Ano II • Edição nº 06 • Quarta-feira • Dia 19/07/2006 Amigos da floresta Amanhã, 20 de julho, comemora-se o Dia do Amigo. Nesta semana também lembramos o Dia de Preservação das Florestas (17). A oportunidade serve para valorizarmos o papel dos jovens que, além de exemplos de amizade, são a esperança de um futuro com florestas preservadas, e seguirmos a atitude destes jovens que integram o conselho editorial do Bom Dia e fazem parte do projeto Cidadão Século XXI da UCS: sermos solidários e também amigos das florestas BOM DIA Entre Nós Ana Inês Facchin Coordenadora Geral Amigos da Vida “ Mato é mato, não serve pra nada”. Quem ainda partilha desta opinião atrasada, está na hora de rever seus conceitos. Preservar florestas, bosques, mata nativa, é questão essencial inclusive à nossa própria sobreviência. Mato é mato, sim, mas serve à sobrevivência do planeta muito mais do que nós, que, se olharmos bem, nós sim é que não servimos para nada, a não ser para destruir a superfície terrestre, uma superfície bastante fina e vulnerável, por sinal. Bento Gonçalves possui apenas uma reverva biológica e, ainda assim, apenas recentemente protegida por cercamento. Ao comemorarmos neste mês o Dia da Preservação das Florestas, nos cabe analisar que outras áreas mais podem e devem ser protegidas como reservas biológicas, antes que desapareçam no urbanismo. Uma só é muito pouco. Veja-se que até mesmo grandes capitais do mundo, como Nova Iorque, possuem áreas florestais imensas preservadas em pleno centro. Amigos da vida são os que protegem a vida, onde quer que ela se manifeste, seja num ser humano, num animal, num vegetal, num pequeno e importante inseto que tenta reestabelecer o equilíbrio ecológico que nós, humanos, deterioramos. Toda vida é igualmente importante. A diferença está apenas no ponto de vista de cada um. Questionar-se sobre as coisas é um exercício mas, infelizmente, temos reduzido nossas vidas ao um ato simplório: consumir. Passamos a vida apenas consumindo coisas, e isso não é viver de verdade, nem de longe. A vida é a busca da sabedoria, temos nos esquecido deste detalhe. Isso não quer dizer apenas conhecimento; sabedoria é bem mais do que conhecimento. E para que isso tudo se manifeste, a cultura é a base. Existe uma necessidade urgente de trabalharmos a cultura social em nossa comunidade. Cada criança que sofre, neste momento, maus tratos dentro de casa, clama por esta ação. A ação cultural é o meio mais rápido e eficaz de se estabelecer qualidade de vida. E Bento Gonçalves precisa apostar nisso, acreditar, porque a cultura gera empregos, gera alternativas de renda acessíveis, gera alegria, gera ambiente familiar, gera prazer. Existe uma demanda reprimida muito grande em nossa comunidade que está aí, pronta pra ser explorada. Uma prova disso é o movimento que um simples Festival de Teatro está provocando. Este mercado, da cultura, é o que cresce com maior rapidez e o que mais potencializa o turismo. Faz toda vida que nossa juventude se queixa da falta de opções de lazer, da falta de mercado de trabalho, tudo porque pecamos na cultura. Cultura é mercado de trabalho e lazer qualificado. E o mais bonito é que este mercado depende de muito pouco para incendiar; basta uma faísca. Daí o Festival de Teatro, que já movimenta mais de 500 atores, diretores, técnicos amadores. São jovens, são crianças, são adultos, ricos e pobres, todos juntos, unidos pelo que de mais belo e útil o ser humano pode gerar: a arte de fazer amigos.. Expediente Essa é uma publicação integrante do Sistema S de Comunicações. Direção: Henrique A. Caprara, Henrique A. Frâncio e Ana Inês Facchin Edição: Bárbara Salvatti e Jaqueline Menegotto Osmarini Edit. Eletrônica: Ricardo Passarin Colaboração: Magdalena Z. Salton, Paula Coghetto Pertile e Caroline Mari Osmarini E-mail: [email protected] Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 02 Dicas de Leitura MAGDALENA ZAFFARI SALTON Aluna do Ensino Médio Colégio Mutirão Bento Gonçalves SENHORA (JOSÉ DE ALENCAR) Aurélia Camargo é noiva de Fernando Seixas, rapaz que cobiça a ascensão social. Ele desmancha o noivado com Aurélia, para casar com Adelaide Amaral. Aurélia, depois de um tempo, recebe uma herança e de uma hora para outra, torna-se rica, e seu único desejo, é se vingar de Fernando. Faz um tio comprar Fernando, oferecendo a ele um dote. Na noite de núpcias, lembra a ele que ele não é nada além de uma compra. Na vida social, causam boas impressões, mas em casa vivem em constante desafeto. Mas, um dia, Fernando recupera o dinheiro que aceitou para casar com Aurélia e entrega a ela, todo ele de volta. Aurélia, marcada de maneira muito intensa pelo seu amor, reconhece a recuperação de Fernando e o romance entre o casal se estabiliza de forma definitiva. O ALIENISTA (MACHADO DE ASSIS) Uma novela onde Machado de Assis critica o cientificismo reinante em sua época. Dr. Simão é uma médico formado na Europa que se instala no RJ, com o propósito de estudar as manifestações da loucura. Constrói então um hospício (a casa verde), onde começa a fazer seus experimentos a cerca da mente humana, classificando em diferentes níveis a insanidade das pessoas. Hábitos estranhos Pity é o gato charmoso de Dalvina e Gilmar Cantelli. Com mais de oito quilos ele não perde o hábito: subir na pia para tomar água da torneira. Sim, é desta forma que ele prefere tomar água, direto da torneira. Eduardo, filho do casal, confirma o fato e diz que só viu Pity tomando água na torneira. Seu animal de estimação também tem hábitos estranhos? Envie a foto e os dados para o Caderno Bom Dia, para o endereço eletrônico: [email protected] ou, entregue pessoalmente no Jornal Semanário. BOM DIA Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 03 Vida que vem das florestas pede preservação É como fator agravante do desequilíbrio ambiental que a derrubada ou queimada de cada árvore repercute na natureza. A redução da cobertura vegetal natural da Terra gera conseqüências negativas que vão desde o empobrecimento do solo, passando pela desertificação; mudanças climáticas que implicam na redução de chuvas e perda na capacidade de reabastecimento dos lençóis freáticos; extinção de espécies animais e vegetais e chegam à intensificação do fenômeno do efeito estufa, responsável pelas mais altas temperaturas no globo ao longo de dois séculos – e suas implicações catastróficas para a vida terrestre. Neste mês, em que se reserva o dia 17 à preservação das florestas, é preciso avaliar a situação das matas no país que ocupa a quarta posição do ranking dos maiores poluidores mundiais, quando considerada a liberação de gases responsáveis pelo efeito estufa gerados a partir das queimadas e agropecuária: o Brasil. Dos 850 milhões de hectares do território nacional, aproximadamente 550 milhões são cobertos por florestas nativas. Desse total, cerca de 2/3 são formados pela floresta Amazônica, e o restante, por Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente, coletados em 2001. O levantamento decenal da FAO (Food and Agriculture Organization), feito em 2000, atribui ao Brasil 544 milhões de hectares de florestas nativas e 5 milhões de hectares de florestas plantadas, que, somadas totalizam no país 64,5% de cobertura florestal. O restante do território brasileiro encontra-se convertido em outros usos, incluindo agricultura, pecuária, áreas urbanas e infra-estrutura. A superfície de florestas do Brasil equivale a 14,5% da superfície florestal mundial. Enquanto a média mundial de superfície florestal por pessoa é de 0,6 ha, com grandes variações por país, a média brasileira alcança 3,2 ha de floresta por pessoa. Mas existem grandes disparidades quando se verifica a relação pelas respectivas regiões brasileiras. Alguns pontos sofreram de forma mais intensa os efeitos do desflorestamento, especialmente aqueles onde o processo cumulativo perdura ao longo dos séculos. DESGASTE HISTÓRICO A depredação da cobertura vegetal natural do Brasil iniciou no século XVI, logo após seu descobrimento pelos europeus, por meio do desmatamento na costa brasileira, ligado ao cultivo da cana-de-açúcar e movimentação dos engenhos. Mais tarde, a destruição das florestas avançou para o interior do país, com o ciclo da mineração do fim do século XVII, como forma de fornecer madeira às minas e abrir espaço para a pecuária, acoplada a esse ciclo. Depois da ocupação da costa brasileira, o desmatamento expandiu-se em direção ao sudeste, com a implantação da cafeicultura, atingindo principalmente terras do estado do Rio de Janeiro, do Vale do rio Paraíba e do planalto paulista. O caminho seguinte foi em direção às terras férteis do norte do Paraná. A interferência do homem nas florestas ganhou também o sul do país, com o ciclo da exploração das florestas de Araucária. Na segunda metade do século XX, o desmatamento chegou à Amazônia, com o deslocamento da fronteira de ocupação em direção ao norte do país, impulsionado pela abertura de grandes eixos viários e por projetos públicos e privados de colonização, além dos atrativos econômicos advindos do comércio da madeira. No mês em que se destaca a importância da preservação das florestas, intensifica-se o alerta para problemas ambientais reforçados pela destruição irracional da cobertura vegetal natural da Terra Sinais de perigo do desequilíbrio ambiental • O ano de 2005 foi o mais quente desde o século XIX – conseqüência direta do efeito estufa. O gás carbônico e outros gases formam uma capa na atmosfera que funciona como o telhado de uma estufa: permite a entrada de raios solares, mas retém parte do calor refletido pela superfície, que de outra forma se dissiparia no espaço. A poluição causada pelo homem aumenta a concentração de gases do efeito estuda, rompendo o equilíbrio climático. • O calor aumenta a probabilidade de queimadas. Com isso, diminui a cobertura vegetal capaz de reciclar o gás carbônico do ar e aumenta a concentração de gases poluentes. O calor esquenta o solo e acelera a decomposição da matéria orgânica na terra e no mar; com isso, aumenta a emissão de gases nocivos. • O aquecimento global fez diminuir em 20% a calota polar ártica nas ultimas três décadas. No Alasca, onde as temperaturas médias do inverno aumentaram 4 graus nos últimos 50 anos, a paisagem se modificou por completo. A camada de gelo que cobre o mar desapareceu em algumas regiões. A área congelada é 30% menor. O gelo dos pólos e das montanhas funciona como um espelho que ajuda a refletir a radiação solar. Com o aquecimento, a camada de gelo dá lugar a extensões de água e rocha, que refletem menos dos raios solares e pioram o efeito estufa. • Também nos últimos 30 anos, o total de terras atingidas por secas severas dobrou em decorrência do aquecimento global. Na China, 10 mil quilômetros quadrados, em média, se transformam em deserto todo os anos. Na Turquia, 160 mil quilômetros quadrados de terras cultiváveis sofrem com a desertificação e erosão. • No Oceano Atlântico, a temperatura está meio grau mais alta do que há 20 anos. Esse calor a mais altera o padrão de circulação dos ventos, provocando deslocamento de massas de ar seco para a região amazônica. A mudança impede a formação de nuvens, causando a escassez de chuvas. Em 2005, o fenômeno provocou a maior seca dos últimos 40 anos na Amazônia. O Rio Amazonas baixou dois metros. Fonte: Revista Veja, 21 de junho de 2006 BOM DIA Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 04 Aumenta cobertura florestal do RS produzida em reflorestaA consciência ecomentos, podendo-se prelógica dos gaúchos está ver falta de madeira de evoluindo conforme qualidade no mercado a passam os anos - pelo médio prazo. Nos reflomenos é o que aponta o restamentos, as espéciInventário Florestal es mais utilizadas são PiContínuo do Rio Grannus elliottii, Pinus taeda, de o Sul. A cobertura Eucalyptus grandis, Euflorestal do Estado aucalyptus saligna e Acacia mentou no comparatimearnsi. vo entre 1983 e 2001. Atualmente o territóIMPORTÂNCIA rio gaúcho conta com 17,53% de florestas Único Inventário Flonativas - de florestas restal, executado em âmnaturais- 13,50% em bito estadual, realizado estágio avançado e no Brasil nos últimos vinmédio de regeneração, te anos, o levantamento 4,03% em estágio iniciutiliza dados disponíveis al, e ainda 0,97% de até 2001. Elaborado por florestas plantadas. meio de um convênio firIsso decorre do mado entre Governo do abandono das áreas Estado do Rio Grande do mais difíceis de serem Mas o desmatamento irracional das florestas diminui a absorção de gás carbônico, um dos principais Sul, através da Secretacultivadas, do maior responsáveis pelo efeito estufa, aumentando sua concentração na Terra ria do Meio Ambiente rigor da legislação perSEMA e a Universidade tinente e conscientização dos proprietários sobre a importância das florestas para o meio ambiente. Federal de Santa Maria - UFSM mostra a situação da cobertura florestal do A maioria das áreas de florestas primárias do Estado está em unidades de Estado. Sua continuidade permitirá a obtenção periódica de informações conservação (parques, reservas biológicas, florestas nacionais, etc). Outra atualizadas, suficientes e confiáveis sobre o estado dos recursos florestais e parte substancial das florestas remanescentes fica em regiões serranas de suas mudanças no tempo. O inventário é um instrumento para planejamento, difícil acesso, muitas delas áreas de preservação permanente. Outro índice controle e fiscalização, análise de projetos de licenciamento florestal, educação positivo foi o aumento da área de florestas plantadas de 100.352 ha (0,35%) nos ambiental e pesquisa científica. Outras informações no site www.sema.rs.gov.br últimos 18 anos. A indústria florestal gaúcha tem utilizado matéria-prima no link cobertura florestal. Onde a preservação é garantida no RS Em 1992, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul criou o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), regulamentado em 1998. O SEUC vem sendo implementado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), por meio do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (DEFAP). A Divisão de Unidades de Conservação (DUC) do DEFAP administra essas áreas, que podem ser: UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL: Áreas cujo objetivo básico é a preservação ambiental, sendo permitido apenas o uso indireto do ambiente. Compreendem: Parque Estadual: áreas de domínio público com os objetivos básicos de preservação de ecossistemas naturais; realização de pesquisas científicas, de atividades de educação ambiental, de recreação, de contato com a natureza e de turismo ecológico. Reserva Biológica: áreas de domínio público, destinadas à preservação integral da biota, sem interferência humana direta, cuja superfície varia em função do ecossistema ou das espécies a serem preservadas. O acesso público é restrito à pesquisa científica e à educação ambiental. Estação Ecológica: área representativa de um ecossistema, destinada a pesquisas, à proteção do ambiente natural e à educação ambiental. É permitida alteração antrópica para realização de pesquisa científica em até 5% da área. As áreas compreendidas em seus limites devem ter domínio público. Refúgio de Vida Silvestre: área de domínio público ou privado, com o objetivo de proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. UNIDADES DE MANEJO SUSTENTADO: são aquelas cujo objetivo básico é promover e assegurar o uso sustentado do ambiente. Podem ser: Área de Proteção Ambiental (APA): área de domínio público e privado, sob administração pública, que visa a proteger recursos hídricos e bacias hidrográficas, preservar belezas cênicas e atributos culturais relevantes, criar condições para o turismo ecológico, fomentar o uso sustentado do ambiente e servir de zona de amortecimento para as categorias mais restritivas. Horto Florestal: área de domínio público ou privado, caracterizada pela existência de culturas florestais nativas ou exóticas, passíveis de exploração racional, por meio de manejo sustentado. É um centro de pesquisa e de banco genético para a conservação e a recomposição de populações nativas vegetais ou animais. Destina-se ao ensino, à educação ambiental e ao lazer. www.sema.rs.gov.br BOM DIA Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 05 Amazônia está encolhendo e biodiversidade corre perigo Além de ser a maior floresta do mundo, representando 45% da variedade tropical úmida, a Amazônia reserva um dos maiores estoques de biodiversidade no planeta, com várias espécies animais e vegetais ainda desconhecidas. Cerca de 30% das espécies conhecidas vivem na Amazônia, sendo 353 de mamíferos, mais de 3 mil espécies de peixes, mil de pássaros, 60 mil espécies de plantas e uma estimativa de 10 milhões de espécies de insetos. A esse cenário agrega-se a Bacia Amazônica, que cobre 5% da superfície do planeta e totaliza 7,8 milhões de quilômetros quadrados no Brasil, Guiana, Venezuela, Colômbia, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru e Bolívia. Com mais de 25 mil quilômetros de rios navegáveis, armazena cerca de 20% da água doce do planeta. No entanto, uma palavra assombra o equilíbrio desse ecossistema: o desmatamento. Entre agosto de 2003 e agosto de 2004 houve o segundo maior desmatamento na Amazônia da história, ultrapassando os 26 mil km2 de florestas, segundo as estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgadas ontem. Essa taxa só é inferior à marca de 1995, quando 29.059 km² foram derrubados. Entre 2001 e 2004, o desmatamento na Amazônia aumentou impulsionado pela expansão do agro-negócio e da atividade pecuária na região. Foram, em média, O desmatamento irracional das florestas diminui a absorção de gás carbônico, um dos principais responsáveis pelo efeito estufa, aumentando sua concentração na Terra 23 mil km2 de florestas destruídas a cada ano, equivalente a mais de seis campos de futebol desmatados por minuto, conforme dados do Greenpeace. NOVAS RESERVAS AMBIENTAIS Uma boa notícia reforçou o verde da esperança na Amazônia. O governo federal autorizou, dia 21 de junho, a criação de três Unidades de Conservação (UC's) na Amazônia. Um deles, o Parque Nacional dos Campos Amazônicos, com área de aproximadamente 880 mil hectares; o segundo, a Reserva Extrativista do Rio Unini, com 830 mil hectares e será a maior do estado e, por fim, a Reserva Extrativista Arapixi com 133 mil hectares. As Unidades de Conservação (UCs) são territórios com características naturais de relevante valor, legalmente instituída pelo poder público, com objetivos de preservação e conservação ambiental, segundo o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC). AS FLORESTAS NO MUNDO As maiores florestas do mundo são as Florestas Americanas ou Neotropicais, que ocupam metade da área das florestas tropicais do mundo e um sexto de todas as florestas latifoliadas, com 4 milhões de Km². Estas florestas são for- madas por três blocos principais: o primeiro abrange a bacia do rio Amazonas e Orinoco; o segundo vai da costa do Equador e Colômbia até a costa Atlântica mexicana nos Andes; o terceiro é a estreita faixa de florestas compreendidas entre a costa Atlântica e serras e planaltos interioranos brasileiros, conhecida como Floresta Atlântica. A segunda maior formação florestal mundial é a Indo-Malásia, que compreende o Sudeste asiático e porções intertropicais do arquipélago da Oceania com cerca de 2,5 milhões de Km². O terceiro e menor grupo são as florestas tropicais africanas, com 1,8 milhões de Km², centrada no Zaire. Uma pequena faixa ocorre na parte oriental da Ilha de Madagascar. O QUE SÃO AS FLORESTAS TROPICAIS As florestas tropicais são formações naturais caracterizadas por uma vegetação densa, constituída principalmente por árvores, algumas podendo chegar a mais de 30 m de altura, com uma complexa diversidade de trepadeiras, epífitas e fauna associada. As florestas tropicais ocorrem nos três grandes continentes da faixa intertropical, e sua distribuição é diretamente determinada pela ocorrência de alta pluviosidade. Também ocorrerem florestas tropicais em regiões onde a topografia provoca a precipitação da chuva, como é o caso da Mata Atlântica. BOM DIA Amanhá é Dia do Amigo consciente e cidadão Jovens demonstram compromisso não só em cultivar as amizades, mas também com o desempenho de seus papéis enquanto cidadãos e responsáveis por causas como a preservação do meio ambiente Parceiros para as festas, sessões de cinema, passeios no shopping e ouvintes das mais secretas confidências, os amigos têm espaço garantido para compartilhar os bons momentos do cotidiano. No entanto, alguns casos vão além, e os amigos dividem, além das alegrias, seus conhecimentos e seu exercício de cidadania. Exemplo disso são os jovens que aparecem na foto de capa desta edição do Bom Dia: o grupo mescla integrantes do Conselho Editorial do caderno e integrantes do programa Cidadão do Século XXI, da UCS. Os primeiros participam de reuniões bimestrais em que discutem sugestões de temas a serem abordados pela publicação e, além de destacarem a importância da conscientização dos jovens a cerca das questões ambientais, conhecem pessoas com interesses similares amigos em potencial. Já o grupo do projeto Cidadão do Século XXI, programa que facilita o acesso de crianças e jovens a atividades de educação, subdivide-se em dois. O primeiro é os monitores, que doam seu tempo e partilham seus conhecimentos com os participantes do projeto. O segundo é dos alunos que, além de participarem de oficinas nas áreas de educação, cultura, artes, esportes, saúde e ecologia, exercitam a cidadania e têm a oportunidade de incrementarem sua lista de amigos, não só com os colegas mas com os monitores também. Neste Dia do Amigo, comemorado dia 20 de julho, a dica é comemorar a data junto das pessoas especiais, mas também procurar novas amizades em projetos como o Cidadão do Século XXI, prestando um serviço ao compartilhar conhecimento e contribuindo com a comunidade. Os interessados em repartir suas vivências com monitores das oficinas podem obter mais informações sobre o programa no site de UCS: www.ucs.br Quem são os amigos das florestas do BomDia Origem do Dia do Amigo Amizade e preocupação com o meio ambiente fazem parte do cotidiano do grupo de jovens que aceitou dar uma de ‘modelo’ para a foto de capa do caderno BomDia. Na turma estão monitores e alunos do projeto UCS Cidadão do Século XXI e alguns dos integrantes do conselho editorial da publicação. Monitores: Larissa Cristina de Lemos; Pedro Luis Dinon Buffon; Luisa Valduga; Gabriela Paludo CAPOEIRA: Eduardo Parisotto DANÇA DO VENTRE: Andriele Rigotti; Chaiane Daniel; Lauriane Peccin; Marcieli Tresoldi; Mariana Dal Mas; Mayara de Rossi COMPUTAÇÃO: Adriano dos Santos; Claúdia Bergonsi; Cristina Pigozzo; Daniel Fernandes da Silva; Fernando Detoni; Guilherme da Silva; Gustavo Denardi Balzan; Ismael Pertile; Jardson Ferreira Cadury; Jéssica Cazanatto; Juliana Cazanatto; Luan Henrique Guzzo; Marinilda Ferreira das Dores; Mayara da Mata Gomes; Nataniel Cainelli; Taynna de Carli; Thays da Silva; Vinicius Rosalen; Fábio Junior dos Santos INGLÊS: Anderson Branchi Civardi; Chaiane Coelho; Joniel Finatto Derivada do latim, amicus, a palavra 'amigo' pode ser traduzida como 'a pessoa a quem se ama'. Considerando a hipótese de origem grega, a composição é de a (não, sem) ego (eu), que pode ser interpretada como alguém com quem a pessoa se identifica tanto quanto com a si mesmo, mas que não é ela própria. De qualquer modo, o que prevalece é a noção de bem-querer e intimidade que predominam nessa forma de relacionamento. Inspirado nesse sentimento - e na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente de uma vitória científica mas também de uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo - o dentista argentino Enrique Ernesto Febbraro escolheu a data para homenagear os amigos. Por um ano, ele divulgou o lema "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro". Então, dez anos mais tarde, pelo decreto 235/79, a data foi instituída na Argentina e gradualmente foi adotada por outros países, inclusive o Brasil. Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 06 Amizades Amizades são como sementes: precisam ser semeadas e cultivadas com dedicação. Também são como pedacinhos: de confiança, amor, atenção e companheirismo; uma junção de palavras e sentimentos que devem estar presentes em todos os momentos, bons ou ruins. O verdadeiro valor de uma amizade provém da qualidade dos momentos vividos com os amigos e dos verdadeiros amigos cultivados, e não da quantidade de amigos feitos, e muito menos do número de momentos passados. O que realmente importa é a vivência, tanto de bons momentos, como dos desagradáveis, porém superados conjuntamente. Cinco minutos podem ter maior significado do que uma semana ou, quem sabe, talvez um mês. Desse modo, as amizades são feitas à base de confiança e a partir de alegrias, mágoas e tombos, que devem ser compartilhados, e mãos a postos para ajudar a levantar-se. As amizades podem surgir em qualquer lugar e em qualquer momento; em cinemas, numa fila de banco ou de supermercado, na academia, fazendo compras no shopping, em festas, ou até mesmo na sala de espera de seu dentista. Amigos são para todas as horas: para quando temos problemas e dúvidas, estarem lá, a nos guiar a fim de acharmos juntos soluções. São nossos maiores confidentes, com quem podemos compartilhar nossas alegrias, triunfos, sucessos. Podem nos ajudar a superar dores e decepções, fazendo-nos sentir melhor com uma xícara de chocolate quente e um colo para acalentar-nos. As amizades podem ser duradouras mesmo à distância. Podemos ficar longos tempos ser ver um amigo, mas a amizade mesmo assim não acaba porque os laços de uma verdadeira amizade são profundos. O ser humano precisa de amigos para se relacionar, crescer, ficar mais forte, suportar as dificuldades da vida moderna (escola, trabalho, atividades mil). Por isso, se você ainda não tem um amigo em especial, cultive, cative. Ainda e sempre é tempo para fazer uma nova amizade. Olhe para o lado, pois, às vezes, ela está bem perto e não a percebemos. Vale a pena abrir o coração para as pessoas mesmo que algumas delas fechem as portas em nossa cara. Como disse Aristóteles, "Um amigo é uma alma em dois corações." PAULA COGHETTO PERTILE BOM DIA Bento tem reserva ecológica aberta à visitação Quem quiser conhecer mais sobre biodiversidade na flora de Bento Gonçalves pode visitar a Reserva Ecológica Darvin João Geremia, no Bairro Planalto, um dos poucos locais ricos em flora e fauna nas imediações do centro da cidade. A Reserva possuiu 2,6 hectares de área e aproximadamente 35 espécies de vegetais diferentes, protegidas em um espaço cercado, que impede o depósito de lixo e o corte de árvores nativas. O espaço pode ser visitado por escolas e entidades que desejem estudar a flora e fauna ali existente. O acesso à reserva só é possível por parte da comunidade se acompanhado por um responsável da Secretaria do Meio Ambiente através de visitas pré-agendadas. Além dessa, são áreas de preservação ambiental de Bento Gonçalves as que estão ao longo das márgens dos rios ou de qualquer curso de água, ao redor das lagoas, nas nascentes, no topo de morros, nas encostas com declividade superior a 45 graus. Também está sendo criado e implantado um jardim botânico numa área de São Pedro, conforme o Secretário Municipal do Meio Ambiente Volnei Tesser. Trabalhando pela preservação da natureza, a Secretaria do Meio Ambiente conta com três fiscais que monitoram e atendem denúncias e tomam as medidas necessárias em relação às infrações, além de contar com o Conselho Municipal do Meio Ambiente. Outro reforço no policiamento ecológico é o Batalhão de Polícia Ambiental, implementado no início deste ano e atua no Município por meio de rondas e denúncias que podem ser feitas do número 3452 1344. DISQUE DENÚNCIA MEIO-AMBIENTE FONE 3452-1344 AGORA BENTO TEM BATALHÃO DE POLÍCIA AMBIENTAL. Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 07 Festival de Teatro “Abrem-se as porteiras dos palcos, enquanto se aproxima a volta de um grande espetáculo cultural pelos pagos de Bento Gonçalves. Aos gaúchos e gaúchas desta querência, amantes e simpatizantes, assim como eu, que querem passar momentos de muita descontração, assistindo às maravilhosas peças teatrais, que cultuam e dão valor a todas as etnias. Não te acanhe vivente, te aprochega sem frescura, boleia a perna e ceva o chimarrão, que aqui é nosso lugar para divulgarmos a nossa cultura.” Achei uma maneira diferente para chamar a atenção dos leitores. Talvez com essas palavras coloquiais do dicionário gaúcho, eles leiam! É isso aí mesmo, no dia 27 de julho, no Teatro UCSFerví, acontecerá o Festival de Teatro Popular de Bento Gonçalves – FETEB, que será estendido até agosto (conforme inscrições). Municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Monte Belo do Sul, Santa Tereza, Veranópolis e Nova Prata estarão se envolvendo neste evento. Peças divertidas, criativas e originais estarão sendo apresentadas no encontro, que, inclusive, terá encenações em outras línguas, como o inglês e o dialeto italiano. Sejam jovens, adultos e até mesmo crianças, os participantes estarão concorrendo a premiações em cada categoria (adulto e infantil) como melhor espetáculo, melhor ator/atriz, melhor cenário, melhor figurino, melhor sonoplastia e muito mais. Importante ressaltar que este é um Festival de Teatro de amadores, ou seja, ninguém tem contrato com a “Globo”. Estamos aí para participar, brincar, dividir o nosso talento à comunidade, e quem sabe, descobrir novos talentos, mostrando ao povo que aqui existe cultura e que participar é importante, seja no palco ou na poltrona. Aí está a oportunidade! Mas me questiono: nos dias atuais, cinema, DVD, baladas, festas, compromissos, enfim, haverá público para este evento? As pessoas terão um tempinho? Irão interessar-se? O tempo passou, houve mudança, evolução, as pessoas se “fecharam” não querendo ver o mundo a sua volta. Nesse período contemporâneo as “coisas” se dificultam. Mas serão as “coisas” ou as “pessoas”? E, depois, não venham dizer que espaço para cultura aqui em Bento não tem! CAROLINE MARI OSMARINI Aluna Ensino Médio Landell de Moura Integrante do Grupo Teatral São Miguel BOM DIA Quarta-feira | 03 | 05 |2006 | Pag. 08 “Aplausos! O Espetáculo tem que continuar..!” Essa expressão, própria do teatro, não poderia ser mais adequada ao momento. Afinal, após mais de 20 anos, está de volta o Festival de Teatro de Bento Gonçalves. Realizado pelo Departamento Cultural do Município, o 1º FETEB nasceu em 1981, idealizado e executado por Ana Inês Facchin que, à época, integrava o Departamento Cultural. A repercussão do evento foi tão grande que lotou a casa de apresentações, improvisada num dos maiores salões sociais da cidade, a Sociedade União São Francisco América, durante as onze noites em que foram apresentadas onze peças teatrais, todas com produção e artistas amadores locais. Foi um sucesso e tanto! O, depois, evento continuou ainda a ser realizado por mais seis anos pelo Departamento e, então, não mais... até hoje! Mesmo assim, atualmente ainda existem grupos de teatro locais, remanescentes daquele movimento de então. Assim, para o aplauso de todos nós, na próxima semana, a partir de quinta-feira, dia 27, o Festival de Teatro Bento Gonçalves reabre suas portas para o público, promovido pela Fundação Casa das Artes e realizado sob a coordenação de Ana Inês Facchin. E apresenta nada menos do que 27 espetáculos cênicos em 17 dias e noites de programação contínua, criativa e muito atraente. Restaura-se, assim, essa grande vontade cênica que existe latente em Bento Gonçalves e cidades vizinhas, acessível a todas as idades e classes sociais, porque o teatro é certamente a forma mais popular da cultura social. Todos os espetáculos serão apresentados no Teatro da UCS/FERVI, em Bento Gonçalves. O valor dos ingressos, ao preço de R$ 5,00 de noite e R$ 2,00 à tarde, será destinado 50% para cada grupo, 30% para a organização do Festival e 20% para um investimento cultural a ser decidido em conjunto por todos os grupos. Nesta sua primeira reedição, o FETEB movimenta mais de 500 atores, diretores e técnicos amadores de nossa comunidade e sete cidades vizinhas. HISTÓRICO E GRANDIOSO Para Cristian Bernich, presidente do Centro Integrado de Artes Cênicas, organização parceira do FETEB 2006, “o Festival é um acontecimento grandioso e histórico, já que há cerca de 20 anos o teatro ficou quase esquecido, não fossem alguns poucos heróis. Este deve ser um marco para que novos grupos e atores de teatro surjam, enriquecendo o cenário cultural e lutando por espaço dentro das artes cênicas para, assim, revermos a ação cultural na cidade que ainda é muito precária.. O Festival de Teatro está propiciando aos jovens, crianças e adultos não só a revelação de talentos artísticos e o estímulo à expressividade como, especialmente, motivando o senso crítico e o pensamento questionador. O público que for assistir os espetáculos vai ter boas surpresas pois conheço alguns grupos inscritos e sei de seus talentos. Todos estão empolgados e entusiasmados, bem organizados. A curiosidade é a grande expectativa para sabermos até que ponto poderemos, depois, chamar nossos grupos de amadores”. A CASA DAS ARTES FOI CONCEBIDA NO FETEB Já Moacir Corrêa, fundador do Centro Integrado de Artes Cênicas, bailarino e ator, diz que “ depois de um período de dormência, este Festival vai mexer com o movimento teatral. Com isso, Bento vai acordar! Temos grande potencial na região e uma maneira de expô-lo é o Festival. Além disso, esperamos que este movimento agilize a construção do espaço que ainda não temos. A Casa das Artes foi concebida no Festival de Teatro e demorou 20 anos para ser erguida. Agora esperamos que ela tenha condições de receber o público nas próximas edições do Festival”. Sobre os espetáculos Moacir entende que “será um momento de amadurecimento pois o teatro faz mudar a forma de ver. Através dos diversos grupos teremos um grande aprendizado, mesmo sendo grupos amadores”, explica. OUR CONCOUR Além dos 27 espetáculos, o Festival irá apresentar esquetes todas as noites e, após cada espetáculo, haverá debate entre jurados, atores e público interessado. Mas três grupos irão se apresentar sem concorrer a prêmios, por entenderem justo, assim, já que estão ligados ao CIAC, parceiro do evento. Um deles é o grupo Boca de Cena, que está preparando ótimos esquetes de abertura, com textos de Luiz Fernando Veríssimo, abordando temas dramáticos mas sempre deixando o público pensar. São trabalhos inteligentes. Também será feita uma apresentação de dança-teatro, divertida e com ar cômico, usando dois poemas de Douglas Ceccagno, artista de nossa cidade. Já a Trupe Dosquatro leva duas peças: uma infantil, “O Monstrinho Medonhento”, escrita por Cristian Bernich e Moacir Corrêa, que certamente animará a criançada; e a outra, “As Dez Mais do Córtex Cerebral”, um texto de Cirano Rosalem, comédia que faz uma sátira da breguice. Já Maria Cavanus Lazzari, coordenadora pedagógica da AABB Comunidade, fala que é esta será a primeira vez que o grupo de crianças particiará de um Festival. Será apresentada uma peça de sensibilização quanto ao meio-ambiente. Todo o cenário e figurinos foi confeccionado com materiais reciclados pelos próprios alunos. “Para a AABB é um momento de valorização em que se está fazendo um trabalho para tirar das ruas os adolescentes, projetando seus talentos e o que eles têm de melhor, com muito prazer!” BOM DIA Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 09 ANTIGO DESEJO COMUNITÁRIO COMEÇO DA CAMINHADA O desenvolvimento de uma cultura cênica em Bento Gonçalves é um antigo desejo de nossa comunidade. E para que isto se torne realidade, nada melhor do que contar com uma iniciativa como esta do Sistema S de Comunicações que, temos certeza, será um grande sucesso. A Prefeitura, através do Gabinete da Primeira-Dama e a Fundação Casa das Artes, através do Centro Integrado de Artes Cênicas, serão parceiros juntamente com o Sistema S e a Universidade de Caxias do Sul pela articulação de políticas ligadas à área da cultura, em especial ao teatro, atendendo também a uma demanda da comunidade artística local. O Festival deve mobilizar não apenas grupos de Bento Gonçalves, mas de toda a microrregião, inclusive de outros países como a Itália. A realização do evento servirá de impulso para o crescimento da cultura cênica que será incrementada posteriormente pela conclusão do teatro da Fundação Casa das Artes, o que certamente será um incentivo sem igual para o segmento. Entendemos que a arte é muito importante na vida e na cultura de uma comunidade e sendo o teatro uma das artes mais nobres é de suma importância que se invista e se apóie ações deste gênero. Esperamos que esta seja a primeira de uma série de ações que venham trazer ainda mais cultura e desenvolvimento para o povo bento-gonçalvense. O Festival de Teatro de Bento Gonçalves – FETEB 2006 é o começo de uma caminhada que é a expressão da cultura da nossa região. Ele oportunizará a todas as pessoas, independentemente da idade, o conhecimento e o melhoramento da divulgação para os grupos e para quem é apaixonado por esta arte. Os jovens serão sabedores que o teatro ajuda a criar, integrar e pensar o momento em que vivemos. É na expressão das artes que o público passa a analisar melhor o nosso mundo. Aceitamos esta parceria porque pensamos como Bertolt Brecht. Ele manifestou que todas as artes contribuem para a maior de todas: a arte de viver! Apoiamos a realização do festival, pois o teatro é uma das artes que nos faz refletir e aprendermos mais sobre nós mesmos; para nos importarmos mais com os outros, para sermos mais do que até agora, sermos mais do que acreditávamos, mais do que fomos antes, pois o maravilhoso da fantasia é a nossa capacidade de torná-la realidade. Parabéns por esta maravilhosa iniciativa! ALCINDO GABRIELLI Prefeito de Bento Gonçalves NÁDIA GABRIELLI Primeira-dama de Bento Gonçalves LACUNA PREENCHIDA Uma grande expectativa em torno da realização do Festival de Teatro, que acontecerá de 27 de julho a 12 de agosto, tem mobilizado grupos de teatro amador, provenientes de escolas, entidades e associações, numa parceria entre o poder público e privado, por iniciativa da Fundação Casa das Artes de Bento Gonçalves e Sistema S de Comunicações. O evento assume grande importância para o cenário cultural do Município, sobretudo porque é uma iniciativa que resgata e promove a expressão das artes cênicas, valorizando jovens talentos e promovendo um espaço para a diversidade de atrativos culturais. Após um período de êxito alcançado na década de 1980, com o surgimento de diversos grupos teatrais, o Festival de Teatro 2006 retorna com o compromisso de concentrar ações que implementem a área de artes cênicas. Diversos grupos cênicos de municípios vizinhos a Bento Gonçalves integrarão o Festival de Teatro 2006, que pretende caracterizar-se como um evento de alcance regional e importante agente na integração e disseminação dos valores de nossa cultura. A parceria da Fundação Casa das Artes de Bento Gonçalves com o Sistema S é uma forma de estabelecermos um canal de constante diálogo entre os diversos grupos participantes e as demais instituições que apóiam o evento, bem como cumprir com sua finalidade de ser mediadora das práticas e do planejamento cultural no município. A reedição do Festival de Teatro Popular vem preencher uma lacuna, no aspecto sócio-cultural, no sentido de ocupação e entretenimento, principalmente, para a população jovem da região. É uma oportunidade de construção do conhecimento, a qual o Campus Universitário da Região dos Vinhedos se insere como apoiador, cedendo as instalações, com o objetivo de estimular essa iniciativa. Está na própria função da Universidade promover e/ou apoiar manifestações artísticas e culturais, tanto que, anualmente, acontece na UCS/CARVI o CETEC Festival, por exemplo. Grupos teatrais já marcaram época em Bento Gonçalves e região, revelandotalentosecriandoumaculturaparticipativajuntoaopúblico. Nas últimas décadas, porém, se perdeu essa prática e até arrisca-se afirmar que foi, gradativamente, sendo substituída pela televisão, internet e atividades mais individualistas e pouco participativas. Por isso é importante ressaltar que o teatro é um dos fatores mais importantes dentro da cultura porque fala ao coletivo diretamente e através da sua prática constata-se a construção de um comportamento social agregado, implicando tanto a presença de quem faz, quanto de quem assiste. A intenção de usar as artes cênicas como elemento fundamental para a integração sócio-cultural dos jovens, no contexto amplo de cidadania e participação comunitária, através da realização do Festival de Teatro Popular é merecedora de antecipados aplausos pela iniciativa. IVO DA ROLD Presidente da Fundação Casa das Artes Douglas Trancoso VALORIZAÇÃO DE TALENTOS PROF. DR. JOSÉ CARLOS KÖCHE Sub-Reitor do CARVI BOM DIA Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 10 Festival terá 27 espetáculos. Conheça um pouco de cada peça da programação A Bruxinha que era Boa (Sagrado) Sete palmos Legenda: Gisele Grigolo, Graziela Piletti, Débora Grígolo, Raysa Carraro, Cecília Burati, Jonathan Parizotto e Ellen Bernardi, interpretam a história encantada O CIESC Sagrado encenará a peça clássica: A bruxinha que era boa. No enredo, a bruxa chefe incentiva as demais bruxinhas a aprenderem as maldades que são próprias das bruxas. No entanto entre elas há a bruxinha Ângela que se destaca pela sua bondade e se recusa a aprender e fazer a as maldades exigidas. Como conseqüência é presa na torre de Piche, onde é vigiada pelas demais bruxas. Mas, Pedrinho, o menino que a bruxinha Ângela salvou das maldades da bruxas descobre que ela está presa, leva comida e consegue roubar a vassoura a jacto da Bruxa Caolha para fugir e buscar a flauta. O bruxo e a bruxa chefe são presos na torre, e com eles são presas todas as maldades. Assim as crianças podem voltar a brincar na floresta onde se ouve novamente o canto dos pássaros. Ismael Sebem, sob a direção de Gustavo Sibem apresenta: Sete palmos O monólogo apresentado por Ismael Seben, do Grupo Teatral Pé no Chão, trata da história de um cidadão “Vitório Paixão”, que foi enterrado vivo. O enredo aborda cenas cotidianas, enfatizando os sentimentos relacionados ao modo de vida da sociedade, ambiciosa, solitária, vulgar e ao mesmo tempo feliz. APRESENTAÇÃO DIA 02 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA ÀS 15 HORAS APRESENTAÇÃO DIA 8 DE AGOSTO, TERÇA-FEIRA, ÀS 20 HORAS O Segredinho da vida Dafne Ribeiro, Natália Xavier, Natália Rodrigues, Viviane Shneider, Júlia Severgnini, Carlos Eduardo barcelos, Bruna M. da Silva, Camila Ferrari, Marcos B. Barcelos, Laura Gomes, Juliana Rodrigues, Maria Brume Sampaio, Ana Alice Severgnini, Jane M. Tasca de Paula, Vera Lúcia Arauto, Lenir Garcia e Ana Cláudia Maestrello fazem o espetáculo A Bruxinha que era Boa Iasmin da Silva, Camila Nogueira, Paloma dos Santos, Estefânia Cibulski, Andriele Tomkiel, Fabrício da Silva e Fabiano da Silva, fazem parte do elenco Adaptando o texto de Maria Clara Machado o Grupo Teatral do Projeto Coração Cidadão apresenta a peça A Bruxinha que era Boa. O espetáculo reporta a uma escola de bruxas. Ângela é a pior aluna, pois não sabe fazer maldades. Junto com seu amigo, o menino Pedrinho, Ângela fará o possível para não ser castigada, por ser boa, e ainda tentará ganhar o prêmio de melhor bruxa: o aspirador de pó. Apesar de contar com alunos/ atores iniciantes a peça já foi apresentada duas vezes este ano. APRESENTAÇÃO, DIA 03 DE AGOSTO, QUINTA-FEIRA, ÀS 15 HORAS A verdadeira história de Cinderela Daiane Pomatti, Bruna Detogni, Andressa Omizzollo, Camila Antoniolli, Alexandre Engelmann, Monique Costella, fazem parte do elenco da A verdadeira história de Cinderela O Grupo Teatral Cacique de Barros apresenta uma história de respeito, amor ao próximo e à natureza. Crianças de várias idades, que freqüentam a pracinha do bairro, aprendem com Vó Maria, uma moradora aposentada que cuida dos canteiros da praça, os segredos da continuidade da vida no planeta, através de agentes invisíveis que dão equilíbrio e beleza ao nosso universo. Retrata também o poder da oração e a força da amizade. O espetáculo estreou em dezembro de 2005, durante as atividades de encerramento do ano no Centro Espírita Irmão Joaquim Cacique de Barros. O Grupo Teatral Dosolina Boff, de Vila Flores, apresentará a peça teatral A verdadeira história de Cinderela. O texto de Gabriela Rabelo conta a história da Cinderela um pouco diferente do que todos conhecem. Nesta versão a madrasta não é má e sua filha tem um carinho pela Cinderela que é um pouco desastrada. No dia do baile, Cinderela quebra os sapatinhos de cristais de Micaela que não tem outra saída a não ser usar as botinhas de Cinderela. No baile o Príncipe dança com Micaela que acaba fugindo e deixando cair a botinha, Então o príncipe resolve procurar a dona daquela “linda botinha”. O Grupo já realizou diversas apresentações, coordenadas pelo professor Márcio Pandolfo e também participou do IY Festival de Teatro de Marau, recebendo o prêmio de Melhor espetáculo. APRESENTAÇÃO DIA 04 DE AGOSTO, SEXTA-FEIRA, ÀS 15 HORAS APRESENTAÇÃO DIA 05 DE AGOSTO, SÁBADO, ÀS 15 HORAS BOM DIA O Velório Espetáculo do Colégio Aparecida Viagem à casa do Conde Os ensaios são orientados pela professora de teatro Shara Hasan, Julia Lorenzetti Severo, Allan da Veiga Azevedo, Bárbara Mossellin da Costa, Victória Lopes Neis, Mário de Moraes Vieira Filho e Fernando Rossi Benites encenam a peça O elenco conta com os atores Luciane Sgarbossa, Débora Osmarini, Patrícia Carniel, Jaqueline Scaravonatto, Márcia Oliveira, Dilvane Sorlin, Samuel Magagnim, Joice Palaoro Shnorr, Helena Farias, Raquel de Marco, Gilberto Duarte, Sônia Salvallaggio, Vinícius Nortari, Samuel Magagnim e Jair da Rosa O Grupo Teatral D’Improviso ambientou uma sala de velório de uma funerária. A peça que inicialmente parece monótona e transcorre como um velório normal se transforma numa inusitada comédia. Destacam-se personagens como a faxineira, a viúva, a filha do falecido, as vizinhas fofoqueiras, o bêbado e o esquisito. A normalidade é quebrada pela chegada da amante e pelo anúncio através da mãe do amante, que o falecido tinha outra família. A confusão geral tem culminância com a chegada dos sogros do defunto, do padre e do cobrador. Com final surpreendente a faxineira torna-se a peça chave para desenrolar a comédia. O Grupo surgiu nas oficinas de teatro com os funcionários da Rede de Hotéis Dall’Onder, em 2003 e já realizou cerca de 20 apresentações. APRESENTAÇÃO DIA 30 DE JULHO, DOMINGO, ÀS 20 HORAS Pluft, O Fantasminha As atrizes Indianara Moscato, Morgana Bavartesco, Maria Teresa Borges, Amábile Deretti, Ariane de Lima, Renata Zanchetti, Carolina Passaia e Kalícia Casonatto A história vivenciada pelos personagens Pluft, Gerúndio, Capitão Perna de Pau, Maribel, Mãe e pelos Marinheiros João, Julião e Sebastião será contada pelo grupo teatral do Projeto Coração Cidadão. O trabalho da peça é coordenado pela professora Denise Ceccagno, que conta com as atrizes Indianara Moscato, Morgana Bavartesco, Maria Teresa Borges, Amábile Deretti, Ariane de Lima, Renata Zanchetti, Carolina Passaia e Kalícia Casonatto. Pluft é um menino fantasma que tem medo de gente, mas torna-se corajoso quando precisa ajudar os marinheiros medrosos a salvarem sua amiga Maribel, que foi rapatada pelo terrível Capitão Perna de Pau. As turmas de teatro do Projeto Coração Cidadão foram formadas em janeiro deste ano. Todos os alunos/ atores são iniciantes no teatro. APRESENTAÇÃO DIA 09 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA, ÀS 15 HORAS Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 11 O Colégio Marista Aparecida está realizando, desde o ano passado o projeto: Mostra de Teatro, envolvendo alunos de 6ª a 8ª série, do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio com objetivo de despertar novas possibilidades de expressão por meio da arte. Todo o processo de elaboração das peças é feito pelos alunos, desde o roteiro adaptado de uma obra da literatura, cenários, iluminação e atores. Esse ano foram preparados 23 peças de teatro, apresentadas aos alunos no período de 17 a 20 de julho, no Salão do Colégio. As atividades relativas ao projeto estão acontecendo desde maio. Os alunos receberam orientações da professora de teatro do colégio sobre os princípios básicos do teatro bem como ensaios. No Festival o Colégio apresentará uma peça que será escolhida após a mostra. APRESENTAÇÃO DIA 10 DE AGOSTO, QUINTA-FEIRA, ÀS 15 HORAS O Monstrinho Medonhento (our concour) Na história do Grupo Trupe Dosquatro todos os seres assombrosos estão ansiosos para o maior acontecimento de todos os tempos: o nascimento do mais terrível de todos os Monstros, o Medonhento. Enquanto todas as pessoas fogem do vilarejo, os seres tenebrosos chegam em “bandos”. Os jornais que relatam tim-tim por tim-tim do que está acontecendo, inclusive quem será a madrinha do mais jovem monstrinho. A mais poderosa de todas as bruxas, se é que dá para dizer isto. Já o conselheiro do Monstro está mais preocupado do que de costume. Na realidade está com medo, pois ele sabe que apesar de inteligente, é o mais fraco e desengonçado entre todos os monstros. Mesmo com todo esse rebuliço nenhum deles poderia imaginar que o pior poderia acontecer. A questão é que o monstrinho nasceu bonzinho! Muitas trapalhadas e confusões vão acontecer e, para saber o final é só assistindo, se você agüentar... APRESENTAÇÃO DIA 07 DE AGOSTO, SEGUNDA-FEIRA, ÀS 15 HORAS Os Teatreirinhos, de Garibaldi, apresentam a peça Viagem à Casa do Conde, onde três palhaços, Teia Zira, e Zoico, convencem duas meninas que estão encantadas com a magia dos palhaços, a viajar para a casa do Conde. Ciente de que não existe essa casa, Teia está de sacanagem com os amigos, porém quando todos desconfiam da existência desse Conde, ele aparece. Assustados com a situação, tentam fugir, mas não conseguem e, dentro dessa casa, entre medo e curiosidade, descobrem quem realmente é o Conde e porque ele foi parar nessa casa. APRESENTAÇÃO DIA 08 DE AGOSTO TERÇA-FEIRA, ÀS 15 HORAS Quá comanda le donne Jane Osmarini, Katiane Osmarini, Daiane Canalle, Luana de Paris, Nelson Casarin, Caroline Osmarini, Débora Osmarini, Jaqueline Zatt, Andréia Osmarin e Márcio Tornello são os atores do espetáculo O espetáculo conta a história de uma tradicional família de descendentes italianos e, como o nome já diz uma família praticamente só de mulheres. Tóni é o único homem da casa com quatro filhas, esposa, sogra e para complicar mais ainda a situação, duas primas, moças da cidade, aparecem para passar as férias. Não vai ser nada fácil se Tóni não puder contar com a ajuda de Agromoaldo, ou será do Agrônomo Aldo... que chega para ajudar na lida. Assim, a confusão está armada. O típico cotidiano colonial e a irreverência dos personagens dão o teor cômico do espetáculo. O Grupo Teatral São Miguel foi fundado no dia 18 de outubro de 2001, sob a coordenação do professor Geraldo Farina e incentivo do empresário Tarcísio Michelon. O objetivo inicial era apresentar peças teatrais nas atividades da comunidade e demais eventos da cidade. Mas o grupo superou os objetivos iniciais e já se apresentou inclusive fora do município, além de ser bastante atuante na comunidade São Miguel. APRESENTAÇÃO DIA 28 DE JULHO, SEXTA-FEIRA, ÀS 20 HORAS BOM DIA Sonho de um Imigrante Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 12 La voce del ritrato Lidovina Molinari, Diva Tasca, Maria Collaziol, Aldina Trevisol, Delmina Tirloni, Nelda Gallina e Terezinha Foppa encenam: La voce del ritrato Marines Bersseli Zanchet, Olices Bruschini, Julia Fae, Clarice Lazarotto, Nádia Fae, Roque Fé, Aldacir H, Pancotto, Flávia Faccin Manzoni, Pedro Razador, Ari Robetti, Adriele Canossa, Neide Paludo e Ires Longhi são o “Sonho de um Imigrante” O Grupo Teatral Fratelli di Cuore, de Monte Belo do Sul, vai mostrar os passos da epopéia da imigração italiana na Região Serrana do nosso Estado, com fidedignidade aos fatos ocorridos e pesquisados. Faz um histórico da decisão de sair da Itália em função da realidade de pobreza lá vivenciada, a viagem pelo mar, à chegada na região e todo o trabalho na construção de nosso contexto. A narrativa está entremeada de episódios vividos pelos imigrantes no trabalho, no lazer, na religiosidade e nas características que são inerentes aos imigrantes e transmitidas às novas gerações. O grupo é amador, formado por professores, estudantes, agricultores, donas de casa e comerciantes e mostra o trabalho que preparou como forma de lazer e integração entre os membros do grupo e as respectivas famílias. APRESENTAÇÃO DIA 27 DE JULHO, QUINTA-FEIRA, ÀS 20 HORAS Charlie’s Angels and the Big Bad Wolf O Grupo Teatral Viverarte, de Garibaldi, conta a história em que Gema e Jerônimo forçam Mariazinha, sua filha, a estudar num convento e não a vêem há cinco anos. Os pais, ansiosos para o tão esperado dia, de ver Mariazinha uma verdadeira santa de Deus, preparam uma festa com muita comilança para sua chegada. Nona, mãe de Gema, não consegue esperar e levanta de madrugada para roubar comida. Ela escuta a voz no retrato do Nono (falecido), que tenta avisar sobre a vinda e mudanças de Maria. APRESENTAÇÃO DIA 29 DE JULHO, SÁBADO, ÀS 20 HORAS O rapto das cebolinhas O espetáculo relata o roubo das cebolinhas do elixir da longa vida. Na história, os três pés de cebolinhas moravam ao lado de quiabos, nabos, couves, agriões na hora do Coronel Felício. Toda manhã, a primeira coisa que o Coronel fazia era regar suas preciosíssimas cebolinhas. Mas, numa manhã de segunda-feira... Quem será o misterioso ladrão das cebolinhas do elixir da longa vida? Maneco, Lúcia, Gaspar, Florípedes, Simeão, o médico, o doutor, enfim, a família toda do Coronel Felício, nesta história de detetive, se vê envolvida pelo terrível Camaleão Alface. O Grupo Teatral Ponto de Vista que apresenta a peça é formado de pessoas cegas e com baixa visão e colaboradores que fazem parte da ADVBG (Associação dos Deficientes Visuais de Bento Gonçalves). Amigos, divertidos, desafiadores, inovadores, criativos e críticos os integrantes da ADVBG resolveram, mais uma vez, testar seus potenciais e criaram em junho deste ano o Grupo Teatral Ponto de Vista, especialmente para concorrer no Festival de Teatro Popular de Bento Gonçalves. APRESENTAÇÃO DIA 11 DE AGOSTO SEXTA-FEIRA, ÀS 15 HORAS A Comédia da Família Feliz Luiza Gudde, Carolina Nicolao, Taíse Arioli, Karina Didoné, Vivian Morello, Valesca Cusin, Leandra Fim e Fernando Rezera apresentam: Charlie’s Angels and the Big Bad Wolf Reunir Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, A Bela, A Bela Adormecida, O Lobo Mau, uma professora de espanhol, uma diretora de escola, a ovelhinha e as Panteras não é tarefa fácil. Mas o grupo de teatro da Escola Yázigi, realiza esta proesa na peça: Charlie’s Angels and the Big Bad Wolf . Assim, à partir destes personagens dos Contos de Fadas, uma nova história foi criada, onde elas se encontram e precisam lutar com o antigo vilão O Lobo Mau que apesar de viver nos tempos atuais continua a fazer maldades. Nesta história O Lobo Mau seqüestra a professora de espanhol e para devolvê-la quer algo que só as heroínas têm, porém essas meninas tão inocentes são dotadas de habilidades especiais e O Lobo Mau terá que enfrentá-las para conseguir o que deseja. O humor é parte integrante de muitas cenas na peça e a magia envolve as personagens e as fazem mergulhar num universo de encantamento e ilusão. O Grupo Arquitetos do Talento, de Vila Flores, apresenta o espetáculo que conta o dia-a-dia de uma família onde todos os integrantes, pai, avó, mãe e filhos nunca se entendem. Todos estão mais preocupados com seus problemas particulares do que com a harmonia do lar. Enfrentam problemas sexuais, de mau humor, dinheiro, histeria etc. Vivem querendo mudar, mas ninguém faz nada para melhorar. Tudo fica pior quando Malu e Paulo Júnior confessam seus desejos para com a família. Uma comédia que vai explorar os dramas humanos convidando o expectador a uma reflexão profunda da realidade. APRESENTAÇÃO DIA 6 DE AGOSTO, DOMINGO, ÀS 20 HORAS APRESENTAÇÃO DIA 31 DE JULHO, SEGUNDA-FEIRA, ÀS 20 HORAS Diego Zanola, Letícia Detogni, Kelli Waskuewiciz, Luane Abatti, Tanara Fratta e Edna Costela apresentam a peça A Comédia da Família Feliz, dirigida por Márcio Pandolfo BOM DIA Liseta abre seu passado Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 13 A volta daquela que não foi A peça do Grupo Teatral Orelhas de Abano conta a história de uma mulher atormentada por lembranças do passado presa a um grande sentimento de culpa. Mas, as respostas para todas as suas dúvidas estão dentro de um antigo e amarelado envelope, bastará ela ter coragem para abri-lo. Os personagens Liseta, Raul e Lídia apresentam a trama misteriosa. O Grupo Teatral Orelhas de Abano iniciou as atividades em 1990 e primeira peça apresentada foi “Entre Loucos”. No histórico do grupo são mais de dez peças que foram apresentadas em Bento Gonçalves e na região. APRESENTAÇÃO DIA 7 DE AGOSTO, SEGUNDA-FEIRA, ÀS 20 HORAS Marcadas pela culpa Os personagens Defunta Quitéria, Prefeito Pipi, Empregada Edicléia e o Jornaleiro Fritz, fazem a divertida confusão O Grupo Teatral Fazendo Arte traz para o palco uma história que acontece na cidade de Pirinópolis do Mato Pino do Sul, na região sul do Brasil. Naquele município, a população está indignada com o Prefeito Pipi, já que os coveiros resolveram realizar uma greve geral e não há como fazer o enterro da defunta Quitéria. Entre medo e desconfiança o prefeito tenta achar meios para acabar com toda a maldição. APRESENTAÇÃO DIA 2 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA, ÀS 20 HORAS O doente imaginário Thais Rochineski Bota, Paula Rossi Benites, Rukaya Hasan e Alicia Corbellini Piffer apresentam o espetáculo dirigido por Diane Schizzi O espetáculo apresentado pelo Grupo Teatral Faz-se Atos, de Garibaldi, trata da relação do espectador com a televisão. Uma novela que mostra as diferenças de três gerações num grande conflito familiar, de relação entre pais e filhos. Maria das Dores, Maria dos Aflitos e Maria do Socorro, vivem de acusações, o que abala a relação entre elas. Maria Misericórdia, uma empregada, espectadora da novela, se envolve de tal maneira na história, que esquece de seus afazeres. APRESENTAÇÃO DIA 4 DE AGOSTO, SEXTA-FEIRA, ÀS 20 HORAS Meio-Humano Durante milhares de anos, o homem explorou a natureza sem pensar nas conseqüências, em busca de progresso e bem-estar. Mas a humanidade não contava com a revolta da própria natureza. Aos poucos o homem foi matando a si mesmo, sem compreender que ele também faz parte do meio-ambiente e, pior ainda, sem perceber que depende dele. O que aconteceria se restasse apenas um sobrevivente, como responsável por todos os erros da humanidade? O Grupo Teatral Fênix transportou essa hipótese para o palco, em uma peça filosófica e poética, baseada em fatos reais. O público será convidado a uma regressão no tempo, a fim de perceber quais foram os fatais erros da humanidade que levaram o mundo a se tornar Meio-Humano. APRESENTAÇÃO DIA 3 DE AGOSTO, QUINTA-FEIRA, ÀS 20 HORAS Na história contada pelo Grupo Teatral Tramas e Palanques, de Garibaldi, Angelique é apaixonada por Cleante, porém seu pai o Sr. Argan, burguês, vítima de hipocondria, quer casá-la com um médico, pois desta forma, teria assegurado consultas gratuitas sem ao menos precisar sair de casa. Toinette, a criada, quer ver Angelique feliz, e, com suas trapaças desmascara Beline, mulher de Argan que só pensa na fortuna dele. A peça O doente imaginário é o primeiro trabalho do grupo que foi criado este ano com o objetivo de divulgar a arte como uma ferramenta formadora de opiniões. APRESENTAÇÃO DIA 11 DE AGOSTO, SEXTA-FEIRA, ÀS 20 HORAS Os Colonibais A peça é uma adaptação satirizada do livro Os Canibais, de David Coimbra. Nessa releitura da obra o Grupo Teatral Gama 2 apresenta uma família do interior que arma situações diversas para atrair pessoas e matá-las para produzir o salame que se tornará famoso entre os seus fregueses da feira. É uma história para rir e se divertir com as trapalhadas do elenco: Amanda Resende Jardim, Bárbara Amanda Resende Jardim, Manfroi Chies, Gabriel Fontanive Bárbara Manfroi Chies, GaDupont, Gabrielle Gasperin Gava, briel Fontanive Dupont, GaHenrique Cristófoli Caon, Joana Chesini, brielle Gasperin Gava, HenJoão Vitor Lopes de Oliveira, Luísa rique Cristófoli Caon, Joana Valduga, Roberta Corbellini, Samuel Chesini, João Vitor Lopes Baruffi, Thaís Sartori, interpretam o de Oliveira, Luísa Valduga, Joel, a Pipeta, entre outros Roberta Corbellini, Samuel Baruffi, Thaís Sartori, que interpretaram o Joel, a Pipeta, entre outros. APRESENTAÇÃO DIA 5 DE AGOSTO, SÁBADO, ÀS 20 HORAS BOM DIA Hora de recomeçar Na peça que será encenada pelo Grupo Teatral SAP: Hora de recomeçar. Tudo o que Luiz queria era ficar ao lado do irmão e juntos superarem o passado e serem grandes atores. As coisas não acontecem sempre da maneira como queremos...a vida vai mostrar para ele que haja o que houver, nunca podemos fugir do nosso passado mas que sempre é HORA DE RECOMEÇAR. APRESENTAÇÃO DIA 9 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA, ÀS 20 HORAS O Manequim A comédia será apresentada pelo grupo de Carlos Barbosa: Arte e Cia. O Manequim conta a história de um camponês que morou até os 20 anos no campo. Com a morte dos pais, vendeu sua herança e comprou uma pequena casa na cidade. Chegando lá foi assediado por uma garota de programa. Após vários programas ele a pediu em casamento, ela aceiArlindo Bellaver interpreta o tou e, depois de casados foMarido ingênuo que contracena ram morar na casa que ele com o Manequim havia comprado. O camponês era muito ingênuo, não desconfiava das aventuras da esposa, sempre acreditando nas suas desculpas pelos atrasos e pelas dores de cabeça. É a vida do jovem casal. APRESENTAÇÃO DIA 10 DE AGOSTO, QUINTA-FEIRA, ÀS 20 HORAS As dez mais do córtex cerebral (our concour) No encerramento do festival o Grupo Trupe Dosquatro apresenta uma divertida história que envolve sensualidade, dança, muita música e uma dosezinha de euforia em mais um dia rotineiro de um hospital psiquiátrico. Na recepção a secretária se depara com um homem que afirma ser louco e que precisa ser internado imediatamente. Seu problema: houve músicas na cabeça! O homem tenta explicar à mulher, que começa entrar na dele, como sua vida ficou depois que começou a “ouvir músicas na cabeça” .... o final é surpreendente. A lenda da uva e do vinho Edson Lotti, Tatiana Pigozzo, Ana Paula Carvalho, Adriano Teixeira, Neusa Rivieira, Jucemar Rodrigues, Stephanie Gazzoli, Ana Graziela Rodrigues, Vânia Giacomelli, Adiane do Nascimento, Dirlene Jaskulski, Joelmir Lacerda, Sidnei Somensi, Dilnei Nunes, Jones da Rocha, Jonei Baccin, Daiana Mendonça Eliane Hubner e Ana Paula Tófolli apresentam A lenda da uva e do vinho O esquete apresentado pela APAE não concorrerá ao prêmio do Festival, e tem duração de aproximadamente dez minutos, contando a história do vinho. Na mitologia, Bacco, deus do vinho, da colheita e da fertilidade, foi criado e educado no vale da Nisa pelas Ninfas. A alegria colore os rostos ansiosos desses bravos colonizadores que fizeram surgir Bento Gonçalves a Capital Brasileira da Uva e do Vinho, onde todos cantam e dançam a alegria do trabalho realizado. O ESPETÁCULO SERÁ APRESENTADO NO DIA 12 DE AGOSTO, ÀS 20 HORAS NO ENCERRAMENTO DO FESTIVAL. Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 14 PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL DE TEATRO JULHO: Quinta, 27: 20 horas: Abertura do Festival.Esquetes dos Grupos Boca de Cena (Faculdade Cenecista), Trupe Dosquatro. Primeiro Espetáculo: “SONHO DE UM IMIGRANTE”, do Grupo Fratelli di Cuore, de MOnte Belo do Sul. Ingressos: (54) 3457 1300 (Leonir) Sexta, 28: 20 horas: “QUA COMANDA LE DONNE”, do Grupo Teatral São Miguel, de Bento Gonçalves. Ingressos:(54)3454 9818 (Katiane) S bado, 29: 20 horas: “LA VOCE DEL RITRATO”, do Grupo Viverarte, de Garibaldi. Ingressos: (54)9164 7217 (Diane) Domingo, 30: 20 horas: “O VELÓRIO”, do Grupo D’Improviso do Hotel Dall’Onder de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)3455 3555,ramal 133 (Patrícia) Segunda, 31: 20 horas: “A COMÉDIA DA FAMÍLIA FELIZ”, do Grupo Arquitetos do Talento, de Nova Prata/Vila Flores. Ingressos: (54)3242 5838 (Márcio) AGOSTO: TerÁa, 01: 15 horas: Abertura do Festival Categoria Infantil. Esquete das crianças do Yázigi. Primeiro Espetáculo: “DO OUTRO LADO DO ARCO IRIS” (our concour), do Grupo AABB Comunidade, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)3453 1201 (Mari) 20 horas: “AFFARI DE NA FAMEIA”, do Grupo Vanti In Drio, de Carlos Barbosa. Ingressos: (54)9951 5883 (Assunta) Quarta,02: 15 horas: “A BRUXINHA QUE ERA BOA”, do Grupo de Teatro Sagrado, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)3452 2340 (Irmã Marinês) 20 horas: A VOLTA DAQUELA QUE NÃO FOI”, do Grupo Fazendo Arte, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)8126 8144 (Maicon) Quinta, 03: 15 horas: “A BRUXINHA QUE ERA BOA”, do Grupo Projeto Coração Cidadão-Tarde, de Bento Gonçalves. Ingressos gratuitos: (54)3452 6699 (Deise) 20 horas: “MEIO HUMANO”, do Grupo Teatral Fênix, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)8114 0501 (Juliana) Sexta, 04: 15 horas: “O SEGREDINHO DA VIDA”, do Grupo Cacique de Barros, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)9986 9133 (Mônica) 20 horas: ì MARCADAS PELA CULPA”, do Grupo Fazse Atos, de Garibaldi. Ingressos: (54)9164 7217 (Diane) S bado, 05: 15 horas: “A VERDADEIRA HISTÓRIA DE CINDERELA”, do Grupo Teatral Dosolina Boff, de Nova Prata/ Vila Flores. Ingressos: (54)3242 5838 (Márcio) 20 horas: OS COLONIBAIS”, do Grupo Gama Dois do Cetec, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)3452 1188 (Isabel Galli) Domingo, 06: 20 horas: “CHARLIE’S ANGELS AND THE BIG BAD WOLF”, do Grupo Yázigi Drama Club, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)3452 2120 (Andréa ou Denise) Segunda, 07: 15 horas: “OMONSTRINHO MEDONHENTO” (our concour), do Grupo Trupe Dosquatro, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)9112 3241 (Cristian) 20 horas: “LISETA ABRE SEU PASSADO”, do Grupo Orelhas de Abano, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)9986 9133 (Mônica) TerÁa, 08: 15 horas: “VIAGEM À CASA DO CONDE”, do Grupo Os Teatreirinhos, de Garibaldi. Ingressos: (54)9164 7217 (Diane) 20 horas: “SETE PALMOS”, do Grupo Pé No Chão, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)3451 5596 (Gustavo) Quarta,09: 15 horas: “PLUFT, O FANTASMINHA”, do Grupo Projeto Coração Cidadão, de Bento Gonçalves. Ingressos gratuitos: (54)3452 6699 (Deise) 20 horas: ì HORA DE RECOMEÇAR”, do Grupo Teatral SAP, de Carlos Barbosa. Ingressos: (54)9997 9877 (Luiz) Quinta, 10: 15 horas: “ESPETÁCULO DO COLÉGIO APARECIDA”, do Grupo do Colégio Aparecida, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)3452 1022 20 horas: “O MANEQUIM’, do Grupo Arte e Companhia, de Carlos Barbosa. Ingressos: (54)3461 1898 (Arlindo) Sexta, 11: 15 horas: “O RAPTO DAS CEBOLINHAS”, do Grupo Ponto de Vista, da ADVBG, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)3452 6006 (Sueli) 20 horas: “O DOENTE IMAGINÁRIO”, do Grupo Tramas e Palanques, de Garibaldi. Ingressos: (54)9164 7217 (Diane) S bado, 12: 14 horas: Curso de Teatro para os Grupos participantes do Festival 20 horas: Encerramento com esquete da APAE e espet culo “AS DEZ MAIS DO CÓRTEX CEREBRAL” (our concour), do Grupo Trupe Dosquatro, de Bento Gonçalves. Ingressos: (54)9112 3241 (Cristian) OBS: Serão também apresentados todas as noites esquetes de Abertura com grupos Boca de Cena e Trupe Dosquatro, sob a coordenação do Centro Integrado de Artes Cênicas. INGRESSOS PARA O FESTIVAL Os ingressos para cada um dos 27 espetáculos do Festival de Teatro 2006 já podem ser adquiridos diretamente com os grupos ou na Loja CD In Concert do Shopping Bento ou na Escola de Idiomas Yázigi, ao preço de R$ 5,00 para a noite e R$ 2,00 para espetáculos à tarde (infantís). À noite, desconto promocional para escolas que levarem mais de 20 alunos, diretamente com cada grupo de teatro. BOM DIA Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 15 Investimento da Meber possibilita reuso total de água Todo empresário sócio-ecologicamente responsável conhece a fórmula para o crescimento sustentável de seu empreendimento: investir em tecnologias limpas permite o reaproveitamento dos recursos naturais e matérias-primas, bem como a redução na geração de resíduos; fatores que, combinados, geram lucro e preservam a natureza. Muito mais do que simplesmente executar essa receita, existem organizações que apostam nessa estratégia como diferencial competitivo e modo de prestar um serviço à comunidade onde estão inseridas. Exemplo disso é a Meber, que desde meados da década de 80 tem o cuidado com o meio ambiente inserido em sua forma de trabalho e, hoje, é um dos referencias no município em investimentos na produção limpa. Provando que é economicamente viável apostar nessa filosofia de trabalho, a empresa recentemente adquiriu, em parceria com a MonofrioHBSR Refrigeradores de Líquidos Ltda, uma concentradora a vácuo. O equipamento inovador possibilita 100% de reaproveitamento da água utilizada no processo galvânico. Equipamento permite aproveitamento de 100% da água Instalada no setor onde ocorre o processo galvânico, a concentradora tem como objetivo a recuperação dos sais de níquel e do níquel metal perdidos no processo devido ao "arraste" de banho pelas peças. Também possibilita a reciclagem de toda a água utilizada nesse processo, conforme a Gerente de Qualidade, Juliana Lúcia A. Ferrari Dal Piaz. "Antes da concentradora entrar em funcionamento, todo o efluente contaminado com níquel seguia para a Estação de Tratamento - ETE, onde, após atingir os parâmetros de lançamento, era descartado", conta. Além disso, havia a formação de lodo Classe I(formado de sais de níquel), que era depositado na Proamb. Com o equipamento, todas as águas de lavagem provenientes dos banhos de níquel passaram a ser processadas na concentradora, retornando ao processo galvânico, com um reaproveitamento de 100%. "Ao mesmo tempo, conseguimos também recuperar os sais de níquel e o níquel metal que antes eram tratados e agora retornam ao processo em forma de reforço. Com isso, obtivemos redução no consumo de níquel de até 40%", explica. Uso consciente de água e energia na produção A preocupação com o uso racional da O uso racional dos recursos vale tamágua também aparece no processo fabril da bém para a energia, e a empresa desenMeber, cujo abastecimento é feito, em volve uma série constante de trabalhos parte, com recursos de um poço artesiano para sua conservação. Entre os exemplos explorado de forma consciente, segundo de destaque estão a individualização da Juliana. "Temos o estudo do perfil de vazão iluminação nos postos de trabalho e as do poço e, com isso, a água é extraída por melhorias no processo de abastecimento tempo determinado e somente em alguns da fábrica com ar comprimido. períodos do dia, a fim de respeitar os limites "A Meber também se preocupa com a de extração e evitar o esgotamento da conscientização ambiental de seus colafonte", explica. boradores, por isso organiza ações como Depois de utilizada, a água e todos os a campanha do Dia da Árvore, feita em efluentes líquidos gerados no processo fabril parceria com a Secretaria do Meio Ambisão tratados na Estação de Tratamento ente, onde cada colaborador recebeu ETE, em operação desde meados da década material explicativo e uma muda de árde 80, a fim de atingirem os parâmetros de vore nativa para plantar", comenta Alzir lançamento, índices que são constantemenFranceschini, Gerente de Produção da Estação de tratamento de efluentes te monitorados. empresa. existe desde a década de 80 Seguindo a proposta de destinação A busca de soluções ambientais é correta aplicada aos efluentes, a Meber estendida também aos clientes, através implantou em 1997 um programa interno de coleta seletiva, por meio do da oferta de produtos economizadores de água, através da aplicação de qual ocorre a separação dos resíduos recicláveis gerados nos processos arejadores economizadores que permitem economia de água de até 60%, e a internos. Aqueles que não podem ser reaproveitados internamente são linha de torneiras temporizadas, capazes de regular o tempo e o fluxo de vendidos a recicladores licenciados. A Meber é uma das empresas funda- água a fim de reduzir seu consumo. Desde 1998, a empresa é qualificada doras da Proamb (Fundação Bentogonçalvense Pró-Ambiente, que existe pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, no setorial relativo desde 1991) e, desde 1997, envia todos os seus resíduos não recicláveis a Metais Sanitários e Aparelhos Economizadores de Água. Outras informa(Classe I e Classe IIA) para a fundação. ções podem ser obtidas no site www.meber.com.br BOM DIA Quarta-feira | 19 | 07 |2006 | Pag. 16 Vinho da Serra Gaúcha é o mais saudável do mundo Vinho é saúde, mas o vinho da Serra Gaúcha é ainda mais saudável porque possui mais quantidade de Polifenóis, uma vez que as videiras daqui sofrem mais ataques físicos e biológicos, o que gera a formação de Polifenóis para combatêlos. Os Polifenóis são justamente os responsáveis pelas virtudes terapêuticas do vinho. Esta afirmação é do Dr. Jairo Monson de Souza Filho, médico formado pela Faculdade de Medicina de Universidade Federal de Santa Maria – RS em 1981. Especialista em Clínica Médica, com atuação em Cardiologia. Mas que prefere ser apresentado como: médico estudioso das virtudes terapêuticas do vinho. Entrevistamos o Dr. Jairo e as revelações são surpreendentes. Bom Dia: O consumo de vinho traz benefícios à saúde? Quais são esses benefícios? Dr. Jairo: “O vinho é algo extraordinariamente adequando ao homem, tanto na saúde como na doença, se bebido na medida da constituição de cada organismo”. Esta frase dita por Hipócrates (460 – 367 a.C.) há quase 2.500 anos atrás está rigorosamente correta à luz do conhecimento científico de hoje. Hoje já existem mais de 250.000 estudos científicos que abordam de uma maneira direta ou indireta o tema “vinho e saúde”. Isso nos permite concluir que o vinho bebido regular e moderadamente, junto com as refeições e por quem não tenha nenhuma contraindicação ao uso de bebidas alcoólicas trás benefícios para a saúde humana tanto a curto, médio como longo prazo, além de ser altamente palatável e prazeroso. O que torna o vinho uma bebida e um alimento diferente de todos os outros são os Polifenóis. Só o vinho tem esta substância em quantidades apreciáveis (1 a 8 g/litro – o que é muito!). Eles são os maiores (mas não os únicos) responsáveis pelas virtudes terapêuticos do vinho. Isso ocorre por eles terem uma marcada ação antibiótica e um potente efeito anti-oxidante, ou seja, eliminador, limpador, de Radicais Livres. Esta é uma ação sistêmica e por isso encontramos tantos efeitos relacionados ao vinho. Estudos científicos mostram que as pessoas que tomam vinho regular e moderadamente junto com as refeições têm diminuído o risco relativo de 40 a 60% para desenvolver doenças cardiocirculatórias; 20% para câncer (alguns tipos até 50% como o câncer de próstata no homem e o de ovário na mulher); 60 a 75% para demências, etc. Hoje existem evidências científicas que o vinho tem uma ação cardioprotetora, anti-oxidante potente, antibiótica, antiviral, anticancerígena, anti-inflamatória, rejuvenescedora, neuroprotetora, cosmética, fito-hormonal, anti-alérgica, desintoxicante e que melhora o metabolismo como um todo. Bom Dia: Os vinhos produzidos na Serra Gaúcha possuem mais Polifenóis do que os vinhos produzidos em outros lugares? Dr. Jairo: Os Polifenóis só existem no reino vegetal. A função deles é de proteção das plantas. São eles que defendem os vegetais dos ataques físicos [dos raios ultravioletas do sol, por exemplo] e dos ataques biológicos [vírus, fungos e bactérias]. Quanto mais sofre esse tipo de ataque, mais a planta produz Polifenóis para se defender. Como o verão na Serra Gaúcha é muito quente e úmido, ele é muito favorável ao desenvolvimento de fungos. As nossas videiras são freqüentemente atacadas por fungos e por isso produzem mais Polifenóis que acabam no vinho. Várias análises de amostras de vinhos, diferentes safras, têm revelado quantidades altas de Polifenóis nos nossos vinhos quando comparados com de outras regiões vitivinícolas do mundo. Bom Dia: São mais benéficos os vinhos brancos ou tintos? Por quê? Suco de uva ou uva in natura tem o mesmo efeito? Dr. Jairo: Os principais, mas não os únicos, responsáveis, pelas virtudes terapêuticas do vinho são os polifenóis. No vinho eles provem 90 a 95% da casca e da semente das uvas. Como os vinhos tintos são fermentados na presença das cascas e sementes das uvas, ao contrário dos vinhos brancos, é fácil de entender porque os vinhos tintos têm mais polifenóis e por conseqüência mais propriedades medicinais. No vinho alguns efeitos sobre o organismo são exclusivos do álcool. Outros específicos dos polifenóis. E outros dos dois. Esses muitas vezes potencializados quando da presença de ambos: álcool e polifenóis. É por isso que embora o suco de uva tenha muito das virtudes terapêuticas do vinho tinto e a até mesmo mais que o vinho branco, ele não tem todos os benefícios do vinho tinto para o organismo. O suco de uva é em verdade uma excelente bebida energética, muito adequada para se usar antes, durante ou após atividades físicas e/ou intelectuais de grande consumo de energia. Além de sais minerais e oligo-elementos, importantes num processo de grande gasto energético, o suco de uva tem calorias que são de consumo rápido, o que é muito favorável nessas situações. O organismo tem muita dificuldade de absorver os polifenóis da uva in natura porque eles são pouco hidrossolúveis. O melhor extrator dos polifenóis é o álcool. Por isso é que a uva in natura traz menos benefícios para a saúde que o suco de uva e menos ainda que os vinhos. Bom Dia: Uso de vinho em cosméticos. Quais os benefícios? Dr. Jairo: Um dos efeitos mais espantosos do vinho é na pele. Ele é tão impressionante talvez porque ela está exposta e nela se pode observar diretamente os resultados. O colágeno e a elastina são substâncias que dão consistência e elasticidade à pele. A colagenase e a elastase são enzimas que destroem o colágeno e a elastina, respectivamente, fazendo com que a pele fique atrófica e menos elástica. Os polifenóis do vinho bloqueiam a ação da colagenase e da elastase, deixando a pele mais elástica e consistente. Além disso, eles melhoram a sua microcirculação e a hidratação. Esses efeitos ocorrem por via tópica (direto na pele) e DR. JAIRO são potencializados (aumentam em muitas vezes) se tamMONSON DE bém se ingerir polifenóis – e SOUZA FILHO a maneira mais agradável é, sem dúvida, bebendo vinho moderadamente.