MEMÓRIA DA 60ª REUNIÃO DO FÓRUM Local: CASA DA INDÚSTRIA- FAROL Coordenadora: Maria Lopes Milhomes Relatora: Sônia Soares Data: 29/10/2007 Hora :19:00 Assuntos a abordados - Abertura : A Coordenadora do Fórum, Maria Lopes Milhomes - Lia, iniciou a reunião agradecendo a presença de todos e apresentou os representantes das entidades participantes e os técnicos da SEFAZ. O diretor-secretário da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), Alberto Cabús, foi o anfitrião, representando o Presidente da entidade, José Carlos Lyra. - Informes Gerais: Lia informou sobre a reunião do Grupo de Estudos que ocorreu logo após o encontro de Arapiraca onde foram discutidas as demandas do 59º Fórum e também às solicitadas pelos empresários do seguimento ovos e eletro eletrônicos. Ressaltou que, devido grande quantidade de indagações sobre concursos, utilizará o espaço do Fórum para informar que não haverá concurso de Fiscal de Tributos ou outro no âmbito da SEFAZ. Sobre a saída da Sefaz da Dra. Fernanda Vilela disse ser apenas “boatos”. Relembrou que seu celular está sempre a disposição de todos, pois funciona como “ouvidoria” 8833-8550 e do setor onde trabalha (82) 33153772/ 33156190 - Capacitação: Lia disse que devido ao interesse dos contabilistas e empresários sobre os Sistemas: SIMPLES e Nota Fiscal Eletrônica, houveram palestras ministradas pelos Técnicos Francisco Suruagy e Artur Rogério, respectivamente, em Maceió e Arapiraca. Esclareceu que qualquer 1 cidade que precise de capacitações neste sentido é só agendar com ela para que sejam realizadas, e que assim que a Diretoria de Cadastro der o ok sobre o Cadastro Sincronizado será realizada também capacitação a respeito. Após esses informes, passou a palavra ao Superintendente do Tesouro Estadual, Marcelo Lourenço, que justificou a ausência da Secretária Fernanda Vilela e do Sub Secretário Maurício Toledo ambos em Brasília junto com o Governador. Daí, representando-a, passou a ler as palavras por ela endereçadas ao Fórum. Nelas foram registrados os objetivos do Fórum, entre eles “o de ser o canal legítimo para discussão dos rumos e das políticas públicas tributárias para o Estado de Alagoas” que os objetivos almejam “consolidar esse espaço cidadão num esforço comum entre os órgãos governamentais e das entidades não governamentais para dotar Alagoas da melhor base material sustentável para apoiar, com solidez o crescimento econômico e o desenvolvimento social” ...”Para isso insistimos na transparência das contas públicas, isto tem a ver participativa real, com a democracia ao criar meios práticos do contribuinte comum e o empresariado acompanhar a prestação de contas.Quem paga imposto deve fiscalizar a aplicação desses recursos” Citou a pauta desta 60ª reunião, que talvez não seja ” inteiramente vencida, mas não ficará sem resposta” Finalizou com a frase: “Vamos apostar juntos, neste Fórum, ele é parte do nosso caminho para o futuro”. Iniciando a pauta, o assunto competitividade ficou como terceiro no debate. A seguir: Micro e Pequena Empresa – O Srs. Alberto Cabus, FIEA ; 01 Benedito Dias, Contador e Sra. Renata Fonseca, SEBRAE/AL, Wander Lobo, Jordão Vieira e mais alguns participantes colocaram seus posicionamentos sobre microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) em relação aos créditos e o SIMPLES , as quais passaram a ser esclarecidas pelo Técnico Francisco Suruagy, assessor da receita estadual. Eles citaram a revogação da Legislação Estadual que criou a Microempresa Social em Alagoas. “Sobre essa reivindicação, o Governo do Estado está sensível à questão e já determinou a realização de estudos desde o mês de julho para 2 encontrar uma forma de manter os incentivos a essas empresas”, Francisco Suruagy, disse ainda que o Antecipado e Agregado são polêmicos e são decisões de Governo. Lembrou que foi acordado por 20 Estados junto ao CONFAZ a implantação do Sistema. Ronaldo Rodrigues da Diretoria de Tributação ressaltou o interesse do Estado em resolver esta situação, mas depende de um estudo mais profundo, além da análise da PGE. Fátima Lobato falou para Renata , das dificuldades na comunicação dos Sistemas, no cuidado das diferenças nas opções, citou que na Bahia, onde tem há mais de ano o Cadastro Sincronizado, depois do SIMPLES bagunçou geral o cadastro. Cabús perguntou como as empresas poderiam colaborar. Lembrou que quando era Secretário da Indústria e Comércio intermediou uma reunião com o SEBRAE, e outros setores com a SEFAZ, onde se posicionou contrário ao Antecipado para as ME e EPP, mas foi voto vencido. Voltou a oferecer a sugestão da época: um sistema de desconto progressivo onde de 0 a 10 mil de compras seria dado um desconto de 90% e assim sucessivamente,até chegar aos cem mil. Isto seria condicionado ao pagamento em dia, pela empresa ,que se não cumprisse perderia o benefício. 02 Fiscalização – Wander Lob, Cabus e o representante dos panificadores Waldomiro, fizeram colocações sobre sonegações. Ressaltaram a concorrência desleal entre as empresas que pagam regularmente os impostos e as sonegadoras. Citou os 50.000 CNPJ sem a devida inscrição estadual. Perguntaram pelas ações fiscais. Citaram que no começo do Governo falou-se sobre a caravana da legalização e perguntaram sobre esses mecanismos pois têm interesse em participar e como os empresários podem ajudar para melhorar o nível de arrecadação no Estado e conseqüentemente no futuro pleitear a redução de alíquota aumentando a base de arrecadação. Marcelo Machado Diretor da DIFIS disse que . trabalha com ações de Auditoria não cabendo a ela formular políticas de combate a informalidade de empresas. Cabe as diversas diretorias sob o comando da Superintendência da Receita Estadual. Citou que no período de janeiro até agora foram feitas ações fiscais de depuração de cadastro a 3 exemplo das realizadas em Arapiraca. Quanto aos 50.000 CNPJs eles existem mas é muito difícil que estejam funcionando. Eles podem parar as atividades e apresentarem 05 anos de declaração sem movimento. Disse que toda denúncia chegada a DIFIS 3315-7711/12 pelos telefones e Call center serão apuradas em 48 horas. Seja de falta de inscrição e de empresas que não emitem documentos fiscais. Citou que o SEBRAE sempre foi parceiro e sabe da imensidão do problema no Brasil todo. O presidente dos Panificadores citou que foram feitas várias denúncias à Fazenda e não houve retorno. Marcelo garantiu que se ocorrerem denúncias ele vai trazer uma resposta sim. Jordão da AMPEC/Arapiraca fez colocações sobre tirar as empresas da informalidade. Deu exemplos sobre empresas que ele como contador abriu e estão indo bem em menos de dois anos. Disse que a ME é apenas um degrau. Todos querem crescer. Disse que ficou sem entender porque o SIMPLES Nacional não atende as micros. Quanto a fiscalização, perguntou ao Marcelo o porquê da malha fina em Arapiraca. O Estado usou os seis meses de adequação para fiscalizar e autuar. Disse que neste mês de outubro os contabilistas estão em pé de guerra. Falou sobre as falhas dos sistemas. Comparou os dois tipos de fiscal que dá lucro ao Estado. Aquele que foi, deu quatro telefonemas interurbanas, duas ou três viagens com diárias, além de manutenção do veículo combustível e depois manda autuar uma empresa que já morreu e mandar arrecadar guias de 02 centavos, ou a micro empresa social que em menos de 02 anos arrecadou 16 milhões para o Estado a custo zero. Citou que sempre se ouve sobre o índice de mortalidade nas palestras mas ninguém se preocupa se baixaram. Citou que vai chegar um livro de companheiros intitulado “empresas quebradas grandes negócios”. Suruagy respondeu que o SIMPLES foi quase intransigente com esse tipo de empresa. Nele não cabe a figura de empresas com CPF. Ele discorreu sobre o tema e disse que não é interesse do Estado de Alagoas acabar com a microempresa. Falou que no começo da implantação em julho reuniram-se ele, Edgar Cícero Berto, Izabel, Cícero Ferro advogado da FAMPEC e o Mauricio Toledo e buscaram estudar 4 soluções dentro da legalidade a MS e os empreendedores pudessem continuar o projeto.Hoje existem 2.900 microempresas, dessas 600 tem CNPJ e o restante CPF. Foi tentado junto ao Berto mais dois contatos sem êxito. Disse Suruagy que a SEFAZ quer ajudar mas precisa da FAMPEC. Disse que todos outros Estados já acabaram com CPF, só ficaram Alagoas, Bahia e Amazonas. Há uma busca de solução dentro da legalidade. Talvez com o projeto, a MS continue a viver. Tem que ter a participação da FAMPEC. A solução é local mas baseada no âmbito nacional. Jordão ressaltou que tem proposta para entregar ao Governador sobre MS desde janeiro, mas só agora vão ser recebidos. As repostas de Marcelo da DIFIS a ele não foram gravadas. 03 Durante as conversações, vários pontos foram levantados, entre eles a Sra. Paula da PZConte falou sobre as precárias condições do atual atendimento dos setores que se localizavam na EFAZ. ”Estão num local sem equipamentos e funcionários para atender”. Marcelo Machado justificou que a interdição foi determinada pela Defesa Civil do Estado e Corpo de Bombeiros. Foi dito que está sendo solucionado com o remanejamento para o prédio do antigo Produban e serão feitas as adaptações necessárias. Lá, funcionarão DIFIS DICAD e DMT. O Técnico Francisco Suruagy solicitou a colaboração das pessoas no que se refere a mudanças ou adaptações no sistema do SIMPLES, das Microempresas, etc. O Sr. Alberto Cabus se dispôs a enviar um documento com sugestões. Jordão da AMPEC se colocou a disposição e falou sobre a audiência solicitada ao Governador Téo Vilela.. A Coordenadora Lia, durante a exposição do Marcelo Machado leu a lista de presença, agradecendo o comparecimento e destacando a presença do Sr. Eugene Gordon, um dos fundadores do Pacto por Alagoas e do Fórum. O Sr. Górdon falou sobre a honestidade das pessoas, que tanto o Fisco como o contribuinte tem interesse em serem corretos. Falou que a vida das microempresas deve ser facilitada, mas, dentro da legalidade. A fiscalização é para todos. Durante 5 a explanação do SIMPLES, Fátima Lobato assessora da Superintendência da Receita, pediu paciência durante esse período de implantação dos sistemas, e disse que haverá capacitações para um melhor entendimento. Orientou que não fossem feitos pedido repetidos, pois isso pode travar os resultados. Lia alertou a todos que o assunto não se esgotará nessa reunião, e serão feitas outras exaustivamente até ser compreendido por todos. Renata Fonseca, falou sobre a redução na carga tributária necessária as ME e EPP; sobre a situação da Lei Geral, dos objetivos de 13% por cento das micros nas compras governamentais, das várias ações que estão em andamento. Falou ainda da pesquisa na queda da mortalidade das microempresas que está a disposição no site do SEBRAE. Foi perguntado por alguns participantes ao Diretor de Fiscalização, Marcelo Machado porquê a ação fiscal em Arapiraca no mês de abril deste ano, ele explicou que todas as empresas que tinham pendência foram convocadas a recolherem os tributos. As que não compareceram foram fiscalizadas e tiveram aplicadas as multas devidas. Houve um certo problema com referência as cobranças nas operações entre ativas e inativas. “Então a Sefaz primeiro convidou ao diálogo para, logo em seguida, agir rigorosamente de acordo com a lei”, afirmou o Diretor de Fiscalização. Citou que outros municípios entre eles Viçosa e União dos Palmares também seguirão o exemplo de Arapiraca. Justificou que se houveram alguns problemas, serão corrigidos, pois a DIFIS tem sob comando 143 fiscais. Falou sobre a DIPLAF, que seleciona as empresas a serem fiscalizadas. Elogiou o Diretor Ricardo Liberalquino pelas suas ações. Argüido por um dos presentes se os usineiros estavam pagando impostos, citou a fiscalização da Usinas e os postos de gasolina, inclusive os lacres colocados. Afirmou ser favorável a diminuição da carga tributária, mas na posição que ocupa só lhe cabe fiscalizar e obedecer à legislação. Os contribuintes sugeriram a estipulação de prazos nos procedimentos da Sefaz com o objetivo de dar maior celeridade no atendimento. Marcelo colocou os telefones da DIFIS -3315 7711/12 e o celular 8833-9246 à disposição dos contribuintes. 6 04 Competitividade das Indústrias Alagoanas - Wander Lobo e Alberto Cabus, solicitaram mudanças na legislação que trata da carga tributária para os fornecedores das empresas da agroindústria. O grande problema é o presumido no setor sucro alcooleiro. Como não precisam de crédito, compram lá fora, o que traz grande prejuízo as pequenas empresas de Alagoas. Alagoas perdeu a competitividade, segundo os representantes da Federação. Os fornecedores locais estão fechando suas portas. O Diretor de Tributação da Sefaz, Ronaldo Rodrigues, declarou que a Fazenda Estadual está estudando uma forma de minimizar o impacto dessa sistemática de tributação nos contribuintes alagoanos e que, até dezembro, será apresentada uma minuta de Decreto que fará alterações na legislação atual. Foi sugerido ainda pelos representantes da indústria e do comércio que, ao se fazer alterações na legislação tributária estadual que influenciem nesses setores, que estes participassem dos debates. Para esse segmento, uma discussão prévia acerca dessas mudanças evitaria questionamentos posteriores. Lia esclareceu que as questões polêmicas estão sendo encaminhadas para o grupo de estudos do fórum, e convidado o seguimento correspondente para ser ouvido. 05 Outros – Jordão informou sobre o seminário trabalhista a ser realizado no dia 31/10 e uma oficina em parceria com a Junta Comercial em novembro. Finalizando a reunião a Coordenadora Lia, passou a palavra a cada Técnico da SEFAZ para considerações. O anfitrião, Alberto Cabús agradeceu a presença de todos e relembrou o início do Fórum, idéia surgida durante um curso no Carlos Conce. Pediu à coordenação do Fórum para manter o formato original, informal e em círculo para que cada um seja ouvido da melhor maneira. Disse ainda que o Fórum não seja um muro de lamentação e sim um local de debates de interesse de todos. Ressaltou a necessidade da Educação Fiscal. “Tem que ser dado ênfase nas escolas públicas e particulares”.Contou um fato, que sua filha ao vê-lo pagar uma conta em um determinado restaurante, disse: “ pai, o Sr. passou o cartão e não veio a Nota Fiscal”. Falou que é vergonhoso um estabelecimento funcionar sem dar a 7 Nota Fiscal. Relembrou as Gincanas que incentivavam os alunos, e isto era uma conscientização. Finalizou colocando a FIEA à disposição para novas reuniões do Fórum. Lia agradeceu e informou que a próxima reunião do Fórum será em Dezembro, na Associação Comercial, localizada em Jaraguá. 8