XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
APLICAÇÃO DE Typha dominguensis Pers. COMO SUPORTE PARA COLONIZAÇÃO
POR OLIGOCHAETAS: SINALIZAÇÕES PARA BIOINDICAÇÃO
Rafael D. S. de Azevedo1; Angélica S. Santos1; Lidiane C. P. Nascimento2; Rosângela A. Falcão1
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[email protected]; (Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Brasil)
[email protected] (Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Brasil)
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[email protected] (Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, Brasil)
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[email protected] (Universidade de Pernambuco, Garanhuns, Brasil)
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São consideradas bioindicadoras as espécies animais ou vegetais que possuam ligação com o ambiente de tal
modo que possibilitem traduzir ações variadas que ocasionem alterações ambientais. Partindo deste mote
diversos organismos podem ser utilizados para este fim. Typha dominguensis, conhecida popularmente como
taboa, é uma espécie vegetal comumente encontrada em ambientes aquáticos e devido a esta associação foi
utilizada como meio de colonização por macroinvertebrados bentônicos. Macroinvertebrados são
amplamente utilizados como bioindicadores por uma gama de fatores dentre eles a baixa mobilidade, tempo
de vida e dependência essencial das condições ambientais. Considerando estes pontos, substratos artificiais
foram montados com garrafas PET e folhas de taboa. Cada garrafa recebeu, primeiramente, 60 gramas dos
vegetais em questão, e posteriormente, 8 furos, distribuídos 4 na parte superior da garrafa, e 4 na parte
inferior, com 2 cm de diâmetro cada e 5 cm de distância entre eles. Além disso, cada garrafa recebeu cortes
de 17 cm de comprimento por 1,5 de largura promovendo a ligação entre os furos superiores e inferiores.
Cada coletor foi preso a uma vara de bambu com uma abraçadeira de plástico mantendo uma distância de 20
cm entre a garrafa e a ponta da vara de modo que o coletor posicione-se sobre o sedimento numa perspectiva
de atendimento a colonização da fauna epibentônica, como descrito por Queiroz et al. 2007. Numa
perspectiva de classificação foram utilizadas três chaves de identificação. O uso das chaves contribui para
um melhor juízo relacionado à saúde do corpo hídrico que foi estudado. Basearam-se principalmente nas
proposições de identificação de Callisto et al. 2005, Queiroz e Silveira, 2006, e Trivinho-Strixino et al. 2008
Obteve-se como resultado: UA1 - 26 indivíduos; UA2 – 136 indivíduos; UA3 – 41 indivíduos; UA4 – 122
indivíduos; UA5 - 62 indivíduos. A média de colonização pelas oligochaetas foi de 77,4 indivíduos por UA e
o desvio padrão obtido foi de 49,06. O mesmo substrato ainda ofertou condições para colonização por
membros das famílias Chironomidae, Biomphalaria, dentre outros. Conclui-se que as folhas de Typha
dominguensis Pers. apresentam boas condições como substrato artificial para colonização por
macroinvertebrados bentônicos.
Palavras-chave: bioindicação, macroinvertebrados, colonização
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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