o DESENVOLVIMENTO
DA AGROINDÚSTRIA
NO ESTADO DO PARÁ!
ALFREDO KINGO OYAMA HOMMA2
Resumo: Apresenta um resumo histórico da agroindústria
no Estado do Pará. a situação atual dos principais
produtos
agrícolas e as possibilidades
para o seu desénvolvi~o.
ATimitaçãodã
oferta dos produtos agrícolas.
a falta de
maiores investimentos
em C&T para geração de tecnologia agrícola. de alimentos. de novos produtos e a precariedade
do capital físico e social constituem
os maiores obstáculos
para a verticalização
do setor agrícola no Pará. Ressalta.
contudo. as grandes possibilidades
para o desenvolvimento
da agroindústria
na Amazônia.
diante da abundância
de
recursos hídricos, energéticos e de terra. representada pela utilização parcial de mais de 5 rm hões de hectares desmatados
e como mecanismo de recuperação
arnbiental, geração de renda e de emprego. A opção pelas grandes obras infraestruturais na Amazônia evidencia. em certa parte. a incoerência
para buscar uma solução para o desenvolvimento
da
agroindústria
por não estarem relacionadas
com a efetiva limitação da sociedade.
Palavras-chave:
Amazônia;
agroindústria;
desenvolvimento
agrícola.
THE DEVELOPMENT OF THE AGRIBUSINESS IN THE
STATEOFPARÁ
Abstract: This article presents a historical summary of the development of the agribusiness in the Pará State, the current status of the
- agribusiness ofthe main agricultural products and the possibilities for its development. The limitation ofthe supply ofthe agricultural
products, the lack of larger investments in R&D for the generation of agricultural technology, of food processing and of new
products, and the precariousness of the physical and social infrastructurer are the largest limitations for the development of the
agribusiness in the Pará State. It is ernphasized, however, the great possibilities for the development of the agribusiness in the
Amazon due to the abundance of water resources, energy and of land, represented by the possibility of the partial use of more than
58 million hectares of deforested land and as mechanism of environmental recovery, generation of income and employment. The
choice for great infrastructural projects in the Amazon highlights, in parto the incoherence of finding an effective solution for the
developrnent of the agribusiness, for not being related to the effective limitation of the society.
Key words: Amazon; agribusiness; agricultural developrnent.
: Esta pesquisa faz parte do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento
de Tecnologia
Agropecuária
para o Brasil (Prodetab).
Doutor em Economia Rural pela Universidade Federal de Viçosa, Pesquisador da Ernbrapa Amazônia Oriental, Professor Visitante
E-mai!: [email protected]
da UFPA e da FCAP.
--1---'-~--
-~---~------AI-fr-e-dO-KI"'n-gO-o-Ya-m-a-H"'om""m""'a
o
CONTEXTO HISTÓRICO
Para analisar a agroindústria
Estado do Pará, em particular,
desenvolvimento
primitivo,
representado
as modernas
na Amazônia
e no
convém observar o seu
sob diversos
ângulos:
pela produção
do contexto
de farinha até
indústrias de, refinação de óleo de dendê;
A construção,
Murutucu,
e do surgimento de novas agroindústrias;
como solução
para a Amazônia;
limitações e possibilidades
nasceram
das suas
afirmar que as primeiras
com o cultivo da mandioca,
há cerca de 3.500 anos, pelos paleoíndios,
na Caverna da Pedra Pintada, no município de Monte
Alegre, Pará, que já viviam há cerca de 11.200 anos.
indígena e logo foi transferida
para a África e para a
Ásia
portugueses
descobrimento
colonizadores
após
o
do Brasil. A tecnologia de produção de
etapas
ampliou sua capacidade
taylorismo e fordismo
de
de escala, competindo
das unidades
familiares
com o
ainda
dominantes.
em 1616, há evidências de que os ingleses e holandeses
tiveram interesse no cultivo da cana-de-açúcar
do rio Amazonas.
para fabricação
na foz
de açúcar, então
tido como produto nobre. Em 1596, algumas feitorias
inglesas e holandesas
Há indicações
foram instaladas
de que
foram
os holandeses
introdutores do cultivo da cana-de-açúcar
ao lado dos antigos
na Amazônia.
na Amazônia,
fortes Nassau e Orange,
Xingu. Em 163.+, registra-se
Saber. Ciências exatas e tecnologia,
a criação
os
no rio
do primeiro
pela competição
inclusive de produtos
161 engenhos
A facilidade
substitutos,
como
da cana-de-açúcar
de aguardente
(ANDERSON,
tecnológicos
e
do processo
de vulcanização
John
para
Boyd
na industrialização
como exceção,
fábricas
Bitar Irmãos,
bicicletas,
Durilop.
pelo
não se
local, pois a borracha
era usada como simples fornecedora
Talvez,
como a invenção
em 1839, por Charles
e de pneumático
irlandês
1991).
que transformaram
a borracha em um recurso econômico,
quatro
Mesmo antes da fundação da cidade de Belém,
por
de outras partes do País. Em
a baixa produtividade
traduziram
de beneficiamento,
e Abaetetuba,
de açúcar e aguardente.
Os progressos
veterinário
nas diversas
de Igarapé-Miri
nas
a falta de políticas públicas de apoio levaram ao declínio
e, em período
com a introdução
oriundos
de transporte,
Goodyear,
motores
de cana-de-açúcar
1862, no Estado do Pará, contavam-se
farinha, com as adaptações surgidas ao longo do tempo
mais recente,
e a opulência
na foz do rio Tocantins, que sobreviveu
com produtos
a cerveja,
Antônio
do açúcar no Pará colonial.
várzeas dos municípios
da produção
O cultivo da mandioca tornou-se a base da agricultura
pelos
a importância
A produção de aguardente
para o fabrico
identificados
em 1995 pela paleontóloga Anna Curtennius Roosevelt,
-.
em 1762 pelo arquiteto
José Landi, testemunha
localizados
do Engenho
à Nossa Senhora da Conceição,
dedicada
da agroindústria
da Capela
mais de dois séculos, foi sucumbida
(HOMMA, 200Ia).
Dessa forma, pode-se
agroindústrias
da perspectiva
de açúcar no Estado do Pará.
em 1711,
que seria reformada
- da sua evolução ao longo do tempo; da sua destruição
política
•••
" ••••
engenho para fabricação
._-=«-
,,,,,,.·"_M •.• ..·-_M
n""<""",·",,,,,,w,,,,,,,,,,,,,~,,
~~'M","
de matéria-prima.
em 1929, em Belém,
que produziam
uma de Francisco
havia
pneus: duas da S.A.
Chamié
e outra de
Filipe Farah. A firma S.A. Bitar Irmãos, fundada em
1897, foi a primeira
teve
duração
verticalização
efêmera.
da cadeia
sempre tem ocorrido
modificada
óleo de andiroba.
Belém. v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
pneus no Brasil, mas
Durante
séculos,
produtiva
a
da Amazônia
fora da região, e começou
a ser
somente nos últimos anos.
O aproveitamento
Belém,
a fabricar
empírico,
como a extração do
utilizado na iluminação
de 1854 a 1864, constitui
da cidade de
outro
exemplo
I·
D Desenvolvimento da agroindústria no Estado do Pará
temporarIo
e esporádico.
Destaca-se,
do óleo de patauá,
aproveitamento
Mundial, pelas dificuldades
oliva e de navegação
durante a II Guerra
de importação
de óleo de
simbolizada
pela fundação
em 1892, que produzia
empregando
& Cia. Ltda. Posteriormente.
Fonseca
do Decreto-Lei
da
mais de 40
regulamentado
mais de 400 operários,
viria
Rita
do País provocou
fabricação
utilizando
locais,
sementes
sapatos, cigarros,
como
a fábrica
de jarina,
manilhas,
Outro
Fábrica
jocosamente,
evento
Perseverança,
de doces,
Bastos,
a
foi a fundação
da
em 1895, na atual Doca de
(Dona
geléias
estabelecido
que veio a substituir
para exportação
fiação e tecelagem se implantassem
1962, era fundada a Companhia
indústrias
na Amazônia.
Amazônia
de
Em
Têxtil de
Aniagem (Cata), em Belém.
O surgimento,
Agrícola Mista de Torné-Açu
em 1907, produzido pela Fábrica Andrade,
. do País a produzir
funcionou
refrigerante
a primeira
de guaraná
e que
até 1970, daria início à agroindústria
do
para
(Asfata),
a administração
agroindústria
regionais
de sucos
e a de laticínios
maior crescimento
beneficiamento
pertencente
de óleo
à Denpasa,
priorizando
xarope
o beneficiamento
e refrigerante,
da Ca mta , em
1991.
e concentrados
de frutas
de produtos
Globo,
com a razão
social
Duarte
do dendê,
de dendê
na Amazônia,
de Santa
de óleo de palma da Denpasa
para a Holanda.
ocorreria
beneficiamento
A
fábrica de
exportação
Nos anos posteriores,
do guaraná, na forma de
a primeira
primeira
em 2001.
a fábrica
a
Agrícola
No dia 28 de julho de 1980, foi efetuada
empreendimento,
1938, era fundada
de Fomento
Bárbara.
fatal
Em Belérn, em
(Carnta), fundada no dia
no atual município
amarelecimento
Brahma.
a Cooperativa
nos últimos dez anos.
guaraná e, em 1927, era lançado o Guaraná
Cervejaria
de açaí".
foram as que apresentaram
navio Heidelberg,
pela Companhia
açaí,
fundada em 1981, que passou
guaraná. Em 1921, a Antarctica lançaria o refrigerante
Brahma
de amassar
de 1949. Em 1988, foi concluída
Em 1976, era inaugurada
em Manaus, do guaraná Andrade,
Ovídio
em
teve como pioneira
de Torné-Açu
Oyama, em 1934, fez com que diversas
de frutas
A indústria de sucos e polpas de frutas regionais
beneficiadora
da juta por Ryota
na
Mundurucus,
as "amassadeiras
fábrica de sucos da Associação
em 1937. A acJimatação
pioneira
e compotas
máquina
barbantes, linhas para pesca e algodão hidrófilo e foi a
Amazônia,
Sinhá),
na Avenida
30 de setembro
na
marco
de dona Maria
Em 1945, o comerciante
Souza Franco. Essa fábrica produzia cabos, aniagens,
da primeira safra de juta produzida
tem como
em Belém,
Belém, utilizou a primeira
de cidade do "já teve".
importante
Santos
curtumes,
que a cidade de Belém, por muitos anos, passasse
- ser denominada,
Ferreira
nativas da Amazônia.
pneus etc. Isso fez com
locais, incapazes
da legislação.
de frutas
São Vicente,
de botões
sabões,
do guaraná e levou
histórico o ano de 1910, quando iniciaram as atividades
em 1960. A conexão com o mercado do Sul-Sudeste
de diversas
de 1972,
como a "Lei dos
de refrigerantes
. A agroindústria
da Fábrica
o desaparecimento
a domesticação
de atender às especificações
sucumbir com a abertura da rodovia Belérn-Brasilia,
agroindústrias
em 1973, conhecido
à falência indústrias
entre
a implantação
5.823, de 14 de novembro
Sucos", beneficiou
- tipos de biscoitos, 70 tipos de massas alimentícias,
outras,
o
de cabotagem.
A modernidade
Fábrica Palmeira,
também,
O alastramento
levou
à
falência
com a expansão
uma seqüência
a
no
do
do
do cultivo
de fábricas
de
deste óleo no Estado do Pará. Em 1984,
~
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
Alfredo
era implantada
a Óleos Campeão,
Kingo Oyama Homma
de propriedade
No dia 12 de dezembro
da
família Iuchi, em Santa Izabel do Pará, que funcionou
primeira
até a década de 90, com capacidade
de 1,5 t cacho/
pimenta
hora;
Palmasa
em 1991,
localizada
a Agroindustrial
em Igarapé-Açu,
t cacho/hora;
com capacidade
em 1992, a Marborges
com capacidade
Companhia
capacidade
do Acará
de 6 a 12
Norte Industrial,
de 6 a 12 t cacho/hora;
Agrícola
S.A.,
em 1993, a
(Coacará),
de 10 a 20 t cacho/hora,
com
à
pertencente
Denpasa, que passou a incorporar o Grupo Agropalma,
com a denominação
Amazônia,
de Companhia
Palmares
Companhia
Refinadora
da Amazônia,
do Grupo
S/A, em Icoaraci, no município de Belém.
Agropalma
Em 1999, a Refinaria
Yossam Ltda., em Santa Izabel
do Pará, do Grupo Kabacznic, iniciava suas atividades,
com capacidade
de 36 mil toneladas/ano,
está localizado
cujo plantio
no município de Bonito, a 200 km de
Belém.
pode
ser mencionado
Canavieiro
Abraham
Instrução
mal planejada,
o Projeto
meio do Department
Lincoln
(Pacal),
criado
(DFID)
e das indústrias
Bordas
Chinchurreta
12, do Incra, em 17 de abril de 1973, situado
no município
colonização
de Medicilândia,
durante
na rodovia Transamazônica.
o auge da
Foi um erro
de todas as instituições públicas envolvidas.
de maio de 1988, quando canavieiros
do Pacal e o povo da comunidade
e funcionários
acamparam
91, bloqueando a rodovia Transamazônica,
encontro
conhecido
de Reivindicações
iniciou-se
como Movimento
dos Canavieiros
de Protesto
equivocada.
de deputados.
espanholas
Destilaciones
S.A. com sede em Sevilha,
produtores
de
iniciaram
o primeiro
plantio comercial
pimenta longa para a produção de safrol na Amazônia.
A criação
Financiamento
do
Fundo
de 1989,
de Incubadoras
Tecnológica
(PIEBT)
Pará,
1995,
em
de
do Norte (FNO), por meio da Lei 7.827,
de 29 de setembro
Programa
Constitucional
desenvolvimento
A ex-Sudam,
e a implantação
de Empresas
na Universidade
foram
importantes
da agroindústria
de Base
Federal
do
para
o
no Estado do Pará.
em que pese as críticas,
de grandes
do
teve influência
agroindústrias
no Estado
laranja, madeiras,
coco,
etc.).
. Eventos
como a inauguração,
no
dia 26 de maio de 2001, da Fibras e Substratos
da
Amazônia
mais recentes,
Ltda. (Amafibra),
Ananindeua,
atestam
agroindústrias
resíduos
no Distrito Industrial de
o crescimento
no Estado do Pará. Esta agroindústria,
ao Grupo
Socôco,
de 250 mil unidades
diariamente
de novas
dos plantios
visa a aproveitar
os
de coco que recebe
em Moju, com previsão de
produzir 50.000 rn? de substrato
por ano.
e Comunidades,
desde a
Houve, posteriormente,
em 1999, e, no dia 18 de
agosto de 2000. o Incra comunicava
que o Pacal iria
efetuar a última moagem de cana-de-açúcar
à safra 200012001.
e
Development
16
pertencente
no Km
ficando esse
a crise que já vinha se acumulando
sua implantação
o seqüestro
No dia 22
da
Espanha. Em 1997, na Vila Extrema, em Rondônia,
curtumes
pela
extraído
situado a 140 km de
for International
do Pará (dendê, frigoríficos,
Agroindustrial
de safrol
longa, em Igarapé-Açu,
na implantação
Como exemplo de agroindústria
de extração
a
Belém, que contou com o apoio do governo inglês por
da
em 2000. Em 1997, entrava em operação a
fábrica
de 1998, foi inaugurada
referente
Procurou-se
eventos
mostrar
que marcaram
a cronologia
a agroindústria
Pará e os ciclos das atividades
comentados
(laminados.
frigoríficos
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
aspectos
no Estado do
agrícolas.
ligados à atividade
rnove lar ia etc.),
e curtumes)
de alguns
pecuária
e pescado.
Não serão
madeireira
(laticínios,
•
_~ . l'
_•_
.• ".
o
DESENVOLVIMENTO
INDÚSTRIA
üesenvotvimento da agroíndúslría no Eslado do Pará
ATUAL
DA AGRO-
toneladas/mês
no Nordeste
nenhuma
Fruteiras
como
funcionamento
marco
referencial
da fábrica
a entrada
de beneficiamento
de frutas da Carnta. em 1991, a agroindústria
teve um grande crescimento
da década
supuaçu
e acerola.
foram
Posteriormente,
laranja. açaí, graviola,
triplicadas
desde
produto
de frutas
capacidade
cararnbola,
a
goiaba, cajá, manga,
como
braço
Essas
agroindústrias
de frutas
_diversos níveis de escala,
unidades
envolvendo
de beneficiamento
pertencentes
e Sucos
a Associação
de Frutas
transformou
Derivados
do Estado
de dezembro
indústria
das Indústrias
do Pará
no Sindicato
(abacaxi,
de 2000, existem
que
de frutas
no
pouco
dos quais 30 trabalham
com
exportação.
vendida
é que 70 a 80% da polpa
no País são produzidos
compradores
z:
Estados
do Nordeste.
existem
3 mil pontos
O consumo
e st i mado
- totalizando
em
no Rio de Janeiro
de vinho
toneladas/mês.
estejam
mês e em São Paulo
São Paulo, Brasília
Somente
e
em Belém
de açaí,
diárias
em 2001,
em Belém,
A estimativa
consumindo
150 toneladas/mês
está
é que
500 toneladas/
e outras
200
com
congelada
fundada
iniciou a industrialização
como
parceiro
pela
o Fundo
A2R-Axial
Essa empresa
e produz
em 1998,
Itá Ltda .. que há 20
em 1998, US$ 1,5 milhão
60 toneladas
Terra
Recursos
Ax ia l, que
(SILVA.
faturou,
do
2000a;
em 2000, R$ 6
de açaí por
de polpa
60% vêm das áreas
manejadas
na ilha de Marajó
outros
pela própria
40%
são
(MAUTONE,
Muaná
da população
e
local
20(0).
Polpa
Alimentos
de Frutas
já exportaram
de açaí congelado
2000a).
para produzir
por mês, já a Polpa
de Frutas
no município
da Amazônia
32 toneladas
para o mercado
em 2000 (FERREIRA,
capacidade
empresa
comprados
As empresas
uma fábrica
de venda de açaí (FUJIYOSHI,
150 toneladas
4.500
de açaf
no Pará e os maiores
são Rio de Janeiro,
alguns
2000).
palmito,
tem capacidade
A estimativa
O
mês. Do total da matéria-prima,
à
ligadas
- Estado do Pará, sendo que o Sindfrutas congrega
mais de 20 associados,
e
no dia 12
80 empresas
de polpas
se
de Frutas
do Pará (Sindfrutas)
de processamento
de Polpas
(Asspolpa),
das Indústrias
milhões
de polpa
Industrial
tendo
PAIVA, 20(1).
goiaba).
1999c).
frigoríficos
dc s mc mbrud a do Banco
financiou,
unidades
suas vendas
1999a,
em caminhões
administrado
Renováveis,
desde pequenas
até grandes
a grupos multinacionais
Segundo
apresentam
1995 (FRANCO,
da Agro
do açaí.
Capital,
sem
RS 40 milhões nos
que tiveram
Muaná Alimentos.
anos industrializa
fruto
bacuri, muruci e abacaxi.
está injetando
atividade.
e
1998).
A empresa
foram incluídos
como Brasília.
Essa
de até 24 toneladas
(GUIMARÃES,
o maracujá,
2001).
é transportado
as frutas que tiveram
de beneficiamento
cidades.
do Pará e Arnapá,
de polpa
no Estado do Pará. a partir
de 90. Inicialmente,
seu processo
em
(PAIVA.
publicidade,
Estados
Tendo
nas diversas
e
de polpa
norte-americano,
A Muaná
Alimentos
30 toneladas
de polpa
da Amazônia
montou
de Santa
para 200 toneladas,
Bárbara.
com
mas está produzindo
30 t/mês.
A par ae n se Senun
maracujá,
acerola,
meio-termo
entre
goiaba,
o suco
Fruit
bacuri,
1999b). A empresa
e Comércio
de Chocolates
Saber. Ciências exatas e tecnologia.
do PIEBT,
xaropes
cupuaçu
e a polpa
D' Amazônia
Ltda.,
mantido
criada
de
e abacaxi.
concentrado
(ROMERO,
de 1999, dentro
fabrica
Indústria
em outubro
pela UFPA, está
Belém. v. 3. Edição Especial. p. 49-76. jan./dez. 2001
Alfredo
fabricando
bombons
cupuaçu
de açaí,
outros
e castanha-do-pará.
a fabricar
bombons
de cupuaçu.
pretende
depois
ampliar
do-pará
e licor
vendidos
em Recife,
Horizonte,
2000a;
chocolate
com
Salvador,
Marabá,
do
Brasília,
e
estão
sendo
e açaí, que são encaminhados
(SOARES,
em diversos
Pará dedicados
à agroindústria
muruci,
concentrados
O mercado
(NINNI,
2000c).
cupuaçu,
9,737
sete
no
Bahia
e
representa
e médio
do Estado
em
milhões
1999
do
de frutas.
polpa
cerca de ? mil toneladas
produz
por ano de 11 frutas
(accrola.
maracujá,
goiaba,
tapcrcbá)
e fornece
para grandes
abacaxi,
cupuaçu
nativo
paraense,
devido
clientes,
como a Kibon
Agroindustrial
cooperados.
emprega
3 mil empregos
produção
de polpa
faturamento
Sorvane,
65 pessoas
indiretos
de frutas
da cooperativa.
Em
em escala
e
:2000c). A
por 53%
do
a Camta
prod uzi u 1. 150 tone ladas de cupuaçu, que contri buíram
com 25% do faturamento
da cooperativa,
R$ 5 milhões
FILHO,
(PEREIRA
de polpa
foi fundada
apenas
instalada
estimado
Embrapa
Amazônia
As sementes
polpa
de maracujá.
para a Parrnalat
fornecido
(FERREIRA.
bc nc f ic i a mc nt o da
nesta
época
Atualmente.
Suc a s a e st.i concentrado
Saber. Ciências exatas e tecnolcçia.
,
45,5%
1,00 e a
parte da safra de
mata,
no sudeste
de escoamento
pioneiro
na
de polpa
de cupuaçu,
em
cerca
1997,
perdeu
de 13
em mutirão
na
o mercado.
de sementes
de cupuaçu
(cupulate),
desenvolvida
Oriental.
do peso
fresco.
frescas
manteiga
de cupuaçu.
de cupulate
de secas
e a quantidade
e de cosméticos
empresa
Amazon
em
cupuaçu
e açai em pó.
açúcar,
de polpa
de semente
de escala obtida na indústria
da semente
de ser usado
o
a
1.000 kg de
Como a produção
é restrita e o potencial
farmacêutica
correspondern
Ao pó obtido é adicionado
a economia
possibilidade
17,08%
160 kg de pó e 135 kg de
produzem
é pulverizada
pela
restrito.
representam
Exernplificando,
180 kg de cupulatc.
cupuaçu
para a
em 1983. é bastante
de cupuaçu
frescas
sementes
teria
integralmente
200Id).
5%
(PEREIRA
a R$
a tesoura
do peso do fruto, mas depois
de
de Castanhal
de 80 e produzia
na década
cortadas
do chocolate
totalizando
em
200Id).
no município
sozinho,
praticamente
bastante pequena.
A Sucasa.
2000
I Araras,
comercial
a vender
fabricação
Jandaia
diretamente
2000.
na
O Castanha
e a
no Pará foi de
cotado
perdida
O aproveitamento
100
responde
em
está
Suíça
a apenas
à impossibilidade
produção
sua associação,
Tem
(NINNL
milhões,
em
para 15,881 milhões
Em 1999, grande
1999).
produção
(Maisa).
S.A.
de cupuaçu
(BRAZ,
Fornece
muruci e
caju,
de sua
de frutos
foi
açaí.
a Alemanha,
corresponde
a R$ 3,50/kg.
manga.
e para a Rio Dourado,
para
O fruto
são
de abacaxi.
graviola,
e
em 1998, aumentou
2001d).
toneladas
açaí, graviola,
carambola,
de 30 a 40%
e Mossoró
promove
cupuaçu,
de polpa
goiaba,
local
e 21,479
FILHO,
muruci
de pequeno
municípios
A produção
Tocantins
de
e exporta
representam
de frutas
taperebá
para a Yakult
Gerais
que chegou
A Camta
caju, cupuaçu,
Holanda.
1998b). A Coocat
porte espalhadas
bacuri,
que
e os 10% restantes
e polpas
(BEMERGUY,
para São Paulo,
agroindústrias
castanha-de-caju
acerola,
e caju,
da empresa
Minas
trabalhando
maracujá,
abacaxi
São Paulo, Belo
sócios
paraense
de acerola,
a média de diversas
932
maracujá,
maracujá,
castanha-
do Araguaia-
tem
sudeste
beneficiamento
Rio de Janeiro
produtos
va Camponesa
em
para
2000).
A Cooperati
municípios
de bacuri,
acerola,
90% da produção
começou
com cupuaçu
e Rio de Janeiro
ROMERO,
(Coocat),
branco
Estes
de
com leite recheado
recheios
de açaí.
Goiânia
com recheio
A D' Amazônia
de chocolate
Kingo Oyama Homma
apenas
de cupuaçu
na indústria
Dry, em Bclém,
.i
1999). A
(SIQUEIRA,
já está
fabricando
.
J
j
Belém. v. 3. Edição Especial. p. 49·76, jan./dez. 2001
"
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A
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"
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.
,
o Desenvolvimento
Nos
supermercados
encontram-se
cupuaçu.
do
pacotes
Rio
de
de 400 gramas
que estavam
sendo
da agroindústria no Estado do Pará
Janeiro,
produzir
de polpa
vendidos
de
a R$ 4,80, em
um investimento
dê 6 mil
hectares,
(PEREIRA
fILHO,
hectares
região
no País, que em 1996 era
j.i alcança
com 24 milhões
da Transamazônica
onde vive um milhão
concentra
existem
20 milhões
em Redenção,
plantados
Santa Maria das Barreiras
preço do palmito
(J!ERREIRA,
de
área
de
100
hectares,
e mais 50 hectares
e sementes
(FERREIRA,
A empresa
2,4 milhões
emprega
palmito
produz,
por hectare
em média,
Transarnaz
ônica,
de
entre
de
de pupunha
Na
região
de plantio
da
de pupunha
do Norte
da
de frutos
S.A. plantou
trazidas
do
no município
de R$ 6,5 milhões.
as sementes
de
sendo 50%
do Peru em 1999,
rurais
e 70 hectares
na idade de corte (FERREIRA,
sendo
metade
oriunda
(ANVS)
estão
2000b).
da Vigilância
Sanitária
no final de 1999, três casos
causados
pelo
conservas.
Existiam
cadastradas
na agência
362
consumo
416
empresas
porque
e Qualidade
Programa
Nacional
Indústrias
de Palmito
que
em
estavam
86 já perderam
o
não se adequaram
às
criam
o Padrão
de
do Palmito
em Conserva
e o
de Inspeção
Sanitária
e 363
Identidade
de
de palmito
reguladora,
de fabricação
Resoluções
de
Nacional
identificou,
registro
1998 e 1999 pela ex-Sudarn,
no valor de R$ 80 milhões,
para produção
com sementes
40 trabalhadores
botul isrno
que são necessários
açaí.
8 projetos
foram aprovados
2.2 toneladas
e um bom palmito
palmitos
Fronteira
2000c).
enche um vidro e meio, enquanto
s e is a sete
em uma
2000h).
de pupunhciras
Importou
no
plantio
para palmito
Agroflorestal
A Agência
A pupunha
Agrof lore stul,
na fazenda
Guadalupc,
do Finam.
o
(FERREIRA,
de Santa Izabcl do Pará conta comum
Vigia, com investimentos
e no nordeste
... , 2001). Na Europa,
2000b;
Arnaz on Oikos
Peru em uma área de 480 hectares
também
é de US$ 2,00 o frasco de 300 gramas
2000a,
município
de um
de pés de café e 18 milhões
dô Estudo (AGRICULTORES
•
A
35 milhões
Há plantios de pupunhciras
de pés de pupunha.
5 mil
16 municípios
um rebanho
milhões
de 500 mil pés de pupunhciras
hectares
de pupunhciras.
de habitantes,
de cabeças,
pés de cacau.
10 mil
2001 e). No Pará, já existem
plantados
• milhão
de R$ 4,5
A empresa
da pupunha
ou 3,5 i/potes/dia, com
2000b).
agosto de 2000.
o cultivo
1.8 milhão de palmitos
que
"
incentivos
do finam,
de desvio
posteriormente
de recursos.
As áreas
proximidades
dos municípios
somam
de 3 mil hectares
cerca
motivo de denúncia
plantadas
de Altarnira
com
palmeiras
(FERREIRA,
2001 a). Quando
estiverem
funcionando,
a região
produzirá
entre 6 e 8 mil toneladas
que corresponde
previsão
a 25%
Dois projetos
municípios
plantio
financiados
de Redenção
de 680
hectares
e Uruará
15 milhões
as 8 fábricas
de palmito/mês,
400 empregos
e Sapucaia,
de pu punha,
A
diretos.
pela ex-Sudarn,
viabilizarão
pretendendo
eruressafra
a polpa
o
nacional.
em Conserva
A polpa do bacuri é cotada
de
da Transarnazônica
do mercado
é que serão gerados
nas
o
R$ 16,00,
de cupuaçu.
árvore
nativa
mudas
enxertadas
frutificar
produz
nos
alcança
depois
R$ 150,00
O preço
nas feiras
três vezes
plantio
depois
são vendidas
ao agricultor
2(00).
e na
mais do que
comercial
e a
de 10 a 15 anos;
a R$ 25,00
de 3 a 5 anos.
de 200 a 300 frutos
(LEOBET,
a R$ 1O,00/quilo
Não existe
só frutifica
nas
Uma
as
e podem
árvore
adulta
por ano, podendo
render
(PEREIRA
FILHO,
da fruta está cotado
entre
livres de Belérn
(SHANLEY
2001b).
R$ 0,25 e R$ 1,00
et aI., 1(98).
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49"76, jan./dez. 2001
-_.~--
-:.-
Alfredo
o
polpa
problema
do bacuri é o baixo rendimento
que é de apenas
equipamentos
o Brasil
Kingo Oyama Homma
10 a 12% do fruto,
industriais não conseguem
da
e os
despolpá-lo.
é o terceiro maior produtor mundial de
abacaxi, perdendo apenas para a Tailândia e Filipinas,
mas exporta apenas
1% dos 1,4 milhão de toneladas
que produz por ano. O cultivo de abacaxi no Estado do
Pará teve rápida expansão.
quase absoluto
suficiência
Da posição de importador
de lavouras de abacaxi: as roças de toco, em processo
de extinção nos próximos
produzir a custos bem baixos, porém sem continuidade.
e a roça mecanizada,
de custo elevado pelo aluguel de.
tratores
A roça de toco se faz em mata
década 90, tornou-se
o segundo
produtor
nacional,
e máquinas.
virgem, derrubada
a R$ 400,00 o alqueire,
e não exige
adubo ou defensivo agrícola, mas o replantio na mesma
área exige novos investimentos.
O custo de produção
do Estado da Paraíba, atingiu a auto-
na década de 80 e, na segunda metade da
3 a 5 anos, onde se consegue
Araguaia
de abacaxi em Floresta
do
está entre R$ 0,05 e RS 0,08 por fruto, com
50% das lavouras
mecanizadas,
o que faz com que
seja 23% mais barato do que o da Paraíba (FRANCO,
caindo para o terceiro lugar em 2001.
A área plantada de abacaxi, da variedade
pérola
de casca esverdeada.
no Estado do Pará, em 2000, foi
de 10.373 hectares,
superior
1998).
Em 1998, foi efetuada
a primeira
exportação
de
à da Paraíba e rendeu
22 toneladas
de abacaxi pérola in natura, de Floresta
121 milhões de frutos, com a média de 22.351 frutos/
do Araguaia
para Roterdã,
ha. Segundo a Associação
distribuídas
dos Produtores
de Abacaxi
de Floresta do Araguaia (Apafa) e a Cooperativa
Agropecuária
existem
Floresta
decidiram
de Floresta
do Araguaia
cerca de 650 produtores
do Araguaia.
reduzir
Para
o plantio
embora exista no município
processamento
de abacaxi,
Conservas Alimentícias
Mista
(Coomafa),
independentes
2001,
em
os produtores
para 8,5 mil hectares,
uma agroindústria
a Floresta
do Araguaia
Ltda. (Flora), que foi instalada
Floresta
de processamento
do Arag uuia pertence
ao grupo
em
italiano
Tropical Food Machinery, que exporta para os mercado
europeu. asiático e norte-americano.
O município
no mesmo período (BRAZ,
20()J). Em 2000. a Flora pagou RS 90,00 pela tonelada
de abacaxi de segunda e dos tipos B e C postos no seu
pátio.
Os atravcs sudorcs
estão
pagando
RS 0.25/
unidade. Em Floresta do Araguaia existem dois tipos
Saber. Ciências exatas e tecnologia.
Rússia
do produto
implicando
e a seguir
°
e Inglaterra.
é ainda
o rodoviário
bastante
até Marabá
e
depois o uso dos trens da CVRD até Santa Inês, no
Maranhão,
seguindo
de caminhão
escoado para o mercado
A colheita
até Natal. onde é
internacional.
de abacaxi
em Floresta
do Araguaia
ocorre no período de janeiro a maio; em Minas Gerais
começa em julho, e na Bahia e no Espírito
julho
O ideal é colher o abacaxi
a setembro,
Hemisfério
(PASSOS,
O município
plantada
que coincide
Santo, em
no período de
com o verão
no
Norte, o que será possível com irrigação e
uso de carbureto
de
Floresta do Araguaia produz 200 r/dia. o dobro do que
a fábrica pode processar
de transporte
setembro.
de abacaxi
para a França,
complicado,
para
no dia 20 de outubro de 1998 (BRAZ, 2000).
A indústria
trajeto
na Holanda,
de Salvatcrra
de abacaxi
30 toneladas
conta com uma área
de 600 hectares.
de frutos/hectare.
oferta de 18 mil toneladas
uma média de
que representa
uma
de frutos. dos quais espera-
se que 40% serão absorvidos
terá capacidade
1999).
de proccssar
pela agroindústria,
que
? t/hora .. -\ agroindústria,
que conta com a parceria da Tropical Food Machinery
Belém. v. 3, Edição Especial, p. 49-76. jan/dez.
2001
o Oesenvolvimento
para fabricar suco concentrado
comprar
de pequenos
de abacaxi,
produtores
da agroindústria no Estado do Pará
pretende
de Salvaterra,
Cachoeira do Arari e demais localidades
situadas num
Nordeste
e Sul do País, teve lima rápida
atendendo
a metade do consumo
exportando
para o Amazonas,
raio de 100 km da fábrica, já que o fruto tem condições
Foi outro exemplo
de ser aproveitado
ocupando
até 72 horas
após a colheita
Em 1999, a colheita de abacaxi em Salvaterra
com 400 hectares
receberam nenhum financiamento,
da década
chegava
. (ROMERO,
desmatadas
do Estado do Pará e
Amapá
e Maranhão.
de atividade
agrícola
e de substituição
a colher
plantados
foi
que não
quando no começo
10 milhões
de frutos
1999a). A produção de Salvaterra chegou
Um fato histórico
agrônomo sergipano
PA, que durante
importante
foi o esforço
a década
de 70 trouxe
mudas
município de Capitão-Poço,
Pará. Plantou as primeiras
abacaxis por semana. Cada hectare de abacaxi significa
com o apoio da Sagri e Emater-PA
na distribuição
a geração
mudas, tiveram
de cinco
tecnologia
entre 30 mil e 40 mil
empregos.
ainda rudimentar,
abacaxi em Salvaterra,
Por utilizar
uma
o custo de produção
em comparação
de
com Floresta
apresentam
forte impulso
Existem
mais de três milhões
de laranjeiras
eixo Capitão Poço-Irituia-Ourém
pequenos, médios e grandes produtores,
abacaxi
está
capacidade
A previsão
estimada
de processamento
em US$
é de 2 t/hora/suco
é aproveitar
1,1 milhão
(FERREIRA,
a casca
de
e a
1999a).
do abacaxi
para
de
ainda cancro cítrico nos plantios.
de compra no atacado é de R$ 0,1 O/fruto.
de unidades
que
na década de 80 e não
do Araguaia, chega a R$ O,15/fruto, sendo que o preço
A instalação
de
Sergipe para iniciar os primeiros plantios de laranja no
de pimentais,
para Fortaleza,
do
Antônio Soares Neto, da Emater-
4 mil mudas em áreas decadentes
a ser exportada
de
importações.
(FERREIRA,2000f).
de 5 milhões,
áreas
de sucesso
expansão,
cultivadas
em 1999 foi de 55 mil toneladas,
3.500 empregos
São Paulo existem
por 800
cuja produção
gerando
cerca de
À guisa de comparação,
diretos.
no
em
120 milhões de laranjeiras.
Em 1999, somente de Capitão Poço saíram 2.200
extração do aroma, para fabricação de adubo orgânico
carretas
e p.ara ração animal. A fábrica instalada em Floresta
toneladas.
do Araguaia tem capacidade
toneladas. O preço do milheiro de laranja recebido pelo
, a 10 mil toneladas
suficiente
para processar
de suco,
para a instalação
assegurando
casca
de uma unidade
voltada
. para extração de aroma, cujo investimento
100 mil. O investimento
Food Machinery,
de 5 mil
é de US$
da fábrica do grupo Tropical
em Floresta
do Araguaia,
foi de
R$ 2,8 milhões e a cada dois dias a empresa
Flora
envia 22 toneladas de suco concentrado
para a Europa,
América
do Mercosul,
do Norte,
Caribe
e países
-através do porto de Santos (FERREIRA,
A produção
1999a).
15 toneladas,
O mercado
num total
de Belém
é de R$ 7,00, chegando
produtividade
de laranja
consumiu
em Capitão
tempo atormentou
dificuldades
os produtores
Poço foi a condição
Poço é de 3,9
boa.
que por muito
de laranja de Capitão
da PA-124, chamada
da Laranja, só concluída
20 mil
até a R$ 5,00. A
caixas de 40,8 quilos cada, considerada
Uma das grandes
de 34 mil
de Estrada
em 2000. Os valores de frete
chegam a R$ 23,00/t para Belém, e para o Nordeste,
que compra 70% da safra de Capitão Poço, os valores
de laranja que, durante a década de
setenta, dependia na sua totalidade de importações
produtor
com
do
por tonelada
chegam
R$ 55,00 para Teresina,
a R$ 40,00
para
São Luís,
R$ 70,00 para Fortaleza,
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
Alfredo
Kingo Oyama Homma
R$ 90,00 para Natal e R$ 110,00 para Recife, além de
R$ 300,00 para Manaus.
A Cítricos do Pará (Citropar), maior produtora
de laranja no Estado do Pará, desenvolve desde 1994,
nos municípios de Capitão Poço e Garrafão do Norte,
uma fazenda com 4,2 mil hectares, dos quais 3,1 mil
estão cultivados com laranjeiras (FRANCO, 1999b).
A Citropar plantou 180 mil pés de laranja-pêra por ano
e, em 1998, somou 980 mil pés plantados, dos quais
460 mil estavam em produção. Em 1999, foram
muito
rápida
por toda
a América
Central
e,
posteriormente, pela América do Sul.
No Brasil, a constatação da doença ocorreu em
1998, nos municípios
de Tabatinga
e Benjamim
Constant, Amazonas. No final do mesmo ano, foi
constatada no Acre; no ano seguinte (1999) em
Rondônia e Mato Grosso; em 2000, no município de
Almeirim, e em 2001, no município de Porto de Moz,
Pará. Nos locais onde foi observada, a doença está
ocorrendo com alta agressividade sobre todas as
produzidas 35 mil toneladas. As vendas estão sendo
dirigidas para Fortaleza, Teresina, Belém, São Luís,
Recife e João Pessoa e devem ser expandidas para
Manaus, Goiânia, Brasília e Macapá. Para o Piauí, o
preço de venda é de R$ 220,00 a tonelada mais o frete
de R$ 45,00 por tonelada. A produtividade de seus
pomares foi elevada de 2,5 caixas de 40,8 quilos por
da planta) e, posteriormente, dos frutos com qualidade
e em quantidade, economicamente compensatórias,
pé de laranja para 4 caixas por pé. O pólo de produção
com perdas superiores a 50% e redução da vida útil
de laranja no nordeste paraense concentra 75% da
produção estadual que tem uma área de 14,2 mil
da planta.
hectares e uma produção de 1,33 bilhão de laranjas
colhidas.
variedades
comercialmente
cultivadas
no Brasil,
comprometendo totalmente a qualidade e a quantidade
da banana produzida.
Os danos são advindos da
destruição precoce das folhas (responsáveis principais
pela geração da energia necessária ao desenvolvimento
Marcelo Bicelli, estudante do segundo grau em
Altamira, resolveu aproveitar a produção de bananas
na Transamazônica e passou a vender a fruta frita em
O Brasil é o terceiro produtor mundial de banana,
estando atrás da Índia e Equador, mas apenas 3% de
sua produção é exportada, basicamente para Argentina
e Uruguai. O Pará é atualmente o maior produtor
nacional, desde 1998. A despeito dos diversos
problemas fitossanitários que a cultura apresenta, um
novo e grave patógeno (Mycosphaerella fijiensis) da
bananicultura mundial está se disseminando pelo País,
causando a doença conhecida como Sigatoka-negra.
rodelas salgadas e crocantes, em embalagens plásticas
de 50 gramas. Produz 2.700 pacotes de banana frita,
comercializados em 400 pontos de venda e emprega
11 pessoas. O consumo mensal de banana é de 25
toneladas. O produto é denominado de Bananica e
fornece 3 toneladas de banana desidratada por mês
para a Marisa, empresa localizada em Castanhal, que
fabrica a farinha e distribui para o Norte e Nordeste
(FERREIRA, 2000d).
A primeira descrição da doença ocorreu nas Ilhas Fiji
(Ásia), em 1963, no Distrito de Sigatoka, recebendo o
nome de "Raia Negra". A partir daí o patógeno passou
Associação dos Pequenos Produtores de Grotão dos
pela África e atingiu a América Central (Honduras)
Caboclos de Novo Paraíso (Agrocanp), localizada no
em 1972. onde a doença foi renomeada como Sigatokanegra. A partir de Honduras, houve uma disseminação
Km 48 da rodovia que liga os municípios de São Geraldo
A Comunidade de Novo Paraíso, por meio da
do Araguaia e Eldorado dos Carajás, ganhou uma
Saber. Ciências exalas e lecnologia. Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
- ~
_.J,
.-
\.'
o Oesenvolvimento
indústria de beneficiamento
da agroindústria no Estado do Pará
de frutas com capacidade
mais que os da goiaba e 10 vezes mais que os do caju
de processar 500 t/ano, com recursos do Projeto Piloto
e os da amora. A área de acerola plantada
para Proteção
de 7.200 hectares,
das Florestas
Tropicais
(FERREIRA,
sendo que o Nordeste
concentra
3.100 hectares. A acerola fruto rende 68% em polpa.
2000e).
A Brasnica
Frutas Tropicais,
maior produtora
propriedades
de banana
apontada
de bananeiras,
como a
no Nordeste,
Tocantins,
com
(Cajuba),
localizada
na Bahia,
e está pensando
em
produtora
no Brasil
com 450 hectares;
possui
ampliar sua área no Bico do Papagaio (MOTTA, 1999).
, As vantagens estão relacionadas
da Ferrovia
Norte-Sul
1.000 hectares
com a proximidade
e a previsão
seria de plantar
para venda direta
Paulo, Belo Horizonte
Brasil
em Brasília,
São
e Rio de Janeiro.
é o primeiro
maracujá, seguindo-se
Os grandes plantios de acerola estão localizados
duas
do País,
na região de Araguaína,
, 130 hectares
o
no Brasil é
produtor
destacando-se
Agroindústria
a Caju do Brasil
considerada
o Peru, Venezuela,
de
África do
com 450 hectares
na chapada
do Brasil Agrícola Ltda., com cerca de 200 hectares e
dos 600 plantados
no vale do rio São Francisco.
Cooperativa
Agrícola
os plantios
Mista da Amazônia
com cerca de 200 hectares,
à exportação,
Hawaí,
Utiara, Frutos do Brasil Ltda. (Brasfrut)
Mais
da metade
da
e Camta, que
são outros exemplos de empresas
de suco.
fruta. Em 200 I, o Estado do Pará apresenta
é muito utilizado
Nordeste, destacando-se
na Região Norte e
o Pará como quarto produtor
e exportador de suco do País, concentrando
a produção
no nordeste do Estado. Do suco de maracujá
se boas quantidades
de vitaminas
obtêm-
hidrossolúveis,
sais
com uma produção
de difícil penetração.
sedativo e calmante. A polpa é utilizada na preparação
mudanças
na coloração,
-de sucos,
sorvetes,
o esmagamento.
sementes
é extraído
industrial.
É também considerada
óleo
,devido à grande exuberância
fruto
tem
aproveitamento
em potencial,
planta ornamental
preferem
por perda
em
30%
A Alemanha,
tem aumentado
ou
alcançou o atual destaque a partir
dos altos teores de vitamina
C, 100
vezes maiores as da laranja e os do limão, 20 vezes
US$ 1,50/kg
ou
outro grande mercado
gradativamente
de polpa, que é utilizada
as suas
para a produção
de
sucos de frutas
na Europa.
Os frutos congelados
a acerola,
à preocupação
o que pode vir a ocorrer com
muito apreciada
polpa
adquirir
de vitaminas
para
centro-americana,
cereja-das-antilhas,
e
mixed juice, uma mistura de diversos
et aI., 1998).
De origem
compras
mas muito exigente
de suas flores. O maracujá
rendimento
~(GUIMARÃES
da constatação
para
Das
898 ha,
o
in natura, devido
alterações
ou doces.
nessa
de acerola,
Os japoneses
em evitar
licores
internacional
Japão é um mercado promissor,
minerais e fibras, podendo também ser aplicado como
vinhos,
que investem
de 2.294 toneladas.
Quanto ao comércio
a fruta congelada
sendo a
e os dos Grupos
produção mundial de maracujá é exportada sob a forma
o maracujá
da
(Copama),
em Castanhal,
maior parte destinada
e Quênia.
a Mossoró
do Açu, e a Nischery
Sul, Sri Lanka, Austrália, Papua Nova Guiné, Ilhas Fiji,
Formosa
a maior
S.A. (Maisa), no Rio Grande do Norte,
No Estado do Pará, destacam-se
mundial
S.A
de acerola
em São Paulo
são cotados
e no mercado
a
exterior
variam de US$ 1,300 a US$ l,700/t. Outra possibilidade
é a pasta de frutos verdes cotada a US$ 7,OOO/t, que é
utilizada
para a fabricação
de cápsulas
vitamínicas
de
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan.ldez. 2001
'1III__·_-_
A_If_re_d_O_K_in_g_O_o_y_am__ a_H_O_m_m_a
500 mg. O preço in natura, entregue
pelo produtor,
mercado
abastecido
nacional
de acerola
está
por diversos plantios localizados
sendo
no Sul do
País e no Nordeste, que deve estar produzindo em tomo
de 5 mil toneladas. A estimativa é que a Região Sudeste
do País consome
entre 5 e 6 mil toneladas
por ano, os mercados japonês
de frutos
e europeu cerca de 2,5
mil toneladas cada um, além da perspectiva do mercado
americano.
mão-de-obra,
rendimento
de acerola
é altamente
cerca de 4 a 5 pessoas/hectare,
em
com um
por dia de colheita entre 10 e 15 caixas de
15 kg, com custo aproximado
desuniformidade
atividade
da maturação
seja intensiva
de R$ 0,50/caixa.
em mão-de-obra,
uma possível vantagem
no Nordeste
brasileiro.
A goiabeira
A
faz com que essa
proporciona
o que
para os plantios
é uma planta frutífera americana
Na Região
de
a
sendo
são dispersadas
por pássaros
e
pequenos
animais. É uma planta rústica, podendo ser
cultivada
até mesmo em regiões subtropicais.
Estado
de São Paulo
nacional,
conta
com
com cerca de 6 mil hectares
com 500 hectares
árvores
produtividade
ainda
de
vem muito
e mais de 4 mil hectares
em fase
de crescimento.
A
é de 40 t/ha, sendo a média nacional
30 t/ha.
O cultivo da goiaba está sendo impulsionado
município
suas
na Fazenda
Ourinhos, situada nas margens da rodovia BR-222, que
liga a rodovia Belém-Brasília
2000b).
Na Fazenda
hectares
de goiaba
plantaram
a Marabá (BEMERGUY,
Ourinhos,
estão plantados
e os pequenos
600 hectares
230
produtores
(FERREIRA,
já
1999c; 1999d;
2000g). A previsão do plantio de goiaba em Dom Eliseu
é de 140 kg/pé, permitindo
uma produtividade
O investimento
na fábrica
milhão e tem capacidade
de processar
meta é atingir uma produção
de 40 t/
foi de US$ 1,1
até 2 t/hora. A
de 25 mil toneladas
de
doces de goiaba em 2005.
O Grupo Bonal tem investimentos
Maranhão
no Acre. no
e em São Paulo, além de Indonésia,
Nova Guiné e Zaire.
Papua
O Grupo Bonal começou
em 1971, quando comprou
passou a cultivar seringueira,
22 milhões
de dólares
(BEMERGUY,
tendo investido
onde
mais de
em empreendimentos
2000b; FERREIRA,
suas
um seringal no
rurais
1999d).
no
de Dom Eliseu, Pará. pela fábrica Senor S/
A. pertencente
Cosméticos e plantas medicinais
O cheiro do Pará está conquistando
com 70% da
área plantada. O vale do rio São Francisco
abaixo,
S/A desenvolve
e
em qualquer lugar, devido à facilidade com
que as suas sementes
produção
A Senor
de Plantação
em uma área de 5 mil hectares,
atividades
Amazônica,
é uma das frutas mais familiares,
encontrada
o
Internacional
Acre e em 1978, se instalou no Pará e Maranhão,
pré-colombiana.
goiabeira
intensiva
(Sipef).
atividades
hectare.
A cultura
cultura
grupo belga Sociedade
Financeira
está na faixa de US$ 0,60/kg.
o
_
ao Grupo Bcnal, o qual faz parte do
o mercado
nacional e pode, em pouco tempo. perfumar o mercado
internacional
(SILVA. 2000b ). Vários cremes e loções
com frutas e plantas
típicas
como açaí, acerola, copaíba,
da floresta
cupuaçu, guaraná, buriti,
andiroba, estão sendo adicionados
e loções da indústria
Respaldadas
a sabonetes, cremes
de cosméticos
em pesquisas,
amazônica.
(ZACHÉ.
2000).
as empresas de cosméticos
explicam
que o interesse
em buscar
Amazônia
se baseia nos poderes
recursos
medicinais
da
da flora
dessa região. As espécies
seriam ricas em substâncias
que hidratam e previnem
o envelhecimento
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Selem, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
da pele.
o Oesenvolvimento
Outro
alcançarem
argumento
dos
fabricantes
maior espaço internacional
da agroindústria no Estado do Pará
para
é o anseio das
ingredientes
ativos os óleos de copaíba,
ucuuba. No período de novembro
pessoas por consumir produtos naturais já que o mundo
2000, a Brasmazon
.está voltado para a exploração
sendo 50 toneladas
da biodiversidade
da
Amazônia, que dá idéia de pureza e força da natureza.
A Fluidos
da Amazônia
Ltda.
Chamma) foi fundada em 1959 e em junho de 1996
submeteu
o seu projeto
ao PIEBT
Federal do Pará. Possui atualmente
Recife, Salvador,
Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba,
Belo Horizonte,
copaíba e andiroba
A Brasmazon
de óleo de andiroba
Rocher
(NINNI,
2000a;
de óleo de cupuaçu
vendeu
e a previsão
de 1.000 toneladas.
para este
Na safra de
de 2000 ajunho de 2001, produziu
toneladas
murumuru,
de óleos
copaíba,
espalhadas
15
de andiroba,
cerca de
maracujá,
castanha-do-pará,
ucuuba
e
é comprada de 1.500 famílias
em mais de 100 municípios
dos Estados do
Pará e Amapá.
(NINNI, 2000b).
A Fluidos da Amazônia
e até sachês.
Ltda. produz perfumes e
O sabonete
de andiroba
é
produzido com base no princípio de que a planta possui
que é antiinflamatório
e ajuda a tratar as
lesões de pele. Em 1998, a empresa lançou a sua nova
linha de perfumes e cosméticos,
que utiliza patchouli,
priprioca, óleos de castanha-do-pará,
caroço
de óleos,
2001c). Em 2000, a empresa
cupuaçu. A matéria-prima
de venda em Belém. Produz xampu e condicionador
perpenos,
novembro
475
Brasília, Florianópolis e Goiânia, além de quatro pontos
sabonetes
Yves
ano é a produção
21 lojas espalhadas
pelo País, nas cidades de Fortaleza,
de açaí, cupuaçu, castanha-do-pará,
FERREIRA,
toneladas
da Universidade
de óleo de andiroba.
a francesa
e
de 1999 a junho de
120 toneladas
vende, em média, 30 toneladas
para
(perfumaria
produziu
andiroba
de açaí e resina
copaíba, andiroba,
de ucuuba
Na natureza,
grande
a densidade
porte que alcançam
árvores/hectare.
andirobeiras
até 30 metros
Há relatos
de que
pelo processo
árvores
O óleo de andiroba
de prensagem,
com rendimento
de
é de 4,6
de grande porte podem produzir
200 kg de semente/ano.
cozimento,
das andirobeiras
após sofrer
de
de 180 a
é extraído
um rápido
situado entre 5 a 10%. O
litro de andiroba é vendido a R$ 4,00 pelos coletores
(FERREIRA,
e
em São Paulo chega a R$ 45,00. O preço do litro de
i998a).
óleo de andiroba estava sendo vendido pelos extratores
A Artesanato
Juruá
Ltda. está no mercado
mais de 30 anos e seu produto
sabonete Juruá,
decorrente
mais vendido
das pesquisas
há
é o
do italiano
da Floresta Nacional do Tapajós a R$ 1,58/litro e pelos
intermediários
a R$ 3,16/litro.
árvores em produção,
instalou-se em Óbidos. Vem exportando
integralmente.
para o Japão, Alemanha
e a França (NINNI,
de
Tomé-Açu, um agricultor possui um plantio com 15.000
Francisco Filizzola, que, fugindo da II Guerra Mundial,
seus produtos
Na colônia japonesa
mas que não está aproveitando
2000b).
No município de Castanhal, Pará, o japonês Teruo
A Indústria
de Oleaginosas
Amazônia Ltda. (Brasmazon),
_de Ananindeua,
e Produtos
da
localizada no município
Pará, é um dos maiores produtores
de
Shimomaebara
tem um plantio de 2.500 pés de cipó-
pucá (CiSSllS sicyoides)
diabete, hipertensão,
a Beranca Ingredients,
(FERREIRA,
lançar
sabonetes
à base de cupuaçu,
tendo
como
que necessita
de apoio de estacas e bastante sol, com aplicação
oleaginosas da região. Essa empresa, em parceria com
com sede em São Paulo, vai
em 3 hectares,
reumatismo
1999b). O material,
e infecções
para
urinarias
acondicionado
em
pacotes de 50 gramas, é vendido por R$ 5,00 no Pará
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan.ldez. 2001
1III~
A_If_re_d_D_K_I_ng_D_O_Y_a_m_a_H_D_m_m_a
_
e por US$ 10,00 no Japão. A produção é de 500 pacotes
10 mil microorganismos
por semana
num total de 30 mil no prazo do contrato.
Dedica-se
ou 100 kg/mês
também
utilizada
(FERREIRA,
1999b).
ao plantio de pata-de-vaca,
para reduzir
renais, possuindo
a pressão
que é
arterial e problemas
800 pés, sendo as folhas retiradas
foi cancelado,
Unidos e na Europa patente
do
Esse acordo
brasileiro
disciplinar
a editar a
sobre o assunto.
O Centro de Biotecnologia
Yves Rocher, criada em 1959,
obteve nos Estados
levando o governo
por ano,
Medida Provisória 2.052, de 29 de junho de 2000, para
após 8 meses de cultivo.
A multinacional
(fungos e bactérias)
sendo construído
quadrados
da Amazônia
está
em uma área de 12,7 mil metros
no Distrito Industrial
da Suframa e as obras
princípio ativo do óleo de andiroba como antiinf1amatório
estão orçadas em R$ 9,6 milhões. O Ministério do Meio
para tratamento
Ambiente,
de celulite
(PASSOS,
2000).
Os
por meio
do Programa
produtos à base de óleo de andiroba, que foi patenteado
Molecular
para Uso Sustentável
pela Yves Rocher,
Amazônia
(Probem),
quando aplicados
interferir no metabolismo
que os pré-adipócitos
comparados
da gordura. A idéia é evitar
(células
a saquinhos
adipócitos,
saquinhos
Brasmazon
Indústria
na pele podem
de gorduras
vazios,
cheios
se transforme
(PASSOS,
de Oleaginosas
Ltda. é a fornecedora
da pele),
congregar
80 grupos
entidades
estrangeiras-americanas,
custaram US$ 60,8 mil (FOB) ou US$ 5,82/quilo.
Moléculas
Naturais
milhões
por 30 meses,
naturais
de seu interesse
pesquisa
de
KOMATSU,
medicamentos
Associação
Brasileira
Biodiversidade
organização
As pesquisas
Unidade
de pesquisa
pretende
nacionais
e 15
européias
e
1998).
com jaborandi
iniciaram em 1972,
fazendo com que fossem construídas
Industrial
Vegetex, em Parnaíba
a
(Piauí), e a
em São Luís, onde são produzidas
9 toneladas
substâncias
(KOMATSU,
2000). Em 1989, foi adquirida a Unidade
ser alvo de
Agro-industrial
Fazenda
técnica
(Biomazônia),
de sais
entre
a
da
uma
social com escritórios em Manaus, Brasilia
pés
que
no município
por
de
com 3 mil hectares para
os quais já somam
respondem
60%
15 milhões de
da produção
de
pilocarpina.
A fava danta
dos cerrados
e São Paulo. e a empresa suíça Novartis Pharrna AG.
Estados
criada em março de 1996, decorrente
fava dnnta
da fusão das
de pilocarpina
Chupada,
Barra do Corda, no Maranhão,
(VASCONCELOS;
para o Uso Sustentável
da Amazônia
da Amazônia
(CAVALCANTI,
cultivar jaborandi,
de cooperação
do Governo do
anualmente
2000).
O acordo
japonesas
Merck Maranhão,
Extracta
pagar US$ 3,2
para identificar
que possam
de Biotecnologia
pela Merck,
britânico Glaxo
Ltda., prometendo
são contrapartida
A
da Amazônia
Welcome fez uma parceria com a brasileira
investiu R$ 5,6 milhões e os R$
O Centro
2000).
da
Estado do Amazonas e da Suframa (VALÉRIA, 2001).
10 toneladas que
Em julho de 1999, o laboratório
da Biodiversidade
em
de óleo de andiroba para a Yves
Rocher, desde 1996, tendo exportado
4 milhões restantes
de Ecologia
é uma leguminosa
brasileiros,
do Maranhão
com grande
e Piauí.
nativa
incidência
bioflavonóides
de difícil
de maio de 2000 para vigorar por 3 anos e envolve
Merck passou a desenvolver
USS -J. milhões (JOHN, 2000). Previa a coleta de até
e atualmente
nos
A casca do fruto da
é rica em rutina, embora acompanhada
empresas suíças Ciba e Sandoz, foi assinado no dia 30
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial. p. 49-76, jan./dez. 2001
arbórea,
separação.
Desde
de
1996, a
pesquisas com essa planta
a Merck Maranhão
produz 450 toneladas
o Desenvolvimento
de rutina
por ano. atendendo
necessidades
mundiais
da agroindústria no Estado do Pará
a cerca de 40% das
dessa
substância.
Como
registradas.
que movimentam
subprodutos da extração da rutina, a Unidade Industrial
bilhão por ano. A Alemanha
da Merck Maranhão
terupêutico
fabrica rhamnose
e quercetina.
A rutina é um eficaz vaso dilatador
laboratórios
e comercializada
exportadoras
utilizado por
por
como a Merck Nordeste, Sanrisil, Fitol e
PVP. Estas empresas exportam US$ 20 milhões anuais
em rutina do cerrado e a população
excluída
nativa permanece
do processo (PAIVA, 1998). Para o pequeno
produtor
rural.
a coleta
apenas 0,51 % de sua renda familiar anual e a demanda
de extinção,
é uma
medicinal
ameaçada
existente nos Estados de Rondônia,
Mato
Grosso e Pará (PEREIRA FILHO, 2001c). Um plantio
de ipeca bem conduzido
hectare. Os laboratórios
pode render
fitoterápicos
R$ 175 mil!
pagam R$ 35,00/
quilo da raiz, e o extrato é vendido a R$ 150,00/litro.
muda de ipeca pode produzir
A
até cinco toneladas
de
raiz por hectare, sendo que na mata dá até 3 toneladas.
A colheita é feita de 20 em 20 meses, resiste bem a
pragas e doenças.
havendo apenas um tipo de inseto
que destrói a folha sem comprometer
de Augusto
f.itoterápicos
científica,
despertaram
crescendo
anos,
os medicamentos
a atenção
produtor
(PEREIRA
Nativa
é
do Sul e
uma tonelada
folhas secas. O quilo pode ser vendido
gerar renda de R$ 6.000,00/hectare.
medicinais
exige,
técnico, investimentos,
a R$ 6,00 e
Trabalhar
com
além de conhecimento
construção
O agricultor
de
vende
de viveiro, estufa e
as folhas
ou a raiz
desidratada.
Para se ter uma idéia do valor
desse
investimento,
o equipamento
de até
para propriedade
3 hectares custa R$ 25 mil.
Da muirapuama,
considerada
substituta
da
Viagra, é usado o tronco, que não tem como regenerar
-- após o corte se não houver reposição e o uso planejado
da espécie.
extração
A unha-de-gato
vem sofrendo
no Acre e pode ser utilizada
forte
como coquetel
anti-Aids.
Mandioca
O Pará é atualmente
o maior produtor
rivalizando-se
Tornou-se
elemento
com Paraná
nacional
, Bahia
e
comum da paisagem
de dezenas
de caminhões
em
direção a Belém e a outros centros urbanos, nas tardes
o
de sextas-feiras,
trazendo
colonos
do nordeste
FILHO,
paraense para comercializarem
destas
espécies
sábados em di versas feiras livres da cidade
e o seu
seis vezes no Estado do Paraná,
o maior
imediato
para
2001a). De 1990 a 1999, o plantio
aumentou
de úlceras.
pode produzir
local o deslocamento
da comunidade
para o pequeno
mercado das plantas medicinais
não tem dez. A
que está em falta no mercado,
Paulo e um hectare
Maranhão.
dez
tem 117 plantas com uso
e no Brasil
no tratamento
dessa cultura,
Corrêa, Pará.
últimos
de R$ 1
a raiz. Existe
um cultivo de 35 mil plantas no município
Nos
um mercado
Sudeste. uma muda custa R$ 2,50 em viveiros de São
secador.
chega a 2 mil toneladas/anoj~f)
A ipecacuanha
espinhe ira-santa,
plantas
de fava d ' anta representa
"planta
aprovado
utilizada
empresas
à base de plantas
Brasil mais de 200 medicamentos
retorno.
Nas áreas
farinha nas manhãs de
produtoras,
produtor. O Paraná tem mais de 2,2 mil hectares
de
concretização
área cultivada;
Os
iniciam a partir da metade da semana. envolvendo
medicamentos
há dez anos eram 371 hectares.
fitoterápicos
ganharam
mercado
serem naturais e terem preço mais baixo. Existem
por
no
da venda
da farinha,
arranquio da mandioca, o transporte,
a ralação,
a prensagem
,....-'r Saber:--Ciências exatas e tecnologia,
a
as atividades
o
o descascamento,
para a retirada
do tucupi,
a
.
Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76,
jan.zcez.
2001
"
',',
'.
.' .~.-:~\ ".
','
","
'
"
;.
'.,'
: ...•-<-J."--"--"' ...--........--.-:.,;,.:•••..
Alfredo
busca da lenha, a torrefação,
a espera do caminhão
entre outros.
produzida
de mandioca,
'•••• , •• :'.
a ser
(seca, d' água, mista, tapioca), da goma, do
farinha,
parcial
tratores
atendimento
coletivo
sobretudo,
a infra-estrutura
subprodutos
produtos
e
intensiva em mão-de-obra,
três hectares,
pessoas
o ano, indicando
durante
da
seria possível
talvez a maior fonte geradora
varia
pelos feirantes
e revendidos
paraense,
cornercialização
nas feiras, em litros, transforma o saco
dessa
produtores
mudança.
na forma de litro. A
tivessem
farinha diretamente
Isso
condições
indica
o
derrubadas
farinha.
de revender
a sua
de serrarias
poderiam
renda,
sobretudo
(HOMMA, 2000).
das populações
a sua importância
de baixa
não é correspondida
para
a qualidade
e.
social. Chama a atenção.
no Pará (14 toneladas!
a produção
em
paraense
de farinha.
no
indicando que
de farinha de 50
refere-se
As capoeiras
sucessivas,
do nordeste
já não conseguem
e
produzir
para aquecer os fornos das casas de
Isso obriga a busca de lenha ou de resíduos
em locais distantes,
clara indicação da necessidade
de reflorestamento
Apesar de ser um produto básico da alimentação
na Amazônia,
químicos
22 toneladas/hectare,
aumentar
lenha suficiente
se os
ampliar bastante a sua lucratividade
para
depois de dezenas de anos de queimadas
que,
para os consumidores,
agrícolas
da
à busca de
lenha, cujo tempo gasto está entre 10 e 15% do custo
de produção
de 60 kg em 100 litros de farinha, beneficiando-se
de fabricação
em bases mais tecnificadas
de farinha no nordeste
entre 80 e 90 sacos de 60 kg, por hectare, adquiridos
feirante
.•
Uma das grandes limitações dos atuais produtores
de emprego no Estado
de farinha de mandioca
_
até 100%, com a atual área plantada.
mais de 200 mil empregos,
esteja gerando
do Pará. A produção
duas
que o cultivo
e o cultivo
Paraná, atingindo
estima-se
empregam-se
••
comunitárias.
melhorar
contudo, a baixa produtividade
hectare)
que, para cada
mandioca
se orgulham pela
da mandioca.
Altamente
~~.>.',::.t.',;:....~,:~.·.:
~.~.•':
.__
e fertilizantes
ser diferentes.
de diversos
"!'. ~.'.
e implementos
a produtividade,
e pela tradição
.:
no processo
aumentar
qualidade
,:, ••.•
_
tucupi, ou da folha para maniçoba, os caminhos podem
Muitas comunidades
:': ••••
como casas de farinha
mecanização
que atende às comunidades,
do tipo de farinha
.••••.•.
_,'.!.'
Kingo Oyama Homma
a tintura, o ensacamento,
Dependendo
~.,;,:-4- L--~~~
.•.:..L·~
constituindo-se
de implantar programas
para os produtores
de farinha.
A entrada recente de grandes supermercados
circuito
de comercialização
eliminou parcialmente
em
de farinha
no
em Belém
a questão de falta de higiene nas
termos de apoio para esse segmento da agroindústria
vendas em feiras livres. Um dos graves problemas,
familiar. Se os gastos com a mão-de-obra
foi alertado em 1993 pelo químico Dr. José Guilherme
parte familiar ou em mutirão) utilizados
(em grande
na produção
Soares
Maia,
na época
Diretor
do Museu
que
Paraense
de farinha forem pagos com o valor do salário mínimo,
Emílio Goeldi, refere-se ao uso de corantes industriais
verificar-se-á
na fabricação de farinha, para dar-lhe tonalidade amarela
que muito
mal cobrem
produção. não raras vezes apresentando
Algumas agroindústrias
os custos
de
lucro negativo.
instaladas em Santa Maria do
Pará e em São Miguel do Guamá procuram
adquirir
e torná-Ia
mais atrativa.
A natureza
desses corantes.
muitas vezes de qualidade duvidosa, não tem recebido a
devida atenção por parte dos consumidores.
roças de mandioca de pequenos produtores sem investir
Dcndê
no processo produtivo.
Há
várias
desencadcadas
políticas
que
precisam
para auxiliar os pequenos
Saber. Ciências exatas e tecnologia.
%O
ser
produtores
No Estado do Pará. que ~ o primeiro
nacional
de dendê. existem
Belém. v. 3. Edição Especial. p. 49-76. jan./dez. 2001
7
produtor
apenas 40.000 hectares
D Desenvolvimento da agroindústria no Estado do Pará
em comparação
com os 2,5 milhões
de hectares
na
Ltda.,
no município
de Santa Izabel
do Pará,
com
Malásia, que produziu 8,6 milhões de toneladas de óleo
capacidade de refinar 36 mil toneladas de óleo de palma
na safra
bruto por ano (PINTO,
1996/97,
e a Indonésia
hectares. A produção
com
1.800.000
mundial de óleo de dendê, em
1998, foi de 18 milhões de toneladas,
com os 20,3 milhões
em comparação
de toneladas
nacional
representa
0,6% do
total mundial. A previsão é a produção de óleo de dendê
superar a produção
de óleo de soja (NASCIMENTO,
. 1998). O Estado do Pará produziu 80 mil toneladas em
1997, que correspondem
Desse total,
foram
a 85% do total nacional.
exportadas
30 mil toneladas
e
importadas 110 mil toneladas, indicando que é possível
dobrar a atual área em produção
para
substituir
perspectivas
as
no Estado do Pará,
importações,
de expandir
com
essa cultura
grandes
6 t/ha de óleo correspondente
cultura de dendê consegue
cada 5 hectares
de 4 a
a 20 a 25 t cachos/ha.
gerar um emprego
A
para
de óleo de palma, com cerca de 75% do mercado, com
de diversas
empresas
do setor, desde a
sua fundação em 1982 (CARDOSO,
2000). A principal
aplicação do óleo de palma é no setor de alimentos,
corno matéria-prima
para produção
gorduras para panificação,
os principais
Danone,
clientes
Arisco,
Grupo Agropalma
da Amazônia
Das
12 empresas
Agroindustrial
Absorve
a produção
pequenos
produtores
inaugurada
e massas. Entre
da Agropalma
estão a Nestlé,
entre outras.
implantou a Companhia
(CRA), inaugurada
O
Refinadora
em julho de 1997,
mas está operando
com capacidade
A produção
como a Sanbra,
Maeda,
Gessy
Agropalma
Amazônia
(SOUZA,
O Grupo
que já atua há mais de 50 anos fabricando
da marca Cutia, líder de
a Refinaria
Yossam
industrial
ociosa de 16 mil
de
apresenta,
relação à disseminação
o qual os plantios
afetados
Lever,
desde
Colgate-Palmolive,
Refinadora
da
1998).
porém, graves
riscos com
do amarelecimento
fatal, com
da Denpasa
1983,
levando
foram
seriamente
a sua desati vação
(DENPASA ... , 2001a; 2001b). Os custos de produção
no Pará estão estimados
em US$ 300,00/tonelada,
com Malásia e Indonésia,
em
que produzem
óleo de palma a US$ 250,00/tonelada
(CORDEIRO,
1999).
Há necessidade
de considerar
a cultura do dendê
integrada às demais atividades produtivas em nível local
e regional,
por exemplo,
treinamento
implantou
de
para beneficiar
e Companhia
dendezais,
vendas na Amazônia,
cultivados
média de 5 mil toneladas
processar
sabão em barra marmorizado
porte.
de cachos de frutos frescos por ano,
para sustentar
Kabacznic,
de médio
e possui uma unidade
alimentos,
de óleo bruto/dia.
a
em Igarapé-
de 2.500 hectares
em Icoaraci, no distrito de Belérn, com capacidade para
170 toneladas
como
em 1992, com capacidade
36 mil toneladas
toneladas.
na Amazônia,
S/A, localizada
Açu, pode ser considerada
comparação
de margarina,
biscoitos
Sadia, Ajinornoto,
existentes
Palmasa
O cultivo
plantados.
O Grupo Agropalma é a maior empresa produtora
as aquisições
um déficit de cerca de 60 mil
óleo de palma bruto é destinada para diversos clientes,
(BARCELOS,
1999a; 1999b). O dendê possui um rendimento
existindo
toneladas.
constituindo-se no segundo óleo vegetal mais consumido
nS' mundo. A produção
de óleo de
palma bruto no mercado nacional gira em torno de 150
mil toneladas,
de óleo de soja,
1999). O consumo
outros (KALTNER,
enfocando
a mão-de-obra
de recursos
a produção
de
utilizada
nos
humanos,
1999a; 1999b). O potencial
para a cultura do dendê na Região Amazônica
considerar
apenas
o uso de áreas
desmatadas.
entre
real
deve
Se
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
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..----
-
considerar
as áreas propícias,
somente
68% das vendas
o Estado do
Amazonas possui 56 milhões, cuja utilização implicará
o seu desmatamento
(MEDINA,
dendê como programa
promovendo
a recuperação
desmatadas,
constitui outra opção.
A Fazenda
ecológica,
da Socôco,
árvore
de coco industrial
recorde
mundial
(lRRO),
da cultura do coqueiro
para a expansão
destaca como terceiro produtor nacional.
brasileira
toneladas/ano
A produção
Alimentícias,
A tendência
à Socôco s/
tem 27 mil hectares,
agricultura,
no
sendo
600 mil coqueiros
Amarelo
da Malásia
Africano
(macho),
(fêmea)
x Gigante
com uma produção
mil cocos e produção
que atende
de híbridos
Anão
do Oeste
e implantou,
dentro
triturada
e desidratada
Maceió,
onde são processados
os produtos
em
produtos alimentícios
40% do mercado
nacional
1.600 pessoas.
coco Quero Coco é beneficiada
cada vez mais frutas,
(FERREIRA,
de legumes
estufas,
2000j).
existem
é utilizar
Na cidade
35 mil hectares de
região espanhola
e verduras
vegetais.
para a formação
de mudas
a maior
tudo à
da Europa,
Grupos
bem como produtores
na produção
da
na Europa, Estados
em grandes
estão interessados
algodão,
holandeses
e
agrícolas brasileiros,
de substratos
de laranja,
vegetais
eucalipto,
café, flores e hortaliças.
O Programa
Amazônia
de
A água de
em Ananindeua
Pobreza
e tem
e Meio
Ambiente
na
(Poema) ampliou o projeto de utilização da
fibra de coco, principalmente
derivados do coco. A fábrica e a
fazenda. juntas, empregam
difundido
na Espanha,
agrícola.
finais da
marca, como o leite, o coco ralado e a água de coco
que atende
vegetais
espanhóis,
de onde sai
para a matriz
substratos
base de substratos
de cinco a sete anos. A
a polpa
e hortaliças
produtora
(FERREIRA,
Socôco tem uma fábrica em Ananindeua,
legumes
a
do confinamento
estufas, que fazem daquela
2000i). A meta é plantar 150 mil pés/ano e, com isso,
a produção
recentemente,
120 mil metros cúbicos de
mundial
largamente
de Elejido,
diária de 220
anual de 75 milhões de cocos,
a 70% das necessidades
10 mil
1,3 milhão de litros de
Unidos e Canadá, que produzem
município de Moju, dos quais 4 mil estão plantados com
Socôco,
de coco ralado,
produz
pó da casca externa do fruto para substrato
do Coco Ralado Socôco e está presente há 15 anos no
dobrar
A Socôco
de coco pela Amacoco
A Socôco foi fundada em 1966, com a produção
A Indústrias
francês
países da Ásia e da África, é de
Arnafibra, que vai produzir
Pará. A Fazenda da Socôco, pertencente
pelo instituto
O
leite de coco pelada Socôco e 40 mil litros/dia de água
de coco é da ordem de 1,5 bilhão de frutos
por ano.
coco,
em diversos
2000j).
pour les Huiles et Oleagineux
120 frutos/árvores/ano.
no Estado do Pará, que já se
(FERREIRA,
monitorado
Institut de Recherches
Coco
em Moju, bateu recorde
na safra de 199912000 com 140 frutos/
de produtividade
de áreas aptas, que já estão
Existem grandes possibilidades
com maior incidência
para o coco ralado.
1999). O cultivo de
de compensação
da empresa,
na fabricação de acessórios
para a indústria
automobilística
(SILVA, 2000). A
fábrica Poematec
Fibras Naturais,
criada pelo poema,
uma produção mensal de 180 mil caixas, de 27 unidades
foi inaugurada no dia 7 de março de 2001. no município
de
de Anan indeua.
garrafas.
Ananindeua
empresa.
A matéria-prima
produzida
atende a 75% das necessidades
sendo o Sul e o Sudeste
em
beneficiamento
totais da
responsáveis
utilizando
da fibra (SOARES.
fábrica recebeu investimentos
por
tecnologia
200la;
alemã
no
2001b). A
de R$ 8 milhões, sendo.
1
.i
Saber. Ciências exatas e tecnologia. Belém. v. 3, Edição Especial, p. 49·76, jan./dez. 2001
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o Desenvolvimento
metade da Daimler-Chrysler
e desenvolvimento
Amapá e, na reserva
na forma de equipamentos
de tecnologia
e a outra parte do
FNO e do Fundo de Desenvolvimento
A fábrica
da agroindústria no Estado do Pará
do Estado (FDE).
terá capacidade
de processar
toneladas de fibra de coco/mês.
Produzirá
75
encostos
Estado
do Pará, para obtenção
cosméticos
da castanha-do-pará
região produtora
para atender à demanda
R$ 17,00
compromete
empresa
60% da capacidade
produzirá
também
material de jardinagem
sofá-cama,
internacional
e
castanha-da-pará
colchões
da casca de coco representa
de 23
municípios do Estado do Pará. A Poematec vai produzir
automobilística,
de artefatos
para
gerando 50 empregos
a indústria
na
está sendo praticado
A cotação
a
no mercado
peso de
sem casca. A castanha-da-pará
está sendo exportada
com
em Belém à
razão de US$ 1,09 a 1,30/kg e sem casca à razão de
US$ 2,88 a 3,22/kg.
Apesar
da queda de produção
pará na Amazônia,
e faturamento
de
com casca,
em Roterdã é de US$ 1,67/libra
casca desidratada
de renda para 700 famílias
25 mil toneladas
de Marabá,
por hectolitro.
A
(SILVA, 2000c).
o aproveitamento
uma alternativa
da Poematec.
de óleo de castanha
com lojas em vários países.
. O preço
Benz, que só
no sul do
para a The Body Shop Inc., uma griJfe inglesa
de bancos, manta de assento e cama-leito de caminhão
da Mercedes
dos índios Caiapós,
da castanha-do-
ela não está sendo acompanhada
por um aumento nos preços. A existência
de inúmeros
de R$ 900 mil por ano, sendo que a meta é atingir 80
produtos
substitutos,
mil toneladas,
amendoim,
nozes, avelãs etc. toma a castanha-do-pará
com a geração
de 150 empregos
(SOARES,2001a).
em um produto,
Os pequenos produtores
ficarão encarregados
de
fornecer a casca dos frutos secos para as fabriquetas
instaladas nos municípios
de Pedras, Marapanim,
Capanema,
Poço e Moju (SOARES,
vão beneficiar
de Soure, Salvaterra,
Castanhal, Capitão
2001a). Juntas, as 8 unidades
1,2 milhão de frutos/mês,
produzindo
mercado internacional.
exportações
maiores
nacional,
e 15% ao consumo
85% destinam-se
doméstico.
•
de castanha-da-pará
compradores
foram os Estados
8
castanha-de-caju,
que, se acabar, não vai fazer falta no
Da produção
Ponta
como
Unidos, a Inglaterra
que respondem
às
Os três
sempre
e a Alemanha,
por mais de 80% do destino
das
toneladas de fibra, que irão direto para as máquinas
exportações,
da Poematec. A fábrica da Poernatec terá capacidade
Brasil é o maior produtor mundial de castanha-da-pará,
parã produzir 100 mil peças por mês.
mas nota-se nos últimos anos a crescente
e o restante,
para mais de 20 países.
O
participação
da castanha boliviana. O Brasil é o principal fornecedor
de castanha-do-pará
Castanha-do-pará
Os
castanhais
nativos
apresentam
uma
produtividade média de 36 litros por hectare, baseandose na existência
de 3 a 4 árvores
por hectare.
O
.beneficiamento
da castanha-da-pará
é efetuado
há
várias décadas
em Belém,
Óbidos
e Manaus
para
participou
com 57% do total
O mercado
decorrentes
potencial
da destruição
paraense,
partir do final da década de 80, nos Estados do Acre e
integral
verificado
estão sendo efetuados
de importações
de
castanha-do-pará.
sudeste
Os extratores
com 71 %, e
para a Bolívia, com 20%. No Reino Unido, a Bolívia
a
exportação.
para a Alemanha,
mesmo
está associado
às perdas
de 70% dos castanhais
com a política
nos Estados
no
de apoio
do Acre e Amapá.
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
Alfredo
Kingo Oyama Homma
Apesar da ênfase que a pesquisa tem dado para a
enxertia de castanheiras, é recomendável que sejam
feitos plantios de "pé franco", para obter madeira
depois de 20 anos. Com a enxertia, as árvores tornamse imprestáveis para aproveitamento madeireiro devido
à mudança na conformação das copas. O mercado de
madeiras, no futuro, constitui uma das grandes
comercializada
a R$ 1,50/quilo.
Visando à
verticalização da produção, a Suframa aprovou a
construção de duas indústrias de beneficiarnento, no
valor de R$ 1,1 milhão, nos municípios de Xapuri e
Brasiléia, distantes 190 km e 260 km, respectivamente.
de Rio Branco, que deverão processar metade de sua
safra (AMADORI, 2001b).
alternativas que não podem ser desprezadas.
A The Body Shop Inc. foi uma das primeiras a
explorar a idéia de utilizar produtos da floresta
amazônica, ao comprar óleo de castanha-do-pará dos
índios Caiapós para utilizar em cremes e xampus. Esta
empresa utiliza óleos brasileiros de plantas amazônicas
em quinze produtos. Além de inflar as vendas das
empresas, esse tipo de marketing resulta em benefícios
para as comunidades pobres, que antes tinham poucas
perspectivas de trabalhar e enriquecer.
Benedito Mutran, depois de 34 anos exportando
castanha-do-pará, investiu R$ 680 mil em equipamentos
de embalagens, que preservam por mais de um ano o
sabor do produto, substituindo o oxigênio pelo
A Cooperativa Mista dos Produtores Extrativistas
do Laranjal do Jari (Comaja), fundada em 1985, efetuou
em 1998 a venda de óleo comestível de castanha-dopará para a Provence-Régine e, em 2000, mais 5
toneladas
serão vendidas para essa empresa
(CAVALCANTE, 2000). As cooperativas
estão
produzindo biscoitos, castanha desidratada sem casca
e farinha de castanha que são colocados no mercado
local e também comprados pelo governo para serem
usados na merenda escolar. O governo paga R$ 30,00
por hectolitro e a empresa paraense R$ 35,00/hl. As
caixas com 20 kg de castanha desidratada sem casca,
empacotadas a vácuo, estão sendo vendidas a RS
105,00 (tipo grande), R$ 100,00 (tipo médio) e R$ 95,00 ,
(tipo pequena).
nitrogênio, em sacos que não permitem a entrada de
raios solares (FERREIRA, 2001 b). A meta é vender
240 toneladas de castanha sem casca e 500 toneladas
rio Iratapuru, no Laranjal do Jari, Estado do Arnapá,
do produto com casca, que tem maior demanda no
foram financiadas com US$ 290 mil do Programa Piloto
período natalino. Benedito Mutran produz 10 mil
de Proteção das Florestas Tropicais (PDA/PPG7).
toneladas de amêndoas descascadas de castanha que
Com isso, os 170 caboclos passaram a beneficiar
asseguram um faturamento de R$ 13,6 milhões, e faz
o beneficiamento numa fábrica em Belérn, que emprega
800 mulheres no período da safra a partir de abril.
castanha-do-pará
No Estado do Acre, 95% da castanha-do-pará
extraída sai para o Estado do Pará e para a Bolívia
As comunidades ribeirinhas situadas à beira do
(ZANATTA, 1999) e a vender o
hectolitro a R$ 55,00 contra R$ 8,00 em 1995, o quilo
do biscoito a R$ 7,00 e o litro do azeite a R$ 45,00.
Pimenta
longa
(AMADORI, 2001a). A extração anual é da ordem
Até o início da década de 90, o Brasil era o
de 11 mil toneladas de castanha, detendo 60% da
produção nacional. O preço pago ao produtor é de R$
principal produtor de safrol, quando obtinha o produto
0,40 por quilo, mas com a industrialização poderá ser
Mezz),
pela extração da canela de sassafras (Ocotea pretiosa
em Santa Catarina e Paraná. No entanto, a
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
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o Oesenvolvimento
produção não sustentável
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••
da agroindústria no Estado do Pará
criava o perigo de extinção
Oriental
(PA), Embrapa
Agroindústria
com que, em 1991, o Instituto
(RJ), em parceria
com a Associação
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Unidos Vencedora
(Aspruve),
Renováveis (Ibama) proibisse a exploração
e com a Associação
da espécie,
fazendo
da canela
de sassafrás. De uma hora para outra, o Brasil passou
dê principal produtor mundial para importador. Em todo
o mundo, o consumo de safrol excede 3 mil toneladas/
ano, mas a oferta do produto encontra-se comprometida.
A pimenta
longa (Piper hispidinervum)
planta invasora encontrada
normalmente
Igarapé-Açu,
de Alimentos
de Produtores
em Vila Extrema,
de Produtores
Acre,
Acorda Jabuti, em
no Pará.
O custo de implantação
longa é de R$ 2.505,57
de 1 hectare de pimenta
e o custo de manutenção
de 1
hectare a partir do segundo ano é de R$ 803,50. Uma
é uma
no vale do
usina para processar
11.600,00.
15 hectares
é estimada
O custo do processamento
em R$
de um litro de
rio Acre (AC). É um planta arbustiva, rústica, que exige
óleo é de R$ 0,83. A receita líquida média é de R$
muita luz e água e aparece com freqüência
700,00 por hectare/ano,
de capoeira.
em áreas
implantação
Das folhas e dos talos finos é extraído
safrol é um componente
utilizado
pela
indústria
manufatura de heliotropina
butóxido
de piperolina
químico
como
inseticidas e pesticidas
de 90%),
na
(fixador de fragrâncias)
sinergístico
e
nos
que é obtido
de teor de safrol
por meio
do óleo
todo o custo de
de 15 hectares durante
um
da usina, a colheita
e
o processamento
do óleo, incluindo salários e encargos
de um gerente
e um operador,
funcionamento
da
INFORMAÇÃO
internacional
necessários
usina
do óleo
para o
(CENTRO
DE PIMENTA
O preço
naturais à base de piretrium).
Esta espécie tem alta concentração
(acima
aromático
matéria-prima
(agente
e manutenção
ciclo de seis anos, a construção
um óleo essencial com alto teor de safrol.
o
considerando
LONGA,
no mercado
DE
2001).
nacional
varia de 4,5 a 8 dólares/quilo
e
(atualmente
o preço do produto entregue no Paraná é de R$ 10,00).
essencial extraído das folhas e talos finos da planta
A produtividade
por um processo
óleo por hectare e no segundo ano, ou seja, com dois
de destilação.
outras duas espécies,
No Brasil,
existem
a Piper aduncum
e a Piper
cortes, é de 200 a 250 kg de óleo. O rendimento
a concentração
de safrol
óleo varia de 2 a 2,5% (CENTRO DE INFORMAÇÃO
hispi dum; no entanto,
enco.ntrada nestas plantas é tão pequena que inviabiliza
a escala comercial
DE PIMENTA
do produto.
Dados preliminares
Embrapa
LONGA,
realizadas
que a pimenta
na
longa pode
anual de até 200 kg por hectare
primeira usina de destilação
de 1998, foi inaugurada
para produção de safrol, para beneficiar o plantio piloto
implantado
no município
de Igarapé-Açu,
Belém, numa área de 15 hectares,
O resultado
São Jorge do Jabuti
produtor,
pois
internacional
quilo.
o preço
no mercado
o pequeno
nacional
e
oscila entre US$ 5,00 e US$ 8,00 por
Os trabalhos
iesenvolvidos
para
de pesquisa
estão
na Embrapa Acre, Embrapa
sendo
Amazônia
a
da folha de pimenta longa
de óleo essencial com mais de 90% de teor de safrol.
é mais que atraente
de
2001).
No dia 12 de dezembro
de pesquisas
Acre revelam
atingir a produtividade
no primeiro ano é de 100 a 125 kg de
a 140 km de
na comunidade
(FERREIRA,
de
199ge). A renda
estimada é de R$ 1 mil por hectare em duas safras por
ano, e a demanda
brasileira
exige uma área plantada
espanhol Destilaciones
é de mil toneladas,
de 4 mil hectares.
Bordas Chinchurreta
o que
O grupo
S/A, com
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49·76, jan.ldez. 2001
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••
4
Alfredo
sede em Sevilha,
financiamento
também
participou
Kingo Oyama Homma
da parceria
do
por meio da sua filial Geroma do Brasil,
que produz heliotropina
em Ponta Grossa, Paraná.
autofinanciamento
de Mercadorias
agroindústrias
publicado
estadual
por meio do Decreto 4.168,
no Diário Oficial do Estado do Pará, de 24
de julho de 2000, isentou, temporariamente,
de Comercialização
Lago
do Curuai
transações
máquinas
a Central
de Produtos Agrossilvopastoris
do recolhimento
de ICMS,
com a fibra de curauá
e equipamentos
do
nas
e na compra
de
A Central do Lago Curuai, localizada no município
de Santarém,
é, no momento,
a fibra de curauá; concentra
essa bromeliácea,
hectares.
a única a comercializar
com uma área plantada
Outros municípios
estão cultivando
paraenses
são: Bragança,
e implementada.
característica
com capacidade
importação
e
(SOARES,
2000). No município
é ampliar a área plantada
de Santarém,
a meta
em mais 100 hectares até o
A característica
deficitária
fortalecidas
procurem
de políticas
evitar
financeiros
desenvolvidas.
macroeconômicas
os vazamentos
gerados
implicando
Saber. Ciências exatas e tecnologia,
para
que
as
a reduzida
re g i oe s
rna i s
capacidade
de
para
e o desvio
tendem
favorecidos,
de informações
no beneficiamento
cosméticos,
plantas
naturais, madeira.
o desenvolvimento
de
pragas
da
a caminhar
públicos,
em direção
empecilhos
sobretudo
cujos
aos mais
para
da oferta e da sua verticalização.
tecnológicas.
o
do solo e dos recursos
de recursos
constituem
e doenças,
produtivo, tem impedido a consolidação
Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
e a aliança
algumas medidas que devem
da fertilidade
consolidação
dos excedentes
sobre mercados, a coleta
paraense.
esgotamento
incentivos
de trocas.
e inseticidas
O aparecimento
naturais
de políticas
que incluam os produtos
externos
curtume etc.) constituem
agroindústria
vai depender
para exportação
que atingiu quase 1 bilhão
local (frutas,
aromáticas
Brasil.
no Estado do Pará
viabilizar
de dados estatísticos
com capitais
medicinais,
cenário
da Região Norte, em
nos mecanismos
de matéria-prima
de
etc.
O melhor conhecimento
estratégica
de
ao peso, ao volume, aos gastos
mais agressivas,
ser
O sucesso das agroindústrias
a
de dólares em 2000, reforça a necessidade
final de 2001, com o apoio do Basa e do Banco do
CONCLUSÕES
neste
apenas
à poluição
e a democratização
é de apenas 8 toneladas
os fretes
as possibilidades
as matérias-primas
devido à perecibilidade,
que mantém parceria com o Poema e adquire a fibra a
de
de matérias-
As agroindústrias,
mecanicamente
agroindustriais
R$ 1,00/kg (PASSOS, 2000a).
tem sido a
reduzindo-se
tenderiam
potencial pode chegar a 300 t/ano é a Mercedes Benz,
fibra de curauá e a produção
ociosa,
industrialização.
comerciais
atual de 150 toneladas
exportadora
termos de balança comercial,
que também
secular
e com isso inibindo
Itaituba. A maior interessada pelo curauá cuja demanda
Existe uma demanda
aspecto
ser avaliada
primas, fazendo com que o transporte de retorno ocorra
de 350
Ponta de Pedras
Outro
de região
com energia,
150 famílias que cultivam
nos municípios
é uma medida que necessita
pessimista,
à produção.
necessários
de
e Serviços (rCMS) para
a fim de se instalarem
interioranos,
o governo
1999). A adoção
políticas fiscais, como a isenção total do Imposto sobre
a Circulação
Curauá
(HADDAD,
a
A falta
no segmento
de plantios
OU
o Oesenvolvimento
criações com produtividade
e a preços competitivos,
satisfatória
da agroindústria no Estado do Pará
e sustentável
visando ao estabelecimento
pequenas
de agroindústrias.
,
As
perspectivas
agroindústria
do
no Estado
desenvolvimento
da
do Pará vão depender
da
contínua
criação
de opções
tecnológicas,
bastante
restritas
na região,
pela falta de maiores
investimentos
que são
em C&T e pelo desvio das prioridades
do setor produtivo.
A existência
de substanciais
recursos do FNO, por exemplo, não tem correspondido
_ com a efetiva implantação
pela falta de maior
apropriada,
de unidades agroindustriais
apoio
induzindo
tecnológico
em escala
em riscos para os empresários
(HOMMA,200Ib).
d~ energia elétrica,
estradas
qualidade de mão-de-obra,
regional, como a falta
mal conservadas,
assistência
insumos agrícolas
sanitária,
entre outros,
aumento
de custos
unidades de inspeção
colocam
e riscos
fertilizantes
grandes
limitações,
nas diversas
etapas
da
cadeia produtiva. Aliada a isso tudo, existe ainda a falta
_ de base ética, prevalecente
das agroindústrias,
nos últimos anos em muitas
o que tem sido apanágio para abrigar
mecanismos
de corrupção,
apesar
das boas idéias
preconizadas
por elas, havendo necessidade
de serem
fiscalizadas com mais seriedade pela sociedade.
o fenômeno
recente da implantação
unidades agroindustriais,
ambiental
externo,
a dimensão
de produtos naturais e do nome Amazônia
como
produto.
comunitárias
Muitas
como a extração
partir de látex de seringueira,
pará,
produtos
conquistado
orgânicos,
mercados
montar unidades
em gerentes
se
agroindustriais
constituem equívocos
com recursos
externos
Transformar
de agroindústrias
ou
sem capital de giro
de muitos projetos financiados
na Amazônia.
Ressalta-se
outros,
A grande
questão
dos green
products,
crescimento
mercado
conduzirá
do
autodestruição
pela
exigindo
incapacidade
a ampliação
plantios
racionais.
produtos
não-passíveis
reside
já que o
a
sua
à
de atender
da oferta
A exceção
em
poderá
mediante
ocorrer
com
de domesticação.
A garantia de uma oferta regular e com qualidade
de produtos
para
primeiro
serem
obstáculo
beneficiados
para
a
agroindústrias.
As oportunidades
possibilidades
de se criar
produtos potenciais,
corantes,
constitui
implantação
naturais,
etc.
das
de diversos
tais como aromáticos,
inseticidas
de
vão depender
uma oferta
o
medicinais,
Para
isso há
necessidade
de que a pesquisa agrícola promova metas
concretas
de
biodiversidade
alimentos,
dessas
domesticação
de
recursos
da
para permitir a expansão dessas plantas,
o avanço
bioquímica,
no campo
da tecnologia
química, engenharia
atividades
produtivas.
Apesar
de
industrial,
integral
da ênfase
em
como o maior potencial
da Amazônia,
o setor de cosméticos
foi o que teve maior resposta em anos mais recentes.
Há a falta
interesse
o
que têm
constituindo-se
na democratização
da biodiversidade
sindicais
entre
fonte de renda e emprego.
couro vegetal a
óleo de castanha-do-
externos,
administração,
,líderes
agroindústrias
de óleo de babaçu,
relação às plantas medicinais
exceções.
dessas
e valorizando
se apóiam na noção de green products,
caracteriza pela falta de higiene e noções mínimas de
com honrosas
mercados,
entre outros, para apoiar o desenvolvimento
sobretudo de beneficiamento
de frutas, com financiamento
descobrindo
essas
novas opções tecnológicas
bem como
de pequenas
ONGs orientarem
oferecendo
técnica, portos
(calcário,
etc.), linhas de aviões cargueiros,
baixa
de diversas
agroindústrias,
demanda,
A carência de infra-estrutura
- apropriados,
aspecto positivo
de desenvolvimento
para a agroindústria,
do Fundo Estadual
de C&T
a despeito
de Ciência e Tecnologia
de
da criação
(Funtec),
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
.~~~:
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.
Allredo
Kingo Oyama Homma
que pela Lei Complementar 029, de 21 de dezembro
de 1995 e de inúmeros editais competitivos, não foram
ainda capazes de atender à demanda existente no setor
produtivo. O direcionamento imposto peloseditais de
pesquisa e pela colaboração
externa tendem a
redirecionar as prioridades de pesquisas regionais e a
alocação de recursos humanos, materiais e financeiros
de forma unilateral, colocando as necessidades locais
REFERÊNCIAS
AGRICULTORES da Transamazônica apostam na
pupunha e no cacau. O Liberal, Belém, 9 abr.
2001. p. 6.
AMADORI, R. Acre vai agregar valor à castanha.
Gazeta 'Mercantil,
São Paulo, 25 abr. 2001 a.
p. 3).
em segundo plano.
___
As ati vidades agrícolas na Amazônia, ao longo
dos séculos, sempre têm se caracterizado
por
sucessivos ciclos econômicos sem condições de se
consolidarem e transferindo as mazelas e os problemas
para o ciclo seguinte. Foi assim com o ciclo do cacau,
da seringueira, do pau-rosa, da castanha, da juta, da
pimenta-do-reino, entre outros. No momento, tem-se
um conjunto de ciclos, como o da pecuária, da madeira,
do dendê, de fruteiras, entre outros. Espera-se que as
agroindústrias marquem a consolidação em ciclos
definitivos e permanentes para o Estado do Pará.
As possibilidades da agroindústria são as maiores
possíveis para o Estado do Pará, desde que tenham
uma firme base tecnológica, sem efeito retardado com
relação aos problemas emergentes, apoiadas em
Suframa financia indústria no Acre. Gazeta
o
Mercantil
Pará, Belém, 21 fev. 2001 b. p. 6.
ANDER,SON, S. D. Engenhos na várzea: uma análise
de declínio de um sistema de produção tradicional na
Amazônia.
In: LÉNA, P.; OLIVEIRA,
A. E.
Amazônia: a fronteira agrícola 20 anos depois. Belém:
Museu Paraense Emílio Goeldi, 1991. p. 101-121.
(Coleção Eduardo Galvão).
BARCELOS, E. Dendê: compromissos com o homem
e com a Amazônia. Gazeta Mercantil Pará, Belém;
17 jun. 1999a. p. 2.
___
.. Existe
Mercantil
mercado
para o dendê.
Gazeta
.
Pará, Belém, 9 set. 1999b. p. 2.
BEMERGUY, L. Bombons com recheio de açaí vão
qualidade e higiene e, sobretudo, assegurando
confiança aos consumidores. Para isso, são necessários
para outras capitais. Gazeta Mercantil Pará, Belém,
maiores investimentos em C&T visando à geração de
tecnologia
agrícola,
de alimentos,
e que o
___
. Bonal impulsiona produção de goiaba no
Pará. Gazeta Mercantil Pará, Belérn, 28 age. 2000b.
desenvolvimento de novos produtos seja efetuado em
p. 9 (Especial Feito no Pará).
28 ago. 2000a. p. 9 (Especial Feito no Pará).
escala apropriada. Os investimentos públicos em favor
da agroindústria devem procurar a integração com o
BRAZ, A.Cupuaçu,
setor produtivo e apoiar a consolidação
Gazeta Mercantil Pará, Belém, 14 abr. 1999. p. 1.
da infra-
o bom negócio
em Marabá.
estrutura local. A recente crise energética e de recursos
_~_.
hídricos demonstra a importância do desenvolvimento
de atividades agroindustriais na Amazônia, além de
servir para a recuperação de mais de 58 milhões de
Gazeta Mercantil Pará, Belérn, 7 ago. 2000. p. 3.
--"--
hectares desmatados.
Mercantil
Floresta diversifica sua produção agrícola,
..Barreiras ao escoamento do abacaxi. Gazeta
Pará, Belérn, 31 jan. 2001. p. 6.
j.
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
'.?{~~~)}~
--.,~~~
.
-
.
~
'-
o
CARDOSO,
D. Agropalma
..
üesenvotvtmento da agroindústria no Estado do Pará
amplia liderança no setor.
Gazeta Mercantil, São Paulo, 24 abr. 2000. p. B-24.
CAVALCANTE,
A. Preservação
,
ambiental,
programa
___
oEmpresa espanhola
extrai safrol da pimenta-
longa. Gazeta Mercantil Pará, Belém, 18 mar. 199ge.
p. 17. (Edição Especial).
de governo no AP. Gazeta Mercantil Pará, Belém, 5
__
jün. 2000. p. 13 (Especial Meio Ambiente).
ricano. Gazeta Mercantil,
São Paulo, 8 novo 2000a.
p. 11 (Suplemento
Agricultura
H. Uma das maiores experiências
CAVALCANTI,
r
área de biodiversidade
começa a ser realidade.
na
Gazeta
~.
___
Açaí desembarca
Especial
o Agroindústria
no mercado
aposta
norte-ameIrrigada).
no palmito.
Mercantil Pará, Belém, 3 ago. 1998. p. 6.
Mercantil Pará, Belém, 3 jan. 2000b. p.6.
CENTRQ
___
DE
INFORMAÇÃO
LONGA. Disponível
DE
PIMENTA
em:
. Área plantada com pupunheira
hectares
<http://www.embrapa.br/pimentalonga>.
Acesso em:
--E. Preços do óleo de palma dão sinais
Gazeta Mercantil, São Paulo, 13 set.
de recuperação.
1999. p. B-21.
DENPASA
mergulha
em crise
empregados.
O Liberal, Belém, 17 fev. 2001a. p. 5.
DENPASA
nega
crise
e demite
e mantém
últimos
O
a produção.
Liberal, Belém, 20 fev. 2001b. p. 7.
FERREIRA,
perfumes
P. R. Empresa
extraídos
lança
de plantas.
linha
de
Gazeta Mercantil
Pará, Belém, 6-8 novo 1998. p. 1.
___
o Cametá
também
pode ter fábrica
Gazeta Mercantil Pará, Belém, 11 ago. 1999a. p. 6.
___
. Cipó é utilizado para reduzir diabete. Gazeta
Mercantil Pará, Belém, 9 ago. 1999b. p. 1.
___
Gazeta Mercantil Pará, Belém, 1 set.
1_.
Dom Eliseu planta goiaba e já fabrica polpa e
Pará, Belém,
__
salgadinho
de banana.
São Paulo, 27 dez. 2000d. p. 9.
de banana em São Geraldo.
Gazeta
Belém, 31 jan. 2000e. p.3.
-,-. Máquinas
da fábrica
de suco de abacaxi
/
Gazeta Mercantil Pará, Belém,
chegam a Salvaterra.
18 abro 2000f. p. 1.
o O plantio de goiaba cresceu
em Dom Eliseu. Gazeta Mercantil
mais de 300%
Pará, Belém, 5
abro 2000g. p. 1.
regional.
.Pupunheira
para a diversificação
Gazeta Mercantil
Pará,
da economia
Belém,
30 jun.
2 jul. 2000h. p. 6.
___
o Socôco investe R$ 10 milhões
Gazeta Mercantil
no Pará para
Pará, Belém,
4 out. 2000i. p.l.
---
. Socôco
vai aumentar
em 100% sua área
plantada no Moju. Gazeta Mercantil
1999c. p. 1.
__
desenvolve
dobrar a produção.
. Doces de goiaba de Dom Eliseu chegam aos
supermercados
. Farinha
--Mercantil Pará,
___
de suco.
. Estudante
Gazeta Mercantil,
___
nova
Mercantil
chega a 5 mil
10-12 novo 2000c. p. 1.
20 abro 2001.
CORDEIRO,
no Pará. Gazeta
Gazeta
Pará, Belém, 2
maio 2000j. p. 1.
doces. Gazeta Mercantil Pará, Belérn, 28 abro 1999d.
___
o A vez da pupunha
p.4.
Gazeta Mercantil Pará, Belém, 14 fev. 2001a. p. 6.
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém,
•••..
44.
V.
na Transamazônica.
3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
4
9'
---- ---_
.•
......•.
----~.-
Alfredo
___
o Produtor
de castanha
Gazeta
Mercantil,
São Paulo, 7-13 fev. 2001b. p. 6.
___
. Brasmazon
Mercantil
___
descobre
Kingo Oyama Homma
o Brasil.
lança linha de produtos.
___
Gazeta
guaraná.
Gazeta
Mercantil
Pará,
L. Abacaxi
brasileiro
Gazeta
Mercantil,
___
o Açaí enlatado
Oriental,
Amazônia
para aplicação
encontra
chega
21 'mar.
12 maio
2001a.
Citropar
Gazeta
Mercantil,
_~_.
aumenta
área plantada
dos recursos
Gazeta
Mercantil,
FUJIYOSHI,
Liberal,
1999a.
do FNO na Amazôni.
vai ser questionado
na justiça.
Mercantil
F. J. A agroindústria
do óleo de palma,
carioca?:
___
estudo qualitativo
"parou"
V.
LEOBET,
Gazeta
de financiamento
de frutas,
existentes
na Amazônia.
NAEA, 1998. (Paper do NAEA,
V.
regional.
In:
P.
R.
et
aI.
A
competitividade
do
agronegoclO
e
o
desenvolvimento
regional
no Brasil:
estudo
de
de palmitos.
São Paulo, 5 jun. 2000. p. A-9.
S. Proteger
Mercantil
o meio ambiente gera lucro
Latino-Americana,
São Paulo, 2t
MEPINA,
E. Malásia
Amazonas.
Gazeta
pode
incentivar
Mercantil
Pará,
palma
Belém,
nr
7 jul
MOTTA, I.P. Yamada vai investir no plantio de banana
no Tocantins. Gazeta
Mercantil
Pará, Belérn, 29 dez.
1999. p. 6.
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1999. p. 9-22.
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para o País. Gazeta
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São Paulo, 4 nov-
Mercantil,
1998. p. 2.
Belérn, 27 out 2000. p. 2.
Mercantil.
pune indústria
1999. p. 6.
de desenvolvimento
Brasília: CNPq/Embrapa,
Latino-Americana
fev.-5 mar. 2000.
89).
P. R. A concepção
HADDAD,
de
Belém:
HADDAD,
clusters.
Mercantil,
Gazeta
às condições
de beneficiamento
pode desistir do acordo con
Gazeta Mercantil
D. Vigilância
MAUTONE,
90)
unidades
Gazet.
São Paulo, 24-30 jul. 2000. p. 1.
do consumo da polpa de
financeira
da palma africana.
Belém, 24 fev. 1999b. p. 2.
A. Novartis
BioAmazônia.
o
GUIMARÃES, L. A. C. et aI. Viabilidade
Pará,
KOMATSU,
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.. O agronegócio
Mercantil
neste ano.
Pará, Belém, 13 dez. 2000. p. 4.
já
Pará, Belén
14 jul. 1999a. p. 2.
de laranja.
de polpas ganha sindicato.
L. A. C. O açaí
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
" ~
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.
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~.
.
~.
~
•
.
•
'.
(
Belém, 25 jun. 2000. p. 6-7.
KALTNER,
São Paulo, 3 fev. 1999c. p. B-22.
S. Indústria
GUIMARÃES,
dobrar
indicadc
de Ciências Agrárias do Pará, 200 II
JOHN, C. Acordo
São Paulo, 7 abro 1999b. p. B-26.
Vendas de açaí devem
Belén
Em fase c
como
discurso e a realidade. Gazeta Mercantil
_--",,-_.
c
No prelo.
nichos.
aos supermercados.
São Paulo,
milênio.
o Sínergia de mercados
Belém,
p. B-20.
Gazeta
Embrapa
___
São Paulo, 10 novo 1998. p. B-24.
Mercantil,
Gazeta
ao terceiro
Belém: Faculdade
FRANCO,
na Amazônia:
era pré-colombiana
à base de açaí e
2001d.p.1.
Gazeta
da agricultura
elaboração.
Pará, Belém, 26-28 jan. 2001c. p.1.
o Sucasa exporta energético
o História
;.
..- - -~--------
.
--
-
----
-
- - - ------------
--
-
--
-
-
--:::-_----
o Oesenvolvimento
NINNI, K. Brasmazon
Mercantil
associa-se
à Beraca.
da agroindústria no Estado do Pará
Gazeta
Pará, Belérn, 28 ago. 2000a. p. 7. (Especial
Feito no Pará).
___
Palmito
Gazeta
da pupunha
Mercantil,
conquista
o Sudeste.
São Paulo, 28 mar. a 3 abr. 2001e.
p.6.
' Chamma e Juruá divulgam
região. Gazeta Mercantil
as essências
da
Pará, Belérn, 28 ago. 2000b.
PINTO, T. Kabacznic produzirá óleo de palma. Gazeta
Mercantil,
São Paulo, 12jul.
ROMERO,
S. Verticalização
1999. p.B-16.
p. i.
___
o Fabricantes
negócios.
Gazeta
de polpas
Mercantil
arriscam
Pará,
novos
Belérn,
28 ago.
em Salvaterra.
Gazeta
pode recuperar
Mercantil
o abacaxi
Belém, 5 abro
Pará,
1999a.p.1.
2000c. p. 12.
~PA1VA, P. B. Açaí vira moda e já chega aos EUA.
- Gazeta Mercantil
Latino-Americana,
São Paulo, 30
abro 6 maio 2001.
___
o Planta
___
. Xarope
açaí. Gazeta Mercantil,
___
medicinal
cerrado. Gazeta Mercantil,
pode
elevar
renda
no
São Paulo, 2-4 out. 1998.
p..B-23.
o Chocolates
espaço. Gazeta
c.
Exportação
Gazeta Mercantil
---o
de abacaxi
volta em 2000.
Pará, Belérn, 14 jul. 1999. p. 6.
Comércio do curauá isento do ICMS. Gazeta
Mercantil
Pará, Belérn, 25 jul. 2000a. p. 1.
---o
; de andiroba. Gazeta Mercantil
Pará, Belérn, 8-10 set.
- 2000b. p. 1-3.
Gazeta
Mercantil,
São Paulo,
Frutíferas
da mata
Supercores,
1998. 127p.
Mercantil,
___
tecnologia.
Gazeta
Gazeta
debaixo
Mercantil,
da
terra
com
planta
São Paulo, 7-13 mar.
2001c. p. 6.
---o
Mercantil,
Pará,
GALVÃO,
amazônica.
1.
Belém:
o açaizeiro
no
Belém, 5 jun. 2000a.
Meio Ambiente).
p. 2. (Especial
o mercado
Pará, Belérn, 5 jun. 2000b.
Meio Ambiente).
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Pará,
Belém, 5 jun. 2000c. p. 6. (Especial
Meio Ambiente).
São Paulo, 14 a 20 fev. 2001b. p. 9.
Lucros
medicinal.
M.;
oCheiro do Pará está conquistando
SIQUEIRA,
---o
na vida
Mercantil
p. 7. (Especial
___
desenvolver
ganham
Pará, Belérn, 7 fev. 2000.
SILVA, C. A nova forma de explorar
Mercantil
Falta
Mercantil
regionais
11-17 abro
200fa. p. 8-9.
---o
com recheios
nacional. Gazeta Mercantil
PEREIRA FILHO, J. Cresce o espaço das plantas na
medicina.
São Paulo, 10 novo 1999b. p.6).
P.; CYMERYS,
Pará. Gazeta
Yves Rocher obtém patente para uso do óleo
a crise do
p.1.
SHANLEY,
PÃSSOS,
de frutas para enfrentar
compensa.
SOARES,
Os bons frutos do Norte e Nordeste.
Gazeta
São Paulo, 14 a 20 fev. 2001d. p. 8.
econômica
São Paulo,
F. Produção
O Liberal,
A.R.
do "cupulate"
ainda
não
Belém, 26 set. 1999. p.8.
Pimenta-longa
vira
nos campos do Acre. Gazeta
26 novo 1998a.
sensação
Mercantil,
p.4 (Oportunidades
na
Amazônia).
Saber. Ciéncias exatas e tecnologia, Belém,
V.
3, Edição Especial, p. 49-76, jan.ldez. 2001
· Ecol~gia
abre novos mercados.
O Liberal,
Belém, 13 out. 1998b. p.7.
___
. Parceria
para
Gazeta
Mercàntil
Pará,
___
. Agroindústria
pessoas.
Gazeta
M. CBA
bioindústrias.
lançar
o projeto
curauá.
Belém, 7 fev. 2000. p. 6.
do coco gera renda para 4 mil
Mercantil
VALÉEJA,
Pará,
Belém,
6 mar.
suporte
Gazeta Mercantil
para
Amazonas,
c
pólo
Manau
1 mar. 2001. p. 11. (Zona Franca de Manaus - Especi.
34 anos).
VASCONCELOS,
L.; KOMATSU,
A. Brasil não sal
como explorar potencial de sua biodiversidade.
Mercantil
2001a.p.1.
será
Gaze!
São Paulo, 24-30 jL
Latino-Americana,
2000. p. 1.
___
o
toneladas
Poema te c InICIa produção
de" artefatos.
Gazeta
com 25 mil
Mercantil
Pará,
ZACHÉ,
J. Beleza
da terra.
Belém, 8 mar. 2001 b. p. 1.
dez. 2000. p. 82-83.
SOUZA, I. Palmasa incentiva ampliação de dendezais
ZANiJTTA,
M. Novo
em Igarapé-Açu.
Jari. Gazeta
Mercantil,
jul. 1998. p.l, 3.
Gazeta
Mercantil
Pará, Belém, 13
p. A-8.
Saber. Ciências exatas e tecnologia, Belém, v. 3, Edição Especial, p. 49-76, jan./dez. 2001
Isto
modelo
É, São Paulo. :
no que restou
São Paulo,
30 set.199'
d
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