2 PROJETO DE MARKETING • DIÁRIO DE S.PAULO QUINTA-FEIRA, 26 DE JULHO DE 2007 PALAVRA DE ORDEM: REVITALIZAÇÃO Wanderlei Celestino\P.M.S.P. Até meados do século 19, São Paulo não passava de uma aldeia, com cerca de 20 mil habitantes que viviam no que hoje é o Centro da cidade. Os anos 1870 trouxeram a grande mudança: a região central concentrou a riqueza do café e ganhou características de metrópole européia. No entanto, o Centro de São Paulo foi abandonado no século 20: enquanto a cidade crescia, a população da área caía. Abarrotadas de camelôs durante o dia, as ruas do Centro passaram a ficar desertas à noite. Os antigos cinemas transformaram-se em antros de filmes pornôs, e muitos prédios residenciais ficaram desocupados. Mas todo esse descaso com uma região tão preciosa não passou despercebido. Entidades foram criadas com o intuito de lutar pela revitalização, como a Viva o Centro (www.vivaocentro.org.br), e a própria Prefeitura criou programas para isso. Na gestão Marta Suplicy (2001-2004), por exemplo, houve obras de recuperação da Praça Dom José Gaspar, da Praça Patriarca, do Vale do Anhangabaú e do Parque da Luz, entre outros. Na atual administração, há projetos para as praças Roosevelt, República e da Sé e para as ruas 25 de Março, Augusta e Avanhandava, além da reforma da Biblioteca Mário de Andrade e da total remodelação do Parque Dom Pedro. A Luz é outro alvo: o projeto Nova Luz está melhorando o perímetro entre a avenida Duque de Caxias, a Rua Cásper Libero e a Rua São João, com desapropriações, restaurações, instalação de novos equipamentos urbanos e iluminação, fechamento de comércio ilegal etc. A revitalização passa por diversos aspectos, como segurança, limpeza, locais apropriados para o comércio informal, recuperação dos calçadões e de prédios históricos, organização do trânsito e estacionamentos. Tudo isso ligado ao repovoamento da região, o que já está acontecendo: até 2008, a área do Centro velho terá seis novos condomínios, e os imóveis mais antigos estão sendo valorizados. Divulgação\P.M.S.P. Após anos de descuido e desocupação, o Centro ganha vida com projetos públicos e privados Luz Pouca gente sabe que o nome do bairro vem de uma capelinha dedicada a Nossa Senhora da Luz, do início do século 17. Um século depois, o primeiro santo brasileiro, Frei Antônio de Santana Galvão, construiu ali um convento para abrigar as freiras que até hoje produzem suas famosas pílulas. Neste prédio funcionam dois museus, o de Arte Sacra e o do Presépio. Após passar por um longo processo de revitalização, o bairro agora concentra outros locais de visitação, como o Parque da Luz, primeiro Jardim Botânico da cidade e que abriga a Pinacoteca do Estado; e a própria Estação da Luz, construção inglesa onde funciona o Museu da Língua Portuguesa, atualmente com a exposição temporária dedicada a Clarice Lispector. Caminhando um pouco na direção da estação ferroviária Júlio Prestes, onde fica o moderno auditório acústico Sala São Paulo, encontramos o antigo prédio do DEOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e outro museu de arte, a Estação Pinacoteca. As informações contidas neste caderno são de responsabilidade da Ponto e Vírgula Com. Emp. Ltda. Capa: OPEC - Diário de S. Paulo/Montagem sobre foto de Diogo Leite • Projeto Gráfico: OPEC • Publicidade: (11) 3235-7958