Ano XI - Nº 43 - Setembro/Outubro - 2007
Desenvolvimento consciente
Pesquisas e trabalhos
comunitários fazem das
IES agentes participativos
na preservação do
meio ambiente
ABRUC elege nova diretoria para o biênio 2007-2009
Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
SEPN - Quadra 516, Conjunto D
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Diretoria
Presidente
Gilberto Gonçalves Garcia – Reitor da USF
1° Vice-Presidente
Vilmar Thomé – Reitor da UNISC
2° Vice-Presidente
Marcelo Ferreira Lourenço – Reitor da UNIFEV
1º Vogal
Aldo Vannucchi – Reitor da UNISO
2º Vogal
Pe. Jesus Hortal Sanchez – Reitor da PUC-Rio
Conselho Fiscal
Paulo Arns da Cunha – Pró-Reitor Administrativo da UNIFAE
Wilson Denadai – Reitor da PUC-Campinas
Prof. Gilberto Luiz Agnolin – Reitor da UNOCHAPECÓ
Suplentes
Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho – Reitora da UNIVALE
Maria Amélia Ferreira Perazzo – Pró-Reitora da Comunitária FSA
Antônio Mário Pascual Bianchi – Coordenador do ProUni da PUCRS
Secretário-Executivo
José Carlos Aguilera
Assessora de Imprensa
Patrícia Goulart
Assessoria Administrativa
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Alex Leite de Moura – Estagiário
Conselho Editorial
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Assessora de Comunicação Social da UCG
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Editora-Geral
Patrícia Goulart
Reg. Prof. no 1.126/83 - DF
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Assessora de Comunicação Social UNIFEOB
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Robnaldo Fidalgo Salgado
Assessor de Imprensa da UNISANTOS
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Coordenadora da Assessoria de Comunicação e Marketing da Unisc
Editoração eletrônica
Licurgo S. Botelho
(61) 3349-5274
Tiragem
10 mil exemplares
As fotos utilizadas nesta edição foram
cedidas pelas instituições.
Capa: Efeito sobre foto de Alois Schäfer
Sumário
Biodiesel é tema de pesquisa na UCDB.............................................6
Teatro da Uniso: treze prêmios nacionais e mais de dez indicações...7
ABRUC sob nova gestão
Projeto da FEI aproximará ensino médio da Engenharia.....................8
UCS e Petrobras lançam projeto Lagoas Costeiras............................9
PUCRS lança o Delfos, Espaço de Documentação e
Memória Cultural............................................................................10
Tholl enche de cores inauguração do
Complexo Esportivo da Univates.....................................................11
Doce veneno........................................................................... 12
Estudante da Univali ganha Prêmio CNN.........................................12
Projeto TechPeople, em parceria com a empresa Nexxera,
auxilia projetos de pesquisa da Unisul.............................................13
Dejetos de suínos geram energia e dinheiro para a serra gaúcha.....14
PUC-SP e Seppir se unem para pensar ações afirmativas................15
Aluno da UCP é nomeado presidente de
parlamento latino-americano..........................................................16
Oportunidade sem discriminação....................................................17
UCPel lança Programa de Gerenciamento de Resíduos....................17
Trabalhos Comunitários
Projeto da URI ganha visibilidade nacional.......................................18
Unipê realiza quatro mil atendimentos gratuitos no
Dia de Ação Social..........................................................................19
Unifev doa medicamentos para o Fundo Social de Solidariedade.....20
PUC-SP participa de caravana humanitária......................................20
Projeto da Unicruz humaniza atendimento em fisioterapia...............21
UCG inaugura Escola de Formação da Juventude............................22
Uniso ajuda a promover programas educativos...............................22
Unisc e BB levam inclusão digital para Rio Pardo.............................23
Braille UNIFEOB inaugura biblioteca .......................................24
Univali desenvolve impressora.....................................25
Fisioterapia da Izabela Hendrix prioriza a formação
para a saúde pública.......................................................................26
Contato entre o aluno e o usuário amplia o conhecimento...............26
Exercício e carinho: remédio para corpo e alma..............................27
Hospital de Ensino da UCPel conquista o Troféu Bronze
do Prêmio Qualidade RS..................................................................28
Qualidade a serviço da população...................................................28
Projeto da Unisul abre espaço para conhecimento popular..............29
Leitura Obrigatória............................................ 30
Novo presidente da entidade, reitor
Gilberto Garcia (USF), fala, depois de eleito,
na 15a Assembléia Extraordinária
4
Construindo pontes
A agenda de trabalho da ABRUC em Brasília, é uma
constante “construção de pontes”. A linguagem figurada
expressa o quanto se faz necessário o trabalho de unir, ligar
e até mesmo religar os temas em que a entidade professa sua
missão. Sob a nova direção do reitor Gilberto Garcia, a ABRUC
planeja estrategicamente seus posicionamentos frente aos
desafios e às demandas do biênio 2007/2009. No contexto,
destaco algumas, como a Reforma da Educação Superior, cuja
discussão deverá ser retomada no Congresso Nacional com
a nova legislatura, exigindo atenção e participação durante
todo o processo; os Fóruns e Encontros Nacionais (ForGrad,
ForExt, FAUBAI, Encontro de Dirigentes Administrativos/Assessores Jurídicos e de Assessorias de Comunicação); o tão
aguardado Decreto/Medida Provisória da Beneficência, tema
que envolve questões como o ProUni, gratuidades praticadas
por clínicas-escolas e escritórios modelos de Direito, projetos
socioassistenciais e o Conselho Nacional de Assistência Social
(CNAS); as Resoluções do Conselho Nacional de Educação
(CNE) e do CNAS; a reforma estatutária da ABRUC, dentre
outras demandas.
Em determinados momentos durante o percurso, após reuniões, debates públicos e mobilizações das IES associadas, por
razões outras que fogem a nossa compreensão, existe sempre a
necessidade de serem retomados os assuntos já consensuados
com nossos parceiros estratégicos. Daí surge a (re)construção
da ponte de entendimento. Que a dinâmica de trabalho e os
instrumentos de comunicação disponibilizados sirvam-nos de
engenharia de conhecimento e constante mobilização nesses
tempos de “(re)construir pontes”.
José Carlos Aguilera
Secretário-Executivo da ABRUC
Setembro/Outubro - 2007
ABRUC sob
nova gestão
A
Associação Brasileira de Universidades Comunitárias
(ABRUC) elegeu, no último dia 13 de agosto, novo presidente e diretoria. A eleição se deu durante a 15ª Assembléia
Extraordinária na Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (PUC-Minas).
O reitor da Universidade São Francisco, Gilberto Gonçalves
Garcia, que presidirá a instituição de 2007 a 2009, assume
o cargo com o compromisso de defender a participação colegiada de todas as IES filiadas nas ações da ABRUC. Durante
o discurso, Garcia defendeu o aperfeiçoamento estatutário
da instituição e a continuidade da divulgação do conceito e
da missão das comunitárias junto à sociedade e aos poderes
públicos (leia entrevista ao lado).
O ex-presidente da entidade, reitor Eustáquio Afonso
Araújo, deixa o cargo e a reitoria da PUC-Minas para dedicar-se
à Odontologia. Ele está lecionando na Saint Louis University,
dos Estados Unidos.
Abertura – A 15a Assembléia Extraordinária da ABRUC
foi aberta pelo novo reitor da PUC-Minas, Dom Joaquim
Giovani Mol Guimarães, que, em discurso, reafirmou o apoio
da universidade à ABRUC. Estiveram presentes o reitor da
Uniso, Aldo Vannucchi, integrante do Conselho Nacional de
Educação (CNE) e ex-presidente da ABRUC; Eustáquio Afonso
Araújo, o ex-presidente da ABRUC e ex-reitor da PUC-Minas; e
o presidente em exercício da ABRUC na ocasião, reitor Gilmar
Bedin (Unijuí).
Fundada em janeiro de 1995 e com sede em Brasília, a
ABRUC reúne atualmente 54 instituições de ensino superior
sem fins lucrativos, voltadas prioritariamente para ações educacionais e de caráter social.
Destaque no País – Com o objetivo de promover,
consolidar e defender o conceito de IES comunitária, a ABRUC
tem tido atuação destacada no cenário educacional brasileiro
em diversos fóruns oficiais e na organização de eventos e
seminários em todo o País. Representando suas filiadas,
a entidade tem enfrentado desafios e obtido conquistas
significativas nos últimos anos.
Setembro/Outubro - 2007
Diretoria eleita para o biênio 2007/2009
Presidente
Gilberto Gonçalves Garcia – Reitor da USF
1° Vice-Presidente
Vilmar Thomé – Reitor da UNISC
2° Vice-Presidente
Marcelo Ferreira Lourenço – Reitor da UNIFEV
1º Vogal
Aldo Vannucchi – Reitor da UNISO
2º Vogal
Pe.. Jesus Hortal Sanchez – Reitor da PUC-Rio
Conselho Fiscal
Titulares
Paulo Arns da Cunha – Pró-Reitor Administrativo da UNIFAE
Wilson Denadai – Reitor da PUC-Campinas
Prof. Gilberto Luiz Agnolin – Reitor da UNOCHAPECÓ
Suplentes
Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho – Reitora da UNIVALE
Maria Amélia Ferreira Perazzo – Pró-Reitora da Comunitária FSA
Antônio Mário Pascual Bianchi – Coordenador do ProUni da PUCRS
Representantes das IES filiadas presentes à 15a Assembléia
Extraordinária da entidade, realizada na PUC-Minas
Entrevista
“
Além da esfera educacional, a
ABRUC é hoje reconhecida em diferentes
áreas da política pública nacional
N
Com essa certeza, o novo presidente da entidade, reitor
”
Gilberto Gonçalves Garcia
(USF), relata o que planeja, juntamente com o novo Conselho de
Administração, para o biênio 2007/2009.
Comunitárias - Quais são os projetos da nova gestão para os próximos
dois anos?
Gilberto Garcia - Traçaremos as diretrizes do biênio a partir das diretrizes traçadas
pelo Conselho Administrativo da entidade,
que se reuniu no último dia 26 de setembro.
Planos gerais e projetos foram assinalados
durante a 15a Assembléia Extraordinária,
que apontou para assuntos como a reforma
do estatuto da associação, a ampliação do
número de associadas, a criação de fóruns
ABRUC de debates regionais, a criação de
um fórum de representantes de encontros
nacionais (ForExt, ForGrad, Forprop, Adm e
Jurídico, Comunicação e outros), apoiados
pela ABRUC, com vistas a sintonizar o discurso interno sobre a política comunitária.
Vamos desenvolver um debate político em
torno da causa comunitária da educação;
ampliar o diálogo com as demais associações da área, em especial, as de natureza
pública. Queremos intensificar a participação da ABRUC junto aos órgãos superiores
na discussão sobre assuntos específicos,
como educação a distância, educação tecnológica, ProUni, filantropia e educação,
captação de recursos para a pesquisa e a
extensão, definição do conceito de RTI,
autorização, reconhecimento e renovação
de reconhecimento de cursos.
Comunitárias - A nova gestão
prosseguirá auxiliando o Ministério da
Educação na formulação de políticas
públicas para a educação superior?
Gilberto Garcia - Esse é um processo que não pode ter recuo. As gestões
anteriores traçaram um caminho hoje
reconhecidamente maduro e produtivo
na direção do diálogo permanente com o
Ministério da Educação. Isso não significa
anuência com as diretrizes da política ministerial, mas sim um debate responsável
e maduro em torno de assuntos específicos. A meu ver, o diálogo da ABRUC deve
se estender aos dirigentes das demais
associações ligadas à educação.
Comunitárias - O senhor considera
positiva a estratégia que vem sendo
utilizada pela ABRUC para abrir espaços e frentes com o objetivo de ser ouvida em diferentes fóruns de debates?
A instituição continuará investindo
nessa política?
Gilberto Garcia - Além da esfera
educacional, a ABRUC é hoje reconhecida
em diferentes áreas da política pública
nacional. A recente participação da entidade na audiência pública da Comissão
de Educação do Senado é um exemplo
disso. Penso que por muito tempo os
­segmentos institucionais que hoje compõem a nossa instituição se mantiveram
tímidos politicamente, apenas apostando
naquilo que a tradição de suas escolas poderia alavancar diante do debate nacional.
Isso não ocorreu num primeiro momento.
A caracterização, definição e conseqüente
militância da distinção de escola comunitária foram um achado político. A cons-
ciência política da educação descobriu
uma natureza de instituição superior de
educação distinta da iniciativa pública e
da esfera privada, passando a considerá-la
de interesse público e não comercial. Sem
dúvida, essa é uma ação política na qual
precisamos continuar investindo.
Comunitárias - O senhor considera
que a sociedade e a mídia hoje já
conhecem e diferenciam o trabalho
de uma comunitária das demais IES
privadas ou públicas? Eles entendem
a missão das comunitárias?
Gilberto Garcia - Isso ainda não está
reconhecido e consolidado socialmente.
As comunitárias se distinguem pelo nível
do debate nacional na dimensão das políticas públicas. Socialmente, ainda somos,
no geral, percebidos como instituições
particulares, mesmo com determinados
diferenciais. Penso que essa tarefa deve
começar na própria ABRUC. Precisamos,
no interior de nossa associação, sintonizar o pensamento a respeito daquilo
que entendemos e praticamos como
escola comunitária. O conceito de escola
comunitária não é unívoco. Na ABRUC,
ele encerra expressões como as das instituições de desenvolvimento regional,
algumas de dimensão público-privada;
compreende as escolas confessionais, cuja
missão comunitária está na razão de suas
mantenedoras; agrega, ademais, instituições sem fins lucrativos e as fundações de
natureza eminentemente comunitária.
Setembro/Outubro - 2007
N
a perspectiva de o Brasil consolidar-se como o principal fornecedor
mundial de combustíveis renováveis de
elevado conteúdo energético, o biodiesel
surge como uma alternativa de diminuição da dependência dos derivados
de petróleo e como um novo mercado
para as oleaginosas, com significativa
redução da emissão de poluentes. Nesse
contexto, insere-se um dos projetos de
pesquisa da Universidade Católica Dom
Bosco (UCDB), de Campo Grande (MS):
o Mestrado em Biotecnologia. Quem
está à frente do projeto é a recém-selecionada para o programa de concessão
de bolsas da Fundação de Apoio ao
Desenvolvimento do Ensino, Ciência e
Tecnologia do Estado de Mato Grosso
do Sul (Fundect), a mestranda Cláudia
Muniz Soares, graduada em Medicina
Veterinária. “Quando você tem um objetivo e apoio, é muito gratificante fazer
a pesquisa”, afirma ela.
Foto: Ludmila Sucsú
Biodiesel é tema de pesquisa na UCDB
Projeto investe na proposta do Brasil de se tornar o principal fornecedor mundial
de combustíveis alternativos
O Estudo
Abordando o tema “Preparação,
Caracterização e Estudo Comparativo do
Comportamento Térmico de Biodiesel
de Mamona, Soja, Girassol e Nabo Forrageiro”, o projeto tem como objetivo
estudar o comportamento térmico e
a quantidade de energia liberada por
grama/tempo, durante a termodecomposição do biodiesel produzido a partir
de sementes oleaginosas adaptadas à
produção no cerrado sul-mato-grossense. “O projeto avalia a reação do óleo
combustível frente às diferentes temperaturas, prevendo sua ação no motor
ciclodiesel. A retirada do glicerol do óleo
bruto é, no momento, o maior desafio
na produção de biodiesel”, destaca a
Cláudia. Outro aspecto pesquisado diz
respeito ao estabelecimento de qual
cultura resultará em maior rendimento,
avaliando, também, a maior rentabilidade do biodiesel em comparação ao
diesel derivado de petróleo. Segundo a
mestranda, para se produzir biodiesel, o
óleo retirado das sementes é misturado
com álcool (como metanol ou etanol) e
Setembro/Outubro - 2007
depois processado na presença de um
catalisador, que é uma substância usada
para provocar uma reação química entre
o óleo e o álcool. Depois, o biodiesel
é separado do glicerol - ou glicerina,
a mesma utilizada na fabricação de
sabonetes - e filtrado para uso. É nesse
momento que se faz uma análise para
verificar se o óleo é de qualidade, não
proporcionando prejuízo ao motor.
Subprodutos - Além do glicerol, a
cadeia produtiva do biodiesel gera outros
subprodutos que podem constituir outras
fontes de renda importantes para os produtores. A “torta”, por exemplo, obtida
pela prensagem da semente oleaginosa,
serve como ração para gado. “O produtor, além de ter o combustível, consegue
alimentar o gado”, destaca Cláudia. Até
o final do ano, a pesquisadora pretende
obter resultados significativos.
O mestrado em Biotecnologia oferecido pela UCDB é o primeiro no estado
a ser reconhecido pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior do Ministério da Educação
(Capes/MEC) e tem como áreas de
concentração a Biotecnologia Aplicada
à Saúde, cujas linhas de pesquisa são:
Bioquímica Molecular e Aplicações,
Biofármacos – Naturais e Sintéticos e
Bioinformática. A Biotecnologia Aplicada à Agropecuária engloba genética de
população vegetal, conservação e uso
de recursos genéticos animal e vegetal,
e ainda a Biotecnologia Aplicada às
Indústrias Agropecuárias.
Iniciação científica – A importância
do tema fez com que Alessandra Gonçalves Câmara, acadêmica do 4º semestre
de Farmácia, iniciasse paralelamente
o projeto “Estudo Termoanalítico de
Biodiesel de Óleos de Mamona, Girassol e Soja”, desenvolvido no Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica (PIBIC), sob orientação do
professor doutor Lincoln Carlos Silva de
Oliveira. “É um assunto muito interessante que envolve o meio ambiente. No
momento, discute-se muito a respeito,
na busca por melhores alternativas”,
lembra Alessandra.
Fotos: José Neto
Os prêmios
recebidos pelo
Katharsis:
2003
IV Festival de Teatro
Rosário em Cena, Rio
Grande do Sul
Espetáculo Um Bonde
Chamado Desejo
Júri Popular / Melhor
Espetáculo
Melhor Sonoplastia
2004
Mapa Cultural
Paulista
Espetáculo Um Bonde
Chamado Desejo
teatro da Uniso
Treze prêmios nacionais
e mais de dez indicações
O
grupo de teatro universitário Katharsis, da
Universidade de Sorocaba (Uniso), vem
conquistando prêmios nacionais e se posicionando, lado a lado, com companhias de grandes
universidades brasileiras. Desde 2003, quando
iniciou a participação em festivais, já acumulou
treze prêmios nacionais e mais de dez indicações. A
mais recente conquista foi no 21º Festival de Teatro
Universitário de Blumenau, realizado em julho.
A peça “Aves, Ovos e Parafusos” foi a grande
vencedora e rendeu ainda mais três prêmios
individuais: melhor atriz (Andréia Nhur), melhor
direção (Roberto Gill Camargo) e melhor figurino (Janice Vieira), além das indicações para as
categorias melhor concepção sonora e melhor
conjunto de atores.
Única instituição comunitária na competição,
a Uniso concorreu com grupos de algumas principais universidades brasileiras: USP, Unicamp, UEL,
UniRio, UnB e UFSC.
Com a mesma peça, o Katharsis também foi o
único grupo brasileiro selecionado para o V Festival Internacional Acciones Escenicas LimaNorte
2007, realizado em junho passado, no Peru.
No elenco do Katharsis, estão: Andréia Nhur,
Leonardo Rariz Machado, Renata Cé, Luiz Fernando Esparrachiari, Amanda Sobral, Douglas Emílio,
Paola Bertolini, Rômulo Gomes dos Santos, Eliane
Rodrigues, Mídia
Lopes Peres e Fabiana de Souza.
O começo – Há 18 anos, o Katharsis iniciou suas atividades na Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras (Fafi), um dos embriões da
Uniso. Os integrantes, formados por alunos, exalunos e pessoas da comunidade, dedicam-se
semanalmente aos ensaios. Todos têm que ler
muito, criar suas próprias cenas, desenvolver
autocrítica e buscar novas formas de dramaturgia,
além de participar de exercícios corporais e voz
e de laboratórios. O grupo também promove
seminários, encontros e apresentações focando
seus trabalhos, principalmente, na participação
em festivais e mostras teatrais. “O objetivo é a
criação de uma dramaturgia própria, com base
no teatro físico e na teoria corpomídia”, explica
o diretor, Roberto Gill.
No último semestre, uma nova dinâmica
também foi incorporada ao grupo, que participou
de um intercâmbio com o Republica Cênica, da
Universidade de Campinas (Unicamp). “É uma
forma de estabelecer o diálogo entre grupos e
traçar um mapa de tendências. Em São Paulo,
o teatro universitário gira em torno de instituições como a USP, Unicamp, a Ufscar e a Uniso”,
ressalta Gill.
2º Melhor Espetáculo do
Estado de São Paulo /
fase final
Melhor Direção (Roberto
Gill) / fase regional
Melhor Atriz (Andréia
Nhur) / fase regional
2006
X Festival Nacional
de Teatro de
Americana
Espetáculo Aves, Ovos
e Parafusos
2º Melhor Espetáculo
Melhor Texto
Melhor Atriz (Andréia
Nhur)
II Festival Nacional
de Teatro de Rio das
Ostras (RJ)
Espetáculo Aves, Ovos
e Parafusos
Melhor Atriz (Andréia
Nhur)
2007
XXI Festival de Teatro
Universitário de
Blumenau
Espetáculo Aves, Ovos
e Parafusos
Melhor Espetáculo
Melhor Atriz (Andréia
Nhur)
Melhor Figurino (Janice
Vieira)
Melhor Direção (Roberto
Gill)
Setembro/Outubro - 2007
Projeto da FEI aproximará
Ensino Médio da Engenharia
O objetivo é despertar nos alunos, por meio de atividades
práticas, o interesse pela carreira
D
escobrir a vocação para estudar Engenharia não será mais um dilema
para os estudantes do ensino médio que
participarem do Programa FEI Jovem (Jornadas para Valorização das Engenharias
no Ensino Médio), do Centro Universitário
da FEI (Fundação Educacional Inaciana).
Um dos cinco aprovados no estado de
São Paulo pela Financiadora de Estudos e
Projetos (Finep), do Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT), em convênio assinado
no primeiro semestre deste ano, o projeto
contemplará, em um prazo de dois anos,
estudantes de quatro escolas, que terão a
oportunidade de vivenciar as atividades
típicas de um engenheiro.
Única instituição particular selecionada pelo MCT no estado de São Paulo, a
FEI oferecerá aos jovens do Ensino Médio
oportunidade para desenvolver seus projetos nas diversas modalidades oferecidas
pelo Centro Universitário: Civil, Elétrica,
Materiais, Mecânica, Produção, Química
e Têxtil. Para isso, os alunos das escolas
participantes – Colégio São Luís, Escola
Estadual Prof. Benedito Tolosa, Escola
Estadual Rui Bloem e Colégio Vera Cruz
– serão orientados por professores de Ci-
Setembro/Outubro - 2007
Futebol de robô e o Baja campeão,
estrelas que serão apresentadas aos
alunos do Ensino Médio
ências e de Matemática, sob a supervisão
dos engenheiros da FEI, e terão acesso
ao que há de mais moderno em recursos
didáticos (ambiente eletrônico utilizado
para educação a distância, simulações
em computador e uso dos laboratórios
da instituição).
Além de atrair talentos para a área
de Engenharia, o projeto, de cerca de
R$ 700 mil, pode contribuir para a
formação de mais profissionais no
setor. Em termos comparativos, os
engenheiros no Brasil representam
10% dos profissionais graduados,
enquanto nos Estados Unidos eles
são mais de 25% do total.
“O desenvolvimento do País
só é possível quando se consegue
formar profissionais altamente
capacitados na área tecnológica. Este projeto vem ao encontro desse
desafio”, afirma o professor Vagner
Barbeta, coordenador do “FEI Jovem” e
também do Departamento de Física da
instituição.
Etapas – O Programa FEI Jovem
contará com seis etapas, a serem desenvolvidas no período de um ano: Jornadas Tecnológicas, que tiveram início
em agosto passado, com o objetivo de
motivar os professores do ensino médio
a desenvolverem experiências práticas;
Engenharia nas Escolas, na qual alunos
e professores da Fundação irão até as
escolas para realizar palestras e experimentos demonstrativos e interativos;
Escolas na Engenharia, em que os alunos,
acompanhados de professores, terão a
chance de conhecer a dinâmica de uma
escola de engenharia; Desenvolvimento
de Projetos (grupos de 5 a 10 alunos),
competição, a ser realizada na FEI, em
que todos os projetos serão avaliados
por uma banca examinadora de cinco
professores e, finalmente, a Avaliação dos
Resultados, que será realizada pela FEI ao
término do primeiro e segundo anos de
atividades.
Maior escola de Engenharia do País, o
Centro Universitário da FEI acolhe atualmente cerca de 6,2 mil alunos em seus cursos de graduação e já formou, ao longo de
sua existência, mais de 30 mil engenheiros.
Além de Engenharia, a FEI também oferece
os cursos de graduação em Administração
e Ciência da Computação.
Foto: Annia Streher
Exposição de 30 fotos produzidas pelos pesquisadores circula pelos campi
A
Universidade de Caxias do Sul
(UCS) e a Petrobras realizaram em
22 de agosto passado, no Salão de Atos
da Reitoria, o lançamento oficial do Projeto Gestão Sustentada das Lagoas Costeiras
do Litoral Médio e Sul do Estado do Rio
Grande do Sul (Lacos). Uma exposição de
30 fotos produzidas pelos pesquisadores
está circulando pelos campi, núcleos da
universidade e nas cidades de Mostardas,
Tavares, São José do Norte e Santa Vitória
do Palmar, onde os trabalhos de pesquisa
estão sendo realizados.
O projeto – Desenvolvido por
professores da UC S, o projeto foi
contemplado com recursos da segunda
seleção pública do Programa Petrobras
Ambiental. A previsão é de que os trabalhos, iniciados em janeiro deste ano,
sejam concluídos em 2009. Coordenado
pelo professor Alois Schäfer, conta com
R$ 2 milhões para levantar, avaliar,
disponibilizar e socializar informações
e ferramentas para uma mudança de
atitude no uso da água e uma gestão
sustentada dos recursos hídricos. Os
levantamentos incluem estudos morfológicos e ecológicos de 19 lagoas costeiras
do estado, uma análise dos ecossistemas
terrestres e do uso do solo e um trabalho
sobre potencialidades da agricultura.
Também está prevista a organização de
um atlas ambiental e uma agenda de
gestão dos recursos hídricos. O atlas
reunirá informações socioambientais e as
potencialidades. A agenda será elaborada
para identificar problemas ambientais e
apresentar ferramentas para a tomada de
decisões na gestão pública.
População - Nos dois anos de pesquisa, estão previstas também ações de
conscientização da população a respeito
da importância do uso racional dos
recursos hídricos e o aperfeiçoamento
de gestores públicos e privados para dar
continuidade aos objetivos do projeto.
Foto: Marina Muller
UCS e Petrobras lançam
projeto Lagoas Costeiras
Desde o início do ano, os pesquisadores
vêm mantendo contato com as prefeituras
e entidades dos municípios para a criação
de comitês.
Além do coordenador do projeto,
estarão envolvidos oito professores, 12
bolsistas de iniciação de pesquisa, seis
de mestrado e seis de doutorado. O
projeto vai beneficiar cerca 74 mil habitantes e contará com o apoio das prefeituras e da Embrapa – Centro de Pesquisa
Agropecuária de Clima Temperado, de
Pelotas.
Programa nacional - A Petrobras
selecionou ainda 35 projetos que trabalharão o tema “Água: Corpos D’água Doce
e Mar”. O objetivo do Programa Petrobras
Ambiental, que vai investir em dois anos
R$ 48 milhões, é desenvolver iniciativas
que compreendam o uso racional da
água; a manutenção e a recuperação das
paisagens; e a preservação de espécies
animais e vegetais ameaçadas.
Setembro/Outubro - 2007
PUCRS lança
Espaço de
Documentação e
Memória Cultural
P
ara preservar manuscritos, originais,
notas e cartas que representam uma
época, o pensamento e a produção de
intelectuais, escritores, críticos literários e
políticos, a PUCRS lançou o Delfos, Espaço
de Documentação e Memória Cultural. A
atividade ocorreu em agosto passado, no
Salão de Atos da universidade. Na ocasião,
estiveram presentes parentes, amigos e
admiradores dos 21 artistas que compõem
o Delfos. Os acervos, arquivos e objetos
pessoais sob a guarda da instituição serão
disponibilizados a pesquisadores e estudantes em 2008. O espaço ficará sediado
no 7º andar da Biblioteca Central Irmão
José Otão, após a conclusão da reforma
e ampliação do prédio. O material que
constitui o Delfos está atualmente na
Biblioteca e nas Faculdades de Letras e
Comunicação Social.
O ambiente oferecerá condições propícias para o armazenamento, a preservação
dos itens e a pesquisa. Em 800 m² haverá
salas individuais com computadores e local
para estudo e investigação. No momento,
20 bolsistas de iniciação científica, financiados pela PUCRS, trabalham na higienização, no acondicionamento e no preparo
dos dados para tratamento técnico, supervisionados pela coordenadora-executiva
do Delfos, professora Alice Moreira, e
orientados pela Biblioteca Central. Cabe
aos bibliotecários a adequação dos documentos aos formatos e padrões adotados
para a disponibilização do acesso on-line
aos registros sobre as coleções.
O coordenador-geral do espaço, Luiz
Antonio de Assis Brasil, explica que o nome
Delfos lembra, de imediato, o célebre Oráculo da Antigüidade, situado na Grécia. “No
complexo do templo, havia os thesaurus,
pequenas capelas com as preciosas doações
dos consulentes. O Delfos realizará ação
semelhante, pois será espaço de guarda e
vitalização dos bens que constituem seus
acervos”, diz Assis Brasil.
10
Setembro/Outubro - 2007
Reitor Joaquim Clotet
no lançamento do
espaço Delfos
Acervo literário – Celso Pedro Luft, Cyro
Martins, Dyonélio Machado, Eduardo
Guimaraens, Francisco Fernandes, Lila
Ripoll, Manoelito de Ornellas, Moacyr
Scliar, Moysés Vellinho, Oscar Bertholdo,
Patrícia Bins, Paulo Hecker Filho, Pedro
Geraldo Escosteguy, Reynaldo Moura,
Zeferino Brasil.
Acervo cinematográfico – Henrique
Padjem, P. F. Gastal.
Outros materiais – Acervos jornalísticos
de Oswaldo Goidanich e Roberto Eduardo
Xavier, Biblioteca Júlio Petersen.
Mais doação – Durante a apresentação do Delfos, a PUCRS anunciou os dois
mais recentes acervos recebidos: de Cyro
Martins e Moysés Vellinho. Do primeiro,
foram conservados livros de Literatura,
Arte, Filosofia e Psicanálise, manuscritos,
blocos de anotações e cartas. Os ambientes
onde o psicanalista e escritor atendia a
seus pacientes, concebia seus personagens
e se inspirava para novas idéias serão
recriados no Delfos. Os móveis do consultório, incluindo o divã, e do gabinete
ficarão na PUCRS.
Pioneirismo – O acervo de Cyro Martins inclui documentos que mostram seu
pioneirismo na Psicanálise e seu papel
marcante na América Latina em defesa
da psicoterapia de grupo via Psicanálise,
até então de cunho mais individual. Um
exemplo são os anais do 1º Congresso de
Psicoterapia de Grupo, em Buenos Aires,
realizado na década de 50, no qual o psicanalista representou Porto Alegre.
A decisão de doar o acervo, segundo a filha Maria Helena Martins, que é
doutora em Teoria Literária e Literatura
Comparada, fundamenta-se na própria
concepção do pai, morto em 1995, de
que o conhecimento e as idéias devem
ser partilhados.
No acervo de Vellinho, o melhor crítico
literário do estado no período de 1922 a
1970, morto em 1980, há jornais antigos,
fotos e originais da revista Província de São
Pedro (1945-1957), da qual foi diretor.
Chamam a atenção ainda cartas do maes­
tro Villa-Lobos, endereçadas em 1953 e
1954, lembrando o êxito de concertos na
Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa)
e uma correspondência com a família
Vargas. O ex-assessor da Reitoria, Irmão
Elvo Clemente (falecido recentemente),
que foi amigo de Vellinho, considerava
que o trabalho do crítico fugia do perfil em
moda na época, voltando-se ao valor das
obras (conteúdo e estilo). Ele destacava
que o mesmo encorajou novas gerações
modernistas. A organização do material foi
feita pela filha Heloísa Vellinho Corso.
Programação intensa na
inauguração do Complexo
Esportivo da Univates
O
dia 2 de agosto de 2007 marcou
um novo momento para a região.
Nessa noite, ocorreu a solenidade oficial
de inauguração do Complexo Esportivo
da Univates, o maior e mais moderno
dos Vales do Taquari e Rio Pardo. A programação teve início com recepção às
autoridades e pronunciamentos no Ginásio
de Ginástica Olímpica. O presidente da
Fundação Vale do Taquari de Educação
e Desenvolvimento Social (Fuvates), entidade mantenedora da Univates, Roque
Danilo Bersch, lembrou o início das atividades da instituição, em março de 1969, e
homenageou todos os que fizeram e fazem
parte da história da Univates.
A prefeita de Lajeado, Carmem Regina
Pereira Cardoso, classificou a inauguração
do Complexo Esportivo como momento
histórico. “Essa obra é sinônimo de ousadia, de parcerias que solidificam relações
dos poderes público, comunitário e
privado”, disse, emocionada. Na oportunidade, a prefeita também anunciou a
pavimentação da Avenida Avelino Tallini
até o Complexo, num total de 22.000 m²
e investimento superior a R$ 1 milhão.
O reitor da Univates, Ney José Lazzari,
igualmente ressaltou a importância da
integração de forças com o objetivo de
buscar o desenvolvimento, a qualificação
de recursos humanos e o crescimento regional. “Esta instituição é fruto da vontade
da comunidade, que, mais que entregar
diplomas, trabalha valores humanos.
Quem garante a qualidade dos serviços
prestados são as pessoas que aqui trabalham. Por isso, meu agradecimento a todos
os professores, funcionários e estagiários
da Univates, de forma especial, e aos
alunos, que acreditam e confiam nessa
instituição”, salientou. O reitor também
aproveitou o momento para anunciar a
participação do Bira nos campeonatos
gaúcho e brasileiro de basquete, utilizando
a estrutura do Complexo Esportivo.
“Estamos certos de que a Univates
está plenamente integrada às questões
do Vale do Taquari. Este local será mais
uma ferramenta de integração regional. Queremos continuar construindo
um mundo melhor para todos nós”,
concluiu.
Após os pronunciamentos, foi acesa a
pira olímpica, seguida de show de fogos. O
corte da fita inaugural ocorreu no Ginásio
de Arena, realizado pela prefeita Carmem
Regina Pereira Cardoso; pelo presidente
da Fuvates, Roque Danilo Bersch; pelo
reitor da Univates, Ney José Lazzari, e pelo
pró-reitor Administrativo da Univates, Oto
Roberto Moerschbaecher.
Encerradas as formalidades, ocorreu
a apresentação do espetáculo “Tholl
Imagem & Sonho”, um misto de técnicas
circenses associadas às emoções, numa
apresentação memorável.
O Complexo – O Complexo Esportivo
da Univates possui 6.665m² de área construída, divididos em três amplos ginásios:
o de arena, o das piscinas e o reservado à
ginástica olímpica. Com capacidade para
quatro mil pessoas, o Ginásio de Arena
conta com quadra esportiva com medidas
que possibilitam tanto a realização de
competições das mais diversas modalidades quanto aulas e treinos. O outro prédio
é composto por piscina semi-olímpica,
apta para receber competições de nível
internacional, e piscina para fisioterapia e
arquibancadas. No terceiro ginásio, estão
os equipamentos destinados à prática de
ginástica olímpica.
Toda a estrutura foi construída com
rampas e elevadores que visam a facilitar
a locomoção de cadeirantes. Uma ampla
praça cívica ajardinada, na qual serão rea­
lizadas solenidades e premiações, liga os
três prédios que compõem o Complexo.
A concretização do projeto possibilita
a ampliação e a qualificação da estrutura
oferecida aos alunos – especialmente os
dos cursos de Educação Física e Fisioterapia –, bem como o oferecimento de novos
serviços à comunidade.
Programação – Depois de receber, em
julho passado, dois amistosos internacionais de basquete e de vôlei, o objetivo da
instituição é colocar o Complexo Esportivo
da Univates em circuitos de competições
estaduais e mesmo nacionais.Durante todo
o mês de agosto, foi desenvolvida no local
extensa programação artística, esportiva e
cultural. Dentre elas, a comédia musical
“Rádio Esmeralda AM”.
Um dos ginásios do Complexo Esportivo da Univates, que possui 6.665m² de área construída
Setembro/Outubro - 2007
11
Doce
veneno
O veneno de serpentes é objeto
de estudo de pesquisadores da
Universidade Católica de Brasília no
combate a uma bactéria que causa
infecção intestinal
A
s serpentes são animais temidos
e abominados. A ação do veneno
desse réptil pode levar à morte. Por outro
lado, cientistas têm usado essa substância
de uma maneira positiva. Exemplo disso
é a pesquisa realizada pela Universidade
Católica de Brasília (UCB). Por meio
do estudo do veneno de serpentes, os
pesquisadores estão desenvolvendo um
antibiótico que combate a salmonella.
A salmonella é uma bactéria que
causa doenças infecciosas. Sua presença é
detectada em carnes, leite, ovos e vegetais
contaminados devido à falta de higiene
na preparação e também no consumo.
A doença mais comum causada por essa
bactéria é a infecção intestinal. Esse tipo
de infecção pode durar poucos dias,
mas, em caso de agravamento do quadro
clínico, o paciente deve ser tratado com
antibióticos.
Segundo o coordenador da pesquisa,
Octávio Luiz Franco, do Doutorado e
Mestrado em Ciências Genômicas e Biotecnologia, o estudo é realizado com o
apoio do Zoológico de Brasília, que cede
os animais para a coleta do veneno. A
equipe de pesquisadores da UCB detectou a presença de aproximadamente 64
proteínas na composição do veneno. De
acordo com a veterinária Vanessa Oliveira, bolsista do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), são usados no estudo dois gêneros de serpentes: a jararaca (Bothrops) e a
cascavel (Crotalus).
Ainda em fase inicial, o estudo
revelou que pelo menos uma ou duas
proteínas têm atividade contra a bactéria
salmonella. Para o professor Octávio, o
veneno da jararaca já mostra resultados
conclusivos, enquanto os testes com o
veneno da cascavel ainda são preliminares. “Hoje, conhecemos a composição
do veneno de duas espécies de jararaca.
Temos um bom indício de como os pep-
tídeos isolados possuem
atividade contra a bactéria”, explica.
Quando o paciente desenvolve infecção
intestinal grave é necessário administrar vários
tipos de antibióticos para
encontrar um que elimine
a bactéria salmonella. De
acordo com Fábio Teles,
um dos pesquisadores, o
estudo tem apresentado
um resultado rápido e
eficaz. “A proteína purificada por nós é
diferente dos antibióticos convencionais
encontrados no mercado. Enquanto os
antibióticos existentes demoram dois
ou mais dias para combater completamente a infecção, a expectativa com a
medicação à base do veneno de serpente
seria de aproximadamente 4 horas”,
comenta.
Segundo Octávio Luiz Franco, um
fator importante na pesquisa é que ela
tem origem totalmente nacional, por isso,
espera-se que o fármaco desenvolvido
tenha um custo pequeno. “Uma das jararacas usadas na pesquisa, por exemplo, é
típica do Centro-Oeste. Somos pioneiros
no estudo desse veneno”, finaliza.
É importante lembrar que, apesar de
o estudo ser realizado com o veneno de
serpentes, a proteína pesquisada não tem
ação venenosa contra o ser humano. O
veneno é um conjunto de proteínas que,
fragmentadas, não têm efeitos nocivos.
Estudante da Univali ganha Prêmio CNN
D
aniela Maria de Andrade Schwerz,
aluna do Curso de Jornalismo da
Universidade do Vale do Itajaí (Univali),
foi a vencedora da 3ª edição do Concurso Universitário de Jornalismo CNN,
que teve como tema “O Esporte como
Ação Social”. A divulgação do resultado
aconteceu no dia 7 de agosto, durante
evento promovido pela CNN International, em São Paulo.
A reportagem vencedora é intitulada
“Surf para Cegos” e aborda a inclusão
12
Setembro/Outubro - 2007
social de deficientes visuais em aulas de
surf. Ela tem dois minutos e foi produzida sob orientação da professora Laura
Seligman.
Como vencedora, Daniela recebe
um troféu e uma viagem de três dias
para Atlanta, nos Estados Unidos, onde
visitará os estúdios da CNN. Além disso,
ela terá sua matéria exibida no noticiário
da emissora. O segundo e o terceiro
colocados recebem troféu e exibição da
matéria no website do concurso.
Além de Daniela, a Univali classificou ainda entre os dez melhores
trabalhos o da aluna Raquel Malainho.
Ela concorreu com a reportagem: “Navegando pela Cidadania”, que mostra a
influência da prática de um esporte no
envolvimento da preservação do meio
ambiente e no desempenho escolar dos
participantes.
O Concurso Universitário de Jornalismo CNN é promovido pela Turner
International do Brasil - Canal CNN
Projeto TechPeople, em parceria com a empresa
Nexxera, auxilia projetos de pesquisa da Unisul
O
Projeto TechPeople, que desenvolve módulos de software e produtos
de inovação tecnológica, servirá de base
para a realização de três projetos de pesquisa na Universidade do Sul de Santa
Catarina (Unisul). Os estudos serão desenvolvidos, com o incentivo do Programa
Unisul de Iniciação Científica (Puic),
por acadêmicos dos cursos de Ciência da
Computação e Sistemas de Informação,
Campus Tubarão, sob a orientação de
professores.
Daniel Camilo, estudante do quinto
semestre de Sistemas de Informação, irá
desenvolver um projeto cuja proposta é
aumentar a produtividade no desenvolvimento de programas utilizados pela
TechPeople, que cria soluções para a
internet.
Cássio Nandi Citadin terá o desafio de
criar novas metodologias para gerar testes
nos softwares desenvolvidos.
“Antes de o cliente receber o pedido, temos que verificar se o que
foi criado condiz com o que ele quer,
além de termos que evitar erros no
sistema”, diz o acadêmico do sexto
semestre de Sistemas de Informação.
Thiago da Rosa Ghisi pretende fazer um
estudo que futuramente pode servir para
ajudar a incluir a TechPeople em um nível
de qualidade exigido internacionalmente.
e dissertações de
mestrado e doutorado. É o único projeto aqui no sul do
estado a trabalhar
com um conjunto de ferramentas
avançadas na área
de Engenharia de
Software”, comenta
o coordenador Institucional-Unisul do
TechPeople, Rafael
Ávila Faraco.
A idéia do projeto surgiu em 2005,
TechPeople servirá de base para a realização de três projetos
sendo implantada
Para atingir o selo de qualidade conheci- no ano passado. Durante o período foi
do por CMMI (Modelo de Integração da realizado o processo de estruturação
Maturidade de Potencialidade – numa e seleção de pessoal. Fornecedora de
tradução livre), o acadêmico do quarto soluções de conectividade e de gerensemestre de Ciência da Computação ciamento financeiro para integração de
irá estudar e propor recomendações de empresas com suas redes de relacionaqualidade para que a TechPeople esteja mento, a empresa Nexxera é parceira
enquadrada nesse processo.
da iniciativa.
“Esse certificado é um pré-requisito
“Desenvolvemos aqui softwares que
para que desenvolvedoras de softwares atendem à empresa Nexxera e também
possam competir no mercado”, esclarece a clientes externos. Existe uma grande
Thiago.
procura por esses serviços e o mercado
“Além dos projetos, a interação da tende a crescer cada vez mais”, afirma
academia com a fábrica de software o coordenador do TechPeople, Edjandir
pode vir a gerar publicações científicas Corrêa Costa.
International, aberto exclusivamente a
estudantes de Jornalismo e procura incentivar o desenvolvimento do talento dos
participantes e premiar o desempenho
na elaboração de matérias jornalísticas
televisivas.
Os vídeos podem ser acessados
no endereço: www.concursocnn.com.
br/2007/videos_2007/index.php
Daniela recebeu troféu e uma viagem para
os Estados Unidos
Setembro/Outubro - 2007
13
Dejetos de suínos geram
energia e dinheiro para a
serra gaúcha
U
ma pesquisa desenvolvida pelo
Instituto de Saneamento Ambiental
(Isam), da Universidade de Caxias do Sul
(UCS), comprovou que no interior dos
municípios da região de abrangência do
Conselho de Desenvolvimento da Serra
(Corede Serra) tem potencial para gerar
energia suficiente para alimentar uma cidade com 612 residências – equivalente a
Serafina Corrêa e Vila Flores juntas –, o que
corresponde a uma população 17.256,41
habitantes, considerando que cada residência do Rio Grande do Sul tem em
média 2,9 pessoas (IBGE, 2005). Tudo
isso a partir do processamento de uma
matéria-prima malcheirosa, suja e abundante nas propriedades rurais: dejetos
de suínos. Os dados da pesquisa serão
repassados para o governo do estado
para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Regional de Saneamento.
A pesquisa realizada em 33 municípios da
região de abrangência do Corede Serra foi
aprovada como uma das prioridades na
Consulta Popular de 2006. O objetivo foi
identificar a quantidade de matéria orgânica, os maiores geradores e as ações que
já vêm sendo efetivadas para minimizar os
impactos. Entre agosto de 2005 e meados
de 2006, os pesquisadores coletaram
dados sobre as atividades geradoras de
carga orgânica que produzem nitrogênio
e fósforo, eliminadores do oxigênio das
águas e que, pelo manejo, contaminam o
solo e as reservas subterrâneas. Avaliaram
as atividades dos produtores de aves,
suínos e gado quando associados.
Durante mais de um ano, os pesquisadores percorreram 2.830 propriedades
associadas à criação animal para abate
nas cidades do interior da região do
Corede Serra. O foco dos pesquisadores foi
a produção suinícola, pois são de maior
impacto ambiental em decorrência da
geração de dejetos líquidos. “A ave tem
dejeto seco, que é retirado e transportado
para outros locais para ser processado e
transformado em adubo. Já o excremento
14
Setembro/Outubro - 2007
Conforme a pesquisa, o rebanho de 360
mil representa um potencial poluidor
equivalente a uma população de 611,2
mil habitantes, em termos de geração de
carga orgânica. Os pesquisadores também
estimaram que
essas atividades
têm potencial
para gerar anual­
mente 1,7 mil
tonelada de nitrogênio, 1,2 mil
tonelada de fósforo e 978 toneladas de potássio,
demonstrando o
potencial fertilizante desses
resíduos. Diante
da dimensão do
problema, a preo­
Dejetos de suínos: matéria-prima abundante nas propriedades rurais
cupação é com o
do suíno é praticamente líquido, sendo manejo, pois todos deveriam ter unidades
aplicado na propriedade ou nas proprieda- de tratamento adequadas e respeitar os
des vizinhas”, explica a coordenadora da padrões ambientais, antes de aplicar o
pesquisa, professora Vania Schneider.
esterco na lavoura .
O problema gerado pela produção de
Mas nem tudo é problema. Como toda
excremento suíno só não é maior que o a matéria decomposta gera gás metano, alenfrentado pelos órgãos de saneamento guns produtores de Serafina Corrêa, Nova
no meio urbano com o efluente cloacal. Roma do Sul e Vila Flores arrumaram uma
“Dependendo da fase de criação, o suíno forma de faturar, transformando o biogás
pode gerar até três vezes e meia mais de- em energia e trocando por créditos de
jetos que o ser humano”, destaca Vânia. carbono. As pesquisadores do Instituto de
Saneamento Ambiental da Universidade
de Caxias do Sul observaram que, por
meio do tratamento dos efluentes por
digestão anaeróbica, o rebanho suinícola
O que são créditos de carbono?
da região tem potencial para gerar mais
de 57,5 mil metros cúbicos de biogás. Os
São certificados emitidos por
mesmos podem ser aproveitados na forma
agências ambientais reguladoras
de energia dentro das propriedades.
quando ocorre a redução da emissão
Conforme os dados obtidos, os pesde gases. Por convenção, uma tonelaquisadores
observaram que a região
da de dióxido de carbono corresponde
ainda
tem
muito
para aproveitar. “Já
a um crédito de carbono que pode ser
estão
trazendo
investidores
de fora pornegociado no mercado internacional
que
a
quantidade
é
muito
grande,
mas
com cotação em dólar. Acordos interhá
ainda
muito
para
ser
aproveitado”,
nacionais como o Protocolo de Kyoto
comenta a coordenadora da pesquisa.
determinam uma cota máxima que
Outra constatação dos pesquisadores foi
países desenvolvidos podem emitir.
de que os pequenos produtores sozinhos
Os países ou indústrias que não connão conseguiriam resolver o problema. Por
seguem atingir as metas de reduções
isso, estão se organizando em consórcios.
de emissões tornam-se compradores
Pelo Protocolo de Kyoto, os consumidores
de créditos de carbono. Por outro lado,
que não reduzirem a emissão de gases
aquelas indústrias que conseguiram
podem investir em sistemas e atividades
diminuir suas emissões abaixo das
em outros países, comprovando a redução
cotas determinadas podem vender os
das emissões nos seus processos, fazendo
créditos excedentes.
dessa forma a compensação.
Saiba mais
Foto: Eveline Denardi
“Procuramos firmar com esses encontros um novo ingrediente para as políticas públicas”, disse a ministra Matilde durante o evento
PUC-SP e Seppir se unem para
pensar ações afirmativas
Cerca de 70 representantes da sociedade se reúnem até dezembro, em encontros promovidos pela
universidade e pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir)
“N
ossa instituição debate as ações
afirmativas de forma combativa.
Estou aqui com uma dupla satisfação.
Falo sobre a alteridade, a descoberta e
a presença do outro em nossa sociedade
como pesquisadora e reitora de uma
universidade que sempre prezou pela pluralidade”. Com essa declaração, a Reitora
da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP), Maura Véras, abriu
o ciclo de debates “Ações Afirmativas:
Estratégias para Ampliar a Democracia”,
que aconteceu, em 6 agosto passado, no
Hotel Pestana, Zona Sul de São Paulo.
Organizado pela PUC-SP e pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial (Seppir), o evento terá
novos encontros para discutir aspectos
da desigualdade racial, racismo e discriminação, temas jurídicos relacionados às
políticas de igualdade racial, o impacto
das ações afirmativas na comunicação
social, políticas internacionais, direitos
culturais e de cidadania no Brasil. A
idéia é propor novos caminhos para
desenvolver políticas de inclusão social e
promoção da igualdade racial.
Os seminários acontecerão mensalmente até 3 de dezembro, sempre com a
participação de um ministro de estado e
convidados. Já estão confirmadas as participações do jurista Fábio Konder Comparato, dos jornalistas Mino Carta, Gabriel
Priolli e dos ministros Franklin Martins
(Secretaria de Comunicação Social) e o
ministro Gilberto Gil, da Cultura.
Além da reitora da PUC-SP, compuseram a mesa de abertura a ministra
Matilde Ribeiro (Seppir) e a professora
Teresinha Bernardo (coordenadora da Pós
em Ciências Sociais da PUC-SP).
“Agradeço a prontidão de todos aqui.
Procuramos firmar com esses encontros
um novo ingrediente para as políticas
públicas porque o movimento negro há
séculos está dizendo ao governo que é necessário mudar a fotografia que se mostra
do Brasil. Somos um país multirracial, mas
o que vemos na TV são imagens institucionais que aproximam nossa identidade da
Suécia, da Dinamarca e outros países nórdicos. Aqui há indígenas e descendentes
africanos e não escravos, como se fazem
crer”, afirmou a ministra.
Segundo Matilde, o ciclo de debates
pretende criar um grupo de referência. A
partir do segundo encontro, os debates
serão transmitidos simultaneamente pela
internet em www.planalto.gov.br/seppir/.
O público foi convidado a participar
produzindo artigos científicos ou textos
jornalísticos para serem publicados, ao
final do encontro, em livros, revistas e no
site da Secretaria.
Pluralidade – Além da PUC-SP e da
Seppir, a iniciativa reúne representantes
governamentais e ONGs. Dentre eles,
os Ministérios da Cultura, das Relações
Exteriores, Educação e da Justiça, as
Secretarias de Educação Continuada
e Comunicação Social, o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a
Fundação Cultural Palmares. Apóiam e
participam do evento as ONGs Agência
de Notícias dos Direitos da Infância,
Associação Brasileira de Organizações
Não-Governamentais, Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, Instituto
Maurício Grabois e as Fundações Friedrich Ebert, João Mangabeira e Perseu
Abramo.
Setembro/Outubro - 2007
15
Aluno da UCP é nomeado presidente
de parlamento latino-americano
U
m jovem aluno de administração da
Universidade Católica de Petrópolis
(UCP), no estado do Rio, foi nomeado
presidente do Parlamento Universitário
Latino-Americano na Argentina. Marcos
Junior Teixeira de Oliveira, com 26 anos, é
bacharel em Marketing pela própria UCP.
O Parlamento Universitário LatinoAmericano é um evento organizado pela
Pontificia Universidad Católica Argentina
e apoiado pela Arquidiocese de Buenos
Aires, que tem o objetivo de promover
a união dos estudantes universitários
dos países do continente, por meio da
análise e do debate de temas que estão
no núcleo das problemáticas regionais,
inspiradas pelos conceitos orientadores
do Magistério Social da Igreja.
A iniciativa teve início em 2005 na
qual participaram aproximadamente 38
instituições de ensino superior da América
Latina. Do Brasil enviaram delegações a
Universidade Católica de Petrópolis, a
PUC-SP e a PUC-Campinas. Em 2006,
participaram a UCP e a PUC-Rio. Nas
duas edições, Marcos Oliveira participou
como vice-presidente e este ano foi nomeado pela organização presidente, em
substituição a um estudante argentino.
A rotina de trabalho do Parlamento
Universitário é similar à da vida comum
de um colegiado formado por uma mesa
diretiva, dividida em comissões temáticas,
em que são discutidas, durante três dias,
propostas enviadas pelos estudantes
participantes. Os textos chegam a uma
declaração comum e, depois, inseridos
no documento final. Este é enviado a
instituições civis, políticas, militares e religiosas, a fim de revelar o que estudantes
de universidades confessionais pensam a
respeito de temas como, por exemplo,
meio ambiente, corrupção, família, democracia, participação, dentre outros. A
base das discussões e reuniões é sempre
a Doutrina Social da Igreja.
Em 2007, o Parlamento Universitário
Latino-Americano aconteceu, de 22 a
24 de agosto, na Pontificia Universidad
16
Setembro/Outubro - 2007
A cada ano, mais universidades aderem ao projeto enviando delegações
Católica Argentina. A cada ano, mais universidades aderem ao projeto enviando
delegações com estudantes e professores
que atuam como observadores. Na primeira edição, o Papa Bento XVI enviou
uma bênção especial por meio da Nunciatura Apostólica em Buenos Aires.
Marcos Junior Teixeira de Oliveira
é graduado em Marketing e trabalhou
como Secretário da Chancelaria da Cúria­
Diocesana de Petrópolis. Em 2006,
recebeu prêmio da Unesco no Brasil
pela redação “(Re)Encontro Prioritário e
Importante”, classificada entre mais de 50
mil redações em um concurso nacional.
Atualmente organiza eventos com missões
diplomáticas e é membro honorário da
Academia Petropolitana de Letras, da
Comissão Diocesana de Arte Sacra da
Diocese de Petrópolis e do Centro de
Estudos Culturais, instituição presentes
em mais de seis países.
Mais informações sobre o Parlamento
Universitário Latino-Americano no site
www.uca.edu.ar/pec.htm e no Brasil
pelo e-mail [email protected].
Oportunidade sem
discriminação
A
Universidade de Caxias do Sul oferece gratuitamente 50 vagas por
semestre para o Curso Pré-Vestibular para
Afro-Descendentes e Indígenas. Em aulas
realizadas de segunda a sexta-feira, das
19h30min às 22h30min, os alunos revisam
o conteúdo exigido no vestibular e participam de oficinas e grupos de discussão sobre
questões étnicas e sociais.
Lançado em agosto de 2004, o PréVestibular tem o objetivo de promover
inclusão social e dar condições para que
os afro-descendentes e indígenas possam
disputar, em igualdade de chances, vagas
na universidade. Nas aulas, os estudantes
revisam conteúdos e se preparam para as
provas de vestibular. Como o número de
vagas é limitado em 50, os interessados
precisam passar por um processo de seleção,
cujos critérios de escolha são ascendência
africana ou indígena, baixa renda familiar
e ter estudado em escola pública ou com
bolsa em escola particular.
O empenho dos alunos é comprovado
com o alto índice de aprovação nos últimos
concursos. De acordo com a coordenadora
do programa, Rosane Hambsch do Nascimento, entre 75% a 85% dos alunos que freqüentaram o curso preparatório nos últimos
semestres foram aprovados no vestibular.
“Os alunos aproveitam mesmo as aulas e a
oportunidade”, comemora.
Realização de um sonho - O jovem Pedro Ubirajara Rosa, 18 anos, matriculou-se
no Curso de Direito noturno da Universidade
de Caxias do Sul. Esse foi o primeiro passo
em direção à realização do sonho de ser promotor de justiça. A aprovação no vestibular
veio na segunda vez em que o jovem tentou
ingressar na universidade.
Exposição cria consciência de educação ambiental
UCPel lança Programa de
Gerenciamento de Resíduos
I
nstruir a comunidade acadêmica
sobre a importância da inserção
do Programa de Gerenciamento de Resíduos (PGR) na universidade é o foco
da exposição do Curso de Ecologia da
Universidade Católica de Pelotas (UCPel),
com o título “Expolixo, por uma Pelotas
mais Limpa”. A exposição faz parte do
lançamento do PGR da Universidade,
programa acompanhado acadêmicos de
Ecologia com atividades de explanações e
esclarecimentos sobre reciclagem e assuntos referentes à educação ambiental.
De acordo com o coordenador do
Curso de Ecologia, professor José Antônio
Weykamp da Cruz, a inserção do programa é de grande relevância e a exposição
só vem a acrescentar no processo. “Não
tem como o Programa dar certo sem a
participação da comunidade acadêmica”,
acrescenta. Ressalta ainda que essa é uma
proposta permanente de mobilização da
comunidade universitária.
A exposição, que aconteceu recentemente no espaço de convivência,
contou com demonstrações de vídeos
elaborados pelos próprios alunos da
Ecologia, assim como vídeos de educação ambiental premiados em festivais,
além da distribuição da cartilha com
informações sobre o PGR.
Sobre o PGR - O Programa de
Gerenciamento de Resíduos é um documento que possui etapas do manejo
com resíduos dentro da instituição. O
processo é feito desde a segregação do
resíduo até o destino final.
Segundo a responsável pelo Programa, professora Luciene Smiths Primo, o
PGR é exigido pela Anvisa, por meio da
Resolução RDC nº 306/04, para todas as
instituições de saúde ou que trabalham
com ensino e pesquisa. “Essa ação é
muito importante para que se crie uma
consciência de educação ambiental”,
ressalta.
A professora, que já implantou o
Programa no Hospital Universitário São
Francisco de Paula (HUSFP), órgão auxiliar da UCPel, em 2003, informa que a
adequação do PGR contribui para a biossegurança e para questão ambiental. “O
HUSFP lida mais com resíduos do Tipo
A, considerados infectantes, propensos
a contágio com doenças infectocontagiosas, quando houver contato”, afirma.
Segundo ela, na UCPel existem quatro tipos de resíduos. Tipo A, Tipo B, Tipo
D e o Tipo E. Cada tipo de resíduo tem
lugar específico para ser descartado.
Resíduo (tipo)
A - infectantes
Recipiente
Lixeira com saco branco
Havendo produção, cada
laboratório comunica o
B - químicos
serviço de manutenção,
responsável pelo
recolhimento do resíduo.
D - orgânico
Lixeira com saco laranja
D - reciclável
Lixeira com saco verde
E - perfurocortantes Caixas de descartex
Setembro/Outubro - 2007
17
Trabalhos Comunitários
Projeto da
URI ganha
visibilidade
nacional
O
Projeto Intercultural – Promovendo Novos Saberes, que a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai
e das Missões (URI) está desenvolvendo
junto a escolas indígenas e não-indígenas
das regiões das Missões e Alto Uruguai,
no Rio Grande do Sul, começa a ganhar
visibilidade nacional. Recentemente uma
equipe da Rede Globo esteve na região
das Missões para registrar o trabalho e
produzir uma reportagem para o Jornal
Nacional, além de chamadas para o
Criança Esperança. Acompanhada dos
coordenadores do Projeto, Losandro
Tedeschi e Antonio Ramos e, ainda, do
professor Kaingang Bruno Ferreira, a
equipe de reportagem visitou a Escola
Geraldino Mineiro da reserva indígena
de Guarita, em Miraguaí, a Escola São
Miguel, de Giruá, e as escolas municipais
de Santo Ângelo, Dr. Ulisses Rodrigues e
Pedro Krinski. As três primeiras já perten-
Projeto chamou a atenção do Jornal Nacional e do Criança Esperança, da Rede Globo
centes ao projeto desde o início do ano e
a última que foi recentemente anexada
em virtude do trabalho realizado na área
de pesquisa e confecção de máscaras
indígenas.
Em Guarita foram apresentadas diversas danças indígenas e também do folclore brasileiro, trabalhadas em linguagem
kaingang. Além disso, chamou a atenção
o fato de que até a 4ª série os alunos têm
aulas somente com professores indígenas
e na língua kaingang.
Na Escola Municipal Dr. Ulisses
Rodrigues, o projeto intercultural está
em fase mais adiantada. A escola, que
possui 240 alunos e 23 professores,
vem trabalhando há vários meses com
Formado por crianças indígenas, o coral canta em português e kaingang
18
Setembro/Outubro - 2007
pesquisa e construção de materiais da
cultura kaingang, através das diversas disciplinas. Entre todas as atividades demonstradas, a que mais
impressionou foi o estudo sobre os
jogos indígenas. Oficinas possibilitaram,
por exemplo, a criação de petecas de
sabugo de milho e penas de aves. Outros vários jogos foram pesquisados e
estão sendo trabalhados pelos alunos
como forma de conhecer a história
kaingang, entre eles o futebol, cabo-deguerra, arco e flecha e o jogo-da-onça. A
escola também incentiva o conhecimento,
o respeito e o comprometimento com a
educação intercultural por meio de práticas de leitura, música e desenho.
Professores, alunos, coordenadores e servidores atenderam, de forma voluntária, em tendas montadas em várias regiões da cidade
Unipê realiza quatro mil atendimentos
gratuitos no Dia de Ação Social
O
Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) ultrapassou os muros
da instituição e realizou recentemente o
Projeto Ação Social Unipê. Foram cerca
de quatro mil atendimentos gratuitos
para crianças, jovens, adultos e idosos
realizados por 200 voluntários. O dia de
mobilização ofereceu à população da capital paraibana 15 serviços e exames nas
áreas de saúde e assistência social.
Professores, alunos, coordenadores
e servidores atenderam, de forma voluntária, em tendas montadas em várias
localidades da cidade.
100 mil atendimentos por ano – No
total, já são aproximadamente 100 mil
atendimentos gratuitos realizados por ano
no Unipê, nas clínicas de Fonoaudiologia,
Fisioterapia e Psicologia, além de outros
serviços nas áreas de Assistência Social,
apoio jurídico e projetos de extensão.
Para o reitor do Centro Universitário,
José Loureiro Lopes, a realização do Dia
de Ação Social tem como objetivo levar
à população de João Pessoa tudo o que
o Unipê já oferece e informar às pessoas
que elas também podem procurar os serviços oferecidos pela instituição, que são
gratuitos. “Com o Ação Social, ampliamos o atendimento que já prestávamos
nos cursos e nos projetos de extensão”,
observou.
Estudantes do Unipê aprovaram a
iniciativa. Jovens como José Ulysses Gomes
reservaram o dia para atuar como voluntários nesse projeto de cidadania. “Além de
estar exercitando o que aprendemos no
curso, estamos dando nossa contribuição
como cidadãos”, destacou Ulysses.
A população de João Pessoa aprovou
a primeira edição do projeto de ação
social da Unipê e pediu que o mesmo
seja ampliado para outros bairros da cidade. “Foi uma iniciativa muito boa que
deveria acontecer outras vezes”, afirmou
o professor Antônio Lira, 47 anos, um dos
beneficiados.
Compromisso social - Com o desenvolvimento de projetos dessa natureza, o
Unipê cumpre seu papel na sociedade.
“Além de ter um ensino de qualidade, o
Centro Universitário tem uma responsabilidade social”, ressaltou a pró-reitora
de Graduação, Maria do Céo.
“Contamos com a participação de
200 voluntários. E, no final, ganharam
todos, o Unipê, que ampliou suas ações
e reafirmou seu compromisso com a
sociedade, e a população local, que teve
a oportunidade de receber os serviços
gratuitamente”, acrescentou o secretáriogeral de Ensino, Paulo Padilha.
Setembro/Outubro - 2007
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Trabalhos Comunitários
Unifev doa
medicamentos para
o Fundo Social de
Solidariedade
Cerca de 50 mil comprimidos foram
arrecadados pela campanha “Trote Solidário”
T
radicionalmente, o Curso de Farmácia Bioquímica da Unifev, coordenado pelo professor M. Sc. Roberto
Carlos Grassi Malta, realiza doação de
medicamentos para o Fundo Social de
Solidariedade de Votuporanga, presidido pela primeira-dama Marli Beneduzzi
Pignatari. Além dela, o secretário de
Assistência Social, Egmar Marão Alfagalli,
também participa da entrega.
De acordo com Malta, os medicamentos são arrecadados por alunos de
todos os períodos envolvidos na campanha “Trote Solidário”, que é realizada
anualmente, com o objetivo de evitar a
automedicação. No primeiro semestre, os
alunos visitaram as residências incentivando a doação de remédios que não eram
utilizados. “Se as pessoas não tiverem os
medicamentos em casa não vão aplicar
sem necessidade e nem passar para
outras pessoas, evitando o risco de uma
intoxicação”, explica.
Ele diz ainda que após o recolhimento, os medicamentos são analisados,
separados e têm as datas de validade
devidamente etiquetadas antes de serem
encaminhados para doação.
Na foto, o reitor da Unifev, Prof. Dr.
Marcelo Lourenço; o coordenador
do Curso de Farmácia, Prof. M. Sc.
Roberto Malta; o diretor da Promoção
Social, Zezo; a presidente do Fundo
Social, Marli Beneduzzi; e o secretário
de Assistência Social, Egmar Marão
Segundo Marli, além de auxiliar na
economia do município, já que foram
arrecadados em torno de R$ 5 mil em
fármacos, a doação melhora o atendimento ao munícipe, que pode retirar os
medicamentos diretamente na Promoção
Social de Votuporanga, mediante a apresentação da receita médica.
PUC-SP participa de caravana humanitária
E
m agosto passado, a professara
Maria Stela Graciani, da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), representou o Núcleo de Trabalhos
Comunitários da Faculdade de Educação
(NTC) na 2ª Caravana Humanitária, que
doou quatro mil peças de roupas às comunidades indígenas de Parelheiros, na
Zona Sul, e Jaraguá, na Zona Norte.
Além do NTC, participaram da ação
comunitária a Construfert Ambiental
- empresa de varrição pública, a ONG
Educa São Paulo, o Clube Paineiras, do
Morumbi, e a Casa Espírita Irmão Faria,
além das Subprefeituras de Parelheiros e
Pirituba. O evento contou ainda com o
apoio da Rádio CBN.
Participaram da entrega dos agasalhos
20 universitários norte-americanos e
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Setembro/Outubro - 2007
Foram quatro mil peças de roupas doadas às comunidades indígenas de São Paulo
duas funcionárias do serviço público da
Alemanha. Os visitantes foram homenageados pelas crianças indígenas com a
tradicional dança guarani.
Durante o evento, foi elaborado um
documento reivindicando políticas públicas para aldeias da capital e do estado
de São Paulo.
Projeto da Unicruz humaniza
atendimento em fisioterapia
Atividades garantem qualidade de vida na comunidade e
experiência aos futuros profissionais
A
Universidade de Cruz Alta (Unicruz), no Rio Grande do Sul, é uma
instituição de caráter comunitário. Com
esse propósito trabalha sempre em prol
da comunidade do município e região.
O Curso de Fisioterapia, da Unicruz,
por meio do projeto de Atenção Básica
– Programa de Saúde Família, além de dar
oportunidade de estágios a acadêmicos,
ajuda os moradores de um dos bairros da
cidade de Cruz Alta.
O atendimento feito no Posto de
PSF (Unidade do Programa de Saúde da
Família) do Bairro Alvorada é gratuito
e, através dele, os acadêmicos, supervisionados por uma professora, atendem
pacientes com dificuldades motoras, dores musculares e nas articulações ou com
problemas de hipertensão e cardíacos.
Em cada encontro, o posto recebe cerca
de 25 pessoas, que ali fazem caminhadas,
alongamentos e exercícios específicos
para cada caso.
A professora responsável pelo atendimento, Elizeth Stefanello, comenta
que uma das principais formas de aten-
dimento com os alunos é o tratamento
com o toque, além de eles auxiliarem o
paciente na leitura dos diagnósticos de
exames de saúde. “A gente decodifica
as informações dos exames, que muitas
vezes não são compreendidas. Sabendo
da realidade, fica mais fácil para eles
saberem como se cuidar”, garante a
professora.
Experiência em livro – Mas para o
grupo, que se encontra duas vezes por
semana, esse não é apenas um encontro
de profissional e paciente. Délcio dos
Santos é um dos atendidos.Foi um dos
primeiros a fazer parte do grupo, que
existe há dois anos. Desde que começou a
freqüentar os encontros, ele conta que já
obteve resultados positivos comparados
à vida que levava antes de ser atendido
pelos acadêmicos da universidade.
Segundo ele, a relação que se formou
no posto não é de profissionais e pacientes, mas sim de uma família, ajudando
uns aos outros. Motivado por esse relacionamento humanizado, Délcio assumiu
uma missão importante: está escrevendo
um livro que conta um pouco da historia
de cada paciente que passa pelo posto
de saúde.
Futuros profissionais – Para Patrick
Stoffel, acadêmico do 9º semestre e um
dos estagiários, essa experiência é única.
“Aqui podemos ter mais proximidade
com a realidade da profissão de fisioterapeuta”, garante. Segundo Stoffel, essa
oportunidade que a universidade dá aos
acadêmicos de poder trabalhar direto
com os pacientes é uma forma de manter
a população mais próxima da instituição.
Além disso, o estudante acredita que
oportunidades como essa, como a do
atendimento em fisioterapia, garantem
que os profissionais saiam da universidade mais preparados para enfrentar o
mercado de trabalho.
Experiências como a do projeto
desenvolvido pelo Curso de Fisioterapia
são exemplos a serem seguidos, pois além
de qualificar a formação dos alunos da
instituição, estreitam o relacionamento
entre universidade e comunidade. Para
os professores e acadêmicos, ainda há um
desafio pela frente: humanizar cada vez
mais a relação entre profissional e paciente. Quem sabe esse esforço resulte em
mais uma bela história para ser contada a
todos que vivenciam ações como esta. O
livro de Seu Délcio é um exemplo.
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UCG
inaugura
Escola de
Formação da
Juventude
Universidade Católica de Goiás
(UCG) inaugurou, no segundo semestre deste ano, a Escola de Formação da
Juventude (EFJ), um programa de extensão
que visa contribuir para a cidadania e a
sociabilidade de jovens de 15 a 24 anos
na região leste de Goiânia. A escola faz
parte do Instituto Dom Fernando (IDF),
uma unidade acadêmico-administrativa
vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e
Apoio Estudantil (Proex) da UCG.
A EFJ começou a ser formulada e
estruturada em 2006, tendo como referência experiências de educação popular
Fotos: Wagmar Alves
Trabalhos Comunitários
A
O programa visa contribuir para a cidadania e a sociabilidade de jovens de 15 a 24 anos
e direcionamentos de ações visando ao
atendimento das demandas do público
jovem.
Em agosto deste ano, iniciou suas
atividades, com a expectativa de atender
a cerca de 150 jovens por dia.
Atividades e objetivos - A Escola
de Formação da Juventude desenvolve
projetos nas áreas de teatro, literatura,
expressão artística (Projeto “Fala Galera”) e inclusão digital. Estão previstos o
Curso de Filosofia e Cinema e o Projeto
“O Canto da Mulher”, em defesa dos
direitos das jovens mulheres. Por meio
dessas atividades, a instituição objetiva
auxiliar a compreensão e a reflexão dos
jovens a respeito das mudanças nos aspectos produtivo-tecnológicos, políticos
Uniso ajuda a promover programas educativos
A
Universidade de Sorocaba (Uniso)
acaba de iniciar uma parceira com
a Prefeitura Municipal para a execução
de dois programas importantes, dentro
das ações que integram o projeto para
tornar o município de Sorocaba(SP) uma
“Cidade Educadora” - proposta que tem
o apoio da Unesco e que visa o desenvolvimento de ações em todos os espaços de
educação do município.
Oficina do Saber - No Programa
“Oficina do Saber”, a Uniso adotou a
escola municipal Edemir Digiampietri, da
Vila Barão,e ainda participa de atividades
em outras seis escolas da cidade, para o
desenvolvimento de oficinas esportivas e
motoras, artísticas, de participação social,
de linguagem e de matemática. As atividades para estudantes das 3ª e 4ª séries
da rede municipal são realizadas por alu-
22
Setembro/Outubro - 2007
Com apoio da Unesco, são desenvolvidas ações em espaços de educação do município
nos de Pedagogia, Teatro/Arte-Educação e
Terapia Ocupacional, no período em que
elas não estão em aula.
A universidade tem atuado também
no programa “Clube da Escola”, desenvolvido em nove escolas municipais
de Sorocaba. Inspirado no “Escola da
Família”, do governo do estado de São
Paulo, o programa reabriu, nos fins de
semana, nas escolas em que as atividades
foram desativadas. Assim, a comunidade
pode participar de atividades culturais,
Unisc e BB levam inclusão
digital para Rio Pardo
C
e simbólicos do mundo contempo­râneo,
incentivando a ação consciente e comprometida. Com essas atividades de
formação, a EJF objetiva contribuir para
a inclusão social dos jovens.
As atividades da Escola de Formação da Juventude desenvolvem-se em
parceria com o governo federal e com a
Prefeitura de Goiânia.
esportivas e de qualificação profissional,
desenvolvidas e promovidas por alunos
dos cursos de História, Letras, Nutrição,
Pedagogia, Teatro/Arte-Educação, Terapia
Ocupacional e Turismo. Os estudantes de
Direito, por sua vez, fazem um trabalho
diferenciado por meio de atividades
lúdicas, conscientizam os alunos sobre
a ilegalidade do trabalho infantil, do
trabalho forçado e a discriminação.
“A parceria com a prefeitura de
Sorocaba é resultado da confiança da
comunidade no trabalho da Uniso”,
destaca o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, Fernando de Sá Del
Fiol. “Com ela, temos a oportunidade
de colocar o aluno em contato diário
com a realidade da educação publica,
contribuindo para a sua formação humanística”, concluiu.
erca de 900 crianças e adolescentes de baixa renda do
município de Rio Pardo terão a oportunidade de fazer parte do universo
virtual. Por meio de uma parceria
firmada entre a Prefeitura, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), o
Banco do Brasil e o governo federal,
foi inaugurado, no mês de agosto, o
Telecentro Comunitário São Francisco,
no centro de Rio Pardo.
O projeto é uma iniciativa local que
contou ainda com o apoio de empresas
e entidades do município, responsáveis
pela disponibilidade do espaço físico
e pela doação de 10 computadores. O
Setor de Informática da Unisc presta
a assistência técnica, configurando o
servidor com um projeto de terminal
gratuito por meio de software livre.
O Telecentro Comunitário atenderá
a uma média de 32 crianças e adolescentes por dia, podendo se estender,
futuramente, para a terceira idade. A
parceria com o Banco do Brasil se dá
por intermédio do projeto AABB Comunidade, mantido pela instituição, en-
quanto que o governo federal destina
recursos do Programa Bolsa-Família.
“Agradecemos a Unisc pela gentileza
e pela total disponibilidade prestada
desde os primeiros contatos que tivemos
com a instituição”, elogiou a secretária
municipal, Ilse Pritsch. Para o reitor da
Unisc, Vilmar Thomé, colaborar para o
desenvolvimento da região é o principal
papel da universidade. “Sempre que
tivermos que prestar um serviço que
leve qualidade e desenvolvimento a
Rio Pardo, estaremos à disposição da
comunidade”, enfatizou.
O prefeito de Rio Pardo, Joni Lisboa
da Rocha, enalteceu a presença de todos
e o apoio recebido por parte das entidades e empresas parceiras do projeto.
“São iniciativas como essa que trazem
qualidade de vida e inclusão social à
comunidade de Rio Pardo”, destacou.
A solenidade também contou com a
presença do pró-reitor de Extensão e
Relações Comunitárias da Unisc, Luiz
Augusto Costa a Campis, e do coordenador de Extensão, Ângelo Hoff, além
de autoridades locais.
O projeto é uma iniciativa local, com o apoio de empresas e entidades do município
Setembro/Outubro - 2007
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Trabalhos Comunitários
Braille
UNIFEOB inaugura Biblioteca
O
s deficientes visuais de São João da
Boa Vista e região agora têm um
local adequado e preparado para suas
leituras: a UNIFEOB abriu a Biblioteca
Braille, que fica junto à Biblioteca Central
da instituição.
Com livros em Braille e livros falados,
o espaço foi especialmente pensado
para atender às necessidades dos cegos,
fornecendo não só publicações de conhecimentos gerais e literatura, mas também
está preparado para atender à demanda
dos universitários deficientes visuais.
A Biblioteca Braille já é considerada
uma grande conquista para a instituição,
principalmente para todos aqueles envolvidos no Projeto Laura, que busca a inserção e a capacitação de jovens portadores
de necessidades especiais no mercado de
trabalho e na sociedade.
Para tornar realidade a biblioteca, a
UNIFEOB contou com o apoio e a parceria
de outras entidades, que forneceram livros
e o know-how para que o espaço fosse criado. Uma das importantes parceiras dessa
iniciativa foi a Fundação Dorina Nowil.
Danielle Azevedo E. Bargas, psicóloga,
professora do Projeto Laura e deficiente
visual, considera que a Biblioteca Braille
significa uma verdadeira atitude de inclusão, permitindo o acesso dos deficientes
à vida acadêmica.
Já a arquiteta Patrícia Françoso, também deficiente visual e aluna do 1º ano
do Curso de Direito, afirma que o espaço
é o pontapé inicial para a inclusão. “Esse
é um convite para outros deficientes e
outros membros da sociedade a pensarem
sobre a inclusão”, disse.
Luis Carlos Pistelli, que é fisioterapeuta e também deficiente visual, esteve no
primeiro dia de utilização do espaço e
destacou a importância da iniciativa. Para
ele, é fundamental que os cegos aprendam e pratiquem a leitura pelo método
Braille, mas destacou a importância dos
livros falados na carreira profissional e
em sala de aula.
24
Setembro/Outubro - 2007
Livros em Braille e falados: o espaço foi pensado especialmente para os deficientes visuais
Valdir Mota, que é aluno do Projeto
Laura, elogiou a iniciativa e já está se
preparando para retirar os primeiros
exemplares para ler em casa.
Além dos benefícios para a sociedade,
a inauguração da Biblioteca Braille deverá
aumentar a procura de deficientes visuais
pelos cursos de graduação, uma vez que
a tecnologia disponibilizada na instituição
permite aos deficientes acesso a todo
material didático e livros utilizados em
sala de aula.
Graduado em 1976, Pistelli, ao relembrar a época em que esteve na faculdade,
afirmou que os avanços tecnológicos não
só vieram facilitar o aprendizado como
são importantes ferramentas da inclusão.
Ele, no entanto, ressaltou a necessidade
de incentivo e atitude por parte dos próprios deficientes.
Para Mara Regina Junqueira Franco,
coordenadora do Projeto Laura e idealizadora da biblioteca, a inauguração do
espaço é a concretização de um sonho
não só dela, mas também dos deficientes
visuais que são apoiados pelo projeto,
bem como dos demais que se utilizam
do espaço.
Mara diz, ainda, que por acreditar
que o aluno deficiente visual ou com
qualquer outra deficiência depende de
adequação de métodos, técnicas e materiais que favoreçam a compreensão dos
conteúdos, é que nasceu a idéia dessa
ação. “Os livros digitalizados e em Braille,
nas bibliotecas UNIFEOB, são facilitadores, colaborando com a educação inclusiva diretamente ligada aos interessados,
deficientes visuais. Esse material em MP3,
livro falado, atende desde a bibliografia
básica até a complementar do respectivo
curso dos nossos alunos com deficiência
visual”, explicou.
Coordenador da organização de
cegos espanhóis, Xavier Sabaté avalia
como “uma luta constante” o desejo
de que essas mesmas tecnologias não
se convertam em uma nova barreira de
comunicação para as pessoas cegas e
deficientes visuais. “Se não estiverem
desenhados para todos ou não conseguirmos adaptá-los para nosso uso,
podemos correr o risco de que no futuro
as tarefas que agora realizamos, com
independência e autonomia, não mais
possamos fazê-las sozinhos”, alertou.
Univali desenvolve impressora
A
Universidade do Vale do Itajaí
(Univali) vem desenvolvendo ferramentas para a integração de portadores
de necessidades especiais à sociedade.
Entre os trabalhos desenvolvidos nessa
área, está a construção de uma impressora
em Braille. Em fase de desenvolvimento,
o projeto teve financiamento aprovado
pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa
Catarina (Fapesc).
O protótipo ainda está sendo construído pela equipe, mas, desde já, há que
se ressaltar o ineditismo da iniciativa,
porque não existe no país um modelo
nacional de impressora em Braille. “Nosso
objetivo é chegar o mais próximo possível de uma impressora convencional”,
comenta o coordenador do projeto, Alejandro Rafael Garcia Ramirez, professor
dos cursos de Engenharia da Computação
e do Mestrado em Computação Aplicada
da Univali.
O coordenador do Centro de Produção de Material Acessível da Associação
Catarinense para Integração do Cego
(ACIC), Vitor Manuel Chaves, vê benefícios no desenvolvimento de tecnologias
inclusivas e garante que a impressora
revoluciona o acesso à cultura de todos
os deficientes que utilizam o Braille. “Não
há uma grande produção desse tipo de
impressoras, infelizmente”, registra. Há
uns quatro países, quando muito, que
conseguem produzir e colocar à disposição esses equipamentos, porém os preços
nem sempre são acessíveis à maioria
das instituições e pessoas que utilizam o
Braille, informa Chaves.
O similar importado custa entre
US$ 2 mil e US$ 15 mil. O custo final do
produto nacional que será desenvolvido
ainda não foi calculado, mas idealiza-se
compatibilizar o preço ao de uma impressora convencional.
Além do projeto da impressora em
Braille, outros 509 projetos foram encaminhados à Fapesc. Desses, 308 foram
O protótipo da impressora ainda está sendo construído pela equipe da Univali
Como será a
impressora
Será como uma impressora
comum. A diferença estará nos
cabeçotes, que, ao invés de trabalhar com tintas, terá dispositivos
que criarão relevos no papel
seguindo o sistema Braille, um
código em alto-relevo desenvolvido no século 19 por Louis Braille
para permitir que portadores de
deficiência visual pudessem ler.
contemplados no edital pela comissão
julgadora, sendo 52, da Univali. Os projetos aprovados estão divididos por área
de conhecimento: 13, nas Ciências Exatas
e da Terra; 12, nas Ciências Biológicas;
11, nas Ciências Sociais Aplicadas; 8, nas
Ciências Humanas; 7, nas Ciências da Saú-
de; e um nas Engenharias. O orçamento
aprovado pela Fapesc para os 52 projetos
foi de R$ 904.858,33.
O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Gradua­
ção, Extensão e Cultura (ProPPEC), da
Univali, professor Valdir Cechinel Filho,
afirma que o pesquisador deve estar
permanentemente em sintonia com a
comunidade que o cerca, incluindo a
acadêmica, a população, as associações,
as instituições e o meio produtivo que,
em última análise, interagem com a
universidade e complementam o ciclo
social em que estamos inseridos. “É dessa
aproximação e conseqüente interação que
surgem os diagnósticos das necessidades
emergenciais, dos pontos em que a excelência do saber e a experiência podem
ser determinantes, gerando aspectos
positivos de interferência que acabam
por transformar a realidade local, provocando melhorias na qualidade de vida
da população que cerca a instituição”,
pontua o pró-reitor.
Setembro/Outubro - 2007
25
Trabalhos Comunitários
Fisioterapia da Izabela Hendrix prioriza
a formação para a saúde pública
A
Metodista de Minas, Izabela Hendrix, sai na frente e prepara seus
alunos para o atendimento na saúde pública, principalmente os futuros profissionais
de Fisioterapia. Desde 2005, a preparação
se dá pelo estágio supervisionado, no qual
os estudantes do 7º e 8º períodos precisam
cumprir dois semestres acompanhando
pacientes na região noroeste de Belo
Horizonte.
São três os locais com a presença de
alunos (acompanhados de perto por um
professor) do Centro Universitário: Posto
de Saúde Cidade Ozanan, localizado no
Bairro Dom Joaquim, Posto de Saúde da
Família (PSF) Cidade Ozanan e Conjunto
Santa Helena.
As equipes de estagiários do Curso
de Fisioterapia da Metodista prestam
serviços como: acolhimento, atendimento
individual no centro de saúde, em grupos
operativos e visitas domiciliares. São
serviços de acesso difícil para muitos dos
usuários da saúde pública.
A incorporação dos estudantes estagiários nas equipes do PSF possibilita
um aprendizado diferenciado para os
alunos, além de reduzir a demanda
por atendimento no centro de saúde,
fortalecendo a necessidade de se ter um
fisioterapeuta compondo as equipes do
PSF. Questão essa que, pelo menos, em
Belo Horizonte, já está definida. Em 30
de janeiro deste ano, o prefeito Fernando
Pimentel sancionou a Lei nº 117/06, que
incorpora o fisioterapeuta às equipes de
PSF. Essa lei, aprovada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte, em dezembro de
2006, é de autoria do vereador Ronaldo
Gontijo. Na época de sua aprovação, mobilizou professores e alunos de diversas
universidades e faculdades da capital,
incluindo os da Metodista de Minas, que
compareceram às galerias da Câmara
para exigir a aprovação da proposta pelos
vereadores.
A lei amplia e humaniza o atendimento à saúde da população. Prova disso são
os depoimentos dos pacientes atendidos
26
Setembro/Outubro - 2007
Contato entre
o aluno e o
usuário amplia o
conhecimento
A certeza de que o Estágio Supervisionado em Fisioterapia, proporcionado pela Metodista de Minas, é uma
experiência importante na construção
do fisioterapeuta é manifesta nas falas
dos estagiários.
“É a experiência mais importante,
pois você consegue atender todas as
áreas. Engloba Pediatria até Fisioterapia Respiratória”, explica Juliano
Nogueira, aluno do 7º período. Ele
ainda diz que o contato direto com o
paciente, conhecer a casa, as condições
de vida, tudo isso abre caminho para
se estabelecer um tratamento mais
eficaz.
O contato com a realidade do
paciente também é apontado pela
estagiária e aluna do 8º período, Camila Laranjeira. “O estágio possibilita
vivenciar uma realidade melhor que na
clínica. Quando vamos à casa do paciente
não trabalhamos só com reabilitação, mas
com uma mudança de estilo de vida. Só de
ter o contato já muda, afeta até o psíquico
do paciente.”
A importância de participar de um
estágio dentro do Centro de Saúde e numa
equipe do PSF também é única segundo
os estagiários. “Não há outro estágio que
nos possibilita conhecer a gestão pública
em saúde. Você aprende que é preciso ter
liderança, saber lidar com saúde pública”,
defende Juliano Nogueira, sob a concordância de seus colegas Juliana Botelho e
Vitor Alvarenga, ambos do 7º período.
“Saímos daqui sabendo que os governos precisam adotar a visão de que
contratar um fisioterapeuta é diminuir
os gastos governamentais”, acrescenta
Juliano Nogueira, referindo-se ao trabalho
preventivo da Fisioterapia.
pelas equipes de estagiários do Izabela
Hendrix.
É o caso de Rubens de Araújo, um
senhor de 80 anos, que desde o início
participa do Grupo Operativo. Ele diz que
sua qualidade de vida melhorou muito.
“Sou diabético e depois que me envolvi
com a fisioterapia, melhorei 100%. Tenho
praticamente uma vida normal, minha
pressão deixou de subir”, comemora.
Quando os alunos da Metodista de
Minas encontram-se em férias, Rubens
garante que faz os exercícios em casa e
caminha, o que o ajuda a manter a forma.
Mas para ele, além do auxílio na parte
física, os alunos proporcionam outro tipo de
atendimento: “Moralmente, eles são muito
ligados à gente, nos ouvem. Estou até mais
calmo”. Ele acrescenta: “Ninguém pode fi-
car longe da fisioterapia, nem os novos. Ela
é essencial para qualquer idade”, conclui
com a propriedade da experiência.
Mas a fisioterapia no PSF não é defendida apenas pelos pacientes. Agentes
comunitários de saúde como Geyse Mara
Souza Lima, há sete anos no posto, ressalta a importância de tê-los na equipe.
“Antes dos estagiários era difícil, porque
a gente tem os acamados. Não tínhamos
o profissional e a área descoberta pelo
posto ficava sem atendimento”, relembra.
Para ela, a importância do fisioterapeuta
vai além do atendimento específico. “É
muito importante para a comunidade,
ela gosta dos meninos (estagiários). Eles
são aceitos por todos e também são muito carinhosos. Quando é preciso trocar
de equipe, fazemos até festa para nos
Estagiários de Fisioterapia
prestam serviços e atendimentos
individuais nos centro de saúde e
por meio de visitas domiciliares
Exercício
e carinho:
remédio para
corpo e alma
Quem acompanha uma sessão do Grupo Operativo chega a acreditar que não há
hipertensão arterial, diabetes, obesidade,
reabilitação funcional ou problemas com
a saúde do trabalhador, da mulher e do
idoso que resistam às aulas promovidas
pelos estagiários. Descontraídos, mas
levando os exercícios a sério, os alunos
e alunas, alguns que já passaram do 75
anos, caminham e fazem exercícios para
melhorar a marcha, o condicionamento, a
coordenação motora, o equilíbrio postural
e a flexibilidade.
Tudo isso para aliviar as dores crônicas e prevenir as complicações já citadas
acima e, assim, melhorar a qualidade
de vida. Porém, não é só isso que essas sessões trazem. Quem diz é Neide
Resende de Andrade, que começou a
freqüentar o grupo em 2005, devido a
problemas no joelho – artrose –, e Lesão
por Esforço Repetitivo – LER –, no braço
direito. “Melhorei 99%”, vai logo dizendo,
quando perguntada sobre os benefícios da
fisioterapia promovida pelos estagiários.
E acrescenta, para explicar sua disposição e alegria. “Primeiramente, me senti
amada e querida. Eles são carinhosos e
atenciosos. Têm um carinho especial pela
gente”. E mais: ela diz que os estagiários a
ensinaram a caminhar novamente. “Hoje,
consigo sentar e levantar, o que era minha
maior dificuldade, além de descer e subir
escadas”, comemora.
Para Neide, a melhoria advinda com
a fisioterapia não foi só na locomoção,
a qualidade de vida também melhorou.
“Hoje eu brinco, faço atividades. É uma
outra vida. Aos 60 anos, sinto-me com 16.
Não é só fisioterapia que os estagiários nos
dão, há carinho e muita compreensão”,
revela emocionada.
despedir, pois criamos um vínculo muito
forte”, conta ela.
De acordo com o professor Peterson
Marco, a prestação dos serviços de fisioterapia vem ao encontro de uma das maiores
dificuldades relatadas pelos cuidadores de
usuários, portadores de restrições funcionais que necessitam, principalmente, de
cuidado com a alimentação e higiene.
“A ruptura de barreiras funcionais é um
desafio para a família, para os profissionais da saúde e para o serviço de atenção
básica”, explica. “Este raciocínio fortalece
os argumentos para a introdução do profissional de fisioterapia na equipe de Saúde
da Família”, ressalta o professor.
Segundo o professor Peterson Marco,
a consolidação do SUS depende de ações
na atenção básica da fisioterapia, pois essa
profissão atua promovendo a integralidade com prevenção de lesões, doenças e
incapacidades e na promoção da saúde
e da funcionalidade. Além disso, ressalta
ele, a fisioterapia reabilita precocemente
o usuário.
A relação que se estabelece entre o
aluno e os usuários vai além do período
do estágio supervisionado. É o que conta
Helena Maria de Jesus Santos, que ainda
recebe a visita de um estagiário, já formado, nas datas especiais. “Até presente
de Natal para os meus netos ele traz”,
conta.
Moradora da Cidade Ozanan e atendida pelo Posto de Saúde da Família
(PSF), Helena Maria de Jesus Santos,
foi vitimada por complicações, devido
à anestesia, na cesariana de seu último
filho, há 37 anos. Ela perdeu os movimentos da perna, recuperados precariamente
por um tempo, mas que, há 16 anos, a
tornaram cadeirante e sofredora de dores
fortes. O acompanhamento da equipe do
PSF propiciou que ela pudesse voltar a
trabalhar na confecção de tapetes, além
de fazer os serviços de casa, como cozinhar, lavar, passar e limpar. As sessões,
durantes as visitas do estagiário Sandro
Hespanha, 7º período, são reforçadas por
meio de exercícios que ela já aprendeu e
executa sozinha, o que garante o controle
da pressão arterial e maior mobilidade
dos braços.
Setembro/Outubro - 2007
27
Trabalhos Comunitários
Hospital de Ensino da UCPel conquista o
Troféu Bronze do Prêmio Qualidade RS
O
Hospital Universitário São Francisco de Paula, da Universidade
Católica de Pelotas (HUSFP/UCPel), recebeu no dia 3 de julho o Troféu Bronze
da 15ª Edição do Prêmio Qualidade RS.
A premiação, concedida pelo Programa
Gaúcho de Qualidade e Produtividade
(PGQP) pelo segundo ano consecutivo,
demonstra o compromisso da instituição
em oferecer bons serviços de saúde a mais
de um milhão de habitantes da Zona Sul
do Rio Grande do Sul.
O caminho para se obter o aval do
PGQP é longo, complexo e demanda
esforço e envolvimento de todos os colaboradores das instituições concorrentes.
Essa é uma das razões pela qual o HUSFP
é a única instituição pelotense presente
na lista das 96 empresas premiadas pelo
programa neste ano.
O Prêmio Qualidade RS é também
uma forma de reconhecimento às
organizações que mais se destacaram
na busca pela melhoria contínua do
seu sistema de gestão. Seu principal
objetivo é analisar todas as estratégias
de gerenciamento da organização por
meio de uma avaliação externa, imparcial, que utiliza critérios reconhecidos
internacionalmente.
O prêmio foi recebido pelo reitor da
UCPel, Alencar Mello Proença, o diretorgeral do HUSFP, o médico José Carlos
Bachettini Júnior, e demais colaboradores
do hospital em Porto Alegre.
nossa organização,
não responsabilizamos o sucesso apenas às máquinas ou
aos investimentos
em infra-estrutura.
Foram também os
colaboradores que,
reunidos, conheceram, melhoraram
e controlaram seus
processos de trabalho”, disse Bachettini. Para o vice-diretor do hospital, o
administrador Elói
Tramontin, a qualidade é feita por
Reitor Alencar Proença recebe o Troféu Bronze
todos e para todos.
Reconhecimento à gestão - A “Ela se dá desde o envolvimento do colaintenção do PGQP é fortalecer e capa- borador que trabalha na higienização até
citar as organizações para o futuro, ao o médico que lida com a mais complexa
disponibilizar ferramenta de gestão que das especialidades”, informou.
A premiação motivou ainda copermite diagnosticar o estágio de desenvolvimento gerencial e planejar ações mentários dos líderes do programa. “É
focadas no aperfeiçoamento contínuo. importante ver um hospital premiado
Assim, possibilita-se uma análise de de- pelo Programa de Qualidade e Produsempenho em comparação às melhores tividade. Mas é muito mais importante
práticas adotadas por organizações de ver um hospital de ensino, comunitário
alta performance. “As pessoas foram a alcançar essa magnitude”, salientou Jorge
base de nosso planejamento, pois não Gerdau Johannpeter, presidente do Grupo
podemos esquecer que passamos quase Gerdau, uma das maiores empresas brasidois anos desenvolvendo competências leiras com presença marcante no exterior,
dentro de uma perspectiva de aprendiza- e presidente do Programa Gaúcho de
do. Hoje, com os resultados positivos na Qualidade e Produtividade (PGQP).
Qualidade a serviço da população
O HUSFP tem a característica de
ser o maior laboratório de ensino da
Universidade Católica de Pelotas. Nele,
não apenas os acadêmicos dos cursos
vinculados à Escola de Saúde, mas
também graduandos de outras habilitações têm a oportunidade de pôr em
prática os ensinamentos recebidos em
28
Setembro/Outubro - 2007
sala de aula. Além disso, a população da
zona sul do Rio Grande do Sul se beneficia
da busca pela excelência do HUSFP.
Dentre os serviços oferecidos estão
Administração, Enfermagem, Medicina,
Fisioterapia, Serviço Social, Psicologia e
Farmácia. “O próprio mérito alcançado
no Programa Gaúcho de Qualidade e
Produtividade (PGQP) é resultado de
um trabalho sério e permite evidenciar que o São Francisco é, sem favor
algum, um hospital que atende à
comunidade carente e que põe à disposição da mesma toda a sua moderna
tecnologia”, destacou o reitor, Alencar
Mello Proença.
Projeto da Unisul
abre espaço para
o conhecimento
popular
N
a sede da Associação Vida Verde,
no bairro Monte Verde, em Florianópolis (SC), pessoas entram e saem
durante todo o dia. Uma senhora chega
com uma receita de xarope de guaco e
agrião para o filho, outra quer um sabonete medicinal, uma outra ainda procura
saber que planta usar para prevenir
queda de cabelo. Ao final do mês, cerca
de 1.500 pessoas passaram por ali, em
busca de uma solução fitoterápica para
seu problema.
Ao presenciarem essa movimentação,
as enfermeiras e fitoterapeutas Fátima
Farias e Teresa Gaio se sentem felizes
e gratificadas. Não é para menos. Ali
está a comprovação do sucesso de uma
das múltiplas facetas do amplo Projeto
Linha Verde, desenvolvido por elas há
quase seis anos. Professoras do Curso de
Naturologia Aplicada da Universidade do
Sul de Santa Catarina (Unisul), Fátima e
Teresa foram convidadas a desenvolver o
projeto a partir da assessoria que as duas
começaram a prestar em 2001 para a prefeitura de Águas Mornas, um município
próximo de Florianópolis. Como elas já
conheciam a comunidade por meio de
trabalhos desenvolvidos anteriormente na
Pastoral da Saúde, elas foram chamadas
para capacitar agentes e profissionais da
saúde no uso de fitoterápicos na rede
pública de assistência à saúde. A idéia
cresceu e englobou, também, assessorias que as professoras já prestavam em
11 outros municípios e três bairros de
Florianópolis. Hoje, o projeto atende
grupos específicos e, ainda, programas
de educação ecopedagógica em escolas.
“O objetivo é integrar a comunidade,
resgatar saberes populares e levar o conhecimento científico sobre a utilização
de plantas medicinais”, define Fátima. “É
um trabalho de mão dupla. Procuramos
recuperar o saber que a comunidade
ainda conserva, para não deixá-lo desaparecer, e dar-lhe um suporte acadêmico,
com o desenvolvimento de pesquisas que
comprovem os resultados medicinais”,
explica ela.
Em cada local, o projeto adquire
características próprias. No Monte Verde,
O objetivo do
projeto é integrar
a comunidade,
resgatar saberes
populares e levar
o conhecimento
científico sobre
a utilização
de plantas
medicinais
por exemplo, existe uma oficina popular
de fitoterapia, onde o trabalho de voluntárias resulta na fabricação de sabonetes,
xaropes, cremes, gel e pomadas extraídas
de plantas medicinais. Em assentamentos
de sem-terra no município de Passos
Maia, uma parceria do Linha Verde com
a Universidade Solidária, Prefeitura e
Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC) mantém um programa permanente de capacitação dos assentados para
incentivar a utilização da fitoterapia. O
projeto também está em asilos, escolas e
em comunidades indígenas.
De acordo com os alunos envolvidos,
é uma oportunidade para adquirir experiência na área da educação em saúde,
em diferentes realidades. Há casos e mais
casos de resultados positivos e de melhoria da qualidade de vida com a utilização
de uma terapia natural, não agressiva,
que trabalha a pessoa de forma integral.
Mesmo assim, Fátima observa: “Sabemos
que o fitoterápico não é a solução de
tudo, temos a clareza para perceber até
onde essa prática pode chegar”.
Setembro/Outubro - 2007
29
L eitura Obrigatória
Relacionamento na Era Digital
Giz Editorial – Ivelise Fortim e Rosa Maria Farah (Orgs.)
Livro organizado pelas psicólogas Ivelise Fortim e Rosa Maria Farah, do Núcleo de Pesquisa em
Psicologia e Informática da PUC-SP (NPPI). Voltada para o público em geral, a obra trata de temas
como exposição e anonimato, games, amor na internet, sexo virtual, Second Life e Orkut.
Os artigos são uma seleção dos textos produzidos pelo NPPI para o site www.vyaestelar.
com.br, do UOL, cujo editor, Ângelo Medina, assina o prefácio do livro. “Além de auxiliar as
pessoas a lidar com as novas tecnologias, este livro busca, de uma forma coloquial, mas com
base acadêmica, desvendar os mecanismos dos fenômenos existentes nos mundos presencial e
virtual que, cada vez mais, se ‘misturam’”, destaca Medina.
Apoena: o Homem que Enxerga Longe
Lílian Newlands (Org) – Editora UCG
A obra enfoca a vida de um casal na floresta amazônica, em contato permanente com diversas
tribos de Rondônia. Ele, Apoena Meirelles, sertanista conhecido no Brasil e no exterior, foi assassinado, em 2004. Sua primeira mulher, a antropóloga Denise Maldi, morreu de câncer em 1996.
Seus amigos mais próximos também tiveram morte trágica: Possidônio Cavalcanti, jornalista, foi
massacrado pelos índios Cinta-Larga, em 1971; Ari Dal Toe, piloto, caiu com seu bimotor, em 1981;
e Zé Bell, outro sertanista, suicidou-se com um tiro, em 1982. Todos eram jovens, amavam a vida,
viveram apaixonada e intensamente, talvez, alcançaram a felicidade, no momento de convivência
com a mata e tiveram seus legados reconhecidos, apesar do final semelhante à tragédia grega. O livro foi organizado pela repórter e escritora Lílian Newlands, que conheceu o casal, acompanhou a
sua vida e gravou inúmeros depoimentos que integram o texto. Aguinaldo Araújo Ramos também
colabora com a fotografia e registra suas impressões em um dos capítulos. Existe, ainda, um
poema dedicado a seu pai, escrito por Tainá Maldi Meirelles, filha mais velha do casal.
O Herói na Sala de Aula
Denise D’Aurea Tardeli – Editora Universitária Leopoldianum – UniSantos
Com o objetivo de ensinar a professores e pais como utilizar o cinema de maneira educativa,
a obra destaca que filmes como Harry Potter, Sherk e Homem Aranha podem ser mais do que
diversão e ensinar lições de moral para crianças e jovens. Eles podem, se bem aplicados, ser
instrumentos didáticos válidos para o aprendizado infantil. Segundo a autora, o cinema, antes de
ser uma arte, é um espetáculo de extrema popularidade. No sentido pedagógico, a utilização do
cinema como instrumento coadjuvante na formação ética de crianças e de jovens. “Os professores
podem variar as discussões de acordo com as necessidades do conteúdo programático planejado,
já que as possibilidades de trabalho com o filme são muitas”, registra Denise Tardeli. Instrumentos Contratuais de Gestão da
Propriedade Intelectual
Nivaldo dos Santos (Org.) – Fernanda Moi, Ludmilla Evelyn, Tássia Akemi de farias Araki,
Viviana Hirata, Viviane Roberto da Silva Romeiro, Xerxes Frederico Andrade Echegaray
– Editora UCG
A publicação contém informações acerca dos principais instrumentos jurídicos relativos à
proteção do conhecimento, tais como acordos de confidencialidade, contratos de transferência de
tecnologia e demais contratos pertinentes. Como um dos intuitos da obra é divulgar um material
prático capaz de difundir a importância inerente aos contratos que envolvem pesquisa e divulgação
do conhecimento, o manual foi estruturado com textos explicativos sobre as cláusulas intrínsecas
dos contratos discutidos, e em seguida, ele disponibiliza modelos que apresentam suporte à
sistematização de informação, bem como as respectivas instruções quanto a forma de redigir,
de maneira a abranger o máximo possível a tecnologia a ser protegida ou transferida. Assim,
empresários e instituições poderão obter sólidos fundamentos para suas negociações.
30
Setembro/Outubro - 2007
Instituições filiadas
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Universidade Católica de Brasília (UCB)
Universidade Católica de Goiás (UCG)
Universidade Católica de Pelotas (UCPeL)
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
Universidade Católica de Petrópolis (UCP)
Universidade Católica do Salvador (UCSaL)
Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Universidade da Região da Campanha (URCAMP)
Universidade de Caxias do Sul (UCS)
Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ)
Universidade de Passo Fundo (UPF)
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)
Universidade de Sorocaba (UNISO)
Universidade do Sagrado Coração (USC)
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP)
Universidade Reg. do Noroeste do Est. do Rio G. do Sul (UNIJUÍ)
Universidade Reg. Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
Universidade Santa Úrsula (USU)
Universidade São Francisco (USF)
Centro Universitário Metodista Bennett (UniBENNETT)
Universidade Metodista de São Paulo (UMESP)
Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)
Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ)
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações (UNINCOR)
Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE)
Centro Universitário São Camilo (São Camilo)
Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
Centro Universitário da FEI
Centro Universitário Fundação Santo André (FSA)
Centro Universitário UNIVATES (UNIVATES)
Centro Universitário FEEVALE (FEEVALE)
Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL)
Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB)
Centro Universitário La Salle (UNILASALLE)
Universidade Comunitária Regional de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE)
Centro Universitário Católico Auxilium (UniSALESIANO)
Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV)
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
Centro Universitário Franciscano do Paraná (UNIFAE)
Centro Universitário Católico do Sudoeste do Paraná (UNICS)
(19)
(31)
(11)
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(49)
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(33)
(18)
(17)
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(46)
SEPN - Quadra 516, Conjunto D
3756-7000
3319-4144
3670-8000
3271-1515
3114-1001
3320-3500
3356-9000
3227-1000
2128-8000
3216-4000
2244-4000
3324-7500
3205-5555
3312-3800
3242-8244
3218-2100
3321-1500
3316-8100
3717-7300
2101-7000
3235-7000
3591-1122
3124-1515
3332-0200
3522-1255
2554-2500
4034-8000
2557-1001
4366-5600
3947-1000
2106-9200
2114-8766
3239-1000
3461-9000
6169-4000
3431-2500
3621-3000
4353-2900
4979-3300
3714-7000
3586-8800
3471-9700
3634-3300
3476-8500
3321-8000
3251-1022
3341-7500
3220-1200
3279-5500
3636-4242
3405-9999
3330-7230
2105-4100
3263-8150
(Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB)
CEP: 70.770-524 - Brasília-DF
Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951
Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
www.abruc.org.br
Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
SEPN - Quadra 516, Conjunto D
(Prédio do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras - CRUB)
CEP: 70 770-535 - Brasília-DF
Telefax: (61) 3349-3300 / 3347-4951
Home page: www.abruc.org.br
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