ANAIS DA III SEMANA DE INTEGRAÇÃO DO IFPR/LONDRINA:
MOSTRA DE TRABALHOS, ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E
CULTURAL
17 a 19 de Novembro de 2014
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – LONDRINA - PARANÁ
COLÔNIA EUPHOSINA: A ESTRUTURA ECONÔMICA NAS COLÔNIAS DO
PARANÁ NO SÉCULO XIX
PICOLI A, DIAS V, RIBEIRO P, CARDOSO G, NASCIMENTO M, NISHIKAWA
RB.
Ensino Médio Integrado à Informática – IFPR - Campus Londrina
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O presente artigo tem como objetivo analisar a estrutura econômica e cultural
da colônia Euphosina no século XIX. Tal artigo é resultado parcial de
nossas pesquisas do projeto intitulado “Memórias Reveladas”, desenvolvida no
IFPR- Campus Londrina. A estrutura econômica paranaense começou a se
desenvolver durante o processo de imigração na província, na segunda metade
do século XIX, atraindo diversas etnias que vieram buscando terras e
promessas de novas vidas. Neste projeto, iremos buscar compreender de
que maneira a formação da colônia Euphosina insere-se nesse contexto.
O período que compreende os anos de 1860 e 1889 pode ser considerado
para a Província do Paraná o início oficial de seu projeto de atração de
trabalhadores nacionais e estrangeiros. Esse processo se inicia com a
formação da Colônia de Assunguy, em 1860, período posterior à
independência do Paraná da sua ex-comarca, São Paulo, em 19 de
dezembro de 1853. Os novos colonos advindos de todas as partes do
Império do Brasil e do mundo, com maior incidência da Europa, podem ser
explicados por dois importantes acontecimentos ocorridos em 1850. Com o fim
do tráfico de escravos, promulgado através da Lei Eusébio de Queiroz, a
substituição da mão-de-obra escrava teria que ser a longo e médio
prazo, solucionada pela introdução de trabalhadores livres. Nesse mesmo ano,
em 18 de setembro, foi aprovada a Lei de Terras, com a garantia que
sesmeiros, posseiros, grileiros, agregados, dentre outros, não teriam sua
propriedade confiscada, nem estariam sujeitos a outros riscos que
envolvessem a perda de suas terras. O intuito principal de legitimar as posses
de terras era para que o governo tivesse um controle do que seriam as
terras públicas e as terras particulares. Nos seus artigos havia a
preocupação, também, de atrair trabalhadores para o iminente fim do tráfico
de escravos. A Província do Paraná criou alguns atrativos para conseguir
alocar trabalhadores, sejam imigrantes ou nacionais, que surtiram algum efeito.
Nessas colônias os trabalhadores teriam assegurado benefícios e deveriam
cumprir certas condições, firmadas diante de um contrato assinado entre o
colono e um representante do Estado. A história da colonização do Paraná e
da colonização ucraniana são importantes como fator de compreensão das
transformações ocorridas no final do século XIX. Em fins do século XIX
temos as primeiras notícias de ucranianos imigrando, principalmente da
região da Galicia e Bukovina que, desde o Congresso de Viena, estavam
sob o domínio da Áustria, em consequência da grande quantidade de
lavradores e das péssimas condições que viviam, muitos ucranianos
abandonaram sua terra natal e buscaram no Brasil, especialmente para o
ISSN: 2358-8780.
Volume 1, Número 1. 2014
Versão online disponível em: http://londrina.ifpr.edu.br/menu-institucional/iii-semana-de-integracao-do-ifpr-londrina/
ANAIS DA III SEMANA DE INTEGRAÇÃO DO IFPR/LONDRINA:
MOSTRA DE TRABALHOS, ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E
CULTURAL
17 a 19 de Novembro de 2014
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – LONDRINA - PARANÁ
Paraná, um lugar para recomeçar.
Palavras-chaves: colonização; imigração; ucran
Referências
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WACHOWICZ, Ruy C. 1970. Aspectos da Imigração Polonesa no Brasil.
Curitiba: UFPR.
ISSN: 2358-8780.
Volume 1, Número 1. 2014
Versão online disponível em: http://londrina.ifpr.edu.br/menu-institucional/iii-semana-de-integracao-do-ifpr-londrina/
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