o DESENVOLVIMENTO DA AGROINDÚSTRIA NO ESTADO DO PARÁ! ALFREDO KINGO OYAMA HOMMA2 Resumo: Apresenta um resumo histórico da agroindústria no Estado do Pará. a situação atual dos principais produtos agrícolas e as possibilidades para o seu desénvolvi~o. ATimitaçãodã oferta dos produtos agrícolas. a falta de maiores investimentos em C&T para geração de tecnologia agrícola. de alimentos. de novos produtos e a precariedade do capital físico e social constituem os maiores obstáculos para a verticalização do setor agrícola no Pará. Ressalta. contudo. as grandes possibilidades para o desenvolvimento da agroindústria na Amazônia. diante da abundância de recursos hídricos, energéticos e de terra. representada pela utilização parcial de mais de 5 rm hões de hectares desmatados e como mecanismo de recuperação arnbiental, geração de renda e de emprego. A opção pelas grandes obras infraestruturais na Amazônia evidencia. em certa parte. a incoerência para buscar uma solução para o desenvolvimento da agroindústria por não estarem relacionadas com a efetiva limitação da sociedade. Palavras-chave: Amazônia; agroindústria; desenvolvimento agrícola. THE DEVELOPMENT OF THE AGRIBUSINESS IN THE STATEOFPARÁ Abstract: This article presents a historical summary of the development of the agribusiness in the Pará State, the current status of the - agribusiness ofthe main agricultural products and the possibilities for its development. The limitation ofthe supply ofthe agricultural products, the lack of larger investments in R&D for the generation of agricultural technology, of food processing and of new products, and the precariousness of the physical and social infrastructurer are the largest limitations for the development of the agribusiness in the Pará State. It is ernphasized, however, the great possibilities for the development of the agribusiness in the Amazon due to the abundance of water resources, energy and of land, represented by the possibility of the partial use of more than 58 million hectares of deforested land and as mechanism of environmental recovery, generation of income and employment. The choice for great infrastructural projects in the Amazon highlights, in parto the incoherence of finding an effective solution for the developrnent of the agribusiness, for not being related to the effective limitation of the society. Key words: Amazon; agribusiness; agricultural developrnent. : Esta pesquisa faz parte do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologia Agropecuária para o Brasil (Prodetab). Doutor em Economia Rural pela Universidade Federal de Viçosa, Pesquisador da Ernbrapa Amazônia Oriental, Professor Visitante E-mai!: [email protected] da UFPA e da FCAP. --1---'-~-- -~---~------AI-fr-e-dO-KI"'n-gO-o-Ya-m-a-H"'om""m""'a o CONTEXTO HISTÓRICO Para analisar a agroindústria Estado do Pará, em particular, desenvolvimento primitivo, representado as modernas na Amazônia e no convém observar o seu sob diversos ângulos: pela produção do contexto de farinha até indústrias de, refinação de óleo de dendê; A construção, Murutucu, e do surgimento de novas agroindústrias; como solução para a Amazônia; limitações e possibilidades nasceram das suas afirmar que as primeiras com o cultivo da mandioca, há cerca de 3.500 anos, pelos paleoíndios, na Caverna da Pedra Pintada, no município de Monte Alegre, Pará, que já viviam há cerca de 11.200 anos. indígena e logo foi transferida para a África e para a Ásia portugueses descobrimento colonizadores após o do Brasil. A tecnologia de produção de etapas ampliou sua capacidade taylorismo e fordismo de de escala, competindo das unidades familiares com o ainda dominantes. em 1616, há evidências de que os ingleses e holandeses tiveram interesse no cultivo da cana-de-açúcar do rio Amazonas. para fabricação na foz de açúcar, então tido como produto nobre. Em 1596, algumas feitorias inglesas e holandesas Há indicações foram instaladas de que foram os holandeses introdutores do cultivo da cana-de-açúcar ao lado dos antigos na Amazônia. na Amazônia, fortes Nassau e Orange, Xingu. Em 163.+, registra-se Saber. Ciências exatas e tecnologia, a criação os no rio do primeiro pela competição inclusive de produtos 161 engenhos A facilidade substitutos, como da cana-de-açúcar de aguardente (ANDERSON, tecnológicos e do processo de vulcanização John para Boyd na industrialização como exceção, fábricas Bitar Irmãos, bicicletas, Durilop. pelo não se local, pois a borracha era usada como simples fornecedora Talvez, como a invenção em 1839, por Charles e de pneumático irlandês 1991). que transformaram a borracha em um recurso econômico, quatro Mesmo antes da fundação da cidade de Belém, por de outras partes do País. Em a baixa produtividade traduziram de beneficiamento, e Abaetetuba, de açúcar e aguardente. Os progressos veterinário nas diversas de Igarapé-Miri nas a falta de políticas públicas de apoio levaram ao declínio e, em período com a introdução oriundos de transporte, Goodyear, motores de cana-de-açúcar 1862, no Estado do Pará, contavam-se farinha, com as adaptações surgidas ao longo do tempo mais recente, e a opulência na foz do rio Tocantins, que sobreviveu com produtos a cerveja, Antônio do açúcar no Pará colonial. várzeas dos municípios da produção O cultivo da mandioca tornou-se a base da agricultura pelos a importância A produção de aguardente para o fabrico identificados em 1995 pela paleontóloga Anna Curtennius Roosevelt, -. em 1762 pelo arquiteto José Landi, testemunha localizados do Engenho à Nossa Senhora da Conceição, dedicada da agroindústria da Capela mais de dois séculos, foi sucumbida (HOMMA, 200Ia). Dessa forma, pode-se agroindústrias da perspectiva de açúcar no Estado do Pará. em 1711, que seria reformada - da sua evolução ao longo do tempo; da sua destruição política ••• " •••• engenho para fabricação ._-=«- ,,,,,,.·"_M •.• ..·-_M n""<""",·",,,,,,w,,,,,,,,,,,,,~,, ~~'M"," de matéria-prima. em 1929, em Belém, que produziam uma de Francisco havia pneus: duas da S.A. Chamié e outra de Filipe Farah. A firma S.A. Bitar Irmãos, fundada em 1897, foi a primeira teve duração verticalização efêmera. da cadeia sempre tem ocorrido modificada óleo de andiroba. Belém. v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 pneus no Brasil, mas Durante séculos, produtiva a da Amazônia fora da região, e começou a ser somente nos últimos anos. O aproveitamento Belém, a fabricar empírico, como a extração do utilizado na iluminação de 1854 a 1864, constitui da cidade de outro exemplo I· D Desenvolvimento da agroindústria no Estado do Pará temporarIo e esporádico. Destaca-se, do óleo de patauá, aproveitamento Mundial, pelas dificuldades oliva e de navegação durante a II Guerra de importação de óleo de simbolizada pela fundação em 1892, que produzia empregando & Cia. Ltda. Posteriormente. Fonseca do Decreto-Lei da mais de 40 regulamentado mais de 400 operários, viria Rita do País provocou fabricação utilizando locais, sementes sapatos, cigarros, como a fábrica de jarina, manilhas, Outro Fábrica jocosamente, evento Perseverança, de doces, Bastos, a foi a fundação da em 1895, na atual Doca de (Dona geléias estabelecido que veio a substituir para exportação fiação e tecelagem se implantassem 1962, era fundada a Companhia indústrias na Amazônia. Amazônia de Em Têxtil de Aniagem (Cata), em Belém. O surgimento, Agrícola Mista de Torné-Açu em 1907, produzido pela Fábrica Andrade, . do País a produzir funcionou refrigerante a primeira de guaraná e que até 1970, daria início à agroindústria do para (Asfata), a administração agroindústria regionais de sucos e a de laticínios maior crescimento beneficiamento pertencente de óleo à Denpasa, priorizando xarope o beneficiamento e refrigerante, da Ca mta , em 1991. e concentrados de frutas de produtos Globo, com a razão social Duarte do dendê, de dendê na Amazônia, de Santa de óleo de palma da Denpasa para a Holanda. ocorreria beneficiamento A fábrica de exportação Nos anos posteriores, do guaraná, na forma de a primeira primeira em 2001. a fábrica a Agrícola No dia 28 de julho de 1980, foi efetuada empreendimento, 1938, era fundada de Fomento Bárbara. fatal Em Belérn, em (Carnta), fundada no dia no atual município amarelecimento Brahma. a Cooperativa nos últimos dez anos. guaraná e, em 1927, era lançado o Guaraná Cervejaria de açaí". foram as que apresentaram navio Heidelberg, pela Companhia açaí, fundada em 1981, que passou guaraná. Em 1921, a Antarctica lançaria o refrigerante Brahma de amassar de 1949. Em 1988, foi concluída Em 1976, era inaugurada em Manaus, do guaraná Andrade, Ovídio em teve como pioneira de Torné-Açu Oyama, em 1934, fez com que diversas de frutas A indústria de sucos e polpas de frutas regionais beneficiadora da juta por Ryota na Mundurucus, as "amassadeiras fábrica de sucos da Associação em 1937. A acJimatação pioneira e compotas máquina barbantes, linhas para pesca e algodão hidrófilo e foi a Amazônia, Sinhá), na Avenida 30 de setembro na marco de dona Maria Em 1945, o comerciante Souza Franco. Essa fábrica produzia cabos, aniagens, da primeira safra de juta produzida tem como em Belém, Belém, utilizou a primeira de cidade do "já teve". importante Santos curtumes, que a cidade de Belém, por muitos anos, passasse - ser denominada, Ferreira nativas da Amazônia. pneus etc. Isso fez com locais, incapazes da legislação. de frutas São Vicente, de botões sabões, do guaraná e levou histórico o ano de 1910, quando iniciaram as atividades em 1960. A conexão com o mercado do Sul-Sudeste de diversas de 1972, como a "Lei dos de refrigerantes . A agroindústria da Fábrica o desaparecimento a domesticação de atender às especificações sucumbir com a abertura da rodovia Belérn-Brasilia, agroindústrias em 1973, conhecido à falência indústrias entre a implantação 5.823, de 14 de novembro Sucos", beneficiou - tipos de biscoitos, 70 tipos de massas alimentícias, outras, o de cabotagem. A modernidade Fábrica Palmeira, também, O alastramento levou à falência com a expansão uma seqüência a no do do do cultivo de fábricas de deste óleo no Estado do Pará. Em 1984, ~ Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 Alfredo era implantada a Óleos Campeão, Kingo Oyama Homma de propriedade No dia 12 de dezembro da família Iuchi, em Santa Izabel do Pará, que funcionou primeira até a década de 90, com capacidade de 1,5 t cacho/ pimenta hora; Palmasa em 1991, localizada a Agroindustrial em Igarapé-Açu, t cacho/hora; com capacidade em 1992, a Marborges com capacidade Companhia capacidade do Acará de 6 a 12 Norte Industrial, de 6 a 12 t cacho/hora; Agrícola S.A., em 1993, a (Coacará), de 10 a 20 t cacho/hora, com à pertencente Denpasa, que passou a incorporar o Grupo Agropalma, com a denominação Amazônia, de Companhia Palmares Companhia Refinadora da Amazônia, do Grupo S/A, em Icoaraci, no município de Belém. Agropalma Em 1999, a Refinaria Yossam Ltda., em Santa Izabel do Pará, do Grupo Kabacznic, iniciava suas atividades, com capacidade de 36 mil toneladas/ano, está localizado cujo plantio no município de Bonito, a 200 km de Belém. pode ser mencionado Canavieiro Abraham Instrução mal planejada, o Projeto meio do Department Lincoln (Pacal), criado (DFID) e das indústrias Bordas Chinchurreta 12, do Incra, em 17 de abril de 1973, situado no município colonização de Medicilândia, durante na rodovia Transamazônica. o auge da Foi um erro de todas as instituições públicas envolvidas. de maio de 1988, quando canavieiros do Pacal e o povo da comunidade e funcionários acamparam 91, bloqueando a rodovia Transamazônica, encontro conhecido de Reivindicações iniciou-se como Movimento dos Canavieiros de Protesto equivocada. de deputados. espanholas Destilaciones S.A. com sede em Sevilha, produtores de iniciaram o primeiro plantio comercial pimenta longa para a produção de safrol na Amazônia. A criação Financiamento do Fundo de 1989, de Incubadoras Tecnológica (PIEBT) Pará, 1995, em de do Norte (FNO), por meio da Lei 7.827, de 29 de setembro Programa Constitucional desenvolvimento A ex-Sudam, e a implantação de Empresas na Universidade foram importantes da agroindústria de Base Federal do para o no Estado do Pará. em que pese as críticas, de grandes do teve influência agroindústrias no Estado laranja, madeiras, coco, etc.). . Eventos como a inauguração, no dia 26 de maio de 2001, da Fibras e Substratos da Amazônia mais recentes, Ltda. (Amafibra), Ananindeua, atestam agroindústrias resíduos no Distrito Industrial de o crescimento no Estado do Pará. Esta agroindústria, ao Grupo Socôco, de 250 mil unidades diariamente de novas dos plantios visa a aproveitar os de coco que recebe em Moju, com previsão de produzir 50.000 rn? de substrato por ano. e Comunidades, desde a Houve, posteriormente, em 1999, e, no dia 18 de agosto de 2000. o Incra comunicava que o Pacal iria efetuar a última moagem de cana-de-açúcar à safra 200012001. e Development 16 pertencente no Km ficando esse a crise que já vinha se acumulando sua implantação o seqüestro No dia 22 da Espanha. Em 1997, na Vila Extrema, em Rondônia, curtumes pela extraído situado a 140 km de for International do Pará (dendê, frigoríficos, Agroindustrial de safrol longa, em Igarapé-Açu, na implantação Como exemplo de agroindústria de extração a Belém, que contou com o apoio do governo inglês por da em 2000. Em 1997, entrava em operação a fábrica de 1998, foi inaugurada referente Procurou-se eventos mostrar que marcaram a cronologia a agroindústria Pará e os ciclos das atividades comentados (laminados. frigoríficos Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 aspectos no Estado do agrícolas. ligados à atividade rnove lar ia etc.), e curtumes) de alguns pecuária e pescado. Não serão madeireira (laticínios, • _~ . l' _•_ .• ". o DESENVOLVIMENTO INDÚSTRIA üesenvotvimento da agroíndúslría no Eslado do Pará ATUAL DA AGRO- toneladas/mês no Nordeste nenhuma Fruteiras como funcionamento marco referencial da fábrica a entrada de beneficiamento de frutas da Carnta. em 1991, a agroindústria teve um grande crescimento da década supuaçu e acerola. foram Posteriormente, laranja. açaí, graviola, triplicadas desde produto de frutas capacidade cararnbola, a goiaba, cajá, manga, como braço Essas agroindústrias de frutas _diversos níveis de escala, unidades envolvendo de beneficiamento pertencentes e Sucos a Associação de Frutas transformou Derivados do Estado de dezembro indústria das Indústrias do Pará no Sindicato (abacaxi, de 2000, existem que de frutas no pouco dos quais 30 trabalham com exportação. vendida é que 70 a 80% da polpa no País são produzidos compradores z: Estados do Nordeste. existem 3 mil pontos O consumo e st i mado - totalizando em no Rio de Janeiro de vinho toneladas/mês. estejam mês e em São Paulo São Paulo, Brasília Somente e em Belém de açaí, diárias em 2001, em Belém, A estimativa consumindo 150 toneladas/mês está é que 500 toneladas/ e outras 200 com congelada fundada iniciou a industrialização como parceiro pela o Fundo A2R-Axial Essa empresa e produz em 1998, Itá Ltda .. que há 20 em 1998, US$ 1,5 milhão 60 toneladas Terra Recursos Ax ia l, que (SILVA. faturou, do 2000a; em 2000, R$ 6 de açaí por de polpa 60% vêm das áreas manejadas na ilha de Marajó outros pela própria 40% são (MAUTONE, Muaná da população e local 20(0). Polpa Alimentos de Frutas já exportaram de açaí congelado 2000a). para produzir por mês, já a Polpa de Frutas no município da Amazônia 32 toneladas para o mercado em 2000 (FERREIRA, capacidade empresa comprados As empresas uma fábrica de venda de açaí (FUJIYOSHI, 150 toneladas 4.500 de açaf no Pará e os maiores são Rio de Janeiro, alguns 2000). palmito, tem capacidade A estimativa O mês. Do total da matéria-prima, à ligadas - Estado do Pará, sendo que o Sindfrutas congrega mais de 20 associados, e no dia 12 80 empresas de polpas se de Frutas do Pará (Sindfrutas) de processamento de Polpas (Asspolpa), das Indústrias milhões de polpa Industrial tendo PAIVA, 20(1). goiaba). 1999c). frigoríficos dc s mc mbrud a do Banco financiou, unidades suas vendas 1999a, em caminhões administrado Renováveis, desde pequenas até grandes a grupos multinacionais Segundo apresentam 1995 (FRANCO, da Agro do açaí. Capital, sem RS 40 milhões nos que tiveram Muaná Alimentos. anos industrializa fruto bacuri, muruci e abacaxi. está injetando atividade. e 1998). A empresa foram incluídos como Brasília. Essa de até 24 toneladas (GUIMARÃES, o maracujá, 2001). é transportado as frutas que tiveram de beneficiamento cidades. do Pará e Arnapá, de polpa no Estado do Pará. a partir de 90. Inicialmente, seu processo em (PAIVA. publicidade, Estados Tendo nas diversas e de polpa norte-americano, A Muaná Alimentos 30 toneladas de polpa da Amazônia montou de Santa para 200 toneladas, Bárbara. com mas está produzindo 30 t/mês. A par ae n se Senun maracujá, acerola, meio-termo entre goiaba, o suco Fruit bacuri, 1999b). A empresa e Comércio de Chocolates Saber. Ciências exatas e tecnologia. do PIEBT, xaropes cupuaçu e a polpa D' Amazônia Ltda., mantido criada de e abacaxi. concentrado (ROMERO, de 1999, dentro fabrica Indústria em outubro pela UFPA, está Belém. v. 3. Edição Especial. p. 49-76. jan./dez. 2001 Alfredo fabricando bombons cupuaçu de açaí, outros e castanha-do-pará. a fabricar bombons de cupuaçu. pretende depois ampliar do-pará e licor vendidos em Recife, Horizonte, 2000a; chocolate com Salvador, Marabá, do Brasília, e estão sendo e açaí, que são encaminhados (SOARES, em diversos Pará dedicados à agroindústria muruci, concentrados O mercado (NINNI, 2000c). cupuaçu, 9,737 sete no Bahia e representa e médio do Estado em milhões 1999 do de frutas. polpa cerca de ? mil toneladas produz por ano de 11 frutas (accrola. maracujá, goiaba, tapcrcbá) e fornece para grandes abacaxi, cupuaçu nativo paraense, devido clientes, como a Kibon Agroindustrial cooperados. emprega 3 mil empregos produção de polpa faturamento Sorvane, 65 pessoas indiretos de frutas da cooperativa. Em em escala e :2000c). A por 53% do a Camta prod uzi u 1. 150 tone ladas de cupuaçu, que contri buíram com 25% do faturamento da cooperativa, R$ 5 milhões FILHO, (PEREIRA de polpa foi fundada apenas instalada estimado Embrapa Amazônia As sementes polpa de maracujá. para a Parrnalat fornecido (FERREIRA. bc nc f ic i a mc nt o da nesta época Atualmente. Suc a s a e st.i concentrado Saber. Ciências exatas e tecnolcçia. , 45,5% 1,00 e a parte da safra de mata, no sudeste de escoamento pioneiro na de polpa de cupuaçu, em cerca 1997, perdeu de 13 em mutirão na o mercado. de sementes de cupuaçu (cupulate), desenvolvida Oriental. do peso fresco. frescas manteiga de cupuaçu. de cupulate de secas e a quantidade e de cosméticos empresa Amazon em cupuaçu e açai em pó. açúcar, de polpa de semente de escala obtida na indústria da semente de ser usado o a 1.000 kg de Como a produção é restrita e o potencial farmacêutica correspondern Ao pó obtido é adicionado a economia possibilidade 17,08% 160 kg de pó e 135 kg de produzem é pulverizada pela restrito. representam Exernplificando, 180 kg de cupulatc. cupuaçu para a em 1983. é bastante de cupuaçu frescas sementes teria integralmente 200Id). 5% (PEREIRA a R$ a tesoura do peso do fruto, mas depois de de Castanhal de 80 e produzia na década cortadas do chocolate totalizando em 200Id). no município sozinho, praticamente bastante pequena. A Sucasa. 2000 I Araras, comercial a vender fabricação Jandaia diretamente 2000. na O Castanha e a no Pará foi de cotado perdida O aproveitamento 100 responde em está Suíça a apenas à impossibilidade produção sua associação, Tem (NINNL milhões, em para 15,881 milhões Em 1999, grande 1999). produção (Maisa). S.A. de cupuaçu (BRAZ, Fornece muruci e caju, de sua de frutos foi açaí. a Alemanha, corresponde a R$ 3,50/kg. manga. e para a Rio Dourado, para O fruto são de abacaxi. graviola, e em 1998, aumentou 2001d). toneladas açaí, graviola, carambola, de 30 a 40% e Mossoró promove cupuaçu, de polpa goiaba, local e 21,479 FILHO, muruci de pequeno municípios A produção Tocantins de e exporta representam de frutas taperebá para a Yakult Gerais que chegou A Camta caju, cupuaçu, Holanda. 1998b). A Coocat porte espalhadas bacuri, que e os 10% restantes e polpas (BEMERGUY, para São Paulo, agroindústrias castanha-de-caju acerola, e caju, da empresa Minas trabalhando maracujá, abacaxi São Paulo, Belo sócios paraense de acerola, a média de diversas 932 maracujá, maracujá, castanha- do Araguaia- tem sudeste beneficiamento Rio de Janeiro produtos va Camponesa em para 2000). A Cooperati municípios de bacuri, acerola, 90% da produção começou com cupuaçu e Rio de Janeiro ROMERO, (Coocat), branco Estes de com leite recheado recheios de açaí. Goiânia com recheio A D' Amazônia de chocolate Kingo Oyama Homma apenas de cupuaçu na indústria Dry, em Bclém, .i 1999). A (SIQUEIRA, já está fabricando . J j Belém. v. 3. Edição Especial. p. 49·76, jan./dez. 2001 " ,'" A M ~, _ '~.·~f""c.i'" "g2tI'_~ _l:I ~Í':'r;~ •.. ' ", • _.~ _., '''''' -'~;. ~ ~ ',: '", ., _p- ~ 'jI.' -: •.. ;;'t:f1"'~--;;~,,,,\,,,<,,v,~~~;,,,:,,\~: .- - '<t"~ •.••• ' - - -- -~~~--- - ~-.•.•...... . --- - - " .. '- . , o Desenvolvimento Nos supermercados encontram-se cupuaçu. do pacotes Rio de de 400 gramas que estavam sendo da agroindústria no Estado do Pará Janeiro, produzir de polpa vendidos de a R$ 4,80, em um investimento dê 6 mil hectares, (PEREIRA fILHO, hectares região no País, que em 1996 era j.i alcança com 24 milhões da Transamazônica onde vive um milhão concentra existem 20 milhões em Redenção, plantados Santa Maria das Barreiras preço do palmito (J!ERREIRA, de área de 100 hectares, e mais 50 hectares e sementes (FERREIRA, A empresa 2,4 milhões emprega palmito produz, por hectare em média, Transarnaz ônica, de entre de de pupunha Na região de plantio da de pupunha do Norte da de frutos S.A. plantou trazidas do no município de R$ 6,5 milhões. as sementes de sendo 50% do Peru em 1999, rurais e 70 hectares na idade de corte (FERREIRA, sendo metade oriunda (ANVS) estão 2000b). da Vigilância Sanitária no final de 1999, três casos causados pelo conservas. Existiam cadastradas na agência 362 consumo 416 empresas porque e Qualidade Programa Nacional Indústrias de Palmito que em estavam 86 já perderam o não se adequaram às criam o Padrão de do Palmito em Conserva e o de Inspeção Sanitária e 363 Identidade de de palmito reguladora, de fabricação Resoluções de Nacional identificou, registro 1998 e 1999 pela ex-Sudarn, no valor de R$ 80 milhões, para produção com sementes 40 trabalhadores botul isrno que são necessários açaí. 8 projetos foram aprovados 2.2 toneladas e um bom palmito palmitos Fronteira 2000c). enche um vidro e meio, enquanto s e is a sete em uma 2000h). de pupunhciras Importou no plantio para palmito Agroflorestal A Agência A pupunha Agrof lore stul, na fazenda Guadalupc, do Finam. o (FERREIRA, de Santa Izabcl do Pará conta comum Vigia, com investimentos e no nordeste ... , 2001). Na Europa, 2000b; Arnaz on Oikos Peru em uma área de 480 hectares também é de US$ 2,00 o frasco de 300 gramas 2000a, município de um de pés de café e 18 milhões dô Estudo (AGRICULTORES • A 35 milhões Há plantios de pupunhciras de pés de pupunha. 5 mil 16 municípios um rebanho milhões de 500 mil pés de pupunhciras hectares de pupunhciras. de habitantes, de cabeças, pés de cacau. 10 mil 2001 e). No Pará, já existem plantados • milhão de R$ 4,5 A empresa da pupunha ou 3,5 i/potes/dia, com 2000b). agosto de 2000. o cultivo 1.8 milhão de palmitos que " incentivos do finam, de desvio posteriormente de recursos. As áreas proximidades dos municípios somam de 3 mil hectares cerca motivo de denúncia plantadas de Altarnira com palmeiras (FERREIRA, 2001 a). Quando estiverem funcionando, a região produzirá entre 6 e 8 mil toneladas que corresponde previsão a 25% Dois projetos municípios plantio financiados de Redenção de 680 hectares e Uruará 15 milhões as 8 fábricas de palmito/mês, 400 empregos e Sapucaia, de pu punha, A diretos. pela ex-Sudarn, viabilizarão pretendendo eruressafra a polpa o nacional. em Conserva A polpa do bacuri é cotada de da Transarnazônica do mercado é que serão gerados nas o R$ 16,00, de cupuaçu. árvore nativa mudas enxertadas frutificar produz nos alcança depois R$ 150,00 O preço nas feiras três vezes plantio depois são vendidas ao agricultor 2(00). e na mais do que comercial e a de 10 a 15 anos; a R$ 25,00 de 3 a 5 anos. de 200 a 300 frutos (LEOBET, a R$ 1O,00/quilo Não existe só frutifica nas Uma as e podem árvore adulta por ano, podendo render (PEREIRA FILHO, da fruta está cotado entre livres de Belérn (SHANLEY 2001b). R$ 0,25 e R$ 1,00 et aI., 1(98). Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49"76, jan./dez. 2001 -_.~-- -:.- Alfredo o polpa problema do bacuri é o baixo rendimento que é de apenas equipamentos o Brasil Kingo Oyama Homma 10 a 12% do fruto, industriais não conseguem da e os despolpá-lo. é o terceiro maior produtor mundial de abacaxi, perdendo apenas para a Tailândia e Filipinas, mas exporta apenas 1% dos 1,4 milhão de toneladas que produz por ano. O cultivo de abacaxi no Estado do Pará teve rápida expansão. quase absoluto suficiência Da posição de importador de lavouras de abacaxi: as roças de toco, em processo de extinção nos próximos produzir a custos bem baixos, porém sem continuidade. e a roça mecanizada, de custo elevado pelo aluguel de. tratores A roça de toco se faz em mata década 90, tornou-se o segundo produtor nacional, e máquinas. virgem, derrubada a R$ 400,00 o alqueire, e não exige adubo ou defensivo agrícola, mas o replantio na mesma área exige novos investimentos. O custo de produção do Estado da Paraíba, atingiu a auto- na década de 80 e, na segunda metade da 3 a 5 anos, onde se consegue Araguaia de abacaxi em Floresta do está entre R$ 0,05 e RS 0,08 por fruto, com 50% das lavouras mecanizadas, o que faz com que seja 23% mais barato do que o da Paraíba (FRANCO, caindo para o terceiro lugar em 2001. A área plantada de abacaxi, da variedade pérola de casca esverdeada. no Estado do Pará, em 2000, foi de 10.373 hectares, superior 1998). Em 1998, foi efetuada a primeira exportação de à da Paraíba e rendeu 22 toneladas de abacaxi pérola in natura, de Floresta 121 milhões de frutos, com a média de 22.351 frutos/ do Araguaia para Roterdã, ha. Segundo a Associação distribuídas dos Produtores de Abacaxi de Floresta do Araguaia (Apafa) e a Cooperativa Agropecuária existem Floresta decidiram de Floresta do Araguaia cerca de 650 produtores do Araguaia. reduzir Para o plantio embora exista no município processamento de abacaxi, Conservas Alimentícias Mista (Coomafa), independentes 2001, em os produtores para 8,5 mil hectares, uma agroindústria a Floresta do Araguaia Ltda. (Flora), que foi instalada Floresta de processamento do Arag uuia pertence ao grupo em italiano Tropical Food Machinery, que exporta para os mercado europeu. asiático e norte-americano. O município no mesmo período (BRAZ, 20()J). Em 2000. a Flora pagou RS 90,00 pela tonelada de abacaxi de segunda e dos tipos B e C postos no seu pátio. Os atravcs sudorcs estão pagando RS 0.25/ unidade. Em Floresta do Araguaia existem dois tipos Saber. Ciências exatas e tecnologia. Rússia do produto implicando e a seguir ° e Inglaterra. é ainda o rodoviário bastante até Marabá e depois o uso dos trens da CVRD até Santa Inês, no Maranhão, seguindo de caminhão escoado para o mercado A colheita até Natal. onde é internacional. de abacaxi em Floresta do Araguaia ocorre no período de janeiro a maio; em Minas Gerais começa em julho, e na Bahia e no Espírito julho O ideal é colher o abacaxi a setembro, Hemisfério (PASSOS, O município plantada que coincide Santo, em no período de com o verão no Norte, o que será possível com irrigação e uso de carbureto de Floresta do Araguaia produz 200 r/dia. o dobro do que a fábrica pode processar de transporte setembro. de abacaxi para a França, complicado, para no dia 20 de outubro de 1998 (BRAZ, 2000). A indústria trajeto na Holanda, de Salvatcrra de abacaxi 30 toneladas conta com uma área de 600 hectares. de frutos/hectare. oferta de 18 mil toneladas uma média de que representa uma de frutos. dos quais espera- se que 40% serão absorvidos terá capacidade 1999). de proccssar pela agroindústria, que ? t/hora .. -\ agroindústria, que conta com a parceria da Tropical Food Machinery Belém. v. 3, Edição Especial, p. 49-76. jan/dez. 2001 o Oesenvolvimento para fabricar suco concentrado comprar de pequenos de abacaxi, produtores da agroindústria no Estado do Pará pretende de Salvaterra, Cachoeira do Arari e demais localidades situadas num Nordeste e Sul do País, teve lima rápida atendendo a metade do consumo exportando para o Amazonas, raio de 100 km da fábrica, já que o fruto tem condições Foi outro exemplo de ser aproveitado ocupando até 72 horas após a colheita Em 1999, a colheita de abacaxi em Salvaterra com 400 hectares receberam nenhum financiamento, da década chegava . (ROMERO, desmatadas do Estado do Pará e Amapá e Maranhão. de atividade agrícola e de substituição a colher plantados foi que não quando no começo 10 milhões de frutos 1999a). A produção de Salvaterra chegou Um fato histórico agrônomo sergipano PA, que durante importante foi o esforço a década de 70 trouxe mudas município de Capitão-Poço, Pará. Plantou as primeiras abacaxis por semana. Cada hectare de abacaxi significa com o apoio da Sagri e Emater-PA na distribuição a geração mudas, tiveram de cinco tecnologia entre 30 mil e 40 mil empregos. ainda rudimentar, abacaxi em Salvaterra, Por utilizar uma o custo de produção em comparação de com Floresta apresentam forte impulso Existem mais de três milhões de laranjeiras eixo Capitão Poço-Irituia-Ourém pequenos, médios e grandes produtores, abacaxi está capacidade A previsão estimada de processamento em US$ é de 2 t/hora/suco é aproveitar 1,1 milhão (FERREIRA, a casca de e a 1999a). do abacaxi para de ainda cancro cítrico nos plantios. de compra no atacado é de R$ 0,1 O/fruto. de unidades que na década de 80 e não do Araguaia, chega a R$ O,15/fruto, sendo que o preço A instalação de Sergipe para iniciar os primeiros plantios de laranja no de pimentais, para Fortaleza, do Antônio Soares Neto, da Emater- 4 mil mudas em áreas decadentes a ser exportada de importações. (FERREIRA,2000f). de 5 milhões, áreas de sucesso expansão, cultivadas em 1999 foi de 55 mil toneladas, 3.500 empregos São Paulo existem por 800 cuja produção gerando cerca de À guisa de comparação, diretos. no em 120 milhões de laranjeiras. Em 1999, somente de Capitão Poço saíram 2.200 extração do aroma, para fabricação de adubo orgânico carretas e p.ara ração animal. A fábrica instalada em Floresta toneladas. do Araguaia tem capacidade toneladas. O preço do milheiro de laranja recebido pelo , a 10 mil toneladas suficiente para processar de suco, para a instalação assegurando casca de uma unidade voltada . para extração de aroma, cujo investimento 100 mil. O investimento Food Machinery, de 5 mil é de US$ da fábrica do grupo Tropical em Floresta do Araguaia, foi de R$ 2,8 milhões e a cada dois dias a empresa Flora envia 22 toneladas de suco concentrado para a Europa, América do Mercosul, do Norte, Caribe e países -através do porto de Santos (FERREIRA, A produção 1999a). 15 toneladas, O mercado num total de Belém é de R$ 7,00, chegando produtividade de laranja consumiu em Capitão tempo atormentou dificuldades os produtores Poço foi a condição Poço é de 3,9 boa. que por muito de laranja de Capitão da PA-124, chamada da Laranja, só concluída 20 mil até a R$ 5,00. A caixas de 40,8 quilos cada, considerada Uma das grandes de 34 mil de Estrada em 2000. Os valores de frete chegam a R$ 23,00/t para Belém, e para o Nordeste, que compra 70% da safra de Capitão Poço, os valores de laranja que, durante a década de setenta, dependia na sua totalidade de importações produtor com do por tonelada chegam R$ 55,00 para Teresina, a R$ 40,00 para São Luís, R$ 70,00 para Fortaleza, Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 Alfredo Kingo Oyama Homma R$ 90,00 para Natal e R$ 110,00 para Recife, além de R$ 300,00 para Manaus. A Cítricos do Pará (Citropar), maior produtora de laranja no Estado do Pará, desenvolve desde 1994, nos municípios de Capitão Poço e Garrafão do Norte, uma fazenda com 4,2 mil hectares, dos quais 3,1 mil estão cultivados com laranjeiras (FRANCO, 1999b). A Citropar plantou 180 mil pés de laranja-pêra por ano e, em 1998, somou 980 mil pés plantados, dos quais 460 mil estavam em produção. Em 1999, foram muito rápida por toda a América Central e, posteriormente, pela América do Sul. No Brasil, a constatação da doença ocorreu em 1998, nos municípios de Tabatinga e Benjamim Constant, Amazonas. No final do mesmo ano, foi constatada no Acre; no ano seguinte (1999) em Rondônia e Mato Grosso; em 2000, no município de Almeirim, e em 2001, no município de Porto de Moz, Pará. Nos locais onde foi observada, a doença está ocorrendo com alta agressividade sobre todas as produzidas 35 mil toneladas. As vendas estão sendo dirigidas para Fortaleza, Teresina, Belém, São Luís, Recife e João Pessoa e devem ser expandidas para Manaus, Goiânia, Brasília e Macapá. Para o Piauí, o preço de venda é de R$ 220,00 a tonelada mais o frete de R$ 45,00 por tonelada. A produtividade de seus pomares foi elevada de 2,5 caixas de 40,8 quilos por da planta) e, posteriormente, dos frutos com qualidade e em quantidade, economicamente compensatórias, pé de laranja para 4 caixas por pé. O pólo de produção com perdas superiores a 50% e redução da vida útil de laranja no nordeste paraense concentra 75% da produção estadual que tem uma área de 14,2 mil da planta. hectares e uma produção de 1,33 bilhão de laranjas colhidas. variedades comercialmente cultivadas no Brasil, comprometendo totalmente a qualidade e a quantidade da banana produzida. Os danos são advindos da destruição precoce das folhas (responsáveis principais pela geração da energia necessária ao desenvolvimento Marcelo Bicelli, estudante do segundo grau em Altamira, resolveu aproveitar a produção de bananas na Transamazônica e passou a vender a fruta frita em O Brasil é o terceiro produtor mundial de banana, estando atrás da Índia e Equador, mas apenas 3% de sua produção é exportada, basicamente para Argentina e Uruguai. O Pará é atualmente o maior produtor nacional, desde 1998. A despeito dos diversos problemas fitossanitários que a cultura apresenta, um novo e grave patógeno (Mycosphaerella fijiensis) da bananicultura mundial está se disseminando pelo País, causando a doença conhecida como Sigatoka-negra. rodelas salgadas e crocantes, em embalagens plásticas de 50 gramas. Produz 2.700 pacotes de banana frita, comercializados em 400 pontos de venda e emprega 11 pessoas. O consumo mensal de banana é de 25 toneladas. O produto é denominado de Bananica e fornece 3 toneladas de banana desidratada por mês para a Marisa, empresa localizada em Castanhal, que fabrica a farinha e distribui para o Norte e Nordeste (FERREIRA, 2000d). A primeira descrição da doença ocorreu nas Ilhas Fiji (Ásia), em 1963, no Distrito de Sigatoka, recebendo o nome de "Raia Negra". A partir daí o patógeno passou Associação dos Pequenos Produtores de Grotão dos pela África e atingiu a América Central (Honduras) Caboclos de Novo Paraíso (Agrocanp), localizada no em 1972. onde a doença foi renomeada como Sigatokanegra. A partir de Honduras, houve uma disseminação Km 48 da rodovia que liga os municípios de São Geraldo A Comunidade de Novo Paraíso, por meio da do Araguaia e Eldorado dos Carajás, ganhou uma Saber. Ciências exalas e lecnologia. Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 - ~ _.J, .- \.' o Oesenvolvimento indústria de beneficiamento da agroindústria no Estado do Pará de frutas com capacidade mais que os da goiaba e 10 vezes mais que os do caju de processar 500 t/ano, com recursos do Projeto Piloto e os da amora. A área de acerola plantada para Proteção de 7.200 hectares, das Florestas Tropicais (FERREIRA, sendo que o Nordeste concentra 3.100 hectares. A acerola fruto rende 68% em polpa. 2000e). A Brasnica Frutas Tropicais, maior produtora propriedades de banana apontada de bananeiras, como a no Nordeste, Tocantins, com (Cajuba), localizada na Bahia, e está pensando em produtora no Brasil com 450 hectares; possui ampliar sua área no Bico do Papagaio (MOTTA, 1999). , As vantagens estão relacionadas da Ferrovia Norte-Sul 1.000 hectares com a proximidade e a previsão seria de plantar para venda direta Paulo, Belo Horizonte Brasil em Brasília, São e Rio de Janeiro. é o primeiro maracujá, seguindo-se Os grandes plantios de acerola estão localizados duas do País, na região de Araguaína, , 130 hectares o no Brasil é produtor destacando-se Agroindústria a Caju do Brasil considerada o Peru, Venezuela, de África do com 450 hectares na chapada do Brasil Agrícola Ltda., com cerca de 200 hectares e dos 600 plantados no vale do rio São Francisco. Cooperativa Agrícola os plantios Mista da Amazônia com cerca de 200 hectares, à exportação, Hawaí, Utiara, Frutos do Brasil Ltda. (Brasfrut) Mais da metade da e Camta, que são outros exemplos de empresas de suco. fruta. Em 200 I, o Estado do Pará apresenta é muito utilizado Nordeste, destacando-se na Região Norte e o Pará como quarto produtor e exportador de suco do País, concentrando a produção no nordeste do Estado. Do suco de maracujá se boas quantidades de vitaminas obtêm- hidrossolúveis, sais com uma produção de difícil penetração. sedativo e calmante. A polpa é utilizada na preparação mudanças na coloração, -de sucos, sorvetes, o esmagamento. sementes é extraído industrial. É também considerada óleo ,devido à grande exuberância fruto tem aproveitamento em potencial, planta ornamental preferem por perda em 30% A Alemanha, tem aumentado ou alcançou o atual destaque a partir dos altos teores de vitamina C, 100 vezes maiores as da laranja e os do limão, 20 vezes US$ 1,50/kg ou outro grande mercado gradativamente de polpa, que é utilizada as suas para a produção de sucos de frutas na Europa. Os frutos congelados a acerola, à preocupação o que pode vir a ocorrer com muito apreciada polpa adquirir de vitaminas para centro-americana, cereja-das-antilhas, e mixed juice, uma mistura de diversos et aI., 1998). De origem compras mas muito exigente de suas flores. O maracujá rendimento ~(GUIMARÃES da constatação para Das 898 ha, o in natura, devido alterações ou doces. nessa de acerola, Os japoneses em evitar licores internacional Japão é um mercado promissor, minerais e fibras, podendo também ser aplicado como vinhos, que investem de 2.294 toneladas. Quanto ao comércio a fruta congelada sendo a e os dos Grupos produção mundial de maracujá é exportada sob a forma o maracujá da (Copama), em Castanhal, maior parte destinada e Quênia. a Mossoró do Açu, e a Nischery Sul, Sri Lanka, Austrália, Papua Nova Guiné, Ilhas Fiji, Formosa a maior S.A. (Maisa), no Rio Grande do Norte, No Estado do Pará, destacam-se mundial S.A de acerola em São Paulo são cotados e no mercado a exterior variam de US$ 1,300 a US$ l,700/t. Outra possibilidade é a pasta de frutos verdes cotada a US$ 7,OOO/t, que é utilizada para a fabricação de cápsulas vitamínicas de Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan.ldez. 2001 '1III__·_-_ A_If_re_d_O_K_in_g_O_o_y_am__ a_H_O_m_m_a 500 mg. O preço in natura, entregue pelo produtor, mercado abastecido nacional de acerola está por diversos plantios localizados sendo no Sul do País e no Nordeste, que deve estar produzindo em tomo de 5 mil toneladas. A estimativa é que a Região Sudeste do País consome entre 5 e 6 mil toneladas por ano, os mercados japonês de frutos e europeu cerca de 2,5 mil toneladas cada um, além da perspectiva do mercado americano. mão-de-obra, rendimento de acerola é altamente cerca de 4 a 5 pessoas/hectare, em com um por dia de colheita entre 10 e 15 caixas de 15 kg, com custo aproximado desuniformidade atividade da maturação seja intensiva de R$ 0,50/caixa. em mão-de-obra, uma possível vantagem no Nordeste brasileiro. A goiabeira A faz com que essa proporciona o que para os plantios é uma planta frutífera americana Na Região de a sendo são dispersadas por pássaros e pequenos animais. É uma planta rústica, podendo ser cultivada até mesmo em regiões subtropicais. Estado de São Paulo nacional, conta com com cerca de 6 mil hectares com 500 hectares árvores produtividade ainda de vem muito e mais de 4 mil hectares em fase de crescimento. A é de 40 t/ha, sendo a média nacional 30 t/ha. O cultivo da goiaba está sendo impulsionado município suas na Fazenda Ourinhos, situada nas margens da rodovia BR-222, que liga a rodovia Belém-Brasília 2000b). Na Fazenda hectares de goiaba plantaram a Marabá (BEMERGUY, Ourinhos, estão plantados e os pequenos 600 hectares 230 produtores (FERREIRA, já 1999c; 1999d; 2000g). A previsão do plantio de goiaba em Dom Eliseu é de 140 kg/pé, permitindo uma produtividade O investimento na fábrica milhão e tem capacidade de processar meta é atingir uma produção de 40 t/ foi de US$ 1,1 até 2 t/hora. A de 25 mil toneladas de doces de goiaba em 2005. O Grupo Bonal tem investimentos Maranhão no Acre. no e em São Paulo, além de Indonésia, Nova Guiné e Zaire. Papua O Grupo Bonal começou em 1971, quando comprou passou a cultivar seringueira, 22 milhões de dólares (BEMERGUY, tendo investido onde mais de em empreendimentos 2000b; FERREIRA, suas um seringal no rurais 1999d). no de Dom Eliseu, Pará. pela fábrica Senor S/ A. pertencente Cosméticos e plantas medicinais O cheiro do Pará está conquistando com 70% da área plantada. O vale do rio São Francisco abaixo, S/A desenvolve e em qualquer lugar, devido à facilidade com que as suas sementes produção A Senor de Plantação em uma área de 5 mil hectares, atividades Amazônica, é uma das frutas mais familiares, encontrada o Internacional Acre e em 1978, se instalou no Pará e Maranhão, pré-colombiana. goiabeira intensiva (Sipef). atividades hectare. A cultura cultura grupo belga Sociedade Financeira está na faixa de US$ 0,60/kg. o _ ao Grupo Bcnal, o qual faz parte do o mercado nacional e pode, em pouco tempo. perfumar o mercado internacional (SILVA. 2000b ). Vários cremes e loções com frutas e plantas típicas como açaí, acerola, copaíba, da floresta cupuaçu, guaraná, buriti, andiroba, estão sendo adicionados e loções da indústria Respaldadas a sabonetes, cremes de cosméticos em pesquisas, amazônica. (ZACHÉ. 2000). as empresas de cosméticos explicam que o interesse em buscar Amazônia se baseia nos poderes recursos medicinais da da flora dessa região. As espécies seriam ricas em substâncias que hidratam e previnem o envelhecimento Saber. Ciências exatas e tecnologia, Selem, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 da pele. o Oesenvolvimento Outro alcançarem argumento dos fabricantes maior espaço internacional da agroindústria no Estado do Pará para é o anseio das ingredientes ativos os óleos de copaíba, ucuuba. No período de novembro pessoas por consumir produtos naturais já que o mundo 2000, a Brasmazon .está voltado para a exploração sendo 50 toneladas da biodiversidade da Amazônia, que dá idéia de pureza e força da natureza. A Fluidos da Amazônia Ltda. Chamma) foi fundada em 1959 e em junho de 1996 submeteu o seu projeto ao PIEBT Federal do Pará. Possui atualmente Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, copaíba e andiroba A Brasmazon de óleo de andiroba Rocher (NINNI, 2000a; de óleo de cupuaçu vendeu e a previsão de 1.000 toneladas. para este Na safra de de 2000 ajunho de 2001, produziu toneladas murumuru, de óleos copaíba, espalhadas 15 de andiroba, cerca de maracujá, castanha-do-pará, ucuuba e é comprada de 1.500 famílias em mais de 100 municípios dos Estados do Pará e Amapá. (NINNI, 2000b). A Fluidos da Amazônia e até sachês. Ltda. produz perfumes e O sabonete de andiroba é produzido com base no princípio de que a planta possui que é antiinflamatório e ajuda a tratar as lesões de pele. Em 1998, a empresa lançou a sua nova linha de perfumes e cosméticos, que utiliza patchouli, priprioca, óleos de castanha-do-pará, caroço de óleos, 2001c). Em 2000, a empresa cupuaçu. A matéria-prima de venda em Belém. Produz xampu e condicionador perpenos, novembro 475 Brasília, Florianópolis e Goiânia, além de quatro pontos sabonetes Yves ano é a produção 21 lojas espalhadas pelo País, nas cidades de Fortaleza, de açaí, cupuaçu, castanha-do-pará, FERREIRA, toneladas da Universidade de óleo de andiroba. a francesa e de 1999 a junho de 120 toneladas vende, em média, 30 toneladas para (perfumaria produziu andiroba de açaí e resina copaíba, andiroba, de ucuuba Na natureza, grande a densidade porte que alcançam árvores/hectare. andirobeiras até 30 metros Há relatos de que pelo processo árvores O óleo de andiroba de prensagem, com rendimento de é de 4,6 de grande porte podem produzir 200 kg de semente/ano. cozimento, das andirobeiras após sofrer de de 180 a é extraído um rápido situado entre 5 a 10%. O litro de andiroba é vendido a R$ 4,00 pelos coletores (FERREIRA, e em São Paulo chega a R$ 45,00. O preço do litro de i998a). óleo de andiroba estava sendo vendido pelos extratores A Artesanato Juruá Ltda. está no mercado mais de 30 anos e seu produto sabonete Juruá, decorrente mais vendido das pesquisas há é o do italiano da Floresta Nacional do Tapajós a R$ 1,58/litro e pelos intermediários a R$ 3,16/litro. árvores em produção, instalou-se em Óbidos. Vem exportando integralmente. para o Japão, Alemanha e a França (NINNI, de Tomé-Açu, um agricultor possui um plantio com 15.000 Francisco Filizzola, que, fugindo da II Guerra Mundial, seus produtos Na colônia japonesa mas que não está aproveitando 2000b). No município de Castanhal, Pará, o japonês Teruo A Indústria de Oleaginosas Amazônia Ltda. (Brasmazon), _de Ananindeua, e Produtos da localizada no município Pará, é um dos maiores produtores de Shimomaebara tem um plantio de 2.500 pés de cipó- pucá (CiSSllS sicyoides) diabete, hipertensão, a Beranca Ingredients, (FERREIRA, lançar sabonetes à base de cupuaçu, tendo como que necessita de apoio de estacas e bastante sol, com aplicação oleaginosas da região. Essa empresa, em parceria com com sede em São Paulo, vai em 3 hectares, reumatismo 1999b). O material, e infecções para urinarias acondicionado em pacotes de 50 gramas, é vendido por R$ 5,00 no Pará Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan.ldez. 2001 1III~ A_If_re_d_D_K_I_ng_D_O_Y_a_m_a_H_D_m_m_a _ e por US$ 10,00 no Japão. A produção é de 500 pacotes 10 mil microorganismos por semana num total de 30 mil no prazo do contrato. Dedica-se ou 100 kg/mês também utilizada (FERREIRA, 1999b). ao plantio de pata-de-vaca, para reduzir renais, possuindo a pressão que é arterial e problemas 800 pés, sendo as folhas retiradas foi cancelado, Unidos e na Europa patente do Esse acordo brasileiro disciplinar a editar a sobre o assunto. O Centro de Biotecnologia Yves Rocher, criada em 1959, obteve nos Estados levando o governo por ano, Medida Provisória 2.052, de 29 de junho de 2000, para após 8 meses de cultivo. A multinacional (fungos e bactérias) sendo construído quadrados da Amazônia está em uma área de 12,7 mil metros no Distrito Industrial da Suframa e as obras princípio ativo do óleo de andiroba como antiinf1amatório estão orçadas em R$ 9,6 milhões. O Ministério do Meio para tratamento Ambiente, de celulite (PASSOS, 2000). Os por meio do Programa produtos à base de óleo de andiroba, que foi patenteado Molecular para Uso Sustentável pela Yves Rocher, Amazônia (Probem), quando aplicados interferir no metabolismo que os pré-adipócitos comparados da gordura. A idéia é evitar (células a saquinhos adipócitos, saquinhos Brasmazon Indústria na pele podem de gorduras vazios, cheios se transforme (PASSOS, de Oleaginosas Ltda. é a fornecedora da pele), congregar 80 grupos entidades estrangeiras-americanas, custaram US$ 60,8 mil (FOB) ou US$ 5,82/quilo. Moléculas Naturais milhões por 30 meses, naturais de seu interesse pesquisa de KOMATSU, medicamentos Associação Brasileira Biodiversidade organização As pesquisas Unidade de pesquisa pretende nacionais e 15 européias e 1998). com jaborandi iniciaram em 1972, fazendo com que fossem construídas Industrial Vegetex, em Parnaíba a (Piauí), e a em São Luís, onde são produzidas 9 toneladas substâncias (KOMATSU, 2000). Em 1989, foi adquirida a Unidade ser alvo de Agro-industrial Fazenda técnica (Biomazônia), de sais entre a da uma social com escritórios em Manaus, Brasilia pés que no município por de com 3 mil hectares para os quais já somam respondem 60% 15 milhões de da produção de pilocarpina. A fava danta dos cerrados e São Paulo. e a empresa suíça Novartis Pharrna AG. Estados criada em março de 1996, decorrente fava dnnta da fusão das de pilocarpina Chupada, Barra do Corda, no Maranhão, (VASCONCELOS; para o Uso Sustentável da Amazônia da Amazônia (CAVALCANTI, cultivar jaborandi, de cooperação do Governo do anualmente 2000). O acordo japonesas Merck Maranhão, Extracta pagar US$ 3,2 para identificar que possam de Biotecnologia pela Merck, britânico Glaxo Ltda., prometendo são contrapartida A da Amazônia Welcome fez uma parceria com a brasileira investiu R$ 5,6 milhões e os R$ O Centro 2000). da Estado do Amazonas e da Suframa (VALÉRIA, 2001). 10 toneladas que Em julho de 1999, o laboratório da Biodiversidade em de óleo de andiroba para a Yves Rocher, desde 1996, tendo exportado 4 milhões restantes de Ecologia é uma leguminosa brasileiros, do Maranhão com grande e Piauí. nativa incidência bioflavonóides de difícil de maio de 2000 para vigorar por 3 anos e envolve Merck passou a desenvolver USS -J. milhões (JOHN, 2000). Previa a coleta de até e atualmente nos A casca do fruto da é rica em rutina, embora acompanhada empresas suíças Ciba e Sandoz, foi assinado no dia 30 Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial. p. 49-76, jan./dez. 2001 arbórea, separação. Desde de 1996, a pesquisas com essa planta a Merck Maranhão produz 450 toneladas o Desenvolvimento de rutina por ano. atendendo necessidades mundiais da agroindústria no Estado do Pará a cerca de 40% das dessa substância. Como registradas. que movimentam subprodutos da extração da rutina, a Unidade Industrial bilhão por ano. A Alemanha da Merck Maranhão terupêutico fabrica rhamnose e quercetina. A rutina é um eficaz vaso dilatador laboratórios e comercializada exportadoras utilizado por por como a Merck Nordeste, Sanrisil, Fitol e PVP. Estas empresas exportam US$ 20 milhões anuais em rutina do cerrado e a população excluída nativa permanece do processo (PAIVA, 1998). Para o pequeno produtor rural. a coleta apenas 0,51 % de sua renda familiar anual e a demanda de extinção, é uma medicinal ameaçada existente nos Estados de Rondônia, Mato Grosso e Pará (PEREIRA FILHO, 2001c). Um plantio de ipeca bem conduzido hectare. Os laboratórios pode render fitoterápicos R$ 175 mil! pagam R$ 35,00/ quilo da raiz, e o extrato é vendido a R$ 150,00/litro. muda de ipeca pode produzir A até cinco toneladas de raiz por hectare, sendo que na mata dá até 3 toneladas. A colheita é feita de 20 em 20 meses, resiste bem a pragas e doenças. havendo apenas um tipo de inseto que destrói a folha sem comprometer de Augusto f.itoterápicos científica, despertaram crescendo anos, os medicamentos a atenção produtor (PEREIRA Nativa é do Sul e uma tonelada folhas secas. O quilo pode ser vendido gerar renda de R$ 6.000,00/hectare. medicinais exige, técnico, investimentos, a R$ 6,00 e Trabalhar com além de conhecimento construção O agricultor de vende de viveiro, estufa e as folhas ou a raiz desidratada. Para se ter uma idéia do valor desse investimento, o equipamento de até para propriedade 3 hectares custa R$ 25 mil. Da muirapuama, considerada substituta da Viagra, é usado o tronco, que não tem como regenerar -- após o corte se não houver reposição e o uso planejado da espécie. extração A unha-de-gato vem sofrendo no Acre e pode ser utilizada forte como coquetel anti-Aids. Mandioca O Pará é atualmente o maior produtor rivalizando-se Tornou-se elemento com Paraná nacional , Bahia e comum da paisagem de dezenas de caminhões em direção a Belém e a outros centros urbanos, nas tardes o de sextas-feiras, trazendo colonos do nordeste FILHO, paraense para comercializarem destas espécies sábados em di versas feiras livres da cidade e o seu seis vezes no Estado do Paraná, o maior imediato para 2001a). De 1990 a 1999, o plantio aumentou de úlceras. pode produzir local o deslocamento da comunidade para o pequeno mercado das plantas medicinais não tem dez. A que está em falta no mercado, Paulo e um hectare Maranhão. dez tem 117 plantas com uso e no Brasil no tratamento dessa cultura, Corrêa, Pará. últimos de R$ 1 a raiz. Existe um cultivo de 35 mil plantas no município Nos um mercado Sudeste. uma muda custa R$ 2,50 em viveiros de São secador. chega a 2 mil toneladas/anoj~f) A ipecacuanha espinhe ira-santa, plantas de fava d ' anta representa "planta aprovado utilizada empresas à base de plantas Brasil mais de 200 medicamentos retorno. Nas áreas farinha nas manhãs de produtoras, produtor. O Paraná tem mais de 2,2 mil hectares de concretização área cultivada; Os iniciam a partir da metade da semana. envolvendo medicamentos há dez anos eram 371 hectares. fitoterápicos ganharam mercado serem naturais e terem preço mais baixo. Existem por no da venda da farinha, arranquio da mandioca, o transporte, a ralação, a prensagem ,....-'r Saber:--Ciências exatas e tecnologia, a as atividades o o descascamento, para a retirada do tucupi, a . Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan.zcez. 2001 " ',', '. .' .~.-:~\ ". ',' "," ' " ;. '.,' : ...•-<-J."--"--"' ...--........--.-:.,;,.:•••.. Alfredo busca da lenha, a torrefação, a espera do caminhão entre outros. produzida de mandioca, '•••• , •• :'. a ser (seca, d' água, mista, tapioca), da goma, do farinha, parcial tratores atendimento coletivo sobretudo, a infra-estrutura subprodutos produtos e intensiva em mão-de-obra, três hectares, pessoas o ano, indicando durante da seria possível talvez a maior fonte geradora varia pelos feirantes e revendidos paraense, cornercialização nas feiras, em litros, transforma o saco dessa produtores mudança. na forma de litro. A tivessem farinha diretamente Isso condições indica o derrubadas farinha. de revender a sua de serrarias poderiam renda, sobretudo (HOMMA, 2000). das populações a sua importância de baixa não é correspondida para a qualidade e. social. Chama a atenção. no Pará (14 toneladas! a produção em paraense de farinha. no indicando que de farinha de 50 refere-se As capoeiras sucessivas, do nordeste já não conseguem e produzir para aquecer os fornos das casas de Isso obriga a busca de lenha ou de resíduos em locais distantes, clara indicação da necessidade de reflorestamento Apesar de ser um produto básico da alimentação na Amazônia, químicos 22 toneladas/hectare, aumentar lenha suficiente se os ampliar bastante a sua lucratividade para depois de dezenas de anos de queimadas que, para os consumidores, agrícolas da à busca de lenha, cujo tempo gasto está entre 10 e 15% do custo de produção de 60 kg em 100 litros de farinha, beneficiando-se de fabricação em bases mais tecnificadas de farinha no nordeste entre 80 e 90 sacos de 60 kg, por hectare, adquiridos feirante .• Uma das grandes limitações dos atuais produtores de emprego no Estado de farinha de mandioca _ até 100%, com a atual área plantada. mais de 200 mil empregos, esteja gerando do Pará. A produção duas que o cultivo e o cultivo Paraná, atingindo estima-se empregam-se •• comunitárias. melhorar contudo, a baixa produtividade hectare) que, para cada mandioca se orgulham pela da mandioca. Altamente ~~.>.',::.t.',;:....~,:~.·.: ~.~.•': .__ e fertilizantes ser diferentes. de diversos "!'. ~.'. e implementos a produtividade, e pela tradição .: no processo aumentar qualidade ,:, ••.• _ tucupi, ou da folha para maniçoba, os caminhos podem Muitas comunidades :': •••• como casas de farinha mecanização que atende às comunidades, do tipo de farinha .••••.•. _,'.!.' Kingo Oyama Homma a tintura, o ensacamento, Dependendo ~.,;,:-4- L--~~~ .•.:..L·~ constituindo-se de implantar programas para os produtores de farinha. A entrada recente de grandes supermercados circuito de comercialização eliminou parcialmente em de farinha no em Belém a questão de falta de higiene nas termos de apoio para esse segmento da agroindústria vendas em feiras livres. Um dos graves problemas, familiar. Se os gastos com a mão-de-obra foi alertado em 1993 pelo químico Dr. José Guilherme parte familiar ou em mutirão) utilizados (em grande na produção Soares Maia, na época Diretor do Museu que Paraense de farinha forem pagos com o valor do salário mínimo, Emílio Goeldi, refere-se ao uso de corantes industriais verificar-se-á na fabricação de farinha, para dar-lhe tonalidade amarela que muito mal cobrem produção. não raras vezes apresentando Algumas agroindústrias os custos de lucro negativo. instaladas em Santa Maria do Pará e em São Miguel do Guamá procuram adquirir e torná-Ia mais atrativa. A natureza desses corantes. muitas vezes de qualidade duvidosa, não tem recebido a devida atenção por parte dos consumidores. roças de mandioca de pequenos produtores sem investir Dcndê no processo produtivo. Há várias desencadcadas políticas que precisam para auxiliar os pequenos Saber. Ciências exatas e tecnologia. %O ser produtores No Estado do Pará. que ~ o primeiro nacional de dendê. existem Belém. v. 3. Edição Especial. p. 49-76. jan./dez. 2001 7 produtor apenas 40.000 hectares D Desenvolvimento da agroindústria no Estado do Pará em comparação com os 2,5 milhões de hectares na Ltda., no município de Santa Izabel do Pará, com Malásia, que produziu 8,6 milhões de toneladas de óleo capacidade de refinar 36 mil toneladas de óleo de palma na safra bruto por ano (PINTO, 1996/97, e a Indonésia hectares. A produção com 1.800.000 mundial de óleo de dendê, em 1998, foi de 18 milhões de toneladas, com os 20,3 milhões em comparação de toneladas nacional representa 0,6% do total mundial. A previsão é a produção de óleo de dendê superar a produção de óleo de soja (NASCIMENTO, . 1998). O Estado do Pará produziu 80 mil toneladas em 1997, que correspondem Desse total, foram a 85% do total nacional. exportadas 30 mil toneladas e importadas 110 mil toneladas, indicando que é possível dobrar a atual área em produção para substituir perspectivas as no Estado do Pará, importações, de expandir com essa cultura grandes 6 t/ha de óleo correspondente cultura de dendê consegue cada 5 hectares de 4 a a 20 a 25 t cachos/ha. gerar um emprego A para de óleo de palma, com cerca de 75% do mercado, com de diversas empresas do setor, desde a sua fundação em 1982 (CARDOSO, 2000). A principal aplicação do óleo de palma é no setor de alimentos, corno matéria-prima para produção gorduras para panificação, os principais Danone, clientes Arisco, Grupo Agropalma da Amazônia Das 12 empresas Agroindustrial Absorve a produção pequenos produtores inaugurada e massas. Entre da Agropalma estão a Nestlé, entre outras. implantou a Companhia (CRA), inaugurada O Refinadora em julho de 1997, mas está operando com capacidade A produção como a Sanbra, Maeda, Gessy Agropalma Amazônia (SOUZA, O Grupo que já atua há mais de 50 anos fabricando da marca Cutia, líder de a Refinaria Yossam industrial ociosa de 16 mil de apresenta, relação à disseminação o qual os plantios afetados Lever, desde Colgate-Palmolive, Refinadora da 1998). porém, graves riscos com do amarelecimento fatal, com da Denpasa 1983, levando foram seriamente a sua desati vação (DENPASA ... , 2001a; 2001b). Os custos de produção no Pará estão estimados em US$ 300,00/tonelada, com Malásia e Indonésia, em que produzem óleo de palma a US$ 250,00/tonelada (CORDEIRO, 1999). Há necessidade de considerar a cultura do dendê integrada às demais atividades produtivas em nível local e regional, por exemplo, treinamento implantou de para beneficiar e Companhia dendezais, vendas na Amazônia, cultivados média de 5 mil toneladas processar sabão em barra marmorizado porte. de cachos de frutos frescos por ano, para sustentar Kabacznic, de médio e possui uma unidade alimentos, de óleo bruto/dia. a em Igarapé- de 2.500 hectares em Icoaraci, no distrito de Belérn, com capacidade para 170 toneladas como em 1992, com capacidade 36 mil toneladas toneladas. na Amazônia, S/A, localizada Açu, pode ser considerada comparação de margarina, biscoitos Sadia, Ajinornoto, existentes Palmasa O cultivo plantados. O Grupo Agropalma é a maior empresa produtora as aquisições um déficit de cerca de 60 mil óleo de palma bruto é destinada para diversos clientes, (BARCELOS, 1999a; 1999b). O dendê possui um rendimento existindo toneladas. constituindo-se no segundo óleo vegetal mais consumido nS' mundo. A produção de óleo de palma bruto no mercado nacional gira em torno de 150 mil toneladas, de óleo de soja, 1999). O consumo outros (KALTNER, enfocando a mão-de-obra de recursos a produção de utilizada nos humanos, 1999a; 1999b). O potencial para a cultura do dendê na Região Amazônica considerar apenas o uso de áreas desmatadas. entre real deve Se Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 --,.-..,... -~. ..---- - considerar as áreas propícias, somente 68% das vendas o Estado do Amazonas possui 56 milhões, cuja utilização implicará o seu desmatamento (MEDINA, dendê como programa promovendo a recuperação desmatadas, constitui outra opção. A Fazenda ecológica, da Socôco, árvore de coco industrial recorde mundial (lRRO), da cultura do coqueiro para a expansão destaca como terceiro produtor nacional. brasileira toneladas/ano A produção Alimentícias, A tendência à Socôco s/ tem 27 mil hectares, agricultura, no sendo 600 mil coqueiros Amarelo da Malásia Africano (macho), (fêmea) x Gigante com uma produção mil cocos e produção que atende de híbridos Anão do Oeste e implantou, dentro triturada e desidratada Maceió, onde são processados os produtos em produtos alimentícios 40% do mercado nacional 1.600 pessoas. coco Quero Coco é beneficiada cada vez mais frutas, (FERREIRA, de legumes estufas, 2000j). existem é utilizar Na cidade 35 mil hectares de região espanhola e verduras vegetais. para a formação de mudas a maior tudo à da Europa, Grupos bem como produtores na produção da na Europa, Estados em grandes estão interessados algodão, holandeses e agrícolas brasileiros, de substratos de laranja, vegetais eucalipto, café, flores e hortaliças. O Programa Amazônia de A água de em Ananindeua Pobreza e tem e Meio Ambiente na (Poema) ampliou o projeto de utilização da fibra de coco, principalmente derivados do coco. A fábrica e a fazenda. juntas, empregam difundido na Espanha, agrícola. finais da marca, como o leite, o coco ralado e a água de coco que atende vegetais espanhóis, de onde sai para a matriz substratos base de substratos de cinco a sete anos. A a polpa e hortaliças produtora (FERREIRA, Socôco tem uma fábrica em Ananindeua, legumes a do confinamento estufas, que fazem daquela 2000i). A meta é plantar 150 mil pés/ano e, com isso, a produção recentemente, 120 mil metros cúbicos de mundial largamente de Elejido, diária de 220 anual de 75 milhões de cocos, a 70% das necessidades 10 mil 1,3 milhão de litros de Unidos e Canadá, que produzem município de Moju, dos quais 4 mil estão plantados com Socôco, de coco ralado, produz pó da casca externa do fruto para substrato do Coco Ralado Socôco e está presente há 15 anos no dobrar A Socôco de coco pela Amacoco A Socôco foi fundada em 1966, com a produção A Indústrias francês países da Ásia e da África, é de Arnafibra, que vai produzir Pará. A Fazenda da Socôco, pertencente pelo instituto O leite de coco pelada Socôco e 40 mil litros/dia de água de coco é da ordem de 1,5 bilhão de frutos por ano. coco, em diversos 2000j). pour les Huiles et Oleagineux 120 frutos/árvores/ano. no Estado do Pará, que já se (FERREIRA, monitorado Institut de Recherches Coco em Moju, bateu recorde na safra de 199912000 com 140 frutos/ de produtividade de áreas aptas, que já estão Existem grandes possibilidades com maior incidência para o coco ralado. 1999). O cultivo de de compensação da empresa, na fabricação de acessórios para a indústria automobilística (SILVA, 2000). A fábrica Poematec Fibras Naturais, criada pelo poema, uma produção mensal de 180 mil caixas, de 27 unidades foi inaugurada no dia 7 de março de 2001. no município de de Anan indeua. garrafas. Ananindeua empresa. A matéria-prima produzida atende a 75% das necessidades sendo o Sul e o Sudeste em beneficiamento totais da responsáveis utilizando da fibra (SOARES. fábrica recebeu investimentos por tecnologia 200la; alemã no 2001b). A de R$ 8 milhões, sendo. 1 .i Saber. Ciências exatas e tecnologia. Belém. v. 3, Edição Especial, p. 49·76, jan./dez. 2001 "'.;.; ~~ l ",':'~,,' t", 4.( t·. . ~-=--=-=-~_:_..:~_ =-.~~ . . , . ,..#~~~ - ~ - ! - - - ~ - ~ ~ _I -----=:.=--=--_-- o Desenvolvimento metade da Daimler-Chrysler e desenvolvimento Amapá e, na reserva na forma de equipamentos de tecnologia e a outra parte do FNO e do Fundo de Desenvolvimento A fábrica da agroindústria no Estado do Pará do Estado (FDE). terá capacidade de processar toneladas de fibra de coco/mês. Produzirá 75 encostos Estado do Pará, para obtenção cosméticos da castanha-do-pará região produtora para atender à demanda R$ 17,00 compromete empresa 60% da capacidade produzirá também material de jardinagem sofá-cama, internacional e castanha-da-pará colchões da casca de coco representa de 23 municípios do Estado do Pará. A Poematec vai produzir automobilística, de artefatos para gerando 50 empregos a indústria na está sendo praticado A cotação a no mercado peso de sem casca. A castanha-da-pará está sendo exportada com em Belém à razão de US$ 1,09 a 1,30/kg e sem casca à razão de US$ 2,88 a 3,22/kg. Apesar da queda de produção pará na Amazônia, e faturamento de com casca, em Roterdã é de US$ 1,67/libra casca desidratada de renda para 700 famílias 25 mil toneladas de Marabá, por hectolitro. A (SILVA, 2000c). o aproveitamento uma alternativa da Poematec. de óleo de castanha com lojas em vários países. . O preço Benz, que só no sul do para a The Body Shop Inc., uma griJfe inglesa de bancos, manta de assento e cama-leito de caminhão da Mercedes dos índios Caiapós, da castanha-do- ela não está sendo acompanhada por um aumento nos preços. A existência de inúmeros de R$ 900 mil por ano, sendo que a meta é atingir 80 produtos substitutos, mil toneladas, amendoim, nozes, avelãs etc. toma a castanha-do-pará com a geração de 150 empregos (SOARES,2001a). em um produto, Os pequenos produtores ficarão encarregados de fornecer a casca dos frutos secos para as fabriquetas instaladas nos municípios de Pedras, Marapanim, Capanema, Poço e Moju (SOARES, vão beneficiar de Soure, Salvaterra, Castanhal, Capitão 2001a). Juntas, as 8 unidades 1,2 milhão de frutos/mês, produzindo mercado internacional. exportações maiores nacional, e 15% ao consumo 85% destinam-se doméstico. • de castanha-da-pará compradores foram os Estados 8 castanha-de-caju, que, se acabar, não vai fazer falta no Da produção Ponta como Unidos, a Inglaterra que respondem às Os três sempre e a Alemanha, por mais de 80% do destino das toneladas de fibra, que irão direto para as máquinas exportações, da Poematec. A fábrica da Poernatec terá capacidade Brasil é o maior produtor mundial de castanha-da-pará, parã produzir 100 mil peças por mês. mas nota-se nos últimos anos a crescente e o restante, para mais de 20 países. O participação da castanha boliviana. O Brasil é o principal fornecedor de castanha-do-pará Castanha-do-pará Os castanhais nativos apresentam uma produtividade média de 36 litros por hectare, baseandose na existência de 3 a 4 árvores por hectare. O .beneficiamento da castanha-da-pará é efetuado há várias décadas em Belém, Óbidos e Manaus para participou com 57% do total O mercado decorrentes potencial da destruição paraense, partir do final da década de 80, nos Estados do Acre e integral verificado estão sendo efetuados de importações de castanha-do-pará. sudeste Os extratores com 71 %, e para a Bolívia, com 20%. No Reino Unido, a Bolívia a exportação. para a Alemanha, mesmo está associado às perdas de 70% dos castanhais com a política nos Estados no de apoio do Acre e Amapá. Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 Alfredo Kingo Oyama Homma Apesar da ênfase que a pesquisa tem dado para a enxertia de castanheiras, é recomendável que sejam feitos plantios de "pé franco", para obter madeira depois de 20 anos. Com a enxertia, as árvores tornamse imprestáveis para aproveitamento madeireiro devido à mudança na conformação das copas. O mercado de madeiras, no futuro, constitui uma das grandes comercializada a R$ 1,50/quilo. Visando à verticalização da produção, a Suframa aprovou a construção de duas indústrias de beneficiarnento, no valor de R$ 1,1 milhão, nos municípios de Xapuri e Brasiléia, distantes 190 km e 260 km, respectivamente. de Rio Branco, que deverão processar metade de sua safra (AMADORI, 2001b). alternativas que não podem ser desprezadas. A The Body Shop Inc. foi uma das primeiras a explorar a idéia de utilizar produtos da floresta amazônica, ao comprar óleo de castanha-do-pará dos índios Caiapós para utilizar em cremes e xampus. Esta empresa utiliza óleos brasileiros de plantas amazônicas em quinze produtos. Além de inflar as vendas das empresas, esse tipo de marketing resulta em benefícios para as comunidades pobres, que antes tinham poucas perspectivas de trabalhar e enriquecer. Benedito Mutran, depois de 34 anos exportando castanha-do-pará, investiu R$ 680 mil em equipamentos de embalagens, que preservam por mais de um ano o sabor do produto, substituindo o oxigênio pelo A Cooperativa Mista dos Produtores Extrativistas do Laranjal do Jari (Comaja), fundada em 1985, efetuou em 1998 a venda de óleo comestível de castanha-dopará para a Provence-Régine e, em 2000, mais 5 toneladas serão vendidas para essa empresa (CAVALCANTE, 2000). As cooperativas estão produzindo biscoitos, castanha desidratada sem casca e farinha de castanha que são colocados no mercado local e também comprados pelo governo para serem usados na merenda escolar. O governo paga R$ 30,00 por hectolitro e a empresa paraense R$ 35,00/hl. As caixas com 20 kg de castanha desidratada sem casca, empacotadas a vácuo, estão sendo vendidas a RS 105,00 (tipo grande), R$ 100,00 (tipo médio) e R$ 95,00 , (tipo pequena). nitrogênio, em sacos que não permitem a entrada de raios solares (FERREIRA, 2001 b). A meta é vender 240 toneladas de castanha sem casca e 500 toneladas rio Iratapuru, no Laranjal do Jari, Estado do Arnapá, do produto com casca, que tem maior demanda no foram financiadas com US$ 290 mil do Programa Piloto período natalino. Benedito Mutran produz 10 mil de Proteção das Florestas Tropicais (PDA/PPG7). toneladas de amêndoas descascadas de castanha que Com isso, os 170 caboclos passaram a beneficiar asseguram um faturamento de R$ 13,6 milhões, e faz o beneficiamento numa fábrica em Belérn, que emprega 800 mulheres no período da safra a partir de abril. castanha-do-pará No Estado do Acre, 95% da castanha-do-pará extraída sai para o Estado do Pará e para a Bolívia As comunidades ribeirinhas situadas à beira do (ZANATTA, 1999) e a vender o hectolitro a R$ 55,00 contra R$ 8,00 em 1995, o quilo do biscoito a R$ 7,00 e o litro do azeite a R$ 45,00. Pimenta longa (AMADORI, 2001a). A extração anual é da ordem Até o início da década de 90, o Brasil era o de 11 mil toneladas de castanha, detendo 60% da produção nacional. O preço pago ao produtor é de R$ principal produtor de safrol, quando obtinha o produto 0,40 por quilo, mas com a industrialização poderá ser Mezz), pela extração da canela de sassafras (Ocotea pretiosa em Santa Catarina e Paraná. No entanto, a Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 .. - ~~..\.~~-~-:~"'~;'~~1Tr,.. '~ ... ~. \,,': .• ; '''i..,';~/,'fI:..: "''''~'''''~''''''~f''U'''~.-4''''~ •.••:f;il..f~:-'-~~ r .~ :". ~~' o·':." - .~: ...., .• ,. o Oesenvolvimento produção não sustentável __ 0_ •• da agroindústria no Estado do Pará criava o perigo de extinção Oriental (PA), Embrapa Agroindústria com que, em 1991, o Instituto (RJ), em parceria com a Associação Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Unidos Vencedora (Aspruve), Renováveis (Ibama) proibisse a exploração e com a Associação da espécie, fazendo da canela de sassafrás. De uma hora para outra, o Brasil passou dê principal produtor mundial para importador. Em todo o mundo, o consumo de safrol excede 3 mil toneladas/ ano, mas a oferta do produto encontra-se comprometida. A pimenta longa (Piper hispidinervum) planta invasora encontrada normalmente Igarapé-Açu, de Alimentos de Produtores em Vila Extrema, de Produtores Acre, Acorda Jabuti, em no Pará. O custo de implantação longa é de R$ 2.505,57 de 1 hectare de pimenta e o custo de manutenção de 1 hectare a partir do segundo ano é de R$ 803,50. Uma é uma no vale do usina para processar 11.600,00. 15 hectares é estimada O custo do processamento em R$ de um litro de rio Acre (AC). É um planta arbustiva, rústica, que exige óleo é de R$ 0,83. A receita líquida média é de R$ muita luz e água e aparece com freqüência 700,00 por hectare/ano, de capoeira. em áreas implantação Das folhas e dos talos finos é extraído safrol é um componente utilizado pela indústria manufatura de heliotropina butóxido de piperolina químico como inseticidas e pesticidas de 90%), na (fixador de fragrâncias) sinergístico e nos que é obtido de teor de safrol por meio do óleo todo o custo de de 15 hectares durante um da usina, a colheita e o processamento do óleo, incluindo salários e encargos de um gerente e um operador, funcionamento da INFORMAÇÃO internacional necessários usina do óleo para o (CENTRO DE PIMENTA O preço naturais à base de piretrium). Esta espécie tem alta concentração (acima aromático matéria-prima (agente e manutenção ciclo de seis anos, a construção um óleo essencial com alto teor de safrol. o considerando LONGA, no mercado DE 2001). nacional varia de 4,5 a 8 dólares/quilo e (atualmente o preço do produto entregue no Paraná é de R$ 10,00). essencial extraído das folhas e talos finos da planta A produtividade por um processo óleo por hectare e no segundo ano, ou seja, com dois de destilação. outras duas espécies, No Brasil, existem a Piper aduncum e a Piper cortes, é de 200 a 250 kg de óleo. O rendimento a concentração de safrol óleo varia de 2 a 2,5% (CENTRO DE INFORMAÇÃO hispi dum; no entanto, enco.ntrada nestas plantas é tão pequena que inviabiliza a escala comercial DE PIMENTA do produto. Dados preliminares Embrapa LONGA, realizadas que a pimenta na longa pode anual de até 200 kg por hectare primeira usina de destilação de 1998, foi inaugurada para produção de safrol, para beneficiar o plantio piloto implantado no município de Igarapé-Açu, Belém, numa área de 15 hectares, O resultado São Jorge do Jabuti produtor, pois internacional quilo. o preço no mercado o pequeno nacional e oscila entre US$ 5,00 e US$ 8,00 por Os trabalhos iesenvolvidos para de pesquisa estão na Embrapa Acre, Embrapa sendo Amazônia a da folha de pimenta longa de óleo essencial com mais de 90% de teor de safrol. é mais que atraente de 2001). No dia 12 de dezembro de pesquisas Acre revelam atingir a produtividade no primeiro ano é de 100 a 125 kg de a 140 km de na comunidade (FERREIRA, de 199ge). A renda estimada é de R$ 1 mil por hectare em duas safras por ano, e a demanda brasileira exige uma área plantada espanhol Destilaciones é de mil toneladas, de 4 mil hectares. Bordas Chinchurreta o que O grupo S/A, com Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49·76, jan.ldez. 2001 c, tF -h fi jI(*'(.("., ••,. .•••• $i •• 4 Alfredo sede em Sevilha, financiamento também participou Kingo Oyama Homma da parceria do por meio da sua filial Geroma do Brasil, que produz heliotropina em Ponta Grossa, Paraná. autofinanciamento de Mercadorias agroindústrias publicado estadual por meio do Decreto 4.168, no Diário Oficial do Estado do Pará, de 24 de julho de 2000, isentou, temporariamente, de Comercialização Lago do Curuai transações máquinas a Central de Produtos Agrossilvopastoris do recolhimento de ICMS, com a fibra de curauá e equipamentos do nas e na compra de A Central do Lago Curuai, localizada no município de Santarém, é, no momento, a fibra de curauá; concentra essa bromeliácea, hectares. a única a comercializar com uma área plantada Outros municípios estão cultivando paraenses são: Bragança, e implementada. característica com capacidade importação e (SOARES, 2000). No município é ampliar a área plantada de Santarém, a meta em mais 100 hectares até o A característica deficitária fortalecidas procurem de políticas evitar financeiros desenvolvidas. macroeconômicas os vazamentos gerados implicando Saber. Ciências exatas e tecnologia, para que as a reduzida re g i oe s rna i s capacidade de para e o desvio tendem favorecidos, de informações no beneficiamento cosméticos, plantas naturais, madeira. o desenvolvimento de pragas da a caminhar públicos, em direção empecilhos sobretudo cujos aos mais para da oferta e da sua verticalização. tecnológicas. o do solo e dos recursos de recursos constituem e doenças, produtivo, tem impedido a consolidação Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 e a aliança algumas medidas que devem da fertilidade consolidação dos excedentes sobre mercados, a coleta paraense. esgotamento incentivos de trocas. e inseticidas O aparecimento naturais de políticas que incluam os produtos externos curtume etc.) constituem agroindústria vai depender para exportação que atingiu quase 1 bilhão local (frutas, aromáticas Brasil. no Estado do Pará viabilizar de dados estatísticos com capitais medicinais, cenário da Região Norte, em nos mecanismos de matéria-prima de etc. O melhor conhecimento estratégica de ao peso, ao volume, aos gastos mais agressivas, ser O sucesso das agroindústrias a de dólares em 2000, reforça a necessidade final de 2001, com o apoio do Basa e do Banco do CONCLUSÕES neste apenas à poluição e a democratização é de apenas 8 toneladas os fretes as possibilidades as matérias-primas devido à perecibilidade, que mantém parceria com o Poema e adquire a fibra a de de matérias- As agroindústrias, mecanicamente agroindustriais R$ 1,00/kg (PASSOS, 2000a). tem sido a reduzindo-se tenderiam potencial pode chegar a 300 t/ano é a Mercedes Benz, fibra de curauá e a produção ociosa, industrialização. comerciais atual de 150 toneladas exportadora termos de balança comercial, que também secular e com isso inibindo Itaituba. A maior interessada pelo curauá cuja demanda Existe uma demanda aspecto ser avaliada primas, fazendo com que o transporte de retorno ocorra de 350 Ponta de Pedras Outro de região com energia, 150 famílias que cultivam nos municípios é uma medida que necessita pessimista, à produção. necessários de e Serviços (rCMS) para a fim de se instalarem interioranos, o governo 1999). A adoção políticas fiscais, como a isenção total do Imposto sobre a Circulação Curauá (HADDAD, a A falta no segmento de plantios OU o Oesenvolvimento criações com produtividade e a preços competitivos, satisfatória da agroindústria no Estado do Pará e sustentável visando ao estabelecimento pequenas de agroindústrias. , As perspectivas agroindústria do no Estado desenvolvimento da do Pará vão depender da contínua criação de opções tecnológicas, bastante restritas na região, pela falta de maiores investimentos que são em C&T e pelo desvio das prioridades do setor produtivo. A existência de substanciais recursos do FNO, por exemplo, não tem correspondido _ com a efetiva implantação pela falta de maior apropriada, de unidades agroindustriais apoio induzindo tecnológico em escala em riscos para os empresários (HOMMA,200Ib). d~ energia elétrica, estradas qualidade de mão-de-obra, regional, como a falta mal conservadas, assistência insumos agrícolas sanitária, entre outros, aumento de custos unidades de inspeção colocam e riscos fertilizantes grandes limitações, nas diversas etapas da cadeia produtiva. Aliada a isso tudo, existe ainda a falta _ de base ética, prevalecente das agroindústrias, nos últimos anos em muitas o que tem sido apanágio para abrigar mecanismos de corrupção, apesar das boas idéias preconizadas por elas, havendo necessidade de serem fiscalizadas com mais seriedade pela sociedade. o fenômeno recente da implantação unidades agroindustriais, ambiental externo, a dimensão de produtos naturais e do nome Amazônia como produto. comunitárias Muitas como a extração partir de látex de seringueira, pará, produtos conquistado orgânicos, mercados montar unidades em gerentes se agroindustriais constituem equívocos com recursos externos Transformar de agroindústrias ou sem capital de giro de muitos projetos financiados na Amazônia. Ressalta-se outros, A grande questão dos green products, crescimento mercado conduzirá do autodestruição pela exigindo incapacidade a ampliação plantios racionais. produtos não-passíveis reside já que o a sua à de atender da oferta A exceção em poderá mediante ocorrer com de domesticação. A garantia de uma oferta regular e com qualidade de produtos para primeiro serem obstáculo beneficiados para a agroindústrias. As oportunidades possibilidades de se criar produtos potenciais, corantes, constitui implantação naturais, etc. das de diversos tais como aromáticos, inseticidas de vão depender uma oferta o medicinais, Para isso há necessidade de que a pesquisa agrícola promova metas concretas de biodiversidade alimentos, dessas domesticação de recursos da para permitir a expansão dessas plantas, o avanço bioquímica, no campo da tecnologia química, engenharia atividades produtivas. Apesar de industrial, integral da ênfase em como o maior potencial da Amazônia, o setor de cosméticos foi o que teve maior resposta em anos mais recentes. Há a falta interesse o que têm constituindo-se na democratização da biodiversidade sindicais entre fonte de renda e emprego. couro vegetal a óleo de castanha-do- externos, administração, ,líderes agroindústrias de óleo de babaçu, relação às plantas medicinais exceções. dessas e valorizando se apóiam na noção de green products, caracteriza pela falta de higiene e noções mínimas de com honrosas mercados, entre outros, para apoiar o desenvolvimento sobretudo de beneficiamento de frutas, com financiamento descobrindo essas novas opções tecnológicas bem como de pequenas ONGs orientarem oferecendo técnica, portos (calcário, etc.), linhas de aviões cargueiros, baixa de diversas agroindústrias, demanda, A carência de infra-estrutura - apropriados, aspecto positivo de desenvolvimento para a agroindústria, do Fundo Estadual de C&T a despeito de Ciência e Tecnologia de da criação (Funtec), Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 .~~~: ~~I", ·.!.::..-~ -,l.,e.~~_: .•_ ~~_Uk_--*_'.L. ~. --:.......~ .L..~_--......J ..'.~.; ..•. _~l ~ (:'t..:..:~~·1!.r~:1..\.~ -,~~\!.~~·,~!..,~~./').':j.J..':~/';"'1..~.~,{~·jr_.~iJ. .I~:'\..:.t.rJ\•.~" •.•i!I~.iCd.l·d~.,i.~-~~, . Allredo Kingo Oyama Homma que pela Lei Complementar 029, de 21 de dezembro de 1995 e de inúmeros editais competitivos, não foram ainda capazes de atender à demanda existente no setor produtivo. O direcionamento imposto peloseditais de pesquisa e pela colaboração externa tendem a redirecionar as prioridades de pesquisas regionais e a alocação de recursos humanos, materiais e financeiros de forma unilateral, colocando as necessidades locais REFERÊNCIAS AGRICULTORES da Transamazônica apostam na pupunha e no cacau. O Liberal, Belém, 9 abr. 2001. p. 6. AMADORI, R. Acre vai agregar valor à castanha. Gazeta 'Mercantil, São Paulo, 25 abr. 2001 a. p. 3). em segundo plano. ___ As ati vidades agrícolas na Amazônia, ao longo dos séculos, sempre têm se caracterizado por sucessivos ciclos econômicos sem condições de se consolidarem e transferindo as mazelas e os problemas para o ciclo seguinte. Foi assim com o ciclo do cacau, da seringueira, do pau-rosa, da castanha, da juta, da pimenta-do-reino, entre outros. No momento, tem-se um conjunto de ciclos, como o da pecuária, da madeira, do dendê, de fruteiras, entre outros. Espera-se que as agroindústrias marquem a consolidação em ciclos definitivos e permanentes para o Estado do Pará. As possibilidades da agroindústria são as maiores possíveis para o Estado do Pará, desde que tenham uma firme base tecnológica, sem efeito retardado com relação aos problemas emergentes, apoiadas em Suframa financia indústria no Acre. Gazeta o Mercantil Pará, Belém, 21 fev. 2001 b. p. 6. ANDER,SON, S. D. 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Os investimentos públicos em favor da agroindústria devem procurar a integração com o BRAZ, A.Cupuaçu, setor produtivo e apoiar a consolidação Gazeta Mercantil Pará, Belém, 14 abr. 1999. p. 1. da infra- o bom negócio em Marabá. estrutura local. A recente crise energética e de recursos _~_. hídricos demonstra a importância do desenvolvimento de atividades agroindustriais na Amazônia, além de servir para a recuperação de mais de 58 milhões de Gazeta Mercantil Pará, Belérn, 7 ago. 2000. p. 3. --"-- hectares desmatados. Mercantil Floresta diversifica sua produção agrícola, ..Barreiras ao escoamento do abacaxi. Gazeta Pará, Belérn, 31 jan. 2001. p. 6. j. Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 '.?{~~~)}~ --.,~~~ . - . ~ '- o CARDOSO, D. Agropalma .. üesenvotvtmento da agroindústria no Estado do Pará amplia liderança no setor. Gazeta Mercantil, São Paulo, 24 abr. 2000. p. B-24. CAVALCANTE, A. 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Gazeta Mercantil mais de 300% Pará, Belém, 5 abro 2000g. p. 1. regional. .Pupunheira para a diversificação Gazeta Mercantil Pará, da economia Belém, 30 jun. 2 jul. 2000h. p. 6. ___ o Socôco investe R$ 10 milhões Gazeta Mercantil no Pará para Pará, Belém, 4 out. 2000i. p.l. --- . Socôco vai aumentar em 100% sua área plantada no Moju. Gazeta Mercantil 1999c. p. 1. __ desenvolve dobrar a produção. . Doces de goiaba de Dom Eliseu chegam aos supermercados . Farinha --Mercantil Pará, ___ de suco. . Estudante Gazeta Mercantil, ___ nova Mercantil chega a 5 mil 10-12 novo 2000c. p. 1. 20 abro 2001. CORDEIRO, no Pará. Gazeta Gazeta Pará, Belém, 2 maio 2000j. p. 1. doces. Gazeta Mercantil Pará, Belérn, 28 abro 1999d. ___ o A vez da pupunha p.4. Gazeta Mercantil Pará, Belém, 14 fev. 2001a. p. 6. Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, •••.. 44. V. na Transamazônica. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001 4 9' ---- ---_ .• ......•. ----~.- Alfredo ___ o Produtor de castanha Gazeta Mercantil, São Paulo, 7-13 fev. 2001b. p. 6. ___ . Brasmazon Mercantil ___ descobre Kingo Oyama Homma o Brasil. lança linha de produtos. ___ Gazeta guaraná. Gazeta Mercantil Pará, L. Abacaxi brasileiro Gazeta Mercantil, ___ o Açaí enlatado Oriental, Amazônia para aplicação encontra chega 21 'mar. 12 maio 2001a. Citropar Gazeta Mercantil, _~_. aumenta área plantada dos recursos Gazeta Mercantil, FUJIYOSHI, Liberal, 1999a. do FNO na Amazôni. vai ser questionado na justiça. Mercantil F. J. A agroindústria do óleo de palma, carioca?: ___ estudo qualitativo "parou" V. LEOBET, Gazeta de financiamento de frutas, existentes na Amazônia. NAEA, 1998. (Paper do NAEA, V. regional. In: P. R. et aI. A competitividade do agronegoclO e o desenvolvimento regional no Brasil: estudo de de palmitos. São Paulo, 5 jun. 2000. p. A-9. S. 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