www.fiaso.it REGIONALIZAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE SAUDE: A EXPERIÊNCIA ITALIANA Francesco Ripa di Meana Presidente FIASO e Diretor Geral ASL Bologna, Italia Renato Tasca Consultor da OPS – Brasil Seminário Internacional 20 ANOS DE SUS São Paulo, 29 – 31 0utubro 2008 Algums dados Pagina 2 O gasto em saúde na Itália (2007) ● 8.6% PIB 6.7% setor público 1.9% gasto direto das famílias 1.0% setor privado ● US$ 2.350 per cápita anual (aprox Euros 1.800) Pagina 3 O gasto em saúde (2005) em % do PIB paises OECD Fonte: Rapporto CEIS 2007 Pagina 4 O gasto per cápita em saúde na Itália 6.000 5.000 privata pubblica 4.000 . 3.000 2.000 1.000 U SA a ze ra Sv iz a lic R ep ub b Sp ag n C ec a to U ni lo R eg no Po rto ga l O la nd a N or ve gi a lia Ita G re ci a Fr an ci a a nl an di Fi C an ad a 0 Fonte: rapporto OASI 2006 Pagina 5 Numero Leitos Italia 1995-2004 400000 350000 300000 250000 200000 150000 100000 50000 0 1995 1996 1997 RO Pubblici 1998 1999 RO Accreditati 2000 2001 DH Pubblici 2002 2003 2004 2005 DH Accreditati Fonte: MinSalute Pagina 6 A evolução do sistema de saúde pública na Itália Servizio Sanitario Nazionale (SSN) Iª reforma 1978 ● Acesso universal (direito do cidadão) ● Integralidade da assistência ● Financiamento Fiscal ● Sistema Único, baseado nas Unidades Sanitárias Locais (USL) ● Gestão pelos Municípios associados ● Adscrição de clientela (com livre acesso) 8 1990: CRISE do SSN e a necessidade de novos sistemas de gestão • Financeira: déficit insustentável no final do ano • Problemas de legitimidade perante a população: qualidade insuficiente dos serviços fenômenos emergentes de desigualdades excessiva interferência da política local na gestão dos serviços • Entidades municipais despreparadas p/ gestão • Escassa capacidade de inovação e flexibilidade para enfrentar as mudanças tecnológicas • Mudanças significativas no perfil demográfico da população 9 Comparação tamanho das gerações entre 1950 - 2050 10 Consumo de medicamentos e consultas medicas conforme a idade Fonte: Rapporto CEIS 2007 11 Descentralização e regionalização no ‘Servizio Sanitario Nazionale’ A “segunda reforma” (1992) • • • • • • Garantir... Estabilidade macro e eficiência micro - econômica Qualidade satisfatória dos serviços ...mediante... Re-alocação drástica dos recursos Redistribuição de funções entre Municípios e Regiões Diminuição do número das USL e transformação em empresas públicas: ASL Criação de hospitais empresas e estimulo para competição “colaborativa” entre os hospitais e os serviços (redes integradas) 13 Princípios básicos da “segunda reforma” (1992) 1. Centralidade das Regiões 2. “Aziendalizzazione”: conversão das USL em empresas públicas, NÃO privatização 3. Quase-mercado (ASL, HospitaisEmpresas, serviços e hospitais da rede conveniada e livre escolha do usuário) 14 58 milhões hab 21 Regiões 15 Centralidade do nível regional • Grande autonomia dos Governos Regionais • Responsabilidade sobre o orçamento (impostos regionais em caso de déficit) • Autonomia na gestão e organização dos serviços • Definição das políticas regionais de saúde • Ampla capacidade de Controle sobre as empresas públicos: Estrutura organizacional tipo “holding” Nomeação e demissão dos Diretores Gerais Definição de objetivos e metas Avaliação do desempenho 16 O quadro institucional Governo Regional Conselho dos Prefeitos Hospitaisempresas ASL Rede Privada conveniada Rede própria ambulatorial e hospitalar MC 17 O ‘Servizio Sanitario Nazionale’ 2005 5 1 22+8 6+3 15+29 21+2 5+3 * 183 ASL (Empresa publica de Saúde) 11+5 * 95 Hospitais Empresas 12+4 1+2 4+2 12+4 Distribuídos nas 21 Regiões do Pais 6 Fonte: rapporto OASI 2005 1 13+8 12+2 5+1 8+1 11+4 9+17 18 Princípios das ASL (Empresas públicas de saúde) • Centralidade do cidadão • Autonomia e responsabilização dos dirigentes • Qualificação dos RRHH • Qualidade das prestações e dos serviços • Sustentabilidade dos serviços • Prioridade das estratégias de desenvolvimento e inovação • Redes p/ referência e contrarrefêrencia 19 Características inovadoras das ASL • Empresas públicas Com personalidade jurídica e poder decisório Patrimônio próprio Financiadas pela Região respectiva Autonomia administrativa • Comando único do Diretor Geral, nomeado pelo Governo Regional, com elevado perfil técnico • “Accountability” – clareza e transparência sobre gastos e resultados • Introdução de instrumentos gerenciais típicos das empresas privadas 20 DIREÇÃO Modelo da organização da ASL Direzione Sanitaria Direzione Generale Direzione Amministrativa DIRETOR GERAL Coordinatore Sociale Dipartimento degli Staff Staff Dipartimento Farmaceutico Direzione Assistenziale PRODUÇAO Dipartimento di Presidio Unico Ospedaliero Distretti Dipartimento Medicina Generale Dipartimento Funzioni Radiologiche Dipartimento Cure Primarie Dipartimento Medicina Specialistica Dipartimento Patologia Clinica Dipartimento Sanità Pubblica Dipartimento di Onco-Ematologia Dipartimento Emergenza/Urgenza Dipartimento Salute Mentale Dipartimento Chirurgia Generale Dipartimento Terapie intensive, Anestesiologia, terapia antalgica Dipartimento Amministrativo Dipartimento Ch. Specialistica/Ortopedica Dipartimento Materno Infantile Dipartimento Non Autosuffic./Riabilitazione Area ospedaliera Area territoriale Area supporto Quase - mercado • Livre escolha do acesso pelos cidadãos • Financiamento per cápita das ASL • Fundo de Solidariedade para Regiões “frágeis” • Financiamento por tabela de preços (por diagnóstico DRGs) para Hospitais Empresa e hospitais da rede conveniada • Competição ’colaborativa’ entre prestadores públicos e privados • Acreditação dos prestadores e contratualização das relações entre ASL e prestadores • Compensação financeira fluxos inter-regionais 22 Causas que levaram a revisão da II reforma • Bons resultados econômicos, mas grandes diferenças entre as Regiões • Necessidade de: • Manter a universalidade do sistema • Reduzir as desigualdades • Alto nível de livre escolha • Insuficiente Integração: • Entre hospitais e Serviços territoriais • Entre Serviços de saúde e sociais 23 A “Terceira Reforma” (1999) rumo a qualidade e EBM ● “Incompatibilidade” dirigentes profissionais de saúde ● Acreditação ● Envolvimento dos municípios ● Enfoque na APS, centrado nos médicos de família 24 Foco na responsabilização dos médicos ● Responsabilização na alocação dos recursos ● Incompatibilidade de cargos dirigentes no SSN com outros vínculos ou profissão liberal (grande adesão) ● Qualidade das prestações e gestão da clinica (EBM – Medicina Baseada em Evidências) 25 As questões em pauta para a inovação (1) ● Uso dos instrumentos de governança clínica e classificação do risco queda consultas especializadas e procedimentos desnecessários melhor produtividade ● Uso estratégico de instrumentos e soluções inovadoras de contratualização e terceirização ● Médicos de família associados, responsabilizados pela APS 26 As questões em pauta para a inovação (2) ● Gerenciamento do risco e gestão institucional do erro medico ● Integralidade pactuada e legitimada por protocolos e diretrizes clínicas (“percursos”) ● Sinergias entre ASLs para pesquisa e avaliaçao das novas tecnologias ● Nova classe dirigente de alto nível, falta ainda formar gestores para cargos estratégicos para o SSN: Chefes de Dpto e Diretores de DS Uma nova classe dirigente Região Prefeitos Sistema politico Diretor Geral Sistema institucional Professionais de saúde Sistema profissional Pagina 28 Desafios da 4ª década do SSN • Federalismo e desigualdades econômico financeiras entre Regiões • Déficit regionais • Formação de gestores • Modelo institucional? Autarquia? Companhia pública local? Alguma coisa “especial”? Finanziamento del SSN il problema della differenza economica fra Regioni (anno 2007) Lombardia IRAP Emilia Puglia Calabria 9.039,65 56,7% 3.178,07 42,4% 1.141,18 17,0% 302,10 9,0% 475,77 3,0% 353,12 4,7% 126,80 1,9% 33,57 1,0% 5.216,84 32,7% 3.263,49 43,5% 5.023,27 74,8% 2.842,34 84,3% Ulteriori trasferimenti dal settore pubblico e privato 146,12 0,9% 110,13 1,5% 116,07 1,7% 79,57 2,4% Ricavi e entrate proprie varie 814,90 5,1% 442,90 5,9% 139,03 2,1% 54,30 1,6% 0,00 0,0% 46,81 0,6% 65,64 1,0% 10,27 0,3% 260,78 1,6% 108,25 1,4% 100,81 1,5% 49,62 1,5% Addizionale IRPEF IVA e accise Ricavi straordinari Ulteriori integrazioni a carico dello Stato Totale 15.954,07 fonte: ns. elaborazioni su dati RGSEP 7.502,77 6.712,79 3.371,76