Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas Prefeitura Municipal de Pelotas Memorial Descritivo do Projeto de Reestruturação do Sistema de Bombeamento da Caixa d’Água Lindóia 1. Apresentação: O presente memorial tem por objetivo descrever as características técnicas dos serviços a serem realizados quando da execução da montagem da nova tubulação de sucção e recalque, assim como os grupos de moto bombas e seu sistema de acionamento. 2. Princípio Geral “A empresa contratada deverá realizar a obra proposta que consiste na montagem das novas tubulações de sucção e recalque do sistema de abastecimento da Caixa d’água Lindóia, de acordo com o projeto apresentado. A obra deverá ser realizada sem a desmontagem dos equipamentos atuais, de forma a não interromper o fornecimento de água durante a execução da mesma. Após o término da montagem da nova tubulação, deverá ser programada uma interrupção do abastecimento de água, pelo sistema atual, para que seja realizada a instalação dos novos equipamentos de acionamento dos motores (Chave de Partida Estática Suave), de forma que nenhum colaborador do SANEP participe diretamente na construção da obra e nem da montagem, APENAS acompanhando no que for necessário, a fim de fazer a LIQUIDAÇÃO da obra”. A obra só será aceita como pronta após o término de todas as montagens, assim como depois de realizados todos os testes de funcionamento das novas instalações, após serem desmontadas todas as tubulações existentes e a parte de alvenaria não utilizada, remoção dos painéis antigos e entrega de todos os materiais ao SANEP. Após os novos grupos estarem em perfeito funcionamento deverão ser desmontadas as tubulações existentes e a parte de alvenaria não mais utilizada. A lista de materiais especificados para realização desta obra se encontra no anexo A deste memorial. DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO – DEMA Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas Prefeitura Municipal de Pelotas 3. Tubulações 3.1 - Tubulações de Sucção: Deverá ser realizada a montagem de 2(duas) tubulações, diâmetro nominal 150mm, de sucção que interligará o reservatório enterrado às bombas localizadas na sala de máquinas, conforme o desenho da prancha 02 de 02. Esta tubulação percorrerá a distância entre o reservatório enterrado e a sala de máquinas (Figura 01), de forma aparente, a uma altura de 20 cm (centímetros) do solo, necessitando então, a construção de 05 (cinco) apoios de concreto (20 cm de altura) para as tubulações, sendo colocadas nos seguintes locais: antes de cada válvula “Lug” da tubulação de sucção e no tubo de interligação entre as duas tubulações de sucção. Figura 01 – Distância entre o Reservatório Enterrado e a Casa de Máquinas. As curvas de 90o na saída do reservatório enterrado deverão ser concretadas de forma a possibilitar a ancoragem da tubulação submersa. A válvula de pé deverá ser ancorada, em seu flange, através de braçadeiras confeccionadas em aço mecânico, pintada com fundo antiferruginoso e tinta naval, a fim de prolongar a vida útil da braçadeira. A braçadeira deverá ter resistência mecânica suficiente para absorver o impacto do fechamento da válvula de pé, de modo a manter a tubulação imóvel, reduzindo assim o esforço solicitado nos flanges. DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO – DEMA Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas Prefeitura Municipal de Pelotas Na saída do reservatório enterrado deverá ser instalada uma interligação entre as duas linhas de sucção, através de “T’s” com válvulas borboleta tipo “Lug”, de modo a possibilitar múltiplas manobras, podendo assim, em caso de extrema necessidade, uma das bombas usar a sucção da outra. Os flanges que ficarem submersos deverão ser montados com parafusos, arruelas e porcas confeccionadas em aço inoxidável, conforme especificação descrita no anexo A. O tubo de sucção que atravessar a parede da sala de máquinas deverá ser concretado, a fim de possibilitar o engastamento do mesmo. O tubo de sucção do grupo 01 irá atravessar a base de concreto da junção de 45o de recalque, que será abordada posteriormente. Obs.: A tubulação de sucção deverá ter uma inclinação de 2%, sendo o ponto mais alto, o flange de sucção da bomba e o ponto mais baixo, o flange que conecta a curva de 90°situada dentro do reservatório enterrado. 3.2 - Tubulações de Recalque Deverá ser realizada a montagem de 2(duas) tubulações, diâmetro nominal 100mm, de recalque que serão interligadas, dentro da sala de máquinas, através de uma junção de 45o , formando assim uma única tubulação que ficará disposta ao lado externo do reservatório elevado (Figura 02), conforme o desenho da prancha 02 de 02. DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO – DEMA Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas Prefeitura Municipal de Pelotas Ponto de Entrada da Tubulação de Recalque Figura 02 – Parte Externa Reservatório Elevado A curva de pé de 90o, localizada conforme desenho prancha 02 de 02, deverá ser fixado em base de concreto, com características mecânicas suficientes para engastar a tubulação de recalque, suportando assim os esforços causados pela pressão de recalque e impacto do refluxo da água, juntamente com o conseqüente fechamento da válvula de retenção. Deverá ser instalada na tubulação de recalque 01(uma) junta do tipo Jibault (em cada tubulação) conforme desenho da prancha 02 de 02. Para junção de 45o, deverá ser construída uma base de concreto. Esta base deverá ser dimensionada e executada pela empresa responsável pela obra. A localização da base está indicada no desenho da prancha 02 de 02. A parte inferior desta base será atravessada pela tubulação de sucção do grupo 01, conforme mencionado anteriormente. Esta base deverá ter características mecânicas suficientes para suportar os esforços aos quais, tanto a junção de recalque quanto o tubo de sucção, estão submetidos. A tubulação de recalque (externa a caixa) devera ser fixada as paredes de concreto da caixa através de braçadeiras, confeccionadas em aço mecânico galvanizado, de forma a garantir DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO – DEMA Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas Prefeitura Municipal de Pelotas o suporte mecânico necessário a tubulação, estas braçadeiras deverão ser posicionadas de tal forma que auxilie na montagem e desmontagem da tubulação. A junção 45o deverá ser fixada na base através de braçadeira, confeccionada em aço mecânico com dimensões e características suficientes para realizar o engastamento da junção na base. A curva de 90o na entrada do reservatório elevado deverá ser concretada de modo realizar o engaste da tubulação de recalque de tal forma a compensar os esforços que a mesma estará submetida. Deverá ser instalado um by-pass, com uma válvula de gaveta de ¾’, na válvula de retenção, para possibilitar a escorva da bomba. Este by-pass deverá ser conectado à tubulação de recalque através de colar tomada, conforme desenho prancha 02 de 02. 4. Grupo de Moto Bomba O novo grupo de moto bomba, conforme específicado no anexo A, a ser implantado na nova tubulação, deve ser compatível com os que estão em funcionamento(figura 03), de forma que seja possível o acoplamento destes na nova tubulação. O fator de potência do sistema deve ser igual ou superior a 0,92, caso seja necessário o uso de banco de capacitores, esses devem ser acionados de forma automática após a partida do motor, deve ser colocada uma chave que permita o seccionamento da alimentação dos bancos de capacitores. Qualquer adaptação necessária para realizar o acoplamento dos grupos, tanto antigos quanto os novos, a tubulação e a fixação dos grupos as bases deverá ser de responsabilidade da empresa contratada, não gerando ônus ao SANEP. 5. Instalação do Moto Bomba Deverá ser construída 01(uma) base de aço, para cada grupo, onde será fixado o motor e a bomba de cada grupo (Anexo B). Esta base deverá ser instalada no local indicado no desenho da prancha 02 de 02 e chumbadas em uma base de concreto a ser construída no local, abaixo do nível do piso da casa de máquinas, com dimensões suficientes para totalizar, o peso da base de concreto, 2(duas) vezes o peso do conjunto motor e bomba. As bases de fixação das moto bombas devera possibilitar a fixação tanto dos grupos novos quanto o dos grupos velhos. DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO – DEMA Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas Prefeitura Municipal de Pelotas Local de Construção da Nova Base Instalações Elétricas atuais (Alimentação do Grupo 01) Grupo 01 em funcionamento Figura 03 – Grupo 01 em Funcionamento Não se aproveitará a ligação elétrica atual dos motores, deverão ser instaladas novas mangueiras de passagem da alimentação dos motores (do painel de acionamento até a base do motor), juntamente com os cabos de alimentação do motor. Tais mangueiras deverão percorrer este caminho internamente no piso. O grupos de moto bombas antigos deverão ser entregues no final da obra em perfeito estado de funcionamento. A instalação dos grupos novos não devera interromper o fornecimento de água. Caso seja necessário realizar paradas, estas deverão ser informadas para a fiscalização da obra, para que sejam feitas de forma programada. 6. Chave de Partida Estática Suave As chaves de acionamento dos motores atuais serão substituídas por chaves de partida estática suave, com as características descritas no anexo A, no mesmo local das chaves existentes (Figura 04). As chaves novas deverão estar devidamente aterradas conforme padrão do fabricante. Deverá ser instalada no painel da chave, mangueira corrugada com conectores tipo Box (descrito no anexo A) que interligará os painéis aos disjuntores existentes no local. DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO – DEMA Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas Prefeitura Municipal de Pelotas Alimentação Grupo 01 Grupo 02 Grupo 01 Figura 04 – Chaves de Partida Existentes Observações: Qualquer dúvida sobre o projeto durante sua execução deverá ser esclarecida junto à equipe fiscalizadora do SANEP. Todo material e equipamento retirado das instalações deveram ser entregue a equipe fiscalizadora do SANEP em local determinada pela mesma. A relação de materiais constante no Anexo A, podem sofrer modificações durante a execução, porém todo e qualquer acréscimo de equipamentos e componentes ao projeto que seja necessário para sua execução dentro da técnica e bom senso será feito por responsabilidade da empresa contratada, não gerando ônus ao SANEP. Técnicos responsáveis: Clóvis Borba de Farias Eng° Eletricista / Chefe do DEMA-DEM Leandro Cavalheiro Vergara Téc. Eletromecânico Wagner da Silva Brignol Téc. Eletromecânico Pelotas, 02 de janeiro de 2008. DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO – DEMA