação espaçosos e um espaço interior para maior vigilância dos doentes em observação. Em Janeiro de 2003, com a entrada em funcionamento do acordo para as urgências pediátricas da área metropolitana de Lisboa celebrado com a ARSLVT e o consequente encerramento nocturno da urgência do Serviço (22h às 09h), o número de doentes diminuiu. A modificação da gestão hospitalar e a melhoria das instalações, associadas à necessidade de mantermos os nossos doentes e mesmo ganhar novos, levou à modificação da actuação em relação aos doentes “fora de área”, que deixaram de ser reencaminhados. Flexibilizou-se também a assistência articulando melhor os cuidados entre urgência/UCEP, a enfermaria e a consulta. Com estas modificações, houve um aumento muito significativo da afluência à urgência pediátrica (33,6% mais do que em 2005) que manteve o mesmo horário de funcionamento e o mesmo número de profissionais a trabalhar. Mantém-se o apoio ao HDE com uma equipa de urgência semanal no período nocturno. A informatização do Serviço é um objectivo prioritário. Na consulta e na enfermaria passamos a utilizar o programa clínico SAM e presentemente já dispomos de prescrição farmacêutica electrónica. Na neonatologia está em fase final a adaptação do programa PICIS de informatização total da actividade, tornando-se a primeira Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais no País a dispor desta tecnologia. Nos últimos anos tem sido regular a entrada de Internos do Complementar e do Internato Geral com repercussões muito positivas na actividade do Serviço e na sua representação externa em jornadas e congressos nacionais e internacionais. As Reuniões Pediátricas do HSFX mantêm-se bienalmente e iniciaram-se em 2006 Reuniões Temáticas durante a tarde da última sexta-feira de cada mês, onde peritos do Serviço ou convidados abordam com maior profundidade e de forma interactiva, temas de actualidade pediátrica. serviço de pediatria (1987-2007) O ensino pré-graduado de Pediatria deixou de ser feito no 4º e 5º anos passando a haver uma cadeira de Pediatria no 5º ano (Regente: Prof. Doutor Videira Amaral). O Serviço tem mantido a sua colaboração com aulas teórico-práticas e práticas a metade do curso e continua a dar estágio profissionalizante aos alunos do 6º ano. Após provas de aptidão pedagógica, o Dr. Pedro Flores está a ultimar a sua tese de doutoramento sobre “Indicadores Predictivos de Pieira Recorrente no Lactente”, investigação clinico-laboratorial que tem desenvolvido no Serviço. Além disso é o investigador principal no “estudo sobre serotipos de rotavirus nas gastroenterites” desenvolvido em colaboração com o Hospital Cuf das Descobertas. Há vários anos o Serviço conta com o apoio dos Drs. Pedro Cabral e José Carlos Ferreira, neurologistas de excelência, que garantem as consultas de neuropediatria e a assistência no internamento. Presentemente o Serviço está envolvido na organização e apoio à Neuropediatria e ao grupo de Neurocirurgia pediátrica do HEM, particularmente no que respeita à cirurgia da epilepsia, criando condições para a sua monitorização por vídeo EEG, diagnóstico e apoio nos pós-operatórios. Desde o início do Serviço tivemos a colaboração de muitos médicos pediatras, internos, clinicos gerais com contrato de avença, tarefeiros ou em acumulação de funções, que nos ajudaram nas urgências neonatal ou pediátrica. Muito terá ficado por dizer, alguns não terão sido nomeados, mas ninguém ficou esquecido porque todos os que têm trabalhado no Serviço de Pediatria do HSFX, ao longo destes 20 anos, têm sido importantes para o seu funcionamento, para o seu crescimento, para a sua projecção no exterior. Bem hajam! 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Teive Noronha, Fernando; Urgências Pediátricas; (Revista Pais e Filhos Julho 1994 n.º42) • Honrado Lucas, António; UCF: Percurso de um trabalho de Equipa; (Jornal HSFX Novembro 1997) • Honrado Lucas, António; UCF: Articulação em Saúde Infantil; (Jornal HSFX Janeiro 1998) • Lançamento do Livro “Terapêutica Pediátrica em Ambulatório” (Jornal HSFX Maio 2001) • Martins Palminha, J.; Liderança e Comunicação numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (Jornal HSFX Junho 2001) • Núcleo de Apoio à Criança Maltratada do HSFX (Jornal HSFX Maio 1999) • No caminho para a solução das Urgências de Lisboa (Noticias Médicas Abril 1987) • Martins Palminha, J.; Curriculum Vitae • Martins Palminha, J.; Dissertação “Contribuição para o estudo de Alguns Marcadores Bioquímicos da Asfixia Perinatal no RN de Termo” (1997) • Marques, José A. Mateus: João Pascoal Coelho Duarte.Médicos e Hospitais, Tempos e Andamentos, 2001: 35-41 • Ferreira, Nuno Cordeiro: In Memorian, Maria Elisa Sacramento Monteiro. Ver. Port. Pediatr., 1993:24:246 • Decreto-lei nº. 11/86, de 5 Novembro: abertura do hospital de S. Francisco Xavier • Homenagem à memória do Prof. Dr. Pascoal Duarte: Tempo de Medicina, 1994 • Noronha, F. Teive: Relatório de Actividades, 1988 • Duarte, João Pascoal: Relatório de Actividades, 1991 • Palminha, J. Martins: Relatório de Actividades, 1995 • Palminha, J. Martins: Relatório de Actividades: triénio 1997-2000 • Palminha, J. Martins: Relatório de Actividades: triénio 2001-2003 • Palminha, J. Martins: Jornal: 7, Junho de 97 • Homenagem ao Prof. Palminha: A Ponte: 6, Abril 2004 • Guedes, Benard: Os mais frágeis entre os mais pequenos: Jornal: 33, Janeiro 97 • Guimarães, J.C. Ferreira: Relatório de Actividades, 2005 • Guimarães, J.C. Ferreira: Relatório de Actividades, 2006 • Palminha, J. Martins: Lançamento do Livro: Terapêutica Pediátrica em ambulatório: Jornal: Maio 2001 • As memórias de: Ana Costa, António Limpo Serra, António Lucas, Edmundo Guimarães, Eduarda Neves Sousa, Fernando Durães, Fernando Teive Noronha, Maria dos Anjos Bispo, …