I n t r o d uç ã o 8vas Jornadas Internacionales de Ingeniería Clínica y Tecnología Médica Esqueleto àtecido ósseo FUNÇÕES: -Dar suporte e proteger órgãos vitais -Alojar e proteger a medula óssea, CONTRIBUCIONES DEL BRAZIL A LOS ESTUDIOS SOBRE LA APLICACI ÓN BIOMÉ DICA DEL ULTRASONIDO DE BAJA INTENSIDAD RODRIGUES, MES¹; MALOSSO, TG²; ROLLO, MDA³ y SHIMANO, 1, 2 Programa 3 -Apoiar os músculos esqueléticos -Formar um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular. AC4 de Postgrado Interunidades en Bioingenierí a EESC-FMRP -IQSC/ USP San Carlos, SP, Brazil. elizete@s c.u s p. br / tatiana@ sc. usp. br -Agir como um reservatório extracelular para os íons (cálcio, fósforo, magnésio, sódio e outros) Depto de Ingeniería de Materiales, Aeron áutica y Automobilística EESC/USP. San Carlos, SP, Brazil. tfase@ sc. usp. br 4 Laboratorio de Bioingenierí a FMRP/ USP Ribeirao Preto, SP, Brazil. shimano@ sc. usp .b r São Carlos - SP - Brasil 8vas Jornadas Internacionales de Ingeniería Clínica y Tecnología Médica I n t r o d uç ã o CÉLULAS [email protected] r 8vas Jornadas Internacionales de Ingeniería Clínica y Tecnología Médica I n t r o d uç ã o FRATURA ÓSSEA - Osteoblástos - Osteócitos Fator Incapacitante - Osteoclastos TIPOS DE OSSO -Cortical -> problemas relativos a saúde -> problemas de caráter sócio-economico. - Trabecular REMODELAMENTO ÓSSEO Sintomas: Causas: - Inchaço e dor intensa - Osteoporose - Limitação de movimentos – Tumores ósseos - Hemorragia – Traumas [email protected] r 8vas Jornadas Internacionales de Ingeniería Clínica y Tecnología Médica I n t r o d uç ã o REGENERAÇÃO DE FRATURAS: processo biológico complexo que envolve o desempenho temporal e espacial de numerosos tipos de células trabalhando na restaura ção da resistência mecânica do osso e do r ápido retorno de suas funções completas. Como abreviar o tempo de regenera ção das fraturas ósseas? Pesquisa: Tecido ósseo à prorpiedades físicas Resposta biológica acelerada para a consolidação de fraturas. [email protected] r 8vas Jornadas Internacionales de Ingeniería Clínica y Tecnología Médica I n t r o d uç ã o à resultado das ciências básicas + pesquisas clínicas. BIOENGENHARIA ! Desenvolver técnicas de aceleração da consolidação de ossos fraturados. ULTRA-SOM: forma de energia mecânica que pode ser transmitida através do tecido biológico (onda de pressão acústica com f á ao limite do ouvido humano). Estimula ção da regeneração óssea. Amplamente usado na medicina como uma ferramenta terapêutica. [email protected] r [email protected] r 1 8vas Jornadas Internacionales de Ingeniería Clínica y Tecnología Médica I n t r o d uç ã o Estudos clínicos à US à influencia + nas 3 fases do processo de cicatrização (inflamação, reparo e remodelamento). Estudos clínicos à US Baixa Intensidadeà método efetivo, seguro e não invasivo no tratamento de consolidação de fraturas O FDA (Food and Drug Administration) aprovou o uso do US de baixa intensidade para a aceleração da consolidação de fraturas recentes e para tratamento de não união estabelecida. Restrospectiva dos estudos realizados no Brasil pelo Programa de Bioengenharia da USP de São Carlos. [email protected] r E s t i m u l aç ã o U l t r a- S ôn i c a d a R e g e n e r aç ã o Ó s s e a "Estimulaçã o Ultrasônica do Calo Ósseo" (1977, Prof. Dr. Luiz Romariz Duarte no Departamento de Engenharia de Materiais da Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo - USP, Brasil) tese de livre docência. DUARTE, usando estudoshistológicos e radiográficos em coelhos, demostrou que o US acelera a cicatrização de fraturas por maior produção de calo e que o processo de mineralização ocorre mais rapidamente quando o local da osteotomia era exposto ao US de baixa intensidade, foram realizados estudos que levaram a determinação dos parâmetros do equipamento atravé s de experimentos em animais e posteriormente análises de aplicações clínicas. E s t i m u l aç ã o U l t r a- S ôn i c a d a R e g e n e r aç ã o Ó s s e a Historico: 1952 – Italianos mostraram que ondas US poderiam estimular a formação do calo ósseo em fraturas de coelhos. (1º uso clínico). 1953 - Estudos com humanos concluíram que o tratamento era seguro e que produzia um á aumento do calo do peri ósteo. 1954 – (Yasuda) propiedade piezoelétrica do osso, neoformaçã o do tecido ósseo usando corrente contínua como estímulo. 1957 – (Fukada e Yasuda) mostraram que o osso quando é submetido a esforços mecâ nicos desenvolve campos elétricos em sua superfície, provocando a estimulaçã o da divisão celular. 1962 – (Basset et alli) estudo experimental da estimulação da regeneração de fraturas ósseas usando eletricidade como estímulo. 1983 – (Dyson e Brookes) estudando fraturas fibulares em ratos – aceleraç ão da cicatrização das fraturas (US intensidade 500m W/cm2). 1983 – (Xavier e Duarte) de 26 ñ uniões 70% consolidaram após um curto per íodo de exposição (20 min/dia) US intensidade (30m W/cm2). E s t i m u l aç ã o U l t r a- S ôn i c a d a R e g e n e r aç ã o Ó s s e a As primeras aplicações clínicas da tecnologia no mundo foram realizadas no Departamento de Cirurgia, Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, as aplicações clínicas eram direcionadas a tratamentos de fraturas recentes, com retardamento de consolidação ou pseudo-artrose em todo o esqueleto (com exceção de fratura da coluna vertebral, da face ou do crânio). O tratamento de 20 min/dia era suficiente para exercer um impacto econômico e social, pois a redução do tempo de tratamento de fraturas recentes implica na economia do custo do tratamento. [email protected] E s t i m u l aç ã o U l t r a- S ôn i c a d a R e g e n e r aç ã o Ó s s e a Reconhecimento mundial da eficácia do m étodo (comunidade científica) à + estudos com animais e clínicos. [email protected] C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil QUADRO 1 – Parâmetros padronizados do equipamento de estimulação com ultra-som de baixa intensidade A partir daí, se notou a necessidade de uma área intermediaria de integração entre as c iências exata e biológica, originando-se o Programa de Bioengenharia na USP de São Carlos, Brasil, que inicialmente teve sua origen voltada para a Engenharia Ortopédica e evoluiu dentro da filosofia de promover o avanç o do conhecimento t écnico e científico no campo da Reabilitaçã o Ortopédica, já desenvolvendo novas aplicaç ões das ciências exatas na solução de problemas relacionados com o reparo e a reabilitação de tecidos biológicos, formando recursos qualificados neste campo específico da Bioengenharia. [email protected] Frequência 1,5MHz Frequência de Repetição 1Khz Ciclo de trabalho 20% Largura do pulso 200µ s Periodo off 800µ s Intensidade 30mW/cm2 [email protected] 2 C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil TABELA 1 – Estudos que objetivaram verificar a padronização do equipamento de estimulação com ultra-som de baixa intensidade TABELA 2 – Estudos de análises dos efeitos no reparo do tecido ósseo por meio da estimulação com ultra-som de baixa intensidade ANO OBJETO DE ESTUDO: 1983 Avaliação do parâmetro tempo de exposição no reparo da falha óssea experimental 1985 Otimização do parâmetro frequência de repetição dos pulsos no desenvolvimento do calo ósseo ANO OBJETO DE ESTUDO: 1985 Estímulo de crescimento ósseo: estudo sobre cromossomos metafísicos de células da médula óssea expostas in vivo 1992 Estímulo do testículo de ratos pre-púberes, púberes e adultos 1986 Avaliação do parâmetro largura de pulso no reparo da falha óssea experimental 1987 Estudo do mecanismo de ação na estimulação do crescimento ósseo 1990 Avaliação do tempo de estimulação no desenvolvimento do calo ósseo 1992 Avaliação dos efetos da variação da intensidade acústica na estimulação do metabolilsmo ósseo, fraturas experimentais 1995 Correção de falha óssea em coelhos 1996 1998 2000 2001 2002 Consolidação óssea em ratos submetidos ao diabetes aloxânico Correção óssea em coelhos Osteotomias mandibulares em coelhos Análises de ossos de ratas osteopênicas Qualidade da osseointegração de implantes de titânio em tíbia de coelho 2002 Artrodese atlanto-axial em cães [email protected] C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil TABELA 3 – Estudos de análises dos efeitos no reparo do tecido epitedérmico por meio da estimulação com ultra-som de baixa intensidade C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil TABELA 4 – Estudos de análises dos efeitos em úlceras da estimulação com ultra-som de baixa intensidade ANO 1988 OBJETO DE ESTUDO: Regeneração da pele animal com queimaduras ANO 1993 1993 Cicatrização da pele de ratos diabéticos 2000 2002 Cicatrização de lesões epidérmicas em coelhos OBJETO DE ESTUDO: Reparação de tecidos de úlceras tróficas da perna Reparação epitelial em úlceras vasculares - Comissão científica do IOT do HC/FM – U S P - Comissão de Ética do HC/FM – U S P - Comissão de Ética Nacional [email protected] C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil TABELA 5 - Estudos de análises dos efeitos em outros locais/situações após a estimulação com ultra-som de baixa intensidade ANO OBJETO DE ESTUDO: 1993 Processo de cicatrização da parede abdominal de ratosem laparotomia 1994 Processo inflamátorio crônico induzido em ratos 2000 Cicatrização de tendões flexores de coelhos após tenorrafia 2001 Regenera ção do nervo ciático de ratosapós neuratomia 2001 Regenera ção do músculo esquelético de ratos após incisão 2001 Ação do ultra -som de baixa intensidade em ossos de ratas osteopênicas 2001 Avaliação dos efeitos do Ultra -som pulsado na regenera ção de músculos esqueléticos com vista a aplicabilidade na fisioterapia [email protected] [email protected] C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil Regeneração do nervo ciático de ratos após neuratomia (2001) a)Contenção do rato na prancha b)Divulsão das fibras do músculo glúteo maior com exposição do nervo ciático c)Nervo ciático após axotomia d e e)Síntese do músculo dos planos superficiais com pontos separados f)Sonificação Parâmetros do US [email protected] 3 C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil Regeneração do nervo ciático de ratos após neuratomia (CRISCI,2001) Eletromicrografia do ciático p/ avaliação da bainha de mielina Ação do ultra-som de baixa intensidade em ossos de ratas ostep ênicas (CARVALHO, 2001) a) Tricotomia realizada no baixo ventre b)Incisão pele / camada muscular c) Ponto da base uterina (sutura) d) Sutura interna / externa e) Equipamento acoplado a mesa de imobilização f) US sobre o colo do fêmur a) Bainha com traços anormais após axotomia (controle) b) Bainha com traços normais após axotomia (estimulado) c) Bainha com traços anormais após axotomia (controle) fendas parciais (seta) d) Bainha na célula de Schwann com traços normais após axotomia (estimulado) e) Bainha com traços anormais após axotomia (controle) detalhe fenda parcial (seta) f) Detalhe de bainha e axoplasma com traços normais após estímulo Os resultados mostram que as qualidades biofísicas do US nos parâmetros utilizados, foram eficazes na regeneração no nervo ciático (avaliação nos aspectos morfológicos e morfométricos ) seccionado. C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil Parâmetros do US [email protected] [email protected] C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil Ação do ultra-som de baixa intensidade em ossos de ratas ostep ênicas (CARVALHO, 2001) C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil Avaliação dos efeitos do Ultra-som pulsado na regeneração de m úsculos esqueléticos com vista a aplicabilidade na fisioterapia (BASSOLI, 2001) Métodos de avaliação a e b) MO do tecido ósseo região proximal do fêmur ROñt S matriz óssea formada por osso maduro c e d) MO do tecido ósseo região proximal do fêmur ROt S indicam neoformação óssea e) MEV do tecido ósseo região proximal do fêmur Roñt S indicam maior destruição da microarquitetura óssea f) MEV região proximal do fêmur ROt. g) Comparação entre diferentes grupos para cada propriedade mecânica. Não existem diferenças estatística significativas. Parâmetros do US As prop . mecânicas da diáfise femural não se alteraram nos ossos osteopênicos . Ossos submetidos ao tratamento não tiveram aumento significativo de Ca e P. As análise histológicas indicaram diferenças estruturais entre os grupos com indícios de neoformação óssea no grupo tratado. a) b) c) d) f) C o n t r i b u i çõ e s d a B i o e n g e n h a r i a do Brasil Avaliação dos efeitos do Ultra-som pulsado na regeneração de m úsculos esqueléticos com vista a aplicabilidade na fisioterapia (BASSOLI, 2001) Anestesia – injeção intraperitoneal Incisão dos planos superficiais Incisão no músculo glúteo maior e e) Síntese dos planos muscular e superficiais Estimulação estática com o transdutor ultra -sônico Þ Frequência = 1,5 MHz Þ Largura de pulso =200 µs Þ Frequência de repetição = 1 KHz Þ Periodo “off” = 800 µs Þ Ciclo de trabalho = 20% Þ Intensidade = 16mW/cm2 [email protected] Perspectivas Futuras US de baixa intensidade à + 50 anos na medicinao em estudos envolvendo o tratamento de reparo ósseo, al ém de seu uso em outras aplicaçõ es. Resultados: a) Fotomicrografia de células musculares normais distantes da área de lesão 10 dias b) Músculo estimulado com célula satélite em metáfase c) Célula muscular estimulada por 10 dias formando miofibrilas d ) Vasos neoformados induzidos pela ação do ultra-som 1200x Os resultados da análise histopatológica da evolução temporal da regenaração de fibras musculares esqueléticas permitem admitir uma regeneração precoce das fibras quando estimuladas pelo US mostrando uma intensa formação neovascular. Pesquisas envolvendo outras patologias como tratamentos de úlceras e osteoporose à prevençã o da perda de massa óssea. Os estudos realizados pelo Programa de Bioengenharia na USP de São Carlos, Brasil, se soman ao grande número de estudos realizados em todo o mundo contribuindo com o esforço de desenvolver -se u m método que dê uma resposta biol ógica satisfatória ao complexo processo de cicatrização de fraturas. www.eesc.usp.br/bioeng ou www.saber.usp.br [email protected] [email protected] 4 R e f e r ê n c i a s Bibliogr á f i c a s 1. Mailia E, Nokes LD. The use of ultrasonics in orthopaedics – a review. Technol Healt Care. 1999;7:128 AGRDECIMENTOS: FAPESP: Processo 0111581-7 2.Ziskin MC, Applications of ultrasound im medicine – comparison with other modalities. In: Rapacholi MH, Grandolfo M, Rindi A, editors. Ultrasound: medical applications, biological effects, and hazard potential. New York: Plenum Press; 1987:49 -59. 3.Rubin C, Bolander M, Ryaby J, Hadjiargyrou M. The use of low-intensity ultrasound to accelerate the healing of fractures – Current concepts review. J. Bone Joint Surg Br. 2001;83:259-70. 4.Corradi C, Cozzolino A. [The action of ultrasound on the evolution of na experimental fracture in rabbits]. Minerva Ortop. 1952;55:44-5. Italian. 5.Corradi C, Cozzolino A. [Ultrasound and bone callus formation during function]. 1953;6677 -98. Italian. Arch Ortop. 6.Yasuda, I. On the Piezoelectric Activity of Bone. Journal of Japanese Orthopaedica, Surgery Society. 1954;28:267 -9. 7.Fukada, Yasuda, I.On the Piezoelectric Effect of Bone. Journal of the Physical Society of Japan. 1957;12:10. 8.Basset, CAL, Becker, RO Generation of Electric Potentials by Bone in Response to Mechanical Stress. Science. 1962;137:1063-4. 9.Dyson M, Brookes M. Stimulation of bone repair by ultrasound. Ultrasound Méd Biol. 1983; Suppl 2:61 -6. 10Xavier CAM, Duarte LR. [Stimulation of bone callus by ultrasound]. Rev Brasil Ortop. 1983;18:73-80. Portuguese. 11.Duarte LR. The stimulation of bone growth by ultrasound. Arc Orthop Trauma Surg. 1983;101:153-9. 12Duarte, LR. Estimulação Ultra-sônica do calo ósseo. São Carlos, Escola de Engenharia de São Carlos – USP, Tese (livre-Docência).1977. [email protected] Muito obrigada! 5